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MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA REGULAMENTO DE PROTECÇÃO CIVIL DE CONDEIXA-A-NOVA

REGULAMENTO DE PROTECÇÃO CIVIL DE CONDEIXA-A-NOVA

Competência Regulamentar

Uma das atribuições das autarquias locais no que respeita aos interesses próprios, comuns e

específicos das populações respectivas é a Protecção Civil (alínea i) do nº 1 do artigo 2º do

Decreto-Lei 100/84, de 29 de Março.

Assim, no uso da competência Regulamentar que lhe é dada pelo nº 2 do Artigo 5º do Decreto-

Lei 203/93, de 3+ de Junho, pelo nº 1 do artigo 11º do Decreto Lei 222/93 de 18 de Junho e

pelo artigo 242º da Constituição da República Portuguesa propõe-se a aprovação do seguinte

Regulamento.

SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL

I

CONSIDERANDOS

1-A Protecção Civil ao abarcar um conjunto de medidas destinadas a proteger o cidadão como

pessoa humana e a população no seu conjunto, de tudo o que representa perigo para a sua

vida, saúde, recursos, bens culturais e materiais, vêm assumindo relevante importância,

reconhecida quer por parte das autoridades responsáveis, quer pelas populações, que cada

vez mais pressionam aquelas à tomada de todas as medidas, tendo em vista garantir a sua

segurança, face a sinistros, catástrofes ou calamidades.

2-Sendo a Protecção Civil da responsabilidade do Governo ao nível Nacional e

responsabilidade dos Governos Civis ao nível regional, pelo artigo 2º do decreto Lei nº 100/84,

de 29 de Março, foi atribuída às Autarquias Locais a responsabilidade da Protecção Civil ao

nível local, sendo da competência do Presidente da Câmara, dirigir, em articulação com o

S.N.P.C. o Serviço Municipal de Protecção Civil.

O Serviço Municipal de Protecção Civil, terá como responsabilidade, o cumprimento dos planos

e programas estabelecidos e a coordenação das actividades a desenvolver no domínio da

Protecção Civil, designadamente em operações de socorro e assistência, com especial relevo

em situações de catástrofe e calamidade pública.


II

ARTICULAÇÃO

1-o Serviço Municipal de Protecção Civil está articulado:

-Comissão Municipal de Protecção Civil, como órgão consultivo do Presidente;

-Centro Operacional de Emergência, como órgão responsável pela execução operacional;

-Serviço do S.M.P.C. com os seguintes sectores:

1-Sector de Prevenção, Planeamento e Socorro, (o C.O.E. integra-se neste sector);

2-Sector de Administração e Apoio Logístico;

3-Sector de Acção Social (Gestão do C.A.E.).

1º-O C.A.E. Centro de Alojamento de Emergência, destina-se a fazer face o alojamento de

pessoas e famílias, desalojadas devido a situações de emergência.

§ 2º -O S.M.P.C. disporá permanentemente de:

-Um núcleo mínimo de pessoal para garantir a vida diária administrativa e logística;

-Uma instalação (sala, ou grupo de salas) para o Centro Operacional de Emergência;

(sediado no Quartel dos Bombeiros Voluntários).

Todos os restantes meios em pessoal e material necessários para fazer face a emergência,

serão disponibilizados pela Câmara Municipal de entre o seu pessoal e meios materiais

existentes.

Nota: Através de contactos com as Empresas de Construção Civil e Obras Municipais dever-

se-á fazer levantamento do equipamento a disponibilizar para actos de emergência.


IV

MISSÃO

1-Proceder a análise e estudo das situações de grave risco colectivo, tendo em vista a adopção

de prevenção, realizando vistorias e exercendo fiscalização.

2-Proceder à elaboração do plano de emergência municipal.

3-Promover a elaboração de planos de emergência para os riscos que se apresentam no

Município de Condeixa-a-Nova e coordenar a sua execução, através de levantamentos e

cartografia de riscos.

4-Coordenar e manter utilizada a inventariação dos meios e recursos existentes na área do

Município de Condeixa-a-Nova.

5- Criar condições para a mobilização rápida e eficiente de todas as entidades que concorrem

para a protecção Civil.

6-Promover a realização de exercícios rotinando procedimentos e programas de formação e

informação.

7-Apoio Social permanente a famílias sinistradas por ocorrências várias e seu

acompanhamento até à sua reinserção definitiva.

