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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

município de mira folha 3/38

INDÍCE 1. INTRODUÇÃO 6

1.1 Objectivos 6 1.2 Quadro Legislativo 6

2 CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO 7

2.1 Geografia 7 2.1.2 Temática 7 2.1.3 Bases de Dados Geográficos 7 2.1.4 Área 7 2.1.5 Orografia, Geologia e Uso do Solo 8 2.1.5.1 Orografia 8 2.1.5.2 Geologia 8 2.1.5.3 Areias de Duna 9 2.1.5.4 Aluviões actuais 9 2.1.5.5 Uso do Solo 9 2.2 Clima 10 2.2.1 Temperatura 10 2.2.2 Nevoeiros 11 2.2.3 Ventos 11 2.3 Linhas de água 11 2.3.1 Água doce 12 2.3.2 Água salgada 13 2.4 Águas subterrâneas 13 2.5. Património construído 13 2.5.1. Arquitectura Religiosa 13 2.5.2. Arquitectura Civil 13 2.5.3. Arquitectura Industrial 13 2.5.4. Outros valores de interesse cultural 13 2.6. Demografia 13 2.7. Actividades mais relevantes 14 2.8. Vias de comunicação 15 2.8.1. Rodoviária 15 2.8.2. Marítimas e/ou Fluviais 15 2.8.3. Aéreas 15 2.8.4. Vias previstas 15 2.9 Pontos sensíveis 15

3 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS RISCOS 16

3.1. Riscos de origem natural 16 3.1.1. Cheias, inundações e invasões do mar 17 3.1.2. Ciclones, trovoadas e tempestades 17 3.1.3. Sismos 18

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3.1.4. Incêndios florestais 18 3.1.5. Deslizamentos e desabamentos 19 3.1.6 Seca 19 3.1.7 Transgressão marítima 19 3.1.8. Erosão litoral 20 3.1.9. Epidemias 20 3.2 Riscos provocados pelo homem 20 3.2.1. Acidente industrial 20 3.2.2. Transporte de matérias perigosas 20 3.2.3. Acidentes graves de tráfego 21 3.2.4. Acidentes aéreos 22 3.2.5. Acidentes marítimos 22 3.2.6. Poluição marítima 22 3.2.7. Colapso de estruturas 22

4 ORGANIZAÇÃO DE EMER. E OPERACIONALIDADE 23

4.1. Serviços Municipais de Protecção Civil 23 4.2 Centro Municipal de Oper.de Emerg. E Prot.Civil 25 4.3. Organigrama 26 4.4 Direcção do Plano 26 4.5. Níveis de Emergência 26 4.6. Activação do Plano Municipal de Emergência 27 4.6.1. Na Emergência 28 4.6.2 Depois da Emergência 29 4.7. Guião Operacional do Plano 30 4.8. Administ, Responsabilidade Financeira e Logística 31

5 MEIOS 31

5.1 Centro Municipal de Oper. Emerg.da Protecção Civil 31

5.2. Meios Logísticos 31

5.3. Meios de Protecção Individual 32

5.4. Meios de Socorro 32

5.5. Redes de Comunicação 32

5.5.1. Ligações 32

5.5.2 Comunicações 32

5.5.3 Plano de Telecomunicações 32

6 Informação Pública 32

6.1 Meios de Aviso às Populações 32

6.2. Órgãos de Comunicação Social 32

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ANEXOS: 33

Anexo I - Legislação Aplicável 34

Anexo II -Pontos Sensíveis 39

Anexo II-A - Carta Temática de Inundações 48

Anexo II-B – Carta de Intensidade Sísmica 49

Anexo III. - Gabinete de Operações 50

Anexo IV – Estados de Alerta 59

Anexo V – Imputação de Custos 60

Anexo V-A. Morgues e Funerárias 62

Anexo VI – Centro Municipal de Oper. de Emerg. de Protecção Civil 64

Anexo VII – Meios Logísticos 66

Anexo VIII – Meios de Protecção Individual 69

Anexo IX – Meios de Socorro 70

Anexo X – Plano Municipal de Comum. ( Diagrama Rede Rádio) 71

Anexo X (Apêndice I) – Diagrama Indicadores Rádio 72

Anexo XI – Arquitectura Religiosa 73

Anexo XII – Arquitectura Civil 74

Anexo XIII – Arquitectura Industrial 75

Anexo XIV – Outros Valores de Interesse Cultural 76

Anexo XV – Relatório de Situação 77

Anexo XVI – Informação Pública/ Comunicado à População 78

Anexo A – Listas de Contactos 79

Anexo B – Carta de Vias Rodoviárias 84

Anexo B-1 – Carta de Vias Previstas 85

Anexo C – Carta de Altimetria 86

Anexo D – Carta do Uso do Solo 87

Anexo E – Carta de Temperatura Média Anual 88

Anexo F – Carta de Rede Hidrográfica 89

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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1. INTRODUÇÃO

Uma das tarefas do Serviço Municipal de Protecção Civil, tem como objectivo

a elaboração do Plano Municipal de Emergência. Assim, procedeu-se nesta data

à (revisão) do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Mira,

tendo obtido parecer favorável em reunião do Executivo Municipal do dia 14 do

corrente mês de Março, o qual irá ser disponibilizado “on line”, a partir do dia

01 do próximo mês de Abril.

1.1. OBJECTIVOS

1.1.1 O Plano Municipal de Emergência de Mira (adiante designado

abreviadamente por PME) foi concebido para organizar a intervenção

das entidades de recursos disponíveis e com responsabilidade na área da

Segurança, em situações de emergência que se possam gerar ou ter

influência na área do município. (vd. ANEXO A)

1.1.2 O PME estabelece o quadro orgânico e funcional de intervenção em

situações de grave risco, catástrofe ou calamidade pública, bem como

o dispositivo de funcionamento dos diversos serviços chamados a intervir

em situação de emergência, e ainda a coordenação entre as várias forças

intervenientes no Plano.

1.1.3 O PME define os mecanismos que permitem a gestão dos meios e

recursos para intervir em situações de emergência.

1.1.4 O PME insere-se na Organização Nacional de Emergência e articula-se

com os níveis de Protecção Civil Distrital (Centro Distrital de Operações

de Socorro - CDOS) e Nacional (Serviço Nacional de Bombeiros e

Protecção Civil – SNBPC), na eventualidade de ocorrência de um

acidente de dimensão tal que ultrapasse com intensidade apreciável os

limites do concelho, ou a capacidade de intervenção do Centro de

Municipal de Operações de Emergência de Protecção Civil – CMOEPC.

