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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CENTRO DE BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DE PSICOLOGIA ANA AMÉLIA BARBOSA PRISCILA SOARES PEREIRA DO NASCIMENTO RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE EM PSICOLOGIA- CAMPO TRABALHO- CURITIBA 2006

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CENTRO DE BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA CLÍNICA DE PSICOLOGIA

ANA AMÉLIA BARBOSA

PRISCILA SOARES PEREIRA DO NASCIMENTO

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE EM PSICOLOGIA-

CAMPO TRABALHO-

CURITIBA 2006

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RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE EM PSICOLOGIA-

CAMPO TRABALHO-

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

REITOR Clemente Ivo Juliatto

VICE-REITOR João Oleynik

DIRETORA DE SUPORTE ACADÊMICO Sirley Terezinha Filipak

DIRETORA DO CURSO DE PSICOLOGIA Regina Celina Cruz

DIRETORA ADJUNTA DO CURSO DE PSICOLOGIA – CLÍNICA DE PSICOLOGIA Mari Ângela Calderari de Oliveira

COORDENADORA DOS ESTÁGIOS Elizabeth Carvalho da Veiga

BARBOSA, A. A; NASCIMENTO, P, S, P. Relatório final de estágio obrigatório

supervisionado em psicologia organizacional. Curitiba: PUCPR, 2006.

1. Treinamento e desenvolvimento de equipes

2. Manual de integração

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ANA AMÉLIA BARBOSA

PRISCILA SOARES DO NASCIMENTO

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE EM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

Trabalho apresentado a Clínica de Psicologia do Curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como uma das exigências de produção acadêmica para conclusão do Estágio em Psicologia do Trabalho, realizado durante o corrente ano letivo. Professora de estágio: Ilma Lopes Soares de Meirelles Siqueira.

CURITIBA 2006

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Direitos autorais deste documento são de propriedade da Clínica de Psicologia do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A reprodução deste é terminantemente proibida por qualquer meio de reprodução sem a autorização da Direção da Clínica de Psicologia, sob a pena de Lei nº 5.988 de 14 de dezembro de 1973.

BIBLIOTECA DA CLÍNICA DE PSICOLOGIA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE

CATÓLICA DO PARANÁ

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EQUIPE TÉCNICA

Professora Responsável pela Orientação Acadêmica Ilma Lopes Soares de Meirelles Siqueira

CRP: 08/0219

Estagiárias Ana Amélia Barbosa

Priscila Soares Pereira do Nascimento

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APRESENTAÇÃO

Este relatório tem por finalidade apresentar os métodos e os resultados

obtidos durante a realização do estágio profissionalizante do curso de Psicologia da

PUCPR, numa empresa de linha de produção de pequeno porte, durante o período

de fevereiro a dezembro de 2006. O conteúdo do relatório encontra-se disposto nas

seguintes temáticas: capítulo I –introdução, que é composto pela caracterização da

instituição, levantamento de necessidades, definição das atividades e plano de ação

(onde são apresentados os objetivos de estágio, métodos, procedimentos etc.,

conforme foi apresentado na época de sua execução); capítulo II-consiste na

descrição das atividades, onde serão apresentadas sucintamente as atividades que

as estagiárias desempenharam de fato; capítulo III-nesse serão descritos os

resultados; capítulo IV refere-se às conclusões obtidas no trabalho e capítulo V-que

apresenta as sugestões de continuidade do trabalho na empresa para o próximo ano

e referências.

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Curitiba, 19 de dezembro de 2006.

Parecer do professor orientador recomendando o trabalho

A indicação desse relatório para concorrer ao Prêmio Silvia Lane se deve, especialmente, a três motivos importantes. O primeiro é relativo à qualidade do trabalho de treinamento desenvolvido ao longo de 7 meses, com a participação de 100% do pessoal da produção da empresa. O segundo, e principal deles, diz respeito à característica dessa empresa que investe maciçamente no seu capital humano a ponto de parar suas atividades de produção semanalmente para proporcionar que seus funcionários participassem de um treinamento sob o título “DESENVOLVIMENTO DAS INTELIGÊNCIAS INTRA E INTERPESSOAL NO TRABALHO”. O terceiro e último refere-se ao envolvimento das estagiárias e de sua atitude ética e profissional em todo o desenvolvimento do estágio, especialmente na condução das reuniões com os grupos e com os diretores da empresa. Demonstraram percepção, flexibilidade e bom-senso na tomada de decisões, bem como na mudança de metodologia e de procedimentos ao longo da execução do trabalho. Ante ao exposto é o parecer favorável à indicação do presente trabalho para concorrer ao Prêmio Silvia Lane.

Ilma Lopes Soares de Meirelles Siqueira Professora de Estágio da PUCPR

Curso de Psicologia CRP 08/0290

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Curitiba, 19 de dezembro de 2006.

MEMORIAL DAS AUTORAS

Durante nossa trajetória acadêmica, nos deparamos com diferentes temas, teorias, abordagens e áreas de atuação. No decorrer de toda a aprendizagem universitária foi necessário fazer escolhas visando o direcionamento da carreira. Nessa trajetória, houve sempre um interesse muito grande por temas que contemplam o relacionamento interpessoal, por acreditar que este é parte essencial da atividade humana. A importância dessa temática nos foi confirmada a partir das experiências vividas na formação. Diante disso e dos estudos teóricos realizados podemos dizer que vivemos numa sociedade, na qual milhões de pessoas não são felizes em sua vida social, isso reforça a importância do desenvolvimento de estudos e leituras que possam contribuir para aquisição de habilidades sociais. A relevância social desse tema também nos motivou ainda mais para o desenvolvimento de trabalhos nesse âmbito sempre com o objetivo de implementar esforços que tenham como resultado, melhores condições de saúde mental no trabalho.

Ana Amélia Barbosa Aluna Quintoanista do curso de Psicologia da PUCPR

Autora

Priscila Soares do Nascimento Aluna Quintoanista do curso de Psicologia da PUCPR

Autora

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SUMÁRIO

I INTRODUÇÃO.....................................................................................................13 1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...............................................................13 1.1.1 Estrutura organizacional..................................................................................13 1.1.2 Processos e tecnologia....................................................................................15 1.1.3 Cultura e pessoas.............................................................................................15 1.1.4 Produtos e serviços.........................................................................................16 1.2 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES..............................................................................................................17 1.3 PLANO DE AÇÃO............................................................................................18 1.3.1 Primeiro plano de ação -Treinamento e Desenvolvimento de Equipes...........18 1.3.2 Segundo plano de ação - Manual de integração.............................................18 II DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES ..........................................................19 2.1 Primeiro Plano - Treinamento e Desenvolvimento de Equipes.......................19 2.2 Segundo plano - Manual de integração..........................................................31 2.3 Atividades extras..............................................................................................33 III RESULTADOS ....................................................................................................35 3.1 Resultados do Treinamento e Desenvolvimento de Equipes...............................36 3.2 Resultados do Programa de leitura no banheiro..................................................41 3.3 Resultados do Manual de integração...................................................................41 IV CONCLUSÕES ....................................................................................................42 V RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES ............................................................. 44 REFERÊNCIAS..........................................................................................................46 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA................................................................................ 47 LISTA DE APÊNDICES..............................................................................................48 Apêndice A- Autorização.......................................................................................................................49 Apêndice B- Croqui...............................................................................................................................51 Apêndice C- Proposta de plano de Treinamento e Desenvolvimento de equipes................................53 Apêndice D- Proposta de plano do Manual de Integração....................................................................66 Apêndice E- Manual de integração........................................................................................................74 Apêndice F- Dinâmica de apresentação................................................................................................84 Apêndice G- Aplicando 5S na vida pessoal...........................................................................................88 Apêndice H- Questionário avaliativo......................................................................................................90 LISTA DE ANEXOS............................................................................................................94 Anexo A- Mensagens que foram utilizadas no Programa de leitura no banheiro..................................95

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Lista de figuras Figura 01- Fluxograma de produção.....................................................................................................14

Figura 02 - Referente ao planejamento dos módulos e dos temas correspondentes...........................21

Lista de gráficos e tabelas

Gráfico 01- referente à opinião dos participantes a respeito do treinamento desenvolvido..................36

Gráfico 02- referente às expectativas em relação ao T&D....................................................................37 Gráfico 03- referente às dificuldades que estavam presentes no ambiente do trabalho.......................37 Gráfico 04- referente às mudanças percebidas após o T&D.................................................................38 Gráfico 05- referente ao que se pôde aprender com o T&D.................................................................39 Tabela 02 -referente às médias das habilidades desenvolvidas antes e depois do T&D.....................40

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RESUMO Este resumo tem por finalidade apresentar brevemente as aprendizagens desenvolvidas a partir do estágio profissionalizante - campo trabalho, realizado no ano de 2006 na empresa contratante. A demanda da mesma era dar continuidade a um trabalho de Treinamento e Desenvolvimento, realizado no ano anterior. O ponto forte da intervenção feita foi a iniciativa diferenciada da empresa em disponibilizar para o trabalho toda sua equipe da linha de produção, somavam-se 65 funcionários, que quinzenalmente ausentavam-se por uma hora de seu horário de trabalho. O grande grupo foi dividido em cinco subgrupos – compostos de aproximadamente dez participantes. Os temas desenvolvidos com os grupos foram: auto-conhecimento, comprometimento, responsabilidade, conflitos interpessoais e aptidões sociais. Para contemplar os temas citados foram utilizadas diversas técnicas como dinâmicas de grupo, leituras e discussões. Além do trabalho citado foi elaborado um Manual de integração, implantado um programa de leitura no banheiro e atividades extras. De um modo geral, percebeu-se por meio dos relatos dos participantes e da equipe administrativa que os grupos se aprimoraram profissionalmente, principalmente no quesito relacionamento interpessoal. Com a experiência vivida, pôde-se concluir que um trabalho só pode ser satisfatório se todas as partes: administração, produção e estagiárias, estiverem igualmente comprometidas e envolvidas nos objetivos propostos, o que foi plenamente atingido no presente trabalho. Palavras-chave: estágio profissionalizante, treinamento e desenvolvimento e manual de integração.

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I INTRODUÇÃO

Neste capítulo serão dispostos os seguintes itens: caracterização da

instituição, levantamento de necessidades e definição da atividade e os planos de

ação.

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Para elaboração da caracterização institucional as estagiárias fizeram uso de

alguns recursos, tais como: entrevistas com diretores e funcionários, leitura de

documentos concedidos pela empresa e observação participante. Com base em

todas as informações levantadas foi possível sistematizar e organizar os dados

objetivando a construção da caracterização institucional.

1.1.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

No presente ano 2006, a organização completa 22 anos de existência. Foi

fundada em outubro de 1984 pelo diretor atual e sua esposa. O casal trabalhava

anteriormente em uma empresa de mesmo segmento, dos pais do diretor. Deste

modo constituiu o seguimento de geração para geração, numa composição familiar.

O horário de funcionamento da instituição é no período da manhã das 07h30min ás

11h30min e no período da tarde das 13h ás 17h45min. A empresa possui ambientes

bem ventilados e com boa iluminação, conta com uma área de aproximadamente

600 m2, sendo dividida em: uma sala de recepção, uma sala de administração, uma

sala de diretoria, duas cozinhas, três banheiros e em anexo, há um galpão onde se

encontra o setor de produção. A estrutura física da empresa pode ser melhor

visualizada no Apêndice B. A empresa subdivide-se em alguns setores, assim como

ilustra a figura 1.

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Figura 1- Fluxograma de produção

O setor administrativo/ comercial da empresa tem como principais funções:

negociação com representantes comerciais ( free lancer),recebimento de pedidos

direto dos clientes, contratação de novos funcionários, compras de materiais,

admissão e demissão de funcionários, emissão de relatórios de produção listando

modelos e materiais, realização de funções administrativas: contas a pagar e contas

a receber e atendimento telefônico.

CORTE

PRODUÇÃO

CONTROLE DE PRODUÇÃO

Planejamento da produção

ADMINISTRAÇÃO Recebe o pedido e emite relatório de

produção.

ALMOXARIFADOInforma estoque

ALMOXARIFADO

Despacha mercadoria

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O setor almoxarifado é responsável pelo: levantamento de materiais

necessários, recebimento se separação de materiais, contagem e empacotamento

de materiais para entrega e expedição de materiais.

Finalmente o setor de produção que é subdivido em : corte, montagem e

acabamento. Tendo respectivamente as seguintes funções: preparação do material

para repassar para produção, confecção das peças e realização do controle de

qualidade fazendo os reparos necessários.

Para que o produto final seja produzido a empresa conta com a parceria de

alguns serviços terceirizados, tais como: departamento pessoal, contabilidade,

bordados, serigrafia e fotolitos. 1.1.2 PROCESSOS E TECNOLOGIA

Com relação aos recursos humanos a empresa possui um corpo total de 59

funcionários, sendo: 32 costureiras, 05 funcionários do setor de corte, 03

encarregados de produção, 11 funcionários do setor da montagem e acabamento,

01 motorista, 01 almoxarife, 05 funcionários administrativos e 01 funcionário da

limpeza.

A respeito do processo de recrutamento e seleção, este é realizado na própria

empresa e não são feitas divulgações em meios de comunicação. Contam com a

colaboração dos próprios funcionários na divulgação das vagas disponíveis e

indicação de candidatos.

Ao que se refere ao absenteísmo é controlado por meio de cartão ponto. Os

funcionários que possuem 100% de assiduidade ou até uma falta justificada

recebem 8% do salário em bonificação. A direção busca avaliar com bom senso

cada atraso e falta dos funcionários sendo tolerantes ou rígidos em concordância

com cada caso.

O sistema decisório da EMPRESA é centralizado pelos diretores.