8-Colaborar e intervir no restabelecimento das condições sócio económicas e ambientais,

indispensáveis para a normalização da vida das comunidades afectadas, realizando acordos

com o S.N.P.C. e organizações internacionais.

9-Informação à população.

V

SUPORTE JURÍDICO E ATRIBUIÇÕES DAS AUTARQUIAS LOCAIS

Decreto-Lei 100/84 de 29 de Março

Artigo 2º -É atribuição das Autarquias Locais o que diz respeito aos interesses próprios,

comuns e específicos das populações respectivas e designadamente:

………………………………….


I)À Protecção Civil

DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

ARTIGO 53º -Compete ao Presidente da Câmara Municipal :

i) Dirigir, em estreita articulação com o serviço Nacional de Protecção Civil, o Serviço Municipal

de Protecção Civil, tendo em vista o cumprimento dos planos e programas estabelecidos e a

coordenação das actividades a desenvolver no domínio da Protecção Civil designadamente em

operações de socorro e assistência, com especial relevo em situações de catástrofe e

calamidades públicas.


VIII

REGULAMENTO DOS DELEGADOS DA C.M. DE CONDEIXA

COMISSÃO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL

CAPITULO I

PRINCÍPIOS GERAIS

ARTIGO 1º

(Âmbito da aplicação do Regulamento)

O presente Regulamento aplica-se a todos os Delegados efectivos ou suplentes da C.M. de

Condeixa-a-Nova à Comissão Municipal de Protecção Civil, (C.M.P.C)

ARTIGO 2º

(Designação dos Delegados)

1-Os Delegados efectivos da C M Condeixa-a-Nova à Comissão Municipal de Protecção

Civil, serão designados de entre os funcionários dos serviços que tenham, como

atribuições próprias, áreas indispensáveis à prossecução dos objectivos do serviço

Municipal de protecção Civil ( SMPC).

2-Os Delegados serão designados pelo Presidente da Câmara, de entre os funcionários

que, pela sua competência, e experiência, possam aconselhar e colaborar nas áreas de

planeamento, prevenção treino e socorro.

3-Aos Delegados efectivos cabe apresentar proposta de designação de delegados

suplentes, (ficando os mesmos abrangidos pelo presente regulamento).


ARTIGO 3º

(Cartão de Identidade)

O Delegado será portador de um cartão de identificação, a emitir pelo SMPC, para utilização

exclusiva em tarefas que lhe forem cometidas no âmbito da Comissão Municipal de Protecção

Civil.

ARTIGO 4º

(Constituição das equipas de trabalho)

Para cumprimento de tarefas, dentro da missão que for atribuída ao delegado, poderá este

propor ao SMPC a constituição de equipas de trabalho abrangendo um ou mais serviços.

ARTIGO 5º

(Contacto com as entidades exteriores à C.M. de Condeixa-a-Nova)

1-Sempre que necessário ou quando os objectivos a atingir o determinarem, poderá o

Delegado contactar com as entidades exteriores à C.M.C.N. que concorrem para a Protecção

Civil.

2-Sempre que no âmbito da sua missão, o Delegado tenha de emitir correspondência para as

entidades exteriores, deverá usar papel com timbre do SMPC.

ARTIGO 6º

(Das Reuniões

1-A convocação dos delegados far-se-á através de comunicação escrita dirigida ao próprio, e

com conhecimento ao respectivo chefe, com a devida antecedência.


2-A presença mas reuniões deverá ser considerada prioritária em relação a outras actividades

inerentes às atribuições normais dos Delegados.

CAPITULO II

Das Atribuições do delegado da Comissão Municipal de protecção Civil

Artigo 7º

(Atribuições)

São atribuições do delegado da Comissão Municipal de Protecção Civil:

a)-Colaborar na elaboração dos Planos de emergência;

b)-Colaborar na inventariação e actualização dos meios e recursos existentes na área do

Concelho de Condeixa-a-Nova.

c)-Estabelecer a articulação entre o Serviço Municipal de Protecção Civil e a Chefia do serviço

ou serviços a que pertence, no sentido da mobilização rápida dos meios humanos e materiais

disponíveis , sempre que necessário;

d)-Colaborar e participar no planeamento e promoção dos exercícios necessários ao

rotinamento de procedimentos, com vista à testagem dos planos de emergência elaborados;

e)-Colaborar com o Serviço Municipal de Protecção Civil, na coordenação e execução das

acções de socorro necessárias.

CAPITULO III

Dos deveres e Direitos dos Delegados

Artigo 8º

(Deveres)

1-Em situação de emergência o Delegado convocado pelo SMPC deverá comparecer de

imediato no local que for indicado, cabendo ao SMPC assegurar o respectivo transporte

sempre que necessário:


2-Em emergência o Delegado ficará em situação de dependência hierárquica e funcional do

responsável do comando operacional;

Artigo 9º

(Definição)

Para efeito da aplicação do disposto no artigo anterior, considera-se emergência toda a

situação definida pelo Serviço Municipal de Protecção Civil.

Artigo 10º

(Sanções)

O incumprimento da missão que for cometida ao delegado pelo responsável do comando

operacional, será passível de procedimento disciplinar.

Artigo 11º

(Direitos)

1-O trabalho prestado, no âmbito da Comissão Municipal de Protecção Civil, para além do

horário normal de serviço, quer em emergência, quer em situação normal, será remunerado

nos termos da Lei;

2-O controle e registo do número das horas será assegurado pelo SMPC.


CAPÍTULO IV

Disposições finais

Artigo 12º

O cumprimento das atribuições que forem cometidas aos Delegados, pelo responsável do

comando operacional do SMPC, deverá ser garantido por toda a estrutura dos serviços a que o

mesmo pertence.

Artigo 13º

(Sanções)

Qualquer tipo de obstáculo à actividade do Delegado, no cumprimento das suas atribuições no

âmbito da CMPC, será passível de procedimento disciplinar.

IX

Juntas de Freguesia

Projecto de Missão

PREVENÇÃO:

-Levantamento das várias situações de risco colectivo com maior probabilidade de ocorrência

na sua área geográfica.

-Inventariação dos meios humanos e materiais disponíveis na sua área face aos riscos em

presença.

-Colaboração nos programas de sensibilização, formação e informação da população sobre a

Protecção Civil.

PLANEAMENTO:

-Organização da população tendo em vista a sua actuação em situação de emergência.

-Colaboração nos exercícios a realizar pelo S.M.P.C. a fim de rotinar procedimentos.


-Nomeação de um representante da Junta de Freguesia para colaborar com a Comissão

Municipal de Protecção Civil sempre que se justificar.

SOCORRO:

-Colaboração nas acções operacionais a executar, a pedido do serviço Municipal e Protecção

Civil, quando ocorram acidentes, catástrofes ou calamidades públicas.

MISSÃO

Dos Serviços de Salubridade e Transportes Prevenção e Planeamento

-Procede ao levantamento dos equipamentos de que dispõe bem como da sua aplicação e

utilização.

-Organiza as normas para remoção, identificação e enterramento de mortos.

-Estuda em colaboração com o C.S.T. um esquema de manutenção da rede de esgotos e

escoamento das águas das chuvas.

-Organiza, a constituição de equipas de fiscais sanitários, para determinação das condições de

insalubridade de áreas afectadas.

SOCORRO

-Coordena o emprego dos meios disponíveis e acciona, à ordem, o plano de transporte.


MISSÃO

Serviços Administrativos Geral

Prevenção e Planeamento

-Procede ao levantamento de organismos públicos e privados, com capacidade para

abastecimento de víveres em situações de emergência.

-Procede ao levantamento de organismos públicos e privados, com capacidade para confecção

e distribuição de refeições.

-Prevê a constituição de equipas de inspecção alimentar e no tocante a outras áreas da sua

responsabilidade.

SOCORRO

-Coordena as operações de apoio logístico no que se refere à distribuição de víveres e

refeições confeccionadas, às populações necessitadas.

MISSÃO

Dos Serviços de Obras

Prevenção e Planeamento

-Procede ao levantamento e permanente actualização dos equipamentos dos serviços com

interesse para as acções de socorro.

-Procede ao levantamento e permanente actualização dos equipamentos disponíveis por parte

dos empreiteiros que trabalham para a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova com a

respectiva caracterização técnica e utilização.


SOCORRO

-Coordena a constituição de equipas com a finalidade de avaliação de danos por eventual

sinistro, em colaboração com o C.S.S e C.S.T.

-Acciona, à ordem, o emprego dos meios à sua disposição, ao nível das responsabilidades

cometidas aos serviços.

Aprovado pela Câmara Municipal na reunião de 10-2-97

Aprovado pela Assembleia Municipal na sessão de 24-2-97

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