1.2. QUADRO LEGISLATIVO

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A actividade da Protecção Civil Municipal e as diversas actividades desenvolvidas neste

âmbito são enquadradas normativamente pelos diplomas que integram o ANEXO I

2. CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO

CARTOGRAFIA 2.1 GEOGRAFIA - Cartografia 25K - Escala 1:25.000 – Formato raster e papel de todo Concelho de Mira (1979); - Cartografia 10K - Escala 1:10 000 – Formato Vectorial e papel de todo o Concelho (2000); - Cadastro Predial 1K – Escala 1:1000 – Formato Vectorial de todo o concelho; 2.1.2 TEMÁTICA Carta Reserva Agrícola - Plano Director Municipal Carta da Reserva Ecológica – Plano Director Municipal Carta Condicionantes - Plano Director Municipal Carta Geológica – Instituto Geológico e Mineiro Rede Natura 2000 – Sítio das Dunas de Mira e Gandaras Carta de Serviços da Bandeira Azul Carta de Incêndios Florestais Carta da Toponímia (eixos rodoviários) Carta das Cotas altimétricas dos eixos das vias e colectores Carta da Sinalização Rodoviária Carta das Actividades Económicas Carta dos Equipamentos Carta do uso do solo (…) Nota: Toda esta cartografia temática pode ser gerada automaticamente, tendo recurso das Bases de Dados Geográficas devidamente carregadas; 2.1.3 BASES DE DADOS GEOGRÁFICAS

Todas as coberturas cartográficas enunciadas estão convertidas para geodatabase, com

inserção de campos específicos na base de dados, que permitem um maior

desenvolvimento em todas as tarefas em que o município se encontra envolvido;

2.1.4 ÁREA

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O Concelho de Mira tem uma área de 124,03 Km² (Carta Administrativa Oficial de

Portugal), sendo limitado a Norte pelo Concelho de Vagos, a Sul e Nascente pelo

concelho de Cantanhede e a Poente pelo Oceano Atlântico.

O Concelho de Mira é composto por quatro freguesias, Mira (63,14 Km2), Praia de

Mira (40,28 Km2), Seixo (16,23 Km2) e Carapelhos (4,38 Km2);

2.1.5 OROGRAFIA, GEOLOGIA E USO DO SOLO

2.1.5.1 Orografia

Da análise da carta hipsométrica pode descrever-se o concelho de Mira como uma zona

praticamente plana, cuja variação altimétrica se situa entre 0 e 64 metros.

Em média, o concelho está na sua grande maioria abaixo dos 30 metros.

A representatividade da altimetria do concelho acima dos 50 metros é pouco

representativa.(vd. ANEXO C)

As zonas de maior altimetria localizam-se a Este e Sudeste do concelho. É precisamente

a Sudeste que se regista a maior altitude 64 metros.

Em virtude de ser um território muito plano, ao fazer-se a análise da carta de declives,

pode-se realçar os declives até 16% com uma maior representatividade.

2.1.5.2 Geologia

A região que corresponde ao concelho de Mira, situa-se na Orla Litoral Meso-

cenozoica. Grande parte da zona é formada por uma faixa litoral aplanada, constituída

por areia e dunas e areias eólicas. Junto à costa observa-se um cordão dunar com

orientação N-S que coroa a actual linha de praia. Esta zona dunar é resultante de

depósitos modernos que remontam ao Quaternário.

As formações aluvionares ocorrem junto ao Canal de Mira.

Na zona mais interior do concelho de Mira, encontram-se depósitos de Praias Antigas e

Terraços Fluviais que remontam ao período Pliocénico.

Aparece ainda uma formação designada por conglomerado de Mira que remonta ao

Retácico.

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2.1.5.3 Areias de duna

São depósitos constituídos por areias finas e cascalheiras, altamente permeáveis. A

maioria destas desapareceu já com a extracção abusiva na zona dos Foros do Seixo e

Portomar, sitio este onde ainda são visíveis estas areias.

2.1.5.4 Aluviões actuais

São essencialmente constituídos por argilas com areias e lodos. As formações

aluvionares ocorrem junto ao Canal de Mira, encontrando-se mais para interior do

concelho, depósitos de Praias Antigas e Terraços Fluviais que remontam ao período

Pliocénico.

2.1.5.5 Uso do solo

A área de floresta é significativamente extensa, abrangendo um total de cerca de 8765

ha (70,8 % do território). Este coberto vegetal é na sua totalidade formado por Pinheiro

Bravo e Acácia (subcoberto).

Para além deste uso a área agrícola assume uma importância de relevo no município, uma vez que cerca de um quarto do território é ocupado por agricultura, com tendência ao abandono e respectiva transformação em pousio – matos.- (vd. ANEXO D)

Agrícola Florestal Urbana

Outras

ocupações

ÁREA

TOTAL

ÁREA

(ha) 2877,99 8765 638,42 78,21 12403 ha

% 23,3 70,8 5,2 0,7 100

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2.2. CLIMA

O clima de um local descreve-se pelos valores médios no ano, num grupo de meses, no

mês ou numa fracção do mês, de grandezas físicas e outros conceitos (que se chamam

elementos climáticos) e pelas frequências de ocorrência de alguns fenómenos

meteorológicos. Estes valores médios calculam-se a partir dos resultados das

observações meteorológicas executadas no local durante um número de anos sucessivos

suficientemente grande para que os valores médios descrevam o que é normal, com

exclusão do que é transitório ou excepcional (Peixoto, 1897).

Para a classificação climática da área de estudo foram considerados como base

quantitativa os dados climatológicos observados na estação meteorológica das Dunas de

Mira para 1961/1968, cujas coordenadas geográficas são:

Latitude – 40º 27` N

Longitude – 08º 45` W

Altitude – 14 m

Atendendo à Latitude (40º 27´ Norte), aos valores dos parâmetros climáticos, Mira tem, segundo

a classificação da C.W. Thornwait (1948), um clima húmido mesotérico com moderada

deficiência de água no verão e pequena concentração da eficiência térmica na estação quente.

O clima da região é caracterizado por apresentar no Inverno uma elevada pluviosidade e

temperaturas baixas e no verão fraca humidade e temperaturas elevadas podendo

classificar-se de temperado húmido, com estação seca no Verão pouco quente mas

longa.

2.2.1 TEMPERATURA

Segundo a supracitada fonte, o concelho de Mira apresenta para o referido período, uma

temperatura máxima de (24,5º C), no mês de Agosto e mínima de (4,2º C), no mês de

Janeiro.

A temperatura média anual, tem o valor de 14,1º C.- (vd. ANEXO E)

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2.2.2 NEVOEIROS

Algumas zonas com nevoeiros característicos de região oceânica (em média com

dez/doze dias no ano – frequência de 4%) devem-se a massas de ar continental quente

que se deslocam sobre o mar. Fenómeno estival, sensível sobretudo de madrugada.

2.2.3 VENTOS

Frequência e velocidade do vento

O vento é predominantemente do quadrante Norte, com uma frequência de 38% e

velocidade média de 6,9 km/hora, e de Noroeste, com frequência e velocidade média de

14% e 6,6 km/hora, respectivamente.

Estes ventos assim como os de quadrante Oeste, com uma frequência de 10% e

velocidade média de 5,4 km/hora, têm particular incidência no estado do mar,

caracterizado nestes dias por forte ondulação, superior a dois/três metros.

Os ventos de quadrante Este e Sul, registam frequências de 13,6% e 10,2%,

respectivamente, tendo uma certa implantação durante o Inverno.

De referenciar ainda o facto de, relacionado com esta análise dos ventos no concelho, se

deve ter em conta que existe um deficiente arejamento na zona interior, o que provoca

acumulação de nevoeiros e neblinas. Esta situação é causada pela existência de zona

florestal a Este e pela localização de alguns acidentes de relevo fora do concelho (Serra

da Boa Viagem a Sul, Lousã a Sudeste, Caramulo e Buçaco a Este).

2.3. LINHAS DE ÁGUA

É atravessado por um sistema de linhas de água, com principal destaque para a Vala da

Cana, Vala do Regente Rei, Canal de Mira e outras correntes de menor dimensão,

bem como diversos drenos florestais.

Possui ainda alguns lagos de considerável dimensão, Barrinha e Lago do Mar, no lugar

e Freguesia da Praia, Lagoa e Casal de S. Tomé na Freguesia de Mira e zonas bastante

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húmidas como os Palhais do Seixo, na Freguesia do Seixo. Todos os mananciais

referidos, estão ligados à Ria de Aveiro, dando início ao denominado Canal de Mira.

A grande massa de água existente nesta zona lagunar proporciona um microclima com

excepcionais condições para a agricultura, e temperaturas muito amenas, no Verão e no

Inverno.

Todo o território concelhio é recortado por uma rede hidrográfica relativamente densa,

As linhas de água do Concelho são de dois tipos

- Água doce – ribeiros e valas (correntes e drenos florestais);

- Água salgada/salobra – Início do Canal de Mira, um dos braços da Ria de

Aveiro

2.3.1. ÁGUA DOCE:

� Veia Real, (Vala da Cana) o mais importante – Caudal irregular; tem origem no

Concelho de Cantanhede (Olhos da Fervença), atravessa todo o Concelho de

Mira na sua parte mais a Sul, no sentido nww para próximo da Videira Sul,

flectindo para Norte dando início ao referido Canal de Mira, em direcção à Ria

de Aveiro depois de alimentar com as suas águas o Lago do Casal de S. Tomé,

os Palhais do Casal, as Valas dos Moinhos, a Lagoa e a Barrinha.

� Todos os cursos de água são de leito arenoso e de curta extensão, sendo as suas

correntes de fraca intensidade, excepto no Inverno em que os caudais aumentam

significativamente.

� As duas principais Lagoas, ambas de água doce, são a Lagoa de Mira, situada

na povoação com o mesmo nome, possui cerca de 18 Ha e é de origem Dunar, e

a Barrinha, esta situada na localidade de Praia de Mira, com cerca de 38 Ha,

também de origem Dunar, correspondendo a uma ramificação do Braço Sul da

Ria de Aveiro.

Vala do Regente Rei, junta águas da Vala Velha, (com origem no Concelho de

Cantanhede) das Correntes dos Fojos e dos Foros, (com origem no Concelho de

Vagos) que se encontram no Bico do Palhal, limite das Freguesias de Seixo e Mira,

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todas elas de caudais inconstantes, variando na ordem directa do índice de pluviosidade

nas zonas por elas atravessadas –(vd. ANEXO F).

2.3.2. ÁGUA SALGADA

O Concelho é atravessado pelo Canal de Mira, um dos braços da Ria de Aveiro (Braço

Sul) e tem frente para o mar (Oceano Atlântico), numa extensão de cerca de 15 km,

existindo nos mesmos a Praia de Mira e do Poço da Cruz.

O Canal de Mira corre no sentido de Sul para Norte, todo ele na Freguesia da Praia de

Mira.

O efeito das marés só se faz sentir no Canal de Mira num pequeno troço de cerca de 4

km, da Ponte da Canhota para jusante, no Norte do concelho

2.4. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Salvo raras excepções, em toda a área do Concelho o nível freático é bastante elevado.

(O seu nível superior tem uma variação anual média de cerca de um metro e

meio, estando, em alguns locais, a uma profundidade de apenas cinquenta

centímetros no Inverno).

2.5. PATRIMÓNIO CONSTRUÍDO

O património construído classificado, da área geográfica do Concelho de Mira é

constituído pela Igreja Matriz de Mira e Pelourinho, para além de outros bens materiais

imóveis que não estando classificados representam um património municipal de elevado

valor.

Entre outros apresentam-se alguns exemplos de valores patrimoniais:

2.5.1 ARQUITECTURA RELIGIOSA (IGREJAS E CAPELAS), (vd. ANEXO XI)

2.5.2 ARQUITECTURA CIVIL (IMÓVEIS PÚBLICOS E PRIVADOS), (vd ANEXO XII)

2.5.3 ARQUITECTURA INDUSTRIAL (EDIFÍCIOS DE ANTIGAS INDÚSTRIAS E MOINHOS)

(vd ANEXO XIII)

2.5.4 OUTROS VALORES DE INTERESSE CULTURAL (CRUZEIROS, MONUMENTOS). (vd

ANEXO XIV)

2.6. DEMOGRAFIA

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município de mira folha 14/38

A população residente do Concelho de Mira é de 12.872 habitantes (Censos 2001),

sendo:

• 6.097 do sexo masculino;

• 6.775 do sexo feminino;

Distribuídos pelas Freguesias da seguinte forma:

• Mira 7782 habitantes (3646 H e 4136 M);

• Seixo 1339 habitantes (627 H e 712 M);

• Carapelhos 766 habitantes (362 H e 404 M);

• Praia de Mira 2985 habitantes (1462 H e 1523 M).

Deste total, 2.424 indivíduos, (18,8 % da população concelhia), possui 65 ou mais anos

de idade, uma média um pouco superior à do todo Nacional.

A população não residente, nomeadamente com os fluxos da época balnear da Praia de

Mira e Poço da Cruz atinge valores da ordem de 60.000 indivíduos.

Segundo os Censos de 2001 a densidade populacional era de 104 hab/km2 naquela data,

e estimando-se em 123 hab/km2 no ano 2004. Refira-se que no ano de 2003 existiam

registados no Centro de Saúde do Concelho de Mira 15.286 utentes, dos quais 3.038

(19,9%) com 65 ou mais anos de idade. De salientar ainda que, no período de 01 de

Janeiro a 31 de Dezembro do ano em referência, 1.362 utentes tinham 75 ou mais anos

de idade.

2.7. ACTIVIDADES MAIS RELEVANTES

O Concelho de Mira, com a densidade populacional acima indicada, possui uma taxa

28% de população activa predominantemente afecta às actividades agrícolas. Todavia,

com a crise que tem afectado o sector a mão de obra daí libertada tem sido encaminhada

para outros sectores industriais, nomeadamente as Firmas instaladas na zona industrial

da Mira, situada no extremo Norte do Concelho, na Freguesia de Seixo.

Com a criação de novas áreas industriais surge um incremento na importância desta

actividade, no entanto a que representa a maior fatia que absorve a população é a

actividade de serviços e essencialidade associados ao turismo.

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2.8. VIAS DE COMUNICAÇÃO

Tendo em atenção a finalidade do presente documento, as principais vias de

comunicação no Concelho são:

2.8.1. RODOVIÁRIA

A rede viária do Município é constituída pelos troços da A17, EN 109, EN 234, EN 334, e ainda uma vasta rede de estradas e caminhos municipais servindo todas as Freguesias e lugares do Concelho, num total de 471 km de extensão (vd ANEXO B)

2.8.2. MARÍTIMAS E/OU FLUVIAIS

O intenso tráfego marítimo no Oceano Atlântico, a proximidade dos Portos de Aveiro e

Figueira da Foz e o movimento das Artes de Xávega, pesca tradicional, são factores de

risco a ter em conta, com as inerentes consequências de eventuais desastres humanos e

ambientais

2.8.3. AÉREAS

Cruzam o Concelho de Mira importantes corredores aéreos de linhas nacionais e

internacionais de aproximação a aeroportos e aeródromos (Aeroporto Sá Carneiro e

aeródromo de S. Jacinto).

2.8.4. Vias previstas

-A8: - Ligação Mira – Marinha - Grande;

-IC12: - Mira - Mortágua.

-Continuação da Variante ao centro da Vila de Mira, com ligação à Praia de Mira (vd.

ANEXO B-1)

2.9 PONTOS SENSÍVEIS

São considerados pontos sensíveis os locais de maior vulnerabilidade para a população

do Concelho, (vd. ANEXO II).

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3. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS RISCOS

3.1. RISCOS DE ORIGEM NATURAL

Estes riscos têm origem diversificada. No âmbito do Plano, sem nos alhearmos

das diversas causas, iremos considerar apenas aqueles que pelas suas

característica são mais susceptíveis de afectar o Concelho de Mira.

- CHEIAS, INUNDAÇÕES E INVASÕES DO MAR (inundações litorâneas)

- TROVOADAS E TEMPESTADES

- SISMOS

- INCÊNDIOS FLORESTAIS

- DESLIZAMENTOS DESABAMENTOS (?)

- SECA

Tendo Portugal um clima de base mediterrânica, uma das características é a sua

variabilidade, onde a ocorrência de chuvas intensas mesmo fora de épocas normais

proporciona o risco hidrológico, ou mais concretamente o risco de inundações.

Os riscos de inundação relacionam-se portanto com riscos climáticos, implicando

também a consideração de elementos naturais (permeabilidade dos solos, declives e

características do coberto vegetal), e humanos (barragens e ocupação dos solos), mas no

caso do Município de Mira estão igualmente relacionados com os riscos de erosão

marinha e com riscos de sedimentação.

O mesmo se poderá passar com a entrada das águas do mar, seja na parte vestibular da

Ria, (muito remota e de fracas consequências) seja ao longo da costa, onde a duna

primária se encontra em plena desagregação pelo efeito das águas do mar, dos ventos e

do próprio homem.

O risco de erosão do litoral é tanto maior quanto mais violento for o temporal que lhe

estiver na origem, sendo que temporais fortes fazem sempre avançar águas marinhas em

litoral de areia com toda a probabilidade de inundação de espaços urbanos ou de cultivo.

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O risco sísmico, ligado à geodinâmica interna, existe em praticamente toda a Terra, sendo

mais sensíveis as áreas de encontro de placas. Em relação a Portugal, a área de encontro

da placa africana com a placa euro-asiática gera um risco assinalável.

Em ligação com o risco sísmico com epicentro no mar, existe o risco de maremoto,

(tsunamis) isto é, a ocorrência de ondas marítimas de grandes dimensões especialmente

destruidoras.

3.1.1. CHEIAS, INUNDAÇÕES E INVASÕES DO MAR

Tendo em atenção as marés, cujo efeito se faz sentir no Concelho quer na linha de costa,

quer no Braço de Mira da Ria de Aveiro, há o risco de ocorrência de inundações por

cheia. As áreas de maior incidência serão aquelas que se situam nas proximidades dos

locais indicados (todos os lugares que constituem a Freguesia da Praia de Mira).

Em casos muito pontuais, e em consequência do não escoamento das águas através do

canal de Mira (eventualmente dificultada pelas marés, assoreamentos, e crescimento de

ervas,...) poderão ocorrer situações de cheias nas Freguesias de Mira, (lugares como

Lagoa, Casal de S. Tomé) e Seixo (zonas de menor altitude).

As cheias de precipitação têm também impacto na zona mais elevada.

No ANEXO II-A encontra-se uma Carta Temática − Carta das Zonas

Inundáveis do Concelho Mira (resultado do registo das experiências tidas em

cenário de cheias recentes).

3.1.2. CICLONES, TROVOADAS E TEMPESTADES

Apesar da relativa amenidade do clima em Portugal, a ocorrência inevitável e por vezes

súbita de alterações meteorológicas pode afectar mais ou menos gravemente pessoas e

bens. A maioria das vítimas de trovoada ocorre fora de casa.

O risco é significativo quando decorrem menos de 5 segundos entre o

relâmpago e o trovão.

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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3.1.3. SISMOS

São fenómenos naturais frequentes em Portugal, embora, na sua maior parte, não sejam

sentidos pelo homem. No entanto, há notícia de alguns que afectaram catastroficamente

o país.

Portugal encontra-se implantado na aba da Placa Tectónica Euro-Asiática e próximo da

falha activa que a separa da Placa Africana, situando-se assim numa área de média

actividade sísmica.

Nos termos da carta de Isossistas de Intensidades Máximas (I.M.), o Concelho de Mira

situa-se numa zona de intensidade 5/6/7 da Escala de Mercalli Modificada (máximo

XII), distribuindo-se o território continental entre os níveis de intensidade 5 e 10. (vd.

ANEXO II-B)

3.1.4. INCÊNDIOS FLORESTAIS

Os incêndios florestais são considerados catástrofes naturais, mais pelo facto de se

desenvolverem na Natureza e pela a sua possibilidade de ocorrência e características de

propagação dependerem fortemente de factores naturais. A intervenção humana pode

desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento.

A importância da acção humana nestes fenómenos distingue os incêndios florestais das

restantes catástrofes naturais.

São das catástrofes naturais mais graves em Portugal, tanto pela elevada frequência com

que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam.

Sendo diversificadas as causas dos incêndios florestais (causas estruturais e causas

imediatas), elas são, das denominadas catástrofes naturais, as que poderão causar grande

impacto no Concelho, dada a extensão da área florestal, (8.765Ha) e a vulnerabilidade

das espécies ao risco de incêndio.

Segundo a zonagem de Risco de Incêndio efectuada em 2003 pela D.G.R.F., o

Concelho de Mira apresenta duas classes de Risco, nomeadamente Baixa e Muito

Baixa, sendo notavelmente a primeira a mais representativa, pelo que o mesmo se

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poderá considerar inserido numa “área pouco sensível”, o que não implica dizer,

local onde não ocorrem incêndios florestais.

3.1.5. DESLIZAMENTOS E DESABAMENTOS

São riscos geomorfológicos dependentes das condições geológicas e climáticas e

normalmente ocorrem num contexto de erosão.

Ao contrário de outros fenómenos os processos geomorfológicos estão condicionados

pelas acções humanas. A erosão dos solos é acelerada pela degradação do coberto

vegetal e os movimentos de terreno facilitados pela criação de taludes artificiais (para

construção de casas ou abertura de vias de comunicação), podendo assim tais processos

ser reduzidos ou evitados por intervenções humanas na cobertura vegetal e pela

realização de obras de engenharia.

Situando-se o Município de Mira em área de vulnerabilidade mitigada, os acidentes

geológicos ocorrerão, associados a precedentes pluviométricos anormais, em trincheiras

dos sistemas viários.

3.1.6. SECA

O Concelho de Mira como todo o território português, implanta-se numa região de

características genéricas do tipo mediterrânico intercalado, com períodos estivais

quentes e secos, provocando eventualmente um défice entre as disponibilidades hídricas

e as necessidades de água para os consumos diversos.

O Concelho de Mira, integrando o Distrito de Coimbra, não tem sido afectado por secas,

pelo que não se tem como região sensível para este risco.

3.1.7. TRANSGRESSÃO MARÍTIMA

Devido à construção de esporões a norte do município de Mira, a onda de erosão faz-se

sentir neste momento a norte da Praia de Mira, sendo uma situação a mitigar com a

construção/reforço dos esporões existentes a Sul deste o aglomerado. Sem estas obras,

as invasões marítimas nos sectores de cordão Dunar mais frágil (cotas baixas) seriam

frequentes, tal como foi possível registar junto ao cordão Dunar do Areão,

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3.1.8. EROSÃO LITORAL

Os ventos predominantes de Sul aliados às correntes marítimas tem desagregado a Duna

Principal de tal forma que o mar, de ano para ano, tem avançado sobre a costa de Mira,

havendo locais onde é quase nula a Duna Primária. Ao longo dos cerca de 15 km de

costa o mar em dias de maré, e salvo pequenos espaços situados a Norte dos esporões

recentemente construídos no Areão e na Praia do Poço da Cruz, chegou já à linha dorsal

da Duna Primária.

3.1.9. EPIDEMIAS

A ocorrência de um surto epidémico deve naturalmente ser tomado em conta, em

coordenação necessária e urgente com a autoridade sanitária, e poderá levar a que sejam

tomadas medidas de isolamento de áreas. Esta situação tem alguma probabilidade de

ocorrência, não só pela actual conjuntura (Ex. Gripe Aviaria), mas também pelo facto

do concelho de Mira poder estar em rotas de nidificação e migração de aves selvagens,

nomeadamente no que diz respeito a toda a zona de linha de costa (Orla Marítima)

3.2. RISCOS PROVOCADOS PELO HOMEM

3.2.1. ACIDENTE INDUSTRIAL

Das zonas industriais implantados no Concelho de Mira, constata-se a existência de um

conjunto de empresas que, pelo tipo de produtos manuseados, fabricados ou

armazenados, poderão ser considerados um risco potencial e provocar a ocorrência de

acidentes industriais graves (AIG).

3.2.2. TRANSPORTE DE MATÉRIAS PERIGOSAS

O intenso tráfego rodoviário de transporte de mercadorias perigosas na área do

Município obriga a uma atenção específica inerente ao risco, meios envolvidos e às

zonas de circulação, algumas delas em locais de considerável densidade populacional.

A periculosidade pode revelar-se pela emissão de substâncias tóxicas, inflamáveis ou

contaminantes do ar, água ou solo, bem como, por incêndios ou explosões susceptíveis

de desenvolvimento encadeado. O não controlo de um acidente desta natureza potencia

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ou provoca efectivamente consequências graves para os seres humanos (ferimentos,

envenenamentos, asfixia, vesicação e morte) e para o ambiente (danos em culturas,

outras plantas e animais, e contaminação do ar, água e solo).

Atravessando a EN109/IC1 importantes aglomerados populacionais do Município de

Mira, a destacar as localidades de Marco Soalheiro, Cabeço, Portomar, Mira, Cential,

Carromeu e Ermida, onde os riscos impõem previsão e planeamento de intervenção,

bem como atempada informação pública e prática de evacuações.

Portugal tem consagrada legislação específica reguladora desta matéria. A saber:

i. Dec. Lei n.º. 77/97 de 05 de Abril – Quadro legal

ii. Portaria n.º. 1.196-C/97 de 24 de Novembro – Regulamento Nacional de

Transporte de Matérias Perigosas por Estrada (RPE)

iii. Portaria n.º 1196-B/99 de 23DEZEMBRO (alterações)

iv. Dec. Lei n.º 76/2000 de 09MAIO (alterações)

Legislação esta complementada com outras disposições de pormenor.

O transporte de mercadorias perigosas nesta importante via obriga a especial atenção

quanto à perigosidade inerente, correlacionada com o que foi já mencionado para os

acidentes tecnológicos/matérias perigosas (emissão de substâncias tóxicas, inflamáveis

e contaminação da água, ar e solo).

A ausência de controlo de um acidente desta natureza potencia ou provoca

efectivamente consequências graves para os seres humanos e para o ambiente.

Nos casos em que as redes viárias atravessam importantes aglomerados populacionais

do Município, os riscos impõem especial previsão no ordenamento do tráfego e

planeamento de intervenção, bem como atempada informação pública e prática de

evacuação.

3.2.3. ACIDENTES GRAVES DE TRÁFEGO

Ainda que no concelho existam algumas vias com algum grau de ocorrência de

acidentes não existem, no entanto, nem os chamados “pontos negros”, nem “zonas de

acumulação de acidentes”.

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3.2.4. ACIDENTES AÉREOS

O Grau de risco para este tipo de acidentes no município de Mira, pela ausência de

infra-estruturas, é como reduzido.

3.2.5. ACIDENTES MARÍTIMOS

Fruto de uma actividade piscatória local/tradicional, o risco de acidentes é considerável,

devido ao tipo de costa, mar e embarcações utilizadas.

3.2.6. POLUIÇÃO MARÍTIMA

O Município de Mira devido à sua fronteira com o Oceano Atlântico, encontra-se

directamente associado a um grau de risco elevado, devido à ocorrência de situações de

derramamento de produtos provenientes do transporte via marítima.

3.2.7. COLAPSO DE ESTRUTURAS

As situações que provocam este tipo de acidentes, por vezes com elevado número de

vítimas, decorrem normalmente de erros de projecto ou de construção e eventualmente

de falta de verificação e manutenção de estruturas antigas, como obras de arte e parques

de estacionamento subterrâneos, acrescendo as causas naturais.

A acção preventiva passa pelo rigor da fiscalização, verificação e consequentes acções

de conservação ou demolição a efectuar.

São estruturas de especial relevância no Concelho de Mira

i. Ponte do Cabeço, de ligação de Cabeço/Portomar e continuidade da EN109,

sobre a Vala Velha;

ii. Ponte da Balança, de continuidade da EN109, sobre a “Veia Real”;

iii. Ponte da Vala Real (madeira) – Videira;

iv. Ponte Cabo Marques Melo;

v. Pavilhão gimnodesportivo de Mira;

vi. Pavilhão gimnodesportivo de Portomar;

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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vii. Pavilhão gimnodesportivo da CerciMira, nas cabeças Verdes;

viii. Piscina de Mira;

ix. Igrejas: -

i. Paroquial de Mira;

ii. Paroquial do Seixo;

iii. Paroquial da Praia;

iv. Paroquial de Carapelhos;

x. Capelas: -

i. Portomar;

ii. Presa;

iii. Ermida;

iv. Lentisqueira;

v. Barra;

vi. Colmeal

vii. Leitões

viii. Ramalheiro

ix. Corticeiro de Baixo

x. Corujeira

xi. Casal de S. Tomé

xii. Arneiro

4. ORGANIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA E OPERACIONALIDADE

4.1. SERVIÇOS MUNICIPAIS DE PROTECÇÃO CIVIL

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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Aos serviços municipais da Protecção Civil, presididos pelo Presidente da Câmara,

cumpre assegurar a criação das condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente

e coordenado não só de todos os meios e recursos disponíveis no Concelho, como

também dos meios de reforço que venham a ser necessários para a ocorrência de

situações de emergência, incluindo as acções de prevenção, procurando assim garantir

condições para prevenir riscos, atenuar ou limitar os seus efeitos e socorrer as pessoas

em perigo.

Compete-lhe, designadamente:

i. Estudar e inventariar os factores de risco e as vulnerabilidades.

ii. Efectuar o levantamento de meios e recursos (a manter actualizado) para

fazer face às emergências, prevendo a sua rápida mobilização.

iii. Promover a informação e sensibilização das populações tendo em vista a sua

auto-protecção face a situações de acidente grave, catástrofe ou calamidade.

iv. Estabelecer o processo de acompanhamento da situação com base em

“estados de alerta” definidos (AZUL, AMARELO, LARANJA e

VERMELHO – (vd. ANEXO IV) – ESTADOS DE ALERTA)

v. Considerar a “Gestão da Crise”, criando desde logo cenários preditivos para

orientação dos procedimentos e seguidamente assegurar a direcção das

operações de protecção civil com a adequação das medidas a adoptar e

coordenação dos meios a empenhar, nomeadamente a prevenção de

percursos e locais para evacuação de populações – sobretudo escolares – que

venham a necessitar em caso de emergência, bem como as suas eventuais

necessidades de alojamento e agasalhos.

vi. Preparar, realizar exercícios e simulacros para treino dos quadros e forças

intervenientes no Plano Municipal de Emergência (P.M.E.).

vii. Estruturar, manter e assegurar o correcto funcionamento do Centro

Municipal de Operações de Emergência e Protecção Civil (CMOEPC)

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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4.2. CENTRO MUNICIPAL DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA E

PROTECÇÃO CIVIL (vd. ANEXO III)

Compete-lhe assegurar a direcção das operações de protecção civil a nível municipal,

designadamente a coordenação dos meios a empenhar e a adequação das medidas de

carácter excepcional a adoptar na iminência ou na ocorrência de acidente grave,

catástrofe ou calamidade.

Os centros operacionais (municipal, distrital e nacional) são progressivamente

activados, consoante a natureza do fenómeno, a gravidade e a extensão dos seus efeitos

previsíveis.

O C.M.O.E.P.C. de Mira está localizado no Quartel dos Bombeiros Voluntários de

Mira.

O C.M.O.E.P.C. do Município de Mira é organizado em dois (2) gabinetes e cinco (5)

grupos abarcando a coordenação e conduta operacional. A saber:

I. Gabinetes:

i. Gabinete de “Operações”

ii. Gabinete de “Informação Pública”

II. Grupos:

i. Grupo de “Socorro e Salvamento”

ii. Grupo de “Manutenção da Lei e Ordem e da Movimentação de

Populações”

iii. Grupo de “Saúde e Evacuação Secundária”

iv. Grupo de “Logística e Assistência”

v. Grupo de “Reserva Operacional” cuja composição, coordenação,

tarefas e forças de apoio se encontram descriminadas no anexo atrás

referido

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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4.3. ORGANIGRAMA

4.4. DIRECÇÃO DO PLANO

O Director do Plano é o Presidente da Câmara Municipal de Mira (que assume a

direcção das actividades Direcção do Plano, protecção civil, competindo ao

C.M.O.E.P.C., através do grupo de operações, assegurar a condução e coordenação das

mesmas).

No impedimento do Presidente da Câmara Municipal, o seu substituto é o “Vereador

Substituto Legal” do Presidente da Câmara Municipal, ou quem este tiver designado

para este efeito.

O P.M.E. é activado à ordem do Director do Plano, e na sua ausência ou impedimento

pelo seu substituto, ao sinal de ALERTA previamente estabelecido e autorizado pelo

Director do Plano. É da responsabilidade do Director do Plano a activação do PME, em

função da avaliação da situação de emergência existente.

4.5. NIVEIS DE EMERGÊNCIA

A nível local, existem 3 níveis de emergência definidos:

PRESIDENTE DA

CÂMARA MUNICIPAL

INFORMAÇÃO PÚBLICA

OPERAÇÕES

SOCORRO E

SALVAMENTO

LEI E ORDEM

SAÚDE

LOGÍSTICA E

ASSISTÊNCIA

RESERVA

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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i. Pré-emergência – Activado quando exista risco de ocorrência de acidente

grave.

ii. Emergência parcial – Activado aquando da evolução negativa da

situação anterior; entrada em estado de prevenção do CMOEPC.

iii. Emergência geral – Activado aquando da evolução negativa da situação

anterior; activação do CMOEPC e activação do PME.

iv. A passagem ao nível distrital (CDOS Coimbra) será feita quando a

situação não for controlável com os meios municipais.

v. É também da responsabilidade do Director do Plano a declaração do fim

de situação de emergência.

4.6. ACTIVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA Para qualquer uma das situações de emergência que possa afectar a área do município, o modelo de activação do Plano Municipal de Emergência, é o seguinte:

(*) Transferência – ao nível distrital (CDOS Coimbra)

Evento Informação

Avaliação

PRÉ-EMERGÊNCIA Activação do Serviço

Básico

EMERGÊNCIA PARCIAL

EMERGÊNCIA GERAL

CMOEPC

(prevenção)

SITUAÇÃO CONTROLADA

SITUAÇÃO NÃO CONTROLADA

FIM DO INCIDENTE FIM DO INCIDENTE

SITUAÇÃO CONTROLADA

SITUAÇÃO CONTROLADA

SITUAÇÃO NÃO CONTROLADA

CMOEPC

(activação) PMEE

(activação)

FIM DO INCIDENTE

SITUAÇÃO NÃO CONTROLADA

Transferência (*)

Fonte de informação

CMOEPC Bombeiros Voluntários de

Mira

Activação do Plano Municipal de Emergência

Serviços Operacionais

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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4.6.1. NA EMERGÊNCIA

Em caso de emergência os Serviços Municipais de Protecção Civil

a) Activam de imediato o CMOEPC de Mira (Centro Municipal de Operações de

Emergência de Protecção Civil) e accionam desde logo o alerta às populações

em risco.

b) Determinam aos agentes de protecção civil e forças intervenientes o estado de

ALERTA adequado (AZUL, AMARELO, LARANJA OU VERMELHO),

mantendo-se informado sobre a situação.

