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PLANO DE ESTUDOS
31.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais
3.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais
Título: Plano de Estudos – 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF)
Autor: CEJ
Ano de Publicação: 2014
Edição: Centro de Estudos Judiciários
Largo do Limoeiro
1149-048 Lisboa
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 3
Índice
1. LINHAS PROGRAMÁTICAS, METODOLOGIA E OBJETIVOS FORMATIVOS ...................................5
1.1. LINHAS PROGRAMÁTICAS E METODOLÓGICAS GERAIS E ESPECÍFICAS .............................................................6
1.2. ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS .....................................................................................................................8
1.3. CRITÉRIOS ESTRUTURANTES: 31.º CURSO ................................................................................................ 10
1.4. CRITÉRIOS ESTRUTURANTES: 3.º CURSO TAF........................................................................................... 12
1.4.1. Aspetos gerais ........................................................................................................................ 12
1.4.2. Linhas programáticas ........................................................................................................... 13
1.4.3. Orientações programáticas ................................................................................................. 15
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: 31.º CURSO ............................................................................... 20
2.1. COMPONENTES FORMATIVAS GERAL E DE ESPECIALIDADE ......................................................................... 20
2.1.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional ............................................................... 20
2.1.2. Direito Europeu e Internacional .......................................................................................... 20
2.1.3. Inglês Jurídico ......................................................................................................................... 21
2.1.4. Tecnologias de Informação e Comunicação ..................................................................... 21
2.2. COMPONENTE FORMATIVA PROFISSIONAL................................................................................................ 21
2.2.1. Direito Civil e Processual Civil e Comercial ........................................................................ 21
Linhas programáticas e metodológicas gerais .............................................................................. 21
Duração .................................................................................................................................................. 23
Objetivos formativos ........................................................................................................................... 23
Planificação ........................................................................................................................................... 27
2.2.2. Direito Penal e Processual Penal ......................................................................................... 37
2.2.3. Direito da Família e das Crianças........................................................................................ 49
2.2.4. Direito do Trabalho e da Empresa ...................................................................................... 60
3. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: 3.º CURSO TAF.......................................................................... 69
3.1. COMPONENTES FORMATIVAS GERAL E DE ESPECIALIDADE ......................................................................... 69
3.1.1. Contabilidade e Gestão e princípios de contabilidade financeira e fiscal .................... 69
3.1.2. Organização administrativa ................................................................................................ 72
3.1.3. Direito do Urbanismo e do Ambiente................................................................................. 74
3.1.4. Direito Contraordenacional, substantivo e processual ................................................... 78
3.1.5. Contratação pública .............................................................................................................. 79
3.1.6. Direito das relações laborais na Administração Pública ................................................. 82
3.1.7. Regimes jurídicos dos impostos e Direito Aduaneiro e Contencioso Aduaneiro ......... 84
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3.1.8. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional ............................................................... 91
3.1.9. Inglês Jurídico ......................................................................................................................... 91
3.1.10. Tecnologias de Informação e Comunicação ..................................................................... 91
3.1.11. Direito europeu e Direito administrativo europeu, substantivo e processual, e direito
internacional incluindo cooperação judiciária internacional ....................................................... 92
3.2. COMPONENTE FORMATIVA PROFISSIONAL................................................................................................ 92
3.2.1. Direito administrativo, substantivo e processual ............................................................. 93
3.2.2. Direito tributário , substantivo e processual .................................................................... 103
Sessões de trabalho (workshops) ..................................................................................................... 110
3.2.3. Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade Civil e Direito
Processual Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado ....................................... 116
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1. Linhas programáticas, metodologia e
objetivos formativos
A formação inicial de Magistrados para os tribunais judiciais compreende um curso de formação
teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso, sendo que o primeiro
ciclo desse curso se realiza na sede do CEJ, com a ressalva dos estágios intercalares de curta duração,
que decorrem nos tribunais – tal como se estabelece nos n.ºs 1 e 2 do artigo 30.º da Lei n.º 2/2008, de
14 de janeiro.
No presente ano de atividades do CEJ (ao qual, por comodidade, nos referiremos como ano
letivo), foram abertos dois concursos para ingresso em dois novos cursos de formação de magistrados,
respetivamente para os Tribunais Judiciais e para os Tribunais Administrativos e Fiscais.
Assim, o primeiro ciclo do 31º Curso de formação teórico-prática de futuros Magistrados para os
Tribunais Judiciais decorrerá entre 1 de outubro de 2014 e 15 de julho de 2015. Trata -se de um curso
destinado a preencher um total de 40 vagas, sendo 20 na magistratura judicial e 20 na magistratura do
Ministério Público.
Do mesmo modo, o primeiro ciclo do 3.º Curso de formação teórico-prática de futuros
Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais decorrerá entre 1 de outubro de 2014 e 15 de
julho de 2015. O curso tem um total de 40 vagas.
Apresenta-se, de seguida, as l inhas programáticas que são comuns aos dois cursos e, após, as
opções metodológicas, objetivos formativos e Programas específicos do 31.º Curso de fo rmação para os
Tribunais Judiciais e do 3.º Curso para os Tribunais Administrativos e Fiscais (adiante e abreviadamente
31.º Curso TJ e 3.º Curso TAF).
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1.1. Linhas programáticas e metodológicas
gerais e específicas
Estabelece a Lei n.º 2/2008 um conjunto de objetivos gerais para o curso de formação teórico-
prática e de objetivos específicos para o primeiro ciclo desse curso.
Quanto a objetivos gerais, determina o n.º 1 do artigo 34.º da Lei n.º 2/2008 que o curso de
formação teórico-prática para os tribunais judiciais «tem como objetivos fundamentais proporcionar aos
auditores de justiça o desenvolvimento de qualidades e a aquisição de competências técnicas para o
exercício das funções de juiz (…) e de Magistrado do Ministério Público».
Nesse contexto, enuncia o n.º 2 do citado preceito legal, «no domínio do desenvolvimento de
qualidades para o exercício das funções», os seguintes:
«a) A compreensão do papel dos juízes e dos Magistrados do Ministério Público na
garantia e efetivação dos direitos fundamentais do cidadão;
b) A perceção integrada do sistema de justiça e da sua missão no quadro
constitucional;
c) A compreensão da conflitualidade social e da multiculturalidade, sob uma
perspetiva pluralista, na l inha de aprofundamento dos direitos fundamentais;
d) O apuramento do espírito crítico e reflexivo e a atitude de abertura a outros
saberes na análise das questões e no processo de decisão;
e) A identificação das exigências éticas da função e da deontologia profissional, na
perspetiva da garantia dos direi tos dos cidadãos;
f) Uma cultura de boas práticas em matéria de relações humanas, no quadro das
relações profissionais, institucionais e com o cidadão em geral;
g) Uma cultura e prática de autoformação ao longo da vida.»
E o n.º 3 elenca, «na vertente da aquisição das competências técnicas», estes outros:
«a) A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos técnico-jurídicos
necessários à aplicação do direito;
b) O domínio do método jurídico e judiciário na abordagem, análise e resolução dos
casos práticos;
c) A aquisição de conhecimentos e técnicas de áreas não jurídicas do saber, úteis para
a compreensão judiciária das realidades da vida;
d) A compreensão e o domínio do processo de decisão mediante o apuramento da
intuição prática e jurídica, o desenvolvimento da capacidade de análise, da técnica
de argumentação e do poder de síntese, bem como o apelo à ponderação de
interesses e às consequências práticas da decisão;
e) O domínio dos modos de gestão e da técnica do processo, numa perspetiva de
agil izar os procedimentos orientada para a decisão final;
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f) A aquisição de conhecimentos e o domínio das técnicas de comunicação com
relevo para a intervenção judiciária, incluindo o recurso às tecnologias da
informação e da comunicação;
g) A util ização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o processo de forma
eletrónica e desmaterializada;
h) A aquisição de competências, no âmbito da organização e gestão de métodos de
trabalho, adequadas ao contexto de exercício de cada magistratura.»
Sobre os objetivos específicos do primeiro ciclo, no desenvolvimento daqueles objetivos gerais,
rege o artigo 36.º, também este desdobrado nas componentes pessoal e técnica.
Quanto ao «domínio das qualidades para o exercício das funções», afirma o n.º 1 ter a formação
como escopo:
«a) Promover a formação sobre os temas respeitantes à administração da justiça;
b) Propiciar o conhecimento dos princípios da ética e da deontologia profissional, bem
como dos direitos e deveres estatutários e deontológicos;
c) Proporcionar a diferenciação dos conteúdos funcionais e técnicos de cada
magistratura.»
