plano plurianual (ppa) 2016-2019 - diretrizes estratégicas

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1 PLANO PLURIANUAL 2016-2019 Diretrizes Estratégicas Abril/2015

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1

PLANO PLURIANUAL 2016-2019

Diretrizes Estratégicas

Abril/2015

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GOVERNADOR Camilo Sobreira de Santana

VICE-GOVERNADORA

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO SECRETARIO

Hugo Santana de Figueirêdo Júnior

SECRETÁRIO-ADJUNTO Carlos Eduardo Pires Sobreira

COORDENADORIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Marcos Medeiros de Vasconcellos

Naiana Corrêa Lima Peixoto Raimundo Avilton Meneses Júnior

EQUIPE TÉCNICA ELABORAÇÃO

Cristiane Lorenzetti Collares Daniele Passos de Lima Albuquerque

Fátima Coelho Benevides Falcão Maria Cristiane Maia Caxilé

Raimundo Avilton Meneses Júnior Renata Maria Jurema Pontes Viana

Sandra de Souza Sandra Maria Braga

Virgínia Dantas Soares Teixeira

COLABORAÇÃO Adriano Sarquis – Ipece Jimmy Oliveira – Ipece

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO - OS PRIMEIROS PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO PLANO

PLURIANUAL ....................................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO - A GESTÃO PÚBLICA FOCADA NO ALCANCE DE RESULTADOS......... 9

CONCEITUAÇÃO BÁSICA DOS ELEMENTOS DO MODELO ......................................................... 12

TENDÊNCIAS - DESAFIOS GLOBAIS, NACIONAIS E REGIONAIS ................................. 15

MEGATENDÊNCIAS GLOBAIS ............................................................................................... 15

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO → OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL................................................................................................................... 17

TENDÊNCIAS NACIONAIS .................................................................................................... 18

TENDÊNCIAS REGIONAIS .................................................................................................... 21

O CEARÁ DO FUTURO - UM ESTADO COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ..... 23

A CONFERÊNCIA DE BUSCA DE FUTURO ............................................................................. 23

OS MACRODESAFIOS PARA O ESTADO ................................................................................ 26

OS CEARÁS DO FUTURO .................................................................................................... 26

PLANO PLURIANUAL - PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL DE MÉDIO PRAZO....... 29

OS 7 CEARÁS - ESTRATÉGIAS, RESULTADOS E INDICADORES ................................. 33

FONTES DE PESQUISA ..................................................................................................... 53

ANEXOS ............................................................................................................................. 55

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APRESENTAÇÃO

OS PRIMEIROS PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DO PLANO PLURIANUAL

O presente documento traz as orientações para a construção da dimensão estratégica do

Plano Plurianual – PPA 2016–2019, destacando as premissas para a construção do Plano, os

elementos dessa base estratégica, bem como o arcabouço conceitual-metodológico que norteia a

gestão das políticas públicas no âmbito do Governo do Estado do Ceará.

Fruto de um amplo debate com a sociedade e o então futuro governador do Estado, realizado

durante a campanha para eleição do chefe do executivo, o documento “Os 7 Cearás – Propostas

para o Plano de Governo” é a principal base utilizada para a elaboração do PPA 2016-2019.

A partir desse documento, e tendo como referência outros importantes instrumentos de

planejamento, são apresentadas as sete grandes linhas de atuação intersetorial do governo – 7

CEARÁS, com as principais Estratégias e a proposta de Resultados Estratégicos e seus Indicadores.

Relacionado a isso, também são destacados os temas que compõem cada Ceará, com as

respectivas instituições governamentais envolvidas pela implementação dos programas e ações, bem

como a proposta dos Resultados Temáticos.

Contudo, antes de apresentarmos todos estes elementos que comporão as bases

estratégicas para a elaboração do PPA 2016-2019, introduziremos alguns elementos de discussão

mais ampla que poderão influenciar e orientar a atuação do Governo do Estado do Ceará nos

próximos quatro anos. Dentre estes elementos, podemos chamar a atenção para as tendências de

médio e longo prazos nos cenários global, nacional e regional, e para os desafios para um

desenvolvimento sustentável.

Além disso, evidenciaremos as bases conceituais e metodológicas de uma gestão pública

com foco no atingimento de resultados, cujo modelo, adotado pelo Governo do Estado do Ceará,

servirá para orientar a elaboração deste planejamento de médio prazo, concretizado no instrumento

PPA, a partir das bases estratégicas contidas no presente documento.

Hugo Figueirêdo Secretário do Planejamento e Gestão

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INTRODUÇÃO

A GESTÃO PÚBLICA FOCADA NO ALCANCE DE RESULTADOS

A partir de 2015, um novo governo traz a vontade de resgatar os avanços alcançados em

termos de Gestão por Resultados no Estado do Ceará nos últimos dez anos, imprimindo um tom de

necessidade de alcance de efetivos resultados para a sociedade com eficiência no uso do limitado

recurso público.

Nessa perspectiva, é imprescindível tornar irreversível a utilização desse instrumento de

gestão interna do planejamento para buscar resultados. Essa decisão implica em fortalecimento e

avanços do modelo existente, que deve reconsiderar áreas focais, adequar resultados e indicadores,

definir metas de resultados que levem em conta os grandes desafios a serem vencidos, estabelecer

responsabilidades e mecanismos de monitoramento que possam ser de utilidade efetiva para os

vários níveis de decisão governamental.

A Gestão Pública por Resultados – GPR pode ser definida como um modelo de gestão em

que o setor público atua com o objetivo de gerar resultados, impactos, melhorias para a vida da

população. Na busca do efetivo atendimento das necessidades dos cidadãos, a atuação

governamental admite uma lógica inversa à gestão tradicional que define entregas

(produtos/iniciativas) à sociedade em função de uma estrutura física, financeira e organizacional

estabelecida, que pode não ser compatível ou não estar adequadamente dimensionada para a

geração do impacto pretendido.

Desse modo, esse modelo de gestão se caracteriza por ser um processo que estrutura a

ação governamental a partir da finalidade que se quer alcançar, considerando impactos e

consequências, contrastando com a lógica tradicional de planejamento que define inicialmente os

meios; que orienta e condiciona o ciclo de gestão da ação governamental, orçamento e os processos

decisórios, relacionando-os aos objetivos e resultados a serem alcançados; que se baseia numa

cadeia de resultados como uma sequência causal para estimular o alcance de um objetivo desejado,

com a lógica na qual os insumos são necessários para a realização de atividades de forma a produzir

produtos que, por sua vez, ensejam o efeito de médio prazo que levam a impactos ou resultados de

longo prazo, como podemos observar na figura 1, que apresenta o fluxo representativo da lógica do

planejamento governamental nas óticas tradicional e da gestão por resultados.

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Figura 1

Uma gestão pública voltada para resultados é muito mais do que simplesmente identificar

necessidades ou expectativas dos cidadãos e formular resultados a partir de um diagnóstico,

compreendendo também as formas de sua execução, o “como fazer” para alcançar o resultado

pretendido, a partir do alinhamento das políticas, processos e estruturas inerentes ao Estado, além do

estabelecimento de mecanismos de monitoramento e avaliação.

Nesse sentido, a Gestão Pública por Resultados evolui para o conceito de Governança para

Resultados, na qual a gestão do desempenho é abrangente e integradora dos vários níveis de

atuação da ação governamental.

A implementação de um modelo ideal de gestão por resultados é extremamente desafiadora,

pois representa a aplicação de uma filosofia, de uma postura sobre toda uma estrutura de governo e

de Estado. O sucesso dessa implementação pressupõe a integração de definições estratégicas; o

alinhamento de processos, recursos, produtos e resultados; e a utilização de mecanismos de

monitoramento e avaliação.

Produtos / Iniciativas

Produtos /

Iniciativas

Estrutura e

Modelo de Gestão

Processos e

Insumos

Produtos

Gestão Pública

Tradicional

Impacto

Produtos

Processos /

Insumos e

Modelo de

Gestão

Gestão Pública por

Resultados

Mudanças nos

padrões de

Gestão Pública

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11

Concretamente, isso se reflete na estruturação da base estratégica (visão de futuro,

resultados estratégicos) e da base tático-operacional (plano plurianual, leis orçamentárias, projetos);

no alinhamento de estruturas implementadoras (secretarias e demais órgãos de governo, pessoas e

recursos); e nos processos de monitoramento e avaliação (nos níveis estratégico, tático e

operacional).

De forma resumida, podemos inferir, como observamos na quadro 1, que o modelo de Gestão

Pública por Resultados responde as seguintes perguntas:

O que?

Para que?

Quem adota?

Quais são os benefícios?

Quadro 1

• Países: Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Austrália, Chile e Colômbia, entre outros. • Estados brasileiros: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do

Norte e Ceará, Pernambuco, entre outros.

Quem adota?

Para que?

• Melhorar as condições de vida da população; • Propiciar maior diálogo com a sociedade e controle social; • Dar transparência ao desempenho das ações governamentais; • Monitorar e avaliar as ações de governo para alcançar resultados desejados.

• A gestão governamental se inicia com a definição de finalidade, resultados/impactos e consequências da ação de Governo (fundamento principal); • Condiciona o ciclo de gestão, especialmente planejamento, orçamento e os processos decisórios, aos objetivos e resultados a serem alcançados;

• As intervenções visam mudanças sociais e de comportamento dos gestores públicos.

Benefícios

MODELO DE GESTÃO PÚBLICA POR RESULTADOS

O que é? • Modelo de gestão que orienta a ação do Estado voltada para o cidadão como cliente; • Modelo que busca a otimização no uso dos recursos;

• A atuação governamental busca padrões de eficiência, eficácia e efetividade.

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Conceituação básica dos elementos do modelo

A Gestão Pública por Resultados adotada no Estado do Ceará apóia-se em um amplo

espectro de conceitos de planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação, cuja base

estratégica e demais categorias analíticas de programação encontram-se evidenciadas no Plano

Plurianual e em outros instrumentos de planejamento, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO,

Lei Orçamentária Anual – LOA, nas Matrizes Intersetoriais de Gestão por Resultados, e nos sistemas

corporativos de planejamento e gestão, como, por exemplo: WebMapp, Sistema Integrado

Orçamentário e Financeiro – SIOF, Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação – SIMA.

Na lógica da Gestão Pública por Resultados – GPR existe toda uma sequência de

relacionamento entre necessidades da população, expressas pelos impactos e resultados a serem

alcançados, esforços para atendimento a tais necessidades, refletidas nos produtos/iniciativas de

governo, e insumos necessários à realização de tais esforços.

Nessa perspectiva, os insumos e atividades governamentais são desenvolvidos e

dimensionados com foco nos produtos/iniciativas que serão ofertadas à sociedade, enquanto essa

oferta, por sua vez, é estabelecida a partir dos resultados e impactos que se quer gerar, como

demonstrado na figura 2.

Figura 2

De forma objetiva, relacionamos e conceituamos os elementos deste modelo de Gestão

Pública por Resultados da seguinte forma:

Impacto - O impacto é medido pelas mudanças nos indicadores econômicos e sociais, e na

qualidade de vida da população, sendo, portanto, consequência da execução de programas e

políticas no longo prazo. Esses impactos ultrapassam normalmente o período do PPA e, por

vezes, são verificáveis, após avaliação do Plano.

Insumos/ Recursos

Atividades

Produtos

Resultados

Impactos

Demanda/Necessidades Oferta/Produtos(Iniciativas)

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Modelo de GPR – Ciclo de Gestão

RESULTADOS ESTRATÉGICOS

RESULTADOS TEMÁTICOS

PROGRAMAS

INICIATIVAS

Desen

ho

de p

olítica

s pú

blica

s

Imp

lemen

taçã

o d

e po

líticas p

úb

licas

ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

PROGRAMAÇÃO OPERATIVA (MAPP)

Dem

an

da

Oferta

Modelo de GPR – Ciclo de Gestão

RESULTADOS ESTRATÉGICOS

RESULTADOS TEMÁTICOS

PROGRAMAS

INICIATIVAS

Desen

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olítica

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Imp

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ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

PROGRAMAÇÃO OPERATIVA (MAPP)

Dem

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da

Oferta

RESULTADOS ESTRATÉGICOS

RESULTADOS TEMÁTICOS

PROGRAMAS

INICIATIVAS

Desen

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líticas p

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licas

ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

PROGRAMAÇÃO OPERATIVA (MAPP)

Dem

an

da

Oferta

Resultados - Os resultados são os efeitos de curto prazo e de médio prazo dos programas

sobre a melhoria dos indicadores econômicos e sociais. Os programas não acabam com a

realização dos produtos. É preciso saber a sua repercussão para a sociedade.

Produtos - São bens ou serviços ofertados à sociedade e/ou ao governo. Os produtos são

realizações concretas dos programas que são disponibilizados à sociedade (capacitação,

construções, atendimentos etc.).

Atividades - É um conjunto de operações, também chamadas de ações, desenvolvidas no

intuito de gerar os produtos e ou serviços.

Recursos/Insumos - Compreende o conjunto de recursos disponíveis para execução das

atividades no âmbito humano, financeiro, orçamentário, organizacional e comunitário. São os

insumos que possibilitam a realização das atividades vinculadas aos programas.

Baseado nessa conceituação e nas diretrizes da gestão iniciada a partir de 2015, foi

estabelecida uma estrutura encadeada de elementos adaptados à realidade da administração pública

estadual, iniciando com a definição de uma base estratégica, a partir da qual são estabelecidos

resultados e indicadores estratégicos, resultados e indicadores temáticos, programas, iniciativas e

projetos/atividades. A figura 3 sintetiza o relacionamento entre esses elementos.

Figura 3

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TENDÊNCIAS

DESAFIOS GLOBAIS, NACIONAIS E REGIONAIS

Temos plena consciência dos desafios existentes para alcançar um desenvolvimento de forma

integrada e intersetorial do Ceará e que todos os esforços, conhecimentos e recursos da sociedade e

do Governo devem ser direcionados para um único objetivo comum: construir uma sociedade livre,

democrática, inclusiva, igualitária, segura e justa.

No momento em que o Governo do Ceará se organiza para definir suas estratégias e políticas

para a promoção da oferta de seus bens e serviços à sociedade, oferta esta que, no espaço de médio

prazo, ou seja, para o próximo período de quatro anos, deverá estar declarada no instrumento de

planejamento Plano Plurianual 2016-2019, não podemos deixar de fazer uma análise, mesmo que

rápida e superficial, do ambiente externo ao Estado do Ceará.

Tal análise visa a identificação de cenários, sob um olhar multifocal, que contemple aspectos

econômicos, sociais, políticos, legais, dentre outros, os quais terão uma influência na planejamento e

na execução de ações estratégicas.

Neste sentido, buscamos relacionar algumas das principais características deste ambiente

externo a nosso Estado, que estão representadas neste documento em termos de tendências de

influência nos cenários global (mais amplo), nacional e regional.

Megatendências globais

As chamadas Megatendências Globais são tendências de longo prazo, altamente interligadas

e cujos efeitos são diferenciados para os diferentes países/regiões. Diante delas, os governos devem

utilizar suas políticas, estratégias, estruturas e aptidões para ter boas práticas de liderança no futuro.

Estas megatendências, agrupadas nos três grandes eixos – População, Globalização

Econômica e Meio-Ambiente, como demonstra a figura 4, devem ser consideradas com especial

atenção no momento de formulação e implementação de instrumentos de planejamento

governamental

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Figura 4

1

No primeiro caso, observa-se a mudança do perfil demográfico com o envelhecimento da

população devido ao aumento da expectativa de vida e redução das taxas de natalidade. Como

consequências diretas observam-se o aumento dos gastos com serviços de saúde, pressão sobre os

sistemas públicos de aposentadoria e pensões além do aumento do número de jovens para serem

inseridos no mercado de trabalho.

Avanços na educação, saúde e tecnologia da informação e comunicação também estão

ocorrendo em larga escala, o que gera maiores expectativas por parte da população, rapidez na

difusão das informações, criação de oportunidades, impacto sobre a produtividade, além de mais

cobranças por efetividade das ações do poder público.

A globalização econômica é evidenciada pela crescente integração e aumento nos níveis de

comércio internacional e no fluxo de capitais, surgindo relações mais complexas de negócios. Neste

contexto, a dívida pública tem se tornado um fator restritivo para que os governos possam atender

todas as demandas da população e fiquem mais expostos aos riscos e com menor capacidade para

1 Fonte: O Estado Futuro 2030: as megatendências globais que moldam os governos. KPMG, 2013.

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lidar com os choques nos mercados globais. Por outro lado, a redução dos níveis de pobreza nos

países emergentes, como é o caso do Brasil, tem possibilitado que os mesmos passem a exercer

mais influência sobre a economia global.

Finalmente, as mudanças climáticas, pressão sobre os recursos naturais e crescente

urbanização têm afetado de maneira irreversível o meio-ambiente. Os impactos negativos sobre os

ecossistemas, ampliação de fenômenos tais como aumento da temperatura média, secas e

enchentes têm afetado a oferta de alimentos, acelerado o esgotamento das fontes e recursos

renováveis e não-renováveis e potencializado as disputas e conflitos. De outra forma, o aumento da

taxa de urbanização cria oportunidades para o desenvolvimento econômico e social, além de

proporcionar uma vida mais saudável.

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio → Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável

Alinhados a essas tendências mundiais de longo prazo, devemos levar em consideração,

para a gestão das políticas públicas, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que

deverão, brevemente, substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), uma vez que

estes últimos têm um prazo final para o cumprimento das metas do milênio em 2015.

Com o novo horizonte temporal para 2030, estes futuros ODS podem ser traduzidos em

macrodesafios de longo prazo, que devem ser perseguidos por todos os governos, sendo eles:

1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas em todos os lugares.

2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e nutrição adequada e a agricultura sustentável.

3. Alcançar saúde para todos em todas as idades.

4. Fornecer educação equitativa, inclusiva de qualidade e oportunidade de aprendizagem ao longo da vida.

5. Atingir a igualdade de gênero e a autonomia para mulheres e meninas em todos os lugares.

6. Garantir água limpa e saneamento para todos.

7. Garantir serviços de energia modernos, confiáveis, sustentáveis e a preços acessíveis para todos.

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8. Promover o crescimento econômico forte, sustentável e inclusivo e trabalho digno para todos.

9. Promover a industrialização sustentável.

10. Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles.

11. Construir cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros e sustentáveis.

12. Promover padrões de produção e consumo sustentáveis.

13. Promover ações em todos os níveis para combater as mudanças climáticas.

14. Alcançar a conservação e o uso sustentável dos recursos marinhos.

15. Proteger e restaurar os ecossistemas terrestres e interromper toda a perda de biodiversidade.

16. Alcançar sociedades pacíficas e inclusivas, o Estado de direito, e instituições eficazes e capazes.

17. Fortalecer e melhorar os meios de implementação [desses objetivos] e a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Tendências nacionais

Antes de apresentarmos as tendências no âmbito nacional, é importante fazermos um

panorama geral, uma espécie de diagnóstico preliminar que caracterize o atual quadro

macroeconômico nacional. Nesta linha de raciocínio, podemos fazer alguns apontamentos quanto a:

Fatos relevantes - O controle da inflação, várias reformas institucionais, redução da pobreza,

aumento do emprego e inclusão produtiva.

Duas importantes fontes de crescimento:

1) Expansão dos investimentos e das exportações da cadeia de recursos naturais (agrícola,

minérios, metais e petróleo); e

2) Forte expansão do mercado interno, pelo crescimento tendencial e pela inclusão de novas

famílias na formalidade, bem como no acesso ao crédito e ao consumo.

Neste sentido, o país precisa utilizar melhor a combinação desses dois elementos.

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Modelo adotado - Aumentar consumo, ampliar exportação e investimento, gerando mais

emprego e renda;

Esgotamento desse arranjo de crescimento por dois grupos de fatores restritivos:

1) Restrições macroeconômicas representadas pelo aumento de pressões fiscais e

inflacionárias; e

2) Redução da competitividade sistêmica, traduzida por:

Crescimento econômico apoiado na demanda agregada, especialmente consumo e

gastos públicos, com crescimento modesto da produtividade;

Aumento do Custo Brasil: logística, energia e estrutura tributária;

Redução da eficiência do setor público e ausência de reformas; e

Regulação inadequada.

Consequência: O País vem perdendo competitividade.

A partir de uma análise e objetiva deste diagnóstico, podemos dividir as tendências nacionais

em dois blocos:

Curto prazo:

Retomada do Equilíbrio Macroeconômico, com a reorganização das contas públicas, sem

comprometimento dos gastos sociais.

Longo prazo:

Economia - Tendência de reconcentração econômica no Sudeste do País (projeções de

investimentos em infraestrutura, expansão produtiva e gastos em ciência e tecnologia

mostram essa tendência);

Mercado de trabalho - Manutenção da política de valorização do salário mínimo e ampliação

a níveis de produtividade média do trabalho. Continuidade do processo de formalização da

economia;

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Comércio interno - Ampliação dos fluxos comerciais inter-regionais, a partir da ampliação da

modernização da malha ferroviária e rodoviária, e do próprio dinamismo das macrorregiões

do País;

Desenvolvimento social - Maiores reduções nos índices de pobreza e desigualdade e

ampliação das melhorias no padrão de educação e serviços de saúde;

Infraestrutura - Novo padrão de financiamento, com maior presença do setor privado

(concessões públicas, contratos de PPPs e investimento direto), principalmente nas áreas de

infraestrutura viária e hídrica;

Ciência e tecnologia - Tendência de se ampliar o nível de inovação tecnológica nas empresas

e de maior articulação entre o sistema de CT&I e sistema produtivo. Aumento, também, das

tecnologias voltadas para a inclusão produtiva;

Setor rural - Maior apoio à agricultura familiar e fortalecimento do agronegócio voltado para a

produção de grãos e minérios, com redução dos entraves infraestruturais;

Território - Fortalecimento da rede urbana, com o maior dinamismo das cidades médias,

especialmente no interior do País, com impactos na organização dos espaços rurais, que se

diversificam e ampliam as relações cidade-campo;

Centros urbanos - Fragilidades nas estruturas de serviços de uso coletivo e deficiências na

mobilidade. Nos municípios menores, devem se agudizar os problemas de gestão e

financiamento;

Demografia - Mudança na estrutura etária da população vai influenciar no padrão de consumo

(nova classe média, aumento da renda, maior nível de exigência por serviços públicos

acessíveis e de qualidade). Já o envelhecimento, vai exigir políticas sociais específicas para

esse novo estrato social; e

Meio ambiente - Avanço das mudanças climáticas, com risco de ampliação da desertificação

e ocorrência de eventos extremos, como enchentes. Avanço do aparato institucional e reforço

das políticas públicas voltadas para a conservação e fiscalização ambiental.

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Tendências regionais

Quanto à Região Nordeste, podemos afirmar que em uma dinâmica recente, houve um

padrão de desenvolvimento centrado na relação de dependência e complementaridade em relação ao

Sudeste. Em um contexto de integração nacional, podemos observar algumas características:

Região cresce via estímulos do resto do país;

Indústria incentivada é extrarregional;

Relevância das fontes públicas para financiamento do investimento privado (BNDES, FNE,

FNDE, incentivos fiscais, etc);

Estado tem um papel relevante no crescimento regional; e

Tímida inserção internacional do Nordeste – débil base exportadora.

Nesta perspectiva, inferimos que a dinâmica da Região Nordeste está muito associada ao

desempenho do resto do país. A partir disso, apresentamos as tendências no âmbito regional, que

exercem uma influência muito forte no âmbito estadual:

Crescimento econômico - Ritmo superior ao da economia nacional, por conta da entrada em

operação de diversos empreendimentos, continuidade da atração de novos investimentos,

conclusão de grandes obras de infraestrutura e ampliação do poder de compra das camadas

mais pobres da população. Há, ainda, uma tendência de concentração produtiva no litoral;

Agropecuária - Expansão das lavouras cultivas com alta produtividade nos Cerrados e no

Semiárido. Na agropecuária de pequeno porte, a produção orgânica e agroecológica se

expandirá e serão ampliados os programas de convivência com a seca;

Indústria - Modificação na estrutura produtiva regional, com a entrada em operação de

grandes e renovados empreendimentos em locais como Camaçari (BA), Pecém (CE), Suape

e Goiana (PE). Elevação da produtividade, com a realização de empreendimentos

estruturadores nas áreas de Petróleo e Gás, Automobilística e Siderurgia;

Serviços - Consolidação das atividades relacionadas com a tecnologia da informação e

comunicação e à economia criativa, ao mesmo tempo em que se verificará a redução do peso

da informalidade na composição do produto setorial regional. Os serviços especializados

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voltados para a produção, como logística, assistência técnica, advocacia, engenharia,

arquitetura e serviços de saúde e educação, ganharão importância relativa e tenderão a se

localizar também no interior;

Comércio interno - Continuação do déficit nas relações interestaduais de comércio, devido à

sustentação do ritmo de crescimento regional em patamar superior ao nacional e

consequente avanço das importações de consumo (duráveis e não duráveis) das regiões

mais industrializadas do País;

Comércio externo - Ampliação da corrente de comércio, com crescimento das importações,

sobretudo de insumos industriais e bens e capital, bem como ampliação das exportações,

cuja pauta se diversificará em virtude da incorporação de produtos petroquímicos,

farmoquímicos e automotivos;

Infraestrutura - Ampliação da infraestrutura regional, a partir da conclusão da ferrovia

transnordestina e da interligação do São Francisco às bacias do Nordeste Setentrional. Ao

mesmo tempo haverá melhoria da infraestrutura ferroviária com a entrada em operação de

obras como a Ferrovia Oeste Leste (FOL), Ferrovia Nova Transnordestina (FNT) e Ferrovia

Norte Sul (FNS). Por outro lado, persistirão os gargalos no sistema rodoviário regional, por

conta da precariedade das estradas federais e estaduais e das dificuldades do setor público

para expandir e gerenciar a oferta existente;

Energia - Ampliação da participação da energia eólica na matriz de oferta regional de energia.

A Região também deverá participar da tendência à crescente presença da geração de

energia solar; e

Demografia - Tendência de envelhecimento da população, o que vai exigir o fortalecimento

das políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência e previdência social.

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O CEARÁ DO FUTURO

UM ESTADO COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Para a construção das Diretrizes Estratégicas que orientarão a elaboração dos programas

contidos no PPA 2016-2019, levamos em consideração não só esses elementos mais estratégicos,

componentes dos cenários externos, apresentados no capítulo anterior, os quais influenciam a

consecução de nossa visão de futuro, como também, e de forma principal, o modelo de gestão

pública que se orienta pelo alcance de resultados, o qual direciona tanto as atividades de

planejamento, quanto as de implementação das políticas públicas.

Além da observação destes elementos mencionados, nos pautamos, sobretudo, em dois

documentos que apresentaram uma coerência, mesmo tendo sido produzidos em momentos bem

distintos:

Relatório final de consolidação dos resultados da primeira Conferência do Fórum Ceará –

Ideias para um futuro melhor, elaborado em agosto de 2007; e

Documento de proposta-base do Plano de Governo, construído de forma democrática, fruto

de um amplo diálogo com os mais diversos agentes de transformação do Estado, nos

diversos encontros realizados durante a campanha para eleição de governador ocorrida em

2014, intitulado “Os 7 Cearás”.

A Conferência de Busca de Futuro

A Conferência do Fórum Ceará aconteceu nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho de 2007

em Beberibe. Na ocasião, cerca de 360 lideranças representativas de todos os segmentos da

sociedade cearense apontaram qual a visão de futuro que desejam para o Ceará, através de

discussões em grupos, a partir das seguintes premissas:

Como chegamos até aqui;

O que hoje nos impacta;

Foco no futuro; e

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24

Construindo a visão de futuro.

As lideranças representativas cearense foram segmentadas de acordo as diversas áreas de

interesse, tais como: agricultura, ciência e tecnologia, comércio, cultura, desenvolvimento regional,

meio ambiente, educação, emprego e renda, esporte e juventude, fomento e desenvolvimento,

jurídico, movimento social, saúde, segurança, serviços e turismo.

A metodologia do evento previa discussões em grupos heterogêneos para apontar os eventos

mais relevantes nas últimas seis décadas e a união de todas as lembranças gerou uma linha do

tempo, ou seja, foi feita uma reflexão sobre os fatos marcantes e as realizações ocorridas durante a

história recente do Ceará, quais as lições aprendidas e quais as competências essenciais, valores,

princípios e processos que propiciaram as realizações de sucesso no Estado.

Depois, ainda em grupos heterogêneos, os grupos iniciam as atividades analisando a linha do

tempo para definir quais são as vocações e as competências do Estado, refletindo sobre as

tendências para os próximos anos que afetam o desenvolvimento sustentável do Estado. A união das

tendências de todos os grupos formou a teia de tendências.

Em seguida, em grupos homogêneos, foram priorizadas as tendências mais relevantes de

acordo com a sua área de interesse e discutida a atuação de cada um para o desenvolvimento do

Estado. Nessa discussão sobre o futuro, foram debatidos e trabalhados pontos fundamentais para a

construção de um cenário ideal, considerando os principais desafios que precisam ser superados.

A construção da visão de futuro foi feita através de um exercício coletivo que contemplou uma

abrangente visão do Estado em 2027 através da escolha de manchetes de jornal que os participantes

gostariam de ver publicadas dentro de 20 anos, ou seja: quais os sonhos que deverão se tornar

realidade através do Fórum Ceará.

Por fim, os grupos analisaram e determinaram os pilares estratégicos para alcançar o futuro

citado nas manchetes, quais serão os desafios a serem superados e as metas a serem alcançadas.

Após todos os grupos terem determinado os desafios, eles apontaram as prioridades.

Visando disponibilizar meios para que as estratégias propostas na Conferência fossem

implementadas, foi utilizada a metodologia do Balanced Scorecard – BSC, para traduzir as

estratégias em desafios balanceados, mostrando de forma simples e sintética os caminhos para o

alcance da Visão de Futuro do Ceará 2027, os quais foram organizados num Mapa Estratégico, que

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25

contempla: componentes, as perspectivas, os desafios, os indicadores, as metas e os projetos. A

figura 5 apresenta o Mapa Estratégico do Ceará 2027.

Figura 5

Considerando os eventos relevantes registrados nos últimos oito anos que promoveram alterações

nos cenários global, nacional e regional e que impactaram o desempenho socioeconômico do Ceará,

faz-se necessário a atualização deste Planejamento Estratégico, agora com um marco temporal para

2035.

Page 26: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

26

Os macrodesafios para o Estado

Baseando-se nos cenários apresentados e nos desafios apontados por ocasião da

construção do Planejamento Estratégico do Estado para o ano de 2027, podemos concluir que os

cinco principais desafios para a concretização da visão do Ceará, como um Estado com

Desenvolvimento Sustentável, são:

Garantir maior equidade social e regional;

Construir uma cultura de paz e qualidade de vida;

Gerar mais emprego, trabalho emancipado, renda e riqueza;

Recuperar e usar com sabedoria o nosso meio ambiente, preservando-o para as futuras

gerações; e

Promover o crescimento econômico com desenvolvimento territorial.

Os Cearás do futuro

Considerando a complexidade da missão de fazer avançar o processo de desenvolvimento do

Ceará, de modo a torná-lo um Estado onde há equidade social e regional, com crescimento

econômico, que se pauta pelo desenvolvimento territorial, refletindo na geração de emprego, trabalho

emancipado, renda e riqueza e proporcionando uma cultura de paz e qualidade de vida, e tendo

como balizador o Modelo de Gestão Pública por Resultados, optou-se por pensar o desenvolvimento

do Estado do Ceará, de forma integrada e intersetorial.

E tal pensamento se concretiza na medida em que as políticas públicas, e consequentemente

os respectivos processos de planejamento e gestão, foram organizadas em sete grandes

perspectivas, as quais representam cada um dos sete Cearás do futuro:

Ceará da Gestão Democrática por Resultados

Ceará Acolhedor

Ceará de Oportunidades

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Ceará Sustentável

Ceará do Conhecimento

Ceará Saudável

Ceará Pacífico

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PLANO PLURIANUAL

PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL DE MÉDIO PRAZO

O Plano Plurianual – PPA é o documento que expressa o planejamento do governo para um

período de quatro anos, abrangendo o segundo, terceiro e quarto anos do mandato do governante

eleito e o primeiro ano do governo seguinte para garantir a continuidade de ações de um governo

para o outro.

Este importante instrumento legal de planejamento da ação governamental é orientado

levando em consideração as seguintes premissas:

Gestão Pública por Resultados - executando políticas e programas, privilegiando o foco em

resultados, em detrimento da ótica centrada exclusivamente no gasto, priorizando ações e

contemplando o senso distributivo na alocação dos recursos públicos;

Participação cidadã - promovendo a interação entre o Estado e o cidadão, com vistas à

efetividade das políticas públicas, em um processo de planejamento participativo que

extrapola as propostas de campanha;

Promoção do desenvolvimento territorial - equilibrando a dimensão territorial, superando

os desafios e potencializando oportunidades regionais; e

Intersetorialidade - para a implementação de políticas setoriais articuladas, centradas em

territórios, trazendo ganhos para a população, para a organização logística das ações

definidas, superando a fragmentação das políticas públicas.

Partindo dessas premissas, o PPA deve demonstrar todas as ações de forma coordenada e

conter a delimitação e a enunciação das diretrizes genéricas e abrangentes, destacando-se os

seguintes objetivos:

Melhorar o desempenho gerencial da administração pública, tendo como elemento básico

uma gestão pública baseada em resultados;

Organizar em programas todas as propostas do Governo que resultem em bens ou serviços

para atendimento das demandas da sociedade;

Page 30: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

30

Dar maior transparência à aplicação dos recursos públicos e aos resultados obtidos;

Explicitar a distribuição regional das entregas e gastos do Governo;

Assegurar que os programas estejam alinhados com a orientação estratégica do Governo e

compatíveis com a previsão de disponibilidade de recursos;

Permitir, por meio dos orçamentos anuais, a alocação de recursos compatível com os

objetivos e iniciativas estabelecidas no Plano e com o desempenho obtido na execução dos

programas; e

Estimular as parcerias para diversificar as fontes e alavancar os recursos necessários aos

programas, com vistas a ampliar seus resultados.

O PPA 2016–2019, que deve ser encaminhado como projeto de lei à Assembleia Legislativa

até 30 de setembro de 2015, pelo Chefe do Poder Executivo, estrutura-se em três dimensões:

Estratégica, Tática e Operacional, conforme ilustrado na Figura 6.

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31

Figura 6

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OS 7 CEARÁS

ESTRATÉGIAS, RESULTADOS E INDICADORES

Durante a campanha eleitoral, centrada no diálogo e na participação da sociedade, foram

realizados inúmeros eventos nos quais se apresentaram propostas de ação para o novo governo e

pactuadas as grandes metas a serem alcançadas. Desta forma, foi elaborado o documento “Os 7

Cearás – Propostas para o Plano de Governo”

Como mencionado anteriormente, estes 7 Cearás, ou eixos de atuação, representam as sete

perspectivas, integradas e articuladas, de forma sistêmica, identificadas para atender à complexidade

da missão de tornar o Ceará um estado cada vez mais desenvolvido e socialmente justo.

A partir da análise dos diversos elementos instrumentais apresentados anteriormente,

apresentamos, a seguir, a descrição de cada um desses 7 Cearás, com suas estratégias de atuação,

a proposta de resultados esperados ao final do período de 4 anos, os indicadores que serão

utilizados para medir o desempenho da ação do governo, bem como os temas e resultados

relacionados à cada um dos 7 Cearás, com as respectivas setoriais envolvidas.

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Finalidade

O eixo “Ceará da Gestão Democrática por Resultados” pauta-se na continuidade do

crescimento econômico, no equilíbrio fiscal e na redução das persistentes desigualdades, por meio de

um planejamento estratégico, inclusivo e participativo, e na contratualização de resultados, traduzidos

em indicadores, respondendo às múltiplas demandas dos cidadãos, buscando o aperfeiçoamento

institucional, a intersetorialidade e o desenvolvimento regional sustentável.

Contextualização

Ameaça da queda dos repasses federais aos estados (FPE) devido ao cenário

macroeconômico;

Aumento, nos últimos anos, da cobertura de serviços públicos com comprometimento

orçamentário e do modelo gestão;

O PIB cearense vem apresentando uma taxa de crescimento superior a nacional, alcançando

4% em 2014; e

Apesar da queda significativa da extrema pobreza ainda persiste um alto grau de

dependência do Programa Bolsa Família (PBF), onde 1.090.583 famílias no Ceará receberam

PBF em fev 2015.

Estratégias

Buscar o aperfeiçoamento institucional para alcançar a efetividade e eficiência das ações

governamentais;

Adotar uma visão intersetorial para a elaboração das políticas públicas;

Desenvolver uma cultura de planejamento participativo de forma descentralizada, que

fortaleça as identidades regionais; e

Ampliar a transparência, a participação e o controle social das ações de Governo.

1. CEARÁ DA GESTÃO DEMOCRÁTICA POR RESULTADOS

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35

Resultado Estratégico

Necessidades dos cidadãos atendidas por serviços públicos estaduais eficientes.

Indicadores Estratégicos 2007 – 2014

Indicadores Estratégicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Custeio finalístico/Despesa Total (%) … (1) 20,9 18,9 19,5 19,3 18,0 17,6 17,9

Investimento/Receita Corrente Líquida (%) 8,9 13,4 23,3 32,4 23,6 17,0 16,7 23,8

Despesa de Pessoal do Poder Executivo /Receita Corrente Líquida (%)

39,85 38,18 40,80 40,94 39,96 41,97 43,53 ...

Nível de endividamento (Dívida Consolidada Líquida/Receita Corrente Líquida)

0,38 0,24 0,17 0,28 0,29 0,28 0,29 0,31

Nível de satisfação sobre os serviços prestados (PROPOSTA)

Fontes: SEPLAG/SEFAZ/CGE

(1) Em 2007 era adotada outra metodologia de cálculo

Temas Estratégicos

Tema 1 – Planejamento e Gestão

Secretarias envolvidas – Secretaria do Planejamento e Gestão – Seplag, Casa Civil, Casa

Militar, Gabinete do Governador – Gabgov, Gabinete da Vice-governadoria – Gabvice,

Procuradoria Geral do Estado – PGE, Secretaria das Relações Institucionais – SRI

Resultado temático – Administração Pública aperfeiçoada

Tema 2 – Gestão Fiscal

Secretaria envolvida – Secretaria da Fazenda – Sefaz

Resultado temático – Equilíbrio Financeiro Fiscal e Orçamentário garantido

Tema 3 – Controle e Transparência

Secretaria envolvida – Controladoria e Ouvidoria-Geral do Estado – CGE

Resultado temático – Serviços públicos prestados com qualidade e participação efetiva do

cidadão.

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Finalidade

O eixo “Ceará Acolhedor” pauta-se na inclusão social dos segmentos vulneráveis, no

respeito à pluralidade e à liberdade de escolhas dos indivíduos e na garantia dos direitos humanos,

proporcionando ao cidadão uma vivência e uma convivência pessoal, familiar e comunitária segura,

inclusiva e garantidora de direitos sociais.

Contextualização

Razão entre a renda média dos 10% mais ricos e os 50% mais pobres do Ceará em 2013 é

de 11,6%;

8º maior percentual comparativo aos demais Estados brasileiros e o 5º maior da região

Nordeste de domicílios particulares com algum tipo de insegurança alimentar;

Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social - MDS, no Ceará mais de 142 mil pessoas

deficientes são beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada - BPC (dados de

dezembro/2014); e

Mais de 87 mil idosos no Ceará são beneficiários do BPC (MDS - dezembro/2014).

Estratégias

Realizar parcerias com os governos municipais e federal, com as entidades de categorias

profissionais, organizações e diversos segmentos para definição das políticas;

Proporcionar aos segmentos mais vulneráveis uma vivência e uma convivência pessoal,

familiar e comunitária segura, inclusiva e garantidora de direitos sociais;

Desenvolver políticas focadas na transversalidade com os demais eixos das diretrizes do

Governo, no tratamento de temas como crianças e adolescentes, juventude, mulheres,

igualdade etnicorracial, pessoa idosa, pessoa com deficiência, população LGBT e direitos

humanos; e

2. CEARÁ ACOLHEDOR

Page 37: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

37

Garantir qualidade nutricional de alimentos nas escolas e unidades prisionais como forma de

prevenir doenças futuras.

Resultado Estratégico

Inclusão social e direitos humanos assegurados para os segmentos vulneráveis da população cearense.

Indicadores Estratégicos 2007 – 2014

Indicadores Estratégicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Percentual de pobres (<1/2 sal. min. per capita) (1) (2)

52,7 50,9 51,5 ... 49,4 46,7 46,9 ...

Défict Habitacional 13,7 11,7 13,0 ... 9,6 9,6 ... ...

Percentual de jovens de 15 a 24 anos que não estudam e não trabalham

(1) (3)

21,4 20,0 19,6 ... 21,5 20,4 24,6 ...

Gravidez precoce entre jovens de 15 a 19 anos (%) (PROPOSTA)

Fontes: IBGE/STDS (1) Não são apresentados dados para o ano de 2010 para os indicadores desse Resultado Estratégico por ser ano de Censo e,

portanto, não ser comparável com a série histórica da PNAD; (2) Percentuais calculados com base na renda nominal e os valores do salário mínimo de cada ano (3) Foram considerados os jovens que não estudam e não estão ocupados (desocupados e não economicamente ativos)

Temas Estratégicos

Tema 1 – Assistência Social

Secretaria envolvida – Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

Resultado temático – Cenário de vulnerabilidade e risco pessoal, familiar, comunitário e

social superado

Tema 2 – Habitação

Secretarias envolvidas – Secretaria das Cidades – Cidades

Resultado temático – Moradias dignas ofertadas à população vulnerável

Tema 3 – Inclusão Social e Direitos Humanos

Page 38: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

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Secretarias envolvidas – Gabinete do Governado - Gabgov, STDS, Secretaria da Justiça –

Sejus, Defensoria Pública Geral do Estado – DPGE e SDA

Resultado temático – Mecanismos eficientes para inclusão social e direitos humanos

garantidos para a população

Tema 4 – Segurança Alimentar e Nutricional

Secretarias envolvidas – STDS, SDA e Secretaria da Saúde – Sesa

Resultado temático – Acesso aos alimentos de qualidade, suficiente e permanentemente

garantido.

Page 39: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

39

Finalidade

As estratégias do “Ceará de Oportunidades” buscam definir o modelo da base econômica de

sustentação do desenvolvimento do Ceará, contribuindo para a superação dos macrodesafios

existentes no sentido de promover o crescimento econômico com desenvolvimento territorial e gerar

mais emprego, trabalho emancipado, renda e riqueza. Assim, será possível ampliar a inserção do

Ceará na economia nacional e global além de promover uma melhoria das condições de vida da

população cearense.

Contextualização

Do total de emprego formal gerado no Ceará, 68,1% é na RMF (RAIS 2013), sendo 53,9 em

Fortaleza;

70,1% dos cearenses com emprego formal ganham até dois salários mínimos (RAIS 2013);

18,7% dos empregos formais têm ensino superior completo (RAIS 2013) e dos que tem superior

completo 3,7 % mestrado e 0,6% tem doutorado; e

Em 2013 no Ceará a proporção da renda acumulada do 1% mais rico da população foi de 12,2%

enquanto dos 50% mais pobres foi de 17,3% (PNAD, IBGE).

Estratégias

Promover o crescimento econômico e garantir maior equidade regional no contexto do

desenvolvimento estadual;

Estimular um maior dinamismo da economia cearense que permita ampliar a

representatividade do PIB estadual no PIB nacional;

Elevar a geração de emprego formal, com o incentivo às empresas;

Incrementar a promoção, a atração e a retenção de investimentos;

Atrair e estimular empresas nacionais e estrangeiras de perfil inovador;

3. CEARÁ DE OPORTUNIDADES

Page 40: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

40

Ampliar e diversificar a infraestrutura, proporcionando competitividade logística;

Conferir dinamismo e competitividade aos negócios nas diferentes regiões do Estado; e

Diversificar a base econômica e promover a sinergia entre os diversos setores produtivos.

Resultado Estratégico

Desenvolvimento econômico sustentável e competitivo alcançado em todo o território cearense

Indicadores Estratégicos 2007 – 2014

Indicadores Estratégicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Taxa de crescimento do PIB (%) 3,3 8,5 0,0 7,9 4,3 (1)

3,6 (1)

3,5 (1)

4,0 (1)

PIB per capita (R$) 6.170 7.112 7.687 9.217 10.180

(1) 11.078

(1) 12.045

(1) 13.231

(1)

Índice de Gini (2)

0,548 0,538 0,544 - 0,537 0,524 0,513 ...

Razão PIB Interior/RMF (3)

0,54 0,54 0,53 0,52 0,53 0,51 ... ...

Razão de empregos formais do Interior/ RMF (3) 0,51 0,47 0,47 0,44 0,45 0,44 ... ...

Participação do Ceará nas exportações brasileiras (PROPOSTA)

Razão entre a renda domiciliar per capita rural e a renda domiciliar per capita total (PROPOSTA)

Fontes: IPECE/IBGE/MDIC

(1) Previsão sujeita a retificação.

(2) Não são apresentados dados para o ano de 2010 para os indicadores desse Resultado Estratégico por ser ano de Censo e, portanto, não ser comparável com a série histórica da PNAD. (3) Foi considerado Interior, o total do Estado menos o valor da RMF.

Temas Estratégicos

Tema 1 – Agropecuária

Secretarias envolvidas – Secretaria do Desenvolvimento Agrário - SDA, Secretaria da

Agricultura, Pesca e Aquicultura – Seapa e Secretaria do Desenvolvimento Econômico – SDE

Resultado temático – Economia do setor primário fortalecida e diversificada

Page 41: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

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Tema 2 – Indústria e Serviços

Secretaria envolvida – SDE

Resultado temático – Economia dos setores secundário e terciário fortalecida e diversificada

Tema 3 – Infraestrutura e Mobilidade

Secretarias envolvidas – Secretaria da Infraestrutura – Seinfra e Secretaria das Cidades -

Cidades

Resultado temático – Infraestrutura estratégica assegurada para o desenvolvimento

sustentável

Tema 4 – Turismo

Secretaria envolvida – Secretaria do Turismo – Setur

Resultado temático – Destino turístico consolidado

Tema 5 – Trabalho e Empreendorismo

Secretarias envolvidas – SDE e STDS

Resultado temático – Novas oportunidades de inserção produtiva criadas

Page 42: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

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Finalidade

Como o Ceará possui 86,8% de sua área inserida na região do Semiárido Brasileiro,

significando em um quadro onde as secas são prolongadas e afetam dramaticamente toda a

população, é primordial que sejam adotadas medidas para minimizar os impactos deste fenômeno.

Por outro lado, deve-se considerar as múltiplas alternativas e estratégias possíveis para que o acesso

aos recursos naturais e bens básicos sejam garantidos às pessoas que poderão utilizar-se dos

consideráveis potenciais do Bioma Caatinga.

Contextualização

O Estado do Ceará sofre, desde 2012, um dos períodos de seca mais severa de sua história.

Além do fato de a precipitação em cada um desses anos ter sido inferior à média histórica, os

efeitos da escassez estão sendo bastante agravados pelo fato de terem ocorrido em anos

subsequentes.

Estratégias

Fortalecer as políticas públicas de convivência com o Semiárido utilizando-se dos

consideráveis potenciais do Bioma Caatinga;

Desenvolver políticas coordenadas de Convivência com o Semiárido dentro de uma visão

integrada e intersetorial;

Implementar uma visão sistêmica e integrada de gestão dos recursos hídricos tanto do lado

da oferta quanto da demanda;

Adotar a concepção de que o meio ambiente sustentável deve garantir alternativas

socioeconômicas de seu uso para melhoria das condições de vida de toda sociedade;

Articular a política ambiental do Estado aos territórios, por meio dos Comitês de Bacias

Hidrográficas;

4. CEARÁ SUSTENTÁVEL

Page 43: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

43

Avançar nas políticas de conservação, em especial, no que se refere ao fortalecimento do

Sistema Estadual de Unidades de Conservação, apoiando-se nas diretrizes internacionais de

proteção;

Promover medidas e incentivos para promoção da inovação ambiental para evitar os efeitos

desastrosos das mudanças climáticas; e

Tratar adequadamente os resíduos sólidos.

Resultado Estratégico

Meio ambiente preservado e com utilização racional dos recursos naturais

Indicadores Estratégicos 2007 – 2014

Indicadores Estratégicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Proporção de domicílios com coleta adequada do lixo

(1) (2)

74,69 76,41 77,70 ... 75,40 75,68 76,73 ...

Índice de qualidade da água bruta (IQA) 70,80 77,90 89,84 85,54 87,79 83,74 84,37 81,81

Média de eficiência no faturamento da água bruta (%)

(3) ... ... ... 27,00 35,54 39,48 43,19 44,59

Índice de balneabilidade das praias 58,37 67,77 63,42 74,95 59,97 71,14 75,95 ...

Participação das energias alternativas na matriz energética do Ceará (%) (PROPOSTA)

Proporção entre demanda e disponibilidade hídrica superficial (PROPOSTA)

Fontes: SRH/IBGE/CIDADES/SEMA

(1) Não são apresentados dados para o ano de 2010 para os indicadores desse Resultado Estratégico por ser ano de Censo e, portanto, não ser comparável com a série histórica da PNAD

(2) Quando o lixo é coletado por serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que atende ao logradouro em que se situa o domicilio, ou feita indiretamente de caçamba, tanque ou depósito de serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que posteriormente o recolhe.

(3) Média do volume total de água faturada em relação ao volume total de água liberada.

Temas Estratégicos

Tema 1 – Recursos Hídricos

Secretarias envolvidas – Secretaria dos Recursos Hídricos – SRH

Resultado temático – Abastecimento de água com qualidade garantido para todo o Estado

Page 44: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

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Tema 2 – Meio Ambiente

Secretarias envolvidas – Secretaria do Meio Ambiente – Sema, Cidades e SDA

Resultado temático – Recursos ambientais com utilização racionalizada

Tema 3 – Energias

Secretarias envolvidas – Seinfra e SDE

Resultado temático – Matriz energética diversificada e oferta de energia ampliada

Page 45: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

45

Finalidade

O conhecimento deve ser reconhecido como o fator mais importante na determinação do

desenvolvimento de uma sociedade, ou seja, o crescimento da riqueza associado à redução das

desigualdades. Assim, a atuação governamental será direcionada para a construção de um Ceará

mais rico e justo, iniciando por uma educação de qualidade que propiciará a formação de um capital

humano preparado para uma economia competitiva, diversificada e voltada para as vocações

regionais.

Contextualização

Segundo os dados da PNAD 2013, apenas 7,6% da população – de 25 anos ou mais possui

nível superior completo; e

A taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais ainda é muito alta: 16,7%.

Estratégias

Fortalecer a educação e a capacitação do povo cearense, em todos os níveis de

conhecimento, lançando as bases para a construção de uma sociedade do conhecimento no

Ceará, propiciando as condições para a produção de riquezas e sua distribuição;

Consolidar a rede pública de ensino como um sistema inclusivo de alto desempenho;

Expandir o atendimento à demanda por educação profissional integrada, articulando a

educação profissional e ensino técnico, ampliando e fortalecendo parcerias com o setor

produtivo na consolidação da educação profissional do Ceará;

Integrar a política cultural do Estado ao processo de desenvolvimento local (econômico e

social), aliando cultura e inclusão social através da cidadania cultural;

Estabelecer um modelo de financiamento da cultura que combine a dinâmica do setor privado

para as chamadas Indústrias Culturais; e

Estimular inovações em cultura e tecnologia.

5. CEARÁ DO CONHECIMENTO

Page 46: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

46

Resultado Estratégico

População com formação integral e de qualidade

Indicadores Estratégicos 2007 – 2014

Indicadores Estratégicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) da Rede Estadual do Ensino Médio

(1)

3,1 - 3,4 - 3,4 - 3,3 -

Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos e mais de idade (%)

(2)

19,0 18,9 18,4 ... 16,5 16,3 16,7 ...

Escolaridade média das pessoas de 15 anos e mais de idade

(2) (3)

6,3 6,4 6,5 ... 6,7 6,8 7,0 ...

Percentual de egressos de ensino profissionalizante inserido no setor produtivo (PROPOSTA)

Percentual de graduados absorvidos pelo setor produtivo (PROPOSTA)

Fontes: SEDUC/SECITECE/IBGE

(1) O Índice de Desenvolvimento Educação Básica – IDEB considera direta e conjuntamente dois fatores que interferem na

qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho; realizado em anos ímpares; (2) Não são apresentados dados para o ano de 2010 para os indicadores desse Resultado Estratégico por ser ano de Censo e, portanto, não ser comparável com a série histórica da PNAD;

(3) Número médio de anos de estudo das pessoas de quinze anos ou mais.

Temas Estratégicos

Tema 1 – Educação Básica

Secretarias envolvidas – Secretaria da Educação – Seduc e Conselho Estadual de

Educação – CEE

Resultado temático – Educação Básica universal e de qualidade assegurada

Tema 2 – Educação Profissional

Secretarias envolvidas – Secretaria da Educação - Seduc, Secretaria da Ciência,

Tecnologia e Educação Superior – Secitece

Resultado temático – Educação técnico-profissional de jovens e adultos consolidada e

integrada ao setor produtivo

Tema 3 – Ensino Superior

Page 47: Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 - Diretrizes estratégicas

47

Secretaria envolvida – Secitece

Resultado temático – Capital humano com nível educacional ampliado e articulado ao setor

produtivo

Tema 3 – Ciência, Tecnologia e Inovação

Secretarias envolvidas – Secitece e Seplag

Resultado temático – Atividades econômicas aprimoradas e competitivas respeitando as

vocações locais

Tema 4 – Cultura

Secretarias envolvidas – Secretaria da Cultura – Secult e Casa Civil

Resultado temático – Cultura cearense valorizada em sua transversalidade e diversidade

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Finalidade

Considerando que estar saudável é um conceito abrangente e dinâmico, impactado por

elementos culturais, econômicos, sociais e ambientais, adotamos como premissa básica para a

construção de um Ceará Saudável uma maior sinergia das políticas relacionadas aos aspectos que

favoreçam uma vida saudável. Desta forma, buscaremos alcançar a reorientação do modelo de

atenção à saúde, uma expansão dos serviços de saneamento básico e a promoção do esporte como

complemento para a melhoria da qualidade de vida da população.

Contextualização

Apenas 37,8% domicílios particulares e permanentes no Ceará tem acesso à rede de coleta

de esgoto;

Em 2013 o Ceará se posicionou, em termos absolutos, entre as unidades da federação com

as maiores incidências de doenças crônicas (hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto e

doenças no coração) dentre a população com 18 anos ou mais (PNS- IBGE, 2013).

Estratégias

Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio das Regiões de Saúde e avançar na

implantação de Redes de Atenção à Saúde, garantindo a integralidade e uma atenção

humanizada;

Promover a melhoria da gestão para assegurar o funcionamento pleno dos serviços, além de

consolidar ações nas áreas específicas;

Reduzir as disparidades regionais no atendimento em saúde;

Fortalecer a rede integrada de projetos esportivos e de lazer;

Produzir a expansão da rede de saneamento básico para a população de baixa renda; e

Estimular maior cuidado do cidadão com a própria saúde.

6. CEARÁ SAUDÁVEL

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Resultado Estratégico

População com condição de vida mais saudável

Indicadores Estratégicos 2007 – 2014

Indicadores Estratégicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos

16,1 15,7 15,5 13,1 13,6 12,8 12,6(1)

12,4(1)

Razão da mortalidade materna (óbitos maternos por 100 mil NV)

71,7 70,9 74,6 79,2 67,6 90,6 94,3(1)

70,6(1)

Expectativa de vida ao nascer de ambos os sexos (anos)

71,6 71,9 72,1 72,4 72,7 72,9 73,2 ...

Proporção de domicílios com rede geral de abastecimento de água adequado (%)

(2) (3)

78,9 80,9 81,9 ... 78,0 78,2 77,3 ...

Proporção de domicílio com saneamento básico adequado (%)

(2) (4)

50,0 51,9 45,0 ... 53,7 52,9 49,1 ...

Fontes: MS(SIM; SINASC)/IBGE

(1) Dados parciais (2) Não são apresentados dados para o ano de 2010 para os indicadores desse Resultado Estratégico por ser ano de Censo e, portanto, não ser comparável com a série histórica da PNAD;

(3) Domicílios com água proveniente da rede geral de distribuição. (4) Domicílios com banheiro exclusivo com fossa séptica e/ou ligados à rede coletora.

Temas Estratégicos

Tema 1 – Saúde

Secretarias envolvidas – Sesa e Seplag

Resultado temático – Acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de Saúde

Tema 2 – Esporte e Lazer

Secretarias envolvidas – Secretaria do Esporte – Sesporte

Resultado temático – Acesso ao esporte e lazer ampliado

Tema 3 – Saneamento Básico

Secretarias envolvidas – Cidades

Resultado temático – Saneamento Básico expandido e garantido com qualidade

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Finalidade

A sociedade cearense tem direito à proteção, amparo, defesa e acesso à justiça para usufruir,

de forma ampla e igualitária, das conquistas coletivas e das ações do poder público. Desta forma, a

política de segurança implementada pelo Governo do estado será focada na humanização e

integração das polícias, que atuarão de forma preventiva e repressiva, reduzindo a vulnerabiliade

social.

Contextualização

Desde 2003, o estado vem passando pelo processo de crescimento da taxa de homicídios,

no Ceará superando, em 2009, a média nacional;

50% dos homicídios em 2011 foram na capital; e

A taxa de CVLI (Crimes Violentos Letais e Intencionais) chegou a 50,07%, em 2013.

Estratégias

Atuar de forma multissetorial e integrada com as três esferas de poder – Município, Estado e

União, com foco na redução da criminalidade e consumo e tráfico de drogas;

Prevenir a violência com articulação com as políticas municipais, fomentando a prestação de

serviços públicos para melhorar a qualidade de vida urbana;

Valorizar os profissionais da área de Segurança Pública; e

Integrar as áreas de risco à dinâmica das cidades.

Resultado Estratégico

População com segurança garantida

7. CEARÁ PACÍFICO

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Indicadores Estratégicos

2007 – 2014

Indicadores Estratégicos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 (1)

Taxa de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) por 100 mil/hab

... ... 26,49 33,18 32,88 43,33 50,07 49,26

Taxa de reincidência no crime ... ... 30,49 32,36 37,91 36,13 37,51 38,94

Tempo médio de resposta no atendimento de ocorrências policiais na RMF (min)

16,57 16,57 13,32 14,41 14,49 13,56 12,49 13,55

Taxa de crimes violentos contra o patrimônio (CVP) por 100 mil/hab (PROPOSTA)

Fonte: SSPDS (1) Dados sujeitos a retificação

Temas Estratégicos

Tema 1 – Segurança Pública

Secretarias envolvidas – Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social – SSPDS e

Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário

– CGD

Resultado temático – Violência reduzida a níveis aceitáveis

Tema 2 – Justiça e Cidadania

Secretaria envolvida – Sejus

Resultado temático – Sistema penal humanizado

Tema 3 – Políticas sobre Drogas

Secretaria envolvida – Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas - SPD

Resultado temático – Fatores de riscos minimizados e fatores de proteção ampliados

Tema 4 – Requalificação Urbana

Secretaria envolvida – Cidades

Resultado temático – Espaços urbanos requalificados e seguros

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FONTES DE PESQUISA

Os 7 Cearás – Propostas para o Plano de Governo

Relatório final do Fórum Ceará 2027

Fórum Dialoga Brasil – Interconselhos

Fortaleza 2040 – Iniciando o diálogo

Documento de Avaliação do Programa (Plan for Results – PforR) – Banco Mundial

Desafios da Gestão Estadual – Macroplan

Caderno de Indicadores de Minas Gerais

Pernambuco 2035

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Anuário Brasileiro de Segurança Pública – Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2014

Mapa da Violência – Waiselfisz, 2014

Plano Estadual de Convivência com a Seca – Ceará, 2015

Plano Estratégico Belo Horizonte

O Futuro do Estado em 2030 – KPMG, 2013

Matrizes da Gestão Púbica por Resultados do Estado do Ceará

Resultados e indicadores do Plano Plurianual 2012-2015

O desenvolvimento do Nordeste como projeto nacional – Unger, 2009.

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ANEXOS

Anexo 1: Matriz de Relacionamento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Eixos

Anexo 2: Matriz de Relacionamento Intersetorial dos 7 Cearás

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Anexo 1: Matriz de Relacionamento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Eixos

GESTÃO

DEMCRÁTICA POR

RESULTADOS

ACOLHEDOR OPORTUNIDADES SUSTENTÁVEL CONHECIMENTO SAUDÁVEL PACÍFICO

1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas em todos os lugares. X X

2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e nutrição adequada e a

agricultura sustentável.X X X

3. Alcançar saúde para todos em todas as idades. X

4. Fornecer educação equitativa, inclusiva de qualidade e oportunidade de

aprendizagem ao longo da vida.X

5. Atingir a igualdade de gênero e a autonomia para mulheres e meninas em todos

os lugares.X X

6. Garantir água limpa e saneamento para todos. X X

7. Garantir serviços de energia modernos, confiáveis, sustentáveis e a preços

acessíveis para todos.X

8. Promover o crescimento econômico forte, sustentável e inclusivo e trabalho

digno para todos.X

09. Promover a industrialização sustentável. X X

10. Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles.

11. Construir cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros e

sustentáveis.X X X

12. Promover padrões de produção e consumo sustentáveis. X X

13. Promover ações em todos os níveis para combater as mudanças climáticas. X X

14. Alcançar a conservação e o uso sustentável dos recursos marinhos. X X

15. Proteger e restaurar os ecossistemas terrestres e interromper toda a perda de

biodiversidade.X

16. Alcançar sociedades pacíficas e inclusivas, o Estado de direito, e instituições

eficazes e capazes.X X

17. Fortalecer e melhorar os meios de implementação [desses objetivos] e a

parceria global para o desenvolvimento sustentável. X

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

EIXOS - CEARÁS

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Anexo 2: Matriz de Relacionamento Intersetorial dos 7 Cearás