1.1.3 CULTURA E PESSOAS

A organização em prol da qualidade do produto ofertado prioriza o bem estar

de seus funcionários. O índice de rotatividade da empresa é pequeno, há

funcionários com até 17 anos de trabalho na mesma, por vezes são empregados

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diferentes membros da mesma família, a empresa acredita que isto pode diminuir a

ocorrências de conflitos e aumentar o comprometimento dos funcionários. O papel

das pessoas é visto de forma sistêmica e comparado com uma família já que os

setores são interdependentes, o que exige que as pessoas se inter-relacionem para

o bom andamento dos serviços que a empresa oferece. As pessoas que ocupam os cargos da organização são de grande importância

para a mesma, isto pôde ser visto através da iniciativa dos recursos humanos na

implementação de um programa de treinamento e a preocupação desta em dar

seguimento a este trabalho em prol das necessidades humanas e profissionais da

instituição.

Outros pontos que concordam com este valor é a comemoração realizada ao final de cada mês para os aniversariantes e o tempo dedicado diariamente a

ginástica laboral.

Há um compromisso permanente com a capacitação, desenvolvimento e

educação dos trabalhadores, para uma melhoria na qualidade de vida e aumento da

produtividade. Demonstrando deste modo a excelência na qualidade dos serviços e

o compromisso para com a instituição.

Quando o funcionário apresenta dificuldades no seu trabalho, pode contar

com a ajuda da chefe de produção, a qual costuma ouvi-los e prestar algum apoio

que esteja a seu alcance.

A instituição tem como missão atender as necessidades dos clientes com

inovação e qualidade através do exercício da ética, comprometimento,

empreendorismo e valorização humana. Entende-se por ética, a conduta exemplar

de cada funcionário, que deve comportar-se com honestidade, credibilidade e

respeito com qualquer pessoa ou qualquer empresa que se relacione com a

instituição. Ao que refere ao empreendorismo, este é compreendido como postura

gerencial ativa arrojada e criativa frente às necessidades e expectativas do mercado.

1.1.4 PRODUTOS E SERVIÇOS

Os clientes da empresa são agências organizadoras de eventos e

congressos, bancos, escolas e representantes comerciais, os quais buscam a

qualidade dos produtos da instituição que são: pastas, bolsas, mochilas, sacolas,

térmicas, nécessaire, estojos, pochetes, aventais, crachás, malotes e diversos.

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Observa-se que não há grande rotatividade da clientela o que denota a fidelidade

desta.

Os clientes são responsáveis pela escolha das características físicas do

produto (cores, materiais e arte gráfica), o que denota a flexibilidade da empresa em

responder a demanda da clientela. O produto passa por um controle de qualidade

antes de ser repassado ao cliente para ser dado o aval final.

1.2 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES As estagiárias não necessitaram realizar o levantamento das necessidades,

pois a solicitação da empresa foi específica e pontual. Os responsáveis pela

empresa, informaram que gostariam que fosse dada continuidade ao trabalho

desenvolvido no ano anterior, feito pelo trio de estágio de consultoria organizacional

da Clínica de Psicologia da PUC-PR. Este trabalho tinha por finalidade desenvolver

alguns aspectos do relacionamento interpessoal dos funcionários, por meio do

treinamento e desenvolvimento de habilidades sociais. Diante disto foi combinado

com os diretores que seria feito um planejamento baseado nesta proposta.

Posteriormente, à leitura e o manuseio do relatório realizado pelo trio anterior, as

estagiárias estabeleceram alguns temas que poderiam ser abordados no trabalho do

ano corrente. Após terem sido organizadas as temáticas, foram apresentadas aos

diretores para a reavaliação das prioridades e necessidades da instituição. Por fim,

após aprovação, as estagiárias iniciaram a construção do plano de ação. Vale

ressaltar também, que nos primeiros contatos foi percebida a necessidade de ser

feita a construção de um manual do funcionário, para ser entregue assim que o

recém contratado integrasse o quadro de funcionários da organização. Desse modo

foi acordado a construção do primeiro plano de ação - Treinamento e

Desenvolvimento de Equipes e posteriormente o segundo plano - Manual de

Integração.

Em seguida serão descritos os planos citados.

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1.3 PLANO DE AÇÃO

Para realização do estágio profissionalizante, se fez necessária a elaboração

prévia de dois planos de ação a fim de direcionar e fundamentar o trabalho a ser

desenvolvido no ano corrente.

1.3.1 PRIMEIRO PLANO DE AÇÃO – Treinamento e Desenvolvimento de Equipes

Para a elaboração do primeiro plano de ação as estagiárias utilizaram alguns

recursos, entre eles: entrevistas com diretores e funcionários, leitura de documentos

concedidos pela empresa, pesquisa bibliográfica, observação participante e análise

de relatório de resultados de trabalho de treinamento realizado anteriormente na

empresa. Com base em todas as informações levantadas foi possível sistematizar e

organizar os dados objetivando a construção do plano de ação apresentado no

apêndice C.

1.3.2 SEGUNDO PLANO DE AÇÃO - Manual de integração

A elaboração do segundo plano apenas se deu após o planejamento e

execução do primeiro plano. Com base em pesquisas bibliográficas, benchmark,

entrevista com diretores, leitura de regulamentos oficiais e observação participante,

elaborou-se o segundo plano de ação que será apresentado no apêndice D.

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II DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

A seguir será apresentado de forma descritiva e explicativa o

desenvolvimento detalhado das atividades programadas nos planos de ação, bem

como as atividades desenvolvidas. As atividades serão descritas separadamente a

partir das metas estabelecidas em cada plano de ação.

2.1 Primeiro Plano - Treinamento e Desenvolvimento de Equipes.

2.2 Segundo Plano – Manual de integração.

2.3 Outras atividades desenvolvidas.

2.1 Primeiro Plano - Treinamento e Desenvolvimento de Equipes

• Meta 1 : reavaliar as necessidades de treinamento dos funcionários da

organização.

As estagiárias questionaram a equipe administrativa da empresa se havia

algum material a respeito do trabalho realizado anteriormente na empresa e que

pudesse ser consultado. A partir da leitura do relatório de resultados do trabalho

realizado no ano de 2005 pelos estagiários da consultoria organizacional da PUC-

PR, verificaram que havia apenas a sistematização dos resultados. Frente a isso as

estagiárias sentiram a necessidade de obter maiores informações, para isto a dupla

procurou entrar em contato com o professor de estágio do trio anterior, porém

nenhuma informação pôde ser coletada. Diante disso foram realizadas reuniões para

obtenção de informações do funcionamento da empresa, para compreender os

efeitos do trabalho desenvolvido. Nessas reuniões estavam presentes os diretores e

as estagiárias. Percebeu-se nesses primeiros contatos que os responsáveis pela

empresa valorizavam o desenvolvimento de seu capital humano, pois acreditam que

é deste modo que se pode ter funcionários mais comprometidos, envolvidos e

participativos. Todas as informações coletadas nas observações e reuniões foram

levadas para a supervisão de estágio e com a orientação da professora puderam

reavaliar as necessidades de trabalho. As estagiárias definiram alguns temas para a

realização do trabalho tais como: autoconhecimento, empatia, comunicação e

aptidões sociais. Para uma maior sistematização, definiram como tema central o

“Desenvolvimento das Inteligências intra e interpessoal no trabalho”, elaboraram um

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planejamento contendo os temas específicos de cada módulo e cronograma. Este

planejamento foi apresentado para os diretores da empresa para avaliação e após

reunião e supervisão o mesmo foi aprovado. Para a conclusão dessa meta foi

despendido 08 horas de trabalho divididos em 2 (dois) encontros.

• Meta 2: planejar o treinamento a ser realizado.

Em um primeiro momento foram realizadas leituras indicadas pela professora

de estágio, sobre o trabalho a ser desenvolvido. Após um maior entendimento da

temática do treinamento, começou-se a organizar o modo como este aconteceria.

A partir do tema central “Desenvolvimento das Inteligências intra e

interpessoais no Trabalho”, elaborou-se módulos correspondentes aos sub-temas a

serem trabalhados e foram estabelecidos os números de encontros necessários para

cada sub-tema. (conforme ilustrado no quadro 01). Diante do pedido da empresa,

que exigia a participação de todos os funcionários da produção (em torno de

sessenta e cinco), as estagiárias estabeleceram algumas diretrizes para a efetivação

do trabalho, entre estas estão: o número de grupos estabelecido foi 5 (cinco) -

composto de mais ou menos 10 participantes - e os encontros aconteceriam

quinzenalmente com duração de aproximadamente 1 hora.

Para a distribuição dos funcionários nos 5 (cinco) grupos, foi solicitado

à 2 (dois) encarregados da produção a seleção dos funcionários para cada grupo de

atividade.

A partir daí a organização do trabalho se deu nos seguintes moldes: no

primeiro dia de permanência da semana as estagiárias planejavam o encontro a ser

realizado na semana seguinte: definindo as técnicas a serem utilizadas de acordo

com os objetivos de cada sub-tema e levantando os materiais necessários, nas

supervisões semanais essa programação era avaliada pela professora de estágio e

se aprovada, era aplicada nos grupos na semana posterior. O tempo utilizado para

o planejamento do treinamento foi em torno de 25 encontros.

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MÓDULO TEMA Nº DE ENCONTROS

1 Primeiro módulo

1.1 Sensibilização do

grupo

01

2 Segundo módulo

2.1 Inteligência Intrapessoal :

• Autoconhecimento

(01)

• Automotivação (02)

-Comprometimento - Responsabilidade

03

3 Terceiro Módulo

• Conflitos

interpessoais (01)

• Empatia (02)

• Aptidões Sociais (03)

- Comunicação - Cooperação - Integração

06

4 Quarto Módulo

• Ùltimo encontro

para feedback

01

Tabela 01 - Referente ao planejamento dos módulos e dos temas correspondentes.

• Meta 3: aplicar o treinamento planejado.

A dupla tomava o cuidado de selecionar técnicas que pudessem atingir os

objetivos propostos de cada encontro. As pesquisas das técnicas foram feitas em

diferentes fontes, tais como: biblioteca da PUC-PR e pesquisa virtual. Por vezes, a

dupla criava uma nova técnica ou adaptava a escolhida a fim de alcançar os

objetivos propostos.

Com relação aos materiais a serem utilizados, as estagiárias faziam o pedido

para a empresa quinze dias antes da aplicação da atividade, por vezes, quando se

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tratava de um material que não seria de uso contínuo, este era emprestado pela

Clínica de Psicologia da PUC-PR.

A partir daí elaborava-se uma programação escrita que continha a descrição

da atividade, os materiais necessários e os tópicos para a discussão, a qual servia

como roteiro para aplicação da atividade e instrumento para avaliação prévia da

professora de estágio.

Para a aplicação das atividades do treinamento, antes de cada encontro as

estagiárias realizavam os seguintes procedimentos: organizavam os materiais

necessários para a realização do mesmo, preparavam o refeitório da empresa (local

de aplicação da atividade), solicitavam que cada representante de subgrupo

convocasse os integrantes de seu grupo para o encontro. Também definia-se uma

das estagiárias para coordenar o grupo enquanto a outra anotava as observações

principais.

No encontro em si as estagiárias recebiam os integrantes do grupo,

explicavam a primeira atividade que seria de aquecimento, em seguida aplicava-se a

atividade de desenvolvimento e ao final faziam uma discussão baseada nas

particularidades da técnica aplicada e por vezes eram dados avisos e orientações

gerais pertinentes ao trabalho realizado.

Após cada encontro as estagiárias reuniam-se e discutiam os pontos

principais da atividade, elaborando um relato escrito descrevendo o desenvolvimento

de cada grupo somado a observações e percepções da dupla. Semanalmente nas

supervisões as estagiárias trocavam com a professora de estágio as informações

sobre o trabalho e entregavam o relato escrito a fim de um acompanhamento mais

sistematizado do trabalho realizado.

A seguir serão descritos, separadamente, o desenvolvimento de cada

atividade programada.

PRIMEIRO MÓDULO Atividade 1: Sensibilização

Data: 20/04/06 ( Grupo 01 e 02)

Data:27/04/06 ( Grupo 03, 04 e 05)

Objetivo: Realizar o enquadramento com o grupo a ser trabalhado.

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Descrição Primeiramente as estagiárias se apresentaram à equipe de funcionários,

explicando o trabalho a ser realizado na empresa. Foram expostos para cada grupo

alguns combinados para o bom andamento do processo, tais como: tolerância de

atraso; horários; sigilo referente aos dados trazidos no encontro e às atividades

aplicadas; cronograma; temas previstos e os objetivos do treinamento.

Também foram esclarecidos pontos sobre o trabalho a ser realizado: papel das

coordenadoras, pedido do treinamento, foco no trabalho, possíveis anotações

durante realização da atividade; expectativas dos participantes em relação ao

treinamento.

Foi utilizada uma dinâmica de apresentação elaborada pela dupla de

estagiárias. ( apêndice E)

Por fim foi conversado com o grupo sobre como se sentiram no primeiro

encontro. Expondo aos participantes a necessidade da valorização da iniciativa da

empresa na qual estão empregados, em estar proporcionando o treinamento que

contribuirá não somente para o crescimento profissional, mas também pessoal dos

funcionários.

SEGUNDO MÓDULO

Atividade 1: Autoconhecimento Data: 04/05/06 (Grupo 01 e 02)

Data: 11/05/06 (Grupo 03, 04 e 05)

Objetivo: Possibilitar aos participantes o desenvolvimento da inteligência

intrapessoal.

Descrição

Inicialmente foi aplicada uma dinâmica de aquecimento “ O Feitiço caiu em

mim” 1.

1 Retirada de: MILITÂO, Rose & Albigenor. SOS Dinâmica de grupo. Rio de Janeiro: Dumya, 1999. p.75.

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24

Foram aplicadas duas dinâmicas “Curtigrama profissional” e “Vale a pena agir

assim” 2 sendo esta adaptada pela dupla, com o objetivo de desenvolver o

autoconhecimento do grupo. A adaptação foi com relação ao repasse aos demais

integrantes do grupo, a dupla entendeu que em função da demanda dos

funcionários, cada um deveria apenas escrever sobre si, sem consultas às demais

folhas.

Ao final foi conversado sobre as principais dificuldades e facilidades ao

completar o quadro pedido em uma das dinâmicas identificando os aspectos lhe

chamaram atenção, aqueles que discordam e concordam; aqueles que

surpreenderam, frustraram e alegraram.

Também foi discutido sobre como a atividade poderia auxiliar a melhoria no

trabalho, verificando a partir dos dados obtidos na execução da dinâmica, o que

cada um poderia desenvolver e/ou aprimorar.

Atividade 2: Comprometimento Data: 1805/06 (Grupo 01 e 02)

Data :25/05/06 (Grupo 03, 04 e 05)

Objetivo: Estimular a reflexão sobre a importância do comprometimento no trabalho.

Descrição Inicialmente foi aplicada uma dinâmica de aquecimento que se chama “Girafa e

Elefante” *.

Em seguida foi aplicada a dinâmica de desenvolvimento “Campo Minado” 3,

que estimulava o trabalho em equipe somado ao comprometimento individual.

No fechamento o grupo foi questionado sobre: quais foram as principais

dificuldades encontradas? Como se perceberam na realização da tarefa? O que

puderam aprender com a vivência? Quais as expectativas em concluir a tarefa

2 Retirada de: MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2002. p.167. 3 Referem-se aos títulos das dinâmicas utilizadas, por se tratar de um instrumento tradicional da

psicologia não foram apresentadas integralmente. Os títulos foram colocados a fim de auxiliar

trabalhos posteriores dos próximos estagiários.

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(pensaram em desistir? Estavam confiantes?) Estimulando a reflexão sobre o que as

“bombas” poderiam significar no contexto de trabalho.

Atividade 3: Responsabilidade

Data :01/06/06 ( Grupo 01 e 02)

Data :08/06/06 (Grupo 03, 04 e 05)

Objetivo: Estimular a reflexão sobre a importância da responsabilidade.

Descrição O coordenador inicialmente explicou brevemente o conceito e o histórico do

5S. Subdividiu o grupo em trios e entregou uma folha que continha os 5s, os quais

estavam descritos de forma que podiam ser facilmente compreendidos (ver apêndice

F). Orientou os participantes para que após a leitura, refletissem e discutissem no

trio como cada um percebia esta forma de organização na sua vida profissional e

pessoal. Solicitou-se que exemplificassem cada um dos “s” na folha entregue. Em

seguida pediu-se ao grupo que cada trio apresentasse seus exemplos e reflexões.

Por fim discutiu-se sobre: quais são os ganhos que se pode obter com o

exercício dos 5s, qual o grau de viabilidade deste tipo de organização, citar

exemplos de situações vividas dentro da empresa (refeitório, materiais utilizados),

segurança do trabalho (uso do EPI - Equipamento de proteção individual),

planejamento financeiro (dissociar o lazer do dinheiro).

TERCEIRO MÓDULO

Atividade 4: Conflitos interpessoais-I

Data:22/06/06 ( Grupo 01 e 02)

Data:29/06/06 ( Grupo 03, 04 e 05)

Objetivo: Estimular a reflexão e o reconhecimento de como se comportam frente

aos conflitos no trabalho.

Descrição

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Inicialmente as coordenadoras entregaram uma tira de papel para cada

membro do grupo e solicitaram que numerassem e escrevessem um problema que

percebiam que estava acontecendo em seu ambiente de trabalho. Após isso as tiras

foram recolhidas e redistribuídas aleatoriamente, sendo entregue mais uma tira de

papel para cada integrante do grupo e pedido para de acordo com o “problema”

recebido, elaborassem uma solução e a escrevessem na tira em branco, repetindo a

numeração do problema. Esse procedimento foi repetido duas vezes.

Em seguida as coordenadoras recolheram as tiras de soluções, as colocaram

sobre uma mesa e foi pedido que em grupo decidissem a ordem de prioridade de

problemas a serem resolvidos.

Ao final discutiu-se sobre os critérios utilizados para organizarem a escala de

prioridades e foram lidas as “soluções” dadas a cada problema. Também foram

vistos outros pontos, tais como:

- Esclarecimento do propósito da atividade, que não era a solução de todos os

problemas apresentados e sim a reflexão sobre os mesmos, considerando

que este era primeiro passo para que a solução fosse efetivada;

- Refletido sobre a viabilidade das soluções apresentadas;

- Discutido sobre a variedade e multiplicidade de soluções apresentadas para

o mesmo “problema”;

- Conversado sobre as vantagens de se saber lidar com os conflitos advindos

do trabalho;

- Pensado sobre o quanto os problemas e conflitos são inerentes a vida em

sociedade e ao ambiente de trabalho e que muitos deles podem não serem

resolvidos ou levar um certo tempo para isso, por isso cabe a importância de

cada um aprender a conviver com estes “problemas” da melhor maneira

possível;

- Conversado sobre o modo como cada um soluciona os “problemas” e que

isto está diretamente relacionado com as características, potencialidades e

limitações de cada um, ressaltado a importância do respeito para com as

“soluções” apresentadas pelos colegas.

A atividade aplicada visou investigar quais os “problemas” presentes no

ambiente de trabalho e as possíveis soluções para os “problemas” citados.

Percebeu-se na execução da tarefa que os problemas trazidos eram bastante

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semelhantes. Durante a discussão sobre as possíveis soluções foi levantada a

hipótese da criação de uma caixa de sugestões.

Atividade 5: Conflitos interpessoais-II

Data: 03/08/06 ( Grupo 01 e 02)

Data:10/08/06 ( Grupo 03, 04 e 05)

Descrição Após aprovação da criação da caixa de sugestões, pela direção da empresa,

foram combinados com os grupos pontos importantes para o bom desenvolvimento

desse trabalho, tais como: as sugestões elaboradas apenas diriam respeito a temas

comuns aos interesses da empresa; estas só seriam repassadas à administração se

houvesse consenso entre os membros dos grupos e as sugestões deveriam ser

elaboradas durante os encontros com o auxílio das coordenadoras.

Nesse encontro foram retomados os problemas apresentados na atividade 04

deste módulo, verificando as prioridades de resolução. A partir destas, foram

realizadas discussões e elaboradas algumas sugestões. Em cada um dos encontros

as sugestões eram lidas para a certificação de que todos estavam de acordo com o

proposto.

Atividade 6: Conflitos interpessoais-III

Data: 17/08/06 (Grupo 01 e 02)

Data:24/08/06 (Grupo 03, 04 e 05)

Objetivo: Realizar o fechamento do trabalho desenvolvido sobre conflitos

interpessoais por meio de reflexões sobre os valores da empresa.

Descrição A coordenadora inicialmente solicitou ao grupo para que se dividissem em

subgrupos. Em seguida entregou uma cartolina para os grupos formados e deu a

seguinte consigna: “representem nesta cartolina, em forma de desenho a empresa

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que trabalham”. Após a confecção do trabalho, foram entregues tiras de papel e foi

pedido para que cada membro dos grupos formados escrevesse quatro palavras que

representassem os valores da empresa. A coordenadora explicou que o grupo teria

que construir uma cápsula do tempo e que esta mesma cápsula seria aberta daqui

há 100 anos. Após os participantes escreverem os valores em seus respectivos

papéis, pediu-se para que dentre as palavras escritas, fossem eliminadas 3 ou 4

(dependia do número de integrantes de cada subgrupo).

Posteriormente solicitou aos participantes para que colocassem na cartolina

as palavras que selecionaram. Ao término, sugeriu-se ao grupo para que

colocassem um título no cartaz, representando a construção feita pelo grupo. Ao

final, os subgrupos apresentaram o trabalho realizado e se discutiu a importância de

reconhecer os aspectos positivos da empresa em que se trabalha.

Atividade 7 : Aptidões Sociais

Data: 31/08/06 (Grupo 01 e 02)

Data: 14/09/06 (Grupo 03, 04 e 05)

Objetivo: Estimular a reflexão sobre a importância da cooperação no trabalho Descrição

Em um primeiro momento foi aplicada a atividade “Escravos de Jô” *. Em

seguida pediu-se aos participantes do grupo, para que cada um, com a sua pecinha

de lego construísse um objeto simbolizando metaforicamente a atividade realizada.

A atividade aplicada instigava comportamentos referentes ao trabalho em

equipe e ao modo como cada um reage frente a um desafio. Ao final foram

discutidos e questionados alguns pontos: as principais dificuldades encontradas, a

percepção de como se sentiram executando a tarefa, aprendizagens desenvolvidas

pela vivência, entendimento de como cada um lidou com o aumento de dificuldade

da atividade, sentimentos de impotência e vontade de desistir e a forma como

percebiam os seus erros e os alheios. Por fim concluiu-se a atividade traçando um

paralelo do jogo com o trabalho do cotidiano.

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Atividade 8 : Aptidões Sociais Data: 02/10/06 (Grupo 01 e 02)

Data: 09/10/06 (Grupo 03, 04 e 05).

Objetivo: Possibilitar aos participantes a importância da comunicação e da

cooperação no ambiente de trabalho.

Descrição Em um primeiro momento foi realizada uma dinâmica de aquecimento, a qual

se deu nos moldes a seguir. A coordenadora solicitou ao grupo para que formassem

dois círculos, sendo um inserido no outro, ressaltando a necessidade de se ter em

cada círculo o mesmo número de integrantes. A mesma informou que era preciso

que os participantes retirassem os anéis que estavam usando. Em seguida pediu

para as pessoas que estavam no círculo interno se voltarem para os participantes

que estavam no círculo externo. Sugeriu para que cada um segurasse a mão de seu

colega que estava a sua frente e a tocasse a fim de senti-la e observá-la.

Posteriormente a coordenadora pediu para que todos fechassem os olhos e

caminhassem devagar pelo refeitório em silêncio. Solicitou para que procurassem a

mão do colega que haviam tocado anteriormente e avisou que caso a encontrasse

poderiam abrir os olhos, caso contrário deveriam continuar andando a procura da

mesma.

Na atividade de desenvolvimento a coordenadora pediu para que o grupo se

subdividisse em dois. Em seguida pediu para que fizessem um exercício de

representação e imaginação e informou que cada um dos subgrupos deveria criar

uma empresa. Sugeriu que pensassem em um nome para ser dado a mesma e no

produto que esta venderia. Também foi pedido para que estabelecessem as funções

que cada integrante do grupo teria nesta empresa. Para a representação desta, a

coordenadora deixou a disposição alguns materiais.

Após a representação a coordenadora pediu para que cada subgrupo

apresentasse a empresa que criou, como se tivessem que vender ao outro subgrupo

e às coordenadoras, o produto oferecido pela instituição que montaram.

Durante a apresentação, a coordenadora informou que o subgrupo que

estava como ouvinte poderia questionar o grupo que estaria apresentando. Ao final

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foi visto se cada subgrupo compraria o produto oferecido e foi questionado o porquê

da resposta.

No fechamento foi visto com o grupo o que puderam aprender com esta

atividade. Discutido também a importância do trabalho em equipe e da comunicação

para construir algo.

QUARTO MÓDULO

Atividade 9- Feedback

Data: 23/11/06 (Grupo 1 e 2)

Data: 30/11/06 (Grupo 3, 4 e 5)

Objetivo: Avaliar o treinamento realizado com os funcionários da empresa

Descrição Inicialmente foi pedido para os participantes que fizessem um círculo e

passassem de um para o outro uma bola de brinquedo, enquanto estava tocando

uma música, quando a música parasse quem estava com o brinquedo devia dizer

como estava se sentindo nesse último encontro, falando sobre suas impressões,

“despedindo-se” do grupo de trabalho e em seguida deveria escrever uma palavra

que representasse o treinamento realizado na empresa, em um papel bobina que

estava afixado na parede.

Após todos terem escrito suas palavras, a coordenadora entregou um

questionário avaliativo (apêndice G) e orientou que respondessem cuidadosamente

cada uma das perguntas.

Ao final as coordenadoras se despedem do grupo, contando como foi o

trabalho, os resultados e fazem os agradecimentos finais.

• Meta 4: avaliar o treinamento efetuado.

A fim de verificar os resultados obtidos com o treinamento, as estagiárias

elaboraram um questionário misto com perguntas avaliativas a respeito do

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treinamento realizado (apêndice G) para que os funcionários respondessem.

Ademais, a avaliação também foi realizada com base nos feedback verbais

recebidos no decorrer dos encontros pelos funcionários e pelos diretores da

instituição. Marcou-se um encontro de fechamento do programa de treinamento,

como citado anteriormente, neste foi aplicado o questionário elaborado além da

técnica definida para a realização do fechamento do programa.

Por fim, foram reunidos e analisados os dados obtidos sendo organizados

sistematicamente de forma qualitativa e quantitativa.

• Meta 5: apresentar os resultados para instituição.

Com base no relatório de resultados as estagiárias elaboraram uma breve

apresentação oral a ser realizada na empresa. Foi estabelecido previamente um

horário e dia para a reunião com os diretores gerais, as estagiárias e a professora de

estágio. Nesta foram apresentados oralmente, os resultados do trabalho realizado

na empresa, bem como receberam feedback referentes ao desenvolvimento do

estágio na empresa. Finalmente as estagiárias agradeceram a oportunidade que

lhes foi concedida e entregaram o relatório final de estágio.

2.2 Segundo plano - Manual de integração

• Meta 1: Conhecer beatmark sobre manual de integração.

Com o objetivo de enriquecer a proposta do manual de integração as

estagiárias procuraram pesquisar em diferentes instituições os manuais já

existentes. Primeiramente listaram alguns nomes de empresas, as quais poderiam

viabilizar o acesso aos manuais. Em seguida, por meio de contato telefônico foi

autorizado o encaminhamento dos manuais via internet. Analisaram cuidadosamente

cada um deles e os apresentaram para a professora, a partir disso puderam ter

idéias e direcionamento de como montar o Manual de Integração da instituição

contratante.

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• Meta 2: -Definir os tópicos do manual de integração.

