pop 08 - pbce-pbcvu

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RESERVADO Exército Brasileiro (CIOpGLO) PBCE/PBCVU POP Nº 008.1 NOME DO PROCEDIMENTO: PLANEJAMENTO DO PBCE/PBCVU RESPONSÁVEL: Comandante da Operação. REVISADO EM: 13/04/2006 N.º REVISÃO: 003 ATIVIDADES CRÍTICAS 1. Estabelecimento de uma programação coerente com o resultado desejado. 2. Observância de todos os itens de planejamento. SEQÜÊNCIA DE AÇÕES 1. Basear-se nas estatísticas do tipo de delito a ser combatido, observando o local, dias da semana, dias do mês, horário de maior incidência criminal, valendo-se, dentre outros elementos, do Princípio de Pareto(1). 2. Estabelecer quais os objetivos principais a serem atingidos na operação, a fim de que as ações sejam coerentes. 3. Programar dia e horário e duração da operação, atentando-se para evitar a formação de congestionamentos(2) e longa permanência no mesmo lugar. 4. Os bloqueios e controle de estradas ou vias urbanas são, normalmente, estabelecidos em locais onde, sob vigilância, haja espaço suficiente para a reunião dos indivíduos, para o estacionamento de viaturas e para a revista e averiguação de suspeitos. O local deve ser escolhido, observando-se os critérios de objetividade(3) e segurança(4) . 5. Prever efetivo para compor os grupos na operação.(Figura 01 e Figura 02) 6. Prever a necessidade de militares do sexo feminino para a busca pessoal em mulheres. 7. Prever meios de sinalização(5). 8. Prever viaturas, armamentos(6), e outros materiais(7) necessários para montagem devida do Posto. 9. Prever solicitação de meios não existentes. 10. Divulgar previamente ao efetivo, o propósito da operação e as metas a serem atingidas. 11. Prever uma viatura para realizar a perseguição, 12. Prever distribuição de panfletos explicativos sobre a presença do EB. 13. Duração aproximada de 2h, dependendo da finalidade da Missão. RESULTADOS ESPERADOS 1. Que as operações sejam realizadas onde e quando realmente haja necessidade. 2. Que haja um resultado positivo perante a sociedade (detenção de criminosos, apreensões de veículos roubados ou furtados, orientações de segurança com distribuição de panfletos, etc...). 3. Não ocorrência de acidentes, durante a operação, tanto em relação aos militares quanto aos cidadãos. 4. Efetividade, considerando os meios humanos e materiais disponíveis e compatíveis ao tamanho e à periculosidade da operação a ser realizada. AÇÕES CORRETIVAS 1. Se acontecerem imprevistos que reduzam a efetividade da operação, adequar os meios disponíveis, atentando-se para a segurança dos militares e da população 2. Solicitar apoio de efetivo, quando necessário. 3. Solicitar apoio material, quando necessário. 4. Em caso de mau tempo (garoa forte, chuva, muita neblina) suspender temporariamente ou encerrar a operação, a fim de evitar acidentes e danos. 5. Caso a operação tenha que durar algumas horas, verificar a possibilidade de mudanças de pontos de bloqueio, pois quanto maior é a duração, menor é a sua efetividade no local. RESERVADO 46

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  • RESERVADO

    Exrcito Brasileiro(CIOpGLO)

    PBCE/PBCVUPOP

    N 008.1NOME DO PROCEDIMENTO: PLANEJAMENTO DO PBCE/PBCVURESPONSVEL: Comandante da Operao.

    REVISADO EM: 13/04/2006N. REVISO: 003

    ATIVIDADES CRTICAS1. Estabelecimento de uma programao coerente com o resultado desejado.2. Observncia de todos os itens de planejamento.

    SEQNCIA DE AES1. Basear-se nas estatsticas do tipo de delito a ser combatido, observando o local, dias da

    semana, dias do ms, horrio de maior incidncia criminal, valendo-se, dentre outros elementos, do Princpio de Pareto(1).

    2. Estabelecer quais os objetivos principais a serem atingidos na operao, a fim de que as aes sejam coerentes.

    3. Programar dia e horrio e durao da operao, atentando-se para evitar a formao de congestionamentos(2) e longa permanncia no mesmo lugar.

    4. Os bloqueios e controle de estradas ou vias urbanas so, normalmente, estabelecidos em locais onde, sob vigilncia, haja espao suficiente para a reunio dos indivduos, para o estacionamento de viaturas e para a revista e averiguao de suspeitos. O local deve ser escolhido, observando-se os critrios de objetividade(3) e segurana(4).

