pop - triglicérides

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LABORATÓRIO SÃO LUIZ Procedimento Operacional Padrão DOSAGEM DO TRIGLICÉRIDES Página 1 de 3 POPBIO XXX Versão: 01 TRIGLICERÍDEOS 1. NOME E SINONÍMIAS Triglicerídeos Triglicérides Triacilglicerol Trig 2. FUNDAMENTO Os triglicérides são hidrolisados pela lipase lipoprotéica e o glicerol liberado é fosforilado pela glicerolquinase formando glicerolfosfato, que é oxidado a dihidroxiacetona e água oxigenada por ação da glicerol-3-fosfato oxidase. Através de reação de copulação oxidativa catalisada pela peroxidase, a água oxigenada reage com o a 4-aminoantipirina (4-AMP) e 4-clorofenol, produzindo a quinoneimina (vermelha) cuja absorbância, medida em 500 nm, é diretamente proporcional à concentração de triglicérides. Triglicérides + H 2 O Lipase lipoproteica Glicerol + Ác. Graxos Glicerol + ATP Glicerolquinase Mg ++ Glicerol3P + ADP Glicerol3P + O 2 G3P Oxidase Dihidroxiacetona + H 2 O 2 2H 2 O 2 + 4AMP + 4Clorofenol Peroxidase 4H 2 O 2 + Quinoneimina 3. APLICAÇÃO E SIGNIFICADO CLÍNICO A dosagem dos Triglicérides no sangue, juntamente com o Colesterol e suas frações, é empregada principalmente para avaliar os riscos de Doença Arterial Coronariana (DAC). Fisiologicamente, a concentração de triglicérides no soro encontra-se moderadamente aumentada após as refeições, com o valor máximo ocorrendo 4 a 5 horas pós prandial. Mulheres grávidas ou em uso de anticoncepcionais ou grávidas podem apresentar níveis altos de triglicérides no sangue. A concentração dos triglicérides no soro é muito aumentada nas hiperlipoproteinemias (hiperlipidemias do tipo I e V), um pouco menos no tipo IV e moderadamente aumentada nos tipos IIb e III. As hiperlipidemias podem estar associadas à doença cardiovascular e ocorrem comumente no diabetes, alcoolismo, pancreatite, doença do armazenamento do glicogênio, síndrome nefrótica, hipotireoidismo e mieloma múltiplo. O aumento dos triglicerídeos na diabetes está relacionado ao aumento da mobilização das áreas de armazenamento de lipídeos (triglicerídeos) em decorrência da diminuição da insulina, produzindo seu metabolismo anormal e depósito de lipídeos nas paredes vasculares levando à aterosclerose. 4. AMOSTRA Preparo do Paciente: Colher sangue pela manhã após jejum obrigatório de 12 horas. A Abstinência alcoólica é desejável nas 72 horas que antecedem a coleta.

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Page 1: POP - Triglicérides

LABORATÓRIO

SÃO LUIZ

Procedimento Operacional Padrão

DOSAGEM DO TRIGLICÉRIDES

Página 1 de 3

POPBIO XXX

Versão: 01

TRIGLICERÍDEOS

1. NOME E SINONÍMIASTriglicerídeosTriglicéridesTriacilglicerolTrig

2. FUNDAMENTOOs triglicérides são hidrolisados pela lipase lipoprotéica e o glicerol liberado é fosforilado pela glicerolquinase formando glicerolfosfato, que é oxidado a dihidroxiacetona e água oxigenada por ação da glicerol-3-fosfato oxidase. Através de reação de copulação oxidativa catalisada pela peroxidase, a água oxigenada reage com o a 4-aminoantipirina (4-AMP) e 4-clorofenol, produzindo a quinoneimina (vermelha) cuja absorbância, medida em 500 nm, é diretamente proporcional à concentração de triglicérides.

Triglicérides + H2O⃗ Lipase lipoproteica Glicerol + Ác . Graxos

Glicerol + ATP⃗ Glicerolquinase Mg++ Glicerol−3−P + ADPGlicerol−3−P + O2⃗ G−3−P Oxidase Dihidroxiacetona + H2O2

2H2O2 + 4−AMP + 4−Clorofenol P⃗eroxidase 4H2O2 + Quinoneimina

3. APLICAÇÃO E SIGNIFICADO CLÍNICOA dosagem dos Triglicérides no sangue, juntamente com o Colesterol e suas frações, é empregada principalmente para avaliar os riscos de Doença Arterial Coronariana (DAC).Fisiologicamente, a concentração de triglicérides no soro encontra-se moderadamente aumentada após as refeições, com o valor máximo ocorrendo 4 a 5 horas pós prandial.Mulheres grávidas ou em uso de anticoncepcionais ou grávidas podem apresentar níveis altos de triglicérides no sangue.A concentração dos triglicérides no soro é muito aumentada nas hiperlipoproteinemias (hiperlipidemias do tipo I e V), um pouco menos no tipo IV e moderadamente aumentada nos tipos IIb e III.As hiperlipidemias podem estar associadas à doença cardiovascular e ocorrem comumente no diabetes, alcoolismo, pancreatite, doença do armazenamento do glicogênio, síndrome nefrótica, hipotireoidismo e mieloma múltiplo. O aumento dos triglicerídeos na diabetes está relacionado ao aumento da mobilização das áreas de armazenamento de lipídeos (triglicerídeos) em decorrência da diminuição da insulina, produzindo seu metabolismo anormal e depósito de lipídeos nas paredes vasculares levando à aterosclerose.

