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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL DE SANTA MARIA Volume III – Sistema de Drenagem Urbana

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

AMBIENTAL DE SANTA MARIA

Volume III – Sistema de Drenagem Urbana

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ÍNDICE GERAL

1. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA ...................................................................................... 10

1.1 Caracterização e Diagnóstico ................................................................................. 10

1.1.1 Introdução ........................................................................................................ 10

1.1.2 A Drenagem urbana de Santa Maria ............................................................... 10

1.1.3 Conceito ............................................................................................................ 13

1.1.4 Enchentes e Inundações ................................................................................... 15

1.1.5 Competências ................................................................................................... 16

1.1.6 Hidrografia no município de Santa Maria ........................................................ 16

1.1.7Caracterização das bacias dos principais eixos de drenagem na zona urbana

................................................................................................................................... 19

1.1.8 Estações pluviométricas ................................................................................... 31

1.1.9 Estações fluviométricas .................................................................................... 31

1.2 Diagnóstico do sistema de drenagem urbana do município ..................................... 32

1.2.1 Microdrenagem ................................................................................................ 32

1.2.2 Macrodrenagem ............................................................................................... 34

1.2.3 Plano de manutenção e limpeza ...................................................................... 37

1.2.4 Riscos associados à rede de drenagem ............................................................ 38

1.2.5 Áreas de risco de enchentes, inundações e deslizamento em Santa Maria ..... 39

1.2.6 Cadastro da rede de mircrodrenagem ............................................................. 54

1.2.7 Problemas na rede de drenagem .................................................................... 54

1.2.8 Legislação ......................................................................................................... 55

1.2.9 Recursos Disponíveis ........................................................................................ 56

1.2.10 Planos, programas, projetos e obras .............................................................. 57

1.2.11 Conclusões ...................................................................................................... 58

1.3 Diagnóstico do sistema de drenagem urbana do município - Distritos ..................... 59

1.3.1 2º DISTRITO DE SÃO VALENTIM ....................................................................... 59

1.3.2 3º DISTRITO DE PAINS ...................................................................................... 60

1.3.3 4º DISTRITO DE ARROIO GRANDE ................................................................... 61

1.3.4 5º DISTRITO DE ARROIO DO SÓ ....................................................................... 63

1.3.5 6 º DISTRITO DE PASSO DO VERDE .................................................................. 63

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1.3.6 7º DISTRITO DE BOCA DO MONTE ................................................................... 64

1.3.7 9º DISTRITO DE SANTA FLORA ......................................................................... 65

1.3.8 10 º DISTRITO DE SANTO ANTÃO ..................................................................... 65

1.3.9 Conclusões ........................................................................................................ 66

1.4 Requisitos para a Gestão dos Serviços .................................................................... 66

1.4.1 Indicadores ....................................................................................................... 66

1.4.2 Metas ............................................................................................................... 74

1.4.3 Prognóstico ....................................................................................................... 81

1.5 Planejamento do Sistema ...................................................................................... 84

1.5.1 Estudo Populacional ........................................................................................ 84

1.5.2 Estudo de Demanda e Oferta ........................................................................ 126

1.5.3 Sistema Proposto para drenagem urbana ..................................................... 167

1.6 Investimentos no Sistema de drenagem urbana ................................................... 181

1.6.1 Atuações econômicas da Rede de Drenagem ............................................... 181

1.6.2 Cronograma das Atuações na Rede de Drenagem ........................................ 186

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Principais cursos d´água e eixos de drenagem natural ............................................... 18

Tabela 2. Dados gerais da bacia do Arroio Cadena ..................................................................... 21

Tabela 3. Características físicas da bacia hidrográfica do Arroio Cancela .................................. 23

Tabela 4. Tipo de uso e ocupação do solo na bacia do Arroio Cancela referente ao ano de 2004

..................................................................................................................................................... 23

Tabela 5. Características dos pontos conflitivos da rede de macrodrenagem de Santa Maria .. 36

Tabela 6. Localidades com risco de enchentes, inundação e deslizamento em Santa Maria .... 39

Tabela 7. Localidades e tipo de risco a que estão sujeitas .......................................................... 39

Tabela 8. Dados da população e densidade dos distritos de Santa Maria .................................. 85

Tabela 9. Evolução da população de Santa Maria entre 1950 e 2010. ....................................... 86

Tabela 10. Taxa de crescimento da população de Santa Maria entre 1950 e 2010. .................. 87

Tabela 11. Divisão por bairros, estabelecida em 2006, no município de Santa Maria. .............. 89

Tabela 12. Nacionalidades da população residente em Santa Maria. ........................................ 94

Tabela 13. Origem dos habitantes com relação ao município ou unidade da Federação. ......... 95

Tabela 14. População residente. Deslocamento de residentes para o exercício profissional ou

estudantil. ................................................................................................................................... 96

Tabela 15. Características das moradias do município de Santa Maria. ..................................... 97

Tabela 16. Taxa de crescimento para os diferentes anos considerados ................................... 100

Tabela 17. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico ................. 101

Tabela 18. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético ................... 104

Tabela 19. População urbana nos anos de 1990, 2000, 2010 e a taxa de crescimento ........... 106

Tabela 20. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado

................................................................................................................................................... 106

Tabela 21. Projeções demográficas em zonas urbanas segundo os diferentes modelos

utilizados ................................................................................................................................... 108

Tabela 22. Taxa de crescimento para os diferentes anos da série .......................................... 110

Tabela 23. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico .................. 110

Tabela 24. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético ................... 112

Tabela 25. População rural nos anos de 1990, 2000 e 2010 e taxa de crescimento ................ 113

Tabela 26. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado 113

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Tabela 27. Projeções demográficas em zonas rurais segundo os diferentes modelos ............. 114

Tabela 28. Populações atuais e futuras ..................................................................................... 116

Tabela 29. População por distritos no ano horizonte ............................................................... 118

Tabela 30. População do distrito Sede por bairros no ano horizonte ...................................... 122

Tabela 31. Variação na impermeabilidade dos novos desenvolvimentos (número de curva) . 144

Tabela 32. Variação da permeabilidade (coeficiente de escoamento) nos bairros de Santa

Maria após o processo urbanizador .......................................................................................... 148

Tabela 33. Variação nos vazões de escoamento para as zonas de nova urbanização .............. 149

Tabela 34. Características dos pontos problemáticos atuais na rede de macrodrenagem ...... 151

Tabela 35. Ampliação de infraestruturas prevista no distrito de Sede ..................................... 166

Tabela 36. Atuações contempladas para o alcance das metas estabelecidas em curto prazo

para a rede de drenagem .......................................................................................................... 168

Tabela 37. Atuações contempladas para o alcance das metas estabelecidas em médio prazo

para a rede de drenagem .......................................................................................................... 169

Tabela 38. Atuações contempladas para o alcance das metas estabelecidas em longo prazo

para a rede de drenagem .......................................................................................................... 170

Tabela 39. Previsão de construção da rede de microdrenagem ............................................... 171

Tabela 40. Distribuição de diâmetros prevista para a rede de microdrenagem ...................... 172

Tabela 41. Previsão de construção de volume anti-DSP ........................................................... 175

Tabela 42. Justificativa do preço médio adotado para a construção de coletores pluviais ..... 182

Tabela 43. Orçamento das atuações previstas a curto prazo para a rede de drenagem ......... 183

Tabela 44. Orçamento das atuações previstas a médio prazo para a rede de drenagem ........ 184

Tabela 45. Orçamento das atuações previstas a longo prazo para a rede de drenagem ......... 185

Tabela 46. Cronograma avaliado das atuações propostas na rede de drenagem .................... 187

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Hidrografia do município de Santa Maria .................................................................... 17

Figura 2. Hidrografia da zona urbana de Santa Maria ................................................................ 18

Figura 3. Principais cursos d'água da zona urbana de Santa Maria ............................................ 19

Figura 4. Vista da deposição irregular de resíduos nas margens do Arroio Cadena ................... 20

Figura 5. Bacia hidrográfica do Arroio Cadena ............................................................................ 21

Figura 6. Bacia hidrográfica do Arroio Cancela .......................................................................... 23

Figura 7. Localização da Bacia do Vacacaí Mirim ........................................................................ 29

Figura 8. Localização das estações pluviométricas de Santa Maria ............................................ 31

Figura 9. Localização das estações fluviométricas de Santa Maria ............................................. 32

Figura 10. Elementos de microdrenagem existentes em Santa Maria ....................................... 33

Figura 11. Poço de visita com tampão de laje de concreto ........................................................ 34

Figura 12. Vista de uma sanga de Santa Maria ........................................................................... 35

Figura 13. Vista dos pontos conflitivos na zona urbana de Santa Maria .................................... 36

Figura 14. Obras na rede de microdrenagem de Santa Maria .................................................... 37

Figura 15. Vista geral das zonas sujeitas a risco de alagamento/ inundações e

deslizamentos/solapamentos ..................................................................................................... 40

Figura 16. Detalhe da zona de risco da Vila Cerro Azul ............................................................... 41

Figura 17. Detalhe da zona de risco da Vila Salgado Filho .......................................................... 42

Figura 18. Detalhe da zona de risco do Km2 (Divina Providência) .............................................. 42

Figura 19. Detalhe da zona de risco da Vila Oliveira ................................................................... 43

Figura 20. Detalhe da zona de risco da Vila Oliveira ................................................................... 44

Figura 21. Detalhe da zona de risco da Vila Renascença ............................................................ 44

Figura 22. Detalhe da zona de risco da Vila Urlândia .................................................................. 45

Figura 23. Detalhe da zona de risco da Vila Ecologia .................................................................. 46

Figura 24. Detalhe a zona de risco da Vila Santos ....................................................................... 46

Figura 25. Detalhe da zona de inundação da Vila Medianeira .................................................... 47

Figura 26. Detalhe da zona de risco na Vila Nonoai .................................................................... 48

Figura 27. Detalhe da zona de risco do Passo dos Weber .......................................................... 48

Figura 28. Detalhe da zona de risco da Bela Vista ...................................................................... 49

Figura 29. Detalhe da zona de risco da Montanha Russa ........................................................... 50

Figura 30. Detalhe da zona de risco nas margens da ferrovia .................................................... 51

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Figura 31. Detalhe da zona de risco da Vila Schirmer ................................................................. 52

Figura 32. Detalhe da zona de risco do Km 3 (Bairro Presidente João Goulart) ......................... 53

Figura 33.Detalhe da zona de risco da Vila Favarin..................................................................... 53

Figura 34. Vista da seção do Arroio Cadena com leito tomado pela vegetação ......................... 57

Figura 35. Vista da sede da Subprefeitura de Valentim .............................................................. 60

Figura 36. Vista da sede da Subprefeitura de Pains .................................................................... 60

Figura 37. Igreja de Arroio Grande .............................................................................................. 61

Figura 38. Vista da margem direita do rio erodida ..................................................................... 62

Figura 39. Vista de acesso interrompido pela força das águas ................................................... 62

Figura 40. Trechos de tubulação de drenagem ........................................................................... 63

Figura 41. Vista da sede da Subprefeitura de Boca do Monte. ................................................... 64

Figura 42. Vista da sede da Subprefeitura de Santo Antão ........................................................ 65

Figura 43. Esquema da microdrenagem em uma rotatória em Uberaba/MG ............................ 67

Figura 44. Obra de macrodrenagem em Camaçari/BA ............................................................... 68

Figura 45. Esquema geral de um depósito anti-DSP. .................................................................. 73

Figura 46. Esquema geral da rede de macrodrenagem. ............................................................. 83

Figura 47. Distritos de Santa Maria e Distrito Sede. ................................................................... 84

Figura 48. Densidade de população dos Distritos de Santa Maria. ............................................ 85

Figura 49. Evolução da população do município, de 1950 a 2010. ............................................. 86

Figura 50. Evolução da taxa de crescimento do município. ........................................................ 87

Figura 51. Evolução da população rural e urbana em Santa Maria. ........................................... 88

Figura 52. Evolução da taxa de urbanização. .............................................................................. 88

Figura 53. Densidade de população dos bairros do distrito sede ............................................... 90

Figura 54. Evolução da população no Distrito Sede .................................................................... 91

Figura 55. Números de nascimentos em Santa Maria. ............................................................... 92

Figura 56. Tendência de natalidade de Santa Maria. .................................................................. 93

Figura 57. Óbitos em pessoas com mais de 60 anos ................................................................... 93

Figura 58. Linha de tendência a partir dos números de natalidade de Santa Maria. ................. 97

Figura 59. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico .................. 102

Figura 60. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético .................... 104

Figura 61. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado 107

Figura 62. Projeções demográficas segundo diferentes metodologias .................................... 108

Figura 63. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico ................... 111

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Figura 64. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético ..................... 112

Figura 65. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado 114

Figura 66. Projeções demográficas segundo diferentes metodologias .................................... 115

Figura 67. Populações atuais e futuras ..................................................................................... 116

Figura 68. Populações atuais e futuras ..................................................................................... 117

Figura 69. População por Distrito no horizonte ........................................................................ 119

Figura 70. Bairro Campestre do Menino de Deus ..................................................................... 121

Figura 71. Bairro Agroindustrial ................................................................................................ 121

Figura 72. População do distrito Sede por bairros no ano horizonte ....................................... 125

Figura 73. Representação de uma bacia hidrológica ................................................................ 126

Figura 74. Exemplo de curvas IDF ............................................................................................. 127

Figura 75. Efeitos hidrológicos do processo urbanizador ......................................................... 129

Figura 76. Hidrografia da zona urbana (distrito Sede) .............................................................. 132

Figura 77. Principais cursos de água no entorno urbano do distrito Sede ............................... 133

Figura 78. Elementos de microdrenagem existente em Santa Maria ....................................... 134

Figura 79. Exemplo de sanga de Santa Maria utilizada como macrodrenagem ....................... 135

Figura 80. Número de curva atual no distrito Sede. ................................................................. 137

Figura 81. Destacados em azul, bairros acêntricos com maior número de curva (mas

impermeáveis) ........................................................................................................................... 138

Figura 82. Densidade de população dos bairros do distrito Sede. ............................................ 138

Figura 83. Destacados em azul, bairros periféricos com zonas pontuais de elevada

impermeabilidade ..................................................................................................................... 139

Figura 84. Detalhe de bairros periféricos com zonas pontuais de elevada impermeabilidade 139

Figura 85. Destacados em azul, bairros periféricos com menor número de curva (mais

permeáveis) ............................................................................................................................... 140

Figura 86. Detalhe de bairros periféricos com menor número de curva (permeáveis) ............ 141

Figura 87. Bairros com aumento de impermeabilidade prevista .............................................. 143

Figura 88. Localização suposta para os novos desenvolvimentos previstos nos bairros

periféricos ................................................................................................................................. 146

Figura 89. Pontos problemáticos atualmente na rede de macrodrenagem ............................. 151

Figura 90. Bacia vertente ao ponto problemático P1 ............................................................... 153

Figura 91. Destacada em cor mostarda a bacia urbana vertente ao ponto conflitivo P9......... 154

Figura 92. Bacia vertente ao ponto problemático P9 a jusante da represa de Vacacaí Mirim. 155

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Figura 93. Bacia vertente ao ponto problemático P-10 ............................................................ 156

Figura 94. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existentes atualmente no bairro

Agroindustrial ............................................................................................................................ 157

Figura 95. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no Bairro de

Tancredo Neves ......................................................................................................................... 158

Figura 96. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no Bairro Boi Morto

................................................................................................................................................... 159

Figura 97. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no Bairro de Lorenzi

................................................................................................................................................... 160

Figura 98. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no Bairro Lorenzi161

Figura 99. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no Bairro Lorenzi162

Figura 100. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no Bairro de Pé-de-

Plátano ...................................................................................................................................... 163

Figura 101. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existentes atualmente no Bairro de São

José ............................................................................................................................................ 164

Figura 102. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente no Bairro de Camobi ........... 165

Figura 103. Desenho do depósito anti-DSP proposto ............................................................... 176

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1. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

1.1 Caracterização e Diagnóstico

1.1.1 Introdução

As primeiras ações em águas pluviais que temos notícias dão conta que as mesmas datam da

época em que os sanitaristas associaram a ocorrência de endemias com a presença de águas

poluídas. A decisão então tomada foi a de proporcionar o afastamento dessas águas e com isso

afastar a causa geradora das endemias. O avanço que ocorreu na farmacologia e das pesquisas

em saúde pública inibiram o desenvolvimento dessa importante área de conhecimento.

Em um segundo momento, com o crescimento urbano em franco desenvolvimento e o

aparecimento dos primeiros problemas envolvendo inundações nos perímetros urbanos, o

tema teve um avanço em sua metodologia de abordagem e passou a ser tratado sob a lógica

de esgoto pluvial.

No momento, com o avanço das pesquisas em hidrologia, na informática, da estatística e dos

novos conceitos oriundos da área ambiental, o tema está sendo tratado sob a lógica do

manejo das águas pluviais onde concorrem ações de natureza estruturais e ações de natureza

não estruturais.

A primeira galeria de esgotos e drenagem que se tem registro na história foi feita na cidade de

Nippur, situada na Índia, foi executada em forma de arco, por volta de 3.750 a. C. Em Tell-

Asmar, nas proximidades de Bagdá, em 2.600 a. C., foi executado um conduto subterrâneo

para esgotamento das águas servidas e em Roma, a construção da "cloaca máxima", coletor

tronco com diâmetro máximo de 4,30m, destinado a coletar as águas pluviais e residuárias.

1.1.2 A Drenagem urbana de Santa Maria

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A cidade de Santa Maria se desenvolve em uma área repleta de nascentes. A maior parte dos

cursos de água localizados dentro da bacia do Arroio Cadena – o principal rio da cidade – estão

em área urbana e os impactos da urbanização sobre eles são evidentes.

Em Santa Maria, assim como na maioria das cidades brasileiras, a urbanização provocou a

adaptação da rede de drenagem ao processo de crescimento, quando o correto seria o

contrário, ou seja, que a expansão urbana fosse adaptada às condições naturais de drenagem

do terreno, evitando assim graves problemas, como os alagamentos, inundações,

deslizamento de encostas e erosão.

A urbanização das cidades aumenta a impermeabilização das superfícies pela introdução de

ruas pavimentadas, telhados, calçadas e pátios. Estas superfícies impermeabilizadas, que

oferecem menor resistência ao escoamento superficial que as condições naturais do solo,

provocam modificações no ciclo hidrológico, diminuindo consideravelmente a infiltração da

água no solo. Em consequência da maior taxa de impermeabilização do solo, tem-se o

aumento do volume e da velocidade de escoamento superficial.

A necessidade de projetos bem planejados, que possibilitem o desenvolvimento das áreas

ocupadas de maneira sustentável, requer o estudo de medidas que conduzam ao

planejamento do uso do solo, às condições de urbanização e à impermeabilização do solo de

cada bacia.

A abordagem do tema da Drenagem Urbana em nossa cidade prescinde de algumas

considerações iniciais que elucidam e subsidiam um melhor entendimento do momento em

que nos encontramos no contexto da Administração Municipal. São elas:

a) Nossa cidade teve origem em um crescimento espontâneo onde as partes altas da

cidade tiveram preferência na ocupação urbana, fenômeno facilmente perceptível

onde as principais vias urbanas encontram-se nos perímetros altos, divisores de água,

a saber: Av. Nossa Senhora Medianeira, Av. Nossa Senhora das Dores, Av. Presidente

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Vargas, Rua do Acampamento, Rua Dr. Bozano, Av. Euclides da Cunha, Av. Benjamin

Constant e Av. Rio Branco. A única exceção à regra de uma importante via urbana não

localizar-se em perímetro elevado é a Av. Borges de Medeiros que foi aberta para

atender a circulação militar, tendo em vista que a maioria dos quartéis militares estava

instalada nessa área da cidade, e o acesso ao sistema de tratamento de água da

cidade.

b) A área onde foi edificada a nossa cidade tem uma topografia moderadamente

ondulada, recortada por uma considerável quantidade de cursos de água. O processo

de ocupação, como já vimos, teve início pelas áreas altas e foi avançando até alcançar

as áreas baixas dotadas de baixo valor econômico e elevado valor ambiental, mas

foram ocupadas.

c) A primeira grande ação a ser efetivada em nossa cidade foi no ano de 1979, quando

a administração municipal contratou um estudo à Magna Engenharia Ltda. que

resultou no primeiro Plano do Sistema de Esgotos Pluviais da cidade de Santa Maria

(Projeto Sinuelo). Esse estudo orientou por algum tempo as ações e os projetos

implantados na área urbana, no entanto, com o crescimento vertical e horizontal que a

área urbana sofre, ele já se encontra obsoleto.

d) A segunda grande ação foi o projeto e a execução da drenagem e retificação do

Arroio Cadena, ocorrido no início dos anos 80, projeto este também elaborado pela

Magna Engenharia Ltda. com suporte financeiro do Departamento Nacional de Obras

de Saneamento – DNOS, que eliminou as inundações que ocorriam nas áreas baixas da

cidade, principalmente na Vila Urlândia.

e) Recentemente, através do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC foi feito o

revestimento das margens de um importante trecho do Arroio Cadena bem como o

paisagismo e melhorias no seu entorno.

f) Um fato de importância e de conotação conceitual foi a contratação em 2012 de

uma empresa de engenharia para fazer a limpeza das bocas de lobo, dos poços de

visita e das tubulações de esgoto pluvial por métodos não destrutivos, com a utilização

de um equipamento combinado de sucção a vácuo e jato a alta pressão.

g) A grande expectativa que reina no momento é a elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Ambiental, em cujo escopo encontra-se apontado o manejo das águas

pluviais urbanas.

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No município, os alagamentos e inundações são provocados principalmente pela alteração do

curso dos eixos de drenagem natural (sangas e arroios) e a ocupação do leito e das margens

dos arroios e suas áreas adjacentes naturalmente inundáveis.

Pode-se afirmar que os maiores problemas relacionados ao sistema de drenagem pluvial do

município são a contaminação das sangas e arroios por esgotos sanitários, resíduos sólidos de

todo tipo e o assoreamento dos cursos d’água naturais causados pela urbanização.

1.1.3 Conceito

Drenagem Urbana

Um sistema de drenagem urbana é composto pelas estruturas e instalações de engenharia

destinadas à retenção, ao transporte, ao tratamento e à disposição final das águas pluviais que

visam minimizar os riscos e diminuir os prejuízos causados por inundações. A drenagem

urbana e o manejo das águas pluviais possibilitam o desenvolvimento urbano de forma

harmônica, articulada e sustentável.

O aumento da urbanização, principalmente em pólos regionais de crescimento e a ocupação

irregular de áreas de risco de inundação produzem impactos significativos na infraestrutura de

recursos hídricos.

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A seguir, encontram-se conceituados componentes de um sistema de drenagem e manejo de

águas pluviais urbanas:

a) Guia ou meio-fio: é a faixa longitudinal de separação do passeio com a rua.

b) Sarjeta: é o canal situado entre a guia e a pista, destinada a coletar e conduzir as

águas de escoamento superficial até os pontos de coleta.

c) Bocas-de-lobo ou bueiros: são estruturas destinadas à captação das águas

superficiais transportadas pelas sarjetas; em geral situam-se sob o passeio ou sob a

sarjeta.

d) Galerias: são condutos destinados ao transporte das águas captadas nas bocas

coletoras até os pontos de lançamento. Possuem diâmetro mínimo de 400 milímetros.

e) Poços de visita: são câmaras situadas em pontos previamente determinados,

destinados a permitir a inspeção e limpeza dos condutos subterrâneos.

f) Trecho de galeria: é a parte da galeria situada entre dois poços de visita

consecutivos.

g) Bacias de amortecimento: são grandes reservatórios construídos para o

armazenamento temporário das chuvas, que liberam esta água acumulada de forma

gradual.

h) Cursos d’água naturais: constituem-se nos mais importantes aliados da

administração pública para o manejo de águas pluviais, porque não tiveram custo até

agora.

Macrodrenagem e microdrenagem

Os sistemas de drenagem são classificados de acordo com seu tamanho em sistemas de

microdrenagem e sistemas de macrodrenagem.

A microdrenagem drena pequenas áreas e inclui a coleta das águas superficiais ou

subterrâneas através de pequenas e médias galerias. Já a rede de macrodrenagem engloba,

além da rede de microdrenagem, galerias de grande porte e os corpos receptores destas águas

(rios ou canais). São exemplos de infraestruturas de macrodrenagem as barragens construídas

para este fim, os depósitos de retenção, grandes comportas, etc.

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1.1.4 Enchentes e Inundações

As enchentes e inundações são um dos principais tipos de desastres naturais que afligem

constantemente diversas comunidades em diferentes partes do planeta, sejam áreas rurais ou

metropolitanas. Esses fenômenos de natureza hidrometeorológica fazem parte da dinâmica

natural e ocorrem frequentemente deflagrados por chuvas rápidas e fortes, chuvas intensas de

longa duração e outros eventos climáticos, sendo intensificados pelas alterações ambientais e

intervenções urbanas produzidas pelo homem, como a impermeabilização do solo, retificação

dos cursos d’água e redução no escoamento dos canais devido a obras ou por assoreamento

ou por obstrução causada pela presença de árvores de grande porte.

Enchente ou Cheia: é a elevação temporária do nível d’água em um canal de

drenagem. As águas de chuva, ao alcançar um curso d’água, causam o aumento na

vazão por certo período de tempo. Este acréscimo na descarga de água tem o

nome de cheia ou enchente.

Inundação: é o extravasamento das águas do canal de drenagem para as áreas

marginais, quando a enchente atinge cota acima do nível máximo da calha

principal do rio. Por vezes, no período de enchente, as vazões atingem tal

magnitude que podem superar a capacidade de descarga da calha do curso d’água

e extravasar para áreas marginais habitualmente não ocupadas pelas águas. Este

extravasamento caracteriza uma inundação, e a área marginal, que

periodicamente recebe esses excessos de água denomina-se planície de

inundação, várzea ou leito maior, são áreas relativamente planas e baixas.

Vazão: é definida como o volume de água escoado na unidade de tempo em uma

determinada seção do curso d’água.

Alagamento: define-se alagamento como o acúmulo momentâneo de águas em

uma dada área por problemas no sistema de drenagem, podendo ter ou não

relação com processos de natureza fluvial.

Erosão Marginal: remoção e transporte de solo dos taludes marginais dos rios

provocados pela ação erosiva das águas no canal de drenagem.

Solapamento: ruptura de taludes marginais do rio por erosão e ação

instabilizadora das águas durante ou logo após processos de enchentes e

inundações.

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Área de Risco de Enchentes e Inundação: em um contexto urbano, áreas de risco

de enchentes e inundação são os terrenos marginais a cursos d’água ocupados por

núcleos habitacionais precários sujeitos ao impacto direto desses fenômenos. As

pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a danos à sua integridade física,

perdas materiais e patrimoniais.

As enchentes e inundações apresentam efeitos danosos sobre a população, efeitos que podem

ser classificados como diretos e indiretos. Os principais efeitos diretos são mortes por

afogamento, a destruição de moradias, danos materiais diversos e gastos com recuperação. Os

indiretos são principalmente aqueles relacionados às doenças transmitidas por meio da água

contaminada, como a leptospirose, a febre tifóide, a hepatite e a cólera.

1.1.5 Competências

Institucionalmente, a infraestrutura de microdrenagem é reconhecida como da competência

dos governos municipais que devem ter total responsabilidade para definir as ações no setor.

Esta competência se amplia em direção aos governos estaduais na medida em que crescem de

relevância as questões de macrodrenagem, cuja referência fundamental para o planejamento

são as bacias hidrográficas.

Devem ser de competência da administração municipal os serviços de infraestrutura urbana

básica relativos à microdrenagem e serviços correlatos - incluindo-se terraplenagens, guias,

sarjetas, galerias de águas pluviais, pavimentações e obras de contenção de encostas, para

minimização de risco à ocupação urbana e manutenção dos cursos d’água naturais.

1.1.6 Hidrografia no município de Santa Maria

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As figuras seguintes apresentam a hidrografia do município de Santa Maria. Vê-se que Santa

Maria possui uma grande densidade de cursos d’água que servem de eixos de drenagem

natural das águas pluviais.

No linguajar gaúcho, a palavra ‘sanga’ significa um curso d’água menor que um arroio. Muitos

dos cursos naturais de Santa Maria são chamados sangas, como por exemplo, a Sanga da

Aldeia e a Sanga do Hospital, importantes eixos de drenagem da zona urbana. Muitas dessas

sangas se encontram canalizadas e não são aparentemente visíveis, o que causa uma

degradação crescente, porém não perceptível de sua qualidade.

Figura 1: Hidrografia do município de Santa Maria

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Figura 2: Hidrografia da zona urbana de Santa Maria

Os principais cursos d’água e eixos de drenagem natural da área urbana do município são:

Tabela 1 - Principais cursos d´água e eixos de drenagem natural

Curso d’água Extensão (m)

Arroio Cadena 21.230

Arroio Cancela 5.762

Arroio Ferreira 18.179

Sanga da Aldeia 3.974

Sanga do Hospital 2.703

Rio Vacacaí Mirim 80.000

Hidrografia

Área urbana

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Figura 3 - Principais cursos d'água da zona urbana de Santa Maria

1.1.7 Caracterização das bacias dos principais eixos de drenagem na zona

urbana

Bacia do Arroio Cadena

O Arroio Cadena é o eixo de drenagem mais importante do município. Ele percorre 2/3 da

cidade de Santa Maria e passa por 13 bairros da cidade.

A área abrangida pela bacia hidrográfica do Arroio Cadena pertence à bacia hidrográfica do rio

Vacacaí-Mirim e está localizada na região central do Rio Grande do Sul junto a Depressão

Periférica sul-rio-grandense nas proximidades do Rebordo Planalto da Bacia Sedimentar do

Hidrografia

Área urbana

Arroio do Ferreira Arroio Cadena

Rio Vacacaí Mirim

Arroio Cancela

Arroio Cadena

Sanga da Aldeia

Sanga do Hospital

Barragem do Vacacaí Mirim

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Paraná. A bacia do Arroio Cadena abrange grande parte da área urbana do município de Santa

Maria.

A população que reside na bacia do Arroio Cadena supera os 200 mil habitantes, dos quais 80%

residem na área urbana. O crescimento da cidade causou uma grande degradação da

qualidade das águas do Arroio Cadena. Os principais impactos negativos da urbanização sobre

o Cadena é o despejo de esgotos sanitários, resíduos sólidos de todos os tipos, a ocupação

irregular de suas margens e a retirada da mata ciliar.

Figura 4: Vista da deposição irregular de resíduos nas margens do Arroio Cadena

O clima da região apresenta como característica invernos frios, com temperatura média do

mês mais frio entre 13°C e 15°C e média das mínimas entre 8°C e 10°C. Os verões são quentes,

com temperatura média do mês mais quente superior a 24°C, média das máximas variando

entre 28°C e 32°C e as máximas absolutas podendo oscilar em torno dos 39°C. As

temperaturas médias anuais situam-se entre 16°C e 20°C. As precipitações são regulares

durante todo o ano, não apresentando estação seca, com índices pluviométricos anuais entre

1.500 mm e 1.600 mm. Os ventos predominantes são de leste e sudeste.

Os dados gerais da bacia hidrográfica do Arroio Cadena estão apresentados a seguir.

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Tabela 2 - Dados gerais da bacia do Arroio Cadena

Parâmetro Bacia Hidrográfica do Arroio Cadena

Área 20.768 ha

Comprimento da bacia 20.950 m

Comprimento do rio principal 21.230 m

Densidade de drenagem 18,13 m/ha

Declividade média 8,67%

Figura 5 - Bacia hidrográfica do Arroio Cadena

A área abrangida pela bacia hidrográfica do Arroio Cadena está assentada sobre litologias

Paleozóicas da Bacia do Paraná relativas à Formação Santa Maria (Membro Passo das Tropas e

Membro Alemoa), Formação Caturrita, Formação Botucatu, Formação Serra Geral, Formação

Sanga do Cabral e Cenozóicas constituídas pelos Terraços Fluviais e Sedimentos Atuais do

Quaternário.

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Quanto à geomorfologia, a área está situada na Depressão Periférica sul-rio-grandense e no

Rebordo do Planalto da Bacia Sedimentar do Paraná. O relevo caracteriza-se por apresentar

uma topografia suave, com baixas cotas altimétricas, onde se destacam as planícies aluviais os

terraços fluviais e as coxilhas.

A área sofreu significativas alterações na cobertura original da vegetação. Os setores da área

que atualmente são dedicados ao uso com pecuária, apresentam cobertura com gramíneas

entre a vegetação arbórea e arbustiva em regeneração. Naqueles onde o uso é com

agricultura, houve a supressão da vegetação original. No Rebordo, entretanto, há alguns

pontos apresentando remanescentes da Floresta Estacional, Semidecidual.

Na zona mais densamente urbanizada, os resíduos sólidos depositados no leito e margens do

arroio e a presença de árvores de grande porte na calha causam a obstrução da vazão o que

provoca transbordamentos em épocas de fortes chuvas, causando prejuízos econômicos e

transtornos à população.

Bacia do Arroio Cancela

A bacia do Arroio Cancela situa-se na região centro-sul do município de Santa Maria. A mesma

encontra-se entre as coordenadas geográficas 53°48’44’’ e 53°47’12’’ de longitude oeste e

29°43’02’’ e 29°41’31’’ de latitude sul.

O Arroio Cancela é um afluente do Arroio Cadena e percorre os bairros Nossa Senhora de

Lourdes e Medianeira. A bacia encontra-se em um avançado estágio de degradação ambiental,

devido principalmente ao lançamento de esgoto doméstico e resíduos sólidos.

A bacia hidrográfica Cancela apresenta área de 4,95 km², com população de aproximadamente

18.000 habitantes, sendo 56% de área urbana e 35% de sua área total impermeabilizada.

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Figura 6 - Bacia hidrográfica do Arroio Cancela

As características físicas principais da bacia são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 3 - Características físicas da bacia hidrográfica o Arroio Cancela

Parâmetro Bacia Hidrográfica do Cancela

Área de drenagem 4,95 km2

Perímetro da bacia 10,29 km

Comprimento rio principal 3,74 km

Elevação máxima 240 m

Elevação mínima 76 m

Declividade rio principal 0,013 m/m

Declividade média da bacia 0,1098 m/m

Adaptado de GARCIA, 2005.

Com relação ao uso e ocupação do solo temos:

Tabela 4 - Tipo de uso e ocupação do solo na bacia do Arroio Cancela referente ao ano de 2004

Tipo de uso e ocupação do solo Área (ha) Percentual (%)

Terrenos e jardins 86,96 18

Telhados e calçadas 118,30 24

Vegetação arbórea 132,27 27

Ruas 52,08 11

Campo 84,63 17

Solo exposto 14,70 3

Água 0,29 <1

Adaptado de GARCIA, 2005

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A bacia hidrográfica do Arroio Cancela também se encontra em processo de urbanização

acelerado, devido à localização e valorização da área.

Segundo estudo realizado por GARCIA (2005), a área urbana apresentou crescimento de 17%

entre os anos de 1980 e 2004, principalmente sobre as áreas de campo, indicando a

urbanização da bacia.

Outro fator de elevada importância que se deve analisar é a porcentagem de áreas

impermeáveis, pois representa o aumento da densidade das áreas já urbanizadas. O aumento

das áreas impermeáveis foi de 24%, entre 1980 e 2004, sendo que a maior parcela da

impermeabilização ocorreu entre os anos de 1992 e 2004 com uma taxa de impermeabilização

de 1,3% ao ano.

O fato do aumento das áreas impermeáveis ser mais elevado que o das áreas urbanizadas

mostra que a mancha urbana cresce em menor proporção que a ocupação dos vazios

existentes nas áreas urbanizadas. Ao se analisar o impacto da urbanização nas cheias o fator

mais influente no aumento do escoamento superficial é a porcentagem de impermeabilização.

Outro problema que ocorre na bacia do arroio Cancela, e que é responsável por ocorrências de

inundações e alagamentos, são os barramentos, que dificultam ou “barram” a passagem da

água quando aumenta a vazão do canal. Estes barramentos são constituídos, principalmente

de dutos e pontes que no momento apresentam seções de escoamento que são insuficientes

para a vazão da água quando há um aumento do escoamento. Associado a isso se tem,

também, o entupimento das tubulações com lixo e sedimentos, o que dificulta a passagem da

água e provoca o seu acúmulo e, consequente alagamento das áreas marginais à montante.

Os barramentos ocorrem com mais frequência na porção do médio curso, formando pontos de

estrangulamento da drenagem, potencializando a ocorrência de alagamentos nas áreas à

montante dos mesmos.

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Os riscos associados à dinâmica fluvial ocorrem com mais frequência na porção do baixo e

médio curso da bacia. Na porção do baixo curso, junto às vilas Urlândia, Santos e Alegria, a

possibilidade de risco de inundações/alagamentos e de erosão de margem é muito alto,

apresentando assim o grau máximo de risco à ocupação.

Na porção do médio curso do arroio têm-se áreas de risco muito alto, risco alto. As áreas de

risco muito alto ocorrem na vila Medianeira. As áreas de risco alto ocorrem junto às vilas de

Medianeira e Nonoai, associado a áreas de médio padrão urbano.

No alto curso do arroio Cancela há ocorrência de uma área de risco moderado associado a

inundação/alagamento na Vila Roemer, que apesar de ser uma área de alto padrão, apresenta

registro de acidentes.

Bacia da Sanga da Aldeia

A bacia da Sanga da Aldeia é uma sub-bacia da bacia do Arroio Cadena e encontra-se na zona

central da cidade. Pela sua localização, a Sanga da Aldeia sofre os impactos ambientais

característicos de cursos d’água em zonas urbanas – despejo de esgotos sanitários, ocupação

intensa de suas margens, canalização e retificação do leito, acúmulo de resíduos sólidos de

todo tipo.

Bacia da Sanga do Hospital

A bacia hidrográfica da Sanga do Hospital é afluente do arroio Cadena, que drena a maior

parte do sítio urbano de Santa Maria. Está localizada na porção centro-sul da cidade de Santa

Maria em área urbana com ocupação densa.

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A bacia hidrográfica da Sanga do Hospital passou por profundas modificações em seu canal,

bem como na dinâmica responsável pelo equilíbrio da rede de drenagem.

A incorporação da área drenada pelos arroios para uso residencial e comercial foi responsável

pela impermeabilização do solo. A retirada da vegetação natural e a posterior pavimentação

dos terrenos aumentou o escoamento superficial e diminuiu a infiltração, contribuindo para o

aumento da quantidade de água que escoa para junto do canal fluvial. Além disso, o processo

erosivo em terrenos desprotegidos vem provocando um incremento de sedimentos que são

carreados para o curso principal do arroio, o que contribui para o assoreamento dos canais.

A canalização de grande parte dos canais, principalmente das nascentes e do setor do médio

curso da bacia, também contribui para o aumento da possibilidade de ocorrência de acidentes

associados à dinâmica fluvial na jusante, pois aumenta a velocidade e o volume de água que

escoa pelos canais.

Os processos de canalização envolvem o alargamento e aprofundamento da calha fluvial,

retificação do canal, construção de canais artificiais e de diques, proteção de margens e

remoção de obstáculos de canal. As referidas obras de engenharia modificam a calha do rio,

causando impactos no canal e na planície de inundação.

O canal retificado gera inúmeros impactos geomorfológicos, tais como:

o Redução do comprimento do canal

o Mudança do padrão de drenagem

o Perda dos meandros

o Alteração da forma do canal (aprofundamento e alargamento do rio)

o Diminuição da rugosidade do leito

A canalização da Sanga do Hospital ocorre tanto de forma fechada como aberta, onde as

margens são protegidas por muros. As canalizações que ocorrem no setor à montante da bacia

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afetam diretamente as áreas a jusante, devido ao aumento da velocidade e do volume de

água.

A porção do baixo curso da bacia é considerada zona desfavorável à ocupação. É uma área

composta por solos mal drenados e inundáveis ou por condições de fundamentação

desfavoráveis. É constituída por planícies de inundação ou várzeas e deve ser ocupada com

certas precauções.

A vegetação original é praticamente inexistente, estando o solo praticamente todo ocupado

pela urbanização. A vegetação remanescente se restringe às matas ciliares que se encontram

em estágio avançado de desmatamento, e às áreas arborizadas nos locais de difícil acesso,

ainda não incorporados ao processo de urbanização.

Quanto à drenagem, o canal principal obedece a uma orientação predominante nordeste-

sudoeste. O canal está muito modificado pela ação antrópica, com canais fechados, retificados,

diques marginais modificados, etc.

A suscetibilidade aos alagamentos e inundações é mais evidente no baixo curso da bacia, mas

também ocorre no médio curso. Isso se deve a existência de solos mal drenados e declividades

inferiores a 2%. A erosão de margens é potencializada pelas canalizações e retificações a

montante que aceleram o fluxo de água e desencadeiam os processos erosivos a jusante.

Os riscos relacionados aos processos de dinâmica de encosta ocorrem com menor frequência e

gravidade. São frequentes na porção do alto curso e também ocorrem em porções isoladas no

médio curso. São áreas com declividade acima de 12%, onde a construção exige medidas

preventivas de movimentos de massa, bem como obras de contenção de acidentes, e por isso,

tornam-se mais caras. Este tipo de risco está relacionado com a possibilidade de ocorrência de

movimentos de massa localizados, como pequenos escorregamentos, associados a

retaludamentos através de cortes e aterros.

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Os cortes e aterros realizados para construção de moradias em terrenos com declividade

acentuada são obras que provocam alterações na forma original do terreno e estão sujeitos à

erosão pela ação das águas pluviais e também de movimentos de massa devido à ruptura

abrupta da forma original do terreno.

Com relação ao tipo de ocupação, a montante da área da bacia existe uma zona

predominantemente residencial de alto padrão. Na área a jusante, a ocupação urbana é de

baixo padrão, com ocorrências de loteamentos populares e ocupações irregulares. Na porção

de médio e baixo curso da bacia a população ocupa as planícies ribeirinhas e as margens do

arroio.

Na porção do médio curso dos arroios têm-se áreas de risco muito alto e moderado. As áreas

de risco muito alto ocorrem nas vilas Selmer e Immenbuí. O risco moderado ocorre nas vilas

Plátano e Lameira.

Bacia do Arroio Ferreira

A bacia hidrográfica do Arroio Ferreira apresenta uma área de drenagem de 5.207,72 ha, que

se intercalam entre as zonas industriais, urbanas e rurais. O Arroio Ferreira, principal rio da

bacia, possui uma extensão de 18.735m e é afluente do Arroio Picadinho, cujas águas

deságuam no Arroio Arenal e consequentemente no Rio Vacacaí.

Uma peculiaridade importante da bacia do Arroio Ferreira é que nela está localizado o aterro

sanitário de Santa Maria, o qual lança o efluente tratado do percolado no arroio. Segundo

trabalho de GOMES (2005), o impacto deste lançamento promove uma

degradação significativa do Arroio Ferreira, alterando bruscamente a concentração de DBO de

8 mg/L a montante para 73mg/L a jusante ,e DQO de 19 mg/L a montante para 210 mg/L a

jusante, considerando valores médios.

Bacia do Rio Vacacaí Mirim

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A bacia hidrográfica do Rio Vacacaí-Mirim localiza-se na região central do estado do Rio

Grande do Sul, abrangendo áreas de cinco municípios, Santa Maria, Restinga Seca, Itaara, São

João do Polesine e Silveira Martins.

Está situada entre as coordenadas geográficas 53°46’30” a 53°49’29” de longitude Oeste e

29°36’55” a 29°39’50” de latitude Sul, abrangendo uma área total de 1.120 km².

Fonte: PAIVA et al.

Figura 7 - Localização da Bacia do Vacacaí Mirim

Na parte alta da bacia está localizada a represa DNOS, responsável por 30% do abastecimento

público de Santa Maria. A represa tem área inundada de 0,74 km2, volume de 3.800.000 m3 e

bacia contribuinte de aproximadamente 29 km2, com cobertura de mata nativa, agricultura de

cultivos anuais e permanentes, pecuária em pequena escala e balneários.

A bacia do Vacacaí Mirim sofre com os efeitos da expansão urbana e da atividade agrícola, com

sérios problemas qualitativos e quantitativos dos recursos hídricos.

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Os principais usos da água na bacia são:

o Abastecimento público: o abastecimento de água nas áreas urbanas é realizado

pela Companhia Rio-grandense de Saneamento – CORSAN. Nas áreas rurais o

abastecimento é realizado através de poços ou vertentes. Algumas pequenas

comunidades possuem pequenos sistemas de abastecimento com rede ligada a

reservatório com capacidade de 3 a 5 mil litros.

o Agricultura: a lavoura de arroz é o uso predominante na bacia. Em menor escala

está o cultivo de hortaliças, milho, fumo e soja, que não consomem água de

irrigação.

Usos da água menos expressivos na região são:

o Abastecimento industrial: a bacia do Rio Vacacaí Mirim não apresenta áreas de

características industriais. Destacam-se alguns frigoríficos, fábricas de facas,

olarias e beneficiadores de arroz.

o Usos não consuntivos: os balneários se localizam na região de Itaara e Arroio

Grande. Os balneários possuem açudes para lazer e recreação e o abastecimento

é feito pela CORSAN ou através de poços.

Considerando apenas os principais usos da água na bacia – abastecimento público e irrigação –

se estima que 92,5% são destinados para a irrigação da lavoura de arroz e 7,5% para

abastecimento público (PAIVA et al, 2005). A área total irrigada da bacia (safra 2005-2006) foi

de 8.626 ha, dos quais 4.501 ha foram irrigados por açudes, 281 ha por poços e 3.844 ha por

rios, sangas e vertentes. Em termos de volumes de água para irrigação, ainda segundo PAIVA

et al, os açudes contribuem com 52,18%, os poços com 3,26% e os rios, sangas e vertentes

com 44,56%.

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1.1.8 Estações pluviométricas

Existem 4 estações pluviométricas em Santa Maria, listadas a seguir. Sua localização está

representada na Figura abaixo.

1. Estação pluviométrica da IPAGRO

2. Estação pluviométrica da Vila Renascença

3. Estação pluviométrica da UFSM

4. Estação pluviométrica do Aeroporto de Santa Maria (SBSM)

Figura 8 - Localização das estações pluviométricas de Santa Maria

Os dados históricos destas estações são de grande importância para o conhecimento do

regime de precipitações e precipitações máximas esperadas na região e servem de base para o

estudo e dimensionamento das infraestruturas de macro e microdrenagem.

1.1.9 Estações fluviométricas

1. Vila Renascença (Arroio Cadena)

2. Escola UFSM – Gráfica (Sanga Lagoão do Ouro)

3. Escola UFSM – Reitoria

4. Escola UFSM – Pains (Sanga Lagoão do Ouro)

(1)

(2)

(3)

(4)

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Figura 9 - Localização das estações fluviométricas de Santa Maria

Os dados históricos destas estações também são de grande importância para o conhecimento

das vazões mínimas, médias e máximas dos corpos d’água que cortam o município e servem

de base para o dimensionamento das infraestruturas de macro e microdrenagem, assim como

de controle da qualidade das águas.

1.2 Diagnóstico do sistema de drenagem urbana do município

1.2.1 Microdrenagem

A rede de micro drenagem existente no município de Santa Maria é bastante fragmentada e

conta com poucos trechos de tubulações fazendo com que a drenagem pluvial seja realizada

diretamente pelas sarjetas e leito das ruas e avenidas.

Uma característica generalizável para toda extensão da região urbana é a presença de

estruturas de micro drenagem apenas nas partes mais baixas e planas, fazendo com que a

água escoe pelas ruas até atingir estas zonas.

(1)

(2)

(3)

(4)

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Este escoamento causa a degradação da pavimentação e transtornos para a circulação de

veículos e pedestres, inclusive ingressando em algumas residências.

Devido aos gradientes de declividade da cidade, os alagamentos são de pequena duração,

causando transtornos por pouco tempo o que provoca uma menor priorização de

investimentos públicos para a minimização dos alagamentos e seus efeitos.

Ainda, a infraestrutura de microdrenagem existente é bastante arcaica e não segue uma

padronização construtiva, que juntamente com a falta de manutenção causa risco de acidente

à população.

Figura 10 - Elementos de microdrenagem existentes em Santa Maria

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Muitos trechos das tubulações da rede de microdrenagem sofrem com o problema de

rompimento de juntas, com a consequente deformação dos tubos e obstrução das vazões de

água, causando alagamentos nesses pontos.

Com relação aos poços de visita, além da falta de padrão construtivo, recobrimento dos poços

por asfalto ou terra, os mesmos estão dotados de tampas de laje de concreto, que dificultam

seu acesso e portanto as operações de limpeza da rede de drenagem.

Figura 11 - Poço de visita com tampão de laje de concreto

Para todos os elementos de microdrenagem é necessário definir padrões de construção e de

materiais que sejam compatíveis tanto com o tipo de uso das vias, em função do tráfego,

frequência e peso dos veículos, bem como as vazões de água em tempo de chuva.

1.2.2 Macrodrenagem

A rede de macrodrenagem é composta por canais naturais e artificiais, sendo os canais

naturais o tipo de canal presente na maior parte da rede de macrodrenagem.

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Nos arroios e sangas ocorrem problemas de inundações, principalmente devido à ocupação

das margens, deposição de resíduos de todo tipo e crescimento de vegetação no leito dos

cursos d’água, facilitada pela grande concentração de nutrientes nas águas contaminadas por

esgotos domésticos.

Além das inundações, todos os corpos d’água que cortam a zona urbana do município estão

contaminados por esgotos domésticos. Isto se deve não somente à carência da cobertura do

serviço de esgotamento sanitário no município, como também por conexões errôneas das

saídas do esgoto cloacal à rede de drenagem pluvial, pois mesmo em áreas onde há rede de

esgotamento sanitário os corpos d’água recebem este tipo de contaminação.

A identificação das conexões errôneas quase sempre é uma tarefa muito difícil, pois é um

trabalho investigatório em zonas de difícil acesso, em áreas privadas ou altamente ocupadas e

degradadas.

Figura 12 - Vista de uma sanga de Santa Maria

Segundo informações da Prefeitura Municipal de Santa Maria, os principais pontos conflitivos

do sistema de macrodrenagem na zona urbana da cidade são os alagamentos e

afundamentos/desmoronamentos, causados pelo aumento de vazão das sangas em tempo de

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chuva, transporte de sólidos e erosão. Estas zonas estão representadas na figura abaixo e

descritas na continuação.

Figura 13 - Vista dos pontos conflitivos na zona urbana de Santa Maria

Tabela 5 - Características dos pontos conflitivos da rede de macrodrenagem de Santa Maria

Ponto Localização Problemas

P1 R. João Lino Preto. Bairro

Pinheiro Machado

Alagamentos devido à retificação

da sanga .

P2 Rua Coronel Valença, esquina

com Major Bittencourt. Bairro

Divina Providência

Alagamento

P3 Av. Borges de Medeiros,

esquina com R. Cel. Estácio

Mariense de Lemos. Bairro Noal

Afundamento/Desmoronamento

P4 R. Marechal Floriano Peixoto,

esquina com R. Tuiuti. Bairro

Centro.

Afundamento/Desmoronamento

P5 Av. Borges de Medeiros / R.

Papa Pio XII. Bairro N. Sra.

Medianeira

Afundamento/Desmoronamento

P6 Av. Hélvio Basso. Bairro

Uglione.

Contaminação do Arroio Cancela

por esgotos e resíduos

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P7 R. André Marques entre R. Silva

Jardim e R. dos Andradas.

Bairro Centro.

Afundamento/Desmoronamento

P8 R. Treze de Maio entre R. Dr.

Wauthier e R. André Marques.

Bairro Centro.

Afundamento/Desmoronamento

P9 Rua sem nome. Margem direita

do Vacacaí Mirim. Bairro

Camobi

Alagamento

P10 R. Luis Petry. Bairro Camobi. Alagamento

1.2.3 Plano de manutenção e limpeza

As operações de manutenção e limpeza da rede de microdrenagem em Santa Maria estão a

cargo da Secretaria de Infraestrutura e Serviços.

Não existe um plano preventivo de manutenção e limpeza dos sistemas, ou seja, as equipes

atuam segundo a necessidade, após solicitação do serviço por parte da comunidade.

Para o serviço corretivo de manutenção e limpeza existe uma equipe 20 pessoas, 3 caminhões

e 3 retroescavadeiras.

Figura 14 – Obras na rede de microdrenagem de Santa Maria

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Recentemente a Prefeitura Municipal contratou o serviço especializado de limpeza não

destrutiva da rede de microdrenagem. Este serviço melhorou muito a eficiência das operações

de limpeza.

O contrato tem período de 12 meses e é renovável pelo mesmo período até no máximo 5

anos. O pagamento dos serviços é feito por ponto de manutenção. Os critérios de escolha dos

locais onde se utiliza o método de limpeza não destrutiva são:

Histórico de enchentes

Frequência de circulação de veículos e pessoas

Existência de transporte coletivo, escolas, hospitais e demais serviços

1.2.4 Riscos associados à rede de drenagem

Os principais riscos associados à rede de drenagem são as inundações/alagamentos e erosão

de margens dos cursos d’água.

As inundações em áreas urbanas podem ocorrer devido às enchentes em áreas ribeirinhas e

em função da urbanização. As inundações localizadas podem ocorrer em função de fatores

como: o estrangulamento da secção do rio devido a aterros e pilares de pontes; estradas;

aterros para aproveitamento das áreas; assoreamento do leito do rio e lixo; remanso devido a

macrodrenagem; presença de árvores de grande porte na calha do curso d’água, entre outros.

Áreas com declividade inferior a 2%, quando ocupadas tendem a provocar circunstâncias de

risco caso nenhum projeto de drenagem seja efetuado, pois são áreas saturadas. Os cuidados

técnicos com a microdrenagem devem ser observados, caso contrário as águas pluviais podem

provocar alagamentos mesmo com chuvas de baixa intensidade. A água pluvial que escoa por

gravidade para essas áreas quando encontra alguma intervenção antrópica, como bueiros mal

dimensionados, obras transversais que impeçam o escoamento livre das águas, tende a

acumular-se originando situações de inundações/alagamentos.

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1.2.5 Áreas de risco de enchentes, inundações e deslizamento em Santa Maria

Segundo o mapeamento das áreas de risco realizado na elaboração do Plano Municipal de

Áreas de Risco de Santa Maria (2006), as áreas de risco de enchentes, inundações e

deslizamento estão localizadas nas seguintes zonas:

Tabela 6 - Localidades com risco de enchentes, inundação e deslizamento em Santa Maria

Zonas Grupo

Margens do Arroio Cadena e afluentes Grupo 1

Margens do Arroio Cancela Grupo 2

Margens da Ferrovia e Morro Cechella Grupo 3

Rio Vacacaí Mirim Grupo 4

Fonte: Plano Municipal de Áreas de Risco de Santa Maria

As localidades sujeitas aos mencionados riscos em geral são ocupadas por população de baixa

renda, na maioria dos casos de forma irregular. São elas:

Tabela 7 - Localidades e tipo de risco a que estão sujeitas

Grupo 1: Margens do Arroio Cadena e afluentes

Localidade Tipo de risco

Vila Cerro Azul Alagamento e inundação

Vila salgado Filho Alagamento e inundação / Deslizamento e solapamento

Km2 Alagamento e inundação

Vila Oliveira Deslizamento e solapamento

Vila Arco-Iris Deslizamento e solapamento

Vila Renascença Alagamento e inundação

Vila Urlândia Alagamento e inundação / Deslizamento e solapamento

Vila Ecologia Alagamento e inundação

Grupo 2: Margens do Arroio Cancela

Localidade Tipo de risco

Vila Santos Alagamento e inundação

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Vila Medianeira Alagamento e inundação

Deslizamento e solapamento

Vila Nonoai Deslizamento e solapamento

Grupo 3: Margens da Ferrovia e Morro Cechella

Localidade Tipo de risco

Passo dos Weber Deslizamento e solapamento

Bela Vista Deslizamento e solapamento

Montanha Russa Deslizamento e solapamento

Margens da Ferrovia Deslizamento e solapamento

Grupo 4: Rio Vacacaí Mirim

Localidade Tipo de risco

Vila Schirmer Alagamento e inundação /Deslizamento e solapamento

Km3 Alagamento e inundação

Vila Bilibiu Deslizamento e solapamento

Vila Favarin Alagamento e inundação

Deslizamento e solapamento

A vista geral destas áreas se apresenta na figura abaixo, e as vistas em detalhe de cada zona

com características gerais se apresentam na sequência. Os dados apresentados são de 2006,

quando se elaborou o Plano Municipal de Áreas de Risco de Santa Maria.

Figura 15 - Vista geral das zonas sujeitas a risco de alagamento/ inundações e

deslizamentos/solapamentos

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Vila Cerro Azul

Esta área está localizada entre a Rua Corredor Picampo e a margem esquerda de uma das

nascentes do Arroio Cadena. Ocupa uma extensão de aproximadamente 500 m, nas

proximidades das ruas Aparício Borges e La Paz, com cerca de 70 edificações em área de

preservação permanente (APP). 46% destas em alvenaria de bom a médio padrão e 54% de

madeira e mistas de médio a baixo padrão. A população desta área era de 269 habitantes em

2006.

Figura 16 - Detalhe da zona de risco da Vila Cerro Azul

Vila Salgado Filho

Esta área está localizada às margens do Arroio Cadena, entre a Av. Borges de Medeiros e a Rua

Sete de Setembro, ocupa uma extensão de aproximadamente 1 km com cerca de 100

edificações, 23% destas em alvenaria de bom a médio padrão e 77% de madeira e mistas de

médio a baixo padrão. A área média das edificações é de 33 m2. A população desta área era

405 habitantes em 2006.

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Figura 17 - Detalhe da zona de risco da Vila Salgado Filho

Km 2 (Bairro Divina Providência)

Esta área está localizada entre as ruas Olegário Mariano e a continuação da rua Cel. Valença e,

entre as ruas Major Bitencourt e margem esquerda do Arroio Cadena. Ocupa uma extensão de

aproximadamente 10 quadras, com cerca de 196 edificações, 30% destas em alvenaria de

baixo padrão e 70% de madeira e mistas de baixo padrão. A população desta área era de cerca

de 840 habitantes em 2006.

Figura 18 - Detalhe da zona de risco do Km2 (Divina Providência)

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Vila Oliveira

Situa-se ao longo da margem esquerda do Arroio Cadena, entre o início da Rua Venâncio Aires

e o início da rua Cel. Valenciano Coelho com extensão de cerca de 1.500m, que não está

configurada como uma via urbanizada.

Constatou-se uma invasão às margens do arroio com 39 edificações, abrangendo 144

moradores (em 2006).

Figura 19 - Detalhe da zona de risco da Vila Oliveira

Vila Arco-Íris

Situa-se ao longo da margem esquerda do Arroio Cadena, na Rua Maestro Roberto Barbosa

entre o início da rua Venâncio Aires e a Av. Walter Jobim. Constatou-se uma invasão às

margens do arroio com cerca de 500m de extensão e 28 edificações, abrangendo 75

moradores em 2006.

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Figura 20 - Detalhe da zona de risco da Vila Oliveira

Vila Renascença

Esta área está localizada no lado esquerdo da BR 287, com acesso através do trevo da Av.

Jornalista Maurício Sirotski a margem direita do arroio Cadena. Ocupa uma extensão de

aproximadamente duas quadras, com cerca de 79 edificações, com 63% destas em alvenaria

de bom a médio padrão e 37% de madeira e mistas (madeira e alvenaria) de bom a médio

padrão. A população que habitava esta área era de 316 habitantes em 2006.

Figura 21 - Detalhe da zona de risco da Vila Renascença

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Vila Urlândia

Esta área está localizada entre a BR-287 e a margem esquerda do arroio Cadena. Ocupa uma

extensão de aproximadamente dez quadras entre as ruas Ten. Av. Jose F. G. Ritzel e Amadeu

Martins Lopes, com cerca de 200 edificações, 54% destas em alvenaria de bom a médio padrão

e 46% de madeira e mistas de bom a médio padrão. A população desta área era de 619

habitantes em 2006.

Figura 22 - Detalhe da zona de risco da Vila Urlândia

Vila Ecologia

Esta área está localizada ao lado do Parque Pinheiro Machado, na continuação da Av. Brasil,

das ruas Macapá e Eng. Renato Pereira, nas proximidades de um dos afluentes do arroio

Cadena. Ocupa uma extensão de aproximadamente duas quadras, com cerca de 66

edificações, 58% destas em alvenaria de médio a baixo padrão e 42% de madeira e mistas

(madeira e alvenaria) de médio a baixo padrão. A população desta área era de 168 habitantes

em 2006.

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Figura 23 - Detalhe da zona de risco da Vila Ecologia

Vila Santos

A área afetada é um segmento da “Vila Santos” e está situado ao longo do Arroio Cancela,

atinge a rua “G” e confluência das ruas: Costa, Carlos, Frederico Ozanan, Agostinho Scolari, “C”

e “X” com o Arroio Cancela. Ocupa uma extensão equivalente a dez quadras, com cerca de 81

edificações, 47% destas em alvenaria de médio a bom padrão e 53% de madeira e mistas

(madeira e alvenaria) de médio a baixo padrão. A população desta área era de cerca de 210

habitantes em 2006.

Figura 24 - Detalhe a zona de risco da Vila Santos

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Vila Medianeira

A área afetada está situada ao longo do Arroio Cancela, a partir da Rua Duque de Caxias até o

final da rua Gen. Osório. A pior situação é junto à Rua Paulo Regis dos Santos Pereira, onde há

ocupação apenas na margem direita do arroio. Ocorre em uma extensão de três quadras, com

cerca de 53 edificações, 55% destas em alvenaria e as demais em madeira e mistas (madeira e

alvenaria), estas de baixo padrão construtivo. A população desta área era de 212 habitantes

em 2006.

Figura 25 - Detalhe da zona de inundação da Vila Medianeira

Vila Nonoai

A área afetada é um segmento da Vila Nonoai e está situada ao longo do Arroio Cancela e da

Rua Almiro Amadeu Beltrame, paralela a Rua Tamandaí, havendo ocupação apenas na margem

direita do arroio. Ocupa uma extensão de duas quadras, com cerca de 20 edificações, 70%

destas em alvenaria e as demais em madeira e mistas (madeira e alvenaria) todas de médio a

bom padrão construtivo. A população desta área era de cerca de 90 habitantes em 2006.

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Figura 26 - Detalhe da zona de risco na Vila Nonoai

Passo dos Weber

Situa-se ao longo da rua Passo dos Weber e às margens direita e esquerda do talude de corte

da linha férrea, tendo como ponto de referência a ponte sobre a via férrea na rua Borges de

Medeiros. Existe uma invasão próxima de uma ocupação formal ao longo dos 600m de

extensão do corte com 43 edificações, abrangendo 114 moradores em 2006.

Figura 27 - Detalhe da zona de risco de Passo dos Weber

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Bela Vista

Localiza-se no entorno do Morro do Chechella, na Rua 14 de Julho, em um segmento no lado

esquerdo da rua Vereador Antônio Dias, no sentido Sul-Norte desta rua e na rua Canários.

Existe uma invasão próxima de uma ocupação formal com 171 edificações, abrangendo 476

moradores em 2006.

Figura 28 - Detalhe da zona de risco da Bela Vista

Montanha Russa

Esta área inicia-se ao longo do talude de corte da via férrea que corta a base do morro

Cechella, e estende-se ao longo da Rua da Fonte passando além da crista da Barragem do Rio

Vacacaí-Mirim. Ocupa uma extensão de aproximadamente 800m subdividida em três

patamares, de acordo com o relevo de encosta. O primeiro patamar situa-se na cota 140, o

relevo é mais constante nesta cota e as edificações estão em local mais plano. O segundo

patamar distribui-se por várias cotas, situa-se ao longo da rua da fonte e no lado direito desta.

A maioria das edificações está ao nível da rua, porém algumas estão a mais de 5m abaixo do

nível desta rua. O terceiro patamar igualmente distribui-se por várias cotas, situa-se ao longo

do lado esquerdo da Rua da Fonte e a maioria das edificações está acima do nível da rua. Em

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2006, a população que habitava esta área era de aproximadamente 330 habitantes, em 94

edificações.

Figura 29 - Detalhe da zona de risco da Montanha Russa

Margens da Ferrovia

Esta área está situada ao longo do talude de corte da via férrea que atravessa a Rua Euclides

da Cunha, ocupa a ambos os lados do corte e subdivide-se em três setores: o primeiro setor

estende-se ao longo da esquina das Ruas Euclides da Cunha e Silva Jardim. O segundo setor

segue paralelo à via férrea, a partir da Rua Euclides da Cunha até o final da Rua Anhanguera. O

terceiro setor segue junto à Rua Armando Ceccin, paralelo a via férrea. Existe uma invasão

próxima de uma ocupação formal com 113 edificações.

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Figura 30 - Detalhe da zona de risco nas margens da ferrovia

Vila Schirmer

A área da Vila Schirmer está situada entre a BR-158 e a Rua Florisbino Antônio Figueiró, as

margens do rio Vacacaí-Mirim. Esta área é de encosta de morro e a ocupação ocorreu em dois

patamares: o primeiro está localizado na base do morro, compõe a porção inferior da área de

risco e é definido pela planície de inundação do rio Vacacaí-Mirim. O segundo está localizado

na encosta do morro, é muito íngreme e marcado pela ocupação de parte da encosta. Existia

uma ocupação formal com 26 edificações com 77 moradores em 2006.

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Figura 31 - detalhe da zona de risco da Vila Schirmer

Km 3 (Bairro Presidente João Goulart)

Esta área está localizada ao lado do viaduto da BR-158 entre a margem direita do Rio Vacacaí-

Mirim e os trilhos da via férrea. Ocupa uma extensão de aproximadamente 500m, com cerca

de 100 edificações, 5% destas em alvenaria de baixo padrão construtivo e os 59% restantes de

madeira e mistas de baixo padrão construtivo. A população desta área era de 327 habitantes

em 2006.

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Figura 32 - Detalhe da zona de risco do Km 3 (Bairro Presidente João Goulart)

Vila Favarin

Esta área está localizada entre a via férrea e a margem direita do rio Vacacaí-Mirim nas

proximidades da BR-158. Ocupa uma extensão de aproximadamente 800m, com 46

edificações, 30% destas em alvenaria de bom a médio padrão e 70% de madeira e mistas de

médio a baixo padrão. A população desta área era de 171 habitantes em 2006.

Figura 33 - Detalhe da zona de risco da Vila Favarin

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1.2.6 Cadastro da rede de mircrodrenagem

Não existe um cadastro consolidado da rede de microdrenagem no município de Santa Maria.

As plantas e perfis da rede de microdrenagem executadas junto com as obras de asfaltamento

das vias, muitas ainda somente em suporte físico, se encontram arquivadas em diferentes

divisões ligadas à Prefeitura Municipal, como o Escritório da Cidade, a Secretaria de

Infraestrutura e Serviços, a Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana e a Superintendência

de Controle e Monitoramento de Obras (PAC).

Como mencionado anteriormente, no ano de 1979 a administração municipal contratou um

estudo à Magna Engenharia Ltda. que resultou no primeiro Plano do Sistema de Esgotos

Pluviais da cidade de Santa Maria (Projeto Sinuelo). Esse estudo orientou por algum tempo as

ações e os projetos implantados na área urbana, no entanto, com o crescimento vertical e

horizontal que a área urbana sofre, ele já se encontra obsoleto.

Portanto, faz-se necessário a elaboração de um cadastro único do sistema de drenagem

urbana em meio digital que seja atualizado constantemente.

O próprio Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental do município, no seu Artigo 6º

menciona a necessidade de “elaborar, implantar e manter um Sistema de Informações

Integrado de Infraestrutura Urbana - banco de dados - atualizado das redes de água, esgoto,

telefone, energia elétrica, cabos e demais redes que utilizam o solo, subsolo e o espaço aéreo”.

1.2.7 Problemas na rede de drenagem

Em linhas gerais, os principais problemas constatados na rede de drenagem urbana em Santa

Maria são:

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o Interconexão dos sistemas de drenagem pluvial e esgoto sanitário: esta situação,

além de causar contaminação dos cursos d’água, também provoca a saturação das

infraestruturas do sistema de esgotamento sanitário como ocorre no coletor

interceptor de esgoto sanitário na altura da Vila Urlândia.

o Afundamentos e desmoronamentos da infraestrutura de drenagem e pavimentação:

causados por rompimentos da rede de drenagem pluvial, excesso de velocidade de

escoamento superficial, transporte de sólidos, mau dimensionamento das

infraestruturas, entre outros fatores.

o Ocupação irregular do leito e margens dos cursos d’água: os problemas mais graves

ocorrem onde a ocupação irregular se dá nas zonas de baixo valor econômico e por

população de baixa renda, que fica exposta a todos os riscos associados à saúde

pública e aos alagamentos e enchentes.

o Alteração do curso natural dos arroios e sangas: a retificação, canalização e alteração

de grande parte dos canais naturais contribui para o aumento da possibilidade de

ocorrência de acidentes associados à dinâmica fluvial a jusante, pois aumenta a

velocidade e o volume de água que escoa pelos canais.

o Assoreamento do rio Vacacaí Mirim: provocado pela ocupação irregular de áreas

sensíveis, retirada de vegetação ciliar e pela movimentação de terras. Esta situação

ocorre especialmente na altura dos bairros de Camobi e Vila Jardim.

o Inexistência de um Plano de Gestão dos principais canais de drenagem: falta uma

legislação que defina os recuos mínimos necessários para a edificação na zona urbana.

1.2.8 Legislação

A legislação que se refere a sistema de drenagem pluvial nas esferas federal, estadual e

municipal está lista abaixo:

Federal

o Constituição Federal

o Resolução CONAMA 369/2006

o Lei 11.445/2007

o Decreto 7.217/2010

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o Lei 12.651/2012

Estadual

o Lei 9.519/1992

o Lei 11.520/2000

o Lei 12.037/2003

Municipal

o Lei 1.319/1968

o Lei 2.032/1978

o Lei 3.665/1993

o Lei 4.415/2001

o Lei Complementar 0033/2005

o Lei Complementar 0034/2005

o Lei Complementar 0070/2009

o Lei Complementar 0072/2009

o Lei 5.338/2010

o Decreto Executivo 072/2011

o Lei 5.659/2012

o Lei 5.618/2012

o Lei Complementar 0092/2012

1.2.9 Recursos Disponíveis

Em 2012 o orçamento destinado à manutenção de vias públicas foi da ordem de R$ 3.000.000.

Deste valor, uma parte foi destinada aos serviços de manutenção e limpeza do sistema de

drenagem, entretanto, não se pode identificar o valor gasto nestas operações específicas.

Prevê-se a realização de um estudo econômico para definir a melhor forma de obtenção de

recursos para a manutenção e ampliação do sistema de drenagem pluvial no município.

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1.2.10 Planos, programas, projetos e obras

Limpeza não destrutiva da rede de microdrenagem

Como mencionado anteriormente, desde o ano de 2012, a prefeitura municipal tem

contratado o serviço de limpeza não destrutiva da rede de drenagem de águas pluviais. Este

novo sistema de manutenção e limpeza aumentou significativamente a eficiência dos

trabalhos e é considerado um êxito pelo responsável do serviço.

Retirada da vegetação no leito do Arroio Cadena

No leito do Arroio Cadena, na altura do cruzamento da Av. Presidente Vargas com a Av. Gov.

Walter Jobim foi realizada uma obra de contenção e ampliação da seção do leito, onde

atualmente o crescimento da vegetação impede o escoamento das águas e provoca o acúmulo

de resíduos sólidos retidos pelas raízes. Está prevista a retirada desta vegetação.

Figura 34 - Vista da seção do Arroio Cadena com leito tomado pela vegetação

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1.2.11 Conclusões

A estruturação dos centros urbanos provoca transformações no ambiente, que na maioria das

vezes, prejudicam a qualidade de vida de seus moradores. A temática ambiental urbana é

bastante complexa e para melhor controlar sua degradação é preciso compreender sua

dinâmica.

Os processos de degradação da qualidade dos cursos d’água na zona urbana do município e da

ocorrência de enchentes, inundações e deslizamentos foram intensificados com a intensa

ocupação urbana das bacias e o controle dos mesmos é lento e complexo, dependendo de

diversos fatores, principalmente do social e do econômico.

O congelamento da ocupação é recomendado nas áreas sujeitas ao desenvolvimento de novas

áreas de risco, e o impedimento da ocupação em áreas susceptíveis a processos naturais e que

ainda não se encontram ocupadas.

Nas zonas onde há ocorrência de processos de inundação/alagamento e erosão de margens

dos cursos d’água, recomenda-se o redimensionar de algumas tubulações, que já se

encontram obsoletas e que não são suficientes para o escoamento das águas superficiais.

Construir uma infraestrutura adequada de conduta das águas pluviais e trabalhar para o não

adensamento das ocupações em áreas de risco é essencial para evitar o estabelecimento de

novas situações de risco e minimizar os riscos existentes.

Salienta-se também, a necessidade de um planejamento, que dê atenção especial para as

áreas urbanas, e vise a melhoria da qualidade de vida da população, especialmente a de menor

renda.

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A resolução dos problemas provocados pelo processo de urbanização se coloca como um

desafio para a sociedade e exigem uma série de medidas que dependem de vontade política,

recursos humanos e financeiros, democracia, tecnologia e outros.

1.3 Diagnóstico do sistema de drenagem urbana do município - Distritos

Nos dias 22 a 24 de outubro de 2012, a equipe técnica de elaboração do Plano de Saneamento

de Santa Maria fez um levantamento de dados em campo nos distritos de Santa Maria para

averiguar a atual situação das localidades com relação aos serviços de saneamento básico.

Excetuando o Distrito Sede, existem 9 distritos no município de Santa Maria, listados a seguir:

o 2º Distrito de São Valentim

o 3º Distrito de Pains

o 4º Distrito de Arroio Grande

o 5º Distrito de Arroio do Só

o 6º Distrito de Passo do Verde

o 7º Distrito de Boca do Monte

o 8º Distrito de Palma

o 9º Distrito de Santa Flora

o 10º Distrito de Santo Antão

1.3.1 2º DISTRITO DE SÃO VALENTIM

Subprefeito: Júlio Cesar Toniollo

População distrito: aproximadamente 565 habitantes

Principais atividades econômicas:

o Turismo

o Beneficiamento de mandioca

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Figura 35: Vista da sede da Subprefeitura de Valentim

A localidade que não apresenta problemas de alagamentos nas casas.

1.3.2 3º DISTRITO DE PAINS

Subprefeito: Antonio Cezario

População distrito: aproximadamente 5.500 habitantes

Principais atividades econômicas:

o Criação de avestruzes

o Indústria de bebidas

o Abatedouro e frigorífico

o Cooperativa de Produtores de Leite – COOPROL

Figura 36: Vista da sede da Subprefeitura de Pains

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A localidade que apresenta problemas de alagamentos nas casas é Passo das Tropas. Em

outras zonas do distrito, ocorrem alagamentos nos pontos baixos nas estradas.

Também se reportam alguns bueiros entupidos.

1.3.3 4º DISTRITO DE ARROIO GRANDE

Subprefeito: Rubismar Scremin

População distrito: aproximadamente 2.500 habitantes

Principais atividades econômicas:

o Balneários

o Fábrica de facas

Figura 37: Igreja de Arroio Grande

Não existem sistemas de macro ou microdrenagem. As águas pluviais são drenadas pelo

terreno até os cursos d’água.

Existem problemas de erosão nas margens dos rios em eventos de fortes chuvas, que são

mitigados com a instalação de barreiras.

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Figura 38: Vista da margem direita do rio erodida

Em eventos de fortes chuvas, existem zonas que alagam nas localidades de Nossa Senhora da

Saúde e Vila Santa Brígida e também casos em que os acessos a algumas casas são

interrompidos pela força das águas dos córregos.

Figura 39: Vista de acesso interrompido pela força das águas

Outro problema reportado é a obstrução dos rios e sangas por árvores que a FEPAM

(Fundação Estadual de Proteção Ambiental) não permite retirar.

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1.3.4 5º DISTRITO DE ARROIO DO SÓ

Subprefeito: Sr. Arnaldo Amrayn Tronco

População do distrito: aproximadamente 1.200 habitantes

Principais atividades econômicas

o Produção de porongo

o Fabricas de cuias, calçados e cadeiras.

o Em geral no distrito não existe rede de drenagem nem calcamento das vias. Alguns

trechos de rede de drenagem encontram em fase de execução e bastante

fragmentados.

o Foram reportados problemas de alagamentos próximos à Vila.

Figura 40: Trechos de tubulação de drenagem

1.3.5 6 º DISTRITO DE PASSO DO VERDE

Subprefeito: José Valdir

População distrito: aproximadamente 531 habitantes

Principais atividades econômicas:

o Cultivo de milho e soja

o Criação de ovinos e de gado de corte

o Frigorífico

o Fábrica de embutidos

o Comércio de Areia

o Balneário

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Na época de chuva há inundação na região do Balneário e, por esse motivo, as residências

foram construídas suspensas em pilotis.

1.3.6 7º DISTRITO DE BOCA DO MONTE

Subprefeito: Sra. Marta

População distrito: aproximadamente 2.941 habitantes

Principais atividades econômicas:

o Pecuária

o Balneário

Figura 41: Vista da sede da Subprefeitura de Boca do Monte.

Está instalado dentro da área do distrito o Centro de Pesquisa em Florestas da Fundação

Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO), uma fundação pública vinculada à Secretaria

Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio cuja missão é produzir conhecimento e

promover a geração de tecnologias e serviços, tendo como princípios a geração de renda no

setor primário e a responsabilidade social e ambiental, evidenciando a pesquisa agropecuária

como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável.

No aspecto de lazer o distrito conta ainda com os Balneários Beira Rio e Timbauva.

Os moradores de Boca do Monte utilizam-se o sistema individual para tratamento e destinação

final dos esgotos domésticos através de fossa e sumidouro e, em alguns casos, privada

convencional com fossa seca, sendo algumas ventiladas outras não, normalmente localizadas

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em uma distância mínima de segurança em relação aos poços e fontes de abastecimento e em

cota inferior a esses mananciais, principalmente em regiões afastadas da sede do distrito.

1.3.7 9º DISTRITO DE SANTA FLORA

Subprefeito: Cláudio Santiago

População distrito: aproximadamente 1.074 habitantes

Principais atividades econômicas:

o Indústria de arroz

o Atividade de pesca

o Granja

o Cultivo de soja

A localidade que não apresenta problemas de alagamentos nas casas.

1.3.8 10 º DISTRITO DE SANTO ANTÃO

Subprefeito: Carlos Borin

População distrito: aproximadamente 807 habitantes

Principais atividades econômicas:

o Turismo

Figura 42: Vista da sede da Subprefeitura de Santo Antão

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A localidade que não apresenta problemas de alagamentos nas casas.

1.3.9 Conclusões

o Em geral não existem sistemas de macro ou microdrenagem;

o As águas pluviais são drenadas naturalmente pelo terreno até os cursos d’água

naturais;

o Há casos isolados de alagamentos nas vias e algumas casas;

o Em geral as vias não são asfaltadas e não existe sistema de drenagem das estradas,

causando transtornos à população em alguns casos.

1.4 Requisitos para a Gestão dos Serviços

1.4.1 Indicadores

1.3.1.1. Premissas na Rede de Drenagem

Para uma correta gestão da drenagem urbana é preciso ter claro seus conceitos e um deles,

dos mais básicos é a distinção entre microdrenagem e macrodrenagem.

o Microdrenagem: Bidone e Tucci (1995) definem a microdrenagem urbana como o

sistema de condutos pluviais em nível de loteamento ou de rede primária urbana.

Os sistemas de microdrenagem incluem a coleta e afastamento das águas superficiais

ou subterrâneas através de pequenas e médias galerias, fazendo ainda parte do

sistema todos os componentes do projeto para que tal ocorra. Assim, compõem o

sistema de microdrenagem as vias, as sarjetas e sarjetões, elementos de captação

(grades, sumidouros e bocas de lobo), os tubos e conexões, os poços de visita e as

conduções de transporte dos elementos de captação à rede de macrodrenagem, com

as galerias de águas pluviais.

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Recentemente, algumas soluções alternativas visando à redução dos impactos da

urbanização sobre o comportamento hidrológico das bacias têm sido adotadas, como

os reservatórios domiciliares de águas pluviais, as trincheiras de infiltração, os valos de

armazenamento, o armazenamento em coberturas, o armazenamento e a infiltração

em áreas de estacionamento, entre outras, que são igualmente parte do sistema de

microdrenagem.

Em uma área urbana, a microdrenagem é essencialmente definida pelo traçado das

ruas. Tradicionalmente são obras em cujo projeto são adotadas vazões produzidas por

eventos hidrológicos com 2, 5 e, no máximo, 10 anos de período de retorno.

O sistema de microdrenagem drena pequenas vazões e volumes provenientes de

pequenas áreas urbanizadas, ou seja, sub-bacias com superfície da ordem de 1 ha ou

inferiores.

Figura 43: Esquema da microdrenagem em uma rotatória em Uberaba/MG

o Macrodrenagem: a macrodrenagem recebe geralmente os aportes da microdrenagem

e é constituída por galerias de grande porte, canais e rios canalizados (Gois, 1998) e

também por cursos d’água (córregos, ribeirões, riachos, etc.) canalizados ou não da

zona urbana, e por uma gama variada de estruturas hidráulicas, as quais

compreenderiam: outros emissários ou canais; os bueiros, as pontes, obras de

hidráulicas para dissipação de energia hidráulica em regiões suscetíveis a erosão

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acelerada; reservatórios de detenção para amortecimento de cheias; retificação e

dragagem de córregos e rios; diques e polders nas zonas inundáveis de rios urbanos;

barragens para estabilização de vales receptores em regiões com erosão acelerada;

etc.

Sendo assim, a macrodrenagem compreende a rede de drenagem natural, existente

antes da ocupação; e que pode receber obras que a modificam e complementam.

Entre as técnicas alternativas de macrodrenagem encontram-se as bacias de detenção,

outras áreas pré-dimensionadas para o armazenamento e, eventualmente, a

infiltração de águas pluviais (grandes áreas de estacionamento, praças, terrenos de

esporte etc), os parques lineares implantados em fundos de vale, as áreas úmidas

naturais ou artificiais etc.

O traçado da macrodrenagem obedece ao caminho natural dos corpos aquáticos; As

áreas envolvidas são, na maioria, maiores que 3 km² (grandes bairros, bacias

hidrográficas); As vazões de projeto são oriunda de eventos com 20, 50 ou 100 anos de

período de retorno.

Figura 44: Obra de macrodrenagem em Camaçari/BA

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No Brasil, institucionalmente, a infraestrutura de microdrenagem é reconhecida como da

competência dos governos municipais que devem ter total responsabilidade para definir as

ações no setor, ampliando-se esta competência em direção aos governos estaduais, na medida

em que crescem de relevância as questões de macrodrenagem, cuja referência fundamental

para o planejamento são as bacias hidrográficas.

Isto é, deve ser de competência da Administração Municipal - a Prefeitura - os serviços de

infraestrutura urbana básica relativos à microdrenagem e serviços correlatos - incluindo-se

terraplenagens, guias, sarjetas, galerias de águas pluviais, pavimentações e obras de

contenção de encostas, para minimização de risco à ocupação urbana.

Como vimos na fase de diagnóstico, a rede de drenagem de Santa Maria é hierarquizada em

dois níveis de infraestruturas, os quais são descritos a seguir:

Microdrenagem

A rede de microdrenagem existente no município de Santa Maria é bastante fragmentada e

conta com poucos trechos de tubulações, fazendo com que a drenagem pluvial seja realizada

diretamente pelas sarjetas e leito das ruas e avenidas.

Uma característica generalizável para toda extensão da região urbana é a presença de

estruturas de micro drenagem apenas nas partes mais baixas e planas, fazendo com que a

água escoe pelas ruas até atingir estas zonas.

Este escoamento causa a degradação da pavimentação e transtornos para a circulação de

veículos e pedestres, inclusive ingressando em algumas residências.

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Devido aos gradientes de declividade da cidade, os alagamentos são de pequena duração,

causando transtornos por pouco tempo, o que provoca uma menor priorização de

investimentos públicos para a minimização dos alagamentos e seus efeitos.

Ainda, a infraestrutura de microdrenagem existente é bastante arcaica e não segue uma

padronização construtiva, que juntamente com a falta de manutenção causa risco de acidente

à população.

Macrodrenagem

A rede de macrodrenagem é composta por canais naturais e artificiais, sendo os canais

naturais o tipo de canal presente na maior parte da rede de macrodrenagem.

Nos arroios e valas ocorrem problemas de inundações, principalmente devido à ocupação das

margens, deposição de resíduos de todo tipo e crescimento de vegetação no leito dos cursos

d’água, facilitada pela grande concentração de nutrientes nas águas contaminadas por esgotos

domésticos.

A configuração atual do sistema de drenagem com a água circulando pelas ruas até os leitos

naturais descobertos tem a seguinte problemática:

o Desconforto, que pode tornar-se uma periculosidade em função da velocidade e o

calado da água na rua, para a circulação de veículos e pessoas.

o Falta de continuidade na malha urbana, pelo efeito barreira que provocam os leitos

sem cobrir.

o Facilidade de contaminação dos leitos naturais pelo arrastre de elementos

contaminantes dispersos nas superfícies de ruas e espaços públicos até os leitos

abertos.

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o Facilidade de propagação de vetores de contaminação/infecção desde os leitos

abertos no caso de contaminação destes.

Ainda que a resolução dos problemas de drenagem deva ser feita de forma integral, agindo

tanto na rede de macrodrenagem quanto na rede de microdrenagem, no presente documento

impõem-se objetivos para esta última ao entender-se que a competência da municipalidade

somente compreende esta parte da rede.

1.3.1.2. Indicadores Relativos à Rede de Drenagem

No caso da rede de microdrenagem, os objetivos a fixar serão direcionados a atingir as

seguintes metas:

o Construção de uma rede de microdrenagem integral em todo o município que evite a

circulação de água pelas ruas, com um nível de risco de inundação fixado.

o Melhora da qualidade ambiental dos rios mediante a limitação das afecções da rede

de microdrenagem aos leitos naturais.

Portanto, os indicadores serão classificados seguindo as duas categorias de objetivos a atingir.

Indicadores para construção da rede de microdrenagem

Período de retorno da chuva de projeto

O primeiro indicador a definir é o nível de risco de inundação a assumir, já que, claro, a adoção

do risco de inundação zero é impossível, e a diminuição no risco adotado implica o projeto de

infraestruturas hidráulicas de maior capacidade, com o conseguinte aumento no custo

econômico.

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O critério de seleção do nível de segurança costuma ser realizado no âmbito hidrológico e

hidráulico, recorrendo ao conceito que denominamos período de retorno (T), associado à

chuva que as infraestruturas devem se capazes de evacuar.

O período de retorno representa o intervalo médio expressado em anos no qual um valor

extremo de intensidade de chuva alcança ou supera um valor determinado pelo menos uma

única vez.

Comprimento da rede de drenagem por habitante

Depois de definir o risco de inundação a assumir, é essencial conhecer alguma relação para

poder fazer uma primeira estimativa do comprimento previsível da rede de microdrenagem.

Para isso será utilizado à razão de comprimento de rede de drenagem por habitante definido

como o quociente entre ambas as magnitudes.

A razão para utilizar esta relação na rede de drenagem é que se conhece a mesma relação para

rede de esgoto e pode-se adotar um valor similar, se for apresentada uma rede de

microdrenagem que envolva a mesma superfície que a rede de esgoto.

Indicadores de limitação das afecções ambientais da rede drenagem aos leitos

naturais

Ao mesmo tempo da construção de uma rede de microdrenagem entubada deve-se

apresentar medidas de redução de contaminantes ao meio, desta rede de drenagem.

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Dentro das atuações que podemos realizar na rede, com o fim de limitar as afecções ao meio

natural por descarga de contaminantes, destaca-se a construção de depósitos anti-descarga de

sistemas pluviais (depósitos anti-DSP).

Figura 45. Esquema geral de um depósito anti-DSP.

Os depósitos anti-DSP, que são tanques de decantação, permitem gerir os sedimentos que

contêm uma grande parte da contaminação presente na rede de drenagem.

Tabela 1. Conteúdo de contaminantes nos sólidos em suspensão

DQO DBO5 NTK Hidrocarbonetos Pb

83 a 92% 90 a 95% 65 a 80% 82 a 99% 97 a 99%

Fonte. Investigações de Chebbo

Portanto, a decantação dos sólidos em suspensão nos depósitos anti-DSP pode produzir a

redução, prévia ao lançamento ao meio natural, dos contaminantes presentes na rede de

drenagem, nos termos apresentados na tabela seguinte.

Tabela 2. Redução de contaminantes por decantação

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Sólidos em

suspensão DQO DBO5 NTK Hidrocarbonetos Pb

80 a 90% 60 a 90% 75 a 90% 40 a 70% 90% 65 a 80%

Fonte: Investigações de Chebbo

Indicadores de volume anti-DSP

Para fixar os volumes necessários para atingir os valores da tabela anterior usaram-se as

relações de volume de depósito anti-DSP por Ha impermeável drenada para o depósito, em

função do uso do solo da bacia de aporte ao depósito.

As relações propostas para o dimensionamento dos depósitos anti-DSP foram estabelecidos

através da experiência de Agbar, em projeto deste tipo de instalações, com os seguintes

valores:

o 0,75 m3 depósito anti-DSP/Ha impermeável para usos industriais a montante

do depósito.

o 0,50 m3 depósito anti-DSP/Ha impermeável para usos residenciais densos, a

montante do depósito.

o 0,30 m3depósito anti-DSP/Ha impermeável para usos residenciais não

densos, a montante do depósito.

1.4.2 Metas

Como adiantado no item de indicadores, as duas metas fixadas para a rede de drenagem de

Santa Maria são:

o A construção de uma rede de microdrenagem que cubra a totalidade da superfície

urbana no ano horizonte do presente Plano Diretor.

o A limitação da afecção ambiental dos lançamentos da referida rede aos leitos naturais

1.3.2.1. Metas a curto prazo (5 anos)

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Risco de inundação assumido

Em todo o horizonte temporal do plano diretor adotou-se um período de retorno de 10 anos

para a chuva de projeto no dimensionamento da rede de microdrenagem.

Este valor de projeto é muito comum em projetos de redes capilares de drenagem. Além disso,

o fato de que atualmente o fluxo superficial discorra pelas ruas sem grandes problemas de

inundações, permite pensar na possibilidade de que chuvas de um período de retorno superior

a 10 anos não provoquem problemas de inundações no conjunto de drenagem formado pela

microdrenagem e a rua como condutora de fluxos.

Atendimento da rede de microdrenagem

A implantação do objetivo de universalização da rede de microdrenagem a todo o distrito Sede

no ano de 2032 apresenta-se de implantação constante no tempo, pelo qual, neste primeiro

horizonte de cinco anos, se prevê a realização de um Programa de Recadastramento das

Redes de Drenagem e construção de 5% do comprimento de rede previsto para todo o

município, atendendo as áreas onde apresentam problemas de inundações e risco a

população.

E, uma primeira aproximação, podemos quantificar o comprimento total de drenagem a partir

do comprimento de rede de esgoto, para o qual se estabeleceu um rateio de 2,66 m de rede

de esgoto por habitante (vide item 4).

Se considerarmos um rateio um pouco menor (80% do rateio de esgoto) de 2,13 m de rede de

microdrenagem por habitante, para descontar a parte de comprimento correspondente à

macrodrenagem, podemos estabelecer um comprimento total no ano de 2032 de:

296.551 habitantes x 2,13 m rede microdrenagem/habitante = 631,65 km de rede de

microdrenagem.

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Portanto, no ano de 2017 apresenta-se o objetivo de ter construído:

631,25 x 0.05= 31,58 ≈ 32 km de rede de microdrenagem

Dado que não há atualmente problemas graves de inundações na rede de microdrenagem, a

escolha dos lugares de implantação da rede se baseará em critérios pontuais, de problemáticas

isoladas, sendo os pontos que apresentem incidências de enchentes e risco à população.

Limitação das afecções dos lançamentos da rede ao meio natural

Com os índices de dimensionamento anti-DSP vistos no item correspondente, deverá

dimensionar-se e construir-se certos depósitos anti-DSP em cada saída da rede de

microdrenagem aos leitos naturais.

A priori, não é possível estabelecer um volume anti-DSP a construir neste primeiro horizonte já

que não se conhecem nem a área de influência de cada um dos depósitos, nem o uso do solo

destas áreas.

1.3.2.2. Metas a médio prazo (10 anos)

Risco de inundação assumido

Mantém-se o período de retorno de 10 anos para a chuva de projeto da rede de

microdrenagem.

Atendimento da rede de microdrenagem

Como já foi comentado, o objetivo fixado para o ano de 2032 é o de dar cobertura a 100% do

território do distrito Sede, com uma rede de microdrenagem.

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A previsão para o ano de 2022 (décimo ano do plano) é a construção de mais 15% da rede

prevista, que equivale a construção de:

631,25 x 0,15 = 94,72 ≈ 95 km de rede de microdrenagem

Sendo que havia sido construído 32 km de rede nos primeiros 5 anos do plano, totalizaria até o

ano de 2022 a construção de:

32 + 95 = 127 km de rede de microdrenagem

A decisão das zonas de cobertura desta rede de microdrenagem deverá ser tomada pela

municipalidade, através de critérios hidráulicos que justifiquem a priorização da implantação

da rede.

Limitação das afecções dos lançamentos da rede ao meio natural

Com os índices de dimensionamento anti-DSP vistos no item correspondente, deverá

dimensionar e construir certos depósitos anti-DSP em cada saída da rede de microdrenagem

aos leitos naturais.

A priori não é possível estabelecer um volume de depósito anti-DSP a construir neste segundo

horizonte, já que não se conhece nem a área de influência para cada um dos depósitos, nem o

uso do solo destas áreas.

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1.3.2.3. Metas a longo prazo (20 anos)

Risco de inundação assumido

Mantém-se o período de retorno de 10 anos para a chuva de projeto da rede de

microdrenagem.

Atendimento da rede de microdrenagem

No ano de 2032 apresenta-se a consecução do objetivo da universalização da rede de

macrodrenagem composta por um total de 631,25 ≈ 650 km.

Limitação das afecções dos lançamentos da rede ao meio natural

Com os índices de dimensionamento anti-DSP vistos no item correspondente, deverá

dimensionar e construir um depósito anti-DSP em cada saída da rede de microdrenagem aos

leitos naturais.

Como primeira aproximação para estabelecer um volume de retenção anti-DSU no ano de

2032 para o conjunto do distrito Sede, podemos adotar os valores mostrados a seguir:

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Volume III

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Tabela 3. Cálculo tentativo do volume anti-DSP a construir no distrito Sede até o ano de 2032

Região

administrativa Nome

Área

Bruta

(Ha)

Porcentagem

urbanização

com relação à

área bruta no

ano 2032

Coeficiente de

corrente médio

área urbanizada

em 2032

Superfície

Impermeável

(Ha

impermeável)

Uso do solo

Taxa anti-DSP

(m3/Ha

impermeável)

Volume anti-DSP

(m3)

Centro

Urbano

Nossa

Senhora

Medianeira

191 100 0,70 133 Residencial denso 50 6.650

Nonoai 61 100 0,70 42 Residencial denso 50 2.100

Nossa

Senhora de

Lourdes

147 100 0,70 103 Residencial denso 50 5.150

Nossa

Senhora de

Fátima

84 100 0,80 68 Residencial denso 50 3.400

Bonfim 55 100 0,80 44 Residencial denso 50 2.200

Centro 190 100 0,80 152 Residencial denso 50 7.600

Nossa

Senhora do

Rosário

85 100 0,80 68 Residencial denso 50 3.400

Centro-Leste

Cerrito 478 60 0,40 115 Residencial não denso 30 3.450

São José 469 70 0,50 164 Residencial não denso 30 4.920

Pé-de-Plátano 414 50 0,50 103 Residencial não denso 30 3.090

Diácono João

Luiz Pozzobon

763 40 0,40 122 Residencial não denso 30 3.660

Centro-Oeste

Uglione 68 100 0,60 41 Residencial não

denso/industrial

40 1.640

Duque de

Caxias

63 100 0,70 44 Residencial não denso 30 1.320

Patronato 118 60 0,70 50 Residencial denso 50 2.500

Noal 125 100 0,60 75 Residencial denso 50 3.750

Passo D'Areia 266 80 0,60 128 Residencial denso 50 6.400

Leste Camobi 2.035 60 0,50 610 Residencial não denso 30 18.300

Nordeste

Nossa

Senhora das

Dores

110 100 0,70 77 Residencial denso 50 3.850

Menino Jesus 60 100 0,60 36 Residencial denso 50 1.800

Presidente

João Goulart

181 75 0,70 95 Residencial denso 50 4.750

Itararé 232 60 0,80 111 Residencial denso 50 5.550

Campestre do

Menino Deus

859 40 0,70 240 Residencial denso 50 12.000

Km Três 339 30 0,50 51 Residencial não denso 30 1.530

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Continuação.

Região

administrativa Nome

Área

Bruta

(Ha)

Porcentagem

urbanização

com relação à

área bruta no

ano 2032

Coeficiente de

corrente médio

área urbanizada

em 2032

Superfície

Impermeável

(Ha

impermeável)

Uso do solo

Rateio anti-

DSP

(m3/Ha

impermeável)

Volume anti-DSP

(m3)

Norte

Divina

Providência

84 100 0,60 50 Residencial não denso 30 1.500

Carolina 46 100 0,60 27 Residencial não denso 30 810

Salgado Filho 74 100 0,70 52 Residencial denso 50 2.600

Caturrita 388 50 0,40 78 Residencial não denso 30 2.340

Chácara das

Flores

201 70 0,50 70 Residencial não denso 30 2.100

Nossa

Senhora do

Perpétuo

Socorro

400 40 0,70 112 Residencial denso 50 5.600

Oeste

Boi Morto 584 50 0,40 117 Residencial não denso 30 3.510

Renascenþa 143 65 0,70 65 Residencial denso 50 3.250

São João 84 100 0,80 67 Residencial denso 50 3.350

Tancredo

Neves

342 70 0,80 191 Residencial denso 50 9.550

Pinheiro

Machado

359 90 0,60 194 Residencial não denso 30 5.820

Juscelino

Kubitschek

246 100 0,55 135 Residencial denso 50 6.750

Nova Santa

Marta

195 100 0,60 117 Residencial não denso 30 3.510

Agroindustrial 675 50 0,50 169 Industrial 70 11.830

Sul

Lorenzi 487 60 0,50 146 Residencial não denso 30 4.380

Tomazetti 578 40 0,50 116 Residencial não denso 30 3.480

Dom Antônio

Reis

61 100 0,50 30 Residencial não denso 30 900

Urlândia 272 60 0,60 98 Residencial não denso 30 2.940

TOTAL 183.230

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Portanto, resulta-se ter executado 183.230 m3 de depósito anti-DSP no ano de 2032, no

conjunto do distrito Sede. Este valor deverá ser considerado como uma primeira aproximação,

já que foram consideradas, para o ano de 2032, certas porcentagens de urbanização sobre a

área total de cada bairro, e certos coeficientes médios de corrente, que poderiam não

corresponder aos valores finais.

Técnicas de Drenagem e alternativas de Drenagem

Com a finalidade de diminuir o fluxo de corrente apresenta-se, neste terceiro horizonte

temporal, a implantação de técnicas alternativas de drenagem.

Estas técnicas alternativas de drenagem pretendem diminuir a corrente superficial

aproveitando a capacidade de infiltração dos terrenos naturais. Como propostas destas

técnicas apresentam-se as seguintes:

o Coberturas vegetais em edifícios

o Poços, canaletas e valetas de infiltração

o Pavimentos porosos

Estas técnicas poderão ser empregadas nas novas urbanizações e para tanto deverão estar

previstas no planeamento urbanístico dos novos desenvolvimentos.

Apresenta-se a introdução destas técnicas em zonas localizadas com o fim de poder analisar a

diminuição no fluxo de corrente antes de sua implantação generalizada.

1.4.3 Prognóstico

As grandes atuações previstas durante o horizonte temporal do presente Plano Diretor são

duas:

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o Programa de recadastramento e georreferenciamento das redes de drenagem já

existentes no município.

o A implantação de uma rede de microdrenagem que envolva todo o distrito Sede, com

o fim de evitar a circulação de grandes fluxos pela superfície da via pública.

o A implantação de depósitos anti-DSP prévios à saída ao meio natural, com o fim de

minimizar os lançamentos de contaminantes da nova rede de drenagem para os leitos

naturais.

A implantação de ambas as infraestruturas (650 km de rede de microdrenagem e 180.000 m3

de depósitos anti-DSP) apresentam-se de forma constante nos 20 anos de horizonte do Plano.

Como objetivo secundário apresenta-se, além disso, a implantação, neste último decênio do

Plano Diretor, de técnicas de drenagem alternativa (coberturas vegetais nos edifícios, valetas

drenantes, pavimentos porosos, etc) nas novas urbanizações. Apresenta-se uma implantação

experimental para a análise da influencia destas técnicas na diminuição do fluxo de corrente.

Neste ponto é necessário destacar que não foi apresentado nenhum objetivo na rede de

macrodrenagem, ao entender-se que são leitos naturais fora da competência da

municipalidade. Independentemente disto, a construção da rede de microdrenagem proposta

provocará um aumento das pontas de fluxo nos pontos de lançamento da rede de micro à rede

de macrodrenagem, o qual pode provocar ou agravar os problemas de inundações existentes

na rede de macrodrenagem. Por isso recomenda-se o estudo conjunto de ambas as redes.

A rede macrodrenagem estará constituída pelos rios atuais cuja disposição pode ser observada

na figura seguinte.

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Figura 46. Esquema geral da rede de macrodrenagem.

Rede Principal de macrodrenagem (rios)

Rios fora do âmbito urbanos

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1.5 Planejamento do Sistema

1.5.1 Estudo Populacional

2.4.1.1. Dados de Partida

Para a elaboração deste item empregaram-se duas fontes de informação: o Censo do ano de

2010, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o documento de

“Indicadores socioeconômicos e ambientais de Santa Maria: Análise demográfica do

município”, elaborado pelo Escritório da Cidade, editado pela Diretoria de Planejamento da

Prefeitura Municipal de Santa Maria, em maio de 2012.

2.4.1.2. Dados da População de Santa Maria

População atual

Santa Maria é formada por 10 distritos, entre os quais se destaca o 1º Distrito (Sede), por

ser onde está localizado o núcleo urbano principal e, portanto, a maioria da sua população.

Por sua vez, o Distrito Sede é dividido em 8 Regiões Administrativas que formam um total

de 41 bairros, enquanto o restante dos distritos não tem subdivisões.

Figura 47. Distritos de Santa Maria e Distrito Sede.

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Tabela 8. Dados de população e densidade dos distritos de Santa Maria

DISTRITO POPULAÇÃO 2010 DENSIDADE (Hab/km2)

Pains 4.146 30,96

Boca do Monte 2.941 10,84

Arroio Grande 2.702 20,81

Santa Flora 1.074 2,06

Arroio do Sol 944 6,04

Palma 856 9,03

São Valentin 565 3,43

Passo do Verde 531 4,04

Santo Antão 531 10,13

Sede 246.465 1.954,34

Fonte: Adaptado a partir de dados da Prefeitura Municipal de Santa Maria,

Escritório da Cidade. Maio 2012.

Figura 48. Densidade de população dos Distritos de Santa Maria.

Após o Distrito Sede, o de Pains é o segundo mais povoado dos 10 distritos que compõem o

município. Isto se deve à sua localização, que permite o aumento do perímetro urbano, dando

espaço a comunidades como Passo das Tropas, Vila Ipiranga, Vila Marques, Sítio dos Paines,

Vila Videira e Vila Abrantes (Escritório da Cidade, Maio 2012).

Evolução da População

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Se analisarmos a evolução da população, observa-se que o município de Santa Maria

incrementou o número de habitantes de forma constante nas últimas décadas até os dias

de hoje.

Tabela 9. Evolução da população de Santa Maria entre 1950 e 2010.

Ano População

Total (hab.)

População

Urbana

(hab.)

População

Rural (hab.)

Taxa de

Urbanização

(%) (hab.) 1950 83.001 35.097 47.904 42,3%

1960 120.975 36.961 85.014 30,6%

1970 156.609 124.136 32.473 79,3%

1980 181.579 154.565 27.014 85,1%

1990 214.159 192.415 21.744 89,8%

2000 243.611 230.696 12.915 94,7%

2010 261.031 248.347 12.684 95,1%

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade.

Figura 49. Evolução da população do município, de 1950 a 2010.

Fonte: Adaptado de IBGE Censo 2010.

Analisando a taxa de crescimento de população, observa-se que o maior incremento de

população situa-se no período compreendido entre os anos 1950 e 1960, com 37.974

novos habitantes provenientes de zonas rurais.

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Tabela 10. Taxa de crescimento da população de Santa Maria entre 1950 e 2010.

Período Acréscimo

Populacional

(Nº de hab.)

Taxa de

Crescimento

(%)

1950 a 1960 37.974 31,4%

1960 a 1970 35.634 22,8%

1970 a 1980 24.970 13,8%

1980 a 1990 32.580 15,2%

1990 a 2000 29.452 12,1%

2000 a 2010 17.420 6,7%

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade.

Figura 50. Evolução da taxa de crescimento do município.

Fonte: Adaptado de IBGE Censo 2010.

Além disso, na série histórica de população pode-se notar que a partir dos anos 60 as

zonas urbanas começaram a ganhar peso em comparação com as rurais, tendência que se

tem mantido até hoje. O fato de ser a maior cidade da região central do Estado do Rio

Grande do Sul atuou como pólo de atração de população, à medida que esta se

desenvolvia. O referido desenvolvimento foi catalisado pela fundação, no ano de 1960, da

Universidade Federal de Santa Maria, a primeira do Brasil instalada fora de uma capital de

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Estado. No final de 1970, outro fator que provocou a chegada de novos habitantes ao

município e, em concreto, militares, foi a instalação da Base Aérea de Santa Maria. A

implantação destes dois centros explica o grande aumento da taxa de urbanização entre

os anos 60 e 70.

Figura 51. Evolução da população rural e urbana em Santa Maria.

Fonte: Adaptado de IBGE Censo 2010.

Se for definida uma taxa de urbanização como a proporção existente entre o número de

habitantes que residem na cidade com relação aos que o fazem no campo, pode-se

observar uma estabilização do seu valor nos últimos 12 anos.

Figura 52. Evolução da taxa de urbanização.

Fonte: Adaptado de IBGE Censo 2010.

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2.4.1.3. Dados da População do Distrito Sede

População Atual

Segundo os dados do censo de 2010 do IBGE a população atual do Distrito Sede é de 246.465

pessoas, distribuídas ao longo de 8 Regiões Administrativas e 41 bairros. A referida distribuição

foi determinada em 2006 (Escritório da Cidade/PMSM, Maio 2012).

Tabela 11. Divisão por bairros, estabelecida em 2006, no município de Santa Maria.

Região administrativa Nome População

(Hab.) Área (km2) Área (%)

Densidade

Demográfica

Hab./km2

Centro Urbano

Nossa Senhora Medianeira 9.030 1,91 1,51% 4.740

Nonoai 4.168 0,61 0,48% 6.867

Nossa Senhora de Lourdes 5.993 1,47 1,17% 4.075

Nossa Senhora de Fátima 8.836 0,84 0,67% 10.460

Bonfim 7.157 0,55 0,44% 13.023

Centro 17.847 1,90 1,51% 9.388

Nossa Senhora do Rosário 6.769 0,85 0,68% 7.951

Centro-Leste

Cerrito 1.127 4,78 3,79% 236

São José 5.697 4,69 3,72% 1.214

Pé-de-Plátano 2.200 4,14 3,28% 532

Diácono João Luiz Pozzobon 3.152 7,63 6,05% 413

Centro-Oeste

Uglione 1.808 0,68 0,54% 2.665

Duque de Caxias 3.339 0,63 0,50% 5.271

Patronato 2.575 1,18 0,94% 2.178

Noal 7.582 1,25 0,99% 6.054

Passo D'Areia 6.995 2,66 2,11% 2.627

Leste Camobi 21.822 20,35 16,13% 1.073

Nordeste

Nossa Senhora das Dores 4.656 1,10 0,87% 4.231

Menino Jesus 5.410 0,60 0,48% 8.967

Presidente João Goulart 6.252 1,81 1,43% 3.462

Itararé 7.300 2,32 1,84% 3.153

Campestre do Menino Deus 2.697 8,59 6,81% 314

Km Três 2.504 3,39 2,69% 739

Norte Divina Providência 1.347 0,84 0,67% 1.602

Carolina 3.356 0,46 0,36% 7.374

Salgado Filho 9.801 0,74 0,59% 13.235

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Caturrita 3.211 3,88 3,07% 828

Chácara das Flores 3.939 2,01 1,60% 1.956

Nossa Senhora do Perpétuo

Socorro

6.151 4,00 3,17% 1.537

Oeste

Boi Morto 2.561 5,84 4,63% 439

Renascenþa 1.791 1,43 1,13% 1.254

São João 1.706 0,84 0,66% 2.036

Tancredo Neves 11.456 3,42 2,71% 3.354

Pinheiro Machado 10.943 3,59 2,85% 3.046

Jucelino Kubtschek 13.730 2,46 1,95% 5.586

Nova Santa Marta 12.722 1,95 1,54% 6.532

Agroindustrial 224 6,75 5,35% 33

Sul

Lorenzi 5.621 4,87 3,86% 1.153

Tomazetti 2.039 5,78 4,58% 353

Dom Antônio Reis 1.984 0,61 0,48% 3.262

Urlândia 8.967 2,72 2,16% 3.292

TOTAL 246.465 126,10 100,00% -

Das 41 subdivisões, o Bairro de Camobi, localizado a leste da cidade, é o mais povoado,

seguido dos bairros Centro e Juscelino Kubitschek. O Bairro de Nova Santa Marta é o seguinte

mais importante quanto ao número de habitantes.

Em outro extremo situa-se o Bairro Agroindustrial, localizado no extremo oeste da cidade, que

é onde está localizado o tecido industrial do município e, portanto, apresenta o menor número

de residentes.

I

Figura 53. Densidade de população dos bairros do distrito sede

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No plano de densidades anterior pode-se observar como a Região Administrativa Centro

Urbano é a que apresenta a maior densidade de população (bairros de Salgado Filho, Bonfim,

Nossa Senhora de Fátima e Centro).

Cabe indicar ainda que a densidade do Bairro de Camobi não é das mais elevadas, pois, apesar

de ser o mais povoado da cidade, é o que ocupa a maior superfície.

Evolução da População

A evolução da população do Distrito Sede seguiu uma tendência muito similar à evolução da

população do conjunto do município já vista, dado que este distrito é essencialmente do tipo

urbano. Se forem cotejados os dados demográficos da população da referida tabela pode-se

perceber que a maioria dos novos cidadãos, no período de 1990 a 2010, estabeleceu-se no

Distrito Sede.

Figura 54. Evolução da população no Distrito Sede

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2.4.1.4. Indicadores de crescimento

Os indicadores de crescimento da população de Santa Maria têm como objetivo entender o

comportamento da evolução da população até a data e, portanto, poder prever a evolução

futura.

Nascimentos e óbitos

A Figura abaixo apresenta o número de nascimentos ocorridos no período 2003 -2010.

Figura 55. Números de nascimentos em Santa Maria.

Fonte: Adaptado de IBGE Censo 2010. Escritório da Cidade.

Se os mesmos dados forem representados em um gráfico de linhas pode-se notar como nos

últimos anos a natalidade tem estabilizado entorno dos 3.300 nascimentos por ano.

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Figura 56. Tendência de natalidade de Santa Maria.

Analisando a mortalidade entre as pessoas com mais de 60 anos aprecia-se um aumento dos

óbitos desde o ano de 2003. Este comportamento pode ser devido a um maior número de

pessoas de mais idade relacionado, por sua vez, ao aumento de população que ocorreu no

município desde os anos 50.

Figura 57. Óbitos em pessoas com mais de 60 anos

Fonte: Adaptado de IBGE Censo 2010. Escritório da Cidade

Apesar do aumento dos óbitos, vemos que estes ficam abaixo do número de nascimentos, pelo

qual, se forem considerados somente estes dois fatores podemos supor que a população de

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Santa Maria crescerá no futuro, ainda que em menor medida que no passado, já que os

nascimentos tem estancado, enquanto as mortes seguem uma tendência crescente.

Imigração

Com relação à distribuição por nacionalidades, quase a totalidade da população de Santa

Maria é brasileira. Segundo dados do Censo de 2010 somente 316 pessoas eram consideradas

estrangeiras.

Tabela 12. Nacionalidades da população residente em Santa Maria.

Nacionalidade Pessoas Nacionalidade

Brasileira 260.715 Brasileira

Brasileira-nata 260.558 Brasileira-nata

Brasileira por

naturalização

157 Brasileira por

naturalização

Estrangeira 316 Estrangeira

Total 261.031 Total

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria,

Escritório da Cidade. Censo 2010.

Se analisarmos a origem da população com relação ao município ou à unidade da federação,

observamos que a maioria dos habitantes nasceu no município, 64,1% frente a 35,9% que não

nasceu nele.

Com relação ao estado de origem, 97,3% dos residentes nasceu no Estado do Rio Grande do

Sul. Isto significa que a imigração de Santa Maria procede de populações relativamente

próximas, dentro do Estado, dado que somente 2,7% não é natural do Rio Grande do Sul.

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Tabela 13. Origem dos habitantes com relação ao município ou unidade da Federação.

Naturalidade Pessoas

Naturais do município 167.445

Não naturais do

município

93.586

Naturais da unidade da

federação

253.930

Não naturais da unidade

da federação

7.101

Total 261.031

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Censo 2010.

Pode-se esperar para o futuro um incremento de população em Santa Maria proveniente do

seu entorno mais próximo.

Deslocamento em função dos estudos

A relação do número de habitantes inscritos no município e o local onde desenvolvem sua

atividade profissional ou formativa permitem obter informação sobre a capacidade da

população para proporcionar postos de trabalho e a suficiente oferta formativa para reter os

seus habitantes.

A tabela a seguir mostra o deslocamento da população para atividades profissionais ou

estudos. Observando seus números surge que uma maioria de residentes inscritos trabalha ou

estuda em Santa Maria, enquanto os que o fazem em outro local são minoritários.

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Tabela 14. População residente. Deslocamento de residentes para o exercício profissional ou estudantil.

Faixa etária Total Trabalhavam

ou

estudavam

no município

de residência

Não

trabalhavam

nem

estudavam

Trabalhavam

ou

estudavam

em outro

município da

Unidade da

Federação

Trabalhavam

ou

estudavam

em outra

Unidade da

Federação

Trabalhavam

ou

estudavam

em País

estrangeiro

0 a 14 anos 60.565 40.565 19.765 226 10 -

15 a 24 anos 45.925 36.151 8.903 739 124 9

25 a 64 anos 119.072 77.892 39.157 1.767 205 18

65 anos ou mais 18.049 2.172 15.847 30 - -

TOTAL 243.611 156.780 83.672 2.762 339 27

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Censo 2010.

A implantação da Universidade Federal e da base aérea no município explicaria o fato pelo

qual o número de trabalhadores e estudantes que se deslocam fora de Santa Maria é pequeno,

3.126 pessoas, 1,13% da população.

No entanto, a dinamização que a universidade e a base aérea produzem na economia local não

é suficiente para ocupar uma boa parte da sociedade. Destaca-se o número de pessoas que

não trabalham nem estudam e que atingem 34% da população total do município.

A este respeito poderia se pensar em um descenso da população de Santa Maria devido a uma

emigração econômica dos seus habitantes, mas o atual cenário econômico do Brasil leva a

pensar em um aumento do número de postos de trabalho em nível global e local, razão pela

qual é de se supor que, no futuro, Santa Maria poderá criar postos de trabalho para todos os

seus cidadãos, evitando assim uma emigração econômica.

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Característica e evolução do número de moradias

A tabela a seguir mostra as principais características do parque de moradias do município.

Cabe destacar o elevado número de domicílios particulares sem ocupação.

Tabela 15. Características das moradias do município de Santa Maria.

Descrição Número

Domicílios recenseados 101.062

Domicílios particulares ocupados 87.488

Domicílios particulares ocupados com entrevista realizada 87.201

Domicílios particulares ocupados sem entrevista realizada 287

Domicílios particulares não ocupados 13.464

Domicílios particulares não ocupados de uso ocasional 6.252

Domicílios particulares não ocupados vagos 7.212

Domicílios coletivos 110

Domicílios coletivos com morador 80

Domicílios coletivos sem morador 30

Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Maria, Escritório da Cidade. Censo 2010.

Figura 58. Linha de tendência a partir dos números de natalidade de Santa Maria.

Fonte: Adaptado de IBGE Censo 2010. Escritório da Cidade.

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Encontramo-nos, portanto, com um incremento no número de moradias, parte delas vazias,

que podem acolher um futuro incremento populacional.

Conclusão

Uma vez expostos os fatores (nascimentos e óbitos, imigração, deslocamento econômico e

parque de moradias), que levaram ao crescimento da população de Santa Maria nos últimos

anos, é de se esperar um crescimento futuro, ao se prever a manutenção dos fatores que têm

possibilitado a tendência atual.

2.4.1.5. Projeções de Populações

Projeções de população no entorno urbano

A evolução da população será estudada considerando um horizonte de 20 anos, adotando para

a modelização o ano de 2012, como ano de início, e o ano horizonte o de 2032.

Como dados de partida consideram-se o número de habitantes na totalidade do município,

obtidos a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

apresentados nos itens anteriores.

No presente item de projeção de população empregaram-se três métodos diferentes que

permitem analisar a evolução dos dados de população de anos anteriores, e extrapolar os

resultados aos anos futuros.

Os três modelos de cálculo utilizados são o Modelo Geométrico, o Modelo Aritmético e o

Modelo Geométrico Ponderado.

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Para o estudo de demandas posteriores será utilizado o resultado fornecido pelo modelo que

melhor se ajusta à evolução da população em anos anteriores.

O modelo geométrico ponderado foi considerado como válido pois é o que se ajusta melhor ao

descenso na taxa de crescimento de população tanto rural como urbana sofrido nas últimas

décadas.

Na seguinte tabela são apresentadas as populações a considerar no ano horizonte:

Método geométrico

Descrição do modelo

O procedimento empregado para o cálculo da evolução de população mediante a aplicação

deste método indica-se a seguir:

1) A primeira etapa do método consiste em calcular as taxas de crescimento mediante

comparação da população do último ano do qual se dispõe de dados com a do

restante dos anos da série. Desta forma obtém-se a taxa de crescimento para

diferentes períodos de tempo.

A fórmula para o cálculo da taxa de crescimento é a seguinte:

Sendo:

P2= População no ano t2

P1= População no ano t1

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t2 = ano futuro.

t1= ano passado.

r= taxa de crescimento (%).

2) Escolha da taxa de cálculo. Escolhe-se aquela taxa de crescimento que melhor se ajusta

à série de dados existentes.

3) Cálculo do número de habitantes no ano início e no ano horizonte. Uma vez

determinado o valor de taxa de cálculo, calcula-se a projeção de população para o

futuro mediante a seguinte fórmula:

Resultados obtidos

De acordo com o descrito anteriormente, calcularam-se os valores de taxa de crescimento

obtidos para os diferentes anos da série considerada.

Tabela 16. Taxa de crescimento para os diferentes anos considerados

Ano População urbana Taxa de crescimento

(%)

Anos do período da

taxa de crescimento

1950 35.097 3,31% 60

1960 36.961 3,88% 50

1970 124.136 1,75% 40

1980 154.564 1,59% 30

1990 192.415 1,28% 20

2000 230.696 0,74% 10

2010 248.347 - -

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Pode-se observar como a taxa de crescimento segue uma tendência decrescente, refletindo

uma desaceleração no aumento de população.

Para o cálculo da população considerou-se a taxa de crescimento para 60 anos, pois é a única

que cruza o valor de população de 1950 e 2010. Os dados da projeção de população para os

diferentes anos da série expressam-se a seguir, numérica e graficamente.

Tabela 17. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico

Evolução da população em Santa Maria segundo

Modelo Geométrico.

Ano População

1950 35.097

1960 48.630

1970 67.380

1980 93.361

1990 129.359

2000 179.237

2010 248.347

2012 265.085

2020 344.105

2030 446.679

2032 476.784

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Figura 59. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico

Observando os resultados obtidos podemos afirmar que o modelo geométrico não se ajusta à

tendência seguida pelos dados de população do censo, já que não reflete o descenso na taxa

de crescimento das últimas décadas.

O teto de população urbana com este método ficou em 476.784 habitantes.

Método aritmético

Descrição do modelo

Este modelo considera um incremento constante da população com a seguinte fórmula:

Sendo:

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P = População

t = tempo

Ka = razão aritmética

Se considerado como:

P1 = População do município no tempo t1

P2 = População no tempo t2

Obtemos:

Desta forma pode-se calcular a população (P) em um tempo futuro t mediante a seguinte

expressão:

Resultados obtidos

A partir da metodologia descrita calcula-se a projeção de população urbana de Santa Maria

nos anos 2010, 2020 e 2030 e no ano horizonte 2032, considerando os dados da população de

1950 e 2010. Os resultados obtidos são os seguintes:

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Tabela 18. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético

Evolução da população em Santa Maria segundo

o Modelo Aritmético.

Ano População

2012 255.455

2020 283.889

2030 319.430

2032 326.539

Figura 60. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Aritmético

Observando os resultados podemos afirmar que o modelo aritmético não se ajusta

completamente à tendência seguida pelos dados de população do censo, já que não reflete o

descenso na taxa de crescimento das últimas décadas, mas supõe um ajuste melhor que o

geométrico.

O teto de população urbana com este método ficou em 326.539 habitantes.

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Método geométrico ponderado (MOPU)

Descrição do modelo

O modelo de projeção de população conhecido como modelo geométrico ponderado, que é

um caso particular do método geométrico, toma como base as populações do último censo

realizado e a dos censos dos 10 e 20 anos anteriores. Com isso calculam-se as taxas de

crescimento anual cumulativo para cada um destes censos com relação ao último censo

realizado.

β desconta-se de Pa= P a-10(1+β)10

γ desconta-se de Pa= P a-20 (1+γ)20

Onde: Pa é a população do último censo

P a-10 é a população do censo de dez anos atrás

P a-20 é a população do censo de vinte anos atrás

β é a taxa anual de crescimento acumulativo nos últimos dez anos

γ é a taxa anual de crescimento acumulativo nos últimos vinte anos

A partir dos valores de β e γ calcula-se uma taxa de crescimento para a projeção de população

de modo ponderado e de acordo com a seguinte expressão:

α= (2β+γ)/3

Podendo-se estabelecer uma projeção de população dentro de t anos com o seguinte valor:

Pt = Pa (1+α)t

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Onde: Pt é a população dentro de t anos

Pa é a população atual

α é a taxa de crescimento acumulativo já definida

t é o número de anos até o horizonte previsto

Resultados obtidos

Com a metodologia descrita calculou-se a população para os anos de 2012, 2020, 2030 e 2032

a partir da população dos anos de 2010, 2000 e 1990.

Tabela 19. População urbana nos anos de 1990, 2000 2010 e a taxa de crescimento

Ano População

urbana Taxa de crescimento

1990 192.415 γ = 0,01284

2000 230.696 β = 0,00740

2010 248.347 α = 0,00921

Obtendo-se os seguintes resultados:

Tabela 20. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado

Ano População

2012 252.944

2020 272.200

2030 298.345

2032 303.868

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Figura 61. Evolução da população em Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado

Observando os resultados podemos afirmar que o modelo geométrico ponderado ajusta-se à

tendência seguida pelos dados de população do censo, já que reflete a queda na taxa de

crescimento das últimas décadas.

O teto de população urbana com este método ficou em 303.868 habitantes.

Escolha do modelo de projeção demográfica para o entorno urbano

Uma vez expostas as três metodologias utilizadas para o estudo de projeção demográfica no

entorno urbano podemos extrair os seguintes resultados:

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Tabela 21. Projeções demográficas em zonas urbanas segundo os diferentes modelos utilizados

Ano Modelo Geométrico Modelo Aritmético Modelo Geométrico

Ponderado

2012 265.085 255.455 252.944 2020 344.105 283.889 272.200 2030 446.679 319.430 298.345 2032 476.784 326.539 303.868

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

2010 2020 2030

Ano

Hab

itan

tes

Modelo geometrico Modelo aritmetico Modelo aritmetico ponderado

Figura 62. Projeções demográficas segundo diferentes metodologias

Devido aos dados expostos podemos estabelecer as seguintes conclusões:

o A modelagem que nos leva a uma maior população no ano horizonte é o modelo

geométrico, que se afasta em excesso dos outros dois modelos empregados.

o Uma vez descartado o modelo geométrico não há diferenças significativas entre o

modelo aritmético e o geométrico ponderado.

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Por isso, e depois de ver que o modelo geométrico ponderado se ajusta melhor ao descenso

na taxa de crescimento de população sofrido nas últimas décadas, escolhemos este como

modelo válido.

Portanto, podemos estabelecer para o ano horizonte de 2032 uma população de 303.868

habitantes na zona urbana do município de Santa Maria.

Chegados a este ponto, é importante destacar que esta população horizonte estabeleceu-se

com projeções demográficas baseadas em históricos, sem levar em conta outros fatores, como

vontades políticas ou condicionantes econômicos, pelo qual terão que ser revistas estas

projeções no caso de mudanças nas tendências por fatores políticos ou econômicos.

Projeções de população no entorno rural

Ao igual com o que se fez no caso da população urbana, neste item realiza-se uma projeção

demográfica da população localizada no entorno rural seguindo os mesmos modelos

demográficos: modelo aritmético, modelo geométrico e modelo geométrico ponderado.

A descrição dos três modelos realizou-se no item anterior, pelo qual nos limitaremos aqui à

exposição dos resultados para o caso das projeções de população no entorno rural.

Método geométrico

Com os dados de população rural obtêm-se os valores de taxa de crescimento obtidos para os

diferentes anos da série considerada.

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Tabela 22. Taxa de crescimento para os diferentes anos da série

Ano População rural Taxa de crescimento

(%)

Anos do período da

taxa de crescimento

1950 47.904 -2,19% 60

1960 85.014 -3,73% 50

1970 32.474 -2,32% 40

1980 27.014 -2,49% 30

1990 21.744 -2,66 % 20

2000 12.915 -0,18% 10

2010 12.684 - -

Pode-se observar como a taxa de crescimento é negativa e esta diminuição de população

segue uma tendência decrescente, refletindo uma desaceleração no descenso de população.

Para o cálculo da população tomou-se a taxa de crescimento há 60 anos, pois é a única que

cruza com o valor de população de 1950 e 2010. Os dados da projeção de população para os

diferentes anos da série, e com a taxa de crescimento escolhida, são os seguintes:

Tabela 23. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico

Evolução da população em Santa Maria segundo

Modelo Geométrico.

Ano População

1950 47.904

1960 38.387

1970 30.761

1980 24.650

1990 19.753

2000 15.821

2010 12.684

2012 12.134

2020 10.164

2030 8.514

2032 8.145

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Figura 63. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico

Observando os resultados podemos afirmar que o modelo geométrico ajusta-se parcialmente

à tendência seguida pelos dados de população do censo, ainda que não reflita o descenso na

diminuição de população para a última década.

O teto de população urbana com este método ficou em 8.145 habitantes.

Método aritmético

Considerando os dados de população rural de 1950 e 2010, os resultados obtidos são os

seguintes:

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Tabela 24. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético

Evolução da população em Santa Maria segundo

Modelo Aritmético.

Ano População

2012 11.510

2020 6.814

2030 944

2032 0 (*)

(*) o calculo matemático apresenta uma projeção

de -230 habitantes para o ano de 2032

Figura 64. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Aritmético

Observando os resultados podemos afirmar que o modelo aritmético não se ajusta à tendência

seguida pelos dados de população do censo, já que não reflete o descenso na taxa de

crescimento das últimas décadas.

O teto de população rural com este método ficou em 0 habitantes.

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Método geométrico ponderado (MOPU)

Com esta metodologia calculou-se a população para os anos de 2012, 2020, 2030 e 2032, a

partir da população dos anos de 2010, 2000 e 1990.

Tabela 25. População rural nos anos de 1990, 2000 e 2010 e taxa de crescimento

Ano População rural Taxa de crescimento

1990 21.744 γ = -0,02659

2000 12.915 β = -0,00180

2010 12.684 α = -0,01007

Obtiveram-se os seguintes resultados:

Tabela 26. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado

Ano População

2012 12.430

2020 11.464

2030 10.361

2032 10.153

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Figura 65. Evolução da população de Santa Maria segundo Modelo Geométrico Ponderado

Observando os resultados podemos afirmar que o modelo geométrico ponderado se ajusta à

tendência seguida pelos dados de população do censo, já que reflete o descenso na taxa de

decremento de população da última década.

O teto de população rural com este método ficou em 10.153 habitantes.

Escolha do modelo de projeção demográfica para o entorno rural

Uma vez expostas as três metodologias utilizadas para o estudo de projeção demográfica no

entorno rural podemos extrair os seguintes resultados:

Tabela 27. Projeções demográficas em zonas rurais segundo os diferentes modelos

Ano Modelo Geométrico Modelo Aritmético Modelo Geométrico

Ponderado

2012 12.134 11.510 12.430

2020 10.164 6.814 11.464

2030 8.514 944 10.361

2032 8.145 0 10.153

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0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

2010 2020 2030

Ano

Hab

itan

tes

Modelo geometrico Modelo aritmetico Modelo geometrico ponderado

Figura 66. Projeções demográficas segundo diferentes metodologias

Devido aos dados expostos podemos estabelecer as seguintes conclusões:

o A modelagem que nos leva a uma menor população no ano horizonte é o

modelo aritmético que, com uma população de 0 habitantes (-230 habitantes

segundo a formulação matemática), afasta-se em excesso dos outros dois

modelos empregados.

o Uma vez descartado o modelo aritmético não há diferenças significativas entre

os modelos geométrico e geométrico ponderado.

Por isso, e depois de ver que o modelo geométrico ponderado se ajusta melhor ao descenso

na taxa de decrescimento de população obtido nas últimas décadas, escolhemos este como

modelo válido.

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Portanto, podemos estabelecer para o ano horizonte de 2032 uma população de 10.156

habitantes na zona rural do município de Santa Maria.

Ao igual que no caso da projeção da população urbana, este teto de população estabeleceu-se

em base em históricos de população e, portanto, podem-se ver alterados por mudanças de

tendências, por vontades políticas ou conjunturas econômicas.

Resumo das Projeções de população

Como resumo mostra-se a seguinte tabela, na qual são apresentadas as populações a

considerar no ano horizonte:

Tabela 28. Populações atuais e futuras

Ano 2010

(habitantes)

Ano 2032

(habitantes)

Incremento

(habitantes)

Incremento

(%)

População rural 12.684 10.153 -2.531 -19,95

População urbana 248.347 303.868 55.521 22,36

População total 261.031 314.021 52.990 20,30

População rural

População urbana

População total

2010

2032

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2010

2032

Figura 67. Populações atuais e futuras

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Figura 68. Populações atuais e futuras

2.4.1.6. Discretização Zonal Da População Prevista

Uma vez estabelecidos os tetos de população a considerar no ano horizonte, é necessário

distribuir geograficamente esta população, com o fim de poder dimensionar as infraestruturas

necessárias para satisfazer as necessidades destes novos habitantes.

Os critérios básicos para esta discretização zonal foram os seguintes:

o Supôs-se que o incremento de população, decrescimento no caso de

população rural, será realizada de modo proporcional à população atual de

cada distrito.

o Dentro do Distrito Sede se suporá que a nova população que se estabelecer no

período 2010-2032 estará localizada naqueles locais com maior disponibilidade

de espaço e menor densidade de população.

Com estas duas premissas básicas obtêm-se uma distribuição, cujo desenvolvimento será visto

nos seguintes itens, com as seguintes características:

o O principal incremento de população (95%) de todo o município ficará no

Distrito Sede.

o Dentro deste distrito, os bairros que sofrem um maior incremento de

população são os situados nas seguintes regiões administrativas:

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Centro Leste (bairros de Cerrito, Pé de Plátano e Diácono João Luiz

Pozzobon),

Nordeste (bairro de Campestre do Menino Deus),

Oeste (bairros de Boi Morto e Agro Industrial) e

Sul (bairro de Tomazzeti).

Regiões que a Lei de uso do solo do município de Santa Maria, de novembro de 2009,

contempla como de maior crescimento.

Discretização por Distritos

A partir dos dados de incremento de população já mostrados e distribuindo estes de forma

proporcional à população atual de cada um dos distritos, podemos estabelecer os seguintes

tetos de população para o ano horizonte:

Tabela 29. População por distritos no ano horizonte

DISTRITO POPULAÇÃO

2010

DENSIDADE

2010

(Hab/km2)

CRESCIMENTO

POPULAÇÃO

URBANA

2010-2032

CRESCIMENTO

POPULAÇÃO

RURAL

2010-2032

POPULAÇÃO

2032

Pains 4.146 30,96 883 -40 4.989

Boca do Monte 2.941 10,84 626 -29 3.538

Arroio Grande 2.702 20,81 575 -26 3.251

Santa Flora 1.074 2,06 229 -10 1.293

Arroio do Sol 944 6,04 201 -9 1.136

Palma 856 9,03 182 -8 1.030

São Valentin 565 3,43 120 -5 680

Passo do Verde 531 4,04 113 -5 639

Santo Antão 531 10,13 113 -5 639

Sede 246.465 1.954,34 52.478 -2.392 296.551

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Figura 69. População por Distrito no horizonte

Discretização por bairros dentro do Distrito Sede

Uma vez fixado o teto de população por distritos no ano horizonte (2032), dividiu-se por

bairros a população do distrito Sede.

Esta distribuição, como já foi comentado, foi realizada conforme o seguinte critério: a nova

população que se estabelecer no período 2010-2032 estará localizada naqueles locais com

maior disponibilidade de espaço e menor densidade atual de população.

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Página 120

Este critério se traduz em dois objetivos:

o Distribuição do incremento de população de forma proporcional à área de

cada bairro.

o Ponderação desta distribuição em função da densidade de população atual.

Por isso definiram-se certas áreas ponderadas para levar em conta os dois fatores ao mesmo

tempo, para posteriormente distribuir o incremento de população proporcionalmente a estas

áreas ponderadas. Com esta metodologia obtêm-se os dois objetivos buscados.

Os fatores de ponderação das áreas tem sido os seguintes:

o K=5 para setores com uma densidade atual de população menor ou igual a 500

hab/km2.

o K=4 para setores com uma densidade atual de população entre 501 e 1000

hab/km2.

o K=3 para setores com uma densidade atual de população entre 1.001 e 5.000

hab/km2.

o K=2 para setores com uma densidade atual de população entre 5.001 e 10.000

hab/km2.

o K= 1 para setores com uma densidade atual de população maior que 10.000

hab/km2.

A esta norma geral aplicaram-se duas exceções:

o Ao bairro Campestre do Menino Deus, ao qual corresponderia um coeficiente

K=5 pela sua densidade de população, aplicou-se um coeficiente K=3 para levar

em conta que uma parte do bairro é ocupada por uma represa e outra parte

do bairro está ao pé de uma montanha.

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Figura 70. Bairro Campestre do Menino de Deus

o Ao bairro Agroindustrial aplica-se um K=1 no lugar de K=5, como

corresponderia pela sua densidade de população, ao ser uma zona industrial,

onde a população não se instalará.

Figura 71. Bairro Agroindustrial

Desta forma obtêm-se as seguintes populações por bairros:

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Tabela 30. População do distrito Sede por bairros no ano horizonte

Região

administrativa Nome

População

2010

(Hab.)

Área

(km2) Área (%)

Densidade

Demográfica

Hab./km2

2010

Coeficiente

de

ponderação

de área por

densidade

demográfica

Área

Ponderada

(km2)

Crescimento

População

urbana 2010-

2032 (hab)

Crescimento

População

rural 2010-

2032 (hab)

População

Total

2032

(habitantes)

Crescimento

População

Total

2010-2032

(%)

Centro Urbano

Nossa Senhora Medianeira 9.030 1,91 1,51% 4.740 3 5,72 726 -33 9.722 7,67

Nonoai 4.168 0,61 0,48% 6.867 2 1,21 154 -7 4.315 3,53

Nossa Senhora de Lourdes 5.993 1,47 1,17% 4.075 3 4,41 560 -26 6.528 8,92

Nossa Senhora de Fatima 8.836 0,84 0,67% 10.460 1 0,84 107 -5 8.938 1,16

Bonfim 7.157 0,55 0,44% 13.023 1 0,55 70 -3 7.224 0,93

Centro 17.847 1,90 1,51% 9.388 2 3,80 483 -22 18.308 2,58

Nossa Senhora do Rosário 6.769 0,85 0,68% 7.951 2 1,70 216 -10 6.975 3,05

Centro-Leste

Cerrito 1.127 4,78 3,79% 236 5 23,89 3.033 -138 4.022 256,84

São José 5.697 4,69 3,72% 1.214 3 14,08 1.787 -81 7.402 29,94

Pé-de-Plátano 2.200 4,14 3,28% 532 5 20,68 2.626 -120 4.706 113,91

Diácono João Luiz Pozzobon 3.152 7,63 6,05% 413 5 38,14 4.842 -221 7.773 146,62

Centro-Oeste Uglione 1.808 0,68 0,54% 2.665 3 2,04 258 -12 2.055 13,64

Duque de Caxias 3.339 0,63 0,50% 5.271 2 1,27 161 -7 3.492 4,60

Patronato 2.575 1,18 0,94% 2.178 3 3,55 450 -21 3.005 16,69

Noal 7.582 1,25 0,99% 6.054 2 2,50 318 -14 7.885 4,00

Passo D'Areia 6.995 2,66 2,11% 2.627 3 7,99 1.014 -46 7.963 13,84

Leste Camobi 21.822 20,35 16,13% 1.073 3 61,04 7.748 -353 29.217 33,89

Nordeste

Nossa Senhora das Dores 4.656 1,10 0,87% 4.231 3 3,30 419 -19 5.056 8,59

Menino Jesus 5.410 0,60 0,48% 8.967 2 1,21 153 -7 5.556 2,70

Presidente João Goulart 6.252 1,81 1,43% 3.462 3 5,42 688 -31 6.908 10,50

Itararé 7.300 2,32 1,84% 3.153 3 6,95 882 -40 8.142 11,53

Campestre do Menino Deus 2.697 8,59 6,81% 314 3 25,76 3.271 -149 5.819 115,74

Km Três 2.504 3,39 2,69% 739 4 13,55 1.721 -78 4.146 65,58

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Página 123

Continuação.

Região

administrativa Nome

População

2010

(Hab.)

Área

(km2) Área (%)

Densidade

Demográfica

Hab./km2

2010

Coeficiente

de

ponderação

de área por

densidade

demográfica

Área

Ponderada

(km2)

Crescimento

População

urbana 2010-

2032 (hab)

Crescimento

População

rural 2010-

2032 (hab)

População

Total

2032

(habitantes)

Crescimento

População

Total

2010-2032

(%)

Centro Urbano

Nossa Senhora Medianeira 9.030 1,91 1,51% 4.740 3 5,72 726 -33 9.722 7,67

Nonoai 4.168 0,61 0,48% 6.867 2 1,21 154 -7 4.315 3,53

Nossa Senhora de Lourdes 5.993 1,47 1,17% 4.075 3 4,41 560 -26 6.528 8,92

Nossa Senhora de Fatima 8.836 0,84 0,67% 10.460 1 0,84 107 -5 8.938 1,16

Bonfim 7.157 0,55 0,44% 13.023 1 0,55 70 -3 7.224 0,93

Centro 17.847 1,90 1,51% 9.388 2 3,80 483 -22 18.308 2,58

Nossa Senhora do Rosário 6.769 0,85 0,68% 7.951 2 1,70 216 -10 6.975 3,05

Centro-Leste

Cerrito 1.127 4,78 3,79% 236 5 23,89 3.033 -138 4.022 256,84

São José 5.697 4,69 3,72% 1.214 3 14,08 1.787 -81 7.402 29,94

Pé-de-Plátano 2.200 4,14 3,28% 532 5 20,68 2.626 -120 4.706 113,91

Diácono João Luiz Pozzobon 3.152 7,63 6,05% 413 5 38,14 4.842 -221 7.773 146,62

Centro-Oeste Uglione 1.808 0,68 0,54% 2.665 3 2,04 258 -12 2.055 13,64

Duque de Caxias 3.339 0,63 0,50% 5.271 2 1,27 161 -7 3.492 4,60

Patronato 2.575 1,18 0,94% 2.178 3 3,55 450 -21 3.005 16,69

Noal 7.582 1,25 0,99% 6.054 2 2,50 318 -14 7.885 4,00

Passo D'Areia 6.995 2,66 2,11% 2.627 3 7,99 1.014 -46 7.963 13,84

Leste Camobi 21.822 20,35 16,13% 1.073 3 61,04 7.748 -353 29.217 33,89

Nordeste

Nossa Senhora das Dores 4.656 1,10 0,87% 4.231 3 3,30 419 -19 5.056 8,59

Menino Jesus 5.410 0,60 0,48% 8.967 2 1,21 153 -7 5.556 2,70

Presidente João Goulart 6.252 1,81 1,43% 3.462 3 5,42 688 -31 6.908 10,50

Itararé 7.300 2,32 1,84% 3.153 3 6,95 882 -40 8.142 11,53

Campestre do Menino Deus 2.697 8,59 6,81% 314 3 25,76 3.271 -149 5.819 115,74

Km Três 2.504 3,39 2,69% 739 4 13,55 1.721 -78 4.146 65,58

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Continuação.

Região administrativa Nome População

2010 (Hab.)

Área

(km2) Área (%)

Densidade

Demográfica

Hab./km2

2010

Coeficiente de

ponderação

de área por

densidade

demográfica

Área

Ponderada

(km2)

Crescimento

População

urbana 2010-

2032 (hab)

Crescimento

População

rural 2010-

2032 (hab)

População

Total

2032

(habitantes)

Crescimento

População

Total

2010-2032

(%)

Norte

Divina

Providência

1.347 0,84 0,67% 1.602 3 2,52 320 -15 1.653 22,69

Carolina 3.356 0,46 0,36% 7.374 2 0,91 116 -5 3.466 3,29

Salgado Filho 9.801 0,74 0,59% 13.235 1 0,74 94 -4 9.891 0,92

Caturrita 3.211 3,88 3,07% 828 4 15,51 1.969 -90 5.090 58,52

Chácara das

Flores 3.939 2,01 1,60% 1.956 3 6,04 767 -35 4.671 18,58

Nossa Senhora

do Perpétuo

Socorro

6.151 4,00 3,17% 1.537 3 12,01 1.524 -69 7.606 23,65

Oeste

Boi Morto 2.561 5,84 4,63% 439 5 29,18 3.705 -169 6.097 138,06

Renascença 1.791 1,43 1,13% 1.254 3 4,28 544 -25 2.310 28,99

São João 1.706 0,84 0,66% 2.036 3 2,51 319 -15 2.010 17,85

Tancredo

Neves

11.456 3,42 2,71% 3.354 3 10,25 1.301 -59 12.697 10,84

Pinheiro

Machado

10.943 3,59 2,85% 3.046 3 10,78 1.368 -62 12.249 11,93

Jucelino

Kubtschek

13.730 2,46 1,95% 5.586 2 4,92 624 -28 14.326 4,34

Nova Santa

Marta

12.722 1,95 1,54% 6.532 2 3,90 494 -23 13.194 3,71

Agroindustrial 224 6,75 5,35% 33 1 6,75 857 -39 1.042 365,21

Sul

Lorenzi 5.621 4,87 3,86% 1.153 3 14,62 1.856 -85 7.392 31,51

Tomazetti 2.039 5,78 4,58% 353 5 28,88 3.666 -167 5.538 171,59

Dom Antônio

Reis

1.984 0,61 0,48% 3.262 3 1,82 232 -11 2.205 11,14

Urlândia 8.967 2,72 2,16% 3.292 3 8,17 1.037 -47 9.957 11,04

TOTAL 246.465 126,10 100,00% - - 413,40 52.478 -2.392 296.551 -

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Figura 72. População do distrito Sede por bairros no ano horizonte

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Página 126

1.5.2 Estudo de Demanda e Oferta

1.4.2.1. Definições

Ao longo de todo o capítulo citam-se os seguintes termos cujo significado mostra-se a seguir:

o Coeficiente de escoamento: é a relação entre o volume de chuva líquida (ou de

escoamento) e o da chuva total e, portanto, teoricamente varia na classe de valores

entre 0 e 1.

o O coeficiente de escoamento utiliza-se na metodologia do método racional, método

empregado na transformação chuva-escoamento e que se verá com detalhe na

sequencia do documento.

o Bacia hidrológica: uma parte da superfície terrestre cujas águas fluem para um mesmo

ponto.

Figura 73. Representação de uma bacia hidrológica

o Curvas IDF (intensidade-duração-frequência): relação matemática, geralmente

empírica, entre a intensidade de uma precipitação, sua duração e a frequência

expressada com seu período de retorno (vide definição).

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Figura 74. Exemplo de curvas IDF

Como mostrado na imagem anterior, durações menores implicam maiores

intensidades de chuva.

o Número de Curva (NC): número adimensional empregado no Método dos Complexos

Hidrológicos, formulado pelo Soil Conservation Service (SCS) do departamento de

Agricultura dos Estados Unidos, e que permite estabelecer o volume de água de

escoamento para uma precipitação dada.

Este número de curva, para condições médias de umidade no solo, depende do uso do

solo, as características hidrológicas, pendente e tipo de solo. Seu valor é

compreendido entre 0 e 100, correspondendo o valor 0 a bacias totalmente

permeáveis, e que não escorrem nada, e 100 a bacias totalmente impermeáveis, que

escorrem tudo.

o Período de retorno: é o tempo esperado, ou tempo médio, entre dois casos

improváveis e com possíveis efeitos catastróficos. Assim, em engenheira hidráulica, o

período de retorno será o tempo médio entre duas trombas de água acima de uma

certa vazão.

o Tempo de concentração: é o tempo que demora uma gota de água do ponto mais

afastado da saída de uma bacia para atingir a referida saída.

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o Limite de escoamento: é a precipitação a partir da qual o terreno não é capaz de

infiltrar mais água e esta corre sobre a superfície em um fluxo difuso. Este limite

depende da umidade inicial do solo, do uso do solo, do tipo de solo e da pendente,

entre outras.

1.4.2.2. Objetivos, Critérios e Parâmetros Adotados

Neste estudo de demanda da rede de drenagem pretende-se analisar de forma qualitativa, e

comparando com a situação atual, as afecções dos novos desenvolvimentos urbanísticos à

rede de drenagem, para poder conhecer a necessidade ou não de construção de novas

infraestruturas hidráulicas de drenagem ou a ampliação das existentes.

Esta análise limitar-se-á ao entorno urbano (Distrito Sede), que é o de maior crescimento

previsto e no qual há problemas de drenagem atualmente.

O dimensionamento de qualquer infraestrutura desenhada para veicular água em regime de

lâmina livre, como é o caso da rede de drenagem, deverá se basear no estudo da capacidade

de transporte de água da referida infraestrutura versus a vazão máxima de água a veicular.

A vazão máxima de água a veicular corresponderá à vazão de escoamento que se produz na

bacia contributiva, e dependerá dos seguintes fatores:

o Intensidade de chuva caída na bacia

o Extensão da área de aporte da bacia vertente

o Impermeabilidade da área contributiva

A capacidade de transporte de um leito, natural ou artificial, em regime de lâmina livre

depende dos seguintes fatores:

o A inclinação longitudinal do leito

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o A forma da seção transversal

o O material de que são compostas as paredes da referida seção transversal

Neste estudo nos centraremos na análise do primeiro fator (vazões de escoamento), deixando

a análise detalhada da capacidade das infraestruturas para estudos posteriores.

Efeitos do processo urbanizador na drenagem urbana

Para estes efeitos deverá entender-se como processo urbanizador o aumento de

impermeabilização do solo pela passagem de um uso natural, mais permeável, a outro mais

impermeável, como são os telhados ou pavimentos.

O impacto típico do processo urbanizador na hidrologia urbana mostra-se na seguinte figura e

pode-se resumir em dois efeitos.

Figura 75. Efeitos hidrológicos do processo urbanizador

o Por um lado, o volume total de escoamento é maior ao reduzir a infiltração no

terreno como produto do aumento da impermeabilidade.

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o Também aumenta o valor da vazão máxima de escoamento (vide formulação

do Método Racional) já que, mantendo-se a área de aporte (A), aumenta-se o

coeficiente de escoamento (Ce) e o valor da intensidade de chuva de projeto

(It). Este aumento da intensidade de chuva se deve a que bacias mais

impermeáveis implicam maiores velocidades de circulação da água por

superfície, o que implica menor tempo de concentração e, portanto, maior

intensidade de chuva (vide definição de curvas intensidade-duração-

frequência)

Será fundamental, portanto, poder quantificar as vazões ponta produzidas, que serão as que

determinarão o dimensionamento das infraestruturas de drenagem. Estas vazões ponta

poderão ser quantificadas com o método racional, cuja formulação apresenta-se no item

seguinte.

Método Racional de cálculo de vazões máximas de escoamento

Segundo a formulação do Método Racional, método muito utilizado em hidrologia para a

transformação de chuva em escoamento, a vazão máxima na saída de uma bacia hidrológica

pode estabelecer-se mediante a seguinte formulação:

6,3

AICKPF te

Onde:

PF= vazão máxima de escoamento na saída da bacia, em m3/s

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K= coeficiente representativo do grau de uniformidade com que se divide o

escoamento. Seu valor depende do efeito das pontas de precipitação,

oscilando entre 1 (hipótese ideal de divisão uniforme de chuva no intervalo

considerado) e 2 (hipótese oposta de concentração extrema de escoamento

em um instante).

Ce= coeficiente médio de escoamento da bacia drenada (vide definição no

item correspondente)

It =intensidade média de precipitação em mm/h correspondente ao período de

retorno considerado, e a uma duração em horas igual ao tempo de

concentração da bacia (vide definição no item correspondente).

A= é a área da bacia drenada em Km2

O fluxo de escoamento depende, portanto, da intensidade de chuva, da área da bacia e da

impermeabilização da mesma.

O processo de urbanização de novos desenvolvimentos no entorno urbano implicará um

aumento da impermeabilidade do solo, fator que determinará o incremento de vazões

drenados, com relação à situação atual, se forem supostos constantes os outros dois fatores,

como pode ser feito neste caso:

o Suporemos que as tendências climáticas não variarão nos próximos vinte anos

e, portanto, poderemos assumir como futuras as distribuições estadísticas

atuais de intensidades de chuva.

o No se esperam, no horizonte do âmbito deste estudo, fatores erosivos ou

humanos que alterem a delimitação e, portanto, a área das bacias atuais.

Por isso assumiremos que a variação de vazões de escoamento entre a situação atual e

futura dependerá somente da variação no coeficiente de escoamento do solo pelo processo

urbanizador.

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1.4.2.3. Hidrografia e sistema de drenagem atual do município de

Santa Maria

Hidrografia

Como comentado no diagnóstico, a hidrografia do município de Santa Maria apresenta grande

densidade de cursos de água, que servem de eixos de drenagem natural para as águas pluviais.

Em concreto, na zona urbana do distrito Sede há vários arroios e sangas, que atravessam a

malha urbana, e que formam os eixos de macrodrenagem urbana que evacuam o escoamento

gerado.

Figura 76. Hidrografia da zona urbana (distrito Sede)

Dentro dos cursos de água que atravessam a zona urbana do distrito Sede cabe destacar as

Sangas da Aldeia e do Hospital; os arroios Ferreira, Cadena e Cancela e o Rio Vacacaí Mirim.

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Figura 77. Principais cursos de água no entorno urbano do distrito Sede

Rede de Drenagem Urbana

A rede de drenagem urbana do distrito Sede divide-se em dois níveis

o Microdrenagem: conjunto de infraestruturas construídas para drenar

pequenas áreas e que contempla a execução de elementos de captação (bocas

de lobo), bem como conduções de transporte dos elementos de captação até a

rede de macrodrenagem.

o Macrodrenagem: conjunto de canalizações, naturais ou não, que recolhem as

águas da rede de microdrenagem e as conduzem fora do âmbito de estudo.

Dentro deste nível incluem-se galerias de grande tamanho e corpos receptores

de água (rios ou canais).

Rede de microdrenagem

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A rede de microdrenagem existente no município de Santa Maria é bastante fragmentada e

conta com poucos trechos de tubulações, fazendo com que a drenagem pluvial seja realizada

diretamente pelas sarjetas e leito das ruas e avenidas.

Uma característica generalizável para toda a extensão da região urbana é a presença de

estruturas de microdrenagem apenas nas partes mais baixas e planas, fazendo com que a água

escoe pelas ruas até atingir estas zonas.

Este escoamento causa a degradação da pavimentação e transtornos para a circulação de

veículos e pedestres, inclusive entrando em algumas residências.

Devido aos gradientes de declividade da cidade, os alagamentos são de pequena duração,

causando transtornos por pouco tempo, o que provoca uma menor priorização de

investimentos públicos para a minimização dos alagamentos e seus efeitos.

Ainda, a infraestrutura de microdrenagem existente é bastante arcaica e não segue uma

padronização construtiva, que juntamente com a falta de manutenção causa risco de acidente

à população.

Figura 78. Elementos de microdrenagem existente em Santa Maria

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Rede de macrodrenagem

A rede de macrodrenagem é composta por canais naturais e artificiais, sendo os canais

naturais o tipo de canal presente na maior parte da rede de macrodrenagem.

Nos arroios e sangas ocorrem problemas de inundações, principalmente devido à ocupação

das margens, deposição de resíduos de todo tipo e crescimento de vegetação no leito dos

cursos d’água, facilitada pela grande concentração de nutrientes nas águas contaminadas por

esgotos domésticos.

Figura 79. Exemplo de sanga de Santa Maria utilizada como macrodrenagem

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1.4.2.4. Análise da Impermeabilidade do Solo

Neste item serão analisadas as impermeabilidades atuais e futuras para poder estabelecer

posteriormente, de uma forma qualitativa, as consequências deste aumento de

impermeabilização.

Impermeabilidade atual

Para analisar a impermeabilidade do solo podemos recorrer a dois parâmetros análogos em

função do método hidrológico que empreguemos para o cálculo do escoamento: coeficiente

de escoamento no caso do Método Racional, e número de curva no caso do Método dos

Complexos Hidrológicos.

Neste caso analisaremos a impermeabilidade com o número de curva, ao ser esta a

informação disponível.

A impermeabilidade atual do caso urbano de Santa Maria é a mostrada na seguinte figura, na

qual os valores de número de curva próximos a 100 representam solos muito impermeáveis, e

valores de número de curva mais baixos representam terrenos mais permeáveis.

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Figura 80. Número de curva atual no distrito Sede.

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Da imagem anterior podemos tirar as seguintes conclusões:

o Os terrenos mais impermeáveis (números de curva entre 94 e 80) situam-se

nos bairros do centro (Salgado Filho, Bonfim, Nossa Senhora da Fátima,

Centro, Nossa Senhora do Rosário, Carolina, Nonoai, Passo de Aérea, Divina

Providencia e Noal) que são os de maior densidade populacional atualmente.

Figura 81. Destacados em azul, bairros acêntricos com maior número de curva (mas impermeáveis)

Figura 82. Densidade de população dos bairros do distrito Sede.

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Há também algumas zonas de elevada impermeabilidade (número de curva entre 94 e 80),

fora da zona centro, com uma densidade de população global do bairro não excessivamente

alta, mas com grandes extensões impermeáveis rodeadas de terrenos mais permeáveis.

Este é o caso dos bairros de Agroindustrial, Tancredo Neves, Pinheiro Machado, Urlândia e

Uglione.

Figura 83. Destacados em azul, bairros periféricos com zonas pontuais de elevada

impermeabilidade

Figura 84. Detalhe de bairros periféricos com zonas pontuais de elevada impermeabilidade

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o Os terrenos mais permeáveis (números de curva inferiores a 66) situam-se nos

bairros mais periféricos, como Agro-Industrial ou Tancredo Neves, vistos no

item anterior, além de outros, como Boi Morto, Lorenzi, Tomazetti, Camobi,

Pé-de-Plátano ou São José, que são os de menor densidade populacional

atualmente.

Figura 85. Destacados em azul, bairros periféricos com menor número de curva (mais permeáveis)

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Detalhe 1 Detalhe 2

Figura 86. Detalhe de bairros periféricos com menor número de curva (permeáveis)

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Impermeabilidade futura

Ao não se dispor de dados suficientes, não se pode estabelecer com exatidão o número de

curva de cada um dos bairros, uma vez ocorrido o crescimento da cidade previsto no estudo

populacional. Não obstante, pode-se estabelecer uma hipótese que sirva para quantificar,

ainda que de forma aproximada, as impermeabilidades futuras.

Estas hipóteses são as seguintes:

o Os bairros do distrito centro, vistos no item anterior, dispõem atualmente de

uma impermeabilidade muito elevada (número de curva em torno do valor de

85). Por isso, será muito difícil que aumente substancialmente a

impermeabilidade, ao estar esta limitada superiormente por um valor de 100,

que corresponderia a uma superfície teórica totalmente impermeável.

Esta limitação no aumento da impermeabilidade implicará uma limitação no

aumento do fluxo máximo de drenagem. Portanto, nestes bairros o

incremento de população não implicará uma afeção significativa à rede de

drenagem.

o Os bairros nos quais atualmente a impermeabilidade é mais baixa (valores de

número de curva abaixo de 66) são os que, a priori, terão maior percurso na

hora de aumentar sua impermeabilidade. Ainda assim, serão estes bairros nos

quais se prevê um aumento maior de população, ao dispor de um maior solo

natural desocupado, como se viu no estudo de projeção de população.

Neste caso ocorrerá um aumento de impermeabilidade, que implicará um aumento de

vazões máximos, e que terá influência na rede de drenagem que será quantificada no

item correspondente.

Consideraremos, portanto, que os bairros mais centrais não incrementarão substancialmente

seu número de curva (escoamento), e que os novos desenvolvimentos em bairros mais

periféricos (Agro-Industrial, Tancredo Neves, Boi Morto, Lorenzi, Tomazetti, Camobi, Pé-de-

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Plátano ou São José) sofrerão um aumento do número de curva até o valor de 80. Este valor

de 80 para o número de curva é um valor médio nos bairros centrais já consolidados.

É importante destacar que este aumento de impermeabilidade foi considerado, dentro dos

bairros periféricos, somente nos novos solos a urbanizar, que não necessariamente coincidem

com a totalidade da superfície do bairro.

Variações de Impermeabilidade

Como resumo do exposto até agora podemos estabelecer as seguintes permeabilidades

(número de curva) dos bairros do distrito Sede.

Figura 87. Bairros com aumento de impermeabilidade prevista

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Tabela 31. Variação na impermeabilidade dos novos desenvolvimentos (número de curva)

Bairro Número Curva Atual (*)

Número de Curva

Máxima Prevista nos

novos

desenvolvimentos

urbanísticos

Agroindustrial 55 80

Tancredo Neves 55 80

Boi Morto 55 80

Lorenzi 55 80

Tomazetti 55 80

Pé-de-Plátano 68 80

San José 55 80

Camobi 55 80

Restante dos Bairros Próprio de cada bairro NC atual

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(*) Supostos os novos desenvolvimentos nas zonas mostradas a seguir

Bairros Agroindustrial Bairros de Tancredo Neves

e Boi Morto

Bairros de Lorenzi e Tomazetti Bairros de Pé-de-Plátano e São José

Zona suposta de

desenvolvimento

urbanístico

Zonas supostas de

desenvolvimento

urbanístico

Zonas supostas de

desenvolvimento

urbanístico

Zonas supostas

de

desenvolvimento

urbanístico

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Bairro de Camobi

Figura 88. Localização suposta para os novos desenvolvimentos previstos nos bairros periféricos

Com relação aos valores apresentados na tabela 1 é necessário destacar que os números de

curva atuais adotados correspondem aos dos novos desenvolvimentos, e não às

impermeabilidades médias dos setores. A isto deve-se somar que a impermeabilidade futura

prevista nestes novos desenvolvimentos será a máxima, mas concentrada nas zonas previstas

de desenvolvimento urbano, e não em todo o bairro.

1.4.2.5. Análise das vazões de escoamento

Como comentado anteriormente, quando foi apresentada a formulação de Método Racional,

assim como o restante de fatores (intensidade de chuva e área da bacia drenada), a variação

nas vazões ponta de escoamento dependerá linearmente da variação no coeficiente de

escoamento.

No item anterior analisou-se a variação da permeabilidade das bacias de Santa Maria, através

da variação do número de curva.

Zona suposta de

desenvolvimento

urbanístico

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O número de curva é um indicador da permeabilidade do terreno, ao igual que o coeficiente

de escoamento, mas procede de uma formulação hidrológica diferente. Teremos que buscar,

portanto, uma relação entre o coeficiente de escoamento e o número de curva, relação que é

estabelecida neste item para posteriormente poder quantificar de forma aproximada a

variação de vazões de escoamento.

Transformações do número de curva – coeficiente de escoamento

O coeficiente de escoamento é obtido com a seguinte formulação:

2

0

00

)11(

)23()(

PP

PPPPC

d

dde

[1]

Onde:

Ce = coeficiente de escoamento (adimensional)

Pd = volume de precipitação diária para o período de retorno considerado (mm

chuva)

P0 = limite de escoamento (mm de chuva)

Ainda, o limite de escoamento depende do número de curva, da seguinte forma.

8,50080.5

0 NC

P [2]

Onde:

P0 = limite de escoamento (mm de chuva)

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NC = número de curva (adimensional)

Combinando as equações [1] e [2] obtemos uma relação entre o coeficiente de escoamento e

o número de curva no qual intervém também a precipitação diária.

Adotando a precipitação máxima diária registrada1 no período 1961-2012, que corresponde a

183,9 mm registrados, ou 16 de abril de 1984, obtemos a seguinte tabela de variação de

impermeabilidades, para os novos desenvolvimentos considerados no item anterior.

Tabela 32. Variação da permeabilidade (coeficiente de escoamento) nos bairros de Santa Maria após o processo

urbanizador

Bairro

Atual 2012 Futuro 2032

Incremento

(%)

Número

de

Curva

Limite de

escoamento P0

(mm)

Coeficiente

Escoamento

Número

de

Curva

Limite de

escoamento P0

(mm)

Coeficiente

Escoamento

Coeficiente

Escoamento

Agroindustrial 55 41,56 0,39 80 12,70 0,78 100,00

Tancredo Neves 55 41,56 0,39 80 12,70 0,78 100,00

Boi Morto 55 41,56 0,39 80 12,70 0,78 100,00

Lorenzi 55 41,56 0,39 80 12,70 0,78 100,00

Tomazetti 55 41,56 0,39 80 12,70 0,78 100,00

Pé-de-Plátano 68 23,91 0,59 80 12,70 0,78 32,20

São José 55 41,56 0,39 80 12,70 0,78 100,00

Camobi 55 41,56 0,39 80 12,70 0,78 100,00

1 Estação pluviométrica de Santa Maria: código INMET 83936, latitude 29,7º S, longitude 53,7º W

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Variações de vazões de escoamento

Diretamente relacionados ao incremento do coeficiente de escoamento podemos estabelecer

os seguintes incrementos de vazões de escoamento.

Tabela 33. Variação nos vazões de escoamento para as zonas de nova urbanização

Bairro Variação prevista de vazões

máximos de escoamento

Agroindustrial Em torno de 100%

Tancredo Neves Em torno de 100%

Boi Morto Em torno de 100%

Lorenzi Em torno de 100%

Tomazetti Em torno de 100%

Pé-de-Plátano Em torno de 30%

São José Em torno de 100%

Camobi Em torno de 100%

Restante dos Bairros Sem variação significativa

Cabe ressaltar que este aumento de vazões ocorrerá naquelas zonas que passem de rural a

urbana e que não necessariamente coincidem com a totalidade da zona.

Em definitiva, a urbanização prevista, com passagem de bacia rural a bacia urbana, nos novos

desenvolvimentos localizados nos bairros Agroindustrial, Tancredo Neves, Boi Morto, Lorenzi,

Tomazetti ou São José supõe duplicar os vazões de escoamento gerados nessas novas zonas,

hoje rurais.

Este incremento de vazões pela nova urbanização pode-se estimar em 32% no caso de Pé-de-

Plátano, enquanto que não se esperam variações significativas de vazões nos bairros centrais,

ainda com o futuro desenvolvimento previsto.

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1.4.2.6. Aplicação das redes de drenagem

Uma vez analisadas as vazões, que são os fatores que determinam o dimensionamento das

infraestruturas, é necessário determinar a necessidade de ampliação das infraestruturas de

drenagem para enfrentar o aumento esperado.

Ampliação das redes atuais

Além das novas infraestruturas a construir nos novos desenvolvimentos, que serão vistos no

item seguinte, é necessário saber como a impermeabilização dos novos desenvolvimentos

afeta a rede atual, já que:

A rede de drenagem atualmente apresenta problemas, como indicado no item de diagnóstico,

e estes problemas poderiam agravar-se caso os novos desenvolvimentos mais impermeáveis,

e, portanto, geradores de maiores vazões de escoamento, se situem a montante das zonas

problemáticas.

Por isso será de vital importância estudar a forma de conexão das novas redes a construir nos

novos desenvolvimentos, para ver se tem afeção à rede existente, para, deste modo,

dimensionar as novas infraestruturas que solucionarem os problemas atuais com as vazões

futuros previstos.

Rede de Microdrenagem

Os problemas descritos na etapa de diagnóstico para a rede de microdrenagem são de carácter

local (pequenas inundações de pouca duração) e é de se esperar, dado seu carácter local, que

não se agravem com a impermeabilização de novas áreas periféricas fora de sua zona de

influência.

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Rede de Macrodrenagem

Os problemas detectados na rede de macrodrenagem na fase de diagnóstico são os seguintes:

Figura 89. Pontos problemáticos atualmente na rede de macrodrenagem

Tabela 34. Características dos pontos problemáticos atuais na rede de macrodrenagem

Ponto Localização Problemas

P1 R. João Lino Preto. Bairro Pinheiro Machado Alagamentos devido a retificação da saga na altura da

fábrica da Coca-Cola

P2 R. Coronel Valença, esquina com Major Bittencourt.

Bairro Divina Providencia Alagamento

P3 Av. Borges de Medeiros/esquina com R.Cel. Estácio

Mariense de Lemos. Bairro Noal Afundamento/Desmoronamento

P4 R. Marechal Floreiano Peixoto, esquina com R. Tuiuti.

Bairro Centro Afundamento/Desmoronamento

P5 Av. Borges de Medeiros/ R. Papa Pio XII. Bairro Nossa

Sra. Medianeira Afundamento/Desmoronamento

P6 Av. Hélvio Basso. Bairro Uglione Contaminação de Arroio Cancela por esgotos e resíduos

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P7 R. André Marques entre R. Silva Jardim e R. Andradas.

Bairro Centro Afundamento/Desmoronamento

P8 R. Treze de Maio entre Dr. Wauthier e R. André

Marques. Bairro Centro Afundamento/Desmoronamento

P9 R. sem nome, margem direita do Vacaí Mirim. Bairro

Camobi Alagamento

P10 R. Luis Petry. Bairro Camobi Ala

De todos os pontos problemáticos identificados, nos centraremos no estudo dos pontos P1, P9

e P10, ao estar o entorno de zonas com um aumento esperado de impermeabilidade. O

restante das localizações (P2 a P8) situam-se em zonas muito impermeáveis atualmente, pelo

qual não é de se esperar fortes incrementos nos vazões de escoamento nestes pontos.

Não obstante, nestes pontos (P2 a P8) será necessária a execução de um tipo de atuação,

geralmente infraestruturas, que deverá ser dimensionada com os vazões atuais.

Bairro Pinheiro Machado (P1)

Identificaram-se problemas de inundações na Rua João Lino Preto devido à retificação da

Sanga Natural.

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Figura 90. Bacia vertente ao ponto problemático P1

Como podemos observar na imagem anterior, a bacia vertente do ponto problemático P1 está

atualmente bastante consolidada pela edificação, pelo qual os vazões de desenho das

infraestruturas que constam nela não diferirão muito dos atuais.

Rio Vacacaí Mirim a sua passagem pelo Bairro de Camobi (P9)

Neste bairro foram constatados problemas de inundações na margem direita do Rio Vacacaí

Mirim.

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Figura 91. Destacada em cor mostarda a bacia urbana vertente ao ponto conflitivo P9

Na imagem anterior pode-se observar que a parte da bacia urbana incluída nos bairros de Pé-

de-Plátano e São José é bastante permeável. Considerados os desenvolvimentos previstos no

estudo de vazões, podemos esperar um incremento aproximado de 30 e 100%,

respectivamente, para as vazões de escoamento.

A parte da bacia vertente ao ponto P9 incluída no bairro de Camobi encontra-se bastante

consolidada na atualidade e não sofrerá variações consideráveis nas vazões de escoamento.

Não obstante, o incremento global de vazão neste ponto problemático será

consideravelmente menor que o incremento contemplado nos bairros de Pé-de-Plátano (30%)

e São José (100%), ao ser a bacia drenada mais ampla. Esta bacia inclui uma sub-bacia a

jusante da represa de Vacacaí Mirim e uma sub-bacia a montante, com regulação nesta

represa, que, a priori, não alterarão o seu escoamento nem o seu regime de exploração,

respectivamente.

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Figura 92. Bacia vertente ao ponto problemático P9 a jusante da represa de Vacacaí Mirim.

A parte mostrada corresponde às zonas com incremento de permeabilidade prevista.

Rua Luis Petri o Bairro de Camobi (P10)

Neste ponto ocorrem problemas de inundações, ainda que a bacia vertente a este ponto

esteja parcialmente urbanizada e edificada, esperando-se o incremento de vazões de 100 % na

zona não urbanizada, podendo supor um incremento de aproximadamente 30% do fluxo de

aporte ao ponto P10.

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Figura 93. Bacia vertente ao ponto problemático P-10

Novas redes de drenagem

Uma vez vista a ampliação das redes atuais, passaremos a analisar a necessidade de

construção de novas infraestruturas de drenagem.

Em todos os novos desenvolvimentos deverão ser construídas redes de microdrenagem, pelo

qual a análise se centrará na necessidade ou não de construir redes de macrodrenagem.

Esta análise será feita nos bairros nos quais se espera um aumento considerável de

impermeabilidade, supondo que as redes de macrodrenagem fora destes bairros não precisam

de novas redes, mas da ampliação das existentes nos pontos problemáticos já identificados.

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Bairro Agroindustrial

Todos os possíveis novos desenvolvimentos neste bairro dispõem de saída natural das suas

águas de escoamento para diversos cursos d’água tributários do Arroio Ferreira. Por isso, não

serão necessárias novas infraestruturas de macrodrenagem, ainda que possa ser necessária a

ampliação da capacidade de transporte destes arroios devido ao incremento esperado de

100% nas vazões de escoamento geradas nas zonas não urbanizadas deste bairro.

Figura 94. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existentes atualmente no bairro Agroindustrial

Tancredo Neves

Assim como no caso do bairro Agroindustrial, há leitos naturais para desaguar a vazão gerada

nos possíveis novos desenvolvimentos localizados no bairro de Tancredo Neves para o Arroio

Ferreira, ainda que possa ser necessário aumentar a capacidade destes leitos devido ao

incremento esperado de 100% nas vazões de escoamento gerados nas zonas não urbanizadas

deste bairro.

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Figura 95. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no bairro de Tancredo Neves

Boi Morto

Neste bairro há leitos naturais para desaguar a vazão gerada nos possíveis novos

desenvolvimentos tanto para o arroio Ferreira quanto para o Arroio Picadinha. Poderá ser

necessário aumentar a capacidade destes leitos devido ao incremento esperado de 100% nos

vazões de escoamento gerados nas zonas não urbanizadas deste bairro.

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Figura 96. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no bairro do Boi Morto

Lorenzi

Neste bairro há leitos naturais para desaguar a vazão gerada nos possíveis novos

desenvolvimentos tanto para o Arroio Cadena quanto para o Arroio Passo das Tropas. Poderá

ser necessário aumentar a capacidade destes leitos devido ao incremento esperado de 100%

nas vazões de escoamento gerados nas zonas não urbanizadas deste bairro.

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Figura 97. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no bairro de Lorenzi

Tomazzeti

Há leitos naturais para desaguar o fluxo gerado nos possíveis novos desenvolvimentos tanto

para o Arroio Cadena, atravessando o Bairro Lorenzi, quanto para o Arroio Passo das Tropas.

Poderá ser necessário aumentar a capacidade destes leitos devido ao incremento esperado de

100% nos vazões de escoamento gerados nas zonas não urbanizadas deste bairro.

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Figura 98. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no bairro Lorenzi

Tomazzeti

Há leitos naturais para desaguar o fluxo gerado nos possíveis novos desenvolvimentos tanto

para o Arroio Cadena, atravessando o Bairro Lorenzi, quanto para o Arroio Passo das Tropas.

Poderá ser necessário aumentar a capacidade destes leitos devido ao incremento esperado de

100% nos vazões de escoamento gerados nas zonas não urbanizadas deste bairro.

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Figura 99. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no bairro Lorenzi

Pé-de-Plátano

Há no extremo mais oriental (vide imagem seguinte) leitos naturais para desaguar o fluxo

gerado nos possíveis novos desenvolvimentos para o Rio Vacacaí Mirim. A priori, não seria

necessário aumentar a capacidade destes leitos, devido que somente se espera um

incremento entorno de 30% nos vazões de escoamento gerados nas zonas não urbanizadas

deste bairro.

No entanto, no extremo mais ocidental será necessária a execução de estruturas de

macrodrenagem que conduzam as vazões de escoamento geradas nos novos

desenvolvimentos a urbanizar até o Rio Vacacaí Mirim.

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Figura 100. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente atualmente no bairro de Pé-de-Plátano

São José

Há leitos naturais para desaguar a vazão gerada nos possíveis novos desenvolvimentos tanto

para o Rio Vacacaí Mirim, atravessando o Bairro Pé-de-Plátano, quanto para o Arroio Passo das

Tropas. Poderá ser necessário aumentar a capacidade destes leitos devido ao incremento

esperado de 100% nas vazões de escoamento geradas nas zonas não urbanizadas deste bairro.

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Figura 101. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existentes atualmente no bairro de São José

Camobi

Há leitos naturais para desaguar a vazão gerada nos possíveis novos desenvolvimentos tanto

para o Rio Vacacaí Mirim quanto para o Arroio Passo das Tropas. Poderá ser necessário

aumentar a capacidade destes leitos devido ao incremento esperado de 100% nas vazões de

escoamento gerados nas zonas não urbanizadas deste bairro.

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Figura 102. Rede de macrodrenagem (leitos naturais) existente no bairro de Camobi

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Resumo das ampliações de redes previstas

Como resumo inclui-se a seguinte tabela, na qual são mostradas as ampliações de redes

previstas.

Tabela 35. Ampliação de infraestruturas prevista no distrito de Sede

Bairro

Ampliação da rede de microdrenagem Ampliação da rede macrodrenagem

Em novos

desenvolvimentos

que impliquem nova

urbanização

Em zonas consolidadas com

falta de capacidade na

atualidade

Em pontos problemáticos atuais Ampliação leitos naturais

atuais

Agroindustrial SIM SIM

Ponto problemático atual P1. Vazão

de desenho futuro próximo à vazão

atual

Possível ampliação

Tancredo Neves SIM SIM - Possível ampliação

Boi Morto SIM SIM - Possível ampliação

Lorenzi SIM SIM - Possível ampliação

Tomazetti SIM SIM - Possível ampliação

Pé-de-Plátano SIM SIM -

Obras de macrodrenagem

para conectar a parte mais

ocidental do bairro com o

Rio Vacacaí Mirim

San José SIM SIM - Possível ampliação

Camobi SIM SIM

Ponto problemático atual P9. Vazão

de desenho futuro próximo à vazão

atual.

Ponto problemático atual P10 com

um incremento de 30% das vazões

futuras frente às vazões atuais.

Possível ampliação

Restante dos

Bairros

Não estão previstos

novos

desenvolvimentos que

impliquem nova

SIM

Pontos problemáticos atuais P2 a P8 .

Vazões de desenho futuros próximos

às vazões atuais

-

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urbanização

A esta listagem de infraestruturas a ampliar seria necessário acrescentar aquelas

infraestruturas que atualmente não apresentam problemas, mas que se encontram no limite

da sua capacidade e que possam ser insuficientes com o aumento de vazões previsto.

1.5.3 Sistema Proposto para drenagem urbana

1.4.3.1. Atuações na Rede de Drenagem

Nas tabelas a seguir mostram-se os objetivos fixados para a rede de drenagem, bem como as

ações necessárias para a consecução destes objetivos e suas fases.

Estas ações, que basicamente consistem na construção de infraestruturas, são as seguintes:

Extensão da rede de microdrenagem mediante a construção de um pouco mais que

600 km de rede.

Construção do entorno de 180.000 m3 de depósitos anti-DSU, prévios ao lançamento à

rede de macrodrenagem, com o fim de melhorar a qualidade das águas nos leitos

naturais abertos que formam a macrodrenagem da cidade.

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Tabela 36. Atuações contempladas para o alcance das metas estabelecidas em curto prazo para a rede de drenagem

MET

AS

EM C

UR

TO P

RA

ZO

Indicador Situação atual Meta (Ano 5) Atuação Fases necessárias

Extensão da rede de microdrenagem

0% população atendida

pela rede de drenagem

5 % da população

atendida pela rede de

drenagem

Construção 31,58 km novos de

rede

Inventário topográfico da rede atual

Levantamento topográfico dos

caminhos (eixos)

0 habitantes atendidos

pela rede de drenagem

14.847 habitantes

atendidos pela rede de

drenagem

Modelo matemático da rede de

drenagem prevista em curto prazo e

plano diretor

0 km rede 31,58 km rede

Redação de Projetos Construtivos

Execução das obras

Condições limitadoras ao meio natural

pelos lançamentos da rede de

microdrenagem

0% da rede de

microdrenagem construída

5% da rede de

microdrenagem

construída

Construção de 9.162 m3

de volume

anti-DSP

Redação de Projetos Construtivos

0% do volume anti-DSP

construído

5% do volume anti-DSP

construído

Execução das obras 0 m

3 de volume anti-DSP

construídos

9.162 m3 de volume

anti-DSP construídos

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Tabela 37. Atuações contempladas para o alcance das metas estabelecidas em médio prazo para a rede de drenagem

MET

AS

A M

EDIO

PR

AZO

Indicador Situação Inicial (Ano 5) Meta (Ano 10) Ação Fases Necessárias

Extensão da rede de

microdrenagem

5 % da população atendida pela

rede de drenagem

25 % da população

atendida pela rede de

drenagem

Construção 94,75 km novos de rede

Levantamento topográfico dos

caminhos (eixos)

14.827 habitantes atendidos pela

rede de drenagem

74.157 habitantes

atendidos pela rede de

drenagem

Atualização do modelo matemático da

rede de drenagem acrescentando a

rede prevista em médio prazo

31,58 km rede 126,33 km rede

Redação de Projetos Construtivos

Execução das obras

Condições limitadoras ao meio

natural pelos lançamentos da rede

de microdrenagem

5% da rede de microdrenagem

construída

25% da rede de

microdrenagem

construída

Construção de 27.484 m3

de volume

anti-DSP

Redação de Projetos Construtivos

5% do volume anti-DSP construído 25% do volume anti-DSP

construído

Execução das obras 9.162 m3 de volume anti-DSP

construídos

36.646 m3 de volume

anti-DSP construídos

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Tabela 38. Atuações contempladas para o alcance das metas estabelecidas em longo prazo para a rede de drenagem

MET

AS

EM L

ON

GO

PR

AZO

Indicador Situação Inicial (Ano 10) Meta (Ano 20) Ação Fases Necessárias

Extensão da rede de

microdrenagem

25 % da população atendida pela

rede de drenagem

100 % da população

atendida pela rede de

drenagem

Construção 504,92 km novos de rede

Levantamento topográfico dos

caminhos (eixos)

74.157 habitantes atendidos pela

rede de drenagem

296.551 habitantes

atendidos pela rede de

drenagem

Atualização do modelo

matemático da rede de drenagem

acrescentando rede prevista a

longo prazo

126,33 km rede 630,3 km rede Redação de Projetos Construtivos

Execução das obras

Condições limitadoras ao meio

natural pelos lançamentos da rede

de microdrenagem

25% da rede de microdrenagem

construída

100% da rede de

microdrenagem

construída

Construção de 146.584 m3

de volume

anti-DSP

Redação de Projetos Construtivos

25% do volume anti-DSP

construído

100% do volume anti-

DSP construído Execução das obras

36.646 m3 de volume anti-DSP

construídos

183.230 m3 de volume

anti-DSP construídos

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1.4.3.2. Implantação de uma rede de mircodrenagem

Extensão da rede

Apresenta-se a implantação linear, ao longo dos vinte anos de horizonte do Plano, de uma

rede que cubra a totalidade do distrito Sede.

Com os índices de atendimento da rede de microdrenagem vistos (2,13 m de rede de

microdrenagem por habitante), estima-se a construção de 631,35 kms de rede em vinte anos,

distribuídos da seguinte forma:

Tabela 39. Previsão de construção da rede de Microdrenagem

Horizonte Temporal Ano Horizonte Previsão de construção de rede de

microdrenagem

Curto Prazo 5ºAno 31,58 km

Médio Prazo 10ºAno 94,75 km

Longo Prazo 20ºAno 504,92 km

A distribuição de diâmetros prevista na rede realizou-se apresentando as seguintes hipóteses:

o Fixou-se um diâmetro máximo de 1.500 mm correspondentes a um coletor de

concreto com um declive de 0,01 m/m capaz de transportar um fluxo de 6,9 m3/s com

enchimento de 80% de sua altura.

o O fluxo de 6,9 m3/s corresponde ao fluxo máximo de escoamento calculado mediante

o método racional no ponto mais baixo da bacia média de drenagem com os seguintes

parâmetros:

Coeficiente médio de escoamento=0,6

Área da bacia= 1,5 km2

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Intensidade de chuva: 27,4 mm/h correspondentes a uma chuva de

1,63 horas de duração (tempo de concentração da bacia) para um

período de retorno de 10 anos.

Esta intensidade foi calculada a partir do ajuste extremo de Gumbel

dos dados registrados pelo INMET (Instituto de Meteorologia)

brasileiro.

o Considerou-se a seguinte distribuição de diâmetros na rede, distribuição

correspondente a populações de características similares a Santa Maria:

Tabela 40. Distribuição de diâmetros prevista para a rede de microdrenagem

Diâmetro (mm) Porcentagem (%)

Ø 400 54,23

Ø 500 27,82

Ø 600 7,25

Ø 800 5,14

Ø 1000 2,78

Ø 1200 1,78

Ø 1500 1

Com relação aos materiais, apresenta-se a instalação de tubulação de concreto para os

diâmetros 400 e 500, e concreto armado para os demais diâmetros previstos, já que esse

material é frequentemente utilizado no país.

As fases contempladas na execução desta infraestrutura são as mencionadas a seguir e cuja

descrição detalhada apresentou-se no item de esgoto:

o Levantamento topográfico dos caminhos

o Elaboração de Plano Diretor com a utilização de modelo matemático

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o Redação dos correspondentes projetos construtivos

o Execução das obras.

Características dos elementos de captação (grades e bocas de lobo)

Dado que no diagnóstico, serão detectadas algumas deficiências na configuração construtiva

dos elementos de captação (grades e bocas de lobo), apresentam-se em anexo

recomendações para a execução dos mesmos.

o Canais e grelhas de drenagem

Consiste de uma canaleta de coleta, coberta com uma grade de ferro fundido, que deverá

cumprir as seguintes especificações:

Ser maior e o mais largo possível recomenda-se que seu comprimento seja

superior a 1 metro.

A grelha será disposta geralmente com as barras na direção da corrente e a

separação entre elas não passará de 4 cm. Tendo a resistência necessária para

suportar a passagem de veículos e estando sujeitas de forma que não possa

ser deslocado pelo tráfico.

Deverá ter uma resistência mínima de 400KN de ruptura.

Estas grelhas serão instaladas nas calçadas cujo bombeamento lateral seja muito inferior. Estas

grades são instaladas em calçadas cujo lado de bombeamento é muito menor do que a

inclinação longitudinal da rua, ou em grandes superfícies pavimentadas, serão colocadas

grelhas de drenagem transversal perpendicularmente ao sentido do tráfico.

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o Bocas de lobo

O desenho das bocas de lobo deve facilitar sua limpeza (anexo).

O número e a distancia das bocas de lobo a serem instalada dependerá da intensidade e

frequência da chuva, assim como a inclinação da rua, embora, no geral, a separação máxima

não deverá exceder de 80 metros. Em todo caso pretende-se que as faixas de pedestres nos

cruzamentos das ruas estejam livres de água. É também imprescindível locar as bocas de lobo

nos pontos baixos das ruas.

Com o objetivo de evitar a entrada na rede de drenagem de elementos sólidos que possam

produzir entupimentos através destes dispositivos, não se devem instalar, no geral, bocas de

lobo não pavimentadas, exceto se dispuser junto a eles uma caixa de areia ou poços

registrados para a coleta e extração periódica de areia e demais depósitos.

1.4.3.3. Construções de estruturas anti-DSP para limitar as afecções ao

meio receptor

Realizou-se um cálculo provisório do volume anti-DSP a construir durante todo o horizonte do

Plano, sem apresentar-se o planejamento da construção deste volume no tempo.

Os depósitos anti-DSP apresentam-se antes e em cada um dos lançamentos desde a rede de

microdrenagem aos leitos naturais.

Estabeleceu-se a hipótese de implantar este volume, estimado em 183.230 m3, de forma

constante, a fim de poder elaborar um cronograma de investimentos. Esta hipótese de

distribuição uniforme temporal poderá ser alterada na realidade, ainda que se possa

considerar como uma primeira aproximação à realidade de acordo com o ritmo de construção

previsto para a rede de microdrenagem.

Deste modo fixam-se os seguintes horizontes temporais:

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Tabela 41. Previsão de construção de volume anti-DSP

Horizonte Temporal Ano Horizonte Previsão de construção de rede de

volume anti-DSP

Curto Prazo 5º Ano 9.162 m3

Médio Prazo 10º Ano 27.484 m3

Longo Prazo 20º Ano 146.584 m3

As infraestruturas anti-DSP previstas são depósitos construídos in situ e enterrados, dotados

de uma conexão à rede de esgoto para a depuração das primeiras águas de lavagem altamente

contaminantes e com sistemas de limpeza automática tipo basculante ou de jato direcionado.

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Figura 103. Desenho do depósito anti-DSP proposto

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1.4.3.4. Reutilizações de águas pluviais

A água de chuva é uma das formas de ocorrência de água na natureza e faz parte do processo

de trocas do ciclo hidrológico. As chuvas são fundamentais para a recarga dos rios, dos

aquíferos, para o desenvolvimento das espécies vegetais e também para carregar partículas de

poeira e poluição existentes na atmosfera. A qualidade das águas pluviais pode variar em

relação ao grau de poluição do ambiente.

Os requisitos de qualidade e segurança sanitária das águas pluviais estão diretamente

relacionados com o fim a que se destinam.

O aproveitamento da água de chuva caracteriza-se por ser um processo milenar, adotado por

civilizações como Astecas, Maias e Incas.

O aproveitamento da água da chuva refere-se a um sistema relativamente simples, que

consiste na captação, filtragem, armazenamento e distribuição da água que cai no telhado da

edificação.

Segundo Fendrich (2009) a tecnologia para o uso da água de chuva nas edificações é a soma

das seguintes técnicas:

a) coletar a água que precipita no telhado

b) eliminar a água do início da chuva (descarte inicial)

c) unidades de sedimentação, filtragem, tratamento e melhoria da qualidade da água

d) armazenar a água da chuva em reservatórios

e) abastecer os locais de uso

f) drenar o excesso da água de chuva, em caso de chuvas intensas

g) completar a falta de água em caso de estiagem prolongada

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Em se tratando de sistemas de aproveitamento da água de chuva, a manutenção e

higienização dos equipamentos componentes de tal sistema são fundamentais para a

preservação da qualidade da água.

Não obstante, ressalta-se que a superfície de coleta da água da chuva pode influenciar na

qualidade da mesma, seja pelo material da superfície ou devido a substâncias presentes em

tais superfícies, como fezes de aves e roedores, artrópodes e outros animais mortos em

decomposição, poeira, folhas e galhos de árvores, revestimento do telhado, fibras de amianto,

resíduos de tintas, entre outros. Estes contaminantes ocasionam tanto a contaminação por

compostos químicos quanto por agentes patogênicos (REBELLO, 2004).

A Tabela a seguir mostra alguns critérios nacionais e internacionais sobre qualidade da água

para fins não potáveis.

Outro fator de relevada significância diz respeito ao dimensionamento dos reservatórios de

água da chuva. A NBR 15.527/07 sugere em seu anexo A, alguns métodos para o

dimensionamento do reservatório, entretanto, fica a critério do projetista a escolha do

método que melhor se aplica a cada situação. Vale ressaltar a importância de uma análise

holística dos fatores que envolvem o aproveitamento da água da chuva no dimensionamento

do reservatório. Devem ser considerados os aspectos hidrológicos locais, o atendimento ao

consumo, os aspectos sanitários e também a sustentabilidade hídrica da bacia hidrográfica.

Armazenar grandes volumes de água da chuva nas edificações, por longos períodos de tempo,

pode comprometer a segurança sanitária da água armazenada e, ainda interferir no processo

do ciclo do uso da água na bacia hidrográfica.

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Destacam-se algumas recomendações de suma importância na implantação de sistemas de

aproveitamento da água da chuva nas edificações:

a) a desinfecção da água da chuva armazenada antecipadamente ao uso.

b) a higienização frequente do reservatório de água da chuva.

c) a análise da concepção do método de dimensionamento, a fim de subsidiar a

escolha mais adequada a cada situação, preferencialmente aqueles que contemplem a

abordagem holística do aproveitamento da água da chuva contextualizada na

sustentabilidade hídrica.

d) a construção de sistemas independentes para água da chuva e água potável a fim de

evitar o risco de contaminação.

As águas da chuva são encaradas pela legislação brasileira como águas residuais, pois elas

usualmente vão dos telhados e dos pisos para as bocas de lobo onde carrega todo tipo de

impurezas dissolvidas, suspensas ou arrastadas mecanicamente para um córrego, indo depois

para um rio que por sua vez pode suprir uma captação para tratamento de água potável. Esta

água sofre um processo natural de diluição e autodepuração ao longo de seu percurso hídrico,

mas que nem sempre é suficiente para depurá-la.

Os sistemas de captação, retenção e reutilização de águas da chuva estão compostos por:

o Reservatório de acumulação

o Condutores de toda a água captada por telhados, coberturas, terraços e

pavimentos descobertos ao reservatório

o Condutores de liberação da água acumulada no reservatório para os usos

o No caso de estacionamentos e similares, 30% (trinta por cento) da área total

ocupada deve ser revestida com piso drenante ou reservado como área

naturalmente permeável.

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A água contida no reservatório deverá infiltrar-se no solo ou ser utilizada em finalidades não

potáveis, caso as edificações tenham reservatório específico para essa finalidade.

Para fomentar a instalação deste tipo de sistema, em alguns casos se estuda implantar um

incentivo fiscal, em forma de desconto no IPTU, aos contribuintes que mantenham áreas

permeáveis que possibilitem a efetiva absorção de água da chuva em suas edificações.

Todo o sistema de reservação e de distribuição deve ser claramente identificado, através de

placas de advertência nos locais estratégicos e nas torneiras, além do emprego de cores nas

tubulações e nos tanques de reservação distintas das de água potável.

No Brasil existem alguns exemplos de leis estaduais e municipais que estabelecem normas

para a implantação de sistemas de captação e retenção de águas pluviais com o objetivo de

contenção de enchentes e reutilização, como por exemplo, a Lei 12.526 do Estado de São

Paulo e a Lei 10.785/03 do Município de Curitiba.

No caso da Lei 12.526 de SP, a mesma estabelece a obrigação da implantação de sistema para

a captação e retenção de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas, terraços e

pavimentos descobertos, em lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada

superior a 500m2 (quinhentos metros quadrados), com os seguintes objetivos:

o Reduzir a velocidade de escoamento de águas pluviais para as bacias

hidrográficas em áreas urbanas com alto coeficiente de impermeabilização do

solo e dificuldade de drenagem;

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o Controlar a ocorrência de inundações, amortecer e minimizar os problemas

das vazões de cheias e, consequentemente, a extensão dos prejuízos;

o Contribuir para a redução do consumo e o uso adequado da água potável

tratada.

Recomenda-se que o município de Santa Maria considere a elaboração de legislação específica

para a captação, retenção e reuso de águas pluviais para grandes condomínios residenciais,

centros comerciais e indústrias que impermeabilizem grandes parcelas do solo urbano visando

ao reuso para usos não potáveis como irrigação de jardins e limpeza de ruas.

1.6 Investimentos no Sistema de Drenagem Urbana

1.6.1 Atuações econômicas da Rede de Drenagem

O orçamento das atuações previstas na rede de drenagem é o mostrado a seguir.

Para o estabelecimento dos preços adotados assumiram-se as seguintes hipóteses:

o Adotou-se um preço médio de coletor pluvial de R$ 642,95 de acordo com a seguinte

distribuição de diâmetros:

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Tabela 42. Justificativa do preço médio adotado para a construção de coletores pluviais

Diâmetro (mm) Porcentagem prevista

na rede P.E.M. (R$/m) P.E.M. médio (R$/m)

400 54,23 515,78

642,95

500 27,82 613,68

600 7,25 774,08

800 5,14 973,26

1000 2,78 1301,16

1200 1,78 1638,63

1500 1 2102,93

o O preço de construção dos depósitos anti-DSP fixou-se em 1.820,60 R$/m3 índice

habitual para este tipo de infraestruturas

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Tabela 43. Orçamento das atuações previstas a curto prazo para a rede de drenagem

Ação Fases Necessárias Medição Ud Preço Unitário (R$) PEM (R$)

Construção 31,58 km de novas

de rede

Inventário topográfico rede atual GIS 5.000,00 Poço 117,00 585.000,00

Levantamento topográfico eixos ruas 1.263,00 pontos levantados

com GPS 16,51 20.852,13

Modelo matemático rede de drenagem prevista

a curto prazo e Plano Diretor 395,00 poços modelizados 72,80 28.756,00

Redação de Projetos Construtivos 4,50 % 192.847.587,50 8.678.141,44

Execução das obras 31.580,00 m coletor a construir 642,95 20.304.361,00

Construção de 9.162 m3

de

volume anti-DSP

Redação de Projetos Construtivos 4,50 % 83.370.560,00 3.751.675,20

Execução das obras 9.162,00 m3 de depósito anti-

DSP 1.820,00 16.674.840,00

50.043.625,77

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Tabela 44. Orçamento das atuações previstas a médio prazo para a rede de drenagem

Ação Fases Necessárias Medição Ud Preço Unitário (R$) PEM (R$)

Construção 94,72 km de novas

de rede

Levantamento topográfico eixos ruas 3.790,00 pontos levantados

com GPS 16,51 62.572,90

Atualização do modelo matemático da rede de

drenagem acrescentando a rede prevista a médio prazo 1.184,00 poços modelizados 72,80 86.195,20

Redação de Projetos Construtivos 4,50 % 243.341.456,40 10.950.365,54

Execução das obras 94.750,00 m coletor a construir 642,95 60.919.512,50

Construção de 27.484 m3

de

volume anti-DSP

Redação de Projetos Construtivos 4,50 % 83.370.560,00 3.751.675,20

Execução das obras 27.484,00 m

3 de depósito anti-

DSP 1.820,00 50.020.880,00

125.791.201,34

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Tabela 45. Orçamento das atuações previstas a longo prazo para a rede de drenagem

Ação Fases Necessárias Medição Ud Preço Unitário (R$) PEM (R$)

Construção 504,92 km de novas

de rede

Levantamento topográfico eixos ruas 20.196,00 pontos levantados

com GPS 16,51 333.435,96

Atualização modelo matemático rede esgoto

acrescentando

rede prevista a longo prazo

6.312,00 poços modelizados 72,80 459.513,60

Redação de Projetos Construtivos 4,50 % 486.960.629,40 21.913.228,32

Execução das obras 504.920,00 m coletor a construir 642,95 324.638.314,00

Construção de 146.584 m3

de

volume anti-DSP

Redação de Projetos Construtivos 4,50 % 166.739.300,00 7.503.268,50

Execução das obras 146.584,00 m3 de depósito anti-

DSP 1.820,00 266.782.880,00

621.630.640,38

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1.6.2 Cronograma das Atuações na Rede de Drenagem

Mostra-se a seguir um cronograma avaliado das infraestruturas propostas para a rede de

drenagem.

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Tabela 46. Cronograma avaliado das atuações propostas na rede de drenagem

P.E.M R$ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12

Inventário topográfico rede atual GIS 585.000,00 # # # # # # # # # ## # ##

Levantamento topográfico das ruas 20.852,15 # # # # #

Modelo matemático da rede e Plano Diretor 28.756,00 # # # #

Redação de Projetos Executivos 8.678.141,40 # # # # # # # # # #

Execução das Obras 20.304.361,12 # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ##

Redação de Projetos Executivos 3.751.675,20 # # # # # # # # # #

Execução das Obras 16.674.840,00 # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ##

P.E.M R$ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12

Levantamento topográfico das ruas 62.572,90 # # # # #

Modelo matemático da rede e Plano Diretor 86.195,20 # # # #

Redação de Projetos Executivos 10.950.365,50 # # # # # # # # # #

Execução das Obras 60.919.512,57 # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ##

Redação de Projetos Executivos 3.751.675,20 # # # # # # # # # #

Execução das Obras 50.020.879,95 # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ##

P.E.M R$ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 # 12

Levantamento topográfico das ruas 333.436,00 # # # # # # # # # #

Modelo matemático da rede e Plano Diretor 459.513,60 # # # #

Redação de Projetos Executivos 21.913.228,40 # # # # # # # # # # # # # # # # # # # #

Execução das Obras 324.638.314,32 # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ## # # # # # # ## # ##

Redação de Projetos Executivos 7.503.268,60 # # # # # # # # # # # # # # # # # # # #

Execução das Obras 266.782.879,80 # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ## # # # # # # # ## # ##

MET

AS

A

MÉD

IO P

RA

ZO

MET

AS

A

LON

GO

PR

AZO

Construção de 9.162 m³ do volume anti -DSP

Construção de 504,92 kms novos de rede de

microdrenagem

Construção de 94,752 kms novos de rede de

microdrenagem

Construção de 31,58 kms novos de rede de microdrenagem

MET

AS

A

CUR

TO P

RA

ZO

65.031.178,78 65.031.178,78 65.031.178,78

27.441.249,75 27.441.249,75 27.441.249,75

Ano 20Ano 13 Ano 14 Ano 15

Ano 5

Construção de 146.584 m³ do volume anti -DSP

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Ano 8 Ano 10Ano 7

7.432.791,35

Construção de 27.484 m³ do volume anti -DSP

Ano 11 Ano 18

Ano 9Ano 6

10.652.708,63 10.652.708,63 10.652.708,63 10.652.708,63

Ano 19Ano 12

16.026.202,32 27.441.249,75

Ano 16 Ano 17

65.031.178,78 65.031.178,78 65.031.178,7836.350.031,70 65.031.178,78 65.031.178,78 65.031.178,78

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Maria-RS. Santa Maria, 2006.

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Prefeitura Municipal de Santa Maria PMDI – Projeto Santa Maria 2020 Plano Diretor de Saneamento do Município de Santa Maria

Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

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Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

ANEXO I DE JUSTIFICATIVA DE PREÇOS DA REDE DE

DRENAGEM

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Prefeitura Municipal de Santa Maria PMDI – Projeto Santa Maria 2020 Plano Diretor de Saneamento do Município de Santa Maria

Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

Instalação da tubulação DN 1.500 Unidade Preço Unitário (R$) Medição Valor (R$)

Corte do pavimento de qualquer tipo com disco de diamante m 9,64 2 19,28

Demolição do pavimento de cimento, de até 15 cm de espessura, incluindo tranporte para o aterro m² 25,69 3 77,07

Escavação da vala até 4 m de profundidade e 2 m de lagura no terreno compacto, incluindo transporte ao aterro m³ 22,24 10,8 240,19

Demolição da rede de esgoto existente até 1600mm de diâmetro, coleta e tranporte ml 26,00 1 26,00

Escoramento de vala à céu aberto até 3 metros de altura para a uma proteção de 40% m² 41,25 2,88 118,79

Fornecimento e instalação da tubulação de concreto armado ASTM DN 1500 ml 774,60 1 774,60

Preenchimento com brita pequena ou leito de areia ao redor do tubo ml 87,53 1 87,53

Preenchimento e compactação da vala com material selecionado da escavação m³ 14,30 9,8 140,14

Reposição de pavimento asfáltico m² 63,05 3 189,15

Parte proporcional de poços de conexão ud 4.130,07 0,025 103,25

Parte propocional de conexão de boca de lobo ud 1.700,00 0,05 85,00

1.861,00

186,10

55,83

2.102,93

Subtotal

Desvio e reposição de serviços afetados (10%)

Segurança e saúde (3%)

Total PEM (R$/ml)

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Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

Instalação da tubulação DN 1.200 Unidade Preço Unitário (R$) Medição Valor (R$)

Corte do pavimento de qualquer tipo com disco de diamante m 9,64 2 19,28

Demolição do pavimento de cimento, de até 15 cm de espessura, incluindo tranporte para o aterro m² 25,69 2,4 61,66

Escavação da vala até 4 m de profundidade e 2 m de lagura no terreno compacto, incluindo transporte ao aterro m³ 22,24 9,12 202,83

Demolição da rede de esgoto existente até 1600mm de diâmetro, coleta e tranporte ml 26,00 1 26,00

Escoramento de vala à céu aberto até 3 metros de altura para a uma proteção de 40% m² 41,25 3,04 125,39

Fornecimento e instalação da tubulação de concreto armado ASTM DN 1200 ml 502,89 1 502,89

Preenchimento com brita pequena ou leito de areia ao redor do tubo ml 56,38 1 56,38

Preenchimento e compactação da vala com material selecionado da escavação m³ 14,30 8,12 116,12

Reposição de pavimento asfáltico m² 63,05 2,4 151,32

Parte proporcional de poços de conexão ud 4.130,07 0,025 103,25

Parte propocional de conexão de boca de lobo ud 1.700,00 0,05 85,00

1.450,11

145,01

43,50

1.638,63

Subtotal

Desvio e reposição de serviços afetados (10%)

Segurança e saúde (3%)

Total PEM (R$/ml)

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Prefeitura Municipal de Santa Maria PMDI – Projeto Santa Maria 2020 Plano Diretor de Saneamento do Município de Santa Maria

Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

Instalação da tubulação DN 1.000 Unidade Preço Unitário (R$) Medição Valor (R$)

Corte do pavimento de qualquer tipo com disco de diamante m 9,6408 2 19,28

Demolição do pavimento de cimento, de até 15 cm de espessura, incluindo tranporte para o aterro m² 25,69 2 51,38

Escavação da vala até 4 m de profundidade e 2 m de lagura no terreno compacto, incluindo transporte ao aterro m³ 22,24 7,2 160,13

Demolição da rede de esgoto existente até 1600mm de diâmetro, coleta e tranporte ml 26 1 26,00

Escoramento de vala à céu aberto até 3 metros de altura para a uma proteção de 40% m² 41,248 2,88 118,79

Fornecimento e instalação da tubulação de concreto armado ASTM DN 1000 ml 354,66 1 354,66

Preenchimento com brita pequena ou leito de areia ao redor do tubo ml 36,33 1 36,33

Preenchimento e compactação da vala com material selecionado da escavação m³ 14,3 6,2 88,66

Reposição de pavimento asfáltico m² 63,05 2 126,10

Parte proporcional de poços de conexão ud 3405,5 0,025 85,14

Parte propocional de conexão de boca de lobo ud 1700 0,05 85,00

1.151,47

115,15

34,54

1.301,16

Subtotal

Desvio e reposição de serviços afetados (10%)

Segurança e saúde (3%)

Total PEM (R$/ml)

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Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

Instalação da tubulação DN 800 Unidade Preço Unitário (R$) Medição Valor (R$)

Corte do pavimento de qualquer tipo com disco de diamante m 9,6408 2 19,28

Demolição do pavimento de cimento, de até 15 cm de espessura, incluindo tranporte para o aterro m² 25,69 1,7 43,67

Escavação da vala até 4 m de profundidade e 2 m de lagura no terreno compacto, incluindo transporte ao aterro m³ 22,24 4,76 105,86

Demolição da rede de esgoto existente até 800mm de diâmetro, coleta e tranporte ml 10,4 1 10,40

Escoramento de vala à céu aberto até 3 metros de altura para a uma proteção de 40% m² 41,248 2,24 92,40

Fornecimento e instalação da tubulação de concreto armado ASTM DN 800 ml 234,63 1 234,63

Preenchimento com brita pequena ou leito de areia ao redor do tubo ml 23,95 1 23,95

Preenchimento e compactação da vala com material selecionado da escavação m³ 14,3 3,76 53,77

Reposição de pavimento asfáltico m² 63,05 1,7 107,20

Parte proporcional de poços de conexão ud 3405,5 0,025 85,14

Parte propocional de conexão de boca de lobo ud 1700 0,05 85,00

861,29

86,13

25,84

973,26

Subtotal

Desvio e reposição de serviços afetados (10%)

Segurança e saúde (3%)

Total PEM (R$/ml)

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Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

Instalação da tubulação DN 600 Unidade Preço Unitário (R$) Medição Valor (R$)

Corte do pavimento de qualquer tipo com disco de diamante m 9,6408 2 19,28

Demolição do pavimento de cimento, de até 15 cm de espessura, incluindo tranporte para o aterro m² 25,69 1,4 35,97

Escavação da vala até 4 m de profundidade e 2 m de lagura no terreno compacto, incluindo transporte ao aterro m³ 22,24 3,64 80,95

Demolição da rede de esgoto existente até 800mm de diâmetro, coleta e tranporte ml 10,4 1 10,40

Escoramento de vala à céu aberto até 3 metros de altura para a uma proteção de 40% m² 41,248 2,08 85,80

Fornecimento e instalação da tubulação de concreto armado ASTM DN 600 ml 139,1 1 139,10

Preenchimento com brita pequena ou leito de areia ao redor do tubo ml 17,37 1 17,37

Preenchimento e compactação da vala com material selecionado da escavação m³ 14,3 2,64 37,75

Reposição de pavimento asfáltico m² 63,05 1,4 88,27

Parte proporcional de poços de conexão ud 3405,5 0,025 85,14

Parte propocional de conexão de boca de lobo ud 1700 0,05 85,00

685,03

68,50

20,55

774,08

Subtotal

Desvio e reposição de serviços afetados (10%)

Segurança e saúde (3%)

Total PEM (R$/ml)

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Prefeitura Municipal de Santa Maria PMDI – Projeto Santa Maria 2020 Plano Diretor de Saneamento do Município de Santa Maria

Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

Instalação da tubulação DN 500 Unidade Preço Unitário (R$) Medição Valor (R$)

Corte do pavimento de qualquer tipo com disco de diamante m 9,6408 2 19,28

Demolição do pavimento de cimento, de até 15 cm de espessura, incluindo tranporte para o aterro m² 25,69 1,1 28,26

Escavação da vala até 4 m de profundidade e 2 m de lagura no terreno compacto, incluindo transporte ao aterro m³ 22,24 2,86 63,61

Demolição da rede de esgoto existente até 800mm de diâmetro, coleta e tranporte ml 10,4 1 10,40

Escoramento de vala à céu aberto até 3 metros de altura para a uma proteção de 40% m² 41,248 2,08 85,80

Fornecimento e instalação da tubulação de concreto DN 500 ml 46,00 1 46,00

Preenchimento com brita pequena ou leito de areia ao redor do tubo ml 23,648 1 23,65

Preenchimento e compactação da vala com material selecionado da escavação m³ 14,3 1,86 26,60

Reposição de pavimento asfáltico m² 63,05 1,1 69,36

Parte proporcional de poços de conexão ud 3405,5 0,025 85,14

Parte propocional de conexão de boca de lobo ud 1700 0,05 85,00

543,08

54,31

16,29

613,68

Subtotal

Desvio e reposição de serviços afetados (10%)

Segurança e saúde (3%)

Total PEM (R$/ml)

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Consórcio AGBAR - QUÍRON Sociedad General de Aguas de Barcelona S.A. Quíron Serviços de Engenharia Ltda.

Instalação da tubulação DN 400 Unidade Preço Unitário (R$) Medição Valor (R$)

Corte do pavimento de qualquer tipo com disco de diamante m 9,6408 2 19,28

Demolição do pavimento de cimento, de até 15 cm de espessura, incluindo tranporte para o aterro m² 25,69 0,9 23,12

Escavação da vala até 4 m de profundidade e 2 m de lagura no terreno compacto, incluindo transporte ao aterro m³ 22,24 1,89 42,03

Demolição da rede de esgoto existente até 800mm de diâmetro, coleta e tranporte ml 10,4 1 10,40

Escoramento de vala à céu aberto até 3 metros de altura para a uma proteção de 40% m² 41,248 1,68 69,30

Fornecimento e instalação da tubulação de concreto DN 400 ml 33,00 1 33,00

Preenchimento com brita pequena ou leito de areia ao redor do tubo ml 19,7 1 19,70

Preenchimento e compactação da vala com material selecionado da escavação m³ 14,3 0,89 12,73

Reposição de pavimento asfáltico m² 63,05 0,9 56,75

Parte proporcional de poços de conexão ud 3405,5 0,025 85,14

Parte propocional de conexão de boca de lobo ud 1700 0,05 85,00

456,44

45,64

13,69

515,78

Subtotal

Desvio e reposição de serviços afetados (10%)

Segurança e saúde (3%)

Total PEM (R$/ml)

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ANEXO II DESENHO PADRÃO DA BOCA DE LOBO PMSM

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