c) Activam o Gabinete de Informação Pública como elo de ligação aos órgãos de

Comunicação Social e aviso de emergência às populações (divulgação de

informação/conselhos e medidas a adoptar pelas populações em risco).

d) Com informação breve e clara aos coordenadores dos grupos dirige as

Operações de Protecção Civil:

i. Promovendo e coordenando a actuação dos meios de socorro,

busca salvamento;

ii. Promovendo a evacuação de feridos e doentes para locais de

tratamento;

iii. Assegurando a manutenção da lei e da ordem, salvaguarda do

património e garantia da circulação nas vias de acesso necessárias

aos meios de socorro e evacuações;

iv. Coordenando e promovendo a evacuação de zonas de risco,

procedendo a deslocamentos, alojamentos/realojamentos de

populações, e inerentes acções de assistência (agasalho,

alimentação e reunião de famílias);

v. Informando o Centro Distrital de Operações de Socorro de

Aveiro e solicitando os apoios e meios de reforço considerados

necessários;

vi. Promovendo as acções de mortuária adequadas à situação;

vii. Reabilitando, mesmo precariamente os serviços essenciais.

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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viii. Assegurando a manutenção da lei e da ordem, salvaguarda do

património e garantia da circulação nas vias de acesso necessárias

aos meios de socorro e evacuações;

ix. Coordenando e promovendo a evacuação de zonas de risco,

procedendo a deslocamentos, alojamentos/realojamentos de

populações, e inerentes acções de assistência (agasalho,

alimentação e reunião de famílias);

4.6.2. DEPOIS DA EMERGÊNCIA

O Serviço Municipal de Protecção Civil, adopta as medidas necessárias à urgente

normalização da vida das populações atingidas, procedendo ao restabelecimento rápido

dos serviços públicos essenciais (água e energia) e à neutralização dos efeitos

provocados pelo acidente no meio envolvente. Cumpre-lhe, designadamente:

i. Promover o regresso das populações, bens e animais desalojados;

ii. Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços ou

obstáculos a fim de restabelecer a circulação e evitar desmoronamentos;

iii. Promover o levantamento/análise e quantificação dos danos, elaborando

relatório, e procedendo ao controlo dos meios e subsídios a conceder.

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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4.7. Guião operacional do plano

Nível de Activação do

PME Dir. do Plano Grupo de Apoio

G. de Intervenção Imediata

Grupo de Saúde G. de Segurança e

Trânsito Grupo Logístico

Gabinete de Informação

Antes da Emergência

Elaborar Plano Anual

Garantir a

operacionalidade do Plano

Preparar possível

intervenção

Actualizar as necessidades

constantes no Plano

Avaliar os acidentes notificados

Recomendar a

adopção de medidas preventivas

Promover a organização e formação dos elementos do

grupo

Levantamento das necessidades

Promover a organização e formação dos elementos do

grupo

Levantamento das necessidades

Promover a organização e formação dos elementos do

grupo

Levantamento das necessidades

Aplicar as directivas do Plano

no seu aspecto logístico

Durante a Emergência

Activação do PME

Coordenar o combate à emergência

Declarar o final da

Emergência

Assessorar o Director do Plano

Avaliar a situação

Recomendar medidas de protecção

Avaliar, combater e controlar o acidente

Mitigar os

prejuízos ocorridos nas pessoas, bens e

meio ambiente

Prestar os primeiros socorros aos sinistrados

Proceder à

classificação e evacuação dos

feridos

Velar pela ordem e segurança na zona

afectada

Colaborar na evacuação

Colaborar nos

avisos à população

Dirigir as acções e coordenar os recursos que

compõem o grupo

Difundir as comunicações tipo emanadas pelo Director do

Plano

Depois da Emergência

Adoptar as medidas

necessárias à normalização

Assessorar o Director na adopção

das medidas necessárias

Proceder a avaliação

do acidente

Executar as medidas

necessárias à normalização

Executar as medidas

necessárias à normalização

Executar as medidas

necessárias à normalização

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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4.8 ADMINISTRAÇÃO, RESPONSABILIDADE FINANCEIRA E LOGÍSTICA

(vd. ANEXO V)

A logística bem como a responsabilidade financeira pelos encargos relacionados com a

activação do presente plano, designadamente no que concerne a:

A) IMPUTAÇÃO DE CUSTOS

B) LOGISTICA

C) ALIMENTAÇÃO, ALOJAMENTOS E AGASALHOS

D) COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

E) MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MATERIAL

F) TRANSPORTES

G) MATERIAL SANITÁRIO

H) EVACUAÇÃO E TRATAMENTO HOSPITALAR

I) MORTUÁRIA

J) EVACUAÇÃO DAS POPULAÇÕES

K) SERVIÇOS TÉCNICOS

5. MEIOS

5.1. CENTRO MUNICIPAL DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA DA

PROTECÇÃO CIVIL (vd. ANEXO VI)

Meios de comunicação

Meios informáticos

5.2. MEIOS LOGÍSTICOS (vd. ANEXO VII)

Meios de transporte

Meios de abrigo

Maquinaria e ferramentas

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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Equipamento de manutenção

5.3. MEIOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (vd. ANEXO VIII)

Meios adequados aos vários tipos de risco e ao tipo de intervenção.

5.4. MEIOS DE SOCORRO (vd. ANEXO IX)

Unidades de Saúde

Ambulâncias

Viaturas de Incêndio

Material Clínico

5.5.REDES DE COMUNICAÇÃO

O sistema de comunicações do PME utiliza os meios das telecomunicações públicas e

privativas, sendo:

− As de uso público telefones e telefax.

− As privativas – rede do SNPC, rede rádio da GNR/PSP, rede rádio do

Município e rede de radioamadores.

− As entidades públicas e privadas em situações de emergência ou

exercícios integram-se no Plano Municipal de Telecomunicações de

Emergência da PME.

5.5.1. Ligações

5.5.2. Comunicações

5.5.3. Plano de telecomunicações

O Plano Municipal de Telecomunicações consta do (vd.ANEXO X).

6. INFORMAÇÃO PÚBLICA

6.1. MEIOS DE AVISO ÁS POPULAÇÕES

6.2. ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (vd. ANEXO XVI)

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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PLANO MUNICIPAL DE

EMERGÊNCIA E

PROTECÇÃO CIVIL

ANEXOS

MARÇO 2006

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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ANEXO I

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DE PROTECÇÃO CIVIL

• DECRETO-LEI Nº 21/2006, de 02 de FEV.- Lei Orgânica do Serviço Nacional de

Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) (DR N.º 24, I-A de 02FEV2006)

• DECRETO-LEI Nº 49/2003, de 25MAR – Lei Orgânica do Serviço Nacional de

Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) (DR Nº 71, I-A, 25MAR2003)

LEI Nº 25/96, de 31JUL – Altera a Lei Nº 113/91, de 29AGO - Lei de Bases da

Protecção Civil (DR Nº 176, I-A, 31JUL96)

• LEI Nº 113/91, de 29AGO - Lei de Bases da Protecção Civil (DR Nº 198, I-A,

29AGO91)

• DECLARAÇÃO da aprovação e publicação da Directiva para a elaboração de planos

de emergência de protecção civil aplicável aos planos de nível nacional, regional,

distrital e municipal (DR Nº 291, II SÉRIE, 19DEZ94)

• PORTARIA Nº 1033/95, de 25AGO - Estrutura as delegações distritais de protecção

civil de acordo com as necessidades resultantes dos ricos naturais e tecnológicos

existentes no distrito (DR Nº 196, I-B, 25AGO95)

• DECLARAÇÃO Nº 136/2005, de 07JUN – da aprovação e publicação da Directiva

para o uso do símbolo, vestuário e outros elementos de identificação do sistema

nacional de protecção civil (DR Nº 109, II SÉRIE, 07JUN2005)

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ÀS AUTARQUIAS

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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• DECRETO-LEI Nº 222/93, de 18JUN - Regula a constituição, composição,

competência e funcionamento de centros operacionais de emergência de protecção civil

a nível nacional, regional, distrital e municipal (DR Nº 141, I-A, 18JUN93)

• LEI Nº 159/99, de 14SET - Estabelece o quadro de transferência de atribuições e

competências para as autarquias locais (DR Nº 215, I-A, 14SET99)

LEGISLAÇÃO RELATIVA A RISCOS

SISMOS

• RESOLUÇÃO Nº 91/81, de 09MAI - Programa de acções imediatas e a prazo para a

minimização do risco sísmico (DR Nº 106, I, 09MAI81)

• DECRETO-LEI Nº 235/83, de 31MAI - Aprova o Regulamento de Segurança e

Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (DR Nº 125, I, 31MAI83)

CICLONES E TEMPESTADES

DEC.LEI Nº 283/87, DE 25JUL - DEFINE OS SINAIS DE AVISO DE TEMPORAL

PARA USO NOS PORTOS PORTUGUESES (DR Nº 169, I, 25JUL87)

SECA

• RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS Nº 69/99, de 09JUL - Aprova

o Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação (PANCD) e estabelece

procedimentos relativamente à sua concretização (DR Nº 158, I-B, 09JUL99)

• RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS Nº 83/2005, de 19ABR -

Aprova o Programa de Acompanhamento e Mitigação dos Efeitos da Seca 2005 (DR Nº

76, I-B, 19ABR2005)

INUNDAÇÕES

• DECRETO-LEI Nº 468/71, de 05NOV - Revê, actualiza e unifica o regime jurídico

dos terrenos do domínio público hídrico, no qual se incluem os leitos e as margens das

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

município de mira folha 36/38

águas do mar, correntes de água, lagos e lagoas, de modo a facilitar o seu

aproveitamento para os diversos usos de que são economicamente susceptíveis (DR Nº

260, I, 05NOV71)

• DECRETO-LEI Nº 89/87, de 26FEV - Estabelece medidas de protecção às zonas

ameaçadas pelas cheias, introduzindo alterações ao Decreto-Lei Nº 468/71, de 05NOV

(DR Nº 48, I, 26FEV87)

• DECRETO-LEI Nº 45/94, de 22FEV - Regula o processo de planeamento de

recursos hídricos e a elaboração e aprovação dos planos de recursos hídricos (DR Nº 44,

I-A, 22FEV94)

• DECRETO-LEI Nº 364/98, de 21NOV - Estabelece a obrigatoriedade de elaboração

da carta de zonas inundáveis nos municípios com aglomerados urbanos atingidos por

cheias (DR Nº 270, I-A, 21NOV98)

• DECRETO REGULAMENTAR Nº 5/2002, de 08FEV - Aprova o plano de Bacia

Hidrográfica do Mira (DR Nº 33, I-B, 08FEV2002)

• DECRETO REGULAMENTAR Nº 15/2002, de 14MAR - Aprova o Plano de

Bacia Hidrográfica do Vouga (DR Nº 62, I-B, 14MAR2002)

• DECRETO-LEI Nº 112/2002, de 17ABR - Aprova o Plano Nacional da Água (DR

Nº 90, I-A, 17ABR2002)

INCÊNDIOS FLORESTAIS

• PORTARIA Nº 501/2005, de 02JUN - Estabelece que o período crítico, no âmbito

do Sistema Nacional de Prevenção e Protecção da Floresta contra Incêndios, vigora no

período de 15 de Maio a 30 de Setembro (DR Nº 106, I-B, 02JUN2005)

• RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS Nº 58/2005, de 08MAR -

Aprova o plano operacional de prevenção e combate aos incêndios florestais (DR Nº 47,

I-B, 08MAR2005)

• PORTARIA Nº 1185/2004, de 15SET - Estabelece a estrutura tipo do plano de

defesa da floresta (DR Nº 218, I-B, 15SET2004)

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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• PORTARIA Nº 1061/2004, de 21AGO - Aprova o Regulamento do Fogo

Controlado (DR Nº 197, I-B, 21AGO2004)

• PORTARIA Nº 1060/2004, de 21AGO - Aprova a zonagem do continente segundo a

probabilidade de ocorrência de incêndio florestal em Portugal Continental (DR Nº 197,

I-B, 21AGO2004)

• PORTARIA Nª 1056/2004, de 19AGO - Define o conjunto de manchas designadas

por zonas críticas (DR Nº 195, I-B, 19AGO2004)

• DECRETO-LEI Nº 156/2004, de 30JUN - Estabelece as medidas e acções a

desenvolver no âmbito do Sistema Nacional de Prevenção e Protecção da Floresta

contra Incêndios (DR Nº 152, I-A, 30JUN2004)

• LEI Nº 14/2004, 08MAI - Cria as comissões municipais de defesa da floresta contra

incêndios (DR Nº 108, I-A, 08MAI2004)

• DECRETO REGULAMENTAR Nº 5/2004, de 21ABR - Cria a Agência para a

Prevenção de Incêndios Florestais (DR Nº 94, I-B, 21ABR2004)

• RESOLUÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Nº 27/2004, de 02MAR -

Programa especial de voluntariado «Jovens e a Floresta» (DR Nº 52, I-A, 02MAR2004)

• RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS Nº 179/2003, de 18NOV -

Altera a Resolução do Conselho de Ministros Nº 118/2000, de 13SET, que incumbe as

direcções regionais de agricultura de elaborar os planos regionais de ordenamento

florestal (DR Nº 267, I-B, 18NOV2003)

• RESOLUÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Nº 25/2003, de 02ABR -

Melhora as políticas de prevenção e combate aos fogos florestais (DR Nº 78, I-A,

02ABR2003)

• DECRETO-LEI Nº 310/2002, de 18DEZ - Regula o regime jurídico do

licenciamento e fiscalização pelas câmaras municipais de actividades diversas

anteriormente cometidas aos governos civis (DR Nº 292, I-A, 18DEZ2002).

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PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTECÇÃO CIVIL

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Obs.: Uma referência exaustiva e permanentemente actualizada da legislação sobre

Protecção Civil pode ser consultada no sítio do Serviço Nacional de Bombeiros e

Protecção Civil, na Internet, em http://www.snbpc.pt

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