A partir de indicações bibliográficas da professora de estágio, a respeito do

tema integração de funcionários, as estagiárias realizaram leituras. Após esse

suporte teórico, deu-se início aos procedimentos necessários para a elaboração em

si do manual. Inicialmente foram realizadas duas entrevistas com uma funcionária do

setor administrativo da empresa, nestas foram coletados dados importantes da

caracterização da instituição. Ademais, foram feitas consultas no site da empresa e

análise de documentos fornecidos pela mesma, aprimorando os conhecimentos a

respeito da instituição. Para, deste modo, estabelecer os tópicos do manual de

integração.

• Meta 3: Organizar a documentação para a elaboração do manual.

Com base nas informações coletadas, as estagiárias selecionaram as

informações pertinentes para o conteúdo do manual. Foi organizado o conteúdo a

partir de orientações dadas em supervisão e correções realizadas pela empresa.

• Meta 4: Elaborar o manual de integração.

Conforme orientações realizadas em supervisão, as estagiárias redigiram a

primeira versão do manual. Para ilustrar os tópicos do manual, pesquisaram em sites

de busca, figuras representativas de contexto de trabalho. Esta primeira versão foi

apresentada para a professora de estágio e foram feitas correções necessárias. Em

seguida realizou-se uma reunião com os diretores gerais e entregue a primeira

versão do manual para avaliação. Devido a espera da empresa para a atualização

de normas trabalhistas referentes ao ramo da mesma, não foi possível definir a

última versão do manual em tempo hábil.

• Meta 5: Formatação e impressão final

Não foi possível executar esta última meta por motivos institucionais, como

citado na meta 04.

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2.3 Atividades extras

A seguir serão descritas as atividades feitas durante o ano letivo pelas

estagiárias, as quais não estavam previstas nos planos citados anteriormente.

Para responder algumas necessidades identificadas no decorrer do

treinamento, tais como: uma dificuldade de comunicação nos diversos níveis da

empresa e ineficácia do sistema de veiculação de informações já existente,

percebeu-se a importância da elaboração de uma atividade extra - Programa de

leitura no banheiro - que será apresentada a seguir. Também foram realizadas as

seguintes atividades: apresentação de artigos científicos, pasta de idéias e mesa

redonda no Seminário de psicologia aplicada, que visavam uma melhor

compreensão dos estudos e a conseqüente melhoria do trabalho.

• Programa de leitura no banheiro

Visando o fortalecimento dos canais de comunicação existentes no ambiente

institucional, as estagiárias criaram um recurso diferenciado e inovador. Este

consistiu em mensagens específicas do mundo ocupacional colocadas

estrategicamente nos banheiros femininos e masculinos de toda a empresa. As

mensagens eram selecionadas previamente pelas estagiárias e também sugeridas

pelos funcionários. Após a aprovação da professora de estágio e do diretor da

empresa, eram afixadas semanalmente na parede interna dos banheiros.

Grande parte das mensagens selecionadas consta no livro de Marins (1995) 4.

As mensagens selecionadas (anexo-A) tinham por objetivo, além do descrito

anteriormente, provocar reflexões pertinentes aos temas trabalhados nos grupos de

treinamento.

• Apresentação de artigo científico

De acordo com as normas para realização do estágio profissionalizante de

psicologia, cada um dos estagiários deveria apresentar três artigos científicos

4 MARINS, Luis A. Filho. Socorro! preciso de motivação. São Paulo: Harbra. 1995. 155p.

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durante o ano letivo. Estas apresentações consistiam no resumo do artigo

selecionado seguido de uma análise crítica. As estagiárias elaboraram um

cronograma com as datas de cada artigo a ser apresentado. De acordo com

reflexões suscitadas na supervisão e temas presentes no estágio, as estagiárias

selecionavam artigos em base de dados científica. Finalmente, nos dias

programados a apresentação era realizada e o artigo entregue a professora. Os

resumos desses artigos foram salvos em um cd room e entregues para professora

de estágio, a fim de comporem o acervo científico da clínica de psicologia da PUC-

PR.

• Pasta de idéias

Conforme orientado no início do ano letivo pela professora de estágio, as

estagiárias semanalmente selecionavam e apresentavam publicações não-científicas

a respeito do mundo do trabalho. Nas apresentações, cada estagiária explanava

sucintamente o conteúdo da reportagem e uma análise crítica sobre o mesmo,

acompanhado de comentários e reflexões da outra estagiária e da professora,

buscando traçar um paralelo com a prática realizada no estágio. Por vezes a busca

do artigo da semana, intencionalmente se direcionava para assuntos vividos no local

de estágio.

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III RESULTADOS A seguir serão apresentados os resultados obtidos com o treinamento

efetuado na empresa, esses foram dispostos a partir das temáticas das questões

avaliadas no questionário, do feedback a respeito do Programa de leitura no

banheiro e do Manual de integração.

3.1 Resultados do Treinamento e Desenvolvimento de Equipes

Para sistematização dos resultados, como já citado anteriormente, foram

aplicados questionários avaliativos em 52 sujeitos participantes do treinamento. Com

base nos resultados dos questionários e por meio de feedback verbal dos

funcionários e diretores, fez-se a análise qualitativa, ambas estão dispostas

conjuntamente no decorrer deste texto.

É importante ressaltar que alguns dados apresentados não puderam ser

transformados em porcentagem, pois algumas questões permitiam a escolha de

mais de uma alternativa. Nesses casos apresentados os resultados foram

apresentados em números absolutos.

Num geral participaram do treinamento 69 funcionários, considerando que 12

desses foram demitidos e 11 contratados, soma-se 44 pessoas que participaram

integralmente do trabalho.

Com relação à participação dos funcionários no treinamento efetuado é

possível dizer que houve 90% de presença nos encontros, com relação às faltas, os

motivos principais foram: ausência na empresa, não terem sido liberados em função

da demanda de trabalho e por não querer participar do treinamento.

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Gráfico 01

Observa-se por meio dos resultados obtidos no gráfico que houve um número

significativo de pessoas que consideraram o trabalho de treinamento desenvolvido

como excelente 69,38%, enquanto 30,61% dos participantes consideraram o

trabalho regular. Provavelmente isto se deva ao fato de que os temas trabalhados

foram considerados por grande parte dos participantes como importantes e as

técnicas utilizadas, segundo relatos dos mesmos, propiciaram de forma satisfatória a

vivência de situações do mundo do trabalho. Outro fato que contribuiu para este

resultado foi o comentário dos participantes quando expuseram que observaram no

final do treinamento mudanças claras em determinadas pessoas e no grupo de

funcionários no geral. Citaram como algumas destas mudanças: maior união,

cooperação e comprometimento. Com relação aos aspectos negativos não foram

citados pelos participantes. Somente citaram que algumas técnicas exigiam

habilidades pessoais que eles ainda não possuíam, como por exemplo: técnicas que

envolviam desenhos, exposição oral e escrita. Procedimentos dos quais eles não

estavam habituados a executar.

Opinião dos participantes a respeito do treinamento desenvolvido

31%

69%

Regular Excelente

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Gráfico 02

Com relação às expectativas a respeito do T & D ilustradas no gráfico 02,

51% dos funcionários colocaram que o treinamento concretizou o esperado.

Acredita-se que o fato da maioria deles terem participado do trabalho anterior na

empresa pode ter contribuído para esse índice de resposta, pois já tinham uma pré-

conhecimento 5 do que aconteceria.

Gráfico 03

5 Refere-se ao trabalho de Treinamento e Desenvolvimento desenvolvido no ano de 2005 realizado pelo trio de estágio de consultoria da PUC-PR.

0

5

10

15

20

25

30

Número de participantes

Dificuldades

Dificuldades que estavam presentes no ambiente do trabalho

Fofocas e intrigas

Dificuldade de comunicação com ossuperiores

Dificuldade de comunicação entre osfuncionários

Conflito entre as pessoas

Pouca cooperação entre os colegas detrabalho

Indiferença em relação ao trabalho

Agressividade (hostilidade entre aspessoas)

Disputa de liderança

Nenhuma das dif iculdades citadas

Expectativas em relação ao T &D

12%

51%

37%

Superou em muito oesperadoConcretizou o queesperavaAlguma coisaadiantou

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De acordo com o gráfico 03, nota-se que há um número maior de

participantes (26) apontando como uma das principais dificuldades no trabalho a

“fofoca”. Isto pôde ser verificado, nos primeiros encontros, nos quais o grupo trazia

que a maior parte das intrigas no local de trabalho aconteciam em função desse fato.

A partir destes relatos e das observações feitas pelas estagiárias durante os

encontros, verificou-se que o principal fator responsável pelas fofocas e intrigas era

a dificuldade de comunicação existente entre eles.

A dificuldade de comunicação foi apontada também com relação ao dialógo

com os superiores (16) e também entre os funcionários (14). Verifica-se que há um

número reduzido de pessoas que apontaram a pouca cooperação entre os colegas

de trabalho (04), o que reforçou as percepções iniciais das estagiárias, que haviam

observado um grande comprometimento e cooperação de todos para realização da

demanda de trabalho de forma eficiente e eficaz.

Gráfico 04

0

5

10

15

20

25

Número de participantes

Contribuições do T&D

Mudanças percebidas após o T&D

Melhoria na comunicação com os superiores

Diminuição do conflito entre as pessoas

Melhoria na comunicação entre osfuncionários

Diminuição das fofocas e intrigas

Aumento da cooperação

Diminuição da agressividade entre aspessoas

Diminuição da indiferença em relação aotrabalho

Diminuição da competitividade entre osfuncionários

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O gráfico 04 mostra que há um número maior de funcionários (24) que

apontam uma melhoria na comunicação com os superiores após ter sido realizado o

treinamento. Confirmou-se nos encontros que essa mudança se deve ao emprego

do recurso, caixa de sugestões, que propiciou o intercâmbio de idéias, opiniões e

sugestões entre os funcionários e direção. Os resultados positivos desta intervenção

foram percebidos pelos funcionários da linha de produção, os quais traziam algumas

situações que estava acontecendo de forma diferenciada do que era realizado

anteriormente e também pelos diretores da empresa que foram surpreendidos pelo

que foi produzido pela equipe. Ademais citaram: diminuição dos conflitos entre as

pessoas (22), melhoria na comunicação entre os funcionários (20) e a diminuição

das fofocas e intrigas (17). Vale ressaltar que durante o trabalho procurou-se discutir

com os grupos a responsabilidade que cada um possui em cada problemática vivida.

Gráfico 05

Conforme o gráfico 05, pode-se concluir que a aprendizagem mais apontada

pelos participantes refere-se ao quesito trabalho em equipe 30%. Isto possivelmente

se deva ao fato de que muitas das dinâmicas e técnicas selecionadas visarem o

desenvolvimento de habilidades grupais e não individuais. Outra aprendizagem

0

5

10

15

20

25

30

35

Número de participantes

Aprendizagens

O que se pôde aprender com o T&D?

A importância do trabalhoem equipe

A importância de saberdizer algo para ouro demaneira adequadaA importância do respeitoàs diferenças individuais

A importância de saberouvir

A importância docomprometimento

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significativa, citada refere-se a importância de saber comunicar algo para o outro de

maneira adequada. Esse resultado apontado pode ter sido devido a diminuição de

algumas dificuldades da primeira fase do treinamento, entre elas a fofoca, apontada

como uma das principais problemáticas do grupo.

A seguir serão apresentados os resultados obtidos no questionário, referente

à auto-percepção dos participantes antes e após terem participado do T&D. Os

tópicos analisados são os seguintes: habilidade para falar e comunicar suas idéias e

opiniões de forma clara e precisa; facilidade para ouvir e compreender o que os

outros dizem; facilidade para enfrentar e superar dificuldades em situações de

desafio; habilidade para aceitar crítica e habilidade para lidar com conflitos e

hostilidade dos outros. É importante explicar que a nota zero representa a pontuação

mínima e dez representa a pontuação máxima. Os valores expostos na tabela

seguinte são relativos às médias das notas dos participantes de cada quesito.

Tabela 02- referente às médias das habilidades desenvolvidas antes e depois do T&D.

Foi possível verificar que a diferença mais significativa apresentada refere-se

à “habilidade de lidar com conflitos e hostilidade dos outros”. Isto reafirma o

que foi verificado em questões anteriores que denotavam diminuição de conflitos e

HABILIDADES

MÉDIA ANTERIOR

MÉDIA POSTERIOR

Habilidade para falar e comunicar

idéias e opiniões de forma clara e

precisa

4,5 7,7

Facilidade para ouvir e compreender

o que os outros dizem

6,2 8,5

Facilidade para enfrentar e superar

dificuldades em situações de desafio

6,5 8,4

Habilidade para aceitar critica 3,8 6,7

Habilidade para lidar com conflitos e

hostilidade dos outros

4,4 7,7

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maior aprendizagem em comunicar algo para o outro de maneira adequada. A

menor nota designada antes do T&D foi relacionada à “ habilidade para aceitar crítica” o que pode ser explicado pela dificuldade apresentada anteriormente em

comunicar adequadamente percepções e idéias gerando sentimentos de

persecutoriedade e julgamento. No geral percebeu-se um crescimento importante

em todos os pontos auto-avaliados, indicando ter sido o treinamento um fator

positivo de mudança de comportamento.

3.2 Resultados do Programa de leitura no banheiro

Sobre o “Programa de leitura no banheiro” pôde-se perceber que atendeu às

expectativas de sua proposta. Isso foi observado no decorrer dos encontros quando

houve comentários freqüentes sobre as leituras que consensualmente eram

positivos e estimulantes. Pode-se exemplificar os reflexos deste trabalho: na

indiscutível contribuição desta leitura para a discussão reflexiva dos encontros de

Treinamento; na perceptível curiosidade apresentada pela equipe sobre os próximas

leituras e nos repetidos pedidos dos funcionários para que fosse mantida a iniciativa.

3.3 Resultados do Manual de integração

Ao que se refere aos resultados do Manual de integração não foi possível

uma maior sistematização de seus benefícios em função da impossibilidade de seu

uso imediato. Porém ainda assim pode-se avaliar positivamente a execução deste

manual, pelo interesse demonstrado pela empresa pela sua elaboração, bem como

por contribuir para a organização de informações da instituição, superando as

expectativas da dupla de estagiárias.

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IV CONCLUSÕES

O trabalho na empresa propiciou o desenvolvimento de habilidades

profissionais essenciais para o psicólogo, devido a complexidade da dinâmica

organizacional observada, riquíssima em seus detalhes e especificidades. Estes

resultados só puderam ser atingidos por conta da consoante abertura e

disponibilidade de todas as partes envolvidas (estagiários, professora de estágio,

responsáveis pela empresa e funcionários) em efetivamente contribuir para um

trabalho eficiente com uma freqüente preocupação de refletir sobre cada fenômeno

psicológico existente no ambiente organizacional.

O treinamento realizado abrangeu os seguintes tópicos: auto-conhecimento,

comprometimento, responsabilidade, conflitos interpessoais e aptidões sociais. Para

contemplar os temas citados foram utilizadas diversas técnicas como dinâmicas de

grupo, leituras e discussões. Foi interessante perceber que cada grupo com sua

identidade e o seu modo de funcionar desenvolvia de modo diferente cada uma das

atividades aplicadas.

De um modo geral percebeu-se, por meio dos relatos dos participantes e da

equipe administrativa, que os grupos se aprimoraram profissionalmente módulo após

módulo, principalmente no quesito relacionamento interpessoal.

É importante também apresentar as aprendizagens das estagiárias com o

trabalho realizado:

- puderam se auto-perceber em cada grupo coordenado verificando o

impacto que causavam em cada um deles;

- entenderam que coordenaram os grupos; mas que quem constrói e é

responsável pelo crescimento pessoal e profissional, são todas as pessoas

envolvidas neste processo (funcionários, estagiários e etc);

- avaliaram e se deram conta de como se deixavam mobilizar por cada

experiência vivida nos grupos e como características particulares de cada um

interferiam positivamente em suas performances profissionais;

- aprenderam a ouvir e articular os saberes dos funcionários com os

temas que estavam sendo trabalhados;

- aprenderam com cada integrante a aperfeiçoar de modo particular e

individual cada atividade programada;

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- desenvolveram continuamente a capacidade de flexibilizar,

respeitando as particularidades e limites individuais.

As atividades desenvolvidas no período do estágio profissionalizante

estiveram de acordo com as expectativas das estagiárias. Com o término deste

estágio a dupla pode concluir que obteve grande crescimento, não somente teórico-

prático, mas também pessoal o que foi essencial na boa qualidade do trabalho

realizado.

Em relação a competências básicas do psicólogo, que as estagiárias

desenvolveram durante o estágio, pode-se citar o desenvolvimento de atitude

profissional e ética no que diz respeito a horário, comunicação, sigilo e relações

interpessoais. Estas questões eram vistas na relação com a instituição, com os

grupos e nas discussões realizadas nas supervisões.

Além disto, foi requerida a competência de atuar em diferentes níveis de

intervenções, pois foi possível trabalhar com os diferentes segmentos da empresa

(equipe de produção e administração), e desenvolver trabalhos diferenciados como:

Treinamento e desenvolvimento de equipes e elaboração do Manual de integração,

o que demandou flexibilidade e atenção por parte das estagiárias e professora para

enfrentar as diferentes problemáticas que ocorreram no decorrer do trabalho e poder

redirecioná-lo a fim de atender a necessidade de uma maior abrangência e

conseguir resultados mais eficazes.

Percebeu-se que muito do que se pôde concluir a respeito do trabalho esta

intimamente ligado a iniciativa diferenciada da empresa em disponibilizar para o

trabalho toda sua equipe de linha produção, somavam-se 65 funcionários, que

quinzenalmente ausentavam-se por uma hora de seu horário de trabalho. Mais

tarde, foi possível também trabalhar com alguns integrantes da administração por

meio de algumas reuniões.

Com a experiência vivida, pôde-se concluir que um trabalho só pode ser

satisfatório se todas as partes: administração, produção e estagiárias, estiverem

igualmente comprometidas e envolvidas nos objetivos propostos.

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V RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES

Sugere-se a continuidade do trabalho da psicologia na empresa,

considerando que os recursos desta área podem continuar beneficiando de

diferentes modos a realidade da instituição.

- Como verificado nos resultados obtidos, a comunicação na instituição

era disfuncional o que acabava contribuindo para algumas das problemáticas

existentes. Entretanto com a implantação da caixa de sugestões, a

comunicação entre a direção e funcionários se deu de forma mais eficiente.

Diante disto sugere-se a manutenção desse instrumento e para isto é

necessário designar pessoas responsáveis para o cuidado de recolher as

sugestões e comentários bem como repassá-los aos responsáveis;

- Também visando a melhoria da comunicação é importante dar

continuidade ao “Programa de leitura no banheiro”, contribuindo assim para a

informação dos funcionários como também incentivando a reflexão sobre

temas relacionados ao contexto corporativo.

- A partir dos relatos dos grupos e das observações feitas, percebeu-se

que a delegação de funções para os encarregados pode ser benéfica para a

empresa. Estes poderiam funcionar como porta voz dos diferentes segmentos

da linha de produção, facilitando assim a comunicação entre os funcionários e

administração. Para viabilizar esta idéia, sugere-se que sejam feitas reuniões

mensais entre a equipe de produção e seus respectivos encarregados, para

que estes comuniquem a administração sobre pontos que considerarem

relevantes para a instituição.

- Com base em relatos de alguns funcionários sobre uma possível

deficiência na distribuição de atribuições, e uma conseqüente insatisfação dos

mesmos, pensa-se na criação de um manual de análise e descrição de

cargos do funcionário sobre as atribuições de cada função, para deste modo

facilitar o entendimento e a compreensão das competências e

responsabilidades de cada um.

- Uso permanente do Manual de integração com o recém contratado e a

atualização e revisão do mesmo quando necessário.

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- Os relatos dos funcionários e as observações das estagiárias afirmam

os benefícios oferecidos pela ginástica laboral, pois nestes momentos os

funcionários relaxam a musculatura e se descontraem, o que também

favorece a prevenção de doenças ocupacionais. Deste modo sugere-se a

manutenção da mesma.

Por fim, reforça-se a importância da continuidade da realização de programas

voltados para o desenvolvimento do capital humano da empresa, oferecendo

palestras e informações sobre os diversos âmbitos ocupacionais.

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REFERÊNCIAS MARINS, Luis A. Filho. Socorro! preciso de motivação. São Paulo: Harbra. 1995.

155p.

MILITÃO, Rosi & Albigenor. SOS Dinâmica de Grupo. Rio de Janeiro: Dumya,

1999. 75p.

MOSCOVICI, Fela. A organização por trás do espelho: reflexos e reflexões. Rio de Janeiro: José Olympio Ltda, 2001. 288 p. MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1998. 276 p.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA AAMBLIN, Anthony Crandell; MEYER, Gert. Avaliação e controle do treinamento. São Paulo: McGraw-Hill, 1978. 286 p. BARBAZETTI, Jean. Programas de integração para novos colaboradores apresentam ótima relação custo-benefício. Disponível em: http://www.manager.com.br. Acesso em 21 de março de 2006. BISPO, Patrícia. Vencendo a ansiedade dos colaboradores. Disponível em: http: //www.RH.com.br. Acesso em 19 de março de 2006. BOFF, Leonardo. Saber cuidar : ética do humano, compaixão pela terra. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 199 p. BOOG, Gustavo. Faça a diferença: como construir sua competência pessoal e transformar seus potenciais em realidade. São Paulo: Editora Infinito, 1999. 215 p. BORGESANDRADE, Jairo Eduardo. Comprometimento organizacional na administração pública e em seus segmentos meio e fim. Temas em Psicologia. São Paulo: n. 1, 2002. p. 49-61. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000. 194 p. DAVIS, Keith; NEWSTROM, John W. Comportamento humano no trabalho: uma abordagem psicológica. São Paulo: Pioneira, 1992. DESSLER, Gary. Conquistando comprometimento: como construir e manter uma força de trabalho competitiva. São Paulo: Makron Books, 1997. 246 p. KATZ, Daniel; KAHN, Robert. Psicologia social das organizações. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1987. 511p. LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração: princípios e tendências. São Paulo; Saraiva, 2003. 542 p.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 13. ed., rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2002. 505 p. ROSA, José Antônio. Manual de Montagem do programa de integração de novos empregados. São Paulo: Síntese Ltda, 1991.

TOLEDO, Flávio de. Administração de pessoal: desenvolvimento de recursos

humanos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1992. 294 p.

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APÊNDICES

APÊNDICE A - Carta de autorização para a divulgação do nome da empresa.

APÊNDICE B - Croqui da estrutura física da empresa.

APÊNDICE C - Primeiro Plano de ação - Treinamento e Desenvolvimento de

equipes.

APÊNDICE D - Segundo Plano de ação - Manual de Integração.

APÊNDICE E - Primeira versão do manual de integração.

APÊNDICE F - Dinâmica de apresentação.

APÊNDICE G – Material explicativo dos 5s.

APÊNDICE H - Questionário Avaliativo.

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APÊNDICE A

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CARTA DE AUTORIZAÇÃO

Em função da carta de autorização possuir o timbre da empresa preferiu-se não anexá-la neste documento a fim de preservar em sigilo o nome do local de estágio. Entretanto vale ressaltar que a carta de autorização para veicular o nome e informações da empresa e a carta de autorização para participação no concurso Sílvia Lane encontram-se na Clínica de Psicologia da PUCPR.

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APÊNDICE B

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APÊNDICE C

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1 TÍTULO

Treinamento e Desenvolvimento de Equipes.

2 JUSTIFICATIVA

A contratante é uma empresa que prioriza o bem estar de seus funcionários,

pois acredita que deste modo possuirá funcionários mais comprometidos, obtendo

deste modo maior qualidade nos produtos e nos serviços oferecidos.

Diante deste valor, a empresa contou com os benefícios de um programa de

treinamento e desenvolvimento, o qual foi desenvolvido por alunos estagiários do

curso de psicologia no ano de 2005. O programa tinha como objetivo desenvolver as

relações interpessoais dos funcionários no âmbito do trabalho. Através deste pode

se perceber significativas mudanças nas relações de trabalho.

Ao encontro da proposta de trabalho realizada no ano de 2005, este plano

de ação tem por objetivo dar seguimento ao programa de treinamento e

desenvolvimento de equipes. Este proporcionará aos funcionários da empresa uma

maior identificação com a organização. Tal identificação refletirá a crença do

empregado na missão, nos objetivos da empresa e sua vontade de despender

esforço na atividade que lhe cabe e a intenção de continuar com ela envolvido.

Funcionários identificados com a organização apresentam de hábito, bons índices

de comparecimento ao trabalho, atitudes favoráveis em relação às políticas

organizacionais e baixas taxas de rotatividade.

O livro “ Conquistando comprometimento” de Gary Dessler, apresenta um

estudo realizado com 279 gerentes das oito maiores organizações americanas, o

qual tinha como objetivo identificar as “ experiências que estimulavam o

comprometimento entre todos os gerentes”. O estudo constatou que certas

experiências organizacionais desempenham um papel crucial na criação do

comprometimento do funcionário, tais como: a importância pessoal que a empresa

possui para com seu funcionário, as experiências positivas de se trabalhar em grupo,

a realização de expectativas e o desafio de primeiro ano de emprego.

Deste modo, compreende-se que através do programa de treinamento e

desenvolvimento, será possível ter um corpo de funcionários mais comprometidos,

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que ajudarão a empresa a competir com mais eficácia em períodos prósperos e a

reagir à condições adversas, contribuindo desta forma na qualidade e na

produtividade da organização.

3 OBJETIVO GERAL

• Desenvolver o comprometimento e a cooperação nas relações interpessoais

no contexto do trabalho.

4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer o trabalho, as normas e a rotina da Instituição e respeitá-los.

• Relacionar-se eticamente e profissionalmente com a Instituição.

• Resguardar sigilo profissional sobre as informações obtidas dentro das

atividades desenvolvidas no decorrer do estágio.

• Cumprir com assiduidade e pontualidade os compromissos assumidos com a

Instituição.

• Levantar as necessidades da instituição.

• Avaliar processos psicológicos dos indivíduos, do grupo e da organização.

• Reconhecer as lideranças presentes na equipe de trabalho.

• Realizar intervenções em diferentes níveis, considerando as especificidades e

necessidades locais.

• Construir canais de comunicação.

• Contribuir para a melhoria da competência interpessoal e comprometimento

de cada funcionário.

• Instrumentalizar o funcionário para lidar com possíveis conflitos no seu

contexto de trabalho.

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5 METODOLOGIA

5.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Atualmente a sociedade e as organizações estão passando por rápidas e

profundas mudanças, as quais estão relacionadas com a modernização e

globalização das informações. Nesse campo, a Psicologia Organizacional, também

conhecida como Psicologia do Trabalho, passa a atuar junto às organizações para

analisar as características do trabalho e do trabalhador, visando proporcionar aos

funcionários um ambiente de trabalho mais satisfatório e prazeroso. Interagindo com

profissionais de outras áreas, esse campo da Psicologia busca compreender

questões relacionadas à motivação, produtividade, tensões inter-relacionais,

comunicação, aprendizado, moral, e demais questões que se relacionem ao manejo

das organizações.

O trabalho, no mundo globalizado e competitivo dos dias atuais, tornou-se um

dos quesitos mais desejados e procurados pelas pessoas, e talvez por isso, esteja

se tornando mais exigente do que nunca. O homem passa hoje, a maior parte de

seu dia, na organização, envolvido com as mesmas tarefas e com as mesmas

pessoas, numa rotina diária que muitas vezes se torna não apenas estafante, mas

também fonte de sofrimento físico e emocional. Como lembra Katz e Kahn (1987,

p.17) “o indivíduo no moderno mundo ocidental, passa maior parte do tempo em que

está acordado em organizações e ambientes institucionais”. Este fenômeno afeta a

saúde emocional, psicológica, e algumas vezes, a saúde física do ser humano,

provocando um deterioramento das relações intra e interpessoais.

A respeito desta temática Moscovici ( 1998, p.34) diz:

As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrências do processo de interação. Em situação de trabalho, há atividades predeterminadas, bem como interações e sentimentos recomendados, tais como: comunicação, cooperação, respeito, amizade. A medida que as atividades e interações prosseguem, os sentimentos despertados podem ser diferentes dos indicados inicialmente e então- inevitavelmente- os sentimentos influenciarão as interações e as próprias

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atividades. Assim, os sentimentos positivos de simpatia e atração provocarão aumento de interação e na produtividade. Por outro lado, sentimentos negativos de antipatia e rejeição tenderão à diminuição das interações, ao afastamento, à menor comunicação, repercutindo desfavoravelmente, como provável queda de produtividade.

As organizações, para serem competitivas, necessitam exigir sempre mais dos

funcionários, mas para isso não devem ignorar suas necessidades pessoais, e

principalmente os recursos de que necessitam para realizar suas atividades. Frente

a isto, para que haja a participação eficaz em grupo, é necessário que as pessoas

desenvolvam a competência interpessoal e intrapessoal de seus membros, para

que, desse modo, possa ser alcançada a sinergia, obtendo dessa forma muito mais

que a simples soma das competências individuais técnicas como resultado conjunto

do grupo.

Entende-se como competência interpessoal a habilidade de lidar eficazmente

com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às

necessidades de cada uma e às exigências da situação. ( MOSCOVICI, 1998, p. 36).

Através da competência interpessoal as pessoas aceitam melhor as diferenças entre

os membros do grupo. A comunicação flui fácil, em dupla direção, as pessoas

ouvem as outras, falam o que pensam e sentem, e têm possibilidades de dar e

receber feedback. Este modo de funcionamento acarreta influências sobre toda a

vida em grupo, principalmente nos processos de comunicação, no relacionamento

interpessoal, no comportamento organizacional e na produtividade.

Um das ferramentas que se pode utilizar para desenvolver nos funcionários

habilidades no campo das relações interpessoais é o Treinamento. Devido às

rápidas e constantes mudanças tecnológicas, econômicas e sociais que

caracterizam o atual mundo do trabalho e das organizações, Treinamento e

Desenvolvimento têm crescido de importância. Através deles, são adquiridas

habilidades e informações e desenvolvem-se estratégias cognitivas e atitudes, que

poderão tornar o indivíduo mais competente para desempenhar vários papéis, no

presente ou no futuro e em diversas organizações. É essencial que as organizações

disponibilizem aos seus funcionários atividades que os integrem e os desenvolvam

tanto frente à organização como um todo, como frente uns aos outros. Atividades

estas, que se encontram intimamente ligadas à

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realização de mudanças e da capacidade adaptativa diante destas. Na medida em

que as relações interpessoais se tornam mais funcionais, a satisfação, alegria

pessoal, o respeito e colaboração mútuos aumentam (e assim aumentando e

melhorando os resultados das atividades organizacionais).

Entende-se como Treinamento e Desenvolvimento, qualquer atividade que

contribua para tornar uma pessoa apta a exercer sua função ou atividade, aumentar

sua capacidade para suas funções atuais ou prepará-la para novas funções

(LACOMBE; HEILBORN, 2003, p. 270). A razão para a realização do treinamento

está em melhorar as qualidades do trabalhador para que este produza mais, e assim

proporcione maiores resultados para a organização. Entretanto, para que isto ocorra

é preciso ter claro o que se deseja que alguém aprenda, quem necessita aprender,

além de preparar situações de aprendizagem e verificar os benefícios da mesma. Ou

seja, diagnosticar a necessidade da realização de um treinamento. (BOOG, 1999,

p.127).

Este diagnóstico pode ser realizado através do levantamento das

necessidades (LNT). Este segundo CHIAVENATO (2000, p. 502) é a primeira etapa

do treinamento, e deve-se realizar o diagnóstico daquilo que deve ser modificado,

aperfeiçoado, alterado, ou inserido. O sucesso do treinamento depende da

identificação correta da necessidade da empresa. Seu sistema está relacionado

também com o contexto organizacional e suas necessidades, que irão definir os

objetivos do treinamento. Também está diretamente ligado a cultura organizacional

devendo, portanto, estar sempre de acordo com as necessidades organizacionais,

que devem ser levantadas periodicamente para que este acompanhe o

desenvolvimento da empresa.

Um dos pontos mais visados pelo T&D é o desenvolvimento do

comprometimento do funcionário. O comprometimento ocorre quando os

funcionários encontram um ambiente profissional que podem utilizar suas

habilidades e satisfazer suas necessidades. Um ambiente profissional que

proporcione tomada de decisão participativa; comunicações claras sobre as

intenções, atividades e desempenho a empresa; autonomia de trabalho (em

oposição à supervisão direta), além de um sentido de coesão e comunhão entre

funcionários. (DESSLER 1997, p.21)

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Chiavenato (1992, p.42) define treinamento como sendo um processo

educacional de curto prazo aplicado de maneira sistemática e organizada, através

do qual pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e atitudes em função de

objetivos definidos. Borges-Andrade e Abbad (1996) conceituam treinamento e

desenvolvimento separadamente, explicando que: uma das características

essenciais do conceito de "Treinamento" (T) é a noção de que ele representa um

esforço despendido pelas organizações para propiciar oportunidades de

aprendizagem aos seus integrantes. Ele está tradicionalmente relacionado à

identificação e superação de deficiências no desempenho de empregados,

preparação de empregados para novas funções e adaptação da mão de obra à

introdução de novas tecnologias no trabalho. O conceito de "Desenvolvimento" (D),

na literatura clássica da área, é compreendido como mais abrangente, incluindo

ações organizacionais que estimulam o livre crescimento pessoal de seus membros,

que não visam necessariamente a melhoria de desempenhos atuais ou futuros

(NADLER, 1984).

O treinamento pode ser visto como um instrumento administrativo de vital

importância para o aumento da produtividade do trabalho, e também como fator de

auto-satisfação do treinando constituindo-se um agente motivador. Abrange uma

somatória de atividades que vão desde aquisição de habilidade até o

desenvolvimento de um conhecimento técnico complexo, incluindo também a

assimilação de novas atitudes, bem como modificações de comportamentos em

função de problemas sociais amplos.

Entretanto para que o trabalho se realize é necessário elaborar um

planejamento, o qual direcionará o trabalho. Ao que se refere a isto Borges-Andrade

(2002, p. 52) T & D propõem um sistema, integrado com três etapas: (a) avaliação

de necessidades; (b) planejamento do treinamento e sua execução e (c) avaliação

do treinamento. Do primeiro para o segundo e deste para o terceiro, os referidos

elementos mantêm entre si um constante fluxo de informações, sendo que o

subsistema "avaliação de treinamento" seria o principal responsável pelo provimento

de informações que garante a retroalimentação e, portanto, o aperfeiçoamento

constante do sistema.

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Esta avaliação pode ser definida como um processo que inclui sempre algum tipo

de coleta de dados usados para se emitir um juízo de valor a respeito de um

treinamento, ou um conjunto de treinamentos.

A respeito desta etapa Hamblin (1978, p. 25) propôs uma avaliação de

treinamento, que deveria seguir cinco níveis: (I) reação, que levanta atitudes e

opiniões dos treinandos sobre os diversos aspectos do treinamento, ou sua

satisfação com o mesmo; (II) aprendizagem, que verifica se ocorreram diferenças

entre o que os treinandos sabiam antes e depois do treinamento, ou se os seus

objetivos instrucionais foram alcançados; (III) comportamento no cargo, que leva

em conta o desempenho dos indivíduos antes e depois do treinamento, ou se houve

transferência para o trabalho efetivamente realizado; (IV) organização, que toma

como critério de avaliação o funcionamento da organização, ou mudanças que nela

possam ter ocorrido em decorrência do treinamento, e (V) valor final, que tem como

foco a produção ou o serviço prestado pela organização, o que geralmente implica

em comparar custos do treinamento com os seus benefícios.

Por fim através do Treinamento e Desenvolvimento é possível que o psicólogo

organizacional realize uma intervenção adequada visando à necessidade da

instituição em que está atuando, contribuindo deste modo no engajamento

verdadeiro dos funcionários, pois se sentirão pessoas valorizadas e essenciais,

percebendo que seus interesses são levados em consideração. Fazendo com que

os funcionários desenvolvam um trabalho com comprometimento, dedicando seus

esforços e competências para a realização de suas tarefas.

5.2 PROCEDIMENTOS A seguir serão apresentas as etapas das atividades a serem desenvolvidas

no ano de 2006 pelo programa de treinamento e desenvolvimento de equipes.

Quadro1: quadro explicativo das etapas a serem realizadas.

METAS ESTRATÉGIAS RECURSOS CRONOGRAMA ** NÚMERO DE ENCONTROS

Reavaliar as necessidades de treinamento dos

- Analisando os resultados do

trabalho realizado

Técnicos: - Leitura e análise dos dados

08 horas 2

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61

funcionários da organização.

no ano de 2005. -Revendo a demanda de

necessidades. - Analisando os

relatórios realizados

anteriormente. -Realizando

entrevistas com os diretores da

empresa para reavaliar as prioridades. - Listando

prioridades e necessidades.

apresentados nos relatórios. - Entrevistas. Materiais: - Computador. - Papéis A4. - Canetas. -Caderno de anotações. Físicos: - Sala de reuniões. - Refeitório. Humanos -Professor orientador do programa de treinamento desenvolvido na empresa em 2005. -Responsável Local. -Professora de estágio. -Diretores gerais. -Estagiárias de psicologia.

Planejar o treinamento a ser

realizado

-Realizando leituras a respeito dos

temas levantados. -organizando as

atividades a serem trabalhadas em cada reunião. -Listando as

dinâmicas de grupo utilizadas em treinamento anteriores.

-Buscando fontes que contenham

dinâmicas de grupo que contemplem os temas levantados. -Estabelecendo o

modo de apresentação das

estagiárias à equipe de

funcionários. -Definindo as

dinâmicas de grupo a serem realizadas

no treinamento atual.

Técnicos: -Leitura de livros relacionados aos temas levantados. - Leitura dos relatórios. -Análise de dados. -Pesquisa bibliográfica. -Levantamento de dados. - Redação. Materiais: - Computador -Papéis A4. -Canetas. -Caderno de anotações. Físicos: -Biblioteca. -Sala de reuniões. -Refeitório da empresa.

100 horas 25

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- Combinando com a organização o

número de funcionários para

compor o grupo de atividades.

-Estabelecendo com a organização a melhor maneira de compor cada

grupo de atividade. -Delimitando

horários e dias para a realização do

treinamento. -Levantando

materiais necessários para a

realização do treinamento.

Humanos: -Responsável Local. -Professora de estágio. -Estagiárias de psicologia.

Aplicar o treinamento planejado.

-Organizando os materiais

necessários para a realização do

encontro. -Preparando o

refeitório para a realização do

trabalho. -Chamando o grupo

de funcionários para o treinamento. -Apresentando as

estagiárias à equipe de

funcionários. -Explicando o trabalho a ser realizado na

empresa. -Realizando a

atividade conforme planejamento. -Respondendo

possíveis dúvidas dos funcionários.

-Realizando fechamento do encontro com

reflexões e questionamentos.

Técnicos: - Livros. Materiais: - Computador. -Papéis A4. -Canetas. -Caderno de anotações. -Materiais listados para a realização de cada dinâmica. Físicos: -Biblioteca da PUC-PR -Refeitório da empresa Humanos: -Funcionários -Responsável Local. -Professora de estágio. -Diretores gerais. -Estagiárias de psicologia.

98 horas 24

Avaliar o treinamento

efetuado

- Elaborando um questionário misto

para os funcionários com

perguntas avaliativas a respeito do

Técnicos: -Questionário misto. Materiais: - Computador. -Papéis A4.

32 horas 8

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treinamento realizado.

- Solicitando autorização para

aplicação do questionário. -Definindo um encontro de

fechamento do programa de treinamento. -Realizando

encontro com os funcionários. -Recebendo

feedback a respeito do treinamento

realizado. -Reunindo os

dados obtidos no feedback e do questionário.

-Analisando as informações coletadas.

-Organizando sistematicamente os dados obtidos

qualitativa e quantitativamente.

-Elaborando relatório final.

-Canetas. -Caderno de anotações. Físicos: -Refeitório da empresa Humanos: -Funcionários. -Responsável Local. -Professora de estágio. -Diretores gerais. -Estagiárias de psicologia.

Apresentar os resultados para

instituição.

-Estabelecendo horário e dia para a

reunião. -Reunindo-se com os diretores gerais

da empresa. -Planejando a

apresentação dos resultados.

-Trocando feedback com os diretores

gerais da empresa.

Técnicos: -apresentação oral dos dados obtidos. Materiais: -Telefone. -Caderno de anotações. Físicos: - Sala de reuniões. Humanos: -Responsável Local. -Diretores gerais. -Professora de estágio. -Estagiárias de psicologia.

04horas 1

TOTAL: 242 horas

60 encontros

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* A carga horária contabilizada para o cumprimento da primeira meta é somada com atividades realizadas fora da instituição. ** O levantamento de necessidades será sempre realizado, pois o trabalho acontecerá de acordo com a demanda da instituição.

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REFERÊNCIAS

AAMBLIN, Anthony Crandell; MEYER, Gert. Avaliação e controle do treinamento. Sao Paulo: McGraw-Hill, 1978. 286 p.

