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  • Centro de Convenes Ulysses Guimares

    Braslia/DF 4, 5 e 6 de junho de 2012

    POLTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL

    NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL: UMA CARACTERIZAO

    DA CAPACITAO POR COMPETNCIAS NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL

    Maria Julia Pantoja Marcia Iglesias

    Renata Benevenuto Arlete de Paula

  • 1

    Painel 41/148 Poltica nacional de desenvolvimento de competncias

    POLTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL

    NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL: UMA CARACTERIZAO DA CAPACITAO POR COMPETNCIAS

    NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL

    Maria Julia Pantoja Marcia Iglesias

    Renata Benevenuto Arlete de Paula

    INTRODUO

    A Poltica Nacional de Desenvolvimento de Pessoal (PNDP) desempenha

    papel central no processo de construo de novos perfis de qualificao profissional

    no mbito da Administrao Pblica Federal APF requeridos na transio de um

    sistema apoiado em normas regulamentares e procedimentos administrativos para

    uma gesto baseada em resultados.

    Nesta perspectiva, adquire relevncia a gesto por competncias como

    parte de uma estratgia para fortalecer a capacidade do servio pblico. Em 23 de

    fevereiro de 2006, atravs do Decreto no 5.707, foi instituda para os rgos da

    administrao pblica federal direta, autrquica e fundacional, a Poltica e as

    Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal (PNDP). Esse marco legal trouxe

    orientaes para o desenvolvimento permanente do servidor, visando a melhoria da

    qualidade dos servios pblicos prestados ao cidado.

    O Decreto apresenta conceitos sobre gesto por competncias e

    especifica novos mtodos e entrega de eventos de capacitao e desenvolvimento.

    Segundo o Decreto no 5.707, gesto por competncia a gesto da capacitao

    orientada para o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e

    atitudes necessrias ao desempenho das funes dos servidores, visando ao

    alcance dos objetivos da instituio.

  • 2

    Pelo referido arcabouo legal, todos os rgos da administrao pblica

    federal devem implementar o modelo gesto por competncias para planejar,

    executar e avaliar suas aes de capacitao. Aliado a isso, a gesto por

    competncias tambm dever estar alinhada s diferentes aes prioritrias da

    gesto de recursos humanos, como o planejamento de pessoal, a gesto de

    recrutamento e desempenho (OCDE, 2010).

    Como ferramenta potencialmente poderosa para a integrao estratgica

    dos diferentes processos de gesto de pessoas, a gesto por competncias deve

    ser considerada uma prioridade para a administrao brasileira (OCDE, 2010).

    A PNDP estabelece como um dos seus instrumentos de monitoramento o

    Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao que tem como objetivo gerar

    informaes gerenciais sobre os processos de capacitao e desenvolvimento do

    servidor pblico federal. Alm disso, sinalizar aos rgos da APF aspectos a serem

    melhorados internamente nas etapas de implementao do modelo da gesto da

    capacitao por competncias.

    O Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao deve ser

    encaminhado anualmente pelos rgos da APF Secretaria de Gesto Pblica

    SEGEP, at 31 de janeiro do ano posterior ao de vigncia, para que sejam

    procedidas anlises quantitativas e qualitativas com base em indicadores de

    capacitao e desenvolvimento tais como: quantitativo de servidores capacitados,

    carga horria mdia de capacitao por servidor, investimento por servidor em

    aes de capacitao e desenvolvimento, quantitativo de aes de aperfeioamento

    e aes de educao formal, entre outros. O resultado esperado que esse

    conjunto de informaes gerenciais seja validado e disseminado no mbito da APF e

    que possam subsidiar a formulao de estratgias necessrias efetiva

    implementao da PNDP.

    Desta forma, o objetivo deste trabalho descrever e analisar a

    consolidao dos dados referentes ao preenchimento do Relatrio de Execuo do

    Plano Anual de Capacitao de 2011 com vistas a traar um diagnstico geral da

    PNDP identificando avanos e desafios sua implementao.

  • 3

    O texto encontra-se estruturado em cinco sees. Na primeira

    apresentado e discutido o referencial terico que embasou este estudo. Na segunda

    seo so detalhados os procedimentos metodolgicos adotados na pesquisa. Na

    terceira, so analisados e discutidos os principais resultados. Na quarta seo so

    apresentadas as consideraes finais do trabalho e na quinta so especificadas as

    referncias bibliogrficas.

    REFERENCIAL TERICO

    De acordo com o Decreto n 5.707, de 2006, a gesto por competncias

    a gesto da capacitao orientada para o desenvolvimento do conjunto de

    conhecimentos, habilidades e atitudes necessrias ao desempenho das funes dos

    servidores, visando ao alcance dos objetivos da instituio. Para Brando e

    Guimares (2001), a gesto de competncias faz parte de um sistema maior de

    gesto organizacional: a partir da estratgia organizacional, ela direciona suas aes

    de recrutamento e seleo, treinamento, gesto de carreira e formalizao de alianas

    estratgicas, entre outras, para a captao e o desenvolvimento das competncias

    necessrias para atingir seus objetivos (BRANDO e GUIMARES, 2001).

    Dutra (2004) trabalha nessa mesma perspectiva, considerando a gesto

    por competncias como central na definio das polticas de seleo e

    desenvolvimento de pessoas, na diferenciao por nveis de complexidade, alm de

    ser um conceito integrador da gesto de pessoas com os objetivos estratgicos da

    organizao. Segundo esse autor, um dos maiores desafios relacionados gesto

    por competncias a identificao adequada das competncias que so

    demandadas pela instituio e pela sociedade, de maneira a garantir o alcance das

    metas organizacionais e subsidiar programas de capacitao e desenvolvimento.

    Para Brando (2001), a gesto de competncias deve estar em perfeita

    sintonia com a estratgia organizacional (misso, viso de futuro e objetivos). A

    viso determina o estado futuro desejado pela organizao, sua inteno estratgica

    e orienta a formulao das polticas e diretrizes e todos os esforos em torno da

    captao e do desenvolvimento de competncias.

  • 4

    Nessa mesma perspectiva, para Carbone et al. (2006), a gesto por

    competncias prope-se a alinhar esforos para que as competncias humanas

    possam gerar e sustentar as competncias necessrias consecuo dos objetivos

    estratgicos de uma organizao.

    A Figura 1 ilustra as principais etapas (ou fases) de um modelo de gesto

    por competncias e expe a sua lgica de funcionamento.

    Figura 1 - Modelo de Gesto por Competncias. Fonte: Carbone et al. (2006) e Guimares et al. (2006) apud Guimares et al. (2001), com adaptaes.

    De acordo com o que colocado por diversos autores, possvel

    perceber que o objetivo principal da gesto de pessoas por competncias

    gerenciar as lacunas ou gaps de competncias existentes em uma organizao,

    visando minimiz-los. Para se reduzir ou eliminar eventuais gaps de competncias

    necessrio primeiramente realizar o mapeamento das competncias organizacionais

    e individuais necessrias consecuo da estratgia organizacional. Aps a

    identificao, importante tambm fazer um diagnstico das competncias

    profissionais j existentes na organizao. Assim identifica-se a lacuna entre as

    competncias existentes e as competncias necessrias para o atendimento das

    metas organizacionais.

  • 5

    Para Mello (2010), os modelos de gesto de pessoas por competncias

    impactam diretamente os principais subsistemas e processos de gesto de recursos

    humanos, como o planejamento, a avaliao de desempenho, a educao

    corporativa, a identificao e alocao de talentos, a orientao ao trabalhador

    visando a sua ascenso profissional, a melhoria da remunerao e a obteno de

    benefcios, bem como a excelncia e a qualidade do trabalho. Para o autor

    a gesto por competncias pode ser considerada um instrumento de

    mudana cultural e um meio de propiciar mais flexibilidade, adaptabilidade e esprito

    corporativo s instituies. Com a gesto por competncias podem ser vinculados,

    por um lado, os principais objetivos de uma instituio e, por outro, o

    desenvolvimento de competncias. (Mello, 2010).

    Nas organizaes pblicas, de acordo com o preceituado pelo Decreto no

    5.707, a gesto por competncias deve ser adotada para possibilitar melhoria na

    qualidade e eficincia dos servios pblicos. No obstante, apesar do perodo

    decorrido desde a publicao do Decreto 5.707, de acordo com o relatrio da OCDE

    (2010), so poucos os rgos que tm conseguido basear seus subsistemas de

    gesto no enfoque da gesto de pessoas por competncias. Segundo o relatrio

    citado, a implantao da gesto por competncias enfrenta dificuldades decorrentes

    da forte estrutura legalista e da cultura do servio pblico brasileiro.

