plantas transgÊnicas transgênicas 2017.pdf · plantas transgÊnicas 1. introduÇÃo •organismos...
TRANSCRIPT
PLANTAS TRANSGÊNICAS
1. INTRODUÇÃO
2. PLANTAS TRANSGÊNICAS
3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS PLANTAS
TRANSGÊNICAS
4. PLANTAS TRANSGÊNICAS: IMPACTO NA SAÚDE
E MEIO AMBIENTE
5. PLANTAS TRANSGÊNICAS: ASPECTOS ÉTICOS,
POLÍTICOS E PROPRIEDADE INTELECTUAL
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
PLANTAS TRANSGÊNICAS
1. INTRODUÇÃO
ADVENTO DA AGRICULTURA – plantas
domesticadas
LEIS DE MENDEL – 1900
DNA – descoberta da estrutura da hélice dupla
(Watson e Crick, 1953)
Cúpula Mundial sobre Alimentação – itens da pauta
de 2002.
PLANTAS TRANSGÊNICAS
1. INTRODUÇÃO
• Organismos geneticamentemodificados (OGM)
•Discussão no Brasil – Lei 8974 de 05/01/95 – estabelece normaspara uso das técnicas de engenharia genética e liberação no ambiente de organismosgeneticamente modificados.
•Decreto 1752 de 20/12/95 criou a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
LEGISLAÇÃO – BRASIL
1995 – FHC sanciona em 5 de janeiro a Lei de
Biossegurança (lei no. 8.974/95), que regulamenta
a “ construção, cultivo, manipulação, transporte,
comercializacão, consumo, liberação e descarte”
de OGMs (organismos geneticamente
modificados).
1996 – Em junho é criada a CTNBio (Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança), órgão do
Ministério da Ciência e Tecnologia com a função
de examinar a segurança dos OGMs. Cabe à
CTNBio emitir pareceres.
• 1998 – Em junho, a Monsanto pede à CTNBio
a liberação do cultivo comercial da soja
transgênica Roundup Ready. Em setembro, a
11a. Vara da Justiça Federal concede liminar
proibindo a União de autorizar o plantio
comercial de soja transgênica enquanto não
regulamentar a comercialização de produtos
geneticamente modificados e realizar estudo
prévio de impacto ambiental. A CTNBio emite
parecer favorável à Monsanto. A liminar cai
em novembro, mas outra decisão exige
segregação dos transgênicos.
• 2000 – O Brasil aprova o Protocolo de
Biossegurança da ONU.
• 2002 – Em 12 de junho, o Conselho
Nacional do Meio Ambiente aprova a
obrigatoriedade de licenciamento ambiental
para o plantio comercial de transgênicos. É
o primeiro passo da regulamentação deste
tipo de plantação no pais, hoje proibida por
liminar judicial.
• 2003 – Para evitar o prejuízo com a
grande safra de soja transgênica
colhida
• – 0 ministro Roberto Rodrigues
estimou em R$ 1 bilhão o valor dela – o
governo edita medida provisória
permitindo a venda desses produtos
até 31 de janeiro de 2004
• – depois prorroga o prazo por 60 dias.
• Lei no. 8974/95 – Lei de Biossegurança
• Lei no. 2401/2004 – Cria o Conselho Nacional
de Biossegurança (CNBS) e reestrutura a
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança.
ANEXOS
• MP 0113-03 (PL-16-03) Estabelece normas
para a comercialização da produção de soja
da safra 2003 e dá outros providências.
• MP 0131-03 (PL 26-03) Estabelece normas
para o plantio e comercialização da
produção de soja geneticamente modificada
da safra 2004 e da outras providências.
2. PLANTAS TRANSGÊNICAS
• Coleção de genes ou genoma
• DNA – estrutura helicoidal dupla formada por
pares de bases nitrogenadas denominados de
adenina (A), tinina (T), citosina (C) e guanina
(G).
• Enzimas de restrição e enzimas ligase
2. PLANTAS TRANSGÊNICAS
Melhoramento genético
Estratégias para obtenção de plantas transgênicas tolerantes aos herbicidas:
a) transferência de genes que codificam para proteína insensível ao herbicida – inibidores da EPSPs, inibidores da ACCase e inibidores do fotossistema II.
b) superprodução da proteína sensível – inibidores da ACCase, e inibidores da glutamina sintetase.
c) metabolização dos herbicidas – inibidores da EPSPs, mimetizadores de auxina, e inibidores da glutamina sintetase.
2. PLANTAS TRANSGÊNICAS
A) inserção de genes de um outro organismo Ex: soja tolerante aoglifosate.
B) regeneração de um mutantetolerante: Ex: “SRS – soybeans”, “Clearfield Corn”, “Clearfield wheat”.
OBTENÇÃO
arroz transgênico “golden rice” – foiobtido com a cultivar Tapei 309,introduzindo o gene de narcisosilvestre que codifica uma enzimaenvolvida na biossintese decarotenoides (Burkhardt et al, 1997).
- Plantas com benefício ao consumidor
milho com alto teor de lisina
Liberação Experimental de Cultivos Trangênicos
Pesquisa com OGMs no Brasil
200
4
50
4 4 513
1927 6014
0
50
100
150
200
250
Baye
rBa
sf
Mon
santo
Dow
Syng
enta
Pion
eer
Cood
etec
Cope
rsuc
ar
Cyan
amid
Embrap
a
Outros*
Nú
me
ro
de
Pro
ce
sso
s
CTNBio – Projetos de Pesquisa Aprovados – 1997/ 2002
Fonte: CTNBio
Algodão GM 1997 - 2003
51%35%
14%
Bt Herbicidas Bt.e Herbic.*
Milho GM 1997 - 2002
62%
36%
1%1%
Bt Herbicidas Bt.e Herbic.* Alta Lisina **
Cultura Tolerância Produto
aprovado no
Brasil
Gene(s) – Tolerância
a herbicidas
Produto
aprovado no
mundo
SOJA Glifosato GTS-40-3-2*
MOB 89788**
cp4 epsps
cp4 epsps
5 eventos
Glifosato & dicamba - cp4 epsps & dmo** 1 evento
Glifosato & isoxaflutole - 2me epsps &
hppdPFW336
1 evento
Glifosato & Sulfonylurea - Gm-hra & gm-fad2-1* 1 evento
Glifosato & Sulfonylurea - Gm-hra & gat4601 1 evento
Glufosinato A2704-12*
A5547-127*
pat
pat
7 eventos
Glufosinato & 2,4-D - pat & aad-12** 1 evento
Sulfonylurea BPS-CV127-9** CSR1-2 1 evento
RESUMO DE CULTURAS GENETICAMENTE MODIFICADAS TOLERANTES A HERBICIDAS
PARA SOJA
* transformação por biobalística
** transformação mediada por Agrobacterium tumefasciens.
Cultura Tolerância Produto
aprovado no
Brasil
Gene(s) – Tolerância
a herbicidas
Produto
aprovado no
mundo
MILHO glifosato GA21* zm-2mepsps 7 eventos
glifosato NK603*
MON 88017**
cp4 epsps
cp4 epsps
16 eventos
glufosinato T25****
TC1507*
pat
pat
33 eventos
glufosinato - bar 5 eventos
Glufosinato & glufosinato TC1507 x NK
603***
cp4 epsps & pat 16 eventos
glifosato & glufosinato Bt11 x GA21*** zm-2m epsps e pat 21 eventos
glifosato & sulfonylurea - gat 4621 e zm-hra 1 evento
2,4-D/FOPs - aad-1** 1 evento
RESUMO DE CULTURAS GENETICAMENTE MODIFICADAS TOLERANTES A HERBICIDAS PARA
MILHO
* transformação por biobalística
** transformação mediada por Agrobacterium tumefasciens.
*** evento combinado por cruzamento clássico
**** transformação por eletroporação
Cultura Tolerância Produto
aprovado no
Brasil
Gene(s) –
Tolerância a
herbicidas
Produto
aprovado
no mundo
Algodão glifosato MON1445**
MON 88913**
cp4 epsps
cp4 epsps
7 eventos
glifosato GHB614** zm-2mepsp 2 eventos
glufosinato LLCotton25** bar 6 eventos
glufosinato 281-24-236 x
3006-210-23***
T304 X
GHB119***
pat
pat
1 evento
glifosato & glufosinato GHB614 x
LLCotton25***zm-2mepsps &
bar
3 eventos
glifosato & glufosinato Cp4 epsps & bar 2 eventos
RESUMO DE CULTURAS GENETICAMENTE MODIFICADAS TOLERANTES A
HERBICIDAS PARA ALGODÃO
** transformação mediada por Agrobacterium tumefasciens.
*** evento combinado por cruzamento clássico
3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS
PLANTAS TRANSGÊNICAS
A) diminuição do custo de produção – da ordemde 15%.
B) aumenta o espectro de plantas daninhascontroladas
C) herbicida com menor impacto ambiental
D) manejo mais fácil e flexível
E) disponibilidade de herbicidas com mecanismos de ação importantes
F) aumento da área de plantio direto
G)benefícios ao consumidor
3.1. VANTAGENS
3.2. DESVANTAGENS
A) aumento na pressão de seleção – alguns casos járelatados de resistência como Lolium rigidum, Eleusine indica e Conyza canadensis.
B) mudança na filosofia dos programas de melhoramento.
C) dependência do uso dos herbicidas.
D) aumento dos custos de sementes – 3 a 7 dólarespor saca.
E) problemas com plantas voluntárias.
F) possibilidade de transferência do gene de resistência
G) necessidade de contrato dos agricultores
• IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor
• MST – Movimento dos Sem Terra
• ONG – Organizações não governamentais
ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS DA
SOCIEDADE CONTRA OS TRANSGÊNICOS
ARGUMENTOS CONTRA OS TRANSGÊNICOS
• Danos ambientais – Os transgênicos reduziriam a
rotação de culturas com danos a biodiversidade.
• Maior custo – ao longo dos anos ocorriam
resistência aos herbicidas e as pragas;
aumentariam as aplicações dos defensivos
agrícolas aumentando os custos de produção e
riscos ao meio ambiente.
• Riscos a saúde – pelo princípio daprecaução, o tempo de uso dostransgênicos é pequeno, não sendo aindapossível avaliar os riscos de consumo.
• Perda de mercado – comercialmente osprodutos do Brasil perderiam vantagemcompetitiva em mercados internacionais,cujos consumidores preferem produtosnão transgênicos.
4. PLANTAS TRANSGÊNICAS: impacto
na saúde e meio ambiente
- saúde humana – preocupação:
- reações alérgicas
- possibilidade da presença de produtos tóxicos - -
- genes com resistência a antibioticos
- Equivalência substancial
- Monitoramento
- Fluxo genico – centros de origem
- Mudança na flora
5. PLANTAS TRANSGÊNICAS – aspectos
éticos, políticos e propriedade intelectual
- Revolução verde
- Transgênicos –
1a. Onda
2a. Onda – solução a problemas nutricionais
- Aspectos políticos – leis estaduais e municipais
- Propriedade intelectual – legitimidade de patentes de seres vivos e seus genes
- Direitos intelectuais sobre genoma não deveriam ser concedidos para sistemas, produtos ou processos muito amplos.
CONVENCIONAL TRANSGÊNICA
Herbicida 4,00 1,00
Op. Máquinas 5,00 4,00
Mão-de-obra 1,50 1,30
Outros 19,50 19,70
Custo total 30,00 26,00
Preço obtido** 35,00 35,00
Lucro 5,00 8,65
Royalty - 0,35
Margem 14% 25%
QUANTO CUSTA PLANTAR SOJA
(Em reais por saca de 60 quilos)*
Tipo Produção (kg/hectare)
Origem - EMBRAPA
BRS 242 RR – ciclo precoce 3.036
BRS 243 RR – ciclo precoce 3.103
BRS 244 RR – ciclo médio 3.064
BRS 245 RR - ciclo médio 3.130
BRS 246 RR ciclo médio 3.161
BRS 247 RR – ciclo tardio 3.026
Origem – COODETEC
CD 213 RR – ciclo semiprecoce 3.076
CD 214 RR – ciclo semiprecoce 3.107
CULTIVARES PARA SP
SOJA TRANSGÊNICA
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Vantagens da tecnologia de plantas transgênicas na produção de alimentos é inquestionável.
• Muitas incertezas ocorrem em relação a possíveis impactos no ambiente e na saúde humana.
• Não há indicios que os organismos geneticamente modificadores (OGM) sejam mais perigosos que outras culturas melhoradas pela genética convencional (Ministério da Agricultura da Inglaterra).
• Os efeitos indesejavéis (efeitos pleiotropicos) podem ocorrer nas plantas transgênicas.
• Discussão deve estar sempre ocorrendo com maior número de especialistas.