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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Professor GILSON J. SIMIONI 1ª. ETAPA AULA TEMA AÇÃO E PROCESSO - NULIDADES COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO PROCEDIMENTO DO DISSÍDIO INDIVIDUAL 2ª. ETAPA AULA TEMA PRINCÍPIOS DO PROCESSO TRABALHISTA PETIÇÃO INICIAL - REQUISITOS Alunos _______________________ RA __________ _______________________ RA __________ _______________________ RA __________ _______________________ RA __________ _______________________ RA __________ Renato Moura RA 8042763890 RA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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ATPS - Março/Abril 20151ª. ETAPAAULA TEMA AÇÃO E PROCESSO - NULIDADESCOMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO-PROCEDIMENTO DO DISSÍDIO INDIVIDUAL.2ª. ETAPA AULA TEMA PRINCÍPIOS DO PROCESSO - TRABALHISTA - PETIÇÃO INICIAL - REQUISITOS.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Professor

GILSON J. SIMIONI

1ª. ETAPA

AULA TEMA

AÇÃO E PROCESSO - NULIDADES

COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO

PROCEDIMENTO DO DISSÍDIO INDIVIDUAL

2ª. ETAPA

AULA TEMA

PRINCÍPIOS DO PROCESSO TRABALHISTA

PETIÇÃO INICIAL - REQUISITOS

Alunos

_______________________ RA __________

_______________________ RA __________

_______________________ RA __________

_______________________ RA __________

_______________________ RA __________

Renato Moura RA 8042763890

LIVRO PLT 464 – LEITE, Carlos H. Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho.

12ª ed. São Paulo: LTR, 2014

São Caetano do Sul – São Paulo 20 de março de 2015

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................03

1. AÇÃO E PROCESSO...........................................................................................................03

2. NULIDADES........................................................................................................................05

2.1 Mera Irregularidade...................................................................................................06

2.2 Irregularidade com Sanção Extraprocessual .............................................................06

2.3 Irregularidade com Possibilidade de Nulidade Processual........................................06

2.4 Irregularidade que Ocasiona a Inexistência do Ato Processual.................................07

3. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.............................................................07

3.1 Competência em Razão das Pessoas..........................................................................07

3.2 Competência em Razão da Matéria – EC 45/2004....................................................07

3.3 Competência em Razão da Função............................................................................08

3.4 Competência em Razão do Lugar .............................................................................11

3.5 Conflito de Competências ........................................................................................12

4. PROCEDIMENTO DO DISSÍDIO INDIVIDUAL..............................................................13

6. JURISPRUDÊNCIAS ETAPA 1.........................................................................................15

7. ETAPA 2...............................................................................................................................17

7. PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO...............................................................17

7. PETIÇÃO INICIAL - REQUISITOS...................................................................................17

7. JURISPRUDÊNCIA ETAPA 2............................................................................................18

7. CONCLUSÃO......................................................................................................................20

8. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................21

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INTRODUÇÃO

Esta atividade foi elaborada em cumprimento ao cronograma acadêmico do Curso de

Direito da Anhanguera Educacional – Unidade São Caetano do Sul.

Matéria: Direito Processual do Trabalho, ministrada pelo prof. Gilson J. Simioni.

Por estarem os dois semestres de cursandos ensalados, isto é, frequentando a mesma

matéria em sala única, corresponde, portanto, aos 4º e 5º semestres simultaneamente.

Versaremos sobre quatro temas básicos: Ação e Processo; Nulidades; Competências

da Justiça do trabalho e Procedimento do Dissídio Individual. Entremeados aos temas

basilares trataremos também de subtemas de não menor importância, como podemos adiantar

um deles de extrema relevância: “A Emenda Constitucional 45/2004: conceitos, conflito de

interpretação e, por fim, a posição definitiva explicitada pelo STF através da ADIN nº 3.395-

6”. Isto tudo com referência a Etapa I. Enfocaremos também os tópicos da Etapa 2:

Princípios do Processo Trabalhista e Petição Inicial - Requisitos.

1. AÇÃO E PROCESSO

Ação é um direito, este se torna prático quando o poder Jurisdicional é provocado

pelo interessado, para que este deixe a inércia a que está submetido. Independente do

resultado ao interesse questionado, favorável ou não, confirma-se o exercício do direito da

ação.

Para efetivar-se uma ação é fundamental verificar-se, em suma, três elementos: as

partes (autor e réu), o pedido e a causa de pedir.1 Sendo que, de acordo com o art. 267, VI

do CPC, há necessidade das seguintes condições: Legitimidade das parte; Interesse agir;

Possibilidade jurídica do pedido.2

Processo – No processo, propriamente dito, é o instrumento da ação dentro da esfera

jurídica. Isto é, após serem atendidas as condições pré-estabelecidas. Quando a ação

adentra nos meios jurídicos, torna-se um processo, ou seja, um conjunto de documentos

que tramitam no judiciário.

Processo Trabalhista – Já no processo trabalhista, devido ao princípio da

celeridade, é admissível exceções a certas obrigações processuais próprias do processo

civil. Dessa forma, nos dissídios da Justiça do Trabalho, o objetivo é o rápido andamento

1www.pt.wikipedia.org/wiki/Ação_(direito)2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htmRA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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para obtenção da decisão no menor tempo possível, a fim de atender o caráter alimentar do

trabalho conforme preceitua o art. 7º, IV e art. 100 §1º CF/88.

Desta forma, na prática forense tem sido habitual:

A - Audiência inicial de conciliação.

Comparecimento das partes.

O reclamado virá com defesa escrita e os documentos comprobatórios. Se o mesmo

não a possuir, terá 20 minutos para fazer sua defesa oralmente conforme o (art. 847 da

CLT). 

Conciliação: Assim que a audiência é iniciada o juiz propõe a conciliação (art. 846

da CLT). Se for aceito o acordo, será lavrado um termo onde constará o valor, prazo e

demais condições pertinentes. Não havendo acordo, o juiz abrirá prazo para reclamante

opor-se à contestação, em um prazo determinado, comumente de 10 dias. Na sequência,

formulará a intimação às partes para a próxima audiência.

B - Audiência de instrução.

Também, nesta audiência deverão comparecer as partes, sob pena de confissão

quanto à matéria de fato, em razão da ausência de depoimento pessoal, bem como as

testemunhas, no máximo 3 (três) para cada parte  (CLT, arts. 821 e 825), sob pena de

preclusão. Se o processo for para “Apuração de falta grave a empregado estável” o número

de testemunhas será de 6.

Pode também ser requerido pelas partes a produção de prova pericial. As partes

terão 5 dias para se manifestarem sobre o laudo pericial. Art. 852-H. preceitua:

§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.

No caso de aplicação da norma acima, as partes serão convocadas para uma

audiência chamada de encerramento. Esta, é será a continuação e a finalização da

instrução.

      Encerrada a audiência de Instrução, as partes têm 10 minutos cada um. Neste

momento o juiz propõe novamente a “Conciliação” (CLT, art. 850). Se novamente não

houver acordo, será definida data para a audiência de julgamento.

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C - Audiência de julgamento.

      As partes não comparecem nesta audiência. Na verdade ela é um prazo que o

juiz determina para proferir a sentença e a sua publicação. As partes serão intimadas para a

tomada de conhecimento da decisão.

  D - Audiência UNA

Pelo “Principio da celeridade processual no direito do Trabalho” e o “Princípio da

Celeridade Processual”, foram determinadas as audiências UNAs. Estas concentram todos

os atos comuns da audiência trabalhista: conciliação, instrução e julgamento em uma só

oportunidade. Salvo raríssimas exceções legais que seguiram os mesmos princípios.3

2. NULIDADES

A Consolidação das Leis Trabalhistas contém um capitulo em trata especialmente das nulidades processuais. Esta parte da norma está nos arts. 794 a 798. Também art 243, CPC preceitua sobre a matéria. Porém, em se tratando de processo do trabalhista, as nulidades do CPC somente serão empregadas subsidiariamente.

3 http://www.valorjuridico.com.br/procedimentos-justica-trabalho-rito-ordinario.phpRA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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Na concepção do ilustre autor Carlos Henrique Bezerra Leite/Curso de Direito Processual do Trabalho, os atos processuais verificados nos processos podem ser nulos, anuláveis ou inexistentes.4 Dessa maneira, a nosso ver, o articulista minimiza a nomenclatura daquelas falhas denominando-as como irregularidades. Porém, ele mesmo ensina que, se houver desvirtuamento, impedimento ou fraude, os atos serão nulos; e indica a fonte de tal premissa:

Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. Art. 9 da CLT5

Na sequência deste estudo enumeramos o conceito e os efeitos dos vícios ou irregularidades, conforme o entendimento do autor acima evidenciado. Lembrando que o mesmo os reputa como irregularidades sanáveis e irregularidades insanáveis.

2.1 Mera Irregularidade

O autor Bezerra Leite ensina que, os vícios com esta característica são os leves e que não geram maiores problemas, por isso mesmo podem ser sanados. Um exemplo claro deste item é a não observância da formalidade na digitação, conforme exigência do parágrafo único do art. 169 do CPC;

2.2 Irregularidade com Sanção Extraprocessual

Este caso verifica-se quando um Juiz demora em sentenciar. A parte interessada pode socorrer-se da Corregedoria Regional, órgão do Tribunal Regional do Trabalho. No exemplo citado, eventualmente, poderá ser aplicada punição ao Juiz, esta, porém se fará extraprocessualmente.

Da mesma forma, quando um advogado faz carga de um processo e não o entrega ao cartório no prazo, com o fim de procrastinação, sendo necessária a intervenção do magistrado. Sendo assim, o Juiz pode oficiar extraprocessualmente à OAB que aplicará sanções ao advogado conforme as normas pertinentes.

2.3 Irregularidade com possibilidade de Nulidade Processual

É o vício de grande importância que gera nulidade processual, esta, por

sua vez, pode ser relativa ou absoluta. Só a prova caracteriza a nulidade relativa,

ela é evidenciada quando a irregularidade necessita da “norma” para que possa

haver o saneamento; precisa da intervenção da parte. Já no caso da nulidade

absoluta, o juiz deve declará-la de ofício. (Art. 267, § 39, CPC).

2.4 Irregularidade que Ocasiona a Inexistência do Ato Processual

4 LEITE, Carlos H. Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 8. ed. - São Paulo: LTr, 2010. p 3565 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htmRA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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Este tipo de irregularidade é grave, pois provoca não apenas a nulidade do

ato, mas a sua própria inexistência. Exemplo claro desta irregularidade é a

prolação de uma sentença sem a assinatura do juiz, tendo, no caso, findado a

possibilidade legal para aplicar a mesma. (Art. 560, § único, CPC). Outro

exemplo é o do advogado sem mandato (procuração) e não juntada no prazo legal.

Art. 37, CPC. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz. § único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.6

3. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

3.1 Competência em Razão das Pessoas

Na relação do trabalho verificam-se dois lados o passivo e o ativo e, entre

estes, sempre ocorrem desentendimentos que devem ser resolvidos através da

reclamação trabalhista. Entretanto, nota-se que, antes do ajuizamento de uma ação em

que o reclamante é figurado individualmente, é necessário buscar composição através

das “Comissões de Conciliação Prévia”, preceito do art. 625, letras A até a H, CLT,

conforme Lei nº 9958/2000. A letra “A” da referida norma, refere-se à atribuição das

comissões e exclui o âmbito coletivo dos conflitos, fixando apenas o individua. É bom

que se frise que, a criação de uma comissão destas na localidade onde o serviço é

executado, é facultativa. Porém, depois de instituída, prescreve a letra “D”, é

obrigatória a busca de uma prévia conciliação antes de se ajuizar ação trabalhista.7

Compete à Justiça do Trabalho resolver os conflitos havidos entre empregados

e empregadores. Assim, a Justiça do Trabalho processa e julga as matérias pertinentes

aos dissídios no âmbito laboral. O ordenamento jurídico basilar desta competência está

inserido no artigo 114 da CF/88 e disciplinado pela EC 45 de 2004.

3.2 Competência em Razão da Matéria

Neste tópico trataremos da interpretação legal dos termos controversos da

Emenda Constitucional 45/2004 e apontamos a ADI nº 3.395-6.

Os conflitos originados por envolvimento com relações de trabalho são de

competência da Justiça do Trabalho. Assim distingue o art. 114, CF/88. Se faz

6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869compilada.htm7http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7844 RA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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necessário enfatizar que, antes da EC 45/2004, só eram abrangidas por tal

competência, aqueles trabalhadores nos quais era possível comprovar os quesitos:

pessoalidade, não eventualidade, subordinação e onerosidade (Art. 3º da CLT).

Porém, com o advento da referida “Emenda Constitucional” a competência da Justiça

do Trabalho foi ampliada. Desta forma, foram fixados os termos à nova redação:

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;II as ações que envolvam exercício do direito de greve;III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o ;VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

Entretanto, é preciso frisar que houve e ainda há discussão e opiniões

divergentes sobre a interpretação objetiva da EC 45/2004. Desta forma, legalmente,

deve ser aceito o posicionamento do STF que definiu a questão. Assim, segundo o

entendimento do órgão jurídico máximo, há distinção entre funcionários públicos e

empregados públicos, visto que funcionários públicos são aqueles que ocupam cargos

públicos e foram aprovados em concurso público. Já os empregados públicos, são

aqueles contratados em regime da CLT e por ela estão abrigados. Assim, os primeiros

funcionários estatutários, terão suas pendências com relação aos seus cargos e funções,

dirimidas pela Justiça comum – estadual ou federal, conforme o caso. Entretanto, os

segundos, por serem, via de regra, funcionários públicos celetistas, serão

recepcionados na Justiça do Trabalho.

Destacamos que, por força de decisão do então presidente do STF – Ministro

Nelson Jobim, os funcionários públicos estatutários terão como competente em suas

ações, a Justiça Comum (federal ou estadual) e não a Justiça do Trabalho

(especializada). Vale lembrar que o entendimento obteve a subscrição do colegiado do

STF através da Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI nº 3.395-6 “in verbis”.

“Dou interpretação conforme ao inciso I do art. 114 da CF, na redação da EC n. 45/2004.

Suspendo, ad referendum, toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na

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redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a ‘(...)

apreciação (...) de causas que (...) sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele

vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo’” (DJ

4.2.2005).8

3.3 Competência em Razão da Função

Na “Justiça Trabalhista” a competência em razão da função, é exercida pelo

poder legal de cada um dos juízes investidos em quaisquer de seus diversos órgãos. A

competência segue determinações em primeiro lugar da Constituição Federal, e,

seguidamente, por legislações complementares; regimentos internos dos tribunais

trabalhistas, incluindo-se, é claro, as decisões dos órgãos superiores do judiciário. No

dizer do ilustre autor Bezerra Leite:

Tomando-se por base os órgãos que compõem a Justiça do Trabalho, podemos dizer que ha competência funcional das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.9

Seguindo os postulados nos Arts. 92 e 114 da CF/88 verifica-se a competência

funcional exercida pelo juiz titular e pelo juiz substituto nas Varas do Trabalho,

processar e julgar os conflitos trabalhistas. Estes têm também, de forma monocrática,

como preceitua a norma a seguir, competência para:

Executar as suas próprias decisões, as proferidas pela Junta e aquelas cuja execução lhes for deprecada. Art. 659, II, CLT

Compete ainda ao juiz da vara do trabalho, despachar os recursos das partes ao

TRT (inciso VI do art. citado); a concessão de liminares conforme incisos IX e X,

além de atender aos outros incisos não enumerados aqui.

Lembramos que a Constituição Federal/1988 previu a impossibilidade de

atendimento jurisdicional por Vara da Justiça do Trabalho.

Art. 112, CF/88: “A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (Redação da EC 45/2004)”.

Vemos assim que, os legisladores constituintes aplicaram previamente o

remédio para tais circunstâncias.

Já os Tribunais Regionais do Trabalho (2ª. Instância) podem ser divididos

em “turmas” conforme preceito legal. O art. 678 da CLT enumera a competência dos

desembargadores divididos em turmas em seus dois incisos, alíneas e itens. O art. 679

8 http://jus.com.br/artigos/7813/a-nova-competencia-da-justica-do-trabalho9 ibidem, p 254RA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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confere competência a desembargadores não divididos em turmas. Estes têm as mesma

prerrogativas descritas no artigo anterior, menos a do inciso I, alínea “c”, item 1. A

decisão destes colegiados formados por desembargadores são designadas por

“Acordão”.

Aos presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho compete o que está

previsto no artigo 682 da Consolidação das Leis do Trabalho.

O Tribunal Superior do Trabalho tem sua sede em Brasília-DF e a sua

jurisdição abrange todo o território brasileiro; é composto por (27) vinte e sete

ministros que devem ser brasileiros, com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo

Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. (Art. 690,

CLT)10 Um quinto destes ministros são advogados e membros do M. Público

(compõem o chamado quinto constitucional) com mais de 10 (dez) anos de efetiva

atividade profissional e de efetivo exercício, respectivamente. Os demais ministros são

desembargadores dos TRT, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo

próprio Tribunal Superior. (Art. 111-A, CF/88). Junto ao TST funciona a Escola

Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho também o

Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

É da competência do TST, a uniformização das decisões trabalhistas, bem

como, o julgamento dos recursos a ele dirigidos por exigência legal. Tais instrumentos

são denominados “Recursos de Revista”; são aqueles interpostos dos acórdãos de

TRTs-Tribunais Regionais do Trabalho. Cabe-lhe também os agravos de instrumentos

por negativa para recurso de revista originário de presidente de TRT. E ainda, é da

competência do TST o julgamento de agravos regimentais e embargos de declaração

impetrados em razão das suas próprias decisões. Toda competência do TST esta

prescrita n Lei n. 7.701, de 21.12.1988, e pela Resolução Administrativa n. 1.295/2008

(DJU 9.5.2008), que instituiu o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho

— RITST.11

3.4 Competência em Razão do Lugar

A competência em razão do lugar é pontuada especialmente no art. 651 da

CLT, in verbis:10 http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBd.asp?item=889111 Ibidem, p 261RA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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“A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro”.

Entretanto, o §1º determina que se o empregado for agente ou viajante, a competência

recairá na Vara da localidade onde a empresa tenha filial e a esta o empregado esteja

subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha

domicílio, ou localidade mais próxima.

É necessário também frisar que, o §2º, deste mesmo art. 651, CLT preceitua

que as regras deste artigo são aplicáveis aos conflitos que porventura ocorram em

agência ou filial no exterior, desde que o empregado seja brasileiro e não haja tratado

ou convenção internacional dispondo o contrário. Neste viés fica a pergunta: Qual a

legislação se deve subordinar, a brasileira ou a estrangeira? Assim temos dois

aspectos: 1º) Quando o empregado brasileiro é contratado para trabalhar fora do país

por empresa sem filial ou agência no Brasil, a legislação adotada deve ser a do local da

prestação do serviço; 2º) Quando o empregado é transferido: faz-se a aplicação da lei

mais favorável. (Lei 7064/82, com redação alterada pela Lei nº 11.962/2009).

Para um bom entendimento do que é considerado empregado transferido faz-se

necessária atenção nos incisos do Art. 2º da Lei 7064/82, “in verbis”.

I - o empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado no território brasileiro; II - o empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que mantido o vínculo trabalhista com o empregador brasileiro; III - o empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior.

O conceito daquilo que for mais favorável ao empregado, também regula a referida lei, vemos a seguir o seu Art. 3º:

Caput - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: I - os direitos previstos nesta Lei; II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria.

Quanto a atividade laboral exercida em local diverso do lugar do contrato,

prescreve a CLT “in verbis”.

Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Não há compatibilidade entre o artigo 111 do Código de Processo Civil, que permite às partes instituírem o foro de eleição, e o Direito Processual do Trabalho. (Art. 651, § 3º, CLT).

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3. Conflito de Competência

O conflito de competência é caracterizado quando dois ou mais juízes se

declararem competentes; também quando dois ou mais juízes se declararem

incompetentes. Caracterizam-se também como conflito de competência quando há

discordância entre os magistrados sobre a reunião ou separação de processos.

Por outro lado, não é considerado conflito de competência, quando já houver

sentença com trânsito em julgado, por um dos juízos tidos como em conflito. (Art.

115, CPC). Desta maneira distingue-se também que o conflito de competência pode

ser positivo ou negativo, assim preceitua o Inciso I, do art. 115, da norma citada.

Entendendo-se por “competência conflitante positiva”, quando dois ou mais juízes

declaram-se competentes para julgar o processo. Já a “competência conflitante

negativa”, é aquela quando dois ou mais juízes declaram-se incompetentes para julgar

o processo.

Os conflitos de Competência não foram olvidados pelos legisladores

constituintes, deste modo, encontramos em nossa Carta Magna os seguintes

regramentos:

Art. 102, CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; Art. 105, CF. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

Quando o conflito de competência estiver dentro dos próprios meandros da

Justiça do Trabalho, este deve obter o remédio nas próprias normas da CLT. Neste

prisma versa o art. 803 e seguintes que colocam a hierarquia como elucidação do

obstáculo.

Art. 803, CLT. Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na administração da Justiça do Trabalho; b) Tribunais Regionais do Trabalho; c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; Art. 808, CLT. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; c) Revogado pelo Decreto Lei 9.797, de 1946

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É do nosso entendimento que conflitos de competências sempre hão de existir em nosso ordenamento jurídico. Porém, para cada um deles há um remédio específico que porá fim a tais desentendimentos. Entretanto, é de bom alvitre que os ocupantes de cargos públicos, desde o mais ínfimo, até o detentor d mais alto posto hierárquico, usem ininterruptamente o bom-senso em suas ponderações.

Está é uma das maneiras que encurtará o longo caminho para acertar o alvo!12

4. PROCEDIMENTO DO DISSÍDIO INDIVIDUAL

Para discorrermos sobre o “Dissídio Individual” no âmbito trabalhista, se faz necessário, em primeiro lugar, dar o significado do termo “dissídio”. A palavra é de origem latina que aponta para discórdia, dissidência, dissensão, desacordo, desinteligência. Isto posto, entende-se que, dissídio individual é a discórdia de um individuo com relação ao seu empregador. Quando houver uma discórdia de um empregado com um empregador, no âmbito judicial, esta é denominada “Dissídio Individual Simples”.

Entretanto, há também o “Individual Plúrimo” que promove reclamação trabalhista em que figure a individualidade. Entretanto, a individualidade aludida aqui, deve ser representada por “Litisconsórcio” que diz respeito a litigância promovida por duas ou mais pessoas. Este é o entendimento dos arts. 842 e 843 da CLT, “in verbis”.

842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. (Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979)13

Vemos também que é de competência exclusiva da Justiça do Trabalho, através dos seus órgãos, prestar assistência jurisdicional no dissídio individual. É claro, respeitando-se a legislação própria... Encontramos a assertiva na própria CLT, art 769, que prevê a possibilidade de omissão em seu conteúdo, e, assim sendo, deverá socorrer-se do CPC como fonte subsidiária do direito processual do trabalho, excetuando-se aquilo em que houver incompatibilidade. Dessa maneira ensina o mestre Mauro Schiavi, em seu Manual de Direito Processual do Trabalho.14

No dissídio individual do trabalho, em que pesem as opiniões em contrário, não vemos óbice, máxime após a EC n. 45/04 que atribuiu a Justiça do Trabalho competência para as ações oriundas e decorrentes da relação de trabalho (art. 114, incisos I e 1X(33)). Desse modo, a oposição, embora sejam reduzidas suas hipóteses, e compatível com os princípios que norteiam o Processo do Trabalho (art. 769 da CLT).

Conclui-se então, que é a distinção em que se faz do dissídio individual, é que este seja caracterizado pela classe da lide, não importando o número de pessoas na reclamação; desde que os interesses sejam de âmbito pessoal.

12 Nosso Grupo Acadêmico – Contexto no Texto da Matéria, Anhanguera, São Caetano do Sul, 201513 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm14 Schiavi, Mauro, Manual de Direito Processual do Trabalho — 3. ed. — Sao Paulo. LTr, 2010. P.343RA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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Não se deve olvidar que, quando o valor da causa for igual ou inferior a dois salários mínimos ele têm a denominação de “processo de alçada”. E, do mesmo, não cabe recurso; somente aqueles processos em que houver questões constitucionais.

Quando o empregado com estabilidade trabalhista cometer falta grave, o empregador pode, seguindo as exigências legais, promover o “Dissídio Individual Especial” ou “Inquérito Judicial” que é uma ação no âmbito trabalhista, lembrando que esta, deve ter 6 testemunhas.

Art. 494, CLT - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação.

Os dissídios individuais caracterizam-se na Justiça do Trabalho como:Processo Trabalhista; Dissídio Trabalhista; Reclamação Trabalhista; Ação Trabalhista, o que define a mesma matéria.

Já, as Fases do Processo têm as seguintes denominações: Fase postulatória: da propositura da ação até a defesaFase probatória/instrutória: momento de realização de provasFase decisória: o órgão jurisdicional profere seu juízo de valorFase recursalFase executória: execução forçada da sentença.Conceito de Dissídio IndividualO processo judicial trabalhista dá condições da prestação jurisdicional decidir os dissídios (desacordos) entre as partes. É bom realçar que há possibilidade de acordo sempre em duas fases do processo: ao início e final (antes da sentença).

Os procedimentos na Justiça do Trabalho são:

Ordinário - Está preceituado entre os arts. 763 e o art. 852 da CLT e corresponde as ação cujo valor seja maior que 40 salários mínimos na data de seu ajuizamento.

Sumário – Foi criado objetivando desafogar o Judiciário dos processos individuais do trabalho, pela Lei 5.584/70, em seus art. 2º, §3º e §4º. São denominados: “Processos de alçada” o valor da causa é de até 2 salários mínimos. Não esta sujeito a recurso, salvo se versar sobre matéria constitucional.

Certa polêmica existe sobre a aplicabilidade deste rito em face do surgimento do rito sumaríssimo, uma vez que este último ganhou a preferência dos operadores do direito, porém, de certo é que o rito sumaríssimo não revogou tacitamente o rito sumário, pois ao se observar os dois textos legais não se nota incoerências entre tais regramentos.15

Sumaríssimo – Enquadram-se nesta nomenclatura as causas de até 40 salários mínimos. Lei 9.957/2000.

15 http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3320 – item 3RA ------------------ RA ---------------- RA -------------- RA ---------------- RA -------------- RA ---------------

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6. JURISPRUDÊNCIAS DA ETAPA 1

1 - NULIDADES

TRT-1 - 123200754101006 RJ 00123-2007-541-01-00-6 (TRT-1)

Data de publicação: 04/10/2007

Ementa: PROVA TESTEMUNHAL. INDEFERIMENTO DE PROVA TESTEMUNHAL.NULIDADE. NO PROCESSO DO TRABALHO, O COMPARECIMENTO DE TESTEMUNHAS É REGIDO PELO DISPOSTO NO ART. 825 DA CLT , SEGUNDO O QUAL ESTAS COMPARECERÃO À AUDIÊNCIA INDEPENDENTEMENTE DE NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO, E AS QUE NÃO COMPARECEREM SERÃO INTIMADAS, NÃO SENDO POSSÍVEL EXIGIR-SE A INDICAÇÃO PRÉVIA DE TESTEMUNHAS SOB PENA DE PERDA DA PROVA, POR INAPLICÁVEL O ART. 407 DO CPC .

TST - RECURSO DE REVISTA RR 10290320125150138 (TST)

Data de publicação: 20/03/2015

Ementa: RECURSO DE REVISTA. CONFISSÃO FICTA. CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE PROVA TESTEMUNHAL 1. Não se declaranulidade no processo do trabalho sem o concurso de dois requisitos essenciais: a) do ato inquinado resulte manifesto prejuízo à parte ( CLT , art. 794 ); e b) registro do inconformismo da parte afetada na primeira oportunidade em que lhe couber pronunciar-se nos autos ( CLT , art. 795 ). 2. Não se divisa cerceamento de defesa se o indeferimento de produção de prova testemunhal decorre da confissão ficta do preposto, ante o desconhecimento dos fatos. 3. Recurso de revista não conhecido .

TRT-4 - RECURSO ORDINARIO RO 1369200720104005 RS 01369-2007-201-04-00-5 (TRT-4)Data de publicação: 22/04/2009

Ementa: RECURSO ORDINÁRIO DA UNIÃO. NULIDADE

DO AUTO DE INFRAÇÃO. Nulo o auto deinfração da Delegacia Regional do Trabalho - DRT, tendo em vista

que não há irregularidade do empregador no pagamento de salários por meio de instituição financeira, desde que

autorizada pelos empregados. Cobrança da CPMF que não pode ser atribuída ao empregador, considerando que

a obrigação tributária é de responsabilidade do titular da conta corrente. Recurso denegado.  (...)

Encontrado em: 1ª Vara do Trabalho de Canoas RECURSO ORDINARIO RO 1369200720104005 RS

01369-2007-201-04-00-5 (TRT-4) JOAO PEDRO SILVESTRIN

2 - COMPETÊNCIA TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR

1022406120055030106 102240-61.2005.5.03.0106 (TST)

Data de publicação: 14/09/2007

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NOVA COMPETÊNCIA. AÇÃO ANULATÓRIA. MULTA ADMINISTRATIVA APLICADA PELA DRT. CERCEAMENTO DE DEFESA POR INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. CONTRATAÇÃO DE EMPREGADOS POR MEIO DE EMPRESA INTERPOSTA. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. Ao juiz compete dirigir o processo de forma a velar pela rápida solução do litígio, conforme estabelece o artigo 125 , inciso II , do Código de Processo Civil . À parte foi garantido o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório. Entretanto, tais direitos devem ser exercidos na forma, limites e condições estabelecidas por lei. Considerada desnecessária a prova pericial, tão-somente fez o julgador regional

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incidir o que prevê o dispositivo legal que regula a sua pertinência. Agravo de instrumento a que se nega provimento.

TRT-15 - RECURSO "EX OFFICIO" 817 SP 000817/2007 (TRT-

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Data de publicação: 19/10/2007

Ementa: Competência. Justiça do Trabalho. Aplicação de multa administrativa pelaDRT. Anulação dos autos de infração lavrados pela União. Abertura e funcionamento de estabelecimento em domingos e feriados. A questão relativa à competência da Justiça do Trabalho frente às alterações perpetradas pela Emenda Constitucional 45 /04, restou dirimida pelo C. TST no Julgamento do Conflito de Competência de n.º 7. 204-1,

através da decisão RE 438.639. Não obstante naquele caso tenha se discutido a competência pEncontrado em: por maioria de votos, suscitar o conflito negativo de competência, na conformidade do que dispõe

TRT-16 - 690200901016003 MA 00690-2009-010-16-00-3 (TRT-16)

Data de publicação: 27/02/2012

Ementa: EMPREGADO PÚBLICO. ADMISSÃO MEDIANTE CONCURSO PÚBLICO. CONTRATO VÁLIDO. EFEITOS. É válida a contratação de empregado público mediante concurso público, tendo o servidor contratado regularmente todos os direitos inerentes ao contrato celetista.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Os honorários advocatícios na Justiça do Trabalho só são devidos se o reclamante estiver assistido por sindicato da categoria profissional e encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do sustento próprio ou da família.Recurso ordinário conhecido e parcialmente provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes MUNICÍPIO DE ITAIPAVA DO GRAJAÚ/MA, recorrente, e MARIA DA PIEDADE FERREIRA BAIMA, recorrida

2ª. ETAPA

1 - PRINCÍPIOS DO PROCESSO TRABALHISTA

Princípios Singularidades

Verdades que fundam – natureza geral. Verdades específicas – natureza restrita a um ou a poucos preceitos.

Informam, orientam e inspiram preceitos legais.

Facilitam a individualização de um determinado instituto em cotejo com

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outros.Organiza institutos e sistemas. Exprimem formas de procedimento

Vê-se no quadro acima a afinidade de gênero e espécie. Marcando o lado esquerdo como o gênero e o do lado direito do quadro as suas espécies.

Temos também a ver as técnicas procedimentais, estas orientam o processo trabalhista, destacando o princípio da concentração e da celeridade processual.

2 - PETIÇÃO INICIAL – REQUISITOS

Os requisitos estão previstos no artigo 840 da CLT e 282 do CPC. É claro que além dos ditames previstos na lei deve-se também atentar para a lucidez, precisão e concisão na elaboração de uma petição inicial trabalhista; ainda mais que há correspondência ao Principio da tão próprio na CLT.

A CLT, no artigo 840 preceitua, “in verbis” § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.”

A este respeito o 282 do CPC determina, “in verbis”

Art. 282. A petição inicial indicará:I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;IV - o pedido, com as suas especificações;V - o valor da causa;VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;VII - o requerimento para a citação do réu.

Vê-se que a CLT é bem mais direta e sucinta.

Entre outras mostras de celeridade atribuídas à CLT, (indicação do valor da causa e requerimento de produção de prova), na que preceitua o art 841 temos a de não haver necessidade de requere-se ao juiz a citação da parte contrária. Esta é um serviço que é prestado pela secretaria da Vara do Trabalho. Assim se não for feito o pedido de citação à parte contrária, não haverá a declaração de nulidade.16

PETIÇÃO INICIALQUADRO COMPARATIVO

CONFORME OS ARTIGOS CITADOS

16 GONÇALVES, Emílio. Manual de Prática Procesual Trabalhista, 5ª Ed. São Paulo: LTr, 1995. P.67.

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Art. 282 CPC Art 840 CLT1 – Endereço 1 – Endereço2 – Qualificação das partes 2 – Qualificação das partes 3 – Fato e Fundamento Jurídico 3 – Breve Exposição dos fatos4 - Pedido 4 – Pedido5 – Valor da Causa 5 – Data6 - Provas 6 – Assinatura7 – Citação do Réu

3 - JURISPRUDÊNCIA DA ETAPA 2

ACÓRDÃO Nº 885/98-A

PROCESSO TRT/15ª REGIÃO Nº 0275/98-D-A

EMENTA - AGRAVO REGIMENTAL."Atento à finalidade do agravo regimental de devolver à apreciação do colegiado matéria de que fora privado por decisão monocrática de um dos seus membros, agiganta-se a convicção sobre a sua equivocada utilização com o objetivo de nulificá-la, tendo em vista a ausência do requisito relacionado ao prejuízo manifesto do art. 794, da CLT, inviabilizando não só o seu pretendido exame, mas sobretudo o do conteúdo inatacado da decisão agravada".

ANTONIO LEVENHAGENJuiz Relator

PROCESSO TRT/15ª REGIÃO Nº 00139-2001-000-15-00-0 AIO (00139/2001-AIO-4)

EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO - NÃO OBSERVÂNCIA DO ART. 897, § 5o, I, DA CLT - RECURSO NÃO CONHECIDO."Cabível a interposição de agravo de instrumento contra decisão que denegou processamento ao agravo regimental, pois no processo trabalhista, diferentemente do processo civil, é recurso contra a decisão que denegar seguimento a outro recurso, conforme art. 897, letra "b", da CLT. Contudo, a teor do § 5o, I, do mesmo dispositivo consolidado, indispensável para o conhecimento do agravo de instrumento, procuração outorgada ao seu subscritor. Recurso não conhecido".

SAMUEL CORRÊA LEITEJuiz RelatorPROCESSO TRT/15ª REGIÃO Nº 1.994/2000-AGI-9

SOBRE PETIÇÃO INICIAL

  TST - RECURSO DE REVISTA RR 15002420105210008 (TST)

Data de publicação: 31/03/2015

Ementa: RECURSO DE REVISTA . INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. NULIDADE. CONVERSÃO DE RITO SUMARÍSSIMO EM ORDINÁRIO. I. Esta Corte Superior já se manifestou no sentido de que o não atendimento dos requisitos previstos no art. 852-B , I, da CLT não importa necessariamente o arquivamento do feito, podendo o julgador, por questão de economia e celeridade processual e desde que não haja prejuízo às partes, determinar a conversão do rito sumaríssimo em ordinário. Tal entendimento advém da interpretação do art. 794 da CLT , segundo o qual "nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes". Precedentes. II. No presente caso, não consta das razões de recurso de revista a alegação de que houve prejuízo que possa ter sido causado pela conversão do rito

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sumaríssimo em ordinário. A Reclamada insiste no arquivamento do feito, entretanto não aponta nenhum prejuízo que pudesse justificar a declaração de nulidade da conversão do rito. III. Recurso de revista de que se conhece, por divergência jurisprudencial, e a que se nega provimento.

TST - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR

4721020105150098 (TST)

Data de publicação: 05/09/2014

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INÉPCIA DAPETIÇÃO INICIAL. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. A admissibilidade do recurso de natureza extraordinária pressupõe demonstração inequívoca de afronta à literalidade de dispositivo de lei federal ou de preceito constitucional ou divergência jurisprudencial válida. Não atendidos tais requisitos, impõe-se o improvimento do agravo de instrumento. Agravo de instrumento desprovido.

4. CONCLUSÃO

Através do acima exposto vemos que, desde que a CLT entrou em vigor em 1943, a Justiça do Trabalho adotou importante rapidez para solução das mazelas, que não raras vezes, atribulavam, e, atualmente, ainda solapam o trabalhador. Enquanto isso, os outros ramos do direito se distinguem pelo emaranhado de Leis, pareceres, orientações, etc.

Dessa forma, é inegável a extrema morosidade aonde os processos tramitam com vagarosos passos pelos cartórios e gabinetes dos fóruns e tribunais.

Por outro lado, as normas registradas na CLT, sempre buscaram efetivar a celeridade processual, com vistas a atender a parte mais vulnerável nas relações do Trabalho e Emprego,

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Dessa maneira, torna-se concreta a tão necessária rapidez a que fazem juz, os trabalhadores da nação.

Seria interessante se os poderes legalmente instituídos seguissem o espírito dos legisladores originais da CLT, provindo desde a “Carta de Lavoro”. Interesse tal que, continua emanando direções à legalidade, e se interessa em levar adiante a essência do pensamento igualitário. Acreditamos que se assim fosse, o nosso país estaria muito mais direcionado a um futuro promissor que todos nós almejamos.

BIBLIOGRAFIA

www.pt.wikipedia.org/wiki/Ação_(direito) - Acessado pelo grupo em 21 de março de 2015.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm - Acessado pelo grupo em 21 de março de 2015.

http://www.valorjuridico.com.br/procedimentos-justica-trabalho-rito-ordinario.php - Acessado pelo grupo em 21 de março de 2015.

LEITE, Carlos H. Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 8. ed. - São Paulo: LTr, 2010. p 356

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htmAcessado pelo grupo em 25 de março de 2015.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869compilada.htmAcessado pelo grupo em 25 de março de 2015.

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7844Acessado pelo grupo em 25 de março de 2015.

http://jus.com.br/artigos/7813/a-nova-competencia-da-justica-do-trabalhoAcessado pelo grupo em 28 de março de 2015.

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LEITE, Carlos H. Bezerra. ibidem, p 254

http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigoBd.asp?item=8891Acessado pelo grupo em 30 de março de 2015.

LEITE, Carlos H. Bezerra. Ibidem, p 261

Nosso Grupo Acadêmico – Contexto no Texto da Matéria, Anhanguera, São Caetano do Sul, 2015

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htmAcessado pelo grupo em 30 de março de 2015.

Schiavi, Mauro, Manual de Direito Processual do Trabalho — 3. ed. — São Paulo. LTr, 2010. P.343

http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3320 – item 3 - Acessado pelo grupo em 01 de abril de 2015.

GONÇALVES, Emílio. Manual de Prática Procesual Trabalhista, 5ª Ed. São Paulo: LTr, 1995. P.67.

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