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PODER JUDICIÁRIOJUSTIÇA DO TRABALHOTRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
PROCESSO nº 1001183-51.2016.5.02.0000 (DC)
SUSCITANTE: SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO EST DE SAO PAULO
SUSCITADO: SIND DAS EMPRESAS DE RADIO E TELEVISAO NO EST SAO PAULO
RELATORA: IVANI CONTINI BRAMANTE
EMENTA
Preliminar de falta de comum acordo. Acolhimento da preliminar que
leva necessariamente à extinção do processo. Releitura do art. 114, § 2º, da CF/88. Análise das
cláusulas econômicas com base na Lei nº 10.192/2001. O acolhimento da preliminar de falta de comum
acordo, para a instauração do Dissídio Coletivo Econômico, leva necessariamente à extinção do processo,
sem julgamento do mérito, inibindo o exercício do Poder Normativo do Judiciário Trabalhista na fixação
de cláusulas novas de condições de trabalho. Assim, impõe-se, respeitadas as disposições mínimas legais
de proteção do trabalho e as convencionadas anteriormente, a manutenção do , pelastatus quo ante
declaração de manutenção das cláusulas e condições de trabalho preexistentes, e que vem sendo
praticadas entre as partes, pela aplicação da Sumula nº 277 e PN 120, ambos do TST; bem como a fixação
de reajuste salarial, previsto na Lei 10.192/2001 (artigos 9, 10, 11, 12 e 13), que estabelece o direito
subjetivo dos trabalhadores ao reajuste salarial na data base, e, , a correção das demais cláusulasipso iure
de natureza econômica.
RELATÓRIO
Trata-se de DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA
instaurado pelo SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO ESTADO DE SÃO
em face de PAULO SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO NO ESTADO DE
SÃO PAULO.
Informa o suscitante ser representante da categoria profissional
diferenciada dos jornalistas na base territorial do Estado de São Paulo.
Relata o suscitante que, com a finalidade de renovar as cláusulas e
condições convencionais para o período 01/12/2015 (data-base) a 30/11/2016, bem como estabelecer
novas cláusulas e condições de trabalho, convocou, por edital a categoria profissional para participar de
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Assembléia Geral que aprovou a pauta de reivindicações e autorizou o suscitante a entabular negociações
com o sindicato suscitado e suscitar o competente dissídio coletivo de natureza econômica.
Em 25/11/2015 na sede da suscitada, deu-se início às negociações, ocasião
em que as partes efetuaram um calendário de negociação e a Suscitada concedeu formalmente a garantia
de data-base para 01 de dezembro.
Narra ainda a inicial que houve 14 rodadas de negociação sem que
houvesse qualquer avanço nas negociações. Diante de tal impasse para a renovação da Convenção
Coletiva de jornalistas de Rádio e TV, o ora Suscitante ainda buscou em 12/04/16, a mediação do
Ministério Público do Trabalho, autos MED 002934.2006.02.000/8, no esforço de alcançar uma solução
extrajudicial que resolvesse a questão e evitasse a judicialização do conflito.
O Suscitado se mostrou intransigente e sequer aceitou participar de uma
única reunião intermediada pelo Ministério Público do Trabalho, tendo simplesmente protocolado uma
singela manifestação (doc.23), recusando-se expressamente a participar do referido procedimento
conciliatório, servindo o relatório de arquivamento e a respectiva notificação de arquivamento como
provas documentais inequívocas da tentativa de negociação frustrada.
Deu à causa o valor de R$ 10.000,00, para fins fiscais.
Juntou a pauta de reivindicações.
Juntou procuração (id. cb5259f), ata de posse da diretoria para o triênio
2015/2018 (id. 3f9fce2), carta sindical (id. 7ce7cf7), estatuto do sindicato (id. a7296e7), edital de
convocação da categoria para a Assembléia de 21/10/2015 (id. 2b7ee48, c0c1698 e ae42d5c), ata da
assembléia realizada em 21/10/2015 onde consta a pauta de reivindicações (id. 7908001), listas de
presença (id. c1d2a24, 95ad0ba, 5df00fc), ofício encaminhado ao Sindicato suscitado apresentando a
pauta de reivindicações e solicitando reunião para negociações (id. b8b9be1), ata da primeira reunião
realizada entre suscitante e suscitado (id. 5854fbe), ata da 2ª reunião de negociações (id. 5854fbe), ata da
3ª reunião (id. 5854fbe), da 4ª reunião (id. 3d3a4bb), da 5ª reunião (id. 3d3a4bb), da 6ª reunião (id.
3d3a4bb), da 7ª reunião (id. 13ae675), da 8ª reunião (id. 41c0e65), a 9ª reunião (id. 41c0e65), da 10ª
reunião (id. 7888530), 11ª reunião (id. f6edbea), 12ª reunião (id. f6edbea), 13ª reunião (id. 16f19b8), 14ª
reunião (id. e47c53a), intimação do sindicato suscitado nos autos da Mediação nº 002934.2016.02.000/8
(id. a781962), relatório de arquivamento do processo de mediação junto à Procuradoria do Trabalho,
tendo em vista a ausência de manifestação do requerido (id. 8e5eac6), convenção coletiva de trabalho
2014/2015 (id. f4fe865) autorização dos representados para que o suscitante ajuíze dissídio coletivo (id.
5e7d3d4) e demais documentos.
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Despacho da Vice Presidência Judicial designando audiência de Instrução
e Conciliação para o dia 08 de junho de 2016 (id. 378ab81). Despacho de redesignação de audiência para
o dia 02 de junho de 2016 (id. a3cbae1).
Suscitante junta aos autos Ata da Assembléia com a pauta de
reivindicações completa (id. 5ccb552), tendo em vista erro na digitalização do documento anteriormente
juntado.
Suscitado junta procuração (id. db94bed), carta de preposição (id.
219cbd2), carta sindical (id. 71a9eff), ata de posse da diretoria e conselho fiscal (id. 75f3d05), estatuto
social (id. 60cae67), ata de assembléia geral (id. 722a073).
Em contestação (id. da11e2c), o sindicato suscitado argúi em preliminar a
extinção do feito por ausência de comum acordo, de ausência de quórum e autorização para a propositura
do dissídio coletivo, a ultratividade da norma coletiva anterior; no mérito, contestou as colocações do
suscitante, sustentando que o suscitante decidiu não mais negociar, que o setor de radiodifusão passa por
dificuldades financeiras. Afirma que a pauta de reivindicações foi recusada pela bancada patronal pelo
fato das partes terem celebrado convenção coletiva de trabalho em 20 de março de 2015, que nos termos
da Súmula 277 do TST encontra-se em vigor com prazo de vigência até 2018. Requer procedência das
preliminares e, se ultrapassadas, no mérito, requer a aplicação da ultratividade da Convenção Coletiva
celebrada entre as partes em 20 de março de 2015.
Em audiência realizada em 02 de junho de 2016 (id. b8d7daa), tendo em
vista a não ocorrência de acordo, foi dado prazo para manifestação do suscitante e determinada a
distribuição dos autos.
Em réplica (id. e465614), o suscitante rebateu as preliminares argüidas e
reiterou o pedido de aprovação da pauta de reivindicações constante da inicial, mormente da reposição
integral da inflação do período nos salários e demais benefícios econômicos, retroativos à data-base de
01/12/2015 ou sucessivamente pela aplicação da Súmula 277 do TST para as cláusulas preexistentes e
concessão de reajusta salarial nos termos da Lei nº 10.192/2001.
Parecer do Ministério Público do Trabalho (id. b9d2b33) opinando pela
rejeição das preliminares e, no mérito, opina pelo deferimento parcial das reivindicações formuladas,
renovando-se as condições preexistentes, bem como a exclusão da cláusula 64ª.
Notificado o sindicato suscitado para manifestar-se a respeito da recusa
dos integrantes da categoria em submeter a lide à Justiça Trabalhista, este juntou aos autos Ata da
Assembléia id. 166553b e listas de presença ids. 8c2ab5d e d8b050c.Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 3
É o relatório.
PRELIMINARES
Ausência de comum acordo
O sindicato suscitado se opõe ao dissídio coletivo de natureza econômica
instaurado, alegando em preliminar a ausência de comum acordo, em conformidade com o disposto no
parágrafo 2º do artigo 114 da Constituição Federal, requerendo a extinção do feito, sem resolução de
mérito.
Esta Relatora proferiu despacho determinando que o suscitado traga aos
autos a Ata de Assembléia e respectiva lista de assinatura dos presentes, a fim de comprovar que os
integrantes da categoria efetivamente recusam a análise da demanda por esta Justiça Especializada e
pretendem a extinção do feito (id.).
Os suscitados apresentaram manifestação informando que houve
deliberação em assembléia a esse respeito, constando no item II da ata que "deliberou que o objetivo
priordial é a conclusão das negociações com a celebração da CCT motivo pelo qual não são outorgados
poderes para a Comissão firmar documento deliberando a propositura de ação judicial de dissídio
". (id. 166553b).coletivo
De partida, insta perquirir a natureza e as consequências jurídicas da
preliminar de "falta de comum acordo".
Segundo jurisprudência do C. TST:
a) o comum acordo não significa que as partes devem formular petição
inicial conjuntamente, mas que não tenha o suscitado expressamente se oposto à instauração do Dissídio
Coletivo.
b) a preliminar não pode ser conhecida de oficio, pois depende de
manifestação expressa do Suscitado (TST- 3626/2005, Barros Levenhagem, DJ 16.02.2007 e
TST-RODC 397/2006, DJ 14.06.2007 e; 3626/2005, DJ 16.02.2007, Rel. Min. Barros Levenhagen).
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c) não se aceita a preliminar de comum acordo feita só na fase
recursal, porque ocorre a preclusão (TST- RO 300-13-2009. Rel. Min. Dora Maria da Costa DEJT
21.05.2010).
d) admite-se como satisfeito o requisito do comum acordo, ainda que
tácito, ou seja, decorrente da ausência de manifestação prévia em sentido contrário (TST, RO -
44200-40.2010.5.03.0000, Rel. Min. Kátia Magalhães Arruda, 01/07/2011).
Logo, em atendimento ao contido no art. 114, § 2º, da CF/88 e em
conformidade com o posicionamento jurisprudencial acima, conclui-se que o acolhimento da
preliminar de comum acordo leva necessariamente à extinção do processo, sem julgamento do
inibindo o exercício do Poder Normativo na fixação de cláusulas novas de condições de trabalho.,mérito
Assim, impõe-se, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção do trabalho e as convencionadas
anteriormente, a manutenção do , pela declaração de manutenção das cláusulas e condiçõesstatus quo ante
de trabalho preexistentes, e que vem sendo praticadas entre as partes, pela aplicação da Sumula nº 277 e
PN 120, ambos do TST; bem como a fixação de reajuste salarial, previsto na Lei 10.192/2001 (arts. 9, 10,
11, 12 e 13), que estabelece o direito dos trabalhadores ao reajuste salarial na data base e, , aipso iure
correção das demais cláusulas econômicas.
Por corolário, mesmo que não haja "comum acordo", por força da
literalidade da parte final da redação do artigo 114, § 2º, CF/88, que estatui "podendo a Justiça do
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem
nada impede ao Tribunal estabelecer:,como as convencionadas anteriormente"
a) a manutenção do , pela declaração de manutenção dasstatus quo ante
cláusulas e condições de trabalho preexistentes, e que vem sendo praticadas entre as partes, além da
aplicação da Sumula nº 277 do TST:
"Súmula 277. Convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de
trabalho. Eficácia. Ultratividade. (Res. 10/1988, DJ 01.03.1988) (Redação alterada na sessão do
Tribunal Pleno em 16.11.2009 - Res. 161/2009 - Redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada
em 14.09.2012 pela Resolução nº 185/2012, DeJT 25.09.2012). As cláusulas normativas dos acordos
coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser
modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho."
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"Precedente n.120 - Sentença Normativa. Duração. Possibilidade e
limites. (Res. 176/2011, DeJT 27.05.2011). A sentença normativa vigora, desde seu termo inicial até que
sentença normativa, convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho superveniente
produza sua revogação, expressa ou tácita, respeitado, porém, o prazo máximo legal de quatro anos de
vigência."
b) a fixação do reajuste salarial, cujo direito decorre da Lei 10.192/2001,
artigos 9, 10, 11, 12 e 13, que estabelece o direito dos trabalhadores ao reajuste salarial na data base e,
, a correção das demais cláusulas econômicas. Neste caso, não há exercício do Poder Normativo,ipso iure
mas apenas a aplicação da lei ao caso concreto.
Desta feita, acolho a preliminar de "falta de comum acordo" e, portanto,
não serão fixadas cláusulas novas de condições de trabalho, mas tão só o reajuste salarial decorrente de
direito subjetivo previsto na Lei nº 10.192/2001 (artigos 9, 10, 11, 12, 13), e assim, respeitadas as
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as normas preexistentes (art. 114, § 2º,
CF), pois conforme já julgado nesta Seção Especializada:
"Não podendo a instância ser instaurada de forma unilateral, é de se
entender que quem arguiu a preliminar não deseja discutir as clausulas estabelecidas anteriormente,
preferindo manter o . Nesse sentido, dispõe o Precedente Normativo n. 120 do C. TST e astatus quo
Súmula 277 do C.TST com nova redação (...)" (Processo n.0005865-42.2011.5.02.0000. Rel. Luiz Edgard
Ferraz de Oliveira, julgado em 03/04/2013).
No mesmo sentido é o conteúdo da OJ nº 05 da SDC/TRT da 2ª Região:
05 - COMUM ACORDO PARA AJUIZAMENTO DO DISSÍDIO
COLETIVO.
A ausência do comum acordo para a instauração do dissídio coletivo
implica projeção da norma coletiva anterior, seja ela autônoma (TST, S. 277) ou heterônoma (TST, PN
120), com a simples atualização dos índices econômicos já existentes por força da cláusula "rebus sic
stantibus".Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 6
Reajuste salarial e correção das demais cláusulas econômicas
O suscitado informa que as partes celebraram Convenção Coletiva de
Trabalho em 20 de março de 2015, registrada no Ministério do Trabalho e Emprego sob nº 007202/2015
em 08/07/2015, e requer a aplicação do disposto na Súmula 277 do C. TST, diante da ausência de nova
negociação.
A Pauta de Reivindicações do suscitante está transcrita no Anexo I, parte
integrante deste julgado, e fica prejudicada diante do acolhimento da preliminar de ausência de comum
acordo, com a projeção das cláusulas preexistentes (Súmula 277 do TST), cujo conteúdo está inserto no
Anexo II, também parte integrante deste acórdão, tendo sido extraído do Acordo Coletivo 2014/2015,
celebrado entre as partes (id. ff254cd), e neste momento projetada, adequando-se com a simples
atualização dos índices econômicos já existentes por força da cláusula "rebus sic stantibus", bem como
outras adaptações que se mostrarem necessárias nessas cláusulas passíveis de atualização econômica.
A vigência será de um ano (01.12.2015 a 30.11.2016) para as cláusulas
econômicas (Cláusula 3ª - Piso Salarial; Cláusula 16ª - Alimentação/Refeição; Cláusula 22ª - Creche;
Cláusula 26 - Viagem, projetando-se as cláusulas sociais na forma da Súmula nº 277 do TST.
Aplicar-se-á para reajuste das cláusulas econômicas o INPC acumulado
cujo índice corresponde a 10,96.
No que diz respeito à CLÁUSULA 11 - ABONO - FUNDAÇÕES,
ASSOCIAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS E ENTIDADES PÚBLICAS, defiro parcialmente apenas o
reajuste, considerando que o aumento real dependeria de negociação entre as partes, o que torna inviável
diante do acolhimento de comum acordo, sendo aplicável apenas o reajuste previsto na cláusula 3ª.
Estabilidade provisória
Mesmo havendo o acolhimento da preliminar de ausência do comum
acordo, defiro a estabilidade provisória, porque a aplicação do PN 36 SDC/TRT da 2ª Região, protege o
ambiente coletivo conflituoso, dissociado do conjunto das cláusulas postuladas.
Assim, defiro aos empregados a estabilidade provisória por 90 (noventa)
dias, contados a partir do julgamento do presente Dissídio Coletivo, nos termos do PN 36 da SDC/TRT 2ª
Região:
"PRECEDENTE NORMATIVO Nº 36 - ESTABILIDADE
PROVISÓRIA:
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Os empregados terão estabilidade provisória na pendência da Negociação
Coletiva, até 30 (trinta) dias após a sua concretização, ou, inexistindo acordo, até 90 (noventa) dias após
o julgamento do dissídio coletivo. "(Nova redação - Ata publicada no DOEletrônico 25/04/2014) .
ANEXO 1 -Pauta de Reivindicações 2015/2016 Jornalistas de Rádio e TV do Estadode São Paulo (prejudicada)
Cláusula 1ª - DATA-BASE
Fica alterada a data-base de 1° de dezembro para 1° de junho.
Cláusula 2ª- VIGÊNCIA
O presente acordo terá vigência de 17 (dezessete) meses, a partir de 1° de
dezembro de 2015 a 31 de maio de 2017.
Cláusula 3ª - PISO SALARIAL
Fica estabelecido, a partir de 1º de dezembro de 2015, o salário normativo
nas seguintes bases:
Piso para 5 horas diárias de trabalho - R$ 2.720,00
Piso para 7 horas diárias de trabalho - R$ 4.352,00
CLÁUSULA 4ª - ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS
No caso de atraso no pagamento de salário, ficam os empregadores
obrigados ao pagamento de multa diária correspondente a 1/30 (um trinta avos) do salário nominal
revertida em favor do trabalhador independentemente das cominações específicas administrativas de que
trata a Lei n° 7.855/89.
Parágrafo único - As empresas que não reajustarem os salários de seus
funcionários jornalistas na folha de pagamento imediatamente após a assinatura do presente instrumento
ficam obrigadas a pagar multa de um salário nominal revertida em favor do trabalhador.
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CLÁUSULA 5ª - REAJUSTE SALARIAL
A partir de 1º de dezembro de 2015, os salários dos empregados
abrangidos pela presente Convenção Coletiva de Trabalho serão reajustados pela variação do INPC de
1º/12/2014 a 30/11/2015 e mais 5% de aumento real.
Parágrafo único - Aos jornalistas admitidos entre 1° de dezembro de
2014 a 30 de novembro de 2015 será assegurado igual reajuste salarial.
CLÁUSULA 6ª - DA ANTECIPAÇÃO
Em dezembro de 2016 será concedida uma antecipação a ser compensada
na data-base (1º de junho de 2017) equivalente ao INPC/IBGE acumulado no período de 1º de dezembro
de 2015 a 30 de novembro de 2016.
CLÁUSULA 7ª - PAGAMENTO DE ADICIONAL POR TEMPO DE
SERVIÇO
A cada período ininterrupto de 5 (cinco) anos de efetivo trabalho na
mesma empresa, será assegurado ao trabalhador um acréscimo em seu salário, de forma não cumulativa,
que será de:
3% (três por cento) para o primeiro quinquênio;
6% (seis por cento) para o segundo quinquênio;
9% (nove por cento) para o terceiro quinquênio;
12% (doze por cento) para o quarto quinquênio; sendo este o limite
máximo de concessão do adicional por tempo de serviço.
§ 1º O pagamento desse adicional será imediato à data em que for
completado cada período ininterrupto de 5 (cinco) anos de efetivo trabalho na mesma empresa.
§ 2º Ficam ressalvadas as condições mais benéficas já existentes, ou
praticadas anteriormente a 30/11/2015
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CLÁUSULA 8ª - AUTORIZAÇÃO PARA DESCONTO EM FOLHA
Fica permitido as empresas abrangidas por esta Convenção Coletiva de
Trabalho, quando oferecida a contraprestação, o desconto em folha de pagamento de seguro de vida em
grupo, transporte, planos médicos-odontológicos com participação dos empregados nos custos,
alimentação, convênios, convênio com supermercados, medicamentos, convênios com assistência médica
e clubes ou agremiações, quando expressamente autorizado pelo empregado.
CLÁUSULA 9ª: ÉPOCA PARA PAGAMENTO DE SALÁRIOS
As empresas efetuarão o pagamento mensal aos seus jornalistas até o dia 5
(cinco) do mês subsequente ao vencido, ou no dia útil imediatamente anterior se este cair em sábado,
domingo ou feriado.
Parágrafo 1° - Ficam asseguradas as condições mais favoráveis já
existentes.
Parágrafo 2° - As empresas concederão adiantamento salarial
correspondente a 40% (quarenta por cento) dos salários já corrigidos. Tal adiantamento será compensado
por ocasião do pagamento dos salários do mesmo mês e deverá ser concedido no máximo até o 20º
(vigésimo) dia do mês de trabalho.
CLÁUSULA 10ª - DAS HORAS EXTRAS
As horas extraordinárias serão remuneradas com os seguintes acréscimos
em relação à hora normal:
75% (setenta e cinco por cento) para a primeira hora extraordinária
contratada;
100% (cem por cento) para a segunda hora extraordinária contratada;
100% (cem por cento) para as demais horas extraordinárias;
100% para o trabalho realizado em domingos, dias de folgas e feriados.
CLÁUSULA 11ª - INDENIZAÇÃO ADICIONAL PARA
EMPREGADOS COM MAIS DE 45 (QUARENTA E CINCO) ANOS
As empresas concederão uma indenização adicional, equivalente à
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remuneração utilizada para efeito de cálculo de quitação, quando se tratar de despedida de empregado
com mais de 45 (quarenta e cinco) anos de idade e que conte com mais de 2 (dois) anos de efetivo
trabalho na empresa.
CLÁUSULA 12ª - ABONO - FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES SEM
FINS LUCRATIVOS E ENTIDADES PÚBLICAS
As entidades de direito privado constituídas pela destinação de um
patrimônio para a execução de determinados fins de natureza altruística, sem fins lucrativos, classificadas
como Fundações ou Associações, e as entidades públicas pagarão, a titulo de Abono, que não se
incorporará aos salários, aos seus empregados abrangidos pelo presente instrumento, que estiverem em
atividade no mês dezembro de 2015, incluindo o
Aviso Prévio indenizado, o valor equivalente a uma remuneração mensal
do jornalista com jornada de até 7 horas diárias. Tal pagamento deverá ser feito a título de Abono e não
será incorporado ao salário.
Parágrafo 1° - O pagamento deverá ocorrer em parcela única até a folha de
pagamento do mês de julho de 2016.
CLÁUSULA 13ª - PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIOS PARA
A PREVIDÊNCIA SOCIAL
Ficam as empresas obrigadas a entregar os documentos solicitados pelo
empregado para requerimento junto ao INSS de qualquer beneficio, dentro dos seguintes prazos máximos:
a) Para fins de obtenção de auxilio-doença, 5 (cinco) dias, a partir do 16°
dia de afastamento.
b) Para fins de aposentadoria, 10 (dez) dias úteis.
c) Para fins de aposentadoria especial, 15 (quinze) dias úteis.
Cláusula 14ª - 13° SALÁRIO
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As empresas anteciparão 50% (cinquenta por cento) do valor do 13°
salário até 10 de julho de cada ano ou até a data do início das férias de seus jornalistas, se definidas antes
daquele dia. O saldo restante da aludida gratificação deverá ser pago a todos os Jornalistas profissionais
até o dia 20 de dezembro de cada ano.
CLÁUSULA 15ª - ADICIONAL NOTURNO
As empresas se obrigam ao pagamento do adicional noturno para todos os
seus jornalistas empregados que exerçam trabalho das 22h00 às 5h00, a razão de 25% (vinte e cinco por
cento) de acréscimo sobre a hora diurna.
Cláusula 16ª - ADICIONAL DE PENOSIDADE
Repórteres fotográficos e cinematográficos que, no exercício de suas
funções, deslocam-se com equipamentos que pesem mais de três quilos - carregando-os, utilizando-os ou
mantendo-os sobre os ombros - farão jus a um adicional de 50% (cinquenta por cento) por hora trabalhada
(ou fração superior a quinze minutos).
Parágrafo 1° -Repórteres fotográficos ou cinematográficos que carregam
Regularmente equipamentos com mais de três quilos de peso terão direito a um dia de folga extra a cada
catorze dias, sem prejuízo de outros descansos previstos em lei.
Parágrafo 2° - As empresas deverão submeter os jornalistas profissionais
que integram equipes de reportagem a avaliações anuais de saúde, fornecer informações sobre reeducação
postural e, dentro da jornada de trabalho, desenvolver atividades de ginástica laborai por pelo menos
quinze minutos diários.
Parágrafo 3° - O adicional constante do caput desta cláusula incidirá
também sobre todo e qualquer beneficio concedido pelas empresas que tenham como parâmetro o salário
nominal do jornalista beneficiado.
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Cláusula - 17ª ADICIONAL POR TRABALHO
MULTIPLATAFORMA
Fica estabelecido o adicional de 50% (cinquenta por cento) da
remuneração diária do jornalista profissional em caso de o jornalista contratado para certo veículo ou
plataforma da empresa ter que produzir para outro veículo ou plataforma.
Parágrafo 1° - O disposto nesta cláusula também se aplica aos casos em
que o jornalista mantenha blog, coluna ou equivalente no site da empresa.
Cláusula 18ª - PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS
A Participação nos Lucros e Resultados será efetivada pelas empresas
mediante um dos procedimentos previstos no Art. 2° da Lei 10.101, de 15/12/2000.
Parágrafo 1° - As empresas que não firmaram programa próprio de lucros
e resultados relativo ao exercício de 2015 ficarão obrigadas ao pagamento de multa indenizatória aos seus
empregados no valor de um salário nominal.
Parágrafo 2° - As empresas que tenham implantado programa próprio de
lucros e resultados do exercício de 2015, bem como aqueles que estiverem comprometidos com
negociações em andamento e que vierem a implantá-lo, com a participação da entidade Sindical
Profissional, contemplando os resultados de 2015, ficam desobrigados do cumprimento desta cláusula,
desde que garantam, no mínimo, aos seus empregados o
valor estipulado no parágrafo anterior.
Cláusula 19ª - VALE-REFEIÇÃO E VALE-ALIMENTAÇÃO
As empresas que não disponibilizam para os jornalistas serviço de refeição
gratuita fornecerão vale-refeição, em número de 26 unidades ao mês, inclusive nas férias e demais
interrupções/ suspensões do contrato de trabalho, no valor unitário mínimo de R$ 28,00 (vinte e oito
reais), ressalvadas as condições mais favoráveis pré-existentes, sem haver qualquer desconto no salário
dos jornalistas.
Parágrafo 1° - As empresas se obrigam a fornecer o beneficio do
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vale-refeição também nos dias destinados a plantão ou sábados, domingos ou feriados, ainda que
compensados.
Parágrafo 2° - As empresas se obrigam a fornecer o beneficio do
vale-refeição também durante o período de afastamento por licença médica até o 15° dia.
Cláusula 20ª - VALE TRANSPORTE
No atendimento às disposições da Lei n.° 7.418 de 16.12.85, com a
redação dada pela Lei n.° 7.619 de 30/09/87, regulamentada pelo Decreto n.° 95.247 de 16/11/87, as
empresas representadas pelo Sindicato Patronal acordante poderão, a seu critério, creditar o valor
correspondente por meio da folha de pagamento ou em dinheiro. Na superveniência de aumentos de
tarifas após o pagamento, as empresas efetivarão a competente complementação no prazo de até 5 (cinco)
dias úteis. A importância paga a esse título não tem caráter remuneratório ou salarial.
Parágrafo único - As empresas não descontarão qualquer valor do
jornalista em razão da concessão do vale-transporte e o fornecerão durante as férias e durante os períodos
de licença médica.
Cláusula 21ª - CONVÊNIO MÉDICO
Ficam as empresas obrigadas a manter convênio de assistência médica
para o conjunto de seus jornalistas.
Parágrafo 1° - As empresas se obrigam a custear, no mínimo, 35% (trinta e
cinco por cento) do valor conveniado.
Parágrafo 2° - As empresas que não mantiverem convênio médico pagarão
aos seus jornalistas um auxílio saúde de R$ 170,00 (cento e setenta reais) mensais.
Parágrafo 3° - O jornalista que optar por não aderir ao convênio médico
oferecido pela empresa terá direito ao auxílio saúde de R$ 170,00 (cento e setenta reais) mensais.
Parágrafo 4° - Em caso de falecimento de funcionário com 10 (dez) anos
ou mais de empresa, a mesma deverá manter o convênio para os seus dependentes inscritos no convênio
pelo prazo de dois anos.
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Cláusula 22ª - AUXÍLIO DOENÇA / AUXÍLIO ACIDENTE
As empresas complementarão o salário nominal dos empregados afastados
por auxílio-doença, a partir do 16° (décimo sexto) dia até a data do retorno efetivo ao trabalho, acrescido
das horas extras contratuais, se for o caso.
Parágrafo 1º - Os jornalistas com mais de 90 (noventa) dias de serviços
prestados à empresa, sem período de carência para auxílio-doença junto ao INSS, terão seu salário pago
pela empresa da forma estipulada no "caput" desta cláusula.
Parágrafo 2° - O pagamento previsto nesta cláusula deverá ocorrer junto
com o pagamento mensal dos demais empregados.
Parágrafo 3° - Os dias de afastamento serão computados, para efeito de
décimo terceiro salário e férias, como sendo de trabalho efetivo.
Cláusula 23ª - ESTABILIDADE FUNCIONAL AO AFASTADO POR
MOTIVO DE DOENÇA
O empregado afastado do trabalho por doença, desde que não
caracterizado como acidente de trabalho, terá estabilidade provisória, por igual prazo do afastamento, até
30 (trinta) dias após a alta.
Parágrafo 1° - Será garantido aos jornalistas acidentados no trabalho que
apresentem redução da capacidade laborai e incapacidade de desempenharem a função que antes
executavam, e que tenham sido reabilitados pelo INSS, a exercer outra função, e estando em condições de
exercer qualquer outra atividade compatível com seu estado físico após o acidente, a manutenção na
empresa, sem prejuízo da remuneração antes recebida, até a sua aposentadoria integral junto à Previdência
Social. Estão abrangidos por esta garantia os já acidentados no trabalho com contrato em vigor nesta data.
Parágrafo 2° - Demonstrando o empregado que é portador de doença
profissional, como tal definida nos termos da Lei, atestada pelo INSS, e que a adquiriu em seu atual
emprego ou nela a teve agravada, passará o mesmo a gozar das garantias previstas no parágrafo segundo
desta cláusula.
Parágrafo 3° - Na hipótese de recusa, pela empresa, da alta médica dada
pelo INSS, arcará ela com o pagamento dos dias não pagos pela Previdência Social, compreendidos entre
o reencaminhamento e a confirmação da alta pelo INSS.
Cláusula 24ª - REEMBOLSO FUNERALAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 15
No caso de falecimento do empregado, a empresa reembolsará as despesas
com o funeral no valor de até R$ 6.000,00 (seis mil reais), mediante o fornecimento de documentação
comprobatória da despesa, aos dependentes habilitados junto à Previdência Social ou a quem comprove
ter efetivado as despesas até o seu limite.
Cláusula 25ª- INDENIZAÇÃO POR MOTIVO DE
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OU EM CASO DE MORTE
No caso de invalidez permanente por motivo de doença atestada pelo
INSS, e se ocorrer rescisão contratual, a empresa pagará ao empregado um valor correspondente a 2
(dois) salários nominais. Na hipótese de falecimento do empregado, a empresa pagará à viúva habilitada
perante a Previdência Social, ou na falta desta, aos sucessores do falecido devidamente habilitados
perante o INSS, o valor de 2 (dois) salários nominais em caso de morte natural e 3 (três) salários nominais
em caso de morte por acidente de trabalho.
Parágrafo único - O pagamento de que trata esta cláusula será efetuado
juntamente com as verbas rescisórias que constarem no termo de Rescisão do Trabalho.
Cláusula 26ª - ESTABILIDADE PARA GESTANTE
Ficam garantidos emprego e salário à empregada gestante desde a
concepção até 60 (sessenta) dias após o término do afastamento legal (licença-maternidade) que será, para
todos os efeitos, de seis meses.
Cláusula 27ª - CRECHE
As empresas providenciarão a instalação de creche em suas dependências
ou celebrarão convênio com creches autorizadas pelos órgãos públicos, objetivando atender aos filhos dos
jornalistas até que atinjam a idade de 6 (seis) anos.
Parágrafo 1° - As empresas que não mantêm creches em suas
dependências, ou convênio, reembolsarão as despesas de creches efetuadas por seus empregados
jornalistas, a partir do término do licenciamento compulsório até o valor de R$ 350,00 (trezentos e
cinquenta reais), nos termos da Portaria n.° 670/97 de 20.08.97, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Parágrafo 2° - O valor do reembolso da creche não integrará a
remuneração para quaisquer efeitos legais, ainda que as empresas venham a adotar condição mais
favorável ao estipulado nesta cláusula.
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Cláusula 28ª - SEGURO DE VIDA
As empresas se obrigam a realizar um seguro de vida (morte e invalidez)
para seus jornalistas, independentemente do seguro de acidentes do trabalho. Esse seguro não poderá ser
inferior a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Parágrafo 1° - As empresas deverão proporcionar aos jornalistas a
oportunidade de optar pela sua inclusão ou não no referido seguro, ficando a participação dos jornalistas
no custeio do seguro limitada ao máximo de 40% do custo.
Parágrafo 2° - No caso de invalidez, o pagamento será efetuado contra
apresentação do atestado de invalidez do empregado ou da redução de sua capacidade laboral, atestada
pelo INSS.
Parágrafo 3° - No caso de invalidez permanente por motivo de doença
atestada pelo INSS, e se ocorrer rescisão contratual, a empresa pagará ao empregado um valor
correspondente a 2 (dois) salários nominais.
Parágrafo 4° - O pagamento de que trata esta cláusula será efetuado
juntamente com as verbas rescisórias que constarem no termo de Rescisão do Trabalho.
Cláusula 29ª - TRANSPORTE NOTURNO
As empresas fornecerão condução aos jornalistas quando a jornada de
trabalho terminar após as 24h00 ou tiver início antes das 05h30.
Cláusula 30ª - DIÁRIA DE VIAGEM
Os jornalistas em viagem de serviço, quando tiverem de pernoitar fora de
sua sede, terão direito a receber, no mínimo, um salário-base dia, considerada a jornada de cinco horas
acrescida de duas horas extras contratuais, a cada dia de permanência, além do salário nominal, a título de
compensação pelas horas extras porventura trabalhadas nessa condição.
Parágrafo 1° - O numerário necessário para cobrir as despesas de viagem,
em valores compatíveis com as necessidades de permanência fora da sede e segundo critérios
estabelecidos pela empresa, será adiantado ao empregado jornalista quando de sua saída, para posterior
acerto de contas.
Cláusula 31ª - VIAGEM
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As empresas pagarão refeições no valor mínimo de R$ 30,00 (trinta reais),
quando os serviços forem realizados fora do município ou de sua sede.
Parágrafo 1° - As empresas custearão as despesas de pernoite, quando
necessário, para o qual se recomenda acomodações compatíveis com o número de leitos habitualmente
utilizados, e em hotéis cadastrados na Embratur, quando existentes.
Parágrafo 2° - Caso a empresa forneça vale-refeição ou título equivalente
de valor inferior ao estabelecido no caput desta cláusula, fará a complementação da diferença nos casos
específicos desta.
Cláusula 32ª - LICENÇA PARA EMPREGADA ADOTANTE
À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança será concedida licença-maternidade nos termos do Art. 392-A da CLT.
Parágrafo 1° - A licença-maternidade só será concedida mediante a
apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.
Parágrafo 2° - A licença deverá ser efetivada pela empresa a partir da
chegada da criança à residência da jornalista.
Cláusula 33ª - VALE CULTURA
Todo jornalista terá direito ao Vale Cultura, ficando vedado o desconto
previsto na legislação específica a no máximo 30%.
Cláusula 34ª- INDENIZAÇÃO DE APOSENTADORIA
Aos jornalistas em condições de se aposentar por tempo de contribuição,
por aposentadoria especial ou por idade e que estejam em serviço há mais de 5 (cinco) anos ininterruptos
na mesma empresa será pago um salário nominal, acrescido das horas extras contratuais, se for o caso, a
título de indenização, quando do seu desligamento definitivo para efeito de aposentadoria.
Cláusula 35ª- ESTABILIDADE PROVISÓRIA PARA O
EMPREGADO EM VIAS DE APOSENTADORIA
Será concedida estabilidade provisória aos empregados que:
a) estiverem comprovadamente a um ano da aposentadoria por tempo de
contribuição (tanto proporcional quanto integral), aposentadoria especial ou por idade, garantindo-lhes oAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 18
salário. Adquirido o direito ao beneficio cessa a garantia.
b) estiverem comprovadamente a dois anos da aposentadoria por tempo de
contribuição (tanto proporcional quanto integral), aposentadoria especial ou por idade, desde que contem
com dez anos ou mais de prestação de serviços ininterruptos à empresa, garantido igualmente o salário.
Cessa a estabilidade provisória quando adquirido o direito ao benefício.
Cláusula 36ª - AVISO PRÉVIO
Nos casos de rescisões de contrato de trabalho sem justa causa, o aviso
prévio obedecerá aos seguintes critérios:
a) será comunicado pela empresa, por escrito e contra recibo, se o período
será trabalhado ou não;
b) o dia da dispensa, trabalhado ou não, será remunerado;
Cláusula 37ª- CARTA DE DISPENSA, SUSPENSÃO OU
ADVERTÊNCIA
As empresas fornecerão comprovante, por escrito, contendo os motivos da
despedida, aos jornalistas demitidos sob a acusação de prática de falta grave, sob pena de presunção de
despedida imotivada.
Cláusula 38ª - ATRASO NO PAGAMENTO DAS VERBAS
RESCISÓRIAS
Em caso de não pagamento das verbas rescisórias por parte dos
empregadores, fica estipulada a multa equivalente ao salário diário do empregado, por dia de atraso, e sem
prejuízo da multa fixada pela Lei n°. 7.855/89, a partir do 11º (décimo primeiro) dia após o seu
desligamento do trabalho com dispensa do cumprimento do aviso prévio e do 2° (segundo) dia com
cumprimento do aviso prévio.
Cláusula 39ª- VERBAS RESCISÓRIAS
O pagamento dos direitos decorrentes de rescisão contratual será regulado
pelo Art. 477, CLT, com as alterações estabelecidas pela Lei n.° 7.855/89.
Parágrafo 1° - O saldo salarial do período de trabalho, quando for o caso,
deverá ser pago na data do pagamento geral dos empregados, se a homologação não se der antes desse
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fato.
Parágrafo 2° - Em caso de necessidade de alvará judicial para pagamento
das verbas rescisórias, as empresas se obrigam a depositar o valor a ser recebido em caderneta de
poupança aberta no prazo estipulado para pagamento das verbas rescisória
Cláusula 40ª - PRAZO E LOCAL DE HOMOLOGAÇÃO
As homologações serão efetuadas no Sindicato dos Jornalistas
Profissionais no Estado de São Paulo, exceto nos locais onde não existam representações do mesmo,
conforme art. 6° da instrução Normativa n° 3 de 21 de junho de 2002.
Parágrafo 1° - A formalização da rescisão ocorrerá no primeiro dia útil
imediato ao término do contrato, quando o aviso prévio for trabalhado, ou no décimo dia subsequente à
data da comunicação da demissão, no caso de ausência do cumprimento do aviso prévio.
Parágrafo 2° - Os prazos são computados em dias corridos, excluindo-se o
dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
Parágrafo 3° - Se o dia do vencimento cair em sábado, domingo ou
feriado, o crédito ao demitido será antecipado para o dia útil imediatamente anterior, e a homologação
poderá ser efetuada no primeiro dia útil após os dias supracitados.
Parágrafo 4° - Na inobservância dos prazos contidos nos parágrafos
anteriores, a empresa pagará ao empregado demitido, a título de multa, o valor equivalente à sua maior
remuneração.
Cláusula 41ª- ANOTAÇÃO NA CTPS
As empresas registrarão na Carteira de Trabalho e Previdência Social do
Jornalista a função e os cargos gratificados exercidos, com o salário respectivo nos termos do art. 11, do
Decreto n.° 83.284/79.
Parágrafo único - Acordam as partes que será permitida a atualização da
Carteira de Trabalho com o uso de carimbo, etiqueta ou qualquer meio eletrônico de impressão.
Cláusula 42ª - DISPENSA IMOTIVADA
As empresas que estiverem planejando transferir no todo ou em parte suas
redações para outra localidade, bem como pretendam fechar suas redações ou dispensar mais de 5% de
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seus jornalistas num período inferior a 30 dias deverão obrigatoriamente comunicar o Sindicato dos
Jornalistas com antecedência mínima de 60 dias, garantindo a imediata abertura de negociações a respeito
dos citados fatos. Tais dispositivos baseiam-se nos princípios da Convenção 158 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
Cláusula 43ª - NOVAS TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS
A empresa deverá fornecer a seus jornalistas a oportunidade de sua
adaptação às novas técnicas e equipamentos. O processo de adaptação constitui encargo da empresa, de
sorte que as despesas com eventuais cursos e aprendizagem correrão por conta da empresa.
Cláusula 44ª - APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
Os cursos e demais atividades de aperfeiçoamento profissional são
entendidos pelas partes que assinam esta Convenção como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal
e profissional para o empregado. As empresas deverão, exclusivamente quando os cursos forem por elas
determinados e/ou proporcionados, arcar com os custos pedagógicos e de infraestruturas decorrentes
destas atividades.
Parágrafo 1° - Não serão computados como horas extras os programas de
desenvolvimento profissional solicitados formalmente à EMPRESA pelos empregados jornalistas que
ocorram fora do horário de trabalho contratado. As horas despendidas em viagem em decorrência
exclusiva de participação em atividades ligadas ao desenvolvimento pessoal e técnico-profissional,
patrocinada pela EMPRESA ou por terceiros, não serão consideradas como jornada.
Parágrafo 2° - O valor do custeio dos investimentos com programa de
desenvolvimento técnico-profissional patrocinado pela Empresa não integrará a remuneração para
quaisquer efeitos legais.
Cláusula 45ª- COMISSÃO DE JORNALISTAS
As empresas reconhecem como legítimas as comissões de jornalistas
eleitas nos locais de trabalho, constituídas com o objetivo de discutir e encaminhar de forma autônoma,
livre e independente questões internas dos jornalistas à direção da empresa, bem como fica acordado que
o jornalista integrante de tais comissões terá estabilidade no emprego pelo período em que a integrar e até
um ano após o fim do mandato.
Cláusula 46ª - EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA
As empresas disponibilizarão os equipamentos básicos de segurança aosAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 21
seus profissionais jornalistas que realizarem cobertura de eventos de risco à sua integridade física, que
compreendem óculos de proteção, capacete de segurança e máscara contra gás lacrimogêneo.
Parágrafo 1º - O sindicato da categoria econômica acordante recomendará
às empresas a disponibilização, mediante a devida autorização da Autoridade competente, de
equipamentos especiais, tais como capacete balístico e colete à prova de bala, aos profissionais jornalistas
que participarem em coberturas de conflitos armados.
Parágrafo 2º - As empresas propiciarão o treinamento específico e
recomendarão o uso dos equipamentos fornecidos.
Cláusula 47ª - RISCO DE MORTE
O jornalista tem o direito de recusar a realização de reportagem que
ofereça risco de morte, sem prejuízo de quaisquer direitos.
Parágrafo 1º - Em condições de risco grave ou iminente à sua saúde, no
local de trabalho ou de campo, será lícito ao empregado interromper suas atividades até a eliminação do
risco.
Parágrafo 2º - As empresas jornalísticas serão obrigadas a promover,
anualmente, curso de procedimentos seguros para os jornalistas que atuem em situação de conflito bélico
de qualquer natureza, ministrado por empresas e/ou especialistas com competência neste assunto
reconhecida publicamente.
Parágrafo 3º - As empresas jornalísticas oferecerão aos jornalistas que
atuem em situação de conflito todo equipamento tecnicamente recomendado, especificado por especialista
de reconhecida competência.
Parágrafo 4º - É obrigatório que as empresas jornalísticas mantenham
seguro de vida atualizado e específico em favor de todo jornalista que atua em situação de conflito bélico.
Cláusula 48ª - DIREITO DE CONSCIÊNCIA
Pelo direito de consciência e respeito à ética profissional e à liberdade de
expressão, fica determinado o direito ao jornalista de recusar a realização de reportagens que, a seu ver,
firam a ética profissional, violem sua consciência, contrariem sua apuração dos fatos ou coloquem o
jornalista e sua equipe em situações de risco.
Parágrafo 1º - Pelos mesmos motivos, o profissional tem o direito de se
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opor à utilização de material produzido por ele em reportagem coletiva, bem como impedir que seu nome
seja associado a qualquer trabalho jornalístico antes de sua veiculação.
Parágrafo 2º - A atitude de recusa do jornalista, nessas situações, não pode
ser usada pela empresa para sancionar o profissional.
Cláusula 49ª- SOBREAVISO/ STAND-BY
As empresas que utilizam quaisquer meio de comunicação com seus
jornalistas fora do horário da jornada normal de trabalho pagarão um adicional de sobreaviso (stand-by)
de 1/3 (um terço) do salário hora normal pelo período em que o trabalhador permanecer aguardando um
possível chamado.
Cláusula 50ª- QUADRO DE AVISOS/ COMUNICAÇÃO COM A
CATEGORIA
Haverá um quadro de avisos do Sindicato dos Trabalhadores em local
acessível aos jornalistas, nas medidas de 0,60m x 0,90m, com vidro e chave, para fixação de matéria de
interesse da categoria.
Parágrafo único - Sindicato profissional terá também o direito de enviar
comunicações à categoria por meio eletrônico, que serão repassados pelas empresas ao conjunto dos
profissionais por meio dos sistemas de intranet.
Cláusula 51ª - ASSÉDIO MORAL
Visando melhorar o ambiente de trabalho e para preservar a saúde física e
mental dos jornalistas, as empresas abrangidas por esta Convenção Coletiva de Trabalho assumem o
compromisso de envidar esforços para combater a prática de assédio moral nas redações. A empresa
assume as responsabilidades decorrentes de situações de assédio moral no ambiente de trabalho.
Cláusula 52ª - CONTROLE DE PONTO
A empresa instalará relógio de ponto manual ou eletrônico, de modo que
se possa controlar os horários de entrada e saída de seus funcionários.
Parágrafo único - Nas empresas com 10 (dez) ou menos funcionários, o
controle poderá ser manual.
Cláusula 53ª - CONTROLE DE JORNADA
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A presente cláusula aplica-se aos empregados jornalistas da empresa
contratados para uma jornada de cinco horas diárias, acrescidas de até duas horas extras contratadas
diárias, na forma estabelecida no artigo 304 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), totalizando o
importe de até sete horas diárias contratadas, que integram a jornada mensal para todos os fins e efeitos de
direito, perfazendo a jornada de até 42 (quarenta e
duas) horas semanais, com um dia de descanso remunerado obrigatório,
conforme determina o artigo 307 da CLT.
I) DA ESCALA MENSAL DE PLANTÃO - Ao final de cada mês, as
empresas deverão afixar a escala mensal de plantões dos jornalistas do mês seguinte em lugar visível para
conhecimento de todos.
Parágrafo único - A escala mensal de plantões será elaborada de forma a
não interferir em suas atividades extra-empresa.
II) DA JORNADA DE TRABALHO E DO TRABALHO AOS
DOMINGOS E FERIADOS - Para atendimento das exigências técnicas oriundas do interesse público que
incide sobre a atividade jornalística, tendo em vista que a Empresa necessita do trabalho de parte do
efetivo aos finais de semana (sábado e domingo), resolvem as partes, com base na Lei 605/49,
regulamentado pelo Decreto 27.048/49, e ainda em observância ao artigo 307 da CLT, que o dia de
descanso obrigatório será o domingo e, quando necessário para atender a sistemática abaixo definida, o
sábado.
Parágrafo 1° - Fica estabelecido que a cada trabalho em final de semana
completo (sábado e domingo), os jornalistas folgarão, a título de compensação do domingo trabalhado,
três finais de semana completos (sábado e domingo) imediatamente subsequentes (ou seja, três sábados de
folga para compensação do domingo trabalhado, sábados estes que seguidos dos respectivos domingos de
descanso normal, som
finais de semana completos), repetindo-se este ciclo sucessivamente.
Parágrafo 2° - Na impossibilidade de o jornalista efetuar o descanso nos
dias previstos para folgas conjugadas ao descanso semanal obrigatório, tal trabalho será obrigatoriamente
pago com adicional de 100%.
Parágrafo 3° - Os trabalhos em dias de feriados oficiais serão remunerados
com horas extras à razão de 100%.
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Parágrafo 4°- Fica assegurado que, até o último dia de trabalho da
semana, as equipes de reportagem serão comunicadas da escala de trabalho da semana seguinte,
naturalmente sujeita a mudanças em decorrência de novas pautas.
Cláusula 54ª - ABONO DE FALTAS
O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário:
a) Até 3 (três) dias úteis consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que declarada em sua CTPS viva sob sua dependência
econômica, devidamente comprovada com apresentação da Certidão de Óbito no prazo de 7 (sete) dias a
contar do falecimento;
b) Até 3 (três) dias úteis consecutivos, em virtude de casamento,
devidamente comprovado com apresentação da respectiva Certidão no prazo de 7 (sete) dias a contar da
data do fato;
c) Até 5 (cinco) dias úteis consecutivos, em caso de nascimento de filho,
de acordo com o artigo 10 das Disposições Transitórias da Constituição Federal, contados da data do
parto, neles incluído o período previsto no inciso III do artigo 473 da CLT;
d) Até 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de
doação voluntária de sangue, devidamente comprovada;
e) Até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para fim de se alistar eleitor, nos
termos da legislação respectiva devidamente comprovado;
f) No período que tiver que cumprir as exigências do Serviço Militar,
referidas na letra "c" do artigo 65 da Lei 11.04.375, de 17-8-64.
g) Assegura-se o direito a ausência remunerada de 1 (um) dia por semestre
ao empregado, para levar ao médico cônjuge e filhos em consultas médicas/internações, mediante
comprovação no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Parágrafo único - Serão abonadas as faltas do empregado estudante
quando houver coincidência entre o horário de trabalho e o horário de exames escolares, desde que em
estabelecimento de ensino oficial autorizado ou reconhecido, pré-avisado o empregador com no mínimo
72 (setenta e duas) horas de antecedência e comprovação posterior.
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Cláusula 55ª- ATESTADOS MÉDICOS
As empresas reconhecerão atestados médicos, odontológicos, de
fisioterapia, de fonoaudiologia e de psicologia fornecidos pelos profissionais das respectivas áreas, para
efeito de abono de faltas, atrasos e saídas antecipadas.
Cláusula 56ª - SUBSTITUIÇÃO PROVISÓRIA
Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente
eventual, o jornalista que exercer a substituição fará jus à diferença entre o seu salário e o do(a)
empregado(a) substituído(a), na proporção da duração da substituição, excluídas as vantagens pessoais.
Cláusula 57ª - ACÚMULO DE FUNÇÃO
Na hipótese de acúmulo de funções de jornalistas definidas pelo
Decreto-Lei n.° 972, de 17 de outubro de 1969, que regulamenta a profissão em seu art. 6.°, aos
jornalistas que desempenharem outra função diversa ou funções diversas daquela anotada em sua Carteira
do Trabalho, será assegurado ao Jornalista um adicional de 40% por função acumulada.
Parágrafo único - Na hipótese de acúmulo de função de jornalista com
outra atividade profissional não definida no Decreto-Lei n.° 972, de 17 de outubro de 1969, será
assegurado um adicional de 30%.
Cláusula 58ª - FÉRIAS
O empregado poderá optar pelo recebimento da 1ª (primeira) parcela do
13° salário até 72 (setenta e duas) horas após o recebimento do Aviso de Férias.
Parágrafo 1° - O início das férias não pode coincidir com sábados,
domingos e feriados ou dias já compensados.
Parágrafo 2° - Durante o primeiro ano de afastamento, não serão
descontados, para efeito de contagem do período aquisitivo das respectivas férias, os dias em que o
empregado estiver em gozo de beneficio de qualquer natureza concedida pelo INSS.
Parágrafo 3° - As empresas concederão uma indenização a todos os
jornalistas da categoria profissional em caso de demissão sem justa causa dentro do prazo de 30 dias após
o retorno das férias no valor equivalente à maior remuneração do profissional utilizada para fins de
cálculo das verbas rescisórias.
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Cláusula 59ª - SINDICALIZAÇÃO
As empresas, quando solicitadas, colocarão à disposição do Sindicato dos
Trabalhadores local para realização de campanha de sindicalização, por dois dias no ano de 2016, no
período entre 10/1/2016 a 30/11/2016, no horário das 10h às 18h.
Cláusula 60ª - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
As empresas encaminharão à entidade profissional cópia das guias de
contribuição sindical, conforme determinação do MTE, com a relação nominal dos profissionais e o
respectivo valor recolhido por cada um, no prazo máximo de 30 dias após o desconto.
Cláusula 61ª - MENSALIDADES ASSOCIATIVAS
As empresas com empregados associados ao sindicato profissional, desde
que autorizados por eles, descontarão as mensalidades associativas. As importâncias descontadas serão
recolhidas à tesouraria do Sindicato Profissional até o 10º (décimo) dia útil do mês subsequente.
Cláusula 62ª - ACESSO ÀS REDAÇÕES
Assegura-se o acesso dos dirigentes sindicais às redações para contato com
os jornalistas, acertado com prévia comunicação com a empresa.
Cláusula 63ª - LIBERAÇÃO DE DIRIGENTES SINDICAIS E
OUTROS
As empresas considerarão justificadas duas faltas por mês dos diretores
eleitos do Sindicato dos Jornalistas, sem prejuízo de remuneração, férias ou abono de Natal.
Parágrafo 1° - As empresas também considerarão justificadas as faltas dos
jornalistas indicados pelo Sindicato para participarem de Congressos da categoria (Congresso Nacional a
cada dois anos, Congresso Estadual anual), bem como dos Congressos da CUT (a cada três anos), central
sindical à qual o Sindicato é filiado, sem prejuízo de remuneração, férias ou abono de Natal. As empresas
deverão ser pré-avisadas com
prazo mínimo de 10 (dez) dias, e só serão justificadas as faltas ocorridas
durante a realização do evento.
Parágrafo 2° - As empresas liberarão da presença ao trabalho os diretores
executivos do Sindicato dos Jornalistas, limitando-se tal dispensa a um diretor por empresa, e desde que
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solicitada expressamente pelo Sindicato profissional, sem prejuízo da remuneração ou de quaisquer
benefícios legais ou convencionais.
Parágrafo 3° - As faltas previstas no caput desta cláusula poderão ser
cumulativas no máximo trimestralmente.
Parágrafo 4° - As empresas reconhecem o direito à estabilidade provisória
no emprego para seus jornalistas eleitos para qualquer cargo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no
Estado de São Paulo, desde o registro da sua candidatura até um ano após o término do mandato.
Cláusula 64ª- CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL
As empresas descontarão mensalmente, em favor do Sindicato dos
Jornalistas, a título de contribuição assistencial, os valores conforme abaixo:
a)R$ 22,00 (vinte e dois reais) do salário do profissional não sócio do
Sindicato que trabalha na capital, e
b)R$ 11,00 (onze reais) do salário do profissional não sócio do Sindicato
que trabalha no interior.
Parágrafo 1° - Para efetivação dos descontos da contribuição pela empresa,
o Sindicato dos Jornalistas providenciará o envio até o dia 20 do mês de competência, o "Boleto
Bancário" a ser preenchido pela Empresa.
Parágrafo 2° - Os valores descontados conforme "caput" desta cláusula
serão repassados ao Sindicato conforme instruções contidas nos "Boletos Bancários".
Parágrafo 3° O não recolhimento por parte da empresa na data acima
prevista acarretará multa de 2% (dois por cento) e 0,5% (meio por cento) de juros de mora por mês.
Parágrafo 4° - Os sócios do Sindicato dos Jornalistas ficam isentos dos
descontos, tendo em vista que os valores acima já estão inclusos em suas mensalidades.
Parágrafo 5° - Até o dia 20 (vinte) do mês subsequente, as empresas
enviarão ao Sindicato dos Jornalistas a cópia da guia de recolhimento juntamente com uma relação
constando os nomes dos jornalistas e valores dos referidos descontos.
Parágrafo 6° - Fica estabelecido que o valor constante no caput desta
cláusula poderá ser alterado em decorrência de deliberação da Assembleia Geral do Sindicato dos
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Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
Parágrafo 7° - Na hipótese da alteração do valor ser referendado em
Assembleia pelos Jornalistas, as empresas serão notificadas pelo Sindicato, com antecedência de 30 dias
antes do início da cobrança do novo valor.
Cláusula 65ª- RELAÇÃO DE CONTRIBUINTES
As empresas enviarão ao Sindicato dos Jornalistas, até o dia 15 (quinze) do
mês, a relação com os nomes dos jornalistas e valores que tiverem debitado da folha de pagamento de
cada um, referente às contribuições sindical, associativa e assistencial, informando mensalmente as
mudanças ocorridas.
Cláusula 66ª - DESCUMPRIMENTO DA CONVENÇÃO
No caso de descumprimento pelas partes de qualquer cláusula contida
nesta Convenção Coletiva fica a parte infratora obrigada a pagar multa equivalente a R$ 50,00 (cinquenta
reais) em favor da parte lesada ressalvadas as cláusulas com penalidades específicas.
Cláusula - 67ª DEFESA JUDICIAL
No caso de o jornalista vir a ser processado por terceiros, em consequência
do exercício profissional, a empresa deverá patrocinar a sua defesa, custeando todas as despesas, até a
decisão final transitada em julgado.
Cláusula 68ª - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Será competente a Justiça do Trabalho para dirimir quaisquer divergências
surgidas na aplicação da presente Convenção Coletiva de Trabalho.
Cláusula 69ª - REMISSÃO ÀS LEIS QUE REGEM A PROFISSÃO
As empresas se comprometem a cumprir rigorosamente o que dispõem os
artigos 302 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho, o Decreto Lei 972/69 e suas
regulamentações posteriores, especialmente o Decreto 83.284 de 13 de março de 1979.
Parágrafo único -Além das funções previstas no Decreto desta cláusula,
ficam incorporadas as seguintes funções: Pauteiro, Chefe de Pauta, Produtor, Redator-Chefe, Diretor de
Redação, Editor, Diretor de Arte, Designer, Web-Design, Infografista, Webmaster e Apresentador, desde
que o profissional desempenhe trabalho jornalístico.
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Cláusula 70ª - SAÚDE DO TRABALHADOR
No caso do uso de equipamentos que utilizem a tecnologia de micro-ondas
(SNG, UMJ, Live U), as empresas comprometem-se a realizar a medição trimestral dos níveis de radiação
emitidos, com o envio de laudos feitos por peritos para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado
de São Paulo, a fim de garantir que a saúde dos trabalhadores não seja comprometida pelo vazamento de
radiação.
Cláusula 71ª - MOTOLINK
Para os jornalistas que trabalham em motolinks fica assegurado o adicional
de 30% (trinta por cento) do salário nominal a título de adicional de periculosidade.
Parágrafo 1º As empresas devem providenciar, para profissionais que-
trabalham em motolink, um seguro de vida (morte e invalidez) no valor mínimo de R$ 50.000 (vinte e
cinco mil reais).
ANEXO 2
"CLÁUSULA 1ª - VIGÊNCIA E DATA-BASE
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho
no período de 1º de dezembro de 2014 a 30 de novembro de 2015, e a data-base da categoria em 1º de
dezembro.
CLÁUSULA 2ª - ABRANGÊNCIA
A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a categoria dos
Jornalistas Profissionais contratados pelas empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo, com
abrangência territorial no Estado de São Paulo.
CLÁUSULA 3ª - SALÁRIO NORMATIVO (PISO SALARIAL)
Fica estabelecido, a partir de 1º de dezembro de 2015 o piso salarial dos
jornalistas profissionais, para 5 horas de trabalho nas seguintes bases:
Capital....................................... R$ 2.329,74
Município com mais de 80.000 habitantes....... R$ 1.514,33Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 30
Município com menos de 80.000 habitantes.... R$ 1.457,75
CLÁUSULA 4ª - ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS
No caso de atraso no pagamento do salário, ficam os empregadores
obrigados ao pagamento da multa diária correspondente a 1/90 (um noventa avos) do salário nominal,
revertida em favor do trabalhador independentemente das cominações específicas administrativas de que
trata a Lei n.º 7.855/89.
CLÁUSULA 5ª - MAJORAÇÃO SALARIAL
A partir de 1º de dezembro de 2015, os salários dos empregados
abrangidos pela presente Convenção Coletiva de Trabalho serão reajustados com o percentual de 10,94%
(dez vírgula noventa e quatro por cento), a serem aplicados sobre os salários de 01 de dezembro de 2014,
como resultado da livre negociação para recomposição salarial do período de 1º de dezembro de 2014 a
30 de novembro de 2015.
§ Único - No reajuste acima serão compensadas as antecipações salariais
concedidas, sendo vedada a compensação de aumentos decorrentes de promoção, equiparação salarial,
término de aprendizagem, transferência de cargo, função ou estabelecimento, comissionamento e os que
tiverem natureza de aumento real.
CLÁUSULA 6ª - PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS
As diferenças salariais retroativas decorrentes da aplicação do índice de
reajuste salarial, 13º salário e da correção dos salários normativos estabelecidos neste instrumento,
relativas aos meses de dezembro de 2014; janeiro; fevereiro e março de 2015, bem como o 13º salário de
2014, poderão ser pagas em até quatro (04) parcelas iguais e consecutivas a partir da folha de pagamento
de abril de 2015; salvo as empresas com mais de 85 jornalistas que deverão pagar as diferenças retroativas
em uma única parcela até a folha de pagamentos de abril de 2015; em ambos os casos sob a rubrica
"Diferença Salarial Retroativa da CCT 2014/2015".
CLÁUSULA 7ª - PAGAMENTO DE ADICIONAL POR TEMPO DE
SERVIÇO
A cada período ininterrupto de 5 (cinco) anos de efetivo trabalho na
mesma empresa, será assegurado ao trabalhador um acréscimo em seu salário, de forma não cumulativa,
que será de:
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3% (três por cento) para o primeiro quinquênio;
6% (seis por cento) para o segundo quinquênio;
9% (nove por cento) para o terceiro quinquênio;
12% (doze por cento) para o quarto quinquênio; sendo este o limite
máximo de concessão do adicional por tempo de serviço.
§ 1º O pagamento desse adicional será imediato à data em que for
completado cada período ininterrupto de 5 (cinco) anos de efetivo trabalho na mesma empresa.
§ 2º Ficam ressalvadas as condições mais benéficas já existentes, ou
praticadas anteriormente a 30/11/2014.
CLÁUSULA 8ª - AUTORIZAÇÃO PARA DESCONTO EM FOLHA
Fica permitido as empresas abrangidas por esta Convenção Coletiva de
Trabalho, quando oferecida a contraprestação, o desconto em folha de pagamento de seguro de vida em
grupo, transporte, planos médicos-odontológicos com participação dos empregados nos custos,
alimentação, convênios, convênio com supermercados, medicamentos, convênios com assistência médica
e clubes ou agremiações, quando expressamente autorizado pelo empregado.
CLÁUSULA 9ª - DAS HORAS EXTRAS
As horas extraordinárias serão remuneradas com os seguintes acréscimos
em relação à hora normal:
a) 75% (setenta e cinco por cento) para a primeira hora extraordinária
contratada;
b) 100% (cem por cento) para a segunda hora extraordinária contratada;
c) 55% (cinquenta e cinco por cento) para as demais horas extraordinárias;
d) 100% para o trabalho realizado em dias de folgas e feriados.
CLÁUSULA 10 - INDENIZAÇÃO ADICIONAL PARA EMPREGADOS
COM MAIS DE 45 (QUARENTA E CINCO) ANOS DE IDADE E DOIS ANOS DE EMPRESA.
As empresas concederão uma indenização adicional, equivalente à
remuneração utilizada para efeito de cálculo de quitação, quando se tratar de despedida de empregadoAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 32
com mais de 45 (quarenta e cinco) anos de idade e que conte com mais de 2 (dois) anos de efetivo
trabalho na empresa, devidamente comprovado por registro em sua Carteira Profissional, sem prejuízo da
garantia constitucional e sua regulamentação.
CLÁUSULA 11 - ABONO - FUNDAÇÕES, ASSOCIAÇÕES SEM FINS
LUCRATIVOS E ENTIDADES PÚBLICAS
As entidades de direito privado constituídas pela destinação de um
patrimônio para a execução de determinados fins de natureza altruística, sem fins lucrativos, classificadas
como Fundações ou Associações e as entidades públicas, pagarão, a título de Abono, que não se
incorporará aos salários, aos seus empregados, abrangidos pelo presente instrumento, que estiverem em
atividade no mês de dezembro de 2015, incluído o Aviso Prévio Indenizado, o resultado da aplicação do
percentual abaixo, sobre os salários de até 7 (sete) horas, já reajustados conforme Cláusula 5ª, com
limitadores diferenciados, de acordo com o total de empregados jornalistas de cada empresa, da seguinte
forma:
Nº DE EMPREGADOS Limite (R$)
JORNALISTAS, % Abono Máximo
1 até 25 ................... 28% ................. R$ 1.314,64
Acima de 25 ............... 33% .................. R$ 2.457,32
§ 1º O pagamento deverá ocorrer em parcela única até a folha de
pagamento do mês de julho de 2015.
§ 2º Para os empregados que percebam salários acima dos indicados na
última coluna, de conformidade com o número de empregados de sua entidade, fica assegurado o valor
limite máximo para o Abono.
§ 3º Os empregados das entidades mencionadas no caput, abrangidos por
esta Convenção Coletiva, admitidos no período de 01 de dezembro de 2014 a 30 de novembro de 2015,
que estivessem em atividade no mês de dezembro de 2015, receberão o Abono na razão de 1/12 (um doze
avos) por mês trabalhado, considerando-se a fração igual ou superior a 15 dias como um mês completo.
CLÁUSULA 12 - PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIOS PARA A
PREVIDÊNCIA SOCIAL
As empresas preencherão os documentos solicitados pelo INSS, dentro dos
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seguintes prazos máximos:
a) Para fins de obtenção de auxílio-doença, 5 (cinco) dias, a partir do 16º
dia de afastamento;
b) Para fins de aposentadoria, 10 (dez) dias úteis; e
c) Para fins de aposentadoria especial, 15 (quinze) dias úteis.
CLÁUSULA 13 - NÃO INCORPORAÇÃO DE BENEFÍCIOS E
CONCESSÕES
Fica desde já acordado que todo e qualquer benefício e/ou concessão
estabelecido nesta Convenção Coletiva de Trabalho, que não estejam previstos na legislação existente ou
que excedam os limites nela estabelecidos, não se incorporarão aos salários e ou aos contratos de trabalho
para qualquer fim.
CLÁUSULA 14 - ADICIONAL NOTURNO
As empresas se obrigam ao pagamento do adicional noturno para todos os
seus jornalistas empregados que exerçam trabalho das 22h00 às 5h00, a razão de 25% (vinte e cinco por
cento) de acréscimo sobre a hora diurna.
CLÁUSULA 15 - PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS
Em cumprimento ao disposto na Lei nº 10.101/2000, objetivando o
incremento da produtividade e da qualidade dos serviços, convencionam as partes em adotar programa de
participação nos resultados garantindo-se aos empregados Jornalistas ativos até 01/12/2014, o resultado
da aplicação dos percentuais abaixo, utilizando o salário base, já reajustado conforme cláusula 5ª, somente
como parâmetro de cálculo.
§ 1º A participação nos resultados será paga com os percentuais
referenciados abaixo discriminados:
Empresas com 1 a 25 empregados jornalistas - PPR de 30% (trinta por
cento) do salário, já reajustado conforme cláusula 5ª, de até 7 (sete) horas, limitado ao valor máximo de
R$ 1.185,00 (mil cento e oitenta e cinco reais);
Empresas com 26 a 45 empregados jornalistas - PPR de 34% (trinta e
quatro por cento) do salário, já reajustado conforme cláusula 5ª, de até 7 (sete) horas, limitado ao valor
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máximo de R$ 1.935,00 (mil novecentos e trinta e cinco reais);
Empresas com 46 a 85 empregados jornalistas - PPR de 36% (trinta e seis
por cento) do salário, já reajustado conforme cláusula 5ª, de até 7 (sete) horas, limitado ao valor máximo
de R$ 2.215,00 (dois mil duzentos e quinze reais);
Empresas com mais de 85 empregados jornalistas - PPR de 45% (quarenta
e cinco por cento) do salário, já reajustado conforme cláusula 5ª, de até 7 (sete) horas, limitado ao valor
máximo de R$ 7.305,00 (sete mil trezentos e cinco reais).
§ 2º Do pagamento:
As empresas que ainda não possuem programa de participação nos lucros
ou resultados farão o pagamento desta verba em parcela única até o quinto dia útil do mês de julho de
2015; e para aquelas que já possuem programa de participação nos lucros e/ou resultados o pagamento
desta verba será realizado em parcela única respeitando o critério da semestralidade até o final do mês de
julho de 2015.
§ 3º A participação nos resultados poderá ser paga proporcionalmente aos
empregados admitidos após 01.12.2014, à razão de 1/12 por mês ou fração superior a 15 dias trabalhados.
O empregado dispensado no período de 01.12.2014 a 30.11.2015 terá
direito ao recebimento proporcional da mesma à razão de 1/12 por mês ou fração superior a 15 dias
trabalhados durante o referido período.
§ 4º Os valores referentes à participação nos resultados acima
especificados serão calculados com base na assiduidade do empregado; meta estabelecida em função de
estudos prévios promovidos pelas partes, sendo a assiduidade item diretamente relacionado à
produtividade e qualidade na radiodifusão, que as partes fixam seu entendimento como meta: Assiduidade
do empregado: Para fazer jus ao pagamento previsto no caput o empregado deverá exercer sua atividade
com qualidade, produtividade e regularidade, não podendo se ausentar do serviço, sem justificativa, mais
do que 10 (dez) dias no período aquisitivo, considerando-se como tal o período de 01/12/2014 a
30/11/2015. Ficam ressalvadas as exceções previstas em lei, neste instrumento coletivo de trabalho e/ou
em acordo firmado diretamente com o empregador.
§ 5º Preservando-se as condições mais favoráveis já existentes, os
pagamentos efetuados de acordo com o caput serão acrescidos de valores relativos aos programas de
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 35
participação nos lucros e/ou resultados implementados nas empresas, impossibilitando a compensação
destes valores e ratificando seus atos e práticas desde a sua implementação. Os instrumentos existentes
serão enviados ao sindicato dos jornalistas.
§ 6º O pagamento previsto neste instrumento não constituirá base de
incidência de nenhum encargo trabalhista ou previdenciário por ser desvinculada da remuneração, não se
lhe aplicando o princípio da habitualidade, sendo, porém, tributado para efeito de imposto de renda,
conforme legislação em vigor.
§ 7º Ficam desobrigadas do cumprimento desta cláusula as entidades sem
fins lucrativos que preencham cumulativamente os requisitos previstos no inciso II do § 3º da Lei nº
10.101/2000, assim como as empresas estatais considerando-se a definição da própria lei, na forma do seu
artigo 5º.
CLÁUSULA 16 - ALIMENTAÇÃO / REFEIÇÃO
Ao jornalista empregado, que realiza jornada superior a 4 (quatro) horas,
será fornecido, mensalmente, vale refeição ou, vale alimentação ou, cesta básica, em quantidade
suficiente a contemplar todos os dias trabalhados durante o mês, dentro dos critérios legais, e nas
condições abaixo:
§ 1º - Do Vale Refeição/Vale Alimentação
O valor do vale refeição será de R$ 15,52 para as empresas do interior e
R$ 17,08 para as empresas da Capital, por dia trabalhado.
O valor do vale alimentação será equivalente ao do vale refeição.
§ 2º Da Cesta básica - As empresas que fornecem o benefício da cesta
básica e que optarem pela sua continuidade deverão fornecê-la em valores equivalentes com o valor
previsto no item I do § 1º desta cláusula, exceto nas hipóteses em que a empresa forneça cumulativamente
outro dos benefícios previstos nesta cláusula, desde que um deles, respeite integralmente os valores
constantes no item I do §1 º desta cláusula.
§ 3º - Da Refeição no Local de Trabalho - As empresas que fornecem
refeição no local de trabalho ou concedem benefício similar, ficam desobrigadas do fornecimento do vale
refeição ou vale alimentação ou cesta básica.
§ 4º - O benefício de que trata esta cláusula não terá natureza salarial, nem
se incorporará à remuneração do empregado para quaisquer efeitos.Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 36
§5º - Recomenda-se, quando dos afastamentos e períodos de férias, que
seja mantido o benefício.
§6º - O vale refeição, ou vale alimentação, ou cesta básica, será único,
mesmo que o trabalhador mantenha mais de um contrato de trabalho com o empregador, e desde que tais
contratos sejam cumpridos na mesma jornada de trabalho.
§7º - Ficam ressalvadas as condições mais favoráveis pré existentes.
§8º - O benefício descrito nesta cláusula, terá vigência a partir da data da
assinatura do presente instrumento.
CLÁUSULA 17 - VALE TRANSPORTE
No atendimento às disposições da Lei n.º 7.418 de 16.12.85, com a
redação dada pela Lei n.º 7.619 de 30/09/87, regulamentada pelo Decreto n.º 95.247 de 16/11/87, as
empresas representadas pelo Sindicato Patronal acordante poderão, a seu critério, creditar o valor
correspondente através da folha de pagamento ou em dinheiro. Na superveniência de aumentos de tarifas
após o pagamento, as empresas efetivarão a competente complementação no prazo de até 5 (cinco) dias
úteis. A importância paga sob esse título não tem caráter remuneratório ou salarial.
CLÁUSULA 18 - AUXÍLIO DOENÇA / AUXÍLIO - ACIDENTE
As empresas complementarão, a partir do 16º (décimo sexto) dia até o 90º
(nonagésimo) dia de afastamento o salário nominal, acrescido das horas extras contratuais, se for o caso,
dos empregados afastados por auxílio-doença.
§1º Os empregados com mais de 90 (noventa) dias de serviços prestados à
empresa, sem período de carência para auxílio-doença junto ao INSS, terão o seu salário pago pela
empresa até o 90º (nonagésimo) dia do afastamento.
§2º O pagamento previsto nesta cláusula deverá ocorrer junto com o
pagamento mensal dos demais empregados.
CLÁUSULA 19 - ESTABILIDADE FUNCIONAL AO AFASTADO
POR MOTIVO DE DOENÇA
O empregado afastado do trabalho por doença, desde que não
caracterizado como acidente de trabalho, terá estabilidade provisória, por igual prazo do afastamento, até
30 (trinta) dias após a alta. Parágrafo único: As empresas tentarão garantir aos jornalistas acidentados noAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 37
trabalho que apresentem redução da capacidade laboral e incapacidade de desempenharem a função que
antes executavam e que tenham sido reabilitados pelo INSS, a exercer outra função, e estando em
condições de exercer qualquer outra atividade compatível com seu estado físico após o acidente, a
reabilitação na empresa. Estão abrangidos por esta cláusula os jornalistas já acidentados no trabalho com
contrato em vigor nesta data.
CLÁUSULA 20 - REEMBOLSO FUNERAL
No caso de falecimento do empregado, a empresa reembolsará as despesas
com o funeral no valor de até R$ 2.995.38 e, no caso morte decorrente de acidente do trabalho no valor de
até R$ 5.990,76, mediante o fornecimento de documentação comprobatória da despesa, aos dependentes
habilitados junto à Previdência Social, ou a quem comprove ter efetivado as despesas e até o seu limite.
Os valores acima terão vigência a partir da data de assinatura deste instrumento.
Parágrafo único: O previsto no caput desta cláusula não é aplicável às
empresas que mantenham benefício/seguro que inclua o ressarcimento ou a cobertura das despesas com o
funeral de seus empregados.
CLÁUSULA 21 - ESTABILIDADE PARA GESTANTE
Ficam garantidos o emprego e salário à empregada gestante pelo período
de 30 (trinta) dias após o término do afastamento legal.
CLÁUSULA 22 - CRECHE
Nas empresas em que trabalhem pelo menos 20 mulheres com mais de 16
(dezesseis) anos de idade, será providenciada a instalação de creche em suas dependências ou celebrarão
convênio com creches autorizadas pelos órgãos públicos, objetivando atender aos filhos das empregadas
até que atinjam a idade de 6 (seis) anos.
§1º As empresas que não mantêm creches em suas dependências, ou
convênio, reembolsarão as despesas de creches efetuadas por suas empregadas, a partir do término do
licenciamento compulsório até o valor de R$ 346,13, nos termos da Portaria n.º 670/97 de 20.08.97, do
Ministério do Trabalho. O valor acima terá vigência partir da data de assinatura do presente instrumento.
§2º O valor do reembolso da creche não integrará a remuneração para
quaisquer efeitos legais, ainda que as empresas venham a adotar condição mais favorável ao estipulado
nesta cláusula.
§3º Serão igualmente beneficiados os jornalistas de sexo masculinoAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 38
solteiros, viúvos, desquitados, separados judicialmente ou divorciados que tenham comprovadamente a
guarda dos filhos.
§4º O reembolso só será concedido mediante apresentação, à empresa, do
documento original que a justifique.
CLÁUSULA 23 - SEGURO DE VIDA
Obrigatoriedade pelo empregador de realizar um seguro de vida para seus
empregados para cobrir os riscos de viagens, independentemente do seguro de acidentes do trabalho. Esse
seguro não poderá ser inferior a R$ 23.000,00. O valor acima terá vigência a partir da data de assinatura
do presente instrumento.
Parágrafo único. As empresas que não mantenham plano de seguro de vida
em grupo, gratuito ou subsidiado, pagarão de uma única vez ao Jornalista, a título de indenização por
invalidez permanente, decorrente de acidente de trabalho ou doença profissional, o valor correspondente a
2 (dois) salários nominais do jornalista.
CLÁUSULA 24 - TRANSPORTE NOTURNO
As empresas fornecerão condução aos jornalistas quando a jornada de
trabalho termine após às 24:00 horas ou tenha início antes das 05:30 horas, quando não houver
possibilidade de transporte urbano. Ficam as Empresas desobrigadas do fornecimento do Vale transporte
para os jornalistas beneficiados por essa cláusula.
Parágrafo único. Recomenda-se que as empresas façam adequação do
transporte fornecido aos seus empregados a fim de que não haja itinerários díspares.
CLÁUSULA 25 - DIÁRIA DE VIAGEM
Os jornalistas em viagem de serviço, quando tiverem que pernoitar fora de
sua sede, terão direito a receber, no mínimo, um salário-base dia considerada a jornada de cinco horas
acrescida de duas horas extras contratuais, conforme o acordo individual de prorrogação de jornada, a
cada dia de permanência, além do salário nominal, a título de compensação pelas horas extras porventura
trabalhadas nessa condição. O valor referência acima terá vigência a partir da data de assinatura do
presente instrumento.
Parágrafo único. O numerário necessário para cobrir as despesas de
viagens em valores compatíveis com as necessidades de permanência fora da sede e segundo critérios
estabelecidos pela empresa será adiantado ao empregado jornalista quando de sua saída em viagem, paraAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 39
posterior acerto de contas.
CLÁUSULA 26 - VIAGEM
As empresas pagarão refeições no valor de R$ 25,52, quando os serviços
forem realizados fora do município ou de sua sede, num raio superior a 100 Km (cem quilômetros),
exceto Santos (no caso de empresas situadas na Capital). O valor acima terá vigência a partir da data de
assinatura do presente instrumento.
§1º As empresas custearão as despesas de pernoite, quando necessário,
para o qual se recomenda acomodações compatíveis com o número de leitos habitualmente utilizados, e
em hotéis cadastrados na Embratur, quando existentes.
§2º Caso a empresa forneça vale refeição ou título equivalente de valor
inferior ao estabelecido no caput desta cláusula fará a complementação da diferença, nos casos específicos
desta.
CLÁUSULA 27 - LICENÇA PARA EMPREGADA ADOTANTE
À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança será concedida licença-maternidade nos termos da Lei 12.010/2009.
Parágrafo único. A licença-maternidade só será concedida mediante a
apresentação, a empresa, do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.
CLÁUSULA 28 - INDENIZAÇÃO DE APOSENTADORIA
Aos jornalistas em condições de se aposentar por tempo de contribuição,
por aposentadoria especial ou por idade, e que estejam em serviço há mais de 5 (cinco) anos ininterruptos
na mesma empresa será pago um salário nominal, acrescido das horas extras contratuais, se for o caso, à
título de indenização, quando do seu desligamento definitivo para efeito de aposentadoria.
§1º Para tanto, o empregado deverá comunicar por escrito ao empregador
achar-se nessa situação.
§2º Perderá essa garantia o empregado que, tendo completado seu tempo
de serviço, não venha requerer a aposentadoria.
CLÁUSULA 29 - ESTABILIDADE PROVISÓRIA PARA O
EMPREGADO EM VIAS DE APOSENTADORIA
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Será concedida estabilidade provisória aos empregados que:
a) estiverem comprovadamente a um ano da aposentadoria por tempo de
contribuição, aposentadoria especial, ou por idade, garantindo-se-lhes também o salário. Adquirido o
direito ao benefício cessa a garantia.
b) estiverem comprovadamente a dois anos da aposentadoria por tempo de
contribuição, aposentadoria especial, ou por idade, desde que contem com dez anos, ou mais de prestação
de serviços ininterruptos à empresa, garantindo igualmente o salário. Cessa a estabilidade provisória
quando adquirido o direito ao benefício.
§1º Para fazer jus aos benefícios dos itens a) e b) desta cláusula, o
empregado deverá comunicar ao empregador, por escrito, nos primeiros 60 (sessenta) dias após completar
o tempo de serviço necessário à obtenção do benefício.
§2º Ficam ressalvados os casos de dispensa por falta grave, por mútuo
acordo ou rescisão contratual por pedido de demissão.
CLÁUSULA 30 - ADMISSÕES APÓS A DATA BASE
Os empregados admitidos após a data-base de 1º de dezembro de 2014,
nas empresas que não possuam plano de cargos e salários e paradigmas, terão seus salários reajustados de
conformidade com a tabela abaixo:
Mês/ano - admissão índice
Dezembro/2014 0,62
Janeiro/2015 1,48
Fevereiro/2015 1,16
Março/2015 1,51
Abril/2015 0,71
Maio/2015 0,99
Junho/2015 0,77
Julho/2015 0,58
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Agosto/2015 0,25
Setembro/2015 0,51
Outubro/2015 0,77
Novembro/2015 1,11
Parágrafo único. Para as empresas que possuam quadro de carreira o
percentual fixado na cláusula 5ª será aplicado na integralidade.
CLÁUSULA 31 - AVISO PRÉVIO
Nos casos de rescisões de contrato de trabalho sem justa causa, o aviso
prévio obedecerá aos seguintes critérios:
a) será comunicado pela empresa, por escrito e contrarrecibo, se o mesmo
será trabalhado ou não;
b) o dia da dispensa, trabalhado ou não, será remunerado;
c) a redução de duas horas diárias, prevista no artigo 488 da CLT, será
utilizada, combinado entre as partes, no inicio ou no fim da jornada de trabalho, exercida no ato do
recebimento do aviso. Da mesma forma, alternativamente, o empregado poderá optar por um dia livre por
semana ou sete dias corridos durante o período, desde que combinado entre as partes;
d) ao empregado que, no curso do aviso prévio trabalhado, solicitar ao
empregador, por escrito, a dispensa do mesmo, com concordância da empresa, fica assegurado o seu
imediato desligamento do emprego e anotação da respectiva baixa em sua CTPS. Neste caso, a empresa
está obrigada a pagar apenas os dias efetivamente trabalhados.
e) No ato do aviso prévio, recomenda-se as empresas que possuem
convênio médico para seus jornalistas, informá-los e esclarecê-los sobre a possibilidade de extensão do
convênio médico empresarial nos termos da Lei n° 9.656/98.
CLÁUSULA 32 - CARTA AVISO DE DISPENSA, SUSPENSÃO OU
ADVERTÊNCIA
As empresas fornecerão comprovante, por escrito, contendo os motivos da
despedida, aos jornalistas demitidos sob acusação de prática de falta grave, sob pena de presunção de
despedida imotivada, devendo o comprovante ser assinado pelo empregado.
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§1º - As empresas fornecerão, por escrito, os motivos originadores da
suspensão ou advertência, devendo o empregado tomar ciência por escrito.
§2º - No caso de recusa do recebimento de qualquer dos comunicados
acima, a ciência do empregado será suprida por duas testemunhas que participarão do ato.
CLÁUSULA 33 - VERBAS RESCISÓRIAS
O pagamento dos direitos decorrentes de rescisão contratual será regulado
pelo Art. 477, CLT, com as alterações estabelecidas pela Lei n.º 7.855/89, salvo motivo de:
a) Atraso na entrega do extrato do FGTS pela Caixa Econômica Federal,
devidamente comprovada, caso em que o órgão homologador fará constar ressalva.
b) Não prestação de contas por quantias entregues pela empresa.
c) Ausência do jornalista no dia marcado para pagamento, sendo que, para
efeito dessa ultima hipótese, deverá a empresa, quando da rescisão contratual, cientificar o empregado do
local, dia e horário do pagamento. O não comparecimento do empregado no dia e hora determinados para
homologação deverá ser registrado pelo órgão homologador no verso do recibo de rescisão, isentando a
empresa de qualquer multa, desde que apresentado o comprovante de aviso.
§1º O saldo salarial do período de trabalho, quando for o caso, deverá ser
pago na data do pagamento geral dos empregados, se a homologação não se der antes desse fato.
§2º Em caso de necessidade de alvará judicial para pagamento das verbas
rescisórias, as empresas se obrigam a depositar em caderneta de poupança aberta no prazo estipulado para
pagamento das verbas rescisórias, o valor a ser recebido.
CLÁUSULA 34 - PRAZO E LOCAL DE HOMOLOGAÇÃO
As homologações serão efetuadas no Sindicato dos Jornalistas
Profissionais do Estado de São Paulo, exceto nos locais onde não existam representações do mesmo,
conforme art. 6° da instrução Normativa n° 3 de 21 de junho de 2002.
CLÁUSULA 35 - ANOTAÇÃO NA CTPS
As empresas registrarão na Carteira de Trabalho e Previdência Social do
Jornalista a função e os cargos gratificados exercidos, com o salário respectivo nos termos do art. 11, do
Decreto n.º 83.284/79.
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Parágrafo único. Acordam as partes, que será permitido à atualização da
Carteira de Trabalho através de uso de carimbo, etiqueta ou qualquer meio eletrônico de impressão.
CLÁUSULA 36 - COMISSÃO PARITÁRIA
Fica constituída comissão paritária integrada por representantes dos
Sindicatos Profissional e Patronal para, em até 45 dias após a assinatura da CCT, se reunir com o objetivo
de estabelecer calendário para analisar e/ou propor alternativas para a segurança dos Jornalistas
relativamente à temática de violência, assédio moral e saúde do trabalhador.
Parágrafo único. As partes poderão apresentar, em comum acordo, temas
para discussão relativos às condições de trabalho.
CLÁUSULA 37 - NOVAS TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS
A empresa deverá fornecer a seus jornalistas oportunidade de adaptação às
novas técnicas e equipamentos. O processo de adaptação constitui encargo da empresa, de sorte que as
despesas com eventuais cursos e aprendizagem correrão por conta da empresa.
Parágrafo único. Na hipótese da adoção de tecnologia que possa implicar
redução de pessoal, as empresas envidarão esforços para dar oportunidade de aproveitamento e
readaptação do pessoal a ser deslocado, procurando possibilitar-lhes a absorção em outros
cargos ou funções compatíveis.
CLÁUSULA 38 - APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
Os cursos e demais atividades de aperfeiçoamento profissional são
entendidos pelas partes que assinam esta Convenção, como uma oportunidade de desenvolvimento
pessoal e profissional para o empregado. As empresas deverão, exclusivamente quando os cursos
forem por elas determinados e/ou proporcionados, arcar com os custos
pedagógicos e de infraestrutura decorrentes destas atividades.
§1º Não serão computados como horas extras os programas de
desenvolvimento profissional solicitados formalmente à EMPRESA pelos empregados Jornalistas que
ocorram fora do horário de trabalho contratado, bem como, para aqueles concedidos para a totalidade dos
empregados, que sejam inerentes a sua função e preenchidos os pré-requisitos da instituição de ensino. As
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horas despendidas em viagem em decorrência exclusiva de participação em atividades ligadas ao
desenvolvimento pessoal e técnicoprofissional, patrocinada pela EMPRESA ou por terceiros, não serão
consideradas como jornada.
§2º O valor do custeio dos investimentos com programa de
desenvolvimento técnico-profissional patrocinado pela Empresa não integrará a remuneração para
quaisquer efeitos legais.
CLÁUSULA 39 - QUADRO DE AVISOS
Admissão de quadro de avisos do Sindicato dos Trabalhadores em local
acessível aos jornalistas, nas medidas de 0,60m x 0,90m, com vidro e chave, para fixação de matéria de
interesse da categoria, desde que assinada pelo Presidente do Sindicato dos Jornalistas ou diretor
autorizado, vedada a divulgação de material político-partidário ou ofensivo a quem quer que seja.
CLÁUSULA 40 - CONTROLE DE JORNADA E REGULAMENTAÇÃO
DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA DA ABRANGÊNCIA E DA JORNADA DE TRABALHO
A presente cláusula aplica-se aos empregados jornalistas da empresa
contratados para uma jornada de cinco horas diárias, acrescidas de até duas horas extras contratadas
diárias, na forma estabelecida no artigo 304 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), totalizando o
importe de até sete horas diárias contratadas, que integram a jornada mensal para todos os fins e efeitos de
direito, perfazendo a jornada de até 42 (quarenta e duas) horas semanais, com um dia de descanso
remunerado obrigatório, conforme determina o artigo 307 da CLT.
CONTROLE DE HORÁRIO E JORNADA
§1º A Empresa controlará o horário de trabalho dos jornalistas mediante
apontamento de controle das horas trabalhadas, na forma estabelecida em lei e pelo Ministério do
Trabalho.
§2º A empresa fornecerá, mensalmente, uma cópia do apontamento de
controle das horas trabalhadas, com o respectivo saldo referente ao período apurado, juntamente com o
espelho de ponto do mês.
§3º Tais demonstrativos de horas, bem como o espelho de ponto, serão
distribuídos pela empresa até 3 (três) dias após o seu fechamento, tendo o empregado três dias úteis para
analisá-los e devolvê-los ao Departamento de Pessoal devidamente assinado, ou
com eventuais discordâncias apontadas para correção.Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 45
DA ESCALA MENSAL DE PLANTÃO
Ao final de cada mês, as empresas deverão afixar a escala mensal de
plantões dos jornalistas do mês seguinte em lugar visível para conhecimento dos mesmos.
Parágrafo único. A escala mensal de plantões será elaborada de forma a
não interferir em suas atividades extra empresa.
DA SISTEMÁTICA DE COMPENSAÇÃO DE HORAS
Para atendimento das necessidades da empresa, fica instituída a
compensação das horas excedentes à sétima diária com aquelas não prestadas, ou prestadas a menor em
outros dias, quando por iniciativa e interesse do jornalista e da Empresa.
§1º A apuração do saldo de horas será efetuado no fechamento dos cartões
de ponto de cada mês (apuração mensal).
§2º Na falta ao trabalho a pedido do profissional, o mesmo deverá repor as
horas negativas até o final do período de apuração do cartão de ponto seguinte.
§3º Até o limite de 21 horas, apuradas conforme o parágrafo primeiro
poderão ser compensadas em folgas a serem concedidas no período de apuração seguinte. Havendo horas
a crédito ao final do período subsequente, a empresa fica obrigada a pagar a totalidade das horas credoras
com o adicional de 55% (cinqüenta e cinco por cento) juntamente com a folha do mês.
§4º As folgas compensatórias serão estabelecidas em comum acordo entre
as partes, devendo o empregado comunicar à sua chefia, por escrito, a data da opção.
§5º Todas e quaisquer horas excedentes que ultrapassarem o limite de 21
horas mensais serão pagas com o adicional de 55%, (cinquenta e cinco por cento) juntamente com o
salário do mês da apuração.
§6º Caso haja a rescisão contratual por qualquer uma das partes, fica
estabelecido que eventual saldo credor será pago, com os devidos acréscimos legais e reflexos,
juntamente com o termo de rescisão contratual.
§7º Mediante comum acordo entre a chefia e os jornalistas, fica
estabelecida a compensação das horas-extras provenientes de escala de plantão em feriados / pontes com
fins de semanas (fim de semana prolongado), com outros feriados / pontes com fins de
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 46
semanas, e não se encontrarão inseridas no limite de 21 horas, disposto do
parágrafo terceiro desta cláusula.
DA JORNADA DE TRABALHO E DO TRABALHO AOS DOMINGOS
Para atendimento das exigências técnicas oriundas do interesse público
que incide sobre a atividade jornalística, tendo em vista que a Empresa necessita do trabalho de parte do
efetivo aos finais de semana (sábado e domingo), resolvem as partes, com base na Lei n.º 605/49,
regulamentado pelo Decreto n.º 27.048/49 e, ainda, em observância ao artigo 307 da CLT, que o dia de
descanso obrigatório será o domingo e, quando necessário para atender a sistemática abaixo definida, o
sábado.
§1º Os jornalistas trabalharão um final de semana completo (sábado e
domingo) e folgarão no final de semana imediatamente consecutivo, repetindo-se o ciclo novamente,
salvo condições mais favoráveis estabelecidas de comum acordo entre empregado e empregador, caso em
que a empresa poderá, a seu critério, conceder dois dias de folga para cada domingo trabalhado quando as
atividades das equipes e seu dimensionamento assim permitir.
§2º Na impossibilidade de o jornalista efetuar o descanso nos dias
previstos para folgas conjugadas ao descanso semanal obrigatório, tal trabalho será computado com
adicional de 100%.
§3º Os trabalhos em dias de feriados oficiais, quando não compensados,
serão remunerados com horas extras à razão de 100%.
§4º Havendo interesse do empregado em trocar seu dia de trabalho por
outro que esteja de folga, tal ocorrência deverá ser formalizada por escrito e acompanhada da expressa
anuência do superior imediato. Tal permuta não resultará em obrigatoriedade
de pagamento de 100% por parte da Empresa ou no desconto do salário do
empregado a título de "ausência ao trabalho". A referida solicitação deverá ser efetuada com antecedência
da data pretendida para a folga, ou a qualquer momento, em caráter
excepcional.
§5º Quando a atividade do jornalista for desempenhada habitualmente aos
domingos, prevalecerá o entendimento da Portaria n.º 417, de 10/06/66, artigo 2.º, letra b, do MTE.
DA FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA
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Para atendimento das necessidades do jornalista ou da empresa o horário
de entrada do jornalista poderá ser flexibilizado em uma hora para mais ou para menos, com relação ao
horário habitual.
CLÁUSULA 41 - ABONO DE FALTAS AO ESTUDANTE
Serão abonadas as faltas do empregado estudante quando houver
coincidência entre o horário de trabalho e o horário de exames escolares, desde que em estabelecimento
de ensino oficial autorizado ou reconhecido, pré-avisado o empregador com no mínimo 72 (setenta e
duas) horas de antecedência e comprovação posterior.
Parágrafo único. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço
sem prejuízo do salário:
a) Até 3 (três) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que declarada em sua CTPS viva sob sua dependência
econômica, devidamente comprovada com apresentação da Certidão de Óbito no prazo de 7 (sete) dias a
contar do falecimento;
b) Até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento, devidamente
comprovado com apresentação da respectiva Certidão no prazo de 7 (sete) dias a contar da data do fato;
c) Até 5(cinco) dias consecutivos, em caso de nascimento de filho, de
acordo com o artigo 10 das Disposições Transitórias da Constituição Federal, contados da data do parto,
neles incluído o período previsto no inciso III do artigo 473 da CLT;
d) Até 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de
doação voluntária de sangue, devidamente comprovada;
e) Até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para fim de se alistar eleitor, nos
termos da legislação respectiva devidamente comprovado;
f) No período que tiver que cumprir as exigências do Serviço Militar,
referidas na letra "c" do artigo 65 da Lei n.º 4.375, de 17-8-64.
CLÁUSULA 42 - ATESTADOS MÉDICOS
Reconhecimento pelas empresas de atestados médicos, odontológicos e de
fisioterapia.
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CLÁUSULA 43 - SUBSTITUIÇÃO PROVISÓRIA
Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente
eventual, o jornalista que exercer a substituição fará jus à diferença entre o seu salário e o do(a)
empregado(a)
substituído(a), na proporção da duração da substituição, excluídas as
vantagens pessoais.
Parágrafo único. Para fins do disposto nesta cláusula, considera-se de
caráter não eventual a que perdurar por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, inclusive por motivo
de
férias do substituído.
CLÁUSULA 44 - FÉRIAS
O empregado poderá optar pelo recebimento da 1ª (primeira) parcela do
13º salário até 72 (setenta e duas) horas após o recebimento do Aviso de Férias.
§1º O início das férias coletivas ou individuais não podem
coincidir com sábados, domingos e feriados ou dias já compensados.
§2º As férias, independentemente da idade do empregado, poderão ser
gozadas em dois períodos distintos, dentro do limite temporal legal, mediante acordo entre o Empregado e
a Empresa, sendo que os períodos não poderão ser inferiores a 10 dias.
CLÁUSULA 45 - SINDICALIZAÇÃO
As empresas quando solicitadas colocarão à disposição do Sindicato dos
Trabalhadores local para realização de campanha de sindicalização, por dois dias no ano de 2015, no
período entre 01/07/2015 a 30/11/2015, no horário das 10:00 horas as 18:00 horas, vedada a divulgação
político-partidária e/ou ofensiva a quem quer que seja e nas condições previamente acordadas.
Parágrafo único. A solicitação deverá ser por escrito com antecedência de
10 dias da data pretendida, indicando nominalmente 2 associados do Sindicato para a realização da
campanha.
CLÁUSULA 46 - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
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As empresas encaminharão à entidade profissional cópia das guias de
contribuição sindical, conforme determinação do M.T.E, com a relação nominal dos profissionais, no
prazo máximo de 30 dias após o desconto.
CLÁUSULA 47 - MENSALIDADE ASSOCIATIVA
As empresas com empregados associados ao sindicato profissional desde
que não desautorizados por eles descontarão as mensalidades associativas. As importâncias descontadas
serão recolhidas à tesouraria do Sindicato Profissional, até 10 (décimo) dia útil do mês subsequente.
CLÁUSULA 48 - ACESSO ÀS REDAÇÕES
Assegura-se o acesso dos dirigentes sindicais em local previamente
combinado com as empresas, nos intervalos destinados a alimentação e descanso, para desempenho de
suas funções, vedada a divulgação de matéria político-partidária ou ofensiva.
CLÁUSULA 49 - LIBERAÇÃO DE DIRIGENTES SINDICAIS E
OUTROS
As empresas considerarão justificada uma falta por mês dos diretores
eleitos do Sindicato dos Jornalistas, sem prejuízo de remuneração, férias ou abono de Natal.
§1º As empresas também considerarão justificadas as faltas dos jornalistas
indicados pelo Sindicato para participar de Congressos da categoria (Congresso Nacional a cada dois
anos, Congresso Estadual anual), limitando-se a dispensa a um profissional por empresa, e também sem
prejuízo de remuneração, férias ou abono de Natal. As empresas deverão ser pré-avisadas com prazo
mínimo de 10 (dez) dias, e só serão justificadas as faltas ocorridas durante a realização do evento.
§2º As empresas poderão liberar da presença ao trabalho os diretores
executivos do Sindicato dos Jornalistas, limitando-se tal dispensa a um diretor por empresa e no máximo
10 dias por ano, desde que solicitada expressamente pelo Sindicato profissional, com no mínimo 15
(quinze) dias de antecedência, sem prejuízo da remuneração ou de quaisquer benefícios legais ou
convencionais.
§3º As faltas previstas no caput desta cláusula, poderão ser cumulativas,
no máximo trimestralmente, e sua utilização deverá ser comunicada à empresa com 30 dias de
antecedência.
CLÁUSULA 50 - CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL
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As empresas descontarão mensalmente, em favor do Sindicato dos
Jornalistas, a título de contribuição assistencial os valores conforme abaixo:
a) R$ 22,00 (vinte e dois reais) do salário do profissional não sócio do
Sindicato que trabalha na capital, e
b) R$ 11,00 (onze reais) do salário do profissional não sócio do Sindicato
que trabalha no interior.
§1º Para efetivação dos descontos da contribuição pela empresa, o
Sindicato dos Jornalistas providenciará o envio até o dia 20 do mês de competência, o "Boleto Bancário"
a ser preenchido pela Empresa.
§2º Os valores descontados conforme "caput" desta cláusula serão
repassados ao Sindicato conforme instruções contidas nos "Boletos Bancários".
§3º O não recolhimento por parte da empresa na data acima prevista
acarretará multa de 2% (dois por cento) e 0,5% (meio por cento) de juros de mora por mês.
§4º Os sócios do Sindicato dos Jornalistas ficam isentos dos descontos,
tendo em vista que os valores acima já estão inclusos em suas mensalidades.
§5º Até o dia 20 (vinte) do mês subsequente, as empresas enviarão ao
Sindicato dos Jornalistas a cópia da guia de recolhimento juntamente com uma relação constando os
nomes dos jornalistas e valores dos referidos descontos.
§6º Fica estabelecido que o valor constante no caput desta cláusula poderá
ser alterado em decorrência de deliberação da Assembleia Geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais
no Estado de São Paulo.
§7º Na hipótese da alteração do valor ser referendado em Assembleia
pelos Jornalistas, as empresas serão notificadas pelo Sindicato, com antecedência de 30 dias antes do
início da
cobrança do novo valor.
CLÁUSULA 51 - DESCUMPRIMENTO DA CONVENÇÃO
No caso de descumprimento pelas partes de qualquer cláusula contida
nesta Convenção Coletiva, fica a parte infratora obrigada a pagar multa equivalente a R$ 17,01 em favor
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da parte lesada, ressalvadas as cláusulas com penalidades específicas.
CLÁUSULA 52 - DEFESA JUDICIAL
No caso de o jornalista vir a ser processado por terceiros, em consequência
do exercício profissional, a empresa deverá patrocinar a sua defesa, custeando todas as despesas até a
decisão final transitada em julgado, sempre que a matéria motivadora do processo tiver sido divulgada
com o conhecimento e autorização da empregadora.
CLÁUSULA 53 - PRORROGAÇÃO, REVISÃO, DENÚNCIA OU
REVOGAÇÃO
O processo de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação total ou
parcial da presente Convenção Coletiva ficará subordinado as normas estabelecidas no Art. 615, CLT.
CLÁUSULA 54 - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Será competente a Justiça do Trabalho para dirimir quaisquer divergências
surgidas na aplicação da presente Convenção Coletiva de Trabalho.
CLÁUSULA 55 - DEPÓSITO E REGISTRO
Para que produza os efeitos legais e se torne obrigatória para as categorias
econômica e profissional a presente Convenção Coletiva de Trabalho será depositada na Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego do Ministério do Trabalho em São Paulo, nos termos do artigo 614 da
CLT.
que a Pauta de Julgamento da Seção Especializada emCERTIFICO
Dissídios Coletivos marcada para o dia 05 de outubro de 2016 foi disponibilizada no DeJt no Caderno
Judiciário do TRT 2ª Região do dia 23.09.2016. Enviado em 23.09.2016 13:34:43 Código 12379007.
Presidiu a Sessão o Excelentíssimo Senhor Desembargador Federal do
Trabalho RAFAEL EDSON PUGLIESE RIBEIRO.
Tomaram parte do julgamento os Exmos. Srs. Magistrados Federais doAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: IVANI CONTINI BRAMANTEhttp://pje.trt2.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16080114064495900000009145285Número do documento: 16080114064495900000009145285 Num. 3964d90 - Pág. 52
Trabalho: IVANI CONTINI BRAMANTE (RELATORA), MARCOS NEVES FAVA (REVISOR),
FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, LYCANTHIA CAROLINA RAMAGE, MARIA JOSÉ
BIGHETTI ORDOÑO REBELLO, LIANE MARTINS CASARIN, SÔNIA APARECIDA COSTA
MASCARO NASCIMENTO, FERNANDO ÁLVARO PINHEIRO, MARIA CRISTINA XAVIER
RAMOS DI LASCIO E RAFAEL EDSON PUGLIESE RIBEIRO.
Ausente, justificadamente, em razão de férias regulamentares, o
Desembargador Willy Santilli, sendo substituído pela Juíza Liane Martins Casarin. Julgando processos de
exclusiva competência o Juiz Marcos Neves Fava, cadeira 8.
Pelo D. Ministério Público do Trabalho, compareceu a Exma. Sra.
Procuradora, Dra. VERA LÚCIA CARLOS.
Sustentação oral: Dr. Raphael da Silva Maia pelo Sindicato suscitante; e
Dr. Geraldo Urbaneca Ozório pelo Sindicato suscitado.
Segue transcrita a degravação da sustentação oral do Ilmo. Dr. Geraldo
Urbaneca Ozório, Patrono do Sindicato suscitado, conforme requerida pelo Exmo. Desembargador
Francisco Ferreira Jorge Neto e deferida pelo i. Presidente da Seção:
"Dr. Geraldo - Excelentíssimo Senhor Presidente, Dra. Desembargadora
Relatora, Senhoras Desembargadoras e Senhores Desembargadores, Ministério Público; o próprio
Suscitante reconhece a "ausência de comum acordo", então nem necessitamos nos ater e prolongar muito
neste aspecto, vez que, nos autos temos 10 documentos provando que não houve "comum acordo" para a
proposição desse dissídio coletivo e a sustentação oral do colega que me precedeu confirmou tudo isso;
queremos destacar também a 2ª preliminar da nossa contestação que trata da ausência de , art. 612quorum
e 859 da CLT; não se trata, nesta contestação, da tese de Atas assembleias simultâneas, mas sim de uma
Assembleia presidida pela mesma mesa e realizada em 10 Municípios diferentes do Estado de São Paulo,
e com votos acolhidos pelo telefone. É verdadeiramente inusitada essa colocação e, além disso, a lista de
presença dos membros, ou dos associados do Suscitante não trazem nenhuma identificação que permita
concluir que são membros da categoria, porque não há sequer o nome por extenso de cada um deles, a que
emissora, a que veículo pertençam e nenhuma outra identificação que faça concluir, primeiro o daquorum
assembleia e segundo se aquela pessoa realmente pertence à categoria do Suscitante; o Contrato Social,
aliás, o Estatuto Social do Suscitante determina que a assembleia será sempre instalada no Município de
São Paulo; e a Assembleia geral realizada no dia 21 de outubro, que está nos autos, confessa que foi
instalada pelo Presidente do Suscitante de modo simultâneo, sem referir no texto da Ata, se era a primeira
ou segunda chamada. No mérito, a tese do Suscitante é a daquela do enriquecimento da categoria
patronal, que não é verdade; aqui se fala apenas da Rede Globo. Nós temos no Estado de São Paulo cerca
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de mil entidades afiliadas; mil entre emissoras de rádio e televisão; as emissoras de rádio são as mais
prejudicadas; a realidade da TV Globo não representa a realidade de toda radiodifusão de todo o Estado
de São Paulo; e por força do Código Brasileiro de Telecomunicações, o serviço de radiodifusão exige a
presença de um Jornalista, pelo menos. Um jornalista pelo menos tem os salários elevados de forma que
as empresas não podem enfrentar e ficariam até impossibilitadas de cumprir a própria legislação que as
rege. Temos hoje uma realidade econômica muito adversa, que já é fato notório, ninguém ignora; e é
impossível imaginar que toda a economia do país esteja no declínio, esteja numa situação periclitante e
que a radiodifusão esteja navegando às mil maravilhas. Nós termos dados estatísticos, por exemplo,
dizendo que a Empresa Oi, que atua no ramo de televisão em HD, está fechando um prejuízo de 493
milhões de reais; a Folha de São Paulo de hoje publica matéria tratando do projeto do abandono da
desoneração, que vai criar um impacto de 15 bilhões de reais e dentre os serviços atingidos estão rádio e
TV que contribuem com PIS e COFINS. Percebe-se, portanto, que a situação descrita na contestação em
junho deste ano, hoje se apresenta ainda mais grave; por fim, Excelências, reiteramos a preliminar da
"ausência do comum acordo", reconhecida inclusive pelo Suscitante; reiteramos também a preliminar da
"ausência de " e da nulidade da Assembleia dos Jornalistas realizada no dia 21 de outubro do anoquorum
passado, 2015, que sustenta a tese da Suscitante nestes autos; ultrapassados todos esses pontos à
efetividade, rogamos pela Súmula 277 do TST e pela concessão de índice abaixo da inflação, tal como foi
proposto pela Entidade Patronal, de 6%; era o que tinha, muito obrigado; boa tarde.".
DISPOSITIVO
Ante o exposto, ACORDAM os Magistrados da Seção Especializada em
Dissídios Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, por voto de desempate, em:
1) a preliminar de ausência de comum acordo, nos termos doACOLHER
art. 114, § 2º, CF/88, o que resulta na extinção do processo, sem resolução do mérito, inibindo o exercício
do Poder Normativo na fixação de de condições de trabalho;cláusulas novas
2) ACOLHER o pedido do sindicato suscitado da aplicação da Súmula
277 do TST, com relação às cláusulas pré-existentes do Acordo Coletivo 2014/2015;
3) o reajuste salarial em 10,94% (Cláusula 3ª - Piso Salarial;FIXAR
Cláusula 5ª Reajuste salarial; Cláusula 11ª - Abono; Cláusula 16ª - Alimentação/Refeição; Cláusula 20ª --
Reembolso Funeral; Cláusula 22ª - Creche; Cláusula 26 - Viagem, Cláusula 30ª - Admissões após a
data-base, tudo de acordo com o contido no Anexo II, com os valores, percentuais e datas atualizados, que
faz parte integrante deste acórdão;
4) prejudicada a análise da Pauta de Reivindicações 2015/2016JULGAR
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(Anexo I), diante do acolhimento da preliminar de ausência de comum acordo, com a projeção das
cláusulas preexistentes dispostas no Acordo Coletivo de Trabalho 2014/2015, ante os termos da Súmula
nº 277 do TST;
5) aos trabalhadores a estabilidade provisória por 90CONCEDER
(noventa) dias, contados a partir do julgamento do presente Dissídio Coletivo, nos termos do PN 36 da
SDC/TRT 2ª Região.
Ficaram vencidos os Exmos. Magistrados Marcos Neves Fava, Liane
Martins Casarin, Sônia Aparecida Costa Mascaro Nascimento, Fernando Álvaro Pinheiro e Maria Cristina
Xavier Ramos Di Lascio, os quais votaram pela extinção do feito, sem resolução do mérito, com
fundamento na inexistência de comum acordo.
Tudo nos termos da fundamentação. Custas no importe de R$ 1.600,00
(mil e seiscentos reais), sobre o valor arbitrado de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), divididas igualmente
entre as partes. Após o trânsito em julgado e o pagamento das custas, ao arquivo.
IVANI CONTINI BRAMANTERelatora
VOTOS
Voto do(a) Des(a). LIANE MARTINS CASARIN
Divirjo. Extinguiria pela ausência de comum acordo.
Se vencida, no mérito, acompanho as divergências explanadas pelo Dr.
Francisco.
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