politica nacional extensao

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A Política Nacional de Extensão é pactuada pelas Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES), reunidas no FORPROEX, tendo como documento referencial o Plano Nacional de Extensão, publicado em novembro de 1999. O Plano estabelece o seguinte Conceito de Extensão Universitária “A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade.” O Plano Nacional de Extensão define Diretrizes para a Extensão Univer- sitária que devem estar presentes em todas as ações de Extensão e que podem ser, didaticamente, expressadas em quatro eixos: A Política Nacional de Extensão 2 02_Politica Nacional de Extensão_COOPMED.indd 17 10/5/2007 14:45:47

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A Política Nacional de Extensão é pactuada pelas Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES), reunidas no FORPROEX, tendo como documento referencial o Plano Nacional de Extensão, publicado em novembro de 1999.

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Page 1: Politica nacional extensao

A Política Nacional de Extensão é pactuada pelas Instituições Públicas de

Ensino Superior (IPES), reunidas no FORPROEX, tendo como documento

referencial o Plano Nacional de Extensão, publicado em novembro de 1999. O

Plano estabelece o seguinte

Conceito de Extensão Universitária

“A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico

que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a

relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade.”

O Plano Nacional de Extensão define Diretrizes para a Extensão Univer-

sitária que devem estar presentes em todas as ações de Extensão e que podem

ser, didaticamente, expressadas em quatro eixos:

A Política Nacional de Extensão

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18Extensão Universitária: Organização e Sistematização

Diretrizes para a Extensão Universitária

• Impacto e transformação

• Interação dialógica

• Interdisciplinaridade

• Indissociabilidade ensino – pesquisa – extensão

Impacto e transformação: estabelecimento de uma relação entre a Univer-

sidade e outros setores da Sociedade, com vistas a uma atuação transformadora,

voltada para os interesses e necessidades da maioria da população e implementa-

dora de desenvolvimento regional e de políticas públicas. Essa diretriz consolida

a orientação para cada ação da Extensão Universitária: frente à complexidade

e a diversidade da realidade, é necessário eleger as questões mais prioritárias,

com abrangência suficiente para uma atuação que colabore efetivamente para

a mudança social. Definida a questão, e preciso estudá-la em todos seus deta-

lhes, formular soluções, declarar o compromisso pessoal e institucional pela

mudança, e atuar;

Interação dialógica: desenvolvimento de relações entre universidade e

setores sociais marcadas pelo diálogo, pela ação de mão-dupla, de troca de

saberes, de superação do discurso da hegemonia acadêmica – que ainda marca

uma concepção ultrapassada de extensão: estender à sociedade o conhecimento

acumulado pela universidade – para uma aliança com movimentos sociais de

superação de desigualdades e de exclusão;

Interdisciplinaridade: caracterizada pela interação de modelos e conceitos

complementares, de material analítico e de metodologias, buscando consistência

teórica e operacional que estruture o trabalho dos atores do processo social e

que conduza à interinstitucionalidade, construída na interação e inter-relação

de organizações, profissionais e pessoas;

Indissociabilidade ensino – pesquisa – extensão: reafirmando a extensão

como processo acadêmico – justificando-lhe o adjetivo “universitária” –, em que

toda ação de extensão deverá estar vinculada ao processo de formação de pessoas

e de geração de conhecimento, tendo o aluno como protagonista de sua formação

técnica para obtenção de competências necessárias à atuação profissional, e de

sua formação cidadã – reconhecer-se agente da garantia de direitos e deveres,

assumindo uma visão transformadora e um compromisso. Na aplicação dessa

diretriz abre-se um capítulo especial, o da participação da Extensão Universitária

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A Política Nacional de Extensão

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na flexibilização da formação discente, contribuindo para a implementação das

diretrizes curriculares nacionais, com reconhecimento de ações de extensão no

processo curricular, com atribuição de créditos acadêmicos (ver seção Ações de

Extensão e Flexibilização Curricular, neste livro).

Para a institucionalização da Extensão Universitária é essencial que uma política de extensão – que inclua conceito, diretrizes, finalidades ou funções – seja definida em instâncias institucionais de deliberação superior das IPES (Conselho Universitário, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, ou equivalentes) e normalizada em instrumentos legais (Estatuto, Regimento Geral, Plano de Desenvolvimento Institucional, Resoluções, Portarias, Editais, entre outros).

Entre os aspectos a serem normalizados podem ser incluídos o processo de aprovação das ações de extensão, os programas de bolsa para alunos, as formas de financiamento da Extensão Universitária, as formas de participação do aluno nas ações de extensão, o aproveitamento curricular do aluno pela participação em projetos, a valorização da participação do docente nas ações de extensão, as formas de participação da comunidade externa no processo decisório da extensão, as formas de participação de servidores docentes nas ações de extensão, as formas de participação de servidores técnico-administrativos nas ações de extensão, entre outros.

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