    Nesse processo de implantao de uma gesto por competncias, a

    etapa de mapeamento e diagnstico de competncias o primeiro passo, pois ir

    sustentar todo o processo de desenvolvimento individual e organizacional.

    Segundo Guimares, Bruno-Faria e Brando (2006, p.228) o diagnstico de

    competncias um primeiro passo para subsidiar o processo decisrio de

    organizaes a respeito de estratgias, polticas de gesto em geral e de gesto

    de pessoas em particular. Para os autores, a identificao de competncias pode

    ser realizada com a finalidade de oferecer suporte para a elaborao de uma

    poltica ou plano de ao organizacional.

  • 6

    Um problema que pode ser verificado na maioria dos rgos que estes

    no possuem suas competncias mapeadas, referindo-se tanto ao nvel institucional

    quanto ao nvel individual. Segundo o relatrio da OCDE (2010), apenas 13 dos 24

    ministrios da administrao direta iniciaram o processo de mapeamento de

    competncias.

    Fundamentado no referencial apresentado sero especificados, a seguir,

    os objetivos do trabalho.

    OBJETIVO GERAL

    Caracterizar o estgio de implementao da Poltica de Desenvolvimento

    de Pessoal da Administrao Pblica Federal considerando indicadores de

    efetividade de aes de capacitao e desenvolvimento de pessoas

    OBJETIVOS ESPECFICOS:

    Analisar a consolidao dos dados referentes ao preenchimento do

    Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao.

    Identificar avanos e desafios na implementao da PNDP

    especificando estratgias e aes necessrias consolidao dessa

    poltica no mbito da APF.

    MTODO

    Nesta seo so apresentados os procedimentos metodolgicos

    adotados no estudo no que se refere descrio da amostra, do instrumento de

    pesquisa, bem como da coleta e anlises de dados.

    Neste trabalho tanto a abordagem qualitativa quanto a quantitativa foram

    utilizadas para analisar o fenmeno. O estudo foi qualitativo na anlise e

    interpretao das questes abertas do Relatrio. E quantitativo na etapa de

    levantamento e anlise de dados referentes aos indicadores de efetividade das

    aes de capacitao e desenvolvimento.

  • 7

    Caracterizao da amostra de rgos pblicos estudada

    A amostra refere-se aos rgos do SIPEC, sistema que organiza as

    atividades da Administrao de Pessoal do Servio Civil do Poder Executivo, institudo

    pelo Decreto no 67.326, de 5 de outubro de 1970. O SIPEC constitudo por 187

    rgos da administrao federal, dos quais 166 encaminharam, neste ano de 2012, o

    Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao, do exerccio 2011.

    Cabe registrar que os 166 rgos foram distribudos em 87 da

    Administrao Pblica Federal direta, autrquica e fundacional (APF) e, os demais,

    79 Instituies Federais de Ensino (IFES).

    Instrumento

    O Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao um

    instrumento eletrnico, hospedado no Portal SIPEC, para ser respondido via on line

    e enviado, automaticamente, para a Coordenalo-Geral de Polticas de

    Desenvolvimento de Pessoas CGDEP, da Secretaria de Gesto Pblica (SEGEP).

    O relatrio composto das seguintes partes:

    Questo 1 IDENTIFICAO: itens referentes aos dados e contatos

    do responsvel pela rea de Gesto de Pessoas e do responsvel pela

    rea de Capacitao e Desenvolvimento.

    Questo 2 INFORMAES GERAIS: constituda de 10 itens

    totalizadores e 01 item destinado ao registro das dificuldades

    encontradas no preenchimento. Os itens totalizadores distribuem-se

    nas seguintes categorias:

    2.1 Quantitativo de servidores do rgo.

    2.2 Quantitativo de Dirigentes, Gerentes e Assessores que

    participaram e que no participaram de aes de capacitao.

    2.3 Quantitativo de servidores que no so Dirigentes, Gerentes e

    Assessores que participaram e que no participaram de aes de

    capacitao.

    2.4 Total de servidores capacitados em 2011.

  • 8

    2.5 Quantitativo de Aes de Aperfeioamento e de Aes de

    Educao Formal.

    2.6 Carga horria total de capacitao.

    2.7 Total de servidores capacitados.

    2.8 Mdia de carga horria por servidor.

    2.9 Valor dos investimentos realizados em capacitao e valor da

    mdia de investimentos por servidor capacitado.

    2.10 Participao de servidores da APF, como instrutores nas aes

    de aapacitao realizadas pelo rgo e respectivos pagamentos de

    Gratificao por Encargos de Curso ou Concurso GECC.

    2.11 Espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no

    preenchimento dos itens da questo 2.

    Questo 3 INFORMAES SOBRE AES DE

    APERFEIOAMENTO: constituda de 01 item totalizador, subdividido

    em 08 (oito) subitens e 01 item destinado ao registro das dificuldades

    encontradas no preenchimento. Os subitens do item totalizador,

    referem-se ao quantitativo de: aes de Aperfeioamento realizadas;

    aes de Aperfeioamento por tipo de instituio; reas temticas

    preferenciais nas aes de Aperfeioamento; aes de

    Aperfeioamento por finalidade; aes de Aperfeioamento por forma

    de capacitao; aes de Aperfeioamento por modalidade; aes de

    Aperfeioamento por local de realizao; aes de Aperfeioamento

    por abrangncia.

    Questo 4 INFORMAES SOBRE AES DE EDUCAO

    FORMAL: constituda de 01 item totalizador, subdividido em 06 (seis)

    subitens e 01 item destinado ao registro das dificuldades encontradas

    no preenchimento. Os subitens do item totalizador, referem-se ao

    quantitativo de: servidores que concluram, em 2011, aes de

    Educao Formal; servidores que estavam cursando , no ano de 2011,

    ao de Educao Formal; aes de Educao Formal por tipo de

    instituio; reas temticas preferenciais nas aes de Educao

    Formal; aes de Educao Formal por finalidade; aes de Educao

    Formal por modalidade.

  • 9

    Questo 5 DESAFIOS ESTRATGICOS: constituda de:

    04 (quatro) itens totalizadores referentes ao percentual de:

    Realizao do Plano Anual de Capacitao (PAC); aes realizadas

    sob demanda, sem previso no PAC; oramento para capacitao

    utilizado no ano de 2011; aes de Capacitao que levaram em

    considerao os objetivos estratgicos da organizao.

    05 (cinco) itens descritivos referentes: s dificuldades encontradas

    na execuo do Plano Anual de Capacitao; s dificuldades

    encontradas no monitoramento da execuo do PAC; aos desafios

    enfrentados na execuo oramentria; elaborao do PAC com

    base na Gesto por competncias e quais competncias foram

    trabalhadas; aos mecanismos de avaliao das aes de

    capacitao, utilizados.

    01 (um) item destinado ao registro das dificuldades encontradas no

    preenchimento.

    Questo 6 CONSIDERAES FINAIS: espao especfico para o

    registro das dificuldades encontradas no preenchimento do relatrio,

    bem como, de sugestes e melhorias para o prximo ano.

    Coleta e anlise de dados

    O preenchimento do relatrio foi monitorado por 02 (duas) servidoras da

    equipe tcnica da CGDEP / SEGEP, via contato telefnico e mensagem eletrnica.

    No perodo de 02 de janeiro a 13 de fevereiro de 2012 foram realizados 180 (cento e

    oitenta) contatos, com instituies de todas as regies do pas, no atendimento s

    seguintes finalidades: liberao de perfil de acesso ao sistema; encaminhamento de

    arquivo com modelo de relatrio; alteraes referentes ao homologador;

    esclarecimento de dvidas quanto ao preenchimento das questes e solicitao de

    prorrogao do prazo final para envio do relatrio.

  • 10

    Todos os relatrios encaminhados so acessados no Portal SIPEC, que

    permite a visualizao integral das questes respondidas. Para efeitos de tabulao

    e consolidao dos dados, o sistema emite 07 (sete) categorias de relatrios, de

    acordo com os tipos de perguntas, conforme nomenclatura descrita a seguir: para as

    perguntas do tipo campo preenchido pelo sistema, para as perguntas do tipo cargo /

    funo por rgo, para as perguntas do tipo escolha nica, para as perguntas do tipo

    mltipla escolha, para as perguntas do tipo subjetiva, para as perguntas do tipo

    totalizadora e, ainda, o Relatrio Totalizador.

