plano municipal de desenvolvimento … passando a produzir café, algodão, milho, feijão e arroz,...

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PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL 2010 - 2013 MUNICÍPIO DE LARANJAL PAULISTA

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PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO

RURAL SUSTENTÁVEL

2010 - 2013

MUNICÍPIO DE

LARANJAL PAULISTA

PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

Prefeitura Municipal de Laranjal Paulista

Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Laranjal Paulista Casa da Agricultura de Laranjal Paulista

Escritório de Desenvolvimento Rural de Botucatu Período de vigência: 2010 a 2013 1. Apresentação

O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável do município de

Laranjal Paulista foi elaborado através de uma parceria entre o Conselho Municipal de

Desenvolvimento Rural, técnicos da Casa da Agricultura de Laranjal Paulista, do

Escritório de Desenvolvimento Rural de Botucatu e a Secretaria Municipal da Agricultura,

Abastecimento e do Meio Ambiente.

Este projeto tem como objetivo nortear as ações da Prefeitura Municipal, da

Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento e das diversas entidades que atuam

na zona rural do município, de forma que a comunidade rural seja atendida em sua

necessidades.

Para que este Plano representa-se fielmente a população rural do município foi

necessário dividir o município em três setores, seguindo critérios geográficos, sócio-

econômicos e culturais das populações locais.

Este plano foi elaborado de maneira participativa, por meio de reuniões de

diagnóstico de problemas e potencialidades dos produtores rurais e de suas famílias.

O Conselho procurou priorizar as linhas de atuação, sendo que este plano reflete

a situação atual, estando sempre aberto a mudanças, através da participação da

comunidade rural durante o decorrer de seu desenvolvimento.

2. Identificação e Caracterização do Município

2.1. Histórico:

A ocupação das terras que hoje pertencem ao Município de Laranjal Paulista data

do século XVI, quando os bandeirantes, em busca de riquezas minerais e mão-de-obra

indígena, iniciaram a exploração do vale do Rio Tietê.

No final do século XVI, as áreas marginais aos rios Tietê e Sorocaba atraíram

sesmeiros e posseiros em busca de terras e clima de boa qualidade para o cultivo de

cana de açúcar. Iniciam-se os primeiros núcleos urbanos que passam a ser centros

consumidores de produtos agrícolas e manufaturados. O comércio entre as vilas passa a

ser feito por tropeiros, que transportavam em lombo de burro suas mercadorias, gerando

a criação de locais de pouso para descanso da tropa e dos tropeiros (MARTINS, 1978).

Dentre estes locais, destacava-se o Pouso do Ribeirão do Laranjal, situado entre

Sorocaba e Botucatu, um local à sombra de alguns pés de laranja nativa, às margens do

ribeirão de águas limpas e cristalinas. Tornou-se assim, além de um ponto de descanso

de tropeiros, um local de negócios, com compras, vendas e barganhas (MARTINS, 1978).

A plantação de cana e a fabricação de açúcar atraíram, ao local, novos

fazendeiros, passando a produzir café, algodão, milho, feijão e arroz, aliado à criação de

bovinos, eqüinos, suínos e muares.

No final do século XIX, ocorre a expansão do cultivo de café na região centro-

oeste do Estado, trazendo as estradas de ferro para o interior. Em 1886 é inaugurada no

Distrito de Laranjal, então pertencente ao Município de Tietê, a estação da Estrada de

Ferro Sorocabana. Ainda neste período, os imigrantes italianos chegam à região,

iniciando pequenas atividades industriais e ampliando o comercio local (THOMÉ, 1988).

Em 1906 o povoado é elevado à categoria de Vila de São João do Laranjal; em

1917, a município de Laranjal, pertencente à Comarca de Tietê; e em 1944, passou a

denominar-se Laranjal Paulista. Em 1963, elevou-se à categoria de Comarca de Laranjal

Paulista (THOMÉ, 1988).

2.2. Dados Geográficos:

2.2.1. Localização:

O Município de Laranjal Paulista localiza-se na região sudoeste do Estado de

São Paulo, sendo acessível pela Rodovia Marechal Rondon, distando 135 km em linha

reta da Capital do Estado. Está localizado na Região Administrativa de Sorocaba,

pertencendo à Região de Governo de Botucatu e à Unidade de Gerenciamento de

Recursos Hídricos do Sorocaba/ Médio Tietê - UGRHI 10.

Possui área de 387 km2, limitando-se com os seguintes municípios: a norte com

Piracicaba, a sul com Cesário Lange, a leste com Tietê e Jumirim, a oeste com Pereiras,

a noroeste com Conchas e a sudeste com Cerquilho. Os principais rios que banham o

Município são o Sorocaba e o Tietê.

Latitude: -23° 02' 59'' Longitude: 47° 50' 12'' Altitude: 536 m

2.2.2. Aspectos Sociais, demográficos, econômicos e ambientais.

De acordo com a contagem populacional do IBGE de 2007, Laranjal Paulista

possui 24.454 habitantes. Em 1996, o município possuía 20.690 habitantes, sendo 17.817

(86%) na área urbana e 2.873 (14%) na área rural. Em 1960, o município possuía 12.881

habitantes, sendo 6.341(49%) na zona urbana e 6.546 na zona rural. Em 1980, cerca de

79% de sua população concentrava-se na área urbana, e a projeção para 2010 era de

que 92% da sua população (aproximadamente 24.400 habitantes) concentrar-se-á na

área urbana (SMA/SEADE 1999), demonstrando a alta taxa de urbanização do município.

Segundo dados da Fundação SEADE para 2009, a densidade demográfica do município é

de 65,36 habitantes

Segundo o IBGE, em 2006, o Produto Interno Bruto a preço de mercado corrente

do município era de R$ 262.983.000, sendo que deste total, R$ 9.995.000 era o valor

adicionado pela agropecuária, R$ 65.381.000 pela indústria, R$ 151.037.000 pelo setor

de serviços e R$ 36.571.000 recolhido em impostos. O PIB per capita do município é de

R$ 10.794.

Entre as atividades econômicas de Laranjal Paulista destacam-se as minerárias e

as industriais, estas últimas voltadas principalmente à produção de

manufaturados/produtos plásticos e gêneros alimentícios. As maiores produções agrícolas

estão relacionadas aos cultivos de cana-de-açúcar e milho. Na pecuária, as atividades de

destaque são avicultura de corte e bovinocultura de leite e corte.

Com relação aos problemas ambientais do município, destacam-se os causados

pela mineração, lançamento de esgoto “in natura”, o desmatamento dos ribeirões e

nascentes municipais e a má qualidade das águas do Rio Sorocaba, de onde a Sabesp

faz a captação para abastecimento urbano para as cidades de Laranjal Paulista e

Maristela.

2.2.3. Clima

O clima apresenta inúmeras variações, como resultado da combinação de

diferentes fatores, tais como: latitude, ventos predominantes, massas continentais,

correntes marinhas e topografia (Moreira e Pires Neto,1998).

O estudo do clima permite analisar a intensidade e a distribuição dos processos

que atuam na superfície de uma região.

2.2.3.1. Classificações Climáticas

Diversos autores, entre eles Köppen (1923, 1931), Thornthwaite (1948) e Gaussen

(1955), propuseram classificações para determinar as regiões climaticamente

homogêneas da Terra, quanto à temperatura, precipitação, umidade, etc. Por sua

simplicidade a classificação de Köppen é a mais adotada, sendo utilizada por Galvão

(1966) para definir as regiões climáticas do Brasil (citado por Moreira e Pires Neto, 1998).

As regiões climáticas brasileiras são designados por letras maiúsculas (A, B, C) e

as variações fundamentais e secundárias por letras minúsculas (a, b, f, h, m, s, w, s’, w’),

conforme descrito a seguir:

17 A = clima tropical chuvoso, com média do mês mais frio superior a 18oC;

18 B = climas secos;

19 C = climas temperados quentes, com a temperatura média do mês mais frio

entre 18 e –3oC.

20 a= a temperatura média do mês mais quente é superior a 22oC;

21 b= temperatura média do mês mais quente é inferior a 22oC e, durante pelo

menos quatro meses, é superior a 10oC;

22 f= ausência de estação seca; chuva em todos os meses; a precipitação

média do mês mais seco é superior a 60 mm;

23 h= muito quente; a temperatura média anual é superior a 18oC;

24 m= clima de bosque tropical, mas com período seco;

25 s= a época mais quente coincide com o verão no hemisfério correspondente;

a razão entre as precipitações mensais mínimas e máximas tem que ser inferior

a 1/3;

26 w= a época mais seca coincide com o inverno no hemisfério com o verão no

hemisfério correspondente; há um mês com a precipitação média inferior a 60

mm, a razão entre as precipitações mensais mínimas e máximas tem que ser

inferior a 1/10;

27 s’= idem, sendo que a temperatura de chuvas se desloca do verão até o

outono;

28 w’= idem, sendo que a temperatura de chuvas se desloca do inverno até o

outono.

2.2.3.2. Caracterização Climática do Município de Laranjal Paulista

O clima do Município de Laranjal Paulista é classificado, segundo Köppen, em

Cwa: Clima temperado quente com inverno seco, com relação de 1/4 entre as

precipitações mensais mínimas e máximas, e temperatura média do mês mais quente

superior a 22oC (Galvão, 1966 citado por Moreira e Pires Neto, 1998) .

Considerando os estudos realizados por Rolim & Sentelhas (1999), no período de 1941 a

1970, com dados coletados na estação meteorológica do DAEE localizada no Município

de Laranjal Paulista (22,91o S e 47,90o W) (Quadro 1), foram elaborados os gráficos de

Temperatura e Pluviosidade (Gráfico 2.) e do Balanço Hídrico (Gráfico3).

O balanço hídrico corresponde a uma análise comparativa entre as quantidades de

água que entram (precipitação) e que saem do sistema (escoamento superficial,

infiltração e evapotranspiração), levando-se em conta as variações de reservas hídricas

superficiais e subterrâneas, durante um período de tempo. O escoamento superficial

corresponde à parcela de água que se desloca na superfície do terreno por ação da

gravidade formando rios e lagos; a infiltração é a passagem da água da superfície para o

interior do terreno, formando as águas subterrâneas; e a evapotranspiração corresponde

a perda de água por evaporação a partir do solo e por transpiração das plantas durante o

seu metabolismo. O balanço hídrico realizado considerou uma capacidade de

armazenamento de água no solo de 100 mm. A evapotranspiração de referência foi

calculada através do tanque classe A, considerando a superfície do terreno coberta por

grama batatais.

Quadro 1. Índices climáticos mensais de Laranjal Paulista (Rolim & Sentelhas,

1999).

Meses Num T P N I a ETP P-ETP NEG-AC

ARM ALT ETR DEF EXC

de oC mm horas Thornthwaite

mm mm mm mm mm mm

dias 1948Jan 30 24,8 216,0 13,4 11,3 2,5 128,70 87,3 0,0 100,00 3,68 128,7 0,0 83,6Fev 28 25,0 194,0 13,0 11,4 2,5 119,46 74,5 0,0 100,00 0,00 119,5 0,0 74,5Mar 31 24,4 125,0 12,5 11,0 2,5 119,18 5,8 0,0 100,00 0,00 119,2 0,0 5,8Abr 30 22,1 53,0 11,8 9,5 2,5 84,82 -31,8 -31,8 72,75 -27,25 80,3 4,6 0,0Mai 31 19,7 42,0 11,2 8,0 2,5 62,02 -20,0 -51,8 59,55 -13,20 55,2 6,8 0,0Jun 30 18,4 39,0 10,7 7,2 2,5 48,42 -9,4 -61,3 54,20 -5,35 44,4 4,1 0,0Jul 31 18,2 25,0 10,6 7,1 2,5 48,28 -23,3 -84,5 42,94 -11,26 36,3 12,0 0,0Ago 31 19,9 24,0 10,9 8,1 2,5 62,36 -38,4 -122,9 29,26 -13,68 37,7 24,7 0,0Set 30 21,3 47,0 11,5 9,0 2,5 75,60 -28,6 -151,5 21,98 -7,28 54,3 21,3 0,0Out 31 22,5 117,0 12,2 9,7 2,5 94,97 22,0 -82,1 44,01 22,03 95,0 0,0 0,0Nov 30 23,3 102,0 12,9 10,3 2,5 105,76 -3,8 -85,8 42,39 -1,63 103,6 2,1 0,0Dez 31 24,1 177,0 13,3 10,8 2,5 123,07 53,9 -3,7 96,32 53,93 123,1 0,0 0,0

TOTAIS 263,7 1161,0 144,0 113,4 30,3 1072,64

88,4 763 0,00 997,0 75,6 164,0

MÉDIAS 22,0 96,8 12,0 9,4 2,5 89,39 7,4 63,6 83,1 6,3 13,7

Gráfico 2. Precipitação e Temperatura médias do Município de Laranjal Paulista no período de 1941 – 1970 (Rolim & Sentelhas, 1999).

Precipitação e Temperaturas Médias

0,0

10,0

20,0

30,0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

TºC mm

0,050,0100,0150,0200,0250,0

T oC P mm

Extrato do Balanço Hídrico Mensal

-40-20

020406080

100

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

DEF(-1) EXC

Gráfico 3. Extrato do balanço hídrico mensal do Município de Laranjal Paulista no período de 1941 - 1970 (Rolim & Sentelhas, 1999).

A partir do gráfico de precipitação e temperatura observa-se que:

29 período mais seco do ano varia de abril a setembro, com índices

pluviométricos médios inferiores a 50mm/mês (19,8% da precipitação anual);

30 no período de outubro a março, a precipitação é superior a 100mm/mês;

31 as temperaturas médias variam entre 25ºC no mês de fevereiro e 18,2ºC no

mês de julho.

O gráfico do extrato do balanço hídrico mensal, calculado a partir dos trabalhos de

Thornthwaite e Mather (1957) citado por Rolim & Sentelhas (1999), apresenta o resultado

dos valores de déficits (DEF.) e excesso (EXC.) de água na região, observando-se que a

evapotranspiração é mais acentuada nos meses de agosto e setembro, embora déficits

hídricos ocorram já a partir dos meses de abril.

Com relação aos ventos da região de Laranjal Paulista, a caracterização baseou-se

nos estudos realizados para o EIA-RIMA de ARAMAR, Fazenda Ipanema, Município de

Iperó, SP (CNEN/COPESP/Hidroservice, 1988) podendo ser aplicado para a área em

questão. Este estudo indicou a predominância de ventos de SE e NW, com velocidades

máximas de 3,3 m/s; como pode ser observado na Figura 1.

Figura 1. Rosa dos Ventos elaborada para a Fazenda Ipanema, Iperó, SP, Período

de 1983 (CNEN/COPESP/Hidroservice, 1988), aplicável regionalmente para o Município

de Laranjal Paulista. As velocidades em calmaria são inferiores a 1m/s.

2.2.4. Relevo

Fonte: Instituto Geológico, 2000

O relevo do município de Laranjal Paulista é representado pela unidade

geomorfológica denominada Depressão Periférica, que compreende a região que se

estende desde o Planalto Atlântico para o oeste paulista, pelos vales do Médio Tietê,

Paranapanema e Mogi-Guaçu. Sua superfície, que se encontra acima de 200m abaixo do

nível geral do planalto cristalino e do planalto ocidental, assinala o afloramento de rochas

sedimentares antigas, paleozóicas, relativamente menos resistentes à erosão que as

formações dos planaltos vizinhos. A oeste da depressão interior ergue-se o rebordo do

planalto ocidental, uma escarpa abrupta com cerca de 200m de desnível, com penhascos

cortados em formações basálticas: é a chamada serra Geral, que do norte do estado de

São Paulo se prolonga até o Rio Grande do Sul.

2.2.5. Solos O levantamento dos solos de Laranjal Paulista baseou-se em levantamento

bibliográfico existente para a região e breve reconhecimento de campo.

ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS Os Argissolos são solos com perfil profundo e desenvolvido. Diferenciam-se dos

latossolos por apresentar uma nítida divisão em horizontes na parte superficial. O que

caracteriza principalmente este solo é a diferença de características entre o horizonte

superficial, subjacente. A transição entre estes horizontes, denominados A e B, pode ser

gradual ou abrúptica. Normalmente, a diferença mais marcante entre estes horizontes é o

teor de argila, muito maior no B do que no A., o que leva a uma cor e um comportamento

diferente dos horizontes.

Este caráter de heterogeneidade e de transição dos horizontes A/B dos podzólicos

confere a estes solos um comportamento geotécnico diferenciado dos latossolos. Os

podzólicos (comumente abreviados por PV) aparecem na paisagem, em áreas de colinas

médias, morrotes e morros, geralmente nas encostas. São portanto, áreas de média e alta

declividade (6 a 20%), onde os processos erosivos são mais intensos. (ABGE/IPT 1995)

Nas observações de campo notou-se a predominância destes tipos pedológicos,

principalmente encontrados nas meia encostas, estando principalmente representados

pelos intervalos de 6 a 20% de declividade.

Os argissolos vermelho-amarelos relacionados abaixo foram catalogados em

Laranjal Paulista:

PVA 17: Distróficos A moderado textura arenosa/média e média/argilosa relevo

ondulado e forte ondulado.

PVA 67: Distróficos + ARGISSOLOS VERMELHO Distróficos ambos A moderado

textura argilosa e média/argilosa relevo suave ondulado e ondulado.

PVA 100: (Grupamento indiscriminado de ARGISSOLOS VERMELHO-

AMARELOS arênicos ou não, pouco profundos ou não) + ALISSOLOS CRÔMICOS

Argilúvicos ambos abrúpticos textura arenosa/argilosa média/argilosa e

arenosa/média todos A moderado relevo ondulado.

PVA 102: (Grupamento indiscriminado de ARGISSOLOS VERMELHO-

AMARELOS abrúpticos textura arenosa/argilosa e média /argilosa relevo suave

ondulado e ondulado) + LUVISSOLOS CRÔMICOS Pálicos planossólicos textura

média/argilosa relevo ondulado + NITOSSOLOS VERMELHOS Eutroférricos

textura argilosa relevo ondulado e suave ondulado todos A moderado.

PVA 104: (Grupamento indiscriminado de ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS

abrúpticos ou não, textura arenosa/argilosa e média/argilosa) + ARGISSOLOS

VERMELHO-AMARELOS Distróficos textura média e arenosa/média todos relevo

ondulado + LATOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos textura argilosa relevo

suave ondulado todos A moderado.

LATOSSOLOS VERMELHOS

Os latossolos são solos espessos, com perfis de alteração de dezenas de metros,

homogêneos, porosos, com aspecto maciço, porém friável quando seco. São solos típicos

de áreas planas ou de colinas suaves e dos topos dos morrotes com declividade entre 1 e

10%. Apresentam grande capacidade de infiltração d’água superficial, graça ao grande

volume de poros (em torno de 50%, em geral) e do tamanho desses poros. São, portanto,

solos com pouca suscetibilidade natural a erosão, escorregamentos, etc.

Os principais problemas geotécnicos desses solos advêm de uso inadequado,

provocando a concentração de água em grandes volumes no solo. Se atingida a

saturação total, os latossolos perdem a estrutura e sofrem colapso, provocando

abatimentos no terreno.

Se a concentração de água gerar sulcos na superfície do solo, rapidamente eles

podem evoluir, formando grandes ravinas que, ao atingir o lençol freático, formam

boçorocas de grande porte, caracterizando-se um intenso processo erosivo de difícil

controle. (ABGE/IPT 1995).