    5. Prever efetivo para compor os grupos na operao.(Figura 01 e Figura 02)6. Prever a necessidade de militares do sexo feminino para a busca pessoal em mulheres.7. Prever meios de sinalizao(5).8. Prever viaturas, armamentos(6), e outros materiais(7) necessrios para montagem devida

    do Posto. 9. Prever solicitao de meios no existentes.10. Divulgar previamente ao efetivo, o propsito da operao e as metas a serem atingidas.11. Prever uma viatura para realizar a perseguio, 12. Prever distribuio de panfletos explicativos sobre a presena do EB.13. Durao aproximada de 2h, dependendo da finalidade da Misso.

    RESULTADOS ESPERADOS1. Que as operaes sejam realizadas onde e quando realmente haja necessidade.2. Que haja um resultado positivo perante a sociedade (deteno de criminosos, apreenses

    de veculos roubados ou furtados, orientaes de segurana com distribuio de panfletos, etc...).

    3. No ocorrncia de acidentes, durante a operao, tanto em relao aos militares quanto aos cidados.

    4. Efetividade, considerando os meios humanos e materiais disponveis e compatveis ao tamanho e periculosidade da operao a ser realizada.

    AES CORRETIVAS1. Se acontecerem imprevistos que reduzam a efetividade da operao, adequar os meios

    disponveis, atentando-se para a segurana dos militares e da populao2. Solicitar apoio de efetivo, quando necessrio.3. Solicitar apoio material, quando necessrio.4. Em caso de mau tempo (garoa forte, chuva, muita neblina) suspender temporariamente ou

    encerrar a operao, a fim de evitar acidentes e danos.5. Caso a operao tenha que durar algumas horas, verificar a possibilidade de mudanas de

    pontos de bloqueio, pois quanto maior a durao, menor a sua efetividade no local.

    RESERVADO 46

  • RESERVADO

    POSSIBILIDADES DE ERRO1. Utilizar dados estatsticos incorretos ou incompletos.2. No divulgar ao efetivo disponvel os objetivos e metas a serem atingidas pela operao.3. Mesmo sem meios humanos e materiais adequados realizar a operao, colocando em

    risco a sociedade e os militares.4. No estabelecer coerentemente o horrio, local e durao da operao.5. No prever a suspenso temporria ou o encerramento da operao, to logo as condies

    climticas assim determinarem.6. Distribuir indistintamente as diversas funes para a operao, sem que os meios humanos

    sejam otimizados.7. Deixar de prever limites e controles para as eventuais mudanas necessrias realizao

    da operao. ESCLARECIMENTOS:

    (1) Princpio de Pareto:: Princpio atravs do qual o administrador deve combater as causas mais evidentes dos problemas, com a maior parte de seus recursos disponveis, visando a diminuio real dessas falhas. Na atividade militar, o princpio de Pareto deve ser empregado de forma a usarmos novos recursos, em especial nas operaes, buscando os locais e horrios de maior incidncia criminal, para termos maior eficcia e conseqente otimizao dos meios humanos e materiais.

    (2) Congestionamento: Evitar formao de congestionamento, ou seja:a. fora dos horrios de maior fluxo de veculos, geralmente s sextas-feiras e vsperas de

    feriados; eb. em locais que, pelas dimenses e topografia (curvas, aclives e declives), prejudiquem

    sobremaneira a fluidez e a segurana do trfego.(3) Objetividade: Estabelecer a operao em horrios e locais, no sentido de prevenir ou

    combater ao mximo a probabilidade de ocorrncia de atos ilcitos.(4) Segurana no bloqueio: Verificar quem no tem experincia em operao de bloqueio, a

    fim de ser designado para trabalhar junto aos mais experientes; outros critrios: a. local que iniba a tentativa de fuga (avenidas ou ruas que sejam largas o suficiente para a

    realizao da operao, sem travessas ou cruzamentos anteriores ao ponto de bloqueio); b. boa visibilidade: pontos para o posicionamento dos militares (seguranas) mais altos,

    junto a muros ou paredes; c. extenso o suficiente para a montagem correta do dispositivo; d. no ser logo aps curvas ou declive.

    Figura 01 Organizao da tropa em PBCE/PBCVU

    RESERVADO 46

    Grupo de Reao

    Grupo de Patrulha

    PELOTO

    Grupo Cmdoe Ap

    Grupo de Via

    Equipe de Controle de

    Trfego

    Equipe de Segurana

    Aproximada

    Equipe de Revista

    Equipe de Guarda de

    Presos

    Equipe de Reao

  • RESERVADO

    Figura 02 Disposio dos Grupos e Equipes em um PBCE/PBCVU

    (5) Meios de sinalizao:a. bsico: cone, super-cone, cavaletes, dispositivos luminosos, placas de sinalizao e

    indicao, fitas plsticas de cor amarela e preta, coletes e luvas refletivos, lanternas, etc. (6) Armamentos no bloqueio: Os armamentos devero ser compatveis com a periculosidade

    da operao e os objetivos propostos, mas de forma geral:a. os militares do grupo de via portam pistola cal 9mm;b. os militares na funo de segurana portam armas longas: Fuzil, Espingarda Cal. 12;

    Sub-metralhadora Cal. 9mm e/ou todo armamento compatvel para o desenvolvimento seguro e eficaz da operao.

    (7) O utros materiais : Espelhos para inspeo, fura pneu, holofotes, rdios comunicadores, coletes balsticos, capacetes balsticos, cantil, algemas, tonfa, binculos, etc

    RESERVADO 47

    EQUIPE DE REVISTA

    EQUIPE DE REVISTA

    GRUPO DE REAO

  • RESERVADO

    Exrcito Brasileiro(CIOpGLO)

    PBCE/PBCVUPOP

    N 008.2NOME DO PROCEDIMENTO: SEGURANA NO BLOQUEIO.RESPONSVEL: Equipe de Segurana Aproximada/Grupo de Patrulha/Grupo de Reao

    REVISADO EM: 13/04/2006N. REVISO: 003

    ATIVIDADES CRTICAS1.Estar devidamente posicionado, a fim de que tenha o campo visual mais amplo possvel.2.Apoiar o selecionador na orientao do condutor do veculo a ser abordado.3.Estar atento ao ambiente externo rea do bloqueio, demonstrando grande ateno e ostensividade.4.Manter seu armamento pronto para o uso em defesa da operao bloqueio.5.Apoiar as abordagens com vrios indivduos.

    SEQUNCIA DE AES1. Posicionar-se no local, conforme determinao recebida, observando pontos de

    cobertura e abrigo para os casos em que o bloqueio seja alvo de agresso e necessite de pronta e justa reao.

    2. Estar atento s indicaes do Cmt de Frao (veculos furtados, roubados, evadidos , etc...).

    3. Nos casos de tentativa de fuga do bloqueio(1), JAMAIS , atirar na direo do veculo.

    4. No permitir que transeuntes passem entre os veculos e as pessoas que esto sendo abordadas.

    5. O militar responsvel pela segurana, quando prximo ao responsvel pela seleo dos veculos, apoiar na seleo e sinalizao do bloqueio, alm da funo de segurana.

    6. To logo um auto ocupado com vrios indivduos pare para ser vistoriado, o militar responsvel pela segurana se aproxima para o devido apoio aos revistadores.

    7. Manter-se em postura ostensiva, atenta, portando o armamento de forma que possa ser prontamente utilizado em caso de necessidade.

    8. Quando estiver junto s viaturas aps o ponto de bloqueio estar atento, para eventuais chamadas dos outros militares, bem como estar pronto para acompanhar veculo que tenha se evadido do bloqueio.

    RESULTADOS ESPERADOS1.Que o nvel de segurana seja sempre alto e proporcional ao grau de periculosidade do local onde est sendo realizado o bloqueio.2.Que o militar-segurana esteja sempre pronto para apoiar os revistadores do bloqueio quando necessrio. 3.Que se mantenha bem posicionado para defender, prontamente, os militares em caso de haver aes agressivas contra o bloqueio.4.Fazer o uso correto do armamento, manuseando-o com destreza e segurana.5.Interceptar, prontamente, o(s) veculo(s) indicado(s) pelo Cmt de Frao como sendo furtado, roubado ou que tenha se evadido de alguma viatura em policiamento ostensivo da regio.6.Executar eficazmente escolta das pessoas presas durante o bloqueio.7.Em caso de fuga ou evaso de veculo do bloqueio, transmitir o mais rpido possvel s caractersticas do veculo, ao rdio operador para difuso na rede rdio(CCOp e Unidade), objetivando o acompanhamento e o cerco.

    RESERVADO 48

  • RESERVADO

    AES CORRETIVAS1. Reposicionar-se no terreno caso tenha cessado qualquer apoio aos revistadores.2. Cobrar do rdio operador se houve alguma transmisso de interesse do bloqueio.3. Manter-se com o campo visual amplo, dando segurana a todos no bloqueio.4. Caso haja deteno, priso em flagrante de pessoas, apoiar e fazer suas escoltas

    para conduo Autoridade Policial Judiciria competente.5. Executar a guarda efetiva dos detidos, sem deix-los sozinhos.6. No permitir a comunicao entre os detidos, em qualquer momento.

    POSSIBILIDADES DE ERRO1.Disparar armamento desnecessariamente.2.Permanecer desatento e alheio s atividades do bloqueio.3.Posicionar-se sem ter amplo campo visual e em desacordo com a posio determinada pelo comandante do bloqueio.4.No apoiar os revistadores quando houver grande nmero de ocupantes nos veculos.5.Permitir que transeuntes passem pelo bloqueio, atrapalhando o servio e pondo em risco a segurana. 6.No observar os veculos indicados pelo Cmt de Frao, como sendo produto de crime ou evadidos de outras viaturas da regio.

    ESCLARECIMENTOS:

    (1)Tentativa de fuga do bloqueio: JAMAIS efetuar disparo de arma de fogo, mesmo como forma de alerta, pois: a. fuga no crime;b. do disparo do armamento podem resultar em inocentes feridos ou mortos; ec. do disparo do armamento pode ocorrer a desproporcionalidade e excesso entre a ao

    do condutor infrator (ao no obedecer ao sinal de parada to somente), e a ao do militar (alvej-lo pelas costas ao ultrapassar o bloqueio), sem estar amparado pela legtima defesa.

    RESERVADO 49

  • RESERVADO

    RESERVADO

    Exrcito Brasileiro(CIOpGLO)

    PBCE/PBCVUPOP

    N 008.3NOME DO PROCEDIMENTO: SELEO DE VECULOS NO BLOQUEIO.RESPONSVEL: Equipe de Controle de Trfego.

    REVISADO EM: 13/04/2006N. REVISO: 003

    ATIVIDADES CRTICAS1.Posicionamento na pista.2.Contato com o segurana e com os revistadores.

    SEQUNCIA DE AES1. De acordo com os objetivos propostos para a operao, desenvolver e

    desempenhar o critrio de seleo(1).2. Posicionar-se ao lado da sinalizao do bloqueio de modo a ser visto com

    antecedncia pelos condutores dos veculos.3. Usar primordialmente gestos e tambm apito para a seleo.4. Manter contato com o militar segurana. 5. Selecionar quantidade de veculos(2) correspondente ao nmero de vagas para

    revista disponveis, exceto se o veculo selecionado for alvo de alta suspeita ou o declarado produto de crime.

    6. Avisar a Equipe de Revista as eventuais irregularidades a serem constatadas nos veculos selecionados.

    7. Controlar o trnsito para que este passe pelo bloqueio em velocidade moderada(3)

    8. Sinalizar a entrada e sada de veculos do bloqueio, solicitando o apoio do militar- segurana.

    RESULTADOS ESPERADOS1. Que a seleo dos veculos seja coerente aos objetivos propostos para a

    operao.2. Que mantenha a sinalizao no incio do ponto de bloqueio.3. Que mantenha um posicionamento seguro, fora da faixa de rolamento de veculos.4. Que mantenha o nmero de veculos selecionados proporcional ao nmero de

    vagas para vistoria, a fim de que no haja fila de veculos a serem vistoriados. 5. Que comunique sempre aos revistadores as irregularidades a serem constatadas,

    devido sua suspeita.

    AES CORRETIVAS1. Buscar sempre o posicionamento adequado na pista.2. Caso os locais de revista estiverem completos, selecionar novos veculos quando

    um deles for desocupado.3. Buscar comunicao adequada com os grupos e equipes de segurana e revista

    da operao.4. Sinalizar para que os veculos passem pelo bloqueio em velocidade baixa.

    RESERVADO 50

  • RESERVADO

    POSSIBILIDADES DE ERRO1. Ficar em ponto da pista onde no seja convenientemente visto pelos condutores

    dos veculos.2. No gesticular ou fazer-se entender para o estacionamento do veculo nos locais de

    revista.3. Usar inadequadamente gestos e apito.4. Selecionar veculos sem critrios ou em desacordo com os objetivos propostos para

    a operao.5. No avisar aos revistadores sobre as irregularidades observadas.6. Permitir velocidade alta dos veculos ao passarem pelo o bloqueio.

    ESCLARECIMENTOS:

    (1)Critrio de seleo:a. Conforme o objetivo do bloqueio, ser estabelecido sobre qual tipo de veculo (passeio,

    carga, moto, lotao) estar centrada a ateno do selecionador, como nos casos de operaes especficas, bem como, obviamente, a fundada suspeita nas atitudes dos condutores ou ocupantes dos veculos.

    b. Exemplos de operaes especficas: nibus, Caminho (crimes como roubo ou furto do caminho e sua carga), Txi (furto ou roubo do auto, seqestro-relmpago), conjunta com outros rgos (Polcia Federal, Militar ou Civil, Receita Estadual ICMS, etc).

    (2)Quantidade de veculos: Dever selecionar os veculos medida que h vagas de revista disponveis para a execuo das abordagens, evitando-se filas de espera, as quais diminuem a segurana no bloqueio;

    (3)Velocidade moderada: ao passar pelo bloqueio o veculo dever estar em velocidade:a. sempre inferior habitual na via;b. que permita observar a sinalizao existente;c. que permita manter a segurana da operao; ed. que evite acidentes.

    RESERVADO 51