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PMSB ALPINÓPOLIS PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO VOLUME 5

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PMSB ‐ ALPINÓPOLIS PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 

VOLUME 5 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

  

Canto dos espíritos sobre as águas 

 

A alma do homem é como a água: 

do céu vem, ao céu sobe, dele de novo tem 

que descer à terra em sua mudança eterna 

Corre do alto rochedo a pino 

o veio puro, então em belo 

pó de ondas de névoa desce à rocha lisa, 

e acolhido de manso vai, tudo velando 

em baixo murmúrio, lá para as profundas. 

Erguem‐se penhascos de encontro à queda. 

Vai espumando em raiva degrau em degrau 

para o abismo. 

No leito baixo desliza ao longo do vale relvado, 

e no lago manso passem o rosto os astros todos. 

Vento é da vaga o belo amante; 

vento mistura do fundo ao cimo ondas espumante. 

Alma do homem és como água! 

Destino do homem és como o vento. 

(Johann Goethe) 

   

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

ADMINISTRAÇÃO 2013/2016 Prefeito 

Júlio César Bueno Silva 

Vice‐Prefeito 

Cléber José Pereira 

Departamento Municipal de Ação Social (DMAS) 

Maria Cecília Vilela Santos 

Departamento Municipal de Administração (DMA)  

Flávia Cristina Felipe 

Departamento Municipal de Agricultura (DEMA)  

Antônio Donizete da Silva 

Departamento Municipal de Educação e Cultura (DEMEC) 

Maria das Dores Vilela 

Departamento Municipal de Esporte, Lazer e Turismo (DMELT)  

Paulo Sérgio Ribeiro 

Departamento Municipal de Estradas Vicinais (DMEV) 

Adnilton Santana 

Departamento Municipal de Fazenda (DMF)  

Antônio Domingos Ribeiro 

Departamento Municipal de Obras Públicas (DEMOP)  

Daniel Ricardo Ribeiro Lemos 

Departamento Municipal de Saúde (DMS)  

Ângela Donizete Pereira Lima 

Departamento Municipal de Transportes (DEMT) 

Tânia Maria Lemos 

Departamento Municipal do Patrimônio (DMP)  

Maria de Fátima Morais 

   

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

 

CÂMARA MUNICIPAL 

 

Presidente da Câmara 

Noé Freire Bueno 

 

Vereadores (as) 

Adriano Bernardo Francisco 

Jaqueline Cândida Rocha 

José Acácio Vilela 

José Antônio dos Santos 

Luíz Antônio Paiva Oliveira 

Paulina Dezidéria Cândido 

Rodrigo Alves da Silva 

Sandra Aparecida de carvalho Nascimento 

Valdir Gabriel dos Santos 

In memoria    

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

COMISSÃO EXECUTIVA  

 

Adnilton Santana 

Ângela Donizete Pereira Lima 

Anton Oliveri Medeiros Carvalho Lima 

Antônio Donizete da Silva 

Camila Cerdeira Dias 

Carolina Leite Paim de Pádua 

César Lima de Paula 

Daniel Ricardo Ribeiro Lemos 

Eridano Valim dos Santos Maia 

Evelisy Cristina de Oliveira Nassor 

Flavia Rangel de Oliveira Pereira 

Jéssica Karyane da Silva 

João Ademir Costa 

Sara Alves Pereira 

   

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

 

COMITÊ DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 

 

Adnilton Santana 

Antônio Donizete da Silva 

César Lima de Paula 

Edna Aparecida Oliveira Silva 

Flávia Cristina Felipe 

 

 

GRUPO DE SUSTENTAÇÃO 

 

Daniel Ricardo Ribeiro Lemos 

Cláudia Márcia Freitas Lima 

Ederaldo Silva Leandro 

Ferdnando de Lima Silva 

Francisco Gonçalves de Paula 

Nathália Gabriela Marques Sipriano 

 

 

 

 

 

 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

CONSULTORIA ESPECIALIZADA 

 

 

 

Equipe: 

Eridano Valim dos Santos Maia 

Jéssica Karyane da Silva 

Eng. Ambiental 

 

 

 

 

 

Equipe: 

Ana Caroline Santos Barbosa 

Hélianara Santana Souza 

 

Camila Cerdeira Dias 

Eng. Ambiental 

MSc. Meio Ambiente e Geotecnia 

 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

SUMÁRIO 

VOLUME 1 ....................................................................................................................... 23 

1.  INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 24 

2.  OBJETIVO .................................................................................................................. 26 

2.1.  OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 26 

2.2.  OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 26 

3.  ASPECTOS LEGAIS ..................................................................................................... 27 

4.  ASPECTOS METODOLÓGICOS .................................................................................... 31 

5.  CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................................................... 34 

5.1.  LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................... 35 

5.2.  GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA ............................................................................... 37 

5.3.  SOLOS ....................................................................................................................... 41 

5.4.  CLIMA ....................................................................................................................... 46 

5.5.  RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS E SUB‐SUPERFICIAIS ........................................ 49 

5.6.  USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .................................................................................... 57 

5.7.  SOCIOECONOMIA ..................................................................................................... 61 

5.7.1.  HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DO MUNICÍPIO ..................................................... 61 

5.7.2.  FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA ......................................................................... 62 

5.7.3.  DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 63 

5.7.4.  PERFIL DEMOGRÁFICO ...................................................................................... 67 

ANÁLISES TEMÁTICAS ...................................................................................................... 69 

6.  ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL ....................................................................... 70 

6.1.  INFRAESTRUTURA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................. 71 

6.2.  DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO TRATAMENTO ............................................................ 71 

6.3.  CARACTERIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DA COPASA‐MG ....................... 72 

6.4.  ESTRUTURA LABORATORIAL DA COPASA‐MG ......................................................... 73 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

6.4.1.  DESCRIÇÃO  DOS  CONCEITOS  DOS  PARÂMETROS  DE  CONTROLE  DE 

QUALIDADE: ..................................................................................................................... 75 

6.5.  ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM ALPINÓPOLIS ......................................................... 76 

6.5.1.  HISTÓRICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................. 76 

6.5.2.  DIAGNÓSTICO DO SISTEMA E PANORAMA DA SITUAÇÃO ATUAL ................... 78 

6.5.3.  PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA SEDE 

.........................................................................................................................................83 

6.5.4.  ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO POVOADO DE SÃO BENTO ............................. 84 

6.5.5.  PRINCIPAIS  DEFICIÊNCIAS  DO  SISTEMA  DE  ABASTECIMENTO  DE  ÁGUA  NO 

POVOADO ........................................................................................................................ 84 

6.5.6.  MANANCIAIS PARA ABASTECIMENTO FUTURO NO MUNICÍPIO ...................... 85 

6.5.7.  CONSUMO PER CAPITA E CONSUMIDORES ESPECIAIS ..................................... 85 

6.5.8.  INFORMAÇÕES SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA BRUTA E ÁGUA TRATADA NA 

SEDE  .........................................................................................................................85 

6.6.  ESTRUTURA DE CONSUMO POR SETORES ............................................................... 87 

6.7.  ESTRUTURA DE TARIFAÇÃO E ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA ...................................... 89 

6.7.1.  ESTRUTURA DE TARIFAÇÃO .............................................................................. 89 

6.7.2.  ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA ............................................................................... 92 

6.7.3.  RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ............ 92 

6.8.  INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL .............................. 94 

6.9.  PLANO DE CONTINGÊNCIAS ..................................................................................... 97 

6.10.  PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA LOCAL .................................................. 98 

6.10.1.  AÇÕES IMEDIATAS ......................................................................................... 98 

6.11.  PLANO DE METAS ................................................................................................... 101 

7.  SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................ 103 

7.1.  INFRAESTRUTURA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................ 104 

7.2.  DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO TRATAMENTO DE ESGOTO IMPLANTADA ............... 105 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

10 

7.2.1.  TRATAMENTO PRELIMINAR: .......................................................................... 105 

7.2.2.  TRATAMENTO BIOLÓGICO ANAERÓBIO: ........................................................ 106 

7.2.3.  TRATAMENTO  BIOLÓGICO  AERÓBIO  OU  SECUNDÁRIO  –  FBP  FILTRO 

BIOLÓGICO PERCOLADOR DE ALTA TAXA...................................................................... 107 

7.3.  CARACTERIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ................................................ 110 

7.4.  ESTRUTURA LABORATORIAL EXISTENTE ................................................................ 110 

7.5.  INVENTÁRIO ........................................................................................................... 111 

7.5.1.  HISTÓRICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................... 111 

7.5.2.  DIAGNÓSTICO DO SISTEMA E PANORAMA DA SITUAÇÃO ATUAL ................. 112 

7.6.  ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO POVOADO DE SÃO BENTO .................................. 115 

7.7.  IDENTIFICAÇÃO DE FONTES DE POLUIÇÃO E ÁREAS DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO 

POR ESGOTOS NO MUNICÍPIO DE ALPINÓPOLIS .............................................................. 115 

7.8.  PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO DA SEDE................... 116 

7.9.  PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO NO POVOADO ......... 116 

7.10.  CARACTERIZAÇÃO DO CORPO RECEPTOR .............................................................. 118 

7.11.  ESTRUTURA DE TARIFAÇÃO E ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA .................................... 120 

7.11.1.  ESTRUTURA DE TARIFAÇÃO ........................................................................ 120 

7.11.2.  RECEITAS OPERACIONAIS E DESPESAS DE CUSTEIO E INVESTIMENTO ....... 122 

7.12.  INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL ............................ 124 

7.13.  PLANO DE CONTINGÊNCIAS ................................................................................... 125 

7.14.  PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA LOCAL ................................................ 126 

7.14.1.  AÇÕES IMEDIATAS ....................................................................................... 126 

7.15.  PLANO DE METAS ................................................................................................... 127 

8.  DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS ........................................... 129 

8.1.  CIDADES E DRENAGEM PLUVIAL ............................................................................ 130 

8.2.  INVENTÁRIO ........................................................................................................... 135 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

11 

8.3.  DIAGNÓSTICO ......................................................................................................... 136 

8.4.  PROGNÓSTICO ........................................................................................................ 138 

8.5.  O FINANCIAMENTO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS 

URBANAS ........................................................................................................................... 139 

8.5.1.  JUSTIFICATIVA DA OPÇÃO POR TAXA. ............................................................ 140 

8.5.2.  CONSIDERAÇÕES SOBRE TAXA ........................................................................ 142 

8.5.3.  CALCULO  ESTIMADO  DO  NUMERADOR  PARA  ALPINÓPOLIS  OU  MUNICÍPIO 

COM ATÉ 25.000 HABITANTES ...................................................................................... 144 

8.6.  OBJETIVOS E METAS ............................................................................................... 146 

8.6.1.  OBJETIVOS ....................................................................................................... 146 

8.6.2.  METAS ............................................................................................................. 146 

8.6.3.  OBRAS NECESSÁRIAS DE INVESTIMENTO ....................................................... 147 

8.6.4.  INDICADORES .................................................................................................. 148 

8.6.5.  PLANO DE CONTINGENCIA .............................................................................. 148 

9.  LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESIDUOS SÓLIDOS ............................................. 151 

10.  AVALIAÇÃO GENÉRICA  PARA OS  SEGMENTOS DO  SANEAMENTO  EM  ALPINÓPOLIS.

  ...............................................................................................................................153 

9.1.  SEGMENTO ‐ ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL: ............................................. 155 

9.2.  SEGMENTO ‐ ESGOTAMENTO SANITÁRIO: ............................................................ 155 

11.  PLANO DE AÇÃO ..................................................................................................... 159 

12.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 161 

 

VOLUME 2 ‐ APÊNDICES ................................................................................................. 171 

APÊNDICE  I  ‐ REGULAMENTO MUNICIPAL DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 

POTÁVEL, ESGOTO SANITÁRIO, E DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS 

DO MUNICÍPIO DE ALPINÓPOLIS‐MG ............................................................................... 172 

APÊNDICE  II  ‐  SISTEMA  DE  INFORMAÇÃO  MUNICIPAL  DE  SANEAMENTO  BÁSICO  DE 

ALPINÓPOLIS ..................................................................................................................... 173 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

12 

APÊNDICE III ‐ PLANO DE AÇÕES GERAL (SANEAMENTO) ................................................. 174 

APÊNDICE IV ‐ PLANO DE AÇÕES (GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS) ................ 175 

 

VOLUME 3 – ANEXOS – DOCUMENTOS CARTOGRÁFICOS .............................................. 176 

ANEXO I – PERÍMETRO URBANO ....................................................................................... 177 

ANEXO II – ZONEAMENTO URBANO ................................................................................. 178 

ANEXO III – SISTEMA VIÁRIO URBANO .............................................................................. 179 

ANEXO IV – SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO – MAPA CHAVE ........................................ 180 

AVEXO V – SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO – SETORES CENSITÁRIOS ........................... 181 

ANEXO VI – SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO 

..........................................................................................................................................182 

 

VOLUME  4  –  ANEXOS  REGISTROS  DE  PARTICIPAÇÃO  PÚBLICA,  NORMAS  E 

REGULAMENTOS ............................................................................................................ 183 

ANEXOS VII a XIX – PARTICIPAÇÃO PÚBLICA ..................................................................... 184 

ANEXO VII ‐ APRESENTAÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA nº 001/2015 (16/07/2015) ............... 185 

ANEXO VIII ‐ ATA AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº001/2015 (16/07/2015) .................................. 186 

ANEXO IX ‐ APRES AUD PÚB Nº002/2015 (30/07/2015) .................................................. 187 

ANEXO X ‐ ATA AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº002/2015 (30/07/2015) ..................................... 188 

ANEXO XI ‐ APRESENTAÇÃO AUDIENCIA PÚBLICA Nº003/2015 (07/08/2015) ................ 189 

ANEXO XII ‐ ATA APRESENTAÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº003/2015 (07/08/2015) ........ 190 

ANEXO XIII ‐ APRESENTAÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº004/2015 (13/08/2015) .............. 191 

ANEXO XIV ‐ ATA APRESENTAÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº004/2015 (13/08/2015) ....... 192 

ANEXO XV ‐ APRESENTAÇÃO AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº005/2015 (20/08/2015) ............... 193 

ANEXO XVI ‐ ATA AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº005/2015 (20/08/2015) .................................. 194 

ANEXO XVII ‐ APRESENTAÇÃO AUDIENCIA PÚBLICA Nº006/2015 (07/12/2015) ............. 195 

ANEXO XVIII ‐ ATA AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº006/2015 (07/12/2015) ................................ 196 

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

13 

ANEXO XIX ‐ MEMORIAL FOTOGRÁFICO DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS .............................. 197 

ANEXO XX – DIVULGAÇÃO DO PMSB ................................................................................ 198 

ANEXOS XXI a XXIII ‐ NORMAS E REGULAMENTOS ........................................................... 199 

ANEXO XXI ‐ REGIMENTO INTERNO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº001/2015...................... 200 

ANEXO XXII ‐ DECRETO Nº 3.006 DE 15 DE JULHO DE 2015 ............................................. 201 

ANEXO XXIII ‐ LEI MUNICIPAL 2095 DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO, DE 

29 DE DEZEMBRO DE 2015 ................................................................................................ 202 

ANEXO XXIV ‐ LEI MUNICIPAL 2096, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2015 ................................ 203 

ANEXO XXV – DECRETO MUNICIPAL 3038, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2015..................... 204 

ANEXO XXVI – DECRETO MUNICIPAL 3039, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2015 ................... 205 

ANEXO XXVII – DECRETO MUNICIPAL 3048, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2015 .................... 206 

ANEXO XXVIII ‐ DECRETO Nº 7.217, DE 21 DE JUNHO DE 2015 ........................................ 207 

ANEXO XXIX ‐ DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2015 ................................... 208 

 

VOLUME 5 – ANEXO PMGIRS ......................................................................................... 209 

ANEXO  XXX  ‐  PLANO  MUNICIPAL  DE  GESTÃO  INTEGRADA  DE  RESÍDUOS  SÓLIDOS 

URBANOS (PMGIRS) .......................................................................................................... 210 

 

   

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

 

14 

LISTA DE FIGURAS   Capitulo 4 

Figura 4.1.  Fluxugrama apresentando os principais aspectos  relacionados aos aspectos metodológicos e 

execução e consolidação do PMSB. ...................................................................................................................... 32 

 Capitulo 5 

Figura 5.1.  Localização do município de Alpinópolis. ....................................................................................... 36 

Figura 5.2.  Vias de acesso e localização do município de Alpinópolis em relação a Belo Horizonte (capital de 

Minas Gerais)........................................................................................................................................................ 37 

Figura 5.3.  Mapa  de  Landforms  da  região  do Médio  Rio  Grande,  com  destaque  para  o município  de 

Alpinópolis............................................................................................................................................................38 

Figura 5.4.  Mapa de substrato rochoso da região do Médio Rio Grande ......................................................... 40 

Figura 5.5.  Mapa pedológico do município de Alpinópolis ............................................................................... 42 

Figura 5.6.  Mapa  de Materiais  Inconsolidados  da  região  do Médio  Rio  Grande,  com  destaque  para  o 

município de Alpinópolis. ...................................................................................................................................... 44 

Figura 5.7.  Características dos materiais inconsolidados . ............................................................................... 45 

Figura 5.8.  Classificação climática do Brasil. .................................................................................................... 46 

Figura 5.9.  Mapa de classificação climática da região de estudo .................................................................... 46 

Figura 5.10.  Altura pluviométrica total anual média do período entre 1980 e 2009. .................................... 47 

Figura 5.11.  Gráfico  de  altura  pluviométrica  máxima  provável  com  duração  de  24h  com  períodos  de 

recorrência (TR) de 2, 5, 10, 25, 50 e 100 anos, média por município da região do Médio Rio Grande. .............. 49 

Figura 5.12.  Mapa de aquíferos do estado de Minas Gerais .......................................................................... 50 

Figura 5.13.  Localização  do município  de  Alpinópolis  em  relação  à  bacias  e  unidades  de  planejamento 

hídrico regionais, estaduais, federais. .................................................................................................................. 51 

Figura 5.14.  Contexto hidrográfico regional de Alpinópolis. .......................................................................... 53 

Figura 5.15.  Memorial de cálculo hidrológico de vazão Q7,10 do ponto de captação superficial para fins de 

abastecimento público de Alpinópolis, no Ribeirão Conquista. ............................................................................ 55 

Figura 5.16.  Disponibilidade  hídrica  da  unidade  ambiental  onde  é  realizada  a  captação  de  água  para 

abastecimento público de Alpinópolis .................................................................................................................. 56 

Figura 5.17.  Percentual de área ocupada por áreas agrícolas e de vegetação natural na  região do Médio 

Rio 

Grande..................................................................................................................................................................57 

Figura 5.18.  Mapa de Uso e Ocupação do região do municío de Alpinópolis. ............................................... 58 

Figura 5.19.  Classificação de unidades ambientais quanto ao uso e ocupação predominante ..................... 59 

Figura 5.20.  Distribuição espacial dos biomas e fitofisionomias que ocorrem na região de estudo. ............. 61 

Figura 5.21.  IDH médio (2000) dos municípios da região do Médio Rio Grande. ........................................... 64 

Figura 5.22.  Pirâmide populacional do município de Alpinópolis em 2012. ................................................... 67 

Figura 5.23.  Projeção  exponencial  com  taxa geométrica de  crescimento baseados  em dados do  IBGE do 

censo de 1991, 2000, 2010 e a projeção de 2015 até 2035. ................................................................................ 68 

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15 

  

Capitulo 6 

Figura 6.1.  Representação dos processos principais de Abastecimento de Água ............................................. 71 

Figura 6.2.  Distribuição e localização dos laboratórios da empresa em Minas Gerais..................................... 74 

Figura 6.3.  Antiga  caixa  d’água  de  Alpinópolis  localizada  no  bairro    Rosário  e  vista  panorâmica  do 

município..............................................................................................................................................................76 

Figura 6.4.  – Forma ilustrativa do sistema de abastecimento de água. ........................................................... 79 

Figura 6.5.  Esquema hidráulico do sistema de abastecimento de água em Alpinópolis. ................................. 79 

Figura 6.6.  Estação de tratamento de água. .................................................................................................... 81 

Figura 6.7.  Histograma de água faturamento de 07/2017 do municipio de Alpinópolis.................................. 88 

Figura 6.8.  Tarifas Aplicáveis aos Usuários ....................................................................................................... 90 

Figura 6.9.  Consumidores de água cadastrados na tarifa social, por mês, desde janeiro de 2013 até agosto 

de 2015 no município de Alpinópolis .................................................................................................................... 91 

 Capitulo 7 

Figura 7.1.  Principais processos da composição do esgoto sanitário. ............................................................ 104 

Figura 7.2.  Esquema do tratamento preliminar. ............................................................................................ 105 

Figura 7.3.  Esquema do tratamento do reator anaeróbio .............................................................................. 107 

Figura 7.4.  Esquema do tratamento Filtro Biológico Percolador ae alta taxa. ............................................... 108 

Figura 7.5.  Esquema de um decantador sencundário. .................................................................................... 109 

Figura 7.6.  Estações Elevatórias de Esgoto construídas. ................................................................................ 113 

Figura 7.7.  Vala construída para o aumento da capacidade de infiltração .................................................... 116 

Figura 7.8.  Tarifas aplicáveis aos usuários de acordo ARSAE‐MG (2013) ....................................................... 121 

 Capitulo 8 

Figura 8.1.  Fotos  Ilustrativas  dos  problemas  típicos  quando  as  chuvas maiores  que  60 mm  em  24  horas, 

sabendo‐se que a possibilidade de chuvas é de 130 mm neste mesmo período. ............................................... 133 

Figura 8.2.  Comparativo entre a cota media da área urbana e do Ribeirão Conquista. ................................ 149 

 Capitulo 9 

Figura 9.1.  Esquema que especializa teoricamente e genericamente os estágios de ações de saneamento. 154 

 

   

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16 

LISTA DE QUADROS  Capitulo 3 

Quadro 3.1.  Aspectos legais Federal, Estadual e Municipal relacionados ao Saneamento Básico ................ 28 

Quadro 3.2.  Aspectos legais Estaduais e Municipais relacionados ao Saneamento Básico. .......................... 30 

 Capitulo 4 

Quadro 4.1.  Audiências públicas realizadas visando a mobilização e participação popular ......................... 33 

 Capitulo 5 

Quadro 5.1.  Percentual de área ocupada por classe de substrato rochoso e unidade geológica na região do 

Médio Rio Grande. ................................................................................................................................................ 39 

Quadro 5.2.  Indicadores  de  desenvolvimento  e  responsabilidade  social  para  Alpinópolis,  Brasil  e Minas 

Gerais....................................................................................................................................................................64 

Quadro 5.3.  Índice FIRJAN de desenvolvimento municipal............................................................................. 65 

Quadro 5.4.  Indicadores  do  IMRS  ‐  Saneamento  Habitação  e Meio  Ambiente  relativos  ao  saneamento 

básico....................................................................................................................................................................66 

Quadro 5.5.  Dados de território e de população da cidade de Alpinópolis ‐ MG. .......................................... 67 

Quadro 5.6.  Distribuição da população, por sexo e faixa etária, do município de Alpinópolis no ano 2012. 68 

 Capitulo 6 

Quadro 6.1.  Elevatória de água bruta por localização, potência e coordenadas........................................... 81 

Quadro 6.2.  Infraestrutura de distribuição de água tratada .......................................................................... 81 

Quadro 6.3.  Reservatórios por tipo, localização, material, capacidade e coordenadas ................................ 82 

Quadro 6.4.   Quantidade de empregados dos sistemas de abastecimento de água do município................ 83 

Quadro 6.5.   Frota de veículos para o sistema de abastecimento de água.................................................... 83 

Quadro 6.6.  Reservatório por tipo, material, capacidade e coordenadas ...................................................... 84 

Quadro 6.7.  Parâmetros analisados refentes ao período de 2004 a 2011, Portaria 518. .............................. 86 

Quadro 6.8.  Parâmetros  analisados  refentes  ao  período  de  2012  a  agosto  de  2015,  Portaria 

2914.2914.2914....................................................................................................................................................86 

Quadro 6.9.  Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento ..................................................... 92 

Quadro 6.10.  Indicadores sobre serviços de captação, tratamento e distribuição de água ............................ 96 

Quadro 6.11.  Metas, objetivos e prazos para atingir eficácia e eficiência de um serviço de abastecimento de 

água e esgotamento sanitário ........................................................................................................................... 101 

 Capitulo 7 

Quadro 7.1.  Estações Elevatórias de Esgoto do município de Alpinópolis/MG ............................................ 113 

Quadro 7.2.  Parâmetros para rios Classe 2 .................................................................................................. 118 

Quadro 7.3.  Analises da montante da ETE ................................................................................................... 119 

Quadro 7.4.  Analise das jusante da ETE ....................................................................................................... 119 

Quadro 7.5.  Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento ................................................... 122 

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17 

Quadro 7.6.  Indicadores sobre serviços de coleta, transporte e tratamento de esgotos .............................. 125 

Quadro 7.7.  Metas, objetivos e prazos para atingir a eficácia e eficiência de um serviço de abastecimento 

de 

água....................................................................................................................................................................128 

 Capitulo 8 

Quadro 8.1.  Estimativa do numerador para o município de Alpinópolis. ..................................................... 144 

Quadro 8.2.  Simulação da estimativa do numerador para o município de Alpinópolis. .............................. 145 

 

   

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18 

LISTA DE SIGLAS   

AAB – Adutora de Água Bruta 

AEIA – Área de Especial Interesse Ambiental 

AEIS – Área de Especial Interesse Social 

ANA – Agência Nacional de Águas 

ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos 

APP – Área de Preservação Permanente 

ARES‐PCJ  ‐  Agência  Reguladora  dos  Serviços  de  Saneamento  das  Bacias  do  Piracicaba, 

Jundiaí e Capivari 

ARISSMIG – Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Sul de Minas Gerais 

ARSAE  –  Agência  reguladora  de  Serviços  de  Abastecimento  de  Água  e  Esgotamento 

Sanitário de Minas Gerais 

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 

CBH – GD7 – Comitê de Bacia Hidrográfica do Médio Rio Grande 

CEMIG ‐ Companhia Energética de Minas Gerais 

CERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos 

CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental 

CMRR ‐ Centro Mineiro de Referência em Resíduos 

CNARH – Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos 

CNES ‐ Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 

COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental 

COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais  

CRAS ‐ Centro de Referência de Assistência Social 

CREAS ‐ Centro de Referência Especializado de Assistência Social 

CT – Coletor Tronco 

CTR – Central de Tratamento de Resíduos 

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19 

DNOS – Departamento Nacional de Obras de Saneamento 

ETA – Estação de Tratamento de Água 

ETE – Estação de Tratamento de Esgotos 

EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta 

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 

FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos 

FJP – Fundação João Pinheiro 

FUNASA – Fundação Nacional de Saúde 

GAP ‐ Galeria de Águas Pluviais 

GT – Grupo Técnico 

HBB – Programa Habitar Brasil 

HIS – Habitação de Interação Social 

HMP – Habitação de Mercado Popular 

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 

IGAM – Instituto Mineiro de Gestão de Águas 

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 

IT – Interceptor 

LUOS – Lei de Uso e Ocupação do Solo 

MS – Ministério da Saúde 

OMS – Organização Mundial da Saúde 

PAC – Plano de Aceleração do Crescimento 

PEA – População Economicamente Ativa 

PEV ‐ Ponto de Entrega Voluntária 

PET – Polietileno 

PIB – Produto Interno Bruto 

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20 

PIGRCC – Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil 

PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico 

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos 

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 

PSA – Plano de Segurança da Água 

PPA – Plano Plurianual 

RCE – Rede Coletora de Esgoto 

SEIS – Sistema Estadual de Informações de Saneamento 

SIG – Sistema de Informação Geográfica 

SMDC – Subsecretaria de Defesa Civil 

SNIS – Sistema Nacional de Informações de Saneamento 

SNSA – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental 

SUS – Sistema Único de Saúde 

TR – Termo de Referência 

VIGIÁGUA – Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano 

   

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21 

APRESENTAÇÃO 

Desde os primórdios da evolução terrestre o ser humano tem explicitado a necessidade de 

viver em grupos.  Para Aristóteles o homem é considerado então um animal político, já que 

sua própria natureza exige vida em sociedade. De fato, há cerca de 150 mil anos, o homem 

deixa  seus  vestígios  no  meio  ambiente  que  o  circundava  no  planeta,  seja  através  de 

artefatos,  pinturas,  vestígios  de  vilas  e  cidades  –  nas  eras  que  antecedem  a  revolução 

industrial ‐  ou através dos impactos causados ao meio ambiente, tais como as alterações do 

clima,  e  o  comprometimento  da  qualidade  dos  recursos  naturais  –  relatados  na 

modernidade.   

Os efeitos desta relação desequilibrada entre homem‐meio ambiente têm sido exacerbados 

na atualidade; catástrofes naturais de grande magnitude, pragas agrícolas, proliferação de 

doenças antes não vistas e contaminação da água e do solo. É  fato que qualquer  relação 

onde  apenas  um  dos  lados  seja  beneficiado,  não  se  perdura  por  muito  tempo,  e  os 

resultados  desse  egocentrismo  é  então  percebido  pelos  gestores.  Para  tentar minimizar 

estes  impactos e buscar um equilíbrio entre  tais  relações, medidas  têm  sido  tomadas ao 

redor do mundo onde metas e objetivos globais têm sido estabelecidos. Como parte desta 

complementação de respeito homem‐natureza o país estabeleceu  ‐ através de  legislações 

específicas ‐ a necessidade de se planejar.    

A elaboração de um Plano Municipal de Saneamento Básico, ou de qualquer outro “plano” 

faz  com que as origens da palavra  fiquem expostas. O  termo vem do  latim  “planus” que 

significa  “achatado,  nivelado”  que  conduz  ao  significado  de  algo  que  esteja 

metaforicamente esquematizado ou até mesmo “desenhado num papel ou superfície lisa”.  

De  fato,  com  suas  origens  inseridas  no  termo  “planejar”,  o mencionado  “plano”  busca 

orientar  atividades,  ações  e  diretrizes  estratégicas  que  influenciarão  no  futuro  de 

determinado  local, de forma a excluir dúvidas quanto a execução futura de forma precisa, 

do que fora planejado. Ora, quem planeja, almeja que algo seja feito de forma a não causar 

transtornos  quanto  a  sua  execução,  seja  a  curto, médio  e  longo  prazo. Desta  forma,  as 

ações contidas e descritas neste Plano de Saneamento Básico, não são diferentes. Relatar as 

relações de respeito com o meio ambiente é o mínimo que se deve fazer como gratidão ao 

planeta que vivemos, e que nos sustenta. 

A  coletânea,  PMSB  –  Alpinópolis,  é  fruto  de  muito  trabalho  e  dedicação  dos  técnicos 

executores do plano e da mobilização e participação da população alpinopolense. 

A  consolidação das  ações, estudos e discussões  sobre  a  situação  atual e o planejamento 

futuro  dos  aspectos  de  saneamento  no  município  de  Alpinópolis  está  apresentada  no 

presente trabalho. Os resultados  foram reunidos na  forma de uma coletânea que contem 

cinco volumes organizados de acordo com o Quadro apresentado abaixo. O ordenamento 

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de arquivos através de volumes 1 a 5 permite a sistematização estratégica de informações e 

de fácil interpretação.  

QUADRO ORGANIZAÇÃO DA COLETÂNEA PMSB‐ALPINÓPOLIS 

VOLUME I

PMSB – ALPINÓPOLIS:

1. Introdução 2. Objetivos 3. Aspectos legais 4. Aspectos metodológicos 5. Caracterização da área de estudo: território municipal, área urbana,

bacias hidrográficas á montante e jusante do ponto de captação e do território municipal

ANÁLISES TEMÁTICAS: DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO

6. Abastecimento de Água Potável 7. Sistema de Esgotamento Sanitário 8. Drenagem e Manejo de Águas Pluviais

AVALIAÇÃO GENÉRICA CONCLUSIVA POR SEGMENTO

PLANO DE AÇÕES

VOLUME II

APÊNDICES:

- Lei das águas – Alpinópolis, Termo de referência para execução do SIN-Alp

- Planos de ação: 1-Titular, 2- Abastecimento de Água, 3-Esgotamento Sanitário, 4-Resíduos e 5-Manejo e drenagem de águas pluviais

- Planos de ação específico do manejo e gerenciamento integrado de resíduos sólidos.

VOLUME III ANEXOS: Documentos cartográficos

VOLUME IV

ANEXOS:

- Controle social e mobilização popular

- Regulamentações

VOLUME V Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - PMGIRS  

O município agradece o empenho dos integrantes da comissão executiva, que colaborou com  a  concepção,  elaboração,  sistematização  e  consolidação  deste  plano,  em  especial  a engenharia  consultiva  das  empresas  GREENER  ENGENHARIA  através  dos  engenheiros ambientais Jéssica Karyane da Silva e Eridano Valim dos Santos Maia e da CEMAG através da engenheira ambiental e geotécnica Camila Cerdeira Dias. 

A comissão executiva do PMSB‐Alpinópolis espera que o leitor interprete facilmente as 

discussões e  resultados  sistematizados na  coletânea e que  as entidades públicas possam 

fazer uso desse produto bem como cumprir as metas estabelecidas pelos planos de ação. 

 

 

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23 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VOLUME 5 

   

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209 

 

 

 

 

 

 

 

 

VOLUME 5 – ANEXO PMGIRS 

 

   

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210 

 

ANEXO  XXX  ‐  PLANO  MUNICIPAL  DE  GESTÃO  INTEGRADA  DE RESÍDUOS  SÓLIDOS URBANOS (PMGIRS)   

 

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PMGIRS - Alpinópolis

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

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2

Canto dos espíritos sobre as águas

A alma do homem é como a água:

do céu vem, ao céu sobe, dele de novo tem

que descer à terra em sua mudança eterna

Corre do alto rochedo a pino

o veio puro, então em belo

pó de ondas de névoa desce à rocha lisa,

e acolhido de manso vai, tudo velando

em baixo murmúrio, lá para as profundas.

Erguem-se penhascos de encontro à queda.

Vai espumando em raiva degrau em degrau

para o abismo.

No leito baixo desliza ao longo do vale relvado,

e no lago manso passem o rosto os astros todos.

Vento é da vaga o belo amante;

vento mistura do fundo ao cimo ondas espumante.

Alma do homem és como água!

Destino do homem és como o vento.

(Johann Goethe)

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3

ADMINISTRAÇÃO 2013/2016

Prefeito

Júlio César Bueno Silva

Vice-Prefeito

Cléber José Pereira

Departamento Municipal de Ação Social (DMAS)

Maria Cecília Vilela Santos

Departamento Municipal de Administração (DMA)

Flávia Cristina Felipe

Departamento Municipal de Agricultura (DEMA)

Antônio Donizete da Silva

Departamento Municipal de Educação e Cultura (DEMEC)

Maria das Dores Vilela

Departamento Municipal de Esporte, Lazer e Turismo (DMELT)

Paulo Sérgio Ribeiro

Departamento Municipal de Estradas Vicinais (DMEV)

Adnilton Santana

Departamento Municipal de Fazenda (DMF)

Antônio Domingos Ribeiro

Departamento Municipal de Obras Públicas (DEMOP)

Daniel Ricardo Ribeiro Lemos

Departamento Municipal de Saúde (DMS)

Ângela Donizete Pereira Lima

Departamento Municipal de Transportes (DEMT)

Tânia Maria Lemos

Departamento Municipal do Patrimônio (DMP)

Maria de Fátima Morais

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5

COMISSÃO EXECUTIVA

Adnilton Santana

Ângela Donizete Pereira Lima

Anton Oliveri Medeiros Carvalho Lima

Antônio Donizete da Silva

Camila Cerdeira Dias

Carolina leite Paim de Pádua

César Lima de Paula

Daniel Ricardo Ribeiro Lemos

Eridano Valim dos santos Maia

Evelisy Cristina de Oliveira Nassor

Flavia Rangel de Oliveira Pereira

Jéssica Karyane da Silva

João Ademir Costa

Sara Alves Pereira

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6

COMITÊ DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Adnilton Santana

Antônio Donizete da Silva

César Lima de Paula

Edna Aparecida Oliveira Silva

Flávia Cristina Felipe

GRUPO DE SUSTENTAÇÃO

Daniel Ricardo Ribeiro Lemos

Cláudia Márcia Freitas Lima

Ederaldo Silva Leandro

Ferdnando de Lima Silva

Francisco Gonçalves de Paula

Nathália Gabriela Marques Sipriano

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7

CONSULTORIA ESPECIALIZADA

Equipe:

Eridano Valim dos Santos Maia

Eng. Ambiental

Jéssica Karyane da Silva

Eng. Ambiental

Equipe:

Ana Caroline Santos Barbosa

Helianara Santana Souza

Camila Cerdeira Dias

Eng. Ambiental

MSc. Meio Ambiente e Geotecnia

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8

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 15

2. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16

3. OBJETIVOS ............................................................................................................... 17

4. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA OBJETO DE ANALÍSE ............................................................ 18

5. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS PÚBLICOS ............................................................. 21

5.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 21

5.2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 22

5.3. ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................ 22

5.4. O QUE SÃO OS RESÍDUOS PÚBLICOS .................................................................. 24

5.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS POR CATEGORIA ............. 25

5.5.1. RESÍDUOS DE VARRIÇÃO .................................................................................... 25

5.5.2. PODA E CAPINA .................................................................................................. 31

5.5.3. RESÍDUOS DE TRANSPORTE ................................................................................ 35

5.5.4. RESÍDUOS CEMITERIAIS ...................................................................................... 36

5.5.5. ANIMAIS MORTOS .............................................................................................. 40

5.6. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO DOS RESÍDUOS PÚBLICOS ........................ 43

5.7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................... 43

6. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA ........................................ 44

6.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 44

6.2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 45

6.3. ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................. 45

6.4. RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA .................................................................... 48

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9

6.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA POR

CATEGORIA ................................................................................................................. 51

6.5.1. ELETRÔNICOS ...................................................................................................... 51

6.5.2. ÓLEOS COMESTÍVEIS .......................................................................................... 56

6.5.3. LÂMPADAS FLUORESCENTES .............................................................................. 58

6.5.4. EMBALAGENS DE AGROTÓXICO ......................................................................... 65

6.6. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO ................................................................ 68

6.7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................... 68

7. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES ....................................... 70

7.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 70

7.2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 71

7.3. ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................. 71

7.4. RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES ................................................................... 72

7.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES POR

CATEGORIA ................................................................................................................. 73

7.5.1. RESÍDUOS RECICLÁVEIS SECOS ........................................................................... 73

7.5.2. ORGANICOS E REJEITOS ...................................................................................... 80

7.5.3. RESÍDUOS VOLUMOSOS ..................................................................................... 85

7.6. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO ................................................................ 88

7.7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................................................... 89

7.8. CONSCIENTIZAÇÃO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E PARTICULARES DO

MUNICÍPIO. ................................................................................................................ 90

7.9. DIVULGAÇÃO .................................................................................................... 90

8. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS ESPECÍFICOS ......................................................... 91

8.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 91

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10

8.2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 92

8.3. ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................. 93

8.4. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ESPECÍFICOS POR CATEGORIA ......... 95

8.4.1. RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ..................................................................... 95

8.4.2. RESÍDUOS INDUSTRIAIS ...................................................................................... 99

8.4.3. RESÍDUOS DE MINERAÇÃO ............................................................................... 101

8.4.4. RESÍDUOS DO SERVIÇOS DE SAÚDE .................................................................. 104

8.5. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO .............................................................. 112

9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 113

APENDICES ................................................................................................................... 119

APENDICE I - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS: VARRIÇÃO .. 120

APENDICE II - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS: PODA E CAPINA

....................................................................................................................................121

APENDICE III - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS: TRANSPORTE

............................................................................................................................. .......122

APENDICE IV - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS: CEMITERIAIS

............................................................................................................................. .......123

APENDICE V - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS: ANIMAIS

MORTOS ................................................................................................................... 124

APENDICE VI- AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA:

ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS ........................................................................................ 125

APENDICE VII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA:

ÓLEOS COMESTÍVEIS ................................................................................................. 126

APENDICE VIII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA:

LÂMPADAS FLUORECENTES ....................................................................................... 127

APENDICE IX - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA:

EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS ............................................................................... 128

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11

APENDICE X - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES: RECICLÁVEIS

129

APENDICE XI - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES:

ORGÂNICOS E REJEITOS............................................................................................. 130

APENDICE XII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOMICILIARES:

VOLUMOSOS ............................................................................................................ 131

APENDICE XIII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO

CIVIL............................................................................................................................132

APENDICE XIV - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE INDÚSTRIA ......... 133

APENDICE XV - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE MINERAÇÃO ....... 134

APENDICE XVI - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE.

............................................................................................................................. .......135

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12

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ALPINÓPOLIS. (ADAPTADO DE DIAS,C.C.2013) 19

FIGURA 2 VIAS DE ACESSO E LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ALPINÓPOLIS EM RELAÇÃO A BELO

HORIZONTE (CAPITAL DE MINAS GERAIS). (ADAPTADO DE: DIAS,C.C. 2013) 20

FIGURA 3 FUNCIONÁRIA DO DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE OBRAS PÚBLICAS. 27

FIGURA 4 DESCARTE DE RESÍDUOS NO ATERRO CONTROLADO DO MUNICÍPIO. 28

FIGURA 5 ILUSTRAÇÃO PARA O IDEAL SISTEMA DE COLETA E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS DE LIMPEZA

PÚBLICA. 31

FIGURA 6 RESÍDUOS DE PODA E CAPINA MISTURADO A OUTROS TIPOS DE RESÍDUOS. 32

FIGURA 7 APRESENTAÇÃO DA LOGÍSTICA DO PROCESSO APÓS ADEQUAÇÕES NECESSÁRIAS. 35

FIGURA 8 RESÍDUOS AMONTOADOS NO CIMITÉRIO MUNICIPAL. 37

FIGURA 9 ILUSTRAÇÃO DA PRINCIPAIS AÇÕES A SERAM TAMODAS PARA O PLANO DE RESÍDUOS DE

CIMITERIAS. 40

FIGURA 10 ILUSTRAÇÃO DO SISTEMA DE COLETA E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS DE FRIGORÍFICOS E

AÇOUGUES. 42

FIGURA 11 CICLO DA LOGÍSTICA REVERSA. 50

FIGURA 12 RESÍDUOS ELETRÔNICOS PRIMARIAMENTE DISPOSTOS EM LOJA DE CELULARES NO MUNICÍPIO

DE ALPINÓPOLIS-MG. 52

FIGURA 13 PROCESSO DE DESMANUFATURA DE APARELHOS ELETRÔNICOS COMO TELEVISORES E

COMPUTADORES. 54

FIGURA 14 ESQUEMA GERAL ILUSTRATIVO PARA O TRATAMENTO DE LÂMPADAS COM MERCÚRIO 61

FIGURA 15 ESQUEMA GERAL ILUSTRATIVO DE FLUXOGRAMA SOBRE O TRATAMENTO PRELIMINAR NAS

RESUDÊNCIAS. 65

FIGURA 16 DESCARTE DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS. 67

FIGURA 17 SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS QUANDO CHEGAM AO ATERRO CONTROLADO. 75

FIGURA 18 LOGISTICA DO PROCESSO DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS SECOS DESDE A COLETA ATÉ O DESCARTE

FINAL 80

FIGURA 19 SINTUAÇÃO DE COMO CHEGA NO ATERRO OS RESIDUOS RECICLÁVEIS SECOS OS RESÍDUOS

ORGÂNICOS E OS REJEITOS. 81

FIGURA 20 LOGISTICA DO PROCESSO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS E REJEITOS DESDE A COLETA ATÉ O

DESCARTE FINAL. 85

FIGURA 21 ATUAL SINTUAÇÃO DOS RESÍDUOS VOLUMOSOS NO ATERRO CONTROLADO MUNICIPAL. 86

FIGURA 22 LOGISTICA DO PROCESSO DE RESÍDUOS VOLUMOSOS DESDE A COLETA ATÉ O DESCARTE FINAL.

88

FIGURA 23 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DESTINADA AO DESCARTE DE RDC NO MUNICÍPIO DE ALPINÓPOLIS. 96

FIGURA 24 TIPOS DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO SEGUNDO RESOLUÇÃO CONAMA 307/02

E 348/04 98

FIGURA 25 LOCAL DE ARMAZENAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE. 106

FIGURA 26 SEPARAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NA UNIDADE DE SÁUDE JOSÉ HIPÓLITO DA

SILVA. 107

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13

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA VOLTADA PARA OS RESÍDUOS PÚBLICOS. 22

QUADRO 2 SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE COLETA DE RESÍDUOS PÚBLICOS NO MUNICÍPIO

ALPINÓPOLIS-MG 24

QUADRO 3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA APLICADA PARA RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA. 46

QUADRO 4 INICIATIVAS EXISTENTES DE GESTÃO DOS RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

ELETRÔNICOS 55

QUADRO 5 PRINCIPAIS RECICLADORAS DE LÂMPADAS FLUORESCENTES NO BRASIL 60

QUADRO 6 TIPOS PRODUTOS RECICLADOS CONFECCIONAIS A PARTIR DA FRAGMENTAÇÃO DOS

COMPONENTES DAS LÂMPADAS. 62

QUADRO 7 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA VOLTADA PARA OS RESÍDUOS DOMICILIARES. 71

QUADRO 8 SITUAÇÃO ATUAL DOS SISTEMAS DE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DOMICILIARES. 73

QUADRO 9 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA VOLTADA PARA RESÍDUOS ESPECÍFICOS 93

QUADRO 10 PRINCIPAIS INDUSTRIAS E RESÍDUOS GERADOS NO MUNICÍPIO. 99

QUADRO 11 MINERAÇÕES QUE ENCONTRA-SE EM OPERAÇÃO NO MUNICÍPIO. 102

QUADRO 12 SIMBOLOGIAS UTILIZADAS NA IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE. 109

QUADRO 13 RESPONSABILIDADES POR TIPO DE RESÍDUO. 113

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

APACASS Associação dos Distribuidores de Produtos Fitos-sanitários do Sul e Sudoeste de Minas Gerais

PCB Bifenilos policlorados

CFC Clorofluorocarboneto

CDI Comitê para Democratização da Informática

CONAMA Conselho Nacinal de Meio Ambiente

DEMOP Departamento Municipal de Obras Públicas

EPI’s Equipamento de Proteção Individuai

FEAM Fundação Estadual de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais

FUNASA Fundação Nacional de Saúde

HFC Hidrofluorcarbonetos

Hg Mercurio

NBR Norma Brasileira Regular

OMS Organização Mundial de Saúde

ONG's Organizações não Governamentais

PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos

PNEA Política Nacional de Educação Ambiental

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos

PSF PSF-Programa de Saúde da Família

RCD Resíduos de Construção e Demolição

REEEs Resíduos de equipamentos elétricos-eletrônicos

RSS Resíduos Sólidos de Saúde

RSU Resíduos Sólidos Urbanos

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

UTC Usina de Triagem e Compostagem de Lixo

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15

1. APRESENTAÇÃO

O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos é instrumento

fundamental para a boa gestão dos resíduos gerados em um município. Esse estudo traz

consigo todas as informações relevantes e necessárias para a tomada de decisões estratégicas

quanto ao gerenciamento de resíduos específicos, públicos, domiciliares e de logística reversa.

Cada um destes subprogramas será detalhado no decorrer do texto, precedido por um plano

de ação específico para cada tipo de resíduo, diagnóstico e prognóstico da cidade de

Alpinópolis-MG.

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16

2. INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial De Saúde (OMS), saneamento é o controle de todos os

fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o

bem-estar físico, mental e social. Levando tais fatores em consideração pode-se afirmar que

saneamento se caracteriza como o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo

alcançar a Salubridade Ambiental.

O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos

sólidos e drenagem das águas pluviais são o conjunto de serviços de infraestruturas e

instalações operacionais que vão melhorar a vida da comunidade. De acordo com os incisos I

e V do Art. 30 da Constituição Federal de 1988, é atribuição municipal legislar sobre assuntos

de interesse local, especialmente quanto à organização dos seus serviços públicos.

Adotando princípios como o da prevenção e precaução, do poluidor-pagador e por meio de

uma visão sistêmica como forma de promover a gestão integrada dos resíduos gerados em

um município ou um conjunto deles por meio de consórcio, a Lei nº 12.305, denominada como

Política Nacional de Resíduos Sólidos, traz como desafios principais o fim de lixões, a

implantação e difusão de programas de coleta seletiva e ações que coloquem em prática a

logística reversa.

Além dos benefícios ambientais, econômicos e sociais advindos da implantação de medidas

necessárias para superar esses desafios, a elaboração do Planos de Gerenciamento Integrado

de Resíduos Sólidos permite aos municípios a busca por recursos da União, os quais seriam

destinados para a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos. Com o advindo da Política

Nacional de Resíduos Sólidos, exigiu-se dos municípios a elaboração desse plano a partir de

etapas metodológicas previamente estabelecidas, por meio do qual busca-se garantir a efetiva

participação da sociedade em sua elaboração, com sua integração com o poder público e

demais envolvidos.

O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do município de Alpinópolis

contempla um diagnóstico acurado sobre as condições atuais de gestão dos resíduos gerados

no município, analisa suas peculiaridades e define diretrizes, metas e estratégias necessárias

para o cumprimento de suas metas, as quais serão estabelecidas levando-se em consideração

as exigências legais, infraestrutura e recursos disponíveis no município. Desse modo, serão

analisadas a intensidade e extensão dos desafios existentes na gestão de resíduos municipais,

e posteriormente as soluções necessárias para sua melhoria contínua.

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17

3. OBJETIVOS

O objetivo geral do plano é de melhorar o sistema municipal de gestão e gerenciamento de

Resíduos Sólidos Urbanos através da aplicabilidade dos critérios estabelecidos na legislação

brasileira, principalmente levando em consideração o que foi estabelecido pela Lei 12.305 de

2010.

Os objetivos específicos são:

Levantar dados qualitativos e quantitativos dos resíduos sólidos gerados no

município e identificar suas fontes geradoras;

Levantar a atual forma de destinação dada aos diversos tipos de resíduos

existentes no município;

Levantar o sistema de cobrança atualmente realizado na administração pública

com relação aos serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos;

Propor formas de acondicionamento, armazenamento e disposição final dos

diversos tipos de resíduos sólidos gerados de acordo com as normas ambientais

vigentes;

Promover a divisão de competências e responsabilidades para os diversos tipos de

fontes geradoras de resíduos específicos;

Implantar a Política de Logística Reversa no município;

Estimular parcerias entre os segmentos público e privado;

Estruturar a logística dos diversos tipos de resíduos de responsabilidade da

administração;

Reformular o sistema de cobrança no município referente à coleta dos resíduos

sólidos, diferenciando seus valores para os pequenos e grandes geradores;

Promover a capacitação dos funcionários públicos e da população na participação

do novo sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos;

Promover campanhas, oficinas, eventos que divulguem e estimulem a participação

da população no processo de gestão dos resíduos; e

Estimular a criação de uma associação de catadores, visando sua participação

nesse processo de gestão.

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4. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA OBJETO DE ANALÍSE

Os principais aspectos de localização do município de Alpinópolis são retratados pela Figura

1. Localizado na região Sudeste do Brasil, no sudoeste do estado de Minas Gerais, o referido

município encontra-se entre as latitudes 21°0'3,393"S e 20°39'22,568"S e longitudes

46°15'38,096"W e 46°33'3,596"W.

O município de Alpinópolis faz divisa com Passos, Carmo do Rio Claro, Bom Jesus da Penha e

São José da Barra, seu território abrange uma área de 429 km² e abriga uma população

estimada em 19.630 habitantes.

Alpinópolis está localizada na mesorregião sul/sudoeste do Estado de Minas Gerais e Pertence

à Gerência Regional de Saúde de Passos, sede microrregião. Já com relação à gestão de

recursos hídricos, o município encontra-se sob gestão do comitê de bacias hidrográficas do

Médio Rio Grande, também denominado CBH - GD7.

A Figura 2 mostra as principais vias de acesso ao município e a sua localização em relação à

Belo Horizonte (capital do estado de Minas Gerais). As principais vias de acesso à região são

as rodovias federais BR-265, BR-491, BR-262 e BR-050 e as rodovias estaduais MG-050, MG-

446, MG-341, MG-438, MG-856, MG-344, MG-836, MG-832, MG-146, LMG-846, LMG-848 e

SP-345.

A distância entre Belo Horizonte e a região do Médio Rio Grande é de aproximadamente

320km via rodovia estadual MG050 ou de aproximadamente 430km via rodovias federais

BR381, BR369 e BR265.

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Figura 1 Localização do município de Alpinópolis. (Adaptado de Dias,C.C.2013)

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Figura 2 Vias de acesso e localização do município de Alpinópolis em relação a Belo Horizonte (capital de Minas Gerais). (Adaptado de: DIAS,C.C. 2013)

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5. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS PÚBLICOS

5.1. INTRODUÇÃO

O presente plano vem compor o Plano de Saneamento Básico do município de Alpinópolis,

visando propor ações eficientes e eficazes para o correto manuseio de resíduos de limpeza

pública (varrição), poda e capina, transporte, cemiteriais e os resíduos de animais mortos.

Os resíduos provenientes da limpeza urbana são os resíduos resultantes das atividades de

varrição e atividades correlatas. No caso dos resíduos de varrição podemos mencionar os

resíduos provenientes de limpeza de calçadas, escadarias, monumentos, sanitários e abrigos,

raspagem e remoção de terra e areia em logradouros públicos; limpeza dos resíduos de feiras

públicas e eventos de acesso aberto ao público e etc.. Essas atividades de muitas vezes

limitam-se as vias centrais e centros comerciais dos municípios, o que é bem diferente dos

resíduos de poda e capina. Nas atividades de poda e capina os resíduos são constituídos por

materiais de poda arbórea, limpeza de parques, gramados, campos de futebol, limpeza de

terrenos baldios, etc. É comum a presença de galharias, grossa e fina, pedaços de madeira,

grama e outros.

Já de acordo com a Lei nº 12.305 de 2010 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos

de serviços de transporte são aqueles originários de portos, aeroportos, terminais

alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira. Os resíduos originários

nesses terminais constituem-se em resíduos sépticos que podem conter organismos

patogênicos, como materiais de higiene e de asseio pessoal e restos de comida.

Outro tipo de resíduo que deve ser levado em consideração são os resíduos cemiteriais. Estes

são os constituídos de restos da construção e manutenção de jazigos, particulados de restos

florais, resultantes das coroas e ramalhetes conduzidos nos féretros, vasos plásticos ou

cerâmicos de vida útil reduzida, resíduos de velas e seus suportes, resíduos de madeira

provenientes dos esquifes e resíduos da decomposição de corpos (ossos e outros)

provenientes do processo de exumação.

Quanto aos resíduos de animais mortos, a RDC ANVISA nº 306 de 2004, define cadáveres de

animais como animais mortos que não oferecem risco à saúde humana, à saúde animal ou de

impactos ambientais por estarem impedidos de disseminar agentes etiológicos de doenças. A

mesma resolução difere cadáveres de carcaças. As carcaças são produtos de retaliação de

animais, provenientes de estabelecimentos de tratamento de saúde animal, centros de

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experimentação, de Universidades e unidades de controle de zoonoses e outros similares de

controle de zoonoses e outros similares.

Todos estes resíduos serão tratados com suas peculiaridades neste programa, que abrangerá

desde o inventário, até o diagnóstico da situação atual de tais resíduos no município. Diante

de ambos serão propostas ações para um prognóstico que atenda todas as normas e

legislações vigentes de maneira econômica e socialmente viável e ambientalmente saudável

a fim de se preservar os princípios da sustentabilidade.

5.2. OBJETIVOS

Diagnosticar a situação dos resíduos públicos gerados no município de Alpinópolis;

Propor procedimentos para a correta segregação, acondicionamento e disposição

final dos resíduos públicos;

Estabelecer procedimentos operacionais para o correto manuseio dos resíduos

públicos.

5.3. ASPECTOS LEGAIS

O Quadro 2 mostra as legislações de âmbito Federal, Estadual e Municipal que regem sobre

os resíduos públicos que são:

Quadro 1 Legislação brasileira voltada para os resíduos públicos.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

1984 ABNT nº 8.419/1984 Gerenciamento de Resíduos Sólidos

1988 Constituição de 1988 Constituição da República Federativa do Brasil

1993 Resolução CONAMA nº 05/1993 Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos

sólidos gerados nos portos, aeroportos,

terminais ferroviários e rodoviários.

1995 Lei nº 8987/1995 Dispõe sobre o regime de concessão e

permissão da prestação de serviços públicos

previsto no art. 175 da Constituição Federal, e

dá outras providencias.

2004 NBR 10.004/2004 Classificação dos Resíduos Sólidos.

2004 RDC nº 306/ 2004.

Regulamento Técnico para o gerenciamento

de resíduos de serviços de saúde.

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23

2005 Resolução CONAMA nº

358/2005.

Dispõe sobre o tratamento e a disposição final

dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras

providências.

2007 Lei nº 11445/2007 Diretrizes nacionais para o saneamento básico

2010 Lei n 12.305/2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos.

2010 Lei nº 7217/2010 Regulamenta a Lei nº 11445, de 5 de janeiro

de 2007, que estabelece diretrizes nacionais

para o saneamento básico, e dá outras

providencias.

2011 Resolução CONAMA nº

430/2011

Padrões de lançamento de efluentes

1994 Lei nº 11.720/1994 Política Estadual de Saneamento Básico

2009 Lei nº 18.031/2009 Política Estadual de Resíduos Sólidos

2009 Lei nº 18309/2009 Estabelece normas relativas aos serviços de

abastecimento de água e de esgotamento

sanitário, cria a - ARSAE-MG- e dá outras

providencias.

2010 Resolução Normativa nº

003/2010

Estabelece as condições gerais da prestação e

da utilização de serviços de abastecimento de

água e de esgotamento sanitário regulados

pela Agencia Reguladora de Serviços de

Abastecimento de Água e de Esgotamento

Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE-

MG.

2011 Decreto nº 45871/2011 Contém o regulamento da agencia reguladora

de serviços de abastecimento de água e de

esgotamento sanitário do Estado de Minas

Gerais-ARSAE-MG e dá outras providencias. 2007 LEI COMPLEMENTAR 061/2007 Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento

Participativo do Município de Alpinópolis

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5.4. O QUE SÃO OS RESÍDUOS PÚBLICOS

Os Resíduos Públicos gerados no município de Alpinópolis podem ser classificados como:

Varrição

Poda e Capina

Transporte

Cemiteriais

Animais Mortos

Todos os resíduos públicos não são separados corretamente, já que não há dias pré-

determinados para a coleta, sendo descartados em sua maioria junto a coleta convencional.

O Quadro 1 apresenta o sistema de coleta utilizado a destinação e disposição final no

município.

Quadro 2 Situação atual do sistema de coleta de resíduos públicos no município Alpinópolis-MG

Sistema de Coleta Destinação Final Disposição Final

VARRIÇÃO Coleta Convencional Aterro Controlado Vala de Rejeitos

PODA E CAPINA Coleta Convencional Aterro Controlado Vala de Rejeitos

TRANSPORTE Coleta Convencional Aterro Controlado Vala de Rejeitos

CEMITERIAIS Coleta Convencional Aterro Controlado Vala de Rejeitos

ANIMAIS MORTOS

Coleta Convencional Aterro Controlado Vala de Rejeitos

De acordo com o profissional responsável pelo Departamento Municipal de Obras Públicas -

DEMOP, não é possível quantificar o total de resíduos públicos gerados semanalmente no

município de Alpinópolis, uma vez que a coleta é feita junto com a coleta convencional. Além

disso, a coleta de resíduos de poda e capina e cemiteriais, principalmente, não seguem um

padrão de dias e horários específicos. Serão analisados então, de forma a proporcionar

detalhamento de valores, um estudo específico para cada tipo de resíduo. Cabe ressaltar que

os valores corresponderão a dados coletados em determinado período do ano, e que estão

sujeitos a mudanças de acordo com peculiaridades locais e regionais, como por exemplo, o

clima, o turismo (feriados e datas comemorativas) e etc.

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5.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS POR CATEGORIA

5.5.1. RESÍDUOS DE VARRIÇÃO

Os serviços considerados de varrição consistem na atividade de recolhimento, ensacamento

e remoção dos resíduos sólidos existentes nas vias, sarjetas, calçadas e canteiros centrais das

vias urbanas pavimentadas e outros logradouros públicos, que no município é feita de forma

manual com os objetivos de minimizar riscos à saúde pública; manter a cidade limpa e prevenir

enchentes e assoreamento de rios.

A quantidade gerada deste tipo de resíduos depende de uma série de fatores. A população, a

cultura, as tradições locais, o potencial turístico da região, a quantidade de indústrias no local,

entre outros. Na limpeza de feiras públicas, por exemplo, alguns municípios convivem com

taxas de geração de aproximadamente 6 kg anuais per capita (GUARULHOS, 2010). Já na

varrição, o Manual de Saneamento da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) registra taxas

que variam de 0,85 a 1,26 m³ diários de resíduos por km varrido. A quantidade destes resíduos

está vinculada à extensão do serviço.

5.5.1.1. SITUAÇÃO ATUAL

Atualmente os resíduos gerados são coletados por funcionários municipais através de

caminhões e são descartados no aterro controlado do município.

Quanto à abrangência do serviço, o município possui cobertura em 100% de sua área urbana

para varrição e limpeza urbana. Quanto à zona rural, existe apenas um povoado que recebe

os serviços de limpeza urbana. O local é denominado São Bento, onde residem cerca de 95

famílias. Lá as atividades de varrição se iniciaram no ano de 2014, quando o local recebeu

calçamento.

Em relação ao quadro de funcionários, o município conta com cerca de 35 funcionários

destinados aos serviços de varrição. Os dias pré-estabelecidos para a varrição são de segunda

a sábado. O horário de início de turno dos funcionários que trabalham no centro da cidade é

das 5h30min às 11h30min da manhã. Os demais funcionários que atuam no centro da cidade

têm turno que se inicia as 6h00 da manhã e finalizam as 12h00. O horário para início das

atividades normalmente é bem cedo, já que se evita a incidência de luz solar, evitando

desgaste físico dos mesmos.

Em casos de festividades, os funcionários abrem exceção e trabalham em dias diferentes dos

pré-estabelecidos. Cerca de 15 funcionários são designados para fazer horas extras nas

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épocas festivas, gerando uma média de 900 horas por ano, o que gera um custo adicional

considerável para o município de R$ 8.000,00/ano. De acordo com os funcionários é opcional

a retirada de horas extras em folgas ou em recebimento. Metade dos funcionários prefere

tirar folga, e o restante prefere receber as horas extras anteriormente acumuladas. De acordo

com o chefe do setor os funcionários que preferem gozar das horas extras através de folgas

são orientados a solicitá-las nos dias de terça a sexta-feira de cada semana, evitando que a

cidade fique muito tempo sem ser limpa.

A Figura 3 apresenta uma funcionária do Departamento Municipal de Obras Públicas - DEMOP

exercendo suas atividades diárias de varrição em dois diferentes setores da cidade.

Após a varrição os resíduos são amontoados e coletados em sacos de lixo na cor preta, com

capacidade de 100 litros cada. Os sacos são descartados em lixeiras convencionais e

posteriormente coletados por caminhão pertencente a este setor. De acordo com os

funcionários de varrição do município, nos bairros são coletados aproximadamente 12 sacos

de 100 litros por funcionário, por bairro, por dia. São 18 bairros no total. Considerando uma

média de 35 funcionários, e que cada funcionário gasta uma média de 06 sacos, temos um

total de 210 sacos de 100 litros por dia, mas com enchimento de 10 kg em média. Dessa forma,

temos um gasto de aproximadamente 4.200 sacos de lixo de 100 litros por mês, apenas de

resíduos de varrição. Considerando que cada saco pesa em média 10 kg a média de resíduos

gerados mensalmente é de 42.000 kg, ou seja, 42 toneladas. É importante ressaltar que em

feriados e datas comemorativas a quantidade de resíduos aumenta significativamente.

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Figura 3 Funcionária do Departamento Municipal de Obras Públicas.

Os resíduos são deixados aleatoriamente sem pontos estratégicos pré-definidos assim que o

saco é completo. Os funcionários dizem que evitam deixar o lixo na porta das casas dos

moradores, já que houve histórico de insatisfação dos cidadãos devido a este fato.

Para os funcionários que trabalham no centro da cidade há uma exceção: os sacos já cheios

de resíduos são levados para a porta da prefeitura municipal para, segundo os funcionários,

facilitar a logística do caminhão coletor que passará pelo local na parte da tarde. O caminhão

que passa pela manhã faz a coleta dos resíduos domiciliares antes dos resíduos de varrição

ser disposto. Devido a este fato, o caminhão precisa passar novamente no mesmo local todos

os dias para recolher os resíduos deixados pelos garis.

Os resíduos coletados diariamente são destinados ao Aterro Controlado, que é localizado a

cerca de 1.0 km da cidade, a Figura 4 mostra os resíduos sendo descartados em seu destino

final, para posterior compactação.

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Figura 4 Descarte de resíduos no aterro controlado do município.

5.5.1.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

A destinação final adequada para resíduos de varrição é o descarte direto em vala de rejeitos

ou em aterro sanitário licenciado. Tais materiais não devem ser triados, e nem podem ser

utilizados como composto orgânico, devido a presença de contaminantes (tocos de cigarro,

plástico, etc).

Para que se haja um efetivo gerenciamento dos resíduos de varrição é necessário ter controle

logístico do sistema de coleta, segregação e disposição final, para que todos estes processos

ocorram da melhor maneira possível, e de forma sustentável.

5.5.1.3. PLANO DE GERENCIAMENTO / DIRETRIZES

Para que o gerenciamento dos resíduos ocorra de maneira eficiente, é necessário o

estabelecimento de algumas diretrizes que nortearão este processo. As principais diretrizes

a serem seguidas devem:

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a correta coleta, segregação e disposição final dos resíduos de varrição;

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Direcionar a operação correta do Aterro Controlado quanto ao recebimento de tal

resíduo;

Prever o gerenciamento de tais resíduos quando houver no município a instalação

de um aterro sanitário.

5.5.1.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice I.

O referido documento apresenta as especificações relativas as especificações das estratégias,

o local, os responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do

Plano de Gestão dos Resíduos Públicos de Varrição:

5.5.1.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Os resíduos de limpeza pública são resíduos coletados pelo órgão municipal de limpeza

urbana, recebendo tratamento e disposição final semelhante aos determinados para os

resíduos domiciliares, desde que resguardadas as condições de proteção ao meio ambiente e

a saúde pública.

A coleta dos resíduos de varrição deverá ocorrer nos dias de segunda, quarta e sexta,

juntamente com a coleta dos demais rejeitos no município, no período matutino.

Para os serviços de varrição poderão ser utilizados dois tipos de carrinhos, o carrinho de ferro

com rodas de pneus ou o carrinho feito com estrutura tubular, ficando a cargo da

administração pública o que mais lhe servir. O carrinho de ferro com rodas de pneus consiste

em uma estrutura metálica montada sobre rodas de borracha, suportando recipientes para

armazenar o lixo varrido, indicado para as áreas urbanas mais movimentadas. O carrinho feito

com estrutura tubular permite a fixação de sacos plásticos. Estes quando cheios, seriam

fechados, retirados da armação, colocados na calçada e substituídos por outros sacos vazios.

Os funcionários deverão receber orientações técnicas para acondicionar a maior quantidade

possível de resíduos em um mesmo saco plástico, evitando desperdício de materiais,

economia financeira, e diminuição de impacto ambiental causada pela decomposição do

plástico.

Os sacos plásticos resultantes da coleta dos resíduos de varrição deverão ser dispostos em

pontos estratégicos, devidamente demarcados, que não atrapalhem a movimentação de

pessoas e nem cause nenhum tipo de transtorno quanto ao espaço utilizado em frente a

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residências. Caso os rejeitos e orgânicos sejam coletados nos mesmos dias, sugere-se que os

resíduos de varrição sejam acondicionados nas esquinas para facilitar sua identificação.

Quando coletados, os resíduos deverão ser levados ao aterro controlado e dispostos

diretamente na vala de rejeitos. Essa medida deverá ser adotada em curto prazo, já que há

necessidade de implantação de um aterro sanitário no município. Quando o aterro sanitário

estiver em uso, os resíduos de varrição deverão ser encaminhados ao aterro.

Os funcionários pertencentes ao Departamento Municipal de Obras Públicas – DEMOP

deverão receber capacitação frequente quanto as melhores formas de coleta, segregação e

disposição final de resíduos de varrição. Mini-cursos, palestras, visitas técnicas, e aulas

práticas são alguns dos meios instrutivos que poderão ser utilizados para reciclar o

conhecimento técnico dos funcionários. Essa medida deverá ser feita ao menos uma vez ao

ano, todos os anos.

Campanhas de conscientização ambiental devem estar presentes nos calendários escolares,

como medida permanente. Educar a população quanto à necessidade de “jogar lixo no lixo”

diminuirá a quantidade de resíduos de varrição, o que trará longevidade a vala de rejeitos do

aterro. A conscientização deverá estar presente também em postos de saúde, secretaria de

cultura, restaurantes, e deverá ser divulgado com ênfase em festividades e datas

comemorativas, como o carnaval que reúne um amontoado de pessoas em um mesmo local.

Para que haja um retorno positivo das campanhas de conscientização deverá haver um grande

cuidado com a quantidade de cestas de lixo existentes nos locais públicos. Um estudo

minucioso deverá ser realizado para levantar a quantidade de cestas de lixo presentes nas vias

públicas e identificar os locais que mais geram resíduos de varrição. Uma vez que o

diagnostico for realizado, haverá a necessidade de implantação de maior número de cestas de

lixo. As cestas deverão conter frases ou ilustrações que incentivem pedestres a dispor seu lixo

corretamente. As cestas coletoras devem ser instaladas em geral a cada 20 metros, de

preferência em esquinas e locais de maior concentração de pessoas (pontos de ônibus,

lanchonetes, bares, dentre outros locais).

As cestas devem ser pequenas para não atrapalhar o transito de pedestres pelas alçadas;

durável, bonita e integrada com os equipamentos urbanos já existentes (orelhão, caixa de

correio, etc); sem tampa, pois o usuário certamente não gostará de tocá-la e fácil de esvaziar

diretamente nos equipamentos auxiliares dos varredores. A Figura 5 mostra de forma

ilustrativa o ideal sistema de coleta e disposição dos resíduos de limpeza pública. Uma

ferramenta importante a ser implantada será a criação de legislação específica no município

prevendo penalidades para quem jogar lixo no chão.

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Figura 5 Ilustração para o ideal sistema de coleta e disposição dos resíduos de limpeza pública.

5.5.2. PODA E CAPINA

Os resíduos de poda e capina, são provenientes da manutenção de parques, área verdes e

jardins, redes de distribuição de energia elétrica, telefonia e outros, sua composição consiste

em troncos, galharia fina, folhas e material de capina e desbaste. Estes resíduos referem-se às

podas e capinas de grande porte gerados de acordo com a sazonalidade das estações.

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5.5.2.1. SITUAÇÃO ATUAL

A coleta desses resíduos é realizada por funcionários pertencentes ao Departamento de Obras

Públicas, sem dia definido, de acordo com a necessidade local, e é realizado em todo o

perímetro urbano do município.

A coleta desses resíduos (constituídos de restos provenientes da manutenção de parques,

áreas verdes, jardins, redes de distribuição de energia elétrica, telefonia e outros) é realizada

por meio de um caminhão carroceria.

Os resíduos, quando coletados, são despejados no aterro controlado do município. A Figura 6

apresenta a destinação final deste tipo de resíduos no Aterro Controlado do Município.

Figura 6 Resíduos de Poda e Capina misturado a outros tipos de resíduos.

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5.5.2.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Uma das alternativas para que haja a correta destinação final deste resíduo, é acrescê-lo ao

composto orgânico gerado no município, aumentando a qualidade do composto, e

transformando essa matéria prima em adubo. Para que isso seja possível é necessária a

aquisição de um triturador, e a instalação de uma Usina de Triagem e Compostagem de Lixo

(UTC). Quando os resíduos forem triturados estarão preparados para serem misturados as

leiras de material orgânico que serão dispostas no pátio de compostagem da UTC,

aumentando significativamente a quantidade final de adubo gerado.

5.5.2.3. PLANO DE GERENCIAMENTO / DIRETRIZES

Uma vez que os resíduos de Poda e Capina são considerados resíduos orgânicos, o

gerenciamento de tais deve prever diretrizes que possibilitem uma gestão unificada com

resíduos qualificados com a mesma natureza. Para que isso se torne possível, as principais

diretrizes a serem seguidas são:

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a correta coleta, segregação e disposição final dos resíduos de poda e

capina;

Direcionar os resíduos ao Aterro Controlado, mas não colocá-los dentro das valas

de rejeito;

Implantar uma UTC;

Adquirir um triturador para possibilitar a entrada dos resíduos na logística da UTC

como matéria orgânica;

Prever o gerenciamento de tais resíduos quando houver no município a instalação

de um aterro sanitário;

5.5.2.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice II.

O referido documento apresenta as especificações a das estratégias, o local, os responsáveis

e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de Gestão dos

Resíduos Públicos – Poda e Capina.

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5.5.2.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Levantar os dados referentes a todas as áreas que necessitem poda e capina é fator

fundamental para a eficiência do processo de logística. Com os dados em mãos será possível

elabora um cronograma de atividades prevendo datas e locais de coleta. Desta forma, haverá

um maior planejamento do Departamento Municipal de Obras Públicas - DEMOP, já que

poderá prever quando utilizar os caminhões e a quantidade de funcionários destinados a esta

atividade em determinado dia. Além disso, o trajeto da coleta dos resíduos provenientes da

poda e capina poderá ser previamente estabelecido, o que resultará na economia de

combustível por parte da administração, além de agilizar o processo.

Uma das formas de mensurar a quantidade mensal de vezes que o serviço será necessário é

sempre levar em consideração as estações do ano. Por exemplo, em período chuvoso a

tendência é que o gramado de praças e jardins cresça com mais frequência do que em período

seco. Esse poderá ser um indicador de frequência.

A captação de recursos para aquisição de um triturador é de extrema importância, da mesma

forma que a implantação de uma UTC também deve ser considerada prioridade. A situação

do aterro controlado do município está irregular e o mesmo deverá ser extinto dando lugar

ao aterro sanitário e a UTC. Os resíduos de poda e capina deverão então ser triturados e

encaminhados diretamente ao pátio de compostagem da UTC, quando esta for implantada.

Caso não haja subsídio disponível na dotação orçamentária do departamento específico para

a compra de um triturador, sugere-se que o município realize parcerias tanto no setor público

quanto no privado. Uma boa iniciativa seria a troca de interesse entre produtores rurais e o

município. Com o triturador, a quantidade de adubo orgânico aumentaria significativamente.

Se a associação de produtores rurais, por exemplo, doasse um triturador ao município, o

município poderia se comprometer a fazer doação do produto final (adubo) para o doador.

Os funcionários do Departamento de Obras Públicas deverão obter capacitação para se

adequar as mudanças propostas. A Figura 7 abaixo apresenta a logística do processo após

adequações necessárias.

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Figura 7 Apresentação da logística do processo após adequações necessárias.

5.5.3. RESÍDUOS DE TRANSPORTE

Segundo a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos -PNRS, os

resíduos sólidos de serviços de transporte são aqueles originados de portos, aeroportos,

terminais alfandegários, rodoviários, ferroviários e passagens de fronteira, podendo haver

resíduos capazes de veicular doenças entre as cidades, estados e países.

5.5.3.1. SITUAÇÃO ATUAL

O município dispõe apenas de uma rodoviária local, sendo o único empreendimento gerador

dos resíduos de transporte na cidade. Nela operam três empresas de ônibus: Gardênia, Santa

Terezinha e Santa Cruz. Considerando que juntas as empresas possuem quinze horários

diferentes de chegada e partida do município, o fluxo de pessoas no local é significativo.

Não existe separação destes resíduos de transporte. São coletados através de coleta

convencional e os profissionais envolvidos no processo de coleta, disposição e destinação final

não usam EPIS especiais durante nenhuma das fases envolvidas.

5.5.3.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Resíduos de transporte podem ser vetores de transmissão de doenças, por isso devem ser

considerados resíduos especiais, e não poderão ser reciclados. Seu destino final deverá ser o

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aterro sanitário (quando implantado) e até que o mesmo não exista deverá ser coletado junto

com os rejeitos, em vala única.

5.5.3.3. PLANO DE GERENCIAMENTO / DIRETRIZES

O futuro plano de gerenciamento deve se basear em normas e legislações que estiverem

vigentes. Algumas diretrizes podem desde já nortear este processo:

Realizar a correta segregação dos resíduos de transporte rodoviário;

Descartar esses resíduos nos dias de coleta dos resíduos domiciliares – (rejeitos);

Dispor corretamente os resíduos na vala de rejeitos municipal;

Operar adequadamente o Aterro Sanitário, sempre levando em consideração a

existência dos resíduos de transporte;

5.5.3.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice III.

O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Públicos para os Resíduos de Transporte.

5.5.3.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Para garantir a eficiência de um processo de gerenciamento de resíduos é necessário conhecer

as origens e os geradores deste resíduo. No caso dos resíduos de transporte da cidade de

Alpinópolis, a quantidade gerada não representa significativa demanda de um plano

específico, por isso os resíduos devem ser descartados junto a coleta convencional nos dias

de coleta de rejeitos. Quando houver expansão urbana significativa ações específicas deverão

ser criadas para suprir demandas futuras.

5.5.4. RESÍDUOS CEMITERIAIS

Os resíduos considerados cemiteriais são os resíduos provenientes da construção e

manutenção de jazigos, resíduos secos, resíduos verdes dos arranjos florais e similares,

resíduos de madeira provenientes dos esquifes e resíduos da decomposição de corpos (ossos

e outros) provenientes do processo de exumação.

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5.5.4.1. SITUAÇÃO ATUAL

Os resíduos cemiteriais são coletados por funcionários pertencentes à prefeitura. O descarte

desses resíduos é feito durante a coleta convencional sem dias específicos. Os resíduos

gerados são coletados por funcionários municipais sempre que necessário. A Figura 8 mostra

os resíduos amontoados no cemitério municipal.

Não há dias de coleta e nem sistema de coleta diferenciada para esses resíduos. Quando há a

geração, os mesmos são descartados durante a coleta convencional e destinados ao aterro

controlado.

Figura 8 Resíduos amontoados no cimitério municipal.

5.5.4.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Existem diversos tipos de resíduos gerados nos cemitérios: resíduos orgânicos oriundos de

poda de árvore e gramíneas; resíduo seco como resto de velas e plásticos variados; resíduos

de construção civil e resíduos infectantes, além é claro de resíduos de efluentes líquidos e

gasosos. Cada um destes resíduos deverão ter o tratamento, coleta e disposição final

adequados, sempre respeitando a Resolução CONAMA 335.

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Os resíduos orgânicos resultantes de podas deverão ser encaminhados para compostagem, os

secos para a coleta seletiva; resíduos de construção para áreas especiais e resíduos infectantes

para a incineração, em recipientes adequados. Os resíduos líquidos e gasosos deverão ter

tratamento específico de acordo com a expansão urbana municipal.

Não há dias de coleta e nem sistema de coleta diferenciada para esses resíduos. Quando há a

geração, os mesmos são descartados durante a coleta convencional e destinados ao aterro

controlado.

5.5.4.3. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Existem diversos tipos de resíduos gerados nos cemitérios: resíduos orgânicos oriundos de

poda de árvore e gramíneas; resíduo seco como resto de velas e plásticos variados; resíduos

de construção civil e resíduos infectantes, além é claro de resíduos de efluentes líquidos e

gasosos. Cada um destes resíduos deverão ter o tratamento, coleta e disposição final

adequados, sempre respeitando a Resolução CONAMA 335.

Os resíduos orgânicos resultantes de podas deverão ser encaminhados para compostagem, os

secos para a coleta seletiva; resíduos de construção para áreas especiais e resíduos infectantes

para a incineração, em recipientes adequados. Os resíduos líquidos e gasosos deverão ter

tratamento específico de acordo com a expansão urbana municipal.

5.5.4.4. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a correta segregação dos resíduos cemiteriais;

Elaborar os Planos de Gerenciamento de Resíduos de efluentes líquidos e gasosos,

além de projetos de drenagem de efluentes;

5.5.4.5. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice IV.

O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Públicos – Resíduos Cemiteriais.

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5.5.4.6. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O plano de gerenciamento dos resíduos cemiteriais deverá ser elaborado em conjunto com

Grupo de Sustentação e o Comitê Diretor do PGIRS. Como o município é pequeno, há geração

quase que insignificante deste tipo de resíduo, no entanto, considerando uma potencial

expansão urbana tanto a médio quanto a longo prazo, medidas preventivas devem ser

tomadas para evitar qualquer tipo de contaminação ambiental.

Haverá necessidade de estudos técnicos para a obtenção de uma nova área a ser destinada

ao cemitério. Durante as fases de análise de escolha do local os profissionais envolvidos

deverão almejar um sistema de drenagem e tratamento de chorume para evitar qualquer tipo

disseminação de doenças, através da contaminação do solo e dos lençóis freáticos.

Os funcionários da Secretaria de Serviços Urbanos deverão ser capacitados de forma contínua.

A forma de manejo destes resíduos deverá ser incluída na capacitação, alertando-os da

importância do uso de EPI’s.

Assim que o aterro sanitário estiver em funcionamento, os resíduos deixarão de ser

destinados a vala de rejeitos do aterro controlado e serão (em parte) destinados ao aterro

sanitário. Novamente haverá há necessidade de capacitação dos funcionários para a mudança

de destinação final de tais resíduos.

Os dias para coleta deverão ser pré-estabelecidos e jamais deverão ser coletados em conjunto

com material orgânico. Como a geração dos resíduos não é feita de forma contínua e ocorre

poucas vezes ao mês, será necessária uma re-estruturação do sistema de coleta sempre que

for necessária, não será de difícil adaptação para os envolvidos no processo. A Figura 9 abaixo

ilustra as principais ações a serem tomadas.

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Figura 9 Ilustração da principais ações a seram tamodas para o plano de resíduos de cimiterias.

5.5.5. ANIMAIS MORTOS

Os resíduos cadavéricos de animais mortos podem ser considerados tanto os restos

mortais de animais mortos encontrados na via pública, geralmente vitimados por acidentes

de transito ou advindos das próprias residências como por exemplo, animais domésticos como

cães e gatos, como as carcaças de animais oriundas de açougues, matadouros e propriedades

rurais. Ambos resíduos necessitam de um descarte diferenciado.

Em relação aos resíduos provenientes de açougues e frigoríficos tem-se cerca de 14 locais

devidamente cadastrados que geram este tipo de resíduos. Restos de matadouros de animais,

restos de alimentos sujeitos à rápida deterioração provenientes de açougues e

estabelecimentos congêneres, alimentos deteriorados ou condenados, tais como ossos, sebos

e vísceras somam juntos cerca de 6.500 kg por semana.

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5.5.5.1. SITUAÇÃO ATUAL

A coleta de animais encontrados nas vias públicas é realizada por funcionários pertencentes

ao Departamento de Obras Públicas, sendo transportados e enterrados numa vala existente

na área do Aterro Controlado do município. Algumas vezes, quando os resíduos não são

corretamente dispostos, as carcaças dos animais ficam a céu aberto, causando mau cheiro e

proliferação de doenças.

Em relação aos resíduos de animais mortos provenientes de açougues e frigoríficos, são

gerados: sangue, osso, cebo, gordura, carne vencida ou fora da especificação. Os resíduos

gerados são primariamente encaminhados ao aterro controlado e dispostos em uma

caçamba. Quando chegam ao aterro os funcionários lançam produtos químicos sobre os

resíduos para evitar a proliferação de vetores. Em seguida utilizam uma tela de proteção que

envolverá a caçamba para evitar contato dos resíduos com outros animais, como por exemplo,

urubus. Os resíduos ficam ali armazenados durante toda a semana e são coletados todas as

sexta-feira por uma empresa privada

5.5.5.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

A destinação adequada para os resíduos provenientes de matadouros e frigoríficos deve ser

prevista pelo próprio gerador, conforme a legislação ambiental prevê, quando há

licenciamento da atividade.

5.5.5.3. PLANO DE GERENCIAMENTO / DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a correta destinação dos resíduos de animais mortos;

Promover o correto aterramento dos resíduos cadavéricos;

Direcionar os resíduos para o aterro sanitário;

5.5.5.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice V.

O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Públicos – Resíduos de Animais Mortos.

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5.5.5.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O plano de resíduos de animais mortos deve ser elaborado de acordo com as necessidades

locais. A melhor forma de manejo e coleta destes resíduos deve ser discutida e planejada.

Em relação a coleta dos animais mortos em vias públicas sugere-se que a coleta deve ser feita

por funcionários do próprio município. Os funcionários devem possuir EPI’s, e estar

devidamente identificados. Assim que forem coletados os cadáveres deverão ser dispostos

em vala específica para animais mortos e recobertos com terra para evitar a proliferação de

odores e possíveis doenças. O local onde os resíduos de animais mortos forem dispostos

deverá ser devidamente sinalizado para que não haja possibilidade do descarte de outros tipos

de resíduos no mesmo local. A legislação ambiental vigente deverá ser obedecida e o processo

de controle de efluentes líquidos observados. O acondicionamento dos resíduos no aterro

controlado será temporário. Assim que o aterro sanitário estiver em funcionamento os

resíduos deverão ser encaminhados diretamente ao aterro, e um novo plano de gestão deverá

ser construído. Haverá necessidade de nova capacitação dos profissionais envolvidos na

coleta, assim que a destinação final sofrer alterações.

Em relação aos açougues e frigoríficos deverão ser criados planos específicos que fiscalizem

os sistemas de logística reversa estipulados na legislação federal e estadual (Figura 10).

Figura 10 Ilustração do sistema de coleta e disposição dos resíduos de frigoríficos e açougues.

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5.6. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO DOS RESÍDUOS PÚBLICOS

A manutenção e o monitoramento dos serviços de limpeza pública, coleta e segregação dos

resíduos públicos na administração pública deve ser constantemente fiscalizada pela própria

administração e sociedade civil.

Em feriados onde há maior movimento na cidade como Natal, Ano Novo e Carnaval, será

necessário reforçar os serviços de limpeza pública em áreas mais críticas, o que pode ser feito

deslocando-se equipes de outros setores.

Deve-se intensificar a fiscalização em área de comércios como bares e lanchonetes, de

maneira a obrigarem esses estabelecimentos a segregarem e acondicionarem seus resíduos

de maneira adequada para que os mesmos não sejam jogados nas sarjetas. Deve-se instalar

cestas de coleta de lixo em locais públicos de grande circulação e mantê-las limpas e com seus

devidos sacos plásticos.

Serão necessárias atualizações no código de posturas e/ou plano diretor ou regulamento de

limpeza do município de maneira a se obter punições mais severas para os indivíduos que não

contribuírem com os sistemas estabelecidos.

5.7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

É importante a preocupação dos governantes para garantir o bem estar e a saúde da

população desde que também sejam tomadas medidas para educar a comunidade para a

conservação ambiental.

Os esforços da municipalidade deverão ser concentrados no sentido de conscientizar a

população para que procure acondicionar, da melhor maneira possível o lixo gerado em cada

domicílio, para isso ela precisa estruturar o sistema de coleta.

A educação ambiental deve acontecer em toda a estrutura organizacional da prefeitura,

abrangendo todos os setores que direta e indiretamente estejam envolvidos com a limpeza

urbana.

É preciso buscar formas de comunicação capazes de mobilizar cada comunidade para uma

participação efetiva no cotidiano da limpeza urbana, seja través de associações de moradores,

clubes, associações comerciais. Isso pode ser feito veiculando-se anúncios através de internet,

rádio, jornal, cartazes de rua, confeccionando circulares e promovendo campanhas junto às

escolas.

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6. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA

6.1. INTRODUÇÃO

Com a crescente exigência de uma gestão economicamente viável, ambientalmente

sustentável e socialmente justa, a logística reversa vem despertar um interesse crescente nas

organizações empresariais de modo a internalizar seu desempenho num mercado global,

competitivo e em permanente mudança.

Existe uma preocupação constante das empresas e organizações públicas e privadas sobre o

correto destino final dos resíduos de logística reversa e que apresentam quatro grandes

pilares de sustentação: a conscientização dos problemas ambientais; a sobre-lotação dos

aterros; a escassez de matérias primas; as políticas e a legislação ambiental.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos define Logística Reversa como sendo “um instrumento

de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao

setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou

outra destinação final ambientalmente adequada”.

A lei prevê a logística reversa para as cadeias produtivas de agrotóxicos, pilhas e baterias,

pneus, lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, produtos

eletrônicos, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, produtos eletroeletrônicos e

seus componentes e resíduos de embalagens de agrotóxicos.

Ainda com a ampliação do conceito de gestão integrada de gestão de resíduos sólidos, outro

importante ator social inserido é o catador de materiais recicláveis cujo protagonismo é

compreendido como estratégico para o sistema de logística reversa. A partir da compreensão

do território municipal como escala privilegiada de intervenção social, o município de

Alpinópolis propõe a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa por

meio de instrumentos que incluem termos de compromisso, regulamentos expedidos pelo

poder público ou acordos setoriais celebrados entre poder público e fabricantes,

importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

Diante dessa complexidade, o presente programa visa elaborar um conjunto de estratégias

para dar suporte ao correto descarte desses resíduos de logística reversa.

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6.2. OBJETIVOS

Reutilizar e reciclar produtos e materiais, com o aproveitamento destes na cadeia

de valor, evitando uma nova busca por recursos na natureza;

Identificar locais para funcionarem como centrais de armazenamento, tendo

recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis;

Viabilizar a coleta e escoamento de lâmpadas, pilhas e baterias, resíduos elétrico-

eletrônicos, pneumáticos, embalagens de agrotóxicos e óleos comestíveis;

Orientar a população quanto ao correto descarte de pilhas, baterias, e Resíduo

Eletroeletrônico nos corretos locais;

Proporcionar a correta destinação final ambientalmente adequada a esses

produtos;

6.3. ASPECTOS LEGAIS

Para facilitar o entendimento da logística reversa, leva-se em consideração as legislações

existentes tanto no nível Federal, quanto Estadual e Municipal. O Quadro 3 a seguir apresenta

as leis que regem estes resíduos atualmente.

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Quadro 3 Legislação Brasileira aplicada para resíduos de logística reversa. LEGISLAÇÃO APLICADA A LOGÍSTICA REVERSA

1989 Lei nº

7802/1989

Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

1999 Resolução Conama nº 264/1999

Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de co-processamento de resíduos.

1999 Resolução Conama nº 258/1999

Determina que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis.

1999 Resolução Conama nº 257/1999

Estabelece que pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequados.

1999 Resolução Conama nº 263/1999

Altera o artigo 6º da Resolução Conama nº 257/1999.

2000 Lei nº

9974/2000

Altera a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

2002 Resolução Conama nº 301/2002

Altera dispositivos da Resolução nº 258, de 26 de agosto de 1999, que dispõe sobre Pneumáticos.

...continua

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continuação.

LEGISLAÇÃO APLICADA A LOGÍSTICA REVERSA

2002 Decreto

Nº4074/2002

Regulamenta a Lei nº 7802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de defensivos agrícolas, seus componentes e afins, e dá outras providencias.

2003 Resolução

Conama Nº 334/2003

Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas.

2007 Projeto de Lei

2.061/2007 Dispõe sobre a coleta, a reciclagem e a destinação final de aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos inservíveis.

2007

Projeto de O projeto de lei que dispõe sobre a obrigação dos postos de gasolina, hipermercados, empresas vendedoras ou distribuidoras de óleo de cozinha e estabelecimentos similares de manter estruturas destinadas à coleta de óleo de cozinha usado e dá outras providências;

Lei nº 2.074 / 2007.

2008 Resolução Conama nº 401 /2008

Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providencias.

2009

Resolução Conama no

Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. 416/2009

2010

Instrução Normativa IBAMA nº 03/2010

Institui os procedimentos complementares relativos ao controle, fiscalização, laudos físico-químicos e análises, necessários ao cumprimento da Resolução Conama nº 401, de 4 de novembro de 2008.

2012

Instrução Normativa IBAMA nº 08/2012

Institui para fabricantes nacionais e importadores, os procedimentos relativos ao controle do recebimento e da destinação final de pilhas e baterias ou produto que as incorporem.

...continua

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Continuação.

LEGISLAÇÃO APLICADA A LOGÍSTICA REVERSA

1985 Lei nº

9.121/1985

Regulamenta o uso de agrotóxicos e biocidas no Estado de Minas

Gerais e dá outras providências.

1991 Lei Nº

10.545/1991

Dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxicos e afins

e dá outras providencias.

2000

Lei nº

13.766/2000

Dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo a coleta

seletiva de lixo e altera dispositivo da Lei nº 12.040, de 28 de

dezembro de 1995, que dispõe sobre a distribuição da parcela de

receita do produto de arrecadação do ICMS pertencente aos

municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do art.158 da

Constituição Federa.

2007 Lei nº

1.505/2007

Política Estadual de Apoio á Coleta e ao Reaproveitamento de óleos

vegetais (em votação)

2010 Lei nº

18.719 /

2010

Dispõe sobre a utilização, pelo estado, de massa asfáltica produzida

com borracha de pneumáticos inservíveis e dá outras providencias.

2012 Lei nº

20.011/2012

Dispõe sobre a política estadual de coleta, tratamento e reciclagem

de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário e dá

outras providencias.

2012 Lei nº

20.011/2012

Dispõe sobre a política estadual de coleta, tratamento e reciclagem

de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário e dá

outras providencias.

2012 Lei nº

20.011/2012

Dispõe sobre a política estadual de coleta, tratamento e reciclagem

de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário e dá

outras providencias.

6.4. RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA

Entre os conceitos introduzidos em nossa legislação ambiental pela Política Nacional de

Resíduos Sólidos está à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a

logística reversa e o acordo setorial.

Os números relativos aos resíduos de logística reversa são pouco conhecidos, a prática de

diferenciá-los, obrigatoriamente a partir da sanção da Lei 12.305/2010 referente à Política

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Nacional de Resíduos Sólidos- PNRS, determina a necessidade de quantificar os materiais

gerados em cada localidade e região.

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o conjunto de atribuições

individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes,

dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos

resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como

para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do

ciclo de vida dos produtos.

A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado

por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a

restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou

em outros ciclos produtivos, ou outra destinação.

O processo de logística reversa gera materiais reaproveitados que retornam ao processo

tradicional de suprimento, produção e distribuição. O tipo de reprocessamento dos materiais

pode variar dependendo das condições em que estes entram no sistema de logística reversa.

Estes podem retornar ao fornecedor quando houver acordos neste sentido, ser revendidos se

ainda estiverem em condições adequadas de comercialização, ser recondicionados, desde que

haja justificativa econômica ou reciclados se não houver possibilidade de recuperação. Todas

estas alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema logístico

direto, em último caso, o destino pode ser o seu descarte final.

A Lei nº 12.305/2010 dedicou especial atenção à Logística Reversa e definiu três diferentes

instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: regulamento, acordo setorial

e termo de compromisso.

Acordo setorial é um "ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes,

importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto”.

Há três aspectos relevantes com respeito a produtos e suas respectivas embalagens:

Do ponto de vista logístico, o ciclo de vida de um produto não se encerra com a sua

entrega ao cliente. Produtos que se tornam obsoletos, danificados ou não

funcionam devem retornar ao seu ponto de origem para serem adequadamente

descartados, reparados ou reaproveitados;

Do ponto de vista financeiro, existe o custo relacionado ao gerenciamento do fluxo

reverso, que se soma aos custos de compra de matéria-prima, de armazenagem,

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transporte e estocagem e de produção, já tradicionalmente considerados na

Logística;

Do ponto de vista ambiental, devem ser considerados e avaliados, os impactos do

produto sobre o meio ambiente durante toda sua vida. Este tipo de visão sistêmica

é importante para que o planejamento da rede logística envolva todas as etapas

do ciclo do produto.

É interessante analisar uma situação do ponto de vista holístico (como uma combinação dos

três pontos de vista acima descritos) para permitir o planejamento da rede logística de forma

a englobar todas as fases do ciclo de vida dos produtos, os custos associados e os impactos

ambientais decorrentes. A Figura 11 mostra de forma ilustrativa o ciclo da logística reversa.

Figura 11 Ciclo da Logística Reversa.

Assim como nos demais municípios brasileiros, os principais resíduos de logística reversa

gerados no município de Alpinópolis são:

Pneumáticos;

Pilhas e Baterias;

Eletrônicos;

Óleos Comestíveis;

Lâmpadas Fluorescentes;

Embalagens de Agrotóxicos;

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6.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA POR

CATEGORIA

6.5.1. ELETRÔNICOS

Os resíduos elétricos e eletrônicos são considerados como sendo fios, cabos, mouse,

impressoras, teclados, estabilizadores, computadores, televisores, entre outros. Esses

equipamentos, em geral, quando obsoletos e submetidos ao descarte, incluindo todos os

componentes, subconjuntos e materiais consumíveis necessários ao seu funcionamento.

Em termos gerais, a composição desses materiais caracteriza-se pela elevada presença de

metais (ferrosos e não ferrosos), vidro e plástico. Resíduos de televisores, computadores e

monitores apresentam, em média, 49% em peso de metais, 33% em peso de plásticos, 12%

em peso de tubos de raios catódicos e 6% de outros materiais.

6.5.1.1. SITUAÇÃO ATUAL

Com base em trabalhos acadêmicos e em estimativas traçadas pela Fundação Estadual de

Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (FEAM) a taxa de geração per capita dos resíduos

de equipamentos eletroeletrônicos na região é de, aproximadamente, 2,6 kg/ano.

De acordo com pesquisa realizada pelo município, os estabelecimentos coletam cerca de 70

kg de eletrônicos por mês. A Figura 12 abaixo mostram as formas primárias de

armazenamento dentro dos estabelecimentos geradores.

No município ainda não existe nenhum projeto com o intuito de coletar e dar destinação final

adequada a esse tipo de resíduo, no entanto, o município de Passos, próximo a Alpinópolis,

implantou um Centro Regional de Triagem e Descarte de Resíduos Eletrônicos como

alternativa de descarte e reuso desses equipamentos.

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Figura 12 Resíduos eletrônicos primariamente dispostos em loja de celulares no município de Alpinópolis-MG.

6.5.1.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Existem diversas formas para se dispor corretamente um resíduo. Pensando na necessidade

da disposição final adequada para Eletrônicos, a Universidade do Estado de Minas Gerais,

sediada em Passos-MG, criou de um Centro Regional de Triagem, Reuso e Descarte de

Resíduos Eletrônicos.

Além de reduzir o problema do volume de entulho, aumentar a sobrevida dos aterros e evitar

impactos ambientais, a criação do Centro Regional de Triagem, Reuso e Descarte de Resíduos

Eletrônicos tem como objetivo ceder computadores remontados a instituições sociais. Desta

forma, os municípios próximos, podem aproveitar deste feito e criar sistemas de descarte de

tais materiais de forma sustentável.

A separação dos resíduos de equipamentos elétricos eletrônicos proporciona uma maior

eficiência e redução de tempo no processo de separação dos metais.

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As etapas de reciclagem dos resíduos de equipamentos elétricos-eletrônicos (REEEs) são

similares para a maioria dos equipamentos e constituirão em:

Desmontagem: remoção das partes contendo substancias perigosas (CFCs, Hg,

PCB, etc) das partes que contenham substancias de valor. O uso ambiental nessa

etapa (cabos contendo cobre, aço, ferro e partes contendo metais preciosos). O

uso ambiental nessa etapa é a contaminação do solo por meio da estocagem

imprópria dos REEEs, ou vazamentos de óleos ou CFCs das partes removidas. Essa

etapa é feita no centro de triagem.

Segregação de metais ferrosos, não ferrosos e plásticos: é normalmente feita

manualmente no Centro de Triagem.

Reciclagem/Recuperação dos metais de valor: os materiais ferrosos, não ferrosos,

plásticos e contendo metais preciosos são destinados a plantas específicas para

recuperação, sendo encaminhadas a empresas recicladoras.

Tratamento disposição de materiais e resíduos perigosos: a fração do material

não recuperado deve ser caracterizada para posterior disposição em aterros

sanitários ou aterros para resíduos industriais, conforme legislação vigente.

Para melhor compreensão do processo de desmanufatura, a Figura 13 apresenta um sistema

de triagem dos materiais presentes em televisores e computadores.

Embora os REEEs possuam um padrão em sua construção e, até mesmo, nos circuitos elétricos

em função de sua finalidade, é inviável a elaboração de uma metodologia que indique uma

sequência certa e precisa para desmontá-los devido à grande quantidade e variedade de

modelos e marcas existentes no mercado.

As peças devem ser separadas de acordo com o tipo de material (plástico, vidro, metais,

materiais não ferrosos, placas de circuito e monitores), agregando maior valor comercial ao

material.

Os monitores de televisão e de computador não devem ser desmontados, ou seja, devem ser

comercializados juntamente com a estrutura plástica. Essa atitude é necessária, pois, quanto

desmontados, podem quebrar-se, tornando-se potencialmente tóxicos. Outro fator é o

mercado de reciclagem, que muitas vezes só aceita esse material completo.

Peças como capacitores/reatores não devem ser desmontados, pois liberam substancias

tóxicas. Eles devem ser separados e armazenados em tambores plásticos identificados e com

tampa. As soluções para seu gerenciamento devem ser buscadas no fabricante.

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Figura 13 Processo de desmanufatura de aparelhos eletrônicos como televisores e computadores.

Os compressores de equipamentos de refrigeração devem ser retirados dos aparelhos

(geladeiras, freezers, ar condicionado) e destinados a locais específicos para remoção de óleo

e do gás de refrigeração (CFC, HFC).

Existem iniciativas de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos Eletrônicos relacionados

às questões de computadores e de telefones celulares em pleno funcionamento espalhados

pelo Brasil, no Quadro 4 mostra os projetos existentes no ramo de aproveitamento desses

resíduos.

Esses materiais podem ser comercializados, gerando renda. O maior problema na destinação,

atualmente, é o monitor.

Após o vencimento da vida útil dos equipamentos elétrico-eletrônicos já em reuso, será

necessário encontrar uma destinação ambientalmente adequada para esses equipamentos.

Uma alternativa o Centro Regional ter em seu banco de dados listagem de empresas

recicladoras para cada tipo de resíduo, como plásticos, metais e placas de circuito impresso.

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Quadro 4 Iniciativas existentes de Gestão dos Resíduos de Equipamentos Elétricos Eletrônicos

Existem empresas que possuem tecnologia para tratar esses resíduos, mas geralmente

cobram por esse serviço, por isso, sugere-se então negociar parcerias. Outra solução para os

resíduos é destiná-los a empresas que realizam essa gestão, sendo responsáveis pela

separação de todos os materiais, destinando-os para a reciclagem ou aterros Classe I (resíduos

perigosos). Nesse caso, é possível negociar uma compensação entre os resíduos que tem valor

comercial e os que representam custos, é importante verificar se as empresas possuem

licenças ambientais e outros documentos e situação legalmente regulamentados.

INICIATIVAS OBJETIVOS ENDEREÇO

Projeto de

Computadores

para Inclusão

Apoiar e viabilizar iniciativas de

promoção da inclusão digital

por meio da doação de

equipamentos de informática

relacionados à telecentros

comunitários, escolas,

bibliotecas e outras ações

consideradas de impacto

estratégico, resultando na

formação de uma rede

nacional de reconhecimento

de computadores.

CRC-BH DIGITAL.

Empresa de Informática e

Informação do Município de Belo

Horizonte – Prodabel.

Prefeitura Municipal de BH.

Amas – Associação Municipal de

Assistência Social.

Rua: José Clemente Pereira, 440-

Bairro Ipiranga.

Telefones: (31) 3277. 6264/6259

E –mail: [email protected]

Comitê para

Democratização

da Informática –

CDI

Promover a inclusão digital e

qualificação profissional para

jovens de 16 a 24 anos.

Comitê para Democratização da

Informática – CDI - www.cdi.org.br

Coleta de

Celulares

Através de canais de reversos

estruturados para o retorno da

bateria, do aparelho celular e

seus acessórios, por meio das

lojas de assistência técnica e

pontos de venda.

CONSULTAR A OPERADORA.

Projeto 3RsPCs Buscar soluções

ambientalmente adequadas

para os resíduos de

equipamentos elétricos e

eletrônicos- REEES-

FEAM

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6.5.1.3. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a segregação domiciliar desses resíduos;

Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem;

Sensibilizar e orientar a população

6.5.1.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice VI.

O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gerenciamento de Resíduos de Logística Reversa.

6.5.1.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Os locais para coleta e destinação final dos resíduos elétricos e eletrônicos deverá ser

previamente estabelecida. A criação e confecção de material instrutivo de fácil entendimento

e acesso para a população sobre a segregação de equipamentos elétricos e eletrônicos deverá

ser uma prioridade.

Como em todo processo de logística reversa, a comunidade deverá estar envolvida

diretamente. É essencial que a comunidade entenda a importância da separação destes

resíduos, e quais são os procedimentos necessários na hora de separá-los.

A sensibilização deverá ocorrer em todos os locais: residências, escolas, comércio, locais

públicos, etc. Os multiplicadores serão pessoas envolvidas direta e diariamente com a

população. Pode-se utilizar como exemplo de multiplicadores eficazes, os agentes de PSF, os

professores, e os próprios funcionários municipais. A destinação dos resíduos elétrico-

eletrônicos deverão ser viabilizados para uma oficina de reaproveitamento. Essa iniciativa

poderá, inclusive, gerar empregos para a população local.

Tanto os funcionários quanto a estrutura física da UTC deverão ser preparados para o

acondicionamento e manuseio adequado deste tipo de material. Ao invés de serem coletados

nos dias de coleta convencional, estes resíduos deverão ser coletados no dia da coleta dos

resíduos volumosos.

6.5.2. ÓLEOS COMESTÍVEIS

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Os óleos comestíveis podem ser considerados como qualquer tipo de óleo de cozinha gerado

nas residências e estabelecimentos comerciais. Quando são descartados diretamente na pia

da cozinha ocasionam grande impacto nos cursos d’água que recebem o esgoto da cidade.

6.5.2.1. SITUAÇÃO ATUAL

O município de Alpinópolis não possui nenhum projeto para coleta e destinação adequada

para óleo de cozinha. Os principais geradores de óleo de cozinha no município são as

residências, restaurantes, escolas e bares.

Atualmente não existe nenhum sistema diferenciado para a coleta do óleo comestível no

município. Normalmente o resíduo é descartado na coleta convencional pelos geradores, ou

ainda, descartado nas pias dos domicílios.

Como não há uma logística para coleta, algumas garrafas contendo o líquido se rompem ao

longo do processo devido a pressão sofrida durante o transporte. Quando o lixo é amassado

no caminhão que realiza a coleta dos resíduos sólidos urbanos, há perca significativas do

material.

Em alguns locais onde os moradores conseguem ajuntar uma quantidade significativa de óleo

eles o utilizam na fabricação de sabão artesanal, o transformando novamente em matéria

prima. Não há nenhum projeto e nenhuma campanha de conscientização da população no

tocante a separação adequada para o óleo de cozinha no município de Alpinópolis.

6.5.2.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

A existência de um programa que incentive a coleta de óleo comestível para a fabricação

artesanal de sabão é uma excelente destinação final para esse tipo de resíduo. Além de evitar

a contaminação, por meio do lançamento direto na pia da cozinha, a reutilização é feita de

forma sustentável: economicamente viável, ambientalmente eficaz (reuso), e socialmente

correta

6.5.2.3. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a segregação domiciliar desses resíduos;

Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem;

Sensibilizar e orientar a população

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6.5.2.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. A O plano de ações encontra-se no Apêndice

VII. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos de Logística Reversa – Óleos Comestíveis.

6.5.2.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A coleta do óleo comestível deverá ser realizada em parceria com instituições interessados

no reaproveitamento deste tipo de resíduo. Uma opção é uma parceria com as ONGs e

associações do município. Visto que o óleo pode ser transformado em sabão, os mesmos

poderão ser comercializados e se tornar uma fonte de renda, incentivando a economia local.

A sociedade deverá ser sensibilizada sobre as campanhas de coleta do óleo. Deverão entender

a importância da separação do óleo em recipientes para posterior coleta. Uma alternativa

para aumentar ainda mais a quantidade de óleo coletado é através da criação de “ecopontos”

onde os moradores não precisam esperar que o óleo armazenado por eles seja coletado. Ao

invés disso, poderá ele mesmo, fazer o correto descarte em pontos estratégicos colocados ao

redor da cidade. Em cada ecoponto ficarão contidos recipientes fornecidos pelo município

para o recebimento do óleo de cozinha usado. O município ficará a cargo de criar um

programa a específico para a transformação do Óleo Comestível em Sabão artesanal.

A população deverá armazenar o óleo sujo de cozinha em garrafas pet, devidamente lacradas,

para que não haja vazamento. Após encher a garrafa, a população deverá levá-la até o

ecoponto de seu bairro para que seu conteúdo seja colocado no recipiente de recebimento

do óleo de cozinha.

Como a geração deste resíduos depende da quantidade de pessoas que o utilizam, locais como

escolas e restaurantes deverão possuir sistema de coleta diferenciado, baseado em histórico

de geração.

6.5.3. LÂMPADAS FLUORESCENTES

A grande quantidade de lâmpadas no mercado brasileiro é oriunda de importações,

principalmente da China. Não existem pesquisas conclusivas sobre a quantidade de lâmpadas

comercializadas, portanto, os dados podem apresentar diferenças a partir de cada fonte.

Segundo Avant (2012), várias indústrias trabalham com os seguintes números em comum:

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Compactas fluorescentes 190 milhões/ano; Fluorescentes tubulares 95 milhões/ano e

Fluorescentes compactas sem reator integrado 18 milhões/ano.

6.5.3.1. SITUAÇÃO ATUAL

Os diversos tipos de lâmpadas gerados no município de Alpinópolis são descartados durante

a coleta convencional. Como resultado a maioria delas se quebra durante o transporte e tem

como destinação final a vala de rejeitos já que não existem na cidade nenhum projeto que

proponha destinação final adequada a lâmpadas.

Assim como grande parte dos resíduos de logística reversa, a destinação final das lâmpadas

fluorescentes é a vala de rejeitos.

6.5.3.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Observa-se que no panorama nacional a Logística Reversa das lâmpadas é pouco desenvolvida

e estruturada, o que representa grande preocupação ambiental, principalmente no que diz

respeito ao descarte de lâmpada fluorescente que é considerado um resíduo perigoso, pois

em sua composição há substancias tóxicas como o mercúrio, que pode contaminar solo e

água.

A reciclagem de lâmpadas fluorescentes refere-se à recuperação de seus materiais

constituintes e a reintegração destes no processo produtivo das indústrias de lâmpadas ou

outros seguimentos, isto é, o processo de reciclagem não gera novas lâmpadas fluorescentes,

mas estende o ciclo de vida de seus componentes.

Para lâmpadas fluorescentes tubulares, circulares e lâmpadas de bulbo, emprega-se o

tradicional método de moagem com tratamento térmico.

O processo envolve basicamente duas fases: esmagamento e destilação. Daí o nome de

tratamento térmico. Na fase de esmagamento, as lâmpadas usadas são introduzidas em

processadores para esmagamento. As partículas esmagadas são conduzidas a um ciclone para

um sistema de exaustão, onde as partes maiores, tais como vidro quebrado, terminais de

alumínio e pinos de latão, são separados e ejetados para fora do ciclone, onde então são

separados por diferença gravimétrica.

Atualmente existe no Brasil, oito empresas recicladoras de lâmpadas, distribuídas entre os

estados brasileiros, como é apresentado no Quadro 5 abaixo.

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Quadro 5 Principais recicladoras de lâmpadas fluorescentes no Brasil ESTADO RECICLADORAS

São Paulo Apliquim Brasil Recicle

Naturalis Brasil Desenvolvimento de Nagocios

Tramppo Comercio e Reciclagem de Produtos Industriais Ltda- Me

Minas Gerais Hg Descontaminação Ltda

Recitec – Reciclagem Técnica do Brasil Ltda

Santa Catariana Apliquim Brasil Recicle

Sílex Industria e Comercio de Produtos Químicos e Minerais Ltda

Paraná Mega Reciclagem de Materiais Ltda

A poeira fosforosa e particulados menores são coletados em um filtro no interior do ciclone.

Posteriormente, por um mecanismo de pulso reverso, a poeira é retirada deste filtro e

transferida para uma unidade de destilação para recuperação do mercúrio. Na fase de

destilação, ocorre à separação do mercúrio fosforoso, pela elevação da temperatura a mais

de 375ºC, ponto de ebulição do mercúrio.

Já as lâmpadas fluorescentes compactas são tratadas pelo método de moagem simples. Esse

processo visa realizar a quebra das lâmpadas, utilizando-se um sistema de exaustão para a

captação do mercúrio existente.

Usualmente, as tecnologias empregadas não se preocupam em separar os componentes,

visando apenas à captação de parte do mercúrio. Deste modo, o teor de mercúrio ainda

presente no produto final da moagem é inferior ao anteriormente encontrado nas lâmpadas

quando inteiras, com a vantagem de inexistir riscos de ruptura e emissão de vapores, quando

da disposição destes resíduos em aterros.

Ressalta-se que este tratamento, desde que devidamente controlado para que não haja

emissões fugitivas de mercúrio, é a melhor alternativa existente no momento. Isto porque

promove a recuperação do mercúrio, a reciclagem dos constituintes das lâmpadas e não gera

resíduos perigosos que seriam destinados a aterros, conforme ilustrado na Figura 14.

Os componentes das lâmpadas após sofrerem tratamento, são destinados a indústrias de

recicladores que utilizam desses resíduos para a confecção de novos produtos ou fazem parte

de subprodutos, como mostra o Quadro 6.

A poeira fosforosa pode ser reutilizada como material fluorescente na produção de novas

lâmpadas, como pigmento na produção de tintas. O vidro é utilizado na fabricação de

contêineres não alimentícios, na produção de asfalto e, especialmente, como esmalte para

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vitrificação de cerâmica. Podendo ser reciclado várias vezes, sem perda da qualidade, o

alumínio possui ótimo valor quando comercializado como sucata.

Figura 14 Esquema geral ilustrativo para o tratamento de lâmpadas com mercúrio

O alumínio proveniente das lâmpadas fluorescentes não pode ser utilizado na fabricação de

latas de alumínio para bebidas. Assim, o valor de venda deste é relativamente baixo, em

relação ao alumínio proveniente de outros resíduos. Sua principal aplicação é a produção de

soquetes para lâmpadas. O mercúrio recuperado após a descontaminação das lâmpadas

apresenta grande pureza. Ele é utilizado na fabricação de termômetros comuns e pode

retornar ao ciclo produtivo de novas lâmpadas. A quantidade de mercúrio recuperada não é

muito grande, mas qualquer quantia que deixe de ser jogado no ambiente, com certeza é

significativa

Recebimento de Lâmpadas

Desembalagem e Contagem

Estocagem em Pallet identificado

Ruptura Controlada

Vidro e Pó Contaminados

Separador de Vidros

Vidro Descontaminado

Vapores de Mercúrio

Vapores de Mercúrio

Sucata Metálica Análise Reciclagem

Análise Reciclagem

Sistema de Controle de

Gases

Pó Contaminado

+ Vapores

Mercúrio Metálico

Desmercurizaçãotérmica a vácuo

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Quadro 6 Tipos produtos reciclados confeccionais a partir da fragmentação dos componentes das lâmpadas.

PRODUTO RESÍDUOS GERADOS RECICLAGEM

Lâmpadas

Poeira fosforosa Material fluorescente; pigmentação na produção

de tintas.

Vidro Fabricação de contêineres não alimentícios,

Produção de asfalto, esmalte para vitrificação de

cerâmica;

Alumínio Produção de soquetes para lâmpadas

Mercúrio Fabricação de termômetros comuns

A destinação final adequada estabelecida pelo Ministério do Meio Ambiente é a de

responsabilidade pós-consumo, onde se define a cadeia de responsabilidade, cabendo

atribuições aos fabricantes/importadores, distribuídos/revendedores e consumidores.

6.5.3.3. CABE AOS IMPORTADORES:

Importar somente lâmpadas com a devida identificação do fabricante e sua origem;

Responsabilizar-se pela reciclagem e destinação adequada dos resíduos no mesmo

volume de lâmpadas que distribuiu;

Comprovar devidamente a importação e a destinação das lâmpadas, através de

documentos, e mantê-los a disposição dos órgãos fiscalizadores.

6.5.3.4. CABE AOS COMERCIANTES E POSTOS DE COLETA DE LÂMPADAS:

Aceitar dos usuários, como depositários temporários, a devolução das unidades

usadas para seu posterior recolhimento por seus fabricantes ou importadores,

ficando proibida a sua posterior destinação como lixo comum;

Acondicionar adequadamente as lâmpadas recebidas armazenando-as de maneira

segregada, obedecidas as normas ambientais e de saúde pública pertinentes, bem

como as recomendações definidas pelos fabricantes ou importadores, até o seu

repasse a estes últimos;

Dispor em locais visíveis de coleta dos estabelecimentos comerciais e dos postos

de coleta, os recipientes contendo informações que alertem e despertem a

conscientização do usuário a importância e necessidade do correto destino das

lâmpadas usadas e os riscos que representam a saúde e ao meio ambiente, quando

não tratados com a devida correção.

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6.5.3.5. CABE AOS USUÁRIOS:

Devolver as lâmpadas após uso, aos comerciantes ou postos de coleta,

acondicionadas adequadamente.

Partindo da premissa de que a logística reversa ainda tem de ser devidamente

estruturada pelos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, e partindo de

que não se tem como exigir que os comerciantes acondicionem e devolvam esses

resíduos ao local de compra, uma vez que esse procedimento ainda não está em

vigor, propõem-se apenas armazenar adequadamente esses resíduos a fim de

minimizar os impactos ambientais por eles gerados.

A definição do melhor dia para a coleta das lâmpadas ficará a critério do município. O comercio

e a população local irá ligar na secretaria de meio ambiente e solicitar o recolhimento das

lâmpadas diretamente no seu local de geração. Posteriormente essas lâmpadas serão

encaminhadas para a Usina de Triagem e Compostagem, onde ficará adequadamente

acondicionada até seu encaminhamento para a correta destinação final.

O local de armazenamento das lâmpadas deverá ser coberto e limpo, protegido de

intempéries, conter tambores para acondicionar as lâmpadas quebradas e espaço para

acondicionar as lâmpadas em sentido vertical.

6.5.3.6. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a segregação domiciliar desses resíduos;

Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem;

Sensibilizar e orientar a população

6.5.3.7. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. A O plano de ações encontra-se no Apêndice

VIII. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos de Logística Reversa – Lâmpadas.

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6.5.3.8. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Diante da complexidade do sistema de tratamento ambientalmente correto que, por lei, deve

ser aplicado aos diversos tipos de lâmpadas existentes, o município, a princípio, deverá adotar

meios para melhor acondicionar esses resíduos e orientar a população de como proceder ao

armazenamento temporário das lâmpadas até sua disposição final, através da criação de um

plano de logística. As práticas para o tratamento prévio dos diversos tipos de lâmpadas

existentes, não se aplica somente ao local onde serão armazenadas na usina de triagem e

compostagem, mas também a prática da população em aderir à correta segregação das

lâmpadas em suas residências.

Para que a população participe do sistema de logística reversa, deverá haver criação e

confecção de material instrutivo de fácil entendimento e acesso sobre a segregação das

lâmpadas. A comunidade deverá ser sensibilizada sobre a importância da separação dos

diversos tipos de lâmpadas e sobre os procedimentos para a separação.

As lâmpadas usadas inservíveis (queimadas) devem ser colocadas, preferencialmente, na

posição vertical. Caso não seja possível reutilizar as embalagens originais, deverá ser utilizado

papelão, papel ou jornal e fitas adesivas para embalar as lâmpadas e protegê-las contra

choques mecânicos. Após estarem embaladas individualmente, as lâmpadas devem ser

acondicionadas em recipiente portátil ou caixa resistente apropriada para o transporte, de

forma a evitar a quebra das mesmas. Depois de embaladas, devem ser identificadas e

encaminhadas para empresas de reciclagem licenciadas pelos órgãos ambientais

competentes.

Ressalta-se que as lâmpadas que se quebrem acidentalmente devem ser separadas das

demais e acondicionadas em recipientes herméticos, como os tambores de aço. Estes devem

apresentar tampas em boas condições para que a vedação. Após o armazenamento, o

município deverá encaminhar as lâmpadas para as indústrias recicladoras. Como mostra na

Figura 15.

A política adotada pelo Ministério do Meio Ambiente é a de responsabilidade pós-consumo,

onde se define a cadeia de responsabilidade, cabendo atribuições aos

fabricantes/importadores, distribuídos/revendedores e consumidores.

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Figura 15 Esquema geral ilustrativo de fluxograma sobre o tratamento preliminar nas resudências.

6.5.4. EMBALAGENS DE AGROTÓXICO

Os agrotóxicos podem ser definidos como quaisquer produtos de natureza biológica, física ou

química que tem a finalidade de exterminar pragas ou doenças que ataquem culturas

agrícolas. Os agrotóxicos podem ser pesticidas ou praguicidas (combatem insetos em geral),

fungicidas (atingem os fungos), herbicidas (que matam as plantas invasoras ou daninhas).

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6.5.4.1. SITUAÇÃO ATUAL

Para adquirir o agrotóxico o interessado deve possuir obrigatoriamente a inscrição estadual e

possuir cadastro nos estabelecimentos comerciais. Os produtores rurais adquirem os

defensivos agrícolas nas revendas e cooperativas de sua cidade. É na nota fiscal de compra

que vem a descrição do local onde as embalagens vazias devem ser devolvidas e o proprietário

tem um prazo de até um ano para devolvê-las junto com suas tampas e rótulos. O agricultor

deverá então fazer a lavagem no momento da aplicação e armazenar temporariamente a

embalagem vazia em sua propriedade para depois encaminhá-las ao local adequado.

Em primeira escala, os produtores encaminham as embalagens para os locais onde

compraram, ou seja, as lojas de insumos agrícolas na cidade. As lojas então as reencaminham

para a Associação de Preservação Ambiental das Cooperativas e Associação dos Distribuidores

de Produtos Fitos-sanitários do Sul e Sudoeste de Minas Gerais (APACASS).

A atual destinação final pode ser considerada adequada e atende as legislações vigentes. No

entanto deverá haver um trabalho pra que a logística deste processo seja melhorada, visando

aumentar a quantidade de embalagens coletada, por criar sistemas que facilitem o acesso da

população a tais.

6.5.4.2. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação para disposição final ambientalmente adequada;

Realizar a correta segregação das embalagens de agrotóxicos;

Providenciar formas de inserção desses resíduos em programas já existentes de

recolhimento desses resíduos.

6.5.4.3. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. A O plano de ações encontra-se no Apêndice

IX. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos de Logística Reversa – Embalagens de Agrotóxicos.

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6.5.4.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A devolução das embalagens de agrotóxicos no local de compra do produto é de

responsabilidade do consumidor e seu recolhimento e descarte final é de responsabilidade

das empresas produtoras e das empresas que comercializam os agrotóxicos.

Sugere-se que haja parcerias entre os órgãos do governo para que haja uma conscientização

quanto à necessidade e importância da separação destas embalagens.

O município poderá criar cartilhas explicativas com a finalidade de conscientizar a população

das formas de segregação e de descarte dessas embalagens. A Figura 16 apresenta o sistema

de logística reversa para embalagens de agrotóxico.

Figura 16 Descarte de embalagens de agrotóxicos.

Descarte de Embalagens de Agrotóxicos

Devolver as embalagens nos estabelecimentos comerciais

Responsabilidade de dar destinação final das

embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e

comercializados,

Reutilização, reciclagem ou inutilização

ConsumidorEmpresas Produtoras e Comercializadoras de

Agrotóxicos

Responsabilidades

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6.6. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO

O monitoramento e a manutenção de todo o sistema de logística aqui proposto para tratar

e/ou armazenar adequadamente os diversos tipos de resíduos componentes da logística

reversa, requer muita disciplina e participação efetiva do município, dos parceiros e

principalmente da população de Alpinópolis.

Deverá haver constante fiscalização e diálogo entre as entidades parceiras e o município, a

fim de manter os sistemas funcionando com eficiência.

6.7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Os programas de educação ambiental devem envolver ações de sensibilização da comunidade,

uma vez que constituem ferramenta importante para se fomentar uma mudança de atitudes,

com vista a comportamentos mais sustentáveis. A mobilização da comunidade deverá ser feita

com a finalidade de que o cidadão tenha a vontade e a consciência da importância de sua

participação junto ao Programa de Logística Reversa. Essa mobilização poderá ser feita através

de eventos públicos que abordem o tema dos resíduos de logística reversa de maneira a levar

o cidadão a dar sua opinião sobre todo o processo de logística. Este tipo de evento deve ser

constante no município, devendo envolver: divulgação nas rádios, jornais, carros de som,

eventos em praça pública e escolas.

Durante os eventos do cotidiano da cidade, recipientes de coleta devidamente identificados

e materiais de divulgação dos programas de resíduos devem estar em destaque, com a

finalidade de levar a população a pensar a cada momento suas atitudes. Desta maneira todo

o processo terá a cara da cidade e os ajustes poderão ser feitos sem margens de erro.

A participação das crianças, considerando o efeito educativo e o poder de convencimento que

possuem, é de fundamental importância em qualquer campanha de sensibilização da

comunidade. Projetos relacionados à coleta dos resíduos de logística reversa sempre incluem

esta alternativa, dentre as suas estratégias para a sensibilização, em especial quando há a

necessidade de mudanças de hábitos da comunidade. Apesar da sensibilização por si só não

levar a mudanças permanentes, é um passo importante para a conscientização dos cidadãos

com relação aos problemas ambientais.

A campanha educativa e de sensibilização da comunidade deverá envolver as seguintes

etapas: reuniões com lideranças da comunidade, profissionais da limpeza pública da

administração municipal e formadores de opinião; elaboração de cartilhas; sensibilização e

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campanhas educativas na escola; eventos públicos para motivar a participação da

comunidade.

Deve ser realizado um planejamento para campanha nas escolas do município, considerando,

dentre outras, as seguintes atividades: sensibilização dos alunos em sala de aula; onde os

alunos são instruídos e estimulados sobre como fazer separação e o acondicionamento dos

resíduos de óleos de cozinha, pneumáticos, pilhas e baterias, equipamentos elétrico-

eletrônicos, lâmpadas e embalagens de agrotóxicos, com recreação na área comum da escola

e realização de jogos educativos e gincanas.

Um passo fundamental do programa de sensibilização é a preparação do material de suporte,

onde uma intensa e duradoura campanha publicitária e de educação ambiental são

necessárias para o sucesso do programa de logística reversa.

O material de divulgação deverá ser elaborado de forma a cumprir os pré-requisitos de ser

apelativo (despertar a atenção), educativo e informativo. Serão produzidas cartilhas que

contemplarão tópicos sobre a coleta dos resíduos de logística reversa como: O que é coleta

dos resíduos de logística reversa; Como será feita coleta dos pneumáticos, pilhas e baterias,

equipamentos elétrico-eletrônicos, lampas, óleos comestíveis e embalagens de agrotóxicos;

Por que fazer a coleta dos resíduos de logística reversa; Para onde irão os materiais recolhidos

nas coletas; Quais são os materiais componentes dos resíduos de logística reversa? Quais são

os tipos e para onde irão os pneumáticos, pilhas e baterias, equipamentos elétrico-

eletrônicos, lâmpadas, óleos comestíveis e embalagens de agrotóxicos? Dias das coletas dos

resíduos de logística reversa; Como será realizada a coleta na zona urbana do município.

O município poderá aderir a um padrão de cores estipulado por ele, assim como os dizeres

que neles conterão, devendo, no entanto atentar para os tipos de materiais a ser utilizados

na confecção dos recipientes de acordo com o tipo de resíduo que pretende atender.

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7. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES

7.1. INTRODUÇÃO

Instituída pela Lei 12305 de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) contem

princípios, objetivos e instrumentos relativos a gestão integrada do gerenciamento de

resíduos sólidos urbanos. Já em Minas Gerais, a Lei nº 18.031/2009, menciona que “são

serviços públicos de caráter essencial, de responsabilidade do poder público municipal, a

organização e o gerenciamento dos sistemas de segregação, acondicionamento,

armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos

domiciliares”.

O presente plano vem compor o Plano de Saneamento Básico do município de Alpinópolis, e

foi elaborado com o objetivo de estabelecer uma gestão eficiente dos resíduos recicláveis

secos; resíduos orgânicos rejeito e resíduos volumosos gerados na área urbana e rural de

Alpinópolis.

Sua finalidade é otimizar o aproveitamento de materiais recicláveis secos, melhorar a

qualidade do composto orgânico a ser produzido, e incentivar a criação de um Aterro Sanitário

para cumprir com as exigências impostas pela legislação ambiental vigente, bem como a

implantação de infraestrutura necessária para operação de uma Usina de Triagem e

Compostagem de Lixo no município.

A separação dos resíduos domiciliares é algo que exige um esforço conjunto de órgãos da

administração pública e da sociedade civil. Sua correta gestão demanda principalmente por

parte da população esforço e dedicação para que os materiais sejam separados de forma

correta.

Mais do que o inventário, diagnóstico e a implantação da infraestrutura necessária para

correta gestão dos resíduos gerados na cidade de Alpinópolis, esse plano leva em

consideração a mudança de hábitos, posterior a um processo bem elaborado e regular para

educação ambiental da população, ambos preponderantes para a implantação das medidas

aqui propostas.

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7.2. OBJETIVOS

Inventariar a situação dos resíduos domiciliares gerados em Alpinópolis;

Elaborar um diagnóstico local;

Propor procedimentos que visem diminuir a geração dos resíduos sólidos

domiciliares, ou reaproveitá-los;

Buscar formas adequadas de segregação e tratamento para os resíduos sólidos

domiciliares;

Implantar sistemas de coleta de resíduos recicláveis, orgânicos, rejeitos e

volumosos;

Destinar adequadamente os resíduos recicláveis, orgânicos, rejeitos e volumosos.

Promover campanhas e implantar programas que envolvam a sensibilização e

conscientização da população;

7.3. ASPECTOS LEGAIS

O Quadro 7 mostra as legislações de âmbito Federal e Estadual que regem sobre os resíduos

domiciliares são:

Quadro 7 Legislação brasileira voltada para os resíduos domiciliares. LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS DOMICILIARES

CBO - Classificação

Brasileira de

Ocupações

Catador de Material Reciclável é profissão reconhecida pelo

Ministério do Trabalho e Emprego.

1984 ABNT 8.419/1984 Gerenciamento de Resíduos Sólidos

1998 Lei nº 9.605/1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas

de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá

outras providências.

2001 Resolução CONAMA

nº 275/2001

Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de

resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e

transportadores, bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva.

2004 NBR 10.004/2004 Classificação dos Resíduos sólidos

...continua

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72

Continuação

LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS DOMICILIARES

2005 Lei nº 11.107/2005 Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios

públicos e da outras providencias.

2006 Decreto Federal

Nº 5.940 / 2006

Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados

pelos órgãos e entidades da administração pública federal

direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às

associações e cooperativas dos catadores de materiais

recicláveis.

2007 Lei nº 11.445/2007 Lei Nacional de Saneamento Básico

2010 Lei nº 12.305/2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos

LEGISLAÇÃO ESTADUAL

1994 Lei nº 11.720/1994 Política Estadual de Saneamento Básico

2000 Lei nº 13.766 /2000 Política Estadual de apoio e incentivo a coleta seletiva de

lixo.

2009 Lei nº 18.031/2009 Política Estadual de Resíduos Sólidos

2009 Decreto nº

45.181/2009

Regulamenta a lei nº 18.031, de 12 de Janeiro de 2009, e dá

outras providencias.

2011 DN Copam nº 172 de

2011

Institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de Minas Gerais.

7.4. RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES

Resíduos sólidos domiciliares são aqueles gerados nas residências e sua composição é

bastante variável sendo influenciada por fatores como localização geográfica e renda familiar.

Nesse tipo de resíduos podem ser encontrados restos de alimentos, resíduos sanitários (papel

higiênico), papel, plástico, vidros, dentre outros. Fazem parte desse grupo os resíduos

orgânicos, rejeitos, volumosos e os resíduos reciclados ou reaproveitáveis. Os Resíduos

Sólidos Domiciliares gerados no município de Alpinópolis podem ser classificados como:

Resíduos Recicláveis secos;

Resíduos Orgânicos;

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Rejeitos;

Resíduos Volumosos.

Em pesquisa realizada junto aos responsáveis pela gestão de resíduos sólidos urbanos do

município, não foi identificado a existência de um programa de coleta seletiva. A coleta

convencional é realizada pelo município diariamente, de segunda a sábado.

A abaixo mostra a situação atual do sistema de destinação final de resíduos domiciliares do

município de Alpinópolis.

O Quadro 8 mostra a situação atual do sistema de destinação final de resíduos domiciliares no

município de Alpinópolis.

Quadro 8 Situação atual dos sistemas de destinação final de resíduos domiciliares. TIPO DE RESÍDUOS Destinação Final

RECICLÁVEIS Aterro Controlado

ORGÂNICOS Aterro Controlado

REJEITOS Aterro Controlado

VOLUMOSOS Aterro Controlado

Durante 6 dias consecutivos, no mês de Julho de 2015, foram estimados dados quantitativos

acerca da geração de Resíduos Sólidos Urbanos no município de Alpinópolis. A média obtida

durante esse levantamento foi de 8.946 Kg de resíduos por dia. Quando dividimos esse valor

total pelo número de habitantes da cidade, considerando a estimativa do IBGE para a

população do município em 2015, de 19.630 habitantes, tem-se uma média de 0,46 Kg por

habitante/dia.

Ressalta-se que os valores apresentados são uma estimativa, pois, como a cidade ainda não

possui total controle sobre a gestão dos resíduos que gera, podem apresentar pequenas

discrepâncias com a realidade, além do que, tais valores podem ser alterados de acordo com

peculiaridades locais e regionais, como por exemplo, o clima e o turismo.

7.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES POR

CATEGORIA

7.5.1. RESÍDUOS RECICLÁVEIS SECOS

Os resíduos sólidos são aqueles constituídos principalmente por embalagens fabricadas a

partir de matérias prima como plástico, papéis, vidros e metais diversos, dentre outros. Esses

resíduos são considerados recicláveis quando podem ser transformados em novos produtos,

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e, diante do interesse do mercado consumidor, sua transformação industrial através de

procedimentos operacionais pode ser viabilizada.

De acordo com um estudo publicado em 2013, por meio do qual foi feita uma análise da

composição gravimétrica dos resíduos sólidos domiciliares no sul de Minas Gerais, chegou-se

a percentagem de 21% no inverno e 19% no verão, para resíduos reutilizáveis ou recicláveis.

Esse valor pode aumentar significativamente em épocas de festividades, como por exemplo,

carnaval e feriados prolongados.

Durante a realização do estudo de composição gravimétrica no município verificou-se que a

percentagem média de geração de resíduos recicláveis é estimada em 16% do total de

resíduos gerados no município. Se levarmos em consideração a reutilização total desses

resíduos como resultado de sua separação e posterior comercialização, estima-se que o valor

total arrecadado com venda dos resíduos recicláveis secos seria em torno R$ 3.788,70 (Três

Mil Setecentos e Oitenta e Oito Reais e Setenta Centavos) por semana. A estimativa foi feita

levando-se em consideração os valores de comercialização desses materiais no mercado

atualmente, porém, os mesmos podem vir a sofrer alterações.

7.5.1.1. SITUAÇÃO ATUAL

Com a inexistência de um programa de coleta seletiva no município os resíduos recicláveis são

coletados juntamente com o restante dos resíduos gerados nos domicílios, não dispondo de

separação específica para estes resíduos. A coleta dos resíduos sólidos recicláveis acontece de

segunda a sábado e abrange 100% da área urbana e 80% da zona rural, sendo que os outros

20% tem disposição nos domicílios geradores. A coleta é realizada por funcionários municipais

através de caminhões pertencentes ao município, com destino ao Aterro Controlado

denominado Goiabeiras, a Figura 17 mostra a situação dos resíduos quando chegam ao aterro

controlado.

Conforme levantamento de campo e informações adquiridas durante as audiências públicas

realizadas com a população de Alpinópolis, a cidade possui em suas dependências dois centros

de reciclagem de materiais, sendo um privado e outro pertencente a prefeitura.

O centro de reciclagem de iniciativa privada possui razão social de “Reciclagem Ecológica São

Sebastião Ltda” e fica localizado na Avenida Alferes José Justiniano dos Reis, n ° 445. O local,

comumente referenciado pela população local como “Reciclagem do Luizinho” se encontra

regularizado ambientalmente junto aos órgãos públicos, e recicla mensamente cerca de 200

toneladas de resíduos. Desse total, somente cerca de 10% é proveniente do próprio município,

o restante, cerca Cento e oitenta toneladas, vem de outros municípios da região. Em consulta

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com o proprietário do empreendimento, foi informado que o terreno onde está instalado

possui 800m2 de área total, sendo que deste, 400m2 são de área coberta. Atualmente, Onze

pessoas trabalham no local, sendo Nove funcionários, o proprietário e sua esposa. Durante

visita de campo para fins de diagnóstico e verificação das condições técnicas e de gestão do

centro, foi identificado que o mesmo possui em suas dependências uma prensa hidráulica,

modelo não identificado, e uma esteira de triagem, modelo também não identificado. Ainda

de acordo com o proprietário, os dois equipamentos se encontram em condições perfeitas de

funcionamento, porém, não estão sendo utilizados por falta de demanda, atribuída ao fato de

que os materiais que chegam ao local já se encontram separados, dispensando o uso de tais

equipamentos.

Figura 17 Situação dos resíduos quando chegam ao Aterro Controlado.

O centro de reciclagem administrado pela prefeitura realiza atividades em um galpão

comercial alugado, o qual é coordenado pela diretora do Departamento Municipal de

Assistência Social, Maria Cecília Vilela Santos. O empreendimento se encontra em

funcionamento desde 2011, e de acordo com informações disponibilizadas pela diretoria,

recicla aproximadamente 2.952.700 Kg de resíduos por mês. O sistema funciona através da

troca de materiais recicláveis por “vale compras”. O morador recebe esse “vale” no valor

equivalente ao peso e tipo de material que o mesmo levou até o local. De posse do “vale

compra” o morador pode utilizá-lo em um mercado municipal que se encontra ao lado do

posto de troca.

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Diante da inexistência de um programa de coleta seletiva e um programa eficiente de gestão

que adeque a estrutura local existente para reciclagem desse tipo de resíduo, os resíduos

sólidos recicláveis são encaminhados quase em sua totalidade para o aterro municipal,

diminuindo assim o tempo de vida útil desse aterro.

7.5.1.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

A destinação final adequada os resíduos recicláveis secos é sua reutilização. A implantação de

um sistema de coleta seletiva eficiente é um fator que auxilia no reaproveitamento de grande

parte dos resíduos gerados nos domicílios. A participação da comunidade neste sistema é de

extrema importância.

Após avaliação detalhada da infraestrutura existente no município, posterior a elaboração de

um plano de negócios, esses resíduos serão triados e posteriormente vendidos. Os fundos

adquiridos com a venda desses materiais serão revertidos para os trabalhadores envolvidos

no empreendimento, gerando lucro para os mesmos – o que influencia de forma positiva na

economia local, e ao meio ambiente (menos material disposto no solo), atendendo os

princípios da sustentabilidade.

Sugere-se nesse plano que seja avaliado pelo poder público municipal a possibilidade de

parceria público-privada para as etapas de conscientização e educação ambiental, bem como

para o tratamento dos resíduos por meio da implantação de uma Usina de Triagem e

Compostagem. Pouco difundida nesse meio atualmente, a iniciativa privada poderia manter

os benefícios já mencionados, entretanto; acrescendo ao município uma nova empresa, com

políticas, objetivos e metas, os quais colocariam o município em posição de destaque na

eficiência de gestão dos RSU.

Sendo assim, recomenda-se fortemente que durante análise de viabilidade técnica, comercial,

social e ambiental dos empreendimentos a serem instalados no município com a finalidade

de tratamento dos resíduos, leve-se em consideração a estrutura e mão de obra já existente

por meio dos dois centros de triagem instalados no município. Deste modo, faz-se cumprir

nesse plano seu papel de inclusão social da sociedade no ciclo de geração e destinação dos

resíduos nela gerados.

Para que seja efetivamente elaborado um documento identificando qual a demanda de

recursos financeiros o município possui, levando-se em consideração a infraestura já existente

e a possibilidade de parceria com o poder privado, por meio da “Reciclagem do Luizinho” e do

Centro Municipal de Reciclagem, sugere-se nesse plano que seja realizado um Plano de

Negócios, através do qual poderá ser avaliado financeiro e tecnicamente quais as

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necessidades do município para sua adequação com o sistema de gerenciamento correto

desses resíduos.

7.5.1.3. PLANO DE GERENCIAMENTO / DIRETRIZES

Para que o gerenciamento dos resíduos ocorra de maneira eficiente, é necessário o

estabelecimento de algumas diretrizes que nortearão este processo. As principais diretrizes

a serem seguidas devem:

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Atender o princípio dos 3 R’s;

Realizar a segregação domiciliar dos resíduos recicláveis;

Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem;

Promover a inclusão social dos catadores.

Avaliar a viabilidade de implantação de Usina de Triagem e Compostagem, bem

como de um Aterro Sanitário.

7.5.1.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. A O plano de ações encontra-se no Apêndice

X. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Domiciliares.

7.5.1.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A prioridade para se estabelecer uma boa gestão dos resíduos é a implantação (efetiva) de um

plano de coleta seletiva. Os resíduos recicláveis deverão ser coletados por funcionários

municipais ou empresa terceirizada em um dia da semana diferente da coleta dos outros tipos

de resíduo.

Sugere-se que a coleta seletiva dos resíduos secos recicláveis, compostos principalmente por

recicláveis, constituídos principalmente de papel, papelão, plástico, jornais, revistas,

cadernos, caixas de papelão, metais (ferrosos e não ferrosos), latas de metal e de vidro,

garrafas, potes e frascos de vidro (inteiros ou quebrados), garrafadas PET, sacos e embalagens,

brinquedos quebrados e utensílios domésticos quebrados, seja efetuada regularmente nas

terças e quintas feiras, porta a porta, sempre em horários pré-estabelecidos, tendo como

destino final a Unidade de Triagem e Compostagem a ser implantada pelo município.

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Com uma rotina de coleta e locais pré-estabelecidos, os cidadãos habitar-se-ão e serão

estimulados a participarem efetivamente do programa de coleta seletiva implantado no

município. Alternativamente deverão ser dispostos PEVS triplos (secos, orgânicos e rejeitos)

pelas ruas da cidade para a disposição alternativa dos resíduos nos dias que não houver coleta.

Uma alternativa para a coleta também seria a coleta “porta a porta” e deverá ser realizada

pelos catadores. Sugere-se que este tipo de coleta seja implantada gradativamente em bairros

da área urbana. O propósito é que, no futuro, toda a coleta dos resíduos recicláveis secos

passa ser realizada por meio deste procedimento, já que este sistema visa estabelecer vínculo

de confiança entre o morador e o catador, o que estimula os moradores a segregarem o

material reciclável, incentivando a regularidade e assiduidade no processo de coleta,

facilitando a vida do morador e lembrando-o de segregar regularmente o material reciclável;

permite também o contato direto do catador com a comunidade, mostrando a sua

importância como agente de limpeza e de preservação ambiental. Além disso, essa ação

promoverá a integração dos catadores envolvendo a responsabilidade compartilhada pelo

ciclo de vida dos produtos, o que é um dos objetivos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

A coleta dos resíduos recicláveis secos será realizada nos domicílios em dias Pré-estabelecidos.

Nestes dias de coleta, no período da manhã, os catadores com seus carrinhos, ou caminhão

adequado, passarão recolhendo os resíduos recicláveis secos já separados pela população, na

porta das residências e estabelecimentos comerciais. Para isso os moradores poderão

acondicionar seus materiais recicláveis em sacolinhas plásticas, caixas de papelão, sacos de

linhagem ou qualquer outro tipo de acondicionamento.

A ideia é de que esses catadores sejam distribuídos em pequenos grupos para a coleta dos

resíduos, cada trio fará um setor somente. Após fazer a coleta no respectivo setor, o catador

deverá deixar seu material coletado em uma caçamba que estará alocada, em um local

designado pela prefeitura (escola, imóvel público ou no PSF daquele setor) para que,

posteriormente, o caminhão da prefeitura possa passar recolhendo o material e conduzindo

até a Central de Triagem dos catadores para posterior triagem. A triagem será realizada no

período da tarde pelos catadores, com uma pausa de descanso entre a coleta e a organização

do material.

Caso o material reciclável não tenha sido posto na porta do morador no horário estipulado

para a passagem dos catadores, a população terá a opção de enviar esse material para a Usina

de Triagem e Compostagem nos horários definidos para a passagem do caminhão da

prefeitura.

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Para que a campanha colha excelentes resultados, multiplicadores deverão ser treinados para

a sensibilização da comunidade. A participação dos moradores é de extrema importância, por

este motivo, deve haver persistência e regularidade na divulgação da mensagem de

sensibilização. Deverão ser criados e confeccionados material instrutivo e de fácil

entendimento e acesso orientando a população sobre a separação correta dos recicláveis e

dias de coleta.

O programa de sensibilização não deve ser executado como algo pontual, ao invés, deve

receber uma atenção especial do poder público municipal de modo a estabelecer objetivos,

metas e responsáveis para que a conscientização e educação ambiental dos moradores da

cidade seja algo constante, mesmo após a implantação de todas as medidas aqui propostas.

O município, associação, ou empresa responsável deverá investir nos funcionários da UTC,

capacitando-os da melhor maneira possível para melhorar a operação da central de triagem e

compostagem de lixo, evitando que os materiais passem por uma má triagem. Reuniões

periódicas deverão ser realizadas entre os responsáveis pela UTC e os lideres municipais para

discutir planos de melhorias no sistema de coleta e triagem dos resíduos. Tanto os catadores

quando os operadores da UTC, bem como do Aterro Sanitário deverão estar em contato

constante com a população, criando um vínculo de confiança e respeito, que juntos resultarão

em um compromisso maior por parte da população.

Os materiais coletados e triados deverão ser fonte geradora de recursos financeiros através

do comércio dos recicláveis e compostos orgânicos. Servirão como subsídio a manutenção da

unidade, suprindo algumas das necessidades básicas da UTC, como por exemplo, compra de

EPI’s.

A Figura 18 apresenta um modelo simplificado ilustrando um sistema ideal de coleta seletiva

para os recicláveis.

Os resíduos recicláveis deverão ser coletados por caminhão apropriado no mesmo dia de

coleta dos resíduos orgânicos. Ambos deverão ser destinados a UTC para triagem e

comercialização dos produtos finais (materiais recicláveis e adubo orgânico).

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Figura 18 Logistica do processo de resíduos recicláveis secos desde a coleta até o descarte final

7.5.2. ORGANICOS E REJEITOS

Os resíduos orgânicos são compostos basicamente de restos oriundos de preparo de

alimentos. Contém partes de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos de

alimentos industrializados e outros.

Os rejeitos são considerados às parcelas contaminadas dos resíduos domiciliares: embalagens

que não se preservaram secas, resíduos úmidos que não podem ser processados em conjunto

com os demais, resíduos das atividades de higiene e outros tipos. A Lei 12.305 de 2010

considera como rejeito todos os resíduos sólidos que depois de esgotadas todas as

possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e

economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final

ambientalmente adequada.

7.5.2.1. SITUAÇÃO ATUAL

Assim como os resíduos recicláveis secos, os resíduos orgânicos e rejeitos são coletados sem

separação ideal de segunda a sábado.

A coleta desses resíduos é realizada por funcionários pertencentes à prefeitura, e é realizada

em todo o perímetro urbano do município por meio de um caminhão coletor. Como não há

separação adequada ou local adequado para destinação final, os resíduos orgânicos sempre

chegam ao Aterro junto com outros tipos de resíduos como mostra na Figura 19.

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Figura 19 Sintuação de como chega no aterro os residuos recicláveis secos os resíduos orgânicos e os rejeitos.

A falta de técnicas adequadas de tratamento dos resíduos orgânicos tem como consequência

a inexistência de uma triagem dos materiais. Conforme estudo divulgado em 2013, a

porcentagem de resíduos orgânicos compostáveis gerados no município é de 65% no inverno

e 64% no verão, do total dos resíduos gerados.

Com a instalação da UTC, s resíduos orgânicos serão triados, e posteriormente encaminhados

ao pátio de compostagem, para a fabricação de adubo orgânico.

Bem como os demais resíduos apresentados, os rejeitos coletados por meio de coleta

convencional no município são encaminhados diretamente ao Aterro, juntamente com os

demais resíduos. Como o município não possui plano de coleta seletiva e UTC, a vida útil

estimada do aterro existente tem reduzido significativamente. Quanto maior a quantidade de

rejeitos, maior o consumo de espaço de armazenamento nas valas.

O município de Alpinópolis tem investindo durante anos recursos financeiros e de mão de

obra com valores significativos para, inicialmente transformar seu lixão em aterro, e

atualmente para manter o mesmo dentro das condições técnicas de operação exigidas pela

lei. Deste modo, levando-se em consideração o fato de que sem um plano de coleta seletiva,

bem como uma UTC, a vida útil desse local está sendo reduzida drasticamente, e que o mesmo

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não pode ser licenciado pois não atende as normas vigentes, sugere-se a implementação de

um Aterro Sanitário, em conjunto com a instalação de uma UTC, os quais juntos serão

preponderantes para adoção de uma gestão eficaz dos RSU em Alpinópolis.

7.5.2.2. PLANO DE GERENCIAMENTO / DIRETRIZES

Uma vez que os resíduos de Poda e Capina são considerados resíduos orgânicos, o

gerenciamento de tais deve prever diretrizes que possibilitem uma gestão unificada com

resíduos qualificados com a mesma natureza. Para que isso se torne possível, as principais

diretrizes a serem seguidas são:

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Realizar a segregação domiciliar dos resíduos orgânicos e rejeitos;

Minimizar a disposição de resíduos orgânicos no aterro sanitário a ser implantado;

Instalar e operar adequadamente a Usina de Triagem e Compostagem;

7.5.2.3. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. A O plano de ações encontra-se no Apêndice

XI. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Públicos – Orgânicos e Rejeitos.

7.5.2.4. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A lei 12.305/10 determina o prazo para encerramento dos lixões até dia 02 de agosto de 2014.

Como o município possui aterro controlado, ele deverá ser extinto. A área deverá ser

desativada, isolada e recuperada. A área destinada as valas deverão ser cercadas, e seu

sistema de drenagem pluvial deverá ser mantido. Cobertura com solo e cobertura vegetal

deverão ser fixados no local. Nenhum tipo de edificação deverá construído após a recuperação

da área.

Como o município possui apenas um aterro controlado, um aterro sanitário de pequeno porte

deverá ser construído. Esta obra de engenharia consiste na técnica de disposição de resíduos

sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança,

minimizando os impactos ambientais. Este método utiliza de princípios de engenharia para

confinar os resíduos sólidos à menor área possível, reduzi-los ao menor volume permissível,

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cobrindo os resíduos com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou

a intervalos menores se for necessário.

Como a construção e manutenção dos aterros exige grande disponibilidade financeira por

parte dos municípios, sugere-se que um consórcio intermunicipal seja criado. A Resolução

CONAMA 404/2008 e a Lei 11107/205 estabelecem diretrizes para o licenciamento dos

aterros de pequeno porte e definem normas para a gestão em consorcio intermunicipal,

respectivamente.

A criação do aterro sanitário não extermina a existência da Usina de Triagem e Compostagem

de lixo. Pelo contrário, ele apenas complementa a correta destinação dos resíduos. Os

materiais continuarão a ser triados, mas de forma mais organizada, considerando que a coleta

deverá diferenciar o lixo seco do lixo úmido.

Durante o processo de triagem, os funcionários deverão fazer uso rigoroso de EPI’s. Os

mesmos deverão ficar em frente a pista de triagem e devem ter atrás de si ou em suas laterais,

bombonas de plástico de fácil manejo e higienização. Os materiais deverão ser separados em:

matéria orgânica, recicláveis, rejeitos e resíduos específicos.

Os resíduos orgânicos deverão ser coletados no final do processo de triagem e em seguida

encaminhados ao pátio de compostagem. Um programa de coleta especial de orgânicos

deverá ser implantado em feiras, supermercados, sacolões e restaurantes.

Para que o pátio de compostagem apresente condições adequadas de funcionamento

algumas rotinas de operação deverão ser seguidas. A umidade das leiras deverá ser verificada

diariamente. O valor ideal é de 55% de umidade. Caso haja excesso de umidade, materiais

como palha deverão ser adicionados, e se necessário incluir uma camada fina de composto já

maturado. Em época chuvosa, o as leiras deverão ser recobertas com lona. Já em períodos

muito secos água deverá ser adicionada para manter a umidade ideal.

Todas as leiras deverão ser identificadas até os cento e vinte dias de compostagem, com placas

numeradas. A temperatura é outro fator chave para a uma correta rotina de operação. A

temperatura deverá se lida e anotada diariamente durante a fase de degradação ativa (90

dias) e durante a fase de maturação (Trinta dias) até completar o seu ciclo de cento e vinte

dias de compostagem.

De três em três dias as leiras deverão ser reviradas. Caso o material apresente auto grau de

compactação, material fibroso deverá ser adicionado para aumentar os vazios. Durante os

reviramentos, todo o material inerte deverá ser retirado das leiras, e as partículas não deverão

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apresentar tamanho superior a cinco cm. Nenhum tipo de vegetação poderá crescer nas

leiras. Caso isso ocorra, deverão ser retirados.

Para evitar moscas, e insetos diversos, todas as leiras novas deverão ser cobertas com uma

camada de composto maturado. Além disso a dedetização das canaletas é de grande ajuda.

Quando a fase de compostagem terminar, o material deverá ser peneirado e estocado em

local coberto e sobre piso pavimentado para que sua qualidade seja mantida. Além disso,

deverão ser coletadas amostra do composto para análise, e deverão seguir os parâmetros

físico-químicos e bacteriológicos indicadas no relatório de monitoramento e

acompanhamento da operação de usinas da FEAM.

Já os rejeitos, coletados em dias diferentes dos orgânicos e recicláveis, deverão ser

encaminhados ao Aterro Sanitário diretamente. Um sistema de logística deverá ser elaborado

assim que a área para construção do novo aterro for definida.

Para que a coleta seletiva funcione de maneira eficiente, a comunidade deverá ser

sensibilizada sobre a importância da separação dos materiais orgânicos e rejeitos. Também

deverão ser instruídos quanto aos corretos procedimentos para a segregação dos resíduos.

Multiplicadores deverão ser capacitados para agir no processo de sensibilização da

comunidade na separação domiciliar dos resíduos orgânicos e rejeitos. O que auxiliará na

sensibilização será a criação e confecção de material instrutivo e de fácil entendimento e

acesso sobre a separação dos orgânicos e rejeitos.

A Figura 20 ilustra de forma simplificada como o processo desde a coleta até o descarte final

ocorrerá.

Os resíduos orgânicos serão coletados juntamente com os recicláveis nas terças, quintas e

sábados. Para realização deste tipo de coleta é necessária a aquisição de um veículo com

carroceria bi-partida. Os resíduos deverão ser destinados diretamente a UTC.

Já os rejeitos serão coletados separadamente nas segundas, quartas e sextas-feiras, de forma

isolada. Os rejeitos serão direcionados para o aterro sanitário.

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Figura 20 Logistica do processo de resíduos orgânicos e rejeitos desde a coleta até o descarte final.

7.5.3. RESÍDUOS VOLUMOSOS

Os resíduos volumosos são constituídos por materiais não removidos pela coleta rotineira de

resíduos sólidos domiciliares, como móveis, utensílios domésticos, colchões e

eletrodomésticos fora de uso, grandes embalagens e peças de madeira, e outros resíduos de

origem industrial. Os componentes mais constantes são as madeiras e os metais.

A recente obsolescência programada das coisas cria um cenário de consumo elevado, o que

aumenta a geração de volumoso dia após dia nas pequenas médias e grandes cidades.

7.5.3.1. SITUAÇÃO ATUAL

Assim como os demais resíduos gerados no município, os resíduos volumosos são enviados

para o aterro municipal, através da coleta convencional. Como não há separação adequada

ou local adequado para destinação final, os resíduos são destinados ao aterro sem qualquer

separação ou reaproveitamento. A Figura 21 mostra a situação atual dos resíduos volumosos

no aterro controlado municipal.

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Figura 21 Atual sintuação dos resíduos volumosos no aterro controlado municipal.

7.5.3.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

A destinação final adequada para os resíduos volumosos é a UTC, onde serão

separados para reciclagem ou reuso. Os materiais que estiverem em bom estado de

conservação poderão ser reaproveitados, enquanto os outros volumosos serão desmontados

destinados ao aterro sanitário.

7.5.3.3. PLANO DE GERENCIAMENTO / DIRETRIZES

O plano de gerenciamento deve se basear em normas e legislações que estiverem vigentes.

Algumas diretrizes podem desde já nortear este processo:

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Atender o princípio dos 3 R’s;

Providenciar formas de coleta e reaproveitamento dos resíduos volumosos;

Minimizar a destinação de resíduos volumosos para o aterro sanitário.

7.5.3.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice XII.

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O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Volumosos.

7.5.3.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Para que a população seja re-educada a dispor os resíduos volumosos adequadamente, um

programa de coleta especial deve ser criado. Os resíduos deverão ser coletados de forma

separada dos demais resíduos, de acordo com a necessidade do município. A prefeitura

deverá divulgar os dias e horários específicos para a coleta, com periodicidade máxima

mensal. A informação precisa tornar a coleta eficaz e eficiente, já que todos poderão participar

contribuindo para seu bom desenvolvimento. Diante da baixa demanda de coleta desses

resíduos, outra opção é informar a população um telefone por meio do qual eles poderão

entrar em contato e solicitar a coleta do material.

Como muitos dos materiais volumosos podem ser reutilizados ou reciclados, sugere-se a

criação de um bazar para armazenamento, venda e doação dos resíduos. Em alguns casos, os

materiais que não apresentarem bom estado de conservação, poderão ser desmontados e

suas peças ainda estarão aptas ao reuso. No caso de um sofá, por exemplo, pode ser que o

estofamento não apresente mais condições de uso, mas seu desmonte permite a utilização

de sua madeira, que pode servir de matéria prima para a construção de outros objetos, ou até

ser utilizado na construção civil.

Nessa etapa torna-se fundamental uma análise de disponibilidade de profissionais que se

interessem pelo recebimento desse resíduo, para que de alguma maneira os mesmos possam

os reutilizar e gerar lucro para os mesmos. Para divulgação, venda e conscientização desse

plano específico sugere-se que seja criado um grupo ou página na rede social “Facebook” para

que através do mesmo possam ser divulgadas informações e oportunidades de compra e

venda desses materiais.

É importante que haja um planejamento antes da implantação do programa, para analisar as

reais necessidades da população, e com isso defender o princípio da economicidade.

Outro fator importante é a capacitação dos funcionários envolvidos desde a coleta até o

desmonte e armazenamento dos volumosos. Para segregar corretamente estes resíduos os

funcionários deverão receber capacitação constante.

A comunidade deverá ser sensibilizada sobre a coleta e reaproveitamento dos volumosos.

Material instrutivo e de fácil entendimento serão criados e confeccionados de forma a

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incentivar a segregação correta dos resíduos. Além disso, serão criadas oficinas para o

aproveitamento, concerto e restauração dos resíduos, que poderão contar com o apoio social.

A Figura 22 mostra a logística do processo de resíduos volumosos desde a coleta até o descarte

final do processo.

Figura 22 Logistica do processo de resíduos volumosos desde a coleta até o descarte final.

7.6. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO

A manutenção e o monitoramento dos serviços de limpeza pública, coleta e segregação dos

resíduos domiciliares na administração pública deve ser constantemente fiscalizada pela

própria administração e sociedade civil.

As campanhas de sensibilização e conscientização da coleta seletiva no município não devem

estacionar, pois os moradores precisam sempre ser incentivados a separarem os resíduos,

dessa forma se faz necessário, continuidade ao programa de campanhas de sensibilização

elaborando novos métodos para este procedimento, como por exemplo, divulgação na rádio

local, realização de eventos em praças públicas em dias específicos, como aniversário da

central de triagem dos catadores, dia do meio ambiente, etc. E para aqueles que ainda não

aderiram à correta separação dos resíduos, deverá ser feita campanha especifica para os

logradouros que ainda não estão separando.

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Para controle do programa de coleta poderá ser elaborada uma planilha com os roteiros de

cada setor, uma para cada dia de coleta. Nesta planilha, agentes da coleta poderão indicar os

domicílios que não estão participando e separando os recicláveis. A planilha será avaliada

mensalmente e, caso haja necessidade, os domicílios que não estão participando recebem,

novamente, a visita da equipe de sensibilização.

7.7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA)define Educação Ambiental como “os

processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua

sustentabilidade.”.

Para que o indivíduo e a coletividade construam valores relacionados ao meio ambiente é

necessário, por exemplo, seu envolvimento em programas que estimulem a consciência

ambiental. Palestras e mini-cursos são ferramentas instrutivas e de fácil acesso que visam

educar e conscientizar, instigando sua curiosidade intelectual, e despertando o senso

humanitário de proteção ao meio ambiente.

No caso do município de Alpinópolis, atividades de cunho ambiental deverão ser implantadas

principalmente nas escolas. Crianças e adolescentes se tornarão multiplicadores e a meta de

educar e conscientizar chegará a inúmeras famílias.

Como a geração dos resíduos orgânicos, rejeitos e volumosos é feita por todos os indivíduos,

o público alvo não se restringe a certo grupo de pessoas, devendo atingir os moradores em

sua totalidade. Reuniões de bairro, grupos de terceira idade, palestras em PSF’s e hospitais,

são exemplos de reuniões que poderão incluir o assunto da educação ambiental.

Para atingir uma porcentagem maior de pessoas espera-se que em todas as datas

comemorativas sejam implantadas atividades educativas, de forma a atingir maior público.

Uma das maneiras de mobilizar a sociedade é através de meios efetivos de comunicação,

como redes sociais, rádio, jornais, cartazes de rua, etc.

Os esforços da Municipalidade deverão ser concentrados no sentido de conscientizar a

população para que procure acondicionar, da melhor maneira possível o lixo gerado em cada

domicílio, além de incentivar o reuso e a reciclagem dos materiais.

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A educação ambiental deve acontecer também em toda a estrutura organizacional da

prefeitura, abrangendo todos os setores que direta e indiretamente estejam envolvidos com

a limpeza urbana.

Visando o sucesso para a sensibilização junto à comunidade e demais setores, serão aqui

apresentadas algumas etapas fundamentais para o bom desenvolvimento dos trabalhos de

sensibilização.

7.8. CONSCIENTIZAÇÃO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E

PARTICULARES DO MUNICÍPIO.

A participação das crianças, considerando o efeito educativo e o poder de convencimento que

possuem, é de fundamental importância em qualquer campanha de sensibilização da

comunidade. Projetos relacionados à coleta seletiva sempre incluem esta alternativa dentre

as suas estratégias para a sensibilização, em especial quando há a necessidade de mudanças

de hábitos da comunidade. Deve ser realizado um planejamento para campanha nas escolas

do município, considerando, dentre outras, as seguintes atividades: sensibilização dos alunos

em sala de aula; onde os alunos são instruídos e estimulados sobre como fazer a separação

entre recicláveis, rejeitos, orgânicos e volumosos, com recreação na área comum da escola e

realização de jogos educativos e gincanas.

7.9. DIVULGAÇÃO

Um passo fundamental do programa de sensibilização é a preparação do material de suporte.

O material de divulgação deverá ser elaborado de forma a cumprir os pré-requisitos de ser

apelativo (despertar a atenção), educativo e informativo. Serão produzidas cartilhas que

contemplarão tópicos sobre a coleta dos resíduos sólidos domiciliares como: O que é coleta

seletiva; O que é a coleta dos resíduos recicláveis, orgânicos, rejeitos e volumosos; Por que

fazer a coleta seletiva e a coleta dos demais resíduos aqui apresentados; Para onde irão os

materiais recolhidos nas coletas; Quais são os materiais recicláveis? Quais são os rejeitos, os

orgânicos e os volumosos? Dias das coletas dos resíduos recicláveis secos, dos orgânicos, dos

rejeitos e dos resíduos volumosos; Como será realizada a coleta na zona urbana do município.

Para esta etapa será indispensável o uso das redes sociais por meio da criação de páginas

e/grupos que tenham a função de disseminar conteúdos diversos sobre a gestão de resíduos

no município.

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8. PLANO DE GESTÃO DE RESÍDUOS ESPECÍFICOS

Os resíduos que fazem parte desse plano, gerados no município de Alpinópolis, são os resíduos

de construção civil, resíduos de serviços de serviços de saúde, resíduos industriais e resíduos

de mineração. Devido a peculiaridade dos resíduos os mesmos devem ser tratados com

cautela.

8.1. INTRODUÇÃO

A geração de resíduos gerados pelas diversas atividades humanas constitui-se atualmente um

grande desafio a ser enfrentado pelas administrações municipais.

A partir da segunda metade do século XX, com os novos padrões de consumo da sociedade

industrial, a produção de resíduos vem crescendo continuamente em ritmo superior à

capacidade de absorção da natureza. Isso pode ser visto no aumento da produção (velocidade

de geração) e concepção dos produtos (alto grau de descartabilidade dos bens consumidos),

como também nas características "não degradáveis" dos resíduos gerados. Além disso,

aumenta a cada dia a diversidade de produtos com componentes e materiais de difícil

degradação e maior toxicidade. O descarte inadequado de resíduos tem produzido, passivos

ambientais capazes de colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de

vida das atuais e futuras gerações.

O presente plano vem compor o Plano de Saneamento Básico do município de Alpinópolis, e

foi elaborado com o objetivo de estabelecer uma gestão eficiente dos resíduos de construção

civil, anteriormente denominados resíduos de construção e demolição, resíduos de serviços

de saúde, resíduos industriais e resíduos de mineração.

O setor de construção civil é um dos maiores geradores de resíduos e boa parte deles é

disposta irregularmente em terrenos baldios, mananciais e áreas de proteção ambiental,

poluindo solo e água. Segundo a Resolução Conama nº 307/02, é proibido à disposição de

resíduos de construção civil em áreas não licenciadas.

Os Resíduos de Serviços de Saúde ou “lixo hospitalares ou ainda resíduos sépticos”,

constituem um problema bastante sério para os administradores hospitalares, farmácias,

drogarias, consultórios odontológicos, consultórios veterinários e também para a

administração municipal, uma vez que de acordo com as normas vigentes, esses resíduos

devem ser separados conforme um sistema de classificação diferenciada para cada tipo de

resíduo gerado. De acordo com a RDC nº 306 de 2004, os geradores de resíduos de serviços

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de saúde são responsáveis pelo correto gerenciamento de seus resíduos, atendendo as

normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até sua destinação final.

Os resíduos industriais são aqueles resultantes dos processos existentes nas indústrias. Muitos

desses resíduos são perigosos, outros não, como exemplo pode-se citar o plástico

polimerizado, borracha, madeira e bagaço de cana, dentre outros.

Os resíduos de mineração, gerados em consequência da exploração de quartzito na cidade,

constituem parte desse plano a partir do momento que apresentam representatividade

comercial no município, e potencial de impacto no meio ambiente. A disposição inadequada

dessas rochas podem causar ao meio ambiente diversos impactos, tais como: início ou

agravamento de processos erosivos, assoreamento de corpos hídricos e alteração da

conformação natural do relevo.

Diante desta variedade de resíduos vê se a necessidade de busca por alternativas de materiais,

sistema de produção e descarte de resíduos menos impactantes e mais responsáveis com o

meio ambiente, ou seja, sustentáveis. Tais alternativas já começam a ser estudadas e algumas

delas inclusive já estão disponíveis no mercado.

8.2. OBJETIVOS

Propor alternativas como a reciclagem, reuso e correta deposição e destinação

final ambientalmente adequada dos resíduos de construção civil e demolição, e

mineração;

Estimular e promover a prática do correto gerenciamento interno dos resíduos de

serviços de saúde, pelos estabelecimentos, com a correta segregação e

acondicionamento por classes Incentivar medidas que visem diminuir a geração

dos resíduos sólidos específicos;

Propor alternativas para a disposição final adequada dos resíduos de animais

mortos e resíduos cemiteriais;

Monitorar a coleta, transporte e destinação final dos resíduos específicos.

Buscar uma alternativa técnica para o reaproveitamento em larga escala dos

resíduos provenientes das minerações instaladas no município.

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8.3. ASPECTOS LEGAIS

O Quadro 9 mostra as legislações de âmbito Federal, Estadual e Municipal que regem sobre

os resíduos públicos são:

Quadro 9 Legislação Brasileira voltada para resíduos específicos

LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS ESPECÍFICOS

1980 Lei nº 6.803/1980 Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento

industrial nas áreas críticas de poluição, e dá outras

providencias.

1995 Lei nº 9.074/95 Estabelece normas para outorga e prorrogação das

concessões e permissões de serviços públicos e dá outras

providencias.

1995 Lei nº 8.987/95 Dispõe sobe o regime de concessão e permissão da prestação

de serviços públicos previstos no art. 175 da Constituição

Federal, e dá outras providencias.

1997 Resolução CONAMA

nº 237/97

Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos

e critérios utilizados para o licenciamento ambiental.

2002 Resolução CONAMA

nº 307/2002

Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão

dos resíduos da construção civil. Alterada pelas Resoluções

348, de 16 de agosto de 2004, e nº 431, de 24 de maio de

2011.

2002 Resolução CONAMA

nº 313/2002

Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos

Industriais.

2004 Resolução CONAMA

nº 348/2004

Altera a Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002,

incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.

2004 RDC nº 306/ 2004.

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento

de resíduos de serviços de saúde.

2005 Resolução CONAMA

nº358/ 2005.

Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos

dos serviços de saúde e dá outras providências.

2010 Lei nº 12.305/2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n

9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providencias.

...continua

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94

Continuação.

LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS ESPECÍFICOS

2012 Resolução CONAMA

nº 448 /2012.

Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10, 11 da Resolução nº 307,

de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio

Ambiente - CONAMA, alterando critérios e procedimentos

para a gestão dos resíduos da construção civil.

1999 Lei nº 13.317/1999 Contem o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais

2001 Lei nº 14128/2001 Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais e

sobre os instrumentos econômicos e financeiros aplicáveis a

Gestão

de Resíduos Sólidos. 2005 DN Copam nº

90/2005

Dispõe sobre a declaração de informações relativas as

diversas fases de gerenciamento dos resíduos sólidos

industriais do Estado de Minas Gerais.

LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS ESPECÍFICOS - NORMAS DA ABNT

1993 ABNT NBR

12808/1993.

Resíduos de serviço de saúde– Classificação.

2003 ABNT NBR

13221/2003

Transporte terrestre de resíduos.

2004 ABNT NBR

15116/2004.

Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil -

Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem

função estrutural – Requisitos.

2004 ABNT NBR

15112/2004.

Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de

transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e

operação.

2004 ABNT NBR

15113/2004.

Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes -

Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação.

2004 ABNT NBR

15114/2004.

Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem -

Diretrizes para projeto, implantação e operação.

2004 ABNT NBR

15115/2004.

Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil -

Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos.

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8.4. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ESPECÍFICOS POR CATEGORIA

8.4.1. RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Resíduos de Construção e Demolição são resíduos provenientes de construções, reformas,

reparos e demolições de obras de construção civil e os resultantes da preparação e da

escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas,

metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas,

pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, dentre outros, comumente

chama- dos de entulhos de obras, caliça ou metralha (CONAMA 307/2002).

8.4.1.1. SITUAÇÃO ATUAL

Os Resíduos de Construção e Demolição atualmente são recolhidos pela prefeitura através do

uso de caçambas. É cobrada uma taxa aproximada de R$ 50,00 (Cinquenta Reais) para

manutenção dos serviços quando os serviços de caçamba são solicitados pelos moradores. A

coleta é realizada conforme necessidade do gerador, portanto não há dias pré-definidos.

Empresas de locação de caçambas são ativadas pelos geradores de resíduos. Uma vez

solicitado o serviço de locação, as empresas responsáveis levam a caçamba até a obra, e

quando a esta está cheia o empreendedor liga para a empresa e solicita que a mesma retire a

caçamba do local e faça o descarte do material. O descarte é feito integralmente no aterro

controlado municipal como mostra a Figura 23. São duas as empresas responsáveis em

disponibilizar ao gerador essas caçambas, sendo que, uma delas tem caçambas locadas pela

prefeitura com o objetivo de serem disponibilizadas em pontos estratégicos na periferia da

cidade e nas estradas para coleta de resíduos domiciliares urbanos e rurais.

Os principais geradores são os próprios residentes em suas obras, além de empresas de

materiais primários da construção civil.

Durante o período de 6 dias, no mês de Julho de 2015, foi realizado uma estimativa da

quantidade de Resíduos de Construção Civil Gerados no município. Como resultado desse

estudo, chegou-se a média de 10.633Kg de Resíduos de Construção Civil, gerados no município

todos os dias.

A média estimada como geração típica per capita é de 520 kg anuais, podendo crescer em

cidades com economia mais forte e reduzir-se em municípios menores. É importante observar

que os inventários detectam que 75% da geração destes resíduos ocorrem em pequenos e

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médios eventos construtivos, que quase na totalidade, são classificados como atividades

informais.

Figura 23 Localização da área destinada ao descarte de RDC no município de Alpinópolis.

Como não existe nenhum tipo de reaproveitamento dos resíduos de construção civil no

município de Alpinópolis, esses resíduos são encaminhados para o aterro municipal.

8.4.1.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Para atender as normas e legislações vigentes os resíduos de Construção e Demolição não

deverão mais ser dispostos no aterro municipal. Um local licenciado pelos órgãos ambientais

competentes deverá ser estabelecido para futuros descartes. O co-processamento dos

resíduos, ou sua reutilização como agregado a construção civil são exemplos de correta

destinação.

Os resíduos de construção e demolição devem ser conduzidos para destinação final para um

o Aterro de Resíduos de Construção Civil. Define-se aterro de RCD uma área onde serão

empregadas técnicas de deposição de resíduos da construção civil Classe A e/ou resíduos

inertes no solo, visando o correto aprisionamento destes materiais, segregados de forma a

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possibilitar o uso futuro dos materiais e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de

engenharia para confina-los ao menor volume possível sem causar danos à saúde e ao meio

ambiente. As outras classes de resíduos RCDs deverão ser triados para reciclagem. Os resíduos

de Classe D que não puderem ser reciclados deverão ser destinados para algum aterro Classe

I.

8.4.1.3. PLANO DE GERENCIAMENTO /DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Buscar alternativas para melhorar a coleta e destinação dos RCDs;

Buscar alternativas para a reciclagem dos RCDs.

8.4.1.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice

XIII. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Específicos – Resíduos de Construção e Demolição.

8.4.1.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E SISTEMA DE COLETA

A gestão diferenciada dos resíduos de construção e demolição deve ser vista como uma

atividade recuperadora e preservadora do meio ambiente local, com o exercício efetivo das

competências municipais previstas nas legislações. Existem quatro classes de resíduos da

construção e demolição determinadas pelas Resoluções Conama 307/2002 e 348/2004,

conforme mostra a Figura 24.

Para que haja uma estruturação dos resíduos de Construção e Demolição, deverá ser

elaborado um plano de logística, que atinja desde a coleta até a disposição final dos mesmos.

O sistema de coleta deverá estar de acordo com as necessidades dos geradores não causando

nenhum prejuízo, nem aos geradores, nem ao município. A disposição final deverá atender

todas as normas e legislações vigentes.

Como os moradores estão acostumados a descartar os RCD por meio de caçambas, toda a

comunidade deverá se alertada sobre o novo plano de logística, para que possa participar

ativamente no plano, e contribuir para o sucesso do mesmo. Reuniões de bairro, panfletos, e

eventos deverão ser realizados com o intuito de informar toda a população. Sugere-se a

criação de multa para os indivíduos que descumprirem as novas regras estabelecidas no plano

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de logística reversa, e insistirem em depositar seus resíduos no bota-fora. As novas áreas

destinadas ao recebimento destes resíduos deverão ser licenciadas pelo órgão ambiental

competente, e as demais áreas existentes no município deverão ser inutilizadas.

Figura 24 Tipos de resíduos de construção e demolição segundo Resolução Conama 307/02 e 348/04

Classe Identificação Integrantes Destinação Observação

A

Recicláveis como agregado

Podem ser usados na preparação de

argamassa e concreto não estruturais

Aterro de Resíduos de

Construção Civil

Areia, concreto armado, cerâmica,

pedras, telha, tijolo cerâmico

B DC

Recicláveis outras destinações

Aço de construção, alumínio, arame,

asfalto quente, cabos, fios, pregos, sobras de

demolição

Reciclagem e armazenamento

temporário

Podem ser usados na confecção de base, sub-

base, pavimentação, rip rap, material preenchimento

Não Recicláveis

Gesso, manta asfáltica, manta lã e vidro, peças de

fibra

Devem seguir Normas Técnicas

Resíduos Perigosos

Com relação ao gesso, buscar soluções com

fabricante

Solvente e lataria, tinta a

base de água e solvente

Devem seguir em

conformidade com a legislação

O serviço privado de caçambas deverá ser incentivado de forma que o município tenha

controle do local de disposição, e da quantidade de serviço gerado mensalmente.

Pensando no reaproveitamento dos resíduos, uma área deverá ser criada para triagem e

armazenamento temporário, incentivando a reutilização e reciclagem dos mesmos.

Embora existam várias classes de resíduos de construção e demolição, a proposta futura é

implantar uma unidade de triagem e processamento de RCDs. A transformação dos resíduos

de construção civil em agregados poderá ocorrer caso o município adquira um triturador.

Neste caso, os funcionários da prefeitura deverão receber treinamento adequado para a

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correta utilização do equipamento, além de treinamento para identificar quais tipos de

resíduos poderão ser reaproveitados.

De modo a viabilizar a implantação de medidas técnicas e infraestrutura necessária para

reutilização desses resíduos, recomenda-se para o município que seja avaliada a hipótese de

consórcio intermunicipal com outros municípios próximos a Alpinópolis. Levando-se em

consideração o custo elevado para licenciamento, implantação e manutenção de um Aterro

para Resíduos de Construção Civil, um consórcio pode diminuir significativamente esses

valores, pois apesar do maior custo com transporte, economizará com diversos outras

despesas.

8.4.2. RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Resíduos sólidos industriais são todos os resíduos que resultam das atividades industriais e

que se encontre nos estados sólidos, semi-sólido, gasoso (quando contido), e líquido, cujas

particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos

d´água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor

tecnologia disponível.

8.4.2.1. SITUAÇÃO ATUAL

Não foram identificadas no município indústrias que são geradoras de resíduos que

necessitam de tratamento especial. As duas indústrias geradoras de uma quantidade de

resíduos significante exercem as atividades de fabricação de ração e estruturas metálicas,

sendo cada uma responsável pela geração de 2.000 e 300 kg/mês de resíduos,

respectivamente.

O Quadro 10 mostra a seguir as indústrias identificadas durante levantamento prévio no

município, e os resíduos gerados nas mesmas e suas destinações primárias.

Quadro 10 Principais industrias e resíduos gerados no município. Empreendimento Principais Resíduos Destinação Primária

Alpqueijo Soro/Plástico Reciclagem

Rações Ventania Plástico/Papel Reciclagem

JÁ Estruturas Metálicas Metal Reciclagem

Concrealp Concreto Reciclagem

...continua

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100

Continuação.

Empreendimento Principais Resíduos Destinação Primária

Laticínios Bubalinas Plástico Reciclagem

Usina de Laticínios Jussara Papel Coleta Convencional

Tobogan Tecido Coleta Convencional

Deposito Morais Papel Coleta Convencional

8.4.2.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Os resíduos industriais gerados em empreendimentos instalados no município de Alpinópolis

devem atender a legislação vigente e sua destinação final deverá ocorrer de modo a minimizar

ou eliminar os riscos ambientais provenientes de seu gerenciamento.

Estão em atividade no município oito indústrias de pequeno porte, os resíduos gerados em

consequência de suas atividades são diversos. A destinação primária de cinco das oito

indústrias identificadas é a reciclagem. Os resíduos são entregues para catadores ou levados

diretamente para um dos centros de reciclagem instalados no município. Os demais

empreendimentos, destinam seus resíduos por meio da coleta convencional.

Não havendo a necessidade de tratamento especial para quaisquer dos resíduos gerados

nesses estabelecimentos, os mesmos deverão ser levados para uma unidade de triagem de

modo a realizar a separação e reaproveitamento dos resíduos recicláveis. Após esta etapa, os

resíduos os quais não forem passíveis de reaproveitamento serão encaminhados para um

aterro sanitário devidamente licenciado.

8.4.2.3. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Cadastrar indústrias geradoras de resíduos;

Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação licença do órgão ambiental

competente para o exercício da atividade;

Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação do Plano de Gerenciamento para

os resíduos industriais gerados, de acordo com o tipo do empreendimento.

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101

8.4.2.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice

XIV. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Específicos – Resíduos Industriais.

8.4.2.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Deverá ser realizado pelo município um levantamento detalhado de todas as indústrias

geradoras de resíduos no município, e um cadastro deverá ser criado para que a prefeitura

municipal torne-se responsável pela fiscalização e exigência de um plano de gerenciamento

de resíduos para cada um desses empreendimentos. Recomenda-se que a solicitação de

elaboração e/ou atualização desse documento seja feita anualmente no momento de

renovação do alvará dessas empresas previamente cadastradas. Além dos planos de resíduos,

deverá ser solicitado a empresa que apresente licença ambiental de funcionamento ou

dispensa de licença, expedida pelo órgão ambiental competente.

8.4.3. RESÍDUOS DE MINERAÇÃO

Os resíduos de mineração são aqueles gerados através da exploração da rocha de quartzito

no município de Alpinópolis. Durante o processo de extração da rocha grande parte do

material não pode ser aproveitado como rocha ornamental, pois não se adequa a padrões de

largura e espessura do mercado consumidor. A estimativa de aproveitamento desse material

pode variar de acordo com processos de extração, tipo de maciço rochoso e necessidades do

mercado, entretanto; de acordo com pesquisas realizadas, estima-se que essa percentagem

não seja superior a 10% do material que é extraído. O restante, em média 90%, passa a

constituir um passivo ambiental para os empreendimentos uma vez que sem a correta gestão

pode vir a causar impactos ao meio ambiente.

8.4.3.1. SITUAÇÃO ATUAL

Em pesquisa realizada com a Associação dos Produtores e Comerciantes de Pedras de

Quartzito do Médio Rio Grande, a instituição informou que atualmente encontram-se em

operação no município 4 minerações, identificadas no Quadro 11.

Os rejeitos gerados nessas minerações são em parte utilizados para pavimentação de estradas

e o restante constitui-se como área de “bota fora”.

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Quadro 11 Minerações que encontra-se em operação no município. EMPREENDIMENTO QUANTIDADE GERADA (Kg/mês)

Ronaldo Ribeiro de Paula 1700

PR Pedras 1120

Gabi Exploração e Comércio de

Pedras

100

José De Carvalho Oliveira e Cia 100

A fiscalização e controle desses resíduos é de responsabilidade do empreendedor, com o

aporte técnico e fiscal da Fundação Estadual de Meio Ambiente, que através de visitas técnicas

frequentes identifica as condições de armazenamento e disposição desses resíduos, tomando

as medidas cabíveis sempre que necessário.

Os quatro empreendimentos indicados pela associação estão, conforme a mesma,

regularizados ambientalmente. Acredita-se na existência de outras minerações além das

supracitadas, entretanto; parte das mesmas estariam operando de forma irregular, sem

autorização do órgão ambiental competente, e deste modo, não puderam ser diagnosticadas.

O município não estuda ou provém de alternativas técnicas em larga escala para os resíduos

gerados nesses empreendimentos.

Durante alguns anos, a Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus Passos, localizada

no município de Passos, a 44,6Km de Alpinópolis, vem estudando novas alternativas para

reutilização dos rejeitos de minerações de quartzito do Sudoeste mineiro. Entre as alternativas

avaliadas, uma que vem se destacando e apresentando excelentes resultados consiste no

reaproveitamento desse material, que por hora constitui um passivo ambiental tanto para os

empreendimentos quanto para o município, como agregado graúdo no concreto

convencional. No decorrer desses estudos realizados pela instituição, o município de

Alpinópolis esteve entre os locais em que foram coletadas amostras para posterior

caracterização tecnológica e estudos mecânicos.

Diante dessa oportunidade, levando-se em consideração a proximidade do município de

Alpinópolis com Passos, sugere-se nesse plano que seja avaliado a possibilidade de uma

parceria com a universidade estadual afim de que possa ser avaliada a possibilidade de

implantação de um local para reaproveitamento desses resíduos dentro do município de

Alpinópolis, e assim, oferecendo uma nova alternativa para seu uso.

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A possibilidade do reaproveitamento desses resíduos em larga escala, além de promover

benefícios ambientais para o município, pode vir constituir uma nova fonte de renda, gerando

lucro e emprego para a população municipal.

8.4.3.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

A exploração de quartzito, atividade responsável por grande parte da geração de resíduos de

mineração no município, tem como peculiaridade uma alta taxa de geração de resíduos. Isso

acontece, entre outros motivos, pelo fato de que o material comumente comercializado como

“pedra mineira” tem-se que adequar a padrões de largura e espessura impostos por seu

mercado consumidor. A destinação adequada para esses resíduos pode ser viabilizada através

de diferentes meios, entre os quais destaca-se o seu reaproveitamento na indústria da

construção civil.

8.4.3.3. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Cadastrar as atividades de mineração existentes no município;

Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação da licença ambiental desses

empreendimentos;

Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação do Plano de Gerenciamento

resíduos de mineração.

8.4.3.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice XV.

O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Específicos – Resíduos de Mineração.

8.4.3.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Durante anos, a Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus Passos, localizada no

município de Passos, a 44,6Km de Alpinópolis, vem estudando novas alternativas para

reutilização dos rejeitos de minerações de quartzito do Sudoeste mineiro. Entre as alternativas

avaliadas, uma que vem se destacando e apresentando excelentes resultados consiste no

reaproveitamento desse material, que por hora constitui um passivo ambiental tanto para os

empreendimentos quanto para o município, como agregado graúdo no concreto

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convencional. No decorrer desses estudos realizados pela instituição, o município de

Alpinópolis esteve entre os locais em que foram coletadas amostras para posterior

caracterização tecnológica e estudos mecânicos.

Diante dessa oportunidade, levando-se em consideração a proximidade do município de

Alpinópolis com Passos, sugere-se nesse plano que seja avaliado a possibilidade de uma

parceria com a universidade estadual afim de que possa ser avaliada a possibilidade de

implantação de um local para reaproveitamento desses resíduos dentro do município de

Alpinópolis, e assim, oferecendo uma nova alternativa para seu uso.

A possibilidade do reaproveitamento desses resíduos em larga escala, além de promover

benefícios ambientais para o município, pode vir constituir uma nova fonte de renda, gerando

lucro e emprego para a população municipal.

Concomitantemente, deverá ser elaborado um Plano Específico para o gerenciamento dos

resíduos gerados nesse setor de modo a identificar e potencializar outras possíveis formas de

reaproveitamento desses resíduos no município e região.

Deverá ser realizado pelo município um levantamento detalhado de todas as minerações

geradoras de resíduos no município, e um cadastro deverá ser criado para que a prefeitura

municipal torne-se responsável pela fiscalização e exigência de um plano de gerenciamento

de resíduos para cada um desses empreendimentos. Recomenda-se que a solicitação de

elaboração e/ou atualização desse documento seja feita anualmente no momento de

renovação do alvará dessas empresas previamente cadastradas. Além dos planos de resíduos,

deverá ser solicitado a empresa que apresente licença ambiental de funcionamento ou

dispensa de licença, expedida pelo órgão ambiental competente.

8.4.4. RESÍDUOS DO SERVIÇOS DE SAÚDE

Os resíduos de serviços de saúde, também denominados de resíduos hospitalares, são os

resíduos produzidos pelas atividades de unidades de serviços de saúde (hospitais,

ambulatórios, postos de saúde, dentre outros). Segundo a resolução RDC nº 306/2004 e

CONAMA nº 358/2005, a classificação dos resíduos de serviços de saúde foram divididas em

cinco grupos, a saber:

Grupo A (biológico) - São os resíduos que possivelmente tem agentes biológicos,

que por suas características e maior virulência ou concentração podem apresentar

risco de infecção;

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Grupo B (químico) - Trata-se dos resíduos contendo substancias químicas que

podem apresentar risco a saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas

características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

Grupo C (radioativo) – Enquadram- se nesse grupo quaisquer materiais resultantes

de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises

clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham

radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação;

Grupo D (semelhante aos domicílios e recicláveis) – São os resíduos provenientes

de assistência a saúde que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico

a saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparado aos resíduos domiciliares;

Grupo E (perfurantes, cortantes e abrasivos) – Materiais perfurocortantes ou

escarificantes tais como: laminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro,

brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, laminas de bisturi, lancetas,

tubos capilares, micripipetas, laminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios

de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de

Petri) e outros similares.

8.4.4.1. SITUAÇÃO ATUAL

Os estabelecimentos particulares geradores de resíduos de serviço da Saúde, tais como:

farmácias, drogarias, consultórios odontológicos, clínica veterinária e laboratórios, levam seus

resíduos até o local de armazenamento temporário localizado na Unidade de Saúde José

Hipólito da Silva, onde é feito o acondicionamento, conforme foto abaixo.

Como o município não possui estrutura para um adequado descarte final, existe um contrato

com uma empresa que descarta adequadamente os resíduos dos serviços de saúde. A

empresa contratada, denominada Pró Ambiental Tecnologia Ltda, realiza a coleta desses

resíduos, para posterior destinação final.

A coleta é realizada quinzenalmente. Os resíduos são coletados e pesados antes de serem

levados pela contratada. A empresa coleta os recipientes rígidos, devidamente identificados,

contendo os resíduos hospitalares. Cada recipiente rígido deixado pela empresa refere-se a

um tipo de resíduo RSS específico. O município custeia o descarte desses resíduos tanto dos

estabelecimentos do município quanto dos particulares. O valor médio pago para a empresa

é de aproximadamente R$ 1125,00/mês e corresponde a uma média estimada de 250 kg/mês.

Como a empresa coleta tais resíduos, ela passa a ser a responsável pela destinação final

adequada desse material. A empresa é Licenciada pelo Conselho Estadual de Política

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Ambiental – COPAM, e é especializada em coletar, transportar, tratar e dar destinação final

correta aos resíduos sólidos gerados pelas atividades produtivas. A destinação final

apresentada pela Pró Ambiental consiste na incineração dos resíduos, capaz de reduzi-los em

até 95%. As Figuras 25 e 26 mostram locais de armazenamento e separação de RSS.

Figura 25 Local de armazenamento dos Resíduos de Serviços de Saúde.

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Figura 26 Separação dos Resíduos de Serviços de Saúde na Unidade de Sáude José Hipólito da Silva.

Como todos os estabelecimentos geradores de resíduos de serviço de saúde separam seus

resíduos e os descartam no hospital municipal, apenas resíduos comuns, gerados por

moradores, são descartados durante a coleta convencional realizada pelo município. Estes

recursos advindos das residências provenientes de curativos, injeção de insulina,

medicamentos vencidos, algodão contaminado com sangue, dentre outros, são em sua

maioria, descartados de forma irregular na coleta convencional e destinados a UTC.

Outro resíduo proveniente dos serviços de saúde é o resíduo radiológico gerado na utilização

de Raio-x no hospital municipal e nos consultórios odontológicos. De acordo com a RDC-306

de 07 de dezembro de 2004, os efluentes químicos (revelador e água de lavagem), não podem

ser dispostos sem nenhum tipo de tratamento devido a seu poder contaminante. Por esse

motivo, tais resíduos são coletados por uma empresa especializada.

8.4.4.2. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA

Os resíduos de serviços de saúde podem ser dispostos em aterro industrial ou destinados para

tratamento. Uma outra alternativa é a incineração.

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O aterro industrial Classe I é uma forma de disposição de resíduos no solo que, fundamentada

em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, garante um confinamento

seguro em termos de poluição ambiental e de proteção à saúde pública.

Já a incineração é o processo de combustão controlada em presença de excesso de oxigênio

(10 a 100% acima da condição estequiométrica), na qual os materiais são oxidados,

desprendendo calor, produzindo cinzas e emissões gasosas.

No caso do município de Alpinópolis, a contratação de empresas especializadas no descarte

adequado destes resíduos tem sido a melhor forma de dispor os resíduos de forma

ambientalmente correta. A responsabilidade pelo descarte final de resíduos mais complexos,

como é o caso dos resíduos dos serviços de saúde, fica a cargo da empresa contratada.

8.4.4.3. PLANO DE GERENCIAMENTO/DIRETRIZES

Atender a legislação e/ou normas vigentes;

Regularizar o procedimento de gerenciamento e tratamento dos RSS no município;

8.4.4.4. AÇÕES

O resumo das ações a serem tomadas levando em consideração a situação atual do município

é apresentado através de uma tabela de ações. O plano de ações encontra-se no Apêndice

XVI. O referido documento apresenta as especificações relativas as estratégias, o local, os

responsáveis e as metas a serem seguidas objetivando a eficiência e eficácia do Plano de

Gestão dos Resíduos Específicos – Resíduos de Serviços de Saúde.

8.4.4.5. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Para os resíduos de serviços de saúde, o roteiro de coleta inicia-se nos estabelecimentos

geradores, sendo acondicionados, temporariamente, num local específico para seu

recebimento, seguindo posteriormente para tratamento e disposição final em local licenciado

pela empresa terceirizada responsável pela coleta.

O plano de gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde, no entanto, deverá ser revisado

para que haja uma melhor logística dos sistemas de coleta e armazenamento, já que

atualmente não há padronização dos recipientes de armazenamentos dos resíduos. O plano

deverá conter sistema de controle de geração de tais resíduos, e deverá incluir normas que

conduzam uma melhor logística tanto nos estabelecimentos públicos quanto em privados.

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Os resíduos de serviços de saúde deverão seguir procedimentos de identificação,

acondicionamento, coleta e transporte, armazenamento temporário, transporte e correta

destinação final. A coleta continuará sendo realizada pela empresa terceirizada e o material

destinado para tratamento e disposição em local licenciado de responsabilidade da empresa.

A fase de identificação consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos

resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos

resíduos de serviços de saúde.

Os recipientes de coleta interna e externa, assim como os locais de armazenamento onde são

colocados os Resíduos de Serviços de Saúde, devem ser identificados em local de fácil

visualização, de forma indelével, utilizando símbolos, cores e frases, além de outras exigências

relacionadas à identificação do conteúdo e aos riscos específicos de cada grupo de resíduos.

O Quadro 12 mostra de forma simbólica a identificação dos grupos de resíduos de serviços de

saúde.

Já a fase de acondicionamento consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos

ou recipientes. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com

a geração diária de cada tipo de resíduo.

Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente a punctura,

ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com

cantos arredondados e ser resistentes ao tombamento.

Quadro 12 Simbologias utilizadas na identificação dos grupos de resíduos de serviços de saúde.

Símbolos de Identificação dos Grupos de Resíduos

Resíduos do Grupo A – são identificados pelo símbolo de substancias

infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

Resíduos do Grupo B – são identificados através do símbolo de risco

associado e com discriminação de substancias químicas e frases de

risco.

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Resíduos do Grupo C – são representados pelo símbolo internacional

de presença de radiação ionizante ( trifólio de cor magenta) em rótulos

de fundo amarelo e contornos pretos acrescido da expressão Material

Radioativo.

Resíduos do Grupo D - podem ser destinados a reciclagem ou a

reutilização. Para os demais resíduos do grupo D, deve ser utilizada a

cor cinza ou preta nos recipientes, podendo ser seguida coloração

estipulada pelo município.

Resíduos do Grupo E – são identificados pelo símbolo de substancia

infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos,

acrescido da inscrição de Resíduos Perfuoocortantes, incluindo o risco

que apresenta o resíduo.

Resíduos

Perfurocortantes

Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material

compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos, estanque, resistente a punctura,

ruptura e vazamento, impermeável, com tampa, contendo a simbologia.

Após correta identificação e acondicionamento os resíduos serão coletados, dede os pontos

de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo,

com a finalidade de disponibilização para a coleta final. É nesta fase que o processo se torna

visível para o usuário e o público em geral, pois os resíduos são transportados nos

equipamentos de coleta (carros de coleta) em áreas comuns. O transporte interno dos

recipientes deve ser realizado sem esforço excessivo ou risco de acidentes para o funcionário.

Os equipamentos para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável,

impermeável e providos de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos,

bordas arredondadas, rodas revestidas de material que reduza o ruído. Também devem ser

identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo nele contido.

Os resíduos serão armazenados temporariamente em local próximo aos pontos de geração,

visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os

pontos geradores e o ponto destinado a disponibilização para a coleta externa. Dependendo

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da distância entre os pontos de geração de resíduos do armazenamento externo, poderá ser

dispensado o armazenamento temporário, sendo o encaminhamento direto ao

armazenamento para a coleta externa.

Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o

piso ou sobre piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de

acondicionamento.

A sala de guarda de recipientes de transporte interno deverá ter piso e paredes lisas e laváveis,

sendo o piso, além disso, resistente ao trafego dos recipientes coletores. Deve possuir

iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores,

para o posterior translado até a área de armazenamento externo. Para melhor higienização é

recomendável a existência de ponto de água e ralo com tampa escamoteável. No

armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos

recipientes coletores ali estacionados.

Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por um período superior a 24

horas de seu armazenamento devem ser conservados sob-refrigeração e, quando não for

possível, ser submetidos a outros métodos de conservação.

O local para o armazenamento dos resíduos químicos deve ser de alvenaria, fechado, dotado

de aberturas teladas para ventilação, com dispositivo que impeça a luz solar direta, pisos e

paredes em materiais laváveis com sistema de retenção de líquidos.

O estabelecimento gerador de resíduos de serviços de saúde, cuja produção semanal não

exceda Setecentos litros e cuja produção diária não exceda Cento e Cinquenta litros, pode

optar pela instalação de um abrigo reduzido. Este deve possuir as seguintes características:

ser exclusivo para guarda temporária de RSS, devidamente acondicionados em recipientes;

ter piso, paredes, porta e teto de material liso, impermeável, lavável, resistente ao impacto;

ter ventilação mínima de duas aberturas de 10 cm x 20 cm cada (localizadas uma a 20 cm do

piso e outra a 20 cm do teto), abrindo para a área externa. A critério da autoridade sanitária,

essas aberturas podem dar para áreas internas do estabelecimento; ter piso com caimento

mínimo de 2% para o lado oposto à entrada, sendo recomendada a instalação de ralo sifonado

ligado à rede de esgoto sanitário; ter identificação na porta com o símbolo de acordo com o

tipo de resíduo armazenado; ter localização tal que não abra diretamente para áreas de

permanência de pessoas, dando-se preferência a locais de fácil acesso a coleta externa.

A fase de coleta externa consistirá na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento

externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela utilização de técnicas que

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garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos

trabalhadores, da população e do meio ambiente.

Já a disposição final será a disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente

preparados para recebê-los. As formas de disposição final dos RSS atualmente utilizadas são:

aterro sanitário, aterro de resíduos perigosos classe I (para resíduos industriais), aterro

controlado, lixão ou vazadouro e valas.

No caso dos resíduos de serviços de saúde gerados no município de Alpinópolis, os resíduos

considerados perigosos deverão ser destinados para tratamento e dispostos posteriormente

em aterro Classe I. O Aterro de resíduos perigosos - classe I - aterro industrial consiste numa

Técnica de disposição final de resíduos químicos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde

pública, minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de

engenharia para o confinamento destes, atendendo a legislação brasileira Resolução

CONAMA nº 237/97 e as normas da ABNT.

Após todas as fases mencionadas, sistemas de capacitação deverão ser elaborados com o

intuito de informar o profissional da saúde sobre a importância da separação correta dos

resíduos em seu ambiente de trabalho. Ações de punho educativo deverão ocorrer em todo

o município. A comunidade deverá ser informada sobre os pontos de recolhimento dos RSS

para proceder a correta destinação.

Parcerias entre o setor público e privado trarão impacto positivo no desenvolver do programa,

e poderão contribuir para o sucesso do plano.

8.5. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO

Devido às normas que regem os diversos tipos de resíduos específicos, não é de competência

municipal tomar para si a responsabilidade da coleta, acondicionamento, tratamento e/ou

destinação final desses resíduos, mas incumbe ao município exercer o seu poder de polícia

cobrando desses estabelecimentos o seguimento das normas e procedimentos contidos nas

legislações específicas para cada tipo de resíduo potencialmente poluidor. Além disso, as

normas não impedem que o município contribua para o bom gerenciamento dos resíduos,

gerenciando de forma sustentável.

Para que os programas propostos funcionem com eficácia, é necessário que uma manutenção

e o monitoramento frequentes sejam realizados. 0 Quadro 13 abaixo apresenta as principais

responsabilidades que o município deverá monitorar.

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Quadro 13 Responsabilidades por tipo de resíduo.

Os resíduos específicos deverão ser coletados em localidades e tempo diferenciados de

acordo com o tipo de resíduo gerado. No caso dos resíduos de construção e demolição, este

serão coletados sempre que necessário diretamente no local de sua geração.

Os resíduos de serviços de saúde continuarão a ser coletados, quinzenalmente, pela empresa

terceirizada, diretamente no local de armazenamento temporário.

No caso dos resíduos industriais, este serão coletados nos dias e horários estipulados pelas

empresas privadas contratadas pelos estabelecimentos geradores.

A sensibilização da comunidade deverá ser permanente. Os esforços do município deverão

ocorrer no sentido de conscientizar a população para que procure acondicionar, da melhor

maneira possível os resíduos de saúde e os de construção civil gerados nos domicílios.

9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15114: Resíduos sólidos da Construção

civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro,

2004. 7p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos Sólidos – Classificação.

Rio de Janeiro, 2004.77p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12808: Resíduos de serviço de saúde –

Classificação. Rio de Janeiro, 1993. 3p.

Tipos de Resíduos Responsabilidade Tipo de

coleta

Transportador Formas de

Destinação

Final

Resíduos de

Construção e

Demolição

Gerador Diferenc

iada

Empresa

devidamente

licenciada

Aterro de

Resíduos de

Construção e

Demolição

Resíduos de

Serviços de Saúde

Gerador Diferenc

iada

Empresa

devidamente

licenciada

Incineração/Au

toclavação

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114

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12808: Resíduos de serviço de saúde –

Classificação. Rio de Janeiro, 1993. 3p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13221: Transporte Terrestre de

Resíduos. Rio de Janeiro, 2003. 4p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15112: Resíduos da construção civil e

resíduos volumosos- Áreas de transbordo e triagem- Diretrizes para projeto, implantação e

operação. Rio de Janeiro, 2004. 10p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15113: Resíduos sólidos de construção

civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação, 2004.12p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15115: Agregados reciclados de

resíduos sólidos da construção civil- Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos.

Rio de Janeiro, 2004.14p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15116: Agregados reciclados de

resíduos sólidos da construção civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem

função estrutural – Requisitos. Rio de Janeiro, 2004. 17p.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe

sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe

sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF,

Senado, 1998.

BRASIL. Decreto nº 7217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei nº 11445, de 5 de janeiro

de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras

providencias.

BRASIL. Deliberação Normativa COPAM nº 90, de 15 de setembro de 2005. Dispõe sobre a

declaração de informações relativas às diversas fases de gerenciamento dos resíduos sólidos

industriais do Estado de Minas Gerais.

BRASIL. Lei n 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providencia.

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115

BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico; altera as Leis nºs 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio

de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº

6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providencias.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

altera a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providencias.

BRASIL. Lei nº 6.803, de 02 de julho de 1980. Dispõe sobre as diretrizes básicas para o

zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, e dá outras providencias.

BRASIL. Lei nº 8.876, de 2 de maio de 1994. Autoriza o Poder Executivo a institui como

Autarquia o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e dá outras providencias.

BRASIL. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e

permissão da prestação de serviços públicos no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras

providencias.

BRASIL. Lei nº 8987, de 13 de fevereiro de1995. Dispõe sobre o regime de concessão e

permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá

outras providencias.

BRASIL. Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, Estabelece normas para outorga e prorrogação

das concessões e permissões de serviços públicos e dá outras providencias.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 05, de 5 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de

resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários e

estabelecimentos prestadores de serviços de saúde (Revogadas as disposições que tratam de

resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução nº 358/05).

BRASIL. Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a revisão e

complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 264, de 26 de agosto de 1999. Licenciamento de fornos

rotativos de produção de clínquer para atividades de co-processamento de resíduos.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002.Estabelece diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Alterada pelas Resoluções 348,

de 16 de agosto de 2004, e nº 431, de 24 de maio de 2011.

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116

BRASIL. Resolução CONAMA nº 313, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Inventário

Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre procedimentos

e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Alterada

pela Resolução nº 386, de 27 de dezembro de 2006.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 330, de 25 de abril de 2003. Institui a Câmara Técnica de

Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos. Alterada pelas Resoluções nº 360, de 17

de maio de 2005, de 24 de outubro d 2006.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 348, de 16 de agosto de 2004. Altera a Resolução CONAMA nº

307, de 05 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispor sobre o tratamento e a

disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providencias.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispor sobre o tratamento e a

disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providencias.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e

padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de

março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 448, de 18 de janeiro de 2013. Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º,

9º, 10, 11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente

- CONAMA, alterando critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

CALIJIRI, Maria do Carmo; CUNHA, Davi Gasparini Fernandes. Engenharia Ambiental,

conceitos, Tecnologia e Gestão. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 789 p.

CAVALCANTI, J.E. Manual de Tratamento de Efluentes Industriais. São Paulo: Engenho Editora

Técnica Ltda. 2009.

http://www.fec.unicamp.br/~bdta/modulos/saneamento/lodo/lodo.htm. Acesso em 18 nov.

2015

MAIA, Ana Lucia et al. Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos de Construção Civil.

Belo Horizonte: Minas Sem Lixões, 2009. 44 p.

MANSUR.G.L.; MONTEIRO.J.H.R.P. Cartilha de Limpeza Urbana. Instituto Brasileiro de

Administração Municipal.

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MANUAL DE GERANCIAMENTO DE RESÍDUOS: Guia de procedimento passo a passo. Rio de

Janeiro: GMA, 2ª ed. 2006.

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE/Ministério da Saúde

Agencia Nacional de Vigilância Sanitária; Brasília: Ministério da Saúde, 2006.182.p.

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE/Ministério da Saúde

Agencia Nacional de Vigilância Sanitária; Brasília: Ministério da Saúde, 2006.182.p.

MINAS GERAIS. Decreto nº 45871, de 30 de dezembro de 2011. Contem o Regulamento da

Agencia Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do

Estado de Minas Gerais- ARSAE-MG e dá outras providencias.

MINAS GERAIS. Lei nº 11720, de 28 de dezembro de 1994. Dispõe sobre a Política Estadual de

Saneamento Básico e dá outras providencias.

MINAS GERAIS. Lei nº 13.317, de 24 de setembro de 1999. Contém o código de Saúde do

Estado de Minas Gerais.

MINAS GERAIS. Lei nº 13.317, de 24 de setembro de 1999. Contém o código de Saúde do

Estado de Minas Gerais.

MINAS GERAIS. Lei nº 14.128, de 19 de dezembro de 2001. Dispõe sobre a Política Estadual de

Reciclagem de Materiais e sobre os instrumentos econômicos e financeiros aplicáveis a Gestão

de Resíduos Sólidos.

MINAS GERAIS. Lei nº 18309, de 03 de agosto de 2009. Estabelece normas relativas aos

serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, cria a Agencia Reguladora de

Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais-

ARSAE-MG- e dá outras providencias.

MINAS GERAIS. Lei nº 20.414, de 31 de outubro de 2012.Altera a Lei nº 19.976, de 27 de

dezembro de 2011, que institui a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das

Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários - TFRM -

e o Cadastro Estadual de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa,

Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários - Cerm -, e dá outras

providências.

MINAS GERAIS. Resolução Normativa nº 003, de 07 de outubro de 2010. Estabelece as

condições gerais da prestação e da utilização de serviços de abastecimento de água e de

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118

esgotamento sanitário regulados pela Agencia Reguladora de Serviços de Abastecimento de

Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE-MG.

OLIVEIRA. A.M.S; BRITO. S. A. N.; Geologia de Engenharia. Associação Brasileira de Geologia

de Engenharia – ABGE, 1998.

PAIXÃO.J.F.; ROMA.J.C.; MOURA.A.MR.M. Resíduos Sólidos de Transportes Terrestres:

Rodoviários e Ferroviários. IPEA. Brasília. 2011. 59 p.

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119

APENDICES

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120

APENDICE I - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS:

VARRIÇÃO

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Elaborar um plano dos resíduos de limpeza pública específico para os resíduos de varrição; Prefeitura;Departamento de Agricultura e meio

Ambiente100% - - - -

2 Definir dias específicos para a varrição, que deverão coincidir com os mesmos dias de coleta de rejeitos. Locais públicos; Prefeitura ou consultor externo; 100% - - - -

3Determinar área de varrição para cada funcionário de modo que o resíduo varrido na área seja suficiente

para preencher todo o saco plástico de lixo do carrinho de varrição, evitando desperdício;Locais públicos, Prefeitura; 100% - - - -

4Armazenar os sacos plásticos resultantes da coleta dos resíduos de varrição em pontos estratégicos para

a coleta, devidamente demarcados;Locais públicos;

Funcionários responsáveis pela limpeza

urbana do município;100% - - - -

5Capacitar funcionários do Departamento de Obras Públicas quanto a correta coleta e segregação de

resíduos de varrição;Locais públicos; Prefeitura ou consultor externo; 100%

6 Criar campanhas de conscientização ambiental incentivando os munícipes a não jogar lixo no chão; Escolas, Postos de Saúde, etc; Prefeitura ou consultor externo; p p p p p

7Disponibilizar maior quantidade de cestas de lixo nas vias públicas, de modo a incentivar a população a

descartar os resíduos públicos em locais apropriados;Locais públicos; Prefeitura; 100% - - - -

8 Cria lei municipal que penalize os indivíduos que descartarem seu lixo no chão; Prefeitura;Funcionários responsáveis pelo setor

jurídico do município;100%

9Direcionar os resíduos de varrição para vala de rejeitos no aterro controlado até a criação do aterro

sanitário;Aterro Controlado

Funcionários responsáveis pela limpeza

urbana do município;100% - - - -

10 Direcionar os resíduos de varrição diretamente para o aterro Sanitário Municipal; Aterro Sanitário;Funcionários responsáveis pela limpeza

urbana do município;- P P P P

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS PÚBLICOS

RE

SÍD

UO

DE

VA

RR

IÇÃ

O

2- Local (Onde?)3- Responsáveis pelas ações

(Quem?)1- Estratégias (Como)?Tipo de Resíduo AÇÃO

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a legislação e/ou normas vigentes; Realizar a correta coleta, segregação e disposição final dos resíduos de varrição; Prever o gerenciamento de tais resíduos quando houver no município a instalação de um aterro sanitário.

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos de varrição gerados são coletados por funcionários municipais durante a coleta convencional e descartados diretamente no aterro controlado do município sem nenhum tipo de separação. O município possui sistemas de varrição em

100% de sua área urbana.

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121

APENDICE II - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS:

PODA E CAPINA

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Elaborar um plano dos resíduos de limpeza pública específico para os resíduos de poda e capina. PrefeituraGrupo de Sustentação e Comitê Diretor

do PGIRS100% - - - -

2Levantar dados referentes a todas as áreas que necessitem os serviços de poda e capina, para facilitar a

logística de datas e locais de coleta.Locais Públicos Prefeitura 100% - - - -

3Estabelecer critérios que condizem com as condições climáticas e necessidades específicas para pré-

determinar quando os serviços de poda e capina devem ser realizados.Locais públicos Prefeitura P P P P P

4 Captar recursos para aquisição de uma UTC e um triturador. Prefeitura Prefeitura,Parceiros e Consultor Externo 100% - - - -

5 Direcionar os resíduos de poda e capina para a UTC. UTCFuncionários responsáveis pela limpeza

urbana do município50% 50% - - -

6Capacitar funcionários da Secretaria de Obras Públicas, quanto a correta coleta e segregação de

resíduos de poda e capina.Locais públicos Prefeitura ou consultor externo P P P P P

7Eliminar o descarte dos resíduos de poda e capina no aterro controlado, junto com os demais rejeitos, e

criar local específico para sua destinação.Aterro Controlado Prefeitura 100% - - - -

8Estudar a viabilidade de direcionar os resíduos de varrição diretamente para o aterro Sanitário Municipal,

assim que for implantado.Aterro Sanitário

Funcionários responsáveis pela limpeza

urbana do município50% 50% - - -

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS PÚBLICOS

PO

DA

E C

AP

INA

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a legislação e/ou normas vigentes; Realizar a correta coleta, segregação e disposição final dos resíduos de poda e capina; Direcionar os resíduos ao aterro controlado, mas não colocá-los dentro das valas de rejeito; Adquirir um triturador para

possibilitar a entrada dos resíduos na logística da UTC (quando ela for implantada) como matéria orgânica; Prever o gerenciamento de tais resíduos quando houver no município a instalação de um aterro sanitário;

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos de poda e capina são coletados de acordo com a necessidade local e destinados ao aterro controlado do município.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?)3- Responsáveis pelas ações

(Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

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APENDICE III - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS:

TRANSPORTE

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Elaborar um plano dos resíduos de transporte. PrefeituraGrupo de Sustentação e Comitê Diretor

do PGIRS100% - - - -

2Capacitar funcionários municipais a segregarem corretamente esses resíduos, desde a forma de dispor

até sua destinação final.Locais públicos Prefeitura ou consultor externo P P P P P

3 Descartar os resíduos de transporte nos dias de coleta dos resíduos domiciliares ( rejeitos). Locais públicosFuncionários responsáveis pela limpeza

urbana do município;P P P P P

4 Destinar os resíduos de transporte diretamente para o aterro sanitário na vala de rejeitos. Locais públicos Prefeitura - 100% - - -

5 Realizar a correta segregação dos resíduos de transporte separados dos resíduos orgânicos. Locais públicosFuncionários responsáveis pela limpeza

urbana do município40% 50% 60% 70% 80%

6 Estruturar a coleta dos resíduos de transporte; Prefeitura Prefeitura P P P P P

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS PÚBLICOS

TR

AN

SP

OR

TE

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Realizar a correta segregação dos resíduos de transporte rodoviário; Descartar esses resíduos nos dias de coleta dos resíduos domiciliares – rejeitos; Dispor corretamente tais resíduos na vala de rejeitos municipais; Operar adequadamente o Aterro

Sanitário sempre levando em consideração a existência de resíduos de transporte.

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos são coletados na coleta convencional, sem separação específica e sem o uso de qualquer tipo especial de EPIS para coleta de resíduos.perigosos.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?)3- Responsáveis pelas ações

(Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

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APENDICE IV - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS:

CEMITERIAIS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Elaborar um plano específico para cada um dos resíduos cemiteriais. PrefeituraGrupo de Sustentação e Comitê Diretor

do PGIRS100% - - - -

2 Capacitar funcionários municipais a segregarem corretamente esses resíduos. Locais Públicos Consultor Externo P P P P P

3 Especificar dias de coleta para todos os tipos de resíduos cemiteriais. Locais públicosFuncionários responsáveis pela limpeza

urbana do municípioP P P P P

4 Estruturar a coleta dos resíduos cemiteriais. Prefeitura Prefeitura P P P P P

5 Buscar nova área para implantação de um cemitério. Prefeitura Prefeitura e Consultor Externo 50% 50% - - -

* P = Permanente

CE

MIT

ER

IAIS

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS PÚBLICOS

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a legislação e/ou normas vigentes; Realizar a correta segregação dos resíduos cemiteriais; Elaborar os Planos de Gerenciamento de Resíduos de efluentes líquidos e gasosos, além de projetos de drenagem de efluentes;

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Quando os resíduos são gerados são descartados durante a coleta convencional e destinados ao aterro controlado.

Não há nenhum tipo de separação.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?)3- Responsáveis pelas ações

(Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

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APENDICE V - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PÚBLICOS:

ANIMAIS MORTOS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Elaborar um plano específico para resíduos de animais mortos. Prefeitura Departamento de Vigilância Sanitária 100% - - - -

2 Elaborar um plano específico para resíduos de açougues e frigoríficos. Prefeitura Departamento de Vigilância Sanitária 100% - - - -

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANE JO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBAN OS

RESÍDUOS PÚBLICOS

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a leg islação vigente de forma a maximizar as ações de lo gística reversa

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos d e açougues e frigoríficos são levados pelos gerador es até o aterro controlado como forma de disposição primária,, e ficam por la por aproximadamente uma semana até a coleta por empresa privada.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?)3- Responsáveis pelas ações

(Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

AN

IMA

ISM

OR

TO

S

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

125

APENDICE VI- AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

LOGÍSTICA REVERSA: ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Estabelecer um plano de logística para a coleta e destinação dos resíduos elétricos e eletrônicos. PrefeituraGrupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS –

Poder Público Municipal100% - - - -

2Criar e confeccionar material instrutivo, de fácil entendimento e acesso para a população sobre a

segregação de equipamentos elétricos e eletrônicos.Prefeitura

Grupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS –

Poder Público MunicipalP P P P P

3Sensibilizar a comunidade sobre a importância da separação dos equipamentos elétricos e eletrônicos e

sobre os procedimentos para a separação.

Residências, escolas, locais públicos,

comércio

Professores, Agentes de Saúde, Instituições

contratadas para a realização do serviço.P P P P P

4Capacitar multiplicadores para sensibilização da comunidade para separação domiciliar dos equipamentos

elétricos e eletrônicosEscolas, PSFs, prefeitura Prefeitura ou consultor externo P P P P P

5 Viabilizar a destinação dos resíduos elétrico-eletrônicos para uma oficina de reaproveitamento. Prefeitura Poder Público Municipal 100% - - - -

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Deve-se: Atender a legislação e/ou normas vigentes ; Realizar a segregação domiciliar desses resíduos; Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem; sensibilizar e orientar a população

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Todos os resíduos elétricos e eletrônicos gerados no município são descartados durante a coleta convencional e encaminhados para a vala de rejeitos do aterro controlado. Não existe no município o funcionamento da política de logística reversa envolvendo os

comerciantes e a população local.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

EL

ÉT

RIC

OS

E E

LE

TR

ÔN

ICO

S

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

126

APENDICE VII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

LOGÍSTICA REVERSA: ÓLEOS COMESTÍVEIS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Estabelecer parcerias com instituições interessadas em realizar o reaproveitamento deste tipo de resíduo. Município Poder Público Municipal 100% - - - -

2Sensibilizar a comunidade sobre a importância da separação e procedimentos para a segregação desses

óleos.

Residências, escolas, locais públicos,

comércio

Professores, Agentes de Saúde, Instituições

contratadas para a realização do serviçoP P P P P

3 Estabelecer “ecopontos” de coleta de óleo comestível.Supermercados, escolas e grandes

geradoresPoder Público Municipal e empresa parceira 1 - - - -

4 Estabelecer coleta diferenciada para pontos de maior geração de óleos comestíveis. Área urbana do município Poder Público Municipal e empresa parceira 100% - - - -

* P = Permanente

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

ÓL

EO

S C

OM

ES

TÍV

EIS

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Deve-se: Atender a legislação e/ou normas vigentes ; Realizar a segregação domiciliar desses resíduos; Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem; sensibilizar e orientar a população

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Não existe destinação apropriada para o óleo de cozinha gerado nas residências e estabelecimentos comerciais.

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

127

APENDICE VIII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

LOGÍSTICA REVERSA: LÂMPADAS FLUORECENTES

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Estabelecer um plano de logística para a coleta e destinação das lâmpadas. PrefeituraGrupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS –

Poder Público Municipal100% - - - -

2Criar e confeccionar material instrutivo, de fácil entendimento e acesso sobre a segregação dos diversos

tipos de lâmpadas.Prefeitura

Grupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS –

Poder Público MunicipalP P P P P

3Sensibilizar a comunidade sobre a importância da separação dos diversos tipos de lâmpadas e sobre os

procedimentos para a separação.

Residências, escolas, locais públicos,

comércio

Professores, Agentes de Saúde, Instituições

contratadas para a realização do serviçoP P P P P

4 Capacitar funcionários da prefeitura para o correto manuseio desses resíduos. Prefeitura Poder Público Municipal ou consultor externo 100% - - - -

5 Criar cartilha dos procedimentos de como manusear as lâmpadas inteiras ou quebradas. PrefeituraGrupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS –

Poder Público MunicipalP P P P P

6 Realizar a coleta dos diversos tipos de lâmpadas nos dias da coleta seletiva. Área urbana do município Funcionários envolvidos na coleta de lixo 60% 40% P P P

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS DE LOGÍSTICA REVERSA

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Deve-se: Atender a legislação e/ou normas vigentes ; Realizar a segregação domiciliar desses resíduos; Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem; sensibilizar e orientar a população;

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os diversos tipos de lâmpadas gerados no município são descartados durante a coleta convencional, que não tem a estrutura adequada para receber este tipo de resíduo;

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

MP

AD

AS

FL

UO

RE

SC

EN

TE

S

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

128

APENDICE IX - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

LOGÍSTICA REVERSA: EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1Sensibilizar e informar a comunidade sobre a legislação pertinente e a importância da separação e

procedimentos para a segregação das embalagens de agrotóxicos.

Residências, escolas, locais públicos,

comércio e locais frequentados por

produtores rurais

Professores, Agentes de Saúde, Instituições

contratadas para a realização do serviçoP P P P P

2 Melhorar a logística de recolhimento das embalagens no município. Município Revendedores P P P P P

3Buscar parceriais com órgãos dos governos Estaduais e/ou Federais para mobilizar a sociedade quando a

separação das embalagens.Prefeitura Funcionários Municipais 1 - - - -

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Deve-se: Atender a legislação e/ou normas vigentes ; Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem; Sensibilizar e orientar a população.

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): No município já há iniciativas para a correta separação e destinação dos resíduos de agrotóxicos, algumas embalagens, entretanto, ainda são destinadas à coleta convencional.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

EM

BA

LA

GE

NS

DE

AG

RO

XIC

OS

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

129

APENDICE X - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

DOMICILIARES: RECICLÁVEIS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Elaborar Plano de Negócios para gestão de RSU Município Poder Público Municipal 100%

2 Implantar plano de Coleta Seletiva para o município MunicípioGrupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS –

Poder Público Municipal100% - - - -

3Capacitar multiplicadores para sensibilização da comunidade para segregação domiciliar dos resíduos

recicláveis secosEscolas, PSF’s, prefeitura Poder Público Municipal ou consultor externo P P P P P

4 Criar e confeccionar material instrutivo, de fácil entendimento e acesso sobre a separação dos recicláveis Prefeitura Poder Público Municipal P P P P P

5 Instalar pontos de entrega voluntária (PEV’s) Área urbana do município Poder Público Municipal 100% - - - -

6 Captar recursos para aquisição de uma UTC e Aterro Sanitário. Prefeitura Poder Público Municipal 100% - - - -

7 Instalar e capacitar Funcionários para operar UTC e Aterro Sanitário Município Poder Público Municipal ou consultor externo 100% - - - -

8Sensibilizar a comunidade sobre a importância da separação dos recicláveis e sobre os procedimentos

para a segregaçãoResidências, escolas, locais públicos, comércio, indústrias

Professores, Agentes de Saúde, instituições

contratadas pelo Poder Público Municipal ou consultor

externo para a realização do serviço

P P P P P

9 Apoiar a associação de triadores de materiais recicláveis Sede da associação de catadores Poder Público Municipal P P P P P

10 Realizar a coleta dos recicláveis, separados dos demais Área urbana do município Funcionários envolvidos na coleta de lixo 40% 50% 60% 70% 80%

11 Triar na Unidade de Triagem e Compostagem (UTC), os materiais recicláveis UTC ou Sede da associação de catadoresAssociação de Triadores ou Empresa Privada 40% 50% 60% 70% 80%

12 Comercializar os recicláveis triados UTC Associação de Triadores ou Empresa Privada 100% 100% 100% 100% 100%

13 Destinar os resíduos recicláveis secos somente nos dias estipulados para a coleta Município População 100% - - - -

* P = Permanente

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS DOMICILIARES

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a legislação e/ou normas vigentes; b- Atender o princípio dos 3 R’s; c-Realizar a segregação domiciliar dos resíduos recicláveis; d-Coletar e destinar adequadamente os resíduos para reciclagem; e-Promover a inclusão social dos catadores f- Avaliar a

viabilidade de implantação de UTC, e Aterro Sanitário

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): O município não dispõe de separação dos diversos tipos de resíduos recicláveis e também não realiza a correta destinação final desses resíduos. Não existe uma associação de catadores devidamente constituída e, o sistema de coleta prejudica a separação

dos recicláveis dos demais resíduos gerados no município. Não possui infraestrutura para tratamento de resíduos.

RE

CIC

VE

IS

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

130

APENDICE XI - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

DOMICILIARES: ORGÂNICOS E REJEITOS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1Implantar e licenciar um sistema de disposição de rejeitos que atenda os requisitos legais (aterro sanitário

ou similar)Município Poder Público Municipal 100% - - - -

2 Implantar plano de Coleta Seletiva para o município MunicípioGrupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS -

Poder Público Municipal100% - - - -

3Capacitar multiplicadores para sensibilização da comunidade na separação domiciliar dos resíduos

orgânicos e rejeitosEscolas, PSF’s, prefeitura Poder Público Municipal ou consultor externo P P P P P

4Criar e confeccionar material instrutivo, de fácil entendimento e acesso sobre a separação dos orgânicos

e rejeitosPrefeitura Poder Público Municipal P P P P P

5 Instalar e manter pátio de compostagem em condições adequadas de funcionamento Unidade de triagem e compostagem Associação de Triadores ou Empresa Responsável P P P P P

6Capacitar funcionários para a coleta diferenciada de rejeitos e orgânicos e para operar o pátio de

compostagemUnidade de Triagem e Compostagem Poder Público Municipal ou consultor externo 100% - - - -

7Sensibilizar a comunidade sobre a importância da separação dos orgânicos e rejeitos e sobre os

procedimentos para a segregação desses resíduosResidências, escolas, locais públicos, comércio, indústrias

Professores, Agentes de Saúde, instituições

contratadas pelo Poder Público Municipal ou consultor

externo para a realização do serviço

P P P P P

8Implantar um programa para coleta especial de orgânicos em feiras, supermercados, sacolões e

restaurantes para o pátio de compostagemÁrea urbana do município Poder Público Municipal 100% - - - -

9 Realizar a coleta dos rejeitos separados dos demais resíduos nas segundas, quartas e sextas-feiras Área urbana do município Funcionários envolvidos na coleta de lixo 40% 50% 60% 70% 80%

10 Tratar os resíduos orgânicos no pátio de compostagem Unidade de triagem e compostagem Funcionários da Unidade de triagem e compostagem 60% 70% 80% 90% 100%

11 Destinar para fins de adubação o composto orgânico produzido na UTC a ser instalada Município ou região Associação de Triadores ou Empresa Responsável 60% 70% 80% 90% 100%

12 Destinar os rejeitos para o Aterro Sanitário a ser licenciado e instalado Município Funcionários envolvidos na coleta de lixo - 100% 100% 100% 100%

13 Determinar e Divulgar as datas pré-determinadas para a coleta de resíduos Município Poder Público Municipal 50% 70% 90% 90% 90%

* P = Permanente

2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS DOMICILIARES

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a legislação e/ou normas vigentes; b- Realizar a segregação domiciliar dos resíduos orgânicos e rejeitos; c- Minimizar a disposição de resíduos orgânicos no aterro sanitário; d- Instalar e operar adequadamente a Usina de Triagem e Compostagem.

OR

NIC

O E

RE

JE

ITO

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos orgânicos e os rejeitos são coletados juntos e descartados diretamente no Aterro Controlado do município de Alpinópolis.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)?

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

131

APENDICE XII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

DOMICILIARES: VOLUMOSOS

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Planejar a implantação de um programa de coleta de volumosos para a cidade; Prefeitura; Grupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS 100% - - - -

2Criar e confeccionar material instrutivo, de fácil entendimento e acesso sobre a segregação dos resíduos

volumosos;Departamento de Cultura da prefeitura municipalSecretário de cultura 100% - - - -

3Capacitar funcionários da UTC quanto à coleta e correta segregação e armazenamento desses resíduos

na usina;Usina de Triagem e Compostagem; Grupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS 100% - - - -

4 Promover oficinas para o aproveitamento, concerto e restauração dos resíduos volumosos; Usina de Triagem e Compostagem a ser criada;Grupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS e

Equipe da UTC;100% - - - -

5 Sensibilizar a comunidade sobre a coleta e aproveitamento dos resíduos volumosos; Escolas, Igrejas, PSFs, Lojas de móveis.Secretário de cultura, Secretário de Meio Ambiente. 100% - - - -

6 Estabelecer datas fixas para coleta dos volumosos, com periodicidade máxima mensal; Bairros da zona urbana; Grupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS 100% - - - -

7 Coletar os volumosos separados dos demais resíduos Bairros da zona urbana; Funcionários envolvidos na coleta de lixo. 40% 50% 60% 70% 80%

8 Implantar um bazar itinerante para os resíduos volumosos; Praças e áreas públicas;Grupo de Sustentação e Comitê Diretor do PGIRS e

Equipe da UTC;100% - - - -

9 A coleta dos volumosos não deverá coincidir com o dia de coleta dos resíduos recicláveis Bairros da zona urbana; Secretário de cultura, Secretário de Meio Ambiente. 100% - - - -

* P = Permanente

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos volumosos gerados no município são descartados no aterro municipal. Não há formas de aproveitamento e tão pouco de destinação final para esses resíduos, sendo os mesmos aterrados juntamente com os demais resíduos gerados no

município.

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS DOMICILIARES

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a legislação e/ou normas vigentes; Atender o princípio dos 3 R’s; Providenciar formas de coleta e reaproveitamento dos resíduos volumosos; Minimizar a destinação de resíduos volumosos para o aterro sanitário.

VO

LU

MO

SO

S

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

132

APENDICE XIII - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

CONSTRUÇÃO CIVIL

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Estabelecer um plano de logística para a coleta e destinação dos RCDs. Prefeitura Poder Público Municipal 100% - - - -

2 Informar a comunidade sobre a coleta e destinação correta dos RCDs. Residências, escolas, locais públicos, comércioProfessores, Agentes de Saúde, Instituições contratadas para a

realização do serviçoP P p p p

3Adequar e regularizar as áreas atualmente utilizadas para a destinação dos resíduos construção e

demolição de RCDs.Aterro de RCD Poder Público Municipal 100% - - - -

4 Erradicar o descarte incorreto de RCDs em locais inadequados e manter fiscalização contra esta prática. Município Poder Público Municipal P P p p p

5 Incentivar a implantação do serviço de caçamba privado. Área urbana do município Poder Público Municipal 100% - - - -

6 Estabelecer regras para o funcionamento do sistema privado de caçambas. Prefeitura Poder Público Municipal 100% - - - -

7 Viabilizar uma área de triagem e acondicionamento para os RCDs. Município Poder Público Municipal ou empresa terceirizada 100% - - - -

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Atender a legislação e/ou normas vigentes; buscar alternativas para melhorar a coleta e destinação dos RCDs; buscar alternativas para a reciclagem dos RCDs.

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos de construção e demolição atualmente são recolhidos pela prefeitura e destinados ao aterro municipal.

CO

NS

TR

ÃO

CIV

ILPLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS ESPECÍFICOS

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

133

APENDICE XIV - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

INDÚSTRIA

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Cadastrar indústrias geradoras de resíduos; Departamento de Meio Ambiente Poder Público Municipal ou consultoria externa 100% p p p p

2 Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação de licença expedida pelo órgão ambiental competente; Prefeitura Poder Público Municipal 100% p p p p

3Estabelecer a obrigatoriedade da elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos por parte das

industrias.Prefeitura Poder Público Municipal 100% p p p p

* P = Permanente

AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

Tipo de Resíduo

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS ESPECÍFICOS

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Deve-se: Atender a legislação e/ou normas vigentes; Cadastrar indústrias geradoras de resíduos; Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação licença do órgão ambiental competente para o exercício da atividade; Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação do Plano de Gerenciamento para

os resíduos industriais gerados, de acordo com o tipo do empreendimento.

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): O município possui 8 indústrias instaladas em atividade, todas de pequeno porte. Os resíduos gerados nesses empreendimentos são em grande parte destinados para reciclagem e parte enviados para o aterro municipal por meio de coleta convencional.

RE

SÍD

UO

S IN

DU

ST

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IS

Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

134

APENDICE XV - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

MINERAÇÃO

.

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1 Cadastrar minerações geradoras de resíduos; Departamento de Meio Ambiente Poder Público Municipal ou consultoria externa 100% p p p p

2 Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação de licença expedida pelo órgão ambiental competente; Prefeitura Poder Público Municipal 100% p p p p

3Estabelecer a obrigatoriedade da elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos por parte das

minerações.Prefeitura Poder Público Municipal 100% p p p p

* P = Permanente

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS ESPECÍFICOS

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Deve-se: Atender a legislação e/ou normas vigentes; Cadastrar minerações geradoras de resíduos; Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação licença do órgão ambiental competente para o exercício da atividade; Estabelecer a obrigatoriedade da apresentação do Plano de Gerenciamento

para os resíduos de mineração gerados, de acordo com o tipo do empreendimento.

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): O município possui 4 empreendimentos minerários os quais geram entre 100 e 1700kg de resíduos por mês, parte desses resíduos são reaproveitados e o restante é depositado em área de “bota fora”.

RE

SÍD

UO

S D

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ÇÃ

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Praça Cônego Vicente Bianchi, 107. Centro. Alpinópolis/MG

CEP 37940-000 Fone (35) 3523-1808

135

APENDICE XVI - AÇÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE

SERVIÇOS DE SAÚDE

2015- 2018 2019-2022 2023-2026 2027-2030 2031-2034

1Elaborar ou revisar os planos de gerenciamento interno dos estabelecimentos de serviços de saúde de

responsabilidade do poder público municipal;Estabelecimentos públicos geradores de RSS Poder Público Municipal ou consultoria externa 100% - - - -

2

Estabelecer um sistema de controle e criar regras relativas aos resíduos de serviços de saúde produzidos

nos

estabelecimentos públicos e privados do município;

Prefeitura Poder Público Municipal 100% - - - -

3

Adequar infraestrutura, pessoal e logística de forma a possibilitar a correta execução dos planos de

gerenciamento interno

dos RSS nos estabelecimentos municipais;

Estabelecimentos públicos geradores de RSS Responsável pelo estabelecimento de serviços de saúde 100% - - - -

4

Promover ações de sensibilização e capacitação para a correta implantação dos PGRSS dos

estabelecimentos,

tanto públicos, quanto privados;

Estabelecimentos geradores de RSS; Prefeitura e Consultor Externo P P P P P

5Sensibilizar a comunidade sobre a correta segregação e pontos de descarte de RSS gerados

nas residências;Residências e estabelecimentos que geram RSS

Agentes de Saúde, Instituições contratadas para a realização

do serviço100% - - - -

6

Estabelecer parceria entre o poder público e o setor privado com relação aos RSS, envolvendo coleta,

acondicionamento,

tratamento e destinação final;

Município Poder Público Municipal 100% - - - -

7Estabelecer um programa para recolhimento/destinação dos resíduos produzidos nas residências que

demandam tratamento prévio (diabéticos por ex.)Residências Agentes de Saúde, Poder Público Municipal 50% 100% - - -

Tipo de Resíduo AÇÃO 1- Estratégias (Como)? 2- Local (Onde?) 3- Responsáveis pelas ações (Quem?)

4- Metas Quantitativas (Quanto e Quando?)

RE

SÍD

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PLANO DE AÇÃO PARA SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍUOS SÓLIDOS URBANOS

RESÍDUOS ESPECÍFICOS

1- Diretriz (regras ou lei) (O que?): Deve-se: Atender a legislação e/ou normas vigentes; Regularizar o procedimento de gerenciamento e tratamento dos RSS no município.

2- Quadro atual (diagnóstico - 2015): Os resíduos de serviços de saúde de Alpinópolis são acondicionados para posterior descarte no hospital do município. Existe contrato firmado com a empresa de tratamento de resíduos para a realização do recolhimento e descarte adequado dos resíduos de serviços de saúde que demandam

de tratamento antes da disposição final. A empresa realiza e tratamento e disposição final dos resíduos em outro município. Atualmente o município custeia o descarte desses resíduos tanto dos estabelecimentos do município quanto dos particulares.