E no n.º 2, «em matéria de competências técnicas», declara -se que o primeiro ciclo visa
proporcionar:
«a) A formação sobre a importância prática dos direitos fundamentais e o domínio dos
respetivos meios de proteção judiciária;
b) A aquisição e o aprofundamento dos conhecimentos jurídicos, de natureza
substantiva e processual, nos domínios relevantes para o exercício das
magistraturas;
c) O desenvolvimento da capacidade de abordagem, de análise e do poder de síntese,
na resolução de casos práticos, com base no estudo problemático da doutrina e da
jurisprudência, mediante a aprendizagem do método jurídico e judiciário;
d) O exercício na tomada de decisão, fundado numa argumentação racional e na
análise crítica da experiência, por forma a conferir autonomia às posições
assumidas;
e) O domínio da técnica processual, privilegiando as perspetivas de agil ização dos
procedimentos, da valoração da prova e da fundamentação das decisões, com
especial incidência na elaboração das peças processuais, no tratamento da matéria
de facto, nos procedimentos de recolha e produção da prova, e na estruturação das
decisões;
f) A aprendizagem dos modos de gestão judiciária e do processo, numa perspetiva de
racionalização de tarefas por objetivos;
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g) A aprendizagem das técnicas de pesquisa, tratamento, organização e exposição da
informação, útil para a análise dos casos, incluindo o recurso às novas tecnologias;
h) A aquisição de saberes não jurídicos com relevo para a atividade judiciária,
nomeadamente em matéria de medicina legal, psicologia judiciária, sociologia
judiciária e contabilidade e gestão;
i) Possibil idade de aprendizagem de uma língua estrangeira, numa perspetiva de
util ização técnico-jurídica;
j) A aprendizagem de técnicas da comunicação, verbais e não verbais, incluindo o
recurso às tecnologias da comunicação;
l) A aprendizagem da util ização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o
processo de forma eletrónica e desmaterializada;
m) A integração das competências que vão s endo adquiridas, através de breves
períodos de estágio nos tribunais.»
Tendo presentes estes parâmetros, devem os mesmos projetar -se nas diversas atividades
formativas a desenvolver, com a necessária adequação destas à especificidade das funções das
magistraturas judicial e do Ministério Público.
1.2. Orientações estratégicas
Sem prejuízo do cumprimento dos objetivos gerais e específicos legalmente assinados ao
primeiro ciclo da formação inicial dos auditores de justiça, deve também ter -se em conta que a atual
Direção, no seu Projeto Estratégico, apresentado ao Conselho Geral de 18 de julho de 2012, identificou
como problema uma formação de primeiro ciclo «demasiado académica e pouco relacionada com os
objetivos de formação dos Magistrados – isto é, com as competências e as qualidades que definem um
bom Magistrado» e assumiu o compromisso de «rever a política de organização curricular de modo a
sublinhar o diálogo entre as disciplinas e os docentes [e] (…) a especificidade profissional da vocação do
CEJ» e de introduzir ajustamentos no sistema de avaliação de modo a «reforçar a independência e
consciência crítica dos auditores».
Com as alterações introduzidas na legislação orgânica que rege o CEJ (Lei n.º 2/2008, de 4 de
janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 45/2013, de 3 de julho), o modelo avaliativo acentua
o papel formativo dos docentes e uma ideia de aprendizagem contínua dos auditores, em que
formadores e formandos estejam mais preocupados com a formação dos futuros Magistrados para o
seu próximo desempenho funcional, e menos com a avaliação destes e a sua classificação ou graduação.
Nessa medida, o processo avaliativo tenderá a centrar-se numa prognose da ocorrência dos
requisitos éticos e técnicos que caracterizam um desempenho profissional exemplar. Como se sublinha
no mencionado Projeto Estratégico, a avaliação deve estar «centrada na realização de objetivos claros,
atinentes ao conjunto de requisitos técnicos e morais que caracterizam os bons Magistrados». Ou, dito
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de outro modo, respigando diferente trecho, «o regime de avaliação deve contribuir para a orientação
identitária dos Magistrados, em especial, pela sua independência e responsabilidade, capacidade de
decisão e de fundamentação».
Consequentemente, e não obstante a necessária indi vidualização dos docentes enquanto
avaliadores responsáveis pela concreta avaliação, nos termos legais estabelecidos em cada momento, o
método de avaliação contínua foi convolado para uma avaliação global, em que todos os fatores de
avaliação que relevem para a aferição daqueles requisitos éticos e técnicos sejam considerados e em
que os juízos formulados por todos os docentes que interajam funcionalmente com cada um dos
auditores sejam ponderados, sempre com salvaguarda da total transparência do processo a valiativo.
Por sua vez, também a própria elaboração do presente Plano de Estudos se inscreve na mesma
linha reformadora. Já se assinalou como no aludido Projeto Estratégico se reconheceu a necessidade de
evitar modelos académicos ou universitários, pretendendo-se acentuar a componente prática da
formação. Nessa medida, e como ali se salienta, os novos planos de estudo devem «privilegiar as
seguintes preocupações: interdisciplinaridade dos saberes; complementaridade com o ensino
universitário; orientação ao estudo do caso concreto».
Trata-se, afinal, de organizar as atividades formativas numa lógica de aquisição de competências
para o saber fazer, numa perspetiva de cumprimento da ética profissional e de respeito pelo cidadão,
enquanto destinatário da atividade dos tribunais, em que têm papel essencial vários aspetos a
desenvolver: formação adequada nos domínios da ética e deontologia profissionais e dos direitos
humanos; estudo e assimilação de boas práticas profissionais; preparação para a especialização;
exercitação das capacidades de compreensão e valoração da prova, e de ponderação e decisão, segundo
o direito e o bom senso; elaboração de materiais de formação comuns dentro de cada área formativa e
dirigidos a todos os auditores; mobilização dos formandos para o seu próprio processo formativo;
valorização da ponderação e análise crítica das matérias e materiais formativos pelos auditores.
E tudo isto terá de ser alcançado sem que se deva sobrecarregar excessivamente a carga horária
dos formandos, por tal prejudicar as capacidades de assimilação de conhecimentos, as necessidades de
realização de trabalhos e de preparação das sessões e o desiderato de maior ponderação e reflexão dos
auditores sobre os conteúdos formativos.
Acresce que, para atingir níveis satisfatórios de desenvolvimento dos aspetos referidos, mostra -
se ainda de particular relevância enquadrar na formação do primeiro ciclo: reforço de uma perspetiva
formativa prática nos contactos com a atividade dos tribunais, aprofundando o modelo de estágio
intercalar já existente (previsto no n.º 1 do artigo 42.º da Lei n.º 2/2008); util ização em sessão das
gravações e outros materiais formativos de formação contínua; estudo integrado (e não estanque) das
matérias das componentes formativas geral e de especialidade, numa lógica de interdisciplinaridade e
complementaridade com as áreas da componente profissional (embora, neste ponto, com a vantagem
de significar a desnecessidade de autonomização de várias daquelas matérias, que serão tratadas no
âmbito das áreas da componente profissional, daí resultando um ganho em termos de gestão da carga
horária).
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1.3. Critérios estruturantes: 31.º Curso
Todas as anteriores considerações implicaram que a organização das atividades formativas fosse
estruturada segundo os critérios que se passam a descrever.
A) Para efeitos da lecionação das áreas da componente formativa profissional, que
constituem o núcleo central da formação, organizou-se o 31.º Curso de formação
teórico-prática em 4 grupos de 10 elementos, com duas composi ções alternativas: ou
como grupos mistos, para os módulos de formação comum (identificados pelas letras A
a D); ou como grupos específicos, para os módulos especificamente dirigidos a
determinada magistratura (identificados pelos n.ºs 1 a 4, sendo os de número ímpar
compostos por auditores destinados à magistratura judicial e os de número par
compostos por auditores destinados à magistratura do Ministério Público).
B) O horário semanal -tipo comporta, genericamente, a seguinte distribuição de carga
horária pelas 4 áreas da componente profissional, em número de unidades letivas (UL’s),
de 90 minutos cada, e no conjunto da formação comum e específica: 3 UL’s para as
Áreas de Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil (doravante, e por
facil idade, Jurisdição Civil) e de Direito Penal e Direito Processual Penal (ou Jurisdição
Penal); e 2 UL’s para as Áreas de Direito da Família e das Crianças (ou Jurisdição de
Família) e de Direito do Trabalho e da Empresa (ou Jurisdição do Trabalho).
C) A planificação de sessões das diferentes jurisdições, que integra o presente Plano de
Estudos, obedece à divisão da programação geral pelo tempo letivo disponível, o que
corresponde a 24 semanas ou módulos letivos, acrescendo-lhes uma semana dedicada
ao estágio intercalar (a ter lugar em momento em que os auditores já adquiriram, pelo
processo formativo, a maturidade adequada a uma melhor perceção prática da
atividade judiciária, e prevista para 13 a 17 de maio) e ainda os períodos dedicados às
atividades próprias de abertura e encerramento do primeiro ciclo.
D) A área do Direito contraordenacional substantivo e processual, integrada na
componente profissional da formação, continua a ser repartida entre a Jurisdição Penal
e a Jurisdição do Trabalho, nos termos já constantes do anterior Plano de Estudos.
E) A ocupação letiva normal com as áreas da componente profissional reporta -se a 4 de 5
dias úteis, ficando livre a 6.ª feira, sendo que esse dia da semana será preenchido com a
assistência dos auditores a ações de formação contínua (ainda que estas sejam
preferencialmente dirigidas a Magistrados já em exercício de funções), que em regra
têm lugar nesse dia, sempre que essas ações tenham interesse pedagógico para os
auditores e complementem com util idade a sua formação curricular, ou com a
participação em atividades enquadradas no âmbito das componentes formativas geral e
de especialidade ou em módulos temáticos pluridisciplinares.
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F) As áreas da componente profissional, quando necessário e com salvaguarda de uma
gestão equilibrada da carga horária de cada concreto grupo de auditores, podem
designar sessões suplementares para períodos disponíveis do normal horário letivo
diário, com vista à realização de trabalhos escritos ou outras exercitações práticas.
G) As matérias integradas nas componentes formativas geral e de especialidade, cuja
ministração não justifique uma lecionação autónoma relativamente às áreas da
componente profissional, por essa autonomia gerar uma duplicação temática face a
estas áreas, serão incorporadas nas correspondentes áreas da aludida componente
profissional – sem prejuízo da participação, quando entendido necessário como
complemento de formação, em ações de formação contínua pertinentes (v.g., em
matéria de Instituições e Organização Judiciárias, Organização e Métodos e Gestão do
Processo ou Investigação Criminal e Gestão do Inquérito) ou em sessões ou conferências
especificamente organizadas (v.g., nos domínios da Ética e Deontologia Profissional e da
Psicologia Forense).
H) As matérias relativas à Medicina Legal e Ciências Forenses serão ministradas no segundo
ciclo, em função dos bons resultados verificados com o 30.º Curso, no qual se tornou
possível ministrar estas matérias de modo descentralizado e em pequenos grupos nos
departamentos do Instituto de Medicina Legal de Lisboa, Porto e Coimbra.
I) No domínio da Ética e Deontologia Profissional, efetivamente integrada em todas as
jurisdições, os auditores acompanharão o desenvolvimento do projeto, considerado
estratégico, de preparação de um Manual de Ética para os Tribunais, participando nas
reuniões dos grupos de trabalho e intervindo de forma ativa na preparação e na redação
dos seus textos.
J) As matérias das componentes formativas geral e de especialidade com lecionação
autónoma serão as quatro seguintes, repartidas por dois domínios de natureza bem
diversa, sendo as duas primeiras de relevante índole jurídica e as duas restantes de
caráter meramente técnico e instrumental:
Direitos Fundamentais e Direito Constitucional (DFDC);
Direito Europeu e Internacional (DEI);
Língua estrangeira (Inglês);
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
K) As matérias integradas nas componentes formativas geral e de especialidade com
lecionação autónoma serão ministradas em módulos formativos próprios e terão
avaliação própria, que ditarão uma apreciação de natureza qualitativa, a integrar de
forma relevante, mas sem peso percentual específico (e sem caráter por si só
excludente), na avaliação global de cada auditor. No caso das disciplinas de Direitos
Fundamentais e Direito Europeu, a avaliação será consistente com novas metodologias
de análise, classificação e interpretação de jurisprudência.
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L) A componente formativa designada por Área de Investigação Aplicada (AIA) será
vocacionada para envolver os auditores na produção de materiais formativos,
designadamente guias e manuais práticos, de util idade para o desempenho funcional
nos tribunais, que contribuam para a reprodução do saber fazer, numa perspetiva crítica
dos procedimentos e dos conteúdos jurisprudenciais.
M) Entende-se como mais adequado do ponto de vista pedagógico que a lecionação das
matérias integradas nas componentes formativas geral e de especialidade seja feita de
modo concentrado no tempo, permitindo conjugar a formação e o debate crítico de
todo o grupo de novos auditores de justiça, em vez de diluir estas matérias em unidades
letivas ministradas ao longo do curso.
1.4. Critérios estruturantes: 3.º Curso TAF
1.4.1. Aspetos gerais
Da análise dos programas dos Planos de Estudos do I e do II Curso de formação teórico-prática de
Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, da observação da dinâmica do processo
formativo seja para os Tribunais Judiciais, seja para os Tribunais Administrativos e Fiscais, do
conhecimento dos resultados formativos ao nível dos seus agentes e destinatários, decorridos mais de
três anos desde o fim do II Curso formação teórico-prática de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais, identificam-se questões merecedoras de reflexão ao nível da ocupação horária
dos auditores de justiça em atividades formativas no CEJ, da tipologia das componentes letivas de
especialidade e da organização dos conteúdos programáticos.
A atualidade dita, nuns casos, a necessidade de maior ocupação horária, de forma a permitir um
maior aprofundamento da matéria formativa, noutros reclama novas áreas de formação, fruto da
evolução normativa no direito administrativo e tributário e/ou do aumento de litígios e, noutros casos,
identificam-se áreas formativas que, na atualidade, não devem ser mantidas.
Além disso, deteta-se a conveniência de uma nova organização de algumas matérias,
autonomizando áreas do direito que eram ministradas no âmbito do tronco comum da componente
profissional do Direito Administrativo, substantivo e processual e do Direito Tributário, substantivo e
processual.
Quanto à ocupação horária dos auditores de justiça em atividades formativas no CEJ, deve
respeitar-se uma carga horária letiva que assegure a lecionação das matérias formativas e que,
simultaneamente, permita a sedimentação dos conhecimentos ministrados e assegure as necessidades
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decorrentes do trabalho individual e em grupo dos auditores de justiça, assim como a gestão, por estes,
do investimento pessoal, em função das exigências avaliativas de cada momento.
Porém, torna-se necessário, em algumas áreas, aumentar o tempo letivo, como decorrência da
ampliação das matérias formativas, o que será compensado com a menor carga letiva ou mesmo
eliminação, noutros setores da componente formativa da especialidade.
1.4.2. Linhas programáticas
A formação inicial dos Auditores do 3º Curso TAF deverá ser orientada para a prossecução dos
objetivos que presidem à formação judiciária dos Magistrados, traduzidos no aperfeiçoamento das
competências técnicas e funcionais necessárias ao desempenho da função e no desenvolvimento das
suas qualidades pessoais.
Os Tribunais Administrativos e Fiscais enfrentam na realidade grandes desafios.
No que se refere ao Direito Administrativo, assiste-se à reforma e revisão da principal legislação
administrativa, com destaque para o Código de Processo nos Tribunais Administrativos e o Código de
Procedimento Administrativo, à crescente complexidade do Di reito Administrativo, ao alargamento da
competência material dos Tribunais Administrativos e ao questionamento na atualidade de alguns
institutos jus-administrativos, numa fase de alteração das formas tradicionais de atuação dos poderes
públicos; no tocante ao Direito Tributário, além da sucessiva alteração das leis fiscais, numa constante
mutação legislativa, acompanhada da sua fragmentação e crescente complexidade, estão em curso as
reformas do IRC e do IRS, a que acresce a influência igualmente crescente do direito internacional e do
direito europeu.
Não obstante as particularidades dos Tribunais Administrativos e Fiscais, a resposta às
necessidades formativas dos auditores de justiça do 3º Curso TAF não diferem das dos demais auditores
de justiça, exigindo uma ideia conseguida de método.
No que se refere aos conteúdos programáticos e às metodologias pedagógicas, a formação
inicial é gizada em termos que permitam a aquisição de competências como ler, como ouvir, como
dialogar, como interpretar, como raciocinar, como argumentar e como decidir, enquanto conjunto de
variáveis nem sempre constantes do quotidiano do magistrado, com o objetivo da sua adaptação às
diversas realidades.
Constituindo as áreas da componente formativa profissional, o núcleo central da formação inicial,
com expressão na ocupação horária, na aplicação do método de avaliação contínua e na classificações
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finais, com relevância na determinação na graduação final dos auditores de justiça, deverá imprimir -se
uma maior autonomia científica entre as disciplinas que integram a componente formativa da
especialidade e a profissional, desagregando áreas que nos I e II Cursos TAF foram objeto de formação
sob uma única disciplina, de forma a prosseguir -se o aprofundamento no tratamento dos temas.
A par da componente formativa geral, enquanto matriz curricular genérica, comum ao 31º Curso
e ao 3º Curso TAF, com as especificidades para o Curso TAF nele introduzidas, a componente formativa
específica do Direito Administrativo e Tributário perpassa as componentes formativas da especialidade
e profissional.
A formação deverá ter presente a diferenciação entre o Direito Administrativo e o Direito
Tributário, assim como acentuar as diferentes componentes formativas da especialidade.
O tratamento de cada uma das temáticas far-se-á sempre com apelo aos direitos fundamentais e
valores constitucionais, apelando-se à compreensão das exigências éticas da função, bem como a uma
cultura de boas práticas no processo administrativo e fiscal.
O domínio do método jurídico e judiciário estará presente nessa abordagem, incidindo, de igual
modo, no tratamento dos temas e das questões problemáticas do direito administrativo e fiscal, no
quadro dos diversos tipos de ações e meios processuais.
Embora as questões substantivas exijam um enquadramento teórico, designadamente, pela sua
relevância, complexidade e/ou menor tratamento doutrinário, serão primordialmente abordadas sob o
prisma do seu tratamento processual, em sede de elaboração dos articulados, de identificação do
objeto do litígio, da tramitação processual, da produção de prova e do julgamento de facto e de direito.
Com especial incidência, privilegiar-se-á o domínio dos modos de gestão judiciária na ótica da
condução finalística do processo, a qual passará pela compreensão e domínio da capacidade de análise
e de síntese e do processo de decisão.
A abordagem casuística orientar-se-á no sentido de proporcionar, com recurso a processos reais
ou simulações práticas, a consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, apelando-se ao
direito europeu e ao direito internacional e integrando outros ramos do saber.
O tratamento dos casos será experimentado mediante a elaboração de peças escritas, seja com
vista à iniciação nos modos de execução técnica, seja como forma de aferir o grau de aprendizagem do
auditor.
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A distribuição dos temas far-se-á tendo em linha de conta a sua pertinência em relação às
funções e competências do Juiz no processo, mas sem prejuízo das abordagens complementares que se
mostrem indispensáveis.
A formação pautar-se-á sempre pela clarificação das regras deontológicas, no sentido da
implementação de práticas adequadas.
A componente formativa designada por Área de Investigação Aplicada (AIA) será vocacionada
para envolver os auditores na produção de materiais formativos, designadamente guias e manuais
práticos, de util idade para o desempenho funcional nos tribunais, que contribuam para a reprodução do
saber fazer, numa perspetiva crítica dos procedimentos e dos conteúdos jurisprudenciais.
1.4.3. Orientações programáticas
No que concerne ao concreto conteúdo programático de cada uma das componentes formativas,
geral, da especialidade e profissional, respeita -se a diferenciação e autonomia das diversas áreas
formativas.
O conteúdo programático da componente formativa geral é comum ao 31º Curso e ao 3º Curso
TAF, sem prejuízo dos aspetos particulares da formação para os auditores do 3º Curso TAF nas unidades
formativas dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional e da Língua estrangeira.
Em ambos os casos identifica-se a necessidade de mais uma unidade letiva , em articulação com
os docentes das áreas formativas em questão.
Tendo, no passado, sido identificados efeitos negativos na excessiva autonomização das matérias
formativas no âmbito da estrutura do 1º ciclo da formação teórico-prática, assente na absoluta
separação das matérias formativas, estruturadas em disciplinas autónomas e, em regra, com avaliação
final de conhecimentos, considera-se, ao contrário do que se verificou nos I e II Curs os TAF, que deve
existir a autonomização de matérias até aqui integradas no programa da componente de formação
profissional de Direito Administrativo, substantivo e processual, l ibertando esta disciplina da sua
excessiva extensão e conferindo o tratamento da especialidade que exigem algumas áreas do Direito
Administrativo.
Assim o justifica a Contratação Pública, cuja extensão, complexidade e relevância no âmbito do
contencioso administrativo, assim como pela existência de um Código próprio, recomendam que exista
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uma componente formativa de especialidade, acompanhada de uma ampliação do seu conteúdo
formativo e duração horária, congregando no seu âmbito quer o direito procedimental ou pré-
contratual, quer o direito substantivo dos contratos públicos e administrativos, num tratamento unitário
e sistemático de toda a matéria da Contratação Pública.
Do mesmo modo, se optou pela autonomia da componente formativa da especialidade do
Direito Contraordenacional, substantivo e processual, retirando-a do programa do Direito Tributário,
substantivo e processual, em consequência da opção político-legislativa de alargamento da competência
dos Tribunais Administrativos para o julgamento dos l itígios em matéria de contraordenações
administrativas, até aqui dirimidos na jurisdição comum.
O Direito das Expropriações, pela sua novidade no seio dos Tribunais Administrativos, fruto
igualmente de opções de natureza político-legislativa, deverá também ser objeto de formação
específica, quer no âmbito da componente da especialidade, Direito do Urbanismo e Ambiente, quer no
âmbito da componente profissional, Direito Administrativo, substantivo e processual, a propósito dos
procedimentos administrativos especiais e de hipóteses práticas colocadas aos auditores de justiça.
Assim, quando comparado com o II Curso TAF, a componente formativa da especialidade sofrerá
uma ampliação nas suas componentes formativas e, em alguns casos, dos seus próprios conteúdos
formativos, contando, além do (i) Direito Europeu e Direito Internac ional, incluindo cooperação
judiciária e internacional e Direito Administrativo Europeu, substantivo e processual, da (i i)
Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal, do (i i i) Direito do Urbanismo e
Ambiente, do (iv) Direito das Relações Laborais na Administração Pública e dos (v) Regimes jurídicos dos
impostos e Direito aduaneiro e Contencioso Aduaneiro, também e de forma inovatória com a (vi)
Organização Administrativa, o (vii) Direito Contraordenacional, substantivo e proces sual e a (vii i)
Contratação Pública, nos termos em que se encontram previstos na Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.
Em contraponto, prevê-se a eliminação das matérias formativas que estavam integradas na
componente formativa da especialidade: o (i) Contenc ioso Eleitoral, por não assumir relevância no
âmbito global das diferentes componentes formativas, passando a estar integrado no programa de
formação da componente profissional do Direito Administrativo, substantivo e processual, no âmbito do
estudo dos di ferentes meios processuais e o (i i) Direito da Concorrência e de Regulação Económica,
porque fruto da criação pelo Decreto-Lei nº 67/2012, de 20 de março, do Tribunal da Concorrência,
Regulação e Supervisão, no seio da jurisdição comum, subtraiu grande par te da matéria à jurisdição dos
Tribunais Administrativos, retirando pertinência à manutenção desta componente formativa de
especialidade no âmbito do 3º Curso TAF.
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O alargamento da componente formativa da especialidade não retira a essencialidade da
componente profissional no âmbito da formação dos auditores de justiça do 3º Curso TAF, mantendo as
componentes formativas profissionais do (i) Direito Administrativo, substantivo e processual, do (i i)
Direito Tributário, substantivo e processual e do (i i i) Dir eito Civil, no domínio dos contratos e
responsabilidade civil, Processual Civil e da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado, a sua
relevância formativa, com reflexos decisivos na avaliação e na graduação final dos auditores de justiça.
Considerando o tronco comum da matéria da responsabilidade civil e não obstante a
especificidade da matéria da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado, prevista e regulada em
diploma próprio, a Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro, foi opção aglutinar toda a matéria, de forma a
garantir um estudo integrado da responsabilidade civil, o que será assegurado na componente
profissional do Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade Civil e Direito Processual
Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado.
Desta forma será assegurada a componente teórico-prática de toda a matéria da
responsabilidade civil, incluindo a extracontratual do Estado, enquanto importante fonte de litígios nos
Tribunais Administrativos, sem prejuízo de na componente profissional de Direito Administrativo,
substantivo e processual, a propósito de matérias como a causa de pedir ou a prova, a responsabilidade
civil extracontratual do Estado ser abordada.
Porém, o estudo integrado e sistemático teórico e prático dos vários regimes da
Responsabilidade Civil desenvolver-se-á na componente profissional do Direito Civil no domínio dos
Contratos e Responsabilidade civil, Processual Civil e da Responsabilidade Civil Extracontratual do
Estado, a ser assegurado pelos docentes da área cível e na parte específica da Responsabilidade Civil
Extracontratual do Estado, nos termos regulados pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro, pelos
docentes da área administrativa.
Quer no âmbito da componente formativa da especialidade, quer na componente profissional, a
formação em Direito Administrativo deverá compreender uma dupla perspetiva teórico -prática,
seguindo as seguintes orientações programáticas:
Os atuais fundamentos do direito administrativo, a compreensão da dimensão e relevânci a do
Direito Administrativo;
A perceção das fronteiras do Direito Administrativo;
A compreensão de direitos administrativos especiais;
O domínio das principais formas de atuação dos poderes públicos: ato, contrato e
regulamento administrativo;
A análise dos principais traços de reforma do Código de Procedimento Administrativo;
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A análise global e concatenada dos diversos meios de tutela administrativa e fiscal, como
formas de concretização de pretensões substantivas;
O domínio dos princípios fundamentais do processo administrativo enquanto elementos
integradores do ordenamento jus -processual de base;
A compreensão de procedimentos administrativos especiais;
A determinação das esferas de competência e de atuação dos diversos intervenientes no
processo administrativo e fiscal, numa perspetiva autónoma, integrada e interdisciplinar;
A compreensão das alterações ao processo administrativo à luz do Código de Processo Civil;
A inteleção da dupla responsabilidade na gestão de um processo, no sentido da eficácia e da
eficiência, por um lado e da qualidade da decisão, por outro;
A compreensão do objeto do litígio, no iter processual;
O domínio da tramitação geral e específica das ações, dos procedimentos cautelares, dos
processos executivos e dos processos especiais;
Apreensão e sinalização das temáticas substantivas do Direito Administrativo, apreciadas de
forma integrada com o direito adjetivo.
Do mesmo modo, se deve entender em relação ao Direito Tributário, substantivo e processual,
cuja formação deverá compreender uma dupla perspetiva teórico-prática, comungando de muitas das
orientações programáticas supra identificadas.
O programa temático de cada uma das componentes formativas contém a sua calendarização por
semanas, de forma a permitir coordenar a gestão dos temas prioritários e antever a densidade com que
cada tema deve ser tratado.
Planeamento e Duração
A formação para os Auditores do 3º Curso TAF desenvolve-se ao longo de todo o primeiro ciclo,
sendo a formação comum, da especialidade e profissional ministrada em todos os trimestres.
As unidades letivas de formação comum com o 31º Curso serão de cerca de um terço do total das
unidades letivas, incluindo componentes formativas gerais e da especialidade.
A componente formativa da especialidade do Direito Administrativo e do Direito Tributário e a
componente profissional dividem entre si o maior peso da formação no âmbito do 3º Curso TAF.
No tocante ao Direito Administrativo a componente formativa da especialidade reparte-se entre
(i) o Direito Europeu e Internacional, incluindo o Direito Administrativo Europeu, substantivo e
processual, (i i) a Organização Administrativa, (i i i) o Direito do Urbanismo e Ambiente, (iv) o Direito
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Contraordenacional substantivo e processual, (v) a Contratação Pública e (vi) o Direito das Relações
Laborais na Administração Pública.
No que respeita ao Direito Tributário, a componente da especialidade divide-se entre a (i) o
Direito Europeu e Internacional, (i i) Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e
Fiscal e os (i i i) Regimes Jurídicos dos Impostos e o Direito aduaneiro e Contencioso Aduaneiro.
A componente da especialidade percorrerá todo o 1º ciclo, prevendo-se disciplinas em todos os
trimestres: no 1º trimestre, (i) a Organização Administrativa, (i i ) a Contabilidade e Gestão e Princípios de
Contabilidade Financeira e Fiscal e (i i i) os Regimes Jurídicos dos Impostos e o Direito aduaneiro e
contencioso aduaneiro no 1º trimestre; no 2º trimestre, (iv) o Direito Europeu e Internacional, incluindo
o Direito Administrativo Europeu, substantivo e processual, (v) a Contratação Pública e (vi) o Direito das
Relações Laborais na Administração Pública e no 3º trimestre (vi) o Direito do Urbanismo e Ambiente e
(vii) o Direito Contraordenacional substantivo e processual.
Tais componentes formativas serão asseguradas através do recurso a docentes externos, em
formatos que variam entre a periodicidade semanal (1 ou 2 UL por semana) até esgotar as unidades
letivas da respetiva disciplina ou sob um formato de semanas temáticas, mediante um aumento
expressivo do número de unidades letivas dessa disciplina em certo período limitado.
A componente profissional é assegurada pelos docentes do CEJ e desenvolvendo-se ao longo de
todo o primeiro ciclo, num total de 35 semanas, à razão de duas unidades letivas por semana.
Assenta em três pilares formativos: (i) o Direito Administrativo, substantivo e processual, (i i) o
Direito Tributário, substantivo e processual e (i i i) o Direito Civil, no domínio dos contratos e
responsabilidade civil e Processual Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado.
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2. Conteúdos programáticos: 31.º Curso
2.1. Componentes formativas geral e de
especialidade
2.1.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional
Na matéria dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional visa-se proporcionar aos auditores
de justiça:
a sensibil ização para a importância e o alcance dos direitos fundamentais;
a compreensão das normas de direitos fundamentais;
o estudo da metodologia da sua interpretação e concretização pelos tribunais;
os meios de tutela judicial dos direitos, l iberdades e garantias pessoais;
uma perspetiva internacional dos direitos fundamentais, designadamente através da análise
da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem;
o processo constitucional: âmbito, objeto, tipos de recurso, pressupostos gerais e específicos
e trâmites, designadamente mediante a análise da jurisprudência do Tribunal Constitucional.
As sessões serão ministradas por docentes universitários e Magistrados.
2.1.2. Direito Europeu e Internacional
Na matéria de direito europeu e direito internacional, incluindo a cooperação judiciária
internacional, visa-se proporcionar aos auditores de justiça:
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a familiarização com os institutos de direito europeu e internacional e com os procedimentos
da sua aplicação prática;
o aprofundamento dos conhecimentos nos domínios das instituições e do direito ao nível
internacional e europeu;
o conhecimento dos mecanismos de cooperaçã o judiciária civil e penal europeus e
internacionais, numa perspetiva da sua util ização e aplicação prática.
2.1.3. Inglês Jurídico
A disciplina de Inglês visa:
apetrechar os auditores de justiça com o vocabulário técnico-jurídico necessário à
compreensão de textos jurídicos em língua inglesa e à comunicação com outrem;
desenvolver conhecimentos em áreas temáticas diretamente relacionadas com o Direito
que permitam compreender e debater as diferenças e semelhanças existentes entre os
sistemas jurídicos de Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América.
2.1.4. Tecnologias de Informação e Comunicação
Na matéria de tecnologias de informação e comunicação, dados os conhecimentos q ue a
generalidade dos auditores de justiça tem de um número razoável de aplicações informáticas, na ótica
do util izador, visa-se proporcionar-lhes a familiarização com as novas aplicações informáticas de uso
mais frequente nos tribunais, em especial quanto às aplicações informáticas, quanto a registos
comercial e predial on-line e custas judiciais.
2.2. Componente formativa profissional
2.2.1. Direito Civil e Processual Civil e Comercial
Linhas programáticas e metodológicas gerais
A formação inicial deverá nortear-se pelos objetivos que devem presidir à formação judiciária dos
Magistrados: o desenvolvimento das suas qualidades pessoais e a aquisição e o aperfeiçoamento das
competências técnicas e funcionais necessárias ao desempenho da função.
Duas das grandes dificuldades que se abatem sobre o exercício da magistratura, designadamente
no que concerne ao Direito Civil, Processual Civil e Comercial, são a sua complexidade e a sua
fragmentação.
A resposta exige uma ideia conseguida de método. Por isso, a propedêutica deverá ter um lugar
privilegiado na preparação dos auditores de justiça. Como ler, como ouvir, como dialogar, como
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interpretar, como argumentar, como decidir, inumeráveis "comos" que podem valorizar o quotidiano do
magistrado e não convertê-lo num somatório de esforços mal aproveitados.
Para além da matriz curricular genérica, a componente formativa específica do Direito Civil,
Processual Civil e Comercial deverá compreender, de forma particular e na dupla perspetiva teórico -
prática, as seguintes orientações programáticas comuns a ambas as Magistraturas (Judicial e do
Ministério Público):
A análise global e concatenada dos diversos meios de tutela cível, como formas de execução
prática de pretensões substantivas;
O domínio dos princípios fundamentais do processo civil enquanto elementos integradores do
ordenamento jus-processual de base;
A determinação das esferas de competência e de atuação dos diversos intervenientes no
processo civil, numa perspetiva autónoma, integrada e interdisciplinar;
A compreensão do novo paradigma do processo civil, recentrando a justiça nas suas funções
primordiais de promoção e de garantia dos direitos;
A inteleção da dupla responsabilidade na gestão de um processo, no sentido da eficácia e da
eficiência e da qualidade da decis ão, por outro;
A compreensão do objeto do litígio, no iter processual;
O domínio da tramitação geral e específica das ações declarativas, dos procedimentos
cautelares, dos processos executivos e dos processos especiais;
Apreensão e sinalização das fundamentais temáticas substantivas do Direito Civil e do Direito
Comercial, apreciadas de forma integrada com o direito adjetivo.
A formação deverá ter presente a diferenciação de funções inerentes a cada Magistratura e o
correlativo grau diverso de conhecimento do Direito Civil, Processual Civil e Comercial.
O tratamento de cada uma das temáticas far-se-á sempre com apelo aos direitos fundamentais e
valores constitucionais, apelando-se à compreensão das exigências éticas da função, bem como a uma
cultura de boas práticas no processo civil.
O domínio do método jurídico e judiciário estará presente naquela abordagem, incidindo, de
igual modo, no tratamento dos temas e das questões problemáticas do direito civil e comercial, no
quadro dos diversos tipos de ações.
As questões substantivas serão abordadas pelo prisma do seu tratamento processual, em sede de
elaboração dos articulados, de identificação do objeto do litígio e de enunciação dos temas da prova, de
produção de prova e do julgamento de facto e de direito.
Com especial incidência, privilegiar-se-á o domínio dos modos de gestão judiciária na ótica da
condução finalística do processo, a qual passará pela compreensão e domínio da capacidade de análise
e de síntese e do processo de decisão.
A abordagem casuística orientar-se-á no sentido de proporcionar – com recurso a processos reais
ou simulações práticas – a consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, apelando-se ao
direito europeu e ao direito internacional e integrando outros ramos do saber.
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O tratamento dos casos será experimentado mediante a elaboração de peças escritas, seja com
vista à iniciação nos modos de execução técnica, seja como forma de aferir o grau de aprendizagem do
auditor.
A distribuição dos temas far-se-á tendo em linha de conta a sua pertinência em relação às
funções e competências do Juiz e do Ministério Público no processo, de modo a evitar sobreposições,
mas sem prejuízo da conjugação das abordagens complementares que se mostrem indispensáveis.
A formação pautar-se-á sempre pela clarificação das regras deontológicas, no sentido da
implementação de práticas adequadas.
O programa temático das sessões contém a sua calendarização, de forma a permitir coordenar a
gestão dos temas prioritários e antever a densidade com que cada tema deve ser tratado.
Duração
A formação em matéria de direito civil, processual civil e direito comercial desenvolve-se ao
longo de todo o primeiro ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os
trimestres.
Prevê-se um total de 106 unidades letivas para os auditores destinados à magistratura judicial e
de 78 unidades letivas para os auditores destinados à magistratura do Ministério Público.
As unidades letivas de formação comum serão de cerca de um terço do total das unidades letivas
dos auditores, mais precisamente 35 unidades letivas, à razão de uma unidade letiva por semana, sendo
71 as unidades letivas de formação específica para os auditores destinados à magistratura judicial e 43
as unidades letivas de formação específica para os auditor es destinados à magistratura do Ministério
Público.
Objetivos formativos
A formação inicial no Direito Civil, Processual Civil e Comercial obedece ao conteúdo temático
calendarizado segundo a ordem adotada no plano de formação comum e específica.
Tal formação terá como objetivos formativos a verificação da aquisição pelos auditores das
seguintes competências:
Quanto a ambas as magistraturas:
a) No fim do primeiro trimestre:
Delimitação do âmbito e enquadramento da justiça cível no ordenamento jurídico;
Assimilação dos princípios estruturantes do processo civil e das suas l inhas sistemáticas;
Domínio dos diversos modos de tutela cível;
Delimitação dos tipos de jurisdição;
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Análise da tipologia das ações;
Apreensão sistemática da dinâmica do processo civil e dos termos do início, desenvolvimento,
vicissitudes e extinção da instância;
Aquisição e desenvolvimento de competências na matéria das modificações subjetivas e
objetivas da instância;
Identificação dos principais conceitos e problemáticas em torno das custas processuais e do
apoio judiciário e capacidade da sua adequada resolução.
b) No fim do segundo trimestre:
Estudo detalhado do procedimento de injunção e subsequente ação declarativa;
Domínio aprofundado da temática dos acidentes de viação dos prismas adjetivo e
substantivo;
Delimitação dos vários procedimentos cautelares e seus pressupostos e análise da figura
inovatória da inversão do contencioso;
Compreensão do processo especial da tutela da personalidade e desenvolvimento da
temática do direito à personalidade física e moral do ser humano;
Análise dos processos especiais de interdição e de inabilitação;
Aquisição de conhecimentos nas áreas específicas do direito do consumo e da
responsabilidade civil extracontratual.
c) No fim do terceiro trimestre:
Delimitação teórica e aplicação prática dos Direitos Fundamentais;
Identificação das regras, trâmites e vicissitudes do processo de inventário e aprofundamento
de áreas específicas do Direito das Sucessões;
Estudo do processo de insolvência;
Delimitação de conceitos e tramitação em sede de ações de registo civil e predial;
Análise de processos de jurisdição voluntária;
Conhecimento da tramitação do processo de execução e dos termos da reclamação,
verificação e graduação de créditos;
Análise de temáticas do direito societário, com especial enfoque na vinculação das sociedades
comerciais, na desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais e na
responsabilidade dos gerentes ou administradores;
Aquisição e desenvolvimento de conhecimentos no âmbito do contencioso dos contratos de
leasing, ALD e compra e venda com reserva de propriedade e crédito ao consumo.
Quanto à Magistratura Judicial:
a) No fim do primeiro trimestre:
Identificação da tramitação das ações cíveis;
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Compreensão de um modelo de processo civil que deve assentar num postulado da
confiança, construído a partir de uma ética de responsabilidade social, tributando -a a quem
dirige o processo e a quem, em cada momento, no âmago do sistema, dele prestará contas: o
juiz;
Domínio da marcha do processo declarativo, nas suas fases essenciais e atos processuais;
Apreciação da validade e eficácia dos atos processuais;
Análise da função e do conteúdo da petição inicial e da causa de pedir;
Compreensão da intervenção liminar do juiz;
Delimitação dos termos e formas de citação em geral e apreciação dos efeitos da revelia;
Apreciação detalhada da natureza, função, conteúdo e regime processual dos articulados;
Análise das modificações subjetiva e objetivas da instância.
b) No fim do segundo trimestre:
Domínio do papel do juiz como gestor do processo;
Apreensão do conceito de gestão inicial do processo e sua aplicação prática, designadamente
no despacho liminar e no despacho pré-saneador;
Perceção da função primordial da audiência prévia, atos a praticar e termos da concretização
da gestão processual nesta fase;
Conhecimento da técnica de saneamento do processo e de aferição dos pressupostos
processuais e sua exercitação prática;
Análise das exceções dilatórias e das exceções perentórias;
Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova e sua concretização
prática;
Capacidade de apreciação da problemática da prova, analisando os diversos meios
probatórios, nas perspetivas do direito nacional e do direito europeu;
Domínio aprofundado das regras, trâmites e vicissitudes da audiência final, com especial
abordagem das temáticas da psicologia do testemunho e da ética judiciária;
Capacidade de seleção da matéria de fato e de avaliação da prova;
Análise da sentença e concretização dos seus elementos integradores.
c) No fim do terceiro trimestre:
Análise dos vícios da sentença e compreensão da matéria dos recursos;
Domínio aprofundado da tramitação dos procedimentos cautelares e da figura inovatória da
inversão do contencioso;
Análise dos títulos executivos, da tramitação da ação executiva e dos seus incidentes;
Estudo sobre as garantias reais de crédito;
Domínio da oposição à execução e da oposição à penhora;
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Compreensão da matéria substantiva e adjetiva do direito do arrendamento;
Análise da ação especial de prestação de contas e da ação especial de divisão de coisa
comum.
Quanto à Magistratura do Ministério Público:
a) No fim do primeiro trimestre:
Caracterização do papel do Ministério Público na jurisdição civil e respetivo enquadramento
estatutário e funcional;
Delimitação dos termos e modelo de intervenção pré-judicial do Ministério Público, sua
concretização na organização e instrução do processo administrativo e identificação do
conteúdo da atividade de atendimento ao público;
Conhecimento aprofundado da marcha do processo civil declarativo e dos termos concretos
da intervenção do Ministério Público no mesmo;
Assimilação dos termos da intervenção do Ministério Público e dos meios de atuação ao seu
dispor em sede de defesa do consumidor e proteção dos ausentes;
Aquisição de competências teóricas e práticas na temática dos interesses difusos e da ação
popular.
b) No fim do segundo trimestre:
Identificação do papel do Ministério Público no controlo da legalidade das associações;
Conhecimento do procedimento previsto no Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro;
Domínio dos termos da representação do Estado e dos incapazes em sede de pedidos de
indemnização civil em processo penal;
Caracterização aprofundada dos termos da tutela dos incapazes, na vertente substantiva e
processual;
Conhecimento dos processos especiais de interdição e inabilitação, e respetiva tramitação;
Domínio da temática da responsabilidade civil extracontratual do Estado;
Assimilação das regras atinentes aos vários modos de impugnação de decisões.
c) No fim do terceiro trimestre:
Identificação dos interesses do Estado-coletividade, e de outros interesses legalmente
previstos, cuja defesa incumbe ao Ministério Público;
Apreensão do papel do Ministério Público no processo de inventário;
Delimitação de conceitos e tramitação em sede de insolvência, na vertente da atuação do
Ministério Público;
Aquisição de conhecimentos sobre ações de registo, em especial o processo para suprimento
e retificação do óbito;
Domínio da tramitação da ação executiva e dos termos da execução por custas e multas;
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Assimilação aprofundada de competências no âmbito da reclamação, graduação e verificação
de créditos;
Apreensão instrumental e substantiva no âmbito da impugnação pauliana;
Domínio dos processos especiais de liquidação de herança vaga a favor do Estado e aceitação
de herança jacente.
Planificação
PRIMEIRO TRIMESTRE
1.ª Semana – 6 a 10 de outubro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Apresentação
- Metodologia de trabalho
- Métodos de avaliação
- O Estatuto dos Magistrados Judiciais
Formação Específica MP (2 UL)
- Apresentação
- Metodologia de trabalho
- Métodos de avaliação
- O Ministério Público na jurisdição civil
- Enquadramento funcional: representação, assistência e fiscalização
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Apresentação
- Âmbito e enquadramento da justiça cível
- Princípios e l inhas sistemáticas do processo civil (I)
2.ª Semana – 13 a 17 de outubro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
Atos processuais:
- Visita guiada a um processo civil real
- Regime geral
- Validade e eficácia (I)
Formação Específica MP (2 UL)
Fase pré-judicial:
- O processo administrativo
- A instrução do PA: a obtenção de meios de prova/a prova em processo civil
- O atendimento ao público
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Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Princípios e linhas sistemáticas do processo civil (II)
3.ª Semana – 20 a 24 de outubro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Atos processuais:
▪ Regime geral
▪ Validade e eficácia (II)
Formação Específica MP (1 UL)
- Marcha do processo declarativo (I)
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Modos de tutela cível
- Tipos de jurisdição
- Espécies de ações consoante o fim (I)
4.ª Semana – 27 a 31 de outubro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Marcha do processo declarativo:
▪ Petição inicial – função, conteúdo
▪ Causa de pedir e pedido
▪ Vícios
Formação Específica MP (1 UL)
- Marcha do processo declarativo (II)
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Modos de tutela cível
- Tipos de jurisdição
- Espécies de ações consoante o fim (II)
5.ª Semana – 3 a 7 de novembro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Apresentação, recebimento, recusa da petição inicial
- A intervenção liminar do juiz
Formação Específica MP (2 UL)
- A defesa do consumidor – cláusulas contratuais gerais
Formação Comum (1UL) (Docente MJ/MP)
- A dinâmica processual civil
- A instância: início, suspensão e extinção
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6.ª Semana – 10 a 14 de novembro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Citação
- Revelia
Formação Específica MP (1 UL)
- A defesa do consumidor – ação inibitória e práticas comerciais desleais
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Modificações subjetivas da instância:
▪ Incidente de habilitação de herdeiros
▪ Incidente de habilitação do adquirente ou cessionário
7.ª Semana – 17 a 21 de novembro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Contestação e reconvenção
Formação Específica MP (2 UL)
- A defesa dos ausentes – a contestação em ações decorrentes de contratos de consumo
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Modificações subjetivas da instância:
▪ Incidentes de intervenção de terceiros
8.ª Semana – 24 a 28 de novembro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Réplica
- Articulados supervenientes
Formação Específica MP (1 UL)
- A defesa do ambiente e da saúde pública – procedimentos cautelares, ação inibitória e
responsabilidade civil
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Modificações objetivas da instância:
▪ Alteração do pedido e da causa de pedir
▪ Critérios de determinação do valor da causa
▪ Verificação do valor da causa
9.ª Semana – 1 a 5 de dezembro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Modificações subjetivas da instância:
▪ Incidentes de intervenção de terceiros
Formação Específica MP (1 UL)
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 30
- Interesses difusos – a intervenção na ação popular
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Exercitação escrita avaliativa
10.ª Semana – 81 a 12 de dezembro de 2014
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Custas processuais
11.ª Semana – 15 a 19 de dezembro de 2014
Formação Específica MJ (2 UL)
- Exercitação escrita avaliativa
Formação Específica MP (1 UL)
- Exercitação escrita avaliativa
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Apoio judiciário
SEGUNDO TRIMESTRE
12.ª Semana – 5 a 9 de janeiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Gestão inicial do processo: despacho liminar e despacho pré-saneador
Formação Específica MP (2 UL)
- Controlo da legalidade das associações
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- O procedimento da injunção e a subsequente ação declarativa
13.ª Semana – 12 a 16 de janeiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Audiência prévia
- Despacho saneador: pressupostos processuais (I)
Formação Específica MP (1 UL)
- O procedimento do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro (I)
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Acidentes de viação (I)
1 Dia 8 de dezembro é feriado (não há formação específica nesta semana).
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 31
14.ª Semana – 19 a 23 de janeiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Despacho saneador:
▪ Pressupostos processuais (II)
▪ Exceções dilatórias
Formação Específica MP (1 UL)
- O procedimento do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro (II)
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Acidentes de viação (II)
15.ª Semana – 26 a 30 de janeiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Saneador-sentença
- Exceções perentórias
Formação Específica MP (2 UL)
- Pedido cível de indemnização em processo penal: a representação do Estado e dos incapazes
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Procedimentos cautelares
16.ª Semana – 2 a 6 de fevereiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova (I)
Formação Específica MP (1 UL)
- A tutela jurídica da personalidade dos incapazes
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Processo especial da tutela da personalidade
17.ª Semana – 9 a 13 de fevereiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova (II)
- Simulação de audiência prévia
Formação Específica MP (1 UL)
- Exercitação escrita avaliativa
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Interdição e inabilitação (I):
▪ Enquadramento de direito material
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 32
18.ª Semana – 16 a 20 de fevereiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Exercitação escrita avaliativa
Formação Específica MP (1 UL)
- Interdição – pressupostos da incapacidade
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
Interdição e inabilitação (II):
▪ Tramitação processual
19.ª Semana – 23 a 27 de fevereiro de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Prova (I)
Formação Específica MP (1 UL)
- Interdição – estrutura da petição inicial
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Exercitação escrita avaliativa
20.ª Semana – 2 a 6 de março de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Prova (II)
Formação Específica MP (1 UL)
- Responsabilidade civil extracontratual – Ressarcimento de danos do Estado
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Responsabilidade civil extracontratual
21.ª Semana – 9 a 13 de março de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Audiência final
Formação Específica MP (1 UL)
- Responsabilidade civil extracontratual do Estado – Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro (I)
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Responsabilidade civil extracontratual
- Assistência a audiência final
22.ª Semana – 16 a 20 de março de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Sentença (I)
- Decisão da matéria de facto
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 33
Formação Específica MP (1 UL)
- Responsabilidade civil extracontratual do Estado – Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro (II)
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Direito do consumo (I)
23.ª Semana – 23 a 27 de março de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Sentença (II)
- Exercitação escrita avaliativa a elaborar em prazo a definir
Formação Específica MP (1 UL)
- Impugnação das decisões: nulidades, reclamações e recursos
- Exercitação escrita avaliativa a elaborar em prazo a definir
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Direito do consumo (II)
TERCEIRO TRIMESTRE
24.ª Semana – 62 a 10 de abril de 2015
Formação Específica MJ (1 UL)
- Discussão sobre o trabalho escrito
Formação Específica MP (1 UL)
- Discussão sobre o trabalho escrito
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Processo de inventário e Direito das Sucessões (I)
25.ª Semana – 13 a 17 de abril de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Vícios da sentença
- Recursos
Formação Específica MP (1 UL)
- A intervenção do Ministério Público na defesa dos interesses do Estado-coletividade e de outros
interesses legalmente previstos
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Processo de inventário e Direito das Sucessões (II)
2 O dia 6 de abri l es tá abrangido pelas férias judicia is .
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 34
26.ª Semana – 20 a 24 de abril de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Procedimentos cautelares (I)
Formação Específica MP (1 UL)
- A intervenção do Ministério Público no processo de inventário
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Processo de insolvência (I)
27.ª Semana – 27 de abril a 1 de maio de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Procedimentos cautelares (II)
Formação Específica MP (2 UL)
- Insolvência – requerimento inicial, reclamação de créditos, assembleia de credores e a
qualificação da insolvência
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Processo de insolvência (II)
4 a 8 de maio de 2015
SEMANA INTERCALAR
28.ª Semana – 11 a 15 de maio de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Procedimentos cautelares (III)
Formação Específica MP (1 UL)
- Ações de registo: o processo comum de justificação judicial para suprimento e/ou retificação do
óbito
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Ações de registo:
▪ Registo civil
▪ Registo predial
29.ª Semana – 18 a 22 de maio de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Arrendamento
Formação Específica MP (1 UL)
- Ação executiva
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Processos de jurisdição voluntária
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 35
30.ª Semana – 25 a 29 de maio de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Ação executiva:
▪ Títulos executivos
▪ Fase inicial
▪ Despacho liminar
Formação Específica MP (1 UL)
- Execução por custas e multas
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Exercitação escrita avaliativa
31.ª Semana – 1 a 5 de junho de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Exercitação escrita avaliativa
Formação Específica MP (2 UL)
Exercitação escrita avaliativa
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- A penhora:
▪ Requisitos de penhorabilidade
▪ Processamento da penhora
▪ Efeitos da penhora
32.ª Semana – 8 a 12 de junho de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Ação executiva:
▪ Garantias reais de crédito
▪ Tramitação subsequente
Formação Específica MP (2 UL)
Reclamação, verificação e graduação de créditos:
▪ Privilégios creditórios e garantias reais de crédito
▪ Requerimento de reclamação
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Reclamação, verificação e graduação de créditos:
▪ Tramitação processual
33.ª Semana – 15 a 19 de junho de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Ação executiva:
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▪ Oposição à execução mediante embargos
▪ Oposição à penhora
Formação Específica MP (1 UL)
- Impugnação pauliana
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Temas de direito societário:
▪ A vinculação das sociedades comerciais
▪ A desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais
▪ A responsabilidade dos gerentes ou administradores
34.ª Semana – 22 a 26 de junho de 2015
Formação Específica MJ (2 UL)
- Ação especial de prestação de contas
- Ação especial de divisão de coisa comum
Formação Específica MP (1 UL)
- Processos especiais:
▪ Processo de liquidação da herança vaga a favor do Estado
▪ Processo de aceitação de herança jacente
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Contencioso derivado de contratos de leasing, ALD, compra e venda com reserva de propriedade
e crédito ao consumo
35.ª Semana – 29 de junho a 3 de julho de 2015
Formação Específica MJ e MP (2 UL)
- Visita ao Supremo Tribunal de Justiça (de manhã)
Formação Específica MJ e MP (2 UL)
- Visita à Procuradoria Cível de Lisboa (de tarde)
Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP)
- Simulação de audiência final
36.ª Semana – 6 a 10 de julho de 2015
- Síntese e balanço final
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 37
2.2.2. Direito Penal e Processual Penal
Linhas programáticas e metodologia
A formação nesta área obedece ao princípio da diferenciação na formação inicial, de acordo com
as particularidades das funções inerentes a cada uma das magistraturas, sendo que o grau de
conhecimentos específicos de direito penal e processual penal necessário ao exercício qualificado de
funções por parte dos futuros magistrados do Ministério Público é maior, em particular na fase inicial do
processo. Daí resulta uma maior atenção à formação específica dos auditores de justiça com destino à
magistratura do Ministério Público e uma especial diferenciação das temáticas a abordar.
A todos os auditores de justiça será, porém, proporcionada, de forma sequencial, a abordagem
dos temas de processo penal, na perspetiva:
de uma compreensão dos fins, âmbito e natureza da tutela penal;
dos princípios estruturantes e da sistemática do proces so, bem como das esferas de
competência e de atuação dos diversos intervenientes processuais, com uma diferenciação
clara das funções e competências do Juiz e do Ministério Público;
da função, natureza e estrutura de cada uma das fases do processo;
dos modos de dirigir os atos processuais e de elaborar as peças escritas;
dos meios de prova e da realização dos procedimentos probatórios;
do processo decisório, em sede de inquérito, de instrução e de julgamento, com particular
destaque para os aspetos relativos à motivação da decisão e dos meios de recurso, em
especial quanto aos requisitos de admissibil idade e à motivação do recurso em primeira
instância.
A abordagem será casuística e orientada no sentido de proporcionar a consolidação
sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos jurídico e
judiciário na análise e resolução de casos, aliado a uma boa organização e método, tendo em vista uma
eficiente gestão do processo e um conhecimento das instituições judiciárias, da sua o rganização e
funcionamento, tanto na sua vertente jurídica como sociológica.
Será também numa dimensão casuística que deverão ser abordados temas e problemáticas do
direito penal, com incidência especial nos tipos de crimes mais frequentes ou relevantes na prática
judiciária, como o homicídio, ofensa à integridade física, violência doméstica, ameaça, coação, crimes
sexuais, furto, abuso de confiança, roubo, burla, falsificação de documentos, condução sob a influência
do álcool, condução sem carta, tráfico de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, detenção de
arma proibida e crime praticado com arma, entre outros, em cujo tratamento se incluirão as questões
mais pertinentes relacionadas com os direitos fundamentais e com o direito constitucional, a tratar
preferencialmente em articulação com os desenvolvimentos ao nível processual. Do mesmo modo
serão, a propósito da marcha do processo, i lustradas problemáticas relacionadas com a autoria, os
crimes cometidos por omissão e por negligência, causas de exclusão da il icitude e da culpa, a unidade e
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 38
pluralidade de infrações, o crime continuado e o concurso de crimes, a comparticipação, o concurso de
normas ou o caso julgado e os l imites do poder de cognição.
Os temas e as questões problemáticas devem ser abordados, em regra, com apelo a situações
concretas, apoiados em processos reais e no estudo de elementos da doutrina e da jurisprudência
previamente selecionados ou com âmbito de pesquisa definido, privilegiando -se não só o
questionamento técnico-jurídico propriamente dito, mas também a abordagem das implicações sociais
e humanas de cada caso, tendo em conta ademais as vertentes da psicologia e sociologia judiciárias.
O tratamento dos casos, predominantemente por via de discussão oral, deverá ser
experimentado ou complementado mediante elaboração de peças escritas, seja com vista à iniciação
nos modos de execução técnica, seja como forma de aferir o grau de aprendizagem do auditor.
A formação específica e a distribuição dos temas far-se-á tendo em linha de conta a sua ligação
intrínseca com as funções e competências do Juiz e do Ministério Público no processo, mas sem prejuízo
de conjugação das abordagens complementares que se mostrem indispensáveis, adiantando -se como
competências fundamentais inerentes ao exercício de funções de ambas as magistraturas:
A determinação e diagnóstico do problema a resolver, a partir do caso, tendo por objetivo
alcançar a melhor solução do ponto de vista prático e jurídico (justiça do caso concreto), no
âmbito de um procedimento que respeite, no plano substantivo e processual, os direitos de
todas as pessoas envolvidas, sem prejuízo, antes pressupondo, do rastreio pedagógico de
situações pontuais em que tal objetivo não tenha sido plenamente alcançado;
Sustentação das decisões em sólidos conhecimentos de direito