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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Período: 2014-2017

APROVADO NA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE REALIZADA EM 25/03/2014

ALBERTO PEREIRA MOURÃO Prefeito

FRANCISCO JAIMEZ GAGO Secretário de Saúde Pública

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Período: 2014-2017

COORDENAÇÃO GERAL: Cleber Suckow Nogueira Coordenador de Planejamento COORDENAÇÃO TÉCNICA Rodrigo França Gomes Subsecretário de Assuntos Técnicos Assistenciais ELABORAÇÃO: Equipe Técnica da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande SUPERVISÃO: Conselho Municipal de Saúde de Praia Grande

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

FRANCISCO JAIMEZ GAGO

Secretário de Saúde

JANAINA SHIRAISHI DE OLIVEIRA Chefe de Gabinete

RODRIGO FRANÇA GOMEZ

Subsecretário de Assuntos Técnicos Assistenciais

ADRIANO MAXIMIANO SOARES Subsecretário de Gestão de Meios

CARLA REGINA JARDIM ROCHA

Coordenadora de Gestão Orçamentária e Financeira

CLEBER SUCKOW NOGUEIRA Coordenador de Planejamento

LUCIA HELENA CORTE ALCÂNTARA

Chefe de Divisão de Elaboração de Projetos

AMANDA ANDRADE ARAUJO Coordenadora de Programa de Saúde

JAIME GOMES TRAVESSO

Chefe do Departamento de Administração

LUIZ CARLOS MARONO Chefe do Departamento de Vigilância em Saúde

MARIA CECÍLIA GULO CABRITA NOGUEIRA

Chefe do Departamento de Assistência à Saúde

FÁBIO JOSÉ PINHO CARDOSO Chefe do Departamento de Avaliação e Controle

NORMELIA CARVALHO LUZ

Chefe do Departamento de Manutenção

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AGRADECIMENTOS

À toda a equipe da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande e a todos os

conselheiros municipais de Saúde de Praia grande, pois sem a colaboração de

todos não seria possível a conclusão do presente Plano.

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

PERÍODO: 2014 - 2017

SUMÁRIO

CAPÍTULO I – ANÁLISE SITUACIONAL...................................................................................................... 7

1.1 Apresentação .................................................................................................................................................. 7

CAPÍTULO II – PERFIL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE ........................................................ 8

2.1 História ...................................................................................................................................................................... 8

2.2 Potencial Turístico ............................................................................................................................................... 10

2.3 Inserção Regional ............................................................................................................................................ 12

2.4 Aspectos Demográficos ................................................................................................................................. 15

2.5 Dinâmica Populacional ................................................................................................................................... 18

CAPÍTULO III – SITUAÇÃO EPID EMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO ....................................................................... 22

3.1- Saúde Materno Infantil ................................................................................................................................... 22

Distribuição dos NASCIDOS VIVOS em Praia Grande, conforme o Ano de nascimento: ......................... 23

Baixo Peso ao Nascer: ................................................................................................................................................ 23

Distribuição de casos de BAIXO PESO AO NASCER, de residentes em Praia Grande, segundo o ano de nascimento no período de 2000 a 2013. ........................................................................................................... 24

Prematuridade ao Nascer: ......................................................................................................................................... 24

Percentual de crianças com PREMATURIDADE AO NASCER de residentes em Praia Grande no período de 2000 a 2013: .............................................................................................................................................. 25

3.2- Saúde Da Mulher ............................................................................................................................................. 25

Pré-Natal ......................................................................................................................................................................... 28

Relatório Comparativo de Indicadores do Sisprenatal .................................................................................................... 28

3.3 - Mortalidade Infantil ........................................................................................................................................ 30

3.4- Mortalidade Geral ............................................................................................................................................ 32

3.5 Doenças de Notificação Compulsória ......................................................................................................... 35

3.6 Imunização ......................................................................................................................................................... 37

CAPÍTULO IV – SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE ............................................................................................... 38

4.1 Acesso as Ações e Serviços de Saúde ............................................................................................................ 38

4.2 Modelo de Atenção .............................................................................................................................................. 40

4.3 Atenção Primária em Saúde .............................................................................................................................. 41

4.3.1 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) ............................................................................................. 41

4.4 Acolhimento ........................................................................................................................................................... 42

4.5 Assistência Especializada .................................................................................................................................. 44

4.6 ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ............................................................................................................................. 45

4.7 Reestruturação da Rede Municipal de Saúde ............................................................................................... 48

4.7.1 Projetos para a Atenção Especializada ........................................................................................................ 48

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4.7.2 Projetos para a Atenção Básica .................................................................................................................... 49

4.8 Regulação e Informatização da Rede Municipal de Saúde ......................................................................... 50

4.8.1 Regulação do acesso aos serviços de saúde ............................................................................................. 50

4.8.2 O Complexo Regulador de Praia Grande ............................................................................................................... 57

4.8.3 Informatização do acesso ........................................................................................................................................ 73

CAPÍTULO V – CONTROLE SOCIAL ........................................................................................................................ 73

CAPÍTULO VI – DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES DE SAÚDE ....................................... 74

CAPÍTULO VII – GEORREFERENCIAMENTO ........................................................................................................ 82

CAPÍTULO VIII – ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA ............................................................................................... 85

CAPÍTULO IX – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA DE PRAIA GRANDE ......................................................................................................................................................................... 87

CAPÍTULO X – FINANCIAMENTO DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE ....................................................... 89

10.1 Recursos Financeiros para a Saúde no Município ..................................................................................... 89

10.2 Despesas, Receitas e Transferências ............................................................................................................ 89

10.3 Demonstrativo Orçamentário – Despesas com Saúde .............................................................................. 90

CAPÍTULO XI – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ........................................................................................ 94

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................................. 96

ANEXOS............................................................................................................................... Erro! Indicador não definido.

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CAPÍTULO I – ANÁLISE SITUACIONAL

1.1 Apresentação

É a decisão do gestor sobre quais ações de saúde deverá desenvolver,

que deve ser a percepção da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande e os

interesses da sociedade, motivada pela busca de soluções para os problemas de

uma população, e que deve resultar na implementação de um plano capaz de

promover uma nova situação em que haja melhor qualidade de vida, maiores

níveis de saúde e bem estar e apoio ao desenvolvimento social da população de

Praia Grande. O Plano Municipal de Saúde deverá ser apreciado e aprovado pelo

Conselho Municipal de Saúde (COMUSA), e é instrumento fundamental para a

gestão do SUS. É um instrumento que expressa as intenções do gestor do SUS,

e necessita de elementos básicos como:

1. Análise situacional, contemplando informações acerca das

respectivas condições socioeconômicas, epidemiológicas e de gestão do

Sistema:

Capacidade instalada;

Profissionais de saúde;

Recursos financeiros. 2. Objetivos, diretrizes, estratégias e metas pretendidas no período,

tanto em relação Atenção à Saúde propriamente dita, quanto a gestão do SUS:

Linhas de atenção a saúde;

Condições de saúde da população;

Setor saúde;

Gestão em saúde;

Investimento em saúde. Os objetivos a serem alcançados são os mesmos do Plano Plurianual.

3. Processo de monitoramento, avaliação e atualização periódica do

Plano.

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O Plano Municipal de SAÚDE – PMS de Praia Grande contemplará

diagnósticos, diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis de Atenção à

Saúde, incluindo modalidades de prevenção, procurando racionalizar e tornar

eficiente o uso de recursos estabelecendo prioridades nas políticas em saúde

visando atender às necessidades da população praia-grandense nos próximos

quatro anos.

A construção deste Plano Municipal de Saúde foi intensificada na 1ª

Oficina Municipal de Planejamento Estratégico em Saúde, realizada em 25 de

fevereiro de 2014. O evento contou com a participação de 30 funcionários da

Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande. Na ocasião os presentes tiveram a

oportunidade de conhecer todo o processo de elaboração de um Planejamento

Estratégico para o setor saúde e iniciaram a elaboração da Matriz de Intervenção

com a identificação das ações, metas e objetivos para o Sistema Único de Saúde

do município de Praia Grande, parte integrante deste plano.

CAPÍTULO II – PERFIL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE

Situada no Litoral Sul de São Paulo e integrante da Região Metropolitana

da Baixada Santista, a Estância Balneária de Praia Grande possui uma área de

145km2, sendo 22,5 km contínuos de Praia e 81 km de rios e costas marítimas,

além de territórios de parques estaduais preservados, como os da Serra do Mar e

Xixová-Japuí, e o Parque Municipal Peaçabuçú.

2.1 História

Peaçabuçú, do tupi “porto grande”, foi o primeiro batismo de Praia

Grande. Recentemente, a historiadora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade

publicou1, que em 1561, José de Anchieta, ao ir de São Vicente para Itanhaém,

passou pela Praia da Conceição (hoje Praia Grande) e escreveu: “... por toda

aquela praia estão fazendas de portugueses e sempre se acham nelas alguns

1 No Livro “Presença da Engenharia e Arquitetura – Baixada Santista” (Empresa das Artes –

2001)

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escravos...”. Praia da Conceição ou Peaçabuçú, o povoamento desta magnífica

faixa territorial de 22,5km à beira-mar, começou logo após o desembarque de

Martim Afonso de Sousa no Brasil, em 1532, data do início da colonização

portuguesa.

Quatro séculos pós-descobrimento, os núcleos de nativos, colonos e

pescadores, que, aos poucos, se estabeleceram entre as encostas dos morros

Xixová-Guaçu/Itaipu e a divisa com Mongaguá, ainda eram escassos.

A história de Praia Grande, como bairro, a sul, da primeira capitania e

vila brasileira, São Vicente, é a própria história, dos primórdios da catequese

jesuítica no país.

Praia da área continental, isolada pelo mar de São Vicente, o extenso

bairro litorâneo permaneceu esquecido, mesmo após as construções dos fortes,

Duque de Caxias (novembro/ 1918) e Jurutuba (outubro/1919), dentro da

centenária Fortaleza do Itaipu, instalada em 1902, pelo presidente Campos Sales,

dentro de um trecho de Mata Atlântica intacta, na ponta alta, estratégica, do

morro de mesmo nome, que avança sobre o oceano.

A construção da imponente, e engenhosa, Ponte Pênsil, em 1914,

originalmente idealizada para escorar as tubulações de esgotos da ilha, em

direção ao mar continental, determinou o fim do isolamento do Litoral Sul e a

ocupação do território praia-grandense.

Em março de 1953, anos e anos longe das decisões do poder vicentino,

o bairro de Solemar, em Praia Grande (divisa, a sul, com Mongaguá) se uniu,

tendo à frente Júlio Secco de Carvalho, e tentou a emancipação como distrito. O

movimento fracassou. Cinco anos depois, surgiu a Comissão Pró-

Desmembramento de Praia Grande, liderada pelo vereador Oswaldo Toschi. O

seu sonho, e de outros moradores, pouco sensibilizou os políticos da região e a

Assembléia Legislativa do Estado.

Da comissão pró-emancipação formada e presidida por Israel Grimaldi

Milani, em 1962, ao plebiscito de 08 de dezembro de 1963, quando a população

quase por unanimidade votou “sim” à separação, passando por outra comissão

em agosto de 1965, chamada de “Executiva” e liderada por Pascholino Borelli,

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inúmeros recursos foram impetrados defendendo a autonomia de Praia Grande.

Em 26 de outubro de 1966, quase três anos após a realização do plebiscito, o

Supremo Tribunal Federal reconheceu e legitimou o seu desmembramento de

São Vicente.

O dia 19 de janeiro de 1967 passou a ser a data oficial de emancipação

político-administrativa de Praia Grande, com a posse do interventor federal

Nicolau Paal (nomeado pelo presidente Costa e Silva), no Ocian Praia Clube,

onde, provisoriamente, foi instalada a prefeitura do recém-criado município.

Praia Grande tornou-se bastante popular nos anos 60 / 70, com os

“balneários”, e durante este período sofreu com as sazonais invasões de um

turismo de massa, predatório, que saturou, e comprometeu os principais recantos

naturais da cidade.

A criação da Região Metropolitana da Baixada Santista, formada por

nove municípios, em 1994, aconteceu, felizmente, quando Praia Grande, que

interliga esta bela região do litoral paulista, vivia um outro momento,

principalmente porque disciplinou, com lei municipal (janeiro/1993), a entrada dos

ônibus, realizou um inédito programa de despoluição das praias e de suas águas

com dois modernos emissários submarinos e as estações elevatórias; e através

de parcerias urbanizava sua orla marítima, as praças, ruas e avenidas,

proporcionando, com uma infra-estrutura urbana básica e moderna, perspectivas

de um crescimento sustentável e melhoria na qualidade de vida dos seus

moradores, agora, orgulhosos de sua nova cidade.

2.2 Potencial Turístico

Praia Grande ocupa a área central de uma das mais prósperas regiões

metropolitanas do país (Baixada Santista). É também a praia mais próxima da

capital paulista. Com a abertura ao tráfego da segunda pista da Rodovia dos

Imigrantes, a cidade comprovou sua capacidade receptiva e sustentável,

absorvendo o impacto de 25% a mais em sua demanda turística, sem perder sua

alegria e qualidade de vida.

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Com investimentos próprios, Praia Grande vai construindo as bases de

seu futuro. Urbanização de sua colossal orla marítima de 22,5 km, e uma grande

obra municipal de alcance metropolitano, batizada de Via Expressa Sul, que torna

“pista livre” o antigo acesso 291 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, dotada de

passagens subterrâneas interligando os bairros, com aprazíveis gramados e

ladeada por 20 km de ciclovias.

Preocupada com a balneabilidade de suas águas, a administração

Municipal, entregou em dezembro de 2002, a Segunda etapa do projeto de

despoluição das praias, extinguindo os últimos córregos de 2,5km de sua orla

marítima.

O pujante mercado da construção civil, o crescimento de pequenas

indústrias locais e o moderno e diversificado comércio, constata o

amadurecimento do turismo em Praia Grande.

Do monitoramento da cidade com centenas de câmeras de vídeo por

sistema de fibra ótica, aos vultosos investimentos em drenagem, pavimentação e

modernização de suas vias publicas, inclusive com sinalização turística; da

revitalização de antigos centros comerciais, à implantação do selo de qualidade

para os quiosques do calçadão da orla; do disciplinamento do seu trânsito, à

atenção com a saúde, educação e o lazer, resultou em uma cidade que consolida

a cada dia uma consciência cidadã e o orgulho dos seus habitantes por esta

promissora estância balneária.

Em tempo, Praia Grande há mais de uma década, é não apenas a

cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista, mas de todo o Litoral

Paulista que gera o maior número de postos de trabalho com carteira assinada.

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2.3 Inserção Regional

O Município de Praia Grande possui fortes articulações com toda a

Baixada Santista, que por sua vez, articula-se intensamente com outras regiões

do Estado de São Paulo, com outras partes do país e até com países da América

Latina e de outros continentes. Tais articulações não são recentes e possuem

determinantes históricos, econômicos, políticos, culturais e ambientais. No século

XVI, a colonização portuguesa do Brasil começou com a ocupação da costa

marítima onde portos foram construídos para permitir a atracagem das

embarcações oriundas de outras partes do mundo e também de pontos distintos

do extenso litoral brasileiro. Nessa costa, os colonizadores construíram sólidos

fortes militares utilizados na defesa do Brasil Colônia. Algumas das primeiras

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cidades brasileiras se formaram nas proximidades desses fortes militares. Outras,

como Santos e Rio de Janeiro, se estruturaram nos arredores daqueles portos

marítimos. Essas cidades serviram como pontos de articulação entre a economia

colonial das regiões litorâneas e os mercados europeus. Com os avanços da

colonização em direção ao interior do Brasil Colônia, outros núcleos urbanos

surgiram em pontos mais distantes da orla marítima. O litoral paulista foi um dos

locais onde houve os primeiros núcleos de ocupação que logo foram

acompanhados por outros que se implantaram nas terras altas do planalto após

vencer os obstáculos impostos pelas encostas da atual Serra do Mar. Com o

passar do tempo, algumas dessas cidades se tornaram importantes pólos

regionais, capitais estaduais e sedes de grandes regiões metropolitanas.

As atividades portuárias realizadas no período colonial influenciaram

diretamente a formação dos núcleos que deram origem à ocupação urbana na

Baixada Santista. No território do atual Município de Santos foram instalados os

primeiros trapiches do Porto que passou a ter o mesmo nome. No último quarto

do século XIX o Porto de Santos ganha importância econômica com o

desenvolvimento da produção do café nas fazendas do interior da então

Província de São Paulo direcionada para exportação. Essa produção cafeeira

oriunda das fazendas do interior paulista chegava ao Porto de Santos por meio

da antiga ferrovia São Paulo Railway, inaugurada em 1867. Na cidade de São

Paulo, essa ferrovia atravessava as várzeas dos Rios Tietê e Tamanduateí que,

nas décadas seguintes, passaram a receber importantes plantas industriais que

buscavam se instalar nos terrenos mais planos. No final do século XIX, o

aumento da importância econômica do Porto de Santos colocou a necessidade

de expansão física e de melhoramentos nas infra-estruturas e nas condições de

funcionamento. Em 1892, marco oficial da inauguração desse Porto, a

Companhia Docas de Santos entregou os primeiros 260 metros de cais na área

que até hoje é denominada como Valongo, localizado no centro histórico de

Santos. Nesse período, “os velhos trapiches e pontes fincados em terrenos

lodosos foram sendo substituídos por aterros e muralhas de pedra” (Plano de

Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos -PDZPS, 2012: p. 13).

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Já no século XX, o Porto de Santos ganha novo impulso com a abertura

da Rodovia Anchieta (SP-150) realizada na década de 1940, com o

desenvolvimento industrial da atual Região Metropolitana de São Paulo,

especialmente na Região do Grande ABCD (com os municípios de Santo André,

São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema) e com o processo de

industrialização de Cubatão. Esse processo de industrialização representa um

ponto de inflexão na economia paulista iniciado a partir da década de 1950.

Trata-se de uma inflexão marcada pela instalação de grandes empresas

multinacionais em cidades que passaram a receber grandes contingentes

migratórios e iniciaram acelerado processo de urbanização periférica baseada na

produção de assentamentos precários, muitas vezes irregulares do ponto de vista

fundiário, ocupados pelas moradias das populações de baixa renda. Essa

imbricação entre crescimento da base econômica e urbanização precária

estruturou grande parte dos territórios das grandes cidades brasileiras, inclusive

da metrópole paulista e das cidades da Baixada Santista. As características

desse processo de urbanização são examinadas adiante.

O fortalecimento e a estruturação do trinômio porto-indústria

automobilística-indústria de base no sistema econômico regional formado por

Santos, São Paulo e Cubatão é baseado na conexão do Porto de Santos com os

parques industriais do Município de São Paulo e da atual Região do Grande ABC,

onde se instalaram indústrias da cadeia de produção de bens duráveis, como

eletrodomésticos e automóveis, e de Cubatão onde se instalou um pólo industrial

de base formado pela Companhia Siderúrgica Paulista (COSIPA), hoje parte do

grupo USIMINAS, e pela Refinaria de Petróleo Presidente Bernardes da

Petrobras. A Rodovia Anchieta (SP-150), importante eixo articulador desse

trinômio, amplia a ligação entre o Porto de Santos e aqueles parques industriais

formando um complexo sistema econômico e logístico de importância nacional e

internacional. Na década de 1970 essa ligação se fortalece com a abertura da

Rodovia Imigrantes (SP-160).

Apesar de o Porto de Santos ter forte articulação com os pólos industriais

mais próximos, é necessário levar em conta a sua influência macrorregional. De

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acordo com o PDZPS (2012) a vocação natural desse Porto é “atender às

necessidades de movimentação de cargas dos estados do Sudeste e de grande

parte do Centro-Oeste do país” (PDZPS, 2012: p. 44). O PDZPS define o

chamado “vetor Logístico Centro-Sudeste” como a área de influência primária do

Porto de Santos. Segundo esse documento, a “área de influência secundária

2.4 Aspectos Demográficos

Área, Localização Geográfica e Altitude do Município.

Área Km2 147

Extensão de Praias km 22

Localização Geográfica (Sede) Latitude 24o 00' 35"

Longitude 46o 24' 45 “

Altitude (Sede) Metros 5

Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC.

Elaboração: Seplan, 2013.

Limites Geográficos

Norte Município de São Vicente

Sul Oceano Atlântico

Leste Município de São Vicente

Oeste Município de Mongaguá

Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC.

Elaboração: Seplan, 2012.

Áreas Territoriais por Tipo e Extensões Marítimas

Tipo Área (Km²) Extensão (km)

Área Territorial 147

Urbana 88,55 ---

Ocupada 34,89 ---

Parque Estadual da Serra do Mar 45,31 ---

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Parque Estadual do Xixová/Japuí 5,54 ---

Parque do Piaçabuçú 8,09 ---

Costa Marítima --- 31,43

Orla Marítima --- 22,50

Fonte: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC

Nota: Todas as áreas e extensões são aproximadas.

Elaboração: Seplan, 2012.

Hidrografia

Rios

1. Branco ou Boturoca

2. Preto

3. Piaçabuçu

4. Acaraú

5. Acaraú Mirim (1)

6. das Cruzes

7. Guaramar

8. Indaiaúba

9. Monbuatuba

10. Ameija

Fonte: Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande

Nota: (1) Afluente do Rio Acaraú

Elaboração: Seplan, 2002.

Aspectos Climáticos e de Solo

Descrição Índices

Clima Tropical úmido

Temperatura Máxima 38,5º C

Mínima 8º C

Pluviometria 2000 e 2500 mm a.a.

Evaporação Semestre seco 384 mm

Semestre úmido 642 mm

Umidade Média anual superior a 80%

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Insolação Média anual de 4,35horas/dia

Ventos Predominam ventos sul e sudeste

Solo Arenoso, argiloso, mangue.

Topografia 80% plano

20% serras/morros

Fonte: Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande

Elaboração: Seplan, 2002.

Distâncias Rodoviárias da Capital e dos Municípios integrantes à Região

Metropolitana da Baixada Santista

Municípios Distância (km) (1)

Bertioga 40

Cubatão 18

Guarujá 30

Itanhaém 43

Mongaguá 24

Peruíbe 74

Santos 12

São Paulo 72

São Vicente 6

Fonte: Secretaria Municipal de Esporte, Turismo e Cultura.

Nota: (1) Foram consideradas as menores distâncias rodoviárias.

Elaboração: PRODEPG, 2000.

Síntese Dados Demográficos

População estimada 2013

287.967

População 2010 262.051

Área da unidade territorial (km²)

147,065

Densidade demográfica (hab/km²) 1.781,87

Fonte: SEPLAN, 2014

Ano População Residente

Nº Abs.

1970 19.704

1980 66.011

1991 123.492

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1996 150.388

2000 193.582

2010 262.051

TGCA

1970/1980 12,85%

TGCA

1980/1991 5,86%

TGCA

1991/2000 5,12%

TGCA

2000/2010 3,07% Fonte: SEPLAN, 2104

Faixa Etária

2010 2000

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Menos de 1 ano 3.668

1.868

1.800

3.512

1.828

1.684

1 a 4 anos 15.106 7.659 7.447 14.890 7.481 7.409

5 a 9 anos 20.193 10.293 9.900 17.618 8.964 8.654

10 a 14 anos 22.797 11.429 11.368 17.996 9.179 8.817

15 a 19 anos 20.899 10.432 10.467 19.162 9.524 9.638

20 a 24 anos 20.945 10.552 10.393 18.058 8.880 9.178

25 a 29 anos 22.500 10.905 11.595 15.973 7.856 8.117

30 a 34 anos 22.052 10.574 11.478 14.723 7.134 7.589

35 a 39 anos 19.601 9.516 10.085 13.965 6.641 7.324

40 a 44 anos 17.584 8.464 9.120 12.806 6.160 6.646

45 a 49 anos 16.080 7.463 8.617 11.009 5.237 5.772

50 a 54 anos 14.866 6.768 8.098 8.748 4.179 4.569

55 a 59 anos 13.187 5.955 7.232 6.879 3.266 3.613

60 a 64 anos 10.772 4.856 5.916 5.915 2.699 3.216

65 a 69 anos 8.148 3.616 4.532 4.680 2.179 2.501

70 a 74 anos 6.012 2.591 3.421 3.736 1.669 2.067

75 a 79 anos 3.882 1.650 2.232 2.165 973 1.192

80 anos ou mais 3.759 1.335 2.424 1.747 672 1.075

Total da População 262.051 125.926 136.125 193.582 94.521 99.061

Fonte: SEPLAN, 2104

2.5 Dinâmica Populacional

O município de Praia Grande apresentou um alto ritmo de crescimento

populacional nas últimas duas décadas. Entre 1991 e 2000 a taxa geométrica de

crescimento anual (TGCA) foi de 5,12%a.a., acompanhando a maior parte dos

municípios do litoral paulista que, em sua maior parte, durante o mesmo período

também apresentaram um alto crescimento. Na década de 2000 a 2010 houve

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19

uma queda no ritmo do crescimento populacional que, no entanto, permaneceu

alta atingindo 3,17%a.a. Nesse período Praia Grande saltou de 193.582 para

262.051 habitantes.

Mapa. Municípios do Litoral Paulista –Taxa Geométrica de Crescimento Anual -TGCA 1991–

2000 e 2000-2010

Fonte: Censos Demográficos IBGE, 1991 e 2000 e Censos Demográficos IBGE, 2000 e 2010.

Atualmente há uma população flutuante nos finais de semana fazendo

com que chegue a 300.000 pessoas na cidade e 1.5000.000 pessoas na alta

temporada de verão.

A população praia-grandense não cresce de forma uniforme em todos os

bairros. Alguns deles, mais periféricos, como os bairros Trevo, Quietude e

Antártica, cresceram muito desordenadamente, em áreas invadidas, gerando

grandes demandas sociais à administração pública, incluindo a Saúde.

Gráfico. Praia Grande –Distribuição Percentual da População Segundo Cor ou Raça –2010

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20

Fonte: Censo Demográfico IBGE, 2010.

A distribuição da população de Praia Grande no território segundo raça ou cor mostra uma clara

segregação territorial. A população caracterizada como branca está concentrada nos setores

censitários mais próximos às faixas litorâneas, beneficiada pela proximidade com a praia, enquanto

as populações pardas e negras estão mais distantes da orla marítima, concentradas do outro lado da

Rodovia SP-055 (Rodovia Padre Manoel de Nóbrega).

Crescimento Populacional Médio Anual

Período População Migratório Vegetativo

Total Nº Abs. % Nº Abs. %

1970-1980 4.630

4.195

91

435

9

1980-1991 5.284 3.857 73 1.427 27

1991-2000 7.788

5.819

75

1.969

25

2000-2006 8.644 5.819 67 2.825 33

2006-2011 7.759

5.734

74

2.025

26

2011-2016 7.373 4.073 55 3.300 45

2016-2021 6.818

4.014

59

2.804

41

2021-2026 5.526 3.584 65 1.942 35

Fonte: SEPLAN, 2014

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21

Projeção Populacional Anual

Ano Homens Mulheres

Pop

total

TGCA

(%)

Total Migratório Total Migratório

1991 61.097

21.314

62.395

38.569

123.492

5,86

2000 94.521 26.311 99.061 58.190 193.582 5,12

2006 115.748

17.540

121.056

58.190

236.804

3,42

2011 135.225 14.404 140.376 14.267 275.601 3,08

2016 153.504

10.238

158.961

10.127

312.465

2,54

2021 170.400 10.089 176.265 9.980 346.665 2,10

2026 173.350 7.927 194.488 10.127 367.838 1,19 Fonte: SEPLAN, 2014

Pessoas de 25 anos ou mais de idade

Nível de instrução Total Homens Mulheres

Sem instrução e fundamental incompleto 63.281

29.228

34.053

Fundamental completo e médio

incompleto 32.120

15.213

16.907

Médio completo e superior incompleto 46.672

21.899

24.773

Superior completo 16.000 7.260 8.740

Não determinado 564

253

311

Total

158.6

36

73.85

3

84.783 Fonte: SEPLAN, 2014

Taxa de Analfabetismo 2.010 2.000 1.991

Taxa de analfabetismo - 11 a 14 anos 1,59

1,60

2,43

Taxa de analfabetismo - 15 a 17 anos 1,23 1,42 3,24

Taxa de analfabetismo - 15 anos ou mais 4,16

5,69

10,3

3

Taxa de analfabetismo - 18 a 24 anos 1,18 2,29 4,56

Taxa de analfabetismo - 18 anos ou mais 4,36

6,08

10,9

8

Taxa de analfabetismo - 25 a 29 anos 1,40 3,68 5,82

Taxa de analfabetismo - 25 anos ou mais 4,94

7,02

12,5

3 Fonte: SEPLAN, 2014

Ano Renda per capita média

(R$)

1991 530,16

2000 759,05

2010 820,97

Fonte: SEPLAN, 2014

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22

Ano

IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IDH-M

IDH-M

Educaç

ão

IDH-M

Longevida

de

IDH-M

Renda

Posição

no

Estado

1991 0,538

0,336

0,688

0,674

152

2000 0,686 0,551 0,801 0,732 127

2010 0,754 0,692 0,834 0,744 199 Fonte: SEPLAN, 2014

CAPÍTULO III – SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO

3.1- Saúde Materno Infantil

A saúde materno-infantil é monitorada em Praia Grande pelos sistemas

informatizados de saúde dos governos federal e estadual – SINASC – Sistema

Informatizado de Nascidos Vivos e SISPRENATAL – Sistema Informatizado do

Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento.

O acompanhamento dos nascimentos é realizado com a alimentação

periódica de dados no SINASC, e monitorado pelo Programa de Saúde da

Criança que trabalha visando à melhoria da assistência ao pré-natal, parto e

recém-nascido.

Os indicadores avaliados apresentam-se com diferenças, dependendo da

fonte populacional utilizada – SEADE e SINASC, sendo que a alimentação dos

dados acontece nos municípios no banco do SINASC. A evolução dos programas

informatizados deverá contemplar as correções dessas distorções.

Embora mantendo a apresentação da SEADE e do SINASC, a avaliação

dos dados será realizada com os dados da SEADE.

A tabela abaixo mostra os tipos de partos realizados na Unidade Hospitalar

de Praia Grande no período de 2000 à 2013, segundo o Livro de Partos da

unidade.

A redução no número de nascimentos é uma tendência nacional, embora

em Praia Grande os números estejam ainda flutuantes, conforme análise do

quadro abaixo.

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23

Distribuição dos NASCIDOS VIVOS em Praia Grande, conforme o Ano de nascimento:

Fonte: DATASUS Legenda: S/I = Sem informação.

Fonte: SINASC MUNICIPAL.

Baixo Peso ao Nascer: O baixo peso ao nascer é reconhecido pela Organização Mundial de

Saúde como principal fator de risco isolado para a sobrevivência infantil. Na

planilha e gráfico abaixo são apresentados a distribuição de casos de baixo peso

ao nascer no período de 2000 a 2013

Anos

2000 2001 2002 2003 2004 2005

2006

Nascimentos

3871 3687 3600 3579 3714 3741 3628

Anos

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Nascimentos

3885 3889 3843 3928 4335 4424 S/I

Anos

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Nascimentos

3886 3687 3600 3579 3714 3747 3621

Anos

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Nascimentos

3805 3749 3830 3928 4335 4417 4282

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24

Distribuição de casos de BAIXO PESO AO NASCER, de residentes em Praia Grande, segundo o ano de nascimento no período de 2000 a 2013.

Anos 2000 2001 2002 2003 2004 2005

NASCIDOS

VIVOS COM PESO

< 2500G

Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %

331 8,65 331 9,20 322 9,07 352 10,09 304 8,34 329 8,80

Anos 2006 2007 2008 2009 2010 2011

NASCIDOS

VIVOS COM PESO

< 2500G

Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %

284 7,83 360 9,27 351 9,03 343 8,93 338 8,60 342 7,89

Fonte: DATASUS. 2013* SINASC MUNICIPAL

Prematuridade ao Nascer: O tempo de duração da gestação e a prematuridade, com nascimento

antes de 37 semanas é um indicador com dados oscilantes, como demonstrado

no quadro abaixo, e que tem se apresentado também como importante fator de

sobrevivência infantil.

Percentual de crianças com PREMATURIDADE AO NASCER de residentes Em Praia Grande no período de 2000 a 2013:

Prematuros ao nascer

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %

171 4,47 181 5,03 190 5,35 208 5,95 221 6,06 257 6,86 244 6,73

Anos 2012 2013

NASCIDOS

VIVOS COM PESO

< 2500G

Nº. % Nº. %

380 8,59 395 9,22

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25

Prematuros ao nascer

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %

304 7,82 294 7,56 273 7,10 252 6,42 399 9,20 532 12,30 550 12,84

Fonte: DATASUS 2013* SINASC MUNICIPAL

Percentual de crianças com PREMATURIDADE AO NASCER de residentes em Praia Grande no período de 2000 a 2013: 3.2- Saúde Da Mulher

Percentual de Cesariana:

O Conselho Federal de Medicina vem realizando campanhas para

aumentar os percentuais de partos vaginais, como o Ministério da Saúde vem

tomando medidas punitivas aos hospitais e municípios para reduzir a quantidade

de partos cesárea. A punição adotada é o corte nos pagamentos dos partos

cesáreas, quando o percentual ultrapassa o limite aceitável, é repassado apenas

o valor de parto normal para o excedente.

Porém, como mostram as tabelas abaixo, os percentuais de partos

cesáreas vêm crescendo significativamente, o que demonstra a necessidade de

maior investimento para divulgação junto à população, sensibilizações dos

profissionais médicos para cumprimento do preconizado e adequação do hospital

municipal com equipamentos que melhorem a assistência ao parto.

Na primeira tabela temos o retrato da realidade do Hospital Municipal, bem

como do perfil e postura da equipe que trabalha no local.

Ressalta-se que todos os partos realizados em Praia Grande a partir de

Junho de 2004 são de usuários do SUS, devido à intervenção municipal no único

hospital da cidade.

Na segunda tabela temos o retrato da realidade das residentes no

município, independente da cidade onde realizou o parto. Assim temos uma

amostra do perfil e postura das equipes que trabalham na região metropolitana da

Costa da Mata Atlântica.

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26

Distribuição dos tipos de partos realizados no Hospital Municipal de

Praia Grande, segundo o ano de ocorrência, no período de 2000 a 2013:

Anos Tipos De Partos

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

Total de Partos 2913 2363 2511 2356 2663 2598 2457

Partos Vaginais 1999 1572 1703 1472 1596 1669 1456

Partos Cesáreas

914 791 808 884 1067 929 1001

% de Cesáreas 31,30 33,40 32,10 37,50 40,06 35,75 40,74

Anos Tipos De Partos

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Total de Partos 2596 2514 2312 2197 2470 2715 2531

Partos Vaginais 1243 1207 1475 1489 1628 1711 1613

Partos Cesáreas

1352 1306 837 707 842 1004 917

% de Cesáreas 52,08 51,95 36,20 32,18 34,09 36,98 36,23 Fonte: SINASC MUNICIPAL

Distribuição dos TIPOS DE PARTOS realizados em residentes de Praia Grande, segundo o ano de ocorrência, no período de 2000 a 2013:

Anos Tipos De Partos

2000

2001

2002

2003

2004

2005 2006

Total de Partos 3825 3599 3550 3490 3646 3741 3628

Ignorados 19 4 16 27 4 8 2

Partos Vaginais 2262 2034 1961 1861 1839 1916 1700

Partos Cesáreas

1544 1561 1573 1602 1803 1817 1926

% de Cesáreas 40,37 43,37 44,31 45,90 49,45 48,57 53,09

Anos Tipos De Partos

2007

2008

2009

2010

2011

2012 2013

Total de Partos 3885 3889 3843 3928 4335 4424 4282

Ignorados 1 1 3 1 0 0 1

Partos Vaginais 1479 1473 1783 1825 1950 1929 1915

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Partos Cesáreas

2405 2415 2057 2102 2385 2494 2366

% de Cesáreas 61,90 62,10 53,53 53,51 55,02 56,40 55,25 Fonte: SINASC MUNICIPAL

Os dados refletem a realidade vivenciada no setor da saúde, e, portanto

deve remeter as autoridades da região – gestores de saúde e os responsáveis

pelas escolas que vem formando técnicos, principalmente os médicos, para

induzirem a modificação da prática profissional, quanto à modalidade de

realização de partos.

Gestantes Adolescentes:

Parturientes residentes em Praia Grande menores de 20 anos de idade, período 2000 a 2013:

Anos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Total de Gestantes 3825 3599 3550 3490 3646 3741 3628

Gestantes Adolescentes

799 723 742 655 679 671 676

Percentual

20,89 20,09 20,90 18,77 18,62 17,94 18,63

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Total de Gestantes 3885 3889 3843 3928 4335 4424 4282

Gestantes Adolescentes

668 709 638 596 650 687 683

Percentual

17,19 18,23 16,60 15,17 14,99 15,53 15,95

Fonte: DATASUS

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28

Pré-Natal

Os dados do SISPRENATAL demonstram a organização dos serviços

referente ao Pré-Natal e o cumprimento das metas estabelecidas pelo programa.

Avaliando a tabela abaixo observamos significativa melhora dos dados de

2004, sendo que em 2005, em alguns itens tivemos retrocesso.

Relatório Comparativo de Indicadores do Sisprenatal

Indicadores 2003 2004 2005 2006

% gestantes inscritas que fizeram 1ª consulta x nº. nascidos vivos

42,19 53,39 69,97

84,46

% gestantes 1ª consulta até 120 dias em relação ao nº. de nascidos vivos por município

39,75 50,10 58,74 68,99

% gestantes com 6 consultas de pré-natal 29,06 34,97 30,56 31,99

% gestantes com 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério

8,43 14,04 7,88 11,11

% de gestantes com 6 consultas de pré-natal e todos os exames 3,14 10,87 12,67 20,54

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério

0,38 3,80 3,32 9,42

% gestantes receberam 2ª dose antitetânica ou reforço 18,16 36,86 44,07 48,35

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço dose antitetânica

0,38 3,51 3,32 8,70

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço da antitetânica + exame anti HIV

0,38 3,51 3,32 8,45

% gestantes com exame anti HIV 22,12 42,05 44,59 50,84

% gestantes com 2 exames VDRL 1,09 5,72 2,12 5,21

Indicadores 2007 2008 2009 2010

% gestantes inscritas que fizeram 1ª consulta x nº. nascidos vivos

88,03 90,45 93,12 90,07

% gestantes 1ª consulta até 120 dias em relação ao nº. de nascidos vivos por município

72,29 77,56 78,82 75,13

% gestantes com 6 consultas de pré-natal 31,19 33,83 29,76 29,19

% gestantes com 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério

30,52 23,02 23,17 24,57

% de gestantes com 6 consultas de pré-natal e todos os exames 26,43 17,12 13,60 14,07

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério

28,78 13,34 13,936 10,66

% gestantes receberam 2ª dose antitetânica ou reforço 46,47 45,84 32,16 38,40

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço dose antitetânica

27,19 11,00 8,80 6,96

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço da antitetânica + exame anti HIV

24,48 10,85 8,80 6,96

% gestantes com exame anti HIV 76,37 74,54 66,14 67,57

% gestantes com 2 exames VDRL 49,45 42,03 34,53 35,66

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29

Indicadores 2011 2012 2013

% gestantes inscritas que fizeram 1ª consulta x nº. nascidos vivos

95,24 85,16 ND

% gestantes 1ª consulta até 120 dias em relação ao nº. de nascidos vivos por município

79,68 72,41 ND

% gestantes com 6 consultas de pré-natal 21,94 24,04 ND

% gestantes com 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério

9,87 15,23 ND

% de gestantes com 6 consultas de pré-natal e todos os exames 9,82 11,27 ND

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério

5,57 7,22 ND

% gestantes receberam 2ª dose antitetânica ou reforço 32,29 33,94 ND

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço dose antitetânica

3,82 4,71 ND

% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço da antitetânica + exame anti HIV

3,82 4,71 ND

% gestantes com exame anti HIV 62,35 67,33 ND

% gestantes com 2 exames VDRL 29,11 31,49 ND

Fonte: SISPRENATAL

Entendemos que esses indicadores são passíveis de melhorias, sendo que

os resultados indicam a necessidade de intensificar a vigilância, o

acompanhamento e monitoramento das gestantes, parturientes e puérperas, nos

quesitos:

Elevar o número de consultas de pré-natal e puerpério, possivelmente investindo na busca ativa dessas gestantes/puérperas,

Implementar a realização dos exames básicos que estão disponíveis na rede, incluindo o anti HIV e principalmente o VDRL e

Aumentar a cobertura vacinal nas gestantes. Ressalta-se ainda a necessidade de melhorar o repasse das informações

dos dados enviados ao nível central da Secretaria da Saúde para alimentação do

sistema, uma vez que poderemos ter significativa mudança nos dados

apresentados.

O Programa do SIS PRE-NATAL necessita ser revisto pelo Ministério da

Saúde e readequado para obtenção de melhores relatórios dos indicadores, que

atualmente apresentam algumas inconsistências.

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30

3.3 - Mortalidade Infantil

O município muito tem investido na reorganização do SUS, optando desde

2001 pela Estratégia do Programa Saúde da Família, de maneira a melhorar a

atenção na rede básica de saúde, com a implantação das Unidades de Saúde da

Família “USAFAs” imprimindo esforços para qualificar a atenção as gestantes,

parto e crianças menores de um ano, além da população com maior risco de

adoecer e morrer.

Em janeiro de 2014, o município contava com 53equipes da Saúde da

Família, sendo notável o processo de evolução, mas que demanda tempo para a

devida maturação do trabalho e respostas nos indicadores.

Parcerias firmadas com a Comunidade de Mãos Dadas e Pastoral da

Criança deverão fortalecer o trabalho já desenvolvido pelas equipes e agentes

comunitários de saúde junto à população residente.

Coeficiente de Mortalidade Infantil dos residentes em Praia Grande, conforme o ano de ocorrência do óbito no período de 1995 a 2013:

ANO Nº. DE ÓBITOS DE MENORES

DE 1 ANO NÚMERO DE NASCIDOS

VIVOS COEFICIENTE DE

MORTALIDADE INFANTIL

1995 114 2778 41,04

1996 114 3089 36,91

1997 97 3506 27,67

1998 104 3978 26,14

1999 101 4045 24,97

2000 97 3825 25,36

2001 96 3599 26,67

2002 82 3550 23,10

2003 82 3490 23,50

2004 66 3646 18,10

2005 73 3741 19,51

2006 55 3628 15,16

2007 88 3885 22,65

2008 65 3889 16,71

2009 75 3843 19,52

2010 49 3928 12,47

2011 60 4335 13,84

2012 63 4424 14,24

2013 62 4282 14,48

Fonte: DATASUS 2013* DADOS MUNICIPAIS

Embora a necessidade aponte para a investigação de todos os óbitos dos

residentes na cidade, para que tenhamos dados mais reais deste importante

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31

indicador epidemiológico, a Comissão vem investigando apenas os óbitos

ocorridos no município por dificuldades de recursos humanos.

Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil, de residentes em Praia

Grande, conforme a faixa etária e ano da ocorrência:

ANO Nº. DE ÓBITOS DE MENORES DE 28 DIAS

NÚMERO DE ÓBITOS ENTRE 28

DIAS E UM ANO

NÚMERO DE ÓBITOS EM MENORES DE UM

ANO

2000 19,08 6,27 25,36

2001 18,34 8,34 26,67

2002 18,03 5,07 23,10

2003 16,62 6,88 23,50

2004 11,25 6,86 18,10

2005 12,56 6,95 19,51

2006 11,30 3,86 15,16

2007 13,90 8,75 22,65

2008 10,80 5,91 16,71

2009 11,71 7,81 19,52

2010 9,16 3,31 12,47

2011 9,92 3,92 13,84

2012 9,49 4,75 14,24

2013 7,94 6,54 14,48

Fonte:DATASUS 2013 DADOS MUNICIPAIS

Distribuição por faixa etária dos óbitos infantis ocorridos no município, no período de 2000 a 2013:

Idade Ano

Peri-Natal Menor

1 dia de vida

Neo-Natal Precoce

1 a 6 dias de vida

Neo-Natal Tardia

7 a 27 dias de vida

Infantil Tardia 28 a 365 dias de

vida

Total dos Óbitos

2005 12 20 15 26 73

2006 6 16 19 14 55

2007 7 26 21 34 88

2008 12 16 14 23 65

2009 9 23 13 30 75

2010 7 15 14 13 49

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32

2011 12 14 17 17 60

2012 8 21 13 21 63

2013 10 12 12 28 62

Fonte: DATASUS 2013 DADOS MUNICIPAIS

Dos óbitos infantis ocorridos em residentes de Praia Grande, nos últimos

seis anos, temos que a maioria ocorreu no período Neonatal. No ano de 2005

esses óbitos representaram 63,9% do total de óbitos em menores de um ano de

vida.

O período Neonatal está intimamente ligado às condições de vida da

gestante, e a qualidade da assistência prestada no pré-natal, parto e recém

nascido.

Os dados apresentados retratam as discussões e análise de cada caso

investigado e nas tabelas abaixo, temos a identificação de pontos que necessitam

ser fortalecidos, para a melhoria dos serviços prestados. Portanto estes dados

devem subsidiar o planejamento do gestor municipal na implantação e/ou

ampliação de programas que visem à redução da Mortalidade Infantil a níveis a

mais aceitáveis.

3.4- Mortalidade Geral

No ano de 2013 morreram 2119 pessoas residentes em Praia Grande,

segundo os dados do SEADE, cujo Coeficiente da Mortalidade Geral ficou em

7,35 por 1000 habitantes.

Coeficiente da mortalidade geral dos residentes de Praia Grande, por 1000

habitantes, segundo o ano de ocorrência, período 2000 a 2013.

Anos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Óbitos totais 1529 1465 1485 1357 1351 1473 1572

População total 193.582 200.196 208.332 215.174 222.000 237.494 245.384

Coeficiente da Mortalidade Geral

7,89 7,31 7,12 6,30 6,08 6,20 6,40

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33

Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Óbitos totais 1611 1669 1818 1883 1858 1949 2121

População total 253.215 244.533 249.547 262.051 267.307 272.390 287.967

Coeficiente da Mortalidade Geral

6,36 6,82 7,28 7,18 6,95 7,15 7,36

Fonte: SEADE

Distribuição dos óbitos no ano de 2013, segundo a classificação do CID 10:

Causas Nº. de Óbitos Percentual

Aparelho Circulatório 746 35,17

Mal Definido 35 1,65

Neoplasias 335 15,79

Causas Externas 164 7,73

Aparelho Respiratório 246 11,60

Doenças endócrinas e metabólicas 121 5,70

Aparelho Digestivo 111 5,23

Algumas doenças infecciosas e parasitárias 111 5,23

Doenças do período Peri-Natal 78 3,68

Doenças do aparelho geniturinário 59 2,78

Doenças do sistema nervoso 56 2,64

Malformações congênitas 15 0,71

Transtornos mentais e comportamentais 13 0,61

Doenças do sangue... 5 0,24

Doenças da pele e do tecido subcutâneo 13 0,61

Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 12 0,57

Doenças do ouvido e da apófise mastóide 1 0,05

Gravidez parto e puerpério 0 0,0

Total 2121 100,00 Fonte: SIM MUNICIPAL

Destaca-se o Coeficiente da Mortalidade Geral em Praia Grande

apresentando significado número de óbitos Mal Definidos, aparecendo no período

levantado como a segunda causa de óbito em todos os anos.

Os óbitos mal definidos tem significado valor epidemiológico, uma vez que

diminuído esse percentual, o estudo das doenças que mais interferem na

interrupção de vida da população podem ser modificadas, apresentando outro

perfil epidemiológico tanto do município como da região.

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Distribuição do número de óbitos ocorridos em residentes de Praia Grande, segundo a classificação do Código Internacional de Doenças – CID 10

e ano do óbito, período 2000 a 2013.

Causa (Cap. CID 10) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

IX. Doenças do aparelho circulatório 320 287 304 246 267 312 369

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat

277 301 270 273 292 259 315

II. Neoplasias (tumores) 162 176 177 162 178 225 239

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

340 273 273 232 192 172 171

X. Doenças do aparelho respiratório 111 109 139 116 124 120 123

IV. Donças endócrinas nutricionais e metabólicas

60 56 56 67 57 64 86

XI. Doenças do aparelho digestivo 73 76 72 78 70 99 84

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

51 50 56 57 58 71 69

XVI. Algumas afec originadas no período Peri-Natal

66 58 55 47 39 42 32

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 28 38 48 31 29 58 33

VI. Doenças do sistema nervoso 16 13 10 15 14 14 20

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossôm

14 14 10 19 11 16 10

V. Transtornos mentais e comportamentais

5 5 3 3 7 6 6

III. Dçs sangue órgãos hemat e transtimunitár

2 2 7 4 5 7 8

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

2 1 1 3 3 3 2

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo

1 3 1 3 3 2 4

XV. Gravidez parto e puerpério 1 2 3 1 2 3 1

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

0 1 0 0 0 0 0

Total 1529 1465 1485 1357 1351 1473 1572

Fonte: SEADE

Causa (Cap. CID 10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

IX. Doenças do aparelho circulatório 365 402 519 608 646 670 746

XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat

324 258 137 97 77 47 35

II. Neoplasias (tumores) 217 293 291 289 286 311 335

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

174 165 181 160 187 183 164

X. Doenças do aparelho respiratório 146 135 172 213 203 228 246

IV. Donças endócrinas nutricionais e metabólicas

68 95 115 123 109 114 121

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35

XI. Doenças do aparelho digestivo 102 81 112 110 94 118 111

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

67 81 98 104 81 95 111

XVI. Algumas afec originadas no período Peri-Natal

53 44 47 30 35 43 78

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 37 41 50 48 50 53 59

VI. Doenças do sistema nervoso 26 26 42 51 43 45 56

XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossôm

12 13 15 12 18 9 15

V. Transtornos mentais e comportamentais

6 9 6 9 6 5 13

III. Dçs sangue órgãos hemat e transtimunitár

10 14 14 14 6 8 5

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo

2 4 8 1 6 13 13

XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo

2 6 7 9 10 4 12

XV. Gravidez parto e puerpério 0 2 4 5 1 3 0

VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide

0 0 0 0 0 0 1

Total 1611 1669 1818 1883 1858 1949 2121 FONTE:DATASUS 2013 DADOS MUNICIPAIS

3.5 Doenças de Notificação Compulsória

O comportamento das Doenças de Notificação Compulsória em Praia

Grande apresenta o seguinte quadro:

Distribuição por Agravo das DNC, segundo o ano de ocorrência:

Agravos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

AIDS 56 55 59 42 14 43 3

AtendimentoAnti-Rábico 540 369 327 335 181 206 158

Dengue 59 391 8674 102 16 134 4014

Doenças Exantemáticas 3 6 3 1 1 5 2

Esquistossomose 46 33 33 38 26 32 20

Evento adverso pós vacinação 9 7 6 21 8 8 9

Hepatite Viral 37 6 1 15 3 5 27

Leishmaniose Tegumentar 1 1 3 1 0 2 2

Leptospirose 9 5 3 4 3 13 6

Meningite 59 33 29 35 19 42 20

Sífilis não Especificada 3 5 18 9 11 13 9

Condiloma Acuminado 92 108 78 29 183 41 90

Tuberculose 214 197 184 172 204 202 174

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Agravos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

AIDS 102 76 63 74 73 62 58

AtendimentoAnti-Rábico 162 128 139 168 176 342 231

Dengue 278 419 118 8993 330 593 9216

Doenças Exantemáticas 3 1 2 3 3 11 1

Esquistossomose 11 19 3 1 2 6 7

Evento adverso pós vacinação 5 6 9 14 17 13 22

Hepatite Viral 96 56 36 54 99 126 101

Leishmaniose Tegumentar 4 0 1 0 1 1 2

Leptospirose 14 24 16 31 29 34 34

Meningite 76 61 48 40 63 69 35

Sífilis não Especificada 14 12 22 34 47 73 78

Tuberculose 174 204 167 225 207 223 272

Fonte: SINANNET MUNICIPAL

Casos de Meningite e Doença Meningocócica diagnosticados, por ano e etiologia, dos residentes em Praia Grande:

Ano MCC MM MM+MCC MB MNE MV MOE MH MP Total

1998 2 0 5 6 1 8 0 0 1 23

1999 1 2 4 13 2 11 0 0 1 34

2000 1 0 9 23 7 13 0 1 2 56

2001 4 5 2 9 3 6 0 0 1 30

2002 1 3 4 5 7 5 1 1 2 29

2003 6 3 1 8 3 9 1 0 2 33

2004 4 0 5 7 2 9 0 0 1 28

2005 5 3 7 12 7 6 2 0 1 43

2006 0 0 1 9 2 4 0 0 2 18

2007 4 2 5 14 5 24 2 0 4 60

2008 2 3 0 11 5 17 3 0 3 44

2009 2 7 1 6 4 10 0 0 1 31

2010 2 3 4 3 2 3 2 1 2 22

2011 2 5 8 12 6 13 2 0 2 50

2012 3 4 3 4 2 18 2 1 0 37

2013 1 1 1 4 3 4 1 0 4 19

Legenda:

Fonte: SINANW

MCC: Meningococcemia MM: Meningite Meningocócica MB: Meningite Bacteriana (não especificada) MNE: Meningite não especificada

MV: Meningite Viral MOE: Meningite por outras etiologias MH: Meningite por Hemófilus MP: Meningite por Pneumococo

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37

Analisando ainda as doenças de grande impacto na Saúde Pública, temos

que o número de casos de Hanseníase e Sífilis Congênita diagnosticados no

município, apresenta significado decréscimo, conforme demonstram as tabelas

abaixo.

Forma Clínica 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

HanseníaseVirchoviana 07 20 12 16 13 8 9

HanseníaseTuberculóide 07 06 12 17 20 11 4

Hanseníase Indeterminada 01 01 2 6 3 2 2

Hanseníase Dimorfa 01 04 1 5 4 1 2

Não Classificada 00 00 00 00 00 1 0

Total 16 31 27 44 40 23 17

Fonte: SINANW

Forma Clínica 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

HanseníaseVirchoviana 9 6 6 6 12 3 13

HanseníaseTuberculóide 7 4 4 5 7 1 5

Hanseníase Indeterminada 4 7 3 3 2 1 6

Hanseníase Dimorfa 1 1 1 6 1 2 1

Não Classificada 8 8 0 0 2 1 3

Total 29 26 14 20 24 8 28

FONTE:SINAN NET MUNICIPAL

3.6 Imunização

A Cobertura Vacinal é um importante indicador para avaliação das ações

de prevenção do município, uma vez que o programa de imunização nacional é

reconhecido internacionalmente pela sua eficácia.

A cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde é acima de 95% da

vacinação básica da infância, considerando as crianças de até um ano de idade e

as vacinas contra Poliomielite - SABIN, Tuberculose – BCG,

Tétano/Difteria/Sarampo e - Tetravalente, Sarampo/Catapora e Rubéola –

Tríplice Viral/SCR e Hepatite B.

Importante mencionar que a Secretaria de Estado da Saúde utiliza a base

populacional do SEADE e o Ministério da Saúde utiliza a base populacional do

IBGE, para a avaliação da Cobertura Vacinal. Esse fato gera vários problemas de

avaliação, pois esses dados de população são diferentes entre si.

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38

CAPÍTULO IV – SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE

4.1 Acesso as Ações e Serviços de Saúde

O acesso universal aos serviços de saúde, além de ser uma garantia

constitucional, é uma bandeira de luta dos movimentos sociais e passou a ser um

dos elementos fundamentais dos direitos de cidadania no Brasil. Por este motivo,

um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o acesso da

população a ações e serviços de saúde de qualidade.

O acesso qualificado se traduz na equidade, na humanização do cuidado,

na integralidade da atenção e no atendimento em tempo adequado às

necessidades individuais e coletivas. A adoção de modelo organizativo de ações

e serviços, baseado em redes de atenção, que favoreçam a superação da

fragmentação existente entre eles e o preenchimento de vazios assistenciais

constituem o cerne do esforço a ser empreendido nos próximos anos. Tal

organização deve permitir o atendimento das necessidades de saúde e o

aperfeiçoamento da gestão, neste incluídos a eficiência do gasto e o

financiamento adequado (Plano Nacional de Saúde – PNS, 2012-2015).

Nesse contexto, a estruturação e articulação da rede de atenção à saúde

em Praia Grande visa à organização do sistema, dentro de um modelo de

atenção com conceito amplo de saúde que direcione a intervenção e resposta às

necessidades de saúde dos usuários.

Até a década de 80, a assistência à saúde no município de Praia Grande

se resumia a três Prontos Socorros, sob a responsabilidade do Município, um

Centro de Saúde, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde e

um Hospital Filantrópico, com características de Hospital Geral. Os pacientes

residentes eram referendados para os municípios de São Vicente e/ou Santos, os

quais possuíam Ambulatórios de Especialidades administrados pelo nível federal.

Com o advento das Ações Integradas de Saúde, foi dado início à

descentralização das Ações Básicas de Saúde. No final da década de 80 ocorreu

a municipalização da Assistência à Saúde, passando para a administração

municipal a responsabilidade das Ações Básicas de Saúde, época em que foram

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39

implantadas oito Unidades Básicas de Saúde e um Ambulatório de

Especialidades.

Assim, deu-se início à incorporação dos princípios preconizados pelo

SUDS, estruturando hierarquicamente o Sistema de Saúde através de Referência

e Contra Referência.

No ano de 2001 a rede de saúde era composta por 27 unidades de saúde

pública:

14 unidades básicas de saúde – Multiclínicas;

01 unidade de saúde da família – USAFA São Jorge;

08 unidades de especialidades (CTAP, SAE, CRATH, HD – AIDS,

Ambulatório de Saúde Mental, Núcleo de Reabilitação Física e Mental, CEMAS e

Laboratório);

02 prontos socorros;

01 Hospital Geral – Santa Casa (filantrópico)

01 unidade de retaguarda à saúde pública – serviço de apreensão de

animais.

Em março de 2014, a rede contava com 38 unidades, apresentando a

seguinte formatação:

17 unidades de saúde da família;

04multiclínicas;

09 unidades de especialidades (CTAP, SAE, CRATH, HD – AIDS,

Ambulatório de Saúde Mental, Núcleo de Reabilitação Física e Mental, CEMAS,

Laboratório e CAPS II);

02 prontos socorros;

01 Centro de Controle de Zoonoses;

01 Ouvidoria Municipal;

01 Central de Regulação.

01 Hospital Municipal “Irmã Dulce” (contratualizado)

01 Unidade de Pronto Atendimento – UPA

01 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU

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4.2 Modelo de Atenção

O Modelo de Atenção é um sistema lógico que organiza o funcionamento

das Redes de Atenção à Saúde, articulando, de forma singular, as relações entre

os componentes da rede e as intervenções sanitárias. Estes, por sua vez, devem

estar definidos em função da análise situacional considerando os perfis

demográficos, epidemiológicos e os determinantes sociais da saúde, vigentes em

determinado tempo, em determinada sociedade (Mendes, 1993).

As Redes de Atenção a Saúde (RAS) são arranjos organizativos de

ações e serviços de saúde, diferentes densidades tecnológicas, que integradas

por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a

integralidade do cuidado (BRASIL, 2010). Para SMS, a integralidade é um dos

princípios mais desafiadores do SUS, pois considera as características singulares

das condições agudas e crônicas (Quadro 17) vivenciadas por sujeitos em

condições sociais diversas, o que torna complexa a resposta a ser dada pelos

cuidados em saúde.

Quadro 17- Diferença entre as Condições Agudas e as condições crônicas em

saúde

Condições Agudas

Condições Crônicas

Duração curta Duração longa

Manifestação abrupta Manifestação gradual

Autolimitadas Não autolimitadas

Diagnóstico e prognóstico usualmente precisos Diagnóstico e prognóstico usualmente incertos

Intervenção usualmente efetiva Intervenção usualmente com alguma incerteza

Resultado: a cura Resultado: o cuidado

Centradas no cuidado profissional Centradas no autocuidado orientado

Conhecimento e ação clínica concentradas no profissional

Conhecimento e ação clínica compartilhados pelos profissionais e usuários

FONTE: Von Korff (1997); Holman &Lorig (2000). Organização Mundial da Saúde (2003); Mendes (no prelo).

Ao se reconhecer as características das condições de saúde e as

condições sociais dos usuários, a singularidade do cuidado prestado precisa

estar organizada para responder de forma qualificada aos problemas

identificados. Para isto, é necessário o fortalecimento de estratégias de cuidado

que integre todas as esferas de atenção e que sejam compartilhadas e

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reconhecidas entre os serviços e as partes interessadas - gestores, trabalhadores

e usuários. Entre elas, a SMS destaca a necessidade de implementação e

fortalecimento da regionalização, das redes de atenção, das linhas de cuidado e

do acolhimento, descritos a seguir.

4.3 Atenção Primária em Saúde

Considerada a principal porta de entrada do SUS, a Atenção Primária à

Saúde (APS) fundamenta-se pela atuação sobre a promoção e prevenção da

saúde, com foco nas causas mais prevalentes de agravos que acometem a

população, além do manejo sobre as doenças existentes. Para cumprir essa

atuação, precisa estar dispersa em quantidade e qualidade suficiente no território

local, considerando os seus atributos (Starfield, 2002, p. 61): Atenção ao

primeiro contato, que implica a acessibilidade do serviço pela população, que

precisa perceber que o serviço está disponível para atendê-la;

Longitudinalidade, geradora de vínculo pelo reconhecimento do uso do serviço

ao longo do tempo e pela cooperação mútua entre profissionais e usuários;

Integralidade, compreendida como arranjos desenvolvidos pelas equipes para

que os usuários tenham garantidos todos os serviços os quais necessitam, o que

inclui das redes de atenção e as referências assistenciais na saúde e também

intersetoriais; Coordenação (integração) da atenção com foco na sua

continuidade, valorizando e qualificando os prontuários como forma de

reconhecer os problemas de saúde e sociais preexistentes do usuário (história

pregressa) e também organizando as agendas assistenciais de forma a fortalecer

o vínculo e a acessibilidade aos serviços ofertados na unidade e na rede de

serviços.

4.3.1 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo

Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da

Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços,

assim como a resolubilidade, a abrangência e o alvo das ações. Atualmente

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regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, configuram-se

como equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes

de Saúde da Família (ESF), as equipes de atenção básica para populações

específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o Programa

Academia da Saúde.

A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores

municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados

epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão

apoiadas.

4.4 Acolhimento

De acordo com a Política Nacional de Humanização (PNH), acolhimento

é definido como um “Processo constitutivo das práticas de produção e promoção

de saúde que implica responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário,

desde a sua chegada até a sua saída” (BRASIL, 2010). O acolhimento implica

prestar um atendimento com resolubilidade e responsabilidade, orientando,

quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde

para continuidade dos cuidados e estabelecendo articulações com outros

serviços para garantir a eficácia dos encaminhamentos.

Desta construção coletiva, o Acolhimento com Identificação de

Necessidades que passa a ser um referencial para projetos e programas da

Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande, permeando as ações

desenvolvidas por seus profissionais. Tem como propósito a abertura dos

serviços para a demanda, viabilizando o acesso, humanizando o atendimento,

buscando a satisfação do usuário, proporcionando vínculo, melhorando as

condições e ambiente de trabalho, incentivando o trabalho de equipe e

valorizando os trabalhadores da saúde.

Os objetivos gerais do projeto são:

Atender a todas as pessoas que procuram os serviços de saúde,

viabilizando o acesso, oferecendo uma atenção oportuna, eficaz,

segura e ética;

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Reorganizar o processo de trabalho, revertendo a lógica da oferta

e da demanda, através da priorização da clientela de maior

vulnerabilidade, diminuindo as desigualdades, respeitando as

necessidades dos diferentes indivíduos ou grupos populacionais.

Qualificar a relação profissional-usuário, propiciando o respeito, a

solidariedade e o vínculo.

Para isso, objetivos específicos do projeto são:

Acolher o usuário, priorizando aquele com maior necessidade

(biológica, social ou subjetiva);

Eliminar as barreiras burocrático-organizacionais, que dificultam e

limitam o acesso aos serviços;

Tornar os ambientes internos e externos das Unidades de Saúde

mais confortáveis, aconchegantes e acolhedores;

Melhorar a qualidade e quantidade dos equipamentos médicos, de

enfermagem e odontológicos, viabilizando o funcionamento

adequado das Unidades de Saúde;

Fortalecer e otimizar o trabalho das equipes das Unidades de

Saúde, procurando estabelecer cooperação e confiança mútua

entre os seus integrantes;

Estreitar laços com a comunidade local, estabelecendo parceria

com o Conselho Local de Saúde e demais entidades

representativas.

O acolhimento não é apenas um espaço, mas sim uma postura

profissional. Implica compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades.

Desse modo é que o diferenciamos de triagem, pois ele não se constitui como

uma etapa do processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e

momentos do serviço de saúde. O conceito de acolhimento se concretiza no

cotidiano das práticas de saúde por meio de escuta qualificada e da capacidade

de pactuação entre a demanda do usuário e a possibilidade de resposta do

serviço. Nesse sentido, todos os profissionais de saúde fazem acolhimento.

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Entretanto, as portas de entrada dos serviços de saúde, podem demandar a

necessidade de um grupo especializado em promover o primeiro contato do

usuário com o serviço.

4.5 Assistência Especializada

A Atenção Especializada no município de Praia Grande é desenvolvida

por unidades ambulatoriais da rede municipal, que executam serviços de média e

alta complexidade. As unidades responsáveis pelos atendimentos especializados

são:

Centro de Especialidades Médicas Ambulatoriais e Sociais (CEMAS) -

Atendendo nas especialidades: cardiologia, cirurgia geral, cirurgia plástica,

cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia,

hematologia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, oftalmologia, oncologia,

ortopedia, otorrinolaringologia, pneumologia, reumatologia, geriatria, urologia,

fisioterapia, nutrição, assistência social e enfermagem.

Ambulatório de Saúde Mental – Atende nas especialidades de psiquiatria,

psicologia e assistência social.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) – Atende um número pré-

estabelecido de 220 pacientes, de acordo com o processo de credenciamento

junto ao Ministério da Saúde. CRATH – Atende nas especialidades de

tisio/pneumologia, hansenologia, terapia ocupacional, assistência social e

enfermagem.

Serviço de Atenção Especializada (SAE) – Atende com uma equipe

multiprofissional composta de infectologistas, ginecologista, psicólogos,

farmacêutico, assistente social e enfermeiras.

Núcleo de Reabilitação Física e Mental “Henry” – Atende pacientes especiais

até 12 anos, crianças e adultos com déficit auditivo com necessidade ou não de

protetização. Trabalha com equipe multidisciplinar composta por pediatra,

fonoaudiólogas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e

assistentes sociais.

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Hospital - Dia em Aids – Atende com infectologista, enfermeiros e auxiliares de

enfermagem.

Centro de Testagem, Acompanhamento e Prevenção (CTAP) – Atende com

psicólogos e assistentes sociais. Realiza os testes de HIV, assim como

aconselhamentos pré e pós-teste.

A Secretaria de Estado da Saúde/SP a partir do ano de 2009 instalou no

município de Praia Grande uma unidade do AME – Ambulatório Médico de

Especialidades que tem como objetivo complementar o atendimento de

procedimentos de média e alta complexidade ambulatoriais, auxiliando o

município e região na redução da demanda reprimida de pacientes que

aguardam atendimento nessas áreas. Verifica-se uma melhora significativa no

atendimento de procedimentos especializados após esta parceria com o Estado.

A Secretaria de Saúde de Praia Grande após estudos técnicos

estabeleceu dentro das bases legais a ampliação, e a melhoria da qualidade nos

serviços laboratoriais no município, através de parcerias.

4.6 ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

Em 1º de junho de 2004, a prefeitura de Praia Grande requisitou

administrativamente da entidade Praia Grande – Ação Médica Comunitária, o

prédio da Santa Casa de Praia Grande (atual Hospital Municipal Irmã Dulce)

requisitando os bens móveis, imóveis e insumos, passando a municipalidade a

gerenciar o hospital até que a entidade Praia Grande Ação Médica Comunitária,

que administrava a unidade, tivesse condições de regularizar suas dívidas com o

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Instituto Nacional de

Seguro Social (INSS) e pudesse, assim, assinar convênio que permitiria o

repasse de recursos do SUS e a continuidade do pagamento das equipes

médicas, as quais estavam paralisadas.

Após dois anos de intervenção municipal de ordem administrativa, a

Prefeitura de Praia Grande, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

celebrou um Contrato de Gestão com uma entidade qualificada no município

como Organização Social de Saúde (OSS), como objetivo de melhorar a

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qualidade da assistência hospitalar no município. Foi elaborado um Plano

Operativo Anual (POA) que estabeleceu as metas quantitativas e qualitativas a

serem atingidas pelo hospital e fiscalizadas pelo gestor municipal, neste caso, a

Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande.

O único hospital público da Estância Balneária de Praia Grande é desde

2008 gerenciado no modelo de Contrato de Gestão com uma Organização Social

de Saúde (OSS).

A gestão compartilhada entre FUABC – Prefeitura da Estância Balneária de

Praia Grande (PEBPG) foi homologada em 17 de julho de 2008 e a assinatura do

contrato de gestão ocorreu em 30 de julho daquele ano.Foi um momento histórico

para a Fundação do ABC-Faculdade de Medicina do ABC, que deixaram seu

local de atuação tradicional para levar conhecimento (know-how) e dedicação a

outras regiões do Estado mais carentes.

Em mais de 11 mil metros quadrados de área construída, o HMID ocupa

prédio construído com seis pavimentos (cinco andares mais o térreo) e parte das

instalações da antiga Santa Casa devidamente reformada.

O Hospital Municipal Irmã Dulce (HMID) conta com áreas de UTI Adulto,

Infantil e Neonatal, Centro Cirúrgico e Centro Obstétrico, Maternidade, Farmácia,

Ala de Internação Pediátrica com Brinquedoteca, clínicas Médica e Cirúrgica,

entre outros.

O Hospital possui ainda um conjunto de equipamentos e serviços para a

realização dos Serviços de Apoio ao Diagnóstico e Tratamento, sendo alguns

serviços e equipamentos próprios e outros funcionando sob o regime de contrato

de prestação de serviços.

O HMID desenvolve programas específicos de Atenção ao paciente

internado nas clinicas abaixo discriminadas, visando obter um atendimento

resolutivo, dentro dos preceitos legais e observando o disposto nas legislações

vigentes e a serem implantadas, visando sempre à melhoria do atendimento e a

observação dos preceitos fundamentais do SUS - Sistema Único de Saúde, no

que diz respeito à Integralidade, Equidade e Universalidade do atendimento, nas

seguintes clínicas e especialidades:

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Clínica Médica

Clínica Cirúrgica

Clínica Obstétrica

Clínica Pediátrica

Clínica Psiquiátrica

UTI Adulto

UTI Infantil e Neonatal

Dentro de seu programa de atenção ao paciente cirúrgico o HMID oferece

as seguintes especialidades cirúrgicas:

Cirurgia bucomaxilofacial (média complexidade)

Cirurgia de gineco-obstetrícia (média complexidade)

Cirurgia geral (média complexidade)

Cirurgia neurológica (média e alta complexidade)

Cirurgia otorrinolaringológica (média complexidade)

Cirurgia plástica (média complexidade)

Cirurgia proctológica (média complexidade)

Cirurgia trauma-ortopédica (média complexidade)

Cirurgia urológica (média complexidade)

Cirurgia vascular (média complexidade)

Com relação ao Programa de Apoio ao Diagnóstico e ao Tratamento, o

hospital dispõe dos seguintes serviços:

Endoscopia

Ultrassonografia

Tomografia Computadorizada

Radiologia

Patologia Clinica

Métodos Gráficos

Hemoterapia

A humanização do ambiente hospitalar foi pensada desde o início do projeto

visando a oferecer qualidade no atendimento e melhor estadia aos pacientes,

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familiares e demais usuários. Na maternidade, por exemplo, não existem

berçários. O espaço segue recomendações do Ministério da Saúde e oferece

sistema de alojamento conjunto, em que o recém-nascido permanece no quarto

com a mãe em tempo integral. O atendimento no hospital é exclusivo para

pacientes do SUS - munícipes ou turistas.

Cabe ressaltar que há um convênio entre a municipalidade e a Secretaria de

Estado da Saúde/SP para oferta de leitos SUS, visando a ampliação do acesso à

população da Região Metropolitana da Baixada Santista que necessita de

tratamento cirúrgicos nas áreas de Neurocirurgia, Trauma-ortopedia, Cirurgia

Geral, Clínica Médica, Pediatria, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica,

UTI Adulto e Patologia Obstétrica, sendo que os leitos são utilizados por todos os

municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista.

4.7 Reestruturação da Rede Municipal de Saúde

Segundo dados disponibilizados pela Coordenadoria de Planejamento /

Divisão de Elaboração de Projetos, as propostas de projetos para a

reestruturação da Rede Municipal de Saúde, aprovadas para o período de 2014 a

2014 são:

4.7.1 Projetos para a Atenção Especializada

a) Construção do Centro Especializado em Reabilitação (CER):

Valor da proposta: R$ 2.500.000,00, sendo:

R$ 2.300.000,00: repasse – Ministério da Saúde

R$ 200.000,00: contrapartida Município

b) Reforma CAPS:

Valor da proposta: R$ 1.900.000,00

R$ 600.000,00: CAPS ADIII Boqueirão (transformar o CAPS ADII em ADIII)

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R$ 550.000,00: CAPS i (reforma de imóvel para adequar as instalações da

unidade para o efetivo funcionamento da atenção psicossocial da criança e do

adolescente com transtornos mentais)

R$ 600.000,00: CAPS II Mirim: NOVO SERVIÇO

c) Construção do Centro de Diagnóstico de Mama (em discussão

técnica):

Valor da proposta: R$ 1.500.000,00

R$ 1.380.000,00: repasse MS

R$ 120.000,00: contrapartida Município

d) Aquisição de Equipamentos para Atenção Especializada - HMID e

CEMAS:

Valor da proposta R$ 2.000.000,00

e) Aquisição de Equipamentos Atenção Básica:

Valor da proposta R$ 1.692.000,00

4.7.2 Projetos para a Atenção Básica

a) Construção de Unidades de Saúde da Família

- Ocian: R$ 773.000,00 (repasse MS)

- Calipal: R$ 773.000,00 (repasse MS)

- Rio Branco: R$ 773.000,00 (repasse MS)

- Maracanã: R$ 773.000,00 (repasse MS)

- Aloha: R$ 408.000,00 (repasse MS)

b) Reforma de Unidade Básica de Saúde

- Boqueirão: R$ 240.702,62 (repasse MS)

c) Academias de Saúde: Intermediaria: R$ 100.000,00 (repasse MS)

- Maracanã

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- Rio Branco

- Melvi

- Samambaia

- Calipal

- Aloha

- Santa Marina

- Ocian

d) Rede Cegonha: reforma ambiência HMID: R$ 250.000,00 (repasse MS)

4.8 Regulação e Informatização da Rede Municipal de Saúde 4.8.1 Regulação do acesso aos serviços de saúde

Em uma revisão sobre o conceito de regulação em saúde no Brasil,

Oliveira e Elias (2012) destacam a variedade de significados, abordagens e

finalidades (ora inter-relacionada, ora divergente) a que o assunto remete.

Em seu trabalho, os autores retomam o assunto sobre diferentes prismas,

relembrando sua vinculação às idéias de controle, equilíbrio, adaptação e

direção. O controle manifesta-se no padrão técnico e burocrático de ajustamento

e regramento adotado pela trajetória da regulação em saúde no Brasil. Nas

teorias econômicas, sociais e políticas, a idéia de equilíbrio atrela-se a de

correção e conservação de sistemas. Já com base na idéia de adaptação,

influenciada pelas teorias da cibernética e complexidade, a regulação ganha

também uma dimensão conceitual de interação e transformação. Finalmente, a

idéia de direção é relacionada à negociação e comando exigidos no processo

regulatório em saúde.

A política de regulação no Brasil deixa indícios da forte relação público-

privada na história da consolidação do sistema de saúde brasileiro (Elias, 2004).

Das propostas de financiamento que culminaram com a criação do Instituto

Nacional de Previdência Social (Mendonça et al., 2006) ao surgimento das

agências regulatórias (ANVISA e ANS) no contexto da reforma do Estado

brasileiro na década de 90 (Pacheco,2006; Gelis Filho, 2006), esta configuração

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reflete as diferentes matizes conceituais da regulação nacional e a forma como o

Sistema Único de Saúde estruturou sua Política Nacional de Regulação.

FONTE: Louvison, 2011.

Figura – Dimensões da atuação regulatória

A Figura acima resume os conceitos presentes na Portaria GM nº 1.559,

de primeiro de agosto de 2008, que consagra a organização da atuação

regulatória em três grandes dimensões: a Regulação de Sistemas de Saúde, a

Regulação da Atenção à Saúde e a Regulação do Acesso à Assistência (Brasil,

2008a).

A regulação assistencial, ou microrregulação, engloba o conjunto de

relações, saberes, tecnologias e ações que intermedeiam a demanda e o acesso

dos usuários aos serviços de saúde (Brasil, 2006b), objetivando promover a

eqüidade do acesso, garantindo a integralidade da assistência e permitindo

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oferecer a melhor alternativa assistencial disponível às necessidades do cidadão,

de forma equânime, ordenada, oportuna e racional (Brasil, 2007a). Institui ao

poder público o desenvolvimento de sua capacidade sistemática em responder às

demandas de saúde em seus diferentes níveis e etapas do processo assistencial,

enquanto um instrumento ordenador, orientador e definidor da atenção à saúde,

fazendo-o de forma rápida, qualificada e integrada, com base no interesse social

e coletivo (Brasil, 2006a).

Camargos et al., também em 2006, observam aspectos mais operacionais

acrescentando à regulação pressupostos de identificação da necessidade do

usuário, a análise da demanda, o dimensionamento coerente da oferta baseado

no conjunto da rede prestadora, a adoção de procedimentos de saúde baseados

em evidências e avaliações econômicas (custo-efetividade e custo-utilidade), o

planejamento do trajeto assistencial, o acesso qualificado e resolutivo dos

usuários aos serviços, o controle inteligente dos recursos físicos, financeiros e

humanos, o monitoramento do pós-cuidado, e, por fim, a chancela do ingresso,

de modo articulado, de mecanismos ajustados de auditoria e ouvidoria.

Em referência ao reconhecimento das necessidades dos usuários, o

Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Brasil, 2007a) destaca:

Nem toda demanda é necessidade, posto poder estar sendo gerada

pelo apelo de grupos específicos e pelos prestadores de serviços. Nem

toda necessidade é demandada pela população, porém requer o

discernimento do gestor para o seu enfrentamento (p. 21).

Partindo-se deste entendimento sobre regulação assistencial, os três entes

federados depararam-se com a necessidade de definir responsabilidades e de

estabelecer a regulação não apenas como um instrumento de garantia do

acesso, mas como uma ferramenta de gestão do sistema de saúde (Brasil,

2007a).

Buscando a operacionalização dos conceitos, a Política Nacional de

Regulação (Brasil, 2008a) reforça a sugestão do Complexo Regulador como a

estrutura que operacionaliza as ações da regulação do acesso, podendo ter

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caráter Estadual, Regional e Municipal. Segundo esta política, a existência da

estrutura física do Complexo Regulador Assistencial viabiliza a atividade

regulatória aproximando os diversos intervenientes do sistema e conferindo ao

poder público o desenvolvimento de sua capacidade sistemática em responder às

demandas de saúde em seus diferentes níveis e etapas do processo de

assistência (Brasil, 2000b).

No âmbito municipal, este complexo seria organizado pela Central de

Regulação de Consultas e Exames (responsável pela regulação ambulatorial),

pela Central de Regulação de Internações Hospitalares (regulando o acesso

hospitalar eletivo e, eventualmente, de urgência) e a Central de Regulação de

Urgências (regulando o atendimento pré-hospitalar de urgência e, dependendo

do serviço, os leitos hospitalares de urgência). Na esfera estadual, a portaria

destaca a estrutura de uma Central Estadual de Regulação da Alta

Complexidade.

Frente a esta construção conceitual de estrutura física, Vilarins (2010)

destaca alguns desafios na implantação da regulação do

acesso:redimensionamento da oferta (qualificando a utilização de recursos

assistenciais e financeiros), informatização dos serviços (de modo a se ter uma

rede lógica que facilite o funcionamento dos fluxos operacionais),

desenvolvimento de recursos assistenciais(com base em critérios

epidemiológicos), aplicação dos protocolos operacionais de regulação (com vistas

a induzir a melhor alternativa terapêutica para os usuários dos serviços

regulados) e combate a fluxos paralelos (baseados em relações pessoais e

outros critérios não científicos ou não-pactuados).

Estabelecidos os propósitos e objetivos da regulação do acesso, resta o

enfrentamento das gigantescas dificuldades para sua implementação frente à

ainda incipiente realidade regulatória vigente (particularmente em escala

municipal) e à atuação de diversos grupos de interesses (envolvendo diretamente

a contratualização, produção e o controle do desempenho dos agentes que

atuam no sistema), tornando a regulação uma área crítica, permeada de conflitos

(Farias et al, 2011).

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Assim, buscando consonância conceitual com a realidade nacional, o

município de Praia Grande, em junho de 2009, como uma das primeiras ações de

intervenção, inaugurou as atividades de seu Complexo Regulador. Adotou-se a

nomenclatura padrão do Ministério da Saúde sendo constituído na forma de três

centrais: Central de Regulação de Consultas e Exames Ambulatoriais, Central de

Regulação de Internações Hospitalares e a Central de Regulação de Urgência e

Emergência (Brasil, 2006a).

Anteriormente à criação de tal estrutura, o município contava com uma

central de vagas restrita ao gerenciamento de filas de espera de procedimentos

de maior custo ou complexidade (particularmente relacionadas às referências

intermunicipais na Programação Pactuada e Integrada (PPI) do Município.

Nesta antiga central de vagas, poucos funcionários de nível médio

exerciam atividades de agendamento ambulatorial e hospitalar, assessorados por

dois médicos auditores que realizavam atividade de autorização.

Dessa forma, as atividades de regulação imiscuíam-se às atividades de

auditoria. Ou seja, os auditores – que a princípio deveriam apenas emitir parecer

sobre a conformidade dos serviços estabelecidos – atuavam como médicos

reguladores em um processo inequivocamente regulatório de autorização.

Adicionalmente, a maior parte dos processos de agendamento era

controlada por unidades executantes de serviços que detinham o poder da oferta

de vagas com grau variável de qualidade de gerenciamento. Era o que ocorria

com as filas de espera de especialidades médicas ambulatoriais que eram

gerenciadas pela recepção do centro de especialidades do município (estando,

portanto, sujeitas a um processo manual, subjetivo, não sistemático e sob

influência de usuários, funcionários e agentes políticos).

A implantação do Complexo Regulador possibilitou a avaliação do Plano

Diretor de Regionalização e Programação Pactuada e Integrada vigentes,

deflagrando-se a reorganização do processo regulatório: definição da área de

abrangência e capacidade instalada de serviços, definição do fluxo de

informações (delineando o perfil das unidades solicitantes e executantes), rotinas

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operacionais (locais, horários de funcionamento, preparos, protocolos de acesso,

etc.) e demais atividades a serem abordadas nos próximos subcapítulos.

Processos administrativos foram criados para documentar os fluxos de

trabalho, metodologias de agendamento e definição das atribuições específicas

dos diferentes envolvidos (no complexo regulador municipal e nas unidades

solicitantes e executantes).

FONTE: Complexo Regulador, 2010 (Processo Administrativo 883/2011).

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No processo de estruturação das centrais de regulação criadas, buscou-se

garantir o adequado efetivo de recursos humanos necessários ao bom

funcionamento dos fluxos de trabalho pré-determinados. Estava-se ciente de que,

conforme o crescimento municipal ocorresse, atividades que eram realizadas por

um único profissional (que poderia eventualmente acumular mais de uma tarefa)

poderiam exigir mais do que um profissional por etapa.

FONTE: Complexo Regulador, 2010.

A figura acima ilustra as etapas do fluxo interno implantado nas centrais do

município de Praia Grande em 2009: protocolização, regulação, autorização,

Protocolista

Operador de sistemas

informatizados de

agendamento

videofonista

Médico

Regulador

Autorizador

Arquivista

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arquivamento, agendamento, videofonia e devolutiva (através de nova

protocolização).

Após esta breve súmula, apresenta-se nos subcapítulos abaixo a estrutura

atual do Complexo Regulador da SESAP.

4.8.2 O Complexo Regulador de Praia Grande

COORDENAÇÃO GERAL

Atribuições: Responsável pela administração dos serviços do Complexo Regulador da

SESAP.

Coordena a regulação do acesso à assistência, oferecendo subsídios a

gestão dos Sistemas de Saúde e Atenção à Saúde;

Organiza as diretrizes de ação e compila os relatórios de gestão

provenientes das Centrais de Regulação.

Oferece assessoria técnica às comissões intervenientes do processo

regulatório;

Desenvolve protocolos assistenciais e de regulação do acesso,

monitorando sua aplicação em processo contínuo de adequação à

realidade municipal;

Normaliza os fluxos de trabalho e desenvolve justificativa técnica à

expansão da capacidade instalada de serviços;

Assessora na gestão de contratos e na incorporação de tecnologia em

saúde;

Promove análise alocativa de leitos hospitalares e de serviços

ambulatoriais;

Elabora estudos de economicidade e custo-efetividade na prática dos

serviços de saúde municipal;

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Compila parâmetros assistenciais e normativas técnicas ao aprimoramento

de planos operativos e planos de trabalho de parcerias público-privadas;

Oferece subsídios ao desenvolvimento de parecer técnico-jurídico

lastreado em revisão sistemática da literatura médica;

Auxilia a capacitação das equipes de saúde em seus períodos de

Educação Permanente, zelando pela ciência dos protocolos e normas

vigentes do Complexo Regulador Municipal;

Assessora no aperfeiçoamento da integralidade intermunicipal e no

desenvolvimento de ferramentas de avaliação da Programação Pactuada e

Integrada;

Integra os processos de trabalho, harmonizando a interface entre a rotina

clínica e a gestão de serviços;

CENTRAL DE REGULAÇÃO AMBULATORIAL DE CONSULTAS E EXAMES:

CENTRAL DE REGULAÇÃO DE CONSULTAS E EXAMES AMBULATORIAIS (CRA) RECURSOS HUMANOS

Coordenador 01

Secretária 01

Protocolista 01

Operadores do Sistema 04

Videofonistas 01

Reguladores/autorizadores 02

INTERVENIENTES/COMISSÕES

Comissão Especial de Avaliação de Cadastramento e Credenciamento de Profissionais e Serviços de Saúde

Coordenação de Educação Permanente da Atenção Básica

ATRIBUIÇÕES GERAIS: Gerencia a regulação do acesso à assistência pertinente às atividades

ambulatórias;

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Analisa a situação de demandas reprimidas de serviços de saúde e a

capacidade instalada para a realização dos procedimentos e serviços

cadastrados;

Faz cumprir as normas técnicas específicas para procedimentos

desenvolvidos na rede municipal de saúde;

Avalia o sistema de referência e contra-referência, o sistema de controle

de vagas e marcação de consultas e encaminhamentos;

Identifica distorções, promovendo correções e aperfeiçoamento do

atendimento;

Promove processo educativo com vistas à melhoria da qualidade do

atendimento na busca da satisfação do usuário;

Otimiza a utilização dos recursos disponíveis;

Fornece subsídios aos processos de planejamento, controle e avaliação;

Subsidia o processo de programação pactuada e integrada (PPI);

Operacionaliza estratégias regionais, visando garantir uma rede

assistencial regionalizada e hierarquizada, através do Plano Diretor de

Regionalização (PDR), Plano Diretor de Investimento (PDI) e da

Programação Pactuada e Integrada (PPI);

Avalia as necessidades de saúde, de planejamento e de programação,

englobando aspectos epidemiológicos e logísticos, tais como recursos

humanos, materiais, financeiros e informacionais, necessários ás áreas

administrativa e assistencial, para que sejam atendidas as necessidades

da população;

Autoriza procedimentos ambulatoriais, com base em protocolos da

regulação à luz de protocolos clínicos e operacionais regulamentados pelo

gestor municipal;

Oferece a melhor alternativa assistencial para a demanda do usuário,

considerando a disponibilização assistencial;

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Organiza e garante o acesso da população a ações e serviços em tempo

oportuno, de forma ordenada e equânime;

Organiza a oferta de ações e serviços de saúde, adequando-as às

necessidades demandadas pela população;

ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS: Coordenação:

Coordena a Central de Regulação de Consultas e Exames, zelando pelos

aspectos técnicos e administrativos;

Emite relatórios mensais, alertando sobre parâmetros assistenciais como

índices de protocolo de atendimento, desequilíbrios na relação

oferta/demanda e anormalidades no fornecimento de vagas pelas

unidades executantes.

Recepção:

Oferece o primeiro atendimento ao munícipe, informando/direcionando o

mesmo ao correto atendimento;

Protocoliza o ingresso de solicitações em sistema informatizado pertinente,

alertando sobre a existência de não conformidade;

Auxilia os Médicos Reguladores/Autorizadores na digitação de

autorizações e em fluxo de documentos internos/externos;

Orienta sobre fluxos e demais atividades desenvolvidas pelo Complexo

Regulador Municipal.

Recepciona o fluxo de protocolos e malotes das unidades;

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Protocolista:

Protocoliza o ingresso de solicitações em sistema informatizado pertinente,

alertando sobre a existência de não conformidade;

Recepciona o fluxo de protocolos e malotes das unidades;

Operadores do Sistema:

Em posse das filas de espera informatizadas da Central Ambulatorial,

promove o agendamento no sistema entre as diferentes plataformas

informatizadas existentes na região de governo da Baixada Santista e

Estado de São Paulo;

Atualiza o estado do usuário na lista de protocolos (atendidos,

desistências, falecimentos, extravios, desaparecidos, agendados, etc.);

Videofonista:

Norteado pela ação do operador de sistema, promove a comunicação de

agendamento de consulta ao usuário;

Entrega ao protocolista o conjunto de usuários agendados

Regulação Intra-municipal

Promove a regulação do sistema de agendamento ambulatorial

informatizado do centro de especialidades médicas (CEMAS) ou outra

Unidade Executante localizada nos limites geográficos do município;

Capta a oferta de vagas disponibilizada pelos especialistas das Unidades

Executantes, distribuindo-as às Unidades Solicitantes através de

metodologia estabelecida pela coordenação;

Calcula a quantidade de retornos a serem realizados no mês por

especialidade;

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Alerta sobre a ocorrência de desequilíbrios na oferta de primeira consulta,

retornos e exames.

Oferece atendimento ao público, esclarecendo dúvidas e promovendo

agendamento de consultas e exames de natureza restrita.

Regulação Intermunicipal

Promove a regulação do sistema de agendamento ambulatorial das

Unidades Executantes não pertencentes ao município;

Capta, à luz da Programação Pactuada e Integrada (PPI), a oferta de

vagas disponibilizada pelas Unidades Executantes de referência,

distribuindo-as às Unidades Solicitantes através de metodologia

estabelecida pela coordenação;

Busca ampliar a oferta e agilizar o fluxo de trabalho entre os sujeitos

intermunicipais;

Estabelece intermediação de consultas e exames realizados pelo DRS IV;

Alerta sobre a ocorrência de desequilíbrios na oferta de primeira consulta,

retornos e exames.

Oferece atendimento ao público, esclarecendo dúvidas e promovendo

agendamento de consultas e exames de natureza restrita.

Reguladores/autorizadores

Autoriza exames, consultas e procedimentos sob regulação direta

(Referência e Contra-Referência);

Avalia a disponibilidade de recursos, regulando as autorizações;

Autoriza exames que o município possui contrato regulando seu acesso

(Radiodiagnóstico, Mamografia, Colonoscopia, Retossigmoidoscopia,

Exames oftalmológicos, etc.);

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CENTRAL DE REGULAÇÃO INTERNAÇÕES HOSPITALARES:

CENTRAL DE REGULAÇÃO DE CONSULTAS E EXAMES RECURSOS HUMANOS

Coordenador 01

Secretária 01

Recepção do HMID 03

INTERVENIENTES/COMISSÕES

Funcionários e Cirurgiões do Hospital Municipal Irmã Dulce

Comissão Executiva do Contrato de Gestão do Hospital Municipal Irmã Dulce

Comissão Técnica de Cirurgias Eletivas

Central de Regulação de Urgências (CRUE)

ATRIBUIÇÕES GERAIS:

Gerenciamento da regulação do acesso aos leitos hospitalares eletivos,

particularmente de cirurgias eletivas;

Registro das solicitações mensais de cirurgias eletivas discriminadas por

origem e data de solicitação;

Gestão do sistema informatizado de agendamento de cirurgias eletivas e

retenção das fichas de interconsulta de dispensas e contra-indicações

cirúrgicas;

Avaliar o sistema de referência e contra-referência e encaminhamentos

entre as instâncias envolvidas;

Identificar distorções, promover correções e buscar um aperfeiçoamento

do atendimento, procurando obter melhor relação custo/benefício na

política de atendimento das necessidades do paciente;

Promover o equacionamento entre as solicitações cirúrgicas, exames pré-

operatórios e interconsultas de anestesia;

Ofertar relatório mensal que dimensiona a incidência média de

solicitações, índice de autorizações e realizações cirúrgicas estratificados

por especialidade;

Alimentar o sistema de controle de indicadores do Plano Operativo Anual

Hospitalar na especialidade obstétrica;

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Oferecer número de protocolo de atendimento ao usuário, orientando-o ao

longo do fluxo de trabalho e preparos clínicos necessários aos

procedimentos;

Realizar o processo de autorização dos procedimentos hospitalares

eletivos, adequando-os a legislação vigente e as normatizações de

faturamento;

Otimizar a utilização dos recursos disponíveis;

Fornecer subsídios aos processos de planejamento, controle e avaliação;

Oferecer a melhor alternativa assistencial para a demanda do usuário,

considerando a disponibilização assistencial;

Organizar e garantir o acesso da população a ações e serviços em tempo

oportuno, de forma ordenada e equânime.

ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS

ATENÇÃO BÁSICA (Processo I):

Faz o primeiro diagnóstico, indicando a necessidade de cirurgia eletiva à

luz dos protocolos de acesso às cirurgias eletivas;

Agenda consulta no CEMAS através de Ficha de Encaminhamento

corretamente preenchida;

Reavalia e acompanha os pacientes que receberam contra-indicação ao

ato cirúrgico dentro de seu nível de complexidade;

Mantém acompanhamento clínico do usuário após avaliação pós-

operatória.

ESPECIALISTAS DO CEMAS (Processo II):

Avalia a indicação cirúrgica provinda da Atenção Básica ou indicação

cirúrgica do paciente atendido no setor de especialidade;

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Responde à Ficha de Interconsulta, ratificando ou contra-indicando o

procedimento cirúrgico;

Orienta o usuário a procurar a recepção da Central de Regulação de

Internações Hospitalares independentemente do conteúdo da resposta à

Ficha de Encaminhamento

Reavalia e acompanha os pacientes que receberam contra-indicação ao

ato cirúrgico dentro de seu nível de complexidade.

RECEPÇÃO DE CIRURGIAS ELETIVAS (Processo III /VI/ VIII / X):

Recepciona o paciente provindo da avaliação pelos especialistas do

CEMAS;

Recepciona a Ficha de Encaminhamento com indicação cirúrgica, retendo-

a;

Promove o acompanhamento do usuário ao longo do fluxo de atendimento

cirúrgico, orientando-o nos processos de agendamento de consultas,

exames, avaliação anestésica e preparos clínicos necessários;

Alimenta o Sistema Informatizado de agendamento de Cirurgias Eletivas,

através do preenchimento dos formulários disponíveis;

Oferece número de protocolo de atendimento e retém as fichas de

encaminhamento dispensadas de procedimento cirúrgico (entregando-as à

coordenação da Central de Regulação de Internações Hospitalares;

Imprime o relatório de consultas diárias dos cirurgiões, entregando-o com

um dia de antecedência à recepção do CEMAS para disponibilização dos

prontuários médicos;

Agenda, com prioridade, exames pré-operatórios indicados pelos

cirurgiões do hospital municipal anotando como justificativa da prioridade o

número de protocolo de atendimento do CRIH (Processo V);

Agenda, com prioridade e após a realização dos exames pré-operatórios, a

avaliação com o anestesista, cardiologista ou outra interconsulta clínica

necessária ao procedimento cirúrgico (Processo VI);

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Recepciona a Autorização de Internação Hospitalar, preenchendo o dia da

internação e retendo-a para a autorização médica (Processo VIII);

Agenda as perícias e autorização cirúrgicas, operacionalizando a grade

horária do médico autorizador (Processo VIII);

Encaminha a guia autorizada de AIH para o HMID;

Recepciona o relatório de justificativa de não realização cirúrgica

promovida pelo HMID quando houver cancelamento do ato operatório

(Processo X);

Gerencia a logística de prontuários e documentos, zelando pelo seu

adequado arquivamento;

Recepciona e operacionaliza o fluxo de protocolos e malotes ao Complexo

Regulador Municipal.

CIRURGIÕES DO HMID (Processo IV / VII):

Avalia a indicação cirúrgica provinda dos Especialistas do CEMAS;

Retém as Fichas de Encaminhamento que recebam contra-indicação

cirúrgica, entregando-as à recepção da Central de Regulação de

Internações Hospitalares;

Solicita os exames pré-operatórios e as interconsultas clínicas que se

fizerem necessárias;

Orienta o usuário a procurar a recepção da Central de Regulação de

Internações Hospitalares independentemente do conteúdo da resposta à

Ficha de Encaminhamento;

Reavalia os resultados de exames pré-operatórios e as respostas de

interconsultas (Processo VII);

Preenche a Autorização de Internação Hospitalar, entregando-a à

recepção da CRIH com data definida da cirurgia (Processo VII);

Promove a reavaliação pós-operatória, emitindo orientações - em

receituário - à Atenção Básica quando se fizerem necessárias condutas

especiais.

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ANESTESISTA /INTERCONSULTA COM ESPECIALISTA ( Processo VI):

Analisa o resultado dos exames solicitados pelos cirurgiões do HMID;

Solicita exames pré-operatórios e interconsultas clínicas que se fizerem

adicionalmente necessários;

Avalia o risco cirúrgico do usuário, liberando-o para cirurgia caso não haja

contra-indicação;

Retém as Fichas de Encaminhamento que recebam contra-indicação

cirúrgica, entregando-as à recepção da Central de Regulação de

Internações Hospitalares;

Orienta o usuário a procurar a recepção da Central de Regulação de

Internações Hospitalares independentemente da conduta adotada;

Avalia os resultados de exames pré-operatórios e as respostas de

interconsultas (adicionalmente realizados);

COORDENAÇÃO/ CENTRAL DE REGULAÇÃO DE INTERNAÇÃO

HOSPITALARES (Processo VIII/IX)

Coordena a capacidade instalada mensal de avaliações pré-operatórias,

adequando a disponibilidade de horário dos cirurgiões às metas de

produção cirúrgica;

Gerencia a atividade do serviço de videofonia na convocação dos usuários

em lista de espera;

Zela pelo cumprimento das atribuições pertinentes à Central de Regulação

de Internações Hospitalares;

Desenvolve relatório mensal de cirurgias eletivas;

Promove a avaliação e autorização clínico-cirúrgica dos usuários com

indicação de Cirurgia Eletiva, checando a compatibilidade entre o

diagnóstico, a indicação cirúrgica e a compatibilidade com os sistemas de

informação e faturamento (Processo VIII);

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Controla as cirurgias eletivas realizadas pelo HMID, recebendo os

relatórios de cancelamento e providenciando a realocação do usuário na

fila de espera única.

CENTRAL DE REGULAÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS:

CENTRAL DE REGULAÇÃO URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

Coordenador 01

Assessoria técnica 24h

Plantão Controlador do PSC 24h

INTERVENIENTES/COMISSÕES

Comissão Executiva do Contrato de Gestão do Hospital Municipal Irmã Dulce

SAMU

Comissão de Transporte de Usuários do SUS

Central de Regulação de Internações Hospitalares (CRIH)

ATRIBUIÇÕES GERAIS:

Gerencia a regulação do acesso às urgências e emergências;

Acolhe solicitações de atendimento do SAMU;

Promove a gestão das atividades assistenciais dos prontos-socorros e dos

serviços de pré-atendimento hospitalar de urgência;

Regula o acesso aos leitos hospitalares de urgência e emergência

(municipal e referenciado);

Monitora a capacidade instalada dos serviços, elaborando – se necessária

– justificativa técnica à expansão da oferta;

Avalia o sistema de referência e contra-referência e encaminhamentos

entre as instâncias envolvidas;

Promove a integração e gestão compartilhada com a Central de Regulação

Urgência do Estado (CRUE);

Identifica distorções, promove correções e busca um aperfeiçoamento do

atendimento, procurando obter melhor relação custo/benefício na política

de atendimento das necessidades do paciente;

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Otimiza a utilização dos recursos disponíveis;

Fornece subsídios aos processos de planejamento, controle e avaliação;

Oferece a melhor alternativa assistencial para a demanda do usuário,

considerando a disponibilização assistencial;

Organiza e garante o acesso da população a ações e serviços em tempo

oportuno, de forma ordenada e equânime.

ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS:

Na condição de médico com experiência em urgências e emergências,

responde pela coordenação dos serviços da central em tela emitindo

relatórios mensais de atuação;

Avalia diariamente as indicações de internação hospitalar do PS Quietude,

respondendo pela transferência dos casos ao PS Central ou a Central de

Regulação Única do Estado (CRUE);

Avalia regularmente a média de permanência dos leitos de urgência e

emergência municipais, promovendo resoluções normativas de priorização

dos casos;

Emite pareceres técnicos pertinentes ao setor de urgências e

emergências;

Assessoria Técnica:

Desempenhado por equipe técnica de enfermagem 24h designada pela

SESAP, responde pela gestão das informações pertinentes à regulação do

acesso às urgências e emergências e pela emissão de relatório mensal;

Preenche o Censo de Internação Hospitalar de pacientes em aguardo por

leito hospitalar a mais de 24h;

Digitaliza as informações coletadas no sistema informatizado do CRUE;

Promove o censo de recursos humanos pactuados no convênio/gestão

compartilhada do PSC;

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Emite relatório de internações do Grupo Hiperdia e promove

redirecionamento à Atenção Básica;

Monitora desabastecimentos de serviços e de exames diagnósticos,

reportando – na forma de relatório – atrasos não previstos no atendimento

dos usuários do serviço de urgência;

Recepciona e protocoliza as guias de referenciamento ambulatorial do

PSC.

Plantão Controlador do PSC

Desempenhado pelo médico Chefe de Plantão do PSC (FUABC),

deliberando a indicação de internação hospitalar no HMID, promovendo o

referenciamento à Central de Regulação Única do Estado (CRUE) quando

necessário;

Responsável pela gerência das informações pertinentes a urgências e

emergências no PSC, com atendimento 24h;

Recepciona os encaminhamentos referenciados pelo SAMU e pelas

solicitações telefônicas das demais unidades de saúde da rede municipal;

Responsável pelo fornecimento dos dados necessários ao senso de

internação, que é entregue ao CRUE-PG ao final de cada término de

plantão;

Facilitador da gestão do Censo de Internação Hospitalar, fornecendo

dados sobre pacientes com indicação de internação hospitalar.

Estrutura Logística da Regulação Municipal

Com o propósito de viabilizar e conquistar agilidade nas intervenções

regulatórias foi desenvolvido um serviço especializado de transporte de

documentos oficiais entre todas as unidades da rede para direcionar a demanda

das Unidades Solicitantes para a Central de Regulação e desta para as Unidades

Solicitantes diariamente. Outro fluxo diário foi estabelecido entre a Central de

Regulação para as Unidades Executantes (UE) e a Resposta de inter-consulta

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das UE para a Central de Regulação. Esta estrutura proporcionou a agilidade

necessária à comunicação entre as instâncias da Rede de Saúde, suprindo a

deficiência prévia à instituição do Complexo Regulador.

Tem-se, abaixo, o fluxo logístico estabelecido com o roteiro percorrido

e a estimativa cumulativa de distância e tempo.

Roteiro

1) SESAP – Av. Presidente Kennedy, 8850 (0 Km/0 min) 2) Usafa Ocian – Av. dos Sindicatos, 635 (1 Km/ 2 min)

3) Multiclínica Tupy – Rua Meinacós, 95 ( 3,3 Km/ 6 min)

4) Multiclínica Aviação – Rua Luzia Encarnação Vidal, s/n ( 6,3 Km/ 12 min)

5) Laboratório Municipal – Av Presidente Kennedy, 2030 ( 7,6 Km/ 14 min)

6) CEMAS - Av Presidente Kennedy, 1491 ( 8,1 Km/ 15 min)

7) Complexo Regulador de Praia Grande - Rua Itajuba, S/N (8,1 Km/ 15 min)

8) Pronto Socorro Central – Av. São Paulo, 1014 (Rua MihailoLukich Michel)

(8,8 Km/ 16 min)

9) Hospital Municipal Irmã Dulce - – Av. São Paulo, 1014 (Rua MihailoLukichMichel) ( 8,8 Km/ 16 min)

10) Multiclínica Boqueirão – Av. Presidente Kennedy, s/n ( 9,14 Km/ 17 min)

11) CAPS - Rua Cidade de Santos, 89 ( 10,19 Km/ 19 min)

12) Usafa Forte – Rua Xixová, s/n ( 12,99 Km/ 26 min)

13) UsafaTude Bastos – R. Maria Luzia Lavalle, 68 ( 16,49 Km/ 34 min)

14) Usafa Guaramar – Av. dos Trabalhadores, 1717 ( 19,29 Km/ 49 min)

15) Usafa Vila Sônia – Av. Antônio Cândido da Silva, s/n ( 21,59 Km/ 62 min)

16) Usafa São Jorge – Av. dos Trabalhadores, 4242 ( 23,09 Km/ 66 min)

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17) Usafa Tupiry II – Rua Ildelfonso Galeano, 368 ( 25,49 Km/ 72 min)

18) Pronto Socorro Quietude – Av. Ministro Marcos Freire, s/n ( 26,59 Km/ 74

min)

19) Usafa Quietude – Rua Emanuel Sampaio Seabra Pereira, s/n ( 27,69 Km/ 76 min)

20) Usafa Anhanguera – Rua Josefa Alves de Siqueira, 649 ( 28,49 Km/ 78

min)

21) Usafa Vila Alice – Rua Renata Câmara Agondi, 46 ( 29,29 Km/ 80 min)

22) Usafa Mirim – Rua Guilherme Penteado de Campos, 44 ( 30,99 Km/ 84 min)

23) Núcleo Henry - Rua Guilherme Penteado de Campos, 44 ( 30,99 Km/ 84 min)

24) Usafa Ribeirópolis – Rua Esmeraldo Tarquínio, s/n ( 34,61 Km/ 90 min)

25) PS Samambaia – Av. Estados Unidos, s/n ( 37,71 Km/ 97 min)

26) Usafa Samambaia – Av. das Araucárias, s/n ( 38,81Km/ 100 min)

27) Usafa Melvi – Rua João Caetano, 101 ( 39,81 Km/ 103 min)

28) Usafa Solemar – Av Pres. Kennedy, 18021 ( 53,61 Km/ 117 min)

29) Usafa Real – Rua da Begônias, 453 ( 56,01 Km/ 121 min)

30) Usafa Caiçara – Rua São Jose, 700 ( 61,01 Km/ 128 min)

31) AME – Rua Valter Jose Alves, s/n ( 65,11 Km/ 136 min)

32) SESAP – Rua Jose Borges Neto, s/n ( 66,11 Km/ 138 min)

Assim, o estabelecimento da adequada logística foi uma das peças

fundamentais para a ação regulatória. A experiência vivida mostra que recebeu

grande aceitação e elogios pelos intervenientes da rede Municipal.

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4.8.3 Informatização do acesso

O município de Praia Grande também avançou nos últimos anos em seu

processo de melhoria regulatória com a implantação de um programa de

informatização do acesso. Desde 2009, o município conta com suas filas de

espera de especialidades médicas reguladas por um sistema informatizado

desenvolvido pela SEPLAN ao longo da última década.

Todavia, apesar de contar com ferramentas regulatórias interessantes,

vale destacar que este sistema informatizado apenas tem a capacidade de

gerenciar a interface entre a Atenção Básica e o setor de especialidades médicas

ambulatoriais. Ou seja, todo o setor de urgências e emergências, toda a interface

entre o setor ambulatorial e hospitalar, todas as demais especialidades

municipais (como Núcleo Henry, CRATH, SAE, etc) e a própria Atenção Básica

ainda não foram informatizadas.

Este foi o principal desafio assumido pela nova gestão, conforme poderá

ser visto nas diretrizes apresentadas: promover informatização universal da rede

municipal de Praia Grande. Este fato ampliará em muito a capacidade regulatória

da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande.

CAPÍTULO V – CONTROLE SOCIAL

O conselho municipal de saúde é um órgão colegiado, de caráter

permanente e deliberativo. Por isso deve funcionar e tomar decisões

regularmente acompanhando a execução da política de saúde e propondo

correções e aperfeiçoamento em seus rumos.

A lei 8142/90, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão

do SUS,define, no parágrafo primeiro, artigo segundo, o papel dos conselhos:

atuar na formulação de estratégias e no controle da execução da política de

saúde, incluídos os aspectos financeiros.

O SUS tem como base os princípios de igualdade e da universalidade a

saúde. A participação da comunidade é uma forma de controle social que

possibilita a população, por meio de seus representantes, definir, acompanhar a

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execução e fiscalizar as políticas públicas de saúde. A lei orgânica estabelece

duas formas de participação da comunidade na gestão SUS: as conferências e os

conselhos de saúde.

CAPÍTULO VI – DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES DE SAÚDE

O Plano Municipal de Saúde é espelhado no PNS (Plano Nacional de

Saúde), no PES (Plano Estadual de Saúde) e no PDR (Plano Diretor Regional) e

se complementa a eles, caracterizando-se como um plano global, aprovado por

lei. Não é, portanto, um plano de governo, de rede de saúde, desarticulado dos

vários setores da administração pública e da sociedade.

Este Plano Municipal de Saúde (PMS), dessa forma, considera a Saúde

como sendo estratégica para o combate à exclusão social, e a uma melhor

qualidade de vida de seus munícipes.

Considerando as limitações financeiras e a capacidade para responder

aos desafios da saúde praia-grandense, o PMS deve estabelecer prioridades,

atendendo aos princípios e deveres estabelecidos tanto nas Constituições

Federal e Estadual, como na Lei Orgânica de Praia Grande, em consonância com

as mais prementes necessidades sociais do município.

Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores de Saúde

Diretriz 1 - Garantia do acesso da população a servicos de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da

política de atenção básica e da atenção especializada.

OBJETIVO: Objetivo 1.1 - Utilização de mecanismos que propiciem a ampliação do acesso da atenção básica.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

1 U COBERTURA POPULACIONAL ESTIMADA PELAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA.

70,00 70,00

%

2 U PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO BÁSICA (ICSAB)

19,00 19,00

%

3 U COBERTURA DE ACOMPANHAMENTO DAS CONDICIONALIDADES DE SAÚDE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

55,95 55,95

%

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4 U COBERTURA POPULACIONAL ESTIMADA PELAS EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE BUCAL.

20,40 20,40

%

5 U MÉDIA DA AÇÃO COLETIVA DE ESCOVAÇÃO DENTAL SUPERVISIONADA

2,00 2,00

%

6 E PROPORÇÃO DE EXODONTIA EM RELAÇÃO AOS PROCEDIMENTOS

6,47 6,47

%

OBJETIVO: Objetivo 1.2 - Garantir acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante

aprimoramento da política da atenção especializada.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

7 U

RAZÃO DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE MÉDIA COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE

1,68 1,68

/100

8 U RAZÃO DE INTERNAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DE MÉDIA COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE

1,89 1,89

/100

9 E

RAZÃO DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE ALTA COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE

7,30 7,30

/100

10 E RAZÃO DE INTERNAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DE ALTA COMPLEXIDADE NA POPULAÇÃO RESIDENTE

1,61 1,61

/1000

11 E PROPORÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES COM CONTRATO DE METAS FIRMADO.

100,00 100,00

%

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 1

Garantia do acesso da população a servicos de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção básica e da atenção especializada. Intensificar as ações de escovação supervisionada. Ampliar o número de equipes de saúde bucal. Melhoria da cobertura populacional por equipes de atenção básica.

Diretriz 2 - Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência

(SAMU), de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção.

OBJETIVO: Objetivo 2.1 - Implementação da Rede de Atenção às Urgências.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

12 U

NÚMERO DE UNIDADES DE SAÚDE COM SERVIÇO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E OUTRAS VIOLÊNCIAS IMPLANTADO

8,00 8,00

N.Absoluto

13 E PROPORÇÃO DE ACESSO HOSPITALAR DOS ÓBITOS POR ACIDENTE

57,09 57,09

%

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14 E PROPORÇÃO DE ÓBITOS NAS INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)

20,38 20,38

%

15 E PROPORÇÃO DE ÓBITOS, EM MENORES DE 15 ANOS, NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

9,29 9,29

%

16 E COBERTURA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU 192)

100,00 100,00

%

OBJETIVO: Objetivo 2.2 - Fortalecimento de mecanismos de programação e regulação nas redes de atenção à saúde do SUS.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

17 E PROPORÇÃO DAS INTERNAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA REGULADAS

100,00 100,00

%

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 2

Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção.: As notificações estão sendo realizadas pelas unidades de atendimento de Urgência e Emergência, Hospital e Serviço de Atendimento Especializado (SAE).

Diretriz 3 - Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da "Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade.

OBJETIVO: Objetivo 3.1 - Fortalecer e ampliar as ações de Prevenção, detecção precoce e tratamento oportuno do Câncer de Mama e do Colo de útero.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

18 U

RAZÃO DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS DO COLO DO ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 64 ANOS E A POPULAÇÃO DA MESMA FAIXA ETÁRIA

0,50 0,50

RAZÃO

19 U

RAZÃO DE EXAMES DE MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO REALIZADOS EM MULHERES DE 50 A 69 ANOS E POPULAÇÃO DA MESMA FAIXA ETÁRIA

0,29 0,29

RAZÃO

OBJETIVO: Objetivo 3.2 - Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir acesso, acolhimento e resolubilidade.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

20 U PROPORÇÃO DE PARTO NORMAL 44,00 44,00

%

21 U PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES COM 7 OU MAIS CONSULTAS DE PRE-NATAL.

75,00 75,00

%

22 U NÚMERO DE TESTES DE SÍFILIS POR GESTANTE.

0,33 0,33

RAZÃO

23 U NÚMERO DE OBITOS MATERNOS EM DETERMINADO PERÍODO E LOCAL DE

1,00 1,00

N.Absoluto

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RESIDÊNCIA.

24 U TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL. N/A 15,00

N.Absoluto

24 U TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL. 15,00 15,00

/1000

25 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS INFANTIS E FETAIS INVESTIGADOS

90,00 90,00

%

26 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS MATERNOS INVESTIGADOS

100,00 100,00

%

27 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL (MIF) INVESTIGADOS

95,00 95,00

%

28 U NÚMERO DE CASOS NOVOS DE SÍFILIS CONGÊNITA EM MENORES DE UM ANO DE IDADE

21,00 21,00

N.Absoluto

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 3

Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da "Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade. Muitas crianças nascem em Hospitais de outros municípios, inclusive serviços particulares, nos quais a proporção de partos normais é menor. Alimentação de dados deficitária podendo haver falha no registro das informações. Crescimento desordenado da população principalmente de pessoas em condições sócioeconômicas precárias agravadas pela população flutuante e sazonal e falta de aderência ao pré-natal mediante ao uso de substâncias psicoativas ilícitas. Houve aumento no diagnóstico e captação de casos de sífilis congênita, observando-se que há dificuldade no tratamento da gestante e do parceiro segundo o protocolo do Ministério da Saúde.

Diretriz 5 - Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de

promoção e prevenção.

OBJETIVO: Objetivo 5.1 - Melhoria das condições de Saúde do Idoso e Portadores de Doenças Crônicas mediante qualificação da gestão e das redes de atenção.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

30 U

TAXA DE MORTALIDADE PREMATURA (<70 ANOS) PELO CONJUNTO DAS 4 PRINCIPAIS DCNT (DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO, CÂNCER, DIABETES E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS)

431,80

/100.000

30 U

NÚMERO DE ÓBITOS PREMATUROS (<70 ANOS) PELO CONJUNTO DAS 4 PRINCIPAIS DCNT (DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO, CÂNCER, DIABETES E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS)

N/A

N.Absoluto

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 5

Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e prevenção.: As internações são reguladas pela Secretária de Estado da Saúde de São Paulo, via Departamento Regional de Saúde IV.

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Diretriz 7 - Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde.

OBJETIVO: Objetivo 7.1 - Fortalecer a promoção e vigilância em saúde.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

35 U

PROPORÇÃO DE VACINAS DO CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA COM COBERTURAS VACINAIS ALCANÇADAS

75,00 75,00

%

36 U PROPORÇÃO DE CURA DE CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE PULMONAR BACILÍFERA

76,00 76,00

%

37 U PROPORÇÃO DE EXAME ANTI-HIV REALIZADOS ENTRE OS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE

90,00 90,00

%

38 U PROPORÇÃO DE REGISTRO DE ÓBITOS COM CAUSA BÁSICA DEFINIDA

98,00 98,00

%

39 U

PROPORÇÃO DE CASOS DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA (DNCI) ENCERRADAS EM ATÉ 60 DIAS APÓS NOTIFICAÇÃO

90,00 90,00

%

40 U

PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS COM CASOS DE DOENÇAS OU AGRAVOS RELACIONADOS AO TRABALHO NOTIFICADOS.

60,00 60,00

N.Absoluto

41 U

PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS QUE EXECUTAM AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA CONSIDERADAS NECESSÁRIAS A TODOS OS MUNICÍPIOS

100,00 100,00

%

42 U NÚMERO DE CASOS NOVOS DE AIDS EM MENORES DE 5 ANOS

1,00 1,00

N.Absoluto

43 E PROPORÇÃO DE PACIENTES HIV+ COM 1º CD4 INFERIOR A 200CEL/MM3

N/A 26,87

N.Absoluto

44 E NÚMERO DE TESTES SOROLÓGICOS ANTI-HCV REALIZADOS

10.000,00 10.000,00

N.Absoluto

45 E

PROPORÇÃO DE CURA DOS CASOS NOVOS DE HANSENÍASE DIAGNOSTICADOS NOS ANOS DAS COORTES

90,00 90,00

%

46 E PROPORÇÃO DE CONTATOS INTRADOMICILIARES DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE EXAMINADOS

74,00 74,00

%

47 E NÚMERO ABSOLUTO DE ÓBITOS POR LEISHMANIOSE VISCERAL

0,00 0,00

N.Absoluto

48 E PROPORÇÃO DE CÃES VACINADOS NA CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA CANINA

80,00 80,00

%

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49 E PROPORÇÃO DE ESCOLARES EXAMINADOS PARA O TRACOMA NOS MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS

0,50 0,50

%

51 E NÚMERO ABSOLUTO DE ÓBITOS POR DENGUE

8,00 8,00

N.Absoluto

52 E

PROPORÇÃO DE IMÓVEIS VISITADOS EM PELO MENOS 4 CICLOS DE VISITAS DOMICILIARES PARA CONTROLE DA DENGUE

80,00 80,00

%

OBJETIVO: Objetivo 7.2 - Implementar ações de saneamento básico e saúde ambiental para a promoção da saúde e redução das desigualdades sociais com ênfase no Programa de

aceleração do crescimento.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

53 U

PROPORÇÃO DE ANÁLISES REALIZADAS EM AMOSTRAS DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO QUANTO AOS PARÂMETROS COLIFORMES TOTAIS, CLORO RESIDUAL LIVRE E TURBIDEZ

8,00 8,00

%

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 7

Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde.: Pode haver falha no registro de doses aplicadas de vacina.

Diretriz 8 - Garantia da assistência farmacêutica no âmbito do SUS.

OBJETIVO: Objetivo 8.1 - Ampliar a implantação do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica - HORUS como estratégia de qualificação da gestão da

assistência farmacêutica no SUS.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

54 E PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS COM O SISTEMA HORUS IMPLANTADO

N/A 0,00

%

OBJETIVO: Objetivo 8.2 - Qualificar os serviços de Assistência Farmacêutica nos municípios com população em extrema pobreza.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

55 E

PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS DA EXTREMA POBREZA COM FARMÁCIAS DA ATENÇÃO BÁSICA E CENTRAIS DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO ESTRUTURADOS

N/A 0,00

%

OBJETIVO: Objetivo 8.3 - Fortalecer a assistência farmacêutica por meio da inspeção nas linhas de fabricação de medicamentos, que inclui todas as operações envolvidas no

preparo de determinado medicamento desde a aquisição de materiais, produção, controle de qualidade, liberação, estocagem, expedição de produtos terminados e os controles

relacionados, instalações físicas e equipamentos, procedimentos, sistema da garantia da qualidade.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

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56 E PERCENTUAL DE INDÚSTRIAS DE MEDICAMENTOS INSPECIONADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA, NO ANO

N/A 0,00

%

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 8

Propor discussão regional.

Diretriz 11 - Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações do trabalho dos profissionais de saúde.

OBJETIVO: Objetivo 11.1 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

57 U PROPORÇÃO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE IMPLEMENTADAS E/OU REALIZADAS

68,00 68,00

%

58 E

PROPORÇÃO DE NOVOS E/OU AMPLIAÇÃO DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE E DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO BÁSICA/SAÚDE DA FAMÍLIA/SAÚDE COLETIVA

N/A 0,00

%

59 E

PROPORÇÃO DE NOVOS E/OU AMPLIAÇÃO DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PSIQUIATRIA E MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL

N/A 0,00

%

60 E NÚMERO DE PONTOS DO TELESSAÚDE BRASIL REDES IMPLANTADOS

20,00 20,00

N.Absoluto

OBJETIVO: Objetivo 11.2 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Desprecarizar o trabalho em saúde nos serviços do SUS da esfera pública na Região de

Saúde.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

61 U PROPORÇÃO DE TRABALHADORES QUE ATENDEM AO SUS, NA ESFERA PÚBLICA, COM VÍNCULOS PROTEGIDOS

80,00 80,00

%

OBJETIVO: Objetivo 11.3 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Estabelecer espaços de negociação permanente entre trabalhadores e gestores da saúde

na Região de Saúde.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

62 E

NÚMERO DE MESAS OU ESPAÇOS FORMAIS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS, IMPLANTADOS E/OU MANTIDOS EM FUNCIONAMENTO

0,00 0,00

N.Absoluto

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 11

Desde 2001 o Município implantou novo modelo de assistência, com a adoção do Programa de Estratégia de

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Saúde da Família, estimulando os funcionários do quadro a aumentarem sua carga horária para 40 horas semanais, com o objetivo de promover um maior vinculo com a Comunidade, objetivando a humanização dos serviços, através do atendimento realizado pela equipe Multidisciplinar composta por: Médico Generalista, Dentista, Enfermeiro, Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Consultório Odontológico e Agentes Comunitários de Saúde, promovendo o atendimento territorializado e com uma população adscrita. Sendo os profissionais da área atualizados através de educação permanente e contínua, a fim da manutenção dos protocolos implantados. Cabe ainda ressaltar que atualizamos a quantidade de profissionais do quadro de servidores da Secretaria de Saúde Pública, com base na folha de pagamento – Competência: Dezembro/2013, a expansão da rede de saúde, tanto em número de unidades como em ampliação da carga horária dos profissionais, traduz o investimento da administração na melhoria do acesso da população ao atendimento de saúde, bem como a modificação do modelo de assistência à saúde, com a expansão da Estratégia de Saúde da Família. A Estratégia de Saúde da Família aumentou a qualidade das consultas ambulatoriais e a resolubilidade, uma vez que tem como foco a prevenção de doenças, além de desenvolver ações de assistência. em virtude dos profissionais que atuam no setor de apoio administrativo não serem cadastrados no CNES, demonstrando, pois, o número real de profissionais atuantes no serviço de atendimento ao SUS. Outrossim, estipulamos a data de competência Dezembro/2013, em virtude da alta rotatividade de profissionais médicos e de enfermagem, dificultando a manutenção das escalas de trabalho devido ao déficit constantes desta mão de obra especializada.

Diretriz 12 - Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em

resultados, participação social e financiamento estável.

OBJETIVO: Objetivo 12.1 - Fortalecer os vínculos do cidadão, conselheiros de saúde, lideranças de movimentos sociais, agentes comunitários de saúde, agentes de combate às

endemias, educadores populares com o SUS.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

63 U PROPORÇÃO DE PLANO DE SAÚDE ENVIADO AO CONSELHO DE SAÚDE

1,00 1,00

N.Absoluto

64 U

PROPORÇÃO DE CONSELHOS DE SAÚDE CADASTRADOS NO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE - SIACS

1,00 1,00

N.Absoluto

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 12

Manter as políticas públicas de controle social.

Diretriz 13 - Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS.

OBJETIVO: Objetivo 13.1 - Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS.

Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade

65 E PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS COM OUVIDORIAS IMPLANTADAS

1,00 1,00

N.Absoluto

66 E COMPONENTE DO SNA ESTRUTURADO 1,00 1,00

N.Absoluto

67 E PROPORÇÃO DE ENTES COM PELO MENOS UMA ALIMENTAÇÃO POR ANO NO BANCO DE PREÇO EM SAÚDE

N/A 0,00

N.Absoluto

AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 13

Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS. O município utiliza o sistema OuvidorSUS desenvolvido pelo MS participando

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de uma rede integrada entre Municípios, Estado e União. A equipe técnica participa regularmente de capacitações e reuniões técnicas promovidas pelo MS.

CAPÍTULO VII – GEORREFERENCIAMENTO

O crescimento populacional associado com o desenvolvimento do

município impossibilita a obtenção rápida de informações gerenciais que

permitam planejamento estratégico e gestão das ações relacionadas a Vigilância

em Saúde.

O avanço tecnológico permite lançar mão de instrumentos de apoio que

podem fornecer condições de diagnóstico e análise populacional e de

acompanhamento de doenças e determinantes sociais de saúde, permitindo

oferecer dados com análise epidemiológica visando a saúde coletiva que

permitem propor e apresentar para estudos específicos que sirvam para

planejamento de intervenção visando a redução de riscos e agravos à saúde.

A intersetorialidade de informações permite um estudo e diagnóstico

epidemiológico mais rico e preciso, favorecendo a tomada de decisões e

direcionamento de recursos, otimizando serviços e reduzindo custos.

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A análise populacional auxilia no estudo da evolução e ocorrência de

doenças de notificação de importância epidemiológica e favorece a compreensão

dos mecanismos de transmissão em áreas com maior densidade populacional,

fator relevante nas doenças de transmissão respiratória.

Da mesma forma, a análise de casos de dengue quando estudados com a

localização dos Pontos Estratégicos (ex. borracharias), Imóveis Especiais

(edificações com grande fluxo de pessoas) e Construções, possibilita identificar

possíveis fontes transmissoras que podem ter papel importante na disseminação

da doença, com grande quantidade de criadouros que precisem ser tratados.

Os casos de acidentes de trânsito respondem diretamente por grande

número de ocorrências nas unidades da Rede de Urgência e Emergência (RUE)

que levam a casos cirúrgicos, internações e acompanhamento com fisioterapia e

muitas vezes óbitos. A análise das ocorrências de acidentes de trânsito permite a

identificação de pontos críticos e a intervenção dos órgãos competentes para

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redução do risco de acidentes de trânsito, com a implantação de sinalização ou

equipamentos de controle, e até mesmo a adequação viária.

A proposta de criação de uma Coordenadoria de Georreferenciamento de

Informações em Saúde tem a finalidade de manter atualizados os sistemas,

desenvolver aplicações, propor soluções e integrar o banco de dados com todos

os sistemas integrados possíveis, disponibilizando informações gerenciais para os

diversos órgãos e setores envolvidos na alimentação dos dados do sistema.

Para o desenvolvimento, a Equipe necessária é no mínimo três técnicos

com experiência em SIG e Banco de Dados Geográficos.

A Equipe de Produção e Manutenção de Informações Geográficas elabora

desenhos georreferenciados, mapas, atualização e manutenção de bancos de

dados, em especial de endereços padronizados.

A Equipe de Manutenção de Dados é formada por técnicos de referência

em cada fonte de dados (serviço). Tem a função de verificar a padronização dos

dados e encaminhar à Coordenadoria.

São necessários cinco computadores, uma impressora colorida a laser e

um plotter. A armazenagem dos dados ocorreria em computador "servidor" da

rede municipal com pastas individualizadas para cada Secretaria, de acesso

restrito mediante senha e os dados globais disponibilizados no Portal. A

alimentação de dados é feita através da inserção dos dados nas pastas

Coordenadoria de Georreferenciamento de Informações em Saúde

(1)

Equipe de Desenvolvimento

(3)

Equipe de Manutenção de Dados

(referência local)

Produção e Manutenção de Informações

Geográficas

(1)

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85

respectivas e a produção de mapas divulgada pela própria rede, favorecendo a

agilidade das informações.

A informatização da Secretaria de Saúde já contempla a padronização de

endereço, o que possibilita a utilização do banco de dados dos atendimentos e

procedimentos produzidos serem georreferenciados.

A previsão de implantação é estimada em um ano, seguida de mais dois

anos de estruturação, para posteriormente ser reavaliado o projeto anualmente

com implementação de acordo com a evolução das ferramentas tecnológicas.

Assim, a utilização de análise georreferenciada é um instrumento valoroso

para o planejamento e gestão da saúde e vigilância de doenças, agravos e riscos

à saúde da população.

CAPÍTULO VIII – ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA

Na Divisão de Almoxarifado há uma Farmacêutica Responsável pelos

estoques de medicamentos.

- medicamentos comprados com recursos municipais

- medicamentos controlados comprados com recursos municipais

- medicamentos enviados pelo estado.

- medicamentos controlados enviados pelo estado.

A administração dos materiais é feita de forma informatizada, utilizando um

Sistema de Gerenciamento de Materiais terceirizado.

As compras são requisitadas pela farmacêutica responsável, assim que

considerar necessário para manutenção do estoque. As requisições são

impressas em formulários próprios e enviadas para o Secretário de Saúde e

Gabinete do Prefeito, para que sejam registradas e autorizadas, e posteriormente

devolvidas ao Almoxarifado para inclusão no sistema, onde é feita toda a parte

informatizada e documentada por meio de processos administrativos. O último

passo desse procedimento é a emissão de Autorização de Fornecimento que é

enviada para as Empresas vencedoras dos processos licitatórios, para que

possam estar efetuando a entrega dos itens requisitados.

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As saídas dos itens são efetuadas de acordo com as solicitações das

unidades de saúde requisitantes, onde são verificadas as quantidades solicitadas

e o estoque. Há uma padronização de medicamentos para cada unidade de

saúde da Rede Municipal (Ambulatórios, USAFA’s, Prontos Socorros e

Especialidades).

Os itens do estoque são controlados por meio de balanços mensais, após

emissão de relatório de fechamento do mês, retirado do sistema, e as

quantidades constantes no relatório têm que estar de acordo com as quantidades

físicas do estoque.

- Consumo de Materiais por ano (R$):

ENTRADAS REALIZADAS NO ALMOXARIFADO

MATERIAL 2010 2011 2012 2013

Prefeitura R$ 1.828.236,03 R$ 2.019.173,38 R$ 2.217.549,49 R$ 2.248.392,00

Estado R$ 2.589.388,48 R$ 2.615.653,97 R$ 1.945.492,36 R$ 2.441.706,11

TOTAL R$ 4.417.624,51 R$ 4.634.827,35 R$ 4.163.041,85 R$ 4.690.098,11

Fonte: Almoxarifado –SESAP.

Assistência Farmacêutica é um grupo de atividades relacionadas com os

medicamentos, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas pelo

atendimento ao munícipe. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas

as suas etapas, como conservação, controle de qualidade, segurança e a eficácia

terapêutica dos medicamentos, acompanhamento e avaliação da utilização, a

obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação

permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para

assegurar o uso racional de medicamentos – Portaria do Ministério da Saúde/GM

nº. 3916/98 – Política Nacional de Medicamentos.

A Assistência Farmacêutica é considerada como uma das atividades

prioritárias da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande, tendo em vista que

medicamento é um insumo estratégico para a resolubilidade dos serviços de

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saúde. Isoladamente, medicamento é o fator que produz maior impacto sobre a

capacidade resolutiva dos serviços de saúde.

Em relação ao processo de reorientação da Assistência Farmacêutica no

âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, procurou-se atuar nas diversas etapas

do chamado ciclo da Assistência Farmacêutica, a saber: seleção, programação,

aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação.

Em relação à programação e à aquisição, foi planejado, com vistas a evitar

o desabastecimento, através de pregão presencial de preços e realização de

processo licitatório de acordo com a legislação em vigor. A programação é feita

de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros e considerado o

consumo, pela equipe da SMS de Praia Grande. As compras, ou seja, as

licitações de medicamentos, como as demais da SMS, são realizadas pelo setor

de compras da Prefeitura, de forma centralizada e, também através de registro de

preços, conforme a legislação vigente.

Com relação à dispensação, os medicamentos básicos são dispensados

em todas as unidades do Programa de Saúde da Família, Unidades Básicas de

Saúde. Os medicamentos psicotrópicos (portaria 344 / MS) são dispensados

através do almoxarifado da Secretaria de Saúde para as unidades de Saúde

solicitantes, com o devido acompanhamento e avaliação da farmacêutica

responsável, mediante retenção de receita.

CAPÍTULO IX – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA DE PRAIA GRANDE

A composição de cargos de provimento em comissão e funções

gratificadas da Secretaria Municipal de Saúde foi estabelecida através Lei

Complementar 649 de 17 de junho de 2013, com as alterações da Lei

Complementar 668 de 02 de dezembro de 2013.

12.1. Gabinete do Secretário de Saúde Pública

12.1.0.1. Divisão de Apoio;

12.1.1. Coordenadoria de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde;

12.1.1.1. Divisão de Captação de Recursos;

12.1.1.2. Divisão de Orçamento e Controle de Custos;

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12.1.2. Coordenadoria de Planejamento;

12.1.2.1. Divisão de Elaboração de Projetos;

12.1.3. Ouvidoria;

12.1.4. Coordenadoria de Proteção à Vida Animal;

12.2. Subsecretaria de Assuntos Técnicos Assistenciais;

12.2.1. Departamento de Regulação, Avaliação e Controle;

12.2.1.1. Coordenadoria de Regulação;

12.2.1.2. Divisão de Controle

12.2.1.3. Divisão de Avaliação

12.2.1.4. Divisão de Análise e Desenvolvimento de Sistemas;

12.2.1.5. Divisão de Auditoria Interna e Externa

12.2.2- Coordenadoria de Enfermagem;

12.2.3. Departamento de Assistência à Saúde;

12.2.3.1. Divisão de Atenção Básica;

12.2.3.1.1. Seção Regional de Saúde I;

12.2.3.1.2. Seção Regional de Saúde II;

12.2.3.1.3. Seção Regional de Saúde III;

12.2.3.1.4. Seção Regional de Saúde IV;

12.2.3.2. Divisão de Atenção Secundária e Terciária;

12.2.3.2.1. Seção de Especialidades;

12.2.3.2.2. Seção de Reabilitação Física e Mental;

12.2.3.2.3. Seção de Urgência e Emergência;

12.2.3.3. Coordenadoria de Programas de Saúde;

12.2.3.4. Supervisão de Unidade de Saúde;

12.2.3.5. Diretoria de Unidade de Saúde;

12.2.4. Departamento de Vigilância em Saúde;

12.2.4.1. Divisão de Vigilância Sanitária;

12.2.4.1.2. Seção de Expediente;

12.2.4.2. Divisão de Vigilância Epidemiológica;

12.2.4.2.1. Seção de Imunização;

12.2.4.2.2. Seção de Informação em Saúde;

12.2.4.2.3. Seção de Controle de Doenças;

12.2.4.3. Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde;

12.2.4.3.1. Seção de Zoonoses;

12.2.4.3.2. Seção de Controle de Ações;

12.2.4.3.3. Seção de Informação e Educação Permanente;

12.3. Subsecretaria de Gestão de Meios;

12.3.1. Departamento de Administração;

12.3.1.1. Divisão de Pessoal;

12.3.1.1.1. Seção de Pessoal de UBS/USAFAS;

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12.3.1.1.2. Seção de Pessoal de Pronto Socorro;

12.3.1.2. Divisão de Compras e Contratação de Serviços;

12.3.1.2.1. Seção de Compras

12.3.1.2.2. Seção de Controle de Contratos de Serviços

12.3.1.3. Divisão de Almoxarifado

12.3.1.3.1. Seção de Enfermaria, Odontologia e Limpeza;

12.3.1.3.2. Seção de Material de Escritório e Bens Permanentes;

12.3.1.4. Divisão de Informática;

12.3.1.4.1. Seção de Manutenção e Suporte;

12.3.2. Departamento de Manutenção;

12.3.2.1. Divisão de Manutenção Predial e Equipamentos;

12.3.2.2. Divisão de Controle e Gerenciamento da Frota;

12.3.3. Coordenadoria de Assistência Farmacêutica e Análises Clínicas;

CAPÍTULO X – FINANCIAMENTO DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE

10.1 Recursos Financeiros para a Saúde no Município

No que refere ao financiamento da saúde, as transferências de recursos

da União para os Municípios podem ser assim classificadas:

Transferências constitucionais:

Transferências legais:

* Transferências voluntárias:

10.2 Despesas, Receitas e Transferências

Segundo dados do SIOPS, o Município de Praia Grande está investindo

mais recursos próprios em Saúde do que determina a Emenda Constitucional 29,

pois o município tem mantido recursos do Orçamento Próprio investidos em

Saúde acima de 15 % como podemos observar abaixo:

Ano 2002 = 19,42%

Ano 2003 = 20,24%

Ano 2004 = 20,32%

Ano 2005 = 18,98%

Ano 2006 = 20,00%

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Ano 2007 = 15,81%

Ano 2008 = 15,97%

Ano 2009 = 20,31%

Ano 2010 = 22,70%

Ano 2011 = 21,24%

Ano 2012 = 23,34%

Ano 2013 = 22,18%

Ao longo destes anos houve aumento significativo do Orçamento da

Saúde; de 2003 para 2013 o aumento foi de 552%, como segue;

2003 = R$ 33.230.484,00

2004 = R$ 51.646.113,08

2005 = R$ 56.490.759,00

2006 = R$ 58.371.066,00

2007 = R$ 76.745.547,45

2008 =R$ 92.584.309,20

2009 = R$ 111.065.112,25

2010 = R$ 142.444.322,12

2011 = R$ 157.224.525,04

2012 = R$ 202.619.688,45

2013 = R$ 216.544.566,51

Previsão para 2014 = R$ 261.476.564,31

10.3 Demonstrativo Orçamentário – Despesas com Saúde

DEMONSTRATIVO ORÇAMENTÁRIO - DESPESAS COM SAÚDE

RECEITAS

RECEITAS PREVISÃO

INICIAL (R$)

PREVISÃO ATUALIZADA

(a) (R$)

RECEITAS ATUALIZADAS

Jan a Dez (b) (R$)

% (b/a)

RECEITAS DE IMPOSTOS E TRANFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS LEGAIS (I)

504.705.880,00 531.757.347,78 531.757.347,78 100,00%

Impostos 275.215.206,00 294.011.167,63 294.011.167,63 100,00%

Multas, Juros de Mora e outros encargos de impostos 20.606.551,00 19.469.689,60 19.469.689,60 100,00%

Divida Ativa dos Impostos 41.154.210,00 42.873.581,20 42.873.581,20 100,00%

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91

Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e outros encargos da dívida ativa de impostos

20.606.551,00 19.469.689,60 19.469.689,60 100,00%

Receitas de Transferências Constitucionais Legais 147.123.362,00 155.933.219,75 155.933.219,75 100,00%

Da União 50.393.098,00 51.373.985,49 51.373.985,49 100,00%

Do Estado 96.730.264,00 104.559.234,26 104.559.234,26 100,00%

TRANFERÊNCIAS DE RECURSOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS (II)

51.313.105,00 87.413.460,92 87.413.460,92 100,00%

Da União para o Município 48.611.227,00 52.981.029,53 52.981.029,53 100,00%

Do Estado para o Município 2.221.878,00 33.554.031,39 33.554.031,39 100,00%

Demais Municípios para o Município 0,00 0,00 0,00 0,00%

Outras Receitas do SUS 480.000,00 878.400,00 878.400,00 100,00%

RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO VINCULADAS À SAÚDE (III)

60.559.821,60 65.592.327,79 65.592.327,79 100,00%

OUTRAS RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS 89.973.212,00 96.253.149,87 96.253.149,87 100,00%

(-) DEDUÇÃO PARA O FUNDEB -29.413.390,40 -30.660.822,08 -30.660.822,08 100,00%

TOTAL 763.702.168,60 840.696.356,24 840.696.356,24 100,00%

Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM

DESPESAS COM SAÚDE

DESPESAS COM SAÚDE (Por Grupo de Natureza de

Despesa)

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA

(c) (R$)

DESPESAS EXECUTADAS

LIQUIDADAS Jan a Dez (d)

(R$)

INSCRITAS EM RESTOS A

PAGAR NÃO PROCESSADOS

(e) (R$)

% ((d+e)/

c)

DESPESAS CORRENTES 158.907.152,00 226.334.205,30 196.362.265,75 26.866.122,53 98,63%

Pessoal e Encargos Sociais 70.386.308,00 72.553.101,31 71.013.217,91 694.588,27 98,83%

Juros e Encargos da Dívida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00%

Outras Despesas Correntes 88.520.844,00 153.781.103,99 125.349.047,84 26.171.534,26 98,53%

DESPESAS DE CAPITAL 1.018.000,00 5.795.941,11 1.156.620,72 156.008,47 22,65%

Investimento 1.018.000,00 5.795.941,11 1.156.620,72 156.008,47 22,65%

Inversões Financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00%

Amortização da Dívida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00%

TOTAL (IV) 159.925.152,00 232.130.146,41 197.518.886,47 27.022.131,00 96,73%

Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM

DESPESAS PRÓPRIAS COM SAÚDE E SERVIÇOS

PÚBLICOS DE SAÚDE

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA

(c) (R$)

DESPESAS EXECUTADAS

LIQUIDADAS Jan a Dez (d)

(R$)

INSCRITAS EM RESTOS A

PAGAR NÃO PROCESSADOS

(e) (R$)

% ((d+e)/

c)

DESPESAS COM SAÚDE 156.958.968,00 229.126.462,41 194.682.830,49 26.859.085,15 96,69%

(-) DESPESAS COM INATIVOS E PENSIONISTAS

N/A N/A 0,00 0,00

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92

(-) DESPESAS CUSTEADAS COM OUTROS RECURSOS DESTINADOS À SAÚDE

106.302.623,00 119.582.167,22 112.132.678,42 8.310.659,36 100,72%

Recursos de Transferências do sistema Único de Saúde - SUS

50.515.545,00 109.343.495,19 82.517.426,06 18.534.438,89 92,42%

Recursos de Operação de Crédito N/A N/A 0,00 0,00

Outros Recursos 140.800,00 200.800,00 32.726,01 13.986,90 23,26%

(-) RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE

N/A N/A 0,00 0,00

TOTAL DAS DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS EM SAÚDE

50.515.545,00 109.343.495,19 82.517.426,06 18.534.438,89 92,42%

CONTROLE DE RESTOS A PAGAR VÍNCULADOS À SAÚDE INSCRITOS EM

EXERCÍCIOS ANTERIORES

RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE

RECURSOS PRÓPRIOS VINCULADOS

Inscritos em exercícios

anteriores (R$)

Cancelados em 2012 (R$)

RP DE DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVFIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

7.400.402,84 592.021,02

PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA RECEITA DE IMPOSTOS LIQUIDA E TRANSPARÊNCIAS CONSTITUCIONAIS LEGAIS - LIMITE CONSTITUCIONAL <15%> [(V-VI)]

[(V-VI)]

PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA RECEITA DE IMPOSTOS LIQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS LEGAIS - LIMITE CONSTITUCIONAL <15%> [(V-VI)]

23,49%

Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM

DESPESAS COM SAÚDE (por subfunção)

DOTAÇÃO INICIAL

DOTAÇÃO ATUALIZADA

(c) (R$)

DESPESAS EXECUTADAS

Liquidadas Jan a Dez (d) (R$)

INSCRITAS EM RESTOS A

PAGAR NÃO PROCESSADOS

(e) (R$)

% ((d+e)/

c)

Atenção Básica 51.334.783,00 45.183.297,48 39.092.887,25 1.079.325,59 88,9%

Assistência Hospitalar e Ambulatorial

81.876.818,00 160.962.798,83 135.729.005,74 24.679.059,34 99,7%

Suporte Profilático e Terapêutico 2.732.083,00 3.452.597,21 1.985.024,74 530.157,99 72,8%

Vigilância Sanitária 845.640,00 1.005.640,00 642.274,75 19.444,36 65,8%

Vigilância Epidemiológica 4.257.009,00 4.914.723,93 4.012.278,42 129.498,56 84,3%

Administração Geral 18.878.819,00 16.611.088,96 16.057.415,57 584.645,16 100,2%

TOTAL 159.925.152,00 232.130.146,41 197.518.886,47 27.022.131,00 511,7%

Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM

INDICADORES FINANCEIROS Participação da Receita de Imposto Total do Município 27,61%

Participação das transferências intergovernamentais na Receita Total do Município 18,20%

Participação % das Transferências para a Saúde (SUS) no total de recursos transferidos para o Município 10,40%

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93

Participação % das Transferências da União para a Saúde no total de recursos transferidos para a saúde no Município

32,95%

Participação % das Transferências da União para a Saúde (SUS) no total de Transferências da União para o Município

67,05%

Participação % da Receita de Impostos e Transferências Constitucionais e Legais na Receita Total do Município 63,25%

Despesa Total com Saúde, sob a responsabilidade do Município, por habitante R$

852,20

Participação da despesa com pessoal na despesa total com Saúde 31,26%

Participação da despesa com medicamentos na despesa total com Saúde 1,49%

Participação da despesa com serviços de terceiros - pessoa jurídica na despesa total com Saúde 66,25%

Participação da despesa com investimentos na despesa total com Saúde 2,50%

Participação das transferências para Saúde em relação à despesa total com Município com Saúde 37,66%

Participação da Receita Própria aplicada em Saúde conforme Lei Complementar 141/2012 23,49%

Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM

Análise dos Indicadores Financeiros e Orçamentários

Analisando os Indicadores, vale destacar que o potencial de arrecadação

do Município nas Receitas de impostos, sendo considerada a principal fonte de

arrecadação, por perfazer aproximadamente 27,61% de toda a receita tributária

arrecadada e transferida para o Município. Contudo as transferências

intergovernamentais recebidas pelo Município, o percentual agregado para

financiar o SUS no Município que é repassado, aparentemente parece ser um

valor considerável, sendo que a participação do governo Federal é mais

expressiva dentre as esferas, porém não é suficiente para as carências do

Sistema Único de Saúde, uma vez que a fatia municipal é de aproximadamente

70% do valor da aplicação constitucional, ficando para os outros entes

(Federal/Estado), uma parcela de 30% para ser dividido. Contudo, se

mensurarmos o custo por habitante em saúde, o desembolso é bem maior para o

custeio que é suprido pela contrapartida municipal, pois o repasse do Fundo a

Fundo, além de pegarem valores pequenos por habitante, a periodicidade não é

de forma continuada mês a mês, ou de forma de incentivo mediante parcela

única, ficando a cargo da municipalidade a manutenção das ações em saúde. Tal

reflexo é sentido com a aplicação muito acima dos limites constitucionais (15%),

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94

alcançando o índice de aproximadamente 23,49% da Receita Própria aplicada

em Saúde.

CAPÍTULO XI – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Para o alcance dos objetivos e metas traçados neste Plano é essencial

que os mesmos sejam acompanhados e avaliados otimizando os resultados que

se espera.

No contexto em que se insere, a avaliação será orientada pelos seguintes

princípios:

I. Da igualdade de oportunidades e de acesso aos benefícios da

saúde em todos os níveis;

II. Da democracia – com a participação de todos os envolvidos no

processo de recuperação e manutenção da saúde;

III. Da racionalidade prática e crítica – caracterizada pela busca

do entendimento, pela participação e pela emancipação dos

sujeitos;

IV. Da ética – centrada na ação justa, equânime e eqüitativa.

Tem como principais objetivos:

1. O desenvolvimento de um sistema de informações estatísticas e

gerenciais de saúde mantida pelo município que alimente o planejamento e o

processo de tomada de decisão compatível com os recursos humanos e

financeiros existentes;

2. O planejamento estratégico e critérios de gestão de saúde

baseado em indicadores de qualidade;

3. A valorização de todos os procedimentos de avaliação de

resultados tanto na saúde pública quanto privada;

4. A divulgação das avaliações e de todos os indicadores de saúde

que informem à sociedade sobre os resultados do sistema de saúde.

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A avaliação do Plano Municipal de Saúde deverá abranger não só os

aspectos assistenciais, mas antes de tudo ser uma avaliação institucional que

leve à reflexão sobre as finalidades da instituição de saúde.

A partir da análise dos indicadores qualitativos e quantitativos a avaliação

permitirá à Administração Pública a adequação e aplicação de recursos humanos

e financeiros adequados às reais necessidades do sistema de saúde em todos os

segmentos abordados neste Plano, desde a formação e valorização dos

profissionais de saúde até a infraestrutura física e equipamentos necessários

para o processo de recuperação e manutenção da saúde.

A avaliação dos aspectos assistenciais deverá estar pautada no êxito do

resultado capaz de fazer com que os pacientes evoluam rumo ao êxito, fornecer-

lhes indicações esclarecedoras como um auxiliar e um meio de construção de

uma qualidade de vida eficaz.

Para garantir a abordagem dos aspectos institucionais e assistenciais da

avaliação ela deverá ter como metas:

O desenvolvimento dos profissionais;

O exercício ético;

A ação justa e a valorização de todos os envolvidos;

A participação da sociedade;

A responsabilidade, autonomia e o compromisso profissional

assumido;

Os princípios coletados no projeto de assistência das

unidades;

A orientação à prática;

A compreensão processual do rendimento dos profissionais;

A coleta de informações por diferentes meios;

A atenção pontual a todo o processo de recuperação e

manutenção da saúde.

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96

Por fim, a avaliação será feita por meio do desempenho dos profissionais e

pelos diversos indicadores aceitos para avaliação da qualidade da saúde, bem

como pelas avaliações externas elaboradas e aplicadas pela própria Secretaria

de Saúde, pelos resultados obtidos nas pesquisas de gestão político-

administrativa e pelo trabalho desenvolvido pela equipe.

O acompanhamento dos objetivos e metas será potencializado pela

atuação da equipe técnica de toda Secretaria de Saúde em seus diferentes

Departamentos que envolvem a administração, a legislação e a gestão de saúde.

A avaliação desempenha uma função formativa importante nos processos

de gestão. Quando exercida como uma atividade a serviço da melhoria da

assistência propõe subsídios práticos para assegurar o caminho que abre as

portas para a melhor qualidade de vida, princípio essencial para a elaboração

deste Plano.

REFERÊNCIAS

BADUY, R.S.; FEUERWERKER, L. C. M.; ZUCOLI, M.; BORIAN, J. T. A regulação assistencial e a produção do cuidado: um arranjo potente para qualificar a atenção. Cad. Saúde Pública [online]. 2011, vol.27, n.2, pp. 295-304. BERNARDO, W. Diretrizes clínicas baseadas em evidência. In: A implementação de diretrizes clínicas na atenção à saúde: experiências internacionais e o caso da saúde suplementar no Brasil / organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar – Brasília, DF: OPAS; Rio de Janeiro: ANS, 2009. p. 132. BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar. A implementação de diretrizes clínicas na atenção à saúde: experiências internacionais e o caso da saúde suplementar no Brasil / organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar – Brasília, DF: OPAS; Rio de Janeiro: ANS, 2009a. p. 132. _____. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A Gestão do Trabalho e da Educação Permanente / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS, 2011b. 120 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 9). _____. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Câmara Técnica de Informação e Informática em Saúde (CTIIS). Nota Técnica nº.6 de 25 de julho de 2006. Relatório da Oficina de Trabalho do CONASS para Regulação de Acesso.

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Conselho Municipal de Saúde de Praia Grande – COMUSA-PG

Criado através da Lei nº 720, de 27 de maio de 1.991

RESOLUÇÃO COMUSA-PG Nº 004/2014 O Plenário do Conselho Municipal de Saúde (COMUSA-PG), em reunião ordinária, realizada no dia 25 de Março de 2014, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pelas Leis Federais nº8.080, de 19 de setembro de 1.990; nº 8.142, de 28 de dezembro, e, pela Lei Municipal nº720, de 27 de maio de 1991,

R E S O L V E

Aprovar o Plano Municipal de Saúde 2014-2017 que compõem as Diretrizes, objetivos, ações, metas e indicadores a serem realizados pela Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande.

Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Praia Grande, 25 de Março de 2.014

Dr Paulo Rogério Geiger Presidente do Conselho Municipal de Saúde

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Conselho Municipal de Saúde de Praia Grande – COMUSA-PG

Criado através da Lei nº 720, de 27 de maio de 1.991

TERMO DE HOMOLOGAÇÃO

Homologo a Resolução COMUSA-PG nº 004/2014, de 25 de Março de 2014 conforme inciso XII, 4ª diretriz da Resolução CNS/MS nº 453 de 10 de maio de 2.012, e por atribuição legal conferida através dos incisos II, V e XIX, do artigo 36, da Lei complementar nº 649, de 17 de junho de 2013.

Registre-se, Publique-se e Dê-se Ciência.

Praia Grande, 25 de março de 2.014.

Dr Francisco Jaimez Gago Secretário de Saúde Pública