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PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 1
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FICHA TÉCNICA: Plano Estratégico 2014 - 2016 Inspeção-Geral das Atividades em Saúde Avenida 24 de julho, 2 L, 1249-072 Lisboa http://www.igas.min-saude.pt [email protected] Versão: 1.0 Lisboa, 15 de março de 2014
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ÍNDICE 1. Nota Introdutória………………………………………………………………………… 5
2. Enquadramento Histórico…………………………………………………………… 7
3. Natureza, missão, atribuições, valores e visão……………………………… 9
4. Estrutura Orgânica……………………………………………………………………… 13
5. Caracterização da IGAS………………………………………………………………… 14
5.1. Recursos Humanos………………………………………………………..
14
5.2. Recursos Financeiros……………………………………………………..
16
6. Clientes e Produtos/Serviços Prestados…………………....................... 17
7. Diagnóstico Estratégico……………………………………………….................. 24
8. Objetivos e Estratégia……………………………………………....................... 33
10. Siglas e Abreviaturas…………………………………………………………………… 48
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A elaboração do presente Plano Estratégico foi uma oportunidade para refletir sobre o posicionamento presente e futuro da IGAS ou sobre a Visão que se quer perseguir, enquanto instituição eficaz e eficiente na operacionalidade das respostas que é capaz de encontrar para fazer face aos desafios com que se confronta, no respeito pela ética do serviço público e visando a excelência no controlo das atividades em saúde.
A assunção como referencial de um plano estratégico para o triénio 2014-2016, garantirá a existência de condições adequadas à tomada das decisões baseadas em finalidades, pressupostos e métodos institucionalmente consensualizados, revelando-se particularmente importante nas atuais circunstâncias em que os serviços da Administração Pública desenvolvem a sua atividade, designadamente no contexto da Reforma da Administração Pública.
O exercício da atividade de controlo na área da Saúde enfrenta, atualmente, desafios complexos e diversificados que exigem um conhecimento aprofundado de todos os domínios de intervenção nesta área, pois só deste modo será possível orientar a mudança e acompanhar a reforma na Saúde, assegurando que os organismos responsáveis pelo controlo são eles próprios agentes da mudança nos organismos controlados.
A IGAS, enquanto organismo inspetivo, tem especificidades que a distinguem das demais Inspeções. Nos últimos seis anos, ultrapassou importantes desafios resultantes, quer do alargamento das suas atribuições às unidades privadas de saúde, quer os relacionados com a prevenção e deteção da fraude e corrupção, mantendo a experiência e o conhecimento de largos anos no âmbito do direito administrativo sancionatório, o que lhe permite contribuir, adequadamente, para a capacitação dos profissionais de saúde no âmbito da defesa do direito à saúde, direito este que embora se assuma, em regra, como um direito económico e social, reveste muitas vezes a natureza de um direito equiparado aos direitos, liberdades e garantias fundamentais (artigo 18.º da CRP).
Da evolução registada na Administração Pública, resultou uma profunda alteração do contexto em que se passou a definir os objetivos com consequências no modo de pensar e de atuar de todos os colaboradores, facto que influenciou o processo de construção do Plano Estratégico que, agora, se apresenta.
1 – NOTA INTRODUTÓRIA
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A estratégia para os próximos três anos encontra-se alinhada com as reformas em curso na Administração Pública e na Saúde e, internamente, baseia-se na flexibilidade, na descentralização de funções e numa aposta no desenvolvimento do capital humano que suporta o conhecimento e a própria cultura organizacional, que fazem deste organismo um serviço único na Administração Pública e cuja identidade se visa preservar, defender e melhorar.
Em consonância com o descrito, o plano está centrado no objetivo de contribuir para a garantia da sustentabilidade financeira do SNS, através do incremento da auditoria e do combate à fraude e ao desperdício, sendo que a efetivação do direito à saúde está cada vez mais “sob reserva do possível” ou dependente dos recursos económicos existentes. Deste modo, através do controlo procurar-se-á contribuir para maximizar a transparência (accountability) nas atividades em saúde e melhorar o funcionamento das instituições do sistema.
A defesa do direito à saúde decorrente da missão desta Inspeção-Geral não se esgota na salvaguarda do seu financiamento, englobando todos os domínios das atividades em saúde, designadamente, a defesa da segurança dos doentes e a garantia da qualidade dos cuidados, podendo implicar a investigação de situações de eventual erro ou negligência com consequências graves na saúde, mediante uma intervenção imparcial, que é corolário do dever de prestação de contas/accontability não apenas do Estado, mas dos organismos públicos que prestam atividades em saúde, perante o cidadão e a própria sociedade.
Em suma, no cumprimento da sua missão, a IGAS pretende continuar a contribuir, nos próximos três anos, para os “elevados níveis técnicos de atuação em todas as atividades de saúde“, porque “…as populações saudáveis são componentes chave para que os objetivos de qualquer sociedade
sejam alcançados” (Declaração de Adelaide sobre a Saúde em Todas as Políticas. OMS, Governo da Austrália Meridional, Adelaide, 2010).
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1980 1987 1993 2007 2012
A Inspeção-Geral, inicialmente designada Inspeção-Geral dos Serviços de Saúde (IGSS), foi criada, como organismo central do Ministério da Saúde, em 19 de setembro de 1980, sucedendo à Inspeção dos Serviços de Saúde - um serviço de inspeção privativo da, então, Secretaria de Estado da Saúde. Consagrava-se a sua competência exclusiva na instrução dos processos de natureza disciplinar sempre que estivessem em causa dirigentes dos serviços, ou envolvessem infrações de natureza criminal ou a que correspondessem penas expulsivas.
Em 1986, com a criação do Gabinete do Utente, a então IGSS viu, de certo modo, reforçadas, em termos efetivos, as suas atribuições e competências e, um ano depois, em 1987, através de nova lei orgânica, a IGSS, mantendo a atividade disciplinar, viu desenvolvidas e sistematizadas, de forma inovadora, as competências na área inspetiva.
Em 1993, com a aprovação de nova lei orgânica, e passando a designar-se Inspeção-Geral da Saúde (IGS), viu a sua área de intervenção, no âmbito da ação inspetiva, alargada ao sistema de saúde e passou, ainda, a prever-se, expressamente, nesta área, a realização de auditorias de gestão e, na área disciplinar, explicitou-se a realização de auditorias disciplinares.
DL n.º 384/80, 19/set
Criação da Inspeção-
Geral, como organismo
central do Ministério da
Saúde
DL n.º 312/87, 18/ago
Nova lei orgânica -
foram desenvolvidas e
sistematizadas, de
forma inovadora, as
competências na área
inspetiva.
DL n.º 291/93, 24/ago
Nova lei orgânica - Passa
a designar-se Inspeção-
Geral da Saúde (IGS),
sendo a sua
intervenção, alargada
ao sistema de saúde.
Passaram a realizar-se
auditorias de gestão e
auditorias disciplinares.
DL n.º 275/07, 30/jul
Nova lei orgânica -
mantendo o seu âmbito
de atuação, alargou-se
aos organismos e
serviços do próprio
Ministério da Saúde e às
entidades privadas.
DL n.º 33/12, 13/fev
Lei orgânica atual.
2 – ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
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As alterações introduzidas por este diploma refletiram, efetivamente, um maior incremento do exercício da função inspetiva e um enfoque no caráter preventivo e pedagógico junto dos estabelecimentos e serviços de saúde, visando uma melhoria na eficiência e na qualidade dos serviços prestados aos cidadãos.
E, mesmo na vertente disciplinar, teve caráter inovador o facto de, nesta nova lei orgânica, para além das competências em termos de exercício da ação disciplinar propriamente dita, se ter explicitado a realização de auditorias disciplinares, num inequívoco apelo a uma atuação mais pedagógico-preventiva e de apoio aos órgãos de gestão dos estabelecimentos do SNS, em termos de acompanhamento do exercício da sua ação disciplinar, que, em primeira linha, lhes compete.
Em 1998, com a instituição do Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado (SCI), adquire ainda maior relevo a função de controlo financeiro, resultante da inserção da IGS no referido sistema, como órgão de controlo sectorial para a área da saúde. Em 2001, foram atribuídas à IGS funções de controlo de primeiro nível dos fundos estruturais comunitários no setor da saúde.
Em 2007, e no âmbito das reformas do PRACE - Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado, foi aprovada nova lei orgânica, onde, com a designação de Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), não só manteve as anteriores atribuições e competências (com pequeno ajustamento no tocante aos processos disciplinares de competência instrutória exclusiva), agora abarcando também os organismos e serviços do próprio Ministério da Saúde, como viu alargado o seu âmbito de atuação às entidades privadas e expressamente consagrada a sua competência em matéria de prevenção e deteção da fraude e corrupção.
Também em diplomas avulsos, têm sido atribuídas competências à IGAS, nomeadamente em termos de auditorias, inspeções, fiscalizações e instrução de processos de contraordenação, v. g., no que respeita aos estabelecimentos onde se realiza interrupção voluntária da gravidez (IVG) e aos centros que ministram técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) e às discriminações no exercício de direito, por motivos baseados na raça, cor, nacionalidade ou origem étnica e discriminações em razão da deficiência e do risco agravado de saúde.
Na atual lei orgânica (2012), para além dos aspetos que se prendem com inovações decorrentes das linhas de orientação do PREMAC, ressalta inequivocamente a responsabilidade agora acrescida em função da nova vertente de atuação - a da fiscalização das unidades privadas de saúde e do reforço das atribuições em matéria de controlo, que entretanto foram reforçadas no despacho ministerial que confere à IGAS a coordenação do GCCI (cfr. despacho n.º 6447/2012, de 15 de maio, de Sua Excelência o Ministro da Saúde).
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NATUREZA:
A IGAS é um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia
administrativa.
MISSÃO:
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) tem por missão auditar, inspecionar,
fiscalizar e desenvolver a ação disciplinar no sector da saúde, com vista a assegurar o
cumprimento da lei e elevados níveis técnicos de atuação em todos os domínios da atividade e
da prestação dos cuidados de saúde desenvolvidos quer pelos serviços, estabelecimentos e
organismos do Ministério da Saúde (MS), ou por este tutelados, quer ainda pelas entidades
privadas, pessoas singulares ou coletivas, com ou sem fins lucrativos.
Assegurar o cumprimento da lei e
elevados níveis técnicos de atuação
em todos os dominios das atividades de
saúde
AÇÃO DISCIPLINAR
INSPECIONAR/ FISCALIZAR
AUDITAR
MISSÃO
3 – NATUREZA, MISSÃO, ATRIBUIÇÕES,
VALORES E VISÃO
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ATRIBUIÇÕES:
A IGAS prossegue as seguintes atribuições:
a) Verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares e das orientações
aplicáveis, bem como a qualidade dos serviços prestados, por qualquer entidade ou
profissional, no domínio das atividades em saúde, através da realização de ações de auditoria,
inspeção e fiscalização;
b) Atuar no âmbito do sistema de controlo interno da administração financeira do Estado, no
que respeita às instituições e serviços integrados no MS ou sob sua tutela, e garantir a
aplicação eficaz, eficiente e económica dos dinheiros públicos, de acordo com os objetivos
definidos pelo Governo, bem como a correta utilização pelas entidades privadas de fundos
públicos de que tenham beneficiado;
c) Realizar auditorias aos serviços, estabelecimentos e organismos integrados no MS, ou por
este tutelados, e assegurar os respetivos serviços regulares de auditoria interna,
designadamente de âmbito organizacional e financeiro, bem como os serviços regulares de
inspeção ao nível da segurança e qualidade, em articulação com a Direção -Geral da Saúde
(DGS);
d) Apoiar, quando solicitado, a DGS na prossecução das suas atribuições em matéria de
inspeção e implementação de medidas de controlo ao cumprimento dos padrões de qualidade
e segurança das atividades relativas à dádiva, colheita, análise, processamento, preservação,
armazenamento e distribuição de sangue humano, de componentes sanguíneos, de órgãos,
tecidos e células de origem humana;
e) Realizar ações de fiscalização às unidades de prestação de cuidados de saúde do sector
privado e social, na área das dependências e comportamentos aditivos;
f) Desenvolver, nos termos legais, a ação disciplinar em relação aos serviços, estabelecimentos
e organismos integrados no MS, ou por este tutelados;
g) Realizar ações de prevenção e deteção de situações de corrupção e de fraude, promovendo
os procedimentos adequados;
h) Colaborar com organismos nacionais e internacionais em matérias das atribuições das
inspeções -gerais.
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VISÃO:
Um serviço de excelência na defesa da ética e no controlo das atividades em saúde.
VALORES:
Os valores representam as âncoras na prossecução dos objetivos e do cumprimento da missão, tanto no âmbito externo como interno, consagrando princípios e regras de conduta, tendo em vista assegurar e fomentar a imagem de responsabilidade e independência dos Serviços e, simultaneamente, a valorização dos seus profissionais.
De acordo com o Código de Ética e de Conduta, publicitado no site da IGAS, os valores são os seguintes:
INTEGRIDADE, consubstanciado numa conduta honesta, diligente e responsável, garantindo a verdade e a fiabilidade dos resultados obtidos;
RESPEITO, relativamente a todas as pessoas e entidades públicas e privadas com quem seja estabelecida uma relação profissional;
CONFIANÇA, diligenciando pelo cumprimento dos objetivos estabelecidos, mostrando disponibilidade para ouvir e colaborar com todos os intervenientes e atuando imparcialmente em relação aos interesses daqueles com os quais se relacionem profissionalmente;
ESPIRITO DE EQUIPA, concretizado na cooperação de todos os profissionais a fim de serem atingidos os objetivos do serviço;
PROFISSIONALISMO, mediante o desempenho de funções com zelo e eficiência, procurando atualizar e reforçar permanentemente as suas capacidades profissionais.
CONTROLO DAS ATIVIDADES EM
SAÚDE
DEFESA DA ÉTICA
EXCELÊNCIA
SERVIÇO PÚBLICO
VISÃO
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INTEGRIDADE
RESPEITO
CONFIANÇAESPÍRITO
DE EQUIPA
PROFISSIONALISMO
MISSÃO:A IGAS tem por missão auditar, inspecionar, fiscalizare desenvolver a ação disciplinar no sector da saúde,com vista a assegurar o cumprimento da lei eelevados níveis técnicos de atuação ...
VISÃO:
Um serviço de excelência na defesa da ética e nocontrolo das atividades em saúde
VALORES:
Integridade, Respeito, Confiança, Espirito de Equipa eProfissionalismo
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A organização interna da IGAS obedece ao seguinte modelo estrutural misto:
Nas áreas de apoio à gestão e de suporte ao funcionamento, o modelo de estrutura
hierarquizada;
Nas áreas operativas (auditoria, inspeção, fiscalização e ação disciplinar), o modelo de estrutura matricial, assente em equipas multidisciplinares.
4 – ESTRUTURA ORGÂNICA
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5.1 - RECURSOS HUMANOS
Presentemente a IGAS conta com 90 profissionais para a prossecução da sua missão e atribuições.
CARACTERIZAÇÃO POR GÉNERO:
57%
43%
Feminino
Masculino
5 – CARACTERIZAÇÃO DA IGAS
Os colaboradores da IGAS são
maioritariamente do género
feminino (57%)
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CARACTERIZAÇÃO POR ESCALÃO ETÁRIO:
CARACTERIZAÇÃO POR NÍVEIS DE ESCOLARIDADE:
A IGAS perspetiva para o triénio 2014-2016 um período de consolidação de uma cultura organizacional onde todos os objetivos estão alinhados com a estratégia, e é possível ir ao encontro das expetativas de desenvolvimento pessoal e profissional dos trabalhadores. Prevêem-se manter os quantitativos de pessoal para os postos de trabalho do respetivo Mapa de Pessoal.
2% 2%14%
10%
30%
21%
12%9%
de 25 a 29
de 30 a 34
de 35 a 39
de 40 a 44
de 45 a 49
de 50 a 54
de 55 a 59
de 60 a 64
1%
3% 1%4%
9%
12%
0%
64%
5%0%
< de 4 anos
4 anos
6 anos
9º ano
11º ano
12º ano
bacharelato
licenciatura
mestrado
doutoramento
A faixa etária dos profissionais
da IGAS situa-se entre os 28 e os
62 anos, sendo o escalão etário
entre os 45 e os 49 anos o mais
predominante (30%).
A licenciatura representa o nível de
escolaridade mais predominante
(64%).
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5.2 - RECURSOS FINANCEIROS
Em termos de recursos financeiros, a elaboração deste plano pressupõe como fator de sustentabilidade a existência de uma dotação orçamental mínima para os anos de 2015 e 2016 de acordo com os anos de 2013 e 2014.
Total do Orçamento da IGAS
2013 2014
3.595.600,00 3.512.728,00
01.00.00 - Despesas c/. Pessoal 3.120.935,00 3.162.250,00
02.00.00 - Aquisição de Bens e Serviços Correntes
364.989,00 308.005,00
04.00.00 - Transferências Correntes 12.000,00 12.000,00
06.00.00 - Outras Despesas Correntes 91.890,00 1.000,00
07.00.00 - Aquisição de Bens de Capital 5.786,00 29.473,00
O planeamento dos recursos financeiros necessários ao funcionamento da IGAS, de acordo com a nova missão e as atribuições previstas no Decreto-Lei nº 33/2012, de 13 de fevereiro, é um fator determinante da planificação da atividade que se pretende por em prática nos exercícios económicos de 2014-2016.
A concretização da missão pressupõe a manutenção dos postos de trabalho atualmente existentes, o provimento integral dos postos de trabalho afetos à atividade operacional, previstos no mapa de pessoal da IGAS aprovado para 2014, sendo por isso necessário manter os mesmos níveis de financiamento orçamental verificados em 2014, devidamente atualizados em função da previsível reversão gradual das reduções remuneratórias vigentes e dos efeitos das promoções e progressões nas carreiras que se vierem a registar a partir de 2015.
No tocante às alterações decorrentes da integração na Tabela Remuneratória Única, bem como à racionalização dos suplementos atualmente existentes, aplicáveis a partir de 1 de janeiro de 2015, não se prevê o impacto significativo na medida em que a carreira de inspeção se encontra revistas, tendo os pagamentos de suplemento de função inspetiva cessado em 2013.
De igual modo, no tocante à aquisição de bens e serviços releva o esforço de redução em quase todas as rubricas e que permitiu alcançar poupanças significativas, mantendo-se o esforço no sentido da redução da despesa e da eliminação do desperdício.
Contudo, o desenvolvimento de uma aplicação informática de suporte à rede de trabalho desmaterializado, ainda que possa vir a utilizar aplicações informáticas já existentes determinará um investimento em desenvolvimento adicional e formação dos utilizadores a quantificar no orçamento para 2016.
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Os principais serviços prestados pela IGAS, no âmbito das suas competências, são os seguintes (cfr. artigo 4º do Decreto-Lei n.º 33/2012, de 13 de fevereiro):
auditorias financeiras, nomeadamente as previstas no artigo 62º da Lei do Enquadramento do Orçamento do Estado, auditorias de desempenho organizacional e auditorias técnicas, designadamente as clínicas;
inspeções temáticas, normativas e à qualidade;
ações de fiscalização e de verificação, bem como a instauração e instrução de processos de contraordenação, cuja competência lhe seja legalmente cometida;
auditorias disciplinares e processos de natureza disciplinar (sindicâncias, inquéritos e disciplinares);
pareceres no âmbito da ação disciplinar;
ações de sensibilização, informação e formação sobre as normas e procedimentos em vigor na área da Saúde, cuja aplicação a IGAS deva especialmente acompanhar;
Outros serviços prestados na sequência da colaboração com organismos nacionais e internacionais no âmbito das suas atribuições, designadamente os serviços centrais do Ministério da Saúde, a rede Europeia contra Fraude e Corrupção na Saúde (EHFCN), as Regiões Autónomas, as Ordens Profissionais, as instituições do sistema judicial e outros organismos de controlo.
6 – INTERESSADOS E PRODUTOS/SERVIÇOS
PRESTADOS
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Financeiras
Governo/Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/ Personalizados do
MS
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
Tribunal de Contas
Outros Organismos Inspetivos/
Reguladores
Ao Desempenho Organizacional
Governo/Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/ Personalizados do
MS
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
Tribunal de Contas
Outros Organismos Inspetivos/
Reguladores
Outras Especificas
Governo/Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/ Personalizados do
MS
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
Tribunal de Contas
Au
dit
ori
as
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Temáticas Combate à Fraude e ao Desperdicio
Governo/Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/ Tribunais)
UNCC (PJ)
Tribunal de Contas
Outros Organismos Inspetivos/
Reguladores
Controlo dos Recursos
Humanos na Saúde
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Estabelecimentos Privados/ Sociais
de Saúde
Cidadão
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/DIAP/T
ribunais)
Outros Organismos de Controlo (interno e
externo)
Acesso aos Cuidados de
Saúde
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Cidadão
No Dominio da Qualidade e Segurança dos Doentes
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Estabelecimentos Privados/
Sociais de Saúde
Cidadão
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
Ordens e Associações Profissionais
Regiões Autónomas (Inspeções Regionais
de Saúde)
Outras Especificas
(Vg. normativas)
Governo/ Tutela
Insp
eçõ
es
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Fiscalização para confirmação dos atos faturados ao SNS pelas unidades privadas e do setor social
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Estabelecimentos Privados/Sociais
de Saúde
Cidadão
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
Fiscalização de situações de conflito de
intereses, ou de acumulações
público/privado
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Estabelecimentos Privados/Sociais de
Saúde
Cidadão
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
Fiscalização de UPS /UCCI na
ótica da segurança dos
utentes e da qualidade dos atos prestados
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Estabelecimentos Privados/Sociais
de Saúde
Cidadão
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
Ordens e Associações Profissionais
Fiscalização das unidades privadas
que prestam serviços na área das dependências e dos
comportamentos
aditivos
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Estabelecimentos Privados/Sociais
de Saúde
Cidadão
Fiscalizações
ou verificações não programadas
Queixas/Denúncias
Governo/ Tutela
Estabelecimentos Privados/Sociais
de Saúde
Cidadão
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/DIAP/
Tribunais)
Ordens e Associações Profissionais
Açõ
es
de
Fis
caliz
ação
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Inquéritos e Disciplinares
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Cidadão
Orgão Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
UNCC (PJ)
Tribunal de Contas Ordens e Associações
Auditorias Discplinares
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Cidadão
Pro
cess
os
de
Nat
ure
za D
isci
plin
ar
Pro
cess
os
de
Co
ntr
aord
en
ação
A Exercer nos Termos Legalmente Previstos
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/ Personalizados do
MS
Estabelecimentos Privados/Sociais de
Saúde
Cidadão
Orgão Judiciais (MP/DCIAP/DIAP/
Tribunais)
Instituto Nacional da Reabilitação
Alto Comissariado para a Imigração e
Diálogo Intercultural
Tribunal de Contas
Governo/ Tutela ARS/SNS ARS/SNS Órgãos Judiciais
(MP/DCIAP/DIAP
/Tribunais
Ações de Prevenção e Deteção da Corrupção e Fraude
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Coordenação e Articulação da
Auditoria Interna no MS (GCCI)
Governo/Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Cidadão
Orgãos Judiciais
(MP/DCIAP/ DIAP/Tribunais)
UNCC (PJ)
Tribunal de Contas
Colaboração com Serviços e Entidades
Externas ao MS
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
UNCC (PJ)
Tribunal de Contas
CNPMA
Ordens e Associações Profissionais
Regiões Autónomas (Inspeções Regionais de
Saúde)
Outros Organismos Inspetivos/Reguladores
Alto Comissariado para a Integração e Diálogo
Intercultural
Inspeções no dominio da PMA
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/ Personalizados do
MS
Estabelecimentos Privados/ Sociais de Saúde
Cidadão
Regiões Autónomas (Inspeções Regionais de
Saúde)
Participação na Elaboração de
Normativos Aplicáveis à Saúde
Governo/Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Ap
oio
e c
ola
bo
raçã
o in
teri
nst
itu
cio
nal
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Pareceres/ Informações
(PG)
Governo/Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Estabelecimentos Privados/Sociais
de Saúde
Cidadão
Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/
DIAP/Tribunais)
UNCC (PJ)
Tribunal de Contas
CNPMA
Ordens e Associações Profissionais
Regiões Autónomas (Inspeções Regionais
de Saúde)
Outros Organismos Inspetivos/
Reguladores
Ações de Esclarecimento e Sensibilização na Área Disciplinar
ARS/SNS
Serviços Centrais/
Personalizados do MS
Regiões Autónomas (Inspeções Regionais
de Saúde)
Processos de acompanhamento ou de esclarecimento de
procedimentos externos (APU/APV/ESC)
Governo/ Tutela
ARS/SNS
Serviços Centrais/ Personalizados do
MS
Estabelecimentos Privados/ Sociais
de Saúde
Cidadão
Orgão Judiciais (MP/DCIAP/DIAP/T
ribunais)
UNCC (PJ)
Tribunal de Contas
Ordens e Associações Profissionais
Ap
oio
e a
sse
sso
ria
técn
ica
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METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO PLANO
O planeamento estratégico constitui um meio de estruturar os processos de decisão, reduzindo as incertezas, através de uma análise sistemática do ambiente, da própria organização e da adequação entre ambos.
A elaboração do plano estruturou-se de acordo com o previsto na legislação em vigor, tendo em conta as especificidades desta Inspeção-Geral, enquanto organismo de controlo setorial, implicando a análise das condicionantes e oportunidades decorrentes da estratégia do governo e, em particular, da reforma proposta para Saúde que assenta em quatro pilares essenciais: (1) melhorar a qualidade global, incluindo a eficiência, do sistema de saúde; (2) progredir na redução das iniquidades de acesso ao sistema de saúde; (3) assegurar uma crescente transparência do sistema; (4) promover a capacitação e responsabilização dos cidadãos no desenvolvimento e aplicação de políticas saudáveis.
O sucesso organizacional exige dos decisores a capacidade de identificar oportunidades para dar resposta às solicitações e uma apurada capacidade de diagnóstico no sentido de detetar, paralelamente, as ameaças e dificuldades para as contornar. Assim, foi necessário distinguir, claramente, as prioridades, evitar as redundâncias e identificar uma metodologia que permitisse comunicar adequadamente a estratégia e concentrar a atenção sobre ela.
Nesta conformidade, no processo de elaboração do plano estratégico (2014-2016) foi adotada a metodologia Balanced Scorecard (BSC) por permitir clarificar a estratégia, traduzi-la em aspetos operacionalizáveis, melhorar o controlo de gestão e melhorar o processo de comunicação organizacional.
LINHAS DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA
O Plano Estratégico que define os objetivos da IGAS, para o triénio 2014-16, reflete a missão, os valores e a visão da IGAS e tem em conta os desenvolvimentos no contexto nacional e internacional. As Linhas Gerais de Orientação Estratégica estão intrinsecamente ligadas à Missão e aos propósitos estratégicos e aos normativos que regem a atividade inspetiva, designadamente os princípios e as normas que decorrem do respetivo enquadramento legal e que condicionam a
7 – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 25
sua atividade, nomeadamente, a Constituição da República Portuguesa, as leis orgânicas do Ministério da Saúde e da IGAS, a Lei do Enquadramento Orçamental, o regime do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação da Administração Pública (SIADAP), o regime jurídico que institui o Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado (SCI), o que rege a atividade de Inspeção da Administração direta e indireta do Estado, o regime jurídico da Carreira Especial de Inspeção e os diplomas específicos da saúde, incluindo os recentemente publicados e que atualizaram e reforçaram as atribuições da IGAS (vide nº 8 do DL nº 14/2014, nº 2 do artigo 44º da Lei nº 21/2014).
A estratégia encontra-se, ainda, alinhada com as “Orientações para elaboração de planos de atividades e quadros de avaliação e responsabilização dos serviços do Ministério da Saúde”, incluindo aquelas que decorrem das cartas de missão da Direção, do Documento de Estratégia Orçamental 2014 – 2018 (DEO) e as demais que traduzem a Visão e os vetores estratégicos que orientarão a reforma da Saúde pelo atual Governo, nomeadamente as decorrentes do Plano Nacional de Saúde 2012-2016.
VISÃO E VETORES ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Fonte: Adaptação da ilustração apresentada na 2.ª reunião de dirigentes do Ministério da Saúde (2011).
O Plano Nacional de Saúde 2012-2016 (PNS) é, em si mesmo, um instrumento e recurso de planeamento em Saúde enquadrador dos objetivos, planos e estratégias de todos os serviços centrais e personalizados do Ministério da Saúde e do Sistema de Saúde em geral.
O PNS é um conjunto de orientações, recomendações e ações concretas, de caráter estratégico, destinadas a capacitar e promover o empoderamento do Sistema de Saúde para
Vetores estratégicos
Maior participação do cidadão
Combate ao
desperdício
Maior efetividade e
interligação entre diferentes
níveis de prestação de cuidados
Plano Nacional de
Saúde
Maior transparência
Combate à fraude
Acreditação dos serviços do SNS
Cumprimentos das obrigações
assumidas em termos nacionais
e internacionais
Melhorar a
qualidade global,
incluindo a
eficiência, do
sistema de saúde
VISÃO ESTRATÉGICA
Progredir na
redução das
iniquidades de
acesso ao sistema
de saúde
Promover a capacitação e responsabilização dos
cidadãos no desenvolvimento e aplicação de políticas
saudáveis
Assegurar uma crescente
transparência do sistema
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cumprir o seu potencial. Considera-se que a capacidade de manter e promover o potencial de saúde está sob a responsabilidade do cidadão, das famílias, das comunidades, das organizações da sociedade civil e do sector privado e social, assim como do nível de planeamento estratégico nacional. O PNS propõe recomendações e envolve estes agentes, procurando demonstrar como os seus esforços são decisivos para a missão social e para a concretização de uma visão comum de Sistema de Saúde.
Uma das finalidades do PNS 2012-2016 é precisamente a de “Maximizar os ganhos em saúde” através do alinhamento e da integração com os planos setoriais, através do qual é possível saber em que medida os diferentes agentes do Sistema de Saúde podem contribuir para maximizar ganhos em saúde, identificando as políticas transversais que apoiam a missão de todos na concretização dos Objetivos para o Sistema de Saúde, incluindo a prestação de cuidados de saúde e para que objetivos devemos convergir.
O planeamento estratégico da IGAS não poderá, pois, deixar de ser orientado pelo modelo conceptual do PNS 2014-2016 que visa “maximizar os ganhos em saúde, através do alinhamento em torno de objetivos comuns, a integração de esforços sustentados de todos os sectores da sociedade, e da utilização de estratégias assentes na cidadania, na equidade e acesso, na qualidade e nas políticas saudáveis”.
Procurar-se-á demonstrar o alinhamento dos objetivos da IGAS, cuja formulação se apresentará adiante, com os quatro eixos estratégicos do PNS, de forma a assegurar a convergência dos objetivos com maior valor em saúde, através da função de auditoria, inspeção e fiscalização, contribuindo para a integração estratégica, tendo em vista o melhor desempenho dos serviços e a adequação de cuidados que maximizem a utilização de recursos, a qualidade, a equidade e o acesso.
Nesta sequência, e particularizando no âmbito das referidas temáticas, a IGAS dedicará particular atenção, no próximo triénio, às atividades em saúde nas áreas: do medicamento ou dispositivos médicos; das unidades que prestam cuidados continuados e integrados de saúde; das listas de inscritos para cirurgia (LIC) e no Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC); das unidades ou estruturas especializadas para o tratamento de dependências associadas ao consumo de álcool e drogas; da urgência e de emergência médica; .
No âmbito do eixo “Cidadania em Saúde”, a IGAS, enquanto serviço público, procurará também, assegurar a informação adequada, célere e fiável a todos os utentes que a ela recorram, mediante exposições, pedido de esclarecimentos, participações ou denúncias, adotando os procedimentos adequados, na ótica da descoberta da verdade material e no respeito pelos interesses dos cidadãos, contribuindo, deste modo, para uma dinâmica contínua de desenvolvimento que integre a produção e partilha de informação e conhecimento (literacia em saúde), numa cultura de pro-atividade, compromisso e autocontrolo do cidadão (capacitação/participação ativa) para a máxima responsabilidade e autonomia individual.
ANÁLISE ESTRATÉGICA
A definição de uma estratégia engloba três fases: a análise (recolha de informação, dados sobre o ambiente externo e interno e para posterior tomadas de decisão); a formulação/ planeamento estratégico (reunidos os dados, tomam-se as decisões estratégicas tendo em vista o objetivo principal, considerando as vantagens competitivas, definindo-se procedimentos de trabalho) e a implementação da estratégia (que não pode deixar de implicar a comunicação da estratégia e adaptação a eventuais mudanças nas circunstâncias e atividades).
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 27
CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE
Os diversos fatores contextuais entre os quais relevam as políticas para a saúde, a evolução do quadro político-legal da saúde e a realidade socioeconómica nacional, têm natureza exógena, não podendo ser ignorados na definição dos caminhos a seguir pela IGAS, nos modos de os percorrer, com a visão que se preconiza.
No contexto geral dos fatores externos que influenciarão a atividade dos organismos da Administração Pública, no próximo triénio, as atuais projeções para a economia mundial, recentemente apresentadas pela Comissão Europeia (CE) apontam “para um reforço do crescimento em 2014, que se irá prolongar em 2015, face ao abrandamento registado nos dois últimos anos” (DEO), muito embora a incerteza nas perspetivas económicas nacionais e mundiais se mantenha elevada, podendo “condicionar as previsões para a economia portuguesa para o horizonte 2014-2018”.
Por outro lado, os fatores de longo prazo determinantes, como sejam a evolução demográfica, afetam o potencial de crescimento da economia, na medida em que a despesa pública está diretamente relacionada com o envelhecimento da população.
Deste modo, as novas projeções para a evolução da população apresentam um risco acrescido para a sustentabilidade das finanças públicas, quer pelo seu impacto na despesa com pensões (por via do aumento do número de pensionistas) e das demais despesas públicas sensíveis ao envelhecimento, quer pelo efeito na receita com contribuições (por via da diminuição do número de contribuintes).
Esta realidade não afeta uma perspetiva positiva da evolução económica nos próximos anos, suportada no impacto das medidas de contenção da despesa e de combate ao desperdício adotadas nos últimos anos, mas implica a necessidade de se garantir o cumprimento das medidas de consolidação orçamental para 2015 identificadas no quadro do 11º exame regular do Programa de Ajustamento Económico e que decorrem essencialmente do processo de racionalização e reorganização do sector público.
As medidas aprovadas dividem-se pelas seguintes áreas: (a) Redução da despesa relativa a estudos, pareceres, projetos e consultoria e outros trabalhos especializados; (b) Reorganização da estrutura de custos com Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC);(c) Continuação da restruturação do Sector Empresarial do Estado; (d) Compressão adicional de despesa a nível sectorial; (e) Diminuição das despesas com pessoal através da redução de efetivos por aposentação; (f) Diminuição das despesas com pessoal por efeito carry-over da execução de Programas de Rescisões por Mútuo Acordo e pela utilização do Sistema de Requalificação de trabalhadores; (g) Aumento de receita pela alteração ao modelo de exploração de jogo e pelo efeito carry-over do aumento da contribuição para a ADSE, SADs e ADM por parte dos respetivos beneficiários; (h) Recurso a medidas de caráter pontual, relativas a concessões a realizar em 2015 e (i) Medidas específicas no sector da Saúde.
No caso da Saúde, salienta-se que a entrada em vigor da atualização do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais (SEC 2010), implicando a modificação dos critérios fundamentais para a reclassificação em contas nacionais, tenderá a envolver a reclassificação adicional de um conjunto de empresas públicas, sendo previsível que os Hospitais EPE passem a ser reclassificados no perímetro das AP de acordo com os novos critérios estatísticos e as suas necessidades de financiamento passarão a ser asseguradas pelo Orçamento do Estado.
Em particular na área da Saúde, a atividade da IGAS será influenciada pela reforma da saúde, designadamente, a reestruturação da rede de oferta de serviços hospitalares que privilegia os cuidados de saúde primários, a redução e o controlo dos custos com medicamentos, a divulgação das normas de orientação clínica, a fixação e negociação dos novos horários de trabalho dos profissionais e do modelo de serviço nas urgências, a aprovação do novo regime
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 28
de convenções com os privados, o processo de devolução de hospitais às Misericórdias e a evolução registada no âmbito da informatização do Sistema Nacional de Saúde (incluindo o desenvolvimento da Plataforma de Dados de Saúde).
Em suma, as reformas estruturais anunciadas no documento de estratégia orçamental 2014-2018, implicarão, como ali se refere, o desenvolvimento de métricas rigorosas para aferir o impacto real das medidas já empreendidas.
Por outro lado, o desconhecimento e as incertezas associadas a algumas das medidas anunciadas, designadamente, “a reorganização e racionalização da rede hospitalar ou a criação dos mecanismos que permitirão a implementação efetiva da diretiva europeia dos cuidados de saúde transfronteiriços” ou “a implementação do novo regime de convenções do Serviço Nacional de Saúde (SNS), implicando a substituição das atuais relações contratuais desse âmbito” ou “o novo paradigma no relacionamento entre o Ministério da Saúde e os serviços do SNS com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)”, constituem desafios que carecem de ser adequadamente geridos pela IGAS enquanto organismo responsável pelo controlo das atividades em saúde(DEO 2014 – 2018).
Paralelamente, no âmbito da defesa do direito ao acesso de todos os doentes, o papel da IGAS foi evidenciado na Lei n.º 15/2014, de 21 de março, que consolidou a legislação em matéria de direitos e deveres do utente dos serviços de saúde, nos termos da qual, de forma a garantir o direito do utente à informação, os estabelecimentos do SNS e do sector convencionado são obrigados a publicar e divulgar, até 31 de março de cada ano, um relatório circunstanciado sobre o acesso aos cuidados que prestam, os quais serão auditados, aleatória e anualmente, pela IGAS.
Para além do incremento do esforço de controlo de auditoria, do combate à fraude e ao desperdício, e da garantia de salvaguarda do acesso em equidade dos doentes a cuidados de saúde seguros e de qualidade, o atual contexto exige um reforço do controlo dos recursos humanos no SNS no quadro das medidas direcionadas à restrição das acumulações dentro do sector público e entre os sectores público e privado, por razões éticas, de eficiência e avaliação das questões de conflito e registo de interesses.
Neste sentido, enquadra este propósito, a recente publicação de diplomas legais que conferem novos poderes a esta Inspeção-Geral, nestas matérias, designadamente o Decreto-Lei n.º 14/2014, de 22 de janeiro que estabelece o regime jurídico das incompatibilidades dos membros das comissões, de grupos de trabalho, de júris de procedimentos pré -contratuais, e consultores que apoiam os respetivos júris, ou que participam na escolha, avaliação, emissão de normas e orientações de caráter clínico, elaboração de formulários, nas áreas do medicamento e do dispositivo médico no âmbito dos estabelecimentos e serviços do SNS, bem como dos serviços e organismos do Ministério da Saúde, por via do qual passou a competir à IGAS a fiscalização do cumprimento das disposições constantes do mesmo, a instrução dos processos de contraordenação e a aplicação das sanções.
E, por força do disposto na Lei n.º 21/2014, de 16 de abril, que aprova a lei da investigação clínica, a IGAS passou a ter um papel relevante na fiscalização e no controlo desta matéria, tendo para o efeito competência em matéria contraordenacional (cfr. nº 2 do art.º 44º, nº 1 do artº 46º e alínea c) do nº 1 e nº 2 do artº 47º).
Por outro lado, as alterações legislativas reforçaram algumas das atribuições da IGAS resultantes do PREMAC, sendo disso exemplo, a Portaria n.º 76/2014, de 21 de março, que veio regulamentar os termos em que devem ser autorizadas as unidades de colheita e transplantação de órgãos, bem como a respetiva tramitação, determinando que a autorização das atividades requeridas é comunicada ao requerente, ao IPST, I.P. e à Inspeção -Geral das Atividades em Saúde.
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Noutro contexto, as orientações que suportaram a reforma do Estado, com potencial impacto na gestão interna dos recursos humanos e financeiros, a anunciada reversão de 20% da taxa de redução aplicada atualmente às remunerações, a partir de 2015, associada ao facto de não ser previsível ou mesmo desejável, a diminuição do número de efetivos nos anos subsequentes poderá constituir um constrangimento ou uma ameaça nova, que não pode deixar de ser ponderada.
A própria previsão da Tabela Remuneratória Única (TRU), cujo impacto na carreira inspetiva ainda não é conhecido e que, a partir de 2015, implicará que todas as remunerações base das carreiras das APs sejam reconduzidas à TRU atualmente em vigor (salvo situações excecionais), não pode deixar de ser ponderada como uma possível ameaça. É certo que, no tocante aos suplementos remuneratórios, não se prevê que a redução o número de suplementos existentes tenha impacto na carreira inspetiva, dado que o suplemento já se encontra integrado na remuneração base.
Em contrapartida, no que concerne aos efeitos das promoções e progressão nas carreiras que por força dos constrangimentos orçamentais se encontravam congelados, a previsão da sua retoma, a partir de 2015, de forma gradual, e no respeito pelos objetivos orçamentais, é perspetivada como uma oportunidade, na medida em que pode reforçar o comprometimento dos diferentes colaboradores.
A IGAS deverá, pois, manter e reforçar a intenção de criar condições para a realização e valorização profissional dos seus trabalhadores, caraterizados por cultura fortemente identitária na qual o comprometimento profissional se alia ao comprometimento organizacional. Neste sentido, pretende-se mapear e elaborar a cadeia de valor, clarificando o o papel dos diferentes profissionais na organização, a par da aprovação de um manual dos procedimentos, e, simultaneamente, desenvolver instrumentos de fidelização e de atração de novos colaboradores, para compensar as potenciais saídas.
No plano do conhecimento, da aprendizagem e dos processos, o enfoque na agenda digital e o Simplex2, transversais a todas as políticas, constitui uma oportunidade que deverá ser valorizada, na medida em que tem, entre outros, o objetivo de garantir que todos dispõem das competências necessárias para beneficiar da revolução tecnológica, permitindo uma utilização eficiente dos recursos.
Em termos estratégicos, implicará a definição de um objetivo específico através do qual se visa o desenvolvimento de uma aplicação informática que suporte uma rede de estruturação do trabalho tendente à otimização, desmaterialização e controlo dos processos, promovendo simultaneamente, a partilha e difusão da Informação consolidada.
Deste modo, procurar-se-á criar as condições para uma efetiva redução da burocracia, verificando todos os procedimentos internos suportados em papel, visando a redução dos que possam ser desmaterializados ou eliminados, aumentando a eficiência, sem comprometer a efetividade.
No quadro seguinte, encontram-se sintetizadas algumas das orientações para a Reforma do Estado, algumas delas geradoras de incertezas que poderão influenciar os fatores críticos de sucesso.
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Guiões – Orientações para a Reforma do Estado
Mapa operativo - GOV/MF/MADR/MJ (8.5.2014) Mapa operativo - MS (8.5.2014)
1. Reformar a função inspetiva do Estado. 2015 Aumentar a eficiência, sem comprometer a efetividade, na prestação de cuidados de saúde.
Em curso
2.
Reforma gradual das secretarias-gerais dos Ministérios: unificar a função “pagamentos” para se partilhar funções, direcionar melhor os recursos e reduzir o desperdício.
2014/2015 Proceder ao reordenamento e reforço da intervenção da saúde pública.
2014
3. Promover a gradual concentração dos reguladores sectoriais num menor número de entidades.
Em curso Aumentar a qualidade e sustentabilidade dos serviços hospitalares, levando a cabo a Reforma Hospitalar.
Em curso
4.
Um programa inspirado no PREMAC - avaliação rigorosa, em termos de custo-benefício dos organismos que possam ser extintos ou melhor enquadrados, evitando duplicações e redundâncias funcionais
2014 Reforçar os cuidados de saúde primários e oferta de cuidados continuados.
2015
5. Encontrar processos expeditos de regulação dos conflitos de competências entre entidades do Estado.
Em curso
Continuar a reforma da política do medicamento: implementação do formulário nacional do medicamento, a aplicação de normas de orientação clínica, reforço da aquisição e negociação centralizadas e reforço de monitorização e controlo da qualidade da prescrição.
Em curso
6. Reduzir a burocracia: rever os prazos e prever sanções para as entidades incumpridoras.
Em curso Atuar sobre os principais determinantes de saúde, de forma a promover a saúde e prevenir as doenças.
Em curso
7. Simplex2: verificar todos os procedimentos dos ministérios, visando uma redução de pelo menos 1/3 das intervenções obrigatórias.
2014/2015 Estabelecer acordos estáveis e transparentes com o sector privado e social, nomeadamente através da avaliação de novos formatos de parceria.
2014
8.
Recuperação progressiva e faseada das reduções salariais dos funcionários do Estado – 20% já em 2015. Articulação com TRU, descongelamento de carreiras e prémios de desempenho.
2014 Clarificar o papel de cada profissional na Saúde, avaliar a produtividade e desenvolver instrumentos de atração de profissionais para regiões de carência.
2015
9. Compromisso sobre a mobilidade visando uma Administração Pública mais ágil, mais qualificada e mais bem paga.
2015
Criar condições de excelência para o conhecimento e a inovação: a investigação e o desenvolvimento; excelência na prestação de cuidados e excelência na gestão da informação.
2015
10. Possibilitar as rescisões por mútuo acordo em permanência como medida de auto reforma do Estado.
2015 Gestão coordenada dos subsistemas públicos de saúde 2015
11. Legislação reformista sobre trabalho a tempo parcial e reforma a tempo parcial.
2015 Nova arquitetura de governação da estrutura funcional do Ministério da Saúde, com a separação do financiamento da prestação de cuidados
2015
12.
Reforçar os instrumentos e programas de racionalização do património imobiliário do Estado, reduzindo o “Estado proprietário”, o “Estado inquilino” e racionalizando os espaços não utilizados.
Em curso
13.
Política coordenada entre reformas antecipadas nas Administrações Públicas, objetivos de redução da despesa com pessoal através da mobilidade, rescisões, e trabalho e reforma a tempo parcial
2014/2015
14. Estabelecer com antecedência e planeamento os objetivos de contratação
2014
15. Rever o modelo de avaliação dos funcionários públicos ara promover o mérito e o melhor desempenho
2015
16.
Restringir as acumulações dentro do sector público e entre os sectores público e privado de forma a garantir mais ética e eficiência da Administração Pública, possibilitando, até, a criação de mais emprego
2015
17. Gestão centralizada de compras e avaliar o papel da ESPAP reformulando, se necessário, as suas regras e enquadramento
2014
18. Investir no combate à corrupção; avaliar as questões de conflito e registo de interesses para uma maior transparência da Administração Pública (MJ)
Em curso
19. Finalizar a reforma do Código de Procedimento Administrativo para desburocratização e responsabilização efetivas do Estado
Em curso
Fonte: Governo de Portugal: “Um Estado Melhor” - versão final aprovada no Conselho de Ministros de 8/5/2014 GUIÃO Orientações para a Reforma do Estado - Mapa operativo – GOV/MF/MADR/MJ/MS – 8.5.2014
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Estas são apenas algumas das mudanças que se espera virem a ditar dinâmicas que influenciam a prossecução dos objetivos do sistema de saúde português, nuns casos positivas ou noutros de criação de riscos, e que deverão merecer especial atenção por parte da IGAS em 2014.
ANÁLISE SWOT
O modelo SWOT visa analisar as forças (strenghts), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats) para a organização, fomentando uma análise da respetiva envolvente interna e externa, constituindo, a par da análise de stakeholders uma ferramenta de diagnóstico da atual situação da IGAS.
A análise SWOT que se apresenta visa a determinação dos fatores suscetíveis de serem enquadrados nos quatro prismas que compõem esta análise.
ANÁLISE DE STAKEHOLDERS
A IGAS integra a administração direta do Ministério da Saúde sendo o seu principal interlocutor o Gabinete do Ministro da Saúde. Encontrando-se a IGAS ao serviço do cidadão, e estando dotada de autonomia técnica, o que permite a prossecução de intervenções por iniciativa própria, na sequência de participações dos utentes dos serviços de saúde, de profissionais de saúde e dos próprios órgãos dos estabelecimentos de saúde, estes integram o universo dos seus clientes.
Para além das instituições que integram o SNS, os restantes serviços centrais e serviços personalizados do Ministério da Saúde, bem como os operadores dos setores privado e social são, enquanto tais, destinatários dos serviços prestados pela IGAS, uma vez que a lei permite
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que, no âmbito da sua autonomia, possam beneficiar diretamente e por iniciativa própria desses mesmos serviços.
• Assembleia da República
• Cidadãos
INTERESSE
PO
DE
R
•Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural
Alto
Alt
o
Baixo
Ba
ixo
•Outros Organismos
•Regiões Autónomas (Inspeções Regionais de Saúde)
• EstabelecimentosPrivados/Sociais de Saúde
• UNCC (PJ)
• Outros ServiçosPersonalizadosCentrais/do MS
• ComunicaçãoSocial
• CNPMA
•ARS/SNS
• Tribunal de Contas
• Governo/Tutela
• Colaboradores
• Orgãos Judiciais (MP/DCIAP/DIAP/Tribunais)
• Secretaria-Geral
• Ordens e Associações Profissionais
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 33
8 – Objetivos e Estratégia
FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA
A IGAS tem um papel-chave na promoção e defesa do direito à saúde, pelo que necessita de inspetores/colaboradores capazes de responder às várias solicitações que lhes são apresentadas, de forma expedita, adequada, eficaz, eficiente e imparcial.
A intervenção inspetiva é fundamental para a eficácia do Sistema de Saúde e condição essencial para se garantir a boa governação do SNS, porque permite ao criar valor, melhorando a informação e disseminando as boas práticas, contribuir para a melhoria do desempenho e o aumento do rigor e da transparência da informação em saúde, reforçando a eficácia do controlo (OE1).
Atualmente, a IGAS dispõe de um número superior de inspetores ao existente nos anos anteriores, através dos quais pretende contribuir ativamente, no próximo triénio, para a melhoria do desempenho dos serviços, priorizando o controlo em áreas de risco, relevância ou materialidade, na defesa da equidade do acesso a cuidados seguros, da sustentabilidade financeira (atual e futura, do SNS), da aplicação eficiente dos recursos públicos, na obtenção de resultados de qualidade e ganhos de saúde para a população e/ou no combate à corrupção, à fraude e ao desperdício.
A obtenção de ganhos de eficiência na atividade da IGAS é, assim, não apenas um objetivo mas uma condição, da qual depende o cumprimento integral da respetiva missão (OE2). Para alcançar este desiderato, é necessário não só priorizar o controlo nas áreas de risco ou materialidade, mas melhorar os resultados dos produtos de controlo, desenvolvendo mecanismos que permitam a melhoria contínua nos métodos e técnicas de gestão estratégica da organização, definindo instrumentos de monitorização e de avaliação continua e otimizando as intervenções inspetivas.
Neste sentido, o planeamento estratégico, para o próximo triénio, está suportado no objetivo de desenvolver competências e promover da qualidade dos serviços prestados (OE3).
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 34
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Nesta conformidade, impõe-se, em particular:
Supervisionar e assegurar que a monitorização, o acompanhamento, as auditorias, as fiscalizações e os controlos realizados pelas várias entidades do MS e SNS, contribuem, de forma coerente, para o esforço de controlo da despesa do Ministério, proporcionando, à tutela, informação regular sobre os respetivos resultados e controlar, diretamente, a boa gestão dos recursos públicos afetos à saúde e a manutenção dos níveis de qualidade, segurança e acesso às atividades em saúde;
Manter a relevância e a oportunidade dos outputs da IGAS face à respetiva missão, às orientações do MS e em alinhamento com os eixos estratégicos previstos no Plano Nacional de Saúde, designadamente, priorizando o controlo em áreas de risco, relevância ou materialidade, melhorando e ampliando os resultados dos novos produtos de controlo/serviços, bem como capacitando as instituições do SNS para o adequado exercício da ação disciplinar e o regular funcionamento dos respetivos gabinetes dos cidadãos/Sistema SIM-Cidadão;
Concretizar iniciativas que contribuam para a otimização do capital da organização, humano e de informação/aprendizagem, incluindo iniciativas de valorização do pessoal, proporcionando aos trabalhadores da IGAS oportunidades e um acesso efetivo a ações de formação, face às suas necessidades operacionais; fomentando a cultura e o conhecimento organizacional, nomeadamente através da dinamização de reuniões de brainstorming e da simplificação do acesso à informação interna e externa; continuando a avaliação da satisfação (sempre que possível).
OE 3
Desenvolver competências e
promover a qualidade dos serviços prestados
OE 2
Obter ganhos de eficiência na
atividade da igas
OE 1
Contribuir para a melhoria do desempenho e o
aumento do rigor e da transparência da
informação em saúde, reforçando a eficácia do
controlo
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 35
DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS, RESPETIVOS INDICADORES E METAS
OE1 - CONTRIBUIR PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO E O AUMENTO DO RIGOR E DA
TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE, REFORÇANDO A EFICÁCIA DO CONTROLO.
OE1.1
•Contribuir de forma articulada no seio do GCCI, para o esforço de controlo da despesa do Ministério, proporcionando, à tutela, informação regular sobre os respetivos resultados.
1.º Indicador: Volume de fluxos financeiros controlados pelos auditores internos (% da
dotação orçamental de cada entidade).
Meta: 6,5% Superação: 7,0% Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Percentagem 5,5 6 6,5
5
6
7
2.º Indicador: Número de relatórios anuais apresentados pelo GCCI à Tutela, no
triénio.
Meta: 6 Superação: 9 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Relatórios 2 2 2
0
2
4
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 36
OE1.2•Incrementar o esforço de controlo de auditoria.
1.º Indicador: Volume de fluxos financeiros controlados pela IGAS (% da dotação
orçamental do MS).
Meta: 300 M € Superação: 301,5 M € Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Milhões de Euros 99 100 101
98
100
102
2.º Indicador: Percentagem de entidades do MS, ou por este tuteladas, sujeitas a
ações de auditoria nos últimos 8 anos.
Meta: 90% Superação: 91,5% Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Percentagem 80 85 90
708090
100
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 37
OE1.3•Combater a fraude e o desperdicio através de inspeções temáticas e daresponsabilização disciplinar
1.º Indicador: Nº de entidades hospitalares inspecionadas no âmbito do combate à
fraude e ao desperdício.
Meta: 30 Superação: 32 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 10 10 10
01020
2.º Indicador: Nº de ACES inspecionados (inspeções temáticas ou normativas) no
âmbito do combate à fraude e ao desperdício.
Meta: 27 Superação: 28 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 9 9 9
0
10
3.º Indicador: Nº de participações acompanhadas na área disciplinar com o referido
objetivo.
Meta: 75 Superação: 90 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 25 25 25
02040
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 38
OE1.4•Contribuir para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde e a redução das desigualdades, visando a equidade (eixos estratégicos PNS).
1.º Indicador: Nº de inspeções realizadas com o objetivo de contribuir para a
melhoria do acesso e equidade (PNS).
Meta: 3 Superação: 5 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 1 1 1
0
2
2.º Indicador: Nº de reclamações acompanhadas pela IGAS com o objeto
identificado.
Meta: 150 Superação: 180 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 50 50 50
0
100
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 39
OE1.5
•Assegurar a eficácia do controlo na área dos recursos humanos do SNS,garantindo a adequada fiscalização das situações de impedimentos,incompatibilidades, acumulações indevidas e o cumprimento dos horários.
OE1.6•Contribuir para a obtenção de elevados níveis técnicos de atuação, nas áreas da qualidade e da segurança dos doentes
1.º Indicador: Nº de entidades acompanhadas (APU/APV) na sequência de
disposições ou queixas relacionadas com a qualidade dos cuidados ou a segurança
dos doentes.
Meta: 300 Superação: 360 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 100 100 100
0
200
Indicador: N.º de estabelecimentos hospitalares ou ACES inspecionados ou
fiscalizados, para assegurar a eficácia do controlo na área dos recursos humanos do
SNS.
Meta: 60 Superação: 75 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 20 20 20
0
50
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 40
4.º Indicador: N.º de entidades privadas e/ou convencionadas, fiscalizadas com o
objetivo de confirmar a efetividade e adequação dos atos faturados ao SNS.
Meta: 30 Superação: 33 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 10 10 10
01020
3.º Indicador: Nº de unidades de prestação de cuidados de saúde do setor privado e
social fiscalizadas, na área das dependências e dos comportamentos aditivos.
Meta: 60 Superação: 66 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 20 20 20
02040
2.º Indicador: Nº de entidades inspecionadas ou fiscalizadas nas áreas da qualidade
dos cuidados ou da segurança dos utentes.
Meta: 60 Superação: 75 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 20 20 20
0
20
40
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 41
5.º Indicador: Nº de instituições públicas e privadas inspecionadas no domínio do
sangue humano, suas componentes, tecidos e células ou PMA.
Meta: 48 Superação: 54 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos Observação: É de realçar que a definição das instituições nos domínios em referência é feita pelas entidades competentes, não dependendo da IGAS, o que poderá implicar ajustamentos.
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 16 16 16
0
10
20
6.º Indicador:
Nº de reclamações/queixas relacionadas com assistência médica/erro médico
acompanhadas (ESC/APU/APV) pela IGAS.
Meta: 240 Superação: 300 Nº de reclamações/queixas relacionadas com assistência médica/erro médico
investigadas pela IGAS.
Meta: 60 Superação: 75 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 80 80 80
0
50
100
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 20 20 20
0
20
40
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 42
OE2 – OBTER GANHOS DE EFICIÊNCIA NA ATIVIDADE DA IGAS.
OE2.1•Otimizar os recursos inspetivos, através da realização adicional de açõesatípicas direcionadas à prevenção da fraude.
2.º Indicador: % de recomendações aceites no triénio.
Meta: 70% Superação: 80% Fonte de Verificação: Relatório de Atividades Observação: A avaliação da superação apenas pode ser feita no final do triénio.
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Percentagem 70 70 70
050
100
1.º Indicador: Nº de ações de prevenção/follow-up na área da fraude e corrupção.
Meta: 39 Superação: 42 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos Observação: A concretização do objetivo é alcançada com a realização da ação, devendo o relato ser realizado até 15 de abril do ano subsequente.
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 13 13 13
0
20
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 43
OE2.2•Reduzir o número de DU/inspetor/ação, através do repositório digital doconhecimento organizacional.
OE2.3
•Desenvolver uma aplicação informática que suporte uma rede deestruturação do trabalho tendente à otimização, desmaterialização e controlodos processos, promovendo simultaneamente, a partilha e difusão daInformação consolidada .
1.º Indicador: Nº de ações objeto de informatização no GRDCO.
Meta: 216 Superação: 306 Fonte de Verificação: Aplicação de Gestão de Processos + GRDCO - Aplicação do Repositório do conhecimento Organizacional
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 48 72 96
0
100
200
1.º Indicador: Nº de iniciativas anuais destinadas à implementação de uma rede
digital de trabalho com vista à otimização e desmaterialização dos processos.
Meta: 3 Superação: 4 Fonte de Verificação: 2014 - relatório de análise; 2015 - caderno de análise e peças do procedimento contratual; 2016 - Processo de contratação pública e entrada em produção da rede de trabalho
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 1 1 1
0
1
2
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 44
OE3 – DESENVOLVER COMPETÊNCIAS E PROMOVER A QUALIDADE DOS SERVIÇOS
PRESTADOS.
OE3.1•Padronização e normalização de metodologias na realização das ações inspetivas em geral.
OE3.2
•Capacitar os serviçoes do SNS ou MS para o adequado exercício da ação disciplinar através de ações pedagógicas de esclarecimento ou no âmbito de auditorias disciplinares.
1.º Indicador: Nº de guiões ou manuais revistos e/ou criados.
Meta: 18 Superação: 27 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 6 6 6
0
5
10
1.º Indicador: Nº de sessões de esclarecimento/auditorias disciplinares para a
capacitação dos serviços.
Meta: 69
Superação: 72 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou GPR - Gestão de Processos
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 23 23 23
02040
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 45
OE3.3•Responder aos pedidos de colaboração provenientes de entidades externas ao MS, nacionais e internacionais.
2.º Indicador: % de destinatários que manifestam um grau de satisfação> 3 (escala 1 a
5).
Meta: 40% Superação: 60% Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou Questionários
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Percentagem 40 40 40
0
50
1.º Indicador: Nº de pedidos de colaboração provenientes de entidades externas,
nacionais ou internacionais, satisfeitos anualmente.
Meta: 6 Superação: 9 Fonte de Verificação: Relatório de Atividades
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Número 2 2 2
024
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 46
Os objetivos e correspondentes metas acima descritos poderão ser objeto de ajustamento, em
Plano de Atividades/QUAR, de acordo com as orientações estratégicas que venham a ser
emanadas da tutela.
OE3.4•Promover a qualificação dos rescursos humanos internos.
1.º Indicador: % de colaboradores que frequentaram mais de 35 horas de formação
certificadas anualmente.
Meta: 30% Superação: 35% Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou SGF - Sistema de Gestão de Formação
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Percentagem 30 30 30
0
20
40
2.º Indicador: % de colaboradores que manifestam um grau de satisfação> 3 (escala 1
a 5).
Meta: 40% Superação: 60% Fonte de Verificação: Relatório de Atividades e/ou SGF - Sistema de Gestão de Formação + Questionários
ANO 2014 ANO 2015 ANO 2016
Percentagem 40 40 40
0
50
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 47
CID
AD
ÃO
FIN
AN
CE
IRA
PR
OC
ES
SO
S
INT
ER
NO
S
AP
RE
ND
IZA
GE
M
Criar Valor, melhorando a informação e
disseminando as boas práticas
OE1.5 - Defesa da qualidade e segurança dos doentes.
OE3.3 - Colaboração
eficaz e resposta célere
às solicitações externas
OE1.4 - Redução das iniquidades de acesso ao sistema de saúde
OE2.2 - Dinamização do repo-sitório digital do conhecimento organizacional (GRDCO)
OE1.3 - Combate à fraude e ao desperdício no SNS.
OE1.5 - Controlo inspetivo
dos Recursos Humanos do
SNS
OE2.1 – Otimização dos recursos inspetivos
OE3.1 Padronização e normalização das metodologias internas
OE3.4 - Qualificação dos
recursos humanos internos.
Melhorar os
resultados dos
produtos de
controlo
Priorizar o controlo
em áreas de risco,
relevância ou
materialidade
Ca
pit
al
Hu
ma
no
Ca
pit
al
de
Info
rma
ção
Ca
pit
al
da
Org
an
iza
ção
OE3.2 Capacitação dos
profissionais do SNS no
exercício da ação
disciplinar
OE1.2 - Incremento do controlo de auditoria.
OE1.1 - Coordenação eficaz do GCCI, para o controlo da despesa do MS.
OE2.3 – Criação de uma Rede Digital de Trabalho na IGAS
MAPA ESTRATÉGICO CONSOLIDADO (2014-2016)
IG – Inspetor-Geral; SIAI – Subinspetora-Geral (Auditoria e Inspeção); SIDF – Subinspetora-Geral (Disciplinar e Fiscalização); DAAP – Divisão de Apoio Administrativo e Processual; DSIP – Divisão dos Sistemas de Informação e Processos.
MAPA DE INDICADORES DETALHADO (2014-2016)
OB
JET
IVO
EST
RA
TÉG
ICO
OB
JET
IVO
S
ESP
ECÍF
ICO
S
Indicadores
Me
ta 2
01
4
Me
ta 2
01
5
Me
ta 2
01
6
RESPONSÁVEIS PELAS
INICIATIVAS ESTRATÉGICAS
2014 2015 2016
Efi
cáci
a
1
OE1.1
Volume de fluxos financeiros controlados pelos auditores internos (% da dotação orçamental de cada entidade)
5,5% 6% 6,5% SIAI SIAI SIAI
Número de relatórios anuais apresentados pelo GCCI à Tutela, no quinquénio 2 2 2 IG IG IG
OE1.2
Volume de fluxos financeiros controlados pela IGAS (% da dotação orçamental do MS)
1,26% ou
99 M€
1,27% ou
100 M€
1,28% u
101 M€ SIAI SIAI SIAI
Percentagem de entidades do MS, ou por este tuteladas, sujeitas a ações de auditoria nos últimos 8 anos
80% 85% 90% SIAI SIAI SIAI
OE1.3
Nº de entidades hospitalares inspecionadas no âmbito do combate à fraude e ao desperdício
10 10 10 SIAI SIAI SIAI
Nº de ACES inspecionados (inspeções temáticas ou normativas) no âmbito do combate à fraude e ao desperdício
9 9 9 SIAI SIAI
SIAI
N.º de participações acompanhadas na área disciplinar com o referido objetivo 25 25 25 SIDF SIDF SIDF
OE1.4
N.º de inspeções realizadas com o objetivo de contribuir para a melhoria do acesso e equidade (PNS)
1 1 1 SIAI SIAI SIAI
N.º de reclamações acompanhadas pela IGAS com o objeto identificado 50 50 50 IG IG IG
OE1.5 N.º de estabelecimentos hospitalares ou ACES inspecionados ou fiscalizados, para assegurar a eficácia do controlo na área dos recursos humanos do SNS. 20 20 20 SIDF SIDF SIDF
OE1.6
N.º de entidades acompanhadas (APU/APV) na sequência de exposições ou queixas relacionadas com a qualidade dos cuidados ou a segurança dos utentes
100 100 100 IG IG IG
Nº de entidades inspecionadas ou fiscalizadas nas áreas da qualidade dos cuidados ou da segurança dos utentes
20 20 20 SIDF SIDF SIDF
Nº de instituições públicas e privadas inspecionadas no domínio do sangue humano, suas componentes, tecidos e células ou PMA
16 16 16 IG/SI IG/SI IG/SI
N.º de unidades de prestação de cuidados de saúde do sector privado e social, fiscalizadas, na área das dependências e comportamentos aditivos
20 20 20 SIDF SIDF SIDF
N.º de entidades privadas e/ou convencionadas, fiscalizadas com o objetivo de confirmar a efetividade e adequação dos atos faturados ao SNS
10 10 10 SIDF SIDF SIDF
Nº de instituições públicas e privadas inspecionadas no domínio do sangue humano, suas componentes, tecidos e células ou PMA
16 16 16 IG/SI IG/SI IG/SI
N.º de reclamações/queixas relacionadas com assistência médica/erro médico acompanhadas (ESC/APU/APV) pela IGAS
80 80 80 IG IG IG
N.º de reclamações/queixas relacionadas com assistência médica/erro médico investigadas pela IGAS
20 20 20 SIDF SIDF SIDF
Efi
ciê
nci
a
2
OE2.1 N.º de ações de prevenção/follow-up na área da fraude e corrupção 13 13 13 SIDF SIDF SIDF
% de recomendações aceites no triénio 70% 70% 70% SIDF SIDF SIDF
OE2.2 N.º de ações objeto de informatização no GRDCO 48 72 96 DSIP DSIP DSIP
OE2.3 N.º de iniciativas anuais destinadas à implementação de uma rede digital de trabalho com vista à otimização e desmaterialização dos processos
1 1 1 SIAI SIAI SIAI
Qu
alid
ad
e
3
OE3.1 N.º de guiões ou manuais revistos e/ou criados 6 6 6 IG IG IG
OE3.2
N.º de sessões de esclarecimento/auditorias disciplinares para a capacitação dos serviços
23 23 23 SIDF SIDF SIDF
% de destinatários que manifestam um grau de satisfação > 3 (escala 1 a 5) 40% 40% 40% SIDF SIDF SIDF
OE3.3 N.º de pedidos de colaboração provenientes de entidades externas, nacionais ou internacionais, satisfeitos anualmente
2 2 2 IG IG IG
OE3. 4
% de colaboradores que frequentaram mais de 35 horas de formação certificadas anualmente
30% 30% 30% DAAP DAAP DAAP
% de colaboradores que manifestam um grau de satisfação > 3 (escala 1 a 5) 40% 40% 40% DAAP DAAP DAAP
PLANO ESTRATÉGICO 2014-2016 | 48 48
SIGLAS E ABREVIATURAS
ACES – Agrupamentos de Centros de Saúde
ARS – Administração Regional de Saúde
DCIAP – Departamento Central de Investigação e Ação Penal – Procuradoria-Geral da República
DGS – Direção-Geral da Saúde
DIAP – Departamento de Investigação e Ação Penal
DU – Dias úteis
GCCI – Grupo Coordenador do Controlo Interno
IGAS – Inspeção-Geral das Atividade em Saúde
IVG – Interrupção Voluntária da Gravidez
MP – Ministério Público
MS – Ministério da Saúde
PMA – Procriação Medicamente Assistida
PNS – Plano Nacional de Saúde
PREMAC – Plano de Redução e Melhoria da Administração Central
QUAR – Quadro de Avaliação e Responsabilização
SNS – Sistema Nacional de Saúde
UNCC PJ – Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Policia Judiciaria