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Relatório de economia criativa de porto alegre

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criatvaPORTOALEGREcriatvaPORTOALEGREPLANO MUNICIPAL DE ECONOMIA CRIATIVA | DIRETRIZESPrefeito Jos FortunatiVice-Prefeito Sebastio Melo Secretaria de Inovao e TecnologiaDeborah Pilla VillelaSecretaria Adjunta de Inovao e TecnologiaMaria Fernanda BermudezGerente do Projeto Economia Criativa Carla Zitto Equipe INOVAPOA Bianca Souza da SilvaClarisse de Lima AbrahoDiego AppelFarid Germano FilhoJos Paulo EberhardtJulio Lo Pumo de Britto VelhoManolo Silveiro CachafeiroMaria Jos Costa Rodrigues da SilvaMarilin Moura ParodeMarli BressanNiria StekcelPaulo Cesar P. Flores dos SantosRenato Fantin ArioliSandra Helena Jaques ZinnAPRESENTAO ..........................................................................................PORTO ALEGRE CRIATIVA ...........................................................................ECONOMIA CRIATIVA ...................................................................................MARCOS NORTEADORES ............................................................................DIRETRIZES MUNICPIOS ............................................................................EIXOS NORTEADORES .................................................................................CONCLUSO ................................................................................................AGRADECIMENTO .......................................................................................REFERNCIAS .............................................................................................6814182224262728NDICE6APRESENTAOPORTO ALEGRE CRIATIVA 7Deborah Pilla VillelaSecretria Municipal de Inovao e Tecnologia O PlanodeEconomiaCriativadaCidadedePortoAlegre resultado de um trabalho coletivo baseado na triple hlice que envolvegoverno,entidadesdeensinoesociedade,equed nfaseaoeixodatransversalidadeestabelecidopelaPrefeitura.Une otrabalhodesecretariasmunicipaisedeinstituiesdasociedade organizadaporto-alegrenseemtornodeumtemainovadorparaa cidadequeodesenvolvimentoeconmicoesocialdapopulao, atravs do incentivo Economia Criativa.Desde o comeo desta iniciativa, em outubro de 2013, com a criao do Comit Municipal de Economia Criativa e na medida em que as reunies de formulao do Plano aconteciam, foi possvel sentir o acerto no seu investimento. Ganha a sociedade e a Prefeitura que, desta forma, mostra mais uma vez o pioneirismo em sua gesto mas, principalmente, ganha essesegmentoeconmicoespecficoque,apartirdeagora,passaa ter um contorno, uma direo e, se depender deste esforo colaborativo, um grande futuro.Prefeito Jos Fortunati A criatividade est no DNA da cidade de Porto Alegre. Por essa razo nos tornamos uma das primeiras capitais do pas a ter uma poltica especficavoltadaparaaEconomiaCriativa.oreconhecimento aumsetorquegeraempregoerenda,promovendoaaberturadenovos mercados, a diversidade cultural e a revoluo tecnolgica.Foi com esse objetivo que institumos o Comit Municipal de Economia Criativa, ainda em 2013 com a participao de representantes de entidades edeempreendedores.EestamosentregandooPlanodeEconomia CriativadaCidadedePortoAlegre,queserconsolidadoatravsde uma Rede colaborativa e atuante. a presena do setor pblico como indutordodesenvolvimentonumsegmentoqueabrangeexpressiva participao da sociedade, portanto, inclusivo e generoso.8PORTO ALEGRECRIATIVAApresentamosnestedocumentooPlanoMunicipaldeEconomiaCriativa,coordenadopelo INOVAPOA atravs do Comit Municipal de Economia Criativa, institudo pelo Decreto n 18.422 de 09 de outubro de 2013 e n 18.492 de 16 dezembro de 2013, bem como a Portaria n 391/2014. EstedocumentotemoobjetivodeorientaraesmunicipaisnocampodaEconomiaCriativa. Aconstruoconsolidadadodocumentofrutodeumprocessodediscussocolaborativae potencializadordeinovaeseredefiniesdopapeldosatoresdestanovaeconomiaparao desenvolvimento da cidade.PORTO ALEGRE CRIATIVAComit Municipal de Economia Criativa Foto: Jorge Lopes RamosPORTO ALEGRE CRIATIVA 9Comit Municipal de Economia CriativaCompostopor38instituies,entreelasSecretariasMunicipais,Universidades, Empreendedores,Associaes,SistemaSeCriativos.Umadasmetaspromover o desenvolvimento econmico, social e cultural da Capital gacha, atravs de um ecossistema de criatividade, empreendedorismo e inovao.Papel dos Governos Articulao de polticas pblicas para estimular capacidades criativas que otimizem a relao entre criao, gesto e empreendedorismo. Papel da Sociedade CivilFacilitar alianas estratgicas e networking entre as partes interessadas.Papel dos Prossionais Criativos Conhecer as prticas de gesto de empreendimentos criativos e reforar habilidades vocacionais e conhecimentos de direitos.Utilizandosedoprocessocolaborativoforamrealizadasoficinasdealinhamentodeconceitose definies sobre Economia Criativa, Definio de Polticas Pblicas para EC, Mapeamento da Economia Criativa,FormaoContinuada,ProgramasdeIntercmbioeCooperaoTcnicaemmbito Nacional e Internacional.Diversosencontrosforampromovidosaolongodoanocomaparticipaodosrepresentantesdas diferentes instituies enriquecidos com a presena de palestrantes e convidados.Este trabalho resultou no conjunto de diretrizes e aes que devem orientar a poltica municipal, no qual apresentamos neste documento.10PORTO ALEGRE CRIATIVA 1112PORTO ALEGRE CRIATIVA 13* Decreto N 18.492, de 16 de Dezembro de 2013 inclui as instituies: AGDI - Agncia Gacha de Desenvolvimento, Conselho Municipal de Cultura e PROCEMPA 14ECONOMIACRIATIVAB aseadonorespaldotericointernacionaldoPNUD(ProgramadasNaesUnidasparao Desenvolvimento)edaUNCTAD(ConfernciadasNaesUnidasparaoComrcioeDesenvolvi-mento) a Economia Criativa no Brasil est compondo seu cenrio como eixo estratgico. NoBrasiloestmuloparaaimplementaodaspolticaspblicasestrelacionadoSecretaria Nacional de Economia Criativa do Ministrio da Cultura, criada em 2012 e na institucionalizao do PLANO NACIONAL DA SECRETARIA DA ECONOMIA CRIATIVA - Polticas, Aes e Diretrizes.O potencial para institucionalizao nacional tambm vem sendo fomentado pelo Estado do Rio Grande doSul.Osprincpiosnorteadoresdestepanoramaseconfiguramemvriasaes,quejesto sendo realizadas pelos diversos setores de forma transversal por meio do programa RS Mais Criativo. EmPortoAlegre,ogovernomunicipal,reconheceopotencialinovadoretransformadordestanova economia. Atravs das pesquisas realizadas pela FECOMRCIO/SP no Ranking das Capitais Mais Criativas, Porto Alegre se apresenta em 2 lugar, estabelece uma agenda de trabalho e incentivos para o setor, das quais destacamos as seguintes iniciativas: a criao de um comit interdisciplinar e multisetorial, seminrios,PolodeEconomiaCriativa4Distrito-IncubadoraTecendoIdias,ProgramaTurismo Criativo,oNEC-NcleodeEconomia Criativa. Com a regulamentao da Lei de InovaoeaimplantaodoFIT/POA FundodeInovaoinicia-seumciclo deincentivosparaodesenvolvimento desta rea.PORTO ALEGRE CRIATIVA 15| Economia Criativa-O que ?1234Mundo das artes e culturaA mdia digital e desenvolvimento de software e interfacesAtividades relacionadas ao design:arquitetura, modelagem 3D, moda e acessriosTurismo, gastronomia, entretenimentoNFASE NA REASConceito novo em constante mudana e evoluo focado no conjunto de produtos, servios e mani-festaesbaseadasnoempregodocapitalintelectualcriativocompotencialdegerarcrescimento socioeconmico.Abrange aspectos culturais, sociais e econmicos, envolvendo cadeias produtivas, agentes criativos, interfaces tecnolgicas e modelos inovadores de empreendimento. Caracterizada pelas transformaes culturais, de inovao, de diversidade e de informalidade.Promove a gerao de emprego e renda, abertura de novos mercados, ao mesmo tempo que, estimula a diversidade cultural, a incluso social e o desenvolvimento humano. uma opo poltica vivel com dimenso estratgica diante da constante revoluo tecnolgica que vivemos constatadas atravs das pesquisas realizadas. Com base nos estudos realizados pela FECOMRCIO/SP no ano de 2012, apresentamos a posio do estado do Rio Grande do Sul e da capital Porto Alegre no Ranking Brasil. 16PRINCIPAIS RESULTADOS - ESTADOSUF NDICE GERAL GERAL ECONMICO GERAL SOCIAL GERAL CRIATIVODF 1 100,0 1 89,4 1 72,5 2 84,1RJ 2 84,6 3 65,9 4 58,5 1 100,0SP 3 77,0 2 65,9 2 62,9 3 61,5RS 4 73,1 4 65,4 3 59,6 5 51,4SC 5 72,3 5 61,9 5 56,6 4 61,4MG 6 55,6 8 48,6 6 44,4 6 43,4ES 7 52,8 6 51,6 8 34,0 7 39,8PR 8 51,8 7 50,6 7 37,9 13 32,3MS 9 47,3 10 46,8 9 32,1 15 31,7GO 10 44,0 11 45,3 10 27,9 17 28,3MT 11 43,0 9 46,9 11 18,9 11 33,5SE 12 36,6 19 35,4 12 17,5 8 37,5RN 13 35,9 17 36,0 14 14,9 9 37,2RO 14 35,3 12 40,7 22 8,0 12 33,2RANKING - CIDADESUF CIDADEGERAL ECONMICO GERAL SOCIAL GERAL CRIATIVO NDICE GERALndice Class. ndice Class. ndice Class. ndice Class.SP So Paulo 6 69,3 1 75,0 9 48,0 1 100,0RS Porto Alegre 1 79,9 9 49,3 3 59,9 2 98,2MG B.Horizonte 10 61,8 2 61,3 5 54,3 3 90,2SP Campinas 7 63,8 16 40,4 1 76,0 4 88,3PR Curitiba 5 69,7 5 52,1 12 40,8 5 86,3RJ Rio de Janeiro 9 61,8 4 56,9 8 49,3 6 86,3DF Braslia 4 71,9 19 38,0 11 41,0 7 80,9SC Florianpolis 2 78,0 42 21,7 6 51,5 8 80,2PR Londrina 14 57,6 24 34,8 2 70,1 9 79,4PE Recife 24 48,8 8 50,4 4 56,3 10 76,7BA Salvador 29 44,7 3 60,4 14 37,7 11 72,8SP S.B. do Campo 13 57,8 12 44,5 15 35,3 12 72,8BASES DO INDICADOR DAS CIDADES (* SEGUNDO DADOS DO IBGE) GERAL CRIATIVO - Emprego Criativo per capita / Emprego Super Criativo per capitaGERAL ECONMICO - PIB per capita / Renda per capita / Porcentagem do PIB de Servios / Empresas por habitantesGERAL SOCIAL - Estabelecimentos Pblicos de Sade / Saneamento Bsico per capita / Emprego Total-PopulaoBASES DO INDICADOR - DOS ESTADOS (* SEGUNDO DADOS DO IBGE)GERAL CRIATIVO - Emprego Criativo per capita / Emprego Super Criativo per capitaGERAL ECONMICO - PIB per capita / Renda per capita / Porcentagem do PIB de Servios / Empresas por habitantesGERAL SOCIAL - Anos de Vida Perdidos com Violncia / Porcentagem de posse de Microcomputador / Emprego Total/ PopulaoPORTO ALEGRE CRIATIVA 17ECONOMIA CRIATIVA (EC) X PIB DO RS25.000EMPRESAS ECSEGMENTOSDESTAQUESMODA E DESIGNMAIS DE 25%DOSEMPREGADOSECRS5 MAIORNAPRODUODEBENSESERVIOSCRIATIVOSPIB EC6,3 BILHESDE REAIS POR ANO2,3%DOPIBDOESTADOSOFTWARECOMPUTAOT E L E C O MDESIGNP R O F I S S E SCRI ATI VASMAIS NUMEROSAS* Fontes: FIRJAN/2012 e FEE/RS/201318O processo de planejamento estratgico, entendido como um processo de reflexo de cenrios, pos-sibilidades, capacidades e potenciais de desenvolvimento da Secretaria da Economia Criativa SEC, gerouanecessidadedeultrapassarmosconceitosedefiniesdossetorescriativosedaEconomia Criativa brasileira para estabelecermos princpios norteadores e balizadores das polticas pblicas de cultura a serem elaboradas e implementadas pela SEC. Destaforma,foidefinidoqueaEconomiaCriativabrasileirasomenteseriadesenvolvidademodo consistente e adequado realidade nacional se incorporasse na sua conceituao a compreenso da importncia da diversidade cultural do pas, a percepo da sustentabilidade como fator de desenvol-vimento local e regional, a inovao como vetor de desenvolvimento da cultura e das expresses de vanguarda e, por ltimo, a incluso produtiva como base de uma economia cooperativa e solidria. Assim, conforme pode ser analisado na figura a seguir, a Economia Criativa brasileira se constitui e reforada pela interseco destes princpios.MARCOSNORTEADORESPRNCPIOS NORTEADORESO trabalho realizado pelo Comit foi baseado pelas diretrizes do Plano Nacional de Economia Criativa/MINC,refernciadapolticanacionalnosquaisdestacamos:DiversidadeCultural, Inovao, Sustentabilidade e Incluso Social, descritos abaixo conforme o texto do documento*.* Plano Nacional de Economia Criativa 2012PORTO ALEGRE CRIATIVA 19Diversidade CulturalIncluso SocialEconomiaCriativaBrasileiraInovao SustentabilidadeECONOMIA CRIATIVA BRASILEIRA E SEUS PRINCPIOS| Diversidade Cultural Pensar numa Economia Criativa brasileira pensar numa economia cuja base, ambincia e riqueza se do graas diversidade cultural do pas. A criatividade brasileira , portanto, processo e produto dessa diversidade.NaConvenosobreaProteoePromoodaDiversidadedasExpressesCulturais,daUnesco (2007), essa compreenso reforada:A diversidade cultural cria um mundo rico e variado que aumenta a gama de possibilidades e nutre as capacidades e valores humanos, constituindo, assim, um dos principais motores do desenvolvimento sustentvel das comunidades, povos e naes. A Economia Criativa brasileira deve ento se constituir numa dinmica de valorizao, proteo e pro-moo da diversidade das expresses culturais nacionais como forma de garantir a sua originalidade, a sua fora e seu potencial de crescimento.20| SustentabilidadeOdebatesobreotemadesenvolvimentonasltimasdcadasvemsendoampliado,indoalmdas tradicionais concepes economtricas e quantitativas. Promover e avaliar o nvel de desenvolvimen-todeumpastemsetornadoumatarefabastantedifcil,afinaloutrasdimensespassaramaser evidenciadascomoimportantes,demonstrandoquemuitasprticasdesenvolvimentistas,mesmo gerando ganhos econmicos elevados, acabaram por impactar negativamente as condies de vida da humanidade.O uso indiscriminado de recursos naturais e de tecnologias poluentes nas estruturas produtivas, com o objetivo de obter lucros e garantir vantagens competitivas no curto prazo, acabou por gerar grandes desequilbrios ambientais.A proliferao de uma cultura de consumo global massificou mercados com a oferta de produtos de baixovaloragregado,destitudosdeelementosoriginaiseidentificadoresdeculturaslocais.Desta forma,aquelesquetmmaiorcapacidadeprodutivapassamadominarummercadoquesetorna compulsivo e pouco crtico. A homogeneidade cultural passa a oprimir a diversidade, impossibilitan-do o desenvolvimento endgeno.Em funo dessas consideraes, importante definir qual tipo de desenvolvimento se deseja, quais as bases desse desenvolvimento e como ele pode ser construdo de modo a garantir uma sustentabilidade social, cultural, ambiental e econmica em condies semelhantes de escolha para as geraes futuras.| InovaoO conceito de inovao est essencialmente imbricado ao conceito de Economia Criativa, pois o pro-cessodeinovarenvolveelementosimportantesparaoseudesenvolvimento.Ainovaoexigeco-nhecimento, a identificao e o reconhecimento de oportunidades, a escolha por melhores opes, acapacidadedeempreendereassumirriscos,umolharcrticoeumpensamentoestratgicoque permitam a realizao de objetivos e propsitos.Seantesoconceitodeinovaotinhaumacorrespondnciadiretacomcrescimentoeconmico, quantitativamente falando; hoje ele compreendido tanto como aperfeioamento do que est posto (inovao incremental), quanto como criao de algo totalmente novo (inovao radical). Incremental ou radical, a inovao em determinados segmentos criativos (como o design, as tecnolo-gias da informao, os games etc.) tem uma relao direta com a identificao de solues aplicveis e viveis, especialmente nos segmentos criativos cujos produtos so frutos da integrao entre novas tecnologias e contedos culturais.Elapodedar-setantonamelhoriae/ounacriaodeumnovoproduto(bemouservio)comono aperfeioamento e redesenho total de um processo. PORTO ALEGRE CRIATIVA 21No campo das artes, a inovao possui outros significados que no se referem aos demais segmentos criativos anteriormente citados. Pelo contrrio, no campo da cultura, a inovao pressupe a ruptura com os mercados e o status quo. Por isso, a inovao artstica deve ser apoiada pelo Estado, o qual deve garantir, atravs de polticas pblicas, os produtos e servios culturais que no se submetem s leis de mercado.AssumiraEconomiaCriativacomovetordedesenvolvimento,comoprocessoculturalgeradorde inovao, assumi-la em sua dimenso dialgica, ou seja, de um lado, como resposta a demandas de mercado, de outro, como rompimento s mesmas.| Incluso SocialNo Brasil, onde a desigualdade de oportunidades educacionais e de trabalho ainda evidente, onde o analfabetismo funcional atinge um percentual considervel da populao, onde a violncia uma realidade cotidiana, onde o acesso cultura ainda bastante precrio (quando comparado com o de pases desenvolvidos), no se pode deixar de assumir a incluso social como princpio fundamental para o desenvolvimento de polticas pblicas culturais na rea da Economia Criativa.A efetividade dessas polticas passa pela implementao de projetos que criem ambientes favorveis ao desenvolvimento desta economia e que promovam a incluso produtiva da populao, priorizando aqueles que se encontram em situao de vulnerabilidade social, por meio da formao e qualificao profissional e da gerao de oportunidades de trabalho e renda.Almdesteprocessodeinclusoprodutiva,basilarparaainclusosocial,oacessoabenseservios criativostambmemergecomopremissaparaacidadania.Umapopulaoquenotemacesso aoconsumoefruioculturalamputadanasuadimensosimblica.Nessesentido,incluso socialsignifica,preponderantemente,direitodeescolhaedireitodeacessoaosbenseservios criativos brasileiros.22O PlanoNacionalinstituicomorefernciaediretrizmacrodaEconomiaCriativaodesafiode construir uma nova alternativa de desenvolvimento, fundamentada na diversidade cultural, na incluso social, na inovao e na sustentabilidade. Nesse sentido, concretizando a democracia econmica,socialecultural,previstanaConstituioBrasileirade1988quetratacomoumdireito fundamental a colaborao positiva do Estado para efetivar na prtica a dignidade da pessoa huma-na, foi eleito como eixo principal, resultado de aes integradas, o desenvolvimento da sociedade de conhecimento, novas tecnologias, economia da cultura e, portanto, Economia Criativa.Essa nova economia, que transpassa as linguagens artsticas e as culturas populares, passa a domi-nar novos segmentos (novas mdias, games, sofwares, etc.) e a agregar novos valores s indstrias tradicionais (design, arquitetura, moda), tornando-se de grande importncia nas diversas regies do planeta. Coletividade, participao, compartilhamento so as premissas encontradas nos conceitos do Plano Nacional. Incentivar a Economia Criativa, tendo como pressuposto o universo de produtos, servios e manifes-taes oriundos do capital intelectual criativo.ConsiderandoomunicpiodePortoAlegre,destacamosanecessidadedeinstitucionalizarproposi-esparaumplano,queestabeleaumsistemadegestotransdisciplinar,queenvolveossetores criativos do poder pblico e privado. Nessa construo, segue abaixo alguns conceitos, o objetivo do trabalho e os eixos de atuao como forma de impulsionar as idias e propostas do comit.DIRETRIZESMUNICIPAISPORTO ALEGRE CRIATIVA 23| Objetivo GeralDesenvolvernomunicpiodePortoAlegreaEconomiaCriativa,proporcionandoeducaoparaas competncias, bem como a logstica de criao, produo, circulao, consumo e fruio de bens e servios criativos.| Objetivos EspeccosDiagnosticar setores da Economia Criativa, seus contextos, indicadores, oportunidades e vocaes.Fomentar atravs do desenvolvimento econmico social e cultural os empreendimentos formais e informais de Economia Criativa como poltica pblica de incluso, inovao e sustentabilidade.Aprofundar a construo de competncias e difuso de conhecimentos da Economia Criativa nas diversas cadeias produtivas, envolvendo organizaes formais e informais do mercado.Oportunizaratravsdofomentopblicoaregionalizaodociclodecriao,produo, distribuio/circulao e consumo/fruio dos diversos setores que envolvem a Economia Criativa, potencializando as vocaes do municpio e incrementando Arranjos Produtivos Locais (APL).Regularizar atravs de marcos legais o direito de uso dos bens e servios criativos, promovendo um arcabouo jurdico favorvel.Foto: Jorge Lopes Ramos24| Marcos Legaisoconjuntoregulatriodeleis,normasemtodososnveisquevenhamaoencontrododesenvol-vimento da Economia Criativa e que sirvam como referncia para a instituio de polticas pblicas. Aes Pesquisar e identificar a legislao e as formas de incentivo existentes que dialoguem com os seg-mentos relacionados a Economia Criativa.Adequar a Legislao existente contemplando a rea de Economia Criativa. Criar um Frum permanente de discusso no mbito do poder legislativo. Organizar e compilar a legislao relativa Economia Criativa. | Mapeamento e MonitoramentoO mapeamento consiste no levantamento, identificao e caracterizao das potencialidades criativas formais e informais nos seus diversos nveis de organizao no mbito municipal. O monitoramento trata do acompanhamento da dinmica do universo da Economia Criativa.

Aes Mapear as iniciativas em Economia Criativa com base em georeferenciamento, considerando suas reas, identificando as iniciativas, o modelo de negcio utilizado, com indicao de tendncias e oportunidades.Acompanhar a evoluo das iniciativas de Economia Criativa- Observatrio Promover pesquisas continuadas, de forma multidisciplinar sobre assuntos relacionados a rea por meio de parcerias com Instituies de Ensino Superior.ImplantarumbancodeBoasPrticasparadivulgaodosprojetosexitososegeraode processos colaborativos. EIXOSNORTEADORESPORTO ALEGRE CRIATIVA 25| Territrios Criativos Territrios criativos so espaos, bairros, regies e polos que apresentam potenciais para o desenvolvimento e crescimento local baseados na criatividade, incluso e diversidade cultural e produo de capital intelectual.AesCriarchamadasespecficaseorientarosprofissionaiscriativosemseusterritriosparao empreendedorismo.Incentivar a ocupao dos territrios em processo de revitalizao atravs de leis de incentivos. Estabelecer processo de articulao entre as Secretarias Municipais para soluo dos desafios de revitalizao e uso dos espaos urbanos. Realizar o resgate e revitalizao do territrio do 4 Distrito.| Promoo, Sustentabilidade e FortalecimentoGerao de condies, desenvolvimento e manuteno de estratgias, para o crescimento e forta-lecimento das iniciativas de Economia Criativa de forma sustentvel.AesCriaremparceriacomosgovernos,editaisquefomentemainstalaodeiniciativasem Economia Criativa. Instituir contrapartidas sociais dos projetos incentivados.Incentivar a incluso nos editais municipais de linhas de atuao voltadas para Economia Criativa com condicionantes/contrapartidas que estimulem a circulao e o fortalecimento dos mercados locais.Identificaroportunidadesdefinanciamentomunicipaisexistentesecriaralternativasde financiamento para o setor criativo. Estimular a instalao de incubadoras, polos e territrios criativos. | Educao permanente para competncias criativas Desenvolvimento de interfaces e dispositivos para a dinamizao, qualificao, formao e difuso de conhecimento para os agentes produtores de capital intelectual criativo.AesCapacitar profissionais e gestores de empreendimentos pblicos e privados em polticas pblicas e gesto para a Economia Criativa.Incentivar a formao da cultura da inovao e empreendedorismo nas redes escolares.Fomentar aes colaborativas para criao de programas, intercmbios, publicaes seminrios e fruns. Estimular a insero nos currculos escolares da educao empreendedora e inovadora.26DesdeoprimeirodiadofuncionamentodoComitMunicipaldeEconomiaCriativa,representantes dasociedadeporto-alegrense,dosetorpblico,juntamentecomlideranaseempreendedores individuais,sedebruaramsobreatarefadecompreenderacomplexidadedasdiferentesini-ciativasedefiniessobreotemaemnossacidade.Oquefacilitouatarefadessemovimento inicialfoioperfilcolaborativodaspessoasqueneletrabalharametrouxeramemcadareunio,de cada segmento representado, contribuies relevantes para o entendimento proposto. O Plano Mu-nicipal ganha vida, justamente, a partir da vivncia de cada uma dessas pessoas, mas precisa ir alm: mobilizarasociedademostrandoaimportnciadestacadeiaprodutivaque,invariavelmente,tam-bm envolve com seus elos a vida de cada cidado.Conclumos a partir de todos os estudos, leituras, encontros e reunies que a definio de Economia Criativaestempermanenteconstruo,equeoprincipalobjetivodestetrabalhoreconhec-la como um grande fator de desenvolvimento social e econmico e de incluso social.O Plano na prtica Algumasdasaesapresentadasnoplanojestoemprtica,obedecendoumadinmicaprpria do setor, como a implantao do POLO de ECONOMIA CRIATIVA no 4 Distrito da capital, abrigando a incubadora Tecendo Idias que est desenvolvendo os projetos: CONECTA: tudo em um s lugar e entregue em casa, Produtos Visando Gerao de Renda, Mobilirio Sustentvel, Distrito da Trama, SistemaVeicularInteligenteSiVI,SCISistemadeCombateaIncndio,Meusofdeestimao, Talk is Cheap e Estdio de Ilustrao e Estamparia. A realizao do Seminrio Internacional, reunindo especialistas em Economia Criativa, que tratou do conceito de territrios criativos como alternativa para revitalizao da regio do 4 Distrito.A criao da Rede de Economia Criativa de Porto Alegre o resultado desta caminhada como iniciativa indispensvel para disseminao de idias, de comunicao de contedos e de expanso do movimento. E para 2015, a produo do Mapa de Iniciativas e Oportunidades em Economia Criativa a principal meta planejada para embasar as aes indicadas neste documento.Continuaremostodosmobilizados,emtornodotema,atravsdasdiretrizesaquipropostase desenhadas coletivamente. Seguiremos acompanhando o crescimento e desenvolvimento da cidade e, principalmente, investindo na inovao e na criatividade.CONCLUSOPORTO ALEGRE CRIATIVA 27Gostaramosdeagradeceraparticipaodetodososrepresentantes,convidados,palestrantese apoiadores do Comit Municipal de Economia Criativa.Desejamossucessoparatodasasparceriasrealizadas,quesejamduradouraseosconhecimentos adquiridos tenham contribudo para seu sucesso, nosso sucesso!Obrigado. AGRADECIMENTO"Sem empreendedorismo, a criatividade pra na ideia" Ana Carla Fonseca (Cainha)AGDI - Agncia Gacha de Desenvolvimento e Promoo do InvestimentoADJDRS - Associao de Desenvolvedores de Jogos Digitais do Rio Grande do SulASGADAN - Associao Gacha de DanaChico Lisboa - Associao Rio-grandense de Artes Plsticas Francisco LisboaARP - Associao Rio-grandense de PublicidadeCMPA - Cmara Municipal de Porto AlegreCRL - Cmara Rio-grandense do LivroPROCEMPA - Cia. de Processamento de Dados de Porto AlegreCETI - Conselho das Entidades de TI do Rio Grande do SulCOMCET - Conselho Municipal de Cincia e TecnologiaCRA/RS - Conselho Regional de Administrao do Rio Grande do SulESPM - Escola Superior de Propaganda e MarketingFEDERASUL - Federao das Associaes Comerciais e Servios do Rio Grande do SulFIERGS - Federao das Indstrias do Rio Grande do SulFECOMRCIO/RS - Federao do Comrcio de Bens e Servios do Estado do Rio Grande do SulFUNDACINE - Fundao do Cinema do RSGCS - Gabinete de Comunicao SocialGVP - Gabinete do Vice-PrefeitoIAB - Instituto dos Arquitetos do BrasilNS CoworkingPUCRS - Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do SulIPA - Rede Metodista de Educao do SulSMC - Secretaria Municipal da CulturaSMF - Secretaria Municipal da FazendaSMJ - Secretaria Municipal da JuventudeSMIC - Secretaria Municipal da Produo, Indstria e ComrcioSMGL - Secretaria Municipal de Governana LocalSMTur - Secretaria Municipal de TurismoSMUrb - Secretaria Municipal de UrbanismoSMTE - Secretaria Municipal do Trabalho e EmpregoSEBRAE - Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas EmpresasSATED - Sind. dos Artistas e Tcnicos em Espetculos e DiversoUFRGS - Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul UNIRITTER - Laureate International UniversitiesUNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos SinosURBSNOVA - Agncia de Inovao Social28BRASIL. Ministrio da Cultura. Plano da Secretaria de Economia Criativa: Polticas, diretrizes e aes 2011-2014. Braslia, MinC, 2011.http://www2.cultura.gov.br/site/wpcontent/uploads/2012/08/livro_web2edicao.pdfCONOR, Bridget. Trabalho ou lazer?. Entrevista a Ana Paula Sousa. Valor Econmico. 17 mai 2013.http://www.valor.com.br/cultura/3127234/trabalho-ou-lazerFECOMRCIO. ndice de criatividade das cidades. So Paulo, 2012.http://www.fecomercio.com.br/arquivos/arquivo/Indice_de_criatividade_das_cidades_a2z5yaaaaa.pdfFIRJAN. Mapeamento das Indstrias Criativas no Brasil. Rio de Janeiro, 2012. http://www.firjan.org.br/economiacriativaMIGUEZ, Paulo. Repertrio de fontes sobre Economia Criativa. 2007. Documento eletrnico.http://www.cult.ufba.br/arquivos/repertorio_economia_criativa.pdfPORTO ALEGRE. Decreto 17.956, de 31 de agosto de 2012. Institui o Ncleo de Economia Criativa (NEC), no mbito da Secretaria Municipal da Cultura (SMC). http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cgi-bin/nphbrs?s1=000032264.DOCN.&l=20&u=%2Fnetahtml%2F-sirel%2Fsimples.html&p=1&r=1&f=G&d=atos&SECT1=TEXTPORTO ALEGRE. Contrato de gesto: Compromisso com Porto Alegre. Documento eletrnico.http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cs/usu_doc/contratosgestao.pdfREIS, Ana Carla Fonseca. Economia criativa como estratgia de desenvolvimento: uma viso dos pa-ses em desenvolvimento. So Paulo, Ita Cultural/Garimpo de Solues, 2008.http://garimpodesolucoes.com.br/wpcontent/uploads/2012/10/EconomiaCriativaPortugues.pdfREFERNCIASPORTO ALEGRE CRIATIVA 29UNCTAD Conferncia das Naes Unidas para o Comrcio e o Desenvolvimento. Relatrio de Econo-mia Criativa 2010. http://www2.cultura.gov.br/economiacriativa/wpcontent/uploads/2013/06/relatorioUNCTAD2010Port.pdf VALIATI, Leandro (org.); WINK Jr, Marcos Vincius. 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