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Page 1: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

Políticas PúblicasPolíticas Públicas

Política de Saúde no Brasil

Gilson Caleman

Page 2: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

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POLÍTICAS POLÍTICAS PÚBLICASPÚBLICAS

Características do Estado.Características do Estado.Modelo Residual :Modelo Residual :

Eleição do mercado como lócus próprio Eleição do mercado como lócus próprio da distribuiçãoda distribuiçãoPrevalência do setor privado no Prevalência do setor privado no atendimento das demandas de atendimento das demandas de previdência social e saúdeprevidência social e saúdePolíticas públicas dirigidas a segmentos Políticas públicas dirigidas a segmentos sociais com incapacidade de acessosociais com incapacidade de acessoEx: Austrália, Suíça e Ex: Austrália, Suíça e Estados UnidosEstados Unidos

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POLÍTICAS PÚBLICASPOLÍTICAS PÚBLICAS

Características do Estado.Características do Estado.Modelo Meritocrático ou de DesempenhoModelo Meritocrático ou de DesempenhoIndustrial:Industrial:

Vincula a ação protetora do Estado ao Vincula a ação protetora do Estado ao desempenho dos grupos protegidosdesempenho dos grupos protegidosBenefícios diferenciados, conforme o Benefícios diferenciados, conforme o trabalho, status ocupacional, capacidade trabalho, status ocupacional, capacidade de pressãode pressãoPolíticas públicas dirigidas a grupos que Políticas públicas dirigidas a grupos que têm capacidade contributivatêm capacidade contributivaEx: Alemanha, Áustria, Itália e França.Ex: Alemanha, Áustria, Itália e França.

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POLÍTICAS PÚBLICASPOLÍTICAS PÚBLICAS

Características do Estado.Características do Estado.Modelo Institucional-Redistributivo :Modelo Institucional-Redistributivo :

Fundamentado no padrão social-democrata do Fundamentado no padrão social-democrata do Welfare StateWelfare StateO bem-estar social é parte constitutiva da O bem-estar social é parte constitutiva da sociedadesociedadeDireitos sociais são legalmenteDireitos sociais são legalmente garantidosgarantidosPolíticas públicas são universaisPolíticas públicas são universaisEx: Suécia, Noruega e Ex: Suécia, Noruega e InglaterraInglaterra

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POLÍTICAS PÚBLICASPOLÍTICAS PÚBLICAS

Características do Estado.Características do Estado.

Regulação da Saúde (todos os modelos):Regulação da Saúde (todos os modelos):

Relação entre mercado e a política pública Relação entre mercado e a política pública de saúde, definindo a capacidade de de saúde, definindo a capacidade de regulação direta e indireta do Estado;regulação direta e indireta do Estado;

Configuração institucional:Configuração institucional:

- comando pelo Min. da Saúde e/ou da - comando pelo Min. da Saúde e/ou da PrevidênciaPrevidência

- combinados ou não com a saúde - combinados ou não com a saúde suplementarsuplementar

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POLÍTICAS PÚBLICAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Características do Estado.Características do Estado.

Regulação da Saúde (todos os modelos):Regulação da Saúde (todos os modelos):

Matriz de financiamento:Matriz de financiamento:

- combinações de impostos e - combinações de impostos e contribuições, subsídios e renúncia fiscalcontribuições, subsídios e renúncia fiscal

- cobertura de seguros e pagamentos - cobertura de seguros e pagamentos diretosdiretos

- sistemas variados de pagamento (por - sistemas variados de pagamento (por procedimento ou procedimento ou per capitaper capita))

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POLÍTICA DE SAÚDE NO POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL BRASIL

1897/1918 – Velha República1897/1918 – Velha República Saúde Pública:Saúde Pública:

Criado o Departamento Geral de Saúde Pública/ Criado o Departamento Geral de Saúde Pública/ Min. da JustiçaMin. da JustiçaOswaldo Cruz assume o Departamento Oswaldo Cruz assume o Departamento (1902/1904)(1902/1904)

. epidemia de febre amarela. epidemia de febre amarela . vacinação obrigatória contra a varíola. vacinação obrigatória contra a varíola . expansão das ações. expansão das ações . a saúde ocupa um espaço central na agenda . a saúde ocupa um espaço central na agenda

pública pública

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88

POLÍTICA DE SAÚDE NO POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILBRASIL

1918 /1930:1918 /1930: Saúde PúblicaSaúde Pública

Epidemia de Gripe Espanhola ( morte de Epidemia de Gripe Espanhola ( morte de Rodrigues Alves)Rodrigues Alves)Impotência do Estado na área da saúdeImpotência do Estado na área da saúdeLiga Pró-SaneamentoLiga Pró-SaneamentoMovimento pela centralização das açõesMovimento pela centralização das açõesCriação do Departamento Nacional de Saúde Criação do Departamento Nacional de Saúde Pública (Ministério da Educação e Saúde) Pública (Ministério da Educação e Saúde)

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POLÍTICA DE SAÚDE NO POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILBRASIL

1918 /1930:1918 /1930: Saúde PúblicaSaúde Pública

Regulamento SanitárioRegulamento Sanitário

Mudanças Constitucionais:Mudanças Constitucionais: . arcabouço de regulamentação do . arcabouço de regulamentação do

Estado nacionalEstado nacional . rearranjo nas relações da união, . rearranjo nas relações da união,

estados e municípiosestados e municípios

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1010

POLÍTICA DE SAÚDE NO POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILBRASIL

1918 /1930:1918 /1930: Saúde PúblicaSaúde PúblicaImplantação de postos sanitários, hospitais Implantação de postos sanitários, hospitais regionais e dispensáriosregionais e dispensários

Recursos financeiros centralizados na União - Recursos financeiros centralizados na União - Fundo Sanitário Especial Fundo Sanitário Especial

1953 - Criado o Ministério da Saúde1953 - Criado o Ministério da Saúde

Recursos escassos - 0,5% do orçamento, até Recursos escassos - 0,5% do orçamento, até o final da década de 80o final da década de 80

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1111

POLÍTICA DE SAÚDE NO POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL BRASIL

1923 /1930:1923 /1930: Assistência MédicaAssistência Médica

Movimento dos trabalhadores urbanos para Movimento dos trabalhadores urbanos para garantias referentes a acidente de trabalho garantias referentes a acidente de trabalho - greve geral em 1917 (anarquistas - greve geral em 1917 (anarquistas italianos).italianos).

Decreto Legislativo - “Lei Eloy Chaves”, em Decreto Legislativo - “Lei Eloy Chaves”, em 1923.1923.

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1212

Caixas de Aposentadorias e PensõesCaixas de Aposentadorias e Pensões::

Natureza civilNatureza civilImplantada por empresasImplantada por empresasFacultativoFacultativoContribuição de empregado e empregadoresContribuição de empregado e empregadoresReconhecia a assistência médica como direito Reconhecia a assistência médica como direito dos beneficiários (amplitude)dos beneficiários (amplitude)Pouco impactoPouco impacto

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1313

1930 /1964:1930 /1964: Institutos de Aposentadorias e Pensões:Institutos de Aposentadorias e Pensões:

Golpe de Estado - Getúlio VargasGolpe de Estado - Getúlio Vargas

São criados os Institutos de Aposentadorias e São criados os Institutos de Aposentadorias e PensõesPensões

As CAPs são praticamente extintas.As CAPs são praticamente extintas.

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1414

IAPSIAPS

Contribuição compulsória por parte das empresas e Contribuição compulsória por parte das empresas e empregadosempregados

Formados por categoria profissionalFormados por categoria profissional

Mecanismos de poupança internaMecanismos de poupança interna

Participação direta do EstadoParticipação direta do Estado

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1515

IAPsIAPs

Prestação de serviços centrados no hospitalPrestação de serviços centrados no hospital

Modelo privatizanteModelo privatizante

ExcludenteExcludente

Instrumentos de sustentação políticaInstrumentos de sustentação política

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1616

1964/ 1985 :1964/ 1985 :Instituto Nacional da Previdência Social:Instituto Nacional da Previdência Social:

Golpe Militar em 1964Golpe Militar em 1964

Os IAPs são extintosOs IAPs são extintos

Governo ditatorial e centralizadorGoverno ditatorial e centralizador

Sustentado pelo capital financeiro e forças Sustentado pelo capital financeiro e forças conservadorasconservadoras

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1717

1964 /1985 1964 /1985 ::Instituto Nacional da Previdência Social.Instituto Nacional da Previdência Social.

Modelo econômico - substituição das importaçõesModelo econômico - substituição das importações

Urbanização decrescenteUrbanização decrescente

Criado o Criado o INPSINPS (Instituto Nacional da Previdência (Instituto Nacional da Previdência Social). Social). CentralizaçãoCentralização

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1818

1964/1985:1964/1985:

HospitalocêntricoHospitalocêntrico

CentralizadoCentralizado

Empresas de serviços médicos (pré- Empresas de serviços médicos (pré- pagamento)pagamento)

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1919

1964/19851964/1985::

Pagamento por unidade de serviçoPagamento por unidade de serviço

ExcludenteExcludente

CorruptorCorruptor

Clientelismo políticoClientelismo político

Direcionado para o complexo médico Direcionado para o complexo médico industrialindustrial

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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2020

1964/19851964/1985Em 1978:Em 1978:-- Criado o SINPAS (Sistema Nacional da Criado o SINPAS (Sistema Nacional da Previdência e Assistência Social)Previdência e Assistência Social)

-- Agudização da crise política e financeira do Agudização da crise política e financeira do sistema sistema

- pela recessão (fim do “milagre - pela recessão (fim do “milagre brasileiro”) ebrasileiro”) e - pela luta por democratização do país e - pela luta por democratização do país e pela falência do próprio modelopela falência do próprio modelo

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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2121

1964/19851964/19851980 - 1981:1980 - 1981:

Reformulação completa da assistência médicaReformulação completa da assistência médica

Implantado o plano CONASPImplantado o plano CONASP

Programa de Ações Integradas de SaúdePrograma de Ações Integradas de Saúde

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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Características do Plano CONASP / AIS:Características do Plano CONASP / AIS:

Criação de convênios com os serviços públicos Criação de convênios com os serviços públicos (estaduais e municipais)(estaduais e municipais)Priorização das ações primárias de saúdePriorização das ações primárias de saúdeInstituição das Comissões Interinstitucionais de Instituição das Comissões Interinstitucionais de SaúdeSaúdeDiferenciação entre prestadores públicos e privadosDiferenciação entre prestadores públicos e privadosPagamento por procedimento (AIH)Pagamento por procedimento (AIH)Controle dos prestadores (auditoria médicaControle dos prestadores (auditoria médica))

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1986 /1990: 1986 /1990: Nova RepúblicaNova República

Fim do regime militarFim do regime militarMovimento da reforma sanitária organiza a VIII Movimento da reforma sanitária organiza a VIII Conferência Nacional de Saúde, com ampla Conferência Nacional de Saúde, com ampla participação da sociedade organizadaparticipação da sociedade organizadaPropõe o SUSPropõe o SUSConvênio SUDS (1987)Convênio SUDS (1987)SUS aprovado pela Constituição de 1988SUS aprovado pela Constituição de 1988

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1986 /1990: 1986 /1990: Nova RepúblicaNova República

Suporte constitucional do SUS Suporte constitucional do SUS consolidadoconsolidado

Saúde como direito socialSaúde como direito social

UniversalidadeUniversalidade

IntegralidadeIntegralidade

EquidadeEquidade

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1986 /1990: Nova República1986 /1990: Nova República

Vinculação do financiamentoVinculação do financiamento

Seguridade socialSeguridade social

DescentralizaçãoDescentralização

Controle social (Conselhos de Controle social (Conselhos de Saúde)Saúde)

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1990 / 92 :1990 / 92 :

Suporte legal- Leis nº 8.080 e 8.142/90Suporte legal- Leis nº 8.080 e 8.142/90

INAMPS sob gestão do Ministério da INAMPS sob gestão do Ministério da SaúdeSaúde

Norma Operacional Básica 01/91Norma Operacional Básica 01/91

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1990/92: 1990/92:

Norma Operacional Básica 01/91:Norma Operacional Básica 01/91:- Pagamento por produção aos prestadores- Pagamento por produção aos prestadores

públicospúblicos- Diminuição drástica dos recursos - Diminuição drástica dos recursos financeirosfinanceiros- Início da descentralização- Início da descentralização- 1992 - IX Conferência Nacional de Saúde- 1992 - IX Conferência Nacional de Saúde- Queda do governo Collor- Queda do governo Collor

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1993/94:1993/94:

Norma Operacional Básica 01/93:Norma Operacional Básica 01/93: -“Descentralização das ações e -“Descentralização das ações e

serviços de saúde: a ousadia de serviços de saúde: a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei”cumprir e fazer cumprir a lei”

Extinção do INAMPSExtinção do INAMPS

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1993/ 94:1993/ 94:

Implantação dos Programas da Saúde da Implantação dos Programas da Saúde da Família e Agente Comunitários de SaúdeFamília e Agente Comunitários de Saúde

Implantação do Programa de Combate à AIDSImplantação do Programa de Combate à AIDS

Certificado de extinção da transmissão da Certificado de extinção da transmissão da poliomielitepoliomielite

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1993 /94:1993 /94:

Funcionamento efetivo das Comissões Funcionamento efetivo das Comissões Intergestoras: Bipartite e TripartiteIntergestoras: Bipartite e Tripartite

Estabelecimento de padrões de gestão Estabelecimento de padrões de gestão no sistema para estados e municípiosno sistema para estados e municípios

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

1995 / 2002 :1995 / 2002 :

NOB 01/96NOB 01/96

-Estabelecimento de dois níveis de gestão para os municípios

-Gestão plena de atenção básica

-Gestão plena de sistema municipal

-Transferência fundo a fundo

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1995 / 2002:1995 / 2002: Regulamentação dos planos e seguros de Regulamentação dos planos e seguros de saúde (Lei nº 9.656/98) e criação da saúde (Lei nº 9.656/98) e criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) (Lei nº 9.961/2000);(ANS) (Lei nº 9.961/2000);Implantação da Agência Nacional de Implantação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e política de Vigilância Sanitária (Anvisa) e política de incentivo à produção de medicamentos incentivo à produção de medicamentos genéricos;genéricos;Incremento do Programa de Saúde da Incremento do Programa de Saúde da Família em todo o país.Família em todo o país.

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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1995 / 2002:1995 / 2002:

Aprovação da PEC-29 , vinculados os Aprovação da PEC-29 , vinculados os recursos orçamentários da União, recursos orçamentários da União, estados e municípios. 09/2000estados e municípios. 09/2000

Excesso de portarias em relação ao SUS Excesso de portarias em relação ao SUS (Secretaria de Assistência à Saúde) (Secretaria de Assistência à Saúde)

NOAS 01/2001 e 01/2002.NOAS 01/2001 e 01/2002.

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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3434

2003/ 06: 2003/ 06: Continuidade das políticas (PSF, AIDS, PACS, Continuidade das políticas (PSF, AIDS, PACS, NOAS)NOAS)Resgate da Comissão TripartiteResgate da Comissão TripartiteImplantação de políticas diferenciadas:Implantação de políticas diferenciadas:

- “Brasil Sorridente”- “Brasil Sorridente” - VIDA - doação de órgãos- VIDA - doação de órgãos - Contrato de Gestão – hospitais universitários- Contrato de Gestão – hospitais universitários - Política para hospitais de pequeno porte- Política para hospitais de pequeno porte

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

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2003/06: 2003/06: Implantação de políticas diferenciadas:Implantação de políticas diferenciadas:

-Quali-Sus-Quali-Sus -SAMU-SAMU -Incremento de leitos de UTI-Incremento de leitos de UTI -Farmácia Popular-Farmácia Popular -Lei de Responsabilidade Sanitária-Lei de Responsabilidade Sanitária

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

Page 36: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

3636

- - Necessidades em Saúde/Controle de Riscos/Redução de Necessidades em Saúde/Controle de Riscos/Redução de DanosDanos

-Gestão da demanda-Gestão da demanda -Controle da oferta-Controle da oferta CONTROLE DE CUSTOSCONTROLE DE CUSTOS INFORMAÇÃO COMO INSUMO ESTRATÉGICO DE INFORMAÇÃO COMO INSUMO ESTRATÉGICO DE

GESTÃOGESTÃO HUMANIZAÇÃOHUMANIZAÇÃO AVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS AÇÕESAVALIAÇÃO DO IMPACTO DAS AÇÕES QUALIDADE DA ATENÇÃOQUALIDADE DA ATENÇÃO

EQUIDADE:EQUIDADE:

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPREMISSASPREMISSAS

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3737

CUSTOCUSTO

QUALIDADEQUALIDADE

ACESSOACESSO

NECESSIDADE

INTEGRALIDADE

EQUIDADE

POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASILPOLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL

Page 38: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

3838

Saúde SuplementarSaúde Suplementar

Page 39: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

3939

Instrumentos da RegulaçãoInstrumentos da Regulação

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa

privada.privada.

11oo. As instituições privadas poderão participar . As instituições privadas poderão participar

de forma complementar do sistema único de saúde, de forma complementar do sistema único de saúde,

segundo diretrizes deste, mediante contrato de segundo diretrizes deste, mediante contrato de

direito público ou convênio, tendo preferência as direito público ou convênio, tendo preferência as

entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

22oo. É vedada a destinação de recursos públicos . É vedada a destinação de recursos públicos

para auxílios ou subvenções às instituições para auxílios ou subvenções às instituições

privadas com fins lucrativosprivadas com fins lucrativos

Page 40: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4040

1988

1991

1998

2000

1997

Constituição / SUS

Definição da saúde privada como setor regulado

Código de Defesa do Consumidor - CDC

Debates no Congresso

Focos: atividade econômica e assistência à saúde

Promulgação da Lei nº 9.656 em 03 de junho de 1998

Lei nº 9.961/00 - ANS

Os primeiros 12 anos após a Os primeiros 12 anos após a Constituição de 1988Constituição de 1988

Page 41: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4141

Setor antes e depois da Setor antes e depois da regulamentaçãoregulamentação

Assistência àSaúde e Acesso

(produto)

Antes da RegulamentaçãoAntes da Regulamentação Após a RegulamentaçãoApós a Regulamentação

Operadoras(empresas)

Livre Atuação

• Legislação do tipo societário

Livre Atuação• Livre definição da cobertura

assistencial• Seleção de risco• Livre exclusão de usuários

(rompimento de contratos)• Livre definição de carências• Livre definição de reajustes

Atuação ControladaAutorização de funcionamentoRegras de operação uniformes

(balanço, por exemplo)Sujeitas à intervenção e liquidaçãoExigência de reservas - garantias

financeiras)

Atuação Controlada• Assistência integral à saúde

obrigatória• Proibição da rescisão unilateral

dos contratos• Definição e limitação das carências• Reajustes controlados• Proibição de limites de internação

Page 42: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4242

Definição InstitucionalDefinição Institucional ANSANS

Tem por finalidade institucional promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores - e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país.

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4343

Fonte: Cadastro de Beneficiários - ANS/MS - 12/2005mar/07Nota: O termo "beneficiário" refere-se a vínculos aos planos de saúde, podendo incluir vários vínculos para um mesmo indivíduo.

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

45.000.000

50.000.000

dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 mar/07Total Novos Antigos

Número de Contratos - 2000/2007

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4444

Distribuição dos Planos - 2007Distribuição dos Planos - 2007

Fonte: Cadastro de Beneficiários - ANS/MS – 03/2007

Antigos32,4%

Novos67,6%

Page 45: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4545

Distribuição dos Planos Novos -Distribuição dos Planos Novos -20072007

Fonte: Cadastro de Beneficiários - ANS/MS – 03/2007

Individuais21,1%

Coletivos78,9%

Page 46: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4646

Distribuição dos beneficiários de planos de saúde, Brasil – 2007

Fonte: Cadastro de Beneficiários - ANS/MS - 12/2005mar/07Nota: O termo "beneficiário" refere-se a vínculos aos planos de saúde, podendo incluir vários vínculos para um mesmo indivíduo.

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 mar/07

Ambulatorial

Hospitalar (1)Hospitalar (1) e ambulatorial

Referência

OdontológicoNão identificado

Page 47: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4747

Beneficiários de Planos de SaúdeBeneficiários de Planos de Saúde

• Fonte: Cadastro de Beneficiários - ANS/MS – 03/2007

Page 48: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4848

Pirâmide Etária de Beneficiários Pirâmide Etária de Beneficiários Março 2007Março 2007

Fontes: Sistema de Informações de Beneficiários - ANS/MS - 03/2007 e Fontes: Sistema de Informações de Beneficiários - ANS/MS - 03/2007 e População estimada - IBGE/DATASUS/2006População estimada - IBGE/DATASUS/2006

Masculino P opulação MasculinaP opulação Feminina Beneficiários MasculinoBeneficiários Feminino0 a 9 anos 18.464.989 -18.464.989 17.864.942 3.252.937 -3.252.937 3.082.49610 a 19 anos 19.571.055 -19.571.055 19.251.110 3.150.910 -3.150.910 3.141.74420 a 29 anos 16.409.672 -16.409.672 16.711.555 4.432.502 -4.432.502 4.948.73130 a 39 anos 13.588.781 -13.588.781 14.300.183 3.847.887 -3.847.887 4.389.48840 a 49 anos 10.262.133 -10.262.133 10.911.580 3.160.575 -3.160.575 3.571.37450 a 59 anos 6.562.768 -6.562.768 7.102.676 2.003.858 -2.003.858 2.425.19860 a 69 anos 4.123.227 -4.123.227 4.769.972 991.591 -991.591 1.341.06170 a 79 anos 2.175.189 -2.175.189 2.721.913 550.166 -550.166 868.94780 anos ou mais 788.578 -788.578 1.190.290 224.587 -224.587 429.329Total 91.946.392 94.824.221 21.615.013 24.198.368

BeneficiáriosP opulação

25.000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000

0 a 9 anos

10 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 anos ou mais

P opulação Masculina P opulação Feminina Beneficiários Masculino Beneficiários Feminino

Page 49: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

4949•Fonte: Cadastro de Beneficiários Cadastro de Operadoras - ANS/MS – 03/2007

Beneficiários de planos de saúde, por modalidade da operadora - Brasil - 2000-2007

0

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/05 mar/07

Autogestão Cooperativa médicaCooperativa odontológica FilantropiaMedicina de grupo Odontologia de grupoSeguradora especializada em saúde

Page 50: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

5050•Fonte: Cadastro de Beneficiários Cadastro de Operadoras - ANS/MS – 03/2007

Número de operadoras - Brasil - 1999-2007

1.500

1.700

1.900

2.100

2.300

2.500

2.700

2.900

Até1999

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Operadoras em atividade Operadoras com beneficiários

Page 51: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

5151

Recursos FinanceirosRecursos FinanceirosRECURSO FINANCEIROS - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

E SAÚDE SUPLEMENTAR – 2005/2006.

Usuários Recursos Financeiros Per Capita

(em R$ 1,00) (em R$ 1,00)

SUS 141.103.723 53.623.917.000,00 371,29

Saúde Suplementar 44.027.017 41.296.899.309,00 937.99

Total 184.184.264 89.155.661.309,00 484,06

Fonte: Orçamento da União, SIOPS/MS-2003 e SIB/DIOPS E FIPE-2005 - ANS

Page 52: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

5252

Estratégias da Política de Estratégias da Política de Qualificação da Saúde SuplementarQualificação da Saúde Suplementar

•Programa de Qualificação

• Qualificação Institucional

• Fomento à pesquisa e a publicações

• Aprimoramento dos sistemas de informação

• Aperfeiçoamento da regulação indutora e normativa da ANS

Page 53: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

5353

•Efetividade•Eficiência – custo/efetividade•Resolubilidade •Segurança•Projeto terapêutico individual e adequado às necessidades de saúde dos usuários•GESTÃO DO RISCO

Em Busca de uma síntese doEm Busca de uma síntese donovo modelonovo modelo

Page 54: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

5454

• Qualidade da atenção (acesso, sufIciência, continuidade, coordenação e satisfação)

• Profissionalização gestão dos serviços

• Informação como insumo estratégico da gestão

• Articulação em rede

•Controle da sociedade

Em Busca de uma síntese doEm Busca de uma síntese donovo modelonovo modelo

Page 55: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

5555

MetasMetasOperadoras:Operadoras: atuarem como gestoras de saúde, oferecendo o conjunto de intervenções necessárias à promoção e recuperação da saúde do beneficiário

Prestadores:Prestadores: atuarem como produtores do cuidado de saúde, articulando os diferentes saberes e tecnologias na perspectiva de uma atenção integral às necessidades do beneficiário

Beneficiários:Beneficiários: serem usuários com consciência sanitária, com capacidade de superarem o processo de medicalização a que estão submetidos

ANS:ANS: aprimorar-se como órgão qualificado e eficiente para regular um setor que objetiva produzir saúde

Page 56: Políticas Públicas Política de Saúde no Brasil Gilson Caleman

5656

Obrigado

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