polÍtica social i aula 5 - política social no brasil: do império constituição de 1988

POLÍTICA SOCIAL I

Aula 5 - Política Social no Brasil: do Império

Constituição de 1988

Aula 5- Política Social no Brasil: do Império à Constituição de 1988

POLÍTICA SOCIAL I

Conteúdo Programático desta aula

• Entender a história da Política Social no Brasil – do Império à Constituição;

•Compreender como foi iniciada e cultivada a desigualdade social no Brasil;

•Conhecer a legislação de 1988 e seus benefícios para o povo brasileiro.


POLÍTICA SOCIAL I

Nessa aula abordaremos a história da desigualdade

social no Brasil e, paralelamente, as práticas sociais

adotadas durante toda a história brasileira para vencer

essas desigualdades, sejam elas consideradas

oficialmente como “Políticas Sociais” ou não.

Estudaremos também a Constituição de 1888 e

iremos refletir sobre as Políticas Sociais adotadas pelo

governo brasileiro e sua eficácia.


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Vamos assistir um pequeno vídeo que esboça sobre algumas políticas sociais brasileiras:http://www.youtube.com/watch?v=nZ-CWihztL8


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Começaremos, portanto pelo período de colonização, onde tudo começou... Toda a desigualdade e todas as possíveis medidas sociais para exterminá-las.

Como bem conhecemos a história do Brasil, os portugueses chegaram por essas terras em 1500 e por aqui encontram os índios que, teoricamente, eram os donos dessas terras.

Os índios, no entanto, apesar de estar aqui e tão bem conhecerem o Brasil, eram inferiores belicamente aos Portugueses e acabaram por serem dominados.


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A partir de então, começa a história do Brasil e junto com ela a história da desigualdade social brasileira.

Ao pensarmos nos dias de hoje: Porque é tão difícil acabar com a miséria?

Devemos nos lembrar de que somos oriundos de uma cultura de dominadores/dominados e que mudar séculos de história, quando se repetem os mesmos processos – o mais forte vence o mais fraco – é praticamente impossível.


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O único interesse dos Portugueses em nossas terras era a riqueza, não se importando com os cuidados com a terra e muito menos com os índios.

Porque motivo então, já que o interesse português era só a riqueza, decidiu-se por catequizar a alfabetizar os índios?

Podemos considerar os Jesuítas como primeira manifestação de políticas sociais no Brasil?


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De certa forma, não podemos negar que os Jesuítas

estavam oferecendo algum auxílio aos índios, a partir do

momento que estavam lhe passando algum

conhecimento. Porém, como estudamos nas aulas

anteriores, as Políticas Sociais tem como por objetivo

suprir as necessidades de um povo, basicamente falando,

ou ainda, como define Abranches:


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“Política social reflete a direção política das relações econômicas. A combinação específica, imposta pela correlação efetiva de forças, de incentivos à acumulação e ao crescimento, recursos para a provisão de meios de subsistência aos mais carentes e ações redistributivas visando alcançar certo patamar de eqüidade”.

Definitivamente não era isso que os Jesuítas buscavam ao alfabetizar e catequizar os índios. Seus objetivos eram, claramente, o de domínio através da língua e da religião.


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Anos após, começa no Brasil o período de escravidão: Negros são trazidos da África, transportados e tratados como mercadoria, para trabalhar para os grandes senhores, sem remuneração – obviamente – e com condições de vida subumanas.

Mais um período em que se denota a gritante desigualdade social: Enquanto senhores ficavam em suas grandes fazendas cuidando dos negócios e dos patrimônios, os negros trabalhavam e apanhavam na senzala sem quaisquer direitos.

Nesse período surgiu a “Irmandade da Misericórdia”, como podemos conhecer na citação de Mesgravis:


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“Misericórdia”, instituição tipicamente portuguesa de assistência e caridade, atendia os pobres, os doentes, os presos, os alienados, os órfãos desamparados, os inválidos, as viúvas pobres e os mortos sem caixão, predominando a prática de recolher contribuições dos mais afortunados para dar assistência aos pobres e desvalidos, exceto os escravos. A esses, cabia o cuidado dos seus donos.

Nessa instituição caridosa, que tinha como princípio o

ideal religioso, os negros ainda eram excluídos.


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Com o passar do tempo, foi-se percebendo que a

escravidão não poderia durar para sempre e algumas

medidas foram sendo tomadas para diminuir essa

desigualdade.

Primeiro surgiu a Lei Euzébio de Queiroz, que proibia o

tráfego de escravos, logo após é assinada a Lei Áurea,

libertando todos os escravos e proibindo de vez, a

escravidão.

Seria essa então, a primeira medida de Política Social

adotada no Brasil?


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Libertar os negros e não proporcionar nem a eles, nem ao resto da sociedade não-burguesa, condições de trabalho, de moradia, de saúde, significava o mesmo que aumentar o número de pobres e miseráveis no Brasil. Ao menos enquanto escravos eles possuíam moradia e alimentação, e agora, de que viveriam os escravos?

Como podemos perceber, a desigualdade social e a pobreza brasileira só fizeram aumentar ao longo dos anos e as possíveis “políticas sociais” implantadas quase sempre visavam os interesses da burguesia.


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Vamos assistir um pequeno vídeo que esboça sobre as desigualdades sociais:http://www.youtube.com/watch?v=LaR99EnhLCY


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Após muitos anos de desigualdade social e promessas de políticas sociais, avançamos um pouco na história brasileira e chegamos à promulgação da Constituição de 1988: O Brasil acabara de sair de um período de ditadura política e, finalmente, surge alguma medida institucional por parte do governo de buscar a igualdade social.

É a primeira vez na história do Brasil que, os “dominadores”, no caso quem possui o domínio do poder, tomam para si a responsabilidade social para com a sociedade, como podemos perceber em alguns parágrafos retirados da Constituição:


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DA SAÚDE

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.


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Entre os vários benefícios trazidos para a população pela constituição de 1988, podemos destacar:

- Garantia de direitos aos cidadãos tais como: Segurança, educação, trabalho, lazer, saúde, etc.

- Estabelecimento de um piso salarial mínimo, o que impossibilita empregadores de pagarem quanto quiserem aos seus funcionários, desvalorizando a mão de obra.


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Essas e muitas outras foram as medidas benéficas para a

população brasileira, mas, sem dúvida, o principal marco

histórico da Constituição de 1988 está em ser o primeiro

momento em que o Governo assume a posição de

responsável pelas Políticas Sociais no Brasil.

A Constituição de 1988 sofreu algumas modificações até

os dias de hoje, mas mantém-se a ideia de que é

responsabilidade do governo promover o bem-estar social

e físico da população, oferecendo condições de trabalho,

saúde, lazer e estudo.


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Resumindo

A pobreza e a desigualdade social fatalmente ainda

fazem parte do quadro do nosso país, apesar das medidas

de políticas sociais adotadas, ainda falta muito para que o

Brasil se torne um país com uma justa divisão de renda.

Após conhecer toda a história da construção da pobreza e

das políticas sociais no Brasil, podemos refletir sobre a

situação atual do nosso país e o que cada um de nós

podemos fazer, enquanto cidadãos, para modificá-la.

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