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1 PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ ESTADO DO PARANÁ SASC Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 2014-2017 Maringá 2013

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ

ESTADO DO PARANÁ

SASC – Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania

PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL

2014-2017

Maringá 2013

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1. IDENTIFICAÇÃO

Objeto: Plano Municipal de Assistência Social

Período de abrangência: 2014-2017

Município: Maringá – Paraná

Gestor Executivo Municipal: Prefeitura Municipal de Maringá

CNPJ nº 76.282.656/0001-06

Prefeito: Carlos Roberto Pupin

RG nº 1.029.829- SSP-PR

CPF nº 317.929.879-00

Av. XV de Novembro, 701, Centro

CEP: 87013-230

Telefone: (44) 3221-1510

FAX: (44) 3221-1518

Endereço Eletrônico: www.maringa.pr.gov.br

Órgão Gestor da Política de Assistência Social

SASC - Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania

Secretário: Flávio Marcelo Gonçalves Vicente

RG: nº 929.627 SSP-DF

CPF: nº 894.079.899-68

Rua Joubert de Carvalho, 127 centro

CEP: 87.014-120

Telefone: (44) 3221-6424

Fax: (44) 3221-6410

E-mail: [email protected]

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2. INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social

Brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica

da Assistência Social – LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a

assistência social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da

universalização dos acessos e da responsabilidade estatal.

A Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (1993) estabelece no artigo 30, inciso III,

como uma das condições para repasse de recursos financeiros a elaboração do Plano de

Assistência Social rompendo desta forma, ações fragmentadas, instituindo a cultura do

planejamento com base no conhecimento e estudo da realidade, permitindo o

monitoramento e a avaliação das ações para garantir a qualidade dos serviços.

A Política Nacional de Assistência Social – PNAS (2004) e Norma Operacional Básica

do Sistema Único de Assistência Social – NOB/SUAS (2005) consolidam a política de

assistência social em um sistema único, na qual se destaca a garantia da previsão e

continuidade das ações.

Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento

fundamental para a construção de uma política planejada e efetiva sobre as situações de

vulnerabilidade e riscos sociais identificadas nos territórios. Permite organizar, regular e

nortear a execução da política pública de assistência social definindo suas prioridades de

ações nos níveis de proteção social básica e especial.

Para elaboração do Plano a Secretaria de Assistência Social e Cidadania – SASC definiu

uma comissão para estudo, análise e definição das ações prioritárias e metas que constarão

no Plano Municipal de Assistência Social 2014-2017. Esta comissão foi composta por:

Secretário, Diretora Geral, Gerente Administrativa e Financeira, Gerente de Gestão do

SUAS, Gerente de Proteção Social Básica, Gerente de Proteção Social Especial, Gerente

de Transferência de Renda, Gerente de Projetos Sociais e equipes da Gestão do Trabalho,

do Monitoramento e Avaliação, da Operacionalização da Vigilância Socioassistencial e

do Planejamento.

Foram contempladas as propostas referendadas nas últimas Conferências Municipais de

Assistência Social, dos Direitos da Criança e do Adolescentes, de Meninos e Meninas,

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dos Direitos do Idoso, Direitos da Pessoa com Deficiência e de Políticas Sobre Drogas;

também foram utilizados como embasamento o Plano Plurianual 2014-2017, o

Orçamento Municipal 2014 e Resolução nº 18, de 15 de julho de 2013 da Comissão

Intergestores Tripartite, que dispõe acerca das prioridades e metas específicas para a

gestão municipal do Sistema Único de Assistência Social, para o quadriênio 2014-2017.

Ressaltamos que neste Plano constará apenas as ações prioritárias, pois as manutenções

e execução dos serviços da rede são inerentes à responsabilidade da SASC.

3. DIRETRIZES

A Constituição Federal (1988) e a Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (1993)

trouxeram a assistência social para o âmbito da Política Pública, pautada no direito de

cidadania e deveres do Estado, cabendo a este a universalização da cobertura e acesso dos

serviços, programas e projetos, por meio da organização da rede socioassistencial,

rompendo com as ações fragmentadas e centralizadas. Para tanto, a organização da

Política Pública Assistência Social, deve fundamentar-se prioritariamente nas diretrizes

estabelecidas pela Constituição Federal (1988), LOAS, reiteradas pela PNAS, sendo:

“I – Descentralização político-administrativa,

cabendo a coordenação e as normas gerais à

esfera federal e a coordenação e execução dos

respectivos programas às esferas estadual e

municipal, bem como a entidades beneficentes

e de assistência social, garantindo o comando

único das ações em cada esfera de governo,

respeitando-se as diferenças e as

características socioterritoriais locais;

II – Participação da população, por meio de

organizações representativas, na formulação

das políticas e no controle das ações em todos

os níveis;

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III – Primazia da responsabilidade do Estado

na condução da Política de Assistência Social

em cada esfera de governo;

IV – Centralidade na família para concepção e

implementação dos benefícios, serviços,

programas e projetos.” p. 32 e 33.

A descentralização político administrativa possibilita aos municípios, na sua

competência, realizar o planejamento de suas ações baseadas no diagnóstico de sua

realidade e demandas identificadas e com vistas no aprimoramento da gestão do SUAS,

o que compreende:

Gestão territorial por área de abrangência das unidades de CRAS, identificando

as situações de vulnerabilidade e risco social, bem como as potencialidades de

cada área, levantando as demandas para o planejamento, intervenção e a

otimização dos recursos.

Aprimoramento da gestão do SUAS com a organização, padronização e oferta de

serviços da rede socioassistencial dentro das normativas vigentes, visando a

qualidade e a articulação dos serviços, programas, projetos e benefícios oferecidos

aos usuários da assistência social enquanto direito de cidadania.

Intersetorialidade por meio de ações integradas das diferentes políticas públicas e

instâncias de controle social, para a deliberação, desenvolvimento e

acompanhamento das atividades, visando romper com ações fragmentadas e

focalizadas, possibilitando atender as demandas existentes em sua totalidade de

forma articulada.

Constituição da gestão do trabalho, possibilitando a qualificação dos recursos

humanos, por meio de capacitação continuada aos trabalhadores, gestores e

conselheiros, evitando a precarização das ações, com adequação das equipes de

trabalho conforme normativas vigentes e especificidades dos serviços, programas

e projetos, acompanhando as mudanças e avanços ocorridos na política de

assistência social.

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Publicização dos direitos sociais, órgãos de defesa e participação social,

possibilitando o conhecimento dos direitos pelos usuários, estabelecendo e

fortalecendo mecanismos de participação e controle na dinâmica do cotidiano dos

atendimentos, atividades e eventos realizados pela política de assistência social.

4. OBJETIVOS

4.1. Geral

Organizar, regular e nortear a execução da Política Municipal de Assistência Social, no

quadriênio de 2014 a 2017, na perspectiva do SUAS, em consonância com as diretrizes

legais da Política Nacional de Assistência Social.

4.2. Específicos

Prover serviços de proteção social básica e especial, bem como programas,

projetos e benefícios para famílias, indivíduos em situação de vulnerabilidade

ou/e risco;

Garantir a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o

acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana

e rural;

Organizar e fortalecer a rede socioassistencial para atendimento à família em

situação de vulnerabilidade social e risco social e pessoal;

Implementar e implantar ações de qualificação profissional;

Garantir aos seus usuários, o acesso ao conhecimento dos direitos sociais e órgãos

de defesa;

Sistematizar informações, visando a construção de indicadores e índices

territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social, que

incidem sobre famílias/pessoas, nos diferentes ciclos de vida (crianças,

adolescentes, jovens, adultos e idosos);

Identificar, definir e executar medidas de prevenção quanto à presença ou ao

agravamento e superação de vitimizações, riscos e vulnerabilidades sociais.

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5. DIAGNÓSTICO

5.1 Panorama Geral do Município

Considerando o Panorama Municipal segundo CENSO Demográfico 2010, apresentado

pelo Boletim do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, a

população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa

de 2,16% ao ano, passando de 288.465 para 357.077 habitantes, superando a taxa do

Estado, que ficou em 0,89% ao ano, e superior a cifra de 0,88% ao ano da Região Sul.

Avaliando a taxa de urbanização verificou-se que, no mesmo período a população urbana

em 2000 representava 98,38% e em 2010 passou a representar 98,2% do total.

Quanto a estrutura demográfica do município foi constatado o aumento no número da

população idosa que passou de 9,0% em 2000, para 12,1% do total da população

municipal em 2010 representando um crescimento de 5,3% em média.

Já o segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010 (-

0,6% ao ano). Crianças e jovens detinham 24,5% do contingente populacional em 2000,

o que correspondia a 70.761 habitantes. Em 2010, a participação deste grupo reduziu para

18,6% da população, totalizando 66.536 habitantes.

Gráfico 1

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A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu crescimento

populacional (em média 2,56% ao ano), passando de 192.016 habitantes em 2000 para

247.168 em 2010. Em 2010, este grupo representava 69,2% da população do município.

Os dados do Ministério da Saúde revelam que, no tocante à mortalidade infantil, o número

de óbitos infantis foi de 46 crianças, ao passo que no Estado o número de óbitos infantis

foi de 1.765 crianças e a taxa de mortalidade infantil foi de 11,57 crianças a cada mil

nascimentos. Dos nascidos vivos em 2011, 84,99% tiveram suas mães com 7 ou mais

consultas de pré-natal. E a cobertura populacional pelas equipes de atenção básica cresceu

de 59%, em 2008 para 63% em 2012.

De acordo com o Censo Demográfico 2010, o total da população de 15 a 29 anos era de

97.236 indivíduos, sendo que 363 faleceram em função de eventos e/ou causas externas.

No município, as 3 (três) principais causas externas de óbito dos indivíduos na faixa etária

de 15 a 29 anos são, de acordo com dados do Ministério da Saúde, os acidentes de

transporte, agressões e lesões auto provocadas voluntariamente, tomando por base os anos

de 2005 e 2010.

Em 2010, a taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais era de 3,1%. Na área

urbana, a taxa era de 3,0% e na zona rural era de 5,0%. Entre adolescentes de 10 a 14

anos, a taxa de analfabetismo era de 0,9%.

Considerando os aspectos econômicos, entre 2005 e 2009, segundo o IBGE, o Produto

Interno Bruto (PIB) do município cresceu 54,3%, passando de R$ 4.720,7 milhões para

R$ 7.284,4 milhões, superando ao verificado no Estado que foi de 50,0%. A participação

do PIB do município na composição do PIB estadual aumentou de 3,73% para 3,83% no

período de 2005 a 2009. O setor de serviços corresponde, no município a 68,1% do seu

PIB e a participação do setor industrial baixou de 18,3% em 2005 para 18,2% em 2009

contrariando o crescimento apresentado pelo Estado de 6,4% no mesmo período.

O mercado de trabalho formal do município apresentou em todos os anos saldos positivos

na geração de novas ocupações entre 2004 e 2010. O número de vagas criadas neste

período foi de 44.203. No último ano as admissões registraram 80.314 contratações contra

72.220 demissões.

Gráfico 2

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Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal em

2010 totalizava 136.407 postos, 41,4% a mais em relação a 2004. O desempenho do

município ficou acima da média verificada para o Estado, que cresceu 36,9% no mesmo

período.

Conforme dados do último Censo Demográfico o município em agosto de 2010 possuía

204.301 pessoas economicamente ativas onde 195.136 estavam ocupadas e 9.164

desocupadas. A taxa de participação ficou em 64,7% e a taxa de desocupação municipal

foi de 4,5%.

A distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que 53,9% tinha

carteira assinada, 13,6% não tinha carteira assinada, 20,6% atuam por conta própria e

5,4% empregadores. Servidores públicos representavam 5,5% do total ocupado e

trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo representavam

1,0% dos ocupados.

A receita orçamentária do município passou de R$ 317,5 milhões em 2005 para R$ 536,7

milhões em 2009, o que retrata uma alta de 69,0% no período ou 14,03% ao ano. E em

2013 passou para R$ 795.5 milhões.

Em 2012 as despesas com saúde, educação, urbanismo, administração e encargos

especiais foram responsáveis por 76,40% das despesas municipais. Em assistência social,

política responsável pela proteção social à população, por meio de Transferência de

Renda e execução de serviços, programas e projetos, as despesas alcançaram 2,89% do

orçamento total, valor esse inferior à média de todos os municípios do estado, de 4,60. Já

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em 2013 foi destinado ao orçamento da Assistência Social um percentual de 4,93%

(cálculo feito sobre os recursos não vinculados), sendo que até o mês de novembro do

corrente foi executado 75% deste orçamento.

5.1 Panorama da Política de Assistência Social no Município

O município detém o 23º melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) do país e

o 2º do Estado do Paraná. Este índice é composto por três elementos fundamentais para o

desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda. Se por um lado o seu IDHM

de 0,808 é considerado muito bom em nível de desenvolvimento humano, por outro,

temos ainda uma faixa da população que vive em situação de pobreza e extrema pobreza

(0,6% da população), potencializando a incidência de vulnerabilidade e risco social.

Para o desenvolvimento dos Serviços Socioassistenciais a Secretaria de Assistência

Social e Cidadania conta com 331 trabalhadores; para as atividades relacionadas ao Órgão

Gestor, conta com 70 trabalhadores e mais 55 para o desenvolvimento das ações

complementares à Política de Direitos. Totaliza 456 trabalhadores de diversos vínculos

(estatutários, celetistas, comissionados, terceirizados, cedidos de outras secretarias e

estagiários).

Em sua estrutura administrativa formalmente (descrita em instrumento normativo)

constituída apresenta os setores Diretoria Geral, Gerência de Proteção Social Básica,

Gerência de Proteção Social Especial, Diretoria e Gerência Administrativa e Financeira,

Gerência de Compras, Gerência de Transferência de Renda, Coordenadoria do Programa

Bolsa Família, Diretoria e Gerência de Programas sobre Drogas, Diretoria de Segurança

Alimentar, Diretoria e Gerência de Projetos Sociais, Coordenadoria de Projetos,

Coordenadoria de Convênios, Coordenadoria de Expediente, Gerência de Compras,

Coordenadoria de Projovem Adolescente.

E ainda informalmente, ou seja, não oficializado em instrumentos normativos, como

estrutura regimental do órgão, organograma ou outros tem-se já constituído a Gestão do

SUAS, a Gestão do Trabalho, Planejamento, a Vigilância Socioassistencial composta por:

Operacionalização da Vigilância e Monitoramento e Avaliação, necessitando ainda da

Gestão da Informação.

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No intuito de caracterizar o público da assistência social reunimos dados do Cadastro

Único e de Programas de Transferência de Renda como: Programa Bolsa Família – PBF

e Benefício de Prestação Continuada – BPC, no primeiro semestre de 2013. Sabemos que

estes dados não revelam a totalidade das informações, contudo nos permite formar um

panorama desta população.

Gráfico 3

Fontes: ¹SIGPBF - dados extraídos em set/2013

²SIGPBF - dados extraídos em ago/2013

³SIGPBF - dados das repercussões do 1º semestre/2013

⁴SIBEC - dados extraídos em 28/02/2013

⁵SISPETI - dados extraídos 04/02/2013

⁶RMA - 1º Semestre/2013

Os dados do Cadastro Único referente a maio de 2013, nos mostram que em nosso

município tínhamos 26.121 famílias inscritas nesse banco de dados, sendo que 18.519

famílias possuem renda mensal de até meio salário e, 10.325 famílias vivem com renda

mensal de até R$140,00 e 3.860 famílias com renda mensal de até R$70,00,

caracterizando-se famílias em extrema pobreza.

Entre essas famílias inscritas em fevereiro de 2013, 5.784 eram beneficiárias do Programa

Bolsa Família – PBF, representando uma cobertura de 99,40% de famílias pobres, com o

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valor médio de benefício R$116,48 perfazendo um total de R$673.714,00 transferido ao

município no mês.

Gráfico 4

Fontes:

¹SIGPBF - dados extraídos em set/2013

²SIGPBF - dados extraídos em ago/2013

³SIGPBF - dados das repercussões do 1º semestre/2013

⁴SIBEC - dados extraídos em 28/02/2013

⁵SISPETI - dados extraídos 04/02/2013

⁶RMA - 1º Semestre/2013

No primeiro semestre de 2013 o município de Maringá – PR, registrou 770 famílias que

descumpriram as condicionalidades do PBF, destas 144 tiveram seus benefícios

bloqueados e 70 se encontram com benefícios suspensos, constituindo-se público

prioritário para o trabalho social com as famílias.

Em se tratando do Benefício de Prestação Continuada – BPC, regulamentado pela Lei

Orgânica da Assistência-LOAS/93, garantindo um salário mínimo à idosos e pessoas com

deficiência com renda inferior a 1/4 de salário mínimo, o município aponta 3.648 idosos

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beneficiários e 2.335 pessoas com deficiência, perfazendo um total de 5983 beneficiários

e um repasse de R$ 3.593.400,00, em 2012.

Sendo assim, temos 357.077 habitantes no município, dos quais 26.121 famílias,

aproximadamente 74.500 pessoas inscritas no Cadúnico, representando 20,8% da

população e, 5983 beneficiários do BPC, evidenciando 1,67 % da população. Se

somarmos os dois públicos temos 80.483 pessoas que representam 22,53% dos habitantes

da nossa cidade. Muito embora seja um percentual baixo em números absolutos,

representam muitas vidas.

Aqui se faz necessário ressaltar que os dados acima podem sofrer variações devido ao

fato de não se poder mensurar a quantidade de famílias que possuem o BPC e já estão

inscritos no Cadúnico. Essa dificuldade se dá em função da não existência de um

aplicativo específico para compilar as informações do sistema, bem como o processo de

estruturação pelo qual o setor de vigilância socioassistencial passa no momento.

Sabedores que a pobreza e extrema pobreza são exigências das transferências de renda

que contribuem para intensificar para as fragilidades, contudo não se pode reduzir as

situações de vulnerabilidade ou risco ao corte de renda imposto pelos benefícios. É

preciso ter claro que risco e vulnerabilidade que a proteção social necessita prevenir e

cobrir estão para além da ausência de renda.

Sendo assim, consideramos como indicadores de vulnerabilidade, situações que são

decorrentes da pobreza, falta e/ou inexistência de acesso aos serviços públicos,

fragilização dos vínculos familiares ou comunitários que poderiam ser exemplificados

por ocorrências de: composição familiar (presença de crianças, adolescentes, jovens,

idosos e pessoas com deficiência); trabalho infanto-juvenil; mendicância; negligências

e/ou violências; abuso e/ou exploração sexual; situação de rua; institucionalização; usos

de substâncias psicoativas, entre outros.

À seguir, passaremos elencar a rede socioassistencial, cuja a principal responsabilidade é

efetivar a proteção social. Apresentaremos o município dividido em 7 (sete) territórios

que conta com uma unidade de Proteção Social Básica – CRAS e sua rede.

5.1.1 CRAS Alvorada

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Este território é composto por 66 bairros, 7.102 famílias inscritas no Cadastro Único,

sendo que entre estas 1.027 são beneficiárias do PBF. No primeiro bimestre 106 famílias

descumpriram as condicionalidades do programa e 20 delas estão com seus benefícios

bloqueados e, 08 suspensos.

Quanto ao BPC na área de abrangência do CRAS temos: 1.075 BPC Idosos e 625 BPC

de Pessoa com Deficiência.

Para atendimento desta demanda referenciada ao CRAS, o PAIF realizou 532 inserções

e, ainda foram cadastradas no SICON (acompanhamento específico à família do PBF em

descumprimento das condicionalidades) 11 registros.

Salientamos que além do PAIF, o CRAS Alvorada realiza também as seguintes ações:

gestão do território, articulação com a rede socioassistencial e intersetorial,

referenciamento e contra referenciamento entre as proteções sociais e concessão de

benefícios entre outras.

Este território conta com a presença de cinco organizações não governamentais, sendo

que apenas uma delas não recebe recurso público em forma de cofinanciamento. Quatro

entidades realizam Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV

contemplando todas as faixas etárias assim distribuídas: SCFV até 6 anos – 60 vagas,

SCFV entre 6 e 15 anos – 100 vagas, SCFV entre 15 e 17 anos - 30 vagas e SCFV Idosos

– 30 vagas. A rede socioassistencial conta ainda com uma instituição que atua na

modalidade de inclusão produtiva ofertando 20 vagas. No que tange a oferta de serviços

estatais, este território sedia um Centro de Convivência, unidade que atende

aproximadamente 100 pessoas.

5.1.2 CRAS Iguatemi

Este território é composto por 06 bairros, 522 famílias inscritas no Cadastro Único, sendo

que entre estas 117 são beneficiárias do PBF. No primeiro bimestre não houve registro de

descumprimento das condicionalidades do programa.

Quanto ao BPC na área de abrangência do CRAS temos: 12 BPC Idosos e 09 BPC de

Pessoa com Deficiência.

Para atendimento desta demanda referenciada ao CRAS, o PAIF realizou 164 inserções.

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Salientamos que além do PAIF, o CRAS Iguatemi realiza também as seguintes ações:

gestão do território, articulação com a rede socioassistencial e intersetorial,

referenciamento e contra referenciamento entre as proteções sociais e concessão de

benefícios entre outras.

O CRAS Iguatemi tem por característica estar situado em um Distrito, com um número

de atendimento menor, contudo há incidência de vulnerabilidade e risco, sendo a rede

socioassistencial pequena e a principal executora da política de assistência social o CRAS.

Atuam no Distrito duas organizações não governamentais, ambas recebem recurso

público em forma de cofinanciamento, sendo que uma executa SCFV entre 15 e 17 anos

– 30 vagas, a outra entidade é de acolhimento para população em situação de rua, que

atende todo o município com 40 vagas.

5.1.3 CRAS Itaipu

Este território é composto por 58 bairros, 1.749 famílias inscritas no Cadastro Único,

sendo que entre estas 252 são beneficiárias do PBF. No primeiro bimestre 24 famílias

descumpriram as condicionalidades do programa e 03 delas estão com seus benefícios

bloqueados e, 02 suspensos.

Quanto ao BPC na área de abrangência do CRAS temos: 177 BPC Idosos e 104 BPC de

Pessoa com Deficiência.

Para atendimento desta demanda referenciada ao CRAS, o PAIF realizou 115 inserções

e, ainda foram cadastradas no SICON (acompanhamento específico à família do PBF em

descumprimento das condicionalidades) 02 registros.

Salientamos que além do PAIF, o CRAS Itaipu realiza também as seguintes ações: gestão

do território, articulação com a rede socioassistencial e intersetorial, referenciamento e

contra referenciamento entre as proteções sociais e concessão de benefícios entre outras.

O atendimento da política de assistência social além do CRAS, também se dá de forma

complementar por uma organização não governamental, sem financiamento de recurso

público, cuja atividade principal é SCFV entre 6 e 15 anos – 50 vagas.

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Neste território ainda se encontra um Centro da Juventude, atendendo crianças e

adolescentes, principalmente aqueles em situação de vulnerabilidade social ou com

direitos violados.

5.1.4 CRAS Central/Mandacaru

Este território é composto por 41 bairros, 3070 famílias inscritas no Cadastro Único,

sendo que entre estas 1.638 são beneficiárias do PBF. No primeiro bimestre 219 famílias

descumpriram as condicionalidades do programa e 41 delas estão com seus benefícios

bloqueados e, 29 suspensos.

Quanto ao BPC na área de abrangência do CRAS temos: 560 BPC Idosos e 258 BPC de

Pessoa com Deficiência.

Para atendimento desta demanda referenciada ao CRAS, o PAIF realizou 232 inserções.

Salientamos que além do PAIF, o CRAS Mandacaru realiza também as seguintes ações:

gestão do território, articulação com a rede socioassistencial e intersetorial,

referenciamento e contra referenciamento entre as proteções sociais e concessão de

benefícios entre outras.

Este território conta com a presença de quatro organizações não governamentais, sendo

que duas delas não recebe recurso público em forma de cofinanciamento. Duas entidades

realizam Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos – SCFV Idosos – 30 vagas.

A rede socioassistencial conta ainda com uma instituição que atua na modalidade de

habilitação e reabilitação à pessoa com deficiência auditiva – 60 vagas e, outra que atua

na modalidade de acolhimento institucional em Casa de Passagem – 30 vagas. No que

tange a oferta de serviços estatais, este território sedia ainda quatro serviços: um Centro

de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS, responsável pela execução

do PAEFI que atualmente acompanha 160 famílias, um Centro Dia do Idoso – 20 vagas,

um serviço especializado para pessoas em situação de rua – Centro POP e o Abrigo Portal

da Inclusão, acolhimento institucional para homens maiores de 18 anos - 10 vagas.

5.1.5 CRAS Ney Braga

Page 17: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

17

Este território é composto por 43 bairros, 2.406 famílias inscritas no Cadastro Único,

sendo que entre estas 865 são beneficiárias do PBF. No primeiro bimestre 182 famílias

descumpriram as condicionalidades do programa e 39 delas estão com seus benefícios

bloqueados e, 08 suspensos.

Quanto ao BPC na área de abrangência do CRAS temos: 245 BPC Idosos e 160 BPC de

Pessoa com Deficiência.

Para atendimento desta demanda referenciada ao CRAS, o PAIF realizou 177 inserções

e, ainda foram cadastradas no SICON (acompanhamento específico à família do PBF em

descumprimento das condicionalidades) 30 registros.

Salientamos que além do PAIF, o CRAS Ney Braga realiza também as seguintes ações:

gestão do território, articulação com a rede socioassistencial e intersetorial,

referenciamento e contra referenciamento entre as proteções sociais e concessão de

benefícios entre outras.

Este território conta com a presença de dez organizações não governamentais, sendo que

apenas duas delas não recebe recurso público em forma de cofinanciamento. Três

entidades realizam Serviço de Convivência e Fortalecimento de vínculos – SCFV, duas

entidades que realizam assessoramento, defesa e garantia dos direitos, sendo uma cujo

público alvo são indígenas – 84 pessoas e a outra cujo a população atendida são pessoas

com deficiência auditiva – 180 vagas. A rede socioassistencial conta ainda com duas

instituições que atuam na modalidade de habilitação e reabilitação, sendo uma delas cujo

atendimento versa sob o público fissurado lábio palatal – 90 vagas e outra dedicada ao

público com espectro do autismo. Nesta área de abrangência também encantam-se duas

entidades de atendimento para idoso, sendo um Centro Dia – 20 vagas e, um serviço de

acolhimento institucional de longa permanência – 85 vagas. Em se tratando de serviços

governamentais, este território sedia ainda, um Centro de Convivência, unidade que

atende 100 pessoas e dois serviços para idosos, sendo um na modalidade de república –

08 vagas e o outro de acolhimento institucional na modalidade casa lar- 20 vagas,

constituindo-se no território que oferece maior número de unidades de atendimento.

5.1.6 CRAS Requião

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18

Este território é composto por 23 bairros, 4.939 famílias inscritas no Cadastro Único,

sendo que entre estas 1.107 são beneficiárias do PBF. No primeiro bimestre 125 famílias

descumpriram as condicionalidades do programa e 23 delas estão com seus benefícios

bloqueados e, 08 suspensos.

Quanto ao BPC na área de abrangência do CRAS temos: 579 BPC Idosos e 351 BPC de

Pessoa com Deficiência.

Para atendimento desta demanda referenciada ao CRAS, o PAIF realizou 402 inserções

e, ainda foram cadastradas no SICON (acompanhamento específico à família do PBF em

descumprimento das condicionalidades) 28 registros.

Salientamos que além do PAIF, o CRAS Requião realiza também as seguintes ações:

gestão do território, articulação com a rede socioassistencial e intersetorial,

referenciamento e contra referenciamento entre as proteções sociais e concessão de

benefícios entre outras.

Este território conta com a presença de três organizações não governamentais que

recebem recurso público em forma de cofinanciamento. Três entidades realizam Serviço

de Convivência Fortalecimento de vínculos – SCFV contemplando todas as faixas etárias

assim distribuídas: SCFV entre3 e 17 anos - 261 vagas e, uma instituição que também

atua na modalidade de inclusão produtiva ofertando 36 vagas. No que tange a oferta de

serviços estatais, este território sedia ainda um SCFV entre 6 e 15 anos, unidade que

atende 120crianças e adolescentes e, um serviço de acolhimento institucional em família

acolhedora – 15 crianças.

5.1.7 CRAS Santa Felicidade

Este território é composto por 74 bairros, 6.333 famílias inscritas no Cadastro Único,

sendo que entre estas 758 são beneficiárias do PBF. No primeiro bimestre 114 famílias

descumpriram as condicionalidades do programa e 18 delas estão com seus benefícios

bloqueados e, 08 suspensos.

Quanto ao BPC na área de abrangência do CRAS temos: 626 BPC Idosos e 349 BPC de

Pessoa com Deficiência.

Page 19: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

19

Para atendimento desta demanda referenciada ao CRAS, o PAIF realizou 437 inserções

e, ainda foram cadastradas no SICON (acompanhamento específico à família do PBF em

descumprimento das condicionalidades) 12 registros.

Salientamos que além do PAIF, o CRAS Santa Felicidade realiza também as seguintes

ações: gestão do território, articulação com a rede socioassistencial e intersetorial,

referenciamento e contra referenciamento entre as proteções sociais e concessão de

benefícios entre outras.

Este território conta com a presença de treze organizações não governamentais, todas

recebem recurso público em forma de cofinanciamento. Sete entidades realizam Serviço

de Convivência e Fortalecimento de vínculos – SCVF contemplando todas as faixas

etárias assim distribuídas: SCFV até 6 anos – 60 vagas, SCFV entre 6 e 17 anos – 690

vagas e SCFV Idosos – 45 vagas.

A rede socioassistencial conta ainda uma instituição que atende pessoas com câncer e

suas famílias, duas instituições na modalidade de habilitação e reabilitação sendo uma

delas que atende pessoas com deficiência intelectual e/ou múltiplas deficiências suas

famílias – 850 vagas e outra direcionada à pessoas com deficiência física neuromotora –

240 vagas. Ainda cedia no território, três serviços de acolhimento institucionais, sendo

dois deles cujo o público alvo são crianças e adolescentes atendidos na modalidade de

casa lar – 30 vagas, na modalidade de acolhimento institucional – 35 vagas e em família

acolhedora 15 – vagas.

No serviço de acolhimento institucional de longa permanência para idosos – 55 vagas.

Referente a oferta de serviços estatais, este território sedia um Centro de Convivência,

unidade que atende aproximadamente 55 pessoas, uma escola profissionalizante que atua

na modalidade de inclusão produtiva ofertando 595 vagas e, um serviço de acolhimento

institucional para adolescentes – 20 vagas.

5.2 Panorama das Políticas de Direitos e Setoriais

Além da política de assistência social para atendimento da demanda acima descrita, conta

ainda com a política de direitos nos seguintes segmentos: criança e adolescente, pessoa

com deficiência e idoso.

Page 20: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

20

No município de Maringá essa rede é formada por 72 instituições, muitas delas

desenvolvem ações em mais de um segmento, sendo que cada um, conta com um

Conselho que normatiza as ações desenvolvidas.

O CMDCA, conta com 50 instituições inscritas que desenvolvem diversos projetos com

crianças, adolescentes e famílias, sendo que 19 atuam exclusivamente nesta política e, 25

delas também desenvolvem ações dentro da política de assistência social.

Com relação a política de direitos da pessoa com deficiência, regulamentada pelo

CMDPD, há 16 instituições inscritas, sendo que 09 delas atuam exclusivamente nesta

política e outras 07 desenvolvem ações nas políticas de assistência social, criança e

adolescente e idosos.

Em se tratando da política dos direitos do idoso, são 11 instituições inscritas no CMDI,

sendo que apenas uma delas desenvolve ação exclusiva nesta política e, 05 atuam em

conjunto com a política de assistência social e política da pessoa com deficiência.

E ainda se faz necessário apontar que destas 72 instituições que atuam no município de

Maringá, 42 delas também estão inscritas no COMAS desenvolvendo serviços,

programas e projetos da política de assistência social, com ênfase numa realização mais

próxima ao preconizado às legislações específicas em vigor.

Rede Pública de Educação:

Municipal:

CEMEI: 58 unidades atendendo 10.671 alunos.

Escolas Municipais de Ensino Fundamental 1º ao 5º ano: 49, que atende

aproximadamente 15.957 sendo que 23 unidades oferecem o período integral

(Programa Mais Educação) atendendo, aproximadamente, 2969 alunos.

Educação de Jovens e Adultos – EJA fase I: 33 salas, que atende 559 alunos

Fonte: Planejamento Escolas Municipais – SEDUC (dados de novembro 2013)

Estadual:

Page 21: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

21

Ensino Fundamental II, Ensino Médio e EJA: 33 escolas, que realizou em 2013,

na totalidade, cerca 28.725 matrículas, segundo dados do Escritório Regional de

Educação.

Fonte: site www.nre.seed.pr.gov.br/maringa

Rede da Saúde Pública Municipal:

Unidades Básicas de Saúde: 29 unidades

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) da Infância e Adolescência: 1 unidade

CAPS II: 1 unidade

CAPS ad (álcool e drogas): 1 unidade

Residências Terapêuticas: 1 unidade

CISAM (Centro Integrado de Saúde Mental): 1 unidade

CEO - Centro de Especialidades Odontológicas: 3 unidades (1 próprio na

Policlínica Zona Norte, 1 no consórcio CISAMUSEP e 1 na UEM)

Ambulatório de DST/Aids: 1 unidade

Clínica da Mulher: 1 unidade

Policlínica Zona Norte e Policlínica Zona Sul com algumas especialidades

Unidades de Pronto Atendimento: 2 unidade

Central de Regulação do SAMU: 1 unidade

Hospital Municipal de Maringá: 1 unidade

Fonte: Planejamento Saúde (dados de novembro de 2013)

6. IDENTIFICAÇÃO DA COBERTURA DA REDE SOCIOASSISTENCIAL

A Rede Socioassistencial atualmente é formada por 22 unidades de serviços

governamentais e 39 entidades não governamentais que executam serviços, programas e

projetos nas proteções sociais básica e especial e realizam ações de atendimento,

assessoramento, defesa e garantia de direitos com inscrição do Conselho Municipal de

Assistência Social – COMAS. Além das Unidades de Serviços Socioassistenciais, o órgão

gestor executa outras ações voltadas para o Fortalecimento da Cidadania em 15 unidades.

Page 22: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

22

A Diretoria de Programas Sobre Drogas, vinculada a SASC, trabalha diretamente com 5

comunidades terapêuticas. Segue abaixo quadro demonstrativo desta rede.

Page 23: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

23

CRAS de

Referência Nome do

Equipamento Público Privado

Prédio Recursos

Humanos Serviços

Desenvolvidos Público

Atendido Capacidade

Nº de Atendidos no

1º semestre/2013 Próprio Não

Próprio

CRAS

Alvorada

CRAS

Alvorada X X

01 Coordenador

PAIF, Gestão do

Território e

demais serviços

de CRAS

Famílias 1000 532

03 Assist.

Sociais

02 Psicólogos

01 Ed. Social

04 Ed. de Base

01 Auxiliar

Adm.

02

Entrevistadores

02 Aux. Serv.

Gerais

01 Motorista

07 Estagiários

Centro de

Convivência

Eliseu Gianini X X

01 Coordenador

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos e

famílias 150 150

01 Ed. de Base

01 Instrutor de

Ofício

02 Aux. Serv.

Gerais

Page 24: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

24

Grupo Espírita

Allan Kardec X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Adolescentes

(15 a 17 anos) 30 54

AAPAC

(Parque

Avenida) X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças de

até 06 anos e

suas famílias

120

(distribuídos

em duas

unidades)

118

Abrigo Deus

Cristo e

Caridade X X

Inclusão

Produtiva Indivíduos 20 11

LBV X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

Adolescentes

de 6 a 15 anos 100 119

Casa

Assistencial

Bezerra de

Menezes

X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos 20 21

CRAS

Iguatemi CRAS Iguatemi X X

01 Assist.

Social

PAIF, Gestão do

Território e

demais serviços

de CRAS.

Famílias 500 164

01 Psicólogo

01 Ed. de Base

02 Estagiários

01 Aux.

Administrativos

03 Aux. Serv.

Gerais

Page 25: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

25

APMIF X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Adolescentes

(15 a 17 anos) 30 56

Aliança de

Misericórdia X X

Serviço de

Acolhimento

para População

em Situação de

Rua

Homens

maiores de 18

anos em

situação de

rua

30 47

CRAS

Itaipu

CRAS Itaipu X X

01 Coordenador

PAIF, Gestão do

Território e

demais serviços

de CRAS.

Famílias 500 115

01 Assist.

Social

01 Psicólogo

02 Ed. de Base

01

Entrevistador

01 Estagiários

01 Assist.

Administrativo

01 Aux. Serv.

Gerais

Ação Social

Santa Rita de

Cássia X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

adolescentes

(6 15 anos) 50 150

X X 01 Coordenador Famílias 500 232

Page 26: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

26

CRAS

Mandacaru

CRAS

Mandacaru

01 Assist.

Social

PAIF, Gestão do

Território e

demais serviços

de CRAS.

01 Psicólogo

01 Ed. Social

01 Ed. de Base

Aux.

Administrativo

06 Estagiários

01 Instrutor

03 Aux. Serv.

Gerais

01 Motorista

Centro Dia do

Idoso X X

01 Coordenador

Atendimento a

Idosos em

Centro Dia Idosos 20 20

01 Cuidador de

Idoso

01 Ed. de Base

01 Instrutor de

Ofícios

01 Aux.

Administrativo

06 Aux. Serv.

Gerais

02 Motoristas

Page 27: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

27

Centro Pop Rua X X

01 Coordenador

Serviço

Especializado

para Pessoa em

Situação de Rua;

Serviço de

Abordagem

Social

Indivíduos e

famílias em

situação de

rua

50 SEPSR: 331; AS:

254

01 Assist.

Social

01 Psicólogo

05 Ed. de Base

01 Agente

Social

01 Aux.

Administrativo

06 Aux. Serv.

Gerais

03 Motorista

Abrigo Mun.

Portal da

Inclusão X X

01 Coordenador

Acolhimento

Institucional

para população

em processo de

saída das rua

Homens

maiores de 18

anos 10 12

01 Assist.

Social

02 Agentes

Sociais

02 Aux. Serv.

Gerais

02 Ed. de Base

CREAS X X 0 Coordenador

PAEFI,

Abordagem;

Social a crianças

e adolescente;

Famílias e/ou

indivíduos

com direitos

violados

160 213

Page 28: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

28

0 Assist. Social Verificação de

Denúncias

0 Psicólogo

0 Ed. de Base

0 Ed. Social

0 Estagiários

0 Instrutor de

Ofício

0 Aux.

Administrativo

0 Aux. Serv.

Gerais

0 Motorista

Associação

Norte

Paranaense de

Áudio

Comunicação

Infantil –

ANPACIM

X X Habilitação e

Reabilitação

Pessoas com

Deficiência

Auditiva 60 48

Serviço de Obra

Social X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos 10 13

Associação

Beneficente X X

Serviço de

Convivência e Idosos 20 25

Page 29: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

29

Bom

Samaritano Fortalecimento

de Vínculos

Albergue Santa

Luiza de

Marilac X X

Acolhimento

Institucional em

Casa de

Passagem

Indivíduos e

Famílias 30 250/dia

CRAS Ney

Braga

CRAS Ney

Braga X X

01 Coordenador

PAIF, Gestão do

Território e

demais serviços

de CRAS.

Famílias 1000 177

01 Assist.

Social

02 Psicólogo

01 Ed. de Base

01 Ed. Social

06 Estagiários

01 Instrutor de

Ofício

01 Aux.

Administrativo

03 Aux. Serv.

Gerais

01 Motorista

Casa Lar do

Idoso Benedito

Franchini X X

01 Coordenador

Acolhimento

Institucional em

Casa Lar Idosos 20 19

01 Assist.

Social

08 Cuidador de

Idoso

Page 30: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

30

01 Estagiário

07 Aux. Serv.

Gerais

01 Motorista

06 Aux.

Enfermagem

Condomínio

Morada do Sol X X

Acolhimento em

República Idosos 8 8

ABEC – Centro

Social Marista X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

Adolescentes 250 246

Associação

Cultural e

Beneficente

Água Viva

X Centro Dia Idosos 20 20

Núcleo Papa

João XXIII X X Programa de

Inclusão

Produtiva Indivíduos 208 134

Associação

Maringaense

dos Autistas –

AMA

X X Habilitação e

Reabilitação Pessoas

Autistas 40 72

Associação

Beneficente

Estrela da

Manhã – Casa

de Emaús

X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos 15 18

Page 31: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

31

Lar Escola Bom

Samaritano X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

adolescentes

(6 a 15 anos) 40 42

AFIM X X Habilitação e

Reabilitação

Pessoas com

Deficiência

(Fissurados

Labiopalatal)

90 168

Asilo São

Vicente de

Paulo X X

Acolhimento

Institucional em

ILPI Idosos 85 90

ASSINDI X X

Assessoramento

e Defesa de

Garantia de

Direitos

Índios da

região norte e

centro-norte

do Paraná

70 índios

artesãos e

suas

famílias; 14

estudantes 108

Indígenas e

suas

famílias

Centro de

Convivência

Parque das

Palmeiras

X X 02 Instrutores

de Ofício

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos e

famílias 120 63 (média)

ASUMAR X X

Assessoramento

e Defesa de

Garantia de

Direitos

Pessoas com

deficiência

auditiva 180 80

CRAS Requião X X 01 Coordenador Famílias 1000 402

Page 32: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

32

CRAS

Requião

02 Assist.

Social

PAIF, Gestão do

Território e

demais serviços

de CRAS.

02 Psicólogo

03 Ed. de Base

01

Entrevistador

02 Estagiários

01 Instrutor de

Ofício

02 Aux.

Administrativo

02 Aux. Serv.

Gerais

Encontro

Fraterno Lins de

Vasconcelos X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

Adolescentes

(3 a 6 e 15 a

17 anos)

95 71

Inclusão

Produtiva Adultos 36 14

Nossa Senhora

de Sião X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

Adolescentes

(6 a 15 anos) 40 56

Isis Bruder X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

adolescentes

(6 a 17 anos) 90 142

Page 33: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

33

SCFV

Morangueira

(CIACA) X X

01 Coordenador

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

adolescentes

(6 a 15 anos) 120 122

06 Ed. de Base

03 Instrutores

de Ofício

06 Aux. Serv.

Gerais

Família

Acolhedora X X

01 Assist.

Social Serviço de

Acolhimento em

Família

Acolhedora

Crianças e

adolescentes 15 12

01 Psicóloga

CRAS

Santa

Felicidade

CRAS Santa

Felicidade X X

01 Coordenador

PAIF, Gestão do

Território e

demais serviços

de CRAS.

Famílias 1000 437

03 Assist.

Social

01 Psicólogo

02 Ed. de Base

02

Entrevistador

04 Estagiários

01 Instrutor de

Ofício

01 Aux.

Administrativo

01 Assessor

Administrativo

Page 34: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

34

03 Aux. Serv.

Gerais

Medidas

Socioeducativas X X

01 Coordenador

Serviço de

Medidas

Socioeducativas

de Liberdade

Assistida e

Prestação de

Serviço à

Comunidade

Adolescentes 80 526

02 Assist.

Social

03 Psicólogas

04 Ed. de Base

02 Ed. Social

01 Aux.

Administrativo

01 Motorista

03 Aux. Serv.

Gerais

Abrigo

Provisório

Municipal X X

01 Coordenador

Serviço de

Acolhimento

Institucional em

Abrigo

Adolescentes 20 61

02 Psicólogos

01 Ed. Social

03 Agentes

Sociais

09 Ed. de Base

01 Assist.

Administrativo

01 Aux.

Administrativo

Page 35: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

35

01 Estagiário

01 Instrutor de

Ofício

06 Aux. Serv.

Gerais

01 Motorista

Lar Betânia de

Maringá X X Acolhimento

Institucional em

Casa Lar Crianças 30 39

Recanto Somos

Todos Irmãos X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

Adolescentes

(6 a 15) 75 73

Lar Preservação

da Vida X X

Acolhimento

Institucional e

em Família

Acolhedora

Gestantes

acompanhadas

ou não de seus

filhos e

crianças

20 gestantes

30 crianças

31 gestantes e suas

crianças AI; 18

crianças AFA.

Associação de

Pais e Amigos

dos

Excepcionais –

APAE

X X Habilitação e

Reabilitação

Pessoas com

Deficiência

Mental 850 864

Creche Menino

Jesus X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

adolescentes

(6 A 15 anos) 175 205

Page 36: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

36

Casa Maternal

Evangélica X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

adolescentes

(6 a 15 anos) 110 116

Associação

Norte

Paranaense de

Reabilitação –

ANPR

X X Habilitação e

Reabilitação

Pessoas com

Deficiência

Física

Neuromotora

240 248

Lar dos

Velhinhos X X Acolhimento

Institucional em

ILPI Idosos 55 55

Lar Escola da

Criança X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças e

adolescentes

(6 a 17 anos) 330 357

Centro Social

Maria Tílio X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos 15 21

Centro de

Convivência

Santa

Felicidade

X X

01 Cuidador de

Idoso Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos 50 24 01 Aux. Serv.

Gerais

Esc. Prof. Prof.

Laura Rebouças

de Abreu X X

01 Coordenador Aprendizagem

profissional,

Capacitação

Profissional e

Adolescentes,

Jovens e

adultos 595 595

01 Assist.

Social

01 Psicólogo

Page 37: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

37

02 Ed. Social Inclusão

Produtiva 02 Ed. de Base

02 Aux.

Administrativo

06 Instrutor de

Ofício

07 Aux. Serv.

Gerais

01 Motorista

Rede Feminina

de Combate ao

Câncer X X

Acolhimento

Institucional em

Abrigo Indivíduos 167 454

AAPAC X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Crianças até 6

anos e suas

famílias 120 118

Centro Cultural

e Social São

Francisco

Xavier

X X

Serviço de

Convivência e

Fortalecimento

de Vínculos

Idosos 30 49

* No quesito Recursos Humanos, para a rede privada exige-se as condicionalidades estabelecidas pelo COMAS, em cumprimento as legislações em vigor.

Acrescenta-se ainda, que para a rede privada conveniada recebe subsídio parcial de seus custos, tendo a liberdade de execução não exclusiva dos serviços

cofinanciados, o que implica muitas vezes em otimização de recursos humanos. Frente a isso optamos por não detalhar o quadro de RH desta rede.

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38

OUTROS SERVIÇOS

Nome do

Equipamento Público Privado

Prédio

Recursos Humanos Serviços

Desenvolvidos Público Atendido Capacidade Nº de Atendidos

Próprio Não

Próprio

Telecentro Alvorada X 1 Estagiário Inclusão digital Indivíduos 2122

Telecentro Iguatemi X 1 Estagiário Inclusão digital Indivíduos 2594

Telecentro Borba

Gato X Inclusão digital Indivíduos 779*

Telecentro Floriano X 1 Aux. Serv. Gerais Inclusão digital Indivíduos 2043

Telecentro São

Silvestre X 1 Aux. Serv. Gerais Inclusão digital Indivíduos 712

Telecentro Tarumã X Inclusão digital Indivíduos 1640

Telecentro Thais X 1 Aux. Serv. Gerais;

1 Estagiário Inclusão digital Indivíduos 1926

Telecentro Parque

das Palmeiras X 1 Estagiário Inclusão digital Indivíduos 1634

Telecentro Requião X X 1 Aux.

Administrativo; 2

Aux. Serv. Gerais Inclusão digital Indivíduos 2343

Telecentro CSU X X 1 Estagiário Inclusão digital Indivíduos 1775

Restaurante Popular X X Segurança Alimentar 21205

PAC Social X X Habitação Famílias

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39

Centro Social

Urbano – CSU X X

Formação e

Qualificação

Profissional Jovens e adultos 186

Espaço da

Juventude Brinco

da Vila X X

01 Coordenador

Convivência e

formação para a

cidadania e

participação social.

Crianças e

adolescentes 546

01 Agente Social

01 Aux.

Administrativo

01 Instrutor de

Ofício

02 Aux. Serv. Gerais

Centro da

Juventude Antônio

Paulo Pucca X X

01 Coordenador

Convivência e

formação para a

cidadania e

participação social.

Adolescentes e

jovens

228

01 Assist. Social

02 Ed. de Base

01 Aux.

Administrativo

03 Aux. Serv.

Gerais

01 Coord. de

Esportes

02 Técn.

Desportivos

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40

7. ANÁLISE DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS: EXECUÇÃO DAS

AÇÕES

Para a análise dos serviços socioassistenciais executados pela rede socioassistencial, a

gerência de gestão do SUAS, por meio do setor de Vigilância Socioassistencial –

operacionalização da vigilância e monitoramento e avaliação realiza levantamento de

dados por meio de instrumentos específicos e o acompanhamento contínuo por meio dos

relatórios de atividades, utilizando-se de alguns indicadores que possam dimensionar a

execução das ações frente às normativas do SUAS. Mediante estes instrumentos e o

instrumental específico para a elaboração do Plano Municipal, descreveremos uma

avaliação sintetizada dos serviços socioassistenciais contemplando as dificuldades,

avanços e algumas necessidades de implementação.

7.1 Cadastro Único e Programa Bolsa Família

A gestão do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família está sob a responsabilidade da

Secretaria de Assistência Social e Cidadania – SASC, desde sua implantação. Os

responsáveis no Programa Bolsa Família pelas áreas da Educação e da Saúde ficam

sediados também nesta Secretaria.

A equipe do Cadastro Único avaliou como avanços a transferência da digitação para os

CRAS; melhor acompanhamento do gestor; trabalho das equipes de gestão do PBF

realizado no mesmo ambiente: Saúde Educação e Assistência Social; estabelecimento de

cronograma de reuniões com os CRAS, Saúde, Educação, Assistência Social, PETI e

CREAS. Apresentou como dificuldades ainda existentes a falta de estrutura: capacitação

dos servidores, falta de mobiliários e deficiência no sistema; dificuldade junto aos CRAS

na realização de busca ativa das famílias em descumprimento de condicionalidades do

PBF; espaço inadequado para o desenvolvimento do trabalho, dificuldade com reposição

de servidores e estagiários, melhor equipamento de trabalho; falta de ambiente exclusivo

do Cadastro Único para a realização de reuniões, ocasionando dificuldade de

agendamento e conflitos de datas.

A equipe da Secretaria de Educação apresentou os seguintes avanços na gestão do PBF:

manter o índice de acompanhamento da condicionalidade da educação em 90%; Reunião

realizada no dia 04/06/2013 com os estabelecimentos de ensino com o objetivo de

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41

repassar a nova tabela de motivos de baixa frequência; atendimento à solicitação das

escolas de repassar, aos estabelecimentos de ensino, os resultados das análises dos

recursos. E não apontou dificuldades.

A equipe da Secretaria de Saúde assinalou que o alcance do índice de acompanhamento

das condicionalidades da Saúde, pactuada pelo município e a capacitação em todas as

UBS, com as equipes do PSF e diretores sobre o PBF, com ênfase nas condicionalidades

da saúde foram avanços alcançados pelo serviço. Já a falta de atualização do Cadastro

Único, especialmente quanto ao critério de senha, foi considerado como ainda uma

dificuldade enfrentada.

A participação de estudos de caso, em conjunto com setores da rede socioassistencial,

poder público, saúde, educação, CRAS, CREAS e outros setores envolvidos, para ações

estratégicas que viabilize a superação da situação do indivíduo e familiar apresentada; a

articulação intersetorial do acompanhamento das condicionalidades do PBF com saúde e

educação e os relatórios realizados após os registros dos descumprimentos das

condicionalidades, que sinalizam indicadores de pactuação, foram relatados pelo Serviço

Social do Programa Bolsa Família como avanços. As dificuldades que alguns técnicos da

rede têm em assimilar instruções e orientações das ações operacionais de

acompanhamento referentes ao SICON e no preenchimento dos recursos do PBF, é

colocado como repetitivo, desgastante e sobrecarga para a equipe.

As equipes técnicas de Saúde, Educação e Serviço Social, responsáveis pela gestão do

PBF, apontaram juntas como avanços alcançados foram a análise de recursos das famílias

em descumprimento das condicionalidades do PBF que realizada em conjunto com os

técnicos dos CRAS; o estabelecimento de fluxo em relação a todo processo de

acompanhamento das famílias em descumprimento de condicionalidade, tendo o Serviço

Social do PBF como responsável e o envolvimento da Vigilância Socioassistencial; e, o

trabalho intersetorial entre a equipe técnica do PBF (assistência social, educação e saúde)

com os CRAS e CREAS. Como dificuldades levantaram as atividades paralelas com os

técnicos dos CRAS não respeitando a agenda da análise dos recursos e a necessidade de

ampliação da equipe do Serviço Social do Cadastro Único e PBF com a contratação de

um auxiliar administrativo.

7.2 Proteção Social Básica

Page 42: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

42

7.2.1 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF

No acompanhamento dos relatórios trimestrais de atividades do ano de 2013, podemos

apresentar alguns dos avanços elencados pelas equipes dos CRAS: contratação de

entrevistadores para o Cadúnico auxiliando no atendimentos desta área; oferta de cursos

diversificados que amplia a possibilidade de escolha das famílias com potencial

empregador; reordenamento do PAIF – avaliação da cota de alimentos/desvinculação da

cota dos grupos com familiares (Seguindo as Orientações Técnicas); melhorou a interação

e formação de vínculos no grupo socioeducativo; implantação do instrumento do

atendimento Plano de Atendimento Familiar; maior acompanhamento sociofamiliar pelo

PAIF; criação de grupo de estudos das Orientações técnicas do PAIF; realização de

capacitações para a equipe; realização de trabalho em rede por meio de estudos de casos

e discussões realizadas mensalmente; reuniões mensais para acompanhamento aos

coletivos do Projovem; realização de grupos com famílias pela dupla de t assistente social

e psicóloga.

Algumas das dificuldades registradas foram estruturais como recursos humanos

insuficientes frente a demanda e para atendimento satisfatório no PAIF, adequações no

espaço físico, equipamentos, motorista e veículo, falta de sistema de informações para

mensurar os dados solicitados pela Secretaria e MDS. Outras dificuldades elencadas se

referem a: necessidade de implementar fluxo de atendimento, referência e contra

referência com rede socioassistencial e políticas setoriais; necessidade de implantar fluxo

de atendimento padrão nas unidades; acesso dos programas do Governo Federal;

entendimento de algumas famílias do benefício da cota de alimentos como um benefício

contínuo e não eventual; localização das famílias em descumprimento de

condicionalidades do PBF; adesão dos usuários nas oficinas socioeducativas na região do

Itaipu.

Observamos que referente as principais atividades desenvolvidas nos CRAS (execução

do serviço PAIF e Gestão territorial) necessitam de implementações dentro das

orientações técnicas para possibilitar a referência e contra referência entre a rede de

serviços socioassistenciais. Outra questão que precisa ser implementada é a busca ativa

com o objetivo de identificar as situações de vulnerabilidades no território e perfil dos

atendidos dentro da gestão territorial possibilitando assim o melhor planejamento das

ações para superação das situações identificadas no território, ação a ser realizada com

suporte do órgão gestor.

Page 43: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

43

Entre as ações desenvolvidas e relatadas, observa-se o desenvolvimento do Plano

Individual de Atendimento – Familiar e estudo social, atividades dentro do trabalho social

essencial tipificado. A equipe aponta como necessidade de capacitação nesta área, o que

pode subsidiar com a realização de um estudo diagnóstico para identificar as demandas

relacionadas a família e território, bem como estratégias de planejamento participativo

com a família, envolvendo os demais serviços socioassistenciais e demais políticas

setoriais, firmando em conjunto responsabilidades para o atendimento/acompanhamento

familiar no território. Outra demanda dentro da gestão do trabalho são capacitações

continuadas para toda a equipe, estudos e reflexões sobre as orientações técnicas do

CRAS e PAIF.

Salientamos que a gerência de proteção social básica e coordenação dos CRAS

encontram-se constantemente em reflexão e discussões com equipe para definir as

atividades principais dos CRAS dentro da política de assistência social e as outras ações

que não são de sua competência estão sendo articuladas às demais políticas públicas e

órgãos de defesa de direitos com agendas sistemáticas, podendo assim aprimorar o

trabalho desenvolvido da equipe de trabalho e cumprir com as regulações federais do

MDS. Como já mencionado nas considerações do panorama da Política de Assistência

Social, a SASC implantará novas unidades de CRAS, bem como está em processo de

avaliações organização dos usuários e serviços conforme territorialização.

Vale ressaltar que o município em 2013 realizou o aceite do Programa Família

Paranaense, do governo do estado, que visa articular as políticas públicas de várias áreas

do Governo, almejando o desenvolvimento, o protagonismo e a promoção social das

famílias que vivem em maior situação de vulnerabilidade e risco no Paraná. Objetiva

estabelecer uma rede integrada de proteção às famílias através da oferta de um conjunto

de ações intersetoriais planejadas de acordo com a necessidade de cada família e das

especificidades do território onde ela reside.

Ainda em 2012 houve a renovação do aceite do Programa BPC na Escola, junto ao MDS,

que é o Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência na

Escola das Pessoas com Deficiência Beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada

da Assistência Social (BPC) que tem como prioridade as pessoas com deficiência

beneficiárias do BPC, até 18 anos de idade. As ações deste programa inclui ações

intersetoriais, envolvendo além da Secretaria de Assistência Social, as Secretarias de

Educação e Saúde.

Page 44: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

44

7.2.2 Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV

Em relação aos serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos -SCFV

desenvolvidos pela rede do SUAS, obtivemos as seguintes informações mediante o

acompanhamento realizado:

SCFV- 0 a 6 anos: podemos destacar que a execução deste serviço para crianças de 3 a

6 anos se dá apenas por duas (2) instituições não governamentais, iniciando com uma

instituição atendendo a meta de 60 crianças e 60 famílias e ampliando mais uma

instituição no 3º bimestre deste ano, com a meta de 30 crianças e 30 familiares.

Observamos que a demanda atendida a esta faixa etária é pequena comparada com os

demais serviços de convivência, contudo destacamos que a entidade pioneira na

implantação deste serviço acaba executando também o atendimento sociofamiliar com

acompanhamento sistemático. Os dois serviços apontaram como dificuldade a articulação

com os CRAS para encaminhamentos do público para inserção no serviço e o trabalho

com as famílias (PAIF) seguindo o desenho do serviço pelas orientações técnicas do

MDS.

Os avanços observados na execução deste serviço foram o fortalecimento dos vínculos

familiares e desenvolvimento infantil.

SCFV – 6 a 15 anos: em relação a esta modalidade no município, trata-se da faixa etária

que apresenta maior cobertura de atendimento, sendo o serviço oferecido no maior

número de entidades e em apenas 1 unidade governamental.

A maior parte das entidades conveniadas vem executando suas ações conforme planejado,

respeitando as Orientações Técnicas do MDS, com notáveis mudanças na metodologia

de atendimento a partir de 2012 e 2013, sendo alguns dos pontos positivos: a organização

das oficinas por eixos temáticos, oferecimento de ações diversas nas áreas cultural,

recreativa, artística, jogos cooperativos, a realização de grupo de convivência e

fortalecimento de vínculos diretamente com as crianças e adolescentes por profissional

de nível superior de referência, ações para convivência comunitária, estratégias de

envolvimento da participação das famílias no processo de acompanhamento e

desenvolvimento de seus filhos, elaboração de pacto de convivência entre os atendidos,

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ações de protagonismo, dentre outras, alcançando o objetivo de fortalecimento dos

vínculos familiares e comunitários.

Para as entidades não conveniadas, há ainda dificuldades estruturais de recursos humanos

e financeiros, bem como desenho do serviço conforme preconizado pelo MDS.

As instituições não governamentais relatam dificuldades no processo de articulação e

referenciamento junto aos CRAS com: acompanhamento pelo PAIF, reuniões para

planejamento de estratégias em conjunto com os CRAS, fluxo de encaminhamentos do

público prioritário para o serviço, acompanhamento dos coletivos por técnico de

referência do CRAS, bem como necessidade de capacitações específicas do SCFV pelo

gestor.

Para a unidade governamental, registramos como dificuldade a insuficiência de recursos

humanos, sobretudo equipe técnica de referência para atendimento direto às crianças e

adolescentes, bem como redefinir o desenho da metodologia do serviço em cumprimento

com as orientações técnicas do MDS.

SCFV para adolescentes de 15 a 17 anos: serviço executado apenas por entidades, com

destaque de que recebe acompanhamento por coordenação específica vinculado ao órgão

gestor a qual fez todo o processo de implantação deste serviço no município e

acompanhamento em sistemas do MDS, destacando que é um serviço que iniciou

seguindo os desenhos e normativas do MDS.

Assim, há muitos avanços no que tange ao processo de desenvolvimento dos adolescentes

com ações de protagonismo, intervenções na comunidade, abordagem sobre a preparação

para o mundo o trabalho, fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Para este

serviço, há o referenciamento dos técnicos dos CRAS e reuniões sistemáticas entre

CRAS, serviços e gestor para planejamento e avaliação de sua execução, conforme

preconizado nas regulamentações do SUAS. Outro avanço é a articulação com programas

de aprendizagem profissional para encaminhamento dos adolescentes que se desligam do

SCFV.

SCFV para idosos: o atendimento neste serviço é oferecido apenas pela rede privada.

Tratam-se de entidades que executavam outras ações e que pela necessidade de

continuarem vinculadas ao COMAS e ao SUAS, optaram por oferecer este serviço no

município.

Page 46: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

46

Assim, de forma geral todas as instituições apresentaram dificuldades no levantamento

do público prioritário para inserção no serviço e ainda há dificuldades para a adesão dos

usuários nas atividades. Algumas apresentaram como dificuldade a falta de

encaminhamentos dos usuários pelos CRAS.

Por se tratar de um serviço cujas orientações são as mais recentes publicadas pelo MDS,

observamos que todas necessitam de reordenar o desenho dos serviços para que consigam

oferecer o atendimento seguindo os percursos das orientações técnicas nacionais. Para

tanto, o órgão gestor necessita realizar capacitações sobre este serviço, bem como estreitar

a articulação e referenciamento junto aos CRAS.

De forma geral, todos os serviços de convivência estão implementando suas ações na

tentativa de cumprir com as regulações federais, sendo que o COMAS e SASC vem

orientando o processo de profissionalização do atendimento e execução das ações

tipificadas.

Observamos que a necessidade imediata dos serviços de convivência está no processo de

referenciamento e contra-referenciamento, com a gestão territorial junto aos CRAS

conforme preconiza as orientações técnicas do CRAS e dos SCFV.

Ressaltamos que o gestor da Política de Assistência Social realizou o aceite financeiro

para o Reordenamento do SCFV, o qual estabeleceu a capacidade de atendimento em 890

vagas e 445 metas de inclusão do público prioritário. A gerência de proteção social básica

está organizando o processo de reordenamento junto aos CRAS e serviços da rede para

orientações sobre o padrão de funcionamento das ações.

7.2.3 Programa de Inclusão Produtiva

Esta modalidade de atendimento prevista pela PNAS dentro da proteção social básica

para atendimento aos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social é

realizada por 3 entidades não governamentais e 1 unidade governamental.

No município, é oferecida a qualificação profissional para inserção no mercado de

trabalho em diversas áreas como costura industrial, marcenaria, cabeleireiro,

manicure/pedicuro, bem como a qualificação para grupos de produção na área de

culinária/produtos alimentícios visando a geração de renda e autonomia das famílias

atendidas.

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47

Como pontos positivos está o oferecimento de ações na dimensão socioeducativa com

módulos que preparam o usuário para a inserção no mercado de trabalho e com reflexões

de temas necessários à sua área de atuação e cidadania.

A maior dificuldade das entidades que executam a qualificação profissional está na

inserção ao mercado de trabalho, visto que o curso é concluído, mas a família necessita

ser trabalhada em outros aspectos a fim de atingir os objetivos do programa, necessitando

maior integração com o PAIF, maiores parcerias com os setores industrial e comercial

para absorver a mão de obra e ainda é preciso o acompanhamento a esses indivíduos e

famílias após a conclusão dos cursos. A articulação para recebimento de

encaminhamentos pelos CRAS também é apontada como um ponto dificultador.

A unidade governamental, registrou a necessidade de uma maior articulação com a rede

socioassistencial em especial com o CRAS/PAIF, possibilitando a maior integração para

estudo da demanda e planejamento das ações/cursos que correspondam a

necessidade/perfil dos usuários, bem como a articulação entre as equipes para que juntas

possam estudar e viabilizar, junto ao gestor, a superação das questões que limitam a

inserção dos usuários da assistência social nos cursos existentes desenvolvidos pelo

sistema S, pois, os cursos de qualificação profissional exigem escolaridade das pessoas,

o que não corresponde à demanda da assistência social e alguns ocorrem em horário

diurno dificultando a adesão das famílias que trabalham.

Esta é uma questão que precisa ser discutida entre a SASC e os órgãos executores para

não limitar o acesso, nem excluir os que realmente precisam da capacitação para o

mercado de trabalho.

Observamos que é um serviço que requer a interface com outras políticas e profissionais

de outras áreas da política de desenvolvimento, trabalho, necessitando de parcerias com

órgãos como do sistema S por possuírem profissionais habilitados.

O MDS não dispõe de orientações específicas para este serviço, apenas um Guia do

SUAS, nº1 de 2005, o que acaba limitando as orientações do órgão gestor para a execução

das ações, por não estar tipificado.

No tocante a esta área, o município realizou o aceite do Programa Acessuas Trabalho,

com 4.496 metas de mobilização para 2013 e 2.248 vagas para o PRONATEC. O

Programa Acessuas Trabalho possui a finalidade de promover a integração dos usuários

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da assistência social ao mundo do trabalho por meio de ações articuladas e mobilização

social com acompanhamento dos usuários em situação de vulnerabilidade e risco social

para acesso a cursos de capacitação, bem como a formação profissional e demais ações

de inclusão produtiva.

É previsto a composição de equipe específica, o que pode facilitar a articulação entre os

programas executados pela rede pública e privada.

Este tipo de serviço atende pessoas de todas as regiões do município, pois a qualificação

requer estruturas específicas instaladas e parcerias com órgãos certificadores, não sendo

uma ação distribuída por territórios.

7.2.4 Assessoramento e Defesa de Direitos

De acordo com a Lei nº 12.435/11 e Resolução nº 27/11 do CNAS, caracteriza-se dentro

desta modalidade de atendimento apenas entidades não governamentais que oferecem

serviços prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das

organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da

política de assistência social e/ou voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos

direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania,

enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de

direitos, dirigidos ao público da política de assistência social. Não há orientação

específica para inseri-las nos níveis de proteção social, mas no município, as duas

entidades executoras encontram-se inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social

enquanto proteção social básica.

Uma das entidades executa atendimento aos indígenas artesãos da região Centro Norte-

Norte do Paraná em situação de vulnerabilidade social e suas famílias realizando acolhida

e atendimento conforme as suas necessidades básicas, tendo como foco o apoio para as

famílias venderem seu artesanato no município para acesso à renda.

É apontado como a maior dificuldade recursos financeiros insuficientes (de parcerias e

do poder público) para a manutenção e implementação do atendimento, bem como

parcerias com órgãos públicos para venda do artesanato e apoio da cultura indígena.

Como avanços está a profissionalização do atendimento, a inserção dos indígenas e suas

famílias em espaços de controle social e defesa dos direitos, orientações sobre cidadania

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e direitos sociais, articulação com as políticas públicas para projetos de atendimento e

acesso aos direitos dos indígenas, cursos e orientações para a produção do artesanato dos

indígenas.

A outra entidade realiza atendimento aos surdos de ambos os sexos e familiares,

oferecendo atendimento e articulação com a rede socioassistencial e rede intersetorial de

acordo com as demandas apresentadas pelos surdos para acesso e garantia dos direitos

com ações como: o favorecimento da inserção e acompanhamento no mundo do trabalho,

a oferta do curso de LIBRAS para o acesso dos usuários e famílias à rede de serviços e

participação em eventos, dentre outras. Um dos avanços observados é a articulação com

a rede municipal para o acesso dos direitos dos surdos. As dificuldades referem-se a

ausência de profissionais nos serviços públicos e privados capacitados em LIBRAS para

atendimento aos usuários.

Como tratam de serviços não tipificados e sem orientações técnicas publicadas, há ainda

dúvidas no desenho desta modalidade, havendo a necessidade de maiores regulações pelo

MDS, mas observa-se que as entidades tem procurado articular-se com a rede

socioassistencial e demais políticas públicas para implementar suas ações.

7.3 Proteção Social Especial

7.3.1 Serviços de Média Complexidade

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, unidade pública,

é referência para a oferta de trabalho social a famílias e indivíduos em situação de risco

pessoal e social por violação de direitos, que demandam intervenções especializadas no

âmbito do SUAS.

O CREAS oferece os serviços tipificados de PAEFI – Serviço de Proteção e Atendimento

Especializado a Famílias e Indivíduos e Abordagem Social para Crianças e Adolescentes,

e o serviço não tipificado de Verificação de Denúncias.

7.3.1.1 Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos –

PAEFI

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Este equipamento, em especial com serviço de PAEFI – Serviço de Proteção e

Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos, em conjunto com o equipes técnicas

do órgão gestor, no segundo semestre de 2012, passou por processo de reordenamento,

para delimitação de público prioritário, organização das equipes, definição de papéis,

elaboração de fluxo, organização de metodologia de atendimento, organização do espaço

físico. Foram apontados, pela equipe, os seguintes avanços: a melhoria na dinâmica do

trabalho em equipe do PAEFI, que contribuiu para o fortalecimento das famílias atendidas

no desempenho de sua função protetiva, bem como para rompimentos de padrões

violadores, favoreceu ainda, o progresso na inclusão destas no sistema de proteção social

e nos serviços; organização do fluxo de atendimento; articulação com a rede;

atendimentos psicoterápicos pelas UBS; disponibilização de veículos p/

acompanhamento familiar; reuniões periódicas (semanal) da equipe para planejamento,

avaliação dos atendimentos.

Esta unidade apresenta algumas necessidades no âmbito estrutural como veículo,

motorista para a realização de busca ativa das famílias, público do PAEFI; espaço físico;

um advogado para compor a equipe, em cumprimento às normativas vigentes e atender à

demanda do serviço; assessoria técnica; capacitação permanente para atuação com

famílias e abordagem com crianças e adolescentes, bem como estabelecer o fluxo de

atendimento entre os serviços (Abordagem/PAEFI/C.T) para o melhor encaminhamento,

atendimento e acompanhamento dos casos identificados, dando mais resolutividade ao

trabalho.

Também em 2012 o município realizou o aceite de expansão do Cofinanciamento para os

Serviços de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI,

sendo este o 2º do município.

Para a implantação do 2º PAEFI foi estabelecido pelo Ministério de Desenvolvimento

Social – MDS o prazo de um ano, prorrogável por mais um ano, oficialmente justificada

a necessidade. Foi solicitado em julho de 2013 a prorrogação do prazo de implantação do

PAEFI. Diante da não execução, o recurso repassado foi suspenso até a sua implantação.

7.3.1.2 Serviço de Abordagem Social

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Existem dois (2) serviços de Abordagem Social em Maringá, um para criança e

adolescente desenvolvido no CREAS e outro para jovens e adultos, no Centro

Especializado para Pessoas em Situação de Rua – Centro Pop.

O Serviço de Abordagem Social para crianças e adolescentes, realiza abordagem e busca

ativa em locais como logradouros, praças, e outros espaços públicos, para identificação

de incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação

de rua, e outras situações de Risco.

Frente ao reordenamento do CREAS supracitado, passou a ter um espaço mais apropriado

para o desenvolvimento das ações e um técnico foi designado como referência do serviço

junto à coordenação responsável do CREAS.

O serviço avaliou que a estruturação do serviço de abordagem como um serviço que

atende exclusivamente as situações de abordagem social, possibilitou expandir o território

de abrangência das abordagens preventivas. (Requião, Santa Felicidade, Cidade Alta,

Parque das Grevíleas, Alvorada, Hortência, Vila Varderlina entre outros), além disso,

permitiu a equipe ter uma atenção mais intensificada para os locais onde se concentram

maior número de adolescente em situação de rua/risco (Avenida Colombo, a Mandacaru

e a Brasil. Outros bairros atendidos: Jardim Olímpico, Vila Esperança, Operária, Jardim

Universo, Residencial Tuiuti, Conjunto Paulino, Jardim Diamante, Zona 7, Parque da

Gávea, Jardim Indaiá).

Ainda como avanço foi considerado pela equipe o desenvolvimento de ações no sentido

de estabelecer uma relação mais próxima com a população indígena, assistida pela

entidade Associação Indigenista de Maringá- ASSINDI. Algumas melhorias foram com

relação à aquisição de linha telefônica própria e acesso à Internet, conta ainda com o 0800

para acolher as denúncias.

Embora tenha sido delimitado o seu campo de atuação ainda há intervenção de outros

departamentos sobre este atendimento, de maneira que o serviço prioritário de abordagem

tem que ser adiado para atender solicitações de outros serviços e demandas da rede, além

da exigência de empréstimo do carro e do motorista para outros setores.

Foram apontados pelo serviço algumas dificuldades ainda enfrentadas, como: constantes

lacunas deixadas pela falta de motoristas ou por férias, licenças, banco de horas, etc.;

mesmo com a obtenção de um local próprio para o serviço, ainda existem dificuldades

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estruturais e humanas, por exemplo: equipamentos, espaço reservado para acolhida das

crianças e adolescentes após abordagem, ainda não tem estrutura suficiente para os

atendimentos e nem educadores suficientes para realizar o trabalho; dificuldade de

conseguir apoio nas ações com crianças abordadas nas ruas de Maringá que residem,

principalmente, em Sarandi; material de divulgação e campanhas; necessidade de

capacitações continuadas; maior aproximação com órgãos de defesa para esclarecer o

papel do serviço.

O Serviço de Abordagem Social para jovens e adultos, vinculado ao Centro de Referência

da Pessoa em Situação de Rua, realiza abordagem e busca ativa em locais como

logradouros, praças, e outros espaços públicos, para identificação de incidência de

famílias e indivíduos com direitos violados em situação de rua, dentre outras.

A mudança de instalações do Centro Pop para novo endereço, a destinação de um espaço

próprio nesta unidade para o Serviço de Abordagem Social e a disponibilidade de veículo

reserva para programação de manutenção foram considerados pela equipe como avanços.

Para a melhor qualidade do serviço faz necessário capacitação continuada.

Em 2013 o município realizou aceite de expansão de cofinanciamento do governo federal

para o Serviço Especializado em Abordagem Social, ampliando para mais 2 equipes.

7.3.1.3 Serviço de Verificação de Denúncias

O Serviço de Verificação de Denúncias recebe denúncias de todo o município sobre

situações de violação de direitos de crianças, adolescentes, idosos e PCD. Este serviço

vem sendo discutido, em âmbito Nacional, se deve permanecer na Assistência Social,

pois entende-se que se trata de Segurança Pública. Como ainda não se chegou há uma

resposta, em Maringá, a partir do reordenamento, tentando minimizar a discrepância

entre o que era ofertado do que se propõe a Política de Assistência Social, este serviço

passou a ser um apoio direto do PAEFI, realizando a triagem dos casos, uma vez que

chegam muitos encaminhamentos e denúncias equivocados. Recentemente ganhou

um espaço individual (sala), equipe própria de referência, disponibilização de carro

para o serviço, o que propiciou melhor execução do trabalho de verificação.

Alguns apontamentos foram realizados pela equipe sobre dificuldades que enfrentam

como denúncias ou encaminhamentos com informações insuficientes, causando

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prejuízo ao trabalho; falta de instrumento padrão para os registros dos atendimentos

que propiciem relatórios que atendam a contento as solicitações de informações.

Após o reordenamento, houve uma ampliação de público a ser atendido, passando do

atendimento exclusivo à crianças e adolescentes, para também idoso e PCD, o que

ocasionou aumento significativo da demanda, e neste período houve diminuição da

equipe por desligamento de uma técnica; o carro é com frequência cedido com outros

serviços para suprir férias e ausências dos demais motoristas, desfalcando por vezes

o serviço de verificação.

7.3.1.4 Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida - LA, e de Prestação de Serviços à

Comunidade – PSC

O Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade

– PSC é executado numa unidade separada do CREAS atendendo em média por mês 500

adolescentes e suas famílias.

A ampliação do espaço físico com a locação de um espaço ao lado da unidade para

atendimentos individuais com privacidade; ampliação da equipe com a contração de

assistente social, psicóloga e pedagogas; a realização das oficinas de instrumentos

musicais e capoeira; o registro do número de adolescentes ao invés de somente o de

medidas socioeducativas e, a aquisição de um veículo tipo VAN foram apontados pela

equipe como grandes avanços no trabalho.

Como dificuldades foram apresentadas: locais para encaminhamentos do cumprimento

de medidas de PSC; adesão/frequência de cumprimento de LA; equipe técnica reduzida

frente a demanda normatizada; falta de vale transporte para locomoção dos adolescentes

em cumprimento de medidas socioeducativas.

Foi realizado o aceite do programa de Atenção às Famílias dos Adolescentes Internados

por Medida Socioeducativa – AFAI, do governo do Estado do Paraná, que objetiva

estabelecer uma rede integrada de proteção às famílias dos adolescentes em cumprimento

de medida socioeducativa de internação, por meio da oferta de um conjunto de ações

intersetoriais planejadas de acordo com a necessidade de cada família e das

especificidades do território onde ela reside.

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7.3.1.5 Atendimento a idosos em Centro Dia

Dentro da proteção social especial de média complexidade há a oferta do serviço de

atendimento aos idosos em centro dia, executado por uma unidade governamental e uma

entidade.

Este serviço não está contemplado na Tipificação Nacional dos Serviços e não se encontra

descrito na PNAS, o que limita o acompanhamento e as orientações técnicas das ações

ofertadas.

A partir de 2009 com a Tipificação de Serviços Socioassistenciais a unidade Centro Dia

está descrita como uma das unidades que o serviço de média complexidade Serviço de

Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias pode ser

realizado, o que não corresponde a atividade desenvolvida pela rede. Referente ao

atendimento em Centro Dia para Idosos as normativas encontradas são o Decreto 1948/96

e a Portaria MPS/SAS nº 73/2001, que estabelecem o atendimento nesta unidade

intersetorial entre as políticas de saúde e assistência social.

Considerando o atendimento realizado, avaliamos que é uma ação desenvolvida no

município que, apesar de não ser um serviço tipificado, é importante para a proteção

social dos idosos, realizando um trabalho de prevenção e evitando a institucionalização e

o isolamento dos mesmos, cumprindo em partes com os objetivos da política de

prevenção das situações de vulnerabilidade social. Em relação aos encaminhamentos e

acompanhamento pelas unidades CRAS e CREAS, referenciamento e contra

referenciamento, há necessidade de maior articulação e fluxos entre os serviços e os

equipamentos públicos, implementando assim o trabalho de prevenção que executam. Há

ainda necessidades estruturais como ampliação do espaço físico na unidade

governamental e recursos humanos para ampliação do atendimento.

Para esta modalidade, avaliamos a necessidade de realizar estudo e discussão entre o

gestor, Comas e serviços, com base na descentralização administrativa e municipalização

(realidade do município) para melhor definição de um padrão mínimo das atividades a

serem realizadas, facilitando o seu acompanhamento e planejamento. Segundo consulta

ao MDS/SNAS/Proteção Social Especial o município tem autonomia para definir padrões

de qualidade dentro das normativas federais vigentes, mesmo sem a publicação de

orientações técnicas específicas pela união. Nos relatórios de atividades foi registrado um

nº 42 pessoas para enquanto demanda reprimida até o 3º trimestre/13 e há diversas

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propostas deliberadas nas Conferências Municipais da Política de Assistência Social e

dos Direitos do Idoso solicitando mais vagas em centro dia, sendo necessário um estudo

sobre a real demanda para discussões no Gestor sobre a ampliação do atendimento.

7.3.1.6 Atendimento de Habilitação e Reabilitação da Pessoa com Deficiência

O município comporta entidades que realizam atendimentos especializados à pessoa com

deficiência com interface nas políticas de educação, saúde, trabalho e outros, visando o

desenvolvimento das potencialidades e habilidades para inclusão social e à melhoria da

qualidade de vida das pessoas com deficiência, atendendo uma demanda de Maringá,

região e outros municípios. As entidades realizam atendimento aos seguintes públicos:

pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla deficiência e suas famílias; pessoas com

fissura lábio palatal: crianças, adolescentes e adultos; pessoas com deficiência física

neuromotora; pessoas com deficiência auditiva e surdez e pessoas com transtorno do

espectro autista. Cada entidade executa procedimentos e atendimentos especializados

conforme a necessidade dos atendidos e vem cumprindo com as ações previstas em seu

plano de ação.

Observamos que este serviço é previsto na LOAS e PNAS, porém não está caracterizado

na Tipificação Nacional dos Serviços, não havendo a publicação de orientações técnicas.

Em 2011, o CNAS publicou a Resolução do CNAS nº 34 sobre a Habilitação e

Reabilitação, porém com a mesma não se visualiza o desenho do serviço, sendo

necessário aguardar novas regulações e assim realizar o estudo pela SASC e COMAS

para definir as ações dentro da política de assistência social. Outra necessidade municipal

é que as políticas de educação e saúde também realizem estudos para apoio às instituições

de atendimento às entidades desta área. Recentemente, foi promulgada a Lei nº 12.868,

de 15 de outubro de 2013, que, dentre outras, altera a Lei 12.101/2009, que dispõe sobre

a Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social - CEBAS prevendo a

certificação pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome as entidades

que prestam serviços ou ações com o objetivo de habilitação e reabilitação da pessoa com

deficiência, e a promoção da sua inclusão à vida comunitária, no enfrentamento dos

limites existentes para as pessoas com deficiência, ainda que exerçam suas atividades em

articulação com ações educacionais ou de saúde.

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7.3.2 Serviços de Alta Complexidade

7.3.2.1 Serviços de Acolhimento

O município oferece serviços de acolhimento para crianças, adolescentes, adultos

e famílias e idosos em situação de risco social e pessoal por meio de unidades

governamentais e entidades, que atendem o âmbito municipal e não estão divididas por

territórios. Mediante o acompanhamento e levantamento de dados, podemos apresentar

uma breve análise conforme segue abaixo:

a) Serviços de acolhimento institucional e familiar para criança e adolescente

O município possui 3 serviços de acolhimento institucional sendo 2 na modalidade abrigo

(1 gov. e 1 não gov.) e 1 na modalidade de casa lar (não gov.). Possui ainda 2 serviços de

acolhimento familiar (1 gov. e 1 não gov.)

É valido informar que nos anos de 2010 e 2011 o órgão gestor, mediante o apoio técnico

do setor de monitoramento e avaliação realizou o processo de capacitação e

reordenamento destes serviços por meio de comissão municipal que se reuniu

quinzenalmente para estudos e discussão da padronização dos instrumentos de

atendimento e metodologia seguindo as Orientações Técnicas: serviço de acolhimento

criança e adolescente (MDS/CNAS/CONANDA 2009), sendo obtido como resultados:

A padronização dos roteiros para Plano de Atendimento Individual e Familiar –

PIA e Estudo Diagnóstico;

Elaboração por cada serviço do Plano de Reordenamento, sendo apresentado aos

Conselhos COMAS e CMDCA; elaboração dos fluxos de acolhimento para 1)

situações emergenciais e 2) casos já acompanhados pela rede;

Aumento do valor do cofinanciamento municipal pelo FMAS; e,

Profissionalização do atendimento, destacando que nas entidades houve a

composição da equipe completa de referência para o serviço conforme NOB RH.

Com o objetivo de oficializar as discussões da Comissão no que se refere às mudanças na

dinâmica do atendimento para a aplicação da medida de proteção no município de

Maringá, foi encaminhada a proposta de minuta para alteração da Portaria nº 03/2010 à

Assessoria do Juizado da Infância e Juventude, sendo alterada e publicada pelo Juizado

da Infância, a Portaria nº 02/12.

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Em relação à execução dos serviços socioassistenciais em 2012 e 2013 como

consequência do reordenamento, houve melhorias ainda na metodologia de atendimento,

destacando o processo para reinserção familiar, acompanhamento após a reinserção e a

articulação com a rede para planejamentos de intervenções familiares, contribuindo com

o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. A oferta do serviço de

acolhimento familiar foi ampliada com uma instituição não governamental, garantindo

uma melhor avaliação do serviço mais indicado à criança e adolescente.

Observa-se ainda dificuldades na articulação com a rede intersetorial, nos

encaminhamentos de conselhos tutelares, na implementação de ações para convivência

comunitária e autonomia dos adolescentes, na necessidade estrutural das unidades

governamentais de recursos humanos para adequação à NOB, espaço físico e ações

conforme as Orientações técnicas do MDS. Ressaltamos que será realizada nova

avaliação da situação destes serviços e estreitamento com órgão gestor e rede mediante o

trabalho da equipe específica da SASC para apoio e supervisão aos referidos serviços.

Atendendo solicitações da Promotoria da Vara da Infância e Juventude e do Conselho

Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, de implantação do Serviço de

Acolhimento em República no município, foi realizada uma pesquisa, pelo setor de

Vigilância Socioassistencial/SASC, para identificar a demanda existente. Diante

constatação da existência de público para o Serviço de Acolhimento em República (com

idade superior a 18 anos, impossibilitados ao retorno familiar imediato devido à

fragilização de vínculos e moradores de Maringá) realizou-se entrevista com as duas

instituições que apresentaram maior número de pessoas com este perfil, para detalhar as

informações. Foi relatado que, apesar de apresentarem o perfil para este serviço e

possibilidade de autonomia financeira mesmo que mínima, estas pessoas apresentam

dificuldade de convivência em espaço compartilhado, sem supervisão diária de equipe

técnica. Neste sentido o serviço mais adequado e imediato, seria o de um abrigo para

maiores de 18 anos, por um período intermediário e preparatório ao serviço de república,

viabilizando de maneira mais adequada a sua adaptação.

Assim, este estudo indicou a necessidade de implementação do atendimento nos

diferentes serviços de acolhimento, principalmente com adolescentes e jovens auxiliando-

os para o processo de desligamento (reinserção familiar, social, comunitária e autonomia),

sendo pré-condição para a inclusão posterior em serviço de república.

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b) Serviços de Acolhimento Institucional para adultos e famílias

Este serviço é prestado por três unidades de atendimento, sendo uma unidade

governamental (Abrigo) e duas entidades (um Abrigo e uma Casa de passagem).

Ressaltamos que no mês de abril de 2013, foi realizado pelo setor de vigilância

Socioassistencial o levantamento da situação atual de cada serviço de acolhimento, tendo

como base o Texto de Orientação para o Reordenamento dos Serviços de acolhimento à

população de rua do MDS (maio/2012) e a Tipificação Nacional dos Serviços

Socioassistenciais (2009), bem como o perfil das pessoas em situação de rua atendidas

pelos serviços em questão, sendo elaborado o Plano Municipal de Reordenamento dos

Serviços de Acolhimento para pessoa em situação de rua no mês de junho aprovado pelo

COMAS.

Concluiu-se nesta pesquisa que, a maioria da população pesquisada é do sexo masculino,

migrantes e dependentes químicos. No tocante aos vínculos familiares, observou-se que

possui pouco contato ou contato periódico, sendo este conflituoso, apenas 20% não

mantém nenhum tipo de contato com a família.

Embora a maioria dos atendidos não apresente capacidade de gestão, há um número (265)

significativo de pessoas com este perfil que justificaria a implantação de um Serviço de

Acolhimento em República, com as devidas ações de preparo deste público para a

inclusão neste serviço.

O perfil dos atendidos, identificado na pesquisa, remete a algumas deficiências que

precisam ser consideradas para o reordenamento dos Serviços em questão: a falta ou

insuficiência de registro das unidades a respeito do público atendido, comprometendo a

quantificação e a identificação do perfil dos atendidos; a dificuldade de entendimento da

Política de Assistência Social e dos serviços tipificados, impossibilitando a identificação

de novas demandas ou demanda sem cobertura que justifique a ampliação dos serviços

existentes; a insuficiente estruturação do órgão gestor para a coleta de dados adequada,

que permita a análise e elaboração de um diagnóstico totalmente consistente.

O Plano contempla os aspectos para o reordenamento dos serviços visando a qualificação

da sua oferta para a adequação às normativas, orientações e legislações vigentes,

atendendo ao Termo de Aceite para expansão dos recursos financeiros do Piso de Alta

Complexidade II, firmado pela SASC em junho de 2012.

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Destaca-se que no referido Plano municipal, cada serviço elaborou suas metas de

reordenamento para serem executadas no 2º semestre de 2013 e no ano de 2014 , sendo

que ainda não temos uma avaliação da execução destes serviços, podendo apenas

descrever que há a necessidade de implementar as ações com usuários no fortalecimento

de ações para protagonismo, autonomia, convivência familiar e comunitária, adequações

na estrutura física e recursos humanos a fim de atingimento do processo de saída das ruas

e acesso aos direitos sociais. Informamos que foi implantada pela gerente de proteção

social especial a Comissão Municipal para reordenamento destes serviços, a qual

recentemente iniciou seus trabalhos objetivando a parametrização do atendimento

estabelecendo metodologia de ações e fluxos entre os serviços de acolhimento, Centro

Pop e demais serviços da rede socioassistencial e intersetorial. Ressaltamos que o MDS

ainda não publicou as orientações técnicas para esta modalidade de serviço, mas o

trabalho da comissão contribuirá para um desenho dos parâmetros de funcionamento do

serviço municipal, em articulação com os demais serviços da proteção social especial.

c) Serviços de Acolhimento Institucional para Idosos

São oferecidos por duas entidades e duas unidades públicas nas modalidades abaixo

descritas.

Com relação as Instituições de Longa Permanência, o município possui duas entidades

e uma unidade governamental executoras deste serviço que vem realizando o atendimento

conforme planejado, dispondo de estrutura funcional e de recursos humanos, atendendo

o público prioritário conforme estabelecido nas normativas do SUAS. Em relação às

atividades desenvolvidas, informamos que uma entidade se destaca pela realização de

atividades para convivência comunitária, com crescente participação dos idosos em

espaços coletivos, bem como vem realizando ações para fortalecer a aproximação dos

idosos com seus familiares com encontros mensais. Cumprindo assim o disposto na

Tipificação Nacional dos Serviços(2009). Para os demais serviços, há a necessidade de

implementar ações para autonomia, convivência familiar e comunitária. A necessidade

comum a todos os serviços é o referenciamento e articulação com o PAEFI-CREAS.

Chama a atenção o nº da demanda reprimida, sendo que até o 3º trimestre de 2013, foram

registrados um nº de 354 idosos que procuraram os serviços de acolhimento, contudo, é

preciso uma melhor análise desta demanda pelo gestor e rede a fim de dimensionar a

realidade e possibilidade de ampliação ou implementação dos serviços de proteção social

especial- média e alta complexidade. Há uma parcela dos idosos que aguardam

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atendimento com perfil que requer cuidados especiais, havendo ainda que se avançar na

interface com a política de saúde para apoio no atendimento deste serviço, uma vez que

as entidades contam com grande número de profissionais de saúde necessários ao

cumprimento das regulações federais da ANVISA. Ressaltamos que o MDS ainda não

publicou as orientações técnicas deste serviço para parametrizar o desenvolvimento das

ações.

O município ainda possui uma unidade que atende na modalidade de República, que está

estruturada com oito casas individuais que podem acolher até 2 pessoas por unidade. No

entanto a maioria dos idosos atendidos não aceitam dividir o espaço de moradia com

outros. Atende idosos em estado de abandono, situação de vulnerabilidade e risco pessoal

e social, com vínculos rompidos ou extremamente fragilizados e sem condições de

moradia e auto sustentação.

Este serviço necessita ser reordenado, uma vez que ele foi implantado anterior à Política

de Assistência Social e consequentemente, à Tipificação Nacional dos Serviços

Socioassistenciais, e até o momento não passou por readequação para melhor atender ao

público e os objetivos do serviço, descritos na Tipificação, delimitando o público,

estabelecendo equipe de supervisão e metodologia de atendimento, para o alcance de

autonomia e independência, de auto sustentação, reestabelecimento de vínculo

comunitário, familiares e sociais.

Destacamos que, em cumprimento às normativas federais, foi implantada na SASC no

segundo semestre de 2013 pela Portaria da SASC nº 003/2013-SASC a equipe de

supervisão e apoio aos serviços de acolhimento que acompanhará sistematicamente todos

os serviços de acolhimento realizando a articulação com sistema de garantia de direitos

visando o apoio e orientação para o cumprimento das legislações e regulações normativas

federais, em conjunto com os demais setores da SASC.

d) Casa de Apoio e atendimento à pessoa com câncer

Vinculada à rede socioassistencial, está uma entidade que presta atendimento

multiprofissional para pessoas com câncer de Maringá e suas famílias oferecendo ainda

acolhimento em Casa de Apoio para pessoas com câncer da região, contribuindo com a

qualidade de vida, realizando atendimento individual, atendimento em grupo,

encaminhamentos para a rede socioassistencial e intersetorial; acompanhamento social;

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acompanhamento psicológico; grupos socioeducativos para adultos; visitas domiciliares;

concessão de benefícios; oferta de hospedagem com transporte e refeições.

Este serviço não está previsto na PNAS e Tipificação Nacional, portanto não dispõe de

orientações técnicas que possam subsidiar o atendimento oferecido e as orientações pelo

gestor e COMAS. Recentemente, foi publicada a Lei nº 12.868, que possibilita a

certificação-CEBAS, no âmbito da assistência social, de casas de apoio para acolhimento

de pessoas em tratamento de doenças. Nesta lei, as Casas de Apoio passam a ser

entendidas enquanto serviço de acolhimento da proteção social especial, contudo, em

contato com MDS- setores da rede privada do SUAS e acolhimento, não há orientações

precisas de como devem funcionar estas casas de apoio, qual será o padrão de

funcionamento das mesmas e as orientações para inscrição no COMAS.

Pela ausência de publicações de regulações técnicas na área, estamos avaliando no

município para considerar todas as ações ofertadas pela entidade até o aguardo de novas

deliberações nacionais sobre os parâmetros de atendimento, visto que trata de um

atendimento complexo, havendo a necessidade do envolvimento a política de saúde e do

Estado por realizar atendimento regional.

8. CONSIDERAÇÃO FINAL

Pelos dados apresentados por território, nota-se que o território que apresenta o maior

número de beneficiários do Programa Bolsa Família está na região do CRAS

Central/Mandacaru e ao consultar a cobertura dos serviços da proteção social básica

complementares ao PAIF, registra-se apenas 2 serviços de convivência de idosos,

havendo a necessidade de avaliar as demandas de novos serviços nos bairros de

abrangência. Em contrapartida, observamos que no território do CRAS Santa Felicidade

há uma maior concentração dos serviços de convivência, por apresentar um maior número

de entidades sediadas nos bairros de proximidade, as quais acabam atendendo usuários

de outros bairros do município. Observamos ainda a necessidade de ampliar a rede de

serviços nos distritos.

Na organização do reordenamento destes serviços pela gerência de proteção social básica

e equipe, será realizado, num processo gradativo, a vinculação dos usuários nos serviços

de maior proximidade de suas residências e para isto, demandará a necessidade de

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implantação de novos serviços socioassistenciais nos territórios, para ampliar a cobertura

de atendimento.

Ressaltamos que o órgão gestor está num processo de reavaliação da territorialização,

sendo proposto para o período de vigência deste Plano a implantação de mais duas

unidades de CRAS, modificando a divisão dos bairros referenciados aos CRAS e

facilitando o acesso dos usuários e família ao atendimento no serviço. Uma das

modificações ocorridas em 2013 decorrente deste estudo, foi a mudança do CRAS Central

que passou a ser sediado no território Mandacaru. Outras modificações farão parte deste

processo nos serviços da proteção social básica, para que o município cumpra com as

diretrizes legais e para que os usuários possam ser atendidos em locais de maior

proximidade do local onde residem.

Em 2012 o município foi contemplado com recurso federal para construção de um CRAS

e um CREAS, apresentando devidamente, ao MDS o projeto. Esta unidade de CRAS será

construída no Jardim Santa Clara e do CREAS será no território do Jardim Alvorada.

Ambas construções estão com previsão para 2014.

É importante salientar que com a PNAS(2004) e a NOB SUAS(2005), a concepção da

assistência social como política pública tem como principais pressupostos a

territorialização, cuja rede se operacionaliza tendo como base os territórios. Considerando

que no nosso município existe há anos uma rede instalada de serviços que se organizou

de formas diversas à lógica dos territórios, justifica-se como uma das metas esta

reavaliação da oferta dos serviços priorizando os territórios de maior situação de

vulnerabilidade social e risco.

Outro indicativo mediante os dados do panorama geral do município, é o crescente o

número da população idosa no município. Observando a cobertura do atendimento da

política de assistência social, houve desde o ano passado a implantação de serviços de

convivência e fortalecimento de vínculos na proteção social básica para idosos por

entidades não governamentais. Contudo, tomando como base os números de beneficiários

do BPC idoso frente ao número de atendidos pela rede socioassistencial verifica-se a

potencialidade de novos estudos para ampliação do atendimento a esta faixa etária,

considerando que estes beneficiários se constituem um dos públicos prioritário dos

serviços socioassistenciais.

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Nesta linha, as Conferências Municipais dos Direitos do Idoso e da Assistência Social

vem trazendo a necessidade de ampliar os atendimentos aos idosos principalmente no

atendimento diurno (centro dia) e os serviços de acolhimento de idosos apresentaram

demanda expressiva de idosos que aguardam atendimento, sendo mais um indicador que

reforça a necessidade do gestor avaliar a demanda da população idosa e planejar serviços

socioassistenciais de acordo com o perfil dos usuários e suas necessidades.

Considerando os dados apresentados neste Diagnóstico relativos ao panorama geral do

município, da política municipal da Assistência Social que contemplou dados

quantitativos da população, do público prioritário para atendimento, bem como dados

qualitativos da análise dos serviços, avanços, dificuldades e necessidades de

implementação da rede socioassistencial, o órgão gestor definiu para o período de

vigência deste Plano as Ações e Prioridades para a Gestão Municipal que serão

apresentadas nos itens abaixo.

Page 64: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

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PRIORIDADES PARA O QUADRIÊNIO

AÇÃO: 1) IMPLEMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS ASSISTENCIAIS GOVERNAMENTAIS CONFORME O SUAS - ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO

ATIVIDADE 2014 2015 2016 2017

Reordenar o serviço de SCFV para idosos

(Palmeiras, Eliseu e Santa Felicidade)

Serviços

reordenados X

Gerent. PSB

Coord. SCFV

2081

Reordenamento do serviço da Unidade Condomínio

Morada do Sol

100% serviço

reordenado X

Gerent. PSE

2082

Acompanhar, por meio do PAIF, os beneficiários do

PBF

Demanda X X X X

Gerent.PSB

Coord. CRAS

2087

Cadastramento dos beneficiários do BPC no Cadastro

Único.

100% dos

beneficiários

X X X X

Gerent. PSB

Coord. CRAS

Gerent. Transf.

De Renda

Gerent. Gestão

SUAS

2087

Acompanhar por meio PAIF os beneficiários do BPC 10% dos

beneficiários X X X X

Gerent. PSB e

Coord. CRAS

2087

Identificação de áreas de interesse para oferta de

qualificação profissional.

100% da meta

X X

Gerent. PSB

Gerent. Gestão

SUAS

Ger. Projetos

Sociais

2087

Identificação do público prioritário para atendimento

nos SCFV dos territórios dos CRAS

100% da meta X X X X

Gerent. PSB

Coord. CRAS

2087

Page 65: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

65

Gerent. Gestão

SUAS

Realização de busca ativa, por meio do PAIF, das

famílias em descumprimento de condicionalidades do

PBF.

100% da meta

X X X X

Gerent. Gestão

SUAS

Ger. Transf. de

Renda

Ger. PSB

2087

Implementação de SCFV para idosos com propostas

de grupos intergeracionais (Ney Braga, CRAS

Alvorada e CRAS Mandacaru)

3 unidades

implantadas

X X X Gerent. PSB

Coord. SCFV

2087

Mobilização comunitária para fomento à qualificação

profissional no território do CRAS

- ACESSUAS-TRABALHO)

100% da meta X Gerent. PSB

Ger. Projetos

Sociais

2087

Realização de diagnóstico territorial para

reconhecimento das vulnerabilidades e

potencialidades de cada região dos CRAS,

anualmente.

100% da meta X X X X Gerent. PSB

Coord. CRAS

Ger. Gestão

SUAS

Ger. PSE

2087

Sistematização de reuniões com os CRAS, CREAS e

Cadastro Único.

Reunião mensal X Gerent. Transf.

de Renda

Gerent. PSB

Ger. PSE

2087

Reunião bimestral X X X Gerent. Transf.

de Renda

Gerent. PSB

Ger. PSE

Page 66: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

66

Sistematização de reunião com os CRAS e a rede de

socioassistencial do território.

100% da meta X X X X

Gerent. PSB

Coord. CRAS

2087

Acompanhamento, por meio do PAEFI, às famílias

de atendidos em comunidades terapêuticas.

15% ao ano de

famílias

acompanhadas

X X X X

Gerent. PSE

Coord. CREAS

2090

Identificação e cadastramento, por meio do PAEFI,

de famílias com crianças e adolescentes em situação

de trabalho infantil.

25%

cadastramento ao

ano

X X X X

Gerent. PSE

Coord. CREAS

2090

Acompanhamento, por meio do PAEFI, às famílias

com crianças e adolescentes atendidas nos serviços

de acolhimento.

100%

acompanhamentos

realizados

X X X X

Gerent. PSE e

Coord. CREAS

2090

Acompanhamento, por meio do PAEFI, das famílias

dos adolescentes em cumprimento de medidas

socioeducativas.

10% ao ano de

famílias

acompanhadas

X X X X

Gerent. PSE

Coord. CREAS

2090

Mobilização para Erradicação do Trabalho Infantil. 100% da meta X X X X

Gerent. PSB

Gerent. PSE

6086

Desenvolvimento de ações para publicização dos

direitos, serviços, programas projetos e benefícios.

100% das ações

planejadas.

X X X X

Rede de serviço

PSB. PSE.

Dir. Sobre

Drogas,

COMAS,

CMDI,

CMDCA,

CMDPD,

COMAD

Contemplado em

todos os projetos

atividades de

acordo com o

segmento

2081 Manutenção da rede de atendimento ao Idoso PSB = R$ 455.127,00

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67

2082 Manutenção da rede de Abrigamento ao Idoso PSE = R$ 2.664.428,00

2087 Manutenção da rede de atenção à Família PSB =R$6.507.288,00

2090 Manutenção de serviço Especializado à Família PSE = R$ 3.678.741,00

6086 Manutenção de serviço Especializado à Cça e Adolescente = R$ 2.159.291,00

AÇÃO: 2) ADEQUAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DOS ESPAÇOS FÍSICO DA REDE DE SERVIÇO GOVERNAMENTAL

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO

ATIVIDADE 2014 2015 2016 2017

Construção do CRAS Santa Clara Unidade

construída X

SASC 1072

Construção CRAS Requião

Unidade

construída X

SASC 1072

Reforma do CRAS Mandacaru Unidade

reformada X

SASC 1087

Construção de CREAS

Unidade

construída X

SASC 1090

Construção Centro POP

Unidade

construída X

SASC 1090

Construção Abrigo Provisório Unidade

construída X

SASC 5075

Reforma para adequação do Espaço da Juventude Brinco

da Vila

Unidade

reformada X

SASC 5076

Reforma do telhado da unidade do Serviço de Convivência

e Fotalecimento de Vínculo - Morangueira

Telhado

reformado X

SASC 5076

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68

Reforma Restaurante Popular Restaurante

reformado X

SASC *****

Reforma CRAS Ney Braga Unidade

reformada X

SASC *****

Construção de barracão de estrutura metálica na Escola

Laura Rebouças

Barracão

construído X

SASC *****

Construção de unidade para o Serviço de Medidas

Socioeducativa

Unidade

construída X

SASC *****

Ampliação Casa Lar* Unidade

ampliada X X

SASC *****

Construção do CRAS

Parque Itaipu

Unidade

construída X

SASC *****

Implantação de nova unidade de Centro Dia para Idoso

(local a definir)

Unidade

implantada X

SASC *****

Reforma Centro Dia Unidade

reformada X

SASC *****

Reforma de Unidade de SCFV - Idoso Pq. Palmeira e

Eliseu)

2 unidades

reformadas X

SASC ****

1072 Construção para a rede de Proteção Social à Família PSB = R$ 570.000,00

1087 Ampliação e/ou reforma para a rede de Proteção à Família PSB = R$ 152.000,00

1090 Construção para a rede de Proteção Social Especial à Família PSB = R$ 728.000,00

5075 Construção para a rede de Proteção Social Especial à Cça/Adol. e Jovem = R$ 43.000,00 (2013 + R$ 700.000,00 superavit)

5076 Construção para a rede de Proteção Social Especial à Cça/Adol. e Jovem = R$ 362.000,00

***** Por ser posterior 2014 não tem definido projeto atividade.

*Dado alterado após o PPA.

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69

AÇÃO: 3) IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SOFTWARE E REDE)

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO

ATIVIDADE 2014 2015 2016 2017

Compra do software para implantação do sistema de

informação.

Software

comprado X

SASC 2073

2087

Utilização contínua do sistema de informação na rede de

serviço governamental.

Cobertura de

100% da

Rede gov.

X

Gerent. Gestão

do SUAS

Expandir utilização do sistema para a rede

socioassistencial

Cobertura de

100% da rede

não gov.

X

X

X

SASC

2073 Manutenção da SASC = R$5.951.681,00

2087 Manutenção da rede de atenção à Família PSB =R$6.507.288,00

AÇÃO: 4) CONTRATO FIRMADO COM INSTITUIÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO ATIVIDADE

2014 2015 2016 2017

Formulação e Publicação de edital para contratação de

pessoa(s) jurídica(s) sem fins lucrativos, interessadas em

executar serviços da Política de Assistência Social; da

Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de

Média e Alta Complexidade; serviço da Política sobre

Drogas de acolhimento de pessoas com transtornos

1 Edital

realizado

X X X X

Secretário Despesas

vinculadas a

SEMAT

Page 70: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

70

decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias

psicoativas; serviços da Política dos Direitos da Criança e

do Adolescente: de formação técnico-profissional-

Programa Adolescente Aprendiz

AÇÃO 5) SISTEMATIZAÇÃO DO ATENDIMENTO PRESTADO COM BENEFÍCIOS EVENTUAIS

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO

ATIVIDADE 2014 2015 2016 2017

Estudo, em conjunto com o COMAS, sobre os critérios de

concessão de benefícios eventuais ofertados pela SASC

para a devida regulamentação municipal.

Sistema de

avaliação

elaborado

X

SASC

COMAS

2087

2090

Implantação do sistema de cota de alimentos, por meio de

cartão magnético ou cupom de alimentação.

Sistema

implantado X

SASC 2087

Realização de acompanhamento e avaliação da concessão

e suspensão de benefícios eventuais.

100%

realizado X X X X

Gerent. PSB

CRAS

2087

2090

2087 Manutenção da rede de atenção à Família PSB =R$6.507.288,00

2090 Manutenção de Serviço Especializado à Família = R$ 3.678.741,00

AÇÃO: 6) ESTRUTURAÇÃO DO ORGÃO GESTOR

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO

ATIVIDADE

2014 2015 2016 2017

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71

Instituição de Sistema de Informação para efetivação da

vigilância Sócio Assistencial

Vigilância

Socioassistencial

instituída

X

SASC 2073

Efetivação do aprimoramento da gestão com setores

formados por equipes e serviços para gestão do trabalho

e planejamento

Setores com

equipes

formadas

X

SASC ***

Nomeação de coordenadores para cada Unidade de

CRAS

Coordenadores

nomeados X

SASC ***

Aquisição de mobiliários e equipamentos para a rede de

serviço da SASC

Mobiliários e

equipamentos

adquiridos

X X X X

SASC A serem

contemplados em

todos os projetos

atividades em

especial 2087para

CRAS já em

processo de

licitação

Estudo de construção de mecanismos e instrumentos de

avaliação dos serviços, programas e projetos (padrão de

qualidade e indicadores)

Instrumentos

construídos

X X X X

Gerent. Gestão

SUAS

Gerent. PSB

Gerent PSE

***

Prestação de apoio e supervisão técnica aos serviços de

acolhimento à crianças, adolescentes, adultos e idosos

100% da rede

atendida X X X X

Gerent. PSE

/Equipe de

Apoio e

Supervisão dos

***

Page 72: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

72

Serviços

Acolhimento

2073 Manutenção da SASC = R$ 5.951.681,00

*** Não demanda projeto atividade

AÇÃO 7) CAPACITAÇÕES, MOBILIZAÇÕES E EVENTOS

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO

ATIVIDADE

2014 2015 2016 2017

Capacitação, mobilização e eventos para a rede de serviços

da PSB, PSE e para equipes do órgão gestor, Conselhos

Municipais e Conselhos Tutelares.

80% da

previsão anual

X X X X

Gerent. PSB

Gerent. PSE

Gerent. Transf.

de Renda

Coord. de

Serviços

Contemplado em

todos os projetos

atividades

conforme

especificidade

Page 73: PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL · Assim, no âmbito do SUAS, o Plano de Assistência Social constitui num instrumento fundamental para a construção de uma política planejada

73

AÇÃO 8) APRIMORAMENTO DA GESTÃO DO SUAS - AMPLIAÇÃO DO QUADRO DE RH

DETALHAMENTO DA AÇÃO META PRAZO RESPONSÁVEL PROJETO

ATIVIDADE

2014 2015 2016 2017

Ampliação e adequação das equipes dos serviços

socioassistenciais, conforme demanda e disponibilização

de recursos.

100% da meta

X X X X

Secretário SERH

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74

9. FINANCIAMENTO

9.1 Recurso Geral do Município (R$)

2014 2015 2016 2017

Consolidado 1.020.668.780,00 1.140.085.216,00 1.251.385.461,00 1.362.421.574,00

Capital 49.804.956,00 51.867.278,00 34.081.041,00 296.341,00

Corrente 942.991.071,00 1.056.252.177,00 1.180.543.795,00 1.319.850.515,00

Reserva de

contingência

34.989.511,00 39.924.789,00 45.093.183,00 52.212.575,00

Arrecadação

Geral

1.020.668.780,00 1.140.085.216,00 1.251.385.461,00 1.362.421.574,00

Não Consolidado 958.299.220,00 1.068.829.955,00 1.169.810.578,00 1.269.015.992,00

Capital 49.804.956,00 51.867.278,00 34.081.041,00 296.341,00

Corrente 908.494.264,00 1.016.962.677,00 1.135.729.537,00 1.268.719.651,00

Reserva de

Contingência

9.100.000,00 10.170.000,00 11.360.000,00 13.690.000,00

Repasse do FPM 59.000.000,00 71.400.000,00 71.400.000,00 78.540.000,00

9.2 Recurso Destinado à Política de Assistência Social (R$)

2014 2015 2016 2017

Capital 2.799.189,00 3.023.124,12 3.264.974,05 3.526.171,97

Corrente 29.862.357,00 32.251.345,56 34.831.453,20 37.617.969,46

Total 32.661.546,00 35.274.469,68 38.096.427,25 41.144.141,43

Obs.: Função 8 (Assistência Social)

9.3 Valores Anuais alocados no FMAS (R$)

2014 2015 2016 2017

Recursos

Próprios

17.116.586,00 18.485.912,88 19.964.785,91 21.561.986,78

Recursos

Estadual

Recursos

Nacional

3.116.241,00 3.116.241,00 3.116.241,00 3.116.241,00

Total 20.232.827,00 21.602.153,88 23.081.026,91 24.678.209,78

Obs: Unidade 13020 (FMAS)

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75

9.4 Recursos a serem investidos na rede socioassistencial de Proteção Social

Básica(R$)

2014 2015 2016 2017

Rede

Governamental

9.895.131,00 10.686.741,48 11.541.680,80 12.465.015,26

Rede Não

Governamental

3.721.119,00 4.018.808,52 4.340.313,20 4.687.538,26

Total 13.616.250,00 14.705.550,00 15.881.994,00 17.152.553,52

Obs.: Programa 018 (PSB)

9.5 Recursos a serem investidos na rede socioassistencial de Proteção Social Especial

(R$)

2014 2015 2016 2017

Rede

Governamental

9.612.328,00 110381.314,24 11.211.819,38 12.108.764,93

Rede Não

Governamental

2.938.029,00 3.173.071,32 3.426.917,03 3.701.070,39

Total 12.550.357,00 13.554.385,56 14.638.736,40 15.809.835,32

Obs: Programa 019 (PSE)

9.6 Valores a serem alocados (R$)

2014 2015 2016 2017

FMDI 263.500,00 284.580,00 307.346,40 331.934,11

FMIA 4.438.420,00 4.793.493,60 5.176.973,03 5.591.130,94

Obs: Unidade 13040 e 13030.

Para o cálculo de reajuste dos anos subsequentes a 2014, foi considerado 8%/ano,

com exceção dos recursos da União.

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76

10. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O monitoramento das ações previstas neste Plano serão acompanhadas e avaliadas pelo

órgão gestor, por meio das gerências de proteção social básica e especial, gerência de

gestão do SUAS, gerência de transferência, gerência administrativa, coordenações e

equipes técnicas.

Para monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas, as gerências estarão lançando

mão de instrumentos, considerando as necessidades e especificidades dos serviços. Esses

instrumentos serão utilizados pelas equipes técnicas da SASC sob coordenação e

orientação de cada gerência.

Este Plano será avaliado constantemente de acordo com as demandas que surgirem e

revisado anualmente.

11. BIBLIOGRAFIA

1. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Lei Orgânica de

Assistência Social. 1993.

2. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Relatório de

Informações - Bolsa Família e Cadastro Único. Disponível em:

<http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio_form.php. Acesso em: 22 maio

2013.

3. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Relatório de

Informações – Panorama Municipal segundo Censo Demográfico 2010. Disponível em:

http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php. Acesso em: 04/03/2013.

4. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Planos de

Assistência Social: diretrizes para elaboração. MDS, 2008. (Capacita SUAS v. 3).

5. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional

de Assistência Social – PNAS e Norma Operacional Básica do Sistema Único de

Assistência Social – NOB/SUAS. 2012.

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77

6. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tipificação

Nacional de Serviços Socioassistenciais. Resolução nº 109. 2009.

7. BRASIL. Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS. Resolução nº 18, de 15

de julho de 2013.

8. Orçamento Municipal. Maringá – PR. 2014.

9. Plano Municipal de Assistência Social. Maringá – PR, 2013.

10. Plano Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Maringá – PR, 2009-

2011.

11. Plano Plurianual. Maringá – PR. 2014-2017.

12. Propostas da VI e VII Conferência Municipal de Meninos e Meninas. Maringá – PR,

2011.

13. Propostas da VI Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Maringá – PR, 2011.

14. Propostas da VI Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Maringá – PR, 2012.

15. Propostas da V Conferência Municipal dos Direitos do Idoso. Maringá – PR, 2010.

16. Propostas da IV Conferência Municipal de Assistência Social. Maringá – PR, 2013

17. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Matrículas NRE Maringá. Disponível

em:

http://www.nre.seed.pr.gov.br/maringa/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=173.

Acessado em: 04/12/2013.