BOOG, Gustavo. Faça a diferença: como construir sua competência pessoal e transformar seus potenciais em realidade. São Paulo: Editora Infinito, 1999. 215 p. BORGESANDRADE, Jairo Eduardo. Comprometimento organizacional na administração pública e em seus segmentos meio e fim. Temas em Psicologia. São Paulo: n. 1, 2002. p. 49-61. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. São Paulo: Atlas. 2000. 194 p. DAVIS, Keith; NEWSTROM, John W. Comportamento humano no trabalho: uma abordagem psicológica. São Paulo: Pioneira, 1992. DESSLER, Gary. Conquistando comprometimento: como construir e manter uma força de trabalho competitiva. São Paulo: Makron Books, 1997. 246 p. KATZ, Daniel; KAHN, Robert. Psicologia social das organizações. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1987. 511p. LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração: princípios e tendências. São Paulo; Saraiva, 2003. 542 p. MOSCOVICI, Fela. A organização por trás do espelho: reflexos e reflexões. Rio de Janeiro: José Olympio Ltda, 2001. 288 p. MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1998. 276 p.

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APÊNDICE D

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1. TÍTULO – Manual de integração.

2. JUSTIFICATIVA

O manual de integração é hoje um dos instrumentos se pode utilizar para que

a empresa se torne conhecida pelo novo funcionário. É um instrumento de baixo

custo e prático, pois não necessita a contratação e disponibilidade de um

profissional habilitado para aplicar o processo de integração.

Por meio deste é possível desenvolver uma maior identificação do novo

funcionário com a empresa, facilitando o entendimento da dinâmica organizacional

pelo recém contratado. O manual de integração contribui para uma gradativa

sensação de pertencimento a empresa, o funcionário sente que seu trabalho é

fundamental para o bom andamento das atividades, constituindo a necessidade de

depender esforços na atividade que lhe cabe.

Sua finalidade é fazer que o novo funcionário aprenda e incorpore certos

valores e normas, padrões que a organização considera imprescindíveis e

relevantes para um bom desempenho na sua nova função. (CHIAVENATO, 1997, p.

273).

O manual de integração pode ser mantido de acordo com a vontade e

disponibilidade da empresa. Sendo que deve ser revisado constantemente a fim de

estar sempre atualizado.

É importante lembrar que a satisfação das necessidades pessoais de cada

indivíduo está condicionada à participação em grupos, como o grupo de trabalho,

por exemplo. A entrada do indivíduo no grupo nem sempre á fácil porque o grupo é

uma reunião de personalidades diferentes com interesses comuns.

Acredita-se que é possível diminuir esta ansiedade, tomando o devido

cuidado com os seres humanos, pois como BOFF (1999, p. 78) diz, o cuidado deve

ser entendido na linha da essência humana e há de estar presente em tudo –

“Cuidar é mais que um ato,é uma atitude. Representa uma atitude de ocupação,

preocupação, de responsabilização e desenvolvimento afetivo ao outro”.

O primeiro dia de trabalho de um empregado novo é uma experiência que

contribui fundamentalmente para o seu sucesso. Pode transformar um “simples

emprego” numa “experiência realizadora”.

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3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL

- Contribuir para inserção mais integrada e comprometida de novos

funcionários.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Introduzir uma nova forma de recepção para os novos funcionários.

- Facilitar a adaptação do novo funcionário a empresa.

- Apresentar as informações pertinentes ao recém contratado.

- Contribuir nas relações interpessoais entre o novo funcionário e a

equipe.

- Informar direitos e deveres ao novo funcionário.

- Diminuir temores e ansiedades que comumente são vivenciados

quando se é admitido em um novo emprego.

4. METODOLOGIA

4.1 FUNDAMENTAÇÃO

A arte de receber bem está na acolhida, na entrada, no cuidar bem do ser

que chega. Nas empresas não pode ser diferente. Para BARBAZETTI (2000),

programas de integração de novos funcionários apresentam utilidade e ótima

relação custo-benefício.

No Brasil os programas de integração foram muito populares na década de

70, em que as empresas tiveram um aumento explosivo em suas vagas, mas

perderam um pouco o uso com o advento dos enxugamentos e da redução de

contratações.

Essa perda de importância imediata fez muitas empresas raciocinarem

erroneamente sobre sua relevância em termos de motivação e produtividade. Um

bom programa de integração é uma necessidade, seja para a empresa, seja para o

próprio funcionário, pois facilita a socialização organizacional procurando

estabelecer junto ao novo participante a base e as premissas, através das quais que

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ela pretende funcionar e como o novo participante poderá colaborar neste aspecto.

Desta maneira a organização busca a adaptação do comportamento do individuo às

suas necessidades e objetivos, marcando fortemente neles suas impressões.

Entretanto o novo funcionário estará buscando influenciar a organização e seu

gerente para criar uma situação de trabalho que lhe proporcione satisfação e o

alcance de seus objetivos pessoais. A adaptação é mutua, em busca de uma

verdadeira simbiose entre as partes.

O primeiro contato do chefe com o novo funcionário é fundamental. Sendo

este positivo, trará benefícios à ambos, facilitando desta forma o trabalho. Se

negativo, poderá ocasionar um desajuste e exigir um difícil trabalho de

recomposição. Assim que o funcionário é contratado este vai ser colocado ao lado

de vários funcionários antigos para a “climatização”. Deverá ainda explicar o

funcionamento dos diversos setores da empresa. (TOLEDO, 1992, p.150)

Ao que se refere a ”climatização” Chiavenato (1997, p. 270) explica que é

maneira pela qual a organização, recebe os novos escolhidos e os integra à sua

cultura, a seu contexto, sistema, para que eles possam comportar-se de maneira

adequada às expectativas da organização.

Uma das formas de realizar o processo de integração é por meio de um

manual de integração, que segundo Oliveira (2002, p. 398) é todo e qualquer

conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades, políticas, objetivos,

instruções e orientações que devem ser obedecidos e cumpridos pelos funcionários

da empresa, bem como a forma que estes devem ser executados, quer seja

individualmente que seja em grupo.

Uma das vantagens mais evidentes e perceptíveis do manual de integração é

o que diz respeito à prevenção de erros, de mal entendidos e problemas. Um

empregado que não está informado sobre determinadas normas, sistemas de

trabalho, aspectos da estrutura organizacional, requisitos da empresa, está sujeito a

cometer ou provocar erros ou mal entendidos às vezes até de certa gravidade.

Outro benefício do manual refere-se a permitir à empresa o direcionamento

do trabalho dos novos admitidos. Ou seja, pode ser excelente veículo de divulgação

da filosofia da empresa e de suas políticas, permitindo que a empresa diga aos

novos, o que ela espera deles em termos de trabalho, de resultados, de atitudes e

comportamentos.

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Comunicando-se de forma aberta e franca como funcionário, mostrando-lhe o

porquê de suas políticas e de sua filosofia, de suas normas e regras, a empresa dá

um passo inicial importante no sentido de obter um novo empregado mais motivado.

Percebendo, deste modo, a importância de seu trabalho específico e vendo como

realmente válidas a razão de ser da empresa, certamente sentirá mais orgulho de

pertencer a ela e isso certamente tem impacto decisivo sobre sua produtividade,

sobre sua criatividade e seu empenho.

Resumidamente as principais vantagens da utilização de manuais de

integração são: correspondem a uma importante fonte de informações sobre o

trabalho da empresa, facilita o processo de efetivar formas, procedimentos e funções

administrativas; auxiliam a fixar critérios e padrões, evitam discussões e equívocos,

aprimoram o sistema de autoridade da empresa, pois possibilita melhores

delegações mediante instruções escritas; representam elemento importante de

revisão e avaliação objetivas das práticas e dos processos institucionalizados, entre

outros.

4.2 PROCEDIMENTOS

A seguir serão apresentadas as etapas das atividades a serem desenvolvidas

no ano de 2006 pelo plano de Manual de integração.

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Quadro 01: quadro explicativo da primeira etapa

META-1 ESTRATÉGIAS RECURSOS

-Conhecer Benchmark sobre manual de

integração.

1.1 Levantando as

possibilidades de contato com outras empresas que possuem

manual de integração.

1.2 Marcar entrevistas com as empresas selecionadas.

1.3 Colhendo diferentes modelos de manual das

organizações entrevistadas.

Técnicos: - Leitura

-Entrevistas -Observação

-Digitação

Materiais: -Papéis A4.

-Caneta. -Caderno de anotações.

-Documentos fornecidos pela empresa

-Telefone.

Físicos: -Refeitório da empresa.

Humanos:

-Estagiárias. -Professora de estágio.

-Funcionários da instituição

Quadro 2: quadro explicativo da segunda etapa.

META- 2 ESTRATÉGIAS RECURSOS

-Definir os tópicos do manual de integração.

2.1 Buscando fontes que

contenham fundamentação sobre tema integração.

2.2 Realizando leituras a

respeito do tema.

2.3 Colhendo dados da caracterização da instituição.

2.4 Consultando site da

empresa.

2.5 Analisando os demais documentos.

2.6 Listando os tópicos

importantes para compor o manual.

Técnicos:

-Análise de dados.

-Leitura. -Pesquisa. bibliográfica.

-Observação -Redação. - Digitação.

Materiais:

- Computador.

-Papéis A4. -Caneta.

-caderno de anotações. - Caracterização da

instituição.

Físicos:

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2.7 Solicitando aprovação

para desenvolver o mesmo.

2.8 Retificando e ratificando o roteiro elaborado.

- Biblioteca -Refeitório da empresa.

Humanos:

- Estagiárias. -Professora de estágio.

-Responsável local. -Diretor geral.

Quadro 03- quadro explicativo da terceira etapa

META -3 ESTRATÉGIAS RECURSOS

-Organizar a documentação para a elaboração do manual.

3.1 Selecionado as

informações pertinentes para o conteúdo para o manual

com base no roteiro apresentando.

3.2 Organizando as

informações coletadas.

3.3 Complementando com dados fornecidos pela

empresa.

3.4 Estruturando a versão preliminar do manual de

integração.

Técnicos:

-Análise de dados. -Leitura.

-Redação. -Digitação.

Matérias:

-Papeis A4. -Caneta.

- Computador.

Físicos: -Sala de reuniões.

-Refeitório da empresa.

Humanos: Estagiárias.

-Professora de estágio. -Responsável local.

-Diretor geral.

Quadro 04: quadro explicativo da quarta etapa.

META-4 ESTRATÉGIAS RECURSOS - Elaborar o manual de integração.

4.1 Redigindo o manual conforme versão preliminar. 4.2 Pesquisando figuras que ilustrem os temas do manual. 4.3 Apresentando a primeira versão do manual para a professora de estágio.

Técnicos:

-Análise de dados. -Leitura.

-Redação. -Pesquisa. -Digitação.

Matérias:

-Papeis A4. -Caneta.

- Computador.

Físicos: -Sala de reuniões.

-Refeitório da empresa.

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Humanos: Estagiárias.

-Professora de estágio.

REFERÊNCIAS

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano–compaixão pela terra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. BARBAZETTI, Jean. Programas de integração para novos colaboradores apresentam ótima relação

custo-benefício. Disponível em: http:// www.manager.com.br. Acesso em: 09/06/2006. BISPO, Patrícia. Vencendo a ansiedade dos colaboradores.Disponível em: http:// www.RH.com.br. Acesso: 12/06/2006. ROSA, José Antônio. Manual de Montagem do programa de integração de novos empregados. SãoPaulo – SP: Editora Síntese Ltda., 1991. Toledo, Flávio. Administração de pessoal: desenvolvimento de recursos humanos. 6 ed. São Paulo : Atlas, 1987.

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APÊNDICE E

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ORIENTAÇÕES AO FUNCIONÁRIO

Curitiba, setembro de 2006.

Prezado funcionário (a)

Você está recebendo o Manual de Orientação ao Funcionário- Conhecendo a

NOME DA EMPRESA 6 – que contém diversas informações importantes sobre o

funcionamento da empresa.

Este manual foi feito para ser um guia de consulta sobre os principais direitos

e deveres dos funcionários. A leitura atenciosa deste guia contribuirá para o seu

trabalho na empresa.

Após a leitura, caso surjam dúvidas ou necessidade de esclarecimento sobre

algo que foi exposto no manual, converse com os administradores da EMPRESA.

Atenciosamente,

Administração da EMPRESA.

6 NOME DA EMPRESA foi substituído pelo mome empresa a fim de preservar em sigilo o nome do

local de estágio.

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Sumário

1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA .....................................................................3 1.1Estrutura.................................................................................................4

1.2 Produtos e clientes..................................................................................5

2 O QUE A EMPRESA OFERECE A VOCÊ...........................................................6

2.1 Benefícios..............................................................................................6

3 SEUS DIREITOS........................................................................................7

4 SEUS DEVERES, NORMAS E OBRIGAÇÕES...................................................8

5 SEGURANÇA..............................................................................................9

5.1 A Ginástica Laboral...............................................................................10

5.2 Uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI.................................10

6 O QUE A EMPRESA ESPERA DE SEUS FUNCIONÁRIOS..................................10

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Parabéns!!

Você foi aceito como o novo funcionário da EMPRESA. Concluímos que você

possui capacidade para desenvolver seu trabalho com dignidade e competência,

fazendo parte do nosso grupo. Seja bem vindo à empresa. Desejamos-lhes muito

sucesso.

1 Apresentação da EMPRESA

A empresa EMPRESA foi fundada em outubro de 1984 pelo diretor e sua

esposa. O casal trabalhava anteriormente em uma empresa do pai do diretor sendo

esta do mesmo segmento da EMPRESA. Deste modo constitui-se o mesmo tipo de

negócio de geração para geração, numa composição familiar. Há cinco anos a

empresa se localiza no endereço atual(...) na cidade de Curitiba-PR.

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1.1 Estrutura

A empresa subdivide-se em alguns setores, assim como ilustra a figura 1

O setor administrativo/ comercial da empresa tem como principais funções:

negociação com representantes comerciais (free lancer),recebimento de pedidos

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direto dos clientes, contratação de novos funcionários, compras de materiais,

admissão e demissão de funcionários, emissão de relatórios de produção listando

modelos e materiais, realização de funções administrativas ( contas a pagar e contas

a receber ) e atendimento telefônico.

O setor almoxarifado é responsável pelo levantamento de materiais

necessários, recebimento e separação de materiais, contagem e empacotamento de

materiais para entrega e expedição de materiais.

Finalmente o setor de produção que é subdivido em: corte, montagem e

acabamento. Tem respectivamente as seguintes funções: preparação do material

para repassar para produção, confecção das peças e realização do controle de

qualidade fazendo os reparos necessários.

Para que o produto final seja produzido a empresa conta com a parceria de

alguns serviços terceirizados, tais como: departamento de pessoal, contabilidade,

bordados, serigrafia e fotolitos.

1.2 Produtos e clientes

Os clientes da EMPRESA são agências organizadoras de eventos e congressos,

bancos, escolas e representantes comerciais, os quais buscam a qualidade dos

produtos da EMPRESA. Seus principais produtos são: pastas, bolsas, mochilas,

sacolas térmicas, necessaire, estojos, pochetes, aventais, crachás, malotes, dentre

outros itens.

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2 O que a EMPRESA oferece a você

A EMPRESA em prol da qualidade do produto ofertado prioriza o bem-estar de

seus funcionários. O papel das pessoas é visto de forma

sistêmica e comparado com uma família já que os

setores são interdependentes, o que

exige que os funcionários se inter-relacionem para o

bom andamento dos serviços que a empresa oferece.

2.1 Benefícios

• Alimentação: a empresa oferece um refeitório para maior comodidade de seus

funcionários.

• Treinamento e Desenvolvimento: projetos que envolvem o desenvolvimento

profissional do funcionário.

• Armário: a empresa oferece um armário individual para que o funcionário

possa guardar os seus pertences.

• Local reservado para guardar bicicleta ou moto, porém à empresa não se

responsabiliza por qualquer acontecimento ocorrido ao veículo.

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3 Seus direitos 7

• Pagamento: o pagamento do salário é efetuado até o 5º dia útil do mês

subseqüente ao vencido.

• Horas-extras: as primeiras duras horas-extras diárias serão remuneradas com

acréscimo de 60% (sessenta por cento) sobre o valor da hora normal, e as

que excederem de duas horas extras ao dia, com 80% (oitenta por cento)

sobre o valor da hora normal.

• Justificativa de faltas: são justificadas as faltas que foram decorrentes de

problemas de saúde e que necessitam de consulta médica ou odontológica.

• Abono de faltas: a empresa considera como faltas justificadas para todos s

efeitos legais, as que ocorrem pelos seguintes motivos:

- Para estudante: por ocasião da prestação de exames em cursos

regulares, vestibular ou universitários, se os mesmos coincidirem

com o seu horário de trabalho, desde que haja aviso com

antecedência máxima de 72hs com posterior comprovação

documental.

- Para aperfeiçoamento técnico - desde que haja interesse da

empresa, até dez faltas por ano para freqüência em cursos.

- Para recebimento do PIS.

- Para internamento hospitalar - de conjugue ou filho até um dia

mediante comprovação.

- Pelo falecimento do sogro ou sogra - até um dia, mediante

comprovação.

• Vale Transporte: os funcionários que precisam utilizar de condução para se

deslocarem até a empresa, recebem o número de vales transportes referentes

aos dias que necessitam no mês. Não são descontadas faltas e atrasos

7 Os direitos apresentados neste manual, são regidos pela Convenção Coletiva de Trabalho 2005/2006, dos Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro do Estado do Paraná e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Couro no Estado do Paraná.

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decorrentes de paralisação do transporte coletivo, exceto quando a empresa

fornecer, nestes dias, meios de locomoção.

• É permitido que os funcionários, caso queiram, comprem lanche fora da

empresa no horário de almoço e intervalo.

4 Seus deveres, normas e obrigações:

• Horário de Trabalho:

-Início: 07h30min

-Término: 17h45min

-Intervalo para almoço: 11h30min ás 13h

Antes e após cada intervalo irá tocar um sinal sonoro, sendo que o primeiro

sinal sinaliza que os funcionários devem se dirigir às máquinas. Espera-se que no

segundo sinal todos já estejam em seus respectivos postos de trabalho.

Observe bem o seu horário para não se atrasar!!

• Alimentação: o refeitório é nosso local de refeições, portanto sua higiene é

indispensável. No refeitório devem ser

observadas as normas de boa educação,

conduta pessoal e higiene bem como os

regulamentos, ordem e avisos internos. Sua

saúde deve estar em primeiro lugar.

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• Cartão ponto: todos devem bater seu cartão ponto na entrada e na saída. Não

esqueça: ninguém e por nenhum motivo poderá marcar o cartão ponto de

outro, sob pena de punição.

• Acatar e respeitar ordens:

- Para mudança de função quando a empresa entender

conveniente em razão da necessidade do serviço.

- Execução de normas internas de serviço que são expedidas e

não previstas neste regulamento.

• Materiais e utensílios: recolher aos lugares apropriados ao terminar o serviço o

material e os utensílios que lhe foram confiados.

• Proibições:

-Executar nas dependências da empresa

serviços estranhos aos interesses da mesma.

- Usar o celular durante o horário de

trabalho.

- Fumar nas dependências da empresa.

5 Segurança

A saúde do empregado é fundamental para a empresa e para a sociedade. Para

atingirmos esta finalidade devemos observar rigorosamente as normas de segurança

e de medicina do trabalho.

Cabe ao empregado:

• Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina

de trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

• Usar o EPI (Equipamento de Proteção Individual) fornecido gratuitamente pelo

empregador.

• Submeter-se aos exames médicos previstos pelas normas regulamentadoras.

• Colaborar com a empresa na aplicação das normas regulamentadoras.

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5.1 A Ginástica Laboral

A ginástica laboral consiste em exercícios específicos realizados no

próprio local de trabalho, atuando de forma preventiva e

terapêutica. Os exercícios realizados são de alongamento,

fortalecimento, postura e de relaxamento que são de suma

importância na prevenção dos males que afastam o funcionário do seu

trabalho e de sua vida cotidiana.

5.2 Uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI É responsabilidade do funcionário, o uso de EPI nas atividades que requerem

esse cuidado pela própria característica da tarefa ou conforme o local de execução

da atividade.

6 O que a EMPRESA espera de seus funcionários

Consideramos importante que o funcionário trabalhe em benefício da

empresa, pois é com o comprometimento e a dedicação de todos que se pode

realizar um trabalho de qualidade. Para isto esperamos do novo funcionário:

• Evitar fofocas e intrigas com os colegas de trabalho;

• Agir com honestidade, lealdade e integridade para com os colegas, com a

empresa e com os clientes.

• Respeitar o colega independente de sua raça, religião, idade, sexo ou

qualquer condição física adversa.

• Não desempenhar atividades conflitantes com os interesses da empresa.

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BEM VINDO!!!

Após a leitura deste manual você, novo funcionário, está de posse das

informações mínimas para desenvolver suas atividades na EMPRESA.

Como é impossível de se guardar tudo de uma só vez, caso você

tenha alguma dúvida, consulte novamente este manual de forma

periódica.

Você foi denominado nosso novo funcionário, isto é, mais um integrante

da EMPRESA, que venha acrescentar algo mais e se torne um participante

consciente da necessidade e importância do seu envolvimento no cumprimento

das normas estabelecidas.

Seja bem vindo e boa sorte!!!

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APÊNDICE F

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O coordenador pede para que todos os participantes sentem nas cadeiras em

forma de círculo e informa aleatoriamente um número para cada pessoa e solicita

para formarem duplas com os números similares. Os participantes são orientados a

conversar entre si, se apresentando e contando aspectos de suas características

pessoais, após isso é pedido que elaborem um crachá para seu colega de dupla

com os materiais disponibilizados. Solicita-se que os participantes formem um

círculo a fim de se apresentarem para o grande grupo.

Tempo previsto: 15 min.

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APENDICE G

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Aplicando 5S na Vida Pessoal

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar, que daqui para diante vai ser diferente”. (Carlos Drummond de Andrade).

Em Administração, utiliza-se um expediente importado lá do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chamado de “5 S”. Este nome provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra S: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke.

Praticar os 5s significa: -Seiri (senso de utilização): separar as coisas necessárias das desnecessárias; -Seiton (senso de organização): ordenar e identificar as coisas, facilitando encontrá-las quando desejado; -Seisou (senso de limpeza): criar e manter um ambiente físico agradável; -Seiketsu (senso de bem estar): cuidar da saúde física, mental e emocional de forma preventiva; -Shitsuke (senso de disciplina): manter os resultados obtidos através da repetição e da prática.

MAMANGAVA “Foi estabelecido cientificamente que a mamangava não pode voar. Sua cabeça é grande demais e suas asas pequenas demais para sustentar o corpo. Segundo as leis da aerodinâmica, simplesmente não pode voar. Mas ninguém disse isso à mamangava. E assim, ela voa...”

“SE FIZERMOS SEMPRE AS MESMAS COISAS OBTEREMOS SEMPRE OS MESMOS RESULTADOS”.

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APÊNDICE H

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QUESTIONÁRIO AVALIATIVO

1- Na sua opinião, através das técnicas utilizadas foi possível vivenciar as situações do mundo do trabalho, de forma:

( ) Pouco satisfatória ( ) Satisfatória ( ) Muito satisfatória ( ) Outras_______________

2- Com relação aos temas trabalhados você os considera: ( ) Desinteressantes ( ) Interessantes ( ) Importantes ( ) Não importantes

3- O que você pôde aprender participando do grupo de Treinamento e Desenvolvimento?

( ) A importância de saber ouvir ( ) A importância de saber dizer algo para outro de maneira adequada ( ) A importância do trabalho em equipe ( ) A importância do respeito às diferenças individuais ( ) A importância do comprometimento ( ) Nenhuma das alternativas ( ) Outros:______________

4- Assinale qual era a(s) principal (s) dificuldade (s) presentes no seu ambiente

de trabalho? ( ) Pouca cooperação entre os colegas de trabalho ( ) Fofocas e intrigas ( ) Agressividade (hostilidade entre as pessoas) ( ) Disputa de liderança ( ) Indiferença em relação ao trabalho ( ) Dificuldade de comunicação com os superiores ( ) Dificuldade de comunicação entre os funcionários ( ) Conflitos entre as pessoas ( ) Nenhuma das alternativas ( ) Outras _________________ 5- Assinale as alternativas que foram percebidas após o Treinamento? ( ) Aumento da cooperação ( ) Diminuição das fofocas e intrigas ( ) Diminuição da agressividade entre as pessoas ( ) Diminuição da competitividade entre os funcionários ( ) Diminuição da indiferença em relação ao trabalho ( ) Melhoria na comunicação com os superiores ( ) Melhoria na comunicação entre os funcionários ( ) Diminuição dos conflitos entre as pessoas ( ) Nenhuma das alternativas

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( ) Outras:_________________________

6- Assinale que nota de 0 a 10, você se daria, considerando os seguintes aspectos. *Atenção 0 representa pontuação mínima e 10 representa a pontuação

máxima.

Tópicos Antes Depois Maior Habilidade para falar e comunicar suas idéias e opiniões de forma clara e precisa

Maior facilidade para ouvir e compreender o que os outros dizem

Facilidade para Enfrentar e superar dificuldades em situações de desafio

Maior Habilidade para aceitar críticas Maior Habilidade para lidar com conflitos e hostilidade dos outros

7- Em sua opinião, o trabalho de treinamento desenvolvido foi: ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Excelente 8- Em sua opinião, com os encontros do Treinamento, foi possível: ( ) Aprender muito ( ) Aprender alguma coisa ( ) Não sei se aproveitei ( ) Quase nada aprendi ( ) Perdi meu tempo

9- Quanto às suas expectativas, este treinamento: ( ) Superou em muito o esperado ( ) Concretizou o que esperava ( ) Alguma coisa adiantou ( ) Quase nada adiantou

12- Quanto à espontaneidade e liberdade para expressar o que realmente sentia durante as reuniões de treinamento, estive: ( ) Totalmente à vontade ( ) Moderadamente à vontade ( ) Pouco à vontade 10- Minha motivação (interesse) para a participação nas atividades foi: ( ) Muito boa, o tempo todo ( ) Bastante, na maior parte do tempo ( ) Pouca ou ocasional ( ) Nula ( desinteresse total)

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13- Qual atividade que você mais gostou de participar?Por quê? __________________________________________________________________

14- Qual atividade que você menos gostou de participar? Por quê? ____________________________________________________________________________________________________________________________________ 15-Cite os pontos positivos do treinamento realizado. ____________________________________________________________________________________________________________________________________ 16-Cite os pontos negativos do treinamento realizado. ____________________________________________________________________________________________________________________________________ 17- Você mudaria algo no trabalho realizado? Se sim, cite suas sugestões: ____________________________________________________________________________________________________________________________________

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ANEXO

ANEXO A - mensagens que foram utilizadas no Programa de leitura no banheiro.

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ANEXO A

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As mensagens que foram utilizadas no Programa de leitura no banheiro foram as seguintes 8: -A importância do entusiasmo. -Motivado para vencer. -Invista em você. -Cuidado com o hábito de procrastinar. -Preste atenção aos detalhes. -Dez diferenças entre um vencedor e um perdedor. -Só não erra quem não faz. -A lição dos gansos. -Sonhe alto.

8 Retiradas do livro: MARINS, Luis A. Filho. Socorro! preciso de motivação. São Paulo: Harbra.

1995. 155p.

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DATA E ASSINATURAS Curitiba, 19 de dezembro de 2006.

__________________________________

Ana Amélia Barbosa

Aluna Quintoanista do curso de Psicologia da PUCPR

Autora

_________________________________

Priscila Nascimento

Aluna Quintoanista do curso de Psicologia da PUCPR

Autora

___________________________________

Ilma Lopes Soares de Meirelles Siqueira

Professora de Estágio da PUCPR

Curso de Psicologia

CRP 08/0290

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