4. AMOSTRAPreparo do Paciente: Colher sangue pela manhã após jejum obrigatório de 12 horas. A Abstinência alcoólica é desejável nas 72 horas que antecedem a coleta.Amostras utilizadas: Soro.Estabilidade e armazenamento da amostra: O analito é estável por 5 dias entre 2-8C. Armazenamento prolongado não é recomendado porque várias substâncias podem ser hidrolisadas, liberando glicerol e conseqüentemente originando resultados falsamente elevados.Volume mínimo utilizado para análise: 1 mlCritérios para rejeição da amostra: Amostras intensamente hemolisadas.Tratamento e pré-tratamento da amostra: Centrifugar a amostra colhida em tubo seco a 3.000 rpm por 5 minutos.

5. MATERIAL REQUERIDO E EQUIPAMENTOS Centrífuga; Tubos e Micropipetas; Banho - Maria; Múltiplo Marcador de Tempo; Bioplus 200F.

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LABORATÓRIO

SÃO LUIZ

Procedimento Operacional Padrão

DOSAGEM DO TRIGLICÉRIDES

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POPBIO XXX

Versão: 01

6. REAGENTE UTILIZADOTRIGLICÉRIDES PP - GOLD ANALISA DIAGNÓSTICA LTDAComponentes do kit: Padrão 200 mg/dL e Reagente de Cor.Estabilidade: Os reagentes são estáveis até o vencimento da data de validade impressa no rótulo do produto e na caixa quando conservados em temperatura entre 2-8ºC bem vedados.

7. PROCEDIMENTOProcedimento Manual1- Identificar os tubos de ensaio como "Branco" (T/B), "Padrão" (T/P) e "Teste" (T/Número da amostra do paciente, EX: T/1)2- Proceder a pipetagem conforme tabela abaixo:

3- Misturar bem e incubar os tubos por 10 minutos em banho-maria a 37ºC.4- Selecionar no aparelho Bioplus 200F a programação 23 referente ao Triglicérides.5- Calibrar o aparelho Bioplus 200F com água destilada ou deionizada.6- Fazer a leitura do tubo “Branco”.7- Fazer a leitura do tubo “Padrão”.8- Ler as concentrações do Ácido Úrico dos tubos “Teste”. 9- Passar o resultado para a ficha de resultados do paciente.Obs: A cor é estável por 120 minutos.

8. CÁLCULOS DO RESULTADOO equipamento já emite a concentração na unidade programada mg/dL.

9. CONTROLE DA QUALIDADEControle InternoCalibração periódica de micropipetas e equipamentos utilizados, controle de temperatura da geladeira para armazenamento dos kits.Observar a validade dos kits.Observar os sinais de deterioração dos reagentes como presença de partículas e turbidez, não utilizar o reagente de cor quando sua absorbância medida contra água for igual ou maior que 0,150.Utilização de soro controle patológico nas análises realizadas no primeiro dia útil de cada mês.

10. VALORES DE REFERÊNCIA

Crianças e Adolescentes Desejável Aumentado

< 10 anos 100 mg/dL > 100 mg/dL

de 10 a 19 anos 130 mg/dL > 130 mg/dL

Adultos acima de 20 anos < 200 mg/dL > 200 mg/dL

11. LINEARIDADE A reação é linear até 600 mg/dL. Para valor acima de 600 mg/dL, diluir a amostra com NaCl 0,9%, realizar nova dosagem e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição empregado.

12. INTERFERENTESInterferências Analíticas.1- Ácido Ascórbico 0,3 mmol/L2- Hemoglobina 300 mg/dL3- Bilirrubina 0,25 mmol/L4- A lipemia leve não afeta os resultados.

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Tubos Branco Padrão TesteReagente de Cor 1000 L 1000 L 1000 LPadrão (1) 10 L Amostra 10 L

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LABORATÓRIO

SÃO LUIZ

Procedimento Operacional Padrão

DOSAGEM DO TRIGLICÉRIDES

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POPBIO XXX

Versão: 01

1- Bucolo G, David H. Clin Chem 1973;19:475,476.2- Bull World Health Org 1970; 43:891.3- Burtis CA, Ashwood ER. Tietz Fundamento de Química Clínica, 4a Ed - Guanabara Koogan; 1998.4- Fossati P, Prencipe L. Clin Chem 1982; 28:2077.5- Good NE, Winget GD, Winter W, ConnolyTN, Isava S, Singh RMM. Biochemistry 1966;5:467.6- Kaplan A, Szabo LL, Opheim KE. Clinical Chemistry: Interpretation and Techniques. Philadelphia,

Lea & Febiger, 1988:312-315.7- Mc Gowan MW, Artiss JD, Strandbergh DR, Zak B. Clin Chem 1983;29:538.8- Nagele V, Hagele E O, Sauer G, Wiedeman E, Lehmann P, Wahlefeld AW, Gruber W J Clin Chem

Clin Biochem 1984; 22:165.9- Trinder P. Ann Clin Biochem. 1969; 6:24.10- TRIGLICÉRIDES-PP, Instruções de Uso, Gold Analisa Diagnóstica.

Nome Assinatura DataElaborado por: Samuel Martins Delgado Neto 24/03/2013Aprovado por: Samuel Martins Delgado Neto 24/03/2013Implantado por: Samuel Martins Delgado Neto 24/03/2013Substitui POP:Revalidação Anual: ___/___/___Revalidação Anual: ___/___/___Revalidação Anual: ___/___/___Desativado por: ___/___/___Razão: