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PUB VERSO.EQ2:1º Veículo ligeiro para transporte de cavalos NEWS PME ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA Análise INVESTE V, 250 MILHÕES PARA MICRO E PME Governo cria linha de apoio ao REDES ELÉCTRICAS pág. IV ENTREVISTA BAGÃO FELIX O economista diz que o actual modelo económico está esgotado e só há um caminho: preparar melhor as gerações mais novas e exportar mais, ou produzir internamente mais para evitar importações Págs. VI e VII EXPORTAÇÕES X O Governo aprovou a afectação de 30% da Linha de apoio ao Crédito Comercial com garantia do Estado, conhecida como Linha OCDE II, no valor de mil milhões de euros, a operações de exportação de dimensão significativa, para clientes situados em países da OCDE. “Esta afectação vem complementar as medidas anteriormente tomadas para apoio às empresas através do reforço das coberturas ao crédito comercial”, explica um comunicado do IAPMEI, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento. Em causa estarão operações com concessão de crédito comercial de montante elevado e por prazo que poderá ir até aos dois anos. “Os li- mites máximos de responsabilidade do Estado por operação, que estavam estabelecidos por importador e por empresa beneficiária, passam agora a estar limitados apenas por importa- dor e com plafonds muito superiores, que alcançam 5 milhões de euros por cobertura para os melhores riscos”, explica o comunicado. Acresce ainda, adianta, a possibilidade de utilização desta linha em partilha com os operadores comerciais, em condições paralelas às definidas pelas seguradoras de crédito, que, neste caso, devem assegurar pelo menos 25% da cobertura solicitada. Pretende-se, com esta medida, salien- ta o documento do IAPMEI, “ir ao encontro das necessidades das empre- sas exportadoras, sem excluir novos exportadores, nem empresas com crescimento anual superior a 25%, que, mediante análise casuística, po- derão ver operações que representem mais de 10% das exportações do ano transacto beneficiar de cobertura ao abrigo da nova medida”. As medidas de apoio às empresas foram iniciadas em Dezembro de 2008, com a assina- tura do protocolo relativo à Facilidade de Curto Prazo. ESTUDO X Para enfrentarem os desafios colocados pelas pequenas e médias empresas (PME), os bancos de reta- lho para quem estas empresas são fundamentais, “devem fortalecer o papel desempenhado pelo gestor de conta” e, ao mesmo tempo, procederem “a melhorias signifi- cativas nos sistemas de gestão do risco associado ao crédito”. Esta é a principal conclusão do estudo “Small Business Banking and the Crisis,” realizado pela Capgemini, em conjunto com a UniCredit e a Associação europeia de marketing financeiro Efma. “Para serem bem- sucedidos com as PME, os bancos terão que estabilizar as constantes mudanças dos gestores de conta, investir continuamente na sua formação, introduzir inovações nos processos de crédito, estabelecer um interface multicanal simples e conquistar o grau de confiança necessário para estabelecerem uma relação pessoalizada com os empresários”, salienta Roberto Ni- castro, Group Deputy CEO & Head of Retail Strategic Business Area, da UniCredit . O estudo, realizado , re- alizado em 58 grandes instituições bancárias da área do retalho de 21 países, confirma que as PME, apesar de serem responsáveis por gerar quase um terço do volume total das receitas líquidas da banca na área do retalho, constituem quase cerca de metade dos seus activos de risco. “Deste modo, salienta o secretary general, da Efma, Patrick Desmarès, o mercado das PME é ao mesmo tempo imprescindível, mas pleno de desafios”. Os inquiridos revelaram também que as duas principais consequências da crise são o aumento do custo do risco (86%) e a queda da procura (68%), reforçadas por dois desafios: a pressão nos preços (45%) e o au- mento da concorrência (34%). O sucesso da banca no período pós crise dependerá da sua capacidade de se adaptar a um novo ambiente, dominado pela queda da procura e pelo elevado custo do risco, conclui o estudo. Governo cria linha de apoio ao crédito comercial para OCDE BANCA “DEVE FORTALECER GESTOR DE CONTA” Inteiramente projectado e fabricado em Portugal pela Honório, este veículo ligeiro, que transporta até dois cavalos em máxima segurança, representou um investimento de 500 mil euros. Sedeada no Cartaxo, a Honório factura 8 milhões de euros e emprega 100 pessoas. Foto/DR REDES ELÉCTRICAS O INESC Porto e o Fundo de Apoio à Inovação assinaram o contrato referente ao projecto REIVE - Redes Eléctricas Inteligentes com Veículos Eléctricos. Pág. II CAIXA EMPREENDER Ccnjunto de soluções para os que pretendem iniciar ou expandir o seu próprio negócio. Pág. IV EMPREENDEDORES A história de duas start ups: Blip e Practical Way Software, lançadas pelos engenheiros da FEUP José Fonseca e Bruno Mateus Augusto. Pág. VIII CGC GENETICS Um laboratório português que é uma referência mundial na investigação em oncogenética, diagnóstico pré-natal e doenças raras do adulto, caso da trombofilia. Pág. X QUINTA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2010

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Page 1: PME NEWS

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VERSO.EQ2:1º Veículo ligeiro para transporte de cavalos

NEWSSEXTA-FEIRA, 30 DE ABRIL DE 2010

PMEESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA

AnáliseINVESTE V, 250 MILHÕES PARA MICRO E PME

PARA enfrentarem os desafios coloca-dos pelas pequenas e médias empresas(PME), os bancos de retalho para quemestas empresas são fundamentais, “de-vem fortalecer o papel desempenhadopelo gestor de conta” e, ao mesmo tem-po, procederem “a melhorias significa-tivas nos sistemas de gestão do risco as-sociado ao crédito”. Esta é a principalconclusão do estudo “Small BusinessBanking and the Crisis,” realizado pelaCapgemini, em conjunto com a UniCre-dit e a Associação europeia de market-ing financeiro Efma.

“Para serem bem-sucedidos com asPME, os bancos terão que estabilizar asconstantes mudanças dos gestores deconta, investir continuamente na suaformação, introduzir inovações nosprocessos de crédito, estabelecer um in-terface multicanal simples e conquistaro grau de confiança necessário para es-tabelecerem uma relação pessoalizadacom os empresários”, salienta Roberto

BANCOS DEVEM FORTALECERGESTORES DE CONTA

Nicastro, Group Deputy CEO & Head ofRetail Strategic Business Area, da UniCre-dit .

O estudo, realizado , realizado em 58grandes instituições bancárias da área doretalho de 21 países, confirma que asPME, apesar de serem responsáveis porgerar quase um terço do volume total dasreceitas líquidas da banca na área doretalho, constituem quase cerca demetade dos seus activos de risco.

“Deste modo, salienta o secretary gen-eral, da Efma, Patrick Desmarès, o mer-cado das PME é ao mesmo tempo impre-scindível, mas pleno de desafios”.

Os inquiridos revelaram também queas duas principais consequências da crisesão o aumento do custo do risco (86%) ea queda da procura (68%), reforçadas pordois desafios: a pressão nos preços (45%)e o aumento da concorrência (34%).

O sucesso da banca no período póscrise dependerá da sua capacidade de seadaptar a um novo ambiente, dominadopela queda da procura e pelo elevadocusto do risco, conclui o estudo.

Governo cria linha de apoio aocrédito comercial para OCDEO GOVERNO aprovou a afectação de30% da Linha de apoio ao Crédito Co-mercial com garantia do Estado, con-hecida como Linha OCDE II, no valorde mil milhões de euros, a operaçõesde exportação de dimensão significati-va, para clientes situados em países daOCDE.

“Esta afectação vem complementaras medidas anteriormente tomadas pa-ra apoio às empresas através do refor-

ço das coberturas ao crédito comer-cial”, explica um comunicado do IAP-MEI, Instituto de Apoio às Pequenas eMédias Empresas e ao Investimento.

Em causa estarão operações comconcessão de crédito comercial demontante elevado e por prazo que po-derá ir até aos dois anos.

“Os limites máximos de responsabi-lidade do Estado por operação, que es-tavam estabelecidos por importador epor empresa beneficiária, passam ago-ra a estar limitados apenas por impor-

tador e com plafonds muito superio-res, que alcançam 5 milhões de eurospor cobertura para os melhoresriscos”, explica o comunicado.

Acresce ainda, adianta, a possibili-dade de utilização desta linha em par-tilha com os operadores comerciais,em condições paralelas às definidaspelas seguradoras de crédito, que,neste caso, devem assegurar pelomenos 25% da cobertura solicitada.

Pretende-se, com esta medida, sa-lienta o documento do IAPMEI, “ir ao

encontro das necessidades das empre-sas exportadoras, sem excluir novosexportadores, nem empresas com cres-cimento anual superior a 25%, que,mediante análise casuística, poderãover operações que representem maisde 10% das exportações do ano tran-sacto beneficiar de cobertura ao abrigoda nova medida”.

Estas medidas foram iniciadas emDezembro de 2008, com a assinaturado protocolo relativo à Facilidade deCurto Prazo.

▲ESTUDO

EXPORTAÇÕES

INTEIRAMENTE projectado e fabricado em Portugal pela Honório, este veículo ligeiro, que trans-porta até dois cavalos em máxima segurança, representou um investimento de 500 mil euros.Sedeada no Cartaxo, a Honório factura 8 milhões de euros e emprega 100 pessoas. Foto: DR

VERSO.EQ2: 1º Veículo português para transporte de cavalos

CGC GENETICSUm laboratório portuguêsque é uma referênciamundial na investigaçãoem oncogenética, diagnóstico pré-natal edoenças raras do adulto,caso da trombofilia. Pág. X

REDES ELÉCTRICAS O INESC Porto e o Fundode Apoio à Inovação assinaram o contratoreferente ao projectoREIVE - Redes EléctricasInteligentes com VeículosEléctricos. Pág. II

EMPREENDEDORESA história de duas startups: Blip e Practical WaySoftware, lançadas pelosengenheiros da FEUPJosé Fonseca e BrunoMateus Augusto. Pág. VIII

CAIXA EMPREENDER Ccnjunto de soluções paraos que pretendem iniciarou expandir o seu próprionegócio. Pág. IV

ENTREVISTA

Bagão FelixO economista diz que oactual modelo económi-co está esgotado e só háum caminho: prepararmelhor as gerações maisnovas e exportar mais,ou produzir interna-mente mais para evitarimportaçõesPágs. VI e VII

PUB

pág. IV

ENTREVISTA

Bagão FelixO economista diz que oactual modelo económicoestá esgotado e só háum caminho: prepararmelhor as gerações maisnovas e exportar mais,ou produzir internamentemais para evitarimportações Págs. VI e VII

ExpoRTAçõES X

O Governo aprovou a afectação de 30% da Linha de apoio ao Crédito Comercial com garantia do Estado, conhecida como Linha OCDE II, no valor de mil milhões de euros, a operações de exportação de dimensão significativa, para clientes situados em países da OCDE. “Esta afectação vem complementar as medidas anteriormente tomadas para apoio às empresas através do reforço das

coberturas ao crédito comercial”, explica um comunicado do IAPMEI, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento. Em causa estarão operações com concessão de crédito comercial de montante elevado e por prazo que poderá ir até aos dois anos. “Os li-mites máximos de responsabilidade do Estado por operação, que estavam estabelecidos por importador e por empresa beneficiária, passam agora a estar limitados apenas por importa-

dor e com plafonds muito superiores, que alcançam 5 milhões de euros por cobertura para os melhores riscos”, explica o comunicado. Acresce ainda, adianta, a possibilidade de utilização desta linha em partilha com os operadores comerciais, em condições paralelas às definidas pelas seguradoras de crédito, que, neste caso, devem assegurar pelo menos 25% da cobertura solicitada. Pretende-se, com esta medida, salien-ta o documento do IAPMEI, “ir ao

encontro das necessidades das empre-sas exportadoras, sem excluir novos exportadores, nem empresas com crescimento anual superior a 25%, que, mediante análise casuística, po-derão ver operações que representem mais de 10% das exportações do ano transacto beneficiar de cobertura ao abrigo da nova medida”. As medidas de apoio às empresas foram iniciadas em Dezembro de 2008, com a assina-tura do protocolo relativo à Facilidade de Curto Prazo.

ESTudo X

Para enfrentarem os desafios colocados pelas pequenas e médias empresas (PME), os bancos de reta-lho para quem estas empresas são fundamentais, “devem fortalecer o papel desempenhado pelo gestor de conta” e, ao mesmo tempo, procederem “a melhorias signifi-cativas nos sistemas de gestão do risco associado ao crédito”. Esta é a principal conclusão do estudo “Small Business Banking and the Crisis,” realizado pela Capgemini, em conjunto com a UniCredit e a Associação europeia de marketing financeiro Efma. “Para serem bem-sucedidos com as PME, os bancos terão que estabilizar as constantes mudanças dos gestores de conta, investir continuamente na sua formação, introduzir inovações nos processos de crédito, estabelecer um interface multicanal simples e conquistar o grau de confiança necessário para estabelecerem uma relação pessoalizada com os empresários”, salienta Roberto Ni-

castro, Group Deputy CEO & Head of Retail Strategic Business Area, da UniCredit . O estudo, realizado , re-alizado em 58 grandes instituições bancárias da área do retalho de 21 países, confirma que as PME, apesar de serem responsáveis por gerar quase um terço do volume total das receitas líquidas da banca na área do retalho, constituem quase cerca de metade dos seus activos de risco. “Deste modo, salienta o secretary general, da Efma, Patrick Desmarès, o mercado das PME é ao mesmo tempo imprescindível, mas pleno de desafios”. Os inquiridos revelaram também que as duas principais consequências da crise são o aumento do custo do risco (86%) e a queda da procura (68%), reforçadas por dois desafios: a pressão nos preços (45%) e o au-mento da concorrência (34%). O sucesso da banca no período pós crise dependerá da sua capacidade de se adaptar a um novo ambiente, dominado pela queda da procura e pelo elevado custo do risco, conclui o estudo.

Governo cria linha de apoio ao crédito comercial para OCDE

Banca “deve Fortalecer gestor de conta”

Inteiramente projectado e fabricado em Portugal pela Honório, este veículo ligeiro, que transporta até dois cavalos em máxima segurança, representou um investimento de 500 mil euros. Sedeada no Cartaxo, a Honório factura 8 milhões de euros e emprega 100 pessoas. Foto/DR

REdES ELÉCTRICASO INESC Porto e o Fundode Apoio à Inovaçãoassinaram o contratoreferente ao projectoREIVE - Redes EléctricasInteligentes com VeículosEléctricos. Pág. II

CAIxA EMpREENdERCcnjunto de soluções paraos que pretendem iniciarou expandir o seu próprionegócio. Pág. IV

EMpREENdEdoRESA história de duas startups: Blip e Practical WaySoftware, lançadas pelosengenheiros da FEUPJosé Fonseca e BrunoMateus Augusto.Pág. VIII

CGC GENETICSUm laboratório portuguêsque é uma referênciamundial na investigaçãoem oncogenética,diagnóstico pré-natal edoenças raras do adulto,caso da trombofilia.Pág. X

QUINTA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2010

Page 2: PME NEWS

QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010II NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

NOTÍCIAS

NOTÍCIASII SEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

O Suplemento faz parte integrante dos jornais OJE, O Mirante e Vida Económica

DirectorLuís Pimenta

Chefe de RedacçãoJoão Bugalho

RedacçãoAlmerinda Romeira

e Vítor Norinha

ArteMarta SimõesPaulo Parente

FotografiaVictor Machado

Director Comercial João Pereira - 217 922 088

[email protected]

Gestores de ContasAlexandra Pinto - 217922096

Isabel Silva - 217 922 094 Maria Tavares de Almeida - 217 922 091

Tiago Loureiro - 217 922 095

Tiragem Total81 000 exemplares

Ficha Técnica

A Arte em Gestão pretende apoiaras PME com “uma oferta multidisci-plinar e flexível”, que permita aestas empresas, “tipicamente famil-iares e com recursos limitados”,usufruir das “valências e valiasnecessárias para efectuarem amudança com sucesso”, por exemp-lo, através de profissionais na áreade gestão, marketing e recursoshumanos, explicou ao PME NEWS, aCEO da empresa, Rosário Tavares.

A oferta base da empresa é consti-tuída por escritório empresarial, ges-tão de negócios, análise de gestão,consultoria, marketing, gestão demarcas, projectos e formação/coach-ing.

Para as PME, além das soluções àmedida, apresenta produtos stan-dard como os Packs de Negócios:Silver, Gold e Diamond. Estes trêspacks apresentam em comum o con-trolo contabilístico (com as normas eexigências do Sistema de Normaliza-ção Contabilística) e a análise degestão, fundamental para perceberse as empresas estão a caminhar nosentido dos objectivos delineados.

Segundo Rosário Tavares, esteano, a Arte em Gestão quer ver-se re-conhecida “enquanto empresa difer-enciadora nas áreas em que actua”,constituir parcerias de alto valor quefomentem sinergias, aumentar ovolume de negócios e obter a certifi-cação ao nível da qualidade e daresponsabilidade social.

O INESC Porto e o Fundo de Apoio àInovação assinaram, este mês, o con-trato no valor de 2,6 milhões de eu-ros referente ao projecto REIVE - Re-des Eléctricas Inteligentes com Veí-culos Eléctricos - que tem como par-ceiros industriais a REN, EDP Distri-buição, Efacec, Contar, Logica e GalpEnergia.

O REIVE tem como objectivo “mu-

dar o paradigma de mobilidade actu-al e contribuir para a redução das e-missões de C02 na atmosfera ao cri-ar condições para uma efectiva mas-sificação de veículos eléctricos e mi-cro-geração”, explica em comunica-do o INESC Porto.

O projecto propõe “a progressivaintegração” de sistemas de micro-ge-ração e de veículos eléctricos na redeeléctrica, “garantindo uma eficienteexploração da rede eléctrica”.

Dado “o alinhamento do projectocom os objectivos da política energé-tica nacional”, o Fundo de Apoio à I-novação, do Ministério da Economiae da Inovação vai co-financiar oREIVE em 50%.

Em conjunto, os parceiros indus-triais entram no projecto com 500mil euros, devendo integrar os resul-tados obtidos pelo REIVE no desen-volvimento dos bens e serviços debase tecnológica que oferecem.

INESC Porto assina contrato do projecto REIVEREDES ELÉCTRICAS

A EMPRESA de caixilharias braca-rense Jorge Martins, que criou amarca 1.61 de janelas sustentáveisem PVC, anunciou o lançamento deum programa de parcerias destinadoa micro, pequenas e médias empre-sas nacionais.

“Dado que se tornou necessária autilização de sistemas de elevado de-sempenho energético, como o ofere-cido pelo produto 1.61”, explica Jor-ge Martins, Director-geral da em-presa que leva o seu nome, a JorgeMartins propôs-se estabelecer parce-rias com micro, pequenas e médiasempresas, às quais disponibilizará“formação técnica, capacidade deinstalação e produto garantido”.

Em comunicado, o empresário sa-lienta que o objectivo é “tornar viá-veis as empresas fabricantes e insta-ladoras de caixilharias tradicionaisde pouca qualidade, um produto jácondenado” por falta de cumpri-mento da legislação no âmbito doSCE (Sistema Nacional de Certifica-

ção Energética e da Qualidade do ArInterior nos Edifícios) e de toda a le-gislação que o acompanha, nomea-damente o RCCTE (Regulamento dasCaracterísticas de ComportamentoTérmico dos Edifícios.

Para que o negócio tenha consis-tência, adianta o empresário, os no-vos parceiros beneficiarão de apoiotécnico com software de gestão, pla-nificação, desenho, modelagem, mo-nitorização e orçamentação especia-lizado no segmento.

“Trata-se de dotar com capacidadede resposta os empresários que lo-calmente se vêem na contingênciade fechar as portas, designadamentepor não terem capacidade instalada,mas sem perderem a sua indepen-dência e clientes”, salienta.

Fundada em 2000, por Jorge Mar-tins e Rogério Martins, numa prime-ira fase, a empresa comercializou a-penas marcas estrangeiras. Em2007, numa perspectiva de evoluçãona cadeia de valor, avançou para aprodução fabril própria, numa par-ceria com a multinacional Schüco.

PME de caixilharias lançaprograma de parcerias

COOPERAÇÃO

A COMPANHIA de Seguros Tranqui-lidade lançou, este mês, novas solu-ções para micro e pequenas empre-sas no âmbito da campanha “Funda-ções seguras para o seu negócio, sejaqual for o ramo, seja qual for a di-mensão”.O conjunto “muito abrangente de

soluções” adaptadas à realidade des-te universo empresarial inclui desdeseguros multirriscos, para protecçãodos estabelecimentos, até seguros desaúde e vida, para protecção dos co-laboradores.

A campanha é dirigida a restau-rantes, hotéis, farmácias, lojas de co-mércio tradicional, escritórios de ad-vogados, ateliês de Arquitectura,consultórios médicos e escolas.

Tranquilidadereforça apostanas empresas

SEGUROS

Arte em Gestãofaz soluções àmedida para PME

PORTUGAL subiu de 17º para 16º lu-gar no ranking da inovação da Uni-ão Europeia. Segundo o estudo “Eu-ropean Innovation Scoreboard”, ela-borado pela Comissão Europeia, Por-tugal surge à frente da Grécia, Espa-nha e Itália, mas atrás da RepúblicaCheca, Eslovénia e Estónia, paísesque em muitos aspectos progredi-ram “mais rapidamente”.

Sobre estes resultados, a Inova +,empresa especializada na promoçãoe gestão de projectos internacionaisde inovação, salienta que “Portugalapresenta condições de inovação po-sitivas como o número de licencia-dos e doutorados e investimentosem investigação por parte das em-presas, mas “não tem conseguidoconverter os resultados dessa ino-vação em resultados económicos”.

Portugal sobe 1lugar no rankingda UE e é 16º

INOVAÇÃO

A SERPENTINA, associação que pro-move a utilização da Internet e dasTIC enquanto ferramentas de supor-te à criatividade, ao conhecimento, àinteracção, à colaboração e à inte-gração social, vai realizar um con-junto de mini oficinas dirigidas aPME’s. A 7 de Maio, nas instalaçõesda AERLIS em Oeiras terão lugar asoficinas: O ABC da WEB 2.0 paraPME’s e Mãos à OBra: um blog parao seu negócio.

Serpentina criaOficinas WEB 2.0para PME’s

TIC

A INVEST Lisboa, uma parceria daCâmara Municipal de Lisboa, da As-sociação Comercial de Lisboa e daAICEP, vai promover, no dia 18 deMaio, o primeiro evento fora de Por-tugal para captação de investimentopara a cidade de Lisboa.

O evento “Promoção de Lisboa emParis”, a decorrer na Embaixada dePortugal na capital francesa, tem co-mo objectivo promover as vantagense oportunidades de negócio em Lis-boa e dirige-se prioritariamente aosempresários portugueses e luso-des-cendentes radicados em França.

Invest Lisboa vaia Paris captarinvestimento

INICIATIVA

CONSULTORIA

DAR A CONHECER a ciência a partir do design foi o desafio proposto pelo INESC Porto a estudantes do Mestrado em Design daImagem da Universidade do Porto. Os alunos foram convidados a produzir sistemas de visualização de conteúdos científicos, a intervirnos espaços do laboratório de investigação. O resultado pode agora ser visto na exposição “I Am Sience”, Foto: DR

EXPOSIÇÃO: Ver a ciência através da arte no INESC Porto

A AIRV - Associação Empresarial daRegião de Viseu está a promover a 2ªedição do “Prémio Inovação e Em-preendedorismo”.

Esta iniciativa, que tem carácternacional, visa, segundo a AIRV, “di-fundir e despertar o interesse peloempreendedorismo, apelar ao surgi-mento e facilitar a criação de novasempresas com potencial inovador ediferenciador no âmbito da activi-dade empresarial, científica e tec-nológica da região de Viseu”.

Ao prémio podem concorrer em-presas constituídas há menos de trêsanos e com facturação média nesseperíodo inferior a 100 mil euros, quepretendam desenvolver novos pro-jectos que ainda não tenham entra-do na fase de exploração comercial.

O primeiro prémio tem o valor de15 mil euros, o segundo de cincomil e o terceiro será contempladocom dois mil e quinhentos euros. Ovalor dos prémios terá que ser inves-tido no desenvolvimento da ideiaapresentada a concurso.

Na primeira edição do Prémio,lançado em 2007/08, houve 18 candi-daturas aprovadas.

Viseu incentivacriação deempresas

EMPREENDEDORISMO

NOTÍCIASII SEXTA-FEIRA26 de Fevereiro de 2010

Uma parceria OJE/Vida Económica

DirectorLuís Pimenta

Chefe de RedacçãoJoão Bugalho

RedacçãoAlmerinda Romeira

e Vítor Norinha

ArteMarta SimõesPaulo Parente

FotografiaVictor Machado

Director Comercial João Pereira - 217 922 088

[email protected]

Gestores de ContasAlexandra Pinto - 217922096

Isabel Silva - 217 922 094 Maria Tavares de Almeida - 217 922 091

Tiago Loureiro - 217 922 095

Directora de MultimédiaJoana Afonso - 217 922 073

[email protected]

ProduçãoJoão Baptista, Rafael Leitão

Conselho de AdministraçãoMegafin SA

João Lino de Castro (presidente), GRISA - Gestão Imobiliária eIndustrial S.A., Pedro Morais Leitão,

Pedro Sousa Mendes e Guilherme Borba(administrador-delegado) [email protected]

Ficha Técnica

A AGÊNCIA criativa Wecansell, foca-da em love branding e marketing ex-periencial, promove, no dia 29 deAbril no Vip Lounge do Porto PalácioCongress Hotel & Spa da cidade In-victa, mais uma edição do AfterworkBusiness Lounge, encontro informalde networking empresarial.

Este formato de “encontros” em-presariais face-to-face, numa alturaem que o online e as redes sociais es-tão a consolidar-se no centro das re-lações sociais tem a vantagem de“manter uma rotina de contacto pes-soal junto de outros cargos decisorese quadros middle & top manage-ment por forma a complementar asrelações sociais e criação de relações

de confiança na partilha de novasideias, troca de experiências e fo-mento de novas parcerias e negó-cios”, explica o administrador daWecansell, Nuno Nobre.

Segundo este responsável, o on-line e as redes sociais potenciam“um valioso open-doorer para a ob-tenção de contactos, informação emanutenção de relações profissio-nais”, mas não conseguem criar “osentimento de confiança, algo sópossível de obter através do contactoface-to-face”.

OAfterwork Business Lounge, con-ceito introduzido pela Wecansell,tem participação gratuita, mas a lis-ta de inscritos é seleccionada com oobjectivo de “aumentar a eficácia donetworking desenvolvido”.

A URBANOS foi eleita a melhor mé-dia empresa para trabalhar em Por-tugal em 2010. Em segundo ficou aRamos Catarino (10.ª em 2009) e naterceira posição o Hotel Ritz Four Se-asons. Seguiram-se a TNT (era 16.ª) ea Abreu & Associados (subiu do 9º.para o 5.º lugar).

Na categoria das Melhores Peque-nas e Micro Empresas, criada na edi-

ção deste ano da iniciativa, ficou emprimeiro a Safira e em segundo aAMT- Consulting. A Hiscox Insuran-ce Company ocupou a terceira posi-ção, a Balonas e Menano a quarta e aAqapura Hotels Villas SPA a quinta.

A iniciativa da Heidrick & Strug-gles e da revista Exame elegeu na ca-tegoria das maiores empresas paratrabalhar a RE/MAX, com a nota fi-nal de 85,49%. A RE/MAX subiu dosegundo para o primeiro lugar que

ocupou em 2007, 2008 e 2009 des-tronando a Microsoft, que o ano pas-sado ocupou o topo das preferênciase este ano ficou na segunda posição.

Na lista das melhores para traba-lhar seguiram-se a Liberty Seguros ea Conduril (ambas com entrada di-recta), tendo o grupo Lena mantidoo quinto lugar. Nas posições imedia-tas classificaram-se a Leaseplan Por-tugal, Novartis Farma, Huf Portugu-esa, Procme e Onitelecom.

Urbanos é melhor média empresa para trabalharRANKING

O GABINETE de Apoio ao Empregodo Centro Nacional de Apoio ao Imi-grante (CNAI) de Lisboa e Porto e ainternacionalização do projecto Lou-sã, Destino de Turismo Acessível vãorepresentar Portugal na final euro-peia dos European EnterpriseAwards 2010, anunciou o IAPMEI,entidade que em Portugal tem a res-ponsabilidade desta iniciativa da Co-missão Europeia.

Entre os vencedores da fase nacio-nal dos Prémios Europeus de Inicia-tiva Empresarial, de onde foram se-leccionados o CNAI e o projecto deinternacionalização do destino turís-tico da Lousã, figuram o EcossistemaEmpreendedor (Agência DNA Cas-cais em parceria com a Câmara deCascais), o projecto Artesanato commotor da economia local (Câmara deVila Nova de Poiares em parceriacom ADIP) e o Centro Novas Oportu-nidades do Vale do Ave.

O Sistema de Rastreio do Cancrodo Colo do Útero na ARS Alentejo, o

projecto Quinzena Empresarial deAlcochete, a AMIgaia (Agência Muni-cipal de Investimento de Vila Novade Gaia), o projecto TecniDelta (Esta-belecimento Prisional de Lisboa emparceria com a Tecnidelta – Equipa-mentos Hoteleiros) e o CRER – Cria-ção de Empresas em Espaço Ruralcontam-se também entre os vence-dores nas diversas categorias.

Os European Enterprise Awardsvisam incentivar a iniciativa empre-sarial nas diversas regiões da Europae pretendem ser um tributo às boaspráticas que, em diversas áreas, con-tribuam para criar um clima favorá-vel ao desenvolvimento sustentadodas economias, designadamente pa-ra a criação de mais e melhor empre-go a nível regional e local.

O IAPMEI refere que Portugal foi,pela terceira vez consecutiva o se-gundo país a registar maior númerodecandidaturas, com um total de 44.

Em 2006, Portugal venceu a finaleuropeia, na categoria de Reduçãoda Burocracia, com o projecto “Em-presa na Hora”.

Projectos portugueses disputam prémios europeus

BOAS PRÁTICAS

COM UM investimento inicial de 100mil euros e uma equipa de 30 pesso-as, a Plater estima facturar 800 mileuros em 2009 e fazer crescer a suacarteira de clientes em 30%.

Posicionada como“consultora ino-vadora” para as PME, a Plater ofere-ce serviços integrados nas áreas definance, insurance, tecnologias deinformação, legal, market Intel e pu-blic relations. “Propomo- nos, de for-ma equilibrada na razão custo/bene-fício, dotar as PMEs de estruturas defuncionamento à imagem das gran-des organizações”, explica José Pe-dro Vale, Managing partner da Pla-ter. A empresa está presente em Lis-boa e no Centro Empresarial Tecno-lógico de S. João da Madeira.

Plater quercrescer 30% efacturar 800 mil

CONSULTORIA

Wecansell leva aoPorto networkingempresarial

A EMPRESA Irmãos Monteiro, de Í-lhavo, a Faculdade de Engenharia doPorto (FEUP), a Universidade de Avei-ro e um matadouro da Beira Litoralestão a trabalhar em parceria nosentido de valorizar os resíduos dascarnes que diariamente são produzi-dos na indústria.

“Transformar a gordura da carneem biocombustível é uma forma deenfrentar um problema ambiental,financeiro e até de saúde pública”,diz o docente da FEUP e responsávelpelo projecto FatValue, Manuel Fon-seca Almeida, adiantando que estãoa ser testadas três formas de aprovei-tamento dos resíduos.

Financiado pela Agência de Inova-ção, no âmbito do SI IDT (Sistema deincentivos de I&DT), o FatValue deve-rá estar concluído em Março de 2011.

Transformar agordura da carneem biocombustível

I&D

A LOGICA, empresa especializadaem serviços de TI e Gestão, anunciouo desenvolvimento de um conjuntode parcerias com empresas de fisca-lidade e consultoria financeira, deforma a “garantir a cobertura totaldas necessidades” das empresas natransição do POC para o novo Siste-ma de Normalização Contabilística(SNC). A Logica preparou quatro ce-nários distintos para implementaçãode SNC em SAP.

Logica cria fábricapara projectosSNC em SAP

CONTABILIDADE

A AGÊNCIA de desenvolvimentoAITECOeiras e a AICEP Portugal Glo-bal assinaram um protocolo de cola-boração que tem como objectivo“criar sinergias na obtenção de in-vestimento e promoção empresariale dinamizar o tecido económico emgeral, sobretudo nas áreas do conhe-cimento intensivo”.

O acordo visa ainda a criação deempresas em sectores relativamenteaos quais existam tradição e “vanta-gens comparativas do Concelho deOeiras e onde estejam subjacentesprocessos de inovação tecnológica”.

AitecOeiras eAicep cooperamno apoio a PME

INVESTIMENTO

PARCERIAS

EM VILA Nova de São Bento, concelho de Serpa, a empresa Paladares Alentejanos produz enchidos típicos de alta qualidade, apoiados noancestral conhecimento que existe nesta região do Alentejo. A abertura da empresa, no ano passado, implicou um investimento de 800.000euros e permitiu a criação de nove postos de trabalho. Foto: DR

ENCHIDOS: PME de Serpa “recupera” porco de raça alentejana

A ACL- Associação Comercial de Lis-boa – Câmara de Comércio e Indús-tria Portuguesa - vai organizar de 15a 19 de Março uma missão empre-sarial a Luanda, Angola.

Em comunicado, a ACL refere queesta iniciativa surge na continuidadedas acções de apoio à internacionali-zação que tem vindo a desenvolverneste mercado, que “oferece exce-lentes oportunidades de negócio ede investimento para as empresasportuguesas”.

No âmbito do programa desta mis-são, que conta com o apoio da AI-CEP, serão organizados encontros denegócios, de acordo com o perfil einteresses no mercado de cada parti-cipante, visitas a organismos oficiaise ainda uma sessão de apresentaçãodo mercado angolano.

Angola é um dos principais mer-cados das exportações portuguesas,tendo vindo igualmente a tornar-seum destino importante em termosdo investimento nacional.

A ACL é a mais antiga associaçãoempresarial em Portugal, fundadaem 1834 para defesa e promoção dasactividades económicas.

ACL leva missãoa Angola paracaptar negócio

COMÉRCIO E INDÚSTRIA

NEWSSEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

EXPOSIÇÃO: Ver a ciência através da arte

Arte em Gestão faz soluções à medida para PME

COOperAçãO XA empresa de caixilharias bra-

carense Jorge Martins, que criou a marca 1.61 de janelas sustentáveis em PVC, anunciou o lançamento de um programa de parcerias destinado a micro, pequenas e médias empre-sas nacionais. “Dado que se tornou necessária a utilização de sistemas de elevado desempenho energético, como o oferecido pelo produto 1.61”, explica Jorge Martins, Director-geral da empresa que leva o seu nome, a Jorge Martins propôs-se estabelecer parcerias com micro, pequenas e médias empresas, às quais disponibili-zará “formação técnica, capacidade de instalação e produto garantido”. Em comunicado, o empresário salienta que o objectivo é “tornar viáveis as empresas fabricantes e instaladoras de caixilharias tradicionais de pouca qualidade, um produto já condenado” por falta de cumprimento da legislação no âmbito do SCE (Sistema Nacional de

Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios) e de toda a legislação que o acompanha, nome-adamente o RCCTE (Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios. Para que o negócio tenha consistência, adianta o empresário, os novos parceiros bene-ficiarão de apoio técnico com software de gestão, planificação, desenho, mode-lagem, monitorização e orçamentação especializado no segmento. “Trata-se de dotar com capacidade de resposta os empresários que localmente se vêem na contingência de fechar as portas, designadamente por não terem capa-cidade instalada, mas sem perderem a sua independência e clientes”, salienta. Fundada em 2000, por Jorge Martins e Rogério Martins, numa primeira fase, a empresa comercializou apenas marcas estrangeiras. Em 2007, numa perspectiva de evolução na cadeia de valor, avançou para a produção fabril própria, numa parceria com a multi-nacional Schüco.

Tranquilidade reforça aposta nas empresas

SegurOS XA Companhia de Seguros Tranquili-

dade lançou, este mês, novas soluções para micro e pequenas empresas no âmbito da campanha “Fundações seguras para o seu negócio, seja qual for o ramo, seja qual for a dimensão”. O conjunto “muito abrangente de soluções” adaptadas à realidade deste universo empresarial inclui desde se-guros multirriscos, para protecção dos estabelecimentos, até seguros de saúde e vida, para protecção dos colaboradores. A campanha é dirigida a restaurantes, hotéis, farmácias, lojas de comércio tradicional, escritórios de advogados, ateliês de Arquitectura, consultórios médicos e escolas.

redeS eléCTrICAS XO INESC Porto e o Fundo de Apoio à Inova-

ção assinaram, este mês, o contrato no valor de 2,6 milhões de euros referente ao projecto REIVE - Redes Eléctricas Inteligentes com Veículos Eléctricos - que tem como parceiros industriais a REN, EDP Distribuição, Efacec, Contar, Logica e Galp Energia. O REIVE tem como objectivo “mudar o paradigma de mo-bilidade actual e contribuir para a redução das emissões de C02 na atmosfera ao criar condições para uma efectiva massificação de veículos eléctricos e micro-geração”, explica em comunicado o INESC Porto. O

projecto propõe “a progressiva integração” de sistemas de micro-geração e de veículos eléctricos na rede eléctrica, “garantindo uma eficiente exploração da rede eléctrica”. Dado “o alinhamento do projecto com os objectivos da política energética nacional”, o Fundo de Apoio à Inovação, do Ministério da Economia e da Inovação vai co-financiar o REIVE em 50%. Em conjunto, os parceiros industriais entram no projecto com 500 mil euros, devendo integrar os resultados obtidos pelo REIVE no desenvolvimento dos bens e serviços de base tecnológica que oferecem.

Portugal sobe 1 lugar no ranking da EU e é 16º

INOvAçãO XPortugal subiu de 17º para 16º lugar no

ranking da inovação da União Europeia. Segundo o estudo “European Innovation Scoreboard”, elaborado pela Comissão Eu-ropeia, Portugal surge à frente da Grécia, Espanha e Itália, mas atrás da República Checa, Eslovénia e Estónia, países que em muitos aspectos progrediram “mais rapi-damente”. Sobre estes resultados, a Inova +, empresa especializada na promoção e gestão de projectos internacionais de inovação, salienta que “Portugal apresenta condições de inovação positivas como o número de licenciados e doutorados e investimentos em investigação por parte das empresas, mas “não tem conseguido converter os resultados dessa inovação em resultados económicos”.

Serpentina faz Oficinas WEB 2.0 para PME’s

TIC XA Serpentina, associação que pro-

move a utilização da Internet e das TIC enquanto ferramentas de suporte à criatividade, ao conhecimento, à in-teracção, à colaboração e à integração social, vai realizar um conjunto de mini oficinas dirigidas a PME’s. A 7 de Maio, nas instalações da AERLIS em Oeiras terão lugar as oficinas: O ABC da WEB 2.0 para PME’s e Mãos à OBra: um blog para o seu negócio.

Invest Lisboa vai a Paris captar investimento

INICIATIvA XA Invest Lisboa, uma parceria da

Câmara Municipal de Lisboa, da Associa-ção Comercial de Lisboa e da AICEP, vai promover, no dia 18 de Maio, o primeiro evento fora de Portugal para captação de investimento para a cidade de Lisboa. O evento “Promoção de Lisboa em Paris”, a decorrer na Embaixada de Portugal na capital francesa, tem como objectivo promover as vantagens e oportunidades de negócio em Lisboa e dirige-se priorita-riamente aos empresários portugueses e luso-descendentes radicados em França.

Viseu incentiva criação de empresas

empreeNdedOrISmO XA AIRV - Associação Empresarial

da Região de Viseu está a promover a 2ª edição do “Prémio Inovação e Em-preendedorismo”. Esta iniciativa, que tem carácter nacional, visa, segundo a AIRV, “difundir e despertar o interesse pelo empreendedorismo, apelar ao sur-gimento e facilitar a criação de novas empresas com potencial inovador e diferenciador no âmbito da actividade empresarial, científica e tecnológica da região de Viseu”. Ao prémio podem con-correr empresas constituídas há menos de três anos e com facturação média nesse período inferior a 100 mil euros, que pretendam desenvolver novos pro-jectos que ainda não tenham entrado na fase de exploração comercial. O primeiro prémio tem o valor de 15 mil euros, o segundo de cinco mil e o terceiro será contemplado com dois mil e quinhentos euros. O valor dos prémios terá que ser investido no desenvolvimento da ideia apresentada a concurso. Na primeira edição do Prémio, lançado em 2007/08, houve 18 candidaturas aprovadas.

INESC Porto assina contrato do projecto REIVE

CONSulTOrIA XA Arte em Gestão pre-

tende apoiar as PME com “uma oferta multidiscipli-nar e flexível”, que per-mita a estas empresas, “tipicamente familiares e com recursos limitados”, usufruir das “valências e valias necessárias para efectuarem a mudança com sucesso”, por exemplo, através de profissionais na área de gestão, marketing e recursos humanos, expli-cou ao PME NEWS, a CEO da empresa, Rosário Tavares. A oferta base da empresa é constituída por escritório empresarial, gestão de negócios, análise de gestão, consultoria, marketing, gestão de marcas, projectos e formação/coaching. Para as PME, além das soluções

à medida, apresenta produ-tos standard como os Packs de Negócios: Silver, Gold e Diamond. Estes três packs apresentam em comum o controlo contabilístico (com as normas e exigências do Sistema de Normalização Contabilística) e a análise de gestão, fundamental para perceber se as empre-sas estão a caminhar no sentido dos objectivos de-lineados. Segundo Rosário Tavares, este ano, a Arte em Gestão quer ver-se reconhe-cida “enquanto empresa diferenciadora nas áreas em que actua”, constituir parcerias de alto valor que fomentem sinergias, aumentar o volume de ne-gócios e obter a certificação ao nível da qualidade e da responsabilidade social.

PME de caixilharias lança programa de parcerias

Dar a conhecer a ciência a partir do design foi o desafio proposto pelo INESC Porto a estudantes do Mestrado em Design da Imagem da Universidade do Porto. Os alunos foram convidados a produzir sistemas de visualização de conteúdos científicos, a intervir nos espaços do laboratório de investigação. O resultado pode ser visto na exposição “I Am Sience”, Foto/DR

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QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010 IIINEWS

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

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70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

FINANCIAMENTO

FINANCIAMENTOIV SEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

Pessoas empreendedoras, comespírito de iniciativa e com ideiaspara a criação de novos negócios,mas que não dispõem dos recursos

necessários para os implementar têmmais uma porta onde bater: “O CaixaEmpreender é o conjunto de soluçõespara os que pretendem iniciar ouexpandir o seu próprio negócio”, expli-cou ao PME NEWS a Directora deComunicação e Marca da Caixa, SuzanaFerreira.

Lançado já este ano, o CaixaEmpreender tem como objectivo propor-cionar “as melhores soluções, quer aonível de financiamento, quer ao nível deprodutos e serviços, a quem tem espíritoempreendedor”. Trata-se, ainda segundoesta responsável, de “uma forma deapoiar a criação do auto-emprego e umaresposta socialmente responsável aosdesafios colocados pela actual conjuntu-ra económica”.

Podem aceder a este conjunto desoluções os jovens até aos 40 anos quepretendam criar o seu próprio negócioou necessitem de adquirir equipamentosou outros componentes de investimentofundamentais para a sua empresa, ouatravés de uma vertente de carácter maissocial - cidadãos desempregados comrendimentos inferiores à “RetribuiçãoMínima mensal Garantida que preten-dem criar a sua pequena empresa.

“A Caixa – salienta Suzana Ferreira -posiciona-se assim como o parceiro nacriação de novas empresas, atraindo pes-soas que, para além das ideias, tenhamum plano de negócios. Jovens até aos 40anos com capacidade para promover acriação, expansão ou modernização doseu pequeno negócio, ou sociedadesrecentemente constituídas ou emprocesso de constituição, cujo capital

seja maioritariamente detido por jovensaté aos 40 anos”.

Também, através da Caixa Capital, aCGD, adianta Suzana Ferreira, está “aentrar em força no mercado das startups, com o capital de risco”.

Suzana Ferreira diz que esta aposta daCGD no empreendedorismo prende-secom a necessidade de criar condiçõesque promovam o desenvolvimentoempresarial em Portugal, como motor

da economia e do desenvolvimento dopaís. “O empreendedorismo surge assimcomo uma alternativa para quem temuma ideia de negócio e espíritoempreendedor, e quer apostar na criaçãoda sua pequena empresa”, sublinha.

A CGD tem, segundo a Directora deComunicação e Marca, as suas mais de800 agências espalhadas por todo o Paíspreparadas para analisar os planos denegócio dos empreendedores. No entan-to, parte das propostas serão tratadascentralmente pela Agência Central parao Microcrédito (ACM) recentemente cria-da e vocacionada para este tipo de finan-ciamento.

Por Almerinda Romeira

CAIXA EMPREENDER FINANCIA CRIAÇÃODO AUTO-EMPREGO

Suzana Ferreira, Directora de Comunicação e Marca da Caixa Geral de Depósitos Foto: Victor Machado/OJE

CAIXA FINANCIAMENTO E PRAZOSFinanciamento da aquisição de equipamentos ou de outras componentes do lançamento de pequenos negócios ou daexpansão e modernização de empresas já existentes.Quanto a prazos temos duas soluções:- Para criação de novas empresas: até 72 meses (6 anos)- Para modernização e expansão de empresas: até 60 meses (5 anos)

CAIXA PLAFONDS DOS EMPRÉSTIMOS E TAXAS DE JUROO CAIXA EMPREENDER INTEGRA 3 LINHAS DE FINANCIAMENTO, NOMEADAMENTE:A linha Caixa Jovem Empreendedor é uma solução desenvolvida exclusivamente pela CGD e destina-se a jovens até aos40 anos que pretendam criar o seu próprio negócio ou necessitem de adquirir equipamentos ou outros componentes deinvestimento fundamentais para a sua empresa (Prazos: até 72 meses; Montante máximo: €50.000)A Linha de Crédito ANJE e as Linhas de Crédito IEFP resultam de parcerias da Caixa com estas instituições. A primeiratem como objectivo o financiamento de projectos de jovens empresários associados da ANJE em condições semelhantesao Caixa Jovem Empreendedor. As segundas apoiam a criação de novas empresas por cidadãos desempregados, ou comrendimentos inferiores à “Retribuição Mínima mensal Garantida (RMG)”.Até 50.000€, com o limite de 80% do valor do investimento total para a Linha de Crédito ANJE; até 100.000€ nas lin-has do IEFP. Taxa correspondente à média aritmética simples das taxas Euribor a 3 meses (base 360 dias), apurada comreferência ao mês imediatamente anterior ao do início de cada período de contagem de juros, arredondada para a milési-ma de ponto percentual mais próxima e acrescida de um spread* até 3%, (até 2,5%* nas operações de jovensempreendedores matriculados em Instituições de Ensino Superior com protocolo com a CGD e nas operações propostaspela ANPME - Associação Nacional das PME. No caso do IEFP a linha de crédito contempla um prazo alargado (84meses) e uma taxa de juro bonificada nos 3 primeiros anos de reembolso: Euribor a 30 dias + 0,25%, com o limite míni-mo de 1,5% e máximo de 3,5%. A taxa de juro aplicável ao restante período de reembolso é a Euribor a 30 dias + 2,5%.

Contactos: www.caixaempreender-cgd.com

A CGD lançou um cojunto de soluções àsquais podem aceder jovens até aos 40 anosque pretendam criar o seu próprio negócioou desempregados que pretendem criar a suapequena empresa

A Caixa posiciona-se assimcomo o parceiro na criaçãode novas empresas, atraindopessoas que, para além dasideias, tenham um plano denegócios

PME INVESTE V CONTEMPLA 250 MILHÕES PARA MICRO E PME COM UMA dotação inicial de 750 mil-hões de euros, dos quais 250 milhões deeuros para as Micro e PequenasEmpresas, a linha PME Investe V é a novalinha de crédito bonificada com GarantiaMútua, que vem no seguimento dasanteriores Linhas PME Investe.

Além da majoração da garantia e doalargamento do prazo face às PMEInveste anteriores, esta nova linha decrédito abre a possibilidade de candi-datura por empresas que têm dívidas aoEstado.

Com efeito, um montante até 30% doempréstimo poderá ser utilizado para“liquidar dívidas contraídas junto dabanca, nos 2 meses anteriores à con-tratação da operação, destinadas à regu-larização de dívidas ao fisco e segurançasocial”, no que é entendido como umclaro sinal de reconhecimento para comas empresas que estão preocupadas nocumprimento das suas obrigações paracom o Estado.

Na Linha Específica “Geral” a garantia

do capital em dívida pelas Sociedades deGarantia Mútua (SGM), poderá será majo-rada para 65% do capital em dívida emoperações realizadas por empresas quenão tenham beneficiado de qualquer

operação em anteriores edições da PMEInveste. Nos restantes casos desta LinhaEspecífica mantém-se a garantia de 50%.Na Linha Específica “Micro e PequenasEmpresas” mantém-se a garantia de 75%

do capital em dívida pelas SGM. A PME Investe V aumenta em um ano

o prazo das operações, que no caso daLinha “Geral” passam de cinco para seisanos e de três para quatro anos na Linha“Micro e Pequenas Empresas”. E prevêtambém o aumento do prazo de con-tratação das operações de 30 dias para 60dias.

A nova linha inclui a locação finan-ceira imobiliária e locação financeira deequipamentos e Introduz de formaexplícita a possibilidade de recusa deoperações por parte do Banco. Os pedi-dos de financiamento são objecto dedecisão inicial por parte do Banco, emcaso de recusa da operação, bastará aoBanco dar conhecimento da sua decisãoao cliente.

O Governo alarga o acesso da LinhaInveste às Regiões Autónomas do Açoresda Madeira.

Almerinda Romeira

A nova linha está aberta aempresas “infractoras”. Comefeito, até 30% do emprésti-mo poderá ser utilizado pararegularização da SegurançaSocial e de dívidas fiscais

Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Banco BPIBanco Comercial PortuguêsBanco de Investimento GlobalBanco EfisaBanco Espírito SantoBanco Espírito Santo dos AçoresBanco FinibancoBanco INVESTBanco Popular PortugalBanco Português de NegóciosBanco Santander TottaBanif – Banco Internacional do FunchalBarclays BankCaixa Central de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Aforros de Vigo, Ourense e Pontevedra (CAIXANOVA)Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ChamuscaCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de LeiriaCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de MafraCaixa Económica Montepio GeralCaixa Geral de DepósitosDeutsche Bank Totta-Crédito EspecializadoBA

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FINANCIAMENTOIV SEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

Pessoas empreendedoras, comespírito de iniciativa e com ideiaspara a criação de novos negócios,mas que não dispõem dos recursos

necessários para os implementar têmmais uma porta onde bater: “O CaixaEmpreender é o conjunto de soluçõespara os que pretendem iniciar ouexpandir o seu próprio negócio”, expli-cou ao PME NEWS a Directora deComunicação e Marca da Caixa, SuzanaFerreira.

Lançado já este ano, o CaixaEmpreender tem como objectivo propor-cionar “as melhores soluções, quer aonível de financiamento, quer ao nível deprodutos e serviços, a quem tem espíritoempreendedor”. Trata-se, ainda segundoesta responsável, de “uma forma deapoiar a criação do auto-emprego e umaresposta socialmente responsável aosdesafios colocados pela actual conjuntu-ra económica”.

Podem aceder a este conjunto desoluções os jovens até aos 40 anos quepretendam criar o seu próprio negócioou necessitem de adquirir equipamentosou outros componentes de investimentofundamentais para a sua empresa, ouatravés de uma vertente de carácter maissocial - cidadãos desempregados comrendimentos inferiores à “RetribuiçãoMínima mensal Garantida que preten-dem criar a sua pequena empresa.

“A Caixa – salienta Suzana Ferreira -posiciona-se assim como o parceiro nacriação de novas empresas, atraindo pes-soas que, para além das ideias, tenhamum plano de negócios. Jovens até aos 40anos com capacidade para promover acriação, expansão ou modernização doseu pequeno negócio, ou sociedadesrecentemente constituídas ou emprocesso de constituição, cujo capital

seja maioritariamente detido por jovensaté aos 40 anos”.

Também, através da Caixa Capital, aCGD, adianta Suzana Ferreira, está “aentrar em força no mercado das startups, com o capital de risco”.

Suzana Ferreira diz que esta aposta daCGD no empreendedorismo prende-secom a necessidade de criar condiçõesque promovam o desenvolvimentoempresarial em Portugal, como motor

da economia e do desenvolvimento dopaís. “O empreendedorismo surge assimcomo uma alternativa para quem temuma ideia de negócio e espíritoempreendedor, e quer apostar na criaçãoda sua pequena empresa”, sublinha.

A CGD tem, segundo a Directora deComunicação e Marca, as suas mais de800 agências espalhadas por todo o Paíspreparadas para analisar os planos denegócio dos empreendedores. No entan-to, parte das propostas serão tratadascentralmente pela Agência Central parao Microcrédito (ACM) recentemente cria-da e vocacionada para este tipo de finan-ciamento.

Por Almerinda Romeira

CAIXA EMPREENDER FINANCIA CRIAÇÃODO AUTO-EMPREGO

Suzana Ferreira, Directora de Comunicação e Marca da Caixa Geral de Depósitos Foto: Victor Machado/OJE

CAIXA FINANCIAMENTO E PRAZOSFinanciamento da aquisição de equipamentos ou de outras componentes do lançamento de pequenos negócios ou daexpansão e modernização de empresas já existentes.Quanto a prazos temos duas soluções:- Para criação de novas empresas: até 72 meses (6 anos)- Para modernização e expansão de empresas: até 60 meses (5 anos)

CAIXA PLAFONDS DOS EMPRÉSTIMOS E TAXAS DE JUROO CAIXA EMPREENDER INTEGRA 3 LINHAS DE FINANCIAMENTO, NOMEADAMENTE:A linha Caixa Jovem Empreendedor é uma solução desenvolvida exclusivamente pela CGD e destina-se a jovens até aos40 anos que pretendam criar o seu próprio negócio ou necessitem de adquirir equipamentos ou outros componentes deinvestimento fundamentais para a sua empresa (Prazos: até 72 meses; Montante máximo: €50.000)A Linha de Crédito ANJE e as Linhas de Crédito IEFP resultam de parcerias da Caixa com estas instituições. A primeiratem como objectivo o financiamento de projectos de jovens empresários associados da ANJE em condições semelhantesao Caixa Jovem Empreendedor. As segundas apoiam a criação de novas empresas por cidadãos desempregados, ou comrendimentos inferiores à “Retribuição Mínima mensal Garantida (RMG)”.Até 50.000€, com o limite de 80% do valor do investimento total para a Linha de Crédito ANJE; até 100.000€ nas lin-has do IEFP. Taxa correspondente à média aritmética simples das taxas Euribor a 3 meses (base 360 dias), apurada comreferência ao mês imediatamente anterior ao do início de cada período de contagem de juros, arredondada para a milési-ma de ponto percentual mais próxima e acrescida de um spread* até 3%, (até 2,5%* nas operações de jovensempreendedores matriculados em Instituições de Ensino Superior com protocolo com a CGD e nas operações propostaspela ANPME - Associação Nacional das PME. No caso do IEFP a linha de crédito contempla um prazo alargado (84meses) e uma taxa de juro bonificada nos 3 primeiros anos de reembolso: Euribor a 30 dias + 0,25%, com o limite míni-mo de 1,5% e máximo de 3,5%. A taxa de juro aplicável ao restante período de reembolso é a Euribor a 30 dias + 2,5%.

Contactos: www.caixaempreender-cgd.com

A CGD lançou um cojunto de soluções àsquais podem aceder jovens até aos 40 anosque pretendam criar o seu próprio negócioou desempregados que pretendem criar a suapequena empresa

A Caixa posiciona-se assimcomo o parceiro na criaçãode novas empresas, atraindopessoas que, para além dasideias, tenham um plano denegócios

PME INVESTE V CONTEMPLA 250 MILHÕES PARA MICRO E PME COM UMA dotação inicial de 750 mil-hões de euros, dos quais 250 milhões deeuros para as Micro e PequenasEmpresas, a linha PME Investe V é a novalinha de crédito bonificada com GarantiaMútua, que vem no seguimento dasanteriores Linhas PME Investe.

Além da majoração da garantia e doalargamento do prazo face às PMEInveste anteriores, esta nova linha decrédito abre a possibilidade de candi-datura por empresas que têm dívidas aoEstado.

Com efeito, um montante até 30% doempréstimo poderá ser utilizado para“liquidar dívidas contraídas junto dabanca, nos 2 meses anteriores à con-tratação da operação, destinadas à regu-larização de dívidas ao fisco e segurançasocial”, no que é entendido como umclaro sinal de reconhecimento para comas empresas que estão preocupadas nocumprimento das suas obrigações paracom o Estado.

Na Linha Específica “Geral” a garantia

do capital em dívida pelas Sociedades deGarantia Mútua (SGM), poderá será majo-rada para 65% do capital em dívida emoperações realizadas por empresas quenão tenham beneficiado de qualquer

operação em anteriores edições da PMEInveste. Nos restantes casos desta LinhaEspecífica mantém-se a garantia de 50%.Na Linha Específica “Micro e PequenasEmpresas” mantém-se a garantia de 75%

do capital em dívida pelas SGM. A PME Investe V aumenta em um ano

o prazo das operações, que no caso daLinha “Geral” passam de cinco para seisanos e de três para quatro anos na Linha“Micro e Pequenas Empresas”. E prevêtambém o aumento do prazo de con-tratação das operações de 30 dias para 60dias.

A nova linha inclui a locação finan-ceira imobiliária e locação financeira deequipamentos e Introduz de formaexplícita a possibilidade de recusa deoperações por parte do Banco. Os pedi-dos de financiamento são objecto dedecisão inicial por parte do Banco, emcaso de recusa da operação, bastará aoBanco dar conhecimento da sua decisãoao cliente.

O Governo alarga o acesso da LinhaInveste às Regiões Autónomas do Açoresda Madeira.

Almerinda Romeira

A nova linha está aberta aempresas “infractoras”. Comefeito, até 30% do emprésti-mo poderá ser utilizado pararegularização da SegurançaSocial e de dívidas fiscais

Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Banco BPIBanco Comercial PortuguêsBanco de Investimento GlobalBanco EfisaBanco Espírito SantoBanco Espírito Santo dos AçoresBanco FinibancoBanco INVESTBanco Popular PortugalBanco Português de NegóciosBanco Santander TottaBanif – Banco Internacional do FunchalBarclays BankCaixa Central de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Aforros de Vigo, Ourense e Pontevedra (CAIXANOVA)Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da ChamuscaCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de LeiriaCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de MafraCaixa Económica Montepio GeralCaixa Geral de DepósitosDeutsche Bank Totta-Crédito EspecializadoBA

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Com uma dotação inicial de 750 milhões de euros, dos quais 250 milhões de euros para as Micro e Pequenas Empresas, a linha PME Investe V é a nova linha de crédito bonificada com Garantia Mútua, que vem no seguimento das anteriores Linhas PME Investe.

Além da majoração da garantia e do alargamento do prazo face às PME Investe anteriores, esta nova linha de crédito abre a possibilidade de candidatura por empresas que têm dívidas ao Estado.

Com efeito, um montante até 30% do empréstimo poderá ser utilizado para “liquidar dívidas contraídas junto da banca, nos 2 meses ante-riores à contratação da operação, destinadas à regularização de dívidas ao fisco e segurança social”, no que

é entendido como um claro sinal de reconhecimento para com as empresas que estão preocupadas no cumprimento das suas obrigações para com o Estado.

Na Linha Específica “Geral” a garantia do capital em dívida pelas Sociedades de Garantia Mútua (SGM), poderá será majorada para 65% do capital em dívida em operações reali-zadas por empresas que não tenham beneficiado de qualquer operação em anteriores edições da PME Investe. Nos restantes casos desta Linha Específica mantém-se a garantia de 50%. Na Linha Específica “Micro e Pequenas Empresas” mantém-se a garantia de 75% do capital em dívida pelas SGM.

A PME Investe V aumenta em um ano o prazo das operações, que

no caso da Linha “Geral” passam de cinco para seis anos e de três para quatro anos na Linha “Micro e Pe-quenas Empresas”. E prevê também o aumento do prazo de contratação das operações de 30 dias para 60 dias.

A nova linha inclui a locação financeira imobiliária e locação fi-nanceira de equipamentos e Introduz de forma explícita a possibilidade de recusa de operações por parte do Banco. Os pedidos de financiamento são objecto de decisão inicial por parte do Banco, em caso de recusa da operação, bastará ao Banco dar conhecimento da sua decisão ao cliente.

O Governo alarga o acesso da Linha Investe às Regiões Autónomas do Açores da Madeira.

Almerinda Romeira

PME INVESTE V contempla 250 milhões para micro e PME

Pessoas empreendedoras, com espírito de iniciativa e com ideias para a criação de novos negócios, mas que não dispõem dos recursos necessários para os implementar têm mais uma porta onde bater: “O Caixa Empreender é o conjunto de soluções para os que pretendem iniciar ou expandir o seu próprio negócio”, explicou ao PME NEWS a Directora de Comunicação e Marca da Caixa, Suzana Ferreira.

Lançado já este ano, o Caixa Em-preender tem como objectivo pro-porcionar “as melhores soluções, quer ao nível de financiamento, quer ao nível de produtos e serviços, a quem tem espírito empreende-dor”. Trata-se, ainda segundo esta responsável, de “uma forma de apoiar a criação do auto-emprego e uma resposta socialmente respon-sável aos desafios colocados pela actual conjuntura económica”.

Podem aceder a este conjunto de soluções os jovens até aos 40 anos que pretendam criar o seu próprio negócio ou necessitem de adquirir equipamentos ou outros componen-tes de investimento fundamentais para a sua empresa, ou através de uma vertente de carácter mais social - cidadãos desempregados com rendimentos inferiores à “Re-tribuição Mínima mensal Garantida que pretendem criar a sua pequena empresa.

“A Caixa – salienta Suzana Ferreira - posiciona-se assim como o parceiro na criação de novas em-

presas, atraindo pessoas que, para além das ideias, tenham um plano de negócios. Jovens até aos 40 anos com capacidade para promover a criação, expansão ou modernização do seu pequeno negócio, ou socie-dades recentemente constituídas ou em processo de constituição, cujo capital seja maioritariamente deti-do por jovens até aos 40 anos”.

Também, através da Caixa Capital, a CGD, adianta Suzana Ferreira, está “a entrar em força no mercado das start ups, com o capital de risco”.

Suzana Ferreira diz que esta aposta da CGD no empreendedo-rismo prende-se com a necessidade de criar condições que promovam o desenvolvimento empresarial em Portugal, como motor da economia e do desenvolvimento do país. “O empreendedorismo surge assim como uma alternativa para quem tem uma ideia de negócio e espírito empreendedor, e quer apostar na criação da sua pequena empresa”, sublinha.

A CGD tem, segundo a Directora de Comunicação e Marca, as suas mais de 800 agências espalhadas por todo o País preparadas para analisar os planos de negócio dos empreendedores. No entanto, parte das propostas serão tratadas central-mente pela Agência Central para o Microcrédito (ACM) recentemente criada e vocacionada para este tipo de financiamento.

Por Almerinda Romeira

Caixa EmprEEndEr finanCia Criação do auto-EmprEgo

Suzana Ferreira, Directora de Comunicação e Marca da Caixa Geral de Depósitos Foto: Victor Machado/OJE

A CGD lançou um cojunto de soluções àsquais podem aceder jovens até aos 40 anosque pretendam criar o seu próprio negócioou desempregados que pretendem criar a suapequena empresa

Page 5: PME NEWS

QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010 VNEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

OPINIÃO

Deverá isto constituir uma preocu-pação dos empregadores? Sem dúvida que sim.

Embora muitas vezes esquecida, a propriedade intelectual apresenta as características de qualquer outro tipo de propriedade. Tem valor económico, pode ser vendida, cedida, roubada – e protegida.

Hoje, deixaremos de parte os direitos de autor, não menos importantes, para focarmos a nossa atenção nos direitos industriais que envolvem a protecção de invenções, a protecção do design e a protecção de sinais distintivos do comércio como os logótipos ou as marcas.

É conhecida a importância que reveste a exploração de uma qualquer invenção quando esta surge no âmbito de um contrato de trabalho. Na verdade, a lei estabelece que, por regra, o direito à patente pertence ao inventor ou, no caso, ao trabalhador – o que deixa os emprega-dores numa situação de clara e objectiva insegurança face ao poder económico que determinada invenção poderá assumir.

A lei consagra uma excepção à regra geral. O direito à patente é atribuído à empresa se for efectuada durante a exe-cução do contrato de trabalho, desde que a actividade inventiva esteja prevista no próprio contrato de trabalho – evitando discutir-se a posteriori se a actividade deve ou não considerar-se como integrante da sua actividade.

O art. 59º. do Código da Propriedade Industrial estipula, sem margem para dú-vidas, que “se a invenção for feita durante a execução do contrato de trabalho em que a actividade inventiva esteja prevista, o direito à patente pertence à respectiva

empresa”. Neste caso, dita ainda aquela disposição

legal que, se a actividade inventiva não esti-ver especialmente remunerada, o inventor tem direito a remuneração de harmonia com a importância da invenção.

Por outro lado, importa que tenha-mos presente que, se a invenção puder considerar-se como integrante da acti-vidade, a empresa tem direito de opção, a ser exercida no prazo de três meses, mediante remuneração assumindo a sua propriedade ou reservando-se o direito à exclusiva exploração.

De todo o modo, o trabalhador deverá informar a empresa da invenção no prazo de três meses após a sua conclusão ou de um mês no caso de ter requerido o respectivo registo junto do INPI – sendo que o não cumprimento destas obrigações implicará responsabilidade civil e laboral nos termos da lei geral.

Chamamos ainda a atenção para a importância da remuneração devida ao trabalhador. O não pagamento, atempado e integral, da mesma implicará a perda do direito à patente por parte da empresa a favor do trabalhador. A lei vai mais longe na protecção dos empregadores, quando prevê ainda que as patentes cujo registo seja pedido durante o ano seguinte à data em que o trabalhador deixou a empresa se consideram feitas no âmbito do contrato de trabalho.

Decerto que este tipo de actividade não se aplica a todas as funções mas, ainda assim, são muitas e também serão muitos os contratos de trabalho cuja omissão é total.

Quase sempre a criação por parte dos trabalhadores deve-se a um investimento considerável por parte da empresa desde logo pela contratação de determinado trabalhador, pelo que, urge proteger esse mesmo investimento e acima de tudo evitar problemas no futuro.

Conclui-se assim que, sem prejuízo de todas as normas legais previstas quanto a esta matéria, o contrato de trabalho poderá desde logo assumir grande prepon-derância como ferramenta de protecção da empresa face à criatividade dos seus trabalhadores e à remuneração devida.

*Advogada Raposo Bernardo

OPINIÃO VSEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

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CONTRATAÇÃO EM COMISSÃO DE SERVIÇO

A PROPRIEDADE INDUSTRIALNO CONTRATO DE TRABALHO

Numa época de grandes incertezasquanto ao futuro de muitas daspequenas e médias empresas, eperante a necessidade muitas

vezes sentida de dotar as mesmas de“massa crítica” ao nível da gestão,muitos empresários têm dúvidas e difi-culdades no modo como agilizar a con-tratação de quadros de direcção.

Ora, o Código de Trabalho nos art.ºs161º e segs responde a esta questão, querseja pela promoção de quadros da

DIREITO LABORAL

Jacinto Gameiro*

própria empresa a lugares de direcção,quer seja pela contratação de quadrosexteriores.

Porém, uma verdade é indiscutível.Caso se entenda que o trabalhador não seadapta às funções de Direcção é possívelresolver a questão, quer regressando ocolaborador às antigas funções, querfazendo cessar a própria relação laboral.

Na realidade, pode ser exercido emcomissão de serviço cargo de adminis-tração ou equivalente, de direcção ouchefia directamente dependente daadministração ou de director-geral ouequivalente, funções de secretariado pes-soal de titular de qualquer desses cargos,ou ainda, desde que instrumento de reg-ulamentação colectiva de trabalho o pre-veja, funções cuja natureza tambémsuponha especial relação de confiançaem relação a titular daqueles cargos.

Pode exercer cargo ou funções emcomissão de serviço um trabalhador daempresa ou outro admitido para o efeito.

No caso de admissão de trabalhadorpara exercer cargo ou funções em comis-são de serviço, pode ser acordada a suapermanência após o termo da comissão.

O contrato para exercício de cargo oufunções em comissão de serviço estásujeito a forma escrita e deve conter:

• Identificação, assinaturas edomicílio ou sede das partes;

• Indicação do cargo ou funções adesempenhar, com menção expressa

do regime de comissão de serviço;• No caso de trabalhador da empresa,

a actividade que exerce, bem como,sendo diversa, a que vai exercer apóscessar a comissão;

• No caso de trabalhador admitido emregime de comissão de serviço que sepreveja permanecer na empresa, aactividade que vai exercer após ces-sar a comissão.

Qualquer das partes pode pôr termo àcomissão de serviço, mediante aviso

prévio por escrito, com a antecedênciamínima de 30 ou 60 dias, consoanteaquela tenha durado, respectivamente,até dois anos ou período superior.

Cessando a comissão de serviço, o traba-lhador tem direito:

• Caso se mantenha ao serviço daempresa, a exercer a actividadedesempenhada antes da comissão deserviço, ou a correspondente à cate-goria a que tenha sido promovido ou,ainda, a actividade que foi acordadano contrato de comissão,

• A resolver o contrato de trabalho nos30 dias seguintes à decisão do empre-gador que ponha termo à comissãode serviço, com direito a indemniza-ção calculada nos termos do artigo366º (ou seja, tem direito a uma ind-emnização correspondente a 1 mêsde retribuição base e diuturnidadespor cada ano completo de antigu-idade, sendo que a mesma não podeser inferior a 3 meses de retribuiçãobase e diuturnidades);

• Tendo sido admitido para trabalharem comissão de serviço e esta cessepor iniciativa do empregador quenão corresponda a despedimento porfacto imputável ao trabalhador, aindemnização calculada nos termosdo artigo 366º(ou seja, tem direito auma indemnização correspondente a1 mês de retribuição base e diu-turnidades por cada ano completo deantiguidade, sendo que a mesma nãopode ser inferior a 3 meses de ret-ribuição base e diuturnidades).

*Advogado, membro da Lima, Gameiro,Vasques, Antunes e & Associados

Uma verdade é indiscutível. Caso se entendaque o trabalhador não se adapta às funçõesde Direcção é possível resolver a questão,quer regressando o colaborador às antigasfunções, quer fazendo cessar a própriarelação laboral

DEVERÁ isto constituir uma pre-ocupação dos empregadores? Semdúvida que sim.

Embora muitas vezes esquecida,a propriedade intelectual apresentaas características de qualquer outrotipo de propriedade. Tem valoreconómico, pode ser vendida, cedi-da, roubada – e protegida.

Hoje, deixaremos de parte osdireitos de autor, não menos impor-tantes, para focarmos a nossaatenção nos direitos industriais queenvolvem a protecção de invenções,a protecção do design e a protecçãode sinais distintivos do comérciocomo os logótipos ou as marcas.

É conhecida a importância quereveste a exploração de uma qual-quer invenção quando esta surge noâmbito de um contrato de trabalho.Na verdade, a lei estabelece que, porregra, o direito à patente pertenceao inventor ou, no caso, ao trabal-hador – o que deixa os empre-gadores numa situação de clara eobjectiva insegurança face ao podereconómico que determinadainvenção poderá assumir.

A lei consagra uma excepção àregra geral. O direito à patente éatribuído à empresa se for efectua-da durante a execução do contratode trabalho, desde que a actividadeinventiva esteja prevista no própriocontrato de trabalho – evitando dis-cutir-se a posteriori se a actividadedeve ou não considerar-se comointegrante da sua actividade.

O art. 59º. do Código daPropriedade Industrial estipula,sem margem para dúvidas, que “sea invenção for feita durante a exe-cução do contrato de trabalho emque a actividade inventiva estejaprevista, o direito à patente per-tence à respectiva empresa”.

Neste caso, dita ainda aquela dis-

posição legal que, se a actividadeinventiva não estiver especialmenteremunerada, o inventor tem direitoa remuneração de harmonia com aimportância da invenção.

Por outro lado, importa que ten-hamos presente que, se a invençãopuder considerar-se como inte-grante da actividade, a empresatem direito de opção, a ser exercidano prazo de três meses, medianteremuneração assumindo a sua pro-priedade ou reservando-se o direitoà exclusiva exploração.

De todo o modo, o trabalhadordeverá informar a empresa dainvenção no prazo de três mesesapós a sua conclusão ou de um mêsno caso de ter requerido o respecti-vo registo junto do INPI – sendo queo não cumprimento destas obri-gações implicará responsabilidadecivil e laboral nos termos da leigeral.

Chamamos ainda a atenção paraa importância da remuneração dev-ida ao trabalhador. O não pagamen-to, atempado e integral, da mesmaimplicará a perda do direito àpatente por parte da empresa afavor do trabalhador. A lei vai maislonge na protecção dos empre-gadores, quando prevê ainda que aspatentes cujo registo seja pedidodurante o ano seguinte à data emque o trabalhador deixou a empre-sa se consideram feitas no âmbitodo contrato de trabalho.

Decerto que este tipo de activi-dade não se aplica a todas asfunções mas, ainda assim, sãomuitas e também serão muitos oscontratos de trabalho cuja omissãoé total.

Quase sempre a criação por partedos trabalhadores deve-se a uminvestimento considerável porparte da empresa desde logo pelacontratação de determinado trabal-hador, pelo que, urge proteger essemesmo investimento e acima detudo evitar problemas no futuro.

Conclui-se assim que, sem prejuí-zo de todas as normas legais previs-tas quanto a esta matéria, o contra-to de trabalho poderá desde logoassumir grande preponderânciacomo ferramenta de protecção daempresa face à criatividade dos seustrabalhadores e à remuneração dev-ida.

*AdvogadaRaposo Bernardo

DIREITOS INDUSTRIAIS

Ana Cláudia Rangel*

OPINIÃO VSEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

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CONTRATAÇÃO EM COMISSÃO DE SERVIÇO

A PROPRIEDADE INDUSTRIALNO CONTRATO DE TRABALHO

Numa época de grandes incertezasquanto ao futuro de muitas daspequenas e médias empresas, eperante a necessidade muitas

vezes sentida de dotar as mesmas de“massa crítica” ao nível da gestão,muitos empresários têm dúvidas e difi-culdades no modo como agilizar a con-tratação de quadros de direcção.

Ora, o Código de Trabalho nos art.ºs161º e segs responde a esta questão, querseja pela promoção de quadros da

DIREITO LABORAL

Jacinto Gameiro*

própria empresa a lugares de direcção,quer seja pela contratação de quadrosexteriores.

Porém, uma verdade é indiscutível.Caso se entenda que o trabalhador não seadapta às funções de Direcção é possívelresolver a questão, quer regressando ocolaborador às antigas funções, querfazendo cessar a própria relação laboral.

Na realidade, pode ser exercido emcomissão de serviço cargo de adminis-tração ou equivalente, de direcção ouchefia directamente dependente daadministração ou de director-geral ouequivalente, funções de secretariado pes-soal de titular de qualquer desses cargos,ou ainda, desde que instrumento de reg-ulamentação colectiva de trabalho o pre-veja, funções cuja natureza tambémsuponha especial relação de confiançaem relação a titular daqueles cargos.

Pode exercer cargo ou funções emcomissão de serviço um trabalhador daempresa ou outro admitido para o efeito.

No caso de admissão de trabalhadorpara exercer cargo ou funções em comis-são de serviço, pode ser acordada a suapermanência após o termo da comissão.

O contrato para exercício de cargo oufunções em comissão de serviço estásujeito a forma escrita e deve conter:

• Identificação, assinaturas edomicílio ou sede das partes;

• Indicação do cargo ou funções adesempenhar, com menção expressa

do regime de comissão de serviço;• No caso de trabalhador da empresa,

a actividade que exerce, bem como,sendo diversa, a que vai exercer apóscessar a comissão;

• No caso de trabalhador admitido emregime de comissão de serviço que sepreveja permanecer na empresa, aactividade que vai exercer após ces-sar a comissão.

Qualquer das partes pode pôr termo àcomissão de serviço, mediante aviso

prévio por escrito, com a antecedênciamínima de 30 ou 60 dias, consoanteaquela tenha durado, respectivamente,até dois anos ou período superior.

Cessando a comissão de serviço, o traba-lhador tem direito:

• Caso se mantenha ao serviço daempresa, a exercer a actividadedesempenhada antes da comissão deserviço, ou a correspondente à cate-goria a que tenha sido promovido ou,ainda, a actividade que foi acordadano contrato de comissão,

• A resolver o contrato de trabalho nos30 dias seguintes à decisão do empre-gador que ponha termo à comissãode serviço, com direito a indemniza-ção calculada nos termos do artigo366º (ou seja, tem direito a uma ind-emnização correspondente a 1 mêsde retribuição base e diuturnidadespor cada ano completo de antigu-idade, sendo que a mesma não podeser inferior a 3 meses de retribuiçãobase e diuturnidades);

• Tendo sido admitido para trabalharem comissão de serviço e esta cessepor iniciativa do empregador quenão corresponda a despedimento porfacto imputável ao trabalhador, aindemnização calculada nos termosdo artigo 366º(ou seja, tem direito auma indemnização correspondente a1 mês de retribuição base e diu-turnidades por cada ano completo deantiguidade, sendo que a mesma nãopode ser inferior a 3 meses de ret-ribuição base e diuturnidades).

*Advogado, membro da Lima, Gameiro,Vasques, Antunes e & Associados

Uma verdade é indiscutível. Caso se entendaque o trabalhador não se adapta às funçõesde Direcção é possível resolver a questão,quer regressando o colaborador às antigasfunções, quer fazendo cessar a própriarelação laboral

DEVERÁ isto constituir uma pre-ocupação dos empregadores? Semdúvida que sim.

Embora muitas vezes esquecida,a propriedade intelectual apresentaas características de qualquer outrotipo de propriedade. Tem valoreconómico, pode ser vendida, cedi-da, roubada – e protegida.

Hoje, deixaremos de parte osdireitos de autor, não menos impor-tantes, para focarmos a nossaatenção nos direitos industriais queenvolvem a protecção de invenções,a protecção do design e a protecçãode sinais distintivos do comérciocomo os logótipos ou as marcas.

É conhecida a importância quereveste a exploração de uma qual-quer invenção quando esta surge noâmbito de um contrato de trabalho.Na verdade, a lei estabelece que, porregra, o direito à patente pertenceao inventor ou, no caso, ao trabal-hador – o que deixa os empre-gadores numa situação de clara eobjectiva insegurança face ao podereconómico que determinadainvenção poderá assumir.

A lei consagra uma excepção àregra geral. O direito à patente éatribuído à empresa se for efectua-da durante a execução do contratode trabalho, desde que a actividadeinventiva esteja prevista no própriocontrato de trabalho – evitando dis-cutir-se a posteriori se a actividadedeve ou não considerar-se comointegrante da sua actividade.

O art. 59º. do Código daPropriedade Industrial estipula,sem margem para dúvidas, que “sea invenção for feita durante a exe-cução do contrato de trabalho emque a actividade inventiva estejaprevista, o direito à patente per-tence à respectiva empresa”.

Neste caso, dita ainda aquela dis-

posição legal que, se a actividadeinventiva não estiver especialmenteremunerada, o inventor tem direitoa remuneração de harmonia com aimportância da invenção.

Por outro lado, importa que ten-hamos presente que, se a invençãopuder considerar-se como inte-grante da actividade, a empresatem direito de opção, a ser exercidano prazo de três meses, medianteremuneração assumindo a sua pro-priedade ou reservando-se o direitoà exclusiva exploração.

De todo o modo, o trabalhadordeverá informar a empresa dainvenção no prazo de três mesesapós a sua conclusão ou de um mêsno caso de ter requerido o respecti-vo registo junto do INPI – sendo queo não cumprimento destas obri-gações implicará responsabilidadecivil e laboral nos termos da leigeral.

Chamamos ainda a atenção paraa importância da remuneração dev-ida ao trabalhador. O não pagamen-to, atempado e integral, da mesmaimplicará a perda do direito àpatente por parte da empresa afavor do trabalhador. A lei vai maislonge na protecção dos empre-gadores, quando prevê ainda que aspatentes cujo registo seja pedidodurante o ano seguinte à data emque o trabalhador deixou a empre-sa se consideram feitas no âmbitodo contrato de trabalho.

Decerto que este tipo de activi-dade não se aplica a todas asfunções mas, ainda assim, sãomuitas e também serão muitos oscontratos de trabalho cuja omissãoé total.

Quase sempre a criação por partedos trabalhadores deve-se a uminvestimento considerável porparte da empresa desde logo pelacontratação de determinado trabal-hador, pelo que, urge proteger essemesmo investimento e acima detudo evitar problemas no futuro.

Conclui-se assim que, sem prejuí-zo de todas as normas legais previs-tas quanto a esta matéria, o contra-to de trabalho poderá desde logoassumir grande preponderânciacomo ferramenta de protecção daempresa face à criatividade dos seustrabalhadores e à remuneração dev-ida.

*AdvogadaRaposo Bernardo

DIREITOS INDUSTRIAIS

Ana Cláudia Rangel*

AF NEG IMPRENSA 138X207 M 4/26/10 11:08 AM Page 1

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C M Y CM MY CY CMY K

Numa época de grandes incertezas quanto ao futuro de muitas das pequenas e médias empresas, e perante a necessidade muitas vezes sentida de dotar as mesmas de “massa crítica” ao nível da gestão, muitos empresários têm dúvidas e dificuldades no modo como agilizar a contratação de

A propriedAde industriAl no âmbito do contrAto de trAbAlho

contrAtAção em comissão de serviçoquadros de direcção.

Ora, o Código de Trabalho nos art.ºs 161º e segs responde a esta questão, quer seja pela promoção de quadros da própria empresa a lugares de direcção, quer seja pela contratação de quadros exteriores.

Porém, uma verdade é indiscutível. Caso se entenda que o trabalhador não se adapta às funções de Direcção é possível resolver a questão, quer regressando o colaborador às antigas funções, quer fazendo cessar a própria relação laboral.

Na realidade, pode ser exercido em comissão de serviço cargo de administra-ção ou equivalente, de direcção ou chefia directamente dependente da administra-ção ou de director-geral ou equivalente, funções de secretariado pessoal de titular de qualquer desses cargos, ou ainda, des-de que instrumento de regulamentação colectiva de trabalho o preveja, funções cuja natureza também suponha especial relação de confiança em relação a titular daqueles cargos.

Pode exercer cargo ou funções em comis-são de serviço um trabalhador da empresa ou outro admitido para o efeito.

No caso de admissão de trabalhador para exercer cargo ou funções em comissão de serviço, pode ser acordada a sua permanên-cia após o termo da comissão.

O contrato para exercício de cargo ou funções em comissão de serviço está sujeito a forma escrita e deve conter:

a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das partes;

b) Indicação do cargo ou funções a desempenhar, com menção expressa do regime de comissão de serviço;

c) No caso de trabalhador da empresa, a actividade que exerce, bem como, sendo diversa, a que vai exercer após cessar a comissão;

d) No caso de trabalhador admitido em regime de comissão de serviço que se preveja permanecer na empresa, a actividade que vai exercer após cessar a comissão.

Qualquer das partes pode pôr termo à comissão de serviço, mediante aviso prévio por escrito, com a antecedência mínima de 30 ou 60 dias, consoante aquela tenha durado, respectivamente, até dois anos ou período superior.

Cessando a comissão de serviço, o trabalhador tem direito:

a) Caso se mantenha ao serviço da

empresa, a exercer a actividade desempe-nhada antes da comissão de serviço, ou a correspondente à categoria a que tenha sido promovido ou, ainda, a actividade que foi acordada no contrato de comissão,

b) A resolver o contrato de trabalho nos 30 dias seguintes à decisão do empregador que ponha termo à comissão de serviço, com direito a indemnização calculada nos termos do artigo 366º (ou seja, tem direito a uma indemnização correspondente a 1 mês de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, sendo que a mesma não pode ser inferior a 3 meses de retribuição base e diuturnidades);

c) Tendo sido admitido para trabalhar em comissão de serviço e esta cesse por inicia-tiva do empregador que não corresponda a despedimento por facto imputável ao trabalhador, a indemnização calculada nos termos do artigo 366º(ou seja, tem direito a uma indemnização correspondente a 1 mês de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, sendo que a mesma não pode ser inferior a 3 meses de retribuição base e diuturnidades).

*Advogado, membro da Lima, Gameiro, Vasques, Antunes e & Associados

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QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010VI NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

ENTREVISTA

A banca revelou que o nível de incumprimento das empresas, nome-adamente das PME, duplicou em 2009, face a 2008. O que é que isso significa em termos de exigências e custos para as empresas nacionais?

Esse dado que acaba de referir expri-me um momento de crise - crise finan-ceira, com redução de encomendas, com dificuldade de acesso ao crédito - mas reflecte também outros aspectos, de algum modo subjacentes à sua questão. O primeiro tem a ver com o excessivo endividamento de muitas das empresas portugueses, que resulta de uma rela-ção entre capitais próprios e capitais alheios bastante desfavorável. Portanto numa situação crítica, quer comercial que financeira, estão mais vulneráveis e propensas a serem atingidas pelos efeitos da crise. Há ainda um outro as-pecto, que sobretudo para as PME tem muita importância: o efeito dominó. Ou seja, o efeito sequencial das empresas a montante e a jusante, que acaba por gerar um risco sistémico de dificuldades financeiras. Manda a verdade dizer que se as empresas tiveram essa dificuldade nas suas obrigações perante a banca, os particulares também a tiveram.

Até que ponto é sustentável uma economia com um nível de incumpri-mento generalizado a crescer?

Diz bem. Ao dizer economia e não dizer empresas, a sua pergunta tem subjacente o quadro global de dificul-dades do País. Há, neste momento, uma grande restrição ao desenvolvimento da economia portuguesa e um grande de-safio a esse desenvolvimento. A grande restrição chama-se endividamento. O grande desafio chama-se produtividade. Estão aqui os dois pilares da economia portuguesa e portanto das empresas e do emprego.

Comecemos pelo endividamento.A expressão economia reflecte bem,

na minha perspectiva, a ideia da globa-lização do endividamento, porque é o endividamento do Estado, o endivida-mento das empresas, o endividamento da banca, o endividamento das famílias. As restrições fundamentais resultam dessa circunstância. A política econó-mica portuguesa sempre secundarizou a ideia algebricamente contrária do en-dividamento – a poupança. A poupança das famílias, do Estado e das empresas (leia-se a sua maior capacidade de auto-financiamento), é um desafio. Actual-mente, o endividamento externo de Portugal já ultrapassa 100% da riqueza

“A verdAdeirA rAzão destA crise é éticA”António Bagão Félix diz que é necessário falar a verdade aos portugueses e partilhar os sacrifícios. O actual modelo económico está esgotado e só há um caminho: preparar melhor as gerações mais novas e exportar mais, ou produzir internamente mais para evitar importações. Por Almerinda Romeira*

nacional com o que isso significa em termos de restrições, quer de volume de crédito, quer do preço desse mesmo crédito.

É possível inverter esta situação? Num contexto global, só podemos

lutar com três armas: aumento da produ-tividade, aumento da poupança nacional, através da renúncia a algum consumo, e melhor preparação das empresas para o futuro.

Como se torna uma empresa pro-dutiva?

Primeiro, temos que reconhecer que o mundo empresarial é um mosaico, muito heterogéneo. Em Portugal representa algumas características que são em si mesmas dificultadoras da própria pro-dutividade: uma estrutura empresarial muito atomizada, composta sobretudo por micro e pequenas empresas em que as unidades com menos de 10 tra-balhadores constituem mais de 90% do tecido empresarial. As empresas com poucos trabalhadores são normalmente familiares, estão muito viradas para si numa lógica de pura sobrevivência, sem horizonte de expansão. Há, portanto, uma certa condescendência em relação à questão da produtividade.

Que factores podem aumentar a produtividade do País no seu todo?

São, desde logo, a qualificação das pes-soas e o ensino. Há um factor estrutural que é o sistema de ensino e factores con-junturais, como a formação profissional, que temos aproveitado mal. A formação tem de estar na cabeça das pessoas. Não é um frete, não é um expediente, não é um simples meio. Muitas vezes, nas micro e pequenas empresas, o primeiro

agente a precisar de qualificação profis-sional é o próprio empresário. Dou-lhe um exemplo: as línguas. Quem hoje não souber inglês dificilmente poderá ser introduzido num mercado global mais predatório.

Outro factor fundamental está rela-cionado com a produtividade da qua-lidade. Numa altura em que já não há barreiras alfandegárias, que Portugal não tem moeda própria para desvalorizar, em que a sua politica orçamental, fiscal e aduaneira é extremamente limitada por Bruxelas, este é o único factor que poderá diferenciar o País em termos concorrenciais no contexto global.

No que consiste a qualidade da produtividade?

Produtividade não é apenas produzir mais, é também produzir melhor, mais depressa e com maior acompanhamen-to. Isso exige muita formação, muita capacidade de antecipação, exige uma sabedoria de saber adaptar-se, saber mudar. Nós portugueses somos muito rígidos, nas empresas, nos hábitos, no trabalho. O mundo está constantemente a mudar, não apenas do ponto de vista tecnológico, material, ou comercial. Mas a verdade é esta e não há volta a dar: ou produzimos mais e melhor, ou não temos futuro. Nós País, nós empresas, nós famílias. Essa é a questão.

Há outros factores?Sim, a melhor administração da justi-

ça, o sistema fiscal, onde apesar de tudo se tem evoluído, e um outro aspecto de que se tem falado muito - a legislação laboral. Politicamente é mais assertivo dizer que a legislação laboral penaliza a produtividade, admito que sim em alguns

aspectos, mas, verdadeiramente, não é um entrave absoluto. E tanto é assim que há empresas em Portugal que com a mesma legislação conseguem produzir muito bem e outras muito mal. Muitas vezes, a legislação laboral transforma-se numa espécie de bode expiatório, de dificuldades e constrangimentos, que são de outras esferas.

Considerando a exiguidade do mer-cado português, a internacionalização é vital para o crescimento das nossas empresas?

A chave de desenvolvimento passa por aumentar os bens transaccionáveis, ou seja, os bens exportáveis ou importados. Portugal só tem um caminho até para poder ter capacidade para diminuir o endividamento: exportarmos mais, ou

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SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

ENTREVISTA

produzimos internamente mais para evitar importações, o que tem o mesmo resultado.

Portugal tem uma estratégia em-presarial, políticas que apontem o caminho?

Há bons exemplos em Portugal de empresas que têm esse caminho, mas também há muitas empresas que prefe-rem acomodar-se a um mercado interno, doméstico onde a concorrência é mais limitada. Não são os estados e os governos que criam emprego ao contrário do que os políticos prometem nas campanhas eleitorais. Os governos só podem prome-ter emprego onde, neste momento, não o há, que é no Estado. O que as políticas pú-blicas das autoridades governamentais podem é estimular através de políticas

activas públicas determinado tipo de situações para orientar a economia.

Que tipo de políticas?Além de aspectos relacionados com

o apoio à internacionalização que os governos melhor ou pior têm feito todos eles, o fundamental é uma polí-tica de discriminação positiva dos bens transaccionáveis, dos bens exportáveis. Discriminação positiva, por exemplo, ao nível fiscal, dos seguros, dos transpor-tes, da utilização dos portos. O Estado deverá usar o que é da sua lavra e da sua possibilidade para estimular de forma acrescida a capacidade das empresas para exportarem mais.

Concretamente, o poderia ser feito?

Dou-lhe um exemplo na política fiscal, no IRC (Imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas). Fixar as taxas em função da dimensão das empresas é a meu ver tratar de maneira igual o que é diferente. Seria preferível que as empresas que exportam acima de uma determinada percentagem do seu volu-me de vendas pudessem ter, por exem-plo, um imposto mais favorável sobre os resultados. Favorecer fiscalmente as empresas que exportam mais seria, no fundo, premiar quem contribui para soberania e para o futuro do País.

O mar poderá voltar a ser um ca-talisador de desenvolvimento para Portugal?

Acredito que sim. Sou daquelas pes-soas que pensa que se foi quase uma inevitabilidade, Portugal integrar a União Europeia e embora não seja um euro entusiasta, reconheço que estar

na Europa tem mais vantagens do que inconvenientes. Mas a Europa não é in-compatível com a vertente Atlântica que Portugal sempre demonstrou ao longo da sua história e que tem de prosseguir.

O Plano de Estabilidade e Cresci-mento apresentado em Bruxelas im-plica uma redução drástica no défice público: 2,8% do PIB em 2013, mas o comissário da Economia já fez saber que provavelmente serão necessárias medidas suplementares de consoli-dação.

Não me surpreende. As reacções fa-zem parte da liturgia de Bruxelas…

A meta de 2,8% em 2013 é atingí-vel com as medidas anunciadas? São necessárias mais medidas no PEC? De que tipo?

Parte deste programa é absolutamen-te indiscutível, desde logo os objectivos: temos que reduzir o défice e o endivi-damento para números aceitáveis. O Governo criou um cenário macroeco-nómico que me pareceu relativamente conservador, portanto não critico aí.

Critica onde?Parece-me, em primeiro lugar, gritan-

temente desigual ao nível da distribuição dos sacrifícios e da partilha da austeri-dade, que é necessária. Por exemplo, os reformados vão ter as suas pensões baixíssimas congeladas, sobretudo as pensões não contributivas (algumas an-dam à volta dos 240 euros, as mais baixas são de 198); vai haver cortes ao nível de outras prestações sociais e nos benefícios fiscais. Se vai haver um período transi-tório de aumento de sacrifícios para as pessoas, porque é que transitoriamente não se pede também alguns sacrifícios a alguns sectores empresariais, como o financeiro? Porque não se pede à banca que pague, por exemplo, um adicional de IRC em termos relativamente equi-valentes?

De facto…Tem que haver uma equidade na par-

tilha dos sacrifícios. Este PEC parece-me muito concentrado nas famílias e na clas-se média. Considero também que revela desajustamentos entre gerações e viola regras éticas do jogo democrático, ao an-tecipar, por exemplo, para 2012 medidas previstas para 2015, como as reformas dos funcionários públicos. Também constato que o “C” de crescimento está a mais e quanto às privatizações, embora, de modo geral, tenha uma perspectiva favorável às privatizações, não concordo com as dos CTT, REN e TAP.

Porquê?Não é a questão da propriedade que

me preocupa. O que me preocupa é a questão da concorrência. Passar de um monopólio do Estado para um monopólio privado pode ser ainda mais perigoso, porque, apesar de tudo, o monopólio público é publicamente escrutinado. Por outro lado, as privatizações não podem pôr em causa interesses estratégicos nacionais.

É sustentável mantermos um cresci-mento divergente face à média da zona Euro ao longo de toda esta década?

Não. O pior é que não se trata só de divergir, é continuarmos a endividar-nos cada vez mais. Uma coisa é um País endividar-se para crescer, mas Portugal está a endividar-se empobrecendo. Os poderes públicos e as grandes institui-ções que podem influenciar o País e as gerações mais novas têm a obrigação de chamar a atenção para esta realidade.

O modelo económico esgotou-se. O País não tem futuro assim. Sei que não é politicamente correcto dizer isto, mas alguém tem que começar a falar de maneira clara.

Alguém vai pagar por estes erros.Quem vai pagar são as próximas gera-

ções. Permita-me que lhe cite o escritor francês e Nobel da Literatura Anatole France: a imprevidência dos povos é in-finita (as pessoas vivem o presente sem acautelar o futuro), mas a dos governos é legal (poderá acontecer o dia em que não haja dinheiro para pagar as pensões e uma lei legitimirá isso). Não podemos continuar a enganar as gerações mais novas! Elas têm que ser melhor prepara-das, têm que ser educadas num espírito de trabalho e de esforço, numa ética de mérito. É por esta razão que a iconografia dos valores é muito importante.

Esta questão dos prémios de mi-lhões de euros dos gestores, não é chocante?

Em minha opinião só faz sentido ha-ver prémio se houver a correspondente sanção. Não analiso casos concretos porque, como é óbvio, não os conheço suficientemente e não quero ser injusto. No entanto sempre lhe digo que deveria haver um sentido maior de decência num momento de grande dificuldade para a maioria das pessoas. É uma questão de respeitabilidade ética. O País precisa de exemplos e, neste momento, não os tem. Ou melhor, tem exemplos do mau, da falta de carácter, da ganância.

E meio mundo anda nisto…A verdadeira razão desta crise nacio-

nal e internacional é ética. As pessoas deixaram de distinguir entre o bem e o mal. Julga-se que ser ético é cumprir escrupulosamente o que está na lei, mas não é. Não há nenhuma lei que proíba o egoísmo, a cupidez, a ganância, o ódio, a mentira. A ética é a dicotomia entre o que é legítimo e o que é ilegítimo e não apenas entre o que é legal ou ilegal. Em Portugal são muitas vezes os infractores quem beneficia, os poderosos têm ge-ralmente mais força do que os fracos. Aliás, à mentira já não se chama men-tira, chama-se inverdade, hoje muitas situações de fraudes foram promovidas tecnocraticamente a imparidades. Encontrou-se uma linguagem politica e eticamente correcta para adocicar comportamentos perversos.

Como é que se sai desta situação? Educação, educação, educação.

Através da educação, desde logo, na família.

O que vai acontecer ao País?Não é só o País, olhe para a Europa.

Está anafada, anestesiada, pouco com-petitiva, velha do ponto de vista demo-gráfico. A grande questão é, a meu ver, demográfica. Provavelmente dentro de 100 anos, a supremacia islâmica, tentada várias vezes através de guerras, terá saído vencedora na Europa.

Para onde caminhamos?Devo dizer, até porque sou crente, que

tenho uma visão optimista do homem. Ao longo da história da humanidade e da história portuguesa soubemos sempre ultrapassar crises. O problema é o preço que se paga por elas. Costuma dizer-se que a história repete-se, o que custa é cada vez mais. Permita-me citar um grande pensador, Jean Guitton: o risco é absoluto, mas a esperança também tem que ser absoluta.

*Com Vítor Norinha

Page 8: PME NEWS

QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010VIII NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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PUB

pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

EMPREENDEDORISMO

EMPREENDEDORISMOVIII SEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

OS ENGENHEIROS DE COMPUTADORES DA FEUPBruno Marcos Augusto de 26 anos, e José Fonseca, de 28,têm muito em comum. São ambos engenheiros, estuda-ram na Faculdade de Engenharia da Universidade doPorto e, apesar de jovens, já criaram a sua própria em-presa. Almerinda Romeira conta-lhes as suas histórias.

“A ideia de criar uma empresa estava a ser incubada desde a Faculdade”

“Quando surgiu a oportunidade de iniciar um projecto não hesitei”

JOSÉ FONSECA, 28 anos, licenciado emEngenharia Informática e Computação pelaFaculdade de Engenharia da Universidade doPorto participou no ciclo de desenvolvimento dediversos projectos destinados a audiências queultrapassam os 200 milhões de pessoas, entre osquais o prestigiado Financial News Online e anova Yahoo! Homepage.

“O contacto com projectos desta dimensãopermitiu-me especializar no desenvolvimentode software de alta performance, escalabilidadee disponibilidade”, explica o jovem engenheiroque em 2009, após três anos em Londres, regres-sou a Portugal para fundar a Blip, juntamentecom André Moniz.

A Blip é uma marca de software dedicada aodesenvolvimento de aplicações web de alta per-formance e disponibilidade. Além de trabalharcom clientes empresariais, desenvolve tambémos seus próprios produtos entre os quais oLoveblip, que pretende estabelecer uma novageração de Online Dating e irá abrir as portas aopúblico em meados de Julho de 2010. Apostatambém em tecnologias emergentes como odesenvolvimento de aplicações mobile.

“A ideia de criar uma empresa estava a serincubada já há vários anos, desde os tempos deFaculdade”, lembra o jovem empreendedor,acrescentando: “Durante esse período surgiu

um projecto extra-curricular comum que desen-cadeou uma série de eventos e oportunidadesque se revelaram fundamentais para o apareci-mento da Blip. O projecto, já com oito anos, éum site de relacionamentos online -http://www.amiguinhos.com - de tal forma

importante na vida de José Fonseca que foiatravés dele que conheceu a jovem com quemcasou e tem um filho de um ano.

Um ano também é a idade da Blip, que temboas instalações na baixa da cidade do Porto ecompreende quatro pessoas. Um número quepoderá vir a aumentar admite o empreendedor.

Lançada com capitais próprios, a Blip foi cria-da com capitais próprios, mas, neste momento,

equaciona a possibilidade de dar os primeirospassos na procura de financiamento. O QREN navertente de I&D é uma possibilidade. O objecti-vo é desenvolver um produto inovador para omercado nacional e internacional, o que obrigaa apostar na investigação e desenvolvimento epara isso é preciso dinheiro. Neste momentotambém, a jovem empresa deu início à candi-datura com vista ao recrutamento de um colab-orador, através do IEFP. Com isso espera con-tribuir para a inserção de jovens licenciados nomercado de trabalho e nos quadros da empresa.

Na Blip, uma tarde por semana permite-se aoscolaboradores que se entreguem a um projectopróprio. Este projecto a que chamam de WOWDay “procura ter como objectivo exceder aspotencialidades dos seus colaboradores”. Aonível da comunidade, a Blip promove a internete o conhecimento técnico, com um tech blog.Outro exemplo é o www.aidmadeira.com umsite criado de modo a que se pudesse contribuirpara a angariação de fundos para as vítimas dasrecentes cheias ocorridas na ilha. Este projectoenvolveu diversas parcerias com empresas comoa Vodafone, Daydream, Nvia, AR Telecom,Golden Geeko e Clix.

Site: www.blip.pt

BRUNO MARCOS AUGUSTO, 26 anos, licenciado emEngenharia Electrotécnica e de Computadores pelaFEUP, pós graduado em Gestão da Informação eMarketing Intelligence pela EGP, a frequentar oMestrado em Gestão Comercial na FEP, lançou, em2008, a Practical Way Software, Portugal.

Esta empresa opera no desenvolvimento de soft-ware e tem como principal produto uma plataformaOrzare.com para o sector da construção.

“O ORZARE.COM (o nosso primeiro produto)surgiu com a insatisfação generalizada que o

processo de orçamentação provoca na construçãocivil. Os softwares de orçamentação existentes nomercado têm pouca qualidade técnica, baseiam-seem tecnologias ultrapassadas e a sua utilizaçãotorna-se bastante dispendiosa, principalmente paraos profissionais liberais, pequenas e médias empre-sas”, explica o empreendedor, adiantando que aideia surgiu de um dos sócios da empresa, ligado a

área da construção.A Practical Way Software não nasceu por uma

razão concreta. “Foi um conjunto de situações quese conjugou e determinou essa opção”, conta ojovem engenheiro que sempre teve vontade de criarprodutos novos e se revelou como empreendedor.“Achava que a minha vida profissional deveria serem torno de uma causa em que eu acreditasse”, sub-linha. Daí à empresa foi um passo. “Quando surgiua oportunidade de iniciar um projecto a partir deuma ideia original, não hesitei”, adianta.

A ideia inicial era criar uma empresa com basetecnológica que estivesse intimamente ligada àUniversidade do Porto. Bruno Augusto lembra osprimeiros passos: “Em Novembro de 2007, candi-datámos a nossa ideia ao gabinete de transferênciade tecnologia da Universidade do Porto (UPIN).Passado apenas um mês, a ideia foi aceite e começá-mos a receber apoios, desde consultoria a umespaço físico para iniciar a nossa actividade”.

A actividade teve início em 2008 no Parque deCiência e Tecnologia da Universidade do Porto e emJulho, após a apresentação do projecto a diversasentidades e empresas, os jovens conseguiram uminvestidor que aportou boa parte do capital. Alémdisso, investiram parte dos salários de forma areforçarem as suas posições no capital da empresa.A empresa conta actualmente com alguns apoios doEstado nomeadamente através do programa INOVJOVEM e do QREN. No todo, a Practical WaySoftware conta já com 12 colaboradores.

Site: www.practicalway.eu

PLATAFORMA ORZARE.COMA abordagem que a plataforma faz ao mercado é inovadora e respondeàs necessidades de maior eficiência do sector e integra o processo deespecificação do produto, reunindo no mesmo portal indústrias e fornece-dores da construção, empresas da construção e profissionais liberais(prescritores) e consumidores finais. A plataforma conta com 40 fabri-cantes, 6800 produtos e mais de 30.000 referências. É já o maior catálo-go online de materiais de construção e o portal Português do sector commais tráfego (dados alexa.com).

Promover o empreendedorismoem Portugal através de experiên-cias contadas na primeira pessoafoi o mote da “Talks 2.0”, iniciati-

va da Associação de Antigos Alunos deEngenharia Informática da Faculdadede Engenharia da Universidade do Porto(AlumniEI-FEUP), que recentemente serealizou nesta Faculdade. Na conferên-cia, subordinada ao tema “Erros eSucessos na Criação de EmpresasTecnológicas”, participaram cerca de

quatro centenas de profissionais ligadosà área das tecnologias de informação,antigos alunos dos cursos de Engenha-ria e Gestão e pessoas com interessenesta área da criação de negócios. Nosúltimos anos nasceram em Portugalvárias start-ups e projectos de sucessono ramo da engenharia informática,algumas delas envolvendo antigosalunos da Faculdade de Engenharia.Bruno Marcos Augusto e José Fonsecacontam-se entre eles.

Em Novembro de 2007 candidata-mos a nossa ideia ao gabinete deTransferência de Tecnologia daUniversidade do Porto. Passado ape-nas um mês, a ideia foi aceite ecomeçámos a receber apoios

A Blip é uma marca de softwarededicada ao desenvolvimento deaplicações de web de alta per-formance e disponibilidade. Tra-balha com clientes empresariais edesenvolve produtos próprios

José Fonseca, 28 anos, licenciado em Engenharia Informática e Computação pela Faculdade de Engenharia da Univer-sidade do Porto participou no ciclo de desenvolvimento de diversos projectos destinados a audiências que ultrapassam os 200 milhões de pessoas, entre os quais o prestigiado Financial News Online e a nova Yahoo! Homepage.

“O contacto com projectos desta dimensão permitiu-me especializar no desenvolvimento de software de alta performance, escalabilidade e disponi-bilidade”, explica o jovem engenheiro que em 2009, após três anos em Londres, regressou a Portugal para fundar a Blip, juntamente com André Moniz.

A Blip é uma marca de software dedi-cada ao desenvolvimento de aplicações web de alta performance e disponibili-dade. Além de trabalhar com clientes empresariais, desenvolve também os seus próprios produtos entre os quais o Loveblip, que pretende estabelecer uma nova geração de Online Dating e irá abrir as portas ao público em meados de Julho de 2010. Aposta também em tecnologias emergentes como o desenvolvimento de

aplicações mobile. “A ideia de criar uma empresa estava

a ser incubada já há vários anos, desde os tempos de Faculdade”, lembra o jovem empreendedor, acrescentando: “Duran-te esse período surgiu um projecto extra-curricular comum que desencadeou uma série de eventos e oportunidades que se revelaram fundamentais para o aparecimento da Blip. O projecto, já com oito anos, é um site de relaciona-mentos online - http://www.amiguinhos.com - de tal forma importante na vida de José Fonseca que foi através dele que conheceu a jovem com quem casou e tem um filho de um ano.

Um ano também é a idade da Blip, que tem boas instalações na baixa da cidade do Porto e compreende quatro pessoas. Um número que poderá vir a aumentar admite o empreendedor.

Lançada com capitais próprios, a Blip foi criada com capitais próprios, mas, neste momento, equaciona a possibi-lidade de dar os primeiros passos na procura de financiamento. O QREN na vertente de I&D é uma possibilidade. O objectivo é desenvolver um produto

inovador para o mercado nacional e internacional, o que obriga a apostar na investigação e desenvolvimento e para isso é preciso dinheiro. Neste momento também, a jovem empresa deu início à candidatura com vista ao recrutamento de um colaborador, através do IEFP. Com isso espera contribuir para a inserção de jovens licenciados no mercado de trabalho e nos quadros da empresa.

Na Blip, uma tarde por semana permite-se aos colaboradores que se entreguem a um projecto próprio. Este projecto a que chamam de WOW Day “procura ter como objectivo exceder as potencialidades dos seus colaboradores”. Ao nível da comunidade, a Blip promove a internet e o conhecimento técnico, com um tech blog. Outro exemplo é o www.aidmadeira.com um site criado de modo a que se pudesse contribuir para a angariação de fundos para as vítimas das recentes cheias ocorridas na ilha. Este projecto envolveu diversas parce-rias com empresas como a Vodafone, Daydream, Nvia, AR Telecom, Golden Geeko e Clix.

Site: www.blip.pt

Bruno Marcos Augusto, 26 anos, licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computa-dores pela FEUP, pós graduado em Gestão da Informação e Marketing Intelligence pela EGP, a frequentar o Mestrado em Gestão Comercial na FEP, lançou, em 2008, a Practical Way Sof-tware, Portugal.

Esta empresa opera no desenvolvimento de software e tem como principal produto uma plataforma Orzare.com para o sector da construção.

“O ORZARE.COM (o nosso primeiro produto) surgiu com a insatisfação generalizada que o processo de orçamentação provoca na construção civil. Os softwares de orçamentação existentes no mercado têm pouca qualidade técnica, baseiam-se em tecnologias ultrapassadas e a sua utilização torna-se bastante dispendiosa, principalmente para os profissionais liberais, pequenas e médias empresas”, explica o empreendedor, adiantando que a ideia surgiu de um dos sócios da empresa, ligado a área da construção.

A Practical Way Software não nasceu por uma razão concreta. “Foi um conjunto de situações que se conjugou e determinou essa opção”, conta o jovem engenheiro que sempre teve vontade de criar produtos novos e se revelou como empre-endedor. “Achava que a minha vida profissional

deveria ser em torno de uma causa em que eu acreditasse”, sublinha. Daí à empresa foi um passo. “Quando surgiu a oportunidade de iniciar um projecto a partir de uma ideia original, não hesitei”, adianta.

A ideia inicial era criar uma empresa com base tecnológica que estivesse intimamente ligada à Universidade do Porto. Bruno Augusto lembra os primeiros passos: “Em Novembro de 2007, candidatámos a nossa ideia ao gabinete de transferência de tecnologia da Universidade do Porto (UPIN). Passado apenas um mês, a ideia foi aceite e começámos a receber apoios, desde consultoria a um espaço físico para iniciar a nossa actividade”.

A actividade teve início em 2008 no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e em Julho, após a apresentação do projecto a diversas entidades e empresas, os jovens conse-guiram um investidor que aportou boa parte do capital. Além disso, investiram parte dos salários de forma a reforçarem as suas posições no capi-tal da empresa. A empresa conta actualmente com alguns apoios do Estado nomeadamente através do programa INOV JOVEM e do QREN. No todo, a Practical Way Software conta já com 12 colaboradores.

Site: www.practicalway.eu

“Quando surgiu a oportunidade de iniciar um projecto não hesitei”

Os engenheirOs de cOmputadOres da FeupBruno Marcos Augusto de 26 anos, e José Fonseca, de 28, têm muito em comum. São ambos engenheiros, estudaram na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e, apesar de jovens, já criaram a sua própria empresa. Almerinda Romeira conta-lhes as suas histórias.

Promover o empreendedorismo em Portugal através de experiências contadas na primeira pessoa foi o mote da “Talks 2.0”, iniciativa da Asso-ciação de Antigos Alunos de Engenharia Informá-tica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (AlumniEI-FEUP), que recentemente se realizou nesta Faculdade. Na conferência, subor-dinada ao tema “Erros e Sucessos na Criação de Empresas Tecnológicas”, participaram cerca de

quatro centenas de profissionais ligados à área das tecnologias de informação, antigos alunos dos cursos de Engenharia e Gestão e pessoas com interesse nesta área da criação de negócios. Nos últimos anos nasceram em Portugal várias start-ups e projectos de sucesso no ramo da engenharia informática, algumas delas envolvendo antigos alunos da Faculdade de Engenharia. Bruno Marcos Augusto e José Fonseca contam-se entre eles.

“A ideia de criar uma empresa estava a ser incubada desde a Faculdade”

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

OPINIÃO

OPINIÃO IXSEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

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SUPRIMENTOS: FINANCIAMENTO SIMPLES E SEGUROPARA AS PMEGESTÃO EMPRESAS

Ricardo Pires Jordão*

“A bank is a place that will lend youmoney if you can prove that you don'tneed it.”

Bob Hope, comediante (1903-2003)

Afalta de liquidez patrimonial para a prosse-cução do objecto social é um problemarecorrente nas PME. No actual contextosocioeconómico, nem sempre se afigura

possível, ou mesmo desejável, recorrer ao créditobancário para solucionar a questão. As elevadastaxas de juro e as eventuais garantias de solvabili-dade exigidas às empresas por vezes tornam estaforma de financiamento externo pouco atractiva,quando não mesmo inacessível.

Encara-se assim com naturalidade que asociedade, quando confrontada com uma situaçãode subcapitalização, procure o financiamento quenecessita junto dos seus sócios. Existem diversasformas de realizar esta operação, contando-seentre elas o aumento de capital, as prestaçõesacessórias, as prestações suplementares e os supri-mentos.

Comparadas as vantagens e desvantagens, veri-ficamos que a opção por uma das formas de finan-ciamento interno existentes, em detrimento dasdemais, deverá resultar sempre de uma análisecasuística, não sendo possível afirmar à partidaque há uma forma preferencial para a realizaçãode uma entrada de liquidez na sociedade.

Por ser uma forma de financiamento simples eenraizada na tradição societária portuguesa, con-centraremos a nossa atenção nos suprimentos.

Através da prestação de suprimentos, asociedade terá acesso ao financiamento de quenecessita em condições mais vantajosas que aque-las que encontraria no mercado. Por seu turno, ossócios que prestam os suprimentos encontrarãoneste contrato uma forma de investimento, que,para além de lhes proporcionar a obtenção de div-idendos pelo capital mutuado, assegurará a viabil-idade da sociedade e do capital nela investido.

Neste tipo contratual, um sócio empresta din-heiro ou outra coisa fungível, à sociedade, ficandoaquela obrigada a restituir outro tanto do mesmogénero ou qualidade. O empréstimo em causapode ainda ser feito através do diferimento dovencimento de um crédito já existente do sóciosobre a sociedade. Note-se que apesar de este con-trato não estar sujeito a forma legal, o mesmo sóse constituirá e vigorará com a efectiva entrega domontante acordado entre as partes.

A lógica que pauta o referido regime determinaque, normalmente, o prazo de reembolso sejasuperior a um ano, já que este é um empréstimocom carácter permanente. No entanto as partespodem estipular um prazo inferior.

Caso as partes não acordem uma data para arestituição do montante, caberá ao tribunal fixaresse prazo. Aquando da fixação do prazo, o juizestará legalmente obrigado a observar as reper-cussões que a devolução do valor em causa terá nasociedade, devendo a sua decisão salvaguardar aviabilidade económica desta, nem que para issohaja lugar ao fraccionamento do pagamento emprestações. Assim, o reembolso do sócio nuncadeixará de ser assegurado mas terá que resultar deum compromisso entre os interesses da sociedadee do sócio/credor.

*Advogado, Raposo Bernardo

A falta de liquidez patri-monial para a prossecução do objecto social é um problema recorrente nas PME. No actual contexto socioeconómico, nem sempre se afigura pos-sível, ou mesmo desejável, recorrer ao crédito bancário para solucionar a questão. As elevadas taxas de juro e as eventuais garantias de solva-bilidade exigidas às empresas por vezes tornam esta forma de financiamento externo pouco atractiva, quando não mesmo inacessível.

Encara-se assim com na-turalidade que a sociedade, quando confrontada com uma situação de subcapitalização, procure o financiamento que necessita junto dos seus sócios. Existem diversas formas de re-alizar esta operação, contando-se entre elas o aumento de ca-pital, as prestações acessórias, as prestações suplementares e os suprimentos.

Comparadas as vantagens e desvantagens, verificamos que a opção por uma das formas de financiamento interno existentes, em detrimento das demais, deverá resultar sem-pre de uma análise casuística, não sendo possível afirmar à partida que há uma forma preferencial para a realização de uma entrada de liquidez na sociedade.

Por ser uma forma de finan-ciamento simples e enraizada na tradição societária portu-guesa, concentraremos a nossa atenção nos suprimentos.

Através da prestação de suprimentos, a sociedade terá acesso ao financiamento de que necessita em condições mais vantajosas que aquelas que encontraria no mercado. Por seu turno, os sócios que prestam os suprimentos en-

contrarão neste contrato uma forma de investimento, que, para além de lhes proporcionar a obtenção de dividendos pelo capital mutuado, assegurará a viabilidade da sociedade e do capital nela investido.

Neste tipo contratual, um sócio empresta dinheiro ou outra coisa fungível, à socie-dade, ficando aquela obrigada a restituir outro tanto do mesmo género ou qualidade. O empréstimo em causa pode ainda ser feito através do diferimento do vencimento de um crédito já existente do sócio sobre a sociedade. Note-se que apesar de este contrato não estar sujeito a forma legal, o mesmo só se constituirá e vigorará com a efectiva entrega do montante acordado entre as partes.

A lógica que pauta o refe-rido regime determina que, normalmente, o prazo de reembolso seja superior a um ano, já que este é um emprésti-mo com carácter permanente. No entanto as partes podem estipular um prazo inferior.

Caso as partes não acordem uma data para a restituição do montante, caberá ao tribunal fixar esse prazo. Aquando da fixação do prazo, o juiz estará legalmente obrigado a observar as repercussões que a devolução do valor em causa terá na sociedade, devendo a sua decisão salvaguardar a viabilidade económica desta, nem que para isso haja lugar ao fraccionamento do pagamento em prestações. Assim, o reem-bolso do sócio nunca deixará de ser assegurado mas terá que resultar de um compromisso entre os interesses da socieda-de e do sócio/credor.

*Advogado Raposo Bernardo

SuprimentoS: financiamento SimpleS e Seguro para aS pme

“a bank is a place that will lend you money if you can prove that you don’t need it.”

Bob Hope, comediante (1903-2003)

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Page 10: PME NEWS

QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010X NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

CASOS DE SUCESSO

CASOS DE SUCESSO X SEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

CGC GENETICS

INOVAÇÃO EM GENÉTICA DE PORTUGAL PARA O MUNDO

Além de uma história de inovação,esta é também uma história deempreendedorismo, com visãoestratégica. Em 1982, dois profes-

sores de Genética, Amândio Tavares ePurificação Tavares, e uma médica daespecialidade, Carmo Palmares, fun-daram o CGC Genetics/Centro de GenéticaClínica. Nove anos depois complemen-taram este espaço de consultas de genéti-ca médica com um laboratório de Citoge-nética, fazendo nascer o primeiro labo-ratório privado de genética médica emPortugal. O seu objectivo era (continua aser) dotar a comunidade médica das maisavançadas ferramentas de diagnóstico naárea da Genética Médica.

O projecto foi lançado com recursospróprios e financiamento bancário. Semrecurso a capital de risco.“Fomos pioneiros na Pe-nínsula Ibérica, semprecom a convicção de queera possível melhorar osmétodos e o tempo de res-posta nos testes de genéti-ca médica”, sublinhou aoPME NEWS Purificação Ta-vares, que à sua condiçãode empreendedora junta afunção de Directora-Clíni-ca do Laboratório e de lau-reada com o Prémio Ernst& Young Entrepreneur OfThe Year 2009, na catego-ria Emerging.

Ainda em 1993, ano que marca aexpansão do CGC na sua nova vertente,foi implementado o primeiro Programade Rastreio Pré-Natal em Portugal. Foramtambém acrescentadas outras áreas labo-ratoriais ao núcleo inicial. “Sempre -salienta Purificação Tavares – numafilosofia de complementaridade de difer-entes áreas dentro da Genética Médica”.

Desde então, o CGC não parou decrescer. Actualmente, conta com umdepartamento clínico e cinco áreas labo-ratoriais: Biotecnologia, Citogenética,Diagnóstico Molecular, Rastreio Pré-natale Anatomia Patológica; e disponibiliza1500 testes diferentes nas áreas de diag-nóstico Pré-Natal, Cancro, Diagnóstico dedoenças raras, Diagnóstico de doençascomuns do adulto e Pediatria, incluindopainéis de diagnóstico exclusivos, ArraysCGC (com patente submetida).

A “rigorosa política de qualidade ecapacidade de desenvolvimento de tec-nologia para novos testes”, acentuaPurificação Tavares, permitiu ao CGC aobtenção da licença CLIA - ClinicalLaboratory Improvement Amendements,uma certificação, autorizada, em 1998,pelo Congresso norte-americano que visao estabelecimento de padrões de quali-dade nos laboratórios que trabalhamcom amostras humanas e que providenci-am resultados de diagnóstico médico no

País. Na sua qualidade de player interna-

cional do sector, o Laboratório portuguêsrecebe amostras para estudo de hospitaisdesde Espanha, Inglaterra e Alemanha,até aos EUA, Canadá, Austrália, Brasil ePaíses do Médio Oriente. Tem entre osseus clientes a ultra conceituada ClinicaMayo e o britânico Guy’s and St. ThomasHospital. É também a única empresa por-tuguesa licenciada para prestar serviçosde saúde na Califórnia, estado com legis-lação específica que restringe fortementeo acesso de empresas a esta área. EmPortugal detém cerca de 50% da quota demercado do sector.

O Laboratório tem instalações própriasem Portugal, nas cidades de Porto eLisboa, em Espanha, onde entrou através

da aquisição dos laboratórios Circagen eADFTecnogen e nos Estados Unidos, ondese instalou em 2009.

“A lógica de internacionalização doCGC assenta na distribuição estratégica devárias equipas em diversos pontos-chavede influência para alcançar mercados ge-ográfica, económica e culturalmente dis-tintos”, explica Purificação Tavares, acres-centando que, apesar disso, as principaisdecisões são tomadas na sede, no Porto.

À luz desta lógica, o laboratório estabe-leceu já este mês uma parceria com a Fa-culdade de Medicina da University of Me-dicine & Dentistry de New Jersey, em Ne-wark, a maior universidade pública dosEUA. “Esta afiliação institucional é impor-tante para a expansão americana do CGCGenetics, uma vez que permite grandevisibilidade, além de trabalhos e colabo-ração com o IGM, O Instituto de MedicinaGenómica desta universidade”, explicaPurificação Tavares.

Na área de testes de diagnóstico, adi-anta, o CGC apresenta um largo painel detestes clínicos que cobrem quase todos ostestes genéticos disponíveis nesta área euma estrutura significativa de I&D.Ambas as instituições asseguram o rápidodesenvolvimento e disponibilização denovos testes para os pacientes e parceirosdo CGC Genetics/Centro de GenéticaClínica, nos EUA.

Primeiro laboratório privado de genética do País, o CGC Genetics, é hoje uma referência mundial na inves-tigação em oncogenética, diagnóstico pré-natal e doenças raras do adulto, caso da trombofilia. Por Almerinda Romeira

PAINÉIS DE DIAGNÓSTICOCOM PATENTE SUBMETIDA

Entre os 1500 testes diferentes disponibilizados peloCGC inclui-se uma nova série de painéis de diagnósti-co, os Arrays CGC, na área do Diagnóstico Pré-natal,Pediatria, Trombofilia, Surdez e Atrasos noDesenvolvimento, cuja patente está submetida. Estespainéis permitem a obtenção de um maior númerode resultados para diagnóstico ou susceptibilidadegenética para determinadas doenças, num menorespaço de tempo e com menores custos financeiros.O Laboratório vai lançar, ainda no decorrer desteano, novos painéis de diagnóstico.

BIInstalações: Portugal (Porto, Lisboa),Espanha (Madrid) e EUA (Newark)

Tipos de Testes: 1.500, que permitemestudos de genética médica no cancro,rastreio Pré-natal, estudo das doençasraras e doenças comuns do adulto,entre outros

Testes em 2008: 50.000 Testes em 2009: 56.000

Facturação em 2009: 5,225 milhõesde euros

Colaboradores: 70, dos quais 8doutorados e 57 licenciados

Purificação Tavares foi este mês laureada com o Prémio Ernst & YoungEntrepreneur Of The Year 2009, na categoria Emerging Foto: DR

LIVROSTOP 10 DOS NEGÓCIOS

Maria Duarte Bello, direc-tora-geral da MDB - Coa-ching e Gestão de Ima-gem, coach especialistaem Executive, Team e LifeCoachin, colunista doOJE, explica através demandamentos práticos eobjectivos, como liderar,gerir, empreender, plani-

ficar, negociar e saber estar no mundo dosnegócios. O caminho não é fácil, requer

esforço e tempo, mas está ao alcance detodos, salienta a autora. Basta definir ob-jectivos e traçar um rumo em direcção aotopo. Este livro é uma ferramenta indis-pensável para gestores, empresários, tra-balhadores e todos aqueles que querem a-tingir a excelência na sua vida profission-al, social e pessoal. Editora: Esfera dos Livros

O PRÍNCIPE DE NICOLAU MAQUIAVELTom Philips aplica neste livro da colecçãoGestão e Negócios – Aprenda com os Clás-

sicos os valiosos ensina-mentos do genial Nico-lau Maquiavel sobre a ar-te de manipular os acon-tecimentos em benefíciopróprio ao mundo dosnegócios. São 115 pági-nas sobre como conquis-tar a admiração dos cola-

boradores; tornar-se amigo do inimigodos seus oponentes; manifestar a suamensagem por acções e não por palavras. Editora: ideias de ler

BRANDING: A GESTÃO DA MARCAAntónio Mendes, professo-er do IADE, cobre nestelivro um conjunto de te-mas relacionados com o es-tudo das marcas, permitin-do uma compreensão a-brangente do fenómeno.Porque é que as marcas re-presentam capital para quem as detém?Como medi-lo? O autor responde a estas eoutras interessantes perguntas. IADE Edições

CASOS DE SUCESSO X SEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

CGC GENETICS

INOVAÇÃO EM GENÉTICA DE PORTUGAL PARA O MUNDO

Além de uma história de inovação,esta é também uma história deempreendedorismo, com visãoestratégica. Em 1982, dois profes-

sores de Genética, Amândio Tavares ePurificação Tavares, e uma médica daespecialidade, Carmo Palmares, fun-daram o CGC Genetics/Centro de GenéticaClínica. Nove anos depois complemen-taram este espaço de consultas de genéti-ca médica com um laboratório de Citoge-nética, fazendo nascer o primeiro labo-ratório privado de genética médica emPortugal. O seu objectivo era (continua aser) dotar a comunidade médica das maisavançadas ferramentas de diagnóstico naárea da Genética Médica.

O projecto foi lançado com recursospróprios e financiamento bancário. Semrecurso a capital de risco.“Fomos pioneiros na Pe-nínsula Ibérica, semprecom a convicção de queera possível melhorar osmétodos e o tempo de res-posta nos testes de genéti-ca médica”, sublinhou aoPME NEWS Purificação Ta-vares, que à sua condiçãode empreendedora junta afunção de Directora-Clíni-ca do Laboratório e de lau-reada com o Prémio Ernst& Young Entrepreneur OfThe Year 2009, na catego-ria Emerging.

Ainda em 1993, ano que marca aexpansão do CGC na sua nova vertente,foi implementado o primeiro Programade Rastreio Pré-Natal em Portugal. Foramtambém acrescentadas outras áreas labo-ratoriais ao núcleo inicial. “Sempre -salienta Purificação Tavares – numafilosofia de complementaridade de difer-entes áreas dentro da Genética Médica”.

Desde então, o CGC não parou decrescer. Actualmente, conta com umdepartamento clínico e cinco áreas labo-ratoriais: Biotecnologia, Citogenética,Diagnóstico Molecular, Rastreio Pré-natale Anatomia Patológica; e disponibiliza1500 testes diferentes nas áreas de diag-nóstico Pré-Natal, Cancro, Diagnóstico dedoenças raras, Diagnóstico de doençascomuns do adulto e Pediatria, incluindopainéis de diagnóstico exclusivos, ArraysCGC (com patente submetida).

A “rigorosa política de qualidade ecapacidade de desenvolvimento de tec-nologia para novos testes”, acentuaPurificação Tavares, permitiu ao CGC aobtenção da licença CLIA - ClinicalLaboratory Improvement Amendements,uma certificação, autorizada, em 1998,pelo Congresso norte-americano que visao estabelecimento de padrões de quali-dade nos laboratórios que trabalhamcom amostras humanas e que providenci-am resultados de diagnóstico médico no

País. Na sua qualidade de player interna-

cional do sector, o Laboratório portuguêsrecebe amostras para estudo de hospitaisdesde Espanha, Inglaterra e Alemanha,até aos EUA, Canadá, Austrália, Brasil ePaíses do Médio Oriente. Tem entre osseus clientes a ultra conceituada ClinicaMayo e o britânico Guy’s and St. ThomasHospital. É também a única empresa por-tuguesa licenciada para prestar serviçosde saúde na Califórnia, estado com legis-lação específica que restringe fortementeo acesso de empresas a esta área. EmPortugal detém cerca de 50% da quota demercado do sector.

O Laboratório tem instalações própriasem Portugal, nas cidades de Porto eLisboa, em Espanha, onde entrou através

da aquisição dos laboratórios Circagen eADFTecnogen e nos Estados Unidos, ondese instalou em 2009.

“A lógica de internacionalização doCGC assenta na distribuição estratégica devárias equipas em diversos pontos-chavede influência para alcançar mercados ge-ográfica, económica e culturalmente dis-tintos”, explica Purificação Tavares, acres-centando que, apesar disso, as principaisdecisões são tomadas na sede, no Porto.

À luz desta lógica, o laboratório estabe-leceu já este mês uma parceria com a Fa-culdade de Medicina da University of Me-dicine & Dentistry de New Jersey, em Ne-wark, a maior universidade pública dosEUA. “Esta afiliação institucional é impor-tante para a expansão americana do CGCGenetics, uma vez que permite grandevisibilidade, além de trabalhos e colabo-ração com o IGM, O Instituto de MedicinaGenómica desta universidade”, explicaPurificação Tavares.

Na área de testes de diagnóstico, adi-anta, o CGC apresenta um largo painel detestes clínicos que cobrem quase todos ostestes genéticos disponíveis nesta área euma estrutura significativa de I&D.Ambas as instituições asseguram o rápidodesenvolvimento e disponibilização denovos testes para os pacientes e parceirosdo CGC Genetics/Centro de GenéticaClínica, nos EUA.

Primeiro laboratório privado de genética do País, o CGC Genetics, é hoje uma referência mundial na inves-tigação em oncogenética, diagnóstico pré-natal e doenças raras do adulto, caso da trombofilia. Por Almerinda Romeira

PAINÉIS DE DIAGNÓSTICOCOM PATENTE SUBMETIDA

Entre os 1500 testes diferentes disponibilizados peloCGC inclui-se uma nova série de painéis de diagnósti-co, os Arrays CGC, na área do Diagnóstico Pré-natal,Pediatria, Trombofilia, Surdez e Atrasos noDesenvolvimento, cuja patente está submetida. Estespainéis permitem a obtenção de um maior númerode resultados para diagnóstico ou susceptibilidadegenética para determinadas doenças, num menorespaço de tempo e com menores custos financeiros.O Laboratório vai lançar, ainda no decorrer desteano, novos painéis de diagnóstico.

BIInstalações: Portugal (Porto, Lisboa),Espanha (Madrid) e EUA (Newark)

Tipos de Testes: 1.500, que permitemestudos de genética médica no cancro,rastreio Pré-natal, estudo das doençasraras e doenças comuns do adulto,entre outros

Testes em 2008: 50.000 Testes em 2009: 56.000

Facturação em 2009: 5,225 milhõesde euros

Colaboradores: 70, dos quais 8doutorados e 57 licenciados

Purificação Tavares foi este mês laureada com o Prémio Ernst & YoungEntrepreneur Of The Year 2009, na categoria Emerging Foto: DR

LIVROSTOP 10 DOS NEGÓCIOS

Maria Duarte Bello, direc-tora-geral da MDB - Coa-ching e Gestão de Ima-gem, coach especialistaem Executive, Team e LifeCoachin, colunista doOJE, explica através demandamentos práticos eobjectivos, como liderar,gerir, empreender, plani-

ficar, negociar e saber estar no mundo dosnegócios. O caminho não é fácil, requer

esforço e tempo, mas está ao alcance detodos, salienta a autora. Basta definir ob-jectivos e traçar um rumo em direcção aotopo. Este livro é uma ferramenta indis-pensável para gestores, empresários, tra-balhadores e todos aqueles que querem a-tingir a excelência na sua vida profission-al, social e pessoal. Editora: Esfera dos Livros

O PRÍNCIPE DE NICOLAU MAQUIAVELTom Philips aplica neste livro da colecçãoGestão e Negócios – Aprenda com os Clás-

sicos os valiosos ensina-mentos do genial Nico-lau Maquiavel sobre a ar-te de manipular os acon-tecimentos em benefíciopróprio ao mundo dosnegócios. São 115 pági-nas sobre como conquis-tar a admiração dos cola-

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BRANDING: A GESTÃO DA MARCAAntónio Mendes, professo-er do IADE, cobre nestelivro um conjunto de te-mas relacionados com o es-tudo das marcas, permitin-do uma compreensão a-brangente do fenómeno.Porque é que as marcas re-presentam capital para quem as detém?Como medi-lo? O autor responde a estas eoutras interessantes perguntas. IADE Edições

CASOS DE SUCESSO X SEXTA-FEIRA30 de Abril de 2010

CGC GENETICS

INOVAÇÃO EM GENÉTICA DE PORTUGAL PARA O MUNDO

Além de uma história de inovação,esta é também uma história deempreendedorismo, com visãoestratégica. Em 1982, dois profes-

sores de Genética, Amândio Tavares ePurificação Tavares, e uma médica daespecialidade, Carmo Palmares, fun-daram o CGC Genetics/Centro de GenéticaClínica. Nove anos depois complemen-taram este espaço de consultas de genéti-ca médica com um laboratório de Citoge-nética, fazendo nascer o primeiro labo-ratório privado de genética médica emPortugal. O seu objectivo era (continua aser) dotar a comunidade médica das maisavançadas ferramentas de diagnóstico naárea da Genética Médica.

O projecto foi lançado com recursospróprios e financiamento bancário. Semrecurso a capital de risco.“Fomos pioneiros na Pe-nínsula Ibérica, semprecom a convicção de queera possível melhorar osmétodos e o tempo de res-posta nos testes de genéti-ca médica”, sublinhou aoPME NEWS Purificação Ta-vares, que à sua condiçãode empreendedora junta afunção de Directora-Clíni-ca do Laboratório e de lau-reada com o Prémio Ernst& Young Entrepreneur OfThe Year 2009, na catego-ria Emerging.

Ainda em 1993, ano que marca aexpansão do CGC na sua nova vertente,foi implementado o primeiro Programade Rastreio Pré-Natal em Portugal. Foramtambém acrescentadas outras áreas labo-ratoriais ao núcleo inicial. “Sempre -salienta Purificação Tavares – numafilosofia de complementaridade de difer-entes áreas dentro da Genética Médica”.

Desde então, o CGC não parou decrescer. Actualmente, conta com umdepartamento clínico e cinco áreas labo-ratoriais: Biotecnologia, Citogenética,Diagnóstico Molecular, Rastreio Pré-natale Anatomia Patológica; e disponibiliza1500 testes diferentes nas áreas de diag-nóstico Pré-Natal, Cancro, Diagnóstico dedoenças raras, Diagnóstico de doençascomuns do adulto e Pediatria, incluindopainéis de diagnóstico exclusivos, ArraysCGC (com patente submetida).

A “rigorosa política de qualidade ecapacidade de desenvolvimento de tec-nologia para novos testes”, acentuaPurificação Tavares, permitiu ao CGC aobtenção da licença CLIA - ClinicalLaboratory Improvement Amendements,uma certificação, autorizada, em 1998,pelo Congresso norte-americano que visao estabelecimento de padrões de quali-dade nos laboratórios que trabalhamcom amostras humanas e que providenci-am resultados de diagnóstico médico no

País. Na sua qualidade de player interna-

cional do sector, o Laboratório portuguêsrecebe amostras para estudo de hospitaisdesde Espanha, Inglaterra e Alemanha,até aos EUA, Canadá, Austrália, Brasil ePaíses do Médio Oriente. Tem entre osseus clientes a ultra conceituada ClinicaMayo e o britânico Guy’s and St. ThomasHospital. É também a única empresa por-tuguesa licenciada para prestar serviçosde saúde na Califórnia, estado com legis-lação específica que restringe fortementeo acesso de empresas a esta área. EmPortugal detém cerca de 50% da quota demercado do sector.

O Laboratório tem instalações própriasem Portugal, nas cidades de Porto eLisboa, em Espanha, onde entrou através

da aquisição dos laboratórios Circagen eADFTecnogen e nos Estados Unidos, ondese instalou em 2009.

“A lógica de internacionalização doCGC assenta na distribuição estratégica devárias equipas em diversos pontos-chavede influência para alcançar mercados ge-ográfica, económica e culturalmente dis-tintos”, explica Purificação Tavares, acres-centando que, apesar disso, as principaisdecisões são tomadas na sede, no Porto.

À luz desta lógica, o laboratório estabe-leceu já este mês uma parceria com a Fa-culdade de Medicina da University of Me-dicine & Dentistry de New Jersey, em Ne-wark, a maior universidade pública dosEUA. “Esta afiliação institucional é impor-tante para a expansão americana do CGCGenetics, uma vez que permite grandevisibilidade, além de trabalhos e colabo-ração com o IGM, O Instituto de MedicinaGenómica desta universidade”, explicaPurificação Tavares.

Na área de testes de diagnóstico, adi-anta, o CGC apresenta um largo painel detestes clínicos que cobrem quase todos ostestes genéticos disponíveis nesta área euma estrutura significativa de I&D.Ambas as instituições asseguram o rápidodesenvolvimento e disponibilização denovos testes para os pacientes e parceirosdo CGC Genetics/Centro de GenéticaClínica, nos EUA.

Primeiro laboratório privado de genética do País, o CGC Genetics, é hoje uma referência mundial na inves-tigação em oncogenética, diagnóstico pré-natal e doenças raras do adulto, caso da trombofilia. Por Almerinda Romeira

PAINÉIS DE DIAGNÓSTICOCOM PATENTE SUBMETIDA

Entre os 1500 testes diferentes disponibilizados peloCGC inclui-se uma nova série de painéis de diagnósti-co, os Arrays CGC, na área do Diagnóstico Pré-natal,Pediatria, Trombofilia, Surdez e Atrasos noDesenvolvimento, cuja patente está submetida. Estespainéis permitem a obtenção de um maior númerode resultados para diagnóstico ou susceptibilidadegenética para determinadas doenças, num menorespaço de tempo e com menores custos financeiros.O Laboratório vai lançar, ainda no decorrer desteano, novos painéis de diagnóstico.

BIInstalações: Portugal (Porto, Lisboa),Espanha (Madrid) e EUA (Newark)

Tipos de Testes: 1.500, que permitemestudos de genética médica no cancro,rastreio Pré-natal, estudo das doençasraras e doenças comuns do adulto,entre outros

Testes em 2008: 50.000 Testes em 2009: 56.000

Facturação em 2009: 5,225 milhõesde euros

Colaboradores: 70, dos quais 8doutorados e 57 licenciados

Purificação Tavares foi este mês laureada com o Prémio Ernst & YoungEntrepreneur Of The Year 2009, na categoria Emerging Foto: DR

LIVROSTOP 10 DOS NEGÓCIOS

Maria Duarte Bello, direc-tora-geral da MDB - Coa-ching e Gestão de Ima-gem, coach especialistaem Executive, Team e LifeCoachin, colunista doOJE, explica através demandamentos práticos eobjectivos, como liderar,gerir, empreender, plani-

ficar, negociar e saber estar no mundo dosnegócios. O caminho não é fácil, requer

esforço e tempo, mas está ao alcance detodos, salienta a autora. Basta definir ob-jectivos e traçar um rumo em direcção aotopo. Este livro é uma ferramenta indis-pensável para gestores, empresários, tra-balhadores e todos aqueles que querem a-tingir a excelência na sua vida profission-al, social e pessoal. Editora: Esfera dos Livros

O PRÍNCIPE DE NICOLAU MAQUIAVELTom Philips aplica neste livro da colecçãoGestão e Negócios – Aprenda com os Clás-

sicos os valiosos ensina-mentos do genial Nico-lau Maquiavel sobre a ar-te de manipular os acon-tecimentos em benefíciopróprio ao mundo dosnegócios. São 115 pági-nas sobre como conquis-tar a admiração dos cola-

boradores; tornar-se amigo do inimigodos seus oponentes; manifestar a suamensagem por acções e não por palavras. Editora: ideias de ler

BRANDING: A GESTÃO DA MARCAAntónio Mendes, professo-er do IADE, cobre nestelivro um conjunto de te-mas relacionados com o es-tudo das marcas, permitin-do uma compreensão a-brangente do fenómeno.Porque é que as marcas re-presentam capital para quem as detém?Como medi-lo? O autor responde a estas eoutras interessantes perguntas. IADE Edições

TOP 10 DOS NEgóCiOSMaria Duarte Bello, directora-geral

da MDB - Coaching e Gestão de Ima-gem, coach especialista em Executive, Team e Life Coachin, colunista do OJE, explica através de mandamentos prá-ticos e objectivos, como liderar, gerir, empreender, planificar, negociar e saber estar no mundo dos negócios. O caminho não é fácil, requer esforço e tempo, mas está ao alcance de todos, salienta a autora. Basta definir objectivos e traçar um rumo em direcção ao topo. Este livro é uma ferramenta indispensável para gestores, empresários, trabalhadores, para todos nós que queremos atingir a excelência na nossa vida profissional, social e pessoal.

Editora: Esfera dos Livros

O PríNCiPE DE NiCOlAU MAqUiAvEl

Tom Philips aplica neste livro da colecção Gestão e Negócios – Aprenda com os Clássicos os valiosos ensinamentos do genial Nicolau Maquiavel sobre a arte de manipular os acontecimentos em benefício próprio ao mundo dos negócios. São 115 páginas de explicações sobre como conquistar a admiração dos colaboradores; traçar objectivos difíceis para si próprio; tornar-se amigo do inimigo dos seus oponentes; manifestar a sua mensagem por acções e não por palavras e ter bem presente que o sucesso pode causar o fracasso.

Editora: ideias de ler

BrANDiNg: A gESTãO DA MArCADa autoria de António Mendes,

professor de Branding Emocional e Comportamento do Consumidor no IADE, “Branding: A Gestão da Marca” cobre um conjunto de temas relacionados com o estudo das marcas, permitindo uma compreensão abrangente do fenómeno. Porque é que as marcas representam capital para quem as detém? Como medi-lo? Qual o papel da consistência na gestão das marcas? São perguntas a que António Mendes responde, abordando ainda o conceito, que está muito na ordem do dia, das comunidades de marca.

IADE Edições

Além de uma história de inovação, esta é também uma história de empreendedo-rismo, com visão estratégica. Em 1982, dois professores de Genética, Amândio Tavares e Purificação Tavares, e uma médica da especialidade, Carmo Palma-res, fundaram o CGC Genetics/Centro de Genética Clínica. Nove anos depois com-plementaram este espaço de consultas de genética médica com um laboratório de Citogenética, fazendo nascer o primeiro laboratório privado de genética médica em Portugal. O seu objectivo era (continua a ser) dotar a comunidade médica das mais avançadas ferramentas de diagnóstico na área da Genética Médica. O projecto foi lançado com recursos próprios e finan-ciamento bancário. Sem recurso a capital de risco. “Fomos pioneiros na Península Ibérica, sempre com a convicção de que era possível melhorar os métodos e o tempo de resposta nos testes de genética médica”, sublinhou ao PME NEWS Puri-ficação Tavares, que à sua condição de empreendedora junta a função de Directora-Clínica do Labora-tório e de laureada com o Prémio Ernst & Young Entrepreneur Of The Year 2009, na categoria Emerging. Ainda em 1993, ano que marca a expansão do CGC na sua nova vertente, foi implemen-tado o primeiro Programa de Rastreio Pré-Natal em Portugal. Foram também acrescentadas outras áreas laboratoriais ao núcleo inicial. “Sempre - salien-ta Purificação Tavares – numa filosofia de complementaridade de dife-rentes áreas dentro da Genética Médica”. Desde então, o CGC não parou de crescer. Actualmente, conta com um departa-mento clínico e cinco áreas laboratoriais: Biotecnologia, Citogenética, Diagnóstico Molecular, Rastreio Pré-natal e Anatomia Patológica; e disponibiliza 1500 testes diferentes nas áreas de diagnóstico Pré-Natal, Cancro, Diagnóstico de doenças raras, Diagnóstico de doenças comuns do adulto e Pediatria, incluindo painéis de diagnóstico exclusivos, Arrays CGC (com patente submetida). A “rigorosa política de qualidade e capacidade de desenvolvi-mento de tecnologia para novos testes”, acentua Purificação Tavares, permitiu ao CGC a obtenção da licença CLIA - Clinical Laboratory Improvement Amendements, uma certificação, autorizada, em 1998, pelo Congresso norte-americano que visa o estabelecimento de padrões de qualida-de nos laboratórios que trabalham com amostras humanas e que providenciam resultados de diagnóstico médico no país.

Na sua qualidade de player internacional do sector, o Laboratório português recebe amostras para estudo de hospitais desde Espanha, Inglaterra e Alemanha, até aos EUA, Canadá, Austrália, Brasil e Países do Médio Oriente. Tem entre os seus clien-tes a ultra conceituada Clinica Mayo e o britânico Guy’s and St. Thomas Hospital. É também a única empresa portuguesa licenciada para prestar serviços de saúde na Califórnia, estado com legislação espe-cífica que restringe fortemente o acesso de empresas a esta área. Em Portugal detém cerca de 50% da quota de mercado do sector. O Laboratório tem instalações próprias em Portugal, nas cidades de Porto e Lisboa, em Espanha, onde entrou através da aquisição dos laboratórios Circagen e ADFTecnogen e nos Estados Unidos, onde se instalou em 2009. “A lógica de internacionalização do CGC assenta na distribuição estratégica de várias equipas em diversos pontos-chave de influência para alcançar mercados geográfica, econó-

mica e culturalmente distintos”, explica Purificação Tavares, acrescentando que, apesar disso, as principais decisões são tomadas na sede, no Porto. À luz desta lógica, o laboratório estabeleceu já este mês uma parceria com a Faculdade de Medicina da University of Medicine & Dentistry de New Jersey, em Newark, a maior universidade pública dos EUA. “Esta afiliação institucional é importante para a expansão americana do CGC Genetics, uma vez que permite grande visibilidade, além de trabalhos e colaboração com o IGM, O Instituto de Medicina Genómica desta universidade”, explica Purificação Tavares. Na área de testes de diagnóstico, adianta, o CGC apresenta um largo painel de testes clínicos que cobrem quase todos os testes genéticos disponíveis nesta área e uma estrutura significativa de I&D. Ambas as instituições asseguram o rápido desenvolvimento e disponibilização de novos testes para os pacientes e parcei-ros do CGC Genetics/Centro de Genética Clínica, nos EUA.

Primeiro laboratório privado de genética do País, o CGC Genetics é hoje uma referência mundial na investigação em oncogenética, diagnóstico pré-natal e doenças raras do adulto, caso da trombofilia. Por Almerinda Romeira

CGC GenetiCs

Inovação em genétIca de Portugal Para o mundo

Purificação Tavares foi este mês laureada com o Prémio Ernst & Young Entrepreneur Of The Year 2009, na categoria Emerging Foto: DR

Page 11: PME NEWS

QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010 XINEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

PUB

PUB

pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

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QUINTA-FEIRA29 de Abril de 2010XII NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

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