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Para analisar, estudar e compreender as diretrizes e bases da educação em sua totalidade implica antes compreender como a educação se constitui e se desenvolve em caráter da Educação nacional, ou seja, as Politicas Publicas e Direitos aplicada sistema Educacional.

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  • Material - Subsidio ao curso Direito aplicado a Educao. Elaborado pelo Professor Elicio Lima 2015. So Paulo Material - Subsidio ao curso Politicas Pblicas em Educao. Elaborado pelo Professor Elicio Lima 2015. So Paulo

    PRINCPIOS, NORMAS E CONDIES OPERACIONAIS DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO POLITICAS PBLICAS:

    INTRODUO AO TEMA: Para analisar, estudar e compreender as diretrizes e bases da educao em

    sua totalidade implica antes compreender como a educao se constitui e se

    desenvolve em carter nacional.

    LEGISLAO LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACIONAL NACIONAL N 9.394 DE 20 DEZEMBRO DE 1996.

    O primeiro artigo da LDB esclarece que:

    Art. 1 - A educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais.

    Portanto, a LDB inicia-se afirmando que a educao abrange os processos formativos que se desenvolvem no mbito da sociedade em vrios lugares, um dos quais a escola.

    Nesse contexto, a educao passa a ser a educao escolarizada, sendo um processo formalizado, sistemtico e a escola enquanto instituio propicia de forma sistematizada o acesso cultura letrada e forma o membro da sociedade para o exerccio da cidadania.

    A educao escolarizada configura-se institucionalmente em nosso pas, contudo para fixar as linhas mestras de uma ordenao da educao nacional orgnica e coerente, da seguinte forma:

    EDUCAO BSICA Nvel da educao escolar brasileira compreende-se:

    A educao infantil,

    O ensino fundamental;

    O ensino mdio.

    O conceito de educao bsica foi ampliado a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB), de 1996, pois a lei anterior estabelecia como bsico o ensino chamado de primeiro grau. Dessa forma, lei considera como bsica para um cidado a formao que engloba uma educao bsica fundamental

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    obrigatria de oito ou nove anos contnuos e uma educao bsica mdia, progressivamente obrigatria, de trs anos. A LDB considera que a educao infantil corresponde ao ensino realizado em creches e pr-escolas, o ensino fundamental corresponde ao antigo primeiro grau e o ensino mdio ao antigo segundo grau (separado da formao profissional).

    De acordo com a LDB, a educao bsica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Alm disso, a educao bsica poder organizar-se em sries anuais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no-seriados, com base na idade, na competncia e em outros critrios, ou por forma diversa de organizao, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

    Tratando-se, da educao institucionalizada a Lei de Diretrizes e Bases da Educacional Nacional regula a organizao e o funcionamento do ensino e fundamenta poltica e o planejamento educacional do pas. Para compreender os princpios orientadores desse documento demanda-se domnio conceitual bsico, pois as informaes so usuais no sentido de empreender aes para a fruio da educao.

    1. ESTRUTURA DA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACIONAL NACIONAL

    A LDB (Lei n 9.394/96, de 20/12/96) foi publicada no Dirio Oficial da Unio de 23/12/1996, Seo 1. composta de 92 artigos, estruturados em nove (9) Ttulos e cinco (5) Captulos, distribuindo as matrias de que trata a Lei da seguinte forma:

    Para se compreender o real significado da legislao no basta ater-se letra da lei; preciso captar o seu esprito. No suficiente analisar o texto; preciso analisar o contexto. No basta ler nas linhas; preciso ler nas entrelinhas." Dermeval Saviani

    TTULO I - DA EDUCAO TTULO II - DOS PRINCPIOS E FINS DA EDUCAO NACIONAL

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    TTULO III - DO DIREITO EDUCAO E DO DEVER DE EDUCAR TTULO IV - DA ORGANIZAO DA EDUCAO NACIONAL TTULO V - DOS NVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAO E ENSINO

    CAPTULO I - DA COMPOSIO DOS NVEIS ESCOLARES CAPTULO II - DA EDUCAO BSICA

    Seo I - Das Disposies Gerais Seo II - Da Educao Infantil Seo III - Do Ensino Fundamental Seo IV - Do Ensino Mdio Seo V - Da Educao de Jovens e Adultos

    CAPTULO III - Da Educao Profissional CAPTULO IV - Da Educao Superior CAPTULO V - Da Educao Especial

    TTULO VI - DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAO TTULO VII - DOS RECURSOS FINANCEIROS TTULO VIII - DAS DISPOSIES GERAIS TTULO IX - DAS DISPOSIES TRANSITRIAS

    As diretrizes norteadoras da educao bsica esto contidas na Constituio Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional e nas Diretrizes Curriculares para o ensino fundamental.

    2 CONCEITUAO DA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACIONAL NACIONAL

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educacional Nacional um documento que fixa e estabelece metas e parmetros de organizao da educao a serem seguidos pela totalidade de uma nao. Ou seja, a Lei de Diretrizes e Bases da Educacional Nacional expressa poltica e o planejamento educacionais do pas. Essas diretrizes so embasadas na Constituio Federal. Fixar as diretrizes da educao nacional no outra coisa se no estabelecer os parmetros, os princpios, os rumos que se deve imprimir educao no pas. E ao fazer isso estar sendo explicitada a concepo de homem, sociedade e educao atravs do em enunciados dos primeiros ttulos da lei de diretrizes e bases da educao nacional relativos aos fins da educao, ao direito, ao dever, a liberdade de educar e ao sistema de educao, bem como sua normatizao e gesto. A lei de diretrizes e bases da educao trs contedos que apontam para idia de fundamento, organizao, princpios, normas e condies de

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    exeqibilidade. Nesse sentido, a lei de diretrizes e bases que traa a estrutura da educao nacional.

    Normalmente as leis tratam de assuntos tcnicos, administrativos e burocrticos. No entanto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei n 9.394/96) tem um forte componente pedaggico, se considerarmos pedagogia enquanto cincia da instruo e da educao e no mtodo. Nesse sentido, h vrias previses legais que se dirigem ao administrativo, mas que implicam, obrigatoriamente, o pedaggico. (relaciona o administrativo e o pedaggico)

    3. OBJETIVOS E FINALIDADES DA LDB: Os objetivos proclamados na LDB indicam as finalidades gerais e amplas, as intenes ultima. Estabelecem um horizonte de possibilidades, situando-se num plano ideal. Por ser uma lei LDB sintetizada, certamente deixa muitos pontos em aberto, para que possam ser adaptados a cada situao, a cada clientela. uma lei que estabelece diretrizes para todo o territrio nacional, neste pas to desigual e com tantas e to diversas realidades,

    Assim, considerando a multiplicidade de realidades do pas, a LDB uma lei indicativa e no resolutiva das questes do dia-a-dia. Portanto, trata das questes da educao de forma generalizada e sinttica, sendo o detalhamento do funcionamento do sistema objeto de decretos, pareceres, resolues e portarias.

    As leis especificas para educao, porque se esta visando sua sistematizao e no apenas institucionalizao. Sistematizar a legislao conjugar fins e meios. Portanto, dado o carter de uma lei geral (LDB), diversos de seus dispositivos necessitam ser regulamentados atravs de legislao especificas de carter complementar. A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional objetiva, especificamente, tratar da educao escolar (pargrafo I) que dever estar vinculada ao mundo do trabalho e prtica social (pargrafo II). Desta forma, h flexibilidade na aplicao de seus princpios e bases, de acordo com a diversidade de contextos regionais, est presente no corpo da lei, pressupondo, no entanto, intensa e profunda ao dos sistemas em nvel Federal, Estadual e Municipal para que, de forma solidria e integrada possam executar uma poltica educacional coerente com a demanda dos direitos e deveres do cidado.

    Nesse sentido, a LDB tem como eixos interdependentes, que no esto de forma explcita na letra da Lei: flexibilidade, autonomia, responsabilidade, participao, mundo do trabalho, e avaliao.

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    Esses eixos caracterizam uma nova escola, com identidade prpria, definida atravs do Projeto Pedaggico. Tambm, segundo a Lei, cada escola pblica passa a ser uma unidade oramentria, pela qual dever zelar toda a comunidade. Nesse sentido, a comunidade escolar e social precisa compreender a Lei para construir a viso comunitria nela expressa.

    Nessa relao, a finalidade da LDB ajustar os princpios enunciados no texto constitucional para a sua aplicao a situaes reais que envolvem os vrios Sistemas de ensino em vrias questes, entre elas:

    O funcionamento das redes escolares,

    A formao de especialistas e docentes,

    As condies de matrcula,

    Aproveitamento da aprendizagem e promoo de alunos,

    Os recursos financeiros, materiais, tcnicos e humanos para o desenvolvimento do ensino,

    A participao do poder pblico e da iniciativa particular no esforo educacional,

    A superior administrao dos sistemas de ensino,

    As peculiaridades que caracterizam a ao didtica nas diversas regies do pas.

    Assim, baseada no princpio do direito universal educao para todos, a LDB (Darcy Ribeiro foi o relator da lei 9394/96) apresenta como caracterstica norteadora para o sistema de ensino e sua normatizaao:

    Principais caractersticas da LDB

    Gesto democrtica do ensino pblico progressiva autonomia pedaggica e administrativa das unidades

    escolares (art. 3 e 15) Ensino fundamental obrigatrio e gratuito (art. 4) Carga horria mnima de oitocentas horas distribudas em duzentos dias

    na educao bsica (art. 24) Prev um ncleo comum para o currculo do ensino fundamental e

    mdio e uma parte diversificada em funo das peculiaridades locais (art. 26)

    Formao de docentes para atuar na educao bsica em curso de nvel superior, sendo aceito para a educao infantil e as quatro primeiras sries do fundamental formao em curso Normal do ensino mdio (art. 62)

    Formao dos especialistas da educao em curso superior de pedagogia ou ps-graduao (art. 64)

    A Unio deve gastar no mnimo 18% e os estados e municpios no mnimo 25% de seus respectivos oramentos na manuteno e desenvolvimento do ensino pblico (art. 69)

    Dinheiro pblico pode financiar escolas comunitrias, confessionais e filantrpicas (art. 77)

    Prev a criao do Plano Nacional de Educao.(art. 87)

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    4. COMPETNCIAS ATRIBUIDAS AO SISTEMA DE ENSINO: Os sistemas de ensino so o conjunto de campos de competncias e atribuies voltadas para o desenvolvimento da educao escolar que se materializam em instituies, rgos executivos e normativos, recursos e meios articulados pelo poder pblico competente, abertos ao regime de colaborao e respeitadas s normas gerais vigentes.

    Cada sistema de ensino, teoricamente, forma um conjunto articulado de competncias e atribuies. Havendo, contudo, uma educao nacional, fundamentada em valores e finalidades comuns, pressupe-se uma articulao entre os sistemas.

    Essa articulao ou integrao entre os sistemas fundamentada na LDB forma a organizao nacional da educao, assim, instituiu-se um Sistema Nacional de Educao tendo o MEC como rgo principal desse sistema. 5. PARADIGMA CURRICULAR (DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS): O art. 9, inciso IV, da LDB assinala ser incumbncia da Unio:... estabelecer, em colaborao com os Estados, Distrito Federal e os Municpios, competncias e diretrizes para a educao infantil, o ensino fundamental e o ensino mdio, que nortearo os currculos e os seus contedos mnimos, de modo a assegurar a formao bsica comum. Logo, os currculos e seus contedos mnimos (art. 210 da CF/88), propostos pelo MEC (art. 9 da LDB), tero seu norte estabelecido atravs de diretrizes. Neste perodo foram aprovadas as diretrizes curriculares nacionais para a educao bsica, os parmetros curriculares e instituiu-se tambm o sistema de avaliaes. Desta forma, cabe Cmara de Educao Bsica do CNE exercer a sua funo deliberativa sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais, reservando-se aos entes federativos e s prprias unidades escolares, de acordo com a Constituio Federal e a LDB, a tarefa que lhes compete em termos de implementaes curriculares. Ao definir as Diretrizes Curriculares Nacionais, a Cmara de Educao Bsica do CNE inicia o processo de articulao com Estados e Municpios, atravs de suas prprias propostas curriculares, definindo ainda um paradigma curricular para o Ensino Fundamental, que integra a Base Nacional Comum, complementada por uma Parte Diversificada (LDB, art. 26), a ser concretizada naproposta pedaggica de cada unidade escolar.

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    6. AS PROPOSTAS PEDAGGICAS E OS REGIMENTOS DAS UNIDADES ESCOLARES DEVEM OBSERVAR AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS E OS DEMAIS DISPOSITIVOS LEGAIS.

    Ao elaborar e iniciar a divulgao dos Parmetros Curriculares Nacionais (PCN), o Ministrio da Educao prope um norteamento educacional s escolas brasileiras, a fim de garantir que, respeitadas as diversidades culturais, regionais, tnicas, religiosas e polticas que atravessam uma sociedade mltipla, estratificada e complexa, a educao possa atuar, decisivamente, no processo de construo da cidadania, tendo como meta o ideal de uma crescente igualdade de direitos entre os cidados, baseado nos princpios democrticos. Essa igualdade implica necessariamente o acesso totalidade dos bens pblicos, entre os quais o conjunto dos conhecimentos socialmente relevantes. Desta forma, ao definir suas propostas pedaggicas e seus regimentos, as escolas estaro compartilhando princpios de responsabilidade, num contexto de flexibilidade terico/metodolgica de aes pedaggicas, em que o planejamento, o desenvolvimento e a avaliao dos processos educacionais revelem sua qualidade e respeito equidade de direitos e deveres de alunos e professores. Os Parmetros Curriculares Nacionais funciona como elemento catalisador de aes na busca de uma melhoria da qualidade da educao, por conseguinte na qualidade do ensino e da aprendizagem. A busca da qualidade impe a necessidade de investimentos em diferentes frentes, como a formao inicial e continuada de professores, uma poltica de salrios dignos e plano de carreira, a qualidade do livro didtico, recursos televisivos e de multimdia, a disponibilidade de materiais didticos. Mas esta qualificao almejada implica colocar, tambm, no centro do debate, as atividades escolares de ensino e aprendizagem e a questo curricular como de inegvel importncia para a poltica educacional da nao brasileira. (PCN, Volume 1, Introduo, pp.13/14). Alm disso, ao instituir e implementar um Sistema de Avaliao da Educao Bsica, o MEC cria um instrumento importante na busca pela eqidade, para o sistema escolar brasileiro, o que dever assegurar a melhoria de condies para o trabalho de educar com xito, nos sistemas escolarizados. A anlise destes resultados deve permitir aos Conselhos e Secretarias de Educao a formulao e o aperfeioamento de orientaes para a melhoria da qualidade do ensino. A proposta de avaliao nacional deve propiciar uma correlao direta entre a Base Nacional Comum para a educao, e a verificao externa do desempenho, pela qualidade do trabalho de alunos e professores, conforme regula a LDB, Art. 9.

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    Os esforos conjuntos e articulados de avaliao dos sistemas de educao, Federal, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal propiciaro condies para o aperfeioamento e o xito da Educao Fundamental. Isto acontecer na medida em que as propostas pedaggicas das escolas reflitam o projeto de sociedade local, regional e nacional, que se deseja, definido por cada equipe docente, em colaborao com os usurios e outros membros da sociedade, que participem dos Conselhos/Escola/Comunidade e Grmios Estudantis. 7. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS (DCNS) So normas obrigatrias para a Educao Bsica que orientam o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educao (CNE). As DCNs tm origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB), de 1996, que assinala ser incumbncia da Unio "estabelecer, em colaborao com os Estados, Distrito Federal e os Municpios, competncias e diretrizes para a educao infantil, o ensino fundamental e o ensino mdio, que nortearo os currculos e os seus contedos mnimos, de modo a assegurar a formao bsica comum".

    A idia das DCNs considera a questo da autonomia da escola e da proposta pedaggica, incentivando as instituies a montar seu currculo, recortando, dentro das reas de conhecimento, os contedos que lhe convm para a formao daquelas competncias que esto explicitadas nas diretrizes curriculares. Dessa forma, a escola deve trabalhar esse contedo nos contextos que lhe parecerem necessrios, considerando o tipo de pessoas que atende, a regio em que est inserida e outros aspectos locais relevantes.

    As DCNs se diferem dos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Enquanto as DCNs so leis, dando as metas e objetivos a serem buscados em cada curso, os PCNs so apenas referncias curriculares, no leis.

    De acordo com o CNE, as diretrizes curriculares contemplam elementos de fundamentao essencial em cada rea do conhecimento, campo do saber ou profisso, visando promover no estudante a capacidade de desenvolvimento intelectual e profissional autnomo e permanente. Dessa forma, foram estabelecidas:

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil;

    Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental;

    Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio;

    Diretrizes Curriculares Nacionais para Formao de Professores.

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    8. PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNS) Conjunto de textos, cada um sobre uma rea de ensino, que serve para nortear a elaborao dos currculos escolares em todo o pas. Os PCNs no constituem uma imposio de contedos a serem ministrados nas escolas, mas so propostas nas quais as Secretarias e as unidades escolares podero se basear para elaborar seus prprios planos de ensino.

    Os PCNs esto articulados com os propsitos do Plano Nacional de Educao (PNE) do Ministrio da Educao (MEC) e, dessa forma, propem uma educao comprometida com a cidadania, elegendo, baseados no texto constitucional, princpios para orientar a educao escolar. Dignidade da pessoa humana, igualdade de direitos, participao e co-responsabilidade pela vida social so algumas de suas balizas.

    De acordo com os autores dos PCNs, estes foram elaborados procurando, de um lado, respeitar diversidades regionais, culturais, polticas existentes no pas e, de outro, considerar a necessidade de construir referncias nacionais comuns ao processo educativo em todas as regies brasileiras. Com isso, pretende-se criar condies, nas escolas, que permitam aos nossos jovens ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessrios ao exerccio da cidadania. Assim, os PCNs deixam de lado os velhos contedos programticos, distantes do cotidiano das massas, para oferecer aos alunos condies de assimilao do desenvolvimento das novas linguagens e conquistas tecnolgicas e cientficas. Segundo seus autores, com os PCNs no se enfatiza mais a assimilao dos contedos em si, mas a mxima agora aprender a aprender, para que os alunos assim possam acompanhar o ritmo vertiginoso do progresso.

    Uma das maiores inovaes atribudas aos PCNs a orientao sobre os chamados temas transversais, assim nomeados por no pertencerem a nenhuma disciplina especfica, mas atravessarem todas elas como se a todas fossem pertinentes. Esses temas abordam valores referentes cidadania e so eles: tica, Sade, Meio Ambiente, Orientao Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural. A idia da eleio desses contedos oferecer aos alunos a oportunidade de se apropriarem deles como instrumentos para refletir e mudar sua prpria vida.

    9. CURRCULO ESCOLAR: Conjunto de dados relativos aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades educativas, as formas de execut-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e busca concretizar as intenes dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A concepo de currculo inclui desde os aspectos bsicos que envolvem os fundamentos filosficos e sociopolticos da educao at os marcos tericos e referenciais tcnicos e tecnolgicos que a concretizam na sala de aula.

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    A Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB), de 1996, orienta para um currculo de base nacional comum para o ensino fundamental e mdio. As disposies sobre currculo esto em trs artigos da LDB. Numa primeira referncia, mais geral, quando trata da Organizao da Educao Nacional, define-se a competncia da Unio para "estabelecer em colaborao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, competncias e diretrizes para a educao infantil, o ensino fundamental e o ensino mdio, que nortearo os currculos e seus contedos mnimos, de modo a assegurar formao bsica comum.

    Outras referncias, mais especficas, esto no captulo da Educao Bsica, quando se define que "os currculos do ensino fundamental e mdio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

    Finalmente, so estabelecidas as diretrizes que devero orientar os "contedos curriculares da educao bsica", que envolvem: valores, direitos e deveres e orientao para o trabalho.

    10. BIBLIOGRAFIA DE REFERRNCIA:

    1. So Paulo (Estado) Secretaria da Educao. Currculo do Estado de So Paulo: Cincias Humanas e suas tecnologias / Secretaria da Educao; coordenao geral, Maria Ins Fini; coordenao de rea, Paulo Miceli . 1. ed. atual. So Paulo : SE, 2012. 152 p. 2. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm, 3. http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf 4. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=16478&Itemid=1107 5. http://portal.inep.gov.br/web/saeb/parametros-curriculares-nacionais