Na carta pedológica do IAC este tipo de solo é o predominante no Município de

Laranjal. No entanto, observa-se em campo que esta novidade tem sua ocorrência

principal nos topos de morros, encontrando-se representados principalmente nas áreas

com intervalos de declividade entre 0 e 6%.

Relaciona-se abaixo os tipos de solos descritos:

LV 42: Distróficos A moderado textura argilosa relevo suave ondulado e ondulado.

LV 53: Distróficos + LATOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos ambos A

moderado textura argilosa relevo suave ondulado.

CAMBISSOLOS

Os cambissolos são solos evoluídos, onde os horizontes superficiais A e B são

pouco espessos, em geral até 1m. Esta pequena cobertura superficial recobre um

espesso solo de alteração ou sopralito, denominado horizonte C. De coloração arroxeada,

avermelhado ou até cinzentado este horizonte apresenta minerais em fase de alteração e

decomposição e uma fração siltosa importante. Quando expostos em cortes e taludes,

este horizonte e os dos cambissolos são extremamente erodíveis e friáveis,

desenvolvendo sulcos, ravinas e solapamentos. Estes solos, ocorrem predominantemente

em áreas de morros, montanhas e serras, em encostas com declividade acima de 20%

(ABGE/IPT 1995).

São largamente observados cambissolos nas encostas mais declivosas de Laranjal

Paulista, estando ou não associadas a neossolos litóticos. Nas proximidades da área

urbana de Laranjal, podem ser observados nas duas vertentes do Rio Laranjal, bem como

em outras encostas com declividades superiores a 20%.

No levantamento pedológico do IAC foi catalogado apenas um tipo de cambissolo

presente no município:

CX 27: Grupamento indiscriminado de CAMBISSOLOS HÁPLICOS Tb Distróficos

bem a imperfeitamente drenados relevo plano e relevo de várzea +

PLANOSSOLOS HÁPLICOS Distróficos Ta relevo de várzea ambos A moderado +

GLEISSOLOS HÁPLICOS relevo de várzea + ARGISSOLOS VERMELHOS textura

argilosa com ou sem cascalhos relevo suave ondulado e ondulado.

NEOSSOLOS LITÓLICOS

São solos rasos, muito pouco evoluídos. Normalmente caraterizam-se por uma fina

camada arenosa-orgânica que recobre diretamente a rocha de montanhas, serras e

escarpas, sendo, portanto, áreas críticas geotecnicamente suscetíveis a escorregamentos

e queda de blocos(ABGE/IPT 1995). Ocorrem na área em geral, associadamente aos

cambissolos.

São descritos para a área pelo IAC (1989):

RL 23: Eutróficos A moderado e chernozêmico e Distróficos A moderado todos

textura média + grupamento indiscriminado de ARGISSOLOS VERMELHO-

AMARELOS arênicos A moderado textura arenosa/média pouco profundos todos

relevo ondulado.

PLANOSSOLOS

SX 3: Grupamento indiscriminado de PLANOSSOLOS HÁPLICOS Ta A moderado

e de GLEISSOLOS HÁPLICOS e MELÂNICOS.

Em associação com os planossolos, existem locais de ocorrência de solos

Gleizados, que são solos de várzeas, baixadas e fundos de vale. Apresentam como

característica principal a presença de lençol freático a baixa profundidade. São solos

permanente ou sazonalmente saturados de água. A coloração pálida (branca, amarelada)

é típica deste solo. Os principais problemas deste solo são quanto à capacidade de

suporte e drenagem. São normalmente áreas pouco aproveitáveis. (ABGE/IPT 1995)

Ao longo de toda várzea dos rios Tietê e Sorocaba estes solos têm larga

ocorrência e menos expressividade ao longo de ribeirões de menos porte, como o Rio

Laranjal. Em alguns locais desenvolveu-se a extratização destes solos para utilização em

olarias.

2.2.6. Hidrografia O Município de Laranjal Paulista possui grande disponibilidade hídrica superficial,

principalmente pela presença dos rios Sorocaba e Tietê. Entre os demais cursos d’água

existentes, destacam-se:

Ribeirão do Pará;

Ribeirão dos Ponces;

Ribeirão Taquaraxim;

Ribeirão da Onça;

Rio Laranjal;

Ribeirão do Bicame;

Ribeirão de Dentro/Córrego da Onça;

Ribeirão do Peró;

Ribeirão Pederneiras;

Ribeirão Boa Vista

Ribeirão Tira Saia

A qualidade e quantidade de água em cada um destes rios é determinada pelas

características do meio físico, uso do solo e da água e clima ocorrentes em sua respectiva

bacia hidrográfica. Por bacia hidrográfica de um rio entende-se a “área de drenagem que

contém o conjunto de cursos d’água que convergem para este rio até a seção

considerada, sendo, portanto, limitada em superfície a montante, pelos divisores de água”

(Nogueira de Jorge & Uehara, 1998).

Desta forma, foram compartimentadas as bacias hidrográficas para o município,

conforme apresentado no mapa municipal do município com todas as microbacias

hidrográficas em anexo. Para a delimitação das microbacias hidrográficas foram

considerados além dos aspectos geográficos, uma determinação da CATI, limitando as

bacias em áreas de 2.000 a 5.000 ha e outra determinação na qual todo a extensão

territorial deveria estar inserida em uma destas microbacias.

2.2.6.1. Qualidade das águas superficiais

À luz das influências antrópicas, a qualidade das águas não se relaciona

necessariamente à sua pureza, mas sim está ligada a seu uso. Assim, a qualidade é

considerada boa ou ruim para um determinado uso.

O gerenciamento da qualidade das águas exige formas de acompanhamento da

alteração de suas variáveis indicadoras. Este acompanhamento deve, na medida do

possível, ser explicitado em números, através de critérios (valores estabelecidos de forma

científica, que associam concentrações ou níveis das variáveis a efeitos no meio

ambiente) e padrões (valores-limites estabelecidos por lei para serem atendidos no

manancial destinado a um determinado uso), constantes em normas técnicas e

legislações específicas (Porto 1998).

Assim, o conhecimento da legislação e normas técnicas pertinentes é muito

importante no diagnóstico da qualidade das águas. Neste sentido, este capítulo inicia com

uma síntese das legislações federal e estadual sobre controle da qualidade dos recursos

hídricos.

A seguir, são apresentados os dados disponíveis sobre a qualidade das águas

superficiais e subterrâneas do Município de Laranjal Paulista. Para as águas superficiais,

são apresentados valores de IQAs - Índices de Qualidade das Águas, elaborados pela

CETESB. Para as águas subterrâneas, são apresentados dados de análises físico-

químicas e microbiológicas de águas extraídas de poços tubulares da rede de

monitoramento da CETESB (no caso, como não há dados específicos do Município de

Laranjal Paulista, serão apresentados de municípios vizinhos, com contexto

hidrogeológico semelhante), além de dados obtidos em relatórios de poços perfurados na

região.

Para a avaliação da qualidade das águas superficiais do Município de Laranjal

Paulista, foram usados os postos de monitoramento da CETESB (CETESB 1996a).

Com freqüência bimestral, a CETESB retira amostras para análise em laboratório,

sendo determinados 33 parâmetros físico-químicos e microbiológicos de qualidade.

Destes, nove compõem o índice de qualidade das águas (IQA): oxigênio dissolvido (OD),

demanda bioquímica de oxigênio (DBO), coliformes fecais, temperatura da água, pH,

nitrogênio total, fósforo total, sólidos totais e turbidez.

O IQA adotado pela CETESB baseia-se na adaptação de um estudo realizado em

1970 pela National Standard Foundation dos Estados Unidos, que incorpora parâmetros

considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas, tendo como

determinante principal a utilização das mesmas para abastecimento público.

Apesar da iniciativa da CETESB em efetuar o monitoramento das águas superficiais

do interior do Estado de São Paulo, os resultados em Laranjal Paulista ainda são pouco

representativos, devido à pequena quantidade de postos existentes: apenas dois

(localização na Figura 2.).

Figura 2. Localização dos pontos de monitoramento da CETESB, para estimativa de IQAs em Laranjal Paulista. Notar pontos TIET04250 (Rio Tietê) e SORO02900 (Rio Sorocaba) (CETESB 1998a).

Os valores de IQAs de 1995 e 1997 (síntese no Quadro 4) mostram qualidade

ruim para o Rio Tietê e aceitável/boa para o Rio Sorocaba.

De forma quase geral, alguns dos parâmetros utilizados nos cálculos dos IQAs têm

apresentado resultados acima dos padrões para classe 2 da resolução CONAMA 20: OD

(em ambos os rios), DBO (em ambos), coliformes fecais (em ambos, sendo até 50.000 em

NMP/100mL no Rio Tietê) e totais (em ambos, sendo até 300.000 em NMP/100mL no Rio

Tietê), fósforo total (em ambos), cobre (em ambos) e manganês (em ambos); em menor

freqüência, chumbo (rio Tietê), fenóis (rio Sorocaba), nitrogênio amoniacal (Rio Sorocaba)

e nitrito (Rio Tietê).

Quanto aos testes de toxicidade efetuados em 1997, todos os resultados deram

“não tóxico”, para ambos os pontos de amostragem.

Quadro 4. Resumo dos valores de IQAs calculados para postos de monitoramento situados em Laranjal Paulista (modificado de CETESB, 1996a e 1998b e DAEE, 1996a).

Posto SO2210 -

Rio Sorocaba Ano: 1995

Posto SORO0290* - Rio Sorocaba

Ano: 1997

Posto TE2370 - Rio

Tietê

Ano: 1995

Posto TIET02450** -

Rio Tietê Ano: 1997

Janeiro 45 42 - -

Fevereiro - - 38 -

Março 56 48 - -

Abril - 53 41 -

Maio 59 54 41 34

Junho - 58 43 40

Julho 51 56 28 38

Agosto - 57 40 37

Setembro 58 54 29 24

Outubro - 56 36 36

Novembro 48 44 38 32

Dezembro - 54 43 45

Média 52,8 52,4 37,7 35,6 * nova denominação para o posto SO2210

** nova denominação para o posto TE2370

Uma ressalva faz-se para o parâmetro chumbo, um elemento tóxico (Top 20, pela

lista da ATSDR - Agency for Toxic Substances and Desiase Registry - ATSDR, 1999),

onde o laboratório que efetua as análises apresenta limite de detecção acima do padrão

de qualidade para esta classe de corpo d'água.

No caso de coliformes, sendo indicadores microbiológicos, mereceriam estudos

mais detalhados sobre a eventual existência de patógenos que possam utilizar a água

como veículo de disseminação de doenças. Neste sentido, o cruzamento com dados de

saúde pública, referentes a doenças de veiculação hídrica, poderiam auxiliar no

mapeamento de eventuais enfermidades. Além disso, a análise de outros indicadores

microbiológicos, e mesmo de patógenos emergentes, como protozoários dos gêneros

Cryptosporidium e Giardia, poderia ser incluída neste tipo de estudo de detalhe.

2.2.7. Infra-estrutura viária municipal

O Município de Laranjal Paulista possui um sistema viário caracterizado por vias

expressas (rodovias) e estradas vicinais (municipais), que se distinguem por

características técnicas tais como raios mínimos de curvas, rampas máximas, larguras de

pista e de acostamentos.

A principal rodovia estadual que atravessa o Município no sentido Leste -Oeste, é a

SP-300 (Rodovia Marechal Rondon), por cerca de 15km, passando pelas áreas dos

distritos de Laranjal Paulista e Maristela.

As estradas vicinais possuem uma distribuição homogênea, interligando as áreas

urbanas municipais e intermunicipais. As estradas municipais são asfaltadas e em terra,

em função da demanda de uso.

Considerando o relevo como o condicionante básico de uma estrada, em planta e

em perfil, são observadas no Município de Laranjal Paulista, nas regiões onde

predominam colinas médias, abundância de retas e rampas suaves, com cortes e aterros

de pequena altura. As regiões de morrotes, de menor ocorrência no Município,

caracterizam-se por cortes e aterros, com maior movimentação de terra, o que acarreta

maior instabilidade do solo, frente aos processos de desagregação superficial, erosão,

escorregamento em corte, escorregamento em aterro e recalque em aterro e

assoreamento.

Na parte sul do município de Laranjal Paulista foi realizada uma atualização do

mapa das estradas rurais (Figura 3.), com utilização de GPS de navegação e técnicas de

geoprocessamento. Com a atualização deste mapa foi criado um projeto de

endereçamento rural, onde as estradas foram nomeadas pelos produtores rurais, foi

autorizada a nomeação pela Prefeitura e Câmara Municipal. Posteriormente foram

instaladas placas de identificação nestas estradas.

Nesta região a estrada mais importante é Vicinal Giovani Costa que é a principal

via de ligação à sede do município. Esta estrada é asfaltada até o Bairro Boa Vista.

Figura 3. Mapa das estradas rurais da face sul do município de Laranjal Paulista.

Na parte norte do município é necessário que se faça uma atualização do mapa das

estradas (Figura 4.), já que ele está defasado. Neste local as estradas mais importantes

são a Vicinal asfaltada João Hermano Pessim que faz a ligação do município a Piracicaba

e ao Distrito de Laras; e a Estrada LRP 040 que liga o município ao Distrito de Laras via

balsa.

Figura 4. Mapa das estradas rurais da face norte do município de Laranjal Paulista.

1.3 Dados Socioculturais População Rural: 1.966 (Fundação SEADE 2009)

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 População Rural 3.168 3.174 3.179 3.185 3.190 3.196 3.202 3.207 3.213 3.219 População Urbana 11.947 12.280 12.617 12.957 13.302 13.651 14.003 14.360 14.719 15.082 População total 15.115 15.454 15.796 16.142 16.492 16.847 17.205 17.567 17.932 18.301 % população Rural 20,96% 20,54% 20,13% 19,73% 19,34% 18,97% 18,61% 18,26% 17,92% 17,59%

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 População Rural 3.224 3.239 3.181 3.117 3.051 2.978 2.900 2.818 2.736 2.650 População Urbana 15.448 15.808 16.214 16.613 17.027 17.435 17.831 18.238 18.670 19.118 População total 18.672 19.047 19.395 19.730 20.078 20.413 20.731 21.056 21.406 21.768 % população Rural 17,27% 17,01% 16,40% 15,80% 15,20% 14,59% 13,99% 13,38% 12,78% 12,17%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 População Rural 2.559 2.488 2.419 2.352 2.287 2.224 2.156 2.090 2.027 1.966 População Urbana 19.555 19.991 20.432 20.877 21.325 21.779 22.159 22.542 22.925 23.312 População total 22.114 22.479 22.851 23.229 23.612 24.003 24.315 24.632 24.952 25.278 % população Rural 11,57% 11,07% 10,59% 10,13% 9,69% 9,27% 8,87% 8,48% 8,12% 7,78%

Fonte: Fundação SEADE 2010

Analisando a tabela acima, observamos que até o ano de 1991 a quantidade de

pessoas vivendo na zona rural do município, permanecia estável, sem considerar o

crescimento populacional municipal. Considerando este crescimento anual da população,

observa-se que a porcentagem de pessoas que vivem na zona rural vem diminuindo ao

longo dos anos, passando de 20% da população total no ano de 1980 para 7,78% nos

dias atuais.

Estes valores nos fazem acreditar que até o ano de 1991, estava ocorrendo um

crescimento populacional na cidade, mas as pessoas que moravam no campo,

permaneciam nele. A partir do ano de 1992 é facilmente observado o êxodo rural no

município de Laranjal Paulista.

Apesar de não ter sido realizado um tratamento estatístico adequado dos dados

acima, pode-se observar que a razão de diminuição da população rural e da porcentagem

da população rural com relação ao total populacional, obedece uma certa linearidade que

nos levará a um cenário assustador nos próximos anos.

Acesso da População Rural a Serviços Básicos:

Na tabela abaixo, constatamos a evolução das despesas do município com a

agricultura ao longo dos últimos anos, podendo ser considerado um marco a criação da

Secretaria Municipal da Agricultura no ano de 2005.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 Despesa total do município (em R$) 24.678.310 22.685.943 28.502.083 32.678.326 36.293.757 39.647.038 Despesa municipal com agricultura (em R$) 85.603 90.241 96.073 233.574 286.170 494.366 % Despesa com agricultura 0,35% 0,40% 0,34% 0,71% 0,79% 1,25%

Fonte: Fundação SEADE 2010

Assistência técnica e extensão rural:

A Casa da Agricultura é o órgão oficial do Estado para Assistência Técnica e

Extensão Rural no município. Nos dias atuais o quadro de funcionários da Casa da

Agricultura é restrito a um Engenheiro Agrônomo do Estado, responsável pelas ações da

CATI no município e um Médico Veterinário da Prefeitura conveniado para ações da

Defesa Agropecuária.

Segundo dados do LUPA 2007/2008, no município de Laranjal Paulista existem

1580 propriedades rurais com produção agropecuária. Com esta quantidade de

propriedades, torna-se insatisfatório o atendimento em assistência técnica e extensão

rural realizado por apenas um técnico da CATI no município.

Como conseqüência deste problema, temos que hoje as ações da CATI no

município ficam restritas à emissão de Declarações de Aptidão ao PRONAF – DAPs,

venda de sementes, encaminhamento de amostras de solo para análise e elaboração de

recomendação de adubação e calagem, e, ao atendimento das demandas municipais na

área agropecuária.

Os produtores do município acabam não tendo acesso a projetos estratégicos da

CATI, como o CATI LEITE, com apenas uma propriedade atendida no município, que

potencialmente seria um projeto de sucesso no município, pelo número de produtores de

leite que existem e pelo atraso tecnológico que é observado nestas propriedades.

Crédito rural e microcrédito:

Devido ao grande número de produtores familiares no município, as linhas de

crédito FEAP e PRONAF, são as principais linhas de crédito acessadas e apresentam

algumas vantagens comparadas à outras linhas, como juros mais baixos e maior prazo

para pagamento.

O enquadramento do produtor na condição de agricultor familiar é conseguido

com a obtenção das Declarações de Aptidão (DAP e DAF) fornecidas única e

exclusivamente pela Casa da Agricultura de acordo com os critérios pré-estabelecidos.

Também é responsabilidade da Casa da Agricultura a elaboração do Projeto Técnico para

acesso ao FEAP, de maneira gratuita ao agricultor. Caso o interessado não atenda aos

critérios pré-estabelecidos pela linha de crédito, o mesmo é informado sobre outras linhas

de crédito agrícolas e encaminhado ao agente financeiro.

A divulgação das principais linhas de crédito é feita através de palestras a fim de

se informar e/ou esclarecer pontos duvidosos sobre as linhas, em conjunto com técnicos

da instituição financeira, visando além da informação, o estreitamento de relacionamento

entre o agente financeiro e os agricultores.

No município existe agência do Banco do Brasil S.A., agente financeiro das linhas

oficiais de crédito e que possui outras linhas de crédito para produtores não familiares.

Outros bancos estão presentes no local e também dispõe de linhas de crédito para o setor

agrícola, fato importante na agilidade do processo para os interessados que necessitam

desta ferramenta para custear ou investir em suas plantações e criações.

Fonte: Fundação SEADE 2010

Analisando a tabela acima, observamos que nos últimos 10 anos o montante de

crédito acessado quase dobrou no município. É interessante constatar que apesar da

quantidade de crédito destinado a agricultura ter se mantido praticamente estável ao

longo dos anos, o mesmo não aconteceu com o crédito destinado às linhas pecuárias que

triplicou de 2000 até 2009.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Crédito Rural Total (R$) 9.059.364 9.529.180 8.187.774 6.263.122 8.372.595 7.284.142 9.277.109 12.394.208 15.456.304 16.419.167

Crédito Rural Agricultura (R$) 6.370.641 5.760.223 5.173.627 3.625.235 4.466.014 4.424.525 5.882.759 7.488.813 7.218.391 6.516.783

Crédito Rural Pecuária (R$) 2.688.725 3.768.956 3.014.147 2.637.885 3.906.581 2.859.616 3.394.350 4.905.395 8.237.914 9.902.384

Educação:

Para ter acesso à educação a população rural deve se deslocar para a sede do

município ou para seus Distritos. A única escola em funcionamento na zona rural localiza-

se no bairro Abóboras, sendo uma escola de ensino fundamental. O deslocamento dos

alunos é feito com ônibus da Prefeitura Municipal.

Não existem dados estatísticos oficiais sobre a educação na zona rural do

município. Segundo dados da Fundação SEADE, em 2000 a taxa de analfabetismo da

população acima de 15 anos no município era de 7,19%, sendo que a média de anos de

estudo era de 6,79. Entre a população acima de 25 anos 67,57% tinha menos de 8 anos

de estudo. No ano de 2008, a taxa de evasão escolar do ensino fundamental era de 2%,

enquanto que no ensino médio 8,8% dos alunos deixaram a escola.

Saúde:

Assim como na educação, o atendimento médico e odontológico é realizado nos

centros urbanos. Atendimentos de emergência são realizados na Santa Casa de Laranjal

Paulista, enquanto que consultas são realizadas nas Unidades Básicas de Saúde e na

Santa Casa. Atendimentos mais complexos em especialidades médicas são realizados

nos grandes hospitais da região, com o transporte de pacientes realizado por ambulâncias

municipais.

Segundo informações da Fundação SEADE, no ano de 2003, existiam no

município 7 cirurgiões dentistas e 29 médicos atuando na área de saúde municipal. No

ano de 2009, existiam 6 unidades de saúde no município, com 47 leitos de internação,

sendo que 33 eram do SUS.

Segurança:

Devido ao baixo efetivo, a polícia militar não consegue realizar um patrulhamento

eficiente na zona rural do município. Sua atuação fora dos centros urbanos se restringe

ao atendimento de ocorrências policiais, quando comunicadas através do telefone 190.

Com a criação da guarda municipal, a ASPLAPA, Associação dos Produtores

Rurais de Laranjal Paulista, em parceria com a Prefeitura, criou um Projeto de Segurança

Rural, através do qual a Associação, por meio de doações, rifas, festas, etc.., comprou um

veículo 0km equipado com Giroflex e doou à Prefeitura, que por sua fez se comprometeu

a realizar a manutenção periódica e abastecer o veículo, para o patrulhamento da zona

rural, além de ceder guardas civis municipais para a realização destas atividades. Ainda

neste projeto, a ASPLAPA construiu uma guarita no Bairro Boa Vista para descanso dos

policiais. A Prefeitura atualizou o mapa de estradas rurais, e forneceu mapas aos guardas

municipais e todas as estradas da parte sul do município foram identificadas com placas,

facilitando assim o patrulhamento rural.

É necessário o aperfeiçoamento do projeto de segurança rural na parte norte do

município, que apesar de já implantado ainda não está funcionando de maneira

adequada.

Transporte:

O transporte dos moradores na zona rural do município é realizado por ônibus

particulares e da prefeitura.

O acesso ao distrito de Laras é realizado principalmente via balsa, sendo que a

produção agropecuária e os insumos são levados por estradas municipais.

O transporte da produção avícola e de seus insumos é realizado pelas empresas

integradoras que atuam no município, já a produção de leite é recolhida pelas linhas

leiteiras e pelos laticínios. O restante da produção geralmente é transportada em veículos

particulares ou fretados, sendo que o transporte não é um gargalo para a produção

agropecuária no município.

Saneamento:

A coleta de lixo no município é realizada pela prefeitura municipal, atendendo até

o ano de 2000, 98,50% do total produzido no município (SEADE). Existe no município a

coleta seletiva realizada por autônomos apoiados pela Prefeitura. Na zona rural existem

lixeiras comunitárias colocadas em alguns locais específicos pela Prefeitura, onde o

produtor pode descartar o lixo de sua residência.

Até o ano de 2000, 90,10% das residências possuíam coleta de esgoto, mas no

município não existe tratamento do esgoto. Na zona rural o principal meio de coleta do

esgoto doméstico ainda é o sistema de fossa negra, com grande risco de contaminação

do lençol freático. A partir do ano 2000, começaram a ser instaladas algumas fossas

sépticas biodigestoras pelo Programa Estadual de microbacias Hidrográficas, difundindo

esta tecnologia aos produtores rurais do município.

Abastecimento de água:

Segundo dados da fundação SEADE, o abastecimento público de água realizado

pela empresa SABESP, atendia até o ano 2000, 97,66% da população do município. Na

zona rural do município, a principal forma de abastecimento são os poços caipiras e as

águas provenientes de minas. Propriedades melhores estruturadas possuem captação em

poços semi-artesianos. Através do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, a

ASPLAPA, conseguiu um abastecedouro comunitário, que hoje atende a 19 famílias no

Bairro Abóboras.

Energia elétrica:

Com o Programa “Luz para Todos” do Governo Federal, a energia elétrica deixou

de ser um problema para a produção agropecuária nos municípios. Apesar de existir fila

de espera, todas as propriedades que se cadastram no Programa conseguem acesso a

energia elétrica.

Meios de Comunicação:

No município atuam a emissora de rádio Dynâmica, e a TV TEM Sorocaba, filial

da rede Globo.

O sinal de internet é provido via rádio pelas empresas lonline, fasternet e V R Net

e o Speedy da telefônica.

É comum as propriedades rurais habitadas possuírem telefone fixo.

Cultura:

A cultura de Laranjal Paulista se fez pela miscigenação de raças e povos. No dia-

a-dia há manifestações artísticas, religiosas ou na culinária, onde estão negros, italianos,

portugueses, sírios e libaneses.

A influência italiana foi além e atingiu o trabalho refletido na vocação agrária do

povo e no lazer (jogos de carta como truco, disputas de bocha, de cabo de guerra).

Comemoradas com bandas, fogos e rojões, as festas religiosas se espalham por

todo o município.

A do padroeiro da cidade São João Batista (Festa de São João Batista) que data

de 1884 e atrai público de toda a região, dela consta a parte religiosa com novena,

levantamento do mastro, missa solene, procissão e, ao longo de 10 dias, a parte profana

com agitada quermesse que oferece: comida e bebida típicas, parque de diversão, leilão

de lenha, de prendas, inclusive vivas, leitoa ensebada, pau de sebo, shows com muita

música, cantores populares e sertanejos, bandas de rock sem, contudo, descuidar do

folclore e, com ele, a quadrilha, o batuque, o cururu.

Outra festa importante é a do Divino Espírito Santo no Distrito de Laras (Festa do

Divino em Laras). Ela acontece em julho após o “Pouso do Divino” e da peregrinação que,

desde abril, a irmandade do Espírito Santo faz no município e fora dele. Essa festa

também atrai grande público pelas características peculiares de que se revestem a

procissão dos milagres e o emocionante encontro das canoas, no Rio Tietê.

Lazer:

As atividades de lazer consistem em práticas de esportes ( futebol, vôlei, futebol

de salão, natação, etc. ) nos clubes de recreação. Além destes esportes, fica

caracterizada também a pesca esportiva nos rios que banham o município e nos

pesqueiros existentes.

Organização Rural

No município temos a presença de duas associações de produtores rurais:

Associação dos Produtores Rurais de Laranjal Paulista - ASPLAPA:

o Número de sócios: 39

o Ano de fundação: 2002

o Atividades Principais:Compra comunitária de insumos, promoção de

palestras de interesse dos associados, manutenção do Programa de

patrulha para segurança rural e estímulo do uso de plantadeira de

plantio direto e triton pelos associados.

Associação dos Produtores Rurais do Bairro Morro Vermelho

o Número de sócios: 120

o Ano de fundação: 2002

o Atividades Principais: Palestras de interesse dos Associados, controle

da qualidade e venda comunitária do leite produzido pelos

Associados, alguns eventos de ordem demonstrativa de máquinas e

implementos agrícolas.

1.4 Caracterização ambiental

Áreas de proteção:

O município não pertence a nenhumas das Áreas de Preservação Ambiental

definidas pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, tendo suas feições

ambientais e paisagísticas protegidas pelo Código Florestal Brasileiro, através das Áreas

de Preservação Permanente e das áreas de Reserva Legal.

No município é constatada a falta de recobrimento vegetal nas Áreas de

Preservação Permanente recorrentes do desmatamento destas áreas ao longo dos anos.

Impactos ambientais

Os principais impactos ambientais que ocorrem no município estão relacionados

com a extração de argila para fabricação de artefatos cerâmicos, é fácil a visualização de

áreas degradadas para este fim através das imagens de satélite do Programa Google

Earth.

1.5 Dados agropecuários

Área total das UPAs: 36.751 hectares

Número de UPAs: 1580

Módulo Rural: 18 hectares

a. Estrutura Fundiária

Fonte: LUPA – CATI/SAA (2009)

b. Ocupação do Solo

Fonte: LUPA – CATI/SAA (2009)

c. Principais atividades agropecuárias

Fonte: LUPA – CATI/SAA (2009)

d. Participação da Agropecuária na Economia Municipal

Valor adicionado bruto da agropecuária R$ 13.585.000 Valor adicionado bruto da indústria R$ 70.968.000 Valor adicionado bruto dos serviços R$ 168.130.000 PIB a preços correntes R$ 295.502.000 PIB per capita R$ 12.084.000 e. Valor Bruto da Produção Anual da Agropecuária

Exploração Produção estimada Fonte: IEA 2009

Unidade Preço corrente R$ Valor da produção

Arroz 800 SC/60kg 38,75 31.000,00 Cana de açúcar 270.000 t 33,00 8.910.000,00 Milho 204.000 SC/60kg 17,50 3.570.000,00 Eucalipto* 11.100 M³ 50,00 555.000,00 Café 5.250 SC/60kg 89,01 467.302,50 Milho safrinha 24.000 SC/60kg 17,50 420.000,00 Soja 15.000 SC/60kg 41,51 622.650,00 Feijão 2.400 SC/60kg 94,62 227.088,00 Banana 12.727 Cx 22 kg/ha 11,29 143.687,83 Batata Doce 35.000 Cx 24 kg/ha 9,60 336.000,00 Avicultura de corte 9.000.000 Cab. 1,64 14.760.000,00 Bovino de leite 4.000.000 l 0,79 3.160.000,00 Bovino de corte 180.558 @ 84,12 15.188.538,96 Suinocultura 87.500 @ 53,70 4.698.750,00 Ovinos 11.250 kg 9,00 101.250,00 TOTAL 53.191.267,29

* Estimado Fonte: Estimativa com dados oficiais de produção do IEA 2009, dados oficiais de preço IEA 2009 e preços pesquisados no mercado local.

f. Identificação e descrição das principais cadeias produtivas

a) Avicultura de Corte

Fornecedores de insumos: Diversas empresas de comercialização de

concentrados protéicos, energéticos e outros produtos para o

balanceamento das rações utilizadas , empresas de suplementos minerais e

premix, empresas nacionais e multinacionais fornecedoras de

medicamentos e vacinas, entre outros.

Prestadores de serviço: Empresas de consultoria para comercialização,

normas sanitárias e ambientais, empresas de manutenção de máquinas e

equipamentos, entre outras.

Mão-de-obra: A mão de obra é formada por pessoas do município e outras

contratadas de outras localidades.

Canais de comercialização: Exportação e Mercado Nacional.

b) Bovinocultura de leite

Fornecedores de insumos: Empresas que trabalham com venda de adubos,

sementes, defensivos, vacinas, medicamentos, insumos para atendimento

de normas sanitárias como qualidade do leite.

Prestadores de serviço: Profissionais da área de planejamento, saúde

animal, máquinas e equipamentos, entre outras empresas de prestação de

serviço.

Mão-de-obra: Profissionais de outras localidades e do município, que

incluem principalmente os retireiros.

Canais de comercialização: Cooperativas e laticínios de leite.

c) Milho

Fornecedores de insumos: Empresas que trabalham com venda de adubos,

sementes e defensivos nacionais e multinacionais.

Prestadores de serviço: Profissionais de outras localidades e do município,

empresas de consultoria, representantes técnicos comerciais, funcionários

do estado, entre outros.

Mão-de-obra: Formada por produtores e funcionários do município.

Canais de comercialização: Empresas de rações animais, integradoras de

frangos principalmente.

d) Cana-de-açúcar

Fornecedores de insumos: Cooperativa e empresas de venda de

agrotóxicos, mudas, adubos, combustíveis e outros, do município e de

outras localidades.

Prestadores de serviço: Formada por produtores e funcionários do

município, além dos profissionais da área e contratados pelas Usinas.

Mão-de-obra: Formada por produtores e funcionários do município.

Canais de comercialização: Usinas de açúcar e álcool da região.

e) Bovinocultura de corte

Fornecedores de insumos: Empresas que trabalham com venda de adubos,

sementes, defensivos, vacinas, medicamentos, insumos para atendimento

de normas sanitárias.

Prestadores de serviço: Profissionais da área de planejamento, saúde

animal, máquinas e equipamentos, entre outras empresas de prestação de

serviço.

Mão-de-obra: Formada pelos proprietários rurais, retireiros e profissionais da

área.

Canais de comercialização: Frigoríficos do Estado de São Paulo.

g. Infraestrutura da Produção nas Propriedades

Fonte: LUPA – CATI/SAA (2009)

Fonte: LUPA – CATI/SAA (2009)

h. Infraestrutura e Serviços Públicos de Apoio à Produção / Processamento / Comercialização Armazéns: Não existe infra-estrutura pública de apoio a produção. Patrulha agrícola: A Prefeitura Municipal tem em sua estrutura um trator médio traçado, equipado com carretas, guincho e roçadeira para apoiar o produtor. Entrepostos: Inexistente Viveiros: Pequeno viveiro de muda mais voltado para árvores de uso urbano Cozinha industrial: Sim Feira do produtor: Feira de produtor em fase de melhorias, com produtores familiares. Energia elétrica: Electro Abastecimento de água: Sabesp Serviço de inspeção municipal: Sim

2. Diagnóstico do Município

Para a realização de um diagnóstico participativo e representativo da população

rural municipal, foi proposta pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural

Sustentável em conjunto com técnicos da CATI a divisão do município em setores

conforme figura abaixo. Em cada setor foi realizada uma reunião de diagnóstico, onde

foram apontados os principais problemas em cada setor e priorizadas as cadeias

produtivas de maior interesse.

A metodologia utilizada nas reuniões foram métodos didáticos consagrados como o

Diagrama de Euller, para definição dos problemas locais e estabelecimento das

correlações entre eles, e o método F.O.F.A. (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e

Ameaças) para aprofundamento nos assuntos.

Setor 1

Localização: Foi considerado o setor 1, toda a área do município

localizada na parte sul do município, tendo como delimitação geográfica a Rodovia

Marechal Rondon. Bairros: Matadouro, São João, parte sul do Distrito de Maristela,

Rodrigues, Fazenda Estrela, Abaulado, Bicame, Lombo, Abóboras, Boa Vista, Minhoca,

Serrote, Ribeirão de Dentro, entre outros. Características locais: Trata-se de uma região com concentração de

pequenas propriedades rurais, principalmente nos locais que apresentam solos mais

férteis. Organizações rurais presente: ASPLAPA – Associação dos Produtores

Rurais de Laranjal Paulista. Reunião:

Data de realização: 15/09/2009

Participantes: 29 pessoas (incluindo Prefeito e Secretario da

Agricultura)

Cadeias priorizadas:

Na reunião foram priorizadas as seguintes cadeias produtivas, em

ordem de importância para o setor um: Avicultura de corte, cereais, bovinocultura de leite,

cana-de-açúcar e bovinocultura de corte.

Fotos da reunião:

Diagnóstico F.O.F.A.:

Pontos Positivos Pontos Negativos Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças

Fertilidade dos solos da região

Concorrência entre empresas

compradoras de leite

Falta de representatividade política do bairro

Armazenagem e comercialização de

cereais Infraestrutura das

propriedades Disponibilidade de

energia elétrica Falta de

participação em reuniões

Integradoras de frango

União da comunidade e das

famílias

Plano de saúde dos fornecedores de cana

Não conseguem se organizar para

comprar insumos coletivamente

Degradação de estradas municipais por caminhões de usina e cerâmica

Comércio local Programa de venda para merenda escolar

Falta de comunicação com

produtores que não participam da

ASPLAPA

Falta de conservação das

estradas pela Prefeitura

Campanhas de vacinação

Cooperativas de cidades vizinhas

Lixo Sindicato rural pouco atuante

Campo de futebol Transporte escolar Reserva legal

Festas Educação Segurança rural

Cachaça Postos de combustíveis de

municípios vizinhos

Falta de sinal telefone

Baile da 3ª idade Falta de frigorífico

Telefone Lixo

Avaliação das principais dificuldades/ameaças do setor 1: Assunto Dificuldades /

ameaças Causas Efeitos Ações propostas

Armazenagem

Falta de infraestrutura

adequada para armazenagem

de cereais.

Falta de recursos e de união entre

os produtores para aquisição de um silo para uso

comunitário

Produtores têm que pagar para

utilizar infraestrutura de

terceiros, diminuindo sua

margem de lucro

Estudar a viabilidade de conseguir um silo

através de algum tipo de política pública para

associações de produtores rurais, como o Programa Microbacias

2.

Representatividade política

Falta de representantes do bairro nos

cargos públicos do município

Falta de união entre os

produtores para conseguir eleger políticos do bairro

(vereadores).

Bairro não tem representativida

de em Assembléias e tem dificuldade

em ter suas reivindicações

atendidas

Promover a organização e a integração dos

produtores rurais e de suas famílias, para que surjam novas lideranças

políticas no bairro.

Associativismo

Falta de participação de produtores em

reunião da ASPLAPA.

Falta de ações coletivas entre os

associados.

Enfraquecimento da ASPLAPA

Fortalecimento da associação através de

cursos para os associados, ações

coletivas e outras ações que tornem vantajosa a

participação dos produtores.

Avicultura de corte

Extrema dependência

dos produtores com as

Integradoras de frango

O único mercado para os

produtores são as integradoras.

Produtores não têm poder de negociação e

estão começando a

deixar a atividade

Estudar maneira de aumentar a

representatividade dos produtores frente às

integradoras, através de uma organização para

defender seus interesses e para os que deixaram

a atividade estudar novas formas de

exploração agropecuária utilizando a estrutura dos

barracões de granja.

Estradas Rurais

Degradação das estradas

municipais pelo tráfego de caminhões

pesados e falta de manutenção

pela PM

Tráfego constante de caminhões pesados de usinas e de

cerâmicas e falta de planejamento da manutenção

pela PM

Estradas com problemas de

trafegabilidade em algumas

épocas do ano.

Estabelecimento de normas para a utilização das estradas municipais

pelos caminhões de usina e cerâmica e implantação de um

sistema de gerenciamento da malha

viária.

Sindicato rural

Sindicato rural pouco atuante

Continuísmo de dirigentes

Acomodação dos dirigentes e dificuldade para

Implantação de um sistema mais

democrático de escolha de dirigentes,

favorecendo as mudanças

Avaliação das principais oportunidades / potencialidades do setor 1:

Assunto Oportunidades/ Potencialidades

Por que não Explora

Efeitos da Exploração

Ações propostas

Solos Fertilidade dos solos da região

Explora, porém poderia ter uma

exploração melhor se as

normas técnicas fossem seguidas

de maneira correta

Aumento da produtividade, diminuição dos

custos de produção

Melhoria da estrutura de assistência técnica oficial, através da

contratação de novos técnicos.

Promover campanhas para correção da

fertilidade dos solos através de análises

químicas.

Infraestrutura Infraestrutura

das propriedades

Explora, porém é necessário um gerenciamento mais adequado

da estrutura.

Melhor utilização da infraestrutura

disponível.

Ações que levem a exploração mais racional

das construções, máquinas e

equipamentos das propriedades.

Empresas compradoras

de leite

Concorrência entre empresas compradoras de

leite

Medo de trocar o certo pelo

incerto, apesar de saber que

poderiam vender por um melhor

preço

Melhorar a comercialização

do leite

Estudar melhor o mercado da região e as empresas que compram

o leite. Tentar vender o leite de

forma coletiva através da ASPLAPA.

Tentar diversificar as vendas (uma parte para laticínio X, outra parte

para laticínio Y)

Merenda escolar

Programa de venda da

produção para a merenda escolar

Por se tratar de um programa relativamente

novo, os produtores ainda

estão se organizando para conseguir atingir

este mercado

Garantia de compra e de

pagamento da produção por um valor, na maioria das vezes, maior

que o pago no mercado regional

Organizar os produtores com intenção de vender

para a merenda. Estabelecimento de cardápio utilizando

produtos encontrados no município.

Saúde

Plano de saúde dos

fornecedores de cana

Falta de informação

Melhoria do atendimento em

saúde.

Melhor divulgação deste plano de saúde aos

produtores do setor e da ASPLAPA

Setor 2

Localização: Foi considerado o setor 2, toda a área do município

localizada na parte central do município, tendo como delimitação geográfica a Rodovia

Marechal Rondon a sul e o Rio Tietê a norte. Bairros: Morro Alto, Morro Vermelho, Três Carolinas, Entre Rios, Itapuá,

Pará, Barro Preto e Maristela. Características locais: Trata-se de uma região com concentração de

pequenas propriedades rurais, principalmente nos locais que apresentam solos mais

férteis. A população local é formada basicamente por descendentes de italianos. Organizações rurais presente: Sede da Associação dos Produtores

Rurais do Bairro Morro Vermelho Reunião:

Data de realização: 16/09/2009

Participantes: 7 pessoas

Cadeias priorizadas:

Na reunião foram priorizadas as seguintes cadeias produtivas, em

ordem de importância para o setor um: Bovinocultura de leite, Avicultura de corte, cereais,

bovinocultura de corte e cana-de-açúcar.

Fotos da reunião:

Diagnóstico F.O.F.A.:

Pontos Positivos Pontos Negativos Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças

Associação do leite Transporte escolar Má qualidade da mão de obra

Falta de conservação das

estradas municipais União Familiar Casa da Agricultura Êxodo rural de

jovens Baixo preço de

comercialização do leite e cereais

Fertilidade dos solos Proximidade da usina Falta de segurança

Qualidade e quantidade de água

SEBRAE Muitos pontos sem sinal de telefone

celular União comunidade Atendimento de

saúde

Tradição Iniciativa privada

Paixão pelo leite Mídia

Avaliação das principais dificuldades/ameaças do setor 1: Assunto Dificuldades /

ameaças Causas Efeitos Ações propostas

Mão de obra

Má qualidade da mão de

obra

Falta de treinamento de mão-de-obra

Dificuldade nas etapas da

produção agropecuária

Identificação das demandas de treinamento de mão de obra.

Planejamento de cursos, junto a CATI, SEBRAE e Sindicato Rural

Êxodo Rural

Êxodo Rural de jovens

Descapitalização e falta de opções de

lazer no campo

Envelhecimento da Zona

rural

Planejamento de ações com a intenção de fixar os jovens na

zona rural.

Estradas Rurais

Falta de conservação de estradas

rurais

Falta de planejamento na execução

da manutenção das estradas

rurais do município

Algumas estradas

passam por manutenção

freqüente enquanto outras são esquecidas por longos períodos

Atualização do mapa com a estrutura viária do município.

Levantamento de trechos críticos nas estradas rurais

Classificação das estradas quanto a sua importância no

município. Instalação de um programa de

gestão da malha viária municipal

Preço

Baixo preço de

comercialização do leite e de cereais

Oscilações comum do mercado e venda da

produção a granel, sem

agregação de valor

Baixa margem de lucro

Incentivar projetos que visem agregar valor a produção

agrícola. Incentivar a diversificação

agropecuária e a instalação de novas explorações agrícolas.

Buscar novos mercados para a comercialização da produção.

Segurança Falta de segurança

Ausência de um projeto de

segurança rural como o

implantado na face sul do município

Insegurança dos

moradores da zona rural do

município.

Elaboração de um projeto de segurança.

Atualização do mapa das estradas rurais do setor.

Definição de um plano de patrulha com a Guarda Municipal

Celular Dificuldade de sinal

Falta de antenas e de

amplificadores de sinal

Dificuldade de comunicação

Reunião dos produtores, através da associação com empresas de telefonia para tentar melhorar a

cobertura do sinal no setor

Avaliação das principais oportunidades / potencialidades do setor 1:

Assunto Oportunidades/ Potencialidades

Por que não Explora

Efeitos da Exploração

Ações propostas

Associativismo

Presença da associação dos produtores de

leite

Explora, porém é necessária uma evolução

desta associação

Melhoria no preço de

comercialização e fortalecimento do

setor

Capacitação de dirigentes no

gerenciamento desta associação.

Estudo de novas formas de atuação desta

associação (novos serviços) para os

associados.

Solos Fertilidade dos

solos da região

Explora, porém poderia ter uma

exploração melhor se as

normas técnicas fossem

seguidas de maneira correta

Aumento da produtividade, diminuição dos

custos de produção

Melhoria da estrutura de assistência técnica oficial, através da

contratação de novos técnicos.

Promover campanhas para

correção da fertilidade dos solos através de análises

químicas.

Água Qualidade e

quantidade de água

Explora, porém poderia ser

melhor explorado já

que são poucas as propriedades que utilizam a

água para irrigação.

Implantação de pastagens com altas taxas de lotação, com

sistemas rotacionados,

diminuindo a área da exploração da

atividade agrícola,

sobrando área para novas atividades e

protegendo o solo dos processos

erosivos

Divulgação de sistemas rotacionados e irrigados de pastagem, através de palestra, dias de campo

e demonstrações de resultado em

propriedades modelo.

ATER Casa da Agricultura

Explora, porém existem poucos

técnicos no município para atender uma quantidade enorme de

propriedades

Melhor atendimento as propriedades

rurais, divulgação de novas

tecnologias e melhoria nos serviços de

ATER.

Melhoria da estrutura de assistência técnica oficial, através da

contratação de novos técnicos.

Setor 3

Localização: Foi considerado o setor 3, toda a área do

município localizada na parte norte do município, tendo como delimitação

geográfica o rio Tietê Bairros: Pederneiras, Viracopos, Distrito de Laras, Espigão. Características locais: Trata-se de uma região afastada do

centro do município (20km), com solos menos férteis, possui dois acessos: via

balsa (interrompido em período de cheia do Rio Tietê) e via estrada municipal.

A população local é menos capitalizada em relação ao restante do município e

nota-se falta de políticas públicas de apoio a esta população. Organizações rurais presente: Não há organização de

produtores presentes. Reunião:

Data de realização: Reunião foi marcada para o dia

17/09/2009, foi cancelada e ainda não foi realizada. Participantes:

Cadeias priorizadas:

Fotos da reunião:

Diagnóstico F.O.F.A.:

Pontos Positivos Pontos Negativos Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças

Avaliação das principais dificuldades/ameaças do setor 1: Assunto Dificuldades /

ameaças Causas Efeitos Ações propostas

Avaliação das principais oportunidades / potencialidades do setor 1:

Assunto Oportunidades/ Potencialidades

Por que não Explora

Efeitos da Exploração

Ações propostas

3. Diretrizes para o desenvolvimento municipal

Diretrizes Indicadores Estratégias Instituições envolvidas

Apoiar as associações de produtores rurais do município na busca de recursos para melhoria

da infraestrutura de armazenagem,

agregação de valor e comercialização da

produção agropecuária

Associações apoiadas

- Mapear as fontes de recurso disponíveis para fomento de projetos

de associações de produtores. - Auxiliar as Associações na busca

destes recursos, através da elaboração de projetos, consultoria,

etc... - Criar condições e apoiar a venda da

produção agropecuária para a merenda escolar

CATI, SEBRAE,

ICA, Prefeitura Municipal,

etc

Fortalecer as Associações de

Produtores Rurais

Associações fortalecidas

- Capacitar dirigentes nas atividades gerenciais.

- Fornecer novos serviços para os associados.

- Promover atividades coletivas entre os associados, como as compras

coletivas de insumos agrícolas - Promover eventos festivos para os

associados. - Fornecer assistência técnica aos

associados. - Criar mecanismos para melhorar a

participação dos produtores nas reuniões.

- Promover a representação política das associações no município.

CATI, SEBRAE,

ICA, Prefeitura Municipal,

etc

Promover a melhoria das condições de

trafegabilidade das estradas rurais do

município

- Trechos críticos

adequados - manutenção

realizada

- Atualizar o mapa das estradas rurais do município.

- Classificação das estradas quanto a sua importância aos produtores. - Identificação e adequação dos

trechos críticos. - Implantação de um programa de

gestão da malha viária do município. - Participar de Programas estaduais

de adequação de Estradas, tais como o Melhor Caminho da CODASP

- Treinar os operadores de máquinas da Prefeitura em adequação e

manutenção de estradas rurais. - Criar normas municipais para a

utilização das estradas por caminhões de usina e cerâmica.

- Promover práticas conservacionistas nas propriedades lindeiras as estradas rurais, visando diminuir o lançamento de água nas

estradas.

CATI, CODASP, Prefeitura Municipal,

etc..

Melhorar o serviço de ATER no município

- atendimentos realizados.

- propriedades atendidas. - Técnicos

contratados

- Contratação de técnicos (Agrônomo e Veterinário).

- Capacitação e atualização dos técnicos da Casa da Agricultura.

- Promoção de cursos para transferência de novas tecnologias

aos produtores. - Aumentar o número de visita de

orientação nas propriedades. - Promoção de palestras, dias de

campo, excursões para os produtores rurais.

- Promover campanhas de conservação e correção da fertilidade

dos solos. - Promover a venda de sementes

variedade CATI. - Fortalecer o sindicato rural do

município e os serviços oferecidos aos sindicalizados

CATI, SEBRAE, Prefeitura Municipal,

etc

Promover a diversificação da

produção agropecuária no município

- palestras realizadas.

- cursos realizados

- promoção de eventos, palestras e cursos para os produtores em novas

explorações agropecuárias.

CATI, SEBRAE, Prefeitura Municipal,

etc

Facilitar o acesso dos produtores às linhas de crédito rural disponível

- produtores atendidos.

- DAPs emitidas. - projetos

elaborados

- Promover palestras de divulgação das linhas de crédito oficiais.

- realizar o enquadramento dos produtores rurais nas linhas oficiais

de crédito. - elaborar e apoiar a elaboração

projetos de investimento e planos simples

CATI, Banco do Brasil e demais bancos

Elaborar um projeto de segurança rural para a face norte do município

- projeto elaborado

- atualizar o mapa das estradas rurais da região.

- identificação das estradas com placas.

- planejar o patrulhamento ostensivo realizado pela guarda municipal.

CATI, Prefeitura, Associação

Promover ações com intenção de fixar os jovens no campo,

diminuindo o êxodo rural

- ações realizadas

- Promover a diversificação da produção agropecuária, evitando a monocultura da cana-de-açúcar.

- Promover eventos de lazer no meio rural.

- Capacitar os jovens no gerenciamento da propriedade e nas

atividades produtivas.

CATI, Prefeitura, Associação

4. Planejamento da Execução 4.1 Iniciativas para o desenvolvimento rural em andamento Priorid

ade Nome Instituições Metas Prazos Recursos Beneficiários Observações *

1 ATER Prefeitura

municipal e CATI

500 consultas técnicas realizadas. 80 visitas de

orientação realizadas. Participação dos

produtores em dias de campo.

Realização de 6 excursões.

Realização de 3 palestras.

Realização de 3 cursos.

Dez/13 CATI,

Prefeitura Municipal

Todos os produtores rurais

de Laranjal Paulista

Assistência Técnica prestada

diretamente ao produtor

2 Crédito rural Prefeitura

municipal e CATI

160 DAP’s emitidas 5 DAF’s emitidas 5 projetos de crédito

elaborados 3 palestras realizadas.

Dez/13 CATI,

Prefeitura Municipal

Todos os produtores rurais

de Laranjal Paulista

Na Casa da Agricultura é realizado o

enquadramento dos produtores

nas linhas oficiais de

crédito.

3

Apoio a venda da produção

agropecuária à merenda

escolar

Prefeitura Municipal e

CATI

Criação de um grupo informal

Apoio técnico nas atividades produtivas 10 produtores vendendo sua

produção para a merenda

Dez/13 CATI,

Prefeitura Municipal

Produtores de Laranjal Paulista

Auxílio ao grupo de produtores com interesse em vender sua

produção para a merenda

4

Conservação e adequação de estradas

rurais

PM

Manutenção de 200 km de estradas rurais Adequação de 15 km

de trechos críticos Participação no

programa Melhor Caminho da CODASP

Dez/13 PM População do município

Manutenção de rotina realizada pela prefeitura e adequação de trechos críticos por programas

governamentais.

5

Fortalecimento das

associações de produtores

rurais do município

Prefeitura Municipal e

CATI

Capacitação de 2 dirigentes de cada

associação Estabelecimento de

convênio Participação em

reuniões Análise da

documentação legal da associação Cadastro da Associação

Dez/13

CATI, Prefeitura Municipal,

ICA

Associações de produtores rurais

do município

6 Programa de

segurança rural

Prefeitura, ASPLAPA,

Guarda Municipal e

CATI

Diminuição das ocorrência policiais na zona sul do município

Dez/13

CATI, Prefeitura,

Guarda Municipal

ASPLAPA e produtores rurais

da face sul do município

Rondas realizadas pela Patrulha rural

7 Fortalecimento do CMDR PM / CATI

2 palestras realizadas 2 cursos realizados

8 conselheiros capacitados

4 conselheiros participando de

eventos

Dez/13 PM / CATI CMDR

8

Incentivar programa de saneamento

rural

PM, CATI, 20 fossas sépticas

biodigestoras instaladas

Dez/13 PM, CATI, Produtores Rurais de São Manuel

Atividades realizadas

regularmente pelas entidades que atuam no

município

4.2 Novas iniciativas necessárias para atendimento das diretrizes do plano Ordem Nome Instituições Metas Prazos Recursos Beneficiários

1 Programa de gestão da malha viária municipal CATI Programa instalado Dez/2012 Prefeitura e

CATI

Prefeitura e população do

município.

2

Treinamento de operadores de máquina na execução da manutenção e adequação de

estradas rurais

Prefeitura / CATI / CODASP

4 Operadores capacitados Dez/13

Prefeitura, CODASP e

SAA

População do município.

3

Estreitar o relacionamento entre Casa da Agricultura,

produtores rurais e instituições financeiras,

visando diminuir a burocracia no acesso ao crédito e a

participação dos produtores na escolha de novas linhas

de crédito

Prefeitura / CATI / Instituições financeiras

4 reuniões realizadas

( 1 reunião por ano para apresentação

das linhas de crédito, para

discutir melhorias no relacionamento

entre as partes interessadas e

novas propostas de linhas de

financiamento pelos produtores rurais)

Dez/13 Instituições financeiras

Produtores rurais do município.

4 Participação de associação

do município no Projeto Microbacias 2

PM / CATI / ICA 1 Associação participando Dez/13 PM / CATI /

ICA

Organizações de produtores do

município.

5 Promover a certificação dos produtos agropecuários

PM / CATI / Sindicato /

certificadoras

10 produtores vendendo produtos

certificados no município.

Dez/13 PM / CATI / Sindicato /

certificadoras

Produtores rurais do município.

6 Ampliar o quadro de

funcionários da Casa da Agricultura

PM / CATI 2 funcionários contratados Dez/13 PM / CATI Produtores rurais

do município.

7

Apoiar a divulgação dos serviços realizados pela Casa da agricultura e a divulgação

de seus produtos.

PM / CATI

16 banners elaborados

500 prospectos impressos 3 reuniões realizadas

Dez/13 PM / CATI Produtores rurais do município.

8

Aperfeiçoar o programa de patrulhamento rural pela

guarda municipal e expandir para todos os bairros rurais

do município

PM, CATI, Guarda

Municipal e Associações

1 programa aperfeiçoado.

1 viatura comprada 25 estradas

identificadas com placas

Dez/13 PM / CATI Produtores rurais do município.

9 Melhorar os serviços de

meios de comunicação na zona rural

PM / CATI / empresas

80 propriedades com acesso a

internet Instalação de 2

torres de telefonia.

Dez/13 PM / empresas

Produtores rurais do município.

10

Incentivar as práticas de conservação de solo e da

água por meio de participação em programas

oficiais.

PM / SAA 4 convênios assinados Dez/13 PM / SAA População do

município

11 Apoio a programas de

educação ambiental nas escolas

PM / SAA Participação de 200 alunos Dez/13 PM / SAA População do

município

12

Promover a diversificação da produção agropecuária e a

entradas de novas atividades agropecuárias no município.

PM, CATI, SEBRAE, SENAR,

Sindicato, UNESP

4 reuniões realizadas 8 palestras realizadas

40 produtores participando de dias

de campo.

Dez/13

PM, CATI, SEBRAE, SENAR,

Sindicato, UNESP

Produtores rurais do município.

13

Apoiar a agregação de valores e facilitar a

comercialização da produção agropecuária

PM, CATI, SEBRAE, SENAR,

Sindicato, UNESP

8 palestras realizadas

8 cursos realizados 160 produtores

capacitados

Até o final

deste plano

PM, CATI, SEBRAE, SENAR,

Sindicato, UNESP

Produtores rurais do município.

5. Instituições envolvidas Associação dos Produtores Rurais de Laranjal Paulista – ASPLAPA Associação dos Produtores Rurais do Morro Vermelho Prefeitura Municipal de Laranjal Paulista Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Laranjal Paulista Escritório de Desenvolvimento Rural de Botucatu Casa da Agricultura de Laranjal Paulista Guarda Municipal de Laranjal Paulista

A Prefeitura Municipal e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural aprovam este plano.

Laranjal Paulista, 22 de Outubro de 2010.

_________________________________ Heitor Camarim Júnior

Prefeito Municipal

__________________________________________ Odalmir Pivetta

Presidente do CMDR