plano municipal de saÚde - município de praia grande · os objetivos a serem alcançados são os...
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Período: 2014-2017
APROVADO NA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE REALIZADA EM 25/03/2014
ALBERTO PEREIRA MOURÃO Prefeito
FRANCISCO JAIMEZ GAGO Secretário de Saúde Pública
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Período: 2014-2017
COORDENAÇÃO GERAL: Cleber Suckow Nogueira Coordenador de Planejamento COORDENAÇÃO TÉCNICA Rodrigo França Gomes Subsecretário de Assuntos Técnicos Assistenciais ELABORAÇÃO: Equipe Técnica da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande SUPERVISÃO: Conselho Municipal de Saúde de Praia Grande
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
FRANCISCO JAIMEZ GAGO
Secretário de Saúde
JANAINA SHIRAISHI DE OLIVEIRA Chefe de Gabinete
RODRIGO FRANÇA GOMEZ
Subsecretário de Assuntos Técnicos Assistenciais
ADRIANO MAXIMIANO SOARES Subsecretário de Gestão de Meios
CARLA REGINA JARDIM ROCHA
Coordenadora de Gestão Orçamentária e Financeira
CLEBER SUCKOW NOGUEIRA Coordenador de Planejamento
LUCIA HELENA CORTE ALCÂNTARA
Chefe de Divisão de Elaboração de Projetos
AMANDA ANDRADE ARAUJO Coordenadora de Programa de Saúde
JAIME GOMES TRAVESSO
Chefe do Departamento de Administração
LUIZ CARLOS MARONO Chefe do Departamento de Vigilância em Saúde
MARIA CECÍLIA GULO CABRITA NOGUEIRA
Chefe do Departamento de Assistência à Saúde
FÁBIO JOSÉ PINHO CARDOSO Chefe do Departamento de Avaliação e Controle
NORMELIA CARVALHO LUZ
Chefe do Departamento de Manutenção
AGRADECIMENTOS
À toda a equipe da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande e a todos os
conselheiros municipais de Saúde de Praia grande, pois sem a colaboração de
todos não seria possível a conclusão do presente Plano.
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE
PERÍODO: 2014 - 2017
SUMÁRIO
CAPÍTULO I – ANÁLISE SITUACIONAL...................................................................................................... 7
1.1 Apresentação .................................................................................................................................................. 7
CAPÍTULO II – PERFIL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE ........................................................ 8
2.1 História ...................................................................................................................................................................... 8
2.2 Potencial Turístico ............................................................................................................................................... 10
2.3 Inserção Regional ............................................................................................................................................ 12
2.4 Aspectos Demográficos ................................................................................................................................. 15
2.5 Dinâmica Populacional ................................................................................................................................... 18
CAPÍTULO III – SITUAÇÃO EPID EMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO ....................................................................... 22
3.1- Saúde Materno Infantil ................................................................................................................................... 22
Distribuição dos NASCIDOS VIVOS em Praia Grande, conforme o Ano de nascimento: ......................... 23
Baixo Peso ao Nascer: ................................................................................................................................................ 23
Distribuição de casos de BAIXO PESO AO NASCER, de residentes em Praia Grande, segundo o ano de nascimento no período de 2000 a 2013. ........................................................................................................... 24
Prematuridade ao Nascer: ......................................................................................................................................... 24
Percentual de crianças com PREMATURIDADE AO NASCER de residentes em Praia Grande no período de 2000 a 2013: .............................................................................................................................................. 25
3.2- Saúde Da Mulher ............................................................................................................................................. 25
Pré-Natal ......................................................................................................................................................................... 28
Relatório Comparativo de Indicadores do Sisprenatal .................................................................................................... 28
3.3 - Mortalidade Infantil ........................................................................................................................................ 30
3.4- Mortalidade Geral ............................................................................................................................................ 32
3.5 Doenças de Notificação Compulsória ......................................................................................................... 35
3.6 Imunização ......................................................................................................................................................... 37
CAPÍTULO IV – SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE ............................................................................................... 38
4.1 Acesso as Ações e Serviços de Saúde ............................................................................................................ 38
4.2 Modelo de Atenção .............................................................................................................................................. 40
4.3 Atenção Primária em Saúde .............................................................................................................................. 41
4.3.1 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) ............................................................................................. 41
4.4 Acolhimento ........................................................................................................................................................... 42
4.5 Assistência Especializada .................................................................................................................................. 44
4.6 ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ............................................................................................................................. 45
4.7 Reestruturação da Rede Municipal de Saúde ............................................................................................... 48
4.7.1 Projetos para a Atenção Especializada ........................................................................................................ 48
4.7.2 Projetos para a Atenção Básica .................................................................................................................... 49
4.8 Regulação e Informatização da Rede Municipal de Saúde ......................................................................... 50
4.8.1 Regulação do acesso aos serviços de saúde ............................................................................................. 50
4.8.2 O Complexo Regulador de Praia Grande ............................................................................................................... 57
4.8.3 Informatização do acesso ........................................................................................................................................ 73
CAPÍTULO V – CONTROLE SOCIAL ........................................................................................................................ 73
CAPÍTULO VI – DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES DE SAÚDE ....................................... 74
CAPÍTULO VII – GEORREFERENCIAMENTO ........................................................................................................ 82
CAPÍTULO VIII – ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA ............................................................................................... 85
CAPÍTULO IX – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA DE PRAIA GRANDE ......................................................................................................................................................................... 87
CAPÍTULO X – FINANCIAMENTO DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE ....................................................... 89
10.1 Recursos Financeiros para a Saúde no Município ..................................................................................... 89
10.2 Despesas, Receitas e Transferências ............................................................................................................ 89
10.3 Demonstrativo Orçamentário – Despesas com Saúde .............................................................................. 90
CAPÍTULO XI – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ........................................................................................ 94
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................................. 96
ANEXOS............................................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
7
CAPÍTULO I – ANÁLISE SITUACIONAL
1.1 Apresentação
É a decisão do gestor sobre quais ações de saúde deverá desenvolver,
que deve ser a percepção da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande e os
interesses da sociedade, motivada pela busca de soluções para os problemas de
uma população, e que deve resultar na implementação de um plano capaz de
promover uma nova situação em que haja melhor qualidade de vida, maiores
níveis de saúde e bem estar e apoio ao desenvolvimento social da população de
Praia Grande. O Plano Municipal de Saúde deverá ser apreciado e aprovado pelo
Conselho Municipal de Saúde (COMUSA), e é instrumento fundamental para a
gestão do SUS. É um instrumento que expressa as intenções do gestor do SUS,
e necessita de elementos básicos como:
1. Análise situacional, contemplando informações acerca das
respectivas condições socioeconômicas, epidemiológicas e de gestão do
Sistema:
Capacidade instalada;
Profissionais de saúde;
Recursos financeiros. 2. Objetivos, diretrizes, estratégias e metas pretendidas no período,
tanto em relação Atenção à Saúde propriamente dita, quanto a gestão do SUS:
Linhas de atenção a saúde;
Condições de saúde da população;
Setor saúde;
Gestão em saúde;
Investimento em saúde. Os objetivos a serem alcançados são os mesmos do Plano Plurianual.
3. Processo de monitoramento, avaliação e atualização periódica do
Plano.
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O Plano Municipal de SAÚDE – PMS de Praia Grande contemplará
diagnósticos, diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis de Atenção à
Saúde, incluindo modalidades de prevenção, procurando racionalizar e tornar
eficiente o uso de recursos estabelecendo prioridades nas políticas em saúde
visando atender às necessidades da população praia-grandense nos próximos
quatro anos.
A construção deste Plano Municipal de Saúde foi intensificada na 1ª
Oficina Municipal de Planejamento Estratégico em Saúde, realizada em 25 de
fevereiro de 2014. O evento contou com a participação de 30 funcionários da
Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande. Na ocasião os presentes tiveram a
oportunidade de conhecer todo o processo de elaboração de um Planejamento
Estratégico para o setor saúde e iniciaram a elaboração da Matriz de Intervenção
com a identificação das ações, metas e objetivos para o Sistema Único de Saúde
do município de Praia Grande, parte integrante deste plano.
CAPÍTULO II – PERFIL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE
Situada no Litoral Sul de São Paulo e integrante da Região Metropolitana
da Baixada Santista, a Estância Balneária de Praia Grande possui uma área de
145km2, sendo 22,5 km contínuos de Praia e 81 km de rios e costas marítimas,
além de territórios de parques estaduais preservados, como os da Serra do Mar e
Xixová-Japuí, e o Parque Municipal Peaçabuçú.
2.1 História
Peaçabuçú, do tupi “porto grande”, foi o primeiro batismo de Praia
Grande. Recentemente, a historiadora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade
publicou1, que em 1561, José de Anchieta, ao ir de São Vicente para Itanhaém,
passou pela Praia da Conceição (hoje Praia Grande) e escreveu: “... por toda
aquela praia estão fazendas de portugueses e sempre se acham nelas alguns
1 No Livro “Presença da Engenharia e Arquitetura – Baixada Santista” (Empresa das Artes –
2001)
9
escravos...”. Praia da Conceição ou Peaçabuçú, o povoamento desta magnífica
faixa territorial de 22,5km à beira-mar, começou logo após o desembarque de
Martim Afonso de Sousa no Brasil, em 1532, data do início da colonização
portuguesa.
Quatro séculos pós-descobrimento, os núcleos de nativos, colonos e
pescadores, que, aos poucos, se estabeleceram entre as encostas dos morros
Xixová-Guaçu/Itaipu e a divisa com Mongaguá, ainda eram escassos.
A história de Praia Grande, como bairro, a sul, da primeira capitania e
vila brasileira, São Vicente, é a própria história, dos primórdios da catequese
jesuítica no país.
Praia da área continental, isolada pelo mar de São Vicente, o extenso
bairro litorâneo permaneceu esquecido, mesmo após as construções dos fortes,
Duque de Caxias (novembro/ 1918) e Jurutuba (outubro/1919), dentro da
centenária Fortaleza do Itaipu, instalada em 1902, pelo presidente Campos Sales,
dentro de um trecho de Mata Atlântica intacta, na ponta alta, estratégica, do
morro de mesmo nome, que avança sobre o oceano.
A construção da imponente, e engenhosa, Ponte Pênsil, em 1914,
originalmente idealizada para escorar as tubulações de esgotos da ilha, em
direção ao mar continental, determinou o fim do isolamento do Litoral Sul e a
ocupação do território praia-grandense.
Em março de 1953, anos e anos longe das decisões do poder vicentino,
o bairro de Solemar, em Praia Grande (divisa, a sul, com Mongaguá) se uniu,
tendo à frente Júlio Secco de Carvalho, e tentou a emancipação como distrito. O
movimento fracassou. Cinco anos depois, surgiu a Comissão Pró-
Desmembramento de Praia Grande, liderada pelo vereador Oswaldo Toschi. O
seu sonho, e de outros moradores, pouco sensibilizou os políticos da região e a
Assembléia Legislativa do Estado.
Da comissão pró-emancipação formada e presidida por Israel Grimaldi
Milani, em 1962, ao plebiscito de 08 de dezembro de 1963, quando a população
quase por unanimidade votou “sim” à separação, passando por outra comissão
em agosto de 1965, chamada de “Executiva” e liderada por Pascholino Borelli,
10
inúmeros recursos foram impetrados defendendo a autonomia de Praia Grande.
Em 26 de outubro de 1966, quase três anos após a realização do plebiscito, o
Supremo Tribunal Federal reconheceu e legitimou o seu desmembramento de
São Vicente.
O dia 19 de janeiro de 1967 passou a ser a data oficial de emancipação
político-administrativa de Praia Grande, com a posse do interventor federal
Nicolau Paal (nomeado pelo presidente Costa e Silva), no Ocian Praia Clube,
onde, provisoriamente, foi instalada a prefeitura do recém-criado município.
Praia Grande tornou-se bastante popular nos anos 60 / 70, com os
“balneários”, e durante este período sofreu com as sazonais invasões de um
turismo de massa, predatório, que saturou, e comprometeu os principais recantos
naturais da cidade.
A criação da Região Metropolitana da Baixada Santista, formada por
nove municípios, em 1994, aconteceu, felizmente, quando Praia Grande, que
interliga esta bela região do litoral paulista, vivia um outro momento,
principalmente porque disciplinou, com lei municipal (janeiro/1993), a entrada dos
ônibus, realizou um inédito programa de despoluição das praias e de suas águas
com dois modernos emissários submarinos e as estações elevatórias; e através
de parcerias urbanizava sua orla marítima, as praças, ruas e avenidas,
proporcionando, com uma infra-estrutura urbana básica e moderna, perspectivas
de um crescimento sustentável e melhoria na qualidade de vida dos seus
moradores, agora, orgulhosos de sua nova cidade.
2.2 Potencial Turístico
Praia Grande ocupa a área central de uma das mais prósperas regiões
metropolitanas do país (Baixada Santista). É também a praia mais próxima da
capital paulista. Com a abertura ao tráfego da segunda pista da Rodovia dos
Imigrantes, a cidade comprovou sua capacidade receptiva e sustentável,
absorvendo o impacto de 25% a mais em sua demanda turística, sem perder sua
alegria e qualidade de vida.
11
Com investimentos próprios, Praia Grande vai construindo as bases de
seu futuro. Urbanização de sua colossal orla marítima de 22,5 km, e uma grande
obra municipal de alcance metropolitano, batizada de Via Expressa Sul, que torna
“pista livre” o antigo acesso 291 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, dotada de
passagens subterrâneas interligando os bairros, com aprazíveis gramados e
ladeada por 20 km de ciclovias.
Preocupada com a balneabilidade de suas águas, a administração
Municipal, entregou em dezembro de 2002, a Segunda etapa do projeto de
despoluição das praias, extinguindo os últimos córregos de 2,5km de sua orla
marítima.
O pujante mercado da construção civil, o crescimento de pequenas
indústrias locais e o moderno e diversificado comércio, constata o
amadurecimento do turismo em Praia Grande.
Do monitoramento da cidade com centenas de câmeras de vídeo por
sistema de fibra ótica, aos vultosos investimentos em drenagem, pavimentação e
modernização de suas vias publicas, inclusive com sinalização turística; da
revitalização de antigos centros comerciais, à implantação do selo de qualidade
para os quiosques do calçadão da orla; do disciplinamento do seu trânsito, à
atenção com a saúde, educação e o lazer, resultou em uma cidade que consolida
a cada dia uma consciência cidadã e o orgulho dos seus habitantes por esta
promissora estância balneária.
Em tempo, Praia Grande há mais de uma década, é não apenas a
cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista, mas de todo o Litoral
Paulista que gera o maior número de postos de trabalho com carteira assinada.
12
2.3 Inserção Regional
O Município de Praia Grande possui fortes articulações com toda a
Baixada Santista, que por sua vez, articula-se intensamente com outras regiões
do Estado de São Paulo, com outras partes do país e até com países da América
Latina e de outros continentes. Tais articulações não são recentes e possuem
determinantes históricos, econômicos, políticos, culturais e ambientais. No século
XVI, a colonização portuguesa do Brasil começou com a ocupação da costa
marítima onde portos foram construídos para permitir a atracagem das
embarcações oriundas de outras partes do mundo e também de pontos distintos
do extenso litoral brasileiro. Nessa costa, os colonizadores construíram sólidos
fortes militares utilizados na defesa do Brasil Colônia. Algumas das primeiras
13
cidades brasileiras se formaram nas proximidades desses fortes militares. Outras,
como Santos e Rio de Janeiro, se estruturaram nos arredores daqueles portos
marítimos. Essas cidades serviram como pontos de articulação entre a economia
colonial das regiões litorâneas e os mercados europeus. Com os avanços da
colonização em direção ao interior do Brasil Colônia, outros núcleos urbanos
surgiram em pontos mais distantes da orla marítima. O litoral paulista foi um dos
locais onde houve os primeiros núcleos de ocupação que logo foram
acompanhados por outros que se implantaram nas terras altas do planalto após
vencer os obstáculos impostos pelas encostas da atual Serra do Mar. Com o
passar do tempo, algumas dessas cidades se tornaram importantes pólos
regionais, capitais estaduais e sedes de grandes regiões metropolitanas.
As atividades portuárias realizadas no período colonial influenciaram
diretamente a formação dos núcleos que deram origem à ocupação urbana na
Baixada Santista. No território do atual Município de Santos foram instalados os
primeiros trapiches do Porto que passou a ter o mesmo nome. No último quarto
do século XIX o Porto de Santos ganha importância econômica com o
desenvolvimento da produção do café nas fazendas do interior da então
Província de São Paulo direcionada para exportação. Essa produção cafeeira
oriunda das fazendas do interior paulista chegava ao Porto de Santos por meio
da antiga ferrovia São Paulo Railway, inaugurada em 1867. Na cidade de São
Paulo, essa ferrovia atravessava as várzeas dos Rios Tietê e Tamanduateí que,
nas décadas seguintes, passaram a receber importantes plantas industriais que
buscavam se instalar nos terrenos mais planos. No final do século XIX, o
aumento da importância econômica do Porto de Santos colocou a necessidade
de expansão física e de melhoramentos nas infra-estruturas e nas condições de
funcionamento. Em 1892, marco oficial da inauguração desse Porto, a
Companhia Docas de Santos entregou os primeiros 260 metros de cais na área
que até hoje é denominada como Valongo, localizado no centro histórico de
Santos. Nesse período, “os velhos trapiches e pontes fincados em terrenos
lodosos foram sendo substituídos por aterros e muralhas de pedra” (Plano de
Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos -PDZPS, 2012: p. 13).
14
Já no século XX, o Porto de Santos ganha novo impulso com a abertura
da Rodovia Anchieta (SP-150) realizada na década de 1940, com o
desenvolvimento industrial da atual Região Metropolitana de São Paulo,
especialmente na Região do Grande ABCD (com os municípios de Santo André,
São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema) e com o processo de
industrialização de Cubatão. Esse processo de industrialização representa um
ponto de inflexão na economia paulista iniciado a partir da década de 1950.
Trata-se de uma inflexão marcada pela instalação de grandes empresas
multinacionais em cidades que passaram a receber grandes contingentes
migratórios e iniciaram acelerado processo de urbanização periférica baseada na
produção de assentamentos precários, muitas vezes irregulares do ponto de vista
fundiário, ocupados pelas moradias das populações de baixa renda. Essa
imbricação entre crescimento da base econômica e urbanização precária
estruturou grande parte dos territórios das grandes cidades brasileiras, inclusive
da metrópole paulista e das cidades da Baixada Santista. As características
desse processo de urbanização são examinadas adiante.
O fortalecimento e a estruturação do trinômio porto-indústria
automobilística-indústria de base no sistema econômico regional formado por
Santos, São Paulo e Cubatão é baseado na conexão do Porto de Santos com os
parques industriais do Município de São Paulo e da atual Região do Grande ABC,
onde se instalaram indústrias da cadeia de produção de bens duráveis, como
eletrodomésticos e automóveis, e de Cubatão onde se instalou um pólo industrial
de base formado pela Companhia Siderúrgica Paulista (COSIPA), hoje parte do
grupo USIMINAS, e pela Refinaria de Petróleo Presidente Bernardes da
Petrobras. A Rodovia Anchieta (SP-150), importante eixo articulador desse
trinômio, amplia a ligação entre o Porto de Santos e aqueles parques industriais
formando um complexo sistema econômico e logístico de importância nacional e
internacional. Na década de 1970 essa ligação se fortalece com a abertura da
Rodovia Imigrantes (SP-160).
Apesar de o Porto de Santos ter forte articulação com os pólos industriais
mais próximos, é necessário levar em conta a sua influência macrorregional. De
15
acordo com o PDZPS (2012) a vocação natural desse Porto é “atender às
necessidades de movimentação de cargas dos estados do Sudeste e de grande
parte do Centro-Oeste do país” (PDZPS, 2012: p. 44). O PDZPS define o
chamado “vetor Logístico Centro-Sudeste” como a área de influência primária do
Porto de Santos. Segundo esse documento, a “área de influência secundária
2.4 Aspectos Demográficos
Área, Localização Geográfica e Altitude do Município.
Área Km2 147
Extensão de Praias km 22
Localização Geográfica (Sede) Latitude 24o 00' 35"
Longitude 46o 24' 45 “
Altitude (Sede) Metros 5
Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC.
Elaboração: Seplan, 2013.
Limites Geográficos
Norte Município de São Vicente
Sul Oceano Atlântico
Leste Município de São Vicente
Oeste Município de Mongaguá
Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC.
Elaboração: Seplan, 2012.
Áreas Territoriais por Tipo e Extensões Marítimas
Tipo Área (Km²) Extensão (km)
Área Territorial 147
Urbana 88,55 ---
Ocupada 34,89 ---
Parque Estadual da Serra do Mar 45,31 ---
16
Parque Estadual do Xixová/Japuí 5,54 ---
Parque do Piaçabuçú 8,09 ---
Costa Marítima --- 31,43
Orla Marítima --- 22,50
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC
Nota: Todas as áreas e extensões são aproximadas.
Elaboração: Seplan, 2012.
Hidrografia
Rios
1. Branco ou Boturoca
2. Preto
3. Piaçabuçu
4. Acaraú
5. Acaraú Mirim (1)
6. das Cruzes
7. Guaramar
8. Indaiaúba
9. Monbuatuba
10. Ameija
Fonte: Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande
Nota: (1) Afluente do Rio Acaraú
Elaboração: Seplan, 2002.
Aspectos Climáticos e de Solo
Descrição Índices
Clima Tropical úmido
Temperatura Máxima 38,5º C
Mínima 8º C
Pluviometria 2000 e 2500 mm a.a.
Evaporação Semestre seco 384 mm
Semestre úmido 642 mm
Umidade Média anual superior a 80%
17
Insolação Média anual de 4,35horas/dia
Ventos Predominam ventos sul e sudeste
Solo Arenoso, argiloso, mangue.
Topografia 80% plano
20% serras/morros
Fonte: Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande
Elaboração: Seplan, 2002.
Distâncias Rodoviárias da Capital e dos Municípios integrantes à Região
Metropolitana da Baixada Santista
Municípios Distância (km) (1)
Bertioga 40
Cubatão 18
Guarujá 30
Itanhaém 43
Mongaguá 24
Peruíbe 74
Santos 12
São Paulo 72
São Vicente 6
Fonte: Secretaria Municipal de Esporte, Turismo e Cultura.
Nota: (1) Foram consideradas as menores distâncias rodoviárias.
Elaboração: PRODEPG, 2000.
Síntese Dados Demográficos
População estimada 2013
287.967
População 2010 262.051
Área da unidade territorial (km²)
147,065
Densidade demográfica (hab/km²) 1.781,87
Fonte: SEPLAN, 2014
Ano População Residente
Nº Abs.
1970 19.704
1980 66.011
1991 123.492
18
1996 150.388
2000 193.582
2010 262.051
TGCA
1970/1980 12,85%
TGCA
1980/1991 5,86%
TGCA
1991/2000 5,12%
TGCA
2000/2010 3,07% Fonte: SEPLAN, 2104
Faixa Etária
2010 2000
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Menos de 1 ano 3.668
1.868
1.800
3.512
1.828
1.684
1 a 4 anos 15.106 7.659 7.447 14.890 7.481 7.409
5 a 9 anos 20.193 10.293 9.900 17.618 8.964 8.654
10 a 14 anos 22.797 11.429 11.368 17.996 9.179 8.817
15 a 19 anos 20.899 10.432 10.467 19.162 9.524 9.638
20 a 24 anos 20.945 10.552 10.393 18.058 8.880 9.178
25 a 29 anos 22.500 10.905 11.595 15.973 7.856 8.117
30 a 34 anos 22.052 10.574 11.478 14.723 7.134 7.589
35 a 39 anos 19.601 9.516 10.085 13.965 6.641 7.324
40 a 44 anos 17.584 8.464 9.120 12.806 6.160 6.646
45 a 49 anos 16.080 7.463 8.617 11.009 5.237 5.772
50 a 54 anos 14.866 6.768 8.098 8.748 4.179 4.569
55 a 59 anos 13.187 5.955 7.232 6.879 3.266 3.613
60 a 64 anos 10.772 4.856 5.916 5.915 2.699 3.216
65 a 69 anos 8.148 3.616 4.532 4.680 2.179 2.501
70 a 74 anos 6.012 2.591 3.421 3.736 1.669 2.067
75 a 79 anos 3.882 1.650 2.232 2.165 973 1.192
80 anos ou mais 3.759 1.335 2.424 1.747 672 1.075
Total da População 262.051 125.926 136.125 193.582 94.521 99.061
Fonte: SEPLAN, 2104
2.5 Dinâmica Populacional
O município de Praia Grande apresentou um alto ritmo de crescimento
populacional nas últimas duas décadas. Entre 1991 e 2000 a taxa geométrica de
crescimento anual (TGCA) foi de 5,12%a.a., acompanhando a maior parte dos
municípios do litoral paulista que, em sua maior parte, durante o mesmo período
também apresentaram um alto crescimento. Na década de 2000 a 2010 houve
19
uma queda no ritmo do crescimento populacional que, no entanto, permaneceu
alta atingindo 3,17%a.a. Nesse período Praia Grande saltou de 193.582 para
262.051 habitantes.
Mapa. Municípios do Litoral Paulista –Taxa Geométrica de Crescimento Anual -TGCA 1991–
2000 e 2000-2010
Fonte: Censos Demográficos IBGE, 1991 e 2000 e Censos Demográficos IBGE, 2000 e 2010.
Atualmente há uma população flutuante nos finais de semana fazendo
com que chegue a 300.000 pessoas na cidade e 1.5000.000 pessoas na alta
temporada de verão.
A população praia-grandense não cresce de forma uniforme em todos os
bairros. Alguns deles, mais periféricos, como os bairros Trevo, Quietude e
Antártica, cresceram muito desordenadamente, em áreas invadidas, gerando
grandes demandas sociais à administração pública, incluindo a Saúde.
Gráfico. Praia Grande –Distribuição Percentual da População Segundo Cor ou Raça –2010
20
Fonte: Censo Demográfico IBGE, 2010.
A distribuição da população de Praia Grande no território segundo raça ou cor mostra uma clara
segregação territorial. A população caracterizada como branca está concentrada nos setores
censitários mais próximos às faixas litorâneas, beneficiada pela proximidade com a praia, enquanto
as populações pardas e negras estão mais distantes da orla marítima, concentradas do outro lado da
Rodovia SP-055 (Rodovia Padre Manoel de Nóbrega).
Crescimento Populacional Médio Anual
Período População Migratório Vegetativo
Total Nº Abs. % Nº Abs. %
1970-1980 4.630
4.195
91
435
9
1980-1991 5.284 3.857 73 1.427 27
1991-2000 7.788
5.819
75
1.969
25
2000-2006 8.644 5.819 67 2.825 33
2006-2011 7.759
5.734
74
2.025
26
2011-2016 7.373 4.073 55 3.300 45
2016-2021 6.818
4.014
59
2.804
41
2021-2026 5.526 3.584 65 1.942 35
Fonte: SEPLAN, 2014
21
Projeção Populacional Anual
Ano Homens Mulheres
Pop
total
TGCA
(%)
Total Migratório Total Migratório
1991 61.097
21.314
62.395
38.569
123.492
5,86
2000 94.521 26.311 99.061 58.190 193.582 5,12
2006 115.748
17.540
121.056
58.190
236.804
3,42
2011 135.225 14.404 140.376 14.267 275.601 3,08
2016 153.504
10.238
158.961
10.127
312.465
2,54
2021 170.400 10.089 176.265 9.980 346.665 2,10
2026 173.350 7.927 194.488 10.127 367.838 1,19 Fonte: SEPLAN, 2014
Pessoas de 25 anos ou mais de idade
Nível de instrução Total Homens Mulheres
Sem instrução e fundamental incompleto 63.281
29.228
34.053
Fundamental completo e médio
incompleto 32.120
15.213
16.907
Médio completo e superior incompleto 46.672
21.899
24.773
Superior completo 16.000 7.260 8.740
Não determinado 564
253
311
Total
158.6
36
73.85
3
84.783 Fonte: SEPLAN, 2014
Taxa de Analfabetismo 2.010 2.000 1.991
Taxa de analfabetismo - 11 a 14 anos 1,59
1,60
2,43
Taxa de analfabetismo - 15 a 17 anos 1,23 1,42 3,24
Taxa de analfabetismo - 15 anos ou mais 4,16
5,69
10,3
3
Taxa de analfabetismo - 18 a 24 anos 1,18 2,29 4,56
Taxa de analfabetismo - 18 anos ou mais 4,36
6,08
10,9
8
Taxa de analfabetismo - 25 a 29 anos 1,40 3,68 5,82
Taxa de analfabetismo - 25 anos ou mais 4,94
7,02
12,5
3 Fonte: SEPLAN, 2014
Ano Renda per capita média
(R$)
1991 530,16
2000 759,05
2010 820,97
Fonte: SEPLAN, 2014
22
Ano
IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IDH-M
IDH-M
Educaç
ão
IDH-M
Longevida
de
IDH-M
Renda
Posição
no
Estado
1991 0,538
0,336
0,688
0,674
152
2000 0,686 0,551 0,801 0,732 127
2010 0,754 0,692 0,834 0,744 199 Fonte: SEPLAN, 2014
CAPÍTULO III – SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO
3.1- Saúde Materno Infantil
A saúde materno-infantil é monitorada em Praia Grande pelos sistemas
informatizados de saúde dos governos federal e estadual – SINASC – Sistema
Informatizado de Nascidos Vivos e SISPRENATAL – Sistema Informatizado do
Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento.
O acompanhamento dos nascimentos é realizado com a alimentação
periódica de dados no SINASC, e monitorado pelo Programa de Saúde da
Criança que trabalha visando à melhoria da assistência ao pré-natal, parto e
recém-nascido.
Os indicadores avaliados apresentam-se com diferenças, dependendo da
fonte populacional utilizada – SEADE e SINASC, sendo que a alimentação dos
dados acontece nos municípios no banco do SINASC. A evolução dos programas
informatizados deverá contemplar as correções dessas distorções.
Embora mantendo a apresentação da SEADE e do SINASC, a avaliação
dos dados será realizada com os dados da SEADE.
A tabela abaixo mostra os tipos de partos realizados na Unidade Hospitalar
de Praia Grande no período de 2000 à 2013, segundo o Livro de Partos da
unidade.
A redução no número de nascimentos é uma tendência nacional, embora
em Praia Grande os números estejam ainda flutuantes, conforme análise do
quadro abaixo.
23
Distribuição dos NASCIDOS VIVOS em Praia Grande, conforme o Ano de nascimento:
Fonte: DATASUS Legenda: S/I = Sem informação.
Fonte: SINASC MUNICIPAL.
Baixo Peso ao Nascer: O baixo peso ao nascer é reconhecido pela Organização Mundial de
Saúde como principal fator de risco isolado para a sobrevivência infantil. Na
planilha e gráfico abaixo são apresentados a distribuição de casos de baixo peso
ao nascer no período de 2000 a 2013
Anos
2000 2001 2002 2003 2004 2005
2006
Nascimentos
3871 3687 3600 3579 3714 3741 3628
Anos
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Nascimentos
3885 3889 3843 3928 4335 4424 S/I
Anos
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Nascimentos
3886 3687 3600 3579 3714 3747 3621
Anos
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Nascimentos
3805 3749 3830 3928 4335 4417 4282
24
Distribuição de casos de BAIXO PESO AO NASCER, de residentes em Praia Grande, segundo o ano de nascimento no período de 2000 a 2013.
Anos 2000 2001 2002 2003 2004 2005
NASCIDOS
VIVOS COM PESO
< 2500G
Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %
331 8,65 331 9,20 322 9,07 352 10,09 304 8,34 329 8,80
Anos 2006 2007 2008 2009 2010 2011
NASCIDOS
VIVOS COM PESO
< 2500G
Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %
284 7,83 360 9,27 351 9,03 343 8,93 338 8,60 342 7,89
Fonte: DATASUS. 2013* SINASC MUNICIPAL
Prematuridade ao Nascer: O tempo de duração da gestação e a prematuridade, com nascimento
antes de 37 semanas é um indicador com dados oscilantes, como demonstrado
no quadro abaixo, e que tem se apresentado também como importante fator de
sobrevivência infantil.
Percentual de crianças com PREMATURIDADE AO NASCER de residentes Em Praia Grande no período de 2000 a 2013:
Prematuros ao nascer
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %
171 4,47 181 5,03 190 5,35 208 5,95 221 6,06 257 6,86 244 6,73
Anos 2012 2013
NASCIDOS
VIVOS COM PESO
< 2500G
Nº. % Nº. %
380 8,59 395 9,22
25
Prematuros ao nascer
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %
304 7,82 294 7,56 273 7,10 252 6,42 399 9,20 532 12,30 550 12,84
Fonte: DATASUS 2013* SINASC MUNICIPAL
Percentual de crianças com PREMATURIDADE AO NASCER de residentes em Praia Grande no período de 2000 a 2013: 3.2- Saúde Da Mulher
Percentual de Cesariana:
O Conselho Federal de Medicina vem realizando campanhas para
aumentar os percentuais de partos vaginais, como o Ministério da Saúde vem
tomando medidas punitivas aos hospitais e municípios para reduzir a quantidade
de partos cesárea. A punição adotada é o corte nos pagamentos dos partos
cesáreas, quando o percentual ultrapassa o limite aceitável, é repassado apenas
o valor de parto normal para o excedente.
Porém, como mostram as tabelas abaixo, os percentuais de partos
cesáreas vêm crescendo significativamente, o que demonstra a necessidade de
maior investimento para divulgação junto à população, sensibilizações dos
profissionais médicos para cumprimento do preconizado e adequação do hospital
municipal com equipamentos que melhorem a assistência ao parto.
Na primeira tabela temos o retrato da realidade do Hospital Municipal, bem
como do perfil e postura da equipe que trabalha no local.
Ressalta-se que todos os partos realizados em Praia Grande a partir de
Junho de 2004 são de usuários do SUS, devido à intervenção municipal no único
hospital da cidade.
Na segunda tabela temos o retrato da realidade das residentes no
município, independente da cidade onde realizou o parto. Assim temos uma
amostra do perfil e postura das equipes que trabalham na região metropolitana da
Costa da Mata Atlântica.
26
Distribuição dos tipos de partos realizados no Hospital Municipal de
Praia Grande, segundo o ano de ocorrência, no período de 2000 a 2013:
Anos Tipos De Partos
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Total de Partos 2913 2363 2511 2356 2663 2598 2457
Partos Vaginais 1999 1572 1703 1472 1596 1669 1456
Partos Cesáreas
914 791 808 884 1067 929 1001
% de Cesáreas 31,30 33,40 32,10 37,50 40,06 35,75 40,74
Anos Tipos De Partos
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Total de Partos 2596 2514 2312 2197 2470 2715 2531
Partos Vaginais 1243 1207 1475 1489 1628 1711 1613
Partos Cesáreas
1352 1306 837 707 842 1004 917
% de Cesáreas 52,08 51,95 36,20 32,18 34,09 36,98 36,23 Fonte: SINASC MUNICIPAL
Distribuição dos TIPOS DE PARTOS realizados em residentes de Praia Grande, segundo o ano de ocorrência, no período de 2000 a 2013:
Anos Tipos De Partos
2000
2001
2002
2003
2004
2005 2006
Total de Partos 3825 3599 3550 3490 3646 3741 3628
Ignorados 19 4 16 27 4 8 2
Partos Vaginais 2262 2034 1961 1861 1839 1916 1700
Partos Cesáreas
1544 1561 1573 1602 1803 1817 1926
% de Cesáreas 40,37 43,37 44,31 45,90 49,45 48,57 53,09
Anos Tipos De Partos
2007
2008
2009
2010
2011
2012 2013
Total de Partos 3885 3889 3843 3928 4335 4424 4282
Ignorados 1 1 3 1 0 0 1
Partos Vaginais 1479 1473 1783 1825 1950 1929 1915
27
Partos Cesáreas
2405 2415 2057 2102 2385 2494 2366
% de Cesáreas 61,90 62,10 53,53 53,51 55,02 56,40 55,25 Fonte: SINASC MUNICIPAL
Os dados refletem a realidade vivenciada no setor da saúde, e, portanto
deve remeter as autoridades da região – gestores de saúde e os responsáveis
pelas escolas que vem formando técnicos, principalmente os médicos, para
induzirem a modificação da prática profissional, quanto à modalidade de
realização de partos.
Gestantes Adolescentes:
Parturientes residentes em Praia Grande menores de 20 anos de idade, período 2000 a 2013:
Anos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Total de Gestantes 3825 3599 3550 3490 3646 3741 3628
Gestantes Adolescentes
799 723 742 655 679 671 676
Percentual
20,89 20,09 20,90 18,77 18,62 17,94 18,63
Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Total de Gestantes 3885 3889 3843 3928 4335 4424 4282
Gestantes Adolescentes
668 709 638 596 650 687 683
Percentual
17,19 18,23 16,60 15,17 14,99 15,53 15,95
Fonte: DATASUS
28
Pré-Natal
Os dados do SISPRENATAL demonstram a organização dos serviços
referente ao Pré-Natal e o cumprimento das metas estabelecidas pelo programa.
Avaliando a tabela abaixo observamos significativa melhora dos dados de
2004, sendo que em 2005, em alguns itens tivemos retrocesso.
Relatório Comparativo de Indicadores do Sisprenatal
Indicadores 2003 2004 2005 2006
% gestantes inscritas que fizeram 1ª consulta x nº. nascidos vivos
42,19 53,39 69,97
84,46
% gestantes 1ª consulta até 120 dias em relação ao nº. de nascidos vivos por município
39,75 50,10 58,74 68,99
% gestantes com 6 consultas de pré-natal 29,06 34,97 30,56 31,99
% gestantes com 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério
8,43 14,04 7,88 11,11
% de gestantes com 6 consultas de pré-natal e todos os exames 3,14 10,87 12,67 20,54
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério
0,38 3,80 3,32 9,42
% gestantes receberam 2ª dose antitetânica ou reforço 18,16 36,86 44,07 48,35
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço dose antitetânica
0,38 3,51 3,32 8,70
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço da antitetânica + exame anti HIV
0,38 3,51 3,32 8,45
% gestantes com exame anti HIV 22,12 42,05 44,59 50,84
% gestantes com 2 exames VDRL 1,09 5,72 2,12 5,21
Indicadores 2007 2008 2009 2010
% gestantes inscritas que fizeram 1ª consulta x nº. nascidos vivos
88,03 90,45 93,12 90,07
% gestantes 1ª consulta até 120 dias em relação ao nº. de nascidos vivos por município
72,29 77,56 78,82 75,13
% gestantes com 6 consultas de pré-natal 31,19 33,83 29,76 29,19
% gestantes com 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério
30,52 23,02 23,17 24,57
% de gestantes com 6 consultas de pré-natal e todos os exames 26,43 17,12 13,60 14,07
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério
28,78 13,34 13,936 10,66
% gestantes receberam 2ª dose antitetânica ou reforço 46,47 45,84 32,16 38,40
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço dose antitetânica
27,19 11,00 8,80 6,96
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço da antitetânica + exame anti HIV
24,48 10,85 8,80 6,96
% gestantes com exame anti HIV 76,37 74,54 66,14 67,57
% gestantes com 2 exames VDRL 49,45 42,03 34,53 35,66
29
Indicadores 2011 2012 2013
% gestantes inscritas que fizeram 1ª consulta x nº. nascidos vivos
95,24 85,16 ND
% gestantes 1ª consulta até 120 dias em relação ao nº. de nascidos vivos por município
79,68 72,41 ND
% gestantes com 6 consultas de pré-natal 21,94 24,04 ND
% gestantes com 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério
9,87 15,23 ND
% de gestantes com 6 consultas de pré-natal e todos os exames 9,82 11,27 ND
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério
5,57 7,22 ND
% gestantes receberam 2ª dose antitetânica ou reforço 32,29 33,94 ND
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço dose antitetânica
3,82 4,71 ND
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço da antitetânica + exame anti HIV
3,82 4,71 ND
% gestantes com exame anti HIV 62,35 67,33 ND
% gestantes com 2 exames VDRL 29,11 31,49 ND
Fonte: SISPRENATAL
Entendemos que esses indicadores são passíveis de melhorias, sendo que
os resultados indicam a necessidade de intensificar a vigilância, o
acompanhamento e monitoramento das gestantes, parturientes e puérperas, nos
quesitos:
Elevar o número de consultas de pré-natal e puerpério, possivelmente investindo na busca ativa dessas gestantes/puérperas,
Implementar a realização dos exames básicos que estão disponíveis na rede, incluindo o anti HIV e principalmente o VDRL e
Aumentar a cobertura vacinal nas gestantes. Ressalta-se ainda a necessidade de melhorar o repasse das informações
dos dados enviados ao nível central da Secretaria da Saúde para alimentação do
sistema, uma vez que poderemos ter significativa mudança nos dados
apresentados.
O Programa do SIS PRE-NATAL necessita ser revisto pelo Ministério da
Saúde e readequado para obtenção de melhores relatórios dos indicadores, que
atualmente apresentam algumas inconsistências.
30
3.3 - Mortalidade Infantil
O município muito tem investido na reorganização do SUS, optando desde
2001 pela Estratégia do Programa Saúde da Família, de maneira a melhorar a
atenção na rede básica de saúde, com a implantação das Unidades de Saúde da
Família “USAFAs” imprimindo esforços para qualificar a atenção as gestantes,
parto e crianças menores de um ano, além da população com maior risco de
adoecer e morrer.
Em janeiro de 2014, o município contava com 53equipes da Saúde da
Família, sendo notável o processo de evolução, mas que demanda tempo para a
devida maturação do trabalho e respostas nos indicadores.
Parcerias firmadas com a Comunidade de Mãos Dadas e Pastoral da
Criança deverão fortalecer o trabalho já desenvolvido pelas equipes e agentes
comunitários de saúde junto à população residente.
Coeficiente de Mortalidade Infantil dos residentes em Praia Grande, conforme o ano de ocorrência do óbito no período de 1995 a 2013:
ANO Nº. DE ÓBITOS DE MENORES
DE 1 ANO NÚMERO DE NASCIDOS
VIVOS COEFICIENTE DE
MORTALIDADE INFANTIL
1995 114 2778 41,04
1996 114 3089 36,91
1997 97 3506 27,67
1998 104 3978 26,14
1999 101 4045 24,97
2000 97 3825 25,36
2001 96 3599 26,67
2002 82 3550 23,10
2003 82 3490 23,50
2004 66 3646 18,10
2005 73 3741 19,51
2006 55 3628 15,16
2007 88 3885 22,65
2008 65 3889 16,71
2009 75 3843 19,52
2010 49 3928 12,47
2011 60 4335 13,84
2012 63 4424 14,24
2013 62 4282 14,48
Fonte: DATASUS 2013* DADOS MUNICIPAIS
Embora a necessidade aponte para a investigação de todos os óbitos dos
residentes na cidade, para que tenhamos dados mais reais deste importante
31
indicador epidemiológico, a Comissão vem investigando apenas os óbitos
ocorridos no município por dificuldades de recursos humanos.
Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil, de residentes em Praia
Grande, conforme a faixa etária e ano da ocorrência:
ANO Nº. DE ÓBITOS DE MENORES DE 28 DIAS
NÚMERO DE ÓBITOS ENTRE 28
DIAS E UM ANO
NÚMERO DE ÓBITOS EM MENORES DE UM
ANO
2000 19,08 6,27 25,36
2001 18,34 8,34 26,67
2002 18,03 5,07 23,10
2003 16,62 6,88 23,50
2004 11,25 6,86 18,10
2005 12,56 6,95 19,51
2006 11,30 3,86 15,16
2007 13,90 8,75 22,65
2008 10,80 5,91 16,71
2009 11,71 7,81 19,52
2010 9,16 3,31 12,47
2011 9,92 3,92 13,84
2012 9,49 4,75 14,24
2013 7,94 6,54 14,48
Fonte:DATASUS 2013 DADOS MUNICIPAIS
Distribuição por faixa etária dos óbitos infantis ocorridos no município, no período de 2000 a 2013:
Idade Ano
Peri-Natal Menor
1 dia de vida
Neo-Natal Precoce
1 a 6 dias de vida
Neo-Natal Tardia
7 a 27 dias de vida
Infantil Tardia 28 a 365 dias de
vida
Total dos Óbitos
2005 12 20 15 26 73
2006 6 16 19 14 55
2007 7 26 21 34 88
2008 12 16 14 23 65
2009 9 23 13 30 75
2010 7 15 14 13 49
32
2011 12 14 17 17 60
2012 8 21 13 21 63
2013 10 12 12 28 62
Fonte: DATASUS 2013 DADOS MUNICIPAIS
Dos óbitos infantis ocorridos em residentes de Praia Grande, nos últimos
seis anos, temos que a maioria ocorreu no período Neonatal. No ano de 2005
esses óbitos representaram 63,9% do total de óbitos em menores de um ano de
vida.
O período Neonatal está intimamente ligado às condições de vida da
gestante, e a qualidade da assistência prestada no pré-natal, parto e recém
nascido.
Os dados apresentados retratam as discussões e análise de cada caso
investigado e nas tabelas abaixo, temos a identificação de pontos que necessitam
ser fortalecidos, para a melhoria dos serviços prestados. Portanto estes dados
devem subsidiar o planejamento do gestor municipal na implantação e/ou
ampliação de programas que visem à redução da Mortalidade Infantil a níveis a
mais aceitáveis.
3.4- Mortalidade Geral
No ano de 2013 morreram 2119 pessoas residentes em Praia Grande,
segundo os dados do SEADE, cujo Coeficiente da Mortalidade Geral ficou em
7,35 por 1000 habitantes.
Coeficiente da mortalidade geral dos residentes de Praia Grande, por 1000
habitantes, segundo o ano de ocorrência, período 2000 a 2013.
Anos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Óbitos totais 1529 1465 1485 1357 1351 1473 1572
População total 193.582 200.196 208.332 215.174 222.000 237.494 245.384
Coeficiente da Mortalidade Geral
7,89 7,31 7,12 6,30 6,08 6,20 6,40
33
Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Óbitos totais 1611 1669 1818 1883 1858 1949 2121
População total 253.215 244.533 249.547 262.051 267.307 272.390 287.967
Coeficiente da Mortalidade Geral
6,36 6,82 7,28 7,18 6,95 7,15 7,36
Fonte: SEADE
Distribuição dos óbitos no ano de 2013, segundo a classificação do CID 10:
Causas Nº. de Óbitos Percentual
Aparelho Circulatório 746 35,17
Mal Definido 35 1,65
Neoplasias 335 15,79
Causas Externas 164 7,73
Aparelho Respiratório 246 11,60
Doenças endócrinas e metabólicas 121 5,70
Aparelho Digestivo 111 5,23
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 111 5,23
Doenças do período Peri-Natal 78 3,68
Doenças do aparelho geniturinário 59 2,78
Doenças do sistema nervoso 56 2,64
Malformações congênitas 15 0,71
Transtornos mentais e comportamentais 13 0,61
Doenças do sangue... 5 0,24
Doenças da pele e do tecido subcutâneo 13 0,61
Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 12 0,57
Doenças do ouvido e da apófise mastóide 1 0,05
Gravidez parto e puerpério 0 0,0
Total 2121 100,00 Fonte: SIM MUNICIPAL
Destaca-se o Coeficiente da Mortalidade Geral em Praia Grande
apresentando significado número de óbitos Mal Definidos, aparecendo no período
levantado como a segunda causa de óbito em todos os anos.
Os óbitos mal definidos tem significado valor epidemiológico, uma vez que
diminuído esse percentual, o estudo das doenças que mais interferem na
interrupção de vida da população podem ser modificadas, apresentando outro
perfil epidemiológico tanto do município como da região.
34
Distribuição do número de óbitos ocorridos em residentes de Praia Grande, segundo a classificação do Código Internacional de Doenças – CID 10
e ano do óbito, período 2000 a 2013.
Causa (Cap. CID 10) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
IX. Doenças do aparelho circulatório 320 287 304 246 267 312 369
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat
277 301 270 273 292 259 315
II. Neoplasias (tumores) 162 176 177 162 178 225 239
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
340 273 273 232 192 172 171
X. Doenças do aparelho respiratório 111 109 139 116 124 120 123
IV. Donças endócrinas nutricionais e metabólicas
60 56 56 67 57 64 86
XI. Doenças do aparelho digestivo 73 76 72 78 70 99 84
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
51 50 56 57 58 71 69
XVI. Algumas afec originadas no período Peri-Natal
66 58 55 47 39 42 32
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 28 38 48 31 29 58 33
VI. Doenças do sistema nervoso 16 13 10 15 14 14 20
XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossôm
14 14 10 19 11 16 10
V. Transtornos mentais e comportamentais
5 5 3 3 7 6 6
III. Dçs sangue órgãos hemat e transtimunitár
2 2 7 4 5 7 8
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
2 1 1 3 3 3 2
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo
1 3 1 3 3 2 4
XV. Gravidez parto e puerpério 1 2 3 1 2 3 1
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
0 1 0 0 0 0 0
Total 1529 1465 1485 1357 1351 1473 1572
Fonte: SEADE
Causa (Cap. CID 10) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
IX. Doenças do aparelho circulatório 365 402 519 608 646 670 746
XVIII.Sint sinais e achadanormexclín e laborat
324 258 137 97 77 47 35
II. Neoplasias (tumores) 217 293 291 289 286 311 335
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
174 165 181 160 187 183 164
X. Doenças do aparelho respiratório 146 135 172 213 203 228 246
IV. Donças endócrinas nutricionais e metabólicas
68 95 115 123 109 114 121
35
XI. Doenças do aparelho digestivo 102 81 112 110 94 118 111
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
67 81 98 104 81 95 111
XVI. Algumas afec originadas no período Peri-Natal
53 44 47 30 35 43 78
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 37 41 50 48 50 53 59
VI. Doenças do sistema nervoso 26 26 42 51 43 45 56
XVII.Malfcongdeformid e anomalias cromossôm
12 13 15 12 18 9 15
V. Transtornos mentais e comportamentais
6 9 6 9 6 5 13
III. Dçs sangue órgãos hemat e transtimunitár
10 14 14 14 6 8 5
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
2 4 8 1 6 13 13
XIII.Doençassist osteomuscular e tec conjuntivo
2 6 7 9 10 4 12
XV. Gravidez parto e puerpério 0 2 4 5 1 3 0
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
0 0 0 0 0 0 1
Total 1611 1669 1818 1883 1858 1949 2121 FONTE:DATASUS 2013 DADOS MUNICIPAIS
3.5 Doenças de Notificação Compulsória
O comportamento das Doenças de Notificação Compulsória em Praia
Grande apresenta o seguinte quadro:
Distribuição por Agravo das DNC, segundo o ano de ocorrência:
Agravos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
AIDS 56 55 59 42 14 43 3
AtendimentoAnti-Rábico 540 369 327 335 181 206 158
Dengue 59 391 8674 102 16 134 4014
Doenças Exantemáticas 3 6 3 1 1 5 2
Esquistossomose 46 33 33 38 26 32 20
Evento adverso pós vacinação 9 7 6 21 8 8 9
Hepatite Viral 37 6 1 15 3 5 27
Leishmaniose Tegumentar 1 1 3 1 0 2 2
Leptospirose 9 5 3 4 3 13 6
Meningite 59 33 29 35 19 42 20
Sífilis não Especificada 3 5 18 9 11 13 9
Condiloma Acuminado 92 108 78 29 183 41 90
Tuberculose 214 197 184 172 204 202 174
36
Agravos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
AIDS 102 76 63 74 73 62 58
AtendimentoAnti-Rábico 162 128 139 168 176 342 231
Dengue 278 419 118 8993 330 593 9216
Doenças Exantemáticas 3 1 2 3 3 11 1
Esquistossomose 11 19 3 1 2 6 7
Evento adverso pós vacinação 5 6 9 14 17 13 22
Hepatite Viral 96 56 36 54 99 126 101
Leishmaniose Tegumentar 4 0 1 0 1 1 2
Leptospirose 14 24 16 31 29 34 34
Meningite 76 61 48 40 63 69 35
Sífilis não Especificada 14 12 22 34 47 73 78
Tuberculose 174 204 167 225 207 223 272
Fonte: SINANNET MUNICIPAL
Casos de Meningite e Doença Meningocócica diagnosticados, por ano e etiologia, dos residentes em Praia Grande:
Ano MCC MM MM+MCC MB MNE MV MOE MH MP Total
1998 2 0 5 6 1 8 0 0 1 23
1999 1 2 4 13 2 11 0 0 1 34
2000 1 0 9 23 7 13 0 1 2 56
2001 4 5 2 9 3 6 0 0 1 30
2002 1 3 4 5 7 5 1 1 2 29
2003 6 3 1 8 3 9 1 0 2 33
2004 4 0 5 7 2 9 0 0 1 28
2005 5 3 7 12 7 6 2 0 1 43
2006 0 0 1 9 2 4 0 0 2 18
2007 4 2 5 14 5 24 2 0 4 60
2008 2 3 0 11 5 17 3 0 3 44
2009 2 7 1 6 4 10 0 0 1 31
2010 2 3 4 3 2 3 2 1 2 22
2011 2 5 8 12 6 13 2 0 2 50
2012 3 4 3 4 2 18 2 1 0 37
2013 1 1 1 4 3 4 1 0 4 19
Legenda:
Fonte: SINANW
MCC: Meningococcemia MM: Meningite Meningocócica MB: Meningite Bacteriana (não especificada) MNE: Meningite não especificada
MV: Meningite Viral MOE: Meningite por outras etiologias MH: Meningite por Hemófilus MP: Meningite por Pneumococo
37
Analisando ainda as doenças de grande impacto na Saúde Pública, temos
que o número de casos de Hanseníase e Sífilis Congênita diagnosticados no
município, apresenta significado decréscimo, conforme demonstram as tabelas
abaixo.
Forma Clínica 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
HanseníaseVirchoviana 07 20 12 16 13 8 9
HanseníaseTuberculóide 07 06 12 17 20 11 4
Hanseníase Indeterminada 01 01 2 6 3 2 2
Hanseníase Dimorfa 01 04 1 5 4 1 2
Não Classificada 00 00 00 00 00 1 0
Total 16 31 27 44 40 23 17
Fonte: SINANW
Forma Clínica 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
HanseníaseVirchoviana 9 6 6 6 12 3 13
HanseníaseTuberculóide 7 4 4 5 7 1 5
Hanseníase Indeterminada 4 7 3 3 2 1 6
Hanseníase Dimorfa 1 1 1 6 1 2 1
Não Classificada 8 8 0 0 2 1 3
Total 29 26 14 20 24 8 28
FONTE:SINAN NET MUNICIPAL
3.6 Imunização
A Cobertura Vacinal é um importante indicador para avaliação das ações
de prevenção do município, uma vez que o programa de imunização nacional é
reconhecido internacionalmente pela sua eficácia.
A cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde é acima de 95% da
vacinação básica da infância, considerando as crianças de até um ano de idade e
as vacinas contra Poliomielite - SABIN, Tuberculose – BCG,
Tétano/Difteria/Sarampo e - Tetravalente, Sarampo/Catapora e Rubéola –
Tríplice Viral/SCR e Hepatite B.
Importante mencionar que a Secretaria de Estado da Saúde utiliza a base
populacional do SEADE e o Ministério da Saúde utiliza a base populacional do
IBGE, para a avaliação da Cobertura Vacinal. Esse fato gera vários problemas de
avaliação, pois esses dados de população são diferentes entre si.
38
CAPÍTULO IV – SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE
4.1 Acesso as Ações e Serviços de Saúde
O acesso universal aos serviços de saúde, além de ser uma garantia
constitucional, é uma bandeira de luta dos movimentos sociais e passou a ser um
dos elementos fundamentais dos direitos de cidadania no Brasil. Por este motivo,
um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é o acesso da
população a ações e serviços de saúde de qualidade.
O acesso qualificado se traduz na equidade, na humanização do cuidado,
na integralidade da atenção e no atendimento em tempo adequado às
necessidades individuais e coletivas. A adoção de modelo organizativo de ações
e serviços, baseado em redes de atenção, que favoreçam a superação da
fragmentação existente entre eles e o preenchimento de vazios assistenciais
constituem o cerne do esforço a ser empreendido nos próximos anos. Tal
organização deve permitir o atendimento das necessidades de saúde e o
aperfeiçoamento da gestão, neste incluídos a eficiência do gasto e o
financiamento adequado (Plano Nacional de Saúde – PNS, 2012-2015).
Nesse contexto, a estruturação e articulação da rede de atenção à saúde
em Praia Grande visa à organização do sistema, dentro de um modelo de
atenção com conceito amplo de saúde que direcione a intervenção e resposta às
necessidades de saúde dos usuários.
Até a década de 80, a assistência à saúde no município de Praia Grande
se resumia a três Prontos Socorros, sob a responsabilidade do Município, um
Centro de Saúde, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde e
um Hospital Filantrópico, com características de Hospital Geral. Os pacientes
residentes eram referendados para os municípios de São Vicente e/ou Santos, os
quais possuíam Ambulatórios de Especialidades administrados pelo nível federal.
Com o advento das Ações Integradas de Saúde, foi dado início à
descentralização das Ações Básicas de Saúde. No final da década de 80 ocorreu
a municipalização da Assistência à Saúde, passando para a administração
municipal a responsabilidade das Ações Básicas de Saúde, época em que foram
39
implantadas oito Unidades Básicas de Saúde e um Ambulatório de
Especialidades.
Assim, deu-se início à incorporação dos princípios preconizados pelo
SUDS, estruturando hierarquicamente o Sistema de Saúde através de Referência
e Contra Referência.
No ano de 2001 a rede de saúde era composta por 27 unidades de saúde
pública:
14 unidades básicas de saúde – Multiclínicas;
01 unidade de saúde da família – USAFA São Jorge;
08 unidades de especialidades (CTAP, SAE, CRATH, HD – AIDS,
Ambulatório de Saúde Mental, Núcleo de Reabilitação Física e Mental, CEMAS e
Laboratório);
02 prontos socorros;
01 Hospital Geral – Santa Casa (filantrópico)
01 unidade de retaguarda à saúde pública – serviço de apreensão de
animais.
Em março de 2014, a rede contava com 38 unidades, apresentando a
seguinte formatação:
17 unidades de saúde da família;
04multiclínicas;
09 unidades de especialidades (CTAP, SAE, CRATH, HD – AIDS,
Ambulatório de Saúde Mental, Núcleo de Reabilitação Física e Mental, CEMAS,
Laboratório e CAPS II);
02 prontos socorros;
01 Centro de Controle de Zoonoses;
01 Ouvidoria Municipal;
01 Central de Regulação.
01 Hospital Municipal “Irmã Dulce” (contratualizado)
01 Unidade de Pronto Atendimento – UPA
01 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU
40
4.2 Modelo de Atenção
O Modelo de Atenção é um sistema lógico que organiza o funcionamento
das Redes de Atenção à Saúde, articulando, de forma singular, as relações entre
os componentes da rede e as intervenções sanitárias. Estes, por sua vez, devem
estar definidos em função da análise situacional considerando os perfis
demográficos, epidemiológicos e os determinantes sociais da saúde, vigentes em
determinado tempo, em determinada sociedade (Mendes, 1993).
As Redes de Atenção a Saúde (RAS) são arranjos organizativos de
ações e serviços de saúde, diferentes densidades tecnológicas, que integradas
por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a
integralidade do cuidado (BRASIL, 2010). Para SMS, a integralidade é um dos
princípios mais desafiadores do SUS, pois considera as características singulares
das condições agudas e crônicas (Quadro 17) vivenciadas por sujeitos em
condições sociais diversas, o que torna complexa a resposta a ser dada pelos
cuidados em saúde.
Quadro 17- Diferença entre as Condições Agudas e as condições crônicas em
saúde
Condições Agudas
Condições Crônicas
Duração curta Duração longa
Manifestação abrupta Manifestação gradual
Autolimitadas Não autolimitadas
Diagnóstico e prognóstico usualmente precisos Diagnóstico e prognóstico usualmente incertos
Intervenção usualmente efetiva Intervenção usualmente com alguma incerteza
Resultado: a cura Resultado: o cuidado
Centradas no cuidado profissional Centradas no autocuidado orientado
Conhecimento e ação clínica concentradas no profissional
Conhecimento e ação clínica compartilhados pelos profissionais e usuários
FONTE: Von Korff (1997); Holman &Lorig (2000). Organização Mundial da Saúde (2003); Mendes (no prelo).
Ao se reconhecer as características das condições de saúde e as
condições sociais dos usuários, a singularidade do cuidado prestado precisa
estar organizada para responder de forma qualificada aos problemas
identificados. Para isto, é necessário o fortalecimento de estratégias de cuidado
que integre todas as esferas de atenção e que sejam compartilhadas e
41
reconhecidas entre os serviços e as partes interessadas - gestores, trabalhadores
e usuários. Entre elas, a SMS destaca a necessidade de implementação e
fortalecimento da regionalização, das redes de atenção, das linhas de cuidado e
do acolhimento, descritos a seguir.
4.3 Atenção Primária em Saúde
Considerada a principal porta de entrada do SUS, a Atenção Primária à
Saúde (APS) fundamenta-se pela atuação sobre a promoção e prevenção da
saúde, com foco nas causas mais prevalentes de agravos que acometem a
população, além do manejo sobre as doenças existentes. Para cumprir essa
atuação, precisa estar dispersa em quantidade e qualidade suficiente no território
local, considerando os seus atributos (Starfield, 2002, p. 61): Atenção ao
primeiro contato, que implica a acessibilidade do serviço pela população, que
precisa perceber que o serviço está disponível para atendê-la;
Longitudinalidade, geradora de vínculo pelo reconhecimento do uso do serviço
ao longo do tempo e pela cooperação mútua entre profissionais e usuários;
Integralidade, compreendida como arranjos desenvolvidos pelas equipes para
que os usuários tenham garantidos todos os serviços os quais necessitam, o que
inclui das redes de atenção e as referências assistenciais na saúde e também
intersetoriais; Coordenação (integração) da atenção com foco na sua
continuidade, valorizando e qualificando os prontuários como forma de
reconhecer os problemas de saúde e sociais preexistentes do usuário (história
pregressa) e também organizando as agendas assistenciais de forma a fortalecer
o vínculo e a acessibilidade aos serviços ofertados na unidade e na rede de
serviços.
4.3.1 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo
Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da
Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços,
assim como a resolubilidade, a abrangência e o alvo das ações. Atualmente
42
regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, configuram-se
como equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes
de Saúde da Família (ESF), as equipes de atenção básica para populações
específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o Programa
Academia da Saúde.
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores
municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados
epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão
apoiadas.
4.4 Acolhimento
De acordo com a Política Nacional de Humanização (PNH), acolhimento
é definido como um “Processo constitutivo das práticas de produção e promoção
de saúde que implica responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário,
desde a sua chegada até a sua saída” (BRASIL, 2010). O acolhimento implica
prestar um atendimento com resolubilidade e responsabilidade, orientando,
quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde
para continuidade dos cuidados e estabelecendo articulações com outros
serviços para garantir a eficácia dos encaminhamentos.
Desta construção coletiva, o Acolhimento com Identificação de
Necessidades que passa a ser um referencial para projetos e programas da
Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande, permeando as ações
desenvolvidas por seus profissionais. Tem como propósito a abertura dos
serviços para a demanda, viabilizando o acesso, humanizando o atendimento,
buscando a satisfação do usuário, proporcionando vínculo, melhorando as
condições e ambiente de trabalho, incentivando o trabalho de equipe e
valorizando os trabalhadores da saúde.
Os objetivos gerais do projeto são:
Atender a todas as pessoas que procuram os serviços de saúde,
viabilizando o acesso, oferecendo uma atenção oportuna, eficaz,
segura e ética;
43
Reorganizar o processo de trabalho, revertendo a lógica da oferta
e da demanda, através da priorização da clientela de maior
vulnerabilidade, diminuindo as desigualdades, respeitando as
necessidades dos diferentes indivíduos ou grupos populacionais.
Qualificar a relação profissional-usuário, propiciando o respeito, a
solidariedade e o vínculo.
Para isso, objetivos específicos do projeto são:
Acolher o usuário, priorizando aquele com maior necessidade
(biológica, social ou subjetiva);
Eliminar as barreiras burocrático-organizacionais, que dificultam e
limitam o acesso aos serviços;
Tornar os ambientes internos e externos das Unidades de Saúde
mais confortáveis, aconchegantes e acolhedores;
Melhorar a qualidade e quantidade dos equipamentos médicos, de
enfermagem e odontológicos, viabilizando o funcionamento
adequado das Unidades de Saúde;
Fortalecer e otimizar o trabalho das equipes das Unidades de
Saúde, procurando estabelecer cooperação e confiança mútua
entre os seus integrantes;
Estreitar laços com a comunidade local, estabelecendo parceria
com o Conselho Local de Saúde e demais entidades
representativas.
O acolhimento não é apenas um espaço, mas sim uma postura
profissional. Implica compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades.
Desse modo é que o diferenciamos de triagem, pois ele não se constitui como
uma etapa do processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e
momentos do serviço de saúde. O conceito de acolhimento se concretiza no
cotidiano das práticas de saúde por meio de escuta qualificada e da capacidade
de pactuação entre a demanda do usuário e a possibilidade de resposta do
serviço. Nesse sentido, todos os profissionais de saúde fazem acolhimento.
44
Entretanto, as portas de entrada dos serviços de saúde, podem demandar a
necessidade de um grupo especializado em promover o primeiro contato do
usuário com o serviço.
4.5 Assistência Especializada
A Atenção Especializada no município de Praia Grande é desenvolvida
por unidades ambulatoriais da rede municipal, que executam serviços de média e
alta complexidade. As unidades responsáveis pelos atendimentos especializados
são:
Centro de Especialidades Médicas Ambulatoriais e Sociais (CEMAS) -
Atendendo nas especialidades: cardiologia, cirurgia geral, cirurgia plástica,
cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia,
hematologia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, oftalmologia, oncologia,
ortopedia, otorrinolaringologia, pneumologia, reumatologia, geriatria, urologia,
fisioterapia, nutrição, assistência social e enfermagem.
Ambulatório de Saúde Mental – Atende nas especialidades de psiquiatria,
psicologia e assistência social.
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) – Atende um número pré-
estabelecido de 220 pacientes, de acordo com o processo de credenciamento
junto ao Ministério da Saúde. CRATH – Atende nas especialidades de
tisio/pneumologia, hansenologia, terapia ocupacional, assistência social e
enfermagem.
Serviço de Atenção Especializada (SAE) – Atende com uma equipe
multiprofissional composta de infectologistas, ginecologista, psicólogos,
farmacêutico, assistente social e enfermeiras.
Núcleo de Reabilitação Física e Mental “Henry” – Atende pacientes especiais
até 12 anos, crianças e adultos com déficit auditivo com necessidade ou não de
protetização. Trabalha com equipe multidisciplinar composta por pediatra,
fonoaudiólogas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e
assistentes sociais.
45
Hospital - Dia em Aids – Atende com infectologista, enfermeiros e auxiliares de
enfermagem.
Centro de Testagem, Acompanhamento e Prevenção (CTAP) – Atende com
psicólogos e assistentes sociais. Realiza os testes de HIV, assim como
aconselhamentos pré e pós-teste.
A Secretaria de Estado da Saúde/SP a partir do ano de 2009 instalou no
município de Praia Grande uma unidade do AME – Ambulatório Médico de
Especialidades que tem como objetivo complementar o atendimento de
procedimentos de média e alta complexidade ambulatoriais, auxiliando o
município e região na redução da demanda reprimida de pacientes que
aguardam atendimento nessas áreas. Verifica-se uma melhora significativa no
atendimento de procedimentos especializados após esta parceria com o Estado.
A Secretaria de Saúde de Praia Grande após estudos técnicos
estabeleceu dentro das bases legais a ampliação, e a melhoria da qualidade nos
serviços laboratoriais no município, através de parcerias.
4.6 ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Em 1º de junho de 2004, a prefeitura de Praia Grande requisitou
administrativamente da entidade Praia Grande – Ação Médica Comunitária, o
prédio da Santa Casa de Praia Grande (atual Hospital Municipal Irmã Dulce)
requisitando os bens móveis, imóveis e insumos, passando a municipalidade a
gerenciar o hospital até que a entidade Praia Grande Ação Médica Comunitária,
que administrava a unidade, tivesse condições de regularizar suas dívidas com o
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Instituto Nacional de
Seguro Social (INSS) e pudesse, assim, assinar convênio que permitiria o
repasse de recursos do SUS e a continuidade do pagamento das equipes
médicas, as quais estavam paralisadas.
Após dois anos de intervenção municipal de ordem administrativa, a
Prefeitura de Praia Grande, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
celebrou um Contrato de Gestão com uma entidade qualificada no município
como Organização Social de Saúde (OSS), como objetivo de melhorar a
46
qualidade da assistência hospitalar no município. Foi elaborado um Plano
Operativo Anual (POA) que estabeleceu as metas quantitativas e qualitativas a
serem atingidas pelo hospital e fiscalizadas pelo gestor municipal, neste caso, a
Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande.
O único hospital público da Estância Balneária de Praia Grande é desde
2008 gerenciado no modelo de Contrato de Gestão com uma Organização Social
de Saúde (OSS).
A gestão compartilhada entre FUABC – Prefeitura da Estância Balneária de
Praia Grande (PEBPG) foi homologada em 17 de julho de 2008 e a assinatura do
contrato de gestão ocorreu em 30 de julho daquele ano.Foi um momento histórico
para a Fundação do ABC-Faculdade de Medicina do ABC, que deixaram seu
local de atuação tradicional para levar conhecimento (know-how) e dedicação a
outras regiões do Estado mais carentes.
Em mais de 11 mil metros quadrados de área construída, o HMID ocupa
prédio construído com seis pavimentos (cinco andares mais o térreo) e parte das
instalações da antiga Santa Casa devidamente reformada.
O Hospital Municipal Irmã Dulce (HMID) conta com áreas de UTI Adulto,
Infantil e Neonatal, Centro Cirúrgico e Centro Obstétrico, Maternidade, Farmácia,
Ala de Internação Pediátrica com Brinquedoteca, clínicas Médica e Cirúrgica,
entre outros.
O Hospital possui ainda um conjunto de equipamentos e serviços para a
realização dos Serviços de Apoio ao Diagnóstico e Tratamento, sendo alguns
serviços e equipamentos próprios e outros funcionando sob o regime de contrato
de prestação de serviços.
O HMID desenvolve programas específicos de Atenção ao paciente
internado nas clinicas abaixo discriminadas, visando obter um atendimento
resolutivo, dentro dos preceitos legais e observando o disposto nas legislações
vigentes e a serem implantadas, visando sempre à melhoria do atendimento e a
observação dos preceitos fundamentais do SUS - Sistema Único de Saúde, no
que diz respeito à Integralidade, Equidade e Universalidade do atendimento, nas
seguintes clínicas e especialidades:
47
Clínica Médica
Clínica Cirúrgica
Clínica Obstétrica
Clínica Pediátrica
Clínica Psiquiátrica
UTI Adulto
UTI Infantil e Neonatal
Dentro de seu programa de atenção ao paciente cirúrgico o HMID oferece
as seguintes especialidades cirúrgicas:
Cirurgia bucomaxilofacial (média complexidade)
Cirurgia de gineco-obstetrícia (média complexidade)
Cirurgia geral (média complexidade)
Cirurgia neurológica (média e alta complexidade)
Cirurgia otorrinolaringológica (média complexidade)
Cirurgia plástica (média complexidade)
Cirurgia proctológica (média complexidade)
Cirurgia trauma-ortopédica (média complexidade)
Cirurgia urológica (média complexidade)
Cirurgia vascular (média complexidade)
Com relação ao Programa de Apoio ao Diagnóstico e ao Tratamento, o
hospital dispõe dos seguintes serviços:
Endoscopia
Ultrassonografia
Tomografia Computadorizada
Radiologia
Patologia Clinica
Métodos Gráficos
Hemoterapia
A humanização do ambiente hospitalar foi pensada desde o início do projeto
visando a oferecer qualidade no atendimento e melhor estadia aos pacientes,
48
familiares e demais usuários. Na maternidade, por exemplo, não existem
berçários. O espaço segue recomendações do Ministério da Saúde e oferece
sistema de alojamento conjunto, em que o recém-nascido permanece no quarto
com a mãe em tempo integral. O atendimento no hospital é exclusivo para
pacientes do SUS - munícipes ou turistas.
Cabe ressaltar que há um convênio entre a municipalidade e a Secretaria de
Estado da Saúde/SP para oferta de leitos SUS, visando a ampliação do acesso à
população da Região Metropolitana da Baixada Santista que necessita de
tratamento cirúrgicos nas áreas de Neurocirurgia, Trauma-ortopedia, Cirurgia
Geral, Clínica Médica, Pediatria, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica,
UTI Adulto e Patologia Obstétrica, sendo que os leitos são utilizados por todos os
municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista.
4.7 Reestruturação da Rede Municipal de Saúde
Segundo dados disponibilizados pela Coordenadoria de Planejamento /
Divisão de Elaboração de Projetos, as propostas de projetos para a
reestruturação da Rede Municipal de Saúde, aprovadas para o período de 2014 a
2014 são:
4.7.1 Projetos para a Atenção Especializada
a) Construção do Centro Especializado em Reabilitação (CER):
Valor da proposta: R$ 2.500.000,00, sendo:
R$ 2.300.000,00: repasse – Ministério da Saúde
R$ 200.000,00: contrapartida Município
b) Reforma CAPS:
Valor da proposta: R$ 1.900.000,00
R$ 600.000,00: CAPS ADIII Boqueirão (transformar o CAPS ADII em ADIII)
49
R$ 550.000,00: CAPS i (reforma de imóvel para adequar as instalações da
unidade para o efetivo funcionamento da atenção psicossocial da criança e do
adolescente com transtornos mentais)
R$ 600.000,00: CAPS II Mirim: NOVO SERVIÇO
c) Construção do Centro de Diagnóstico de Mama (em discussão
técnica):
Valor da proposta: R$ 1.500.000,00
R$ 1.380.000,00: repasse MS
R$ 120.000,00: contrapartida Município
d) Aquisição de Equipamentos para Atenção Especializada - HMID e
CEMAS:
Valor da proposta R$ 2.000.000,00
e) Aquisição de Equipamentos Atenção Básica:
Valor da proposta R$ 1.692.000,00
4.7.2 Projetos para a Atenção Básica
a) Construção de Unidades de Saúde da Família
- Ocian: R$ 773.000,00 (repasse MS)
- Calipal: R$ 773.000,00 (repasse MS)
- Rio Branco: R$ 773.000,00 (repasse MS)
- Maracanã: R$ 773.000,00 (repasse MS)
- Aloha: R$ 408.000,00 (repasse MS)
b) Reforma de Unidade Básica de Saúde
- Boqueirão: R$ 240.702,62 (repasse MS)
c) Academias de Saúde: Intermediaria: R$ 100.000,00 (repasse MS)
- Maracanã
50
- Rio Branco
- Melvi
- Samambaia
- Calipal
- Aloha
- Santa Marina
- Ocian
d) Rede Cegonha: reforma ambiência HMID: R$ 250.000,00 (repasse MS)
4.8 Regulação e Informatização da Rede Municipal de Saúde 4.8.1 Regulação do acesso aos serviços de saúde
Em uma revisão sobre o conceito de regulação em saúde no Brasil,
Oliveira e Elias (2012) destacam a variedade de significados, abordagens e
finalidades (ora inter-relacionada, ora divergente) a que o assunto remete.
Em seu trabalho, os autores retomam o assunto sobre diferentes prismas,
relembrando sua vinculação às idéias de controle, equilíbrio, adaptação e
direção. O controle manifesta-se no padrão técnico e burocrático de ajustamento
e regramento adotado pela trajetória da regulação em saúde no Brasil. Nas
teorias econômicas, sociais e políticas, a idéia de equilíbrio atrela-se a de
correção e conservação de sistemas. Já com base na idéia de adaptação,
influenciada pelas teorias da cibernética e complexidade, a regulação ganha
também uma dimensão conceitual de interação e transformação. Finalmente, a
idéia de direção é relacionada à negociação e comando exigidos no processo
regulatório em saúde.
A política de regulação no Brasil deixa indícios da forte relação público-
privada na história da consolidação do sistema de saúde brasileiro (Elias, 2004).
Das propostas de financiamento que culminaram com a criação do Instituto
Nacional de Previdência Social (Mendonça et al., 2006) ao surgimento das
agências regulatórias (ANVISA e ANS) no contexto da reforma do Estado
brasileiro na década de 90 (Pacheco,2006; Gelis Filho, 2006), esta configuração
51
reflete as diferentes matizes conceituais da regulação nacional e a forma como o
Sistema Único de Saúde estruturou sua Política Nacional de Regulação.
FONTE: Louvison, 2011.
Figura – Dimensões da atuação regulatória
A Figura acima resume os conceitos presentes na Portaria GM nº 1.559,
de primeiro de agosto de 2008, que consagra a organização da atuação
regulatória em três grandes dimensões: a Regulação de Sistemas de Saúde, a
Regulação da Atenção à Saúde e a Regulação do Acesso à Assistência (Brasil,
2008a).
A regulação assistencial, ou microrregulação, engloba o conjunto de
relações, saberes, tecnologias e ações que intermedeiam a demanda e o acesso
dos usuários aos serviços de saúde (Brasil, 2006b), objetivando promover a
eqüidade do acesso, garantindo a integralidade da assistência e permitindo
52
oferecer a melhor alternativa assistencial disponível às necessidades do cidadão,
de forma equânime, ordenada, oportuna e racional (Brasil, 2007a). Institui ao
poder público o desenvolvimento de sua capacidade sistemática em responder às
demandas de saúde em seus diferentes níveis e etapas do processo assistencial,
enquanto um instrumento ordenador, orientador e definidor da atenção à saúde,
fazendo-o de forma rápida, qualificada e integrada, com base no interesse social
e coletivo (Brasil, 2006a).
Camargos et al., também em 2006, observam aspectos mais operacionais
acrescentando à regulação pressupostos de identificação da necessidade do
usuário, a análise da demanda, o dimensionamento coerente da oferta baseado
no conjunto da rede prestadora, a adoção de procedimentos de saúde baseados
em evidências e avaliações econômicas (custo-efetividade e custo-utilidade), o
planejamento do trajeto assistencial, o acesso qualificado e resolutivo dos
usuários aos serviços, o controle inteligente dos recursos físicos, financeiros e
humanos, o monitoramento do pós-cuidado, e, por fim, a chancela do ingresso,
de modo articulado, de mecanismos ajustados de auditoria e ouvidoria.
Em referência ao reconhecimento das necessidades dos usuários, o
Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Brasil, 2007a) destaca:
Nem toda demanda é necessidade, posto poder estar sendo gerada
pelo apelo de grupos específicos e pelos prestadores de serviços. Nem
toda necessidade é demandada pela população, porém requer o
discernimento do gestor para o seu enfrentamento (p. 21).
Partindo-se deste entendimento sobre regulação assistencial, os três entes
federados depararam-se com a necessidade de definir responsabilidades e de
estabelecer a regulação não apenas como um instrumento de garantia do
acesso, mas como uma ferramenta de gestão do sistema de saúde (Brasil,
2007a).
Buscando a operacionalização dos conceitos, a Política Nacional de
Regulação (Brasil, 2008a) reforça a sugestão do Complexo Regulador como a
estrutura que operacionaliza as ações da regulação do acesso, podendo ter
53
caráter Estadual, Regional e Municipal. Segundo esta política, a existência da
estrutura física do Complexo Regulador Assistencial viabiliza a atividade
regulatória aproximando os diversos intervenientes do sistema e conferindo ao
poder público o desenvolvimento de sua capacidade sistemática em responder às
demandas de saúde em seus diferentes níveis e etapas do processo de
assistência (Brasil, 2000b).
No âmbito municipal, este complexo seria organizado pela Central de
Regulação de Consultas e Exames (responsável pela regulação ambulatorial),
pela Central de Regulação de Internações Hospitalares (regulando o acesso
hospitalar eletivo e, eventualmente, de urgência) e a Central de Regulação de
Urgências (regulando o atendimento pré-hospitalar de urgência e, dependendo
do serviço, os leitos hospitalares de urgência). Na esfera estadual, a portaria
destaca a estrutura de uma Central Estadual de Regulação da Alta
Complexidade.
Frente a esta construção conceitual de estrutura física, Vilarins (2010)
destaca alguns desafios na implantação da regulação do
acesso:redimensionamento da oferta (qualificando a utilização de recursos
assistenciais e financeiros), informatização dos serviços (de modo a se ter uma
rede lógica que facilite o funcionamento dos fluxos operacionais),
desenvolvimento de recursos assistenciais(com base em critérios
epidemiológicos), aplicação dos protocolos operacionais de regulação (com vistas
a induzir a melhor alternativa terapêutica para os usuários dos serviços
regulados) e combate a fluxos paralelos (baseados em relações pessoais e
outros critérios não científicos ou não-pactuados).
Estabelecidos os propósitos e objetivos da regulação do acesso, resta o
enfrentamento das gigantescas dificuldades para sua implementação frente à
ainda incipiente realidade regulatória vigente (particularmente em escala
municipal) e à atuação de diversos grupos de interesses (envolvendo diretamente
a contratualização, produção e o controle do desempenho dos agentes que
atuam no sistema), tornando a regulação uma área crítica, permeada de conflitos
(Farias et al, 2011).
54
Assim, buscando consonância conceitual com a realidade nacional, o
município de Praia Grande, em junho de 2009, como uma das primeiras ações de
intervenção, inaugurou as atividades de seu Complexo Regulador. Adotou-se a
nomenclatura padrão do Ministério da Saúde sendo constituído na forma de três
centrais: Central de Regulação de Consultas e Exames Ambulatoriais, Central de
Regulação de Internações Hospitalares e a Central de Regulação de Urgência e
Emergência (Brasil, 2006a).
Anteriormente à criação de tal estrutura, o município contava com uma
central de vagas restrita ao gerenciamento de filas de espera de procedimentos
de maior custo ou complexidade (particularmente relacionadas às referências
intermunicipais na Programação Pactuada e Integrada (PPI) do Município.
Nesta antiga central de vagas, poucos funcionários de nível médio
exerciam atividades de agendamento ambulatorial e hospitalar, assessorados por
dois médicos auditores que realizavam atividade de autorização.
Dessa forma, as atividades de regulação imiscuíam-se às atividades de
auditoria. Ou seja, os auditores – que a princípio deveriam apenas emitir parecer
sobre a conformidade dos serviços estabelecidos – atuavam como médicos
reguladores em um processo inequivocamente regulatório de autorização.
Adicionalmente, a maior parte dos processos de agendamento era
controlada por unidades executantes de serviços que detinham o poder da oferta
de vagas com grau variável de qualidade de gerenciamento. Era o que ocorria
com as filas de espera de especialidades médicas ambulatoriais que eram
gerenciadas pela recepção do centro de especialidades do município (estando,
portanto, sujeitas a um processo manual, subjetivo, não sistemático e sob
influência de usuários, funcionários e agentes políticos).
A implantação do Complexo Regulador possibilitou a avaliação do Plano
Diretor de Regionalização e Programação Pactuada e Integrada vigentes,
deflagrando-se a reorganização do processo regulatório: definição da área de
abrangência e capacidade instalada de serviços, definição do fluxo de
informações (delineando o perfil das unidades solicitantes e executantes), rotinas
55
operacionais (locais, horários de funcionamento, preparos, protocolos de acesso,
etc.) e demais atividades a serem abordadas nos próximos subcapítulos.
Processos administrativos foram criados para documentar os fluxos de
trabalho, metodologias de agendamento e definição das atribuições específicas
dos diferentes envolvidos (no complexo regulador municipal e nas unidades
solicitantes e executantes).
FONTE: Complexo Regulador, 2010 (Processo Administrativo 883/2011).
56
No processo de estruturação das centrais de regulação criadas, buscou-se
garantir o adequado efetivo de recursos humanos necessários ao bom
funcionamento dos fluxos de trabalho pré-determinados. Estava-se ciente de que,
conforme o crescimento municipal ocorresse, atividades que eram realizadas por
um único profissional (que poderia eventualmente acumular mais de uma tarefa)
poderiam exigir mais do que um profissional por etapa.
FONTE: Complexo Regulador, 2010.
A figura acima ilustra as etapas do fluxo interno implantado nas centrais do
município de Praia Grande em 2009: protocolização, regulação, autorização,
Protocolista
Operador de sistemas
informatizados de
agendamento
videofonista
Médico
Regulador
Autorizador
Arquivista
57
arquivamento, agendamento, videofonia e devolutiva (através de nova
protocolização).
Após esta breve súmula, apresenta-se nos subcapítulos abaixo a estrutura
atual do Complexo Regulador da SESAP.
4.8.2 O Complexo Regulador de Praia Grande
COORDENAÇÃO GERAL
Atribuições: Responsável pela administração dos serviços do Complexo Regulador da
SESAP.
Coordena a regulação do acesso à assistência, oferecendo subsídios a
gestão dos Sistemas de Saúde e Atenção à Saúde;
Organiza as diretrizes de ação e compila os relatórios de gestão
provenientes das Centrais de Regulação.
Oferece assessoria técnica às comissões intervenientes do processo
regulatório;
Desenvolve protocolos assistenciais e de regulação do acesso,
monitorando sua aplicação em processo contínuo de adequação à
realidade municipal;
Normaliza os fluxos de trabalho e desenvolve justificativa técnica à
expansão da capacidade instalada de serviços;
Assessora na gestão de contratos e na incorporação de tecnologia em
saúde;
Promove análise alocativa de leitos hospitalares e de serviços
ambulatoriais;
Elabora estudos de economicidade e custo-efetividade na prática dos
serviços de saúde municipal;
58
Compila parâmetros assistenciais e normativas técnicas ao aprimoramento
de planos operativos e planos de trabalho de parcerias público-privadas;
Oferece subsídios ao desenvolvimento de parecer técnico-jurídico
lastreado em revisão sistemática da literatura médica;
Auxilia a capacitação das equipes de saúde em seus períodos de
Educação Permanente, zelando pela ciência dos protocolos e normas
vigentes do Complexo Regulador Municipal;
Assessora no aperfeiçoamento da integralidade intermunicipal e no
desenvolvimento de ferramentas de avaliação da Programação Pactuada e
Integrada;
Integra os processos de trabalho, harmonizando a interface entre a rotina
clínica e a gestão de serviços;
CENTRAL DE REGULAÇÃO AMBULATORIAL DE CONSULTAS E EXAMES:
CENTRAL DE REGULAÇÃO DE CONSULTAS E EXAMES AMBULATORIAIS (CRA) RECURSOS HUMANOS
Coordenador 01
Secretária 01
Protocolista 01
Operadores do Sistema 04
Videofonistas 01
Reguladores/autorizadores 02
INTERVENIENTES/COMISSÕES
Comissão Especial de Avaliação de Cadastramento e Credenciamento de Profissionais e Serviços de Saúde
Coordenação de Educação Permanente da Atenção Básica
ATRIBUIÇÕES GERAIS: Gerencia a regulação do acesso à assistência pertinente às atividades
ambulatórias;
59
Analisa a situação de demandas reprimidas de serviços de saúde e a
capacidade instalada para a realização dos procedimentos e serviços
cadastrados;
Faz cumprir as normas técnicas específicas para procedimentos
desenvolvidos na rede municipal de saúde;
Avalia o sistema de referência e contra-referência, o sistema de controle
de vagas e marcação de consultas e encaminhamentos;
Identifica distorções, promovendo correções e aperfeiçoamento do
atendimento;
Promove processo educativo com vistas à melhoria da qualidade do
atendimento na busca da satisfação do usuário;
Otimiza a utilização dos recursos disponíveis;
Fornece subsídios aos processos de planejamento, controle e avaliação;
Subsidia o processo de programação pactuada e integrada (PPI);
Operacionaliza estratégias regionais, visando garantir uma rede
assistencial regionalizada e hierarquizada, através do Plano Diretor de
Regionalização (PDR), Plano Diretor de Investimento (PDI) e da
Programação Pactuada e Integrada (PPI);
Avalia as necessidades de saúde, de planejamento e de programação,
englobando aspectos epidemiológicos e logísticos, tais como recursos
humanos, materiais, financeiros e informacionais, necessários ás áreas
administrativa e assistencial, para que sejam atendidas as necessidades
da população;
Autoriza procedimentos ambulatoriais, com base em protocolos da
regulação à luz de protocolos clínicos e operacionais regulamentados pelo
gestor municipal;
Oferece a melhor alternativa assistencial para a demanda do usuário,
considerando a disponibilização assistencial;
60
Organiza e garante o acesso da população a ações e serviços em tempo
oportuno, de forma ordenada e equânime;
Organiza a oferta de ações e serviços de saúde, adequando-as às
necessidades demandadas pela população;
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS: Coordenação:
Coordena a Central de Regulação de Consultas e Exames, zelando pelos
aspectos técnicos e administrativos;
Emite relatórios mensais, alertando sobre parâmetros assistenciais como
índices de protocolo de atendimento, desequilíbrios na relação
oferta/demanda e anormalidades no fornecimento de vagas pelas
unidades executantes.
Recepção:
Oferece o primeiro atendimento ao munícipe, informando/direcionando o
mesmo ao correto atendimento;
Protocoliza o ingresso de solicitações em sistema informatizado pertinente,
alertando sobre a existência de não conformidade;
Auxilia os Médicos Reguladores/Autorizadores na digitação de
autorizações e em fluxo de documentos internos/externos;
Orienta sobre fluxos e demais atividades desenvolvidas pelo Complexo
Regulador Municipal.
Recepciona o fluxo de protocolos e malotes das unidades;
61
Protocolista:
Protocoliza o ingresso de solicitações em sistema informatizado pertinente,
alertando sobre a existência de não conformidade;
Recepciona o fluxo de protocolos e malotes das unidades;
Operadores do Sistema:
Em posse das filas de espera informatizadas da Central Ambulatorial,
promove o agendamento no sistema entre as diferentes plataformas
informatizadas existentes na região de governo da Baixada Santista e
Estado de São Paulo;
Atualiza o estado do usuário na lista de protocolos (atendidos,
desistências, falecimentos, extravios, desaparecidos, agendados, etc.);
Videofonista:
Norteado pela ação do operador de sistema, promove a comunicação de
agendamento de consulta ao usuário;
Entrega ao protocolista o conjunto de usuários agendados
Regulação Intra-municipal
Promove a regulação do sistema de agendamento ambulatorial
informatizado do centro de especialidades médicas (CEMAS) ou outra
Unidade Executante localizada nos limites geográficos do município;
Capta a oferta de vagas disponibilizada pelos especialistas das Unidades
Executantes, distribuindo-as às Unidades Solicitantes através de
metodologia estabelecida pela coordenação;
Calcula a quantidade de retornos a serem realizados no mês por
especialidade;
62
Alerta sobre a ocorrência de desequilíbrios na oferta de primeira consulta,
retornos e exames.
Oferece atendimento ao público, esclarecendo dúvidas e promovendo
agendamento de consultas e exames de natureza restrita.
Regulação Intermunicipal
Promove a regulação do sistema de agendamento ambulatorial das
Unidades Executantes não pertencentes ao município;
Capta, à luz da Programação Pactuada e Integrada (PPI), a oferta de
vagas disponibilizada pelas Unidades Executantes de referência,
distribuindo-as às Unidades Solicitantes através de metodologia
estabelecida pela coordenação;
Busca ampliar a oferta e agilizar o fluxo de trabalho entre os sujeitos
intermunicipais;
Estabelece intermediação de consultas e exames realizados pelo DRS IV;
Alerta sobre a ocorrência de desequilíbrios na oferta de primeira consulta,
retornos e exames.
Oferece atendimento ao público, esclarecendo dúvidas e promovendo
agendamento de consultas e exames de natureza restrita.
Reguladores/autorizadores
Autoriza exames, consultas e procedimentos sob regulação direta
(Referência e Contra-Referência);
Avalia a disponibilidade de recursos, regulando as autorizações;
Autoriza exames que o município possui contrato regulando seu acesso
(Radiodiagnóstico, Mamografia, Colonoscopia, Retossigmoidoscopia,
Exames oftalmológicos, etc.);
63
CENTRAL DE REGULAÇÃO INTERNAÇÕES HOSPITALARES:
CENTRAL DE REGULAÇÃO DE CONSULTAS E EXAMES RECURSOS HUMANOS
Coordenador 01
Secretária 01
Recepção do HMID 03
INTERVENIENTES/COMISSÕES
Funcionários e Cirurgiões do Hospital Municipal Irmã Dulce
Comissão Executiva do Contrato de Gestão do Hospital Municipal Irmã Dulce
Comissão Técnica de Cirurgias Eletivas
Central de Regulação de Urgências (CRUE)
ATRIBUIÇÕES GERAIS:
Gerenciamento da regulação do acesso aos leitos hospitalares eletivos,
particularmente de cirurgias eletivas;
Registro das solicitações mensais de cirurgias eletivas discriminadas por
origem e data de solicitação;
Gestão do sistema informatizado de agendamento de cirurgias eletivas e
retenção das fichas de interconsulta de dispensas e contra-indicações
cirúrgicas;
Avaliar o sistema de referência e contra-referência e encaminhamentos
entre as instâncias envolvidas;
Identificar distorções, promover correções e buscar um aperfeiçoamento
do atendimento, procurando obter melhor relação custo/benefício na
política de atendimento das necessidades do paciente;
Promover o equacionamento entre as solicitações cirúrgicas, exames pré-
operatórios e interconsultas de anestesia;
Ofertar relatório mensal que dimensiona a incidência média de
solicitações, índice de autorizações e realizações cirúrgicas estratificados
por especialidade;
Alimentar o sistema de controle de indicadores do Plano Operativo Anual
Hospitalar na especialidade obstétrica;
64
Oferecer número de protocolo de atendimento ao usuário, orientando-o ao
longo do fluxo de trabalho e preparos clínicos necessários aos
procedimentos;
Realizar o processo de autorização dos procedimentos hospitalares
eletivos, adequando-os a legislação vigente e as normatizações de
faturamento;
Otimizar a utilização dos recursos disponíveis;
Fornecer subsídios aos processos de planejamento, controle e avaliação;
Oferecer a melhor alternativa assistencial para a demanda do usuário,
considerando a disponibilização assistencial;
Organizar e garantir o acesso da população a ações e serviços em tempo
oportuno, de forma ordenada e equânime.
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS
ATENÇÃO BÁSICA (Processo I):
Faz o primeiro diagnóstico, indicando a necessidade de cirurgia eletiva à
luz dos protocolos de acesso às cirurgias eletivas;
Agenda consulta no CEMAS através de Ficha de Encaminhamento
corretamente preenchida;
Reavalia e acompanha os pacientes que receberam contra-indicação ao
ato cirúrgico dentro de seu nível de complexidade;
Mantém acompanhamento clínico do usuário após avaliação pós-
operatória.
ESPECIALISTAS DO CEMAS (Processo II):
Avalia a indicação cirúrgica provinda da Atenção Básica ou indicação
cirúrgica do paciente atendido no setor de especialidade;
65
Responde à Ficha de Interconsulta, ratificando ou contra-indicando o
procedimento cirúrgico;
Orienta o usuário a procurar a recepção da Central de Regulação de
Internações Hospitalares independentemente do conteúdo da resposta à
Ficha de Encaminhamento
Reavalia e acompanha os pacientes que receberam contra-indicação ao
ato cirúrgico dentro de seu nível de complexidade.
RECEPÇÃO DE CIRURGIAS ELETIVAS (Processo III /VI/ VIII / X):
Recepciona o paciente provindo da avaliação pelos especialistas do
CEMAS;
Recepciona a Ficha de Encaminhamento com indicação cirúrgica, retendo-
a;
Promove o acompanhamento do usuário ao longo do fluxo de atendimento
cirúrgico, orientando-o nos processos de agendamento de consultas,
exames, avaliação anestésica e preparos clínicos necessários;
Alimenta o Sistema Informatizado de agendamento de Cirurgias Eletivas,
através do preenchimento dos formulários disponíveis;
Oferece número de protocolo de atendimento e retém as fichas de
encaminhamento dispensadas de procedimento cirúrgico (entregando-as à
coordenação da Central de Regulação de Internações Hospitalares;
Imprime o relatório de consultas diárias dos cirurgiões, entregando-o com
um dia de antecedência à recepção do CEMAS para disponibilização dos
prontuários médicos;
Agenda, com prioridade, exames pré-operatórios indicados pelos
cirurgiões do hospital municipal anotando como justificativa da prioridade o
número de protocolo de atendimento do CRIH (Processo V);
Agenda, com prioridade e após a realização dos exames pré-operatórios, a
avaliação com o anestesista, cardiologista ou outra interconsulta clínica
necessária ao procedimento cirúrgico (Processo VI);
66
Recepciona a Autorização de Internação Hospitalar, preenchendo o dia da
internação e retendo-a para a autorização médica (Processo VIII);
Agenda as perícias e autorização cirúrgicas, operacionalizando a grade
horária do médico autorizador (Processo VIII);
Encaminha a guia autorizada de AIH para o HMID;
Recepciona o relatório de justificativa de não realização cirúrgica
promovida pelo HMID quando houver cancelamento do ato operatório
(Processo X);
Gerencia a logística de prontuários e documentos, zelando pelo seu
adequado arquivamento;
Recepciona e operacionaliza o fluxo de protocolos e malotes ao Complexo
Regulador Municipal.
CIRURGIÕES DO HMID (Processo IV / VII):
Avalia a indicação cirúrgica provinda dos Especialistas do CEMAS;
Retém as Fichas de Encaminhamento que recebam contra-indicação
cirúrgica, entregando-as à recepção da Central de Regulação de
Internações Hospitalares;
Solicita os exames pré-operatórios e as interconsultas clínicas que se
fizerem necessárias;
Orienta o usuário a procurar a recepção da Central de Regulação de
Internações Hospitalares independentemente do conteúdo da resposta à
Ficha de Encaminhamento;
Reavalia os resultados de exames pré-operatórios e as respostas de
interconsultas (Processo VII);
Preenche a Autorização de Internação Hospitalar, entregando-a à
recepção da CRIH com data definida da cirurgia (Processo VII);
Promove a reavaliação pós-operatória, emitindo orientações - em
receituário - à Atenção Básica quando se fizerem necessárias condutas
especiais.
67
ANESTESISTA /INTERCONSULTA COM ESPECIALISTA ( Processo VI):
Analisa o resultado dos exames solicitados pelos cirurgiões do HMID;
Solicita exames pré-operatórios e interconsultas clínicas que se fizerem
adicionalmente necessários;
Avalia o risco cirúrgico do usuário, liberando-o para cirurgia caso não haja
contra-indicação;
Retém as Fichas de Encaminhamento que recebam contra-indicação
cirúrgica, entregando-as à recepção da Central de Regulação de
Internações Hospitalares;
Orienta o usuário a procurar a recepção da Central de Regulação de
Internações Hospitalares independentemente da conduta adotada;
Avalia os resultados de exames pré-operatórios e as respostas de
interconsultas (adicionalmente realizados);
COORDENAÇÃO/ CENTRAL DE REGULAÇÃO DE INTERNAÇÃO
HOSPITALARES (Processo VIII/IX)
Coordena a capacidade instalada mensal de avaliações pré-operatórias,
adequando a disponibilidade de horário dos cirurgiões às metas de
produção cirúrgica;
Gerencia a atividade do serviço de videofonia na convocação dos usuários
em lista de espera;
Zela pelo cumprimento das atribuições pertinentes à Central de Regulação
de Internações Hospitalares;
Desenvolve relatório mensal de cirurgias eletivas;
Promove a avaliação e autorização clínico-cirúrgica dos usuários com
indicação de Cirurgia Eletiva, checando a compatibilidade entre o
diagnóstico, a indicação cirúrgica e a compatibilidade com os sistemas de
informação e faturamento (Processo VIII);
68
Controla as cirurgias eletivas realizadas pelo HMID, recebendo os
relatórios de cancelamento e providenciando a realocação do usuário na
fila de espera única.
CENTRAL DE REGULAÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS:
CENTRAL DE REGULAÇÃO URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Coordenador 01
Assessoria técnica 24h
Plantão Controlador do PSC 24h
INTERVENIENTES/COMISSÕES
Comissão Executiva do Contrato de Gestão do Hospital Municipal Irmã Dulce
SAMU
Comissão de Transporte de Usuários do SUS
Central de Regulação de Internações Hospitalares (CRIH)
ATRIBUIÇÕES GERAIS:
Gerencia a regulação do acesso às urgências e emergências;
Acolhe solicitações de atendimento do SAMU;
Promove a gestão das atividades assistenciais dos prontos-socorros e dos
serviços de pré-atendimento hospitalar de urgência;
Regula o acesso aos leitos hospitalares de urgência e emergência
(municipal e referenciado);
Monitora a capacidade instalada dos serviços, elaborando – se necessária
– justificativa técnica à expansão da oferta;
Avalia o sistema de referência e contra-referência e encaminhamentos
entre as instâncias envolvidas;
Promove a integração e gestão compartilhada com a Central de Regulação
Urgência do Estado (CRUE);
Identifica distorções, promove correções e busca um aperfeiçoamento do
atendimento, procurando obter melhor relação custo/benefício na política
de atendimento das necessidades do paciente;
69
Otimiza a utilização dos recursos disponíveis;
Fornece subsídios aos processos de planejamento, controle e avaliação;
Oferece a melhor alternativa assistencial para a demanda do usuário,
considerando a disponibilização assistencial;
Organiza e garante o acesso da população a ações e serviços em tempo
oportuno, de forma ordenada e equânime.
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS:
Na condição de médico com experiência em urgências e emergências,
responde pela coordenação dos serviços da central em tela emitindo
relatórios mensais de atuação;
Avalia diariamente as indicações de internação hospitalar do PS Quietude,
respondendo pela transferência dos casos ao PS Central ou a Central de
Regulação Única do Estado (CRUE);
Avalia regularmente a média de permanência dos leitos de urgência e
emergência municipais, promovendo resoluções normativas de priorização
dos casos;
Emite pareceres técnicos pertinentes ao setor de urgências e
emergências;
Assessoria Técnica:
Desempenhado por equipe técnica de enfermagem 24h designada pela
SESAP, responde pela gestão das informações pertinentes à regulação do
acesso às urgências e emergências e pela emissão de relatório mensal;
Preenche o Censo de Internação Hospitalar de pacientes em aguardo por
leito hospitalar a mais de 24h;
Digitaliza as informações coletadas no sistema informatizado do CRUE;
Promove o censo de recursos humanos pactuados no convênio/gestão
compartilhada do PSC;
70
Emite relatório de internações do Grupo Hiperdia e promove
redirecionamento à Atenção Básica;
Monitora desabastecimentos de serviços e de exames diagnósticos,
reportando – na forma de relatório – atrasos não previstos no atendimento
dos usuários do serviço de urgência;
Recepciona e protocoliza as guias de referenciamento ambulatorial do
PSC.
Plantão Controlador do PSC
Desempenhado pelo médico Chefe de Plantão do PSC (FUABC),
deliberando a indicação de internação hospitalar no HMID, promovendo o
referenciamento à Central de Regulação Única do Estado (CRUE) quando
necessário;
Responsável pela gerência das informações pertinentes a urgências e
emergências no PSC, com atendimento 24h;
Recepciona os encaminhamentos referenciados pelo SAMU e pelas
solicitações telefônicas das demais unidades de saúde da rede municipal;
Responsável pelo fornecimento dos dados necessários ao senso de
internação, que é entregue ao CRUE-PG ao final de cada término de
plantão;
Facilitador da gestão do Censo de Internação Hospitalar, fornecendo
dados sobre pacientes com indicação de internação hospitalar.
Estrutura Logística da Regulação Municipal
Com o propósito de viabilizar e conquistar agilidade nas intervenções
regulatórias foi desenvolvido um serviço especializado de transporte de
documentos oficiais entre todas as unidades da rede para direcionar a demanda
das Unidades Solicitantes para a Central de Regulação e desta para as Unidades
Solicitantes diariamente. Outro fluxo diário foi estabelecido entre a Central de
Regulação para as Unidades Executantes (UE) e a Resposta de inter-consulta
71
das UE para a Central de Regulação. Esta estrutura proporcionou a agilidade
necessária à comunicação entre as instâncias da Rede de Saúde, suprindo a
deficiência prévia à instituição do Complexo Regulador.
Tem-se, abaixo, o fluxo logístico estabelecido com o roteiro percorrido
e a estimativa cumulativa de distância e tempo.
Roteiro
1) SESAP – Av. Presidente Kennedy, 8850 (0 Km/0 min) 2) Usafa Ocian – Av. dos Sindicatos, 635 (1 Km/ 2 min)
3) Multiclínica Tupy – Rua Meinacós, 95 ( 3,3 Km/ 6 min)
4) Multiclínica Aviação – Rua Luzia Encarnação Vidal, s/n ( 6,3 Km/ 12 min)
5) Laboratório Municipal – Av Presidente Kennedy, 2030 ( 7,6 Km/ 14 min)
6) CEMAS - Av Presidente Kennedy, 1491 ( 8,1 Km/ 15 min)
7) Complexo Regulador de Praia Grande - Rua Itajuba, S/N (8,1 Km/ 15 min)
8) Pronto Socorro Central – Av. São Paulo, 1014 (Rua MihailoLukich Michel)
(8,8 Km/ 16 min)
9) Hospital Municipal Irmã Dulce - – Av. São Paulo, 1014 (Rua MihailoLukichMichel) ( 8,8 Km/ 16 min)
10) Multiclínica Boqueirão – Av. Presidente Kennedy, s/n ( 9,14 Km/ 17 min)
11) CAPS - Rua Cidade de Santos, 89 ( 10,19 Km/ 19 min)
12) Usafa Forte – Rua Xixová, s/n ( 12,99 Km/ 26 min)
13) UsafaTude Bastos – R. Maria Luzia Lavalle, 68 ( 16,49 Km/ 34 min)
14) Usafa Guaramar – Av. dos Trabalhadores, 1717 ( 19,29 Km/ 49 min)
15) Usafa Vila Sônia – Av. Antônio Cândido da Silva, s/n ( 21,59 Km/ 62 min)
16) Usafa São Jorge – Av. dos Trabalhadores, 4242 ( 23,09 Km/ 66 min)
72
17) Usafa Tupiry II – Rua Ildelfonso Galeano, 368 ( 25,49 Km/ 72 min)
18) Pronto Socorro Quietude – Av. Ministro Marcos Freire, s/n ( 26,59 Km/ 74
min)
19) Usafa Quietude – Rua Emanuel Sampaio Seabra Pereira, s/n ( 27,69 Km/ 76 min)
20) Usafa Anhanguera – Rua Josefa Alves de Siqueira, 649 ( 28,49 Km/ 78
min)
21) Usafa Vila Alice – Rua Renata Câmara Agondi, 46 ( 29,29 Km/ 80 min)
22) Usafa Mirim – Rua Guilherme Penteado de Campos, 44 ( 30,99 Km/ 84 min)
23) Núcleo Henry - Rua Guilherme Penteado de Campos, 44 ( 30,99 Km/ 84 min)
24) Usafa Ribeirópolis – Rua Esmeraldo Tarquínio, s/n ( 34,61 Km/ 90 min)
25) PS Samambaia – Av. Estados Unidos, s/n ( 37,71 Km/ 97 min)
26) Usafa Samambaia – Av. das Araucárias, s/n ( 38,81Km/ 100 min)
27) Usafa Melvi – Rua João Caetano, 101 ( 39,81 Km/ 103 min)
28) Usafa Solemar – Av Pres. Kennedy, 18021 ( 53,61 Km/ 117 min)
29) Usafa Real – Rua da Begônias, 453 ( 56,01 Km/ 121 min)
30) Usafa Caiçara – Rua São Jose, 700 ( 61,01 Km/ 128 min)
31) AME – Rua Valter Jose Alves, s/n ( 65,11 Km/ 136 min)
32) SESAP – Rua Jose Borges Neto, s/n ( 66,11 Km/ 138 min)
Assim, o estabelecimento da adequada logística foi uma das peças
fundamentais para a ação regulatória. A experiência vivida mostra que recebeu
grande aceitação e elogios pelos intervenientes da rede Municipal.
73
4.8.3 Informatização do acesso
O município de Praia Grande também avançou nos últimos anos em seu
processo de melhoria regulatória com a implantação de um programa de
informatização do acesso. Desde 2009, o município conta com suas filas de
espera de especialidades médicas reguladas por um sistema informatizado
desenvolvido pela SEPLAN ao longo da última década.
Todavia, apesar de contar com ferramentas regulatórias interessantes,
vale destacar que este sistema informatizado apenas tem a capacidade de
gerenciar a interface entre a Atenção Básica e o setor de especialidades médicas
ambulatoriais. Ou seja, todo o setor de urgências e emergências, toda a interface
entre o setor ambulatorial e hospitalar, todas as demais especialidades
municipais (como Núcleo Henry, CRATH, SAE, etc) e a própria Atenção Básica
ainda não foram informatizadas.
Este foi o principal desafio assumido pela nova gestão, conforme poderá
ser visto nas diretrizes apresentadas: promover informatização universal da rede
municipal de Praia Grande. Este fato ampliará em muito a capacidade regulatória
da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande.
CAPÍTULO V – CONTROLE SOCIAL
O conselho municipal de saúde é um órgão colegiado, de caráter
permanente e deliberativo. Por isso deve funcionar e tomar decisões
regularmente acompanhando a execução da política de saúde e propondo
correções e aperfeiçoamento em seus rumos.
A lei 8142/90, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão
do SUS,define, no parágrafo primeiro, artigo segundo, o papel dos conselhos:
atuar na formulação de estratégias e no controle da execução da política de
saúde, incluídos os aspectos financeiros.
O SUS tem como base os princípios de igualdade e da universalidade a
saúde. A participação da comunidade é uma forma de controle social que
possibilita a população, por meio de seus representantes, definir, acompanhar a
74
execução e fiscalizar as políticas públicas de saúde. A lei orgânica estabelece
duas formas de participação da comunidade na gestão SUS: as conferências e os
conselhos de saúde.
CAPÍTULO VI – DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES DE SAÚDE
O Plano Municipal de Saúde é espelhado no PNS (Plano Nacional de
Saúde), no PES (Plano Estadual de Saúde) e no PDR (Plano Diretor Regional) e
se complementa a eles, caracterizando-se como um plano global, aprovado por
lei. Não é, portanto, um plano de governo, de rede de saúde, desarticulado dos
vários setores da administração pública e da sociedade.
Este Plano Municipal de Saúde (PMS), dessa forma, considera a Saúde
como sendo estratégica para o combate à exclusão social, e a uma melhor
qualidade de vida de seus munícipes.
Considerando as limitações financeiras e a capacidade para responder
aos desafios da saúde praia-grandense, o PMS deve estabelecer prioridades,
atendendo aos princípios e deveres estabelecidos tanto nas Constituições
Federal e Estadual, como na Lei Orgânica de Praia Grande, em consonância com
as mais prementes necessidades sociais do município.
Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores de Saúde
Diretriz 1 - Garantia do acesso da população a servicos de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da
política de atenção básica e da atenção especializada.
OBJETIVO: Objetivo 1.1 - Utilização de mecanismos que propiciem a ampliação do acesso da atenção básica.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
1 U COBERTURA POPULACIONAL ESTIMADA PELAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA.
70,00 70,00
%
2 U PROPORÇÃO DE INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO BÁSICA (ICSAB)
19,00 19,00
%
3 U COBERTURA DE ACOMPANHAMENTO DAS CONDICIONALIDADES DE SAÚDE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
55,95 55,95
%
75
4 U COBERTURA POPULACIONAL ESTIMADA PELAS EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE BUCAL.
20,40 20,40
%
5 U MÉDIA DA AÇÃO COLETIVA DE ESCOVAÇÃO DENTAL SUPERVISIONADA
2,00 2,00
%
6 E PROPORÇÃO DE EXODONTIA EM RELAÇÃO AOS PROCEDIMENTOS
6,47 6,47
%
OBJETIVO: Objetivo 1.2 - Garantir acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante
aprimoramento da política da atenção especializada.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
7 U
RAZÃO DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE MÉDIA COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE
1,68 1,68
/100
8 U RAZÃO DE INTERNAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DE MÉDIA COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE
1,89 1,89
/100
9 E
RAZÃO DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS DE ALTA COMPLEXIDADE E POPULAÇÃO RESIDENTE
7,30 7,30
/100
10 E RAZÃO DE INTERNAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DE ALTA COMPLEXIDADE NA POPULAÇÃO RESIDENTE
1,61 1,61
/1000
11 E PROPORÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES COM CONTRATO DE METAS FIRMADO.
100,00 100,00
%
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 1
Garantia do acesso da população a servicos de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção básica e da atenção especializada. Intensificar as ações de escovação supervisionada. Ampliar o número de equipes de saúde bucal. Melhoria da cobertura populacional por equipes de atenção básica.
Diretriz 2 - Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU), de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção.
OBJETIVO: Objetivo 2.1 - Implementação da Rede de Atenção às Urgências.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
12 U
NÚMERO DE UNIDADES DE SAÚDE COM SERVIÇO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E OUTRAS VIOLÊNCIAS IMPLANTADO
8,00 8,00
N.Absoluto
13 E PROPORÇÃO DE ACESSO HOSPITALAR DOS ÓBITOS POR ACIDENTE
57,09 57,09
%
76
14 E PROPORÇÃO DE ÓBITOS NAS INTERNAÇÕES POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)
20,38 20,38
%
15 E PROPORÇÃO DE ÓBITOS, EM MENORES DE 15 ANOS, NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
9,29 9,29
%
16 E COBERTURA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU 192)
100,00 100,00
%
OBJETIVO: Objetivo 2.2 - Fortalecimento de mecanismos de programação e regulação nas redes de atenção à saúde do SUS.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
17 E PROPORÇÃO DAS INTERNAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA REGULADAS
100,00 100,00
%
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 2
Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção.: As notificações estão sendo realizadas pelas unidades de atendimento de Urgência e Emergência, Hospital e Serviço de Atendimento Especializado (SAE).
Diretriz 3 - Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da "Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade.
OBJETIVO: Objetivo 3.1 - Fortalecer e ampliar as ações de Prevenção, detecção precoce e tratamento oportuno do Câncer de Mama e do Colo de útero.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
18 U
RAZÃO DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS DO COLO DO ÚTERO EM MULHERES DE 25 A 64 ANOS E A POPULAÇÃO DA MESMA FAIXA ETÁRIA
0,50 0,50
RAZÃO
19 U
RAZÃO DE EXAMES DE MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO REALIZADOS EM MULHERES DE 50 A 69 ANOS E POPULAÇÃO DA MESMA FAIXA ETÁRIA
0,29 0,29
RAZÃO
OBJETIVO: Objetivo 3.2 - Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir acesso, acolhimento e resolubilidade.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
20 U PROPORÇÃO DE PARTO NORMAL 44,00 44,00
%
21 U PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES COM 7 OU MAIS CONSULTAS DE PRE-NATAL.
75,00 75,00
%
22 U NÚMERO DE TESTES DE SÍFILIS POR GESTANTE.
0,33 0,33
RAZÃO
23 U NÚMERO DE OBITOS MATERNOS EM DETERMINADO PERÍODO E LOCAL DE
1,00 1,00
N.Absoluto
77
RESIDÊNCIA.
24 U TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL. N/A 15,00
N.Absoluto
24 U TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL. 15,00 15,00
/1000
25 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS INFANTIS E FETAIS INVESTIGADOS
90,00 90,00
%
26 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS MATERNOS INVESTIGADOS
100,00 100,00
%
27 U PROPORÇÃO DE ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL (MIF) INVESTIGADOS
95,00 95,00
%
28 U NÚMERO DE CASOS NOVOS DE SÍFILIS CONGÊNITA EM MENORES DE UM ANO DE IDADE
21,00 21,00
N.Absoluto
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 3
Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da "Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade. Muitas crianças nascem em Hospitais de outros municípios, inclusive serviços particulares, nos quais a proporção de partos normais é menor. Alimentação de dados deficitária podendo haver falha no registro das informações. Crescimento desordenado da população principalmente de pessoas em condições sócioeconômicas precárias agravadas pela população flutuante e sazonal e falta de aderência ao pré-natal mediante ao uso de substâncias psicoativas ilícitas. Houve aumento no diagnóstico e captação de casos de sífilis congênita, observando-se que há dificuldade no tratamento da gestante e do parceiro segundo o protocolo do Ministério da Saúde.
Diretriz 5 - Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de
promoção e prevenção.
OBJETIVO: Objetivo 5.1 - Melhoria das condições de Saúde do Idoso e Portadores de Doenças Crônicas mediante qualificação da gestão e das redes de atenção.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
30 U
TAXA DE MORTALIDADE PREMATURA (<70 ANOS) PELO CONJUNTO DAS 4 PRINCIPAIS DCNT (DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO, CÂNCER, DIABETES E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS)
431,80
/100.000
30 U
NÚMERO DE ÓBITOS PREMATUROS (<70 ANOS) PELO CONJUNTO DAS 4 PRINCIPAIS DCNT (DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO, CÂNCER, DIABETES E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS)
N/A
N.Absoluto
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 5
Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e prevenção.: As internações são reguladas pela Secretária de Estado da Saúde de São Paulo, via Departamento Regional de Saúde IV.
78
Diretriz 7 - Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde.
OBJETIVO: Objetivo 7.1 - Fortalecer a promoção e vigilância em saúde.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
35 U
PROPORÇÃO DE VACINAS DO CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA COM COBERTURAS VACINAIS ALCANÇADAS
75,00 75,00
%
36 U PROPORÇÃO DE CURA DE CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE PULMONAR BACILÍFERA
76,00 76,00
%
37 U PROPORÇÃO DE EXAME ANTI-HIV REALIZADOS ENTRE OS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE
90,00 90,00
%
38 U PROPORÇÃO DE REGISTRO DE ÓBITOS COM CAUSA BÁSICA DEFINIDA
98,00 98,00
%
39 U
PROPORÇÃO DE CASOS DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA (DNCI) ENCERRADAS EM ATÉ 60 DIAS APÓS NOTIFICAÇÃO
90,00 90,00
%
40 U
PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS COM CASOS DE DOENÇAS OU AGRAVOS RELACIONADOS AO TRABALHO NOTIFICADOS.
60,00 60,00
N.Absoluto
41 U
PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS QUE EXECUTAM AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA CONSIDERADAS NECESSÁRIAS A TODOS OS MUNICÍPIOS
100,00 100,00
%
42 U NÚMERO DE CASOS NOVOS DE AIDS EM MENORES DE 5 ANOS
1,00 1,00
N.Absoluto
43 E PROPORÇÃO DE PACIENTES HIV+ COM 1º CD4 INFERIOR A 200CEL/MM3
N/A 26,87
N.Absoluto
44 E NÚMERO DE TESTES SOROLÓGICOS ANTI-HCV REALIZADOS
10.000,00 10.000,00
N.Absoluto
45 E
PROPORÇÃO DE CURA DOS CASOS NOVOS DE HANSENÍASE DIAGNOSTICADOS NOS ANOS DAS COORTES
90,00 90,00
%
46 E PROPORÇÃO DE CONTATOS INTRADOMICILIARES DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE EXAMINADOS
74,00 74,00
%
47 E NÚMERO ABSOLUTO DE ÓBITOS POR LEISHMANIOSE VISCERAL
0,00 0,00
N.Absoluto
48 E PROPORÇÃO DE CÃES VACINADOS NA CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA CANINA
80,00 80,00
%
79
49 E PROPORÇÃO DE ESCOLARES EXAMINADOS PARA O TRACOMA NOS MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS
0,50 0,50
%
51 E NÚMERO ABSOLUTO DE ÓBITOS POR DENGUE
8,00 8,00
N.Absoluto
52 E
PROPORÇÃO DE IMÓVEIS VISITADOS EM PELO MENOS 4 CICLOS DE VISITAS DOMICILIARES PARA CONTROLE DA DENGUE
80,00 80,00
%
OBJETIVO: Objetivo 7.2 - Implementar ações de saneamento básico e saúde ambiental para a promoção da saúde e redução das desigualdades sociais com ênfase no Programa de
aceleração do crescimento.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
53 U
PROPORÇÃO DE ANÁLISES REALIZADAS EM AMOSTRAS DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO QUANTO AOS PARÂMETROS COLIFORMES TOTAIS, CLORO RESIDUAL LIVRE E TURBIDEZ
8,00 8,00
%
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 7
Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde.: Pode haver falha no registro de doses aplicadas de vacina.
Diretriz 8 - Garantia da assistência farmacêutica no âmbito do SUS.
OBJETIVO: Objetivo 8.1 - Ampliar a implantação do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica - HORUS como estratégia de qualificação da gestão da
assistência farmacêutica no SUS.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
54 E PERCENTUAL DE MUNICÍPIOS COM O SISTEMA HORUS IMPLANTADO
N/A 0,00
%
OBJETIVO: Objetivo 8.2 - Qualificar os serviços de Assistência Farmacêutica nos municípios com população em extrema pobreza.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
55 E
PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS DA EXTREMA POBREZA COM FARMÁCIAS DA ATENÇÃO BÁSICA E CENTRAIS DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO ESTRUTURADOS
N/A 0,00
%
OBJETIVO: Objetivo 8.3 - Fortalecer a assistência farmacêutica por meio da inspeção nas linhas de fabricação de medicamentos, que inclui todas as operações envolvidas no
preparo de determinado medicamento desde a aquisição de materiais, produção, controle de qualidade, liberação, estocagem, expedição de produtos terminados e os controles
relacionados, instalações físicas e equipamentos, procedimentos, sistema da garantia da qualidade.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
80
56 E PERCENTUAL DE INDÚSTRIAS DE MEDICAMENTOS INSPECIONADAS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA, NO ANO
N/A 0,00
%
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 8
Propor discussão regional.
Diretriz 11 - Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações do trabalho dos profissionais de saúde.
OBJETIVO: Objetivo 11.1 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
57 U PROPORÇÃO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE IMPLEMENTADAS E/OU REALIZADAS
68,00 68,00
%
58 E
PROPORÇÃO DE NOVOS E/OU AMPLIAÇÃO DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE E DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO BÁSICA/SAÚDE DA FAMÍLIA/SAÚDE COLETIVA
N/A 0,00
%
59 E
PROPORÇÃO DE NOVOS E/OU AMPLIAÇÃO DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PSIQUIATRIA E MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL
N/A 0,00
%
60 E NÚMERO DE PONTOS DO TELESSAÚDE BRASIL REDES IMPLANTADOS
20,00 20,00
N.Absoluto
OBJETIVO: Objetivo 11.2 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Desprecarizar o trabalho em saúde nos serviços do SUS da esfera pública na Região de
Saúde.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
61 U PROPORÇÃO DE TRABALHADORES QUE ATENDEM AO SUS, NA ESFERA PÚBLICA, COM VÍNCULOS PROTEGIDOS
80,00 80,00
%
OBJETIVO: Objetivo 11.3 - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Estabelecer espaços de negociação permanente entre trabalhadores e gestores da saúde
na Região de Saúde.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
62 E
NÚMERO DE MESAS OU ESPAÇOS FORMAIS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO SUS, IMPLANTADOS E/OU MANTIDOS EM FUNCIONAMENTO
0,00 0,00
N.Absoluto
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 11
Desde 2001 o Município implantou novo modelo de assistência, com a adoção do Programa de Estratégia de
81
Saúde da Família, estimulando os funcionários do quadro a aumentarem sua carga horária para 40 horas semanais, com o objetivo de promover um maior vinculo com a Comunidade, objetivando a humanização dos serviços, através do atendimento realizado pela equipe Multidisciplinar composta por: Médico Generalista, Dentista, Enfermeiro, Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Consultório Odontológico e Agentes Comunitários de Saúde, promovendo o atendimento territorializado e com uma população adscrita. Sendo os profissionais da área atualizados através de educação permanente e contínua, a fim da manutenção dos protocolos implantados. Cabe ainda ressaltar que atualizamos a quantidade de profissionais do quadro de servidores da Secretaria de Saúde Pública, com base na folha de pagamento – Competência: Dezembro/2013, a expansão da rede de saúde, tanto em número de unidades como em ampliação da carga horária dos profissionais, traduz o investimento da administração na melhoria do acesso da população ao atendimento de saúde, bem como a modificação do modelo de assistência à saúde, com a expansão da Estratégia de Saúde da Família. A Estratégia de Saúde da Família aumentou a qualidade das consultas ambulatoriais e a resolubilidade, uma vez que tem como foco a prevenção de doenças, além de desenvolver ações de assistência. em virtude dos profissionais que atuam no setor de apoio administrativo não serem cadastrados no CNES, demonstrando, pois, o número real de profissionais atuantes no serviço de atendimento ao SUS. Outrossim, estipulamos a data de competência Dezembro/2013, em virtude da alta rotatividade de profissionais médicos e de enfermagem, dificultando a manutenção das escalas de trabalho devido ao déficit constantes desta mão de obra especializada.
Diretriz 12 - Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em
resultados, participação social e financiamento estável.
OBJETIVO: Objetivo 12.1 - Fortalecer os vínculos do cidadão, conselheiros de saúde, lideranças de movimentos sociais, agentes comunitários de saúde, agentes de combate às
endemias, educadores populares com o SUS.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
63 U PROPORÇÃO DE PLANO DE SAÚDE ENVIADO AO CONSELHO DE SAÚDE
1,00 1,00
N.Absoluto
64 U
PROPORÇÃO DE CONSELHOS DE SAÚDE CADASTRADOS NO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE - SIACS
1,00 1,00
N.Absoluto
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 12
Manter as políticas públicas de controle social.
Diretriz 13 - Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS.
OBJETIVO: Objetivo 13.1 - Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS.
Nº Tipo Indicadores Meta 2013 Resultado 2013 Unidade
65 E PROPORÇÃO DE MUNICÍPIOS COM OUVIDORIAS IMPLANTADAS
1,00 1,00
N.Absoluto
66 E COMPONENTE DO SNA ESTRUTURADO 1,00 1,00
N.Absoluto
67 E PROPORÇÃO DE ENTES COM PELO MENOS UMA ALIMENTAÇÃO POR ANO NO BANCO DE PREÇO EM SAÚDE
N/A 0,00
N.Absoluto
AVALIAÇÃO DA DIRETRIZ 13
Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS. O município utiliza o sistema OuvidorSUS desenvolvido pelo MS participando
82
de uma rede integrada entre Municípios, Estado e União. A equipe técnica participa regularmente de capacitações e reuniões técnicas promovidas pelo MS.
CAPÍTULO VII – GEORREFERENCIAMENTO
O crescimento populacional associado com o desenvolvimento do
município impossibilita a obtenção rápida de informações gerenciais que
permitam planejamento estratégico e gestão das ações relacionadas a Vigilância
em Saúde.
O avanço tecnológico permite lançar mão de instrumentos de apoio que
podem fornecer condições de diagnóstico e análise populacional e de
acompanhamento de doenças e determinantes sociais de saúde, permitindo
oferecer dados com análise epidemiológica visando a saúde coletiva que
permitem propor e apresentar para estudos específicos que sirvam para
planejamento de intervenção visando a redução de riscos e agravos à saúde.
A intersetorialidade de informações permite um estudo e diagnóstico
epidemiológico mais rico e preciso, favorecendo a tomada de decisões e
direcionamento de recursos, otimizando serviços e reduzindo custos.
83
A análise populacional auxilia no estudo da evolução e ocorrência de
doenças de notificação de importância epidemiológica e favorece a compreensão
dos mecanismos de transmissão em áreas com maior densidade populacional,
fator relevante nas doenças de transmissão respiratória.
Da mesma forma, a análise de casos de dengue quando estudados com a
localização dos Pontos Estratégicos (ex. borracharias), Imóveis Especiais
(edificações com grande fluxo de pessoas) e Construções, possibilita identificar
possíveis fontes transmissoras que podem ter papel importante na disseminação
da doença, com grande quantidade de criadouros que precisem ser tratados.
Os casos de acidentes de trânsito respondem diretamente por grande
número de ocorrências nas unidades da Rede de Urgência e Emergência (RUE)
que levam a casos cirúrgicos, internações e acompanhamento com fisioterapia e
muitas vezes óbitos. A análise das ocorrências de acidentes de trânsito permite a
identificação de pontos críticos e a intervenção dos órgãos competentes para
84
redução do risco de acidentes de trânsito, com a implantação de sinalização ou
equipamentos de controle, e até mesmo a adequação viária.
A proposta de criação de uma Coordenadoria de Georreferenciamento de
Informações em Saúde tem a finalidade de manter atualizados os sistemas,
desenvolver aplicações, propor soluções e integrar o banco de dados com todos
os sistemas integrados possíveis, disponibilizando informações gerenciais para os
diversos órgãos e setores envolvidos na alimentação dos dados do sistema.
Para o desenvolvimento, a Equipe necessária é no mínimo três técnicos
com experiência em SIG e Banco de Dados Geográficos.
A Equipe de Produção e Manutenção de Informações Geográficas elabora
desenhos georreferenciados, mapas, atualização e manutenção de bancos de
dados, em especial de endereços padronizados.
A Equipe de Manutenção de Dados é formada por técnicos de referência
em cada fonte de dados (serviço). Tem a função de verificar a padronização dos
dados e encaminhar à Coordenadoria.
São necessários cinco computadores, uma impressora colorida a laser e
um plotter. A armazenagem dos dados ocorreria em computador "servidor" da
rede municipal com pastas individualizadas para cada Secretaria, de acesso
restrito mediante senha e os dados globais disponibilizados no Portal. A
alimentação de dados é feita através da inserção dos dados nas pastas
Coordenadoria de Georreferenciamento de Informações em Saúde
(1)
Equipe de Desenvolvimento
(3)
Equipe de Manutenção de Dados
(referência local)
Produção e Manutenção de Informações
Geográficas
(1)
85
respectivas e a produção de mapas divulgada pela própria rede, favorecendo a
agilidade das informações.
A informatização da Secretaria de Saúde já contempla a padronização de
endereço, o que possibilita a utilização do banco de dados dos atendimentos e
procedimentos produzidos serem georreferenciados.
A previsão de implantação é estimada em um ano, seguida de mais dois
anos de estruturação, para posteriormente ser reavaliado o projeto anualmente
com implementação de acordo com a evolução das ferramentas tecnológicas.
Assim, a utilização de análise georreferenciada é um instrumento valoroso
para o planejamento e gestão da saúde e vigilância de doenças, agravos e riscos
à saúde da população.
CAPÍTULO VIII – ASSISTÊNCIA FARMACEUTICA
Na Divisão de Almoxarifado há uma Farmacêutica Responsável pelos
estoques de medicamentos.
- medicamentos comprados com recursos municipais
- medicamentos controlados comprados com recursos municipais
- medicamentos enviados pelo estado.
- medicamentos controlados enviados pelo estado.
A administração dos materiais é feita de forma informatizada, utilizando um
Sistema de Gerenciamento de Materiais terceirizado.
As compras são requisitadas pela farmacêutica responsável, assim que
considerar necessário para manutenção do estoque. As requisições são
impressas em formulários próprios e enviadas para o Secretário de Saúde e
Gabinete do Prefeito, para que sejam registradas e autorizadas, e posteriormente
devolvidas ao Almoxarifado para inclusão no sistema, onde é feita toda a parte
informatizada e documentada por meio de processos administrativos. O último
passo desse procedimento é a emissão de Autorização de Fornecimento que é
enviada para as Empresas vencedoras dos processos licitatórios, para que
possam estar efetuando a entrega dos itens requisitados.
86
As saídas dos itens são efetuadas de acordo com as solicitações das
unidades de saúde requisitantes, onde são verificadas as quantidades solicitadas
e o estoque. Há uma padronização de medicamentos para cada unidade de
saúde da Rede Municipal (Ambulatórios, USAFA’s, Prontos Socorros e
Especialidades).
Os itens do estoque são controlados por meio de balanços mensais, após
emissão de relatório de fechamento do mês, retirado do sistema, e as
quantidades constantes no relatório têm que estar de acordo com as quantidades
físicas do estoque.
- Consumo de Materiais por ano (R$):
ENTRADAS REALIZADAS NO ALMOXARIFADO
MATERIAL 2010 2011 2012 2013
Prefeitura R$ 1.828.236,03 R$ 2.019.173,38 R$ 2.217.549,49 R$ 2.248.392,00
Estado R$ 2.589.388,48 R$ 2.615.653,97 R$ 1.945.492,36 R$ 2.441.706,11
TOTAL R$ 4.417.624,51 R$ 4.634.827,35 R$ 4.163.041,85 R$ 4.690.098,11
Fonte: Almoxarifado –SESAP.
Assistência Farmacêutica é um grupo de atividades relacionadas com os
medicamentos, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas pelo
atendimento ao munícipe. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas
as suas etapas, como conservação, controle de qualidade, segurança e a eficácia
terapêutica dos medicamentos, acompanhamento e avaliação da utilização, a
obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação
permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para
assegurar o uso racional de medicamentos – Portaria do Ministério da Saúde/GM
nº. 3916/98 – Política Nacional de Medicamentos.
A Assistência Farmacêutica é considerada como uma das atividades
prioritárias da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande, tendo em vista que
medicamento é um insumo estratégico para a resolubilidade dos serviços de
87
saúde. Isoladamente, medicamento é o fator que produz maior impacto sobre a
capacidade resolutiva dos serviços de saúde.
Em relação ao processo de reorientação da Assistência Farmacêutica no
âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, procurou-se atuar nas diversas etapas
do chamado ciclo da Assistência Farmacêutica, a saber: seleção, programação,
aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação.
Em relação à programação e à aquisição, foi planejado, com vistas a evitar
o desabastecimento, através de pregão presencial de preços e realização de
processo licitatório de acordo com a legislação em vigor. A programação é feita
de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros e considerado o
consumo, pela equipe da SMS de Praia Grande. As compras, ou seja, as
licitações de medicamentos, como as demais da SMS, são realizadas pelo setor
de compras da Prefeitura, de forma centralizada e, também através de registro de
preços, conforme a legislação vigente.
Com relação à dispensação, os medicamentos básicos são dispensados
em todas as unidades do Programa de Saúde da Família, Unidades Básicas de
Saúde. Os medicamentos psicotrópicos (portaria 344 / MS) são dispensados
através do almoxarifado da Secretaria de Saúde para as unidades de Saúde
solicitantes, com o devido acompanhamento e avaliação da farmacêutica
responsável, mediante retenção de receita.
CAPÍTULO IX – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA DE PRAIA GRANDE
A composição de cargos de provimento em comissão e funções
gratificadas da Secretaria Municipal de Saúde foi estabelecida através Lei
Complementar 649 de 17 de junho de 2013, com as alterações da Lei
Complementar 668 de 02 de dezembro de 2013.
12.1. Gabinete do Secretário de Saúde Pública
12.1.0.1. Divisão de Apoio;
12.1.1. Coordenadoria de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde;
12.1.1.1. Divisão de Captação de Recursos;
12.1.1.2. Divisão de Orçamento e Controle de Custos;
88
12.1.2. Coordenadoria de Planejamento;
12.1.2.1. Divisão de Elaboração de Projetos;
12.1.3. Ouvidoria;
12.1.4. Coordenadoria de Proteção à Vida Animal;
12.2. Subsecretaria de Assuntos Técnicos Assistenciais;
12.2.1. Departamento de Regulação, Avaliação e Controle;
12.2.1.1. Coordenadoria de Regulação;
12.2.1.2. Divisão de Controle
12.2.1.3. Divisão de Avaliação
12.2.1.4. Divisão de Análise e Desenvolvimento de Sistemas;
12.2.1.5. Divisão de Auditoria Interna e Externa
12.2.2- Coordenadoria de Enfermagem;
12.2.3. Departamento de Assistência à Saúde;
12.2.3.1. Divisão de Atenção Básica;
12.2.3.1.1. Seção Regional de Saúde I;
12.2.3.1.2. Seção Regional de Saúde II;
12.2.3.1.3. Seção Regional de Saúde III;
12.2.3.1.4. Seção Regional de Saúde IV;
12.2.3.2. Divisão de Atenção Secundária e Terciária;
12.2.3.2.1. Seção de Especialidades;
12.2.3.2.2. Seção de Reabilitação Física e Mental;
12.2.3.2.3. Seção de Urgência e Emergência;
12.2.3.3. Coordenadoria de Programas de Saúde;
12.2.3.4. Supervisão de Unidade de Saúde;
12.2.3.5. Diretoria de Unidade de Saúde;
12.2.4. Departamento de Vigilância em Saúde;
12.2.4.1. Divisão de Vigilância Sanitária;
12.2.4.1.2. Seção de Expediente;
12.2.4.2. Divisão de Vigilância Epidemiológica;
12.2.4.2.1. Seção de Imunização;
12.2.4.2.2. Seção de Informação em Saúde;
12.2.4.2.3. Seção de Controle de Doenças;
12.2.4.3. Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde;
12.2.4.3.1. Seção de Zoonoses;
12.2.4.3.2. Seção de Controle de Ações;
12.2.4.3.3. Seção de Informação e Educação Permanente;
12.3. Subsecretaria de Gestão de Meios;
12.3.1. Departamento de Administração;
12.3.1.1. Divisão de Pessoal;
12.3.1.1.1. Seção de Pessoal de UBS/USAFAS;
89
12.3.1.1.2. Seção de Pessoal de Pronto Socorro;
12.3.1.2. Divisão de Compras e Contratação de Serviços;
12.3.1.2.1. Seção de Compras
12.3.1.2.2. Seção de Controle de Contratos de Serviços
12.3.1.3. Divisão de Almoxarifado
12.3.1.3.1. Seção de Enfermaria, Odontologia e Limpeza;
12.3.1.3.2. Seção de Material de Escritório e Bens Permanentes;
12.3.1.4. Divisão de Informática;
12.3.1.4.1. Seção de Manutenção e Suporte;
12.3.2. Departamento de Manutenção;
12.3.2.1. Divisão de Manutenção Predial e Equipamentos;
12.3.2.2. Divisão de Controle e Gerenciamento da Frota;
12.3.3. Coordenadoria de Assistência Farmacêutica e Análises Clínicas;
CAPÍTULO X – FINANCIAMENTO DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE
10.1 Recursos Financeiros para a Saúde no Município
No que refere ao financiamento da saúde, as transferências de recursos
da União para os Municípios podem ser assim classificadas:
Transferências constitucionais:
Transferências legais:
* Transferências voluntárias:
10.2 Despesas, Receitas e Transferências
Segundo dados do SIOPS, o Município de Praia Grande está investindo
mais recursos próprios em Saúde do que determina a Emenda Constitucional 29,
pois o município tem mantido recursos do Orçamento Próprio investidos em
Saúde acima de 15 % como podemos observar abaixo:
Ano 2002 = 19,42%
Ano 2003 = 20,24%
Ano 2004 = 20,32%
Ano 2005 = 18,98%
Ano 2006 = 20,00%
90
Ano 2007 = 15,81%
Ano 2008 = 15,97%
Ano 2009 = 20,31%
Ano 2010 = 22,70%
Ano 2011 = 21,24%
Ano 2012 = 23,34%
Ano 2013 = 22,18%
Ao longo destes anos houve aumento significativo do Orçamento da
Saúde; de 2003 para 2013 o aumento foi de 552%, como segue;
2003 = R$ 33.230.484,00
2004 = R$ 51.646.113,08
2005 = R$ 56.490.759,00
2006 = R$ 58.371.066,00
2007 = R$ 76.745.547,45
2008 =R$ 92.584.309,20
2009 = R$ 111.065.112,25
2010 = R$ 142.444.322,12
2011 = R$ 157.224.525,04
2012 = R$ 202.619.688,45
2013 = R$ 216.544.566,51
Previsão para 2014 = R$ 261.476.564,31
10.3 Demonstrativo Orçamentário – Despesas com Saúde
DEMONSTRATIVO ORÇAMENTÁRIO - DESPESAS COM SAÚDE
RECEITAS
RECEITAS PREVISÃO
INICIAL (R$)
PREVISÃO ATUALIZADA
(a) (R$)
RECEITAS ATUALIZADAS
Jan a Dez (b) (R$)
% (b/a)
RECEITAS DE IMPOSTOS E TRANFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS LEGAIS (I)
504.705.880,00 531.757.347,78 531.757.347,78 100,00%
Impostos 275.215.206,00 294.011.167,63 294.011.167,63 100,00%
Multas, Juros de Mora e outros encargos de impostos 20.606.551,00 19.469.689,60 19.469.689,60 100,00%
Divida Ativa dos Impostos 41.154.210,00 42.873.581,20 42.873.581,20 100,00%
91
Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e outros encargos da dívida ativa de impostos
20.606.551,00 19.469.689,60 19.469.689,60 100,00%
Receitas de Transferências Constitucionais Legais 147.123.362,00 155.933.219,75 155.933.219,75 100,00%
Da União 50.393.098,00 51.373.985,49 51.373.985,49 100,00%
Do Estado 96.730.264,00 104.559.234,26 104.559.234,26 100,00%
TRANFERÊNCIAS DE RECURSOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS (II)
51.313.105,00 87.413.460,92 87.413.460,92 100,00%
Da União para o Município 48.611.227,00 52.981.029,53 52.981.029,53 100,00%
Do Estado para o Município 2.221.878,00 33.554.031,39 33.554.031,39 100,00%
Demais Municípios para o Município 0,00 0,00 0,00 0,00%
Outras Receitas do SUS 480.000,00 878.400,00 878.400,00 100,00%
RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO VINCULADAS À SAÚDE (III)
60.559.821,60 65.592.327,79 65.592.327,79 100,00%
OUTRAS RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS 89.973.212,00 96.253.149,87 96.253.149,87 100,00%
(-) DEDUÇÃO PARA O FUNDEB -29.413.390,40 -30.660.822,08 -30.660.822,08 100,00%
TOTAL 763.702.168,60 840.696.356,24 840.696.356,24 100,00%
Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM
DESPESAS COM SAÚDE
DESPESAS COM SAÚDE (Por Grupo de Natureza de
Despesa)
DOTAÇÃO INICIAL
DOTAÇÃO ATUALIZADA
(c) (R$)
DESPESAS EXECUTADAS
LIQUIDADAS Jan a Dez (d)
(R$)
INSCRITAS EM RESTOS A
PAGAR NÃO PROCESSADOS
(e) (R$)
% ((d+e)/
c)
DESPESAS CORRENTES 158.907.152,00 226.334.205,30 196.362.265,75 26.866.122,53 98,63%
Pessoal e Encargos Sociais 70.386.308,00 72.553.101,31 71.013.217,91 694.588,27 98,83%
Juros e Encargos da Dívida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00%
Outras Despesas Correntes 88.520.844,00 153.781.103,99 125.349.047,84 26.171.534,26 98,53%
DESPESAS DE CAPITAL 1.018.000,00 5.795.941,11 1.156.620,72 156.008,47 22,65%
Investimento 1.018.000,00 5.795.941,11 1.156.620,72 156.008,47 22,65%
Inversões Financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00%
Amortização da Dívida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00%
TOTAL (IV) 159.925.152,00 232.130.146,41 197.518.886,47 27.022.131,00 96,73%
Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM
DESPESAS PRÓPRIAS COM SAÚDE E SERVIÇOS
PÚBLICOS DE SAÚDE
DOTAÇÃO INICIAL
DOTAÇÃO ATUALIZADA
(c) (R$)
DESPESAS EXECUTADAS
LIQUIDADAS Jan a Dez (d)
(R$)
INSCRITAS EM RESTOS A
PAGAR NÃO PROCESSADOS
(e) (R$)
% ((d+e)/
c)
DESPESAS COM SAÚDE 156.958.968,00 229.126.462,41 194.682.830,49 26.859.085,15 96,69%
(-) DESPESAS COM INATIVOS E PENSIONISTAS
N/A N/A 0,00 0,00
92
(-) DESPESAS CUSTEADAS COM OUTROS RECURSOS DESTINADOS À SAÚDE
106.302.623,00 119.582.167,22 112.132.678,42 8.310.659,36 100,72%
Recursos de Transferências do sistema Único de Saúde - SUS
50.515.545,00 109.343.495,19 82.517.426,06 18.534.438,89 92,42%
Recursos de Operação de Crédito N/A N/A 0,00 0,00
Outros Recursos 140.800,00 200.800,00 32.726,01 13.986,90 23,26%
(-) RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE
N/A N/A 0,00 0,00
TOTAL DAS DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS EM SAÚDE
50.515.545,00 109.343.495,19 82.517.426,06 18.534.438,89 92,42%
CONTROLE DE RESTOS A PAGAR VÍNCULADOS À SAÚDE INSCRITOS EM
EXERCÍCIOS ANTERIORES
RESTOS A PAGAR INSCRITOS COM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE
RECURSOS PRÓPRIOS VINCULADOS
Inscritos em exercícios
anteriores (R$)
Cancelados em 2012 (R$)
RP DE DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVFIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
7.400.402,84 592.021,02
PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA RECEITA DE IMPOSTOS LIQUIDA E TRANSPARÊNCIAS CONSTITUCIONAIS LEGAIS - LIMITE CONSTITUCIONAL <15%> [(V-VI)]
[(V-VI)]
PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA RECEITA DE IMPOSTOS LIQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS LEGAIS - LIMITE CONSTITUCIONAL <15%> [(V-VI)]
23,49%
Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM
DESPESAS COM SAÚDE (por subfunção)
DOTAÇÃO INICIAL
DOTAÇÃO ATUALIZADA
(c) (R$)
DESPESAS EXECUTADAS
Liquidadas Jan a Dez (d) (R$)
INSCRITAS EM RESTOS A
PAGAR NÃO PROCESSADOS
(e) (R$)
% ((d+e)/
c)
Atenção Básica 51.334.783,00 45.183.297,48 39.092.887,25 1.079.325,59 88,9%
Assistência Hospitalar e Ambulatorial
81.876.818,00 160.962.798,83 135.729.005,74 24.679.059,34 99,7%
Suporte Profilático e Terapêutico 2.732.083,00 3.452.597,21 1.985.024,74 530.157,99 72,8%
Vigilância Sanitária 845.640,00 1.005.640,00 642.274,75 19.444,36 65,8%
Vigilância Epidemiológica 4.257.009,00 4.914.723,93 4.012.278,42 129.498,56 84,3%
Administração Geral 18.878.819,00 16.611.088,96 16.057.415,57 584.645,16 100,2%
TOTAL 159.925.152,00 232.130.146,41 197.518.886,47 27.022.131,00 511,7%
Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM
INDICADORES FINANCEIROS Participação da Receita de Imposto Total do Município 27,61%
Participação das transferências intergovernamentais na Receita Total do Município 18,20%
Participação % das Transferências para a Saúde (SUS) no total de recursos transferidos para o Município 10,40%
93
Participação % das Transferências da União para a Saúde no total de recursos transferidos para a saúde no Município
32,95%
Participação % das Transferências da União para a Saúde (SUS) no total de Transferências da União para o Município
67,05%
Participação % da Receita de Impostos e Transferências Constitucionais e Legais na Receita Total do Município 63,25%
Despesa Total com Saúde, sob a responsabilidade do Município, por habitante R$
852,20
Participação da despesa com pessoal na despesa total com Saúde 31,26%
Participação da despesa com medicamentos na despesa total com Saúde 1,49%
Participação da despesa com serviços de terceiros - pessoa jurídica na despesa total com Saúde 66,25%
Participação da despesa com investimentos na despesa total com Saúde 2,50%
Participação das transferências para Saúde em relação à despesa total com Município com Saúde 37,66%
Participação da Receita Própria aplicada em Saúde conforme Lei Complementar 141/2012 23,49%
Fonte: Coordenação de Gestão Orçamentária e Financeira em Saúde – SESAP 12.2 / CONAM
Análise dos Indicadores Financeiros e Orçamentários
Analisando os Indicadores, vale destacar que o potencial de arrecadação
do Município nas Receitas de impostos, sendo considerada a principal fonte de
arrecadação, por perfazer aproximadamente 27,61% de toda a receita tributária
arrecadada e transferida para o Município. Contudo as transferências
intergovernamentais recebidas pelo Município, o percentual agregado para
financiar o SUS no Município que é repassado, aparentemente parece ser um
valor considerável, sendo que a participação do governo Federal é mais
expressiva dentre as esferas, porém não é suficiente para as carências do
Sistema Único de Saúde, uma vez que a fatia municipal é de aproximadamente
70% do valor da aplicação constitucional, ficando para os outros entes
(Federal/Estado), uma parcela de 30% para ser dividido. Contudo, se
mensurarmos o custo por habitante em saúde, o desembolso é bem maior para o
custeio que é suprido pela contrapartida municipal, pois o repasse do Fundo a
Fundo, além de pegarem valores pequenos por habitante, a periodicidade não é
de forma continuada mês a mês, ou de forma de incentivo mediante parcela
única, ficando a cargo da municipalidade a manutenção das ações em saúde. Tal
reflexo é sentido com a aplicação muito acima dos limites constitucionais (15%),
94
alcançando o índice de aproximadamente 23,49% da Receita Própria aplicada
em Saúde.
CAPÍTULO XI – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Para o alcance dos objetivos e metas traçados neste Plano é essencial
que os mesmos sejam acompanhados e avaliados otimizando os resultados que
se espera.
No contexto em que se insere, a avaliação será orientada pelos seguintes
princípios:
I. Da igualdade de oportunidades e de acesso aos benefícios da
saúde em todos os níveis;
II. Da democracia – com a participação de todos os envolvidos no
processo de recuperação e manutenção da saúde;
III. Da racionalidade prática e crítica – caracterizada pela busca
do entendimento, pela participação e pela emancipação dos
sujeitos;
IV. Da ética – centrada na ação justa, equânime e eqüitativa.
Tem como principais objetivos:
1. O desenvolvimento de um sistema de informações estatísticas e
gerenciais de saúde mantida pelo município que alimente o planejamento e o
processo de tomada de decisão compatível com os recursos humanos e
financeiros existentes;
2. O planejamento estratégico e critérios de gestão de saúde
baseado em indicadores de qualidade;
3. A valorização de todos os procedimentos de avaliação de
resultados tanto na saúde pública quanto privada;
4. A divulgação das avaliações e de todos os indicadores de saúde
que informem à sociedade sobre os resultados do sistema de saúde.
95
A avaliação do Plano Municipal de Saúde deverá abranger não só os
aspectos assistenciais, mas antes de tudo ser uma avaliação institucional que
leve à reflexão sobre as finalidades da instituição de saúde.
A partir da análise dos indicadores qualitativos e quantitativos a avaliação
permitirá à Administração Pública a adequação e aplicação de recursos humanos
e financeiros adequados às reais necessidades do sistema de saúde em todos os
segmentos abordados neste Plano, desde a formação e valorização dos
profissionais de saúde até a infraestrutura física e equipamentos necessários
para o processo de recuperação e manutenção da saúde.
A avaliação dos aspectos assistenciais deverá estar pautada no êxito do
resultado capaz de fazer com que os pacientes evoluam rumo ao êxito, fornecer-
lhes indicações esclarecedoras como um auxiliar e um meio de construção de
uma qualidade de vida eficaz.
Para garantir a abordagem dos aspectos institucionais e assistenciais da
avaliação ela deverá ter como metas:
O desenvolvimento dos profissionais;
O exercício ético;
A ação justa e a valorização de todos os envolvidos;
A participação da sociedade;
A responsabilidade, autonomia e o compromisso profissional
assumido;
Os princípios coletados no projeto de assistência das
unidades;
A orientação à prática;
A compreensão processual do rendimento dos profissionais;
A coleta de informações por diferentes meios;
A atenção pontual a todo o processo de recuperação e
manutenção da saúde.
96
Por fim, a avaliação será feita por meio do desempenho dos profissionais e
pelos diversos indicadores aceitos para avaliação da qualidade da saúde, bem
como pelas avaliações externas elaboradas e aplicadas pela própria Secretaria
de Saúde, pelos resultados obtidos nas pesquisas de gestão político-
administrativa e pelo trabalho desenvolvido pela equipe.
O acompanhamento dos objetivos e metas será potencializado pela
atuação da equipe técnica de toda Secretaria de Saúde em seus diferentes
Departamentos que envolvem a administração, a legislação e a gestão de saúde.
A avaliação desempenha uma função formativa importante nos processos
de gestão. Quando exercida como uma atividade a serviço da melhoria da
assistência propõe subsídios práticos para assegurar o caminho que abre as
portas para a melhor qualidade de vida, princípio essencial para a elaboração
deste Plano.
REFERÊNCIAS
BADUY, R.S.; FEUERWERKER, L. C. M.; ZUCOLI, M.; BORIAN, J. T. A regulação assistencial e a produção do cuidado: um arranjo potente para qualificar a atenção. Cad. Saúde Pública [online]. 2011, vol.27, n.2, pp. 295-304. BERNARDO, W. Diretrizes clínicas baseadas em evidência. In: A implementação de diretrizes clínicas na atenção à saúde: experiências internacionais e o caso da saúde suplementar no Brasil / organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar – Brasília, DF: OPAS; Rio de Janeiro: ANS, 2009. p. 132. BRASIL. Agência Nacional de Saúde Suplementar. A implementação de diretrizes clínicas na atenção à saúde: experiências internacionais e o caso da saúde suplementar no Brasil / organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar – Brasília, DF: OPAS; Rio de Janeiro: ANS, 2009a. p. 132. _____. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A Gestão do Trabalho e da Educação Permanente / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS, 2011b. 120 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 9). _____. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Câmara Técnica de Informação e Informática em Saúde (CTIIS). Nota Técnica nº.6 de 25 de julho de 2006. Relatório da Oficina de Trabalho do CONASS para Regulação de Acesso.
97
Brasília: CONASS, 2006a. [Acesso 19 fev 2012]. Disponível em: <http://www.conass.org.br/admin/arquivos/NT%2016-06.pdf>. _____. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Manual de implantação de complexos reguladores / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a. 27 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). _____. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Articulação Interfederativa. Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores: 2013 – 2015 / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Articulação Interfederativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 156 p. : il. – (Serie Articulação Interfederativa, v. 1).
_____. Ministério da Saúde. Secretaria‐Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Sistema de Planejamento do SUS: uma construção coletiva: organização e funcionamento /Ministério da Saúde,
Secretaria‐Executiva, Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 100 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Cadernos de Planejamento; v. 1). _____. Portaria GM/MS nº 1.600, de 07 de julho de 2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).
_____. Portaria GM/MS nº 2.395, de 11 de outubro de 2011, que organiza o componente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).
_____. Portaria GM/MS Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 que cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF - Publicada no D.O.U. nº 43, de 04/03/2008, Seção 1, fls. 38 a 42.
GUIMARÃES, E. M. P.; MARTIN, S. Y. H.; RABELO, F. C. P. Educação Permanente em Saúde: reflexões e desafios. Cienc. enferm. [online]. 2010, vol.16, n.2, pp. 25-33. OLIVEIRA, R.R.; Elias, P. E. M. Conceitos de regulação em saúde no Brasil. Rev. Saúde Pública [serial on the Internet]. 2012 June [citado 11 fev 2013]; 46(3): 571-6. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000300020&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000300020. PRAIA GRANDE. Plano Municipal de Saúde – período 2010/2013. Praia grande: Secretaria de Saúde Pública, 2010.
98
_____. Relatório anual de gestão – período 2013. Programação Anual de Gestão – período 2014. Praia Grande: Secretaria de Saúde Pública, 2014. PRAIA GRANDE. Gráficos e dados estatísticos. Secretaria de Planejamento, 2014
99
Conselho Municipal de Saúde de Praia Grande – COMUSA-PG
Criado através da Lei nº 720, de 27 de maio de 1.991
RESOLUÇÃO COMUSA-PG Nº 004/2014 O Plenário do Conselho Municipal de Saúde (COMUSA-PG), em reunião ordinária, realizada no dia 25 de Março de 2014, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pelas Leis Federais nº8.080, de 19 de setembro de 1.990; nº 8.142, de 28 de dezembro, e, pela Lei Municipal nº720, de 27 de maio de 1991,
R E S O L V E
Aprovar o Plano Municipal de Saúde 2014-2017 que compõem as Diretrizes, objetivos, ações, metas e indicadores a serem realizados pela Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande.
Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Praia Grande, 25 de Março de 2.014
Dr Paulo Rogério Geiger Presidente do Conselho Municipal de Saúde
100
Conselho Municipal de Saúde de Praia Grande – COMUSA-PG
Criado através da Lei nº 720, de 27 de maio de 1.991
TERMO DE HOMOLOGAÇÃO
Homologo a Resolução COMUSA-PG nº 004/2014, de 25 de Março de 2014 conforme inciso XII, 4ª diretriz da Resolução CNS/MS nº 453 de 10 de maio de 2.012, e por atribuição legal conferida através dos incisos II, V e XIX, do artigo 36, da Lei complementar nº 649, de 17 de junho de 2013.
Registre-se, Publique-se e Dê-se Ciência.
Praia Grande, 25 de março de 2.014.
Dr Francisco Jaimez Gago Secretário de Saúde Pública