    Os dados quantitativos, de cada rgo, so consolidados em planilhas

    formato excel, considerando todos os detalhes de cada item, para posterior

    totalizao e clculo de percentuais referentes ao prprio rgo, regio a que

    pertence e aos ndices nacionais. Procedimento similar adotado para as questes

    descritivas, resguardando-se a exigncia de detalhamentos especficos para a

    anlise qualitativa. As respostas a essas questes apresentam caractersticas

    diferenciadas que exigem a categorizao das verbalizaes, a fim de subsidiar a

    elaborao de dados estatsticos e suas representaes grficas.

    PRINCIPAIS RESULTADOS

    Nesta seo so apresentados os principais resultados registrados a

    partir da anlise da consolidao dos dados quantitativos dos Relatrios de

    Execuo do Plano anual de Capacitao encaminhados SEGEP.

    O primeiro indicador o Quantitativo de Servidores Capacitados no ano

    de 2011, perfazendo um total de 173.419, sendo 31.868 Dirigentes, Gerentes e

    Assessores e 141.561 servidores que no so Dirigentes, Gerentes ou Assessores.

    No ano de 2010, o total de servidores capacitados correspondeu a 192.811, sendo

    21.237 Dirigentes, Gerentes e Assessores e 171.574 servidores que no so

    Dirigentes, Gerentes ou Assessores.

    Verifica-se um decrscimo no quantitativo de servidores capacitados no

    ano de 2011 em relao ao ano de 2010. No obstante, cabe ressaltar o aumento de

    aproximadamente 50% no total de Dirigentes, Gerentes e Assessores capacitados, o

    que sinaliza incremento da capacitao com foco estratgico e gerencial.

  • 11

    A tabela 1 apresenta os dados citados, distribudos por regio e o total

    nacional, alm dos respectivos percentuais resultantes da comparao dos totais da

    regio e com o quantitativo nacional:

    Tabela 1: Quantitativo de Servidores Capacitados

    Outro indicador importante traduz os ndices relativos s Aes de

    Capacitao nas categorias Aperfeioamento e Educao Formal. No ano de 2011

    foram realizadas 53.328 aes de Aperfeioamento e 15.189 aes de Educao

    Formal, perfazendo um total de 68.517 aes de capacitao e desenvolvimento

    pelos rgos da APF. No ano de 2010, o quantitativo total da ordem de 53.852

    aes de capacitao, distribudas em 44.630 de Aperfeioamento e 9.222 de

    Educao Formal, o que representa um aumento de, aproximadamente, 20% na

    realizao dessas aes. O ndice registrado evidencia a intensificao de esforos

    por parte dos rgos da APF no sentido de promover situaes que possibilitem o

    desenvolvimento das competncias necessrias elevao do patamar de

    desempenho profissional.

    REGIES

    DIRIGENTES,

    GERENTES E

    ASSESSORES

    PROPORO

    REGIONAL %

    NO SO

    DIRIGENTES

    GERENTES E

    ASESSORES

    PROPORO

    REGIONAL %TOTAL

    PROPORO

    NACIONAL %

    SUL 3.058 14,4 18.208 85,6 21.266 12,3

    NORDESTE 1.560 14,4 9.306 85,6 10.866 6,3

    NORTE 1.280 18,5 5.622 81,5 6.902 4,0

    SUDESTE 5.511 15,4 30.182 84,6 35.693 20,6

    C. OESTE 20.459 20,7 78.233 79,3 98.692 56,9

    NACIONAL 31.868 18,3 141.551 81,6 173.419 100,0

    QUANTITATIVO DE SERVIDORES CAPACITADOS

  • 12

    As tabelas 2 e 3 sistematizam dados referentes ao desempenho regional

    e nacional na realizao das aes de capacitao:

    Tabela 2: Aes de Capacitao e Desenvolvimento I

    Tabela 3: Aes de Capacitao e Desenvolvimento II

    REGIES APERFEIOAMENTO TOTAL DE AES* PROPORO

    REGIONAL %

    ** PROPORO

    NACIONAL %

    SUL 9.059 12.003 75,5 17,0

    NORDESTE 3.296 5.079 64,9 6,2

    NORTE 1.809 2.730 66,3 3,4

    SUDESTE 15.280 22.199 68,8 28,6

    C. OESTE 23.884 26.506 90,1 44,8

    NACIONAL 53.328 68.517 77,8 100,0

    AES DE CAPACITAO E DESENVOLVIMENTO I

    * PROPORO REGIONAL %: Aperfeioamento em relao ao total de Aes de Capacitao da Regio.

    ** PROPORO NACIONAL %: Aperfeioamento em relao ao total nacional de Aes de Aperfeioamento.

    REGIES EDUCAO FORMAL TOTAL* PROPORO

    REGIONAL %

    ** PROPORO

    NACIONAL %

    SUL 2.944 12.003 24,5 19,4

    NORDESTE 1.783 5.079 35,1 11,7

    NORTE 921 2.730 33,7 6,1

    SUDESTE 6.919 22.199 31,2 45,5

    C. OESTE 2.622 26.506 9,9 17,3

    NACIONAL 15.189 68.517 22,2 100,0

    AES DE CAPACITAO E DESENVOLVIMENTO II

    * PROPORO REGIONAL %: Educao Formal em relao ao total de Aes de Capacitao da Regio.

    ** PROPORO NACIONAL %: Educao Formal em relao ao total nacional de Aes de Educao Formal.

  • 13

    O terceiro indicador relevante a ser considerado diz respeito Carga

    Horria utilizada nas aes de capacitao. Embora tenha havido aumento do

    nmero de aes de capacitao, observa-se uma reduo da mdia de carga

    horria por servidor, que em 2011 foi de 75 horas, em relao ao ano de 2010, que

    foi de 115 horas. Entretanto, foi possvel observar, tambm, que as aes de

    Educao Formal, no ano de 2011, apresentaram um aumento de 64,7% em relao

    ao ano de 2010. As referidas aes contemplam, dentre outros, os nveis

    Especializao, Mestrado, Doutorado e Ps-Doutorado, que so realizados a mdio

    e longo prazo, portanto, a carga horria no registrada de um exerccio para o

    outro. O que se configura como fator elucidativo do decrscimo da mdia de carga

    horria por servidor, em capacitao, do ano de 2010 para o ano de 2011.

    Os investimentos realizados com as aes de capacitao tambm

    expressam um indicador significativo da implementao da PNDP. No ano de 2010,

    o montante investido foi de R$ 152.544.005,09, sendo que R$ 137.014.337,73

    representou a categoria Oramento Especfico do Prprio rgo (Ao PPA:

    Capacitao de Servidores Pblicos Federais em Processo de Qualificao e

    Requalificao), o que equivale a 89,8%. No ano de 2011, observa-se o montante de

    R$ 142.786.671,84, sendo R$ 125.523.081,49 referente ao Oramento Especfico

    do rgo, o que equivale a 87,9%. A mdia nacional de investimento por servidor

    capacitado foi da ordem de R$ 823,36.

    As Tabelas 4 e 5 apresentadas a seguir ilustram a utilizao dos recursos

    no ano de 2011.

  • 14

    Tabela 4: Investimentos I

    Tabela 5: Investimentos II

    Embora a utilizao dos recursos tenha apresentado um leve decrscimo,

    o indicador configura-se como positivo quando observamos o quantitativo de aes

    de capacitao com participao de instrutores servidores da APF. Este item foi

    inserido na verso 2011 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao,

    visto que a participao de servidores como instrutores e o respectivo pagamento da

    Gratificao por Encargos de Cursos ou Concursos (GECC) atende s diretrizes

    REGIESORAMENTO ESPECFICO DO

    RGOTOTAL INVESTIDO

    * PROPORO

    REGIONAL %

    ** PROPORO

    NACIONAL %

    SUL R$ 6.621.952,13 R$ 7.250.343,32 91,3 5,3

    NORDESTE R$ 8.698.762,31 R$ 9.755.020,33 89,2 6,9

    NORTE R$ 4.508.551,26 R$ 5.357.503,98 84,2 3,6

    SUDESTE R$ 15.721.798,70 R$ 19.190.150,44 81,9 12,5

    C. OESTE R$ 89.971.967,09 R$ 101.233.653,77 88,9 71,7

    NACIONAL R$ 125.523.031,49 R$ 142.786.671,84 87,9 100,0

    INVESTIMENTOS I

    ** PROPORO NACIONAL %: Oramento Especfico do rgo em relao ao total nacional do Oramento Especfico

    utilizado.

    * PROPORO REGIONAL %: Oramento Especfico do rgo em relao ao total de recursos investidos na Regio.

    REGIES TOTAL INVESTIDOPROPORO

    NACIONAL %

    MDIA POR

    SERVIDOR

    PROPORO

    NACIONAL %

    SUL R$ 7.250.343,32 5,1 R$ 340,93 41,4

    NORDESTE R$ 9.755.020,33 6,8 R$ 897,75 109,0

    NORTE R$ 5.357.503,98 3,8 R$ 344,33 41,8

    SUDESTE R$ 19.190.150,44 13,4 R$ 537,64 65,3

    C. OESTE R$ 101.233.653,77 70,9 R$ 1.025,75 124,6

    NACIONAL R$ 142.786.671,84 100,0 R$ 823,36 100,0

    INVESTIMENTOS II

  • 15

    e finalidades da PNDP no que se refere incentivar e apoiar as iniciativas de

    capacitao promovidas pelas prprias instituies, mediante o aproveitamento de

    habilidades e conhecimentos de servidores de seu prprio quadro de pessoal e,

    ainda, racionalizao e efetividade dos gastos com capacitao.

    A tabela 6 apresenta a proporo regional e a proporo nacional dos

    quantitativos de aes de capacitao realizadas com a participao de instrutores

    servidores da APF.

    Tabela 6: GECC I

    A tabela 7 representa o total de servidores instrutores em aes

    custeadas pelos rgos e a proporo em relao ao total nacional de servidores

    que atuaram como instrutores:

    REGIES

    AES COM

    PARTICIPAO DE

    INSTRUTORES DA APF

    TOTAL DE AES

    REALIZADAS

    (1) PROPORO

    REGIONAL %

    (2) PROPORO

    NACIONAL %

    SUL 4.974 12.003 41,4 29,3

    NORDESTE 857 5.079 16,9 5,0

    NORTE 702 2.730 25,7 4,1

    SUDESTE 4.819 22.199 21,7 28,4

    C. OESTE 5.628 26.506 21,2 33,1

    NACIONAL 16.980 68.517 24,8 100,0

    GECC I

    (1) PROPORO REGIONAL % : Aes com Participao de Instrutores da APF em relao ao total de Aes de

    Capacitao e Desenvolvimento realizadas na Regio.

    (2) PROPORO NACIONAL %: Aes com Participao de Instrutores da APF em relao ao total nacional de Aes com

    Participao de Instrutores da APF.

  • 16

    Tabela 7: Quantitativo de Servidores/Instrutores em aes custeadas pelo rgo.

    A tabela 8 registra a relao entre os recursos investidos em pagamento

    da GECC e o total de recursos investidos em aes de capacitao.

    REGIES TOTALPROPORO

    NACIONAL %

    SUL 4.545 29,1

    NORDESTE 870 5,6

    NORTE 286 1,8

    SUDESTE 5.070 32,5

    C. OESTE 4.843 31,0

    NACIONAL 15.614 100,0

    QUANTITATIVO DE SERVIDORES / INSTRUTORES EM AES

    CUSTEADAS PELO RGO

  • 17

    Tabela 8: CECC II

    Merece destaque, tambm, o Percentual de Execuo Oramentria. No

    ano de 2010, registrou-se o ndice de 71,3% no referido percentual. No ano de 2011,

    foi constatado que 77,4% dos rgos que responderam ao relatrio executaram

    mais de 50% do oramento destinado capacitao, apesar dos

    contingenciamentos e restries apontados como dificultadores da execuo

    oramentria, conforme a tabela 9 apresentada a seguir:

    REGIESRECURSOS PARA

    PAGAMENTO DE GECCTOTAL INVESTIDO

    (1) PROPORO

    REGIONAL %

    (2) PROPORO

    NACIONAL %

    SUL R$ 1.513.225,70 R$ 7.250.343,32 20,9 10,6

    NORDESTE R$ 1.921.240,17 R$ 9.755.020,33 19,7 13,4

    NORTE R$ 431.023,04 R$ 5.357.503,98 8,0 3,0

    SUDESTE R$ 3.047.287,77 R$ 19.190.150,44 15,9 21,3

    C. OESTE R$ 7.415.454,78 R$ 101.233.653,77 7,3 51,8

    NACIONAL R$ 14.328.231,46 R$ 142.786.671,84 10,0 100,0

    GECC II

    (1) PROPORO REGIONAL %: Recursos para Pagamento de GECC em relao ao Total investido na Regio.

    (2) PROPORO NACIONAL %: Recursos para Pagamento de GECC em relao ao total nacional de Recursos para

    Pagamento de GECC.

  • 18

    Tabela 9: Percentual do oramento para capacitao utilizado.

    Como quinto indicador relevante registram-se as reas Temticas

    Preferenciais nas Aes de Capacitao. Em Aperfeioamento foram selecionadas

    as cinco reas com maior frequncia de escolha, enquanto em Educao Formal

    observa-se a concentrao em trs grandes reas. Os destaques para Gesto de

    Pessoas, em aes de Aperfeioamento e para Educao, em aes de Educao

    Formal encontra justificativa no equilbrio entre o nmero de relatrios

    encaminhados pelos rgos da APF (87) e das IFES (79). Por outro lado, o

    surgimento da rea de Desenvolvimento Gerencial corrobora o incremento da

    capacitao com foco estratgico e gerencial diagnosticado no aumento do ndice de

    Dirigentes, Gerentes e Assessores capacitados no ano de 2011 em relao ao ano

    de 2010, j citado anteriormente.

    As tabelas 10 e 11 ilustram o ranking de reas Temticas Preferenciais:

    0 a

    10%

    11 a

    20%

    21 a

    30%

    31 a

    40%

    41a

    50%

    51 a

    60%

    61 a

    70%

    71 a

    80%

    81 a

    90%

    91 a

    100%

    SUL 2 1 1 2 2 7 15

    NORDESTE 2 1 1 1 1 2 4 4 5 21

    NORTE 1 1 2 1 5 4 14

    SUDESTE 2 1 1 1 1 2 4 5 4 19 40

    C. OESTE 6 6 2 2 2 3 8 8 13 15 65

    NACIONAL 11 10 4 4 6 7 15 20 28 50 155

    5.1.5 PERCENTUAL DO ORAMENTO PARA CAPACITAO UTILIZADO

    REGIES

    QUANTITATIVO DE RGOS POR INTERVALO PERCENTUALTOTAL DE

    RESPOSTAS

  • 19

    Tabela 10: reas temticas em Aperfeioamento

    Tabela 11: reas temticas em Educao Formal

    CATEGORIAS REGIO

    SUL

    REGIO

    NORDESTE

    REGIO

    NORTE

    REGIO

    SUDESTE

    REGIO

    C. OESTE NACIONAL LEGENDA

    GESTO DE PESSOAS 11 15 8 30 48 112 1

    ECONOMIA, ORAMENTO

    E FINANAS6 10 10 21 39 86 2

    EDUCAO 13 14 8 20 14 70 3

    INFORMTICA -

    APLICATIVOS E SISTEMAS

    INTERNOS

    7 8 7 14 20 58 4

    DESENVOLVIMENTO

    GERENCIAL6 6 5 14 21 53 5

    REAS TEMTICAS EM APERFEIOAMENTO

    QUANTITATIVO PREFERENCIAL

    CATEGORIAS REGIO

    SUL

    REGIO

    NORDESTE

    REGIO

    NORTE

    REGIO

    SUDESTE

    REGIO

    C. OESTE NACIONAL LEGENDA

    EDUCAO 13 14 9 22 17 74 1

    GESTO DE

    PESSOAS8 6 5 11 24 52 2

    DIREITO E

    JUSTIA5 6 6 7 25 51 3

    REAS TEMTICAS EM EDUCAO FORMAL

    QUANTITATIVO PREFERENCIAL

  • 20

    O relatrio apresenta, ainda, dois indicadores que se complementam. O

    Percentual de Realizao do Plano Anual de Capacitao (PAC) e o Percentual de

    Aes Realizadas sob demanda, sem previso no PAC. Verifica-se que 63,7% dos

    rgos afirmaram ter realizado mais de 50% do PAC, da mesma forma que 64,6%

    dos rgos afirmam que de 0 a 50% das aes foram realizadas sob demanda, sem

    previso no PAC. O diagnstico aponta para uma paridade entre os indicadores, o

    que pode significar o crescimento das aes planejadas com foco na adequao das

    competncias requeridas dos servidores aos objetivos das instituies, conforme

    estabelece o Decreto no 5.707/06.

    As tabelas 12 e 13 apresentads a seguir, ilustram a anlise acima citada:

    Tabela 12: 5.1.1 Percentual de realizao do PAC

    0 a

    10%

    11 a

    20%

    21 a

    30%

    31 a

    40%

    41 a

    50%

    51 a

    60%

    61 a

    70%

    71 a

    80%

    81 a

    90%

    91 a

    100%

    SUL 1 1 1 2 3 2 5 15

    NORDESTE 4 1 3 2 1 4 5 2 22

    NORTE 3 1 1 3 1 1 1 1 2 14

    SUDESTE 6 1 1 2 4 3 3 5 9 6 40

    C. OESTE 8 3 6 3 4 5 6 10 7 14 66

    NACIONAL 22 6 9 11 9 11 13 23 24 29 157

    QUANTITATIVO POR INTERVALO PERCENTUALTOTAL DE

    RESPOSTAS

    5.1.1 PERCENTUAL DE REALIZAO DO PAC

    REGIES

  • 21

    Tabela 13: 5.1.2 Percentual de aes realizadas sob demanda, sem previso no PAC

    Outro indicador que reafirma o avano da implementao da PNDP est

    expresso no Percentual de Aes de Capacitao que levaram em considerao os

    Objetivos Estratgicos da Organizao. No ano de 2010, cerca de 80% dos rgos

    informaram que suas aes de capacitao levaram em considerao os objetivos

    estratgicos da organizao. No ano de 2011, observa-se que esse ndice registrou

    uma ampliao para 88%.

    A anlise do relatrio permitiu, ainda, a elaborao grfica do cruzamento

    de questes importantes. O procedimento elegeu uma questo constante, que se

    refere Elaborao do PAC com base na Gesto por Competncias e duas

    questes diferenciadas, para fins de comparao, quais sejam: 1 Percentual de

    Realizao do PAC e 2 Percentual de Realizao de Aes sob demanda, sem

    previso no PAC.

    O cruzamento dos dados evidenciou que apesar de, somente, 24% dos

    rgos que responderam questo terem elaborado o PAC com base na Gesto

    por Competncias, 78,4% destes realizaram mais de 50% do Plano. Entretanto, dos

    que no elaboraram o PAC utilizando o mesmo referencial, apenas 58% conseguiu

    executar mais de 50% do PAC.

    A tabela 14 apresentada a seguir demonstra os dados citados acima:

    0 a

    10%

    11 a

    20%

    21 a

    30%

    31 a

    40%

    41 a

    50%

    51 a

    60%

    61 a

    70%

    71 a

    80%

    81 a

    90%

    91 a

    100%

    SUL 3 3 3 2 1 1 2 15

    NORDESTE 4 7 4 1 1 1 1 1 2 22

    NORTE 4 2 2 1 2 1 1 1 14

    SUDESTE 12 8 5 3 1 3 1 1 2 4 40

    C. OESTE 20 13 9 9 3 4 1 1 1 6 67

    NACIONAL 43 33 23 16 7 9 2 4 6 15 158

    SEM PREVISO NO PAC

    REGIES

    QUANTITATIVO DE RGOS POR INTERVALO PERCENTUALTOTAL DE

    RESPOSTAS

    5.1.2 PERCENTUAL DE AES REALIZADAS SOB DEMANDA

  • 22

    Tabela 14: Cruzamento de dados 2011 Nacional

    Ao analisarmos a relao entre a Elaborao do PAC com base na

    Gesto por Competncias e a segunda varivel eleita, Percentual de Realizao

    de Aes sob demanda, sem previso no PAC, observamos que h uma inverso

    do sentido de crescimento dos ndices, destacando-se uma concentrao de 63%

    dos rgos na faixa de 0 a 30% de realizao das aes. O resultado desta anlise

    pode sinalizar avanos da implementao da PNDP no sentido do planejamento

    das aes de capacitao com base no desenvolvimento das competncias

    requeridas do servidor para o atingimento dos objetivos organizacionais, como j

    citado anteriormente.

    A tabela 15, a seguir, ilustra a reflexo sobre o cruzamento dos dados

    0 a

    10%

    11 a

    20%

    21 a

    30%

    31 a

    40%

    41a

    50%

    51 a

    60%

    61 a

    70%

    71 a

    80%

    81 a

    90%

    91 a

    100%

    SIM

    3 0 2 1 2 3 4 7 4 11

    37

    NO19 6 8 10 7 8 8 16 20 18

    120

    TOTAL22 6 10 11 9 11 12 23 24 29

    157

    RELATRIO DE EXECUO DO PLANO ANUAL DE CAPACITAO

    CRUZAMENTO DE DADOS 2011 - NACIONAL

    5.1.8 PAC

    elaborado com

    base na Gesto

    por

    Competncias

    5.1.1 PERCENTUAL DE REALIZAO DO PAC

    QUANTITATIVO DE

    RGOS

  • 23

    Tabela 15: Cruzamentos de dados 2011 Nacional

    Neste contexto possvel, ainda, ressaltar que no ano de 2010 observa-

    se que 21,3% dos rgos responderam sim ao item referente Elaborao do PAC

    com base na Gesto por Competncias e, que no ano de 2011 este ndice foi

    ampliado para 23,7%. Em termos gerais, verifica-se que houve, no ano de 2011 (37

    rgos) em relao ao ano de 2010 (29 rgos), aumento de 27,6% no nmero de

    rgos que esto implementando, a Gesto da Capacitao por Competncias, em

    consonncia com a PNDP.

    PRINCIPAIS RESULTADOS NA ABORDAGEM QUALITATIVA

    A anlise das questes abertas contemplou a abordagem qualitativa, uma

    vez que se referem descrio das dificuldades encontradas tanto para o

    preenchimento das questes e do relatrio de maneira geral, bem como, das

    dificuldades relativas execuo e monitoramento do PAC e, ainda, das dificuldades

    de execuo oramentria e mecanismos de avaliao do PAC utilizados.

    O item 2.11 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao

    constitui espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no

    preenchimento das questes relativas s Informaes Gerais. Dos 166 relatrios

    encaminhados, 100 apresentaram respostas ao item, sendo registradas 162

    verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a frequncia de

    apresentao e o padro do universo semntico.

    0 a

    10%

    11 a

    20%

    21 a

    30%

    31 a

    40%

    41a

    50%

    51 a

    60%

    61 a

    70%

    71 a

    80%

    81 a

    90%

    91 a

    100%

    SIM10 11 6 3 1 2 1 0 1 1 36

    NO33 22 17 12 6 7 1 4 5 14 121

    TOTAL43 33 23 15 7 9 2 4 6 15 157

    RELATRIO DE EXECUO DO PLANO ANUAL DE CAPACITAO

    CRUZAMENTO DE DADOS 2011 - NACIONAL5.1.8 PAC

    elaborado com

    base na Gesto

    por

    Competncias

    5.1.2 PERCENTUAL DE AES REALIZADAS SOB DEMANDA

    QUANTITATIVO DE

    RGOS

  • 24

    A tabela 16, a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia

    das verbalizaes:

    Tabela 16: 2.11 Dificuldades de preenchimento

    Observa-se que alm de Complementaes, as categorias

    Acompanhamento, Estrutura do Relatrio e Descentralizao das

    Informaes so as que registram maior ndice de frequncia.

    Acompanhamento caracteriza, em especial, a falta de conhecimento a

    respeito da participao dos servidores em aes de Educao Formal,

    principalmente, quando no h custo para a instituio ou de iniciativa prpria do

    servidor. algo recorrente nas IFES, devido dificuldade de sistematizao das

    informaes relativas participao de Docentes e Tcnico-Administrativos em

    eventos de capacitao.

    Estrutura do Relatrio caracteriza dificuldades de preenchimento em

    funo do no entendimento da solicitao; da divergncia de nomenclatura para as

    aes de capacitao e, em especial, o fato do rgo no deter em seu sistema

    gerencial o nvel de detalhamento equivalente ao exigido pelo relatrio.

    COMPLEMENTAESACOMPANHAMENTO

    ESTRUTURA DO RELATRIODESCENTRALIZAO DE

    REGISTRO DE DADOSS/ DIFICULDADES

    SISTEMAOUTROS

    ROTATIVIDADESUGESTES

    TOTAL DE VERBALIZAES

    26,516,016,011,7

    8,08,0

    6,84,3

    1,90,6 162

    2.11 DIFICULDADES DE PREENCHIMENTO PERCENTUAL DO TOTAL DE VERBALIZAES

  • 25

    Descentralizao das Informaes, na maioria das vezes, tambm

    caracteriza as IFES, considerando que o trmite administrativo para as aes de

    capacitao e desenvolvimento, adota procedimentos diferenciados para Docentes e

    Tcnico-Administrativos.

    Complementaes se refere s especificidades dos rgos e que no

    comportam descrio no relatrio. Tais complementaes no impactam nos

    resultados finais da consolidao, mas so diferenciais no controle interno quando,

    por exemplo, funo do rgo capacitar servidores de outros rgos, alm do seu

    quadro prprio de pessoal.

    Em Registro de Dados verifica-se a dificuldade de preenchimento da

    questo em funo da ausncia dos dados ou indisponibilidade para reunir todas as

    informaes. Em Sistema verifica-se uma uniformidade no sentido da ausncia,

    nos rgos, de sistema informatizado que gerencie as informaes e possibilite

    relatrios totalizadores. Em Rotatividade observa-se que as verbalizaes

    apontam para a alta rotatividade de servidores, quer por alterao no quadro de

    pessoal, quer por alterao na investidura em cargos comissionados. Em Outros

    observa-se questes pontuais na expresso de cada rgo, e Sugestes

    relacionam-se s alteraes na estrutura do relatrio. A categoria S/ Dificuldades

    autoexplicativa.

    O item 3.2 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao

    constitui espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no

    preenchimento das questes relativas s informaes sobre aes de

    Aperfeioamento. Dos 166 relatrios encaminhados, 64 apresentaram respostas ao

    item, sendo registradas 86 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo

    com a frequncia de apresentao e o padro do universo semntico.

    A tabela 17, apresentada a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual

    de frequncia das verbalizaes:

  • 26

    Tabela 17: 3.2 Dificuldades de preenchimento Aes de Aperfeioamento

    Observa-se que alm de Complementaes e S/ Dificuldades, as

    categorias Estrutura do Relatrio, Descentralizao das Informaes e

    Sistema so as que registram maior ndice de frequncia. As verbalizaes

    analisadas expressam contedos semelhantes aos detectados no item anterior. A

    diferena reside no fato de que, neste item, observamos a presena de instituies

    da APF em nmero maior do que no item anterior, o que sinaliza, dentre outros, a

    necessidade de sistemas informatizados mais eficientes e inter-relacionados com um

    sistema central da APF, para gerenciamento de informaes relativas aos processos

    de capacitao e desenvolvimento.

    As demais categorias tambm apresentam similaridade com as respostas

    questo 2.11. Cabe ressaltar que em S/ Dificuldades houve um aumento

    significativo da frequncia, duplicada de 8% para 16%, e a reduo da categoria

    Acompanhamento, na mesma proporo, ou seja, em 50%, o que significa que

    houve maior facilidade com relao s aes de Aperfeioamento no que diz

    respeito execuo e acompanhamento.

  • 27

    O item 4.2 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao

    constitui espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no

    preenchimento das questes relativas s informaes sobre aes de Educao

    Formal. Dos 166 relatrios encaminhados, 78 apresentaram respostas ao item,

    sendo registradas 82 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a

    frequncia de apresentao e ao padro do universo semntico.

    A tabela 18, a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia

    das verbalizaes:

    Tabela 18: 4.2 Dificuldades de preenchimento Aes de Educao Formal

    Verifica-se que alm de S/ Dificuldades e Outros, as categorias

    Monitoramento, Sistema e Estrutura do Relatrio, so as que registram

    maior ndice de frequncia. Com exceo da categoria Monitoramento, as

    verbalizaes analisadas expressam contedos semelhantes aos detectados nos

    itens anteriores. Assim como no item anterior, tambm, se observa a presena de

    instituies da APF em nmero significativo.

    37,819,5 15,9 15,9 8,5 2,4

    82

    4.2 DIFICULDADES DE PREENCHIMENTO AES EDUCAO FORMAL

    PERCENTUAL DO TOTAL DE VERBALIZAES

  • 28

    Em Monitoramento verifica-se a dificuldade de preenchimento da

    questo em funo da ausncia dos dados. Neste item, os rgos fazem uso do

    termo controle das informaes para referncia s dificuldades de preenchimento,

    o que suscitou a nomenclatura monitoramento, visto que enseja a possibilidade de

    interveno e/ou acompanhamento mais sistematizado.

    Apesar de apresentar um percentual baixo a categoria PAC relevante

    nesta anlise, considerando que, aponta, como dificultadores, dois elementos

    altamente restritivos ao avano da implementao da PNDP, so eles: a falta de

    elaborao do PAC e a ausncia de previso oramentria para a realizao das

    atividades.

    O item 5.1.3 do Relatrio constitui questionamento sobre as dificuldades

    encontradas na execuo do Plano Anual de Capacitao. Dos 166 relatrios

    encaminhados, 137 apresentaram respostas ao item, sendo registradas 271

    verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a frequncia de

    apresentao e o padro do universo semntico. Foi o item que apresentou maior

    nmero de categorias, totalizando 12.

    A tabela 19, a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia

    das verbalizaes:

  • 29

    Tabela 19: 5.1.3 Dificuldades na execuo do PAC

    Verifica-se que alm de Outros, as categorias Servidores,

    Oramento, Contratao, PAC e Infraestrutura ganham destaque quanto

    aos registros dos ndices de frequncia. Nesta questo possvel observar equilbrio

    no quantitativo de rgos da APF e IFES no que se refere frequncia das

    verbalizaes.

    Em PAC verifica-se que os principais dificultadores residem na falta de

    elaborao do Plano, na aprovao tardia desse instrumento e na realizao de

    aes sob demanda.

    Em Infraestrutura as verbalizaes apontam para a falta de espao

    fsico, falta de equipamentos e, ainda, reformas ou obras. Em Estruturao /

    Reestruturao observa-se a predominncia da reestruturao organizacional em

    virtude de alteraes na administrao dos rgos, bem como, a estruturao das

    novas instituies, no caso das IFES. Em Movimento Grevista a totalidade dos

  • 30

    rgos que se expressaram eram IFES, sinalizando que o movimento impediu ou

    atrasou a execuo, comprometendo a qualidade e a quantidade da entrega das

    aes de capacitao e desenvolvimento.

    Em Gestores, observa-se a inovao na presena deste contedo de

    verbalizaes. As duas naturezas de rgos esto presentes e os dificultadores so

    expressos na falta de indicao e de liberao de servidores para a capacitao,

    assim como, no baixo nvel de comprometimento e apoio realizao das

    atividades. Este dado propicia o diagnstico da necessidade de sensibilizao e

    preparao dos Dirigentes, Gerentes e Assessores, nos aspectos relativos

    capacitao e desenvolvimento. Nessa perspectiva, esforos tm sido

    empreendidos, corroborando os dados registrados no quadro demonstrativo sobre

    servidores capacitados, cuja anlise comparativa com o ano de 2010 revelou um

    aumento de 50% nos ndices de servidores Dirigentes, Gerentes e Assessores

    capacitados em 2011.

    Em Gesto por Competncias evidencia-se o constatado no quadro

    demonstrativo sobre a Elaborao do PAC com Base na Gesto por Competncias,

    onde possvel verificar um ndice ainda incipiente (23,6%) de rgos que

    responderam sim ao item proposto, no obstante o aumento de 27,6% no

    quantitativo de rgos que implementaram a gesto por competncias do ano de

    2010 para o ano de 2011.

    Em Escolas de Governo observa-se que as referncias repousam na

    indisponibilidade de agenda das referidas escolas e na dificuldade de atendimento

    s demandas de capacitao e desenvolvimento no mbito dos rgos da APF.

    As categorias Servidores, Oramento e Contratao

    apresentaram densidade significativa e diferenciada nas verbalizaes, o que sugeriu

    a distribuio em subcategorias, a fim de otimizar a visualizao para anlise.

    As tabelas 20, 21 e 22 apresentadas a seguir ilustram a nomenclatura e o

    percentual de frequncia das verbalizaes, nas subcategorias citadas:

  • 31

    Tabela 20: Subcategoria servidores

    Nesta primeira ilustrao revelam-se aspectos de fundamental

    importncia para a compreenso das dificuldades de execuo do PAC,

    considerando a subcategoria Servidores. Registra-se 55 verbalizaes, o que

    representa 20,3% do total.

    Em Fora de Trabalho consta a deficincia quantitativa e qualitativa

    das equipes na rea de Gesto de Pessoas, o que impede o afastamento para

    capacitao e o acompanhamento das aes propostas. Em Falta de Motivao

    o elemento norteador a aproximao da aposentadoria. Em Desistncias

    observa-se a ocorrncia no por vontade do servidor, mas por falta de liberao pela

    chefia imediata ou insuficincia de servidores na equipe de trabalho. Em Agenda

    surge o conflito de agendas entre servidor e instrutor, o que fora o cancelamento

    das atividades. possvel observar a paridade entre Agenda e Desistncias. Em

    Rotatividade verifica-se o mesmo da questo 2 as verbalizaes apontam para

    a alta rotatividade de servidores, quer por alterao no quadro de pessoal, quer por

    alterao na investidura em cargos comissionados. Outros se refere a questes

    pontuais de determinados rgos e que por esse motivo no se enquadram em

    nenhuma das propostas de categorizao. No de Inscries apresenta grande

    aproximao com o contedo das verbalizaes categorizadas em Desistncias,

    que por motivo metodolgico foi separado.

  • 32

    A figura a seguir representa a predominncia, quase absoluta, da

    categoria Restries / Contingenciamento / Cortes na subcategoria Oramento

    como elemento dificultador da execuo do PAC. Verifica-se que as verbalizaes

    assumem uma dimenso de unidade e uniformidade. Cabe destacar que das 38

    verbalizaes expressas, 28 sinalizam as restries / contingenciamento e cortes

    como grandes obstculos que, aliados as 04 da Liberao Tardia, assumem a

    posio de liderana com 84,2% e representam 11% do total de 290 verbalizaes.

    Tabela 21: 5.1.3: Subcategoria oramento

    Em Outros registra-se dificuldades pontuais e especficas do momento

    da ocorrncia. Em Recursos Prprios possvel constatar a dificuldade dos

    rgos que no possuem autonomia oramentria. Esta dimenso da subcategoria

    Oramento tende a fazer interface com a Liberao Tardia, contribuindo para um

    baixo ndice de execuo do PAC, conforme j registrado neste trabalho.

  • 33

    Em Descentralizao, tambm podemos observar uma interface com a

    Liberao Tardia, refirmando os dados quantitativos j apresentados, referentes

    ao baixo percentual de execuo do PAC, em alguns rgos.

    Tabela 22: 5.1.3 Subcategoria contratao

    Na subcategoria Contratao verifica-se a concentrao de

    verbalizaes na categoria Legislao. Observa-se, tambm, que o ndice se

    repete, 73,7%. Se analisarmos comparativamente, possvel inferir que as

    dificuldades diagnosticadas no Oramento aliadas aos impositivos e limitaes da

    Legislao, tendem a tornar o processo de Contratao muito lento, e por

    vezes inviabiliza a execuo das aes. Outro aspecto a ser ressaltado, por ser

    muito presente nas verbalizaes, relaciona-se dimenso qualitativa das

    contrataes, a qual tambm afetada pelas dificuldades com o oramento, aliadas

  • 34

    aos impositivos para contratao de um Profissional ou empresa, que

    efetivamente atenda s necessidades da organizao. Os rgos assinalam a

    demora na tramitao dos processos e a escassez de recursos como bices para

    contratar um profissional de qualidade.

    Depreende-se deste contexto a legitimidade dos dados referentes ao

    incremento na participao de instrutores servidores da APF nas aes de

    capacitao, assim como, aos ndices significativos de utilizao de recursos para

    pagamento da Gratificao por Encargos de Curso ou Concurso.

    O item 5.1.4 do Relatrio constitui questionamento sobre as dificuldades

    de monitoramento do PAC. Dos 166 relatrios encaminhados, 123 apresentaram

    respostas ao item, sendo registradas 176 verbalizaes, as quais foram

    categorizadas de acordo com a frequncia de apresentao e o padro do universo

    semntico.

    A tabela 23, a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia

    das verbalizaes:

  • 35

    Tabela 23: 5.1.4 Dificuldades de monitoramento do PAC

    Constata-se que alm das categorias Outros e S/ Dificuldades, a

    predominncia das verbalizaes se refere ao Sistema Informatizado, Fora

    de Trabalho e ao Acompanhamento, o que est em consonncia com as

    respostas ao itens precedentes.

    O item 5.1.4 evidencia duas novas categorias, quais sejam Avaliao e

    Comunicao.

    Em Avaliao registra-se a quase inexistncia de mecanismos de

    avaliao, nas suas diversas dimenses. Em Comunicao verifica-se a baixa

    eficincia dos processos de comunicao interna e externa, tais como divulgao

    das ofertas de capacitao; no informao por parte do servidor da realizao de

    cursos externos; setores diferentes, na mesma instiituio, ofertando capacitao de

    forma desarticulada.

  • 36

    O item 5.1.6 do Relatrio constitui um questionamento sobre as

    dificuldades de Execuo Oramentria. Dos 166 relatrios encaminhados, 119

    apresentaram respostas ao item, sendo registradas 157 verbalizaes, as quais

    foram categorizadas de acordo com a frequncia de apresentao e o padro do

    universo semntico.

    Neste item tambm possvel observar a convergncia das

    verbalizaes, corroborando os dados qualitativos relativos aos Percentuais de

    Execuo do Oramento.

    As categorias se apresentam, novamente, guardando a coerncia e a

    unidade dos contedos registrados nas questes anteriores.

    A tabela 24, a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia

    das verbalizaes:

    Tabela 24: 5.1.6 Dificuldades de execuo oramentria

  • 37

    O item 5.1.10 do Relatrio constitui questionamento sobre quais

    mecanismos de avaliao das aes de capacitao so utilizados pelos rgos.

    Dos 166 relatrios encaminhados, 160 apresentaram respostas ao item, sendo

    registradas 221 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a

    frequncia de apresentao e o padro do universo semntico.

    A tabela 25, apresentada a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual

    de frequncia das verbalizaes:

    Tabela 25: 5.1.10 Mecanismos de avaliao

  • 38

    Observa-se a predominncia da categoria Outros, com 44,3% das

    verbalizaes. O contedo expresso denota imensa diversidade de nomenclatura

    sobre os mecanismos utilizados, impossiblitando a categorizao de cada uma.

    Ainda nos demais registros expressos no grfico, verifica-se diferenciao

    excessiva, pulverizando os ndices e dificultando a compreenso do que realmente

    est sendo realizado, em termos de avaliao, no mbito do PAC.

    Tal variedade pode significar a existncia de de um grande emaranhado

    de idias e conceitos acerca dos mecanismos de avaliao e da sua aplicabilidade e

    importncia no processo de aperfeioamento profissional.

    A exceo configura-se na tradio da Avaliao de Reao, j

    consolidada, mas que comprovadamente, no atende, com exclusividade, s

    diversas dimenses do processo de capacitaao e desenvolvimento.

    Como j havia sido sinalizado no item 5.1.4 a Avaliao se configura

    elemento dificultador do monitoramento do PAC.

    O diagnstico possibilitado pela anlise da questo em pauta, sugere a

    necessidade de alinhamento conceitual no que tange aos diferentes nveis de

    avaliao da efetividade das aes de capacitao e desenvolvimento, assim como,

    de capacitao especfica no tema abordado.

    O item 5.2 do Relatrio constitui espao destinado ao registro das

    dificuldades encontradas no preenchimento das questes relativas aos Desafios

    Estratgicos. Dos 166 relatrios encaminhados, 58 apresentaram respostas ao item,

    sendo registradas 59 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a

    frequncia de apresentao e o padro do universo semntico.

    A tabela 26, a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia

    das verbalizaes:

  • 39

    Tabela 26: 5.2 Dificuldades de preenchimento dos itens

    Neste item verifica-se a concentrao das verbalizaes na categoria

    Complementao das Questes, conforme j foi elucidado anteriormente, se

    refere s especificidades dos rgos e que no comportam descrio no relatrio.

    Tais complementaes no impactam nos resultados finais da consolidao, mas

    so diferenciais no controle interno quando, por exemplo, funo do rgo

    capacitar servidores de outros rgos, alm do seu quadro prprio de pessoal.

    Outra categoria com ndice significativo S/ Dificuldades expressa a

    totalidade dos rgos que verbalizaram tal contedo em questes anteriores.

    Verifica-se, ainda, a reincidncia da categoria Estrutura do Relatrio,

    o que sugere a necessidade de reviso do instrumento no sentido de atender s

    necessidades relatadas, a fim de contribuir para maior consistncia e legitimidade

    das informaes. A referida reviso j faz parte do planejamento de aes

    da Coordenao-Geral de Polticas de Desenvolvimento de Pessoas, para o ano

    de 2012.

  • 40

    O item 6 do Relatrio constitui espao destinado ao registro das

    dificuldades encontradas no preenchimento do instrumento, bem como, de

    sugestes de melhorias para o prximo ano. Dos 166 relatrios encaminhados, 99

    apresentaram respostas ao item, sendo registradas 159 verbalizaes, as quais

    foram categorizadas de acordo com a frequncia de apresentao e o padro do

    universo semntico.

    Observa-se a reafirmao da Estrutura do Relatrio como fator

    relevante no preenchimento do instrumento. Nesta questo so citados aspectos

    referentes ao ajuste do sistema, ao prazo para preenchimento e encaminhamento,

    adequao de questes e, ainda, divulgao das alteraes propostas aps a

    ltima reviso. Tais consideraes reafirmam a necessidade de reviso do

    instrumento. Cabe ressaltar que houve ampliao da adeso das IFES ao

    preenchimento do Relatrio, o que evidenciou, com mais veemncia, a pouca

    adequao de alguns itens realidade das referidas instituies.

    A Tabela 27, apresentada a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual

    de frequncia das verbalizaes:

    Tabela 27: 6 Consideraes finais

    ESTRUTURA DO RELATRIO

    SUGESTES

    COMENTRIOS

    S/ DIFICULDADES

    ACOMPANHAMENTO

    DESCENTRALIZAO DE INFORMAES

    SISTEMA INFORMATIZADO

    TOTAL DE VERBALIZAES

    24,5

    24,5

    20,8

    8,8

    7,5

    6,9

    6,9

    159

    6 - CONSIDERAES FINAIS

    PERCENTUAL DO TOTAL DE VERBALIZAES

  • 41

    Em Sugestes constata-se aspectos relacionados alteraes no

    instrumento visando reduo do nvel de detalhamento do instrumento;

    diferenciao para informaes referentes capacitao docente; realizao de

    atividades de sensibilizao dos dirigentes para a importncia do PAC e do

    preenchimento do Relatrio; criao de sistema central integrado que possibilite a

    insero peridica de dados; ampliao do glossrio referente s reas temticas

    e, ainda, reviso do Decreto no 5.707/06. As referidas sugestes sinalizam a

    demonstrao de maior interesse e comprometimento das instituies com o

    processo de implementao da PNDP.

    Em Comentrios registra-se, assim como na categoria

    complementaes, contedos referente ao enriquecimento das informaes

    disponibilizadas nas questes quantitativas.

    As demais categorias representadas no grfico ilustrativo reafirmam

    posies expressas nas outras questes abertas, sem acrscimo de novas

    informaes.

    Por fim, cabe mencionar que apesar das repeties das categorias nas

    questes relativas s dificuldades de preenchimento, e do visvel entrelaamento de

    idias em categorias diferenciadas, foi resguardada a fidelidade aos termos

    utilizados pelas instituies respondentes, na tomada de deciso sobre o elenco de

    categorias a ser adotado em cada questo, a fim de garantir a fidedignidade das

    verbalizaes e a qualidade das inferncias aqui apresentadas.

    CONCLUSES

    As abordagens quantitativa e qualitativa de anlise dos dados contidos

    nos Relatrios de Execuo do Plano Anual de Capacitao, encaminhados

    Coordenao-Geral de Polticas de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria de

    Gesto Pblica do Ministrio do Planejamento, possibilitaram a elaborao do

    diagnstico do estgio de implementao da PNDP, baseado nos avanos e

    desafios apresentados a seguir:

  • 42

    Desafios:

    Aumentar o nmero de servidores capacitados.

    Ampliar a mdia de carga horria de capacitao por servidor.

    Fomentar aes de capacitao na rea temtica Desenvolvimento

    Gerencial.

    Incentivar e apoiar os rgos na elaborao do Plano Anual de

    Capacitao com base na Gesto por Competncias.

    Promover a reviso do Relatrio de Execuo do Plano Anual de

    Capacitao, por uma comisso tcnica com representantes da

    CGDEP / SEGEP, dos rgos da APF e das IFES.

    Promover a implementao de mecanismos de avaliao eficientes

    e eficazes.

    Avanos

    Ampliao do ndice de adeso ao preenchimento do Relatrio de

    Execuo do Plano Anual de Capacitao.

    Aumento de 50% no quantitativo de Dirigentes, Gerentes e

    Assessores capacitados em aes com foco estratgico.

    Aumento de 20% no total de aes de Aperfeioamento e Educao

    Formal.

    Relevante participao de instrutores servidores da APF nas aes

    de capacitao e desenvolvimento.

    Ampliao dos percentuais de execuo oramentria.

    ndices significativos para a preferncia da rea temtica

    Desenvolvimento Gerencial.

    Aumento de 27,6% no quantitativo de rgos que elaboraram o

    Plano Anual de Capacitao com base na Gesto por

    Competncias.

    Crescimento de 8% no quantitativo de rgos cujas aes de

    capacitao e desenvolvimento levaram em considerao os

    objetivos estratgicos da organizao.

    Reduo da realizao das aes sob demanda, sem previso no

    Plano Anual de Capacitao.

  • 43

    O Decreto no 5.707, de 23 de fevereiro de 2006, que instituiu a Poltica

    Nacional de Desenvolvimento de Pessoal da Administrao Pblica Federal

    representa um grande avano para a rea de Gesto de Pessoas, na medida em

    que estabelece diretrizes e finalidades para o alcance da excelncia da qualificao

    profissional na APF. Da mesma forma, suscitou vrios desafios a serem superados

    na busca pela adequao das competncias requeridas dos servidores aos objetivos

    das instituies.

    Neste sentido, cabe afirmar que os elementos fundamentais para a

    consolidao da PNDP repousam na qualidade das aes de aperfeioamento

    profissional, no aprimoramento dos instrumentos de monitoramento e na utilizao

    de mecanismos de avaliao eficientes e eficazes que promovam a evoluo dos

    processos de planejamento das aes organizacionais.

    REFERNCIAS

    BRANDO, H. P.; GUIMARES, T. A. Gesto de competncias e gesto de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista de Administrao de Empresas (RAE), So Paulo, v. 41, n. 1, p. 08-15, 2001. CARBONE, P. P. et al. Gesto por competncias e gesto do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. DECRETO no 5.707 de 23 de fevereiro de 2006. DECRETO no 67.326 de 5 de outubro de 1970. MELLO, M. L. B. C; FILHO, A. A. A gesto de recursos humanos em uma instituio pblica brasileira de cincia e tecnologia em sade: o caso Fiocruz. Revista de Administrao Pblica (RAP), Rio de Janeiro, v. 44, n. 3, p. 613-636, 2010 OCDE. Avaliao da Gesto de Recursos Humanos no Governo Relatrio. Braslia: OCDE, 2010. GUIMARES, T. A.; BRUNO-FARIA, M. F.; BRANDO, H. P. Aspectos metodolgicos do diagnstico de competncias em organizaes. In: Jairo Borges-Andrade; Gardnia Abbad; Luciana Mouro (org.). Treinamento, desenvolvimento e educao em organizaes e trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2006.

  • 44

    __________________________________________________________________

    AUTORIA

    Maria Julia Pantoja Coordenao-Geral de Polticas de Desenvolvimento de Pessoas Departamento de Desenvolvimento e Desempenho Institucional Secretaria de Gesto Pblica Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.

    Endereo eletrnico: [email protected] Marcia Iglesias Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.

    Endereo eletrnico: [email protected] Renata Benevenuto Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.

    Endereo eletrnico: [email protected] Arlete de Paula Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.

    Endereo eletrnico: [email protected]