pop 11 - desocupação de instalação

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RESERVADO Exército Brasileiro (CIOpGLO) DESOCUPAÇÃO DE INSTALAÇÃO POP Nº 011.1 NOME DO PROCEDIMENTO: CUMPRIMENTO DA REQUISIÇÃO JUDICIAL DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. RESPONSÁVEL: Comandante da Operação REVISADO EM: 13/04/2006 Nº DA REVISÃO: 003 ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Chegada ao local da Operação. 2. Negociação com a Liderança e Invasores. 3. Tumulto decorrente do emprego de força e suas conseqüências penais. 4. Resistência passiva por parte dos invasores. 5. Resistência ativa por parte dos invasores. 6. Bloqueios e barricadas impedindo o acesso da tropa. 7. Interferência de Políticos, ONG’s, Entidades Sindicais, Religiosos, Imprensa, etc. 8. Existência de seguranças armados, postos de observação, destruição de pontes de acessos. SEQÜÊNCIA DE AÇÕES 1. Acionamento e posicionamento do Gabinete de Crise 2. Iniciar atividades de inteligência para coleta de informações sobre o local, invasores, etc; 3. Isolamento da área da operação, evitando-se o ingresso de estranhos, curiosos e, principalmente de simpatizantes (cuidado especial com elementos da imprensa); 4. Ocupação de pontos de observação; 5. Posicionamento dos Sniper; 6. Iniciar as Negociações; 7. Contatos com a liderança conhecendo, se possível, seus propósitos, evitando posturas hostis; 8. Reunião, Revista e Preleção do Efetivo a ser empregado, em local preestabelecido, dando pleno conhecimento que ao Exército cabe apenas garantir a execução da medida judicial, coibindo os excessos que possam ocorrer de ambas as partes, preservando a ordem pública, sem se arvorar como agente executor; 9. Posicionamento do efetivo; 10. Realizar demonstração de força buscando a dissuasão; 11. Manutenção da segurança do Oficial de Justiça no momento da transmissão da ordem de desocupação aos invasores e durante seu desenrolar; 12. Acompanhamento dos trabalhos de retirada dos pertences e desarme de abrigos (se for o caso) dos ocupantes ilegais, a ser feito por braçais e veículos a serem contratados pelo proprietário do local invadido; 13. Revezamento do efetivo, inclusive o de reserva, na segurança, alimentação e turnos de serviço, no caso de longa duração da operação. 14. Comunicação de cada etapa da operação ao escalão superior. 15. Contato com a imprensa presente no local centralizando o fornecimento de informações, evitando-se distorções ou outras conseqüências. 16. Caso todas as tentativas de negociação tenham sido em vão, empregar-se-á então o uso da força para desocupação (alternativas táticas - negociação, não letais, Sniper, OCD / Pel Aç Tat). 17. Verificar a existência de reféns, caso positivo, o Pelotão de Ações Táticas será o mais apto para a desocupação; 18. Quando o prédio for um edifício com andares, a ação se dará com a tropa desocupando de cima para baixo, quando possível; 19. Prisão de líderes e infratores. 20. Filmar e fotografar toda a ação realizada (coleta de provas) 21. Requisitar meios de transporte para pessoas e materiais junto aos representantes da administração pública local. RESERVADO 59

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Desocupação de Instalação policia

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  • RESERVADO

    Exrcito Brasileiro(CIOpGLO)

    DESOCUPAO DE INSTALAO

    POP

    N 011.1NOME DO PROCEDIMENTO: CUMPRIMENTO DA REQUISIO JUDICIAL DE REINTEGRAO DE POSSE.RESPONSVEL: Comandante da Operao

    REVISADO EM: 13/04/2006

    N DA REVISO: 003ATIVIDADES CRTICAS

    1. Chegada ao local da Operao.2. Negociao com a Liderana e Invasores.3. Tumulto decorrente do emprego de fora e suas conseqncias penais.4. Resistncia passiva por parte dos invasores.5. Resistncia ativa por parte dos invasores.6. Bloqueios e barricadas impedindo o acesso da tropa.7. Interferncia de Polticos, ONGs, Entidades Sindicais, Religiosos, Imprensa, etc.8. Existncia de seguranas armados, postos de observao, destruio de pontes de

    acessos.SEQNCIA DE AES

    1. Acionamento e posicionamento do Gabinete de Crise2. Iniciar atividades de inteligncia para coleta de informaes sobre o local, invasores, etc;3. Isolamento da rea da operao, evitando-se o ingresso de estranhos, curiosos e,

    principalmente de simpatizantes (cuidado especial com elementos da imprensa);4. Ocupao de pontos de observao;5. Posicionamento dos Sniper;6. Iniciar as Negociaes;7. Contatos com a liderana conhecendo, se possvel, seus propsitos, evitando posturas

    hostis;8. Reunio, Revista e Preleo do Efetivo a ser empregado, em local preestabelecido,

    dando pleno conhecimento que ao Exrcito cabe apenas garantir a execuo da medida judicial, coibindo os excessos que possam ocorrer de ambas as partes, preservando a ordem pblica, sem se arvorar como agente executor;

    9. Posicionamento do efetivo;10. Realizar demonstrao de fora buscando a dissuaso;11. Manuteno da segurana do Oficial de Justia no momento da transmisso da ordem

    de desocupao aos invasores e durante seu desenrolar;12. Acompanhamento dos trabalhos de retirada dos pertences e desarme de abrigos (se for

    o caso) dos ocupantes ilegais, a ser feito por braais e veculos a serem contratados pelo proprietrio do local invadido;

    13. Revezamento do efetivo, inclusive o de reserva, na segurana, alimentao e turnos de servio, no caso de longa durao da operao.

    14. Comunicao de cada etapa da operao ao escalo superior.15. Contato com a imprensa presente no local centralizando o fornecimento de informaes,

    evitando-se distores ou outras conseqncias.16. Caso todas as tentativas de negociao tenham sido em vo, empregar-se- ento o uso

    da fora para desocupao (alternativas tticas - negociao, no letais, Sniper, OCD / Pel A Tat).

    17. Verificar a existncia de refns, caso positivo, o Peloto de Aes Tticas ser o mais apto para a desocupao;

    18. Quando o prdio for um edifcio com andares, a ao se dar com a tropa desocupando de cima para baixo, quando possvel;

    19. Priso de lderes e infratores.20. Filmar e fotografar toda a ao realizada (coleta de provas)21. Requisitar meios de transporte para pessoas e materiais junto aos representantes da

    administrao pblica local.

    RESERVADO 59

  • RESERVADO

    RESULTADOS ESPERADOS1. Garantir a segurana das partes envolvidas na operao (Foras de Segurana, Oficial

    de Justia, Proprietrio, Invasores, Imprensa, outros).2. Cumprimento da Requisio emitida pelo Poder Judicirio com a desocupao da rea

    invadida.3. Veiculao positiva da atuao do Exrcito pelos rgos de comunicao.4. Maior especializao e treinamento do efetivo no apoio execuo da ordem de

    reintegrao.AES CORRETIVAS

    1. Se o planejamento estratgico no estiver satisfeito, esforar-se em complet-lo.2. Se houver fato novo diverso do previsto, este deve ser criteriosamente avaliado, adiando,

    se necessrio, o cumprimento da requisio, dando-se cincia ao Poder Judicirio.3. Intempries devem ser consideradas, evitando-se a exposio dos envolvidos aos seus

    efeitos.4. Se houver pessoas feridas ou enfermas, estas devem receber atendimento mdico de

    urgncia, promovendo as remoes para hospitais ou outros locais que se fizerem necessrios.

    5. Se ocorrer desobedincia, desacato ou resistncia contra a Fora Federal ou Oficial de Justia, no prescindir das medidas militares padro para a situao, mesmo partindo de crianas ou adolescentes.

    6. Se no dispor de equipamento de filmagem e fotografia, compor-se com rgo de imprensa para fornecer cpia da cobertura da operao (em ltimo caso).

    POSSIBILIDADES DE ERROS1. Ausncia de levantamentos de dados acerca do quadro que envolve a operao.2. Planejamento feito sem considerar todos os aspectos da operao.3. Alocao insuficiente dos meios a serem empregados.4. Emprego incorreto das Alternativas Tticas (1) . 5. No envolvimento dos rgos responsveis ou com competncia para o caso;

    Desconsiderao das condies climticas no momento da ao.6. Emprego de efetivo despreparado e sem experincia nesse tipo de operao.7. Insuficincia numrica entre o efetivo empregado e nmero de invasores.8. Inexistncia de apoios de rgos especializados tais como, Corpo de Bombeiros,

    Mdicos, Enfermeiros, Foras Auxiliares, Conselho Tutelar, etc.9. No transmitir dados de cada etapa da operao ao escalo superior. 10. Realizar a operao sem a presena do Oficial de Justia.11. Utilizar militares para o transporte de pertences dos invasores e desmanche dos abrigos.12. Utilizar viaturas para o transporte de pertences dos invasores.13. Descuidar-se da segurana das pessoas envolvidas na operao permitindo com isso, a

    ocorrncia de eventos criminosos.14. Deixar de adotar medidas contra as pessoas que tenham praticado crimes ou

    contravenes.15. Manter afastados os profissionais de imprensa que, diante da impossibilidade de

    obteno de dados, venham a veicular matria jornalstica distorcida.16. No documentar a operao em vdeo ou por meio de fotografias.17. Discriminar pessoas ou o grupo como um todo por meio de aes e declaraes.18. Realizao da operao em horrio imprprio, impedindo ou dificultando as aes da

    tropa, sendo recomendado o incio por volta de 06:00 horas e o trmino at s 17:00 horas.

    ESCLARECIMENTOS(1) Alternativas Tticas: 1) Negociao; 2) Armas e Munies No-Letais; 3) Emprego de Atirador de Elite (Sniper); 4) Uso da fora (Companhia/Peloto de OCD ou Peloto de Aes Tticas).

    RESERVADO 59