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  • 7/23/2019 Port f Lio Individual

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    Palmas2014

    MYCHELLA ELENA ANDRADE DE SOUZA

    SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTTICA E IMAGEM PESSOAL

    SA DE, EST TICA E IMAGEM PESSOAL

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    Palmas2014

    SA DE, EST TICA E IMAGEM PESSOAL

    Trabalho de Produo Textual apresentado Universidade Norte do Paran - UNOPAR, comorequisito parcial para a obteno de mdia bimestral nasdisciplinas: Educao Distncia; Fundamentos deAnatomia, Fisiologia e Dermatologia; Esttica e ImagemPessoal; Biossegurana em Centros de Esttica; tica,Poltica e Sociedade; Seminrio Temtico.

    Professores: Natlia Ribeiro; Vnia Terra; Poliana Milreu;Luciane Barbosa; Renata Andrade Teixeira; MrciaBastos; Helosa Licha.

    MYCHELLA ELENA ANDRADE DE SOUZA

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    SUMRIO

    1 INTRODUO ......................................................................................................... 3

    2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 4

    2.1 CONCEITO ........................................................................................................... 4

    2.2 CAUSAS ................................................................................................................ 4

    2.3 FATORES DE CONTRIBUEM PARA FORMAO DA ACNE ............................. 5

    2.4 CLASSIFICAO .................................................................................................. 5

    2.4.1 Outros Tipos de Acne ......................................................................................... 6

    2.5 MECANISMO FISIOPATOLGICO ...................................................................... 9

    2.6 PROCEDIMENTOS ESTTICOS ....................................................................... 10

    2.6.1 Protocolo de Tratamento da Acne .................................................................... 11

    2.7 CONDUTA TICA ............................................................................................... 12

    3 CONCLUSO ........................................................................................................ 14

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 16

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    1 INTRODUO

    A acne , provavelmente, a mais frequente doena cutnea,

    afetando mais de 85% da populao em algum momento da sua vida. Tem por

    caracterstica ppulas foliculares no inflamatrias ou comedes e ppulas

    inflamatrias, pstulas e ndulos (na forma mais severa). Geralmente afeta as reas

    com maior nmero de folculos pilosebceos, como a face, dorso e parte superior do

    trax.

    A acne traz consigo, efeitos psicolgicos que podem se agravar,

    dentre eles podemos citar a depresso, baixa da autoestima e da autoconfiana, o

    que pode acarretar no afastamento do convvio social.

    importante o conhecimento da fisiopatologia da acne, e as opes

    de tratamento para cada tipo, para que o profissional possa orientar o paciente de

    forma adequada e eficaz.

    O presente trabalho visa estudar o caso de um jovem de vinte anos,

    sexo masculino, que buscou ajuda num centro de esttica para solucionar seuproblema de acne facial. Ao iniciar sua avaliao, a esteticista perguntou sobre seus

    hbitos alimentares, histrico familiar e a evoluo da doena. O cliente relatou:

    consumir alimentos industrializados e frituras em excesso e baixo consumo de

    frutas, verduras e gua. Tambm relatou que o pai na adolescncia apresentou os

    mesmos sintomas e que ao completar doze anos observou o aparecimento de

    poucas leses, porm, nos ltimos seis meses, o quadro evoluiu com agravamento.

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    2 DESENVOLVIMENTO

    Segundo S (2002, pg. 8), o termo acne foi encontrado pela

    primeira vez no texto deAtius Amidenus, mdico do imperador Justiniano, cerca de

    seis sculos a.C., e provavelmente a doena dermatolgica mais comum. To

    comum que podemos dizer que praticamente universal durante a adolescncia.

    No entanto, apesar de comum, a acne se apresenta de modo

    diferente em cada indivduo. O primeiro passo no combate acne compreender a

    doena e seus mecanismos. Sendo assim, para que possamos entender o caso

    clnico proposto nesse estudo necessrio conhecer alguns fatores sobre a acne.

    2.1 CONCEITO

    De acordo com Ribeiro (2012, p. 67):

    A acne uma doena inflamatria crnica que acomete em sua maior partea populao adolescente do sexo masculino, tendo seu incio na puberdade.No apresenta uma evoluo rpida e cada vez mais tem acometido adultos

    em fase produtiva. Pode levar a importantes consequncias psicossociaiscomo baixa autoestima, isolamento social e depresso. uma doenamultifatorial e sabe-se que o fator hereditrio pode estar envolvido. Oprincipal agente causador o Propionebacterium acnes.

    2.2 CAUSAS

    As principais causas podem ser infecciosas, em funo de

    alteraes da flora microbiana da pele com a colonizao do Propiniobacterium

    acnes; genticos; hormonais, como a secreo de andrognios; imunolgicos,

    devido ao surgimento de mediadores inflamatrios ao redor da derme e no folculo;

    excessiva frico da pele, exposio a leos e gordura; cosmticos comedognicos

    e algumas doenas (ovrios policsticos, sndrome de Cushing e outras), bem como

    algumas medicaes.

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    2.3 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA FORMAO DA ACNE

    A fisiopatologia da acne tem quatro fatores primrios que interagem

    de modo complexo:

    a) Hiperqueratinizao folicular: obstruo do folculo

    pilossebceo resultante de uma hiperqueratinizao. Um processo anormal de

    queratinizao, caracterizado por um aumento da adesividade e do turnover das clulas

    foliculares epiteliais, causado por alteraes hormonais e pelo sebo modificado

    pela bactria residente Propionibacterium acnes;

    b) Aumento da produo sebcea: Aumento da produo de

    sebo, provocada pela estimulao andrognica das glndulas sebceas, que se iniciana puberdade;

    c) Colonizao bacteriana: um fato determinante para a formao

    da acne a presena dos micro-organismos. Apesar de fazer parte da flora

    bacteriana normal da pele a Propionibacterium acnes o principal micro-organismo

    envolvido na etiopatogenia da acne vulgar. Quando h hiperproduo sebcea pela

    glndula, ocorre proliferao dessa bactria, o que favorece o aparecimento da

    acne.

    d) Resposta imunolgica e inflamatria: segundo Ribeiro (2012, p.

    68), ocorre a liberao de substncias que vo levar formao de um processo

    inflamatrio bem caracterstico da maioria dos graus da acne.

    Destes fatores, os dois primeiros so os mais importantes, pois so

    responsveis pela formao da leso inicial da acne: o microcomedo. Este pode

    evoluir para uma leso no inflamatria, o comedo, ou evoluir com inflamao e

    leses inflamatrias como ppula, pstula ou ndulos.

    2.4 CLASSIFICAO

    A acne classificada como acne no inflamatria (sem sinais

    inflamatrios) quando apresenta somente comedes; e acne inflamatria. A acne

    conforme o nmero, intensidade e caractersticas das leses podem serclassificadas em formas clnicas ou graus:

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    a) Acne Grau I Acne Comedognica: Pele oleosa, comedes

    abertos e/ou fechados, chamada de acne comedognica no inflamatria.

    b) Acne Grau II Acne Ppulo-Pustulosa: Pele oleosa,

    comedes abertos e fechados, ppulas e pstulas. Os graus I e II em geral no

    deixam cicatrizes e so tratados por esteticistas. Chamada de acne ppulo-

    pustulosa, inflamatria.

    c) Acne Grau III Acne Ndulo-Cstica: Pele oleosa, comedes

    abertos e fechados, ppulas e pstulas, ndulos e cistos. Chamada de ndulos

    cstica, inflamatria. Normalmente exige acompanhamento mdico.

    d) Acne Grau IV Acne Conglobata: Pele oleosa, comedes

    abertos e fechados, ppulas e pstulas, ndulos, cistos e abscessos, inflamatria.Conglobata, pois engloba todos os outros graus. O tratamento deve ser indicado

    pelo mdico dermatologista.

    2.4.1 Outros Tipos de Acne

    Uma caracterstica muito significativa de alguns tipos de acne a

    ausncia de comedes e a etiopatogenia diversa, diferindo muito da acne vulgar,

    devido a essa caracterstica, so consideradas como variaes ou ainda como Acne

    secundria, apresentando leses em forma de acne, leses acneiformes, com a

    presena de ppulas e pstulas ou mesmo de comedes, mas que, no tem a

    etiologia da acne vulgar.

    Segundo Ortiz (2012) temos:

    a) Acne Neonatal: a acne que acomete o recm-nascido nas

    primeiras semanas de vida com presena de ppulas e pstulas. A etiopatogenia

    ainda desconhecida, mas acredita-se na hiptese de ser por influncia dos

    hormnios maternos ou frmacos ingeridos pela me durante a gravidez, deve ser

    tratado pelo pediatra ou dermatologista;

    b) Acne Infantil: trata-se de leses acneiformes que persistem

    aps o perodo neonatal, aps o terceiro ms at 4 anos, as causas podem ser por

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    disfunes endocrinolgicas ou hipotalmicas, deve ser tratado pelo pediatra,

    dermatologista ou endocrinologista;

    c) Acne Medicamentosa: erupes acneiformes do tipo ppulas e

    pstulas pelo uso de hormnios, corticoides de uso tpico e oral, anticoncepcionais,

    iodo, cloro, bromo, cido isonicotnico, difenilhidantona, fenobarbital, trimetadiona,

    carbono de ltio, vitaminas B12, B6, B1, e D2 e anabolizantes. Tratamento mdico e

    esttico com uso de ativos antiflamatrios, calmantes e secativos como as argilas,

    principalmente a branca, com o objetivo de amenizar o quadro, aps a retirada do

    agente causador, deve-se proceder a tratamentos com algumas sesses de limpeza

    de pele;

    d) Acne Tardia: hiperandrogenismo, anormalidades ovarianas ou

    das suprarrenais; presena de ndulos e cistos; tratamento mdico e esttico;

    e) Ovrios Policsticos: doena caracterizada pela anovulao

    crnica e intermitente. As leses acneicas, do tipo comedes, ppulas e pstulas

    decorrentes da sndrome dos ovrios policsticos se localizam em grande quantidade

    nas regies sub-mentoniana e sub-auricular;

    f) Acne Venerata: causada pela exposio (ou mesmo

    manipulao) prolongada a uma srie de produtos qumicos acnegnicos,

    principalmente observados em ambientes industriais. Destacam-se: lubrificantes

    oleosos, piche, leo mineral industrial, leo de petrleo e substncias encontradas

    em tintas, vernizes, lacas, vrios leos, pomadas e alguns produtos de beleza,

    chamados cosmticos comedognicos, com muito leo que obstruem o stiofolicular;

    g) Acne Cosmtica: uma forma de acne venerata, geralmente

    no sexo feminino pelo uso frequente de substncias comedognicas;

    h) Acne Mecnica ou de Contato: provocada pela ao de

    traumas fsicos repetidos na pele, geralmente causados pelo uso de chapus,

    bons, capacetes, colares, moldes ortopdicos, fitas cirrgicas e outros. O

    diagnstico feito pelo padro de distribuio incomum das leses da acne;

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    i) Acne Tropical ou Estival: observada nos meses do vero, pelo

    efeito do calor, tambm em quadros de excessiva sudorese. No apresentam

    comedes, s ppulas e pstulas; tratamento mdico e esttico;

    j) Acne por Estresse: os hormnios adrenocorticotrficos,

    adrenalina e cortisol segregados durante os quadros de estresse intensificam a

    produo das glndulas sebceas, nesse caso muito comum se proceder

    limpeza de pele e, apenas uma semana aps, o cliente relata que ocorreu o

    aparecimento de diversos comedes e pstulas; muito comum antes de provas,

    principalmente vestibular; tratamento mdico e esttico;

    k) Acne Escoriada: os portadores desse tipo de leso so

    geralmente tensos e possuem uma compulso em espremer comedes, ppulas e

    pstulas, produzindo escoriaes, manchas e cicatrizes, geralmente ocorre em

    mulheres e quase sempre indicada orientao psicolgica, algumas vezes, as

    leses acneicas so inexistentes, mas qualquer mnima alterao na superfcie

    cutnea serve para que se escorie; tratamento mdico e esttico;

    l) Acne Fulminans: pode tambm ser classificada como Acne

    Grau IV. Forma extremamente rara em nosso meio, na qual, associado s formas de

    acne ndulo-cstica ou conglobata, surge subitamente, predominantemente no sexo

    masculino, com manifestaes sistmicas, tais como, febre, leucocitose (aumento do

    nmero de clulas de defesa no sangue), poliartralgia (dor em vrias articulaes). O

    tratamento de ser feito somente por mdico dermatologista;

    m) Roscea: a roscea, embora seja considerada uma leso prima

    da acne (antigamente conhecida como acne roscea), no causada pelos mesmos

    fatores. As leses iniciais esto relacionadas pacientes com reatividade vascular

    aumentada na face, de pele clara e que coram facilmente. Essas leses apresentam

    rubor fixo e teleangectasias no nariz e na face. Em seguida, podem ocorrer ppulas

    e ndulos inflamatrios, mas que no desencadeiam o entupimento folicular visto na

    acne. O aumento das glndulas sebceas pode ser dramtico, mas no causado

    por hiperandrogenismo. Geralmente, ocorre entre os 30 e 60 anos, sendo mais

    comum em mulheres (cerca de trs vezes mais do que em homens), em pessoas de

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    ascendncia cltica e nos italianos do sudeste; no obstante, a incidncia mais

    grave ocorre nos homens e rara em pessoas pardas e negras.

    2.5 MECANISMO FISIOPATOLGICO

    Ortiz (2012) traz que o mecanismo do surgimento da acne acontece

    no folculo pilossebceo. nos folculos pilosos do tipo sebceo que se desenvolve

    a acne. Acredita-se que a causa da acne multifatorial e se desenvolve por

    obstruo do folculo piloso, hipersecreo sebcea e presena de micro-

    organismos. O acmulo de queratina na camada crnea, que uma protenaresponsvel pela proteo do epitlio, formada a partir da maturao de clulas

    chamadas queratincitos, obstrui o orifcio folicular, isso ocorre devido dificuldade

    da queratina descamar, dificultando a sada do sebo produzido pelas glndulas

    sebceas.

    O aumento contnuo dessa queratina leva formao dos comedes

    abertos (cravos) ouponto negro devido melanina acumulada. O acmulo dessa

    queratina chamado de hiperqueratinizao. Associada ocluso do canal folicular,

    a hipersecreo sebcea um fator fundamental da formao da acne, as glndulas

    sebceas esto diretamente sob influencia dos hormnios. Na puberdade, a ao

    principalmente dos andrgenos, produzidos pelos ovrios, testculos e adrenais,

    influenciam uma maior produo de sebo que composto de colesterol, cera,

    steres, esteroides, esqualeno e triglicrides que aprisionados pela

    hiperqueratinizao da camada crnea, ocasionam a formao dos comedes

    fechados. O fluxo de sebo, abundante, dilata o canal pilossebceo e forma um

    tampo fechado ou pontobranco.

    Ele constitudo por clulas crneas, coladas no sebo onde pululam

    bactrias. A presena dos micro-organismos determinante para a formao da

    acne. Essas bactrias, apesar de fazerem parte da flora bacteriana normal,

    proliferam-se com facilidade em presena de material oleoso, triglicerdeos,

    hidrolisando e liberando cidos graxos livres comedognicos e irritantes. Essa

    irritao leva inflamao e ao extravasamento para derme causando eritema

    (vermelhido), edema (inchao) e pus (espinha).

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    A bactria Propionibacterium acnes ou P. acnes a mais comum,

    mas podemos encontrar em menor nmero o P. parvum. Este quadro de acne a

    forma mais frequente que representa a Acne Vulgar ou Acne Juvenil ou ainda

    classificada como Acne primria. A acne acomete mais frequentemente a face,

    dorso e peito, porm, em alguns casos, pode atingir os membros superiores e regio

    gltea.

    2.6 PROCEDIMENTOS ESTTICOS

    Conforme Ortiz (2012), o esteticista est habilitado a tratar acne grauI e II, em alguns casos a III (em geral com acompanhamento mdico). O primeiro

    passo orientar o cliente como prevenir a formao e ruptura dos comedes,

    evitando a inflamao e o aparecimento de cicatrizes. A assepsia o grande

    diferencial do profissional esteticista. Desde que, devidamente amparado na anlise

    e classificao da pele do cliente, atravs do preenchimento de anamnese completa

    (ficha de avaliao); poder promover uma adequada higienizao profunda da pele.

    Os produtos utilizados devem ter como objetivo regularizar a

    secreo sebcea e diminuir a flora bacteriana, mas no podero ser

    excessivamente desengordurantes porque podem provocar um efeito rebote das

    secrees sebceas (retorno de maior oleosidade pele). Notratamento cosmtico,

    deve-se evitar o uso de cremes gordurosos, dando preferncia aos gis e cremes ou

    loo oil free.

    Deve-se fazer uma boa limpeza com gua e sabonete lquido

    apropriado ou loo de limpeza desengordurante com ao antissptica. Utilizar

    limpadores especificamente formulados para pele oleosa e propensa formao de

    acne. As loes tnicas devem ter ao antissptica e de controle de oleosidade,

    evitando teor alcolico que possa levar desidratao da pele. A utilizao de

    esfoliantes que provocam descamao pode ser feita conforme o caso, sempre

    observando a irritabilidade da pele acneica, o peeling deve ser suave.

    necessrio aplicar nas espinhas ou pstulas um secativo

    cicatrizante. Quanto ao uso de emolientes para facilitar extrao, o profissional deve

    observar o grau de acne em questo. Isto porque, emolientes que exijam

    aquecimento local no devem ser utilizados em casos de acne inflamatria. Este

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    recurso indicado quando se trata da maior presena de comedes e menor de

    pstulas.

    Alguns fabricantes de cosmticos oferecem emolientes que no

    necessitam de aquecimento, como por exemplo, trietanolamina 8%, excelente opo

    para casos de acne inflamatria. No esvaziamento manual (extrao) de comedes

    e pstulas, importante ter certeza de que as impurezas foram retiradas por inteiro

    devendo ser seguida da aplicao de loo antissptica, e do uso da alta frequncia,

    garantindo uma ao bactericida e cauterizadora, importantes para evitar nova

    infeco.

    Nos protocolos estticos de tratamento de acne bastante indicada

    a utilizao de manobras manuais drenantes e calmantes aps as extraes, taiscomo, Drenagem Linftica e Shiatsu (sedante). Os raios solares parecem ter um

    efeito benfico imediato sobre a pele acnica, mas na realidade pioram suas

    condies e levam exacerbao da acne. O bronzeado da pele pode mascarar as

    leses da acne, mas este benefcio temporrio. Apesar de parecer ter um efeito

    cicatrizante, o sol tem participao extremamente significativa como causa de

    envelhecimento (fotoenvelhecimento) e cncer da pele.

    Portanto, na finalizao da sesso do atendimento ao cliente,recomenda-se a observao das medidas de proteo solar, dando preferncia a

    filtros apropriados para pele com acne, como aqueles em gel ou loo "oil free".

    2.6.1 Protocolo de Tratamento da Acne

    a) Aplicar sabonete lquido com propriedades bactericidas e anti-

    inflamatrias. Utilizar algodes pr-umedecidos e Higienizar suavemente sem irritar

    a epiderme. Retirar da mesma forma com algodes umedecidos.

    b) Tonificar com loo com propriedades adstringentes, anti-

    inflamatrias e calmantes, afim de, estabilizar as secrees sebceas e controlar a

    oleosidade excessiva. Utilizar algodes pr-umedecidos tonificando toda a face.

    c) Utilizar alta-frequncia com o eletrodo fulgurador localizado

    diretamente nas ppulas e pstulas inflamadas (se houver Acne Grau II e III), com o

    auxilio de um loo antissptica e anti-inflamatria por no mximo 3 segundos em

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    cada leso, afim de, diminuir a proliferao de bactrias aerbias e auxiliar na

    cicatrizao.

    d) Fazer esfoliao, utilizando creme esfoliante com movimentos

    de frico suaves sem irritar as regies inflamadas. Retirar com algodes pr-

    umedecidos. Evitar esfoliar regio com pstulas inflamadas para no causar maior

    irritao.

    e) Preparao para Extrao: aplicar creme ou loo Emoliente

    em toda face cobrir com algodes embebidos em soro fisiolgico ou em tnico

    calmante e colocar mscara trmica (10 minutos) ou vapor de oznio (15 minutos). A

    mscara trmica no indicada em casos de acne inflamatria. Neste caso, utilizar

    emolientes que no necessitem de aquecimento.f) Proceder extrao, procurando sempre retirar os algodes

    aos poucos para manter a pele aquecida. Finalizada a extrao imediatamente

    aplicar loo tnica antissptica e cicatrizante e passar alta-frequncia na tcnica de

    fluxao, afim de, promover efeito sedativo, descongestionante e bactericida (no

    mximo 3 minutos). Se necessrio fazer cauterizao local, utilizando tcnica de

    fulgurao.

    g) Fazer drenagem linftica ou Shiatsu com gel calmante edescongestionante.

    h) Aplicar Mscara de Argila, com capacidade de absoro de

    oleosidade, descongestionante, secativa e clareadora, ou Mscara Gel Calmante.

    Deixar por 15 minutos e retirar com loo tnica.

    i) Finalizar com gel anti-acne com FPS, preferencialmente gel oil

    free.(ORTIZ, 2008)

    2.7 CONDUTA TICA

    Sendo doena de durao prolongada e algumas vezes

    desfigurante, a acne deve ser tratada desde o comeo, de modo a evitar as suas

    sequelas, que podem ser cicatrizes na pele ou distrbios emocionais, devido

    importante alterao na autoestima de jovens acometidos pela acne.

    O lado emocional dos pacientes no deve ser menosprezado. A

    desfigurao causada pela acne mexe com a autoestima do adolescente, que passa

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    a evitar o contato social com vergonha de suas leses e das brincadeiras dos

    colegas. Quando necessrio, deve ser fornecido suporte psicolgico.

    O profissional deve informar antecipadamente, ao cliente, os

    procedimentos a serem aplicados, definindo as possibilidades e limites profissionais

    do esteticista, devendo ainda, encaminhar o cliente a outro profissional da rea da

    sade, quando no for habilitado a tratar o caso em questo.

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    3 CONCLUSO

    Aps entendermos diversos fatores que compreendem os

    mecanismos que envolvem a acne, podemos observar no caso proposto nesse

    trabalho, que aps a avaliao da esteticista tendo por base os relatos do cliente,

    que as causas provveis do surgimento da acne so:

    a) Genticas: uma vez que o cliente disse que seu pai apresentou

    os mesmos sintomas na adolescncia;

    b) Alimentares: o cliente relata que consome alimentos

    industrializados e frituras em excesso, e o baixo consumo de frutas, verduras e

    gua;c) Hormonais: dado que o aparecimento surgiu por volta dos doze

    anos, idade onde se inicia a puberdade.

    O mecanismo fisiopatolgico do quadro apresentado pelo cliente :

    grande produo de sebo pelas glndulas sebceas, atravs da estimulao

    hormonal dos hormnios sexuais andrgenos como a testosterona; a

    hiperqueratinizao folicular, proporcionando a ocluso do orifcio do canal folicular,

    dificultando a liberao do sebo, dando origem ao comedo; colonizao bacteriana,onde com o aumento do sebo, cria-se em ambiente favorvel proliferao

    bacteriana da acne; e por fim, a liberao de substncias pr-inflamatrias, que

    levaro formao de um processo inflamatrio caracterstico da maioria dos graus

    de acne.

    O cliente deve ser orientado no sentido de como prevenir a formao

    e ruptura dos comedes, evitando a inflamao e o aparecimento de cicatrizes, e a

    observao das medidas de proteo solar, dando preferncia a filtros apropriados

    para pele com acne, como aqueles em gel ou loo "oil free".

    No caso apresentado acredita-se no haver necessidade de

    encaminhar o cliente a outro profissional da sade uma vez que o esteticista est

    habilitado a tratar acne grau I e II, em alguns casos a III (em geral com

    acompanhamento mdico).

    Todavia, o profissional deve manter uma conduta tica em sua

    abordagem ao cliente, no menosprezando seu lado emocional, uma vez que a

    desfigurao causada pela acne mexe com sua autoestima, que passa a evitar o

    contato social com vergonha de suas leses.

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    O profissional deve informar antecipadamente, ao cliente, os

    procedimentos a serem aplicados, definindo as possibilidades e limites profissionais

    do esteticista, devendo ainda, encaminhar o cliente a outro profissional da rea da

    sade, quando no for habilitado a tratar seu caso.

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    REFERNCIAS

    RIBEIRO, Natlia Soares. Fundamentos da Dermatologia. So Paulo: Pearson

    Education do Brasil, 2012.

    S, Cludia Maria Duarte de. Acne Tratamento Atualizado. So Paulo: EPUBEditora de Publicaes Biomdicas LTDA, 2002.

    ORTIZ, Clia Profissional Esteticista: Tratando a Acne. Disponvel em:http://belezain.inter7.com.br/modulo_inteiro.php?cod=304. Acesso em 23 de abril de2014.

    Portal Esteticistas Esteticista Tratando Acne. Disponvel em:

    Acesso em:30 de abril de 2014.

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