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Plano de Mobilidade Urbana Controle e participação social
Ministério das Cidades SeMOB - Secretaria Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana
Planejamento e visão de futuro
Planejar a mobilidade urbana sustentável é planejar o futuro da cidade colocando as pessoas no centro das atenções
Em um processo participativo de qualidade, deve haver condições para que sujeitos políticos diversos tenham liberdade de expressão e deliberação e sejam capazes de influenciar, de fato, decisões políticas relevantes!
Controle Social e Legislação
DOS MUNICÍPIOS:
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica (...), aprovada pela Câmara Municipal, que a promulgará atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal
DA ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
Constituição Federal de 1988
Estatuto da Cidade – Lei nº 10.257/2001
DIRETRIZES GERAIS: Art. 2. A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população.
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE: Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos: I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal; II – debates, audiências e consultas públicas; III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal; IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA:
Art. 5º A Política Nacional de Mobilidade Urbana está fundamentada nos seguintes princípios:
V - gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana;
Art. 7º A Política Nacional de Mobilidade Urbana possui os seguintes objetivos:
V - consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana
Política Nacional de Mobilidade Urbana – Lei nº 12.587/2012
Política Nacional de Mobilidade Urbana – Lei 12.587/2012
Dos Direitos dos Usuários (Art. 14º)
receber o serviço adequado;
participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de mobilidade urbana;
ter ambiente seguro e acessível para a utilização do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana;
ser informado nos pontos de embarque e desembarque, de forma gratuita e acessível, sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de interação com outros modos.
São Paulo, SP
4ª Conferência Nacional das Cidades
DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS:
Art. 15º A participação da sociedade civil no planejamento, fiscalização e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana deverá ser assegurada pelos seguintes instrumentos:
I - órgãos colegiados com a participação de representantes do Poder Executivo, da sociedade civil e dos operadores dos serviços;
II - ouvidorias nas instituições responsáveis pela gestão do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana ou nos órgãos com atribuições análogas;
III - audiências e consultas públicas; e
IV - procedimentos sistemáticos de comunicação, de avaliação da satisfação dos cidadãos e dos usuários e de prestação de contas públicas.
Política Nacional de Mobilidade Urbana – Lei nº 12.587/2012
Sociedade e Representação
Mudanças na sociedade – Novos canais de representação
• Novas tecnologias e novas redes sociais • Luta pelos direitos humanos
• Inclusão da população ao mercado de trabalho e ao mercado consumidor
• Elevação do grau de escolaridade
• Mudança da estrutura etária
Vantagens do Controle e da Participação Social
• Mediar e negociar os conflitos de interesse sobre o espaço urbano
• Garantir legitimidade das decisões políticas
• Evitar conflitos mais acentuados e desgastes futuros
• Contato mais direto e conhecimento das necessidades reais
• Maior transparência
Controle Social e o Plano de Mobilidade Urbana
Plano de Mobilidade e Participação Social
• A participação social é imprescindível em todo o processo de elaboração do Plano de Mobilidade.
• Não há diagnóstico que demonstre mais claramente a realidade
do que aquele feito pelos setores envolvidos diretamente.
Diagnóstico da Mobilidade
• Apresentação e discussão pública
• Validação dos objetivos e metas pelos atores sociais
• Informação e capacitação dos atores envolvidos
Plano de Mobilidade Urbana
Fonte: EMBARQ Brasil
Modos de Participação Social
Mesa de diálogo e Conferência
• Mesa de diálogo: mecanismos de
debate de negociação com a participação dos setores da sociedade civil e do governo no intuito de prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais
• Conferência: instância periódica
de debate, de formulação e de avaliação, com representantes do governo e da sociedade civil
Comissão, Fórum e Conselhos
• Comissão: instância colegiada com
prazo de funcionamento, instituída por ato normativo, criada para o diálogo entre a sociedade civil e o governo em torno de objetivo específico
• Conselho: instância colegiada permanente, instituída por ato normativo, de
diálogo ente a sociedade civil e o governo para promover a participação no processo decisório e na gestão de políticas públicas
• Fórum Interconselhos: mecanismo
para diálogo entre representantes dos conselhos e comissões
Audiência e Consulta Pública
• Audiência pública: mecanismo participativo de caráter presencial, consultivo,
aberto a qualquer interessado, com a possiblidade de manifestação oral dos participantes, cujo objetivo é subsidiar decisões governamentais
• Consulta Pública: mecanismo participativo, a se realizar em prazo definido, de
caráter consultivo, aberto a qualquer interessado, que visa a receber contribuições por escrito da sociedade civil sobre determinado assunto, na forma definida no seu ato de convocação
Ouvidoria e Ambiente Virtual
• Ouvidoria: instância de controle e participação social responsável pelo
tratamento das reclamações, solicitações, denúncias, sugestões e elogios
• Ambiente virtual de participação social: mecanismo de interação social que utiliza tecnologias de informação e de comunicação, em especial a internet, para promover o diálogo entre a administração pública e a sociedade civil.
Conselho das Cidades
O Conselho Nacional de Cidades (Concidades) é um órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo, integrante da estrutura básica do Ministério das Cidades. O Conselho foi instituído em 2004, em convergência com a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano. O Plenário do ConCidades é composto por 86 representantes do setor produtivo, organizações sociais, OnG’s, entidades profissionais, acadêmicas, entidades sindicais e órgãos governamentais, com direito a voto e reuniões ordinárias trimestrais.
Participa.br
Santa Catarina
JOINVILLE E PLAMUS (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis)
• Oficina de engajamento da sociedade civil: dinâmicas de grupo, apontando problemas, atribuindo responsabilidades aos diversos atores sociais, além de elaborar propostas realizáveis no curto, médio e longo prazo.
Foto: Filipe Costódio / EMBARQ Brasil
Através da metodologia aplicada na oficina,
estuda-se a causa e procura-se construir as
soluções de forma participativa. A programação é
iniciada com a formação de grupos, seguida por
um debate para identificar os problemas
detectados no município. Depois, as atenções
estarão voltadas para a construção das “árvores
de problemas” e de objetivos, além do plano de
ação. A programação encerra com a apresentação
dos resultados, leitura das perspectivas e uma
avaliação geral do evento.
Prefeitura da Cidade de São Paulo
LINHA DE ÔNIBUS: 828P-10: LAPA / METRÔ BARRA FUNDA 809U-10: CIDADE UNIVERSITÁRIA / METRÔ BARRA FUNDA
O trajeto atual da linha surgiu a partir de
sugestões de um grupo de moradores.
Após algumas modificações de linhas, que
deixaram a região sem algumas conexões
importantes, o grupo se juntou, analisou a
situação e fez propostas que foram sendo
respondidas pela SPTrans até se chegar no
trajeto atual.
Prefeitura da Cidade de São Paulo
Programa de Metas (Planeja Sampa): Portal participativo com informações sobre a execução do Programa de Metas 2013-2016, dos projetos em andamento e metas regionalizadas e por setor
Prefeitura da Cidade de São Paulo
Prefeitura da Cidade de São Paulo
Prefeitura da Cidade de Belo Horizonte
• Objetivo: realizar o monitoramento da implementação do Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte com base em indicadores de desempenho estabelecidos em conformidade com o próprio PlanMob-BH;
• sob coordenação da BHTrans, foi constituído o grupo de observadores integrado por
instituições da sociedade civil, que deverão acompanhar os resultados e contribuir para os estudos e ações voltados para a construção da política de mobilidade urbana sustentável.
• 43 instituições aderiram. Sendo 19 privadas, 7 públicas não municipais e 17 municipais
Grupo de observadores: • - Reuniões semestrais • - Coordenação: BHTRANS
Observatório da Mobilidade Urbana de Belo Horizonte (ObsMob-BH):
Prefeitura da Cidade de Belo Horizonte
Barcelona – Pacto pela Mobilidade Urbana
Criado em 1998, o Pacto pela Mobilidade Urbana é um conselho participativo em que a administração local e um amplo leque de associações e entidades da cidade se reúnem para construir um modelo de mobilidade baseado no consenso.
Foi estabelecida uma sessão plenária ordinária anual, com a presidência do prefeito, na qual é apresentado um informe da gestão da mobilidade e reuniões bilaterais entre conselheiros e Direção da Mobilidade ao largo de
todo o processo
Barcelona – Pacto pela Mobilidade Urbana
Tipo de sessão/ Participação
Datas Conteúdo Participantes
Plenário do Pacto 30 de outubro de 2012 Apresentação e debate: objetivos, diagnóstico e
cenários 68
Grupos de trabalho por Grupos Setoriais
janeiro/feveiro 2013
Sete reuniões: 1)Pedestre 2)Bicicleta;
3)Transporte público 4) Distribuição de mercadorias;
5) Moto; 6) Automóvel
7) Mobilidade turística
78
Apresentação de propostas fevereiro/março 2013 Período de apresentação de propostas de medidas
por parte das entidades
Plenário do Pacto 2 julho de 2013 Exposição e debate: elementos chave do Pacto pela Mobilidade Urbana e objetivos concretos para cada
modo de transporte 79
Reuniões transversais (4 objetivos estratégicos)
dezembro de 2013
1) Segurança 2) Sustentabilidade 3) Equidade 4) Eficiência
Desenvolvimento de propostas de atuação para cada objetivo
90
Reunião extraordinária 22 de janeiro de 2014 Debate de propostas concretas - logística e
distribuição de mercadorias 18
Resposta com avaliação das propostas
28 de fevereiro de 2014
187 propostas: 112 incorporadas - 60%
22 parcialmente incorporadas - 12% 53 descartadas - 28%
35
Plenário do Pacto 5 de março de 2014 Apresentação do documento final do Pacto pela
Mobilidade Urbana, resultado do processo participativo
60
Considerações finais
• Não existe modelo ideal. Cada cidade deve encontrar seu método de participação social;
• Participação direta não substitui a representação eleitoral • Instâncias participativas devem ser acessíveis - fácil acesso, horário adequado,
sinalização adequada;
• Os instrumentos de participação social devem ser valorizados: compromissos firmados devem ser cumpridos; prefeito e secretários devem fazer parte da interlocução entre governo e sociedade civil;
• Os métodos de participação social devem ser adequados para cada tipo de público, assim como sua linguagem.
Considerações finais
• Quem participa? Extensão: quantidade de participantes Representatividade: diversidade de sujeitos • Em que participa? Relevância: importância do objeto da participação Margem de decisão: capacidade de influência no processo • Como participa? Envolvimento dos sujeitos: adesão dos setores relevantes Recursos: condições materiais e técnicas para o desenvolvimento do processo Organização: forma para deliberação e expressão livre • Quais os efeitos da participação? Decisões: encaminhamento do que se decide Atitudes: valores e práticas democráticas
Desafios
• Articulação entre diferentes esferas; • Linguagem/comunicação;
• Risco de personificação da representação;
• Problemas de legitimidade;
• Risco de desmobilização Social.
Obrigado
(61) 2108 -1589
Ministério das Cidades
SeMOB - Secretaria Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana