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Plano Municipal de Saneamento Básico de Garibaldi - 2012 Sul Magna - Engenharia e Consultoria Ambiental PREFEITURA MUNICIPAL DE GARIBALDI SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PARTICIPATIVO GARIBALDI – RS TOMO IV GESTÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SETEMBRO – 2012

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Sul Magna - Engenharia e Consultoria Ambiental

PREFEITURA MUNICIPAL DE GARIBALDI SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PARTICIPATIVO GARIBALDI – RS

TOMO IV

GESTÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

SETEMBRO – 2012

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PARTICIPATIVO

Prefeito: Cirano Cisilotto

Vice-prefeito: Francisco Tedesco

Secretário Municipal de Administração: Heitor Scomazzon

Secretário Municipal de Agricultura e Pecuária: Jorge Mariani

Secretária Municipal de Educação e Cultura: Carmen Eleutéria Brandalise Pezzini

Secretário Municipal de Esporte e Lazer: João Paulo Deluca

Secretária Municipal da Fazenda: Laides Scomazzon

Secretária Municipal de Habitação, Trabalho e Assistência Social: Adelina Baldissera

Secretário Municipal de Meio Ambiente: Ivanir Lazzari

Secretário Municipal de Obras, Transporte e Trânsito: Carlo Mosna

Secretária de Planejamento, Indústria e Comércio: Ione Teresinha Ledur Rossi

Secretária Municipal de Saúde: Maria do Socorro Bortolini

Secretário Municipal de Turismo: Jéfferson Miotti

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Plano Municipal de Saneamento Básico

Participativo

Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Secretário Ivanir Lazzari

Garibaldi, Setembro de 2012.

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Equipe Técnica Sul Magna Engenharia e Consultoria LTDA.

Coordenação Tiago Luis Gomes – CREA RS 112109 Engenheiro Civil, pela UFSM. Mestre em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela UFSM, doutorando em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, pela IPH/UFGRS. Docente da Universidade de Santa Cruz do Sul.

Técnicos Michel Tieccher – CREA RS 177261 Engenheiro Ambiental, pela UNISC. Daniel Cremonese Ferrari – CREA RS 179174 Engenheiro Ambiental, pela UNISC. Camila Pohl Frohlich – CREA RS 177964 Engenheira Ambiental, pela UNISC. Carlos Roberto dos Santos– CREA RS 154173 Engenheiro Ambiental, pela UNISC e Técnico Agrícola, pela CEFET BG. Sebastião Diones Bohrer– CREA RS 171503 Engenheiro Ambiental, pela UNISC. Dalmir Rech – OAB/RS 83.338 Direito, pela UNISC.

Maikiely Herath - OAB/RS 65.029 Direito, pela UNISC. Mestre em Direito Ambiental.

Estagiário Acadêmico Henrique Becker Dopke Engenharia Ambiental - UNISC

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Equipe Técnica Municipal

Coordenação Geral Ivanir Lazzari Secretário Municipal de Meio Ambiente

Coordenação Técnica Cristina Mersoni Bióloga - Diretora Geral da Sec. Municipal de Meio Ambiente Luciana Fracaro Faccin Eng. Química - Assessora Especial da Sec. Municipal de Meio Ambiente

Equipe Técnica Andréia Cagliari Ferrari Contadora - Técnica da Sec. Municipal da Fazenda/Departamento de Contabilidade

Carla Aparecida Ribeira dos Santos Engenheira Civil – Técnica da Sec. Municipal de Obras, Transporte e Trânsito

Cláudia Andréia Schneider Bióloga - Técnica da Sec. Municipal de Meio Ambiente

Constance Manfredini Arquiteta - Técnica da Sec. Municipal de Planejamento, Indústria e Comércio

Cristina Mersoni Bióloga - Diretora Geral da Sec. Municipal de Meio Ambiente

Fernando Piffer Engenheiro Civil – Técnico da Sec. Municipal de Obras, Transporte e Trânsito Filipe Balbinot Advogado – Assessor Jurídico Ivanir Lazzari Secretário Municipal de Meio Ambiente

Luciana Fracaro Faccin Eng. Química - Assessora Especial da Sec. Municipal de Meio Ambiente

Estagiários Acadêmicos Fernanda Ferla Acadêmica de Eng. Ambiental Germano Vila Benini Acadêmico de Gestão Ambiental Lucas Zago da Costa Acadêmico de Gestão Ambiental

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GARIBALDI - RS

TOMO I – PROPOSTA METODOLÓGICA, PLANO DE TRABALHO,

CRONOGRAMA/PLANEJAMENTO.

TOMO II – CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO.

TOMO III– GESTÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.

TOMO IV – INFRAESTRUTURA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO.

TOMO V – DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS.

TOMO VI – GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS.

TOMO VII – ANEXOS: AUDIÊNCIAS E DIVULGAÇÃO.

TOMO VIII – PROJETO DE LEI.

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SUMÁRIO

1. SISTEMA EXISTENTE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA...... ......................................................... 16

1.1. INFRAESTRUTURA DE ESCRITÓRIO / LOJA ........................................................................................ 20

1.2. INFRAESTRUTURA E QUALIDADE DA ÁGUA CAPTADA NA BARRAGEM DO ARROIO

MARRECÃO ........................................................................................................................................................ 21

1.3. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS POÇOS ............................................................................................. 30

1.4. RECURSOS HÍDRICOS .............................................................................................................................. 39

1.4.1. ÁGUAS SUPERFICIAIS ........................................................................................................................ 39

1.4.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ................................................................................................................... 41

1.4.3. INCORPORAÇÃO DE POÇOS PARTICULARES EXISTENTES AO SISTEMA PÚBLICO............ 49

1.5. DEMANDAS DE ÁGUA ............................................................................................................................. 50

1.6. DEMANDA RURAL E INDUSTRIAL ........................................................................................................ 53

1.7. IDENTIFICAÇÃO DE GRANDES CONSUMIDORES DE ÁGUA ............................................................ 54

1.8. DIAGNÓSTICO DA ETA ............................................................................................................................ 55

1.9. CASA DE QUÍMICA/LABORATÓRIO JUNTO A ETA ............................................................................ 61

1.10. SISTEMA DE ADUÇÃO DE ÁGUA ........................................................................................................... 66

1.11. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA ................................................................................. 68

1.12. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS ...................................................................................................................... 72

1.13. RESERVATÓRIOS DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................... 74

2. PROGNÓSTICOS ...................................................................................................................................... 78

2.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 78

2.2. ETAPA III E IV – ELABORAÇÃO DOS PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS PARA A

UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO. OBJETIVOS E METAS,

PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES, DEFINIÇÃO DE AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E

CONTINGÊNCIAS ............................................................................................................................................... 78

2.3. MEDIDAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO DE GARIBALDI ........................ 80

2.3.1. MEDIDAS IMEDIATAS (ATÉ 3 ANOS 2012-2015) ........................................................................... 82

2.3.1.1. Documentação ......................................................................................................................................... 82

2.3.1.2. Sociedades hídricas e soluções individuais ............................................................................................. 83

2.3.1.3. Calha parshall, estações fluviométricas e pluviométricas ....................................................................... 87

2.3.1.4. Pressões de redes de abastecimento......................................................................................................... 88

2.3.1.5. Perfuração de poços profundos ............................................................................................................... 89

2.3.1.6. Reservação e limpeza de reservatórios .................................................................................................... 89

2.3.1.7. Substituição das redes antigas de fibrocimento (FC)............................................................................... 92

2.3.1.8. Leito de secagem de lodos ....................................................................................................................... 93

2.3.1.9. Projetos e avaliações ............................................................................................................................... 94

2.3.1.10. Estruturar o departamento municipal de saneamento (DMS) .................................................................. 96

2.3.1.11. Criação do fundo de gestão compartilhada .............................................................................................. 96

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2.3.2. MEDIDAS DE CURTO PRAZO (DE 4 A 8 ANOS) ............................................................................. 97

2.3.2.1. Poços profundos na zona urbana ............................................................................................................. 97

2.3.2.2. Associações hídricas e soluções individuais ........................................................................................... 97

2.3.2.3. O sistema nacional de informações sobre saneamento .......................................................................... 100

2.3.2.4. Criação do setor de educação ambiental ................................................................................................ 100

2.3.3. MEDIDAS DE MÉDIO PRAZO (DE 9 A 15 ANOS 2021 A 2027) .................................................... 101

2.3.3.1. Redes de abastecimento ......................................................................................................................... 101

2.3.3.2. Adução para a zona urbana.................................................................................................................... 101

2.3.3.3. Ampliação ou construção de nova estação de tratamento de água ........................................................ 104

2.3.4. MEDIDAS DE LONGO PRAZO (DE 16 A 20 ANOS) ....................................................................... 105

2.3.4.1. Redes de abastecimento ......................................................................................................................... 105

2.3.4.2. Efetivação das outorgas de poços e nascentes de abastecimento público, programa de revitalização e

balanço hídrico do arroio marrecão ..................................................................................................................... 106

2.4. EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ............................................................................... 106

2.5. ESTIMATIVAS DE CUSTOS DOS CENÁRIOS IMEDIATO, CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO .... 109

2.6. ANÁLISE ECONÔMICA E A POLÍTICA TARIFÁRIA ........................................................................... 111

2.7. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA IMPLANTAÇÃO DE DEPARTAMENTO PARA

POSTERIOR AUTARQUIA ............................................................................................................................... 121

2.8. CRONOGRAMA DE METAS ................................................................................................................... 123

2.8.1. CENÁRIO 1 .......................................................................................................................................... 125

2.8.2. CENÁRIO 2 .......................................................................................................................................... 127

3. ETAPA V – DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES PARA O SISTEMA DE INFORMAÇÕES

MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO, DE FORMA COMPATÍVE L COM O SNIS E DE

MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL PARA A AVALIAÇÃO SIST EMÁTICA DA EFICIÊNCIA,

DA EFETIVIDADE, DA EFICÁCIA E DO IMPACTO DAS AÇÕES PROGRAMADAS ....................... 128

3.1. SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS SOBRE SANEAMENTO - SIMS .................................. 128

3.2. CONTROLE SOCIAL ................................................................................................................................ 131

4. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 132

ANEXO I - REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ............ ......................................................................... 136

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Índice de Figuras

Figura 1: Tomada d’água. ..................................................................................................................... 22

Figura 2: Primeiro recalque. .................................................................................................................. 22

Figura 3: Conjunto motor/bomba. ......................................................................................................... 22

Figura 4: Quadro comando do primeiro recalque. ................................................................................ 22

Figura 5: Situação da barragem do arroio Marrecão, antes do início do desassoreamento. .................. 24

Figura 6: Sequencia gráfica relativa ao processo de retirada de lodo da barragem............................... 25

Figura 7: Manancial com espessa camada de macrófitas sobrenadantes .............................................. 26

Figura 8: Retirada das macrófitas da superfície do manancial. ............................................................. 27

Figura 9: Aportes clandestinos de esgoto doméstico à bacia da barragem. .......................................... 27

Figura 10: Cor verde, indicativa de cianobactérias na bacia da barragem ............................................ 29

Figura 11: Poços profundos GA-01, GA-02 e GA-08. .......................................................................... 32

Figura 12: Poço profundo GA-03.......................................................................................................... 33

Figura 13: Poço profundo GA-10.......................................................................................................... 33

Figura 14: Poço profundo GA-16.......................................................................................................... 34

Figura 15: Poço profundo GA-17.......................................................................................................... 34

Figura 16: Poço profundo GA-22.......................................................................................................... 35

Figura 17: Poços 03, 22 e 10 de abastecimento de água operados pela CORSAN. .............................. 35

Figura 18: Poço da associação hídrica Santo Antônio do Araripe. ....................................................... 37

Figura 19: Poço da associação hídrica Santo Antônio do Araripe ........................................................ 37

Figura 20: Poço da associação hídrica da Comunidade de Linha São Jorge. ........................................ 37

Figura 21: Poço da associação hídrica da Comunidade de Linha São Jorge. ........................................ 37

Figura 22: Poço da comunidade de Linha Anunciação ......................................................................... 37

Figura 23: Poço da comunidade de Linha Anunciação ......................................................................... 37

Figura 24: Poço Vacaro em Linha São José da Costa Real ................................................................... 38

Figura 25: Poço Vacaro em Linha São José da Costa Real ................................................................... 38

Figura 26: Poço da Associação Águas Claras em Linha Marcílio Dias. ............................................... 38

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Figura 27: Poço da Associação Águas Claras em Linha Marcílio Dias. ............................................... 38

Figura 28: Cinco novos poços artesianos (ANA, 2010). ....................................................................... 42

Figura 29 - Pórtico da ETA da CORSAN ............................................................................................. 56

Figura 30 - Caixa de chegada de água bruta, no centro, com reservatório elevado à direita. ............... 57

Figura 31 - Detalhe do dosador de sulfato de alumínio na caixa de chegada de água bruta, em momento de interrupção da vazão afluente. .................................................................................. 57

Figura 32 - Vista da caixa de chegada, que recebe o efluente dosado com carvão e cal, para adição do sulfato de alumínio. ....................................................................................................................... 57

Figura 33 – Torre dos tanques de carvão e cal para dosagem, a montante da caixa de chegada do afluente. ......................................................................................................................................... 57

Figura 34 - Torre dos tanques de carvão e cal para dosagem, à montante da caixa de chegada do afluente. ......................................................................................................................................... 58

Figura 35 - Três reservatórios de 1 m3, embaixo do reservatório elevado. ........................................... 58

Figura 36 - Quadro de bombas da ETA. ............................................................................................... 58

Figura 37 – Casa de bombas junto à entrada. ........................................................................................ 58

Figura 38 – Interior da casa de bombas da ETA. .................................................................................. 59

Figura 39 – Transformador instalado na ETA. ...................................................................................... 59

Figura 40 - Prédio da ETA com laboratório no nível superior. ............................................................. 59

Figura 41 - Prédio da ETA em dois níveis. ........................................................................................... 59

Figura 42 – Floculadores após chegada de água bruta. ......................................................................... 60

Figura 43 - Vista superior da caixa de chegada dos floculadores. ........................................................ 60

Figura 44 - Tanques de carvão e cal para dosagem, a montante da caixa de chegada do afluente. ...... 60

Figura 45 - Vista superior do decantador circular. ................................................................................ 60

Figura 46 – Detalhe dos filtros. ............................................................................................................. 61

Figura 47 - Filtros junto ao prédio da ETA ........................................................................................... 61

Figura 48 - Carvão ativado e Cal hidratada, no interior do depósito. ................................................... 62

Figura 49 - Reservatório de água tratada, com régua de nível ao centro. ............................................. 62

Figura 50 - Depósito de carvão ativado. ............................................................................................... 63

Figura 51 - Cal hidratada. ...................................................................................................................... 63

Figura 52 - Tanques de sulfato de alumínio. ......................................................................................... 63

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Figura 53 - Filtro de camada simples (areia e camada suporte) ............................................................ 63

Figura 54 - Tanque de sulfato, no nível inferior do prédio central da ETA, de onde o líquido vai para os reservatórios. ............................................................................................................................. 64

Figura 55 - Tanque de hipoclorito destinado a 5 poços que direcionam água para a ETA. .................. 64

Figura 56: Cilindros de cloro gás para tratamento da água. .................................................................. 64

Figura 57 - Detalhe de registros de manobra de fluxo nos filtros. ........................................................ 65

Figura 58 - Interior do laboratório da ETA. .......................................................................................... 65

Figura 59 - Detalhe da régua de nível do reservatório enterrado de água tratada ................................. 66

Figura 60 - Laboratório da ETA. ........................................................................................................... 66

Figura 61 - Adutora por recalque na base da barragem. ....................................................................... 67

Figura 62 - Chegada junto ao dosador da ETA. .................................................................................... 67

Figura 63: Estações elevatórias e reservatórios de distribuição de Garibaldi-RS. ................................ 73

Figura 64 - Novas instalações do terceiro recalque. .............................................................................. 74

Figura 65: (A) Reservatório elevado de 100 m³ e (B) enterrado de 500 m³ junto a ETA. .................... 76

Figura 66 (A) Reservatório elevado São Francisco, na rua Café Filho, em frente ao número 64. (B) Casa do booster da Café Filho, que opera até que a caixa destino, na extremidade encha. (C) Reservatório Bela Vista II, no bairro de mesmo nome. (D) Reservatório Elefante Branco, localizado na rua João Goulart próximo ao acesso Norte de Garibaldi. (E) Reservatórios Duplos no acesso Norte Bridi. (F) Poço Garibaldina, que alimenta reservatório de mesmo nome. (G) Reservatório da Garibaldina, no antigo horto florestal da CORSAN. (H) Interior da casa do poço Garibaldina. (I) Poço Borghetto, que recalca para o reservatório de mesmo nome. (J) reservatório Borghetto, que é o mais elevado da cidade; recebe água do poço Borghetto................................ 77

Figura 67 – Calhas Parshall. (A) Em alvenaria com revestimento interno de aço. (B) Em Fibra. ........ 88

Figura 68 – Dificuldade de abastecimento na Zona Rural de Garibaldi, lado Oeste, em Linha Camargo, São Pantaleão e São Gotardo. ....................................................................................................... 98

Figura 69: Exemplo de proteção de nascente para abastecimento humano ........................................... 99

Figura 70 – Memória de cálculo dos diâmetros de recalque e sucção da adutora, potência do conjunto motor bomba – Parte 1. ............................................................................................................... 103

Figura 71 – Memória de cálculo dos diâmetros de recalque e sucção da adutora, potência do conjunto motor bomba – Parte 2. ............................................................................................................... 104

Figura 72 - Solução alternativa para a redução de perdas de água em vazamentos na rede de distribuição. ................................................................................................................................. 105

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Figura 73 – Resultado Financeiro anual entre 1999 e 2010 para as atividades da CORSAN em Garibaldi. ..................................................................................................................................... 115

Figura 74 – Investimentos em função do Resultado Financeiro anual entre 1999 e 2010 para as atividades da CORSAN em Garibaldi. ........................................................................................ 115

Figura 75 – Demonstrações contábeis da CORSAN para o Rio Grande do Sul. ................................ 116

Figura 76 – Modelo de Referência para o desenvolvimento do sistema de informação da Agência Reguladora do Ceará (ARCE). .................................................................................................... 129

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Índice de Tabelas

Tabela 1 - Localização dos poços artesianos ......................................................................................... 20

Tabela 2: Comparação dos parâmetros químicos entre o ano de 2003 e 2006 ...................................... 28

Tabela 3: Poços profundos e forma de análise de qualidade da água. .................................................. 31

Tabela 4: Condições de operação do poço GAR 03. ............................................................................. 32

Tabela 5: Descargas mínimas e médias do arroio Marrecão; Volume do reservatório. ........................ 40

Tabela 6: Poços artesianos cadastrados no município ........................................................................... 43

Tabela 7: Projeções de demandas de Garibaldi ..................................................................................... 51

Tabela 8: Sistema de informações nacional sobre saneamento. ............................................................ 69

Tabela 9: Redes de distribuição na zuna urbana substituídas*.............................................................. 71

Tabela 10: Novas redes de distribuição implantadas na zona urbana. .................................................. 71

Tabela 11: Comprimentos de redes urbanas de cada material e diâmetro comercial. ........................... 72

Tabela 12: Reservatórios da rede de distribuição de água. ................................................................... 75

Tabela 13 – População censitária para Garibaldi entre 1970 e 2010 .................................................... 81

Tabela 14 – Vazão urbana de abastecimento estimada até o ano de 2032 considerando perdas de 34,46% conforme observado em SNIS (2009). ............................................................................. 82

Tabela 15 - Sugestões de itens a serem verificados em inspeções sanitárias de soluções alternativas coletivas desprovidas de distribuição por rede e soluções individuais:......................................... 86

Tabela 16 - Vazão estimada e necessidade de reservação de água tratada para o município de Garibaldi para uma taxa de crescimento médio de 1,82% ao ano. ................................................................ 90

Tabela 17 - Vazão estimada e necessidade de reservação de água tratada para os Bairros Chácaras, Juventude, Vale dos Pinheiros e Peterlongo no município de Garibaldi para uma taxa de crescimento médio de 4,23% ao ano. ............................................................................................ 91

Tabela 18 - População estimada que ocupará os novos lotes / edificações residenciais a partir do ano de 2013 na zona Oeste de Garibaldi. ............................................................................................. 92

Tabela 19 - Ações de eventos gerais de emergência e contingência. .................................................. 109

Tabela 20 - Estimativa simplificada dos custos dos cenários para o abastecimento. .................................... 110

Tabela 21 – Estimativa salarial com encargos sociais para a CORSAN em Garibaldi. ...................... 112

Tabela 22 – Estimativa salarial com encargos sociais para uma possível autarquia em Garibaldi. .... 113

Tabela 23 – Tarifário em R$ para faixas de consumo em diversos serviços autônomos. ......................... 117

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Tabela 24 – Estimativa de valores a indenizar para concessionária em caso de municipalização dos serviços de água e esgoto de acordo com os investimentos dos demonstrativos contábeis entre 1999 e 2010. ..... 121

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Índice de Quadros

Quadro 1 – Relação dos poços tubulares............................................................................................... 30

Quadro 2 - Redes de fibrocimento (FC) que devem ser substituídas e o investimento total acumulado em 10 anos. .................................................................................................................................... 93

Quadro 3 – Relatório Financeiro da concessionária responsável pelo abastecimento de água para o município de Garibaldi – RS entre os anos de 1999 e 2010. ....................................................... 114

Quadro 4 – Estrutura Tarifária em R$ (Reais) da CORSAN de Garibaldi a partir de julho de 2011. 118

Quadro 5 – Fator exponencial (n). ...................................................................................................... 119

Quadro 6 – Principais comparativos entre Departamentos, Autarquias e Empresas........................... 122

Quadro 7 – Fatores positivos e negativos da implantação de autarquias. ........................................... 123

Quadro 8 – Metas gerais até o ano de 2032, incluindo despesas do município, loteadores, concessionária ou autarquias. ...................................................................................................... 124

Quadro 9 – Os Custos efetivos ao município, concessionária ou autarquia com perfuração de poços profundos e sem construção e ou ampliação da ETA, adutora e leitos de secagem. ................... 126

Quadro 10 – Os Custos efetivos ao município, concessionária ou autarquia sem a perfuração de poços profundos e com a construção e ou ampliação da ETA, adutora e leitos de secagem. ............... 127

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1. SISTEMA EXISTENTE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Segundo Freitas e Freitas (2005), a qualidade da água se tornou uma questão de

interesse para a saúde pública no final do século 19 e início do século 20. Anteriormente, a

qualidade era associada apenas a aspectos estéticos e sensoriais, tais como a cor, o gosto e o

odor. Métodos para melhorar o aspecto estético e sensorial da água já foram encontrados há

4.000 anos a.C., na Grécia antiga utilizavam-se técnicas como a filtração, a exposição ao sol e

a fervura para melhorar a qualidade da água.

Louis Pasteur demonstrou pela Teoria dos Germes, em 1880, como organismos

microscópicos (micróbios) poderiam transmitir doenças por meio da água. Nessa mesma

época, cientistas descobriram que a turbidez não estava somente relacionada a aspectos

estéticos. O material particulado em água poderia conter organismos patogênicos e material

fecal.

No Brasil, a vigilância da qualidade da água para consumo humano deve ser uma

atividade rotineira, preventiva, de ação sobre os sistemas públicos e soluções alternativas de

abastecimento de água, a fim de garantir o conhecimento da situação da água para consumo

humano, resultando na redução das possibilidades de enfermidades transmitidas pela água. No

Brasil, porém, foi a partir da década de 70 que o controle da qualidade da água de consumo

humano se tornou uma ação de saúde pública, quando a Portaria no 56 Bsb/77 do Ministério

da Saúde instituiu a norma de potabilidade em todo o território nacional (BRASIL, 2006).

A partir do final dos anos 80 e início dos anos 90, a definição de vigilância em saúde

pública se difunde internacionalmente como a sistemática coleta, análise e interpretação dos

dados acerca de eventos de saúde específicos que afetam a população, estando integrada com

a rápida disseminação dos dados para todos aqueles que são responsáveis pela prevenção e

controle. A vigilância em saúde pública se insere em um amplo processo de reformulação das

práticas de saúde pública nos anos 80 e 90, convertendo-se em elemento informacional

estratégico que possibilitou, em um contexto de constrangimentos fiscais, subsidiar tomadas

de decisões, avaliar a relação custo-efetividade dos programas de intervenção e estabelecer

prioridades na alocação dos parcos recursos financeiros governamentais nas políticas de saúde

(Freitas e Freitas, 2005).

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Sobre as modalidades de abastecimento de água a Portaria 2914/2011 define como

(BRASIL, 2011):

a) Sistema de Abastecimento de Água para Consumo Humano – instalação composta

por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos (desde a zona de captação até as

ligações prediais), destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável por meio

da rede de distribuição.

b) Solução Alternativa Coletiva de Abastecimento de Água para Consumo Humano –

toda modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com captação

subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de distribuição.

Para fins de monitoramento o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para

Consumo Humano (VIGIÀGUA) desmembrou o conceito de Solução Alternativa em Solução

Alternativa Coletiva de Abastecimento de Água (SAC) e Solução Alternativa Individual de

Abastecimento de Água (SAI). Entende-se por SAC aquela modalidade de abastecimento que

atende a mais de uma família, podendo ou não ter uma estrutura semelhante a um sistema de

abastecimento, mas administrada pela iniciativa privada. Já por SAI entende-se toda forma de

abastecimento individual, ou seja, unifamiliar.

Uma das principais prioridades das populações se trata do atendimento de água para

consumo humano. A mesma por características dos sistemas deve apresentar primeiramente

quantidade adequada e em seguida qualidade para suprir principalmente o abastecimento de

água para o consumo humano.

Em nível mundial o grande precursor do tratamento de água foi o médico britânico

John Snow que no século XIX estabeleceu processos desinfecção a partir da filtração lenta em

Londres, após epidemias de cólera que vitimaram milhares de pessoas.

No Brasil, uma grande evolução deu-se nas décadas de 70 e 80 com o plano nacional

de saneamento (PLANASA). Na ocasião, aproximadamente 90% da população urbana foi

atendida com água tratada. A partir destas mudanças, os padrões epidemiológicos foram

marcados pela redução da mortalidade. Tanto que Barreto (2000) apud Tsutiya (2005) relata

que os cuidados médicos e os avanços tecnológicos na área de saúde tiveram importância

secundária nos índices de expectativa de vida da população.

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Como a água é um bem a ser preservado pela sua importância, uma situação incômoda

no abastecimento são as perdas de faturamento, medida pela relação entre os volumes

faturados e os volumes disponibilizados para a distribuição. Tal situação é preocupante, pois

segundo os dados da ABES (2003) apud Tsutiya (2005) as perdas nos sistema correspondem

a uma média nacional de 40,6%. No estado do Rio Grande do Sul este índice estaria em

36,4%. Para o município de Garibaldi, dados da concessionária indicam que o índice de

perdas na distribuição estaria em torno de 30%.

Com relação às águas superficiais são apresentadas informações relativas às águas do

arroio Marrecão. Com relação à água de poços, apresentar-se-á dados de qualidade de

diversos poços distribuídos na zona urbana.

A barragem do arroio Marrecão entrou em operação em 1957, e responde por cerca de

30% do volume de águas distribuído, sendo o complemento oriundo dos poços artesianos.

O conteúdo do item 2.1, 2.2 e 2.3 são baseados no “Diagnóstico relativo ao modelo de

gestão dos serviços de água e esgoto de Garibaldi-RS (UFRGS-IPH, 2011)”. Quando

necessário, são feitas observações, inserções, ponderações, registrando-se que são feitas pelos

autores do presente Diagnóstico.

As unidades básicas que compõem o sistema de abastecimento de água são os

mananciais superficiais e subterrâneos de captação de água bruta, as estações elevatórias e

adutoras de água bruta, as Estações de Tratamento de Água (ETAs), os reservatórios, as

estações elevatórias e adutoras de água tratada, os boosters, a rede de distribuição e os pontos

de controle sanitário. Com isso, o diagnóstico buscará atender uma visão geral e ampla da

situação do abastecimento em Garibaldi - RS.

O serviço de abastecimento de água para consumo humano no município de Garibaldi

é gerenciado pela CORSAN, a qual atende cerca de 97% da demanda hídrica da zona urbana

do município. O restante, cerca de 3%, é realizado através de ligações desconhecidas. Como

um todo, considerando além da zona urbana a rural, a CORSAN atende cerca de 86% do

município, portanto os poços e outras fontes de água correspondem a aproximadamente 14%

da demanda hídrica rural. A captação de água superficial é realizada na represa do arroio

Marrecão, correspondente a 30% do volume de água distribuído, sendo o complemento

oriundo de 12 poços artesianos. O abastecimento público atende 26.254 pessoas na área

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urbana e 2.825 na área rural, totalizando um montante de 29.079 habitantes. Segundo

informações da CORSAN, o município possui em torno de 9.674 ligações de água, sendo

98,41% com hidrômetro.

O monitoramento da qualidade da água dos poços subterrâneos é realizado

diariamente pela equipe técnica da CORSAN. A água da barragem é bombeada para a ETA,

sendo seu monitoramento realizado de hora em hora. Nos poços utilizados para a

complementação do abastecimento público, o tratamento da água consiste apenas nas etapas

de desinfecção e fluoretação.

A Vigilância Sanitária do Município mantém o cadastro do SISÁGUA através de uma

atualização mensal, com os dados de monitoramento da qualidade da água estabelecidos pelo

Ministério da Saúde. O Sistema SISÁGUA compreende o envio on-line de dados dos

resultados de coletas de amostras de água em itens que envolvem o controle (efetuado pelos

proprietários dos poços conforme legislação) e a vigilância (efetuada pela Vigilância

Sanitária).

No município estão cadastrados poços nas categorias Sistema de Abastecimento de

Água, Solução Alternativa Coletiva e Solução Alternativa Individual. (SECRETARIA

MUNICIPAL DE SÁUDE, 2010)

O Sistema de Abastecimento de Água compreende os poços existentes sob a

responsabilidade da CORSAN e que abastecem o município. As Soluções Alternativas

Coletivas aplicam-se em áreas urbanas e rurais e compreende os poços de captação de água

subterrânea que abastecem comunidades rurais (com a população concentrada), grupos de

famílias nas comunidades rurais e empresas do município, onde a água é usada para o

consumo de famílias ou, no caso das empresas, de muitas pessoas. Por sua vez, as Soluções

Alternativas Individuais são indicadas para áreas onde a população vive de forma mais

dispersa, e compreende poços de captação de água subterrânea que abastece apenas um

domicílio ou poucas pessoas que não têm acesso à rede pública de abastecimento de água

(SECRETARIA MUNICIPAL DE SÁUDE, 2010).

A tabela 1 apresenta os poços artesianos do Sistema de Abastecimento de Água

encontrados em Garibaldi e suas respectivas coordenadas.

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Tabela 1 - Localização dos poços artesianos

Localização Coordenadas

Poço – BOR – 01 – Bairro Borghetto 29º12712’/51º30951’

Poço – GAR – 03 – Bairro Garibaldina 29º12687’/51º32152’

Poço- GA – 01 – Rua Ercílio Flores 29º16084’/51º30052’

Poço – GA – 02 - Rua Ercílio Flores 29º15780’/51º30499’

Poço – GA - 03 – Rua João Goulart 29º14544’/51º31552’

Poço – GA – 08 – RST 470 – Silo da Cesa 29º1557’/51º31229’

Poço – GA – 10 – Rua Antônio Bortolini 29º14932’/51º31256’

Poço – GA – 12 – Bairro Vale Verde 29º14325’/51º31468’

Poço – GA – 16 – Rua Vicente Faraon 29º15511’/51º31120’

Poço – GA – 17 – Rua 7 de Setembro – Bairro Cairú 29º15316’/51º30819’

Poço – GA – 22 – Bairro Santa Terezinha 29º14638’/51º31727’

Poço Tam 1 – Bairro Tamandaré Rua José Gava

Fonte: Plano Ambiental do Município de Garibaldi (2011)

1.1. INFRAESTRUTURA DE ESCRITÓRIO / LOJA

A sede da CORSAN de Garibaldi está localizada junto a barragem Santa Mônica,

sendo de acesso fácil para a população, devido as proximidades da principal avenida do

município. Nas instalações do escritório existem cores indicativas de que ali funciona a base

operacional com o horário de funcionamento. A edificação onde a mesma está localizada se

encontra em bom estado de conservação. O mobiliário, piso, pintura, extintores de incêndio,

temperatura ambiente, banheiros e instalações em geral são adequados em relação aos

aspectos estéticos e funcionais. Há ventilação natural, condicionadores de ar.

Não ocorre distribuição de senha para a população, contudo, os recursos humanos

para recepção ao público são adequados, visto que não ocorreu formação de filas para

atendimento no momento da vistoria. Alem disso, percebeu-se o uso de fardamentos

adequados que identificam os funcionários, juntamente com os crachás. O escritório é

informatizado, havendo computadores, impressoras e fax. A empresa possui sítio eletrônico

(www.CORSAN.com.br) e telefone 24 horas gratuito (0800 646 644) para contato, ainda

assim não se verificou a existência de telefones da agência reguladora do serviço. A

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quantidade de veículos para atendimento das diversas atividades pareceu inadequada já que

segundo informações o gerente por vez utiliza-se de automóvel próprio.

1.2. INFRAESTRUTURA E QUALIDADE DA ÁGUA CAPTADA NA BARRAGEM DO

ARROIO MARRECÃO

Alguns indícios de vegetação mostram que há manutenções com pouca periodicidade.

Pelo tamanho das portas de acesso para a captação e primeiro recalque, verifica-se que existe

facilidade na retirada e instalação de bombas quando for necessárias manutenções. Em visita

com o gerente da CORSAN avaliou-se a situação interna a casa de bombas, ou a conservação

dos conjuntos motor bomba, estando os mesmos em paralelo em caso de pane. O dispositivo

de captação é do tipo tomada d’água. Como existem patamares, passadiços, corrimãos,

verificaram-se segurança na operação dos sistemas quanto à circulação, permitindo livre

circulação de operários. O sistema possui hidrômetro, horímetro e sistema e válvula de

retenção.

Há 02 (dois) conjuntos motor/bombas (uma delas reserva) e que trabalham abaixo da

cota de tomada. Como a captação é junto ao escritório central não há base operacional

especifica. Verificou-se que os motores possuem potência de 30 cv cada, capaz de atender

uma vazão de 39 L/s. A altura de recalque é aproximadamente 20 m até a ETA. Nas figuras 1

e 2 observa-se a tomada d’água e o primeiro recalque, e, nas figuras 3 e 4, o conjunto motor

bomba e quadro comando.

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Figura 1: Tomada d’água. Figura 2: Primeiro recalque.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Figura 3: Conjunto motor/bomba. Figura 4: Quadro comando do primeiro

recalque.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Na captação as cores características da empresa prestadora do serviço estão presentes

na edificação. Como há cercamento no entorno, esta medida garante proteção sanitária

próximo a captação e no início da adução. Segundo representantes da CORSAN, as inspeções

sanitárias são realizadas através da coleta e monitoramento da água bruta que é enviada ao

laboratório central da companhia na capital.

Garibaldi é uma das cidades turísticas da Serra Gaúcha, parcialmente abastecida por

captação de água na represa do arroio Marrecão, que apresenta problemas, os quais tem sido

superados por intervenções da CORSAN. A referida empresa abastece com água tratada cerca

de 29.000 usuários no município de Garibaldi, com o consumo médio de 155.000 m³/mês,

sendo que deste total, 70% do volume (108.000 m³/mês) são oriundos de águas subterrâneas

(poços) e os outros 30% (46.500 m³/mês) são provenientes de águas superficiais, mais

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especificamente, através da barragem do Arroio Marrecão. A mesma tem um volume total de

acumulação segundo a CORSAN de 346.102 m³. O mesmo seria suficiente para abastecer a

população urbana (34.000m³/mês) do município por um período consecutivo de 10 meses

considerando a área de cobertura atual da barragem, caso o abastecimento dependesse única e

exclusivamente deste manancial. A outorga pelo uso da água da Barragem Marrecão foi

obtida em 18 de fevereiro de 2004.

A primeira intervenção de desassoreamento feita na bacia de acumulação da barragem

do arroio Marrecão foi feita em junho de 2004, quando grande volume de lodo e sedimentos

foi retirado. A presença deste material deve-se principalmente à intervenção antrópica no

meio, causando o aporte excessivo de areia e argila oriundos de obras à montante da

barragem, devido à terraplenagens nas rodovias RST 453 e 470 (Rota do Sol). As águas

afluentes compõem-se tanto das águas do próprio arroio, bem como de outros sistemas de

drenagem que afluem para o mesmo, como os próprios sistemas de drenagem das águas

pluviais e cloacais das áreas urbanas que também carreiam partículas sólidas.

As principais consequências da presença de sedimentos nos reservatórios são

assoreamento, isto é, sedimentação dos sólidos com redução da capacidade de reservação,

aumento da turbidez com consequente redução da zona fótica, aporte de nutrientes e de

microrganismos patogênicos.

Em termos quantitativos, esse volume por si só é pouco representativo quando se

refere à quantidade de água disponível para o abastecimento do município, pois representa

cerca de 18% do volume total armazenado, que significaria o abastecimento da cidade por

menos de 2 meses. Porém, do ponto de vista qualitativo, a presença desse material traz

prejuízos a este manancial. A redução da profundidade do lago devido ao assoreamento e a

presença de matéria orgânica não totalmente degradada depositada ao fundo, favoreceram a

proliferação de algas e de vegetação flutuante, que, por sua vez, conduziram à redução da

incidência dos raios solares sobre a superfície da água, reduzindo as capacidades naturais de

autodepuração do corpo hídrico. Com o propósito de melhorar a qualidade da água e ainda

aumentar o volume de armazenamento, a CORSAN iniciou em junho de 2004, o

desassoreamento do manancial de captação.

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A figura 5 mostra a situação da barragem antes de efetivamente iniciarem-se os

serviços de remoção do lodo, percebendo-se praticamente toda a superfície do lago tomada

por vegetação flutuante típica de ambiente eutrofizado.

Figura 5: Situação da barragem do arroio Marrecão, antes do início do desassoreamento.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

A espessura das camadas de lodo removidas da bacia da barragem, observada nas

figuras 6 e 7 variaram de 0,5m a 2,5m.

Cabe destacar que na ocasião da primeira audiência pública referente ao Diagnóstico

dos Serviços de Água e Esgotos, em 12.04.11, um dos presentes afirmou que em uma

determinada zona do fundo do reservatório o material sedimentado não chegou a ser

removido. Ou seja, a capacidade de reservação do lago não teria sido recuperada de forma

satisfatória. O autor da afirmação declarou ter fotos da situação que prevalecia quando do

preenchimento do lago de acumulação.

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Figura 6: Sequencia gráfica relativa ao processo de retirada de lodo da barragem

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

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Figura 7: Manancial com espessa camada de macrófitas sobrenadantes

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

A presença da vegetação aquática flutuante, constituída por salvíneas (marrequinhas),

cujas espécies costumam se desenvolver em ambientes com altas concentrações de matéria

orgânica evidenciou a grande quantidade de esgoto cloacal afluente ao manancial. Devido ao

alto consumo de oxigênio dissolvido, ocorreu mortandade de peixes no manancial. Na

operação de desassoreamento de 2004 procedeu-se a total retirada das salvíneas da superfície

do manancial, com remoção em torno de 80% do material de fundo, sendo este fato entendido

como positivo no que se refere aos ganhos qualitativos da água.

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Figura 8: Retirada das macrófitas da superfície do manancial.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

Quando do rebaixamento do nível da barragem, para a operação de desassoreamento,

evidenciaram-se várias entradas clandestinas de esgoto doméstico in natura, em diversos

pontos no entorno da barragem, como pode ser observado na figura 9.

Figura 9: Aportes clandestinos de esgoto doméstico à bacia da barragem.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

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A situação operacional da barragem encontrava-se estabilizada, ou seja, a mesma

havia sido completamente suprida de água bruta com uma completa renovação e circulação da

água de captação para a ETA.

Contudo, aspectos qualitativos da água bruta, comparados com os de antes do serviço

de desassoreamento, não apresentaram melhora significativa. Pelo contrário, a retirada das

macrófitas da superfície e a contínua descarga de efluentes líquidos sem tratamento na sub-

bacia de captação do arroio Marrecão, acarretou uma rápida proliferação de algas cianofíceas,

dificultando o tratamento da água.

A tabela 2 apresenta uma comparação de dados qualitativos e quantitativos de

produtos químicos necessários ao tratamento da água bruta na ETA no ano 2003 (antes de

qualquer intervenção de limpeza no arroio) e 2006 (após limpeza e normalização do nível de

abastecimento).

Tabela 2: Comparação dos parâmetros químicos entre o ano de 2003 e 2006

Ano 2003 Ano 2006

Matéria Orgânica 6,9 mg/L 8,0 mg/L

Sulfato 1.136 Kg/mês 1.566,6 Kg/mês

Cloro 183 Kg 396,6 Kg

Carbonato de cálcio 64 Kg 383,2 Kg

Carvão ativado 655 Kg 1591,5 Kg

Permanganato de potássio - 23,7 mg/L

Manganês 0,02 mg/L 0,45 mg/L

Oxigênio dissolvido 5,8 mg/L O2 1,3 mg/L O2

Alcalinidade 17 mg/L CaCO3 24 mg/L CaCO3

Dureza 16 mg/L CaCO3 21 mg/L CaCO3

Fonte: Laboratório US de Garibaldi – CORSAN

Os resultados demonstram que a retirada das macrófitas da superfície da sub-bacia

permitiu maior incidência de luz solar no espelho d’água, favorecendo a floração de algas

(figura 10) devido a fácil realização de fotossíntese combinada com a grande oferta de

nitrogênio e fósforo no corpo hídrico. Estas algas, do tipo Microcystis sp. (microcistina) e

Anabaena sp. (anabena), dentre outras, produzem toxinas através da sua própria degradação

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ou em contato com cloro, liberando, também, odor, sabor e ocasionando problemas de

operação como a colmatação dos filtros nas ETAs e maior consumo de produtos químicos no

processo de tratamento.

Figura 10: Cor verde, indicativa de cianobactérias na bacia da barragem

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

A CORSAN, através de seus técnicos em tratamento e microbiologia, monitora a

proliferação de algas, adotando as medidas necessárias para que a água distribuída à

população esteja dentro das especificações da Secretaria da Saúde. Contudo, atitudes pró-

ativas devem ser tomadas para evitar a degradação da sub-bacia que reflete problemas de

esgoto e possíveis contaminações de indústrias que não se tenha conhecimento.

Em síntese pode-se dizer que não ocorre perímetro de proteção sanitária (cercamento ou

outras medidas de contenção) no manancial nas proximidades da área de captação, ocorrendo

fragilidade na sinalização que o mesmo pertence à área destinada ao abastecimento. No

entorno ocorrem residências com ausência de mapeamento e ou inspeções sanitárias.

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1.3. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS POÇOS

Atualmente um total de 12 poços profundos atendem cerca de 70% da demanda

municipal de água (108.500m³/mês). Todos são monitorados quanto à qualidade da água com

relação aos seguintes parâmetros indicadores, segundo as folhas de “controle operacional de

poços/fontes”, disponibilizadas pela CORSAN: cloro residual, fluoretos, turbidez, cor, pH,

odor e gosto. Os diversos meses de resultados de amostragens são realizados mensalmente

para diversos poços ao longo do ano 2008 caracterizam-se por restrita variabilidade nos

resultados. Segundo a CORSAN, os resultados apresentados estão dentro dos parâmetros

estabelecidos Portaria Nº 2914 DE 12/12/2011 do Ministério da Saúde (dispõe sobre os

procedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu

padrão de potabilidade).

Dos poços profundos que abastecem a municipalidade, alguns são monitorados

individualmente, enquanto que outros tem suas vazões unificadas, procedendo-se a uma

amostragem representativa da qualidade da água de cinco poços. A tabela 3 e o quadro 1

apresentam a relação dos poços profundos, declarando quais são analisados individualmente e

quais o são de forma reunida.

Quadro 1 – Relação dos poços tubulares

Fonte: CORSAN, 2012.

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Tabela 3: Poços profundos e forma de análise de qualidade da água.

Poço Profundo Tipo de controle

GA 01 Individual

GA 03 Individual

GA 09 Individual

GA 12 Individual

GA 22 Individual

GA 10 Individual

GA xx Reunido*

GA 02 Reunido*

GA 08 Reunido*

GA16 Reunido*

GA 17** Reunido*

TAM 01 Individual

*Procede-se a uma análise com amostra unificada para os cinco poços.

** Hidrômetro não está funcionando.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

A seguir é apresentado dados relativos aos poços tubulares profundos para localidade

de Tamandaré e Garibaldina.

• Poço TAM 01 – localidade de Tamandaré

O poço TAM 1 tem 123 metros de profundidade e uma vazão que chega a 14m³/h. O

mesmo retornou a operar em 2012 (estava fora de operação desde meados de novembro de

2009). Segundo informações do gerente da CORSAN, acresceu em 1300 m³/mês a

disponibilidade de água devido a este poço. Até o presente momento a (16 de julho de 2012) a

concessionária não passou as plantas da localidade mostrando as redes de abastecimento.

• Poço GAR 03 – localidade de Garibaldina

Este poço tem uma profundidade de 140 metros e uma vazão de 45m³/h. A tabela 4

apresenta as condições operacionais do poço GAR 03. Segundo informações, o hidrômetro

não está funcionando.

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Tabela 4: Condições de operação do poço GAR 03.

Data Volume total

(m³)

Horas de

recalque

Vazão (m³/h) Volume

mínimo

Volume

médio

Volume

máximo

01/2010 6.330,00 422 15,00 75 204 315

02/2010 5.595,00 373 15,00 75 200 315

03/2010 6.675,00 445 15,00 150 238 465

04/2010 5.700,00 380 15,00 0 190 300

05/2010 6.501,00 474 13,72 95 210 336

06/2010 4.944,00 412 12,00 96 165 228

07/2010 4.992,00 415 12,00 84 161 288

08/2010 5.112,00 426 12,00 24 165 228

09/2010 4.764,00 397 12,00 60 159 276

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

Da figura 11 até a figura 16, apresentam a localização aproximada de alguns poços

profundos, que atendem a maior parte da água consumida em Garibaldi.

Figura 11: Poços profundos GA-01, GA-02 e GA-08.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011.

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Figura 12: Poço profundo GA-03.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

Figura 13: Poço profundo GA-10.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

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Figura 14: Poço profundo GA-16.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

Figura 15: Poço profundo GA-17.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

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Figura 16: Poço profundo GA-22.

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

Pode-se dizer que os poços operados pela CORSAN são facilmente identificados, com

acesso fácil, existindo iluminação nos trabalhos noturnos, não sendo identificado fontes

poluidoras como fossas, por exemplo. A saliência do tubo acima da laje é maior do que 50 cm

e a laje possui área aproximada de 1,0 m², sendo superior a 15 cm de espessura. Há

declividade do centro para a borda, com facilidade de manutenção e instalações elétricas

adequadas. As condições de manutenção do quadro de força são boas. Na figura 17,

observam-se os poços 03, 22 e 10.

Figura 17: Poços 03, 22 e 10 de abastecimento de água operados pela CORSAN.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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Na zona rural do município cerca de 9,9% da população é atendida por poços

superficiais, profundos das associações hídricas ou pequena parcela por fontes naturais. Os

poços profundos são gerenciados por associações hídricas a um custo aproximado mensal de

R$ 35,00 por unidade habitacional que equivale a 1,0 m³ para cada kwh consumido de

energia. Foram regularizados 25 poços com infraestrutura adequada com apoio do governo

estadual, cada qual contabilizando R$ 7.000,00 de investimentos. Os poços possuem

responsável técnico, sistema cloração e são monitorados pela vigilância sanitária.

Como características principais verificadas, o poço da associação Santo Antônio do

Araripe encontra-se a distância inferior a 30 m do córrego, enquanto o poço da comunidade

de Linha Anunciação também está em área considerada APP com distâncias inferiores a 50 m

e 30 m de nascentes e córregos, respectivamente, o mesmo ocorrendo para o segundo em

relação ao poço de Vacaro em Linha São José da Costa Real. No sistema da Associação

Águas Claras, a qualidade de água apresenta características de potabilidade, bem como

ausência de odor, sabor, cor e cheiro.

Especula-se que há quantidades significativas de poços rurais pertencentes à Bacia

Taquari-Antas que estariam contaminados por residuais recalcitrantes persistentes de uso

agrícola. Como o setor agrícola faz uso destes defensivos é possível à contaminação, contudo,

resta saber se os mesmos encontram-se em concentrações identificáveis e prejudiciais ao ser

humano.

Nas figuras 18 a 27 observa-se uma amostragem da situação dos poços. Através da

figura 19, se pode observar a proximidade do arroio e do poço localizados em distância

inferior a 30m entre eles.

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Figura 18: Poço da associação hídrica

Santo Antônio do Araripe.

Figura 19: Poço da associação hídrica

Santo Antônio do Araripe

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Figura 20: Poço da associação hídrica da

Comunidade de Linha São Jorge.

Figura 21: Poço da associação hídrica da

Comunidade de Linha São Jorge.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Figura 22: Poço da comunidade de Linha

Anunciação

Figura 23: Poço da comunidade de Linha

Anunciação

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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Figura 24: Poço Vacaro em Linha São José

da Costa Real

Figura 25: Poço Vacaro em Linha São José

da Costa Real

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Figura 26: Poço da Associação Águas Claras

em Linha Marcílio Dias.

Figura 27: Poço da Associação Águas Claras

em Linha Marcílio Dias.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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1.4. RECURSOS HÍDRICOS

1.4.1. ÁGUAS SUPERFICIAIS

Atualmente Garibaldi explora águas superficiais do reservatório do arroio Marrecão, e

águas subterrâneas de 12 poços em atividade.

O arroio Marrecão, que nasce na área urbana, passando por alguns bairros, é o maior

curso d´água de Garibaldi. A SMMA de Garibaldi, em conjunto com a Secretaria Municipal

da Saúde e com a Secretaria de Obras, realizou em 2003 e 2004 o “Levantamento das Fontes

Poluidoras Visíveis no Arroio Marrecão”. O levantamento cobriu o trajeto desde a descarga

da barragem até as imediações da ponte do Araripe. Constatou-se que apesar da beleza

paisagística do trajeto, havia pontos críticos de degradação ambiental devido ao lançamento

de efluentes domésticos e industriais. O referido levantamento propiciou a expedição de 212

notificações aos moradores do entorno, para que procedessem a instalação de fossa, filtro e

sumidouro, sempre que fosse o caso. Em 2004 os trabalhos das secretarias municipais tiveram

sequencia com a realização de estudos na parte canalizada do arroio, numa faixa de 30 metros

para ambos os lados da canalização. Na ocasião verificou-se a existência ou não de sistemas

de tratamento de efluentes, o que levou a mais 340 notificações expedidas.

O manancial selecionado para abastecimento das cidades de Garibaldi é o Arroio

Marrecão para Garibaldi. Através da regionalização de vazões, a CORSAN chegou que o

Arroio Marrecão e sua bacia de contribuição seriam capazes de reservar aproximadamente

360.000 m³ com área de alague de 51,5 ha. Para tanto, a capacidade de reservação real é de

346.102 m³, muito semelhante à capacidade calculada, confirmando o acerto do método de

regionalização.

No curso de água é necessário reservatório de regularização e acumulação em função

da demanda ser muito superior às vazões mínimas determinadas para este curso de água. A

capacidade do reservatório (barragem) foi determinada em função da vazão mínima de 90 dias

deste curso de água. Na tabela 5 são apresentadas as vazões determinadas para o curso de

água e a capacidade de acumulação do reservatório.

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Tabela 5: Descargas mínimas e médias do arroio Marrecão; Volume do reservatório.

S (Km²) Q (L/s)

QMin 41,98 6.36

Q30Min 41,98 34.97

Q60Min 41,98 40.26

Q90Min 41,98 55.10

Qmedia 41,98 1084,70

Demanda 101,36

Compensação 46,26

Volume do reservatório (m³) 359738

Fonte: UFRGS-IPH, 2011.

As estimativas de descargas do arroio Marrecão foi elaborada a partir da

regionalização da Estação Linha Colombo no rio Guaporé, bacia do Rio Taquari.

− Estação: 86560000

− Nome da estação: Linha Colombo

− Curso de água: Rio Guaporé

− Cidade: Guaporé

− Entidade Responsável: ANA

− Área de Drenagem: 1980 km2

− Latitude: 28°54’42”

− Longitude: 51°57’11”

− Início operação: 01/1940

− Final da operação: em operação

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1.4.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Setenta por cento da população de Garibaldi é abastecida por 12 poços de associações

hídricas a qual a CORSAN é responsável pelo monitoramento e qualidade. Na tabela 6 são

apresentados poço tubulares privados cadastrados na SMMA, em 2011, porém existe diversos

poços artesianos abertos sem autorização no município. A relação e localização dos poços

artesianos cadastrados é apresentada na referida tabela.

A Agência Nacional da Água (2010) refere uma possível implantação de um conjunto

de cinco novos poços artesianos (figura 28), com base em informações disponibilizadas pela

CORSAN à referida agência. Este conjunto de poços, que asseguraria o abastecimento até o

ano 2025 ou 2027, teria as seguintes características:

- Vazão total = 26,4 L/s (com perdas de 29,41%, seriam disponibilizados 18,64 L/s);

- Tratamento simplificado;

- Custo: R$ 5.747.000,00 (estimativa CORSAN)

Os cinco poços alimentariam a um sistema de tratamento central, através de cinco

linhas de PVC de FoFo de 200 metros.

Para efeitos comparativos, cabe considerar que o conjunto de 12 poços atualmente em

exploração pela CORSAN aportam 41,85 L/s ao sistema, e a ETA situada junto à barragem do

arroio Marrecão, 17,93 L/s.

O elevado valor do investimento nestes cinco novos poços leva a intuir (não foi

encontrada referência a detalhes do possível empreendimento) que os poços irão explorar o

aquífero Guarani. Na região o mesmo deve situar-se a uma profundidade de cerca de 800m.

Perfurações desta magnitude tem custos significativos, devido à tecnologia e equipamentos

utilizados na perfuração e operação dos mesmos.

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Figura 28: Cinco novos poços artesianos (ANA, 2010).

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Tabela 6: Poços artesianos cadastrados no município

Finalidade de uso

Localização

Coordenadas

1

Abastecimento humano

Estrada linha São Miguel, s/n -São

Miguel

29 14’54’’ S /

51 30’23’’ W

2

Dessedentação animal Bairro Borghetto

29 13’07,72’’ S /

51 32’29,28’’ W

3 Abastecimento humano e lavagem de

veículos Rodovia RST 470, km 60

29 15’73’’ S /

51 31’92’’ W

4 Lavagem de veículos e consumo

humano

Estrada RST 470, km 222 - Bairro

Garibaldina

29 13’06,08’’ S /

51 31’02,16’’

5 Consumo humano e industrial na

fabricação de móveis

RST 453, km 90 (rota do sol) - zona

industrial

29 16’56’’S /

51 33’09,1’’W

6

Abastecimento humano

Estrada RST 470, km 470 +850m -

Bairro Garibaldina

29 12’18,29’’ S /

51 31’ 01,29’’

7

Consumo humano Bairro Borghetto

29 13’10’’ S /

51 32’03’’ W

8

Consumo humano Bairro Garibaldina

29 11’55’’ S /

51 31’44’’ W

9

Irrigação

Estrada VRS 313, 201 - bairro São

Miguel

29 15’ 45,49’’ S /

51 29’59,63’’

10 Abastecimento humano, comercial e

uso urbano RST 470, km 225

29 14’41’’ S /

51 31’04’’ W

11

Irrigação

Rua Padre Anchieta, 1805 - bairro

Alfândega

29 16’15,97’’ S /

51 31’20,87’’ W

12 Dessedentação animal e industrial na

construção civil

Rua Antonio Grigoletto - vale dos

Pinheiros

29 16’00,2’’ S /

51 32’20,57’’ W

13 Uso industrial no incubatório e

consumo humano Rua Figueira de mello, s/n, km 02

29 15’48,3’’ S /

51 32’55,8’’

14 Uso industrial no incubatório e

consumo humano Rua Figueira de Mello, s/n, km 02

29 15’8’’ S /

51 32’54’’

15 Abastecimento humano e uso

industrial no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3, s/n

29 16’18,8’’ S /

51 33’42,8’’

16

Irrigação Rua João Romio, s/n

29 16’15,90’’ S /

51 32’06,81’’

17

Irrigação e dessedentação animal

Rua Ercílio José Flores, 1115 - bairro

José Flores

29 15’55,44’’ S /

51 30’ 11,13’’W

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18 Abastecimento humano e uso

industrial na fabricação de rações Rst 453, km 88,6, s/n

29 17’30,3’’ S /

51 34’32,4’’

19

Irrigação e dessedentação animal Linha São Miguel

29 14’10,32’’ S /

51 30’22,62’’

20 Abastecimento humano e industrial

na produção de pintos Rst 453, km 88, s/n - Rota do Sol

29 17’23’’ S /

51 34’44,6’’

21

Uso industrial na vinícola Linha Araújo e Souza, s/n

29 15’18’’ S /

51 36’02,5’’ W

22

Irrigação

Rua João Romio, s/n - bairro

Alfândega

29 16’18,5’’ S /

51 31’52’’

23 Uso indústria na fabricação de vinhos

e espumantes e na limpeza de pipas e

outros

Avenida Garibaldina, 32 - Vale dos

Vinhedos

29 12’32,5’’ S /

51 31’47,8’’

24

Irrigação e uso em aviário Linha São Luiz do Araripe

29 14’33,20’’ S /

51 33’7,72’’ W

25 Uso industrial na fabricação de

vinagres e refrigerantes e consumo

humano Rst 470, km 226,5

29 16’29,4’’ S /

51 29’40,1’’ W

26

Irrigação Rua Nossa Senhora do Carmo

29 16’22’’ S /

51 31’ 19’’ W

27 Irrigação de campo de futebol e

piscina

Rua Antônio Bortolini,400 - bairro

São José

29 15’02,02’’ S /

51 31’ 11,11’’ W

28

Consumo humano

Rua São José da Costa Real - Santo

Alexandre

29 12’15,1’’ S /

51 36’51,48’’ W

29

Dessedentação animal

Linha Figueira de Melo, s/n - São

Roque

29 15’57,3’’ S /

51 33’59’’ W

30 Uso industrial na fabricação de

artefatos de metal Rst 470, km 223, prédio a

449945 E /

6767009 N

31

Uso industrial Rua João Goulart, 14

29 14’29’’ S /

51 31’9’’ W

32

Uso industrial Rua João Goulart, 14

29 14’44’’ S /

51 31’59’’ W

33

Uso industrial e de avicultura Linha São Miguel, 24

29 14’30’’ S /

51 31’30’’ W

34

Uso industrial e de avicultura Linha São Miguel, 24

29 14’20’’ S /

51 31’15’’ W

35

Uso industrial e de avicultura Linha São Miguel, 24

29 14’08’’ S /

51 31’15’’ W

36

Uso industrial e de avicultura Linha São Miguel, 24

29 14’13’’ S /

51 31’28’’ W

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37

Irrigação

Rua São Roque Figueiro de Melo,

s/n

29 14’10,5’’ S /

51 34’128’’ W

38

Uso industrial na metalúrgica

Rua Alencar Araripe, 1159 - bairro

Simonaggio

29 14’51,9’’ S /

51 32’30,2’’ W

39

Uso industrial na metalúrgica

Rua Alencar Araripe, 1159 - bairro

Simonaggio

29 14’54,8’’ S /

51 32’32,8’’ W

40

Irrigação e lazer Rua Presidente Vargas, 201

29 15’19,82’’ S /

51 31’42,62’’ W

41

Uso industrial Rua João Pessoa, 255 - bairro Centro

29 15’04,5’’ S /

51 31’48,6’’ W

42

Uso industrial na metalúrgica Rua Natano Giongo, 410

449267 E /

6761249 N

43

Irrigação

Rua Buarque de Macedo, 2591 -

bairro centro

448710 E /

6763072 N

44

Irrigação

Rua 14 de Julho, 840 - bairro

Chácaras

447271 E /

6763581 N

45

Irrigação e dessedentação animal Bairro Garibaldina

29 12’52’’ S /

51 31’24’’ W

46

Irrigação Rua São Miguel

29 14’21’’ S /

51 29’45’’ W

47

Uso industrial Rst 470, km 222

449682 E /

6767151 N

48

Irrigação Rua Arduino d`arrigo, 282

29 15’34,2’’ S /

51 31’55’’ W

49

Irrigação e dessedentação animal Rua São Miguel

29 13’47,35’’ S /

51 29’58,28’’ W

50

Uso industrial Rua João Pessoa, 255 - bairro Centro

29 15’04,5’’ S /

51 31’48,6’’ W

51

Uso industrial

Rua Irmão José Sion, 390 - bairro

centro

29 15’21,82’’ S /

51 32’02,85’’ W

52

Uso industrial na padaria e confeitaria

Rua Buarque de Macedo, 3252 -

bairro Centro

448.444,44 E /

6.763.682,43 S

53

Irrigação

Rua Belmro Agostini, 200 -bairro

Centro

29 15’32,4’’ S /

51 31’56,4’’ W

54

Irrigação

Av. Presidente Vargas, 561 - bairro

Centro

29 15’17’’ S /

51 31’28,3’’ W

55

Uso industrial na vinícola

Avenida Rio Branco, 210 - bairro

Centro

448.826,27 mE /

6.763.430,31 mN

56

Irrigação e consumo humano Rsc 470, km 223,3

29 13’43’’ S /

51 30’43,5’’ W

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57

Irrigação Rua São Miguel

29 14’06,3’’ S /

51 30’03,9’’ W

58 Uso industrial na fabricação de

móveis Rua Buarque de Macedo, s/n

449279 E /

6761485 N

59

Dessedentação animal Linha São Miguel

29 13’54,3’’ S /

51 29’51,8’’ W

60

Abastecimento humano

Rst 470, km221,6 - bairro

Garibaldina

29 12’41’’ S /

51 31’02’’ W

61

Uso industrial na metalúrgica Rua José Gava, s/n

29 12’25,1’’ S /

51 30’51,5’’ W

62

Irrigação Linha São Miguel

29 12’25,1’’ S /

51 30’51,5’’ W

63 Abastecimento humano e industrial

na usina de concretos

Estrada acesso norte, 760 - bairro

Borghetto

29 14’08,5’’ S /

51 31’18,6’’ W

64

Irrigação e aquicultura Linha São Miguel, 1635

29 14’17,8’’ S /

51 29’46,7’’ W

65

Limpeza em geral e banhos Rst 470, km 225 - bairro Industrial

29 14’25,33’’ S /

51 31’8,97’’ W

66

Limpeza em geral e banhos Rst 470, km 222 - bairro Industrial

29 12’20,05’’ S /

51 30’59,33’’ W

67 Uso industrial na lavagem de peças

da indústria metalúrgica, carros e

caminhões Rst 470, km 221,5

29 12’54,6’’ S /

51 31’10,09’’ W

68 Uso industrial na fabricação de

concreto Rst 470, km 224,7 - bairro Industrial

28 48’53,3’’ S /

51 35’53,6’’

69

Irrigação

Rua Marcelino Champagnat, 901 -

bairro Peterlongo

29 15’24,4’’ S /

51 31’59,8’’ W

70

Irrigação Estrada Figueira de Melo, s/n

29 16’07,01’’ S /

51 31’34,8’’ W

71

Residencial e abastecimento humano

Avenida Rio Branco, 1681 - bairro

Centro

6.763.443 S /

450.179 E

72 Uso industrial na lavagem de

caminhões

Rst 470, km 222,78 - bairro

Borghetto

29 13’19,8’’ S /

51 31’01,4’’ W

73

Uso industrial na fabricação de vidros

Rua Jorge Amado, 333 - bairro

Alfândega

29 16’13,09’’ S /

51 31’14,92’’ W

74

Irrigação

Rua João Romio, 800 - bairro

Alfândega

29 16’18,41’’ S /

51 31’58,01’’ W

75

Uso industrial na metalúrgica

Rua Buarque de Macedo, 336 -

bairro Alfândega

449381 E /

676135 N

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47

76 Irrigação e uso industrial na

fabricação de madeiras e embalagens Rst 470, km 223,82

29 13’54,3’’ S /

51 31’13,6’’ W

77

Dessedentação animal Estrada São Miguel

29 14’16,55’’ S /

51 32’50,02’’ W

78

Abastecimento humano Rua Figueira de Melo, s/n

29 16’50,6’’ S /

51 34’41,1’’ W

79

Abastecimento humano Rua Figueira de Melo, s/n

29 16’50,4’’ S /

51 34’39’’ W

80

Dessedentação animal Rua São Roque Figueira de Melo, s/n

29 16’17,8’’ S /

51 34’10,8’’ W

81

Uso industrial na metalúrgica Rst 470, km 224 - bairro Integração

29 14’15,81’’ S /

51 30’44,97’’ W

82

Dessedentação animal

Alameda Emidio Sartori - bairro

Borghetto

29 30’60’’ S /

51 31’19,59’’ W

83

Uso industrial na metalúrgica Rua Tramontina, 600

29 15’33,25’’ S /

51 30’59,12’’ W

84

Uso industrial na metalúrgica Rua Tramontina, 600

29 15’36,89’’ S /

51 30’50,99’’ W

85 Uso na lavanderia, caldeira de

calefação, unidades sanitárias e

irrigação dos jardins Rua João Pessoa, 47 - bairro Centro

29 15’14,3’’ S /

51 31’48,4’’ W

86 Uso industrial na fabricação de

concreto Rua Alencar Araripe, 1524

29 14’10,1’’ S /

51 32’59,4’’ W

87

Irrigação e dessedentação animal Rua são Luiz do Araripe, s/n

29 14’46,5’’ S /

51 34’46,5’’ W

88

Irrigação e dessedentação animal Rua Alencar Araripe, 4330

29 14’21,5’’ S /

51 33’55,7’’ W

89

Abastecimento humano

Estrada São Gabriel, 551 - bairro

Guarani

446.972,61 E /

6.765.307,23 S

90

Irrigação e abastecimento humano Linha São Miguel

29 15’07’’ S /

51 29’36’’ W

91 Abastecimento humano e industrial

no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3

29 15’56,4’’ S /

51 33’13,4’’ W

92 Abastecimento humano e industrial

no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3

29 15’54,6’’ S /

51 33’27’’ W

93 Abastecimento humano e industrial

no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3

29 16’39,6’’ S /

51 33’42’’ W

94 Abastecimento humano e industrial

no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3

29 16’21’’ S /

51 33’17’’ W

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48

95 Abastecimento humano e industrial

no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3

29 15’58’’ S /

51 32’37,5’’ W

96 Abastecimento humano e industrial

no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3

29 17’02,9’’ S /

51 34’20,3’’ W

97 Abastecimento humano e industrial

no abatedouro de aves Estrada São Roque, km 3

29 15’18,3’’ S /

51 33’54,9’’ W

98

Irrigação Estrada geral Borghetto

29 13‘44,9’’ S /

51 31’19,6’’ W

99

Dessedentação animal Rua Luiz Carraro, 230

29 14’19,5’’ S /

51 31’48,8’’ W

100

Irrigação Linha São Miguel

29 13’32,8’’ S /

51 29‘49,3’’ W

101

Uso industrial na metalúrgica Rst 453, km 94,60

29 16’14’’ S /

51 31’08’’ W

102

Dessedentação animal Linha Marcílio Dias

29 11’55.2’’ S /

51 35’10,8’’ W

103

Irrigação

Rua 15 de novembro, 656 - bairro

Chácaras

29 15’33’’ S /

51 32’14’’ W

104

Uso industrial na vinícola Rua João Santa Rosa, 97

29 15’38’’ S /

51 31’33’’ W

105

Uso industrial na vinícola Rua João Santa Rosa, 97

29 15’35’’ S /

51 31’36’’ W

106

Dessedentação animal Bairro Borghetto

29 13’35,24’’ S /

51 32’05,87’’ W

107

Irrigação Rst 470, km 54

29 16’01’’ S /

51 29’58’’ W

108

Uso industrial na vinícola Av. Rio Branco, 833

29 15’12’’ S /

51 31’12’’ W

109

Uso industrial na vinícola Av. Rio Branco, 833

29 15’29’’ S /

51 31’14’’ W

110

Uso industrial na vinícola Av. Rio Branco, 833

29 15’25’’ S /

51 31’17’’ W

111

Uso industrial na vinícola Av. Rio Branco, 833

29 15’25’’ S /

51 31’19’’ W

112

Uso industrial na vinícola Rua João Santa Rosa, 97

29 15’33,6’’ S /

51 31’37,8’’ W

113

Irrigação Rua Perimetral, 681 - bairro São José

29 14’49’’ S /

51 31’27’’ W

114 Irrigação, higiene descarga de

banheiros e lavagem de utensílios do

Rua David Sartori, 601 - bairro

Alfândega

29 15’56’’ S /

51 15’56’’ W

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49

laboratório

115

Uso geral e consumo humano RST 470, km 64,4

29 12’31,5’’ S /

51 31’02,8’’ W

116

Consumo humano

Rua Ercílio flores, s/n - bairro Três

Lagoas

29 16’24,47’’ S /

51 29’56,53’’ W

117

Consumo humano Linha Figueira de Mello

29 16’28,1’’ S /

51 34’16,7’’ W

Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Garibaldi, 2011

1.4.3. INCORPORAÇÃO DE POÇOS PARTICULARES EXISTENTES AO SISTEMA

PÚBLICO

A legislação veta o uso de água de poços, quando na via pública seja disponibilizada

água tratada do sistema público. Garibaldi tem diversos poços em economias que consomem

estas água, e seguramente interessaria aos proprietários do imóvel a continuidade de não arcar

com custos correspondentes à água consumida por suas famílias.

Segundo o IPH e SMMA (2011) uma solução que permitiria que os proprietários de

poços continuassem a consumir água sem custo, seria a elaboração de contrato entre a

empresa de águas e particulares. Os últimos consentiriam que seus poços passassem a

direcionar água para um sistema de tratamento (flúor e cloro) que atenderia a um conjunto de

poços. Aos mesmos seria dada isenção de pagamento pela água consumida, até um

determinado valor em litros por pessoa por dia. Após tratada, a água de poços seria

direcionada à rede de distribuição interligada ao sistema. Poderia também ser criado um micro

setor de abastecimento, mediante a colocação de registros em alguns pontos da rede pública.

Sempre que o aproveitamento de poços venha a ser realizado em área de pressões baixas na

rede, poderá implantar-se um reservatório com elevação a ser determinada, a fim de

pressurizar satisfatoriamente o setor.

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50

1.5. DEMANDAS DE ÁGUA

A demanda atual do Sistema Urbanos de Abastecimento de Água de Garibaldi é

suprida por 12 poços profundos com capacidade de 3.616,66 m³/dia ou 41,85 L/s e por ETA

situada junto à barragem do arroio Marrecão com capacidade de 1.550 m3/dia ou 17,93 L/s, e,

capacidade total de 59,79 L/s.

Para o sistema foi elaborada projeção de demanda para 20 anos com horizonte em

2032.

A demanda de água para o ano de 2032 será de 117,11 L/s segundo dados da

CORSAN. Esta projeção está apontada na tabela 7. Esta tabela não foi adotada para projeção

populacional realizada pela equipe técnica de elaboração do PMSB.

Observa-se que frente à capacidade atual do sistema, Garibaldi necessita de

ampliações de fontes de suprimento para o ano de 2015.

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51

Tabela 7: Projeções de demandas de Garibaldi

Ano Pop

(hab)

Taxa

(% aa)

Índ.

Atend.

(%)

Pop.

At.

(hab)

Econ.

Consumo

(m³/ano)

Q Líquido

(L/hab.dia)

Q Bruto

(L/hab.dia)

Perdas

(%)

Produção

(m³/ano)

Q

méd.

Prod

(L/s)

Q

máx.

Prod

(L/s)

Cap. Prod

(m³/ano)

Deficit

(m³/ano)

Déficit

(L/hab.dia)

2011 30.263 - 109,10 33.017 9.827 1.434.090 119 173 31,21 2.084.854 67,52 81,02 2.225.000 0 0

2012 30.941 2,24 109,10 33.757 10.047 1.478.535 120 170 29,41 2.094.592 67,83 81,40 2.225.000 0 0

2013 31.618 2,19 109,10 34.496 10.267 1.510.915 120 170 29,41 2.14.463 69,32 83,18 2.225.000 0 0

2014 32.295 2,14 109,10 35.234 10.487 1.543.249 120 170 29,41 2.186.269 70,80 84,96 2.225.000 0 0

2015 32.973 2,10 109,10 35.974 10.708 1.575.657 120 170 29,41 2.232.181 72,29 86,75 2.225.000 7.181 0,55

2016 33.653 2,03 109,10 36.715 10.928 1.608.116 120 170 29,41 2.278.164 73,78 88,53 2.225.000 53.164 3.97

2017 34.332 2,02 109,10 37.457 11.148 1.640.599 120 170 29,41 2.324.183 75,27 90,32 2.225.000 99.183 7,25

2018 35.012 1,98 109,10 38.198 11.368 1.673.083 120 170 29,41 2.370.201 76,76 92,11 2.225.000 145.201 10,41

2019 35.691 1,94 109,10 38.939 11.588 1.705.541 120 170 29,41 2.416.183 78,25 93,90 2.225.000 191.183 13,45

2020 36.370 1,90 109,10 39.679 11.809 1.737.946 120 170 29,41 2.462.091 79,73 95,68 2.225.000 237.091 16,37

2021 37.046 1,86 109,10 40.417 12.029 1.770.272 120 170 29,41 2.507.886 81,22 97,46 2.225.000 282.886 19,18

2022 37.724 1,83 109,10 41.157 12.249 1.802.668 120 170 29,41 2.553.780 82,70 99,24 2.225.000 328.780 21,89

2023 38.403 1,80 109,10 41.898 12.469 1.835.116 120 170 29,41 2.599.748 84,19 101,03 2.100.000 499.748 32,68

2024 39.083 1,77 109,10 42.639 12.689 1.867.598 120 170 29,41 2.645.764 85,68 102,82 2.100.000 545.764 35,07

2025 39.763 1,74 109,10 43.381 12.910 1.900.094 120 170 29,41 2.691.800 87,17 104,61 2.100.000 591.800 37,37

2026 40.443 1,71 109,10 44.123 13.130 1.932.586 120 170 29,41 2.737.830 88,66 106,40 2.100.000 637.830 39,60

2027 41.122 1,68 109,10 44.864 13.350 1.965.053 120 170 29,41 2.783.825 90,15 108,18 2.100.000 683.825 41,76

2028 41.801 1,65 109,10 45.604 13.570 1.997.476 120 170 29,41 2.829.758 91,64 109,97 2.100.000 729.758 43,84

2029 42.478 1,62 109,10 46.343 13.790 2.029.836 120 170 29,41 2.875.600 93,12 111,75 2.100.000 775.600 45,85

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52

Fonte: CORSAN, junho de 2008.

2030 43.157 1,60 109,10 47.085 14.011 2.062.313 120 170 29,41 2.921.610 94,61 113,54 2.100.000 821.610 47,81

2031 43.835 1,57 109,10 47.824 14.231 2.094.691 120 170 29,41 2.967.479 96,10 115,32 2.100.000 867.479 49,70

2032 44.514 1,55 109,10 48.565 14.451 2.127.159 120 170 29,41 3.013.475 97,59 117,11 2.100.000 913.475 51,53

2033 45.191 1,52 109,10 49.303 14.671 2.159.492 120 170 29,41 3.059.280 99,07 118,89 2.100.000 959.280 53,31

2034 45.869 1,50 109,10 50.043 14.891 2.191.884 120 170 29,41 3.105.169 100,56 120,67 2.100.000 1.005.169 55,03

2035 46.548 1,48 109,10 50.784 15.112 2.224.324 120 170 29,41 3.151.126 102,05 122,46 2.100.000 1.051.126 56,71

2036 47.227 1,46 109,10 51.525 15.332 2.253.799 120 170 29,41 3.197.132 103,54 124,24 2.100.000 1.097.132 58,34

2037 47.907 1,44 109,10 52.267 15.552 2.289.297 120 170 29,41 3.243.171 105,03 126,03 2.100.000 1.143.171 59,92

2038 48.588 1,42 109,10 53.009 15.772 2.321.805 120 170 29,41 3.289.224 106,52 127,82 2.100.000 1.189.224 61,46

2039 49.268 1,40 109,10 53.751 15.992 2.354.310 120 170 29,41 3.335.273 108,01 129,61 2.100.000 1.235.273 62,96

2040 49.948 1,38 109,10 54.493 16.212 2.386.800 120 170 29,41 3.381.300 109,50 131,40 2.100.000 1.281.300 64,42

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1.6. DEMANDA RURAL E INDUSTRIAL

As comunidades rurais de Garibaldi são abastecidas por poços artesianos de

associações. A demanda industrial é praticamente toda atendida por poços artesianos.

Totalizam de diversas comunidades rurais, que perfazem um total de vinte, a saber:

- São Miguel;

- Tamandaré;

- Borghetto;

- Garibaldina;

- São Luis do Araripe;

- Santo Antônio do Araripe;

- São Gabriel;

- Linha Baú;

- Marcílio Dias;

- São Jorge;

- Nossa Senhora da Anunciação (Anunciata)

- Santo Alexandre;

- São José da Costa Real;

- Presidente Soares;

- Linha Camargo;

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- São Pantaleão;

- São Gotardo;

- Marcorama;

- São Roque

As zonas rurais do município são abastecidas pelas associações de consumidores de

água. A CORSAN não arcou com os custos dos investimentos nestes poços.

1.7. IDENTIFICAÇÃO DE GRANDES CONSUMIDORES DE ÁGUA

No Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos, em 12.04.11, apresenta a relação dos

grandes consumidores, com o consumo médio em m3/mês. Cabe destaque que destes 52

consumidores, apenas 6 correspondem a prédios não residenciais, o que denota que a

atividade industrial tem abastecimento próprio. Apenas 52 consumidores igualaram ou

superaram a marca dos 150 m3 de consumo médio mensal no ano de 2009.

O objetivo de identificação de grandes consumidores é o de proceder à verificação de

como os mesmos estão localizados em relação aos reservatórios distribuídos pela zona urbana,

em paralelo com os diâmetros dos trajetos preferenciais entre a reservação e os pontos de

consumo concentrado. Em princípio, a ordem de grandeza dos consumos mensais não é

comprometedora para causar deficiências quanto a pressões mínimas a serem mantidas.

O perfil dos grandes consumidores atuais permite intuir que os grandes consumidores

futuros deverão ser novos loteamentos a serem implantados. Sempre que o projeto dos

mesmos contemple reservatórios para garantir no mínimo 1 (um) dia de abastecimento

normal, e que os ramais prediais sejam corretamente dimensionados, evitando diâmetros

excessivos, não deverão ocorrer problemas de queda de pressão na rede em consequência de

processos de enchimento.

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No Diagnóstico projetou para 2009 um consumo médio anual de 1.323.811 m3/ano,

ou, 110.317,583 m3/mês. Dados reais de consumo médio mensal para 2009, devido somente

aos grandes consumidores, consumiram em média 12.404 m3/mês. Logo, o quociente 12.404 /

110.317,583 indica que apenas 11,24% do consumo total é devido aos grandes consumidores.

Este baixo percentual deve-se ao fato de que as atividades produtivas, principalmente

frigoríficos e vinícolas, contam com poços para abastecimento próprio.

1.8. DIAGNÓSTICO DA ETA

O município de Garibaldi conta com uma única Estação de Tratamento de Água -

ETA, responsável pelo tratamento da água captada na barragem. As águas dos poços

profundos, cuja qualidade foi abordada no item 2.3, não são submetidas ao tratamento

convencional, mas apenas à cloração e fluoretação. A ETA trata as águas do arroio Marrecão,

captadas junto à barragem construída em 1.957, como já descrito no item 2.2 deste volume.

As figuras 29 a 62 a seguir apresentam detalhes da ETA da CORSAN.

As instalações da ETA podem ser analisadas quanto ao estado das unidades de

tratamento de água, bem como ao às condições do prédio do laboratório de controle de

qualidade da água. As unidades de tratamento estão em estado compatível com o seu tempo

de serviço. Algumas instalações são precárias, como a área coberta para depósito de insumos.

Segundo dados informados pela CORSAN a estação de tratamento de água possui

aproximadamente 56 anos e opera em 100% da sua capacidade de 39 L/s, mostrando que não

há margem para crescimento da demanda populacional dependente da ETA. Observa-se que a

operação e manutenção da ETA são eficientes, com registros de controle e frequência das

atividades. Na figura 29 é apresentado o pórtico da ETA - Garibaldi.

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Figura 29 - Pórtico da ETA da CORSAN

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Pode-se relatar que a ETA não possui legislação para seu vigente funcionamento,

sendo que sua LO n° 531/2007 emitida pela FEPAM está vencida, contudo, operando

continuamente, existindo identificação da área de propriedade da concessionária, sendo a

mesma cercada e com o acesso ao local apresentando boas condições. A limpeza no interior

do pátio é adequada.

A água succionada é aduzida no primeiro recalque através da tubulação e recebida na

ETA nas figuras 30 e 31, onde se percebe o ponto de recepção de água bruta passando por

uma estrutura semelhante a uma calha Parshall. Junto a Calha, a água bruta recebe um

tratamento inicial de pré-cloração (líquido proveniente do tubo marrom), sulfato de alumínio

(líquido incolor), cal (líquido branco), carvão ativado (líquido escuro).

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Figura 30 - Caixa de chegada de água bruta,

no centro, com reservatório elevado à

direita.

Figura 31 - Detalhe do dosador de sulfato de

alumínio na caixa de chegada de água bruta,

em momento de interrupção da vazão

afluente.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Figura 32 - Vista da caixa de chegada, que

recebe o efluente dosado com carvão e cal,

para adição do sulfato de alumínio.

Figura 33 – Torre dos tanques de carvão e

cal para dosagem, a montante da caixa de

chegada do afluente.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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Figura 34 - Torre dos tanques de carvão e

cal para dosagem, à montante da caixa de

chegada do afluente.

Figura 35 - Três reservatórios de 1 m3,

embaixo do reservatório elevado.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Figura 36 - Quadro de bombas da ETA. Figura 37 – Casa de bombas junto à

entrada.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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Figura 38 – Interior da casa de bombas da

ETA.

Figura 39 – Transformador instalado na

ETA.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Figura 40 - Prédio da ETA com laboratório

no nível superior.

Figura 41 - Prédio da ETA em dois níveis.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Logo após a passagem pela calha, a água bruta tem acesso à mistura rápida para a

dispersão do coagulante metálico hidrolisável (sulfato de alumínio), ocorrendo o contato entre

os mesmos. Em seguida, a unidade floculadora hidráulica, constituída de anteparos

direcionais de fluxo do tipo chicanas verticais, promove a agregação das partículas formadas

na mistura rápida. Nas figuras 42 e 43 verificam-se esta situação.

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Figura 42 – Floculadores após chegada de

água bruta.

Figura 43 - Vista superior da caixa de

chegada dos floculadores.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

A seguir a água é levada ao decantador de 218 m³ da figura 45 (tanque em formato

circular com paredes em labirinto para aumentar o percurso de decantação), onde as partículas

presentes na água são removidas pela ação da gravidade em função da velocidade de

sedimentação. Pode-se dizer que as escadas de acesso aos sistemas da ETA estão em boas

condições, além disso, existem passarelas com guarda-corpos para os operadores.

Figura 44 - Tanques de carvão e cal para

dosagem, a montante da caixa de chegada

do afluente.

Figura 45 - Vista superior do decantador

circular.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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As etapas estão completas após a água que esta sendo tratada por coagulação, passar

pela parte inferior dos filtros (figuras 46 e 47). Os mesmos são em número de dois do tipo de

fluxo descendente, onde posteriormente ocorrem a fluoretação e pós-cloração, não sendo

observado vazamentos. O volume de água utilizado para a lavagem diária dos filtros se

encontra em 2,5% do volume (~ 85 m³) produzido segundo relato dos operadores, valor este

que se enquadra dentro das recomendações de operações de ETA. Não se observou

retrolavagem, portanto não se avaliou a existência ou não de carreamento do leito filtrante. O

tempo de detenção hidráulica é de 1 hora e 32 minutos. Cabe frisar que não há leitos de

secagem de lodo.

Figura 46 – Detalhe dos filtros. Figura 47 - Filtros junto ao prédio da ETA

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

1.9. CASA DE QUÍMICA/LABORATÓRIO JUNTO A ETA

Casa de química é a área ou conjunto de dependências da ETA que cumpre as funções

auxiliares, direta ou indiretamente ligadas ao processo de tratamento, necessárias à sua

perfeita operação, manutenção e controle.

Fazem parte da casa de química:

a) depósito de produtos químicos;

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b) locais para preparo dos produtos químicos;

c) locais para instalação dos dosadores de produtos químicos e para carga dos

dosadores a seco;

d) laboratório de controle operacional;

e) centro de controle de operação;

f) serviços administrativos;

g) serviços auxiliares.

Pode-se dizer que as condições de higiene e limpeza da casa de química da estação de

tratamento de água de Garibaldi – RS são adequadas, inexistindo falhas estruturais visíveis

que possam comprometer a operação ou segurança.

No almoxarifado da figura 48, sobre estrados de madeira e prateleiras são depositados

os produtos químicos utilizados no tratamento da água de forma precária com empilhamento

adequado e separados por tipo.

Figura 48 - Carvão ativado e Cal hidratada,

no interior do depósito.

Figura 49 - Reservatório de água tratada,

com régua de nível ao centro.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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Figura 50 - Depósito de carvão ativado. Figura 51 - Cal hidratada.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Pela amostragem observada os produtos químicos possuem registro no ministério da

saúde e estão dentro do prazo de validade.

Os tanques de dosagem de produtos químicos e bombas dosadoras estão em boas

condições, existindo manutenção preventiva dos equipamentos. Na figura 52 é mostrado o

tanque de Sulfato de Alumínio. A concessionária apresentou o controle de manutenção e

verificação dos equipamentos: cloradores, manifold, rotâmetros, injetores, kit de primeiros

socorros, arruelas reserva, etc.

Figura 52 - Tanques de sulfato de alumínio. Figura 53 - Filtro de camada simples (areia

e camada suporte)

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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Figura 54 - Tanque de sulfato, no nível

inferior do prédio central da ETA, de onde

o líquido vai para os reservatórios.

Figura 55 - Tanque de hipoclorito destinado

a 5 poços que direcionam água para a ETA.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

Para o cloro gasoso a área de dosagem apresenta condições de segurança como

temperatura adequada, ventilação, espaço livre para a circulação, isolamento. Em caso de

vazamentos há presença de aparelho autônomo de respiração e máscara de fuga. Segundo o

técnico de abastecimento que acompanhou a visita há um compressor em caso de vazamento

do cloro gás. Na figura 56 os cilindros de cloro gasoso estão em destaque.

Figura 56: Cilindros de cloro gás para tratamento da água.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

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Percebe-se que os operadores conhecem o sistema e segundo os mesmos foram

treinados para a manipulação dos produtos químicos da casa de química.

Quanto ao laboratório as condições de organização e limpeza são boas, havendo

registros sobre a qualidade da água. O turbidímetro está em bom estado, contudo não foi

apresentado o controle da frequência de aferição e calibração do equipamento. Nas figuras 57

e 58 é apresentada uma parte do laboratório.

Figura 57 - Detalhe de registros de manobra

de fluxo nos filtros.

Figura 58 - Interior do laboratório da ETA.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

O equipamento colorímetro, conforme figura 60, mostrava alguns sinais de oxidação

podendo evidenciar o tempo de uso, mas a principio, não havia dificuldade de leitura,

embassamento ou sujeira. Pela verificação da ordem de grandeza dos discos colorimétricos,

os mesmos são suficientes para executar os ensaios.

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Figura 59 - Detalhe da régua de nível do

reservatório enterrado de água tratada

Figura 60 - Laboratório da ETA.

Fonte: Tiago Luis Gomes, 2012.

No laboratório há balança, pHmetro, autoclave, equipamentos para exames

bacteriológicos, armários para reagentes e vidraria. A data de validade para os reagentes

estava adequada. Na saída da ETA, a água é observada diariamente quanto aos parâmetros da

Portaria Nº 2914 DE 12/12/2011 do ministério da saúde e há registros em planilhas

preenchidas manualmente pelo operador. Como observações gerais pode-se dizer que as

instalações apresentam pouco vazamento e os operadores e instalações estão adequadas

considerando a vida útil de 56 anos. Há ausência de lagoas de adensamento de lodos para

promover recirculação de água e destino adequado do lodo.

1.10. SISTEMA DE ADUÇÃO DE ÁGUA

Neste item apresenta-se o sistema de distribuição de água de Garibaldi, explorado pela

CORSAN - Companhia Riograndense de Saneamento.

A CORSAN abastece Garibaldi com águas superficiais do barramento do arroio

Marrecão e com água de poços.

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A adutora de água bruta liga a casa de bombas existente no pé da barragem do arroio

Marrecão com a caixa de chegada da ETA (figuras 61 e 62).

Figura 61 - Adutora por recalque na base da

barragem.

Figura 62 - Chegada junto ao dosador da

ETA.

Fonte: Tiago Luis Gomes

A adutora em seu maior percurso é localizado a aproximadamente entre 1,0 e 1,5 m de

profundidade, não sendo observado plano de manutenção (inspeções, utilização de descargas,

e limpeza das mesmas). Existe facilidade ao acesso da mesma por ser junto à área urbana.

Para uma vazão de 39 L/s o diâmetro da adutora é de 200 mm nos seus primeiros 50 m e de

300 mm nos 600 m restantes do percurso até a ETA. Como o desnível entre o início da

adutora e a ETA é de aproximadamente 20 m, é utilizado válvula de retenção.

Na figura 62 é observado o início da adutora por recalque de ferro fundido com

diâmetro de 200 mm. Á água bruta captada é recalcada até a ETA (Estação de Tratamento de

Água). Há um tipo de macromedição na entrada da ETA semelhante a uma de calha Parshall

em alvenaria (provavelmente armada), mas em formato assimétrico. Não foram informadas

através de relatórios de ocorrências operacionais interrupções na mesma.

A adutora de água tratada se desenvolve entre os filtros de areia e o reservatório

enterrado existente no terreno da ETA (figura 59).

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1.11. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA

Entende-se por rede de distribuição o conjunto de peças especiais destinadas a

conduzir a água até os pontos de tomada das instalações prediais, ou os pontos de consumo

público, sempre de forma contínua e segura. Destacam-se as tubulações, troncos, mestras ou

principais. As redes são consideradas pelo sentido de escoamento da água nas tubulações

secundárias (ramificadas ou malhadas).

As informações dos representantes da concessionária remetem que o cadastro da rede

esta atualizado, ainda que a concessionária não tenha disponibilizado até o momento

(16/07/2012) as plantas das redes de abastecimento de várias localidades e loteamentos.

Pelos dados fornecidos pela concessionária os índices de macromedição e

micromedição estão presentes em praticamente 100% (saída dos poços e primeiro recalque)

da rede conforme conversa com representações da concessionária e relatórios apresentados.

Nas descargas da rede, segundo relatos, por vez, são através dos hidrantes que

funcionam como expurgo do sistema. A proteção é efetuada por chaves padrão da CORSAN.

As áreas mais críticas quanto às pressões da rede seriam no Bairro Chácara com

pressões mínimas de 15 m.c.a. (1,5 kgf/cm²). Quanto às pressões máximas e superiores a 50

m.c.a, estariam localizadas nas regiões da rua Alencar Araripe, segundo as informações de

representantes da concessionária, sendo a rede de distribuição é setorizada. Pressões elevadas

nas redes de distribuição são fatores que implicam no aumento da quantidade de vazamentos e

perdas de água, seja por danificação na tubulação, rachaduras ou quebras da canalização.

Ausência de pressão, ou seja, abaixo da mínima de 10 m.c.a., implicam em possíveis faltas de

água e baixas pressões nas torneiras das ligações prediais.

Em eventuais paralisações a operadora informou que comunicam a população via

meios de comunicação (rádio). Quando das paralisações, registros de manobras são utilizados

para a manutenção da rede.

Na ETA foi informado que há controle do cloro residual livre na ponta da rede e que o

mesmo atente ao exigido pela portaria 2914 de 2011 do ministério da saúde quanto à

concentração e à frequência de amostragem, contudo, verificou-se no SNIS que

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aproximadamente 25% das amostras em ponta de rede estariam fora dos parâmetros exigidos

pela portaria.

A situação de Garibaldi – RS quanto ao abastecimento pode ser verificada através de

dados oficiais do governo como o sistema de informações nacional sobre saneamento (SNIS,

2008). A tabela 8 apresenta alguns dados panorâmicos do sistema.

Tabela 8: Sistema de informações nacional sobre saneamento.

Dados Valor

Quantidade de ligações ativas de água (número) 6.486

Extensão da rede de abastecimento (Km) 123

Índice de atendimento urbano (%) 96,3

Consumo médio percapita (litros) 133,2

Perdas de faturamento (%) 36,9

Índice de perdas na distribuição (%) 34,46

Incidências de cloro residual fora do padrão (%) 24,2

Incidência de análises de turbidez fora do padrão (%) 4,11

Fonte: SNIS (2009).

Observa-se que o SNIS poderá ser uma boa fonte de informação no futuro, contudo

ainda há muito a evoluir. Podem-se citar informações inconsistentes na população rural

atendida com abastecimento de água, economias atingidas por paralisações, duração média de

paralisações, incidência de análises de coliformes fora do padrão, índice de conformidade da

quantidade de amostras de cloro residual, entre outras. Verificou-se no sítio eletrônico do

SNIS que o município de Garibaldi não figura entre os adimplentes do ano de referência 2009

para o abastecimento de dados do sistema.

O índice de perdas na distribuição de 34,46 % informado pelo SNIS confere com as

informações fornecidas pela concessionária que o valor gira em torno de 30%.

O sistema de distribuição de água existente é composto por tubulações de distintos

materiais, a saber: ferro fundido (FoFo), fibro-cimento (FC), Policloreto de Vinila (PVC) e

Policloreto de Vinila compatível com ferro fundido (PVC de FoFo). Os diâmetros comerciais

implantados, para cada tipo de tubo são:

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- FoFo: 100 e 200mm;

- FC: 50, 60, 75, 100, 125, 150, 175, 200 e 250mm;

- PVC: 50, 75, 100, 110 e 150mm.

- PVC de FoFo: 100, 150 e 200mm

Conforme ANEXO I, é apresentado em planta, a rede de distribuição de água. Cabe

destacar que a presente versão foi atualizada de modo a representar a situação real vigente em

27.04.12. Para tanto, as plantas foram alteradas de modo a contemplar:

- redes de distribuição de água substituídas (tabela 9);

- novas redes de distribuição de água (tabela 10).

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Tabela 9: Redes de distribuição na zuna urbana substituídas*

Redes retiradas Redes implantadas

Material Diâmetro (mm) L (m) Material Diâmetro (mm) L (m)

FC 60 209 FoFo 150 209

FC 60 105 PVC 75 105

PVC 100 239 PVC 150 239

FC 60 431 PVC 100 431

FC 100 493 PVC 100 493

FC 125 323 PVC 100 323

FC 60 117 PVC 75 117

FC** 200 120 PVC 200 120

FC** 60 132 PVC 85 132

* Base exame plantas impressas da CORSAN-Garibaldi, em 03/08/10. ** Informações de Edegar Colpo (Gerente da CORSAN), em 27/04/12.

Tabela 10: Novas redes de distribuição implantadas na zona urbana.

Material Diâmetro (mm) L (m)

PVC 110 666

PVC 75 204

PVC 100 954

PVC 50 686

PVC DeFoFo 150 1077

PVC*** 60 900

*** Informações de Edegar Colpo (Gerente da CORSAN), em 27/04/12.

A tabela 11 apresenta as extensões existentes de redes de água para cada material e

diâmetro, com base em cadastro digital elaborado pelo IPH-UFRGS, por sua vez baseado em

cadastro impresso passado pela CORSAN à municipalidade. Cabe destacar que o cadastro foi

fornecido pela CORSAN em plantas impressas, notando-se que as mesmas são de maio de

1985 e com informações colhidas através do Sr. Edegar Colpo em 27 de abril de 2012.

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Tabela 11: Comprimentos de redes urbanas de cada material e diâmetro comercial.

D (mm) Extensão rede de distribuição (m) Total (m)

FC PVC FoFo PVC de FoFo

50 - 32.636 - - 32.636

60 26.812 - - - 26812

75 1.322 5.063 - - 6.385

100 6.932 2.802 144 214 10.092

110 - 666 - - 666

125 1.899 - - - 1.899

150 1.840 944 209 1.935 4.928

175 803 - - - 803

200 1.263 - 831 618 2.712

250 548 - - - 548

TOTAL 41.419 42.111 1.184 2.767 86.581

Fonte: Cadastro digital elaborado pelo IPH-UFRGS, com base em cadastro impresso de maio de 1985 fornecido pela CORSAN à municipalidade em 2010. Os dados acima consideram as substituições e acréscimos de rede executados até 27.04.12.

1.12. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

O sistema de abastecimento de águas de Garibaldi dependente de águas superficiais

(embora a maior parte da demanda é atendida por poços artesianos) tem como principal

elevatória a EBA-1 (figura 63), que faz a tomada de água bruta da represa do arroio Marrecão,

direcionando-a para a única ETA de águas superficiais do município.

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Figura 63: Estações elevatórias e reservatórios de distribuição de Garibaldi-RS.

Fonte: CORSAN, Outubro 2006.

Com relação à figura acima cabe destacar alguns aspectos. Segundo informações

disponibilizadas pela CORSAN, as volumetrias dos reservatórios R1, R2 e R4 são,

respectivamente, 100, 500 e 500 m3. Outra correção pertinente na figura acima é que, segundo

a CORSAN, R6 é elevado e não enterrado. Na área da ETA está sendo instalado um novo

conjunto elevatório de recalque chamado de terceiro recalque que pode ser observado na

figura 64.

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Figura 64 - Novas instalações do terceiro recalque.

Fonte: Tiago Luis Gomes

1.13. RESERVATÓRIOS DE DISTRIBUIÇÃO

A reservação é materializada pelos reservatórios e tem por finalidades a garantia da

qualidade da água, o armazenamento para atender às variações de consumo ligadas as

pressões na rede, permitir um escoamento com diâmetro uniforme na adutora, possibilitando a

adoção de diâmetros menores, além disso, proporcionar uma economia no dimensionamento

da rede de distribuição. O atendimento para as demandas de emergência também se faz

importante, evitando interrupções no fornecimento de água devido a acidentes no sistema de

adução, ETA ou até mesmo em trechos da rede de distribuição. O sistema igualmente deverá

levar em consideração a garantia ao armazenamento para dar combate ao fogo.

Considerando os reservatórios de água tratada ao longo da cidade, os mesmos

possuem identificação da concessionária, contudo alguns mais afastados do centro não

possuem perímetro cercado. As condições de limpeza e conservação dos reservatórios são

razoáveis e não foram percebidas rachaduras.

Atualmente o município de Garibaldi conta com reservação de água tratada para o

sistema de distribuição em nove locais distintos, nos reservatórios R-1 à R-9, declarados na

tabela abaixo. Alguns dos mesmos podem ser apreciados na figura 65.

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Tabela 12: Reservatórios da rede de distribuição de água.

Reservatório Capacidade (m³) Tipo Endereço

R – 1 100 Elevado Rua Manoel Peterlongo –

Bairro São Francisco

R – 2 500 Semi enterrado Rua Manoel Peterlongo –

Bairro São Francisco

R – 3 500 Semi enterrado Rua Café Filho, 70 –

Bairro São Francisco

R – 4 500 Semi enterrado Rua João Goulart, 1500 –

Bairro Brasília

R – 5 50 Elevado Travessa Emílio Sartori

R – 6 50 Elevado Rua Paraná – Bairro Bela

Vista II

R – 7 50 Elevado Acesso Norte Bridi I

R – 8 100 Apoiado Borgheto

R – 9 100 Apoiado Bridi II

Volume

total (m³) 1.950

Fonte: UFRGS-IPH, 2011

Uma análise do quociente entre o volume reservado total de 1.950 m3 (tabela acima) e

o volume produzido estimado para 2012 resulta em 0,30 aproximadamente. O percentual de

30% de volume pode ser considerado adequado como um todo, devendo-se aprofundar uma

análise para ver, se individualmente as áreas de cobertura de cada reservatório apresentam

percentuais homogêneos.

Na atualidade Garibaldi tem uma rede de distribuição de água que em algumas áreas já

apresenta mais de 30 anos. A mesma é constituída por tubos de fibrocimento, PVC, FoFo

(ferro fundido) e PVC de FoFo. Este plano estabelecerá um programa de substituição para

tubulações de fibrocimento.

Junto a ETA encontra-se um reservatório elevado de 100 m³ e um enterrado de 500

m3. Os mesmos pode ser visto nas figuras 65A e 65B.

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Figura 65: (A) Reservatório elevado de 100 m³ e (B) enterrado de 500 m³ junto a ETA.

Fonte: Tiago Luis Gomes

As condições de conservação dos reservatórios são boas, com ausência de rachaduras

e corrosões. O medidor de nível do reservatório é automatizado, não ocorrendo

extravasamento, não sendo verificada a presença de macromedidor na saída do mesmo. A

limpeza e desinfecção deveria ocorrer ao menos anualmente, entretanto as últimas limpezas

em reservatórios são registradas entre 1998 e 2003. Há tubo de descarga, sendo o volume da

água de lavagem não estimada. A água de lavagem segue diretamente à rede de drenagem

pluvial, não existindo lagoa de lodos. Vazamentos nas instalações do reservatório são

ausentes e as caixas de proteção, inspeção ou passagem, possuem tampas adequadas. No

reservatório não é realizada a cloração.

A B C

A B

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Figura 66 (A) Reservatório elevado São Francisco, na rua Café Filho, em frente ao número 64. (B)

Casa do booster da Café Filho, que opera até que a caixa destino, na extremidade encha. (C) Reservatório

Bela Vista II, no bairro de mesmo nome. (D) Reservatório Elefante Branco, localizado na rua João

Goulart próximo ao acesso Norte de Garibaldi. (E) Reservatórios Duplos no acesso Norte Bridi. (F) Poço

Garibaldina, que alimenta reservatório de mesmo nome. (G) Reservatório da Garibaldina, no antigo horto

florestal da CORSAN. (H) Interior da casa do poço Garibaldina. (I) Poço Borghetto, que recalca para o

reservatório de mesmo nome. (J) reservatório Borghetto, que é o mais elevado da cidade; recebe água do

poço Borghetto.

Fonte: IPH/UFRGS

D E F

G H

I J

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2. PROGNÓSTICOS

2.1. INTRODUÇÃO

O presente relatório apresenta nos capítulos subsequentes as etapas III, IV e V do

Plano de Saneamento Básico de Garibaldi. Elas foram elaboradas a partir da leitura técnica

(diagnóstico) elaborada pela equipe da SUL MAGNA com o apoio da equipe municipal e de

profissionais da CORSAN, como também a partir do levantamento de dados secundários e

pelas contribuições da população e Conselho de Meio Ambiente. Os demais ajustes serão

discutidos em Audiências Públicas conforme estabelecido em cronograma na etapa I de

Metodologia.

Essas etapas requereram um trabalho mais individualizado de pesquisa técnica por

parte dos profissionais que compõem a equipe, visto que buscaram alternativas para a

universalização dos serviços tanto qualitativa como quantitativamente.

As etapas III e IV foram redigidas conjuntamente, visto a necessidade de uma visão

global onde os objetivos, as metas, os indicadores, os programas, os projetos e as ações

estarem inter-relacionados. Nesse sentido que o texto apresenta os mesmos de forma mais

detalhada.

Na Etapa V são apresentadas as diretrizes para medidas de eficiência, efetividade e

eficácia e dos mecanismos de controle social.

2.2. ETAPA III E IV – ELABORAÇÃO DOS PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS

PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO.

OBJETIVOS E METAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES, DEFINIÇÃO DE

AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

Na etapa III alguns cenários de desenvolvimento são apresentados, com o intuito

primeiro de garantir a universalização dos serviços. Nesse sentido que são apresentados os

objetivos e as metas municipais imediatas ou emergenciais (até 3 anos), curto prazo (4 a 8

anos), de médio prazo (de 9 a 15 anos) e de longo prazo (de 15 a 20 anos), buscando

contemplar:

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• O acesso à água potável e à água em condições adequadas para outros usos; Soluções

sanitárias e ambientalmente apropriadas tecnologicamente para o esgotamento

sanitário;

• Soluções sanitárias e ambientalmente apropriadas tecnologicamente para a limpeza

urbana e o manejo dos resíduos sólidos coletados;

• A disponibilidade de serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas

adequados à segurança da vida, do meio ambiente e do patrimônio; e

• A melhoria continua do gerenciamento, da prestação e da sustentabilidade dos

serviços.

• Já na etapa IV são estabelecidos os mecanismos de gestão apropriados, os programas,

projetos e ações, para assegurar a sustentabilidade da prestação dos serviços

contemplando:

• O desenvolvimento institucional para a prestação dos serviços de qualidade, nos

aspectos gerenciais, técnicos e operacionais, valorizando a eficiência, a

sustentabilidade socioeconômica e ambiental das ações, a utilização de tecnologias

apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a gestão

participativa dos serviços;

• A visão integrada e a articulação dos quatro componentes dos serviços de saneamento

básico nos seus aspectos técnico, institucional, legal e econômico;

• A interface cooperação e a integração, quando couber, com os programas de saúde, de

habitação, meio ambiente e de educação ambiental, de urbanização e regularização

fundiária, dos assentamentos precários bem como as de melhorias habitacionais e de

instalações hidráulico-sanitárias;

• A integração com a gestão eficiente dos recursos naturais, em particular dos recursos

hídricos;

• O atendimento da população rural dispersa, inclusive mediante a utilização de

soluções compatíveis com suas características sociais e culturais;

• A educação ambiental e mobilização social como estratégia de ação permanente,

para o fortalecimento da participação e controle social, respeitados as peculiaridades

locais e, assegurando-se os recursos e condições necessárias para sua viabilização. A

definição de parâmetros para a adoção de taxa e tarifa social; e

• A prevenção de situações de risco, emergência ou desastre.

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2.3. MEDIDAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO DE

GARIBALDI

De acordo com Funasa (2010) um extenso ferramental de análise histórica a partir do

diagnóstico possibilita quantificar e compreender a lógica de diversos processos que se

integram, de forma positiva ou negativa, com os elementos do saneamento básico. Com

isso, a prospectiva estratégica visa à elaboração de cenários de curto, médio e longo prazo.

Essa definição de cenários levará em conta duas situações distintas: a primeira trata-

se de locais que apresentam problemas com os componentes do saneamento básico, sendo as

suas causas, anteriormente, investigadas e determinadas na fase de diagnóstico (medidas

corretivas). A segunda situação retrata os locais nos quais não foram identificados esses tipos

de problema (medidas preventivas).

A metodologia adotada para a projeção populacional foi através da prospectiva linear

com base na interpolação dos dados censitários de Garibaldi dos anos de 1970, 1980, 1990,

2000 e 2010, de acordo com a tabela 13. Com o auxílio de planilha eletrônica, grafica-se o

ano eixo dos "x" e população no eixo dos "y", testando a curva que oferece o melhor resultado

de R² (quanto mais próximo de 1 melhor, pois menor é o erro de interpolação), as curvas de

tendência que podem ser testadas são a linear, logarítmica, polinomial, potência, exponencial

e média móvel. Como a linear é um equacionamento de primeiro grau que retornou um

R²=0,9989 para a população, esta foi a escolhida. Em seguida utiliza-se a equação da curva

escolhida para determinar as estimativas ano a ano. Como Garibaldi possui um crescimento

peculiar diferenciado nos bairros localizados a Oeste e também como segurança de cálculo,

acrescentou-se em 2013 uma população 2160 habitantes, relativo a ocupação de novas de

unidades habitacionais nos bairros Chácaras e Vale dos Pinheiros, conforme a tabela 18.

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Tabela 13 – População censitária para Garibaldi entre 1970 e 2010

Ano/População Total Urbana Rural

1970 20802 8066 12746

1980 23041 11889 11152

1990 25.585 15764 9821

2000 28.337 23.112 5.225

2010 30.689 27.211 3.478

Fonte: Fee (2010).

Um prognóstico importante refere-se à demanda de água para 20 anos. Para tanto,

estimou-se uma população urbana de 40.217 habitantes para 2032. Segundo dados fornecidos

pela concessionária de abastecimento e Sistema Nacional de Informações em Saneamento

(SNIS, 2009), a vazão consumida acrescida das perdas é de 179,10 L/hab.dia, portanto, a

demanda seria de 7.203 m³/dia num horizonte de 20 anos. Utilizando outra ótica, numa

condição de projeto mais desfavorável seria possível adotar uma estimativa de consumo de

200 L/hab.dia, o que elevaria o consumo da população urbana para 8.043 m³/dia. Esta última

seria uma condição de projeto, onde perdas de água mais elevadas poderiam estar embutidas

na distribuição.

Alem disto, observa-se no diagnóstico, valores diferenciados entre as estimativas

populacionais dos prognósticos, isto se deve a imposição de um coeficiente de segurança

específico para atender aos Projetos propostos pelo Plano, devido a uma possível e

significativa ocupação populacional em 04 bairros específicos (Chácaras, Juventude, Vale

dos Pinheiros e Peterlongo), chegando a um crescimento aproximado de 55%. Os cálculos

das estimativas de vazões são apresentados na tabela 14.

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Tabela 14 – Vazão urbana de abastecimento estimada até o ano de 2032 considerando perdas de 34,46% conforme observado em SNIS (2009).

Ano TotalPopulação

UrbanaRural

Tx cresc.

População

Total

Tx cresc.

População

Urbana

Vazão urbana

estimada de

consumo +

perdas

(m³/dia)

2012 31.206 28.102 3.102 - - 5.033

2013 33.366 30.262 2.858 1,06922 1,0769 5.420

2014 33.632 30.786 2.613 1,00797 1,0173 5.514

2015 33.898 31.309 2.369 1,00791 1,0170 5.608

2016 34.164 31.833 2.124 1,00784 1,0167 5.701

2017 34.430 32.357 1.879 1,00778 1,0165 5.795

2018 34.696 32.881 1.635 1,00772 1,0162 5.889

2019 34.962 33.405 1.390 1,00766 1,0159 5.983

2020 35.228 33.929 1.145 1,00761 1,0157 6.077

2021 35.494 34.453 901 1,00755 1,0154 6.171

2022 35.760 34.977 656 1,00749 1,0152 6.264

2023 36.026 35.501 412 1,00744 1,0150 6.358

2024 36.291 36.025 167 1,00738 1,0148 6.452

2025 36.557 36.549 78- 1,00733 1,0145 6.546

2026 36.823 37.073 322- 1,00727 1,0143 6.640

2027 37.089 37.597 567- 1,00722 1,0141 6.734

2028 37.355 38.121 812- 1,00717 1,0139 6.827

2029 37.621 38.645 1.056- 1,00712 1,0137 6.921

2030 37.887 39.169 1.301- 1,00707 1,0136 7.015

2031 38.153 39.693 1.546- 1,00702 1,0134 7.109

2032 38.419 40.217 1.790- 1,00697 1,0132 7.203 Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

Como o crescimento teórico da população rural segue uma tendência decrescente,

considerou-se que as estruturas atuais gerais atendem a necessidade e não seriam necessários

investimentos na produção quantitativa de água, apenas projetos e ações qualitativas.

2.3.1. MEDIDAS IMEDIATAS (ATÉ 3 ANOS 2012-2015)

2.3.1.1. Documentação

A Administração Pública Municipal através da Secretaria de Meio Ambiente mantém

um vasto banco de dados para a base de planejamentos estratégicos em sistemas de

abastecimento de água, contudo, deverá exigir da prestadora dos serviços de abastecimento

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cópia dos documentos de controle periódico como laudos e relatórios analíticos da qualidade

e quantidade da água bruta e tratada e projetos de interesse populacional. Estes servem como

base para a verificação da qualidade dos serviços. Os mesmos dados servem de parâmetros

para futuros projetos nos setores de abastecimento, esgotamento e decisões técnicas.

Os custos de implantação e manutenção são expressos na tabela 20.

A documentação deve ser arquivada em local específico na secretaria de meio

ambiente, departamento ou autarquia vinculada aos serviços e com facilidade de acesso aos

projetistas e gestores de planejamentos estratégicos das áreas afins. Em caso de renovação do

contrato com a concessionária a condição deve ser exigida. Para projetos novos de redes, o

município deverá emitir documento de recebimento da infraestrutura ao loteador, armazenado

as mesmas (em meio magnético e impresso), disponibilizando o banco de dados e ou

informações no Departamento responsável, com vistorias durante a execução da obra e ao

término. A prestadora de serviço de abastecimento deverá entregar à SMMA as análises dos

parâmetros exigidos pela Portaria Nº 2914 DE 12/12/2011 do Ministério da Saúde,

considerando análises na ETA (entradas e saídas), das redes e poços profundos.

2.3.1.2. Sociedades Hídricas e Soluções individuais

Em entrevistas de campo percebeu-se o que a Vigilância Sanitária do município de

Garibaldi no que tange as ações possui conhecimento para as atividades, entretanto percebeu-

se a carência organizacional e de controle para o atendimento de pedidos como históricos de

análises dos parâmetros de qualidade da água para os poços da zona rural, com isso, sugere-se

itens de controle e por consequência registros de fácil acesso a população conforme citado

abaixo. Os custos de implantação e manutenção são expressos na tabela 20.

A inspeção sanitária objetiva avaliar cada etapa ou unidade do processo de produção,

fornecimento e consumo de água, bem como identificar fatores de risco, perigos de natureza

física, química e biológica e pontos críticos de cada etapa ou unidade inspecionada,

subsidiando a tomada de decisões em termos de medidas de orientação – preventivas,

corretivas (ou punitivas).

De forma mais detalhada, dentre os objetivos da inspeção ressaltam-se:

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• Conhecer e avaliar o estado de proteção e conservação dos mananciais e fontes de

abastecimento de água;

• Conhecer e avaliar o sistema, solução alternativa ou solução individual de

abastecimento de água;

• Conhecer e avaliar o estado de conservação e as práticas operacionais adotadas nas

unidades de produção de água (captação, adução e tratamento);

• Conhecer e avaliar o estado de conservação e as práticas operacionais adotadas nas

unidades de distribuição e reservação de água, inclusive as prediais;

• Qualificar e/ou quantificar os perigos associados ao abastecimento de água para

consumo humano;

• Identificar os pontos críticos do sistema, solução alternativa ou solução individual de

abastecimento de água que possam interferir negativamente na qualidade da água para

consumo humano;

• Revisar os dados de controle de qualidade da água;

• Avaliar a capacidade instalada, em termos de recursos humanos e materiais

(equipamentos e infraestrutura);

• Registrar e sistematizar, em forma de relatório, os resultados da inspeção;

• Informar os resultados aos responsáveis pelo serviço de abastecimento de água e

contribuir na formulação de ações de remediação ou minimização de riscos à saúde.

• Para melhor planejamento das ações de vigilância, a inspeção pode ser classificada em

duas modalidades:

• Inspeção sanitária de rotina: quando realizada segundo a programação da

vigilância, isto é, na rotina estabelecida, ou a pedido do prestador de serviço;

• Inspeção sanitária de urgência / emergência: quando decorrente de situações de

denúncias, acidentes, investigações epidemiológicas (ocorrência de surtos / epidemias)

e outros fatores inusitados que exigem pronta ação da equipe para evitar maiores

consequências à saúde humana.

Para a vigilância da qualidade da água para consumo humano como ação de caráter

preventivo, deve-se, na medida do possível, priorizar a inspeção sanitária de rotina. As

inspeções devem ser realizadas em qualquer sistema, solução alternativa ou individual de

abastecimento de água. De forma complementar, as instalações prediais, também objetos das

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ações da vigilância, devem igualmente constar da programação das inspeções sanitárias, quer

as de rotina, quer as de caráter de urgência / emergência.

Como critério a ser ponderado quando da inspeção sanitária de rotina em instalações

prediais, devem-se priorizar as que possam estar associadas a populações vulneráveis, tais

como hospitais, serviços de saúde, asilos, creches, serviços de hemodiálise e escolas; ou

aquelas que, pelo tipo ou porte, coloquem em risco parcelas significativas da população,

como centros comerciais, terminais de passageiros, locais de realização de eventos, por

exemplo.

Para uma correta aplicação dos princípios da inspeção sanitária e garantia da

confiabilidade dos dados obtidos, faz-se necessário formar uma equipe com competência

técnica adequada para avaliar tanto o processo de produção (captação, adução, tratamento de

água) quanto o sistema de distribuição.

Deve-se sempre ter em mente que a inspeção é um procedimento de rotina ou de

urgência/emergência, mas também pode ser utilizado como instrumento para processo

administrativo, reforçando a importância da segurança e confiabilidade dos dados produzidos

em relatórios técnicos a partir de inspeções sanitárias.

Toda inspeção sanitária é considerada um registro e, portanto, deve ser bem

documentada e requer a elaboração e padronização de roteiros de inspeção. Recomenda-se a

documentação fotográfica e, quando necessária, a realização de análises laboratoriais da

água nos pontos críticos. Nos levantamentos de campo percebeu-se a dificuldade de

obterem-se registros na vigilância sanitária. Os custos das análises necessárias serão de

responsabilidade da prestadora de serviço. Atualmente a CORSAN é responsável pela

concessão dos serviços da ETA e das associações hídricas. A fiscalização e cópias de

análises devem ser vinculadas ao departamento de saneamento, atualizando-o.

A tabela 15 apresenta algumas sugestões a serem observadas nas inspeções sanitárias.

Como resultado final, uma inspeção sanitária pode apresentar:

• Comprovação da efetividade e/ou segurança das etapas e unidades de

produção, fornecimento e consumo de água;

• Constatação da efetividade do controle exercido pelo produtor;

• Obtenção de subsídios para interpretação dos resultados dos exames de

água;

• Reunião de provas para a ação administrativa (orientação ou punitiva).

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Tabela 15 - Sugestões de itens a serem verificados em inspeções sanitárias de soluções alternativas coletivas desprovidas de distribuição por rede e soluções individuais:

Solução Alternativa Itens a serem verificados

Poços, Fontes e minas

Proteção e conservação das estruturas de captação;

proximidade a fontes de poluição (atividades

agropecuárias, esgoto sanitário, fossas, lixão, aterro

sanitário). Quando cabível, comprovação das

exigências de tratamento e controle de qualidade da

água, e identificação do responsável.

Captação de água da chuva

Estado de conservação e manutenção dos

dispositivos de coleta e armazenamento da água;

existência de dispositivos de dispensa das primeiras

águas de chuva.

Fonte: Brasil (2006).

De modo a garantir-se uma qualidade satisfatória da água, devem adotar-se os

seguintes cuidados:

• Isolar o local de recolha, para evitar o acesso indiscriminado de pessoas e

animais;

• Não utilizar o local para outros fins, como banho, lavagem de roupa ou de

animais;

• Não construir fossas nas proximidades;

• Não permitir o lançamento e deposição de resíduos sólidos ou líquidos, no

manancial e nas suas proximidades;

• Efetuar o “tratamento caseiro da água”, como a filtração, a fervura e a

desinfecção.

As empresas contratadas pelas sociedades hídricas e que emitem laudos da água de

abastecimento devem sofrer auditorias por parte do município para assegurar que não

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hajam divergências acentuadas em relação aos padrões de potabilidade preconizados pela

Portaria 2914 do Ministério da Saúde.

Para trabalhar estas questões pertinentes estima-se a necessidade de contratação e ou

concurso para técnico responsável com custo aproximado de R$ 5.880,00 (com encargos

sociais) no setor da vigilância sanitária ou departamento de saneamento.

2.3.1.3. Calha Parshall, Estações Fluviométricas e Pluviométricas

Há crescimento de "borrachudos" em córregos de Garibaldi, sendo inerente a carga de

dejetos. O borrachudo pode transmitir a oncocercose (ação de uma filária - deixa o olho

esbranquiçado), portanto é uma doença de veiculação hídrica das macrodrenagens. O

município utiliza o BTI, que é composto de bactérias que atacam o borrachudo. O BTI é

aplicado com um regador durante um intervalo de tempo. Uma reivindicação é a instalação de

uma calha Parshall (um córrego com níveis conhecidos) para que se consiga utilizar os

métodos de regionalização de vazões para definir de maneira mais precisa as dosagens. As

informações remetem que o BTI custa R$ 65 L-1, sendo aplicados aproximadamente 120

L.ano-1. Nas épocas de maior proliferação, a aplicação é realizada a cada 15 dias. Observações

de campo da vigilância mostram que oscilações do nível dos córregos inibem a presença do

mosquito. Há uma diversidade de tamanhos de calhas e concebidas a partir de diferentes

materiais, servindo as mesmas para manter registros de vazões, dimensionar estruturas

pluviais na região por regularização de vazões, definir dosagens para o BTI. Exemplos de

instalações de Calhas Parshall são mostradas na figura 67.

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Figura 67 – Calhas Parshall. (A) Em alvenaria com revestimento interno de aço. (B) Em Fibra.

Fonte: (A) Hidrosed (2011). (B) Projeto Matasul (2004).

Devem ser instalada ao menos 01 (uma) estação automática de medição de vazão e

precipitações em locais a jusante à área urbana no município junto ao arroio Marrecão

que é a sub-bacia mais importante do município de Garibaldi. A presença das

mesmas garantirá dados confiáveis para manipulação estatística e dimensionamento de obras

hidráulicas. Os custos de implantação e manutenção são expressos na tabela 20.

2.3.1.4. Pressões de Redes de abastecimento

Realizar no município aferições das pressões disponíveis. Constatado valores

inferiores a 10 m.c.a. e superiores a 50 m.c.a, prever soluções, as quais envolvem

monitoramento das redes por técnicos responsáveis do sistema de abastecimento de água a

curto prazo para corrigir as inadequações. Para situações com elevadas pressões, deve-se

instalar válvulas redutoras de pressão na tubulação ao longo da rede de distribuição para

redução permanente na pressão. Para situações que envolvem baixa pressões devem ser

realizados estudos para implantação de um reservatório. Por vez, pressões inferiores a 10

m.c.a. podem ser indícios de perdas ao longo da rede. Segundo relatos, para baixas pressões,

haveria dificuldades em locais específicos nos bairros Chácaras, Juventude, Vale dos

Pinheiros, Peterlongo, no loteamento Vale Verde, em locais nas imediações do motel De

La Montanha, o mesmo ocorrendo em pontos do bairro Tamandaré (Loteamento

A B

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Industrial). Estimativas da CORSAN remetem ao número aproximado de 100 unidades

habitacionais. Altas pressões e em torno de 70 m.c.a estariam submetidas residências na

região da rua Alencar Araripe, no bairro Simonaggio. As altas pressões potencializam as

perdas de água ainda que sejam pequenas rupturas.

2.3.1.5. Perfuração de poços profundos

Uma das possibilidades levantadas para suprir a dificuldade de escassez de água a

partir do ano de 2015 (diagnóstico - CORSAN, junho 2008) é a perfuração de 5 poços

profundos com um custo estimado segundo a CORSAN de R$ 5.747.000,00 (estimativa de

2006), sendo este atualizado pelo INPC e estimado em R$ 7.819.087,00 para o ano de 2012.

Este conjunto de poços asseguraria o abastecimento possivelmente até 2027, com vazão total

de 26,4 L/s, disponibilizando 18,64 L/s devido a perdas de 29,41%, o tratamento da água seria

simplificado. Os cinco poços alimentariam a um sistema de tratamento central, através de

cinco linhas de PVC DeFofo de 200 metros. Os custos de implantação e manutenção são

expressos na tabela 20.

Outra possibilidade seria o aproveitamento dos poços GA 14 (50m³/h) GA 15 (60m³/h)

GA 13 (24m³/h) a fim de evitar um possível desabastecimento. A vazão total disponível pelos

poços é de 134m³/h equivalentes a 37,22l/s representando um acréscimo de 62,25% a vazão

mensal de 155.000m³.

2.3.1.6. Reservação e Limpeza de Reservatórios

A capacidade de reservação de água tratada deve ser expandida na mesma taxa,

com isso, deve-se prever a ampliação do sistema em n o m í n im o 930 m³. Uma maior

quantidade de reservação serviria para garantir a reserva adequada de prevenção a incêndio,

interrupções do sistema e melhor distribuição de pressões nas zonas de crescimento

periféricas para os próximos 20 anos. Pode-se estimar um valor de R$ 1.600,00 por metro

cúbico necessário de armazenamento, perfazendo um total de R$ 1.648.000,00 em reservação.

Para suprir a necessidade do crescimento dos loteamentos do lado Oeste da zona

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urbana, recomenda-se a instalação de um reservatório de no mínimo 615 m³ para o

atendimento dos bairros Chácaras, Juventude, Vale dos Pinheiros e Peterlongo, entretanto o

mais adequado seria um reservatório de 1000 m³, pois a demanda excedente poderia suprir

necessidades de outros bairros como o centro em momentos de pico, atendendo a necessidade

mínima para o município de 930 m³ e restando reservas de incêndio e interrupções de 70 m³.

Deverão ser realizados programas de revitalizações dos reservatórios e estruturas afins

para o sistema de abastecimento. A limpeza interna dos reservatórios será realizada com

periodicidade semestral.

Nas tabelas 16 e 17 são apresentadas, respectivamente, as necessidades de reservação

para Garibaldi e para os bairros supracitados onde está ocorrendo a expansão do município até

o ano de 2032.

Tabela 16 - Vazão estimada e necessidade de reservação de água tratada para o município de Garibaldi para uma taxa de crescimento médio de 1,82% ao ano.

AnoPopulação

Urbana

Tx cresc.

População

Urbana

Vazão urbana

estimada de

consumo +

perdas

(m³/dia)

Necessidade

de Reservação

(m³)

2012 28.102 - 5.033 2.013

2013 30.262 1,0769 5.420 2.168

2014 30.786 1,0173 5.514 2.205

2015 31.309 1,0170 5.608 2.243

2016 31.833 1,0167 5.701 2.281

2017 32.357 1,0165 5.795 2.318

2018 32.881 1,0162 5.889 2.356

2019 33.405 1,0159 5.983 2.393

2020 33.929 1,0157 6.077 2.431

2021 34.453 1,0154 6.171 2.468

2022 34.977 1,0152 6.264 2.506

2023 35.501 1,0150 6.358 2.543

2024 36.025 1,0148 6.452 2.581

2025 36.549 1,0145 6.546 2.618

2026 37.073 1,0143 6.640 2.656

2027 37.597 1,0141 6.734 2.693

2028 38.121 1,0139 6.827 2.731

2029 38.645 1,0137 6.921 2.769

2030 39.169 1,0136 7.015 2.806

2031 39.693 1,0134 7.109 2.844

2032 40.217 1,0132 7.203 2.881

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012)

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Tabela 17 - Vazão estimada e necessidade de reservação de água tratada para os Bairros Chácaras, Juventude, Vale dos Pinheiros e Peterlongo no município de Garibaldi para

uma taxa de crescimento médio de 4,23% ao ano.

Ano

População

Bairros

Chácaras

Juventude

Vale dos

Pinheiros

Peterlongo

Taxa de

Crescimento

Necessidade

de Reservação

(m³)

2010 3.799 - 272

2011 3.868 1,0182 277

2012 3.938 1,0182 282

2013 6.098 1,5485 437

2014 6.209 1,0182 445

2015 6.322 1,0182 453

2016 6.437 1,0182 461

2017 6.554 1,0182 470

2018 6.673 1,0182 478

2019 6.794 1,0182 487

2020 6.918 1,0182 496

2021 7.043 1,0182 505

2022 7.171 1,0182 514

2023 7.302 1,0182 523

2024 7.434 1,0182 533

2025 7.569 1,0182 542

2026 7.707 1,0182 552

2027 7.847 1,0182 562

2028 7.990 1,0182 572

2029 8.135 1,0182 583

2030 8.283 1,0182 593

2031 8.433 1,0182 604

2032 8.586 1,0182 615 Fonte: Tiago Luis Gomes (2012)

Considerou-se para o ano de 2013, nos bairros supracitados, um acréscimo de

ocupação populacional significativo de aproximadamente 2160 pessoas (equivalente a

54,85% de aumento populacional) devido a expansão e possível habite-se das unidades

habitacionais dos novos loteamentos. Este acréscimo para 2013 representou na projeção

estimada incrementos médios de 4,23% ao ano ao final dos 20 anos do Plano. Para tanto a

necessidade de reservação para os bairros elencados, foi no mínimo de 615 m³ para os bairros

com maiores expansões e 2881 m³ para todo o município. Considerou-se para cálculo da

necessidade de reservação, a vazão atual de 179,1 L/hab.dia considerando as perdas e o

coeficiente K1 de 1,2 para o dia de maior consumo. Na tabela 18 são apresentados os novos

loteamentos e edificações que contribuirão significativamente para a vazão a partir 2013. Um

reservatório de 1000 m³ contribuiria para suprir a necessidade dos bairros em expansão e

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complementaria a necessidade de 1/3 da disponibilidade de reservação para o município como

um todo até 2032.

Tabela 18 - População estimada que ocupará os novos lotes / edificações residenciais a partir do ano de 2013 na zona Oeste de Garibaldi.

Loteamento /Edificação /Construtora

Lotes /Unidades

Habitacionais

PopulacãoEstimada

BairroAno de Entrada na Prefeitura

Ed. Ângelo Bertoncello 24 120 Chácaras 2010

Residencial Chácaras 84 420 Chácaras 2010

AMA 176 880 Chácaras 2011

PK Engenharia 24 120 Chácaras 2011

União Planalto 12 60 Chácaras 2011

Residencial dos Álamos 66 330 Vale dos Pinheiros 2011

Residencial Morada do Vale 12 60 Chácaras 2011

Residencial Alegro 34 170 Chácaras 2012

Totais 432 2160

Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de Garibaldi (2012).

Quanto aos reservatórios existentes, a limpeza e a desinfecção deveriam ocorrer

semestralmente, entretanto as últimas limpezas em reservatórios são registradas entre 1998 e

2003, conforme verificado em documentação não ETA. Portanto, recomenda-se limpeza

periódica.

Devido às dificuldades de pressão e reservação no bairro Tamandaré, recomenda-se a

instalação de um reservatório de 1000 m³.

2.3.1.7. Substituição das Redes antigas de Fibrocimento (FC)

As redes de fibrocimento são tecnologias ultrapassadas, onde o material em contato

com solos ácidos (a maioria dos solos são ácidos) está sujeito à deterioração,

consequentemente, rupturas quando submetidos a esforços devido a bulbos de pressões

criados a partir do tráfego urbano. Estas são responsáveis pelas perdas de água aproximadas

de 30%. As tubulações de FC devem ser substituídas progressivamente, em 10 anos,

conforme o diagnóstico elaborado por SMMA e IPH (2011) e mostrado no quadro 2.

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Quadro 2 - Redes de fibrocimento (FC) que devem ser substituídas e o investimento total acumulado em 10 anos.

PVCPVC

DeFoFo

2013 60 60 4219,7 104,00 438.848,80

2014 60 60 4219,7 104,00 438.848,80

2015 60 60 4219,7 104,00 438.848,80

2016 60 60 4219,7 104,00 438.848,80

2017 60 60 4219,7 104,00 438.848,80

2018 60 60 4219,7 104,00 438.848,80

1323,8 104,00 137.675,20

1322 117,26 155.017,72

1441,9 123,10 177.497,89

2020 100 110 4219,7 123,10 519.445,07

1763,4 123,10 217.074,54

150 2222 151,66 336.988,52

150 234,3 151,66 35.533,94

150 1605,7 151,66 243.520,46

200 803 192,09 154.248,27

200 1143 192,09 219.558,87

250 548 243,24 133.295,52

4.962.948,80Investimento total acumulado ao longo de dez anos (R$)

2021

100125150

110

2022

150175200250

Custo(R$/m)

Investimentoanual

(R$/ano)*

2019

6075100

6075110

AnoDiâmetro FC a remover (mm)

Diâmetro e material a lançar (mm)

Comprimento a substituir (m)

Fonte: Adaptado de IPH (2011).

Cabe salientar que em 2011 foram substituídas 120 e 132 m de tubulações de FC de

200 e 60 mm, respectivamente, por PVC de 200 e 85 mm.

2.3.1.8. Leito de Secagem de lodos

A estação de tratamento de água de Garibaldi operada pela CORSAN não possui lagoa

de adensamento de lodos ou leitos de secagem, portanto os mesmos são despejados na

drenagem pluvial, sendo remetidos aos pontos mais baixos da sub-bacia tendo como destino

final o Arroio Marrecão. As cargas de lodos contribuem para o assoreamento dos córregos,

elevação das concentrações dos produtos químicos do tratamento da água, como o sulfato de

alumínio. Estas podem ser tóxicas a fauna e a flora aquática. Portanto, sugere-se a

implantação de leitos de secagem de lodo, sendo que os mesmos devem ser descartados em

aterro licenciado após o período de detenção. No caso de lagoa de lodos, a água sobrenadante

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deverá ser recirculada na ETA, para tanto, os técnicos da ETA deverão ser treinados para o

acerto das dosagens quando da recirculação.

Conforme informações da CORSAN (Of. 829/2006-GP), a ETA do Município de

Garibaldi produz um volume mensal de água tratada 46.500 m³ gerando 96,40m³ de lodos

para o mesmo período, sendo o Arroio Marrecão o Corpo Receptor. Segundo documentações

disponíveis na secretaria há o seguinte texto no documento “Considerando não haver

embasamento técnico/científico sobre o eventual risco de depósito do lodo produzido nas

Estações de Tratamento de Água”. Sabe-se que os lodos são dotados de Alumínio proveniente

das reações do Sulfato de Alumínio. O Alumínio impermeabiliza o solo e em determinadas

concentrações pode ser tóxico a fauna e flora. O metal também está ligado à doença de

Alzheimer.

Em documentação entregue à SMMA pela CORSAN, são gerados 100m³ de água e

lodo em cada operação de lavagem dos filtros e decantadores, sendo que a frequência do

descarte é de 30 vezes por mês para os filtros, resultando em 3.000m³ mensais descartados no

Arroio Marrecão e 25 vezes por ano nos decantadores, acumulando um volume de 208,3m³ e

posteriormente descartados no corpo receptor. O volume que representa a quantidade de lodo

seco (sem presença de água) é de 96,40m³.

2.3.1.9. Projetos e Avaliações

Projeta-se que serão necessários investimentos em projetos executivos e avaliações

que passam pela contratação de empresa especializada na elaboração com custos na faixa de

3% do valor total a ser executado. Podem-se estimar custos de R$ 250.000,00 em projetos

executivos, considerando ampliação ou construção da ETA, lagoa de lodos, Adutora,

recalque, reservatório, poços, barragem, laudos, avaliações.

Surge como reivindicação popular a necessidade de avaliar através de um laudo

estrutural da barragem e em caso positivo um posterior projeto, a possibilidade de utilizar a

estrutura da barragem existente para ampliação da altura da cota da crista. Ocorreria um

ganho significativo de volume estimado em 100.000 m³, considerando a possível elevação em

1,0 m de altura, volume este equivalente a aproximadamente 20 dias de abastecimento para o

município.

Projeto de reestruturação do sistema de abastecimento de água definindo a setorização

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e pressões de operação.

Aferição dos hidrômetros instalados há mais de cinco anos para necessidade de

substituição e instalação de micromedidores em todas s ligações ativas existentes.

Outra questão que surge seria a implantação de equipamentos de controle de

velocidade devido principalmente aos caminhões que transportam combustíveis e que

oferecem risco de contaminação a bacia do Arroio Marrecão nas proximidades da barragem

em caso de acidente com vazamento.

Há de se levantar a através de projeto específico a possibilidade da locação de uma

nova barragem em locais a jusante do conglomerado urbano como alternativa de

provisionamento de água. Segundo relatos, houve no passado, discussões por parte de setores

do poder público e a concessionária, contudo, não há definições sobre a viabilidade de tal

empreendimento, visto a necessidade de adutora, recalque, tratamento. Esta teria um volume

de acumulação em torno de 360.000m³ e área de alague de 51,1ha (Estudo de Mananciais –

CORSAN/2008).

Em caso de renovação de contrato, cabe a concessionária providenciar os projetos e

avaliações supracitadas:

• Projeto de locação de nova barragem (viabilidade);

• Projeto de nova ETA;

• Projeto de lagoa de lodos;

• Projeto de Adutora;

• Projeto de Recalque;

• Projeto Reservatório;

• Projeto de poços;

• Laudos e Avaliações dos projetos executados;

• Projeto para controle de velocidade nas proximidades da bacia do Arroio

Marrecão;

• Projeto de reestruturação e setorização;

• Instalação de micromedidores em ligações ativas descontempladas

• Revisão Lei n° 1703/84 que disciplina o uso e ocupação do solo para proteção

da bacia de contribuição à margem de abastecimento de Garibaldi

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2.3.1.10. Estruturar o Departamento Municipal de Saneamento (DMS)

Recomenda-se criar o DMS dotado de infraestrutura física e pessoal próprio. Os

departamentos são criados e extintos por Lei de organização da administração pública com

personalidade jurídica de direito público, onde o ordenador de despesas é o prefeito. A sua

concepção faz-se importante à medida que prepara servidores do quadro próprio ou através da

criação de cargos para contratação via concursos públicos visando se tornarem especialistas

na área de saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão de resíduos

sólidos, manejo de águas pluviais e drenagem urbana), portanto fiscais capacitados de

serviços terceirizados e iniciam a instituição para uma organização futura em autarquia para

total autonomia financeira e administrativa, caso seja de interesse popular. Conforme Brasil

(2001), o manual de orientação para a criação e organização de autarquias municipais,

apresenta dados que aproximadamente um terço dos municípios brasileiros possuem serviços

autônomos e estes são estaticamente mais eficientes que as demais modalidades, sejam estas

municipais ou paraestatais.

2.3.1.11. Criação do Fundo de Gestão Compartilhada

De acordo com a Lei 11445/2007 no seu artigo 13 os entes da Federação,

isoladamente ou reunidos em consórcios públicos, poderão instituir fundos, aos quais poderão

ser destinadas, entre outros recursos, parcelas das receitas dos serviços, com a finalidade de

custear, na conformidade do disposto nos respectivos planos de saneamento básico, a

universalização dos serviços públicos de saneamento básico. Os recursos poderão ser

utilizados como fontes ou garantias em operações de crédito para financiamento dos

investimentos necessários à universalização dos serviços públicos de saneamento básico. Para

tanto, se propõe que 5% da receita total dos serviços de abastecimento de água, sejam

direcionados ao fundo municipal de saneamento. Em Brasil (2001), manual de orientação para

criação e organização de autarquias municipais de água e esgoto é possível obter o modelo

para a criação do fundo especial de investimento.

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2.3.2. MEDIDAS DE CURTO PRAZO (DE 4 A 8 ANOS)

2.3.2.1. Poços profundos na zona urbana

Os poços amostrados e de responsabilidade da concessionária foram o 3, 12, 22 e 10,

respectivamente, sendo que o primeiro apresenta facilidade de acesso por qualquer pessoa o

que potencializa contaminações de origem superficial, portanto o mesmo deve ser cercado

para prevenir contaminações. Para o segundo poço, verifica-se a presença de crescimento

excessivo de vegetação na área, remetendo a situações de descaso, podendo ocorrer acidentes

de trabalho e proliferação de animais peçonhentos. No 22, verificou-se vazamento no sistema,

enquanto no poço 10 também facilidade de acesso pela ausência de cercamento. Para tanto,

sugerem-se correções destes itens para a melhorar a qualidade da prestação dos serviços, não

somente para os citados mas para todos os poços da concessionária que estão inadequados.

Estima-se que para adequar os problemas que persistem nos poços, será necessário o valor de

aproximadamente R$ 15.000,00. Para os 12 demais poços, cabe investimentos da parte da

empresa responsável pela concessão dos serviços.

Propõe-se obter a outorga de todos os poços profundos. Para garantir a quantidade e

qualidade água para os padrões de consumo, a mesma deverá passar ao menos pelo processo

de cloração para garantir a desinfecção. A fiscalização da qualidade dos poços e suas

respectivas outorgas será realizada pelo departamento de saneamento ou pela vigilância

sanitária.

2.3.2.2. Associações Hídricas e Soluções Individuais

Conforme levantamentos realizados na versão preliminar do Plano Diretor Rural

(2011), as localidades de Linha Camargo, São Pantaleão e São Gotardo são aquelas que

apresentam alguma deficiência no abastecimento, atingindo 47 domicílios. Como os dados

são desatualizados sabe-se que a recente implantação dos poços das sociedades hídricas

reduziu este número para aproximadamente 12. O fator principal para este remanescente, bem

como um total estimado de 54 famílias em todo o interior com alguma carência em

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abastecimento, estaria na dificuldade financeira (dependem de fontes de abastecimento que

são restritivas no verão) em fazer a ligação nas redes das Associações hídricas. Como as

famílias não aderiram ao sistema de sociedades o custo de adesão atual estaria em torno de 10

salários mínimos. As informações foram estimadas pelo Secretário Municipal de Agricultura

e Pecuária, Jorge Luis Mariani.

Figura 68 – Dificuldade de abastecimento na Zona Rural de Garibaldi, lado Oeste, em Linha Camargo, São Pantaleão e São Gotardo.

Fonte: Plano Diretor Rural – Versão Preliminar (2011).

Para solucionar as dificuldades, propõe-se um programa de custo social para fazer a

ligação. Através de critérios econômicos e técnicos a Assistência Social determinaria a

prioridade de famílias que deverão ser atendidas. O município arcaria progressivamente com

os custos de implantação.

Para as comunidades e ou soluções individuais que fazem uso de água de nascentes

propõe-se à proteção da mesma, contra animais que podem transmitir doenças como o

caramujo transmissor da Esquistossomose e Coliformes Termotolerantes presentes em

animais de sangue quente. Através de obras que muitas vezes possuem custo inferior a

R$ 1.000 a fonte de água torna-se mais salutar. Na figura a seguir verifica-se um exemplo

de proteção a nascentes.

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Figura 69: Exemplo de proteção de nascente para abastecimento humano

Fonte: CALHEIROS, R. O. et al. (2004).

Na estrutura anterior ainda pode ser adicionado um dosador de cloro, de modo que

no ponto mais distante da rede de distribuição de água o cloro esteja presente em 0,2 mg/L

conforme preconiza a Portaria 2914 do Ministério da Saúde. Para o bom funcionamento do

sistema devem ser criadas atividades remuneradas para as pessoas responsáveis em garantir a

cloração das soluções individualizadas. As análises físico-químicas e microbiológicas são

realizadas com periodicidade determinada pela empresa responsável as quais são terceirizadas

pela sociedade hídrica sob fiscalização da Vigilância Sanitária. Todas as nascentes que

fornecem água para abastecimento público na zona rural devem ser identificadas, cercadas e

protegidas através da arborização com árvores nativas. Este procedimento protegerá a

qualidade da água e contribuirá para a recuperação da mesma em termos da quantidade de

água produzida.

Nos poços em que há ausência de cercamento, a mesma deve ser instalada para

prevenir tanto a circulação de pessoas que podem intencionalmente ou não sabotar o

sistema como também a presença de animais que são vetores de doenças de veiculação

hídrica. Os poços devem apresentar lajes de vedação em perfeito estado de conservação para

não criar caminhos preferenciais de possíveis contaminações. Todos os poços devem possuir

placa identificado-os como mananciais de abastecimento de água e os seus perímetros devem

apresentar-se devidamente limpos e com pequenos declives do centro para as partes mais

externas. Como padrão adequado em infraestrutura citam-se os 25 poços que foram

regularizados e montadas infraestruturas que contabilizaram R$ 7.000 para cada poço, os

demais podem se enquadrar possuindo estes como modelo.

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2.3.2.3. O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

Quanto ao sistema eletrônico SNIS, trata-se de uma grande fonte de informação de

dados secundários para a formulação de estratégias em Saneamento, com isso, a manipulação

dos dados deve ser de responsabilidade de funcionário concursado da prefeitura municipal e

com treinamento para conhecer tópicos básicos de saneamento ou ainda funcionário da

concessionária. Se for realizado pela CORSAN, o município será responsável pela

fiscalização a fim de verificar a veracidade das informações que devem ser fornecidas

podendo solicitar cópia de documentação. Devem estar presentes no SNIS, além dos dados

fornecidos pela concessionária, os dados sobre as populações rurais que são atendidas pelos

serviços de abastecimento de água, tais como: economias atingidas por paralisações, duração

média de paralisações, as informações relativas a esgotamento sanitário entre outras

informações. Analisando os índices disponíveis no SNIS (2009), verificou-se que

aproximadamente 24% das amostras de cloro residual livre estão fora dos padrões

estabelecidos pelo ministério da saúde. Esta situação mostra a importância da ferramenta, que

poderá tornar-se uma fonte de informação para o acesso a população e tomadas de decisões.

2.3.2.4. Criação do setor de Educação Ambiental

Atualmente a secretaria municipal de educação e cultura desenvolve o projeto de

multiplicadores ambientais, capacitando os seus professores a trabalhar o tema meio

ambiente, projeto de visitação de alunos e professores a Coocamreg, alem de palestras com o

tema central sendo os resíduos. O setor de educação ambiental deve ficar vinculado ao

departamento de saneamento. Competirá ao mesmo incentivar a participação da população e

do poder público local desde a fase do planejamento até a avaliação das ações em

saneamento, promover a reflexão e ou reeducação dos governantes, servidores, da população,

docentes da rede dos ensinos básico e médio e estudantes. A atividade deve ser “o carro

chefe” do Projeto, sendo esta atividade entendida como um processo continuado, permeando

todas as ações desenvolvidas. Pretende-se ampliar a consciência ambiental de todos

envolvidos e contribuir para o exercício da cidadania e para a melhoria da salubridade

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ambiental. Estas são as diretrizes apresentadas em Brasil (2009), referentes a Política e plano

de saneamento ambiental: experiências e recomendações.

2.3.3. MEDIDAS DE MÉDIO PRAZO (DE 9 A 15 ANOS 2021 A 2027)

2.3.3.1. Redes de Abastecimento

Como as vazões de abastecimento devem aumentar em aproximadamente 35% até

2032, a concessionária e / ou poder público municipal devem prever substituições e a

ampliação da rede de abastecimento. Como a tendência é o crescimento da cidade para a zona

Oeste, estima-se que a rede de distribuição para o abastecimento deva ser ampliada em

aproximadamente 43 Km com custos estimados de R$ 104,00 por metro linear, considerando

fornecimento e assentamento de tubo PVC compreendendo cadastramento de interferências,

escavação, reaterro e compactação de vala, topografia. Os custos por metro linear são função

do solo com características rochosas que oneram os custos de escavação. Como este

crescimento dá-se por novos loteamentos, o responsável pela infraestrutura será o loteador,

tanto para as redes, como sistemas complementares de adução, elevatória de bombeamento,

reservação, ou mesmo produção (no caso de não ocorrerem redes na via e haver a necessidade

de abertura de poços profundos). As infraestruturas citadas, devem ser doadas para o

município, porém em caso de concessão, operadas pela concessionária. O loteador será

responsável por entregar cópias digitais e impressas dos projetos (água, esgotamento e

pluvial) ao órgão municipal competente.

2.3.3.2. Adução para a zona urbana

Segundo SMMA e IPH (2011), a barragem do Arroio Marrecão possui capacidade de

abastecer sozinha o equivalente há aproximadamente 2 meses o município, uma vez que o

sistema de abastecimento de Garibaldi dispõe de maiores volumes disponíveis. Um melhor

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aproveitamento desta quantidade disponível de água seria a execução de uma adutora em PVC

DeFofo de água bruta paralela à existente, entre o primeiro recalque e a ETA com 350 mm.

Para tal seriam necessários investimentos em todas as infraestruturas afins, como na

barragem, recalque, ETA. Os custos estimados para tal adutora seriam de R$ 500.000,00 em

650 m de extensão. Consideraram-se para tal parte do trecho, escavação em rocha e ainda a

infraestrutura de recalque com 02 conjuntos motor bomba de 40 HP. Estima-se que a

ampliação da capacidade de adução, recalque e tratamento reduziriam a dependência dos

poços inicialmente para aproximadamente 36% e para o final do Plano (ano de 2032) em

48%, não ocorrendo a necessidade de abertura de novos poços. Para que essa segunda adutora

seja utilizada, devem estar diretamente vinculados à ampliação da capacidade da barragem e

ampliação da ETA.

Os cálculos estimados para o diâmetro da tubulação e potência do conjunto motor

bomba são apresentados nas figuras 70 e 71.

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Dados de entrada:

Vazão Q = 120 l/sPeríodo de funcionamento = 8 horasAltura de sucção (Hs) = -5 mAltura de recalque (Hr) = 20 mAltura geométrica Total (Hg) = 15 mCompr. Tub. Sucção (Ls) = 10 mCompr. Tub. recalque (Lr) = 650 m

1) Diâmetro econômico recalque (Bresse):

D = K . (Q)1/2 --> (Normalmente K=1,2 valor médio) - (Fórmula para funcionamento contínuo)D = 0,586.(n. horas)1/4.(Q)1/2 --> (P/ funcionamento conjunto motor-bomba inferior a 24 h/dia)

Dcalculado = 341,40 mm

Dcomercial = 350 mm

2) Diâmetro Sucção geralmente é executada com "D" imediatamente acima:

Dcomercial = 400 mm

3) Perdas de carga Localizadas - canalização Sucção (Hs) - Método dos Comprimentos Virtuais:

Peça Lv N. peças KCurva90R/D.I" 6,3124 1 6,3124

Válv.dePéeCrivo 102,7591 1 102,7591Hs´ = 109,0715 m

4) Perdas de carga Longitudinais - canalização Sucção (Hs):

Hs Longitudinal = -5 m

5) Perdas de Carga Totais devido a tubulação de sucção (Hs):

Hs (total) = Lvs 104,0715 m

6) Perdas de carga utilizando HW (hf1):

C (coeficiente de HZ) = 140 (tabela 8.4)

hf(Lvs) = J . Lvs J=10,643.(Q)1,85.(C)-1,85.(D)-4,87 hf(Lvs) = 0,203 mhf(Ls) = J . Ls hf(Ls) = 0,020 m

hf(s) = 0,223 m

Figura 70 – Memória de cálculo dos diâmetros de recalque e sucção da adutora, potência do conjunto motor bomba – Parte 1.

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012)

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7) Perdas de carga localizacadas na canalização de recalque (Hr'):

Peça Lv N. peças KCurva90R/D.I" 5,4 5 27

Válv.Gav.Aberto 2,4 1 2,4SaídadaCanalização 11 1 11

Válv.deRetençãoTipoPesado 45 1 45Hr´ = 85,4 m

8) Perdas de carga Longitudinais - canalização Sucção (Hr):

Hr Longitudinal = 20 m

9) Perdas de Carga Totais devido a tubulação de recalque (Hr):

Hr (total) = Lvr 105,4 m

10) Perdas de carga utilizando HW (hf1):

C (coeficiente de HZ) = 140 (tabela 8.4)

hf(Lvr) = J . Lvr J=10,643.(Q)1,85.(C)-1,85.(D)-4,87 hf( Lvr) = 0,395 mhf(Lr) = J . Lr hf( Lr) = 2,4351 m

hf( r) = 2,8299 m

11) A altura manométrica será:

Hman. = Hg + Somatório (hf)

Hman = 18,053 m

12) Potência do motor será dada por (considerando rendimento de 70% para o conjunto motor-bomba):

n(bomba) = 87 % 0,87

Potência = 32,736057 HP

n(motor) = 87 % 0,87

Potência = 38 HP

Potência (Folga) = 41 HP

Utilizar 2 motores de 40 HP

ηγ

.75

.. manHQP =

Figura 71 – Memória de cálculo dos diâmetros de recalque e sucção da adutora, potência do conjunto motor bomba – Parte 2.

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

2.3.3.3. Ampliação ou construção de nova Estação de Tratamento de Água

Pode-se também a um custo aproximado de R$ 2.460.000,00 ampliar a ETA ou

construir uma nova para uma vazão de 120 L/s. Para tanto, faze-se necessário as obras

complementares de desassoreamento do reservatório do Arroio Marrecão, adução e recalque.

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A etapa de desassoreamento deve ser realizada com a elaboração de um estudo prévio para

determinar os custos e procedimentos a serem adotados.

2.3.4. MEDIDAS DE LONGO PRAZO (DE 16 A 20 ANOS)

2.3.4.1. Redes de abastecimento

Constatadas pressões inadequadas em campanhas de aferição, prever a adequação

através da redução de perdas e / ou instalação de reservatório intermediário. Para altas

pressões ainda é possível inserir no sistema de abastecimento válvulas redutoras de pressão.

Ainda que as perdas de água estejam em torno de 30% para Garibaldi – RS, uma

empresa Israelita chamada Curapipe, promete reduzir o índice de perdas de água na tubulação

de abastecimento através do “pig”. O equipamento é composto por duas esferas que se

deformam conforme o diâmetro da tubulação e entre as mesmas encontra-se um líquido

viscoso confinado e que preenche os orifícios da canalização. O “pig” é impulsionado por

diferença de pressão de jatos de água. O esquema de funcionamento pode ser observado na

figura abaixo.

Figura 72 - Solução alternativa para a redução de perdas de água em vazamentos na rede de distribuição.

Fonte: Curapipe (2010).

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2.3.4.2. Efetivação das outorgas de poços e nascentes de abastecimento público,

programa de revitalização e balanço hídrico do Arroio Marrecão

A bacia do Marrecão é a mais importante de Garibaldi, sendo que o Arroio de mesmo

corta parte da zona urbana e se desenvolve em meio rural, por isso, recomenda-se efetivar o

uso da água no referido arroio e revitalização do mesmo. Este fato pode ocorrer através do

conhecimento das outorgas efetuadas ou do chamamento de cadastro destes usuários. Esta

ação está vinculada instalação de uma estação fluviométrica para conhecimento da

disponibilidade hídrica.

Com a previsão de cobrança da água para os próximos anos, sugere-se que o

município participe do respectivo Comitê de Bacias do Taquari Antas. Os recursos da

cobrança devem ser aplicados na própria bacia de origem em projetos de melhorias

ambientais.

Os custos da revitalização da mata ciliar do Arroio Marrecão podem ser expressos

através do plantio de mudas de árvores nativas segundo plano de arborização realizado pelo

município em 2012.

2.4. EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

No Plano Municipal de Saneamento Básico devem-se prever ações para lidar com

eventuais emergências ou contingências que possam interromper a prestação dos serviços de

abastecimento de água. Entende-se como emergencial o evento perigoso, que leva a

situações críticas, incidental ou urgente. A contingência, por sua vez, é aquilo que pode ou

não suceder, a incerteza, a eventualidade.

Em caso de paralisação do serviço de fornecimento de água potável por estiagem

severa ou acidente por poluição na captação de água bruta, estima- se que os reservatórios

possam suprir a necessidade em condições normais de abastecimento por aproximadamente 8

horas. Logo, ainda dentro deste período o município deve decretar estado de calamidade

pública, sendo que a defesa civil deve acionar caminhões pipa para trazerem água de

municípios vizinhos como Carlos Barbosa, Bento Gonçalves, entre outros para atender à

população, privilegiando-se os usuários mais sensíveis, como hospitais e asilos, além de

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usuários com menores possibilidades de conseguir atender suas próprias necessidades.

Também devem ser previstas ações emergenciais de comunicação e aviso à população,

informando, se possível, o período estimado de paralisação e racionamento quando o tempo

exceder a 12 horas.

a) Em casos de inundações e enxurradas bruscas que comprometam o

funcionamento de unidades operacionais localizadas em áreas de fundo vale:

• Diagnóstico de risco;

• Proteção de motores e instalações elétricas;

• Adequação de equipamentos de proteção individual;

• Treinamento de pessoal;

• Divulgação adequada

b) Em casos de erosões e deslizamentos que venham a comprometer o funcionamento

de unidades operacionais, em especial das captações:

• Diagnóstico prévio de riscos;

• Treinamento de pessoal para tomada de decisão;

• Cadastramento de fornecedores de maquinários e equipamentos de limpeza e

dragagem.

• Divulgação adequada do problema.

c) Em casos de rompimentos de adutoras e redes de água:

• Setorização das redes de distribuição para reduzir o trecho afetado;

• Instalação de equipamentos de monitoramento para identificação de vazamentos

em estágios iniciais;

• Uso contínuo de equipes de caça vazamentos;

• Comunicação adequada com os usuários afetados e garantia de suprimento de

água por carro pipa para hospitais;

d) Em casos de ocorrência de longos períodos de falta de energia:

• Manutenção de volume adequado de reservação;

• Diagnóstico completo das áreas afetadas;

• Comunicação adequada;

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• Disponibilidade de carro pipa para atendimento de hospitais e outros prédios

onde são desenvolvidas atividades essenciais;

e) Em casos de contaminações de mananciais:

• Treinamento adequado de pessoal para identificação de anomalias no

manancial;

• Interrupção no funcionamento da unidade de produção até confirmação da

inexistência de riscos à saúde;

• Comunicação adequada da ocorrência

f) Em casos de atribuição de ocorrências de doenças as águas de abastecimento:

• Análise da água sob suspeita;

• Apoio aos órgãos de saúde na investigação das causas das ocorrências

Na tabela 19 são apresentadas às ações de eventos gerais de emergência e contingência

para o município de Garibaldi – RS em estruturas do sistema de abastecimento.

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Tabela 19 - Ações de eventos gerais de emergência e contingência.

Local

Adversidades

Estiagem Rompimento Interrupção

na Adução

Contaminação

Acidental

Falta de

Energia

Captação 1 e 4 4 e 5 3, 5 e 6 4 Recalque de Água Bruta 1, 4 e 5 3, 5 e 6 4

Estação de Tratamento de Água 3, 5 e 6 4

Recalque de Água Tratada 1, 4 e 5 3, 5 e 6 4

Adutora de Água Tratada 4, 5 e 7

Reservatórios 4 e 5 3, 5 e 6

Poços de Abastecimento 3

Redes Tronco 2, 4, 5 e 7

1-Manobras para atendimento de atividades essenciais; 2-Manobras de rede para isolamento da perda; 3-Interrupção do abastecimento até conclusão de medidas saneadoras; 4-Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população de racionamento; 5-Acionamento emergencial da manutenção; 6-Acionamento dos meios de comunicação para alerta de água imprópria para consumo; 7-Descarga de rede.

2.5. ESTIMATIVAS DE CUSTOS DOS CENÁRIOS IMEDIATO, CURTO, MÉDIO E

LONGO PRAZO

As estimativas de custos foram realizadas conforme a experiência técnica da equipe de

elaboração do plano municipal de saneamento básico, aliado a informações contidas em

editais de empresas de serviço de abastecimento. Para tanto, serve apenas como orientação

inicial de custos. No futuro, projetos detalhados devem definir com maior grau de precisão os

valores do prognóstico. A tabela 20 apresenta sucintamente os valores estimados que podem

ser empregados nos cenários imediato, curto prazo, médio prazo e longo prazo.

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Tabela 20 - Estimativa simplificada dos custos dos cenários para o abastecimento.

Item / CenárioCusto de

Implantação (R$)

Custo de

O&M (1)

(R$/mês)

Fonte

Medidas Imediatas (até 3 anos)2.3.1.1 Documentação 5.000,00 2.500,00 Estimativa do Autor2.3.1.2 Sociedades Hídricas e Soluções individuais - 5.880,00 Estimativa do Autor2.3.1.3 Calha, Est. Fluv. e Puviométricas 8.000,00 - www.editais.corsan.com.br2.3.1.4 Pressões de Redes de abastecimento - - -2.3.1.5 Perfuração de poços profundos 7.819.087,00 2.000,00 www.editais.corsan.com.br2.3.1.6 Reservação e Limpeza de Reservatórios 1.648.000,00 1.300,00 Sinapi (Abril, 2012)2.3.1.7 Substituição Redes Fibrocimento (FC) 4.962.948,00 - Estimativa do Autor2.3.1.8 Leito de Secagem de lodos 250.000,00 1.000,00 Estimativa do Autor2.3.1.9 Projetos e Avaliações 250.000,00 1.3.1.8 Estruturar o Depto. Municipal de Saneamento 500.000,00 10.000,001.3.1.10 Criação do Fundo de Gestão Compartilhada - - -Subtotal 15.443.035,00 22.680,00

Medidas de Curto Prazo (4 a 8 anos)2.3.2.1 Poços profundos na zona urbana 15.000,00 500,00 www.editais.corsan.com.br2.3.2.2 Associações Hídricas e Soluções Individuais 335.880,00 - Estimativa do Autor2.3.2.3 O SNIS - - SMAP - Garibaldi2.3.2.4 Criação do setor de Educação Ambiental - -

Subtotal 350.880,00 500,00

Medidas de Médio Prazo (9 a 15 anos)2.3.3.1 Redes de Abastecimento 4.472.000,00 6.000,00 www.editais.corsan.com.br2.3.3.2 Adução para a zona urbana 500.000,00 700,00 www.editais.corsan.com.br2.3.3.2 ETA – Construção ou Ampliação 2.460.000,00 2.000,00 Corsan (2006)Subtotal 7.432.000,00 8.700,00

Medidas de Longo Prazo (16 a 20 anos)2.3.4.1 Redes de abastecimento 30.000,00 1.000,00 Estimativa do Autor2.3.4.2 Efetivação das outorgas de poços e nascentes de abastecimento público,

programa de revitalização e balanço hídrico do Arroio Marreção. 100.000,00 - Estimativa do AutorSubtotal 130.000,00 1.000,00

Total Estimado do PMSBP-Garibaldi 23.355.915,00 32.880,00

(1) Operação e Manutenção

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

Uma outra estimativa que se pode utilizar é o método proposto no plano de

saneamento da bacia do Rio dos Sinos, elaborado por CONCREMAT (2003) que usou

índices de preços unitários para obter os coeficientes da equação abaixo. Com isso,

considerando a produção e o tratamento de água obteve-se a seguinte relação entre a

vazão a ser distribuída e o valor a ser investido:

3643,1.1303XY =

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onde:

Y = custo em R$;

X = Vazão em m³/dia.

Portanto, para uma vazão diária estimada de 7.203 m³/dia num horizonte de 20 anos

para a zona urbana, que deve ser subtraída da produção atual de 5.033 m³/dia. Com estas

estimativas básicas seriam necessários investimentos de R$ 46.433.224,97, valor superior ao

apresentado em tabela, pois estes números ainda consideram adutoras urbanas, barramento

para reservação.

No mesmo trabalho, considerando diversos custos pelo Brasil através do Programa

de Modernização do Setor de Saneamento – PMSS II e juntados a partir da execução de

redes de abastecimento, chegou-se que o preço médio da Rede para municípios de porte

médio seria de R$ 1.094,09 por domicílio, logo, considerando um incremento de 1803

domicílios na área urbana até 2032, o custo de implantação chegaria a R$ 1.972.756,00. O

último valor é inferior ao apresentado na tabela 20, pois os custos de implantação de redes

praticamente dobram devido as características de solos de material de 2ª categoria.

Como os dados levantados são de 2003, haveria a necessidade de atualizar as

referências para o valor presente, considerando o índice nacional da construção civil

(INCC), contudo, o objetivo geral do trabalho seria deslocado. O importante é demonstrar

o nível de significância dos valores envolvidos, sem detalhá-los.

Segundo a tabela 20, estima-se que o real investimento para aqueles itens é de

21.123.828,00 até o ano de 2032 podendo ser ampliado conforme novas demandas

referentes ao abastecimento.

2.6. ANÁLISE ECONÔMICA E A POLÍTICA TARIFÁRIA

A CORSAN em Garibaldi possui uma estrutura composta por 16 colaboradores para

atender as demandas da companhia. Estima-se que esta gera uma despesa operacional anual

de R$ 745.920,00. Os cargos e estimativas salariais podem ser observados na tabela 21.

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Tabela 21 – Estimativa salarial com encargos sociais para a CORSAN em Garibaldi.

Cargo

Estimativa Salarial com Encargos*

(R$)

Agente Administrativo 4.032 Agente Administrativo 4.032

Agente Administrativo 4.032

Agente Administrativo Auxiliar I 5.712

Agente De Serviços Operacionais 5.040

Agente De Serviços Operacionais 5.040

Agente Em Tratamento Água e Esgoto 5.040

Agente Em Tratamento Água e Esgoto 5.040

Agente Em Tratamento Água e Esgoto 5.040

Auxiliar Tratamento Água Esgoto 3.024

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Total Mensal (R$): 62.160,00

Total Anual (R$): 745.920,00 * Encargos Sociais de 68,18%.

Fonte: Adaptado de CORSAN (2010).

Para um serviço de abastecimento de água executado pelo município, numa suposta

autarquia, acrescentar-se-iam no mínimo despesas de pessoal em contabilidade e engenharia,

conforme tabela 22. As despesas anuais seriam de R$ 1.262.016,00.

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Tabela 22 – Estimativa salarial com encargos sociais para uma possível autarquia em Garibaldi.

Cargo

Estimativa Salarial com Encargos*

(R$)

Engenheiro Sênior 12.432 Engenheiro Pleno 9.576

Contador 6.720

Técnico em Contabilidade 4.704

Agente Administrativo 4.032

Agente Administrativo 4.032

Agente Administrativo 4.032

Agente Administrativo Auxiliar I 5.712

Agente de Serviços Operacionais 5.040

Agente de Serviços Operacionais 5.040

Agente em Tratamento Água e Esgoto 5.040

Agente em Tratamento Água e Esgoto 5.040

Agente em Tratamento Água e Esgoto 5.040

Auxiliar Tratamento Água Esgoto 3.024

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Instalador Rede I 2.688

Assessoria Jurídica 9.576

Total Mensal (R$): 105.168,00

Total Anual (R$): 1.262.016,00 * Encargos Sociais de 68,18%.

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

O relatório financeiro da concessionária de água e esgoto do quadro 3 indica uma

síntese quanto ao desempenho econômico entre 1999 e 2010. A política tarifária da

concessionária dos serviços de abastecimento de água, rendeu para o ano de 2010, R$

1.229.864,75.

Verificou-se um crescimento médio das receitas operacionais em 10,5% ao ano, que

culmina numa curva de tendência crescente de acordo com a figura 73. Ao contrário, os

investimentos em relação ao resultado financeiro decresceram ao longo dos anos, isto é,

melhoraram os resultados, mas não ocorreram investimentos proporcionais como mostrado na

figura 73.

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Quadro 3 – Relatório Financeiro da concessionária responsável pelo abastecimento de água para o município de Garibaldi – RS entre os anos de 1999 e 2010.

Fonte: Adaptado de CORSAN (2011).

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0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Ano

Res

ulta

do F

inan

ceiro

(R

$)

Figura 73 – Resultado Financeiro anual entre 1999 e 2010 para as atividades da CORSAN em Garibaldi.

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Ano

Inve

timen

tos

/ Res

ulta

do

Fin

ance

iro (

%)

Figura 74 – Investimentos em função do Resultado Financeiro anual entre 1999 e 2010 para as atividades da CORSAN em Garibaldi.

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

Como a concessionária é uma sociedade de economia mista com administração

pública, onde há a distribuição de cotas de ações a particulares, é uma obrigação a busca pela

lucratividade dos serviços, como pode ser visto na figura 75, onde em 2011 o lucro líquido foi

de R$ 231.280.000, considerando todos os municípios do Rio Grande do Sul onde os serviços

de água e esgotos são prestados pela CORSAN.

Com o serviço em forma de departamento, ou ainda autarquia, como a missão não foca

em lucro, os resultados operacionais poderiam ser revertidos na forma de investimentos ou

redução de tarifa ao consumidor. Cabe salientar, que para esta última situação o município

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teria que ser eficiente operacionalmente, para o sistema ser autossustentável e com potencial

de investimento.

Figura 75 – Demonstrações contábeis da CORSAN para o Rio Grande do Sul.

Fonte: CORSAN (2012).

Há exemplos como na prefeitura municipal de Vera Cruz – RS, município com

aproximadamente 24.000 habitantes e 8000 ligações, onde o serviço é municipalizado, o

resultado financeiro está em torno de R$ 1.400.000,00. O custo da taxa básica é de R$ 29,00

para uma faixa de consumo até 15 m³, a tarifa social está em R$ 14,00. São cobrados

aproximadamente R$ 3,00/m³ excedido. Como o serviço é municipalizado o caixa único do

município inviabiliza investimentos de maior vulto com recursos próprios, ficando na

dependência de repasses e convênios Federais e ou Estaduais.

Em uma autarquia o resultado financeiro poderá ser nulo, entretanto deve ser

suficiente para garantir as despesas operacionais e investimentos. Informações colhidas em

Notus (2010) indicam o tarifário cobrado por serviços autônomos municipais autárquicos de

água e esgoto em diversas cidades. As mesmas podem ser verificadas na tabela 23.

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Tabela 23 – Tarifário em R$ para faixas de consumo em diversos serviços autônomos.

Gestor de Abastecimento Faixas de Consumo (m³)

< = 10 15 20 30

SAMAE Rio Negrinho 17,2 33,9 53,7 102,5

SAMAE Blumenau 17,1 32,8 48,4 80,6

SAMAE Brusque 11,9 22,8 36,8 71,1

SAMAE Tijucas 12,5 19,9 28,4 48,8

SAMAE São Francisco do Sul 15,0 24,5 36,7 70,7

SAMAE Urussanga 13,5 24,5 37,5 67,5

SAMAE São Ludgero 17,5 28,6 41,6 69,4

SAMAE Timbó 16,0 29,7 43,3 75,5

SIMAE Joaçaba 15,3 26,5 39,4 68,1

CASAN São Lourenço do Oeste 23,5 45,1 66,7 118,5

Média dos Municípios de SC 15,9 28,8 43,2 77,3

CORSAN – Garibaldi (R$ 4,79/m³)* 47,90 - - -

*Valores médios considerando uma tarifa de R$ 4,79/m³, segundo dados do SNIS. Fonte: Adaptado de Notus (2010). Segundo dados do SNIS (2009), a concessionária atual cobra em Garibaldi – RS, uma

tarifa média de R$ 4,79 por metro cúbico consumido, isto é, um consumo de 10 m³, levaria

a um valor pago de R$ 47,90 (excluindo os serviços de esgoto), portanto se indica para o

município rever com a concessionária o tarifário vigente, pois o mesmo é praticamente o

triplo do valor para 10 m³ de serviços municipalizados no Estado de Santa Catarina.

Considerando apenas o custo dos serviços para a categoria Residencial B o custo para 10 m³

da CORSAN é de R$ 50,53. No quadro 4 é apresentada a estrutura tarifária vigente por

categoria em R$ considerando o consumo excedente das categorias residenciais acima do

volume básico de 10 m³ mensais.

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Quadro 4 – Estrutura Tarifária em R$ (Reais) da CORSAN de Garibaldi a partir de julho de 2011.

Fonte: CORSAN (2012).

O tarifário é cobrado da seguinte forma: a tarifa é igual ao produto entre preço base

(PB) e o consumo (C) elevado ao fator exponencial (n). Ambos são adicionados ao serviço

básico. O preço base deve refletir as despesas operacionais, dívidas, investimentos, enquanto

o serviço básico são as despesas indiretas como, administração central, despesas comerciais,

viagens, treinamentos, tributos, depreciação, impostos, aluguéis, entre outros. A equação é a

seguinte:

BásicoServiçoCPBTarifa n +⋅=

onde:

Tarifa: é o custo do serviço de abastecimento, em R$;

PB: é o Preço Pase do m³, em R$;

C: corresponde ao consumo, em m³;

n: fator exponencial para desincentivar o consumo, variando entre 1 e 1,13 de acordo

com o quadro 5;

Serviço Básico: custo calculado de acordo com as despesas indiretas.

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Quadro 5 – Fator exponencial (n).

Fonte: CORSAN (2012)

No exemplo a seguir é possível verificar a tarifa residencial B para uma economia que

consome em um mês 10 m³ de água.

Em caso de municipalização dos serviços, sugere-se manter o equacionamento

adotado pela concessionária atual.

Considerando o resultado financeiro de 2010 da CORSAN de Garibaldi e igual a R$

1.229.864,75, estima-se que as despesas autárquicas descontariam ainda R$ 516.096,00 em

recursos humanos e ainda R$ 300.000,00 em despesas variáveis para adaptação a nova

estrutura operacional. Restaria para o investimento uma estimativa de R$ 413.768,75 ao ano.

Um fundo de saneamento de 5% poderia gerar uma arrecadação de aproximadamente R$

300.000,00 a valores atuais. O potencial de investimento nestas condições estaria na ordem de

53,50$23,1610.43,3³10/ 0,1 RmpTarifa =+=

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R$ 700.000,00 ao ano.

A tarifa média dos sistemas autônomos de Santa Catarina, é aproximadamente R$

30,00 para um consumo de até 15 m³ e os mesmos ainda possuem poder de investimentos,

com isso, percebe-se que é viável reduzir inclusive a tarifa em caso de instituição de

autarquia. Mesmo que seja mantida a concessionária, segundo SMMA e IPH (2011) seria

possível a redução da tarifa de água em aproximadamente 6% equivalente a aproximadamente

R$ 4,50/m³ sem comprometer a capacidade de investimento. Para um serviço municipalizado

(autarquia) sem perder a capacidade de investimento de aproximadamente R$ 400.000,00/ano

o valor da tarifa seria aproximadamente R$ 4,14/m³, uma redução de 8,64% a menos do que a

praticada atualmente.

Segundo SMMA e IPH (2011), através da avaliação de custos diversos, há uma

estimativa de indenização a CORSAN, caso o município optasse por gerenciar o seu sistema

de água e esgoto. Os valores a serem indenizados corresponderiam a R$ 7.676.739,57. Estes

fazem referencia a redes de distribuição (incluso adutoras), poços profundos, prédio

administrativo, sistemas de bombas. A barragem, juntamente com a ETA não entraram nos

cálculos como bens a indenizar, pois são estruturas dos anos 50, portanto, com vida útil

superada.

De acordo com os investimentos das demonstrações contábeis da CORSAN em

Garibaldi, entre os anos de 1999 e 2012, sugere-se que a indenização a concessionária, em

caso de municipalização fosse de R$ 3.442.849,52, conforme o cálculo apresentado na tabela

24.

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Tabela 24 – Estimativa de valores a indenizar para concessionária em caso de municipalização dos serviços de água e esgoto de acordo com os investimentos dos

demonstrativos contábeis entre 1999 e 2010.

Ano

InvestimentoValor Presente

VP(R$)

n(anos)

até 2012

Taxa deJuros "i"

(%)

Valor Futuro

VF=VP.(1+i)n

em 2012(R$)

Valor ContábilVn=VF-(n.(VF-Vr))/N

(R$)

1999 40.846,75 14 27,47 1.221.905,60 366.571,68 2000 18.274,00 13 17,72 152.413,68 53.344,79 2001 180.612,13 12 17,38 1.235.279,34 494.111,74 2002 18.584,71 11 19,04 126.391,00 56.875,95 2003 89.472,39 10 22,90 703.361,22 351.680,61 2004 40.410,53 9 16,31 157.385,25 86.561,89 2005 216.241,39 8 19,14 877.759,00 526.655,40 2006 396.806,60 7 15,05 1.058.408,03 687.965,22 2007 204.652,32 6 12,12 406.523,97 284.566,78 2008 192.296,24 5 12,20 341.871,19 256.403,39 2009 2.803,90- 4 9,87 4.085,82- 3.268,65- 2010 249.136,79 3 9,94 331.036,16 281.380,74 Total Estimado para indenizar entre 1999 e 2012 R$ 3.442.849,52i: Taxa média de juros segundo a SelicVr: Considerou-se o valor residual do bem/equipamento igual a zero no final da sua vida útil.N: Vida útil estimada em 20 anos.

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012)

Com a apresentação por parte da concessionária dos investimentos anteriores a 1999,

seria possível estimar as indenizações num período superior e elevar o cálculo dos valores. É

possível que o valor encontrado para indenização, para um período maior e segundo os

demonstrativos contábeis, seria semelhante ao apresentado por SMMA e IPH (2001) de R$

7.676.739,57.

2.7. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA IMPLANTAÇÃO DE

DEPARTAMENTO PARA POSTERIOR AUTARQUIA

Cerca de 1/3 dos municípios brasileiros possuem serviços autônomos constituídos de

autarquias para gerir os seus sistemas de abastecimento de água e esgoto. Brasil (2001),

recomenda que os municípios inicialmente devam constituir departamentos para criar uma

transição antes da constituição de uma autarquia. Os principais comparativos entre os sistemas

de departamentos, autarquias e empresas podem ser verificados no quadro 6.

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Quadro 6 – Principais comparativos entre Departamentos, Autarquias e Empresas.

Fonte: Adaptado de Pereira, J.R. apud Brasil (2001).

Na descentralização, existe a criação, por lei, de uma nova pessoa jurídica, vinculada a

um órgão do poder central porém autônoma em relação a ele. É o caso das autarquias, das

fundações instituídas pelo poder público, das sociedades de economia mista e empresas

estatais. Vale lembrar que as atuais "agências reguladoras" são juridicamente autarquias,

qualificadas como especiais em virtude de maior autonomia em relação ao poder central.

Nenhuma delas, entretanto, é "independente", já que uma autarquia, em nosso direito, é

sempre vinculada a algum órgão da administração central (no caso, ministérios).

Esses conceitos permitem que definamos administração pública direta e indireta:

administração direta compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da

presidência da República (ministérios), dos governos estaduais (secretarias estaduais) e do

Distrito Federal e das prefeituras (secretarias municipais). Administração indireta é o conjunto

de pessoas jurídicas, de direito público (autarquias e fundações) e de direito privado

(sociedades de economia mista e empresas estatais), criadas por lei, para desempenhar

atividades assumidas pelo Estado, seja como serviço público, seja a título de intervenção no

domínio econômico (Di Pietro, 2002:360-361). É importante notar que as entidades da

administração pública direta são subordinadas hierarquicamente à direção do órgão a que

pertencem enquanto as entidades da administração pública indireta são apenas tuteladas pelo

órgão a qual estão vinculadas, mas mantêm em relação a este um grau de autonomia conforme

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a previsão da lei que as tenha criado. Alguns fatores positivos e negativos das autarquias são

apresentados no quadro 7.

Quadro 7 – Fatores positivos e negativos da implantação de autarquias.

Descentralização (Autarquias – Administração Indireta) Fatores Positivos Fatores Negativos

Independência em relação ao poder central. Necessidade de meios de gestão em transparência. Priorização da excelência técnica. Inconveniência Política. Contrato de Gestão – Aumenta a transparência Contrato de Gestão – Metas definidas pelo Executivo Fonte própria de Recursos Indenização dos investimentos à concessionária Fixação do mandato da diretoria Estrutura pessoal Decisões em colegiado Maior dificuldade de obtenção de Recursos Federais Consulta Pública Ouvidoria

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

2.8. CRONOGRAMA DE METAS

As metas gerais, não constituídas de cenários podem ser vistas no quadro 8:

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Quadro 8 – Metas gerais até o ano de 2032, incluindo despesas do município, loteadores, concessionária ou autarquias.

I T E M / A N O

ITEMImplantação

(R$)O & M(R$)

Imediato (até 3 anos)

2.3.1.1 Documentação 5.000,00 2.500,00 PMGA

2.3.1.2 Sociedades Hídricas e Soluções individuais - 5.880,00 PMGA

2.3.1.3 Calha, Est. Fluv. e Puviométricas 8.000,00 - PMGA

2.3.1.4 Pressões de Redes de abastecimento - - C / DA

2.3.1.5 Perfuração de poços profundos 7.819.087,00 2.000,00 C / DA

2.3.1.6 Reservação e Limpeza de Reservatórios 1.648.000,00 1.300,00 C / DA

2.3.1.7 Substituição Redes Fibrocimento (FC) 4.962.948,00 - C / DA

2.3.1.8 Leito de Secagem de lodos 250.000,00 1.000,00 C / DA2.3.1.9 Projetos e Avaliações 250.000,00 C / DA(1)1.3.1.8 Estruturar o Depto. Municipal de Saneamento 500.000,00 10.000,00 PMGA1.3.1.10 Criação do Fundo de Gestão Compartilhada - - PMGA

Subtotal 15.443.035,00 22.680,00

5.2. Curto prazo (4 a 8 anos)

2.3.2.1 Poços profundos na zona urbana 15.000,00 500,00 C / DA(2)

2.3.2.2 Associações Hídricas e Soluções Individuais 335.880,00 - PMGA

2.3.2.3 O SNIS - - PMGA

2.3.2.4 Criação do setor de Educação Ambiental - - PMGA

Subtotal 350.880,00 500,00

5.3. Médio prazo (9 a 15 anos)

2.3.3.1 Redes de Abastecimento 4.472.000,00 6.000,00 L (3)

2.3.3.2 Adução para a zona urbana 500.000,00 700,00 C / DA

2.3.3.2 ETA – Construção ou Ampliação 2.460.000,00 2.000,00 C / DA

Subtotal 7.432.000,00 8.700,00

5.4. Longo Prazo (16 a 20 anos)

2.3.4.1 Redes de abastecimento 30.000,00 1.000,00 C / DA2.3.4.2 Efetivação das outorgas de poços e nascentes de abastecimento público, programa derevitalização e balanço hídrico do Arroio Marreção.

100.000,00 - C / DA

Subtotal 130.000,00 1.000,00

Total 23.355.915,00 32.880,00

Quem

PMGA - Prefeitura Municipal de Garibaldi C ou DA: Concessionária ou Departamento/Autarquia (1) Estimativa da distribuição percentual de recursos de diversos projetos e avaliações. (2) Outorga de todos os poços em 2013 - 50% do item; Adequação de todos os poços urbanos de fornecimento de água à população - 10% ao ano. (3) (L) Loteadores: responsáveis pela ampliação.

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

O custo total estimado para os investimentos em abastecimento no município seria de

R$ 23.355.915,00, incluindo a contribuição de loteadores, município, concessionária ou

autarquia. Estima-se que a operação e manutenção dos sistemas descritos estariam na ordem

de uma média de R$ 32.880,00 por mês que seriam diluídas nas despesas operacionais de

cada um dos setores.

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125

2.8.1. CENÁRIO 1

Os Custos efetivos ao município, concessionária ou autarquia com perfuração de

poços profundos e sem construção e ou ampliação da ETA, adutora e leitos de secagem estão

abaixo descriminados no quadro 9.

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Quadro 9 – Os Custos efetivos ao município, concessionária ou autarquia com perfuração de poços profundos e sem construção e ou ampliação da ETA, adutora e

leitos de secagem.

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO: % DE ATENDIMEN TO DAS AÇÕES PARA 20 ANOS (ABASTECIMENTO).

I T E M / A N O

ITEMImplantação

(R$)O & M(R$)

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

2026

2027

2028

2029

2030

2031

2032

(%)

Tot

al

Imediato (até 3 anos)

2.3.1.1 Documentação 5.000,00 2.500,00 100 100 PMGA2.3.1.2 Sociedades Hídricas e Soluções individuais - 5.880,00 100 100 PMGA

2.3.1.3 Calha, Est. Fluv. e Puviométricas 8.000,00 - 100 100 PMGA

2.3.1.4 Pressões de Redes de abastecimento - - 100 100 C / DA

2.3.1.5 Perfuração de poços profundos 7.819.087,00 2.000,00 20 20 20 20 20 100 C / DA2.3.1.6 Reservação e Limpeza de Reservatórios 1.648.000,00 1.300,00 100 100 C / DA

2.3.1.7 Substituição Redes Fibrocimento (FC)4.962.948,00 - 10,1 10,1 10,1 10,1 10,1 10,1 9,8 10,1 10,1 9,8 100 C / DA

2.3.1.8 Leito de Secagem de lodos 250.000,00 1.000,002.3.1.9 Projetos e Avaliações 250.000,00 25,0 25,0 50,0 100 C / DA(1)1.3.1.8 Estruturar o Depto. Municipal deSaneamento 500.000,00 10.000,00 25 25 25 25 100 PMGA1.3.1.10 Criação do Fundo de GestãoCompartilhada - - 100 100 PMGA

Subtotal 15.443.035,00 22.680,00

5.2. Curto prazo (4 a 8 anos)

2.3.2.1 Poços profundos na zona urbana 15.000,00 500,00 50 10 10 10 10 10 100 C / DA(2)2.3.2.2 Associações Hídricas e Soluções Individuais 335.880,00 - 5 5 10 30 50 100 PMGA

2.3.2.3 O SNIS - - 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 PMGA2.3.2.4 Criação do setor de Educação Ambiental - - 100 100 PMGA

Subtotal 350.880,00 500,00

5.3. Médio prazo (9 a 15 anos)

2.3.3.1 Redes de Abastecimento 4.472.000,00 2.000,00

Subtotal 4.472.000,00 2.000,00

5.4. Longo Prazo (16 a 20 anos)

2.3.4.1 Redes de abastecimento 30.000,00 1.000,00 100 100 C / DA2.3.4.2 Efetivação das outorgas de

poços e nascentes de abastecimento

público, programa de revitalização e

balanço hídrico do Arroio Marreção.

100.000,00 - 100 100 C / DA

Subtotal 130.000,00 1.000,00

Total 20.395.915,00 26.180,00

C ou DA: Concessionária ou Departamento/Autarquia

(1) Estimativa da distribuição percentual de recursos de diversos projetos e avaliações.

(2) Outorga de todos os poços em 2013 - 50% do item; Adequação de todos os poços urbanos de fornecimento de água à população - 10% ao ano.

Quem

%

Imediato Curto Médio Longo

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

O custo total estimado para os investimentos efetivos em abastecimento no município

seria de R$ 20.395.915,00, incluindo a contribuição do município, concessionária ou

autarquia para o cenário 1. Estima-se que a operação e manutenção dos sistemas descritos

estariam na ordem de uma média de R$ 26.180,00 acrescidos de R$ 6.000,00 das redes de

abastecimento, totalizando R$ 32.180,00 por mês que seriam diluídas nas despesas

operacionais de cada um dos setores.

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2.8.2. CENÁRIO 2

Os Custos efetivos ao município, concessionária ou autarquia sem a perfuração de

poços profundos e com a construção e ou ampliação da ETA, adutora e leitos de secagem

estão abaixo descriminados no quadro 10.

Quadro 10 – Os Custos efetivos ao município, concessionária ou autarquia sem a perfuração de poços profundos e com a construção e ou ampliação da ETA, adutora e

leitos de secagem.

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO: % DE ATENDIMEN TO DAS AÇÕES PARA 20 ANOS (ABASTECIMENTO).

I T E M / A N O

ITEMImplantação

(R$)O & M(R$)

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

2026

2027

2028

2029

2030

2031

2032

(%)

Tot

al

Imediato (até 3 anos)

2.3.1.1 Documentação 5.000,00 2.500,00 100 100 PMGA2.3.1.2 Sociedades Hídricas e Soluções individuais - 5.880,00 100 100 PMGA

2.3.1.3 Calha, Est. Fluv. e Puviométricas 8.000,00 - 100 100 PMGA

2.3.1.4 Pressões de Redes de abastecimento - - 100 100 C / DA

2.3.1.5 Perfuração de poços profundos 7.819.087,00 2.000,00 20 20 20 20 20 100 C / DA2.3.1.6 Reservação e Limpeza de Reservatórios 1.648.000,00 1.300,00 100 100 C / DA

2.3.1.7 Substituição Redes Fibrocimento (FC)4.962.948,00 - 10,1 10,1 10,1 10,1 10,1 10,1 9,8 10,1 10,1 9,8 100 C / DA

2.3.1.8 Leito de Secagem de lodos2.3.1.9 Projetos e Avaliações 250.000,00 25,0 25,0 50,0 100 C / DA(1)1.3.1.8 Estruturar o Depto. Municipal deSaneamento 500.000,00 10.000,00 25 25 25 25 100 PMGA1.3.1.10 Criação do Fundo de GestãoCompartilhada - - 100 100 PMGA

Subtotal 15.193.035,00 21.680,00

5.2. Curto prazo (4 a 8 anos)

2.3.2.1 Poços profundos na zona urbana 15.000,00 500,00 50 10 10 10 10 10 100 C / DA(2)2.3.2.2 Associações Hídricas e Soluções Individuais 335.880,00 - 5 5 10 30 50 100 PMGA

2.3.2.3 O SNIS - - 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 PMGA2.3.2.4 Criação do setor de Educação Ambiental - - 100 100 PMGA

Subtotal 350.880,00 500,00

5.3. Médio prazo (9 a 15 anos)

2.3.3.2 Adução para a zona urbana 500.000,00 700,00 100 100 C / DA

2.3.3.2 ETA – Construção ou Ampliação 2.460.000,00 2.000,00 100 100 C / DA

Subtotal 2.960.000,00 2.700,00

5.4. Longo Prazo (16 a 20 anos)

2.3.4.1 Redes de abastecimento 30.000,00 1.000,00 100 100 C / DA2.3.4.2 Efetivação das outorgas depoços e nascentes de abastecimentopúblico, programa de revitalização ebalanço hídrico do Arroio Marreção.

100.000,00 - 100 100 C / DA

Subtotal 130.000,00 1.000,00

Total 18.633.915,00 25.880,00

C ou DA: Concessionária ou Departamento/Autarquia

(1) Estimativa da distribuição percentual de recursos de diversos projetos e avaliações.

(2) Outorga de todos os poços em 2013 - 50% do item; Adequação de todos os poços urbanos de fornecimento de água à população - 10% ao ano.

Quem

%

Imediato Curto Médio Longo

Fonte: Tiago Luis Gomes (2012).

O custo total estimado para os investimentos efetivos em abastecimento no município

seria de R$ 18.633.915,00, incluindo a contribuição do município, concessionária ou

autarquia para o cenário 2. Estima-se que a operação e manutenção dos sistemas descritos

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estariam na ordem de uma média de R$ 25.880,00 acrescidos de R$ 6.000,00 das redes de

abastecimento, totalizando R$ 31.880,00 por mês que seriam diluídas nas despesas

operacionais de cada um dos setores.

3. ETAPA V – DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES PARA O SISTEMA D E INFORMAÇÕES MUNICIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO, DE FOR MA COMPATÍVEL COM O SNIS E DE MECANISMOS DE CONTROLE S OCIAL PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA, DA EFET IVIDADE, DA EFICÁCIA E DO IMPACTO DAS AÇÕES PROGRAMADAS

As diretrizes e proposição de ações referentes a essa etapa devem ser implementadas

em prazo imediato a curto. Tais procedimentos pode podem ser medidos por uma seria de

indicadores, por exemplo: Cloro residual livre na ponta de rede. Segundo os dados

disponíveis verifica-se que aproximadamente 24% das amostras (SNIS, 2009) estariam fora

das exigências das preconizadas pela Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde, com isso,

a proposta poderia ser a redução progressiva destes indicadores até 2032. De maneira

semelhante pode-se avaliar a eficácia através da redução gradual das perdas de água, hoje

em dia em torno de 34% (SNIS, 2009), a redução mostraria claramente a efetividade dos

serviços propostos de substituição de redes de Fibrocimento (FC) antigas que possivelmente

causam grande parte das perdas.

Na sequencia são apresentadas algumas diretrizes para o item V. Como a discussão é

vasta e extrapola a aplicação detalhada em plano de saneamento, os gestores municipais

quando do início da implementação podem buscar maiores detalhes no material de apoio e

disponível na internet no link http://www.aesabesp.org.br/publicacoes.html.

3.1. SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS SOBRE SANEAMENTO - SIMS

Propõe-se a estruturação do SIMS de acordo com o modelo de referência divulgado

pelo Ministério das Cidades – o da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do

Estado do Ceará – ARCE.

De acordo com Galvão Junior & Silva (2006, p.192), que descrevem o modelo

da ARCE, deve-se ter como elementos fundamentais na estrutura de um sistema de

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informações o seguinte conjunto, conforme figura 76:

a) canais de entrada de dados, em que se destacam as relações com as

fontes de dados, especialmente as institucionais e técnicas;

b) interfaces de admissão de dados, para fazer face à multiplicidade de

meios de suporte e de formatos em que ocorre a aquisição dos dados;

c) o sistema informático, abrangendo o banco de dados e o seu

gerenciamento, o gerenciamento das importações e disponibilizações de

dados, os tratamentos automáticos dos dados recebidos, os cálculos de

produção de indicadores;

d) canais de disponibilização de dados, em que se destacam a intranet e a

Internet, sem relegar outros meios de divulgação, como relatórios,

periódicos, publicações em papel, publicações em CD;

e) administração do sistema, contemplando a administração de todo o

sistema, a administração do sistema informático e a administração de

dados.

Figura 76 – Modelo de Referência para o desenvolvimento do sistema de informação da Agência

Reguladora do Ceará (ARCE).

Fonte: Galvão Junior & Silva (2006)

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Para tanto, Silveira (2011), comenta que cabe estruturar as fontes de origens como

os dados socioeconômicos, os dados operacionais, os dados de planejamento urbano, os

dados de fiscalização, os dados dos prestadores de serviços, os dados ambientais, os dados

da comunidade, os dados do controle social, etc. de maneira que a sistematização dos dados

respeite todas as interfaces articulando os diferentes componentes do plano de saneamento

básico e disponibilizando-os à sociedade através da internet.

O levantamento de dados para alimentar esse banco de informações sobre

saneamento deve utilizar os mesmos indicadores que alimentam o Sistema Nacional de

Informações sobre Saneamento, disponibilizado no sítio eletrônico do Ministério das

Cidades, de maneira a integrar os diferentes sistemas. Para que isso se efetive é de

fundamental importância a estruturação de equipe municipal composta por técnicos,

funcionários de carreira (na secretaria de meio ambiente e ou departamento de

saneamento), dotada de infraestrutura e equipamentos adequados para administrar o Sistema

de Informações.

Dentre as atividades de planejamento desse órgão gestor, destaca-se:

a) alimentar o banco de dados do sistema de informações sobre o saneamento;

b) cadastrar redes públicas e de sociedades hídricas, mantendo informações sobre a

quantidade e a qualidade da água;

c) monitorar o plano de saneamento básico e disponibilizar as informações para o

controle social;

d) sistematizar as informações de maneira a verificar o cumprimento das metas e

identificar as razões, caso não sejam atendidas no prazo especificado;

e) articular ações, projetos e programas com outras organizações tais como: Comitê

de Bacia Hidrográfica, Defesa Civil, Vigilância Sanitária, Ministério Público, etc;

f) conduzir a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, periodicamente, em

prazo não superior a 4 anos;

g) integrar equipes municipais de elaboração e/ou reavaliações de planos municipais

e regionais que tenham interfaces com o saneamento básico;

h) fiscalizar a prestação dos serviços, independentemente da fiscalização realizada

pela entidade reguladora.

i) integrar o Conselho Municipal de Meio Ambiente.

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3.2. CONTROLE SOCIAL

O controle social é uma das premissas da Política Nacional de Saneamento Básico.

Através dele, além de garantir a transparência pública e a disponibilização de informações

para a tomada de decisões de forma participativa, também proporciona o reconhecimento

de um direito e dever que todo cidadão possui em relação à sua comunidade ou

municipalidade e a garantia de efetividade das determinações do plano. Nesse sentido que

se propõe que o controle social deverá ser realizado mediante ações que contemplem a

transparência pública e a disponibilização de informações para a tomada de decisões de

forma participativa de acordo com Silveira (2011) e através de:

a) Das reuniões do Conselho Municipal de Meio Ambiente;

b) Da Central de Atendimento ao Cidadão;

c) Da participação da sociedade civil, através de suas representações, nos processos de

reavaliação do PMSBP em períodos não superiores há 4 anos. Com a implantação

de uma Central de Atendimento ao Cidadão, articulado ao Sistema Municipal de

Informação sobre Saneamento – SMIS, a população em geral pode acessar qualquer

informação do sistema, bem como realizar reclamações, elogios ou solicitar

serviços.

Outra forma de controle social pode ocorrer através da:

a) Da prestação de contas online e periódica, via SMS, sobre o atendimento das metas

estabelecidas no PMSB,

b) Da prestação de contas das prestadoras de serviços para os Conselhos Municipais de

Meio Ambiente e de Saúde, em reunião conjunta, com a participação da Câmara

Municipal de Vereadores e do Ministério Público;

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prefeitura Municipal de Garibaldi

Plano Municipal de Saneamento Básico

Plano Municipal de Saneamento Básico de Garibaldi - 2012

Sul Magna - Engenharia e Consultoria Ambiental

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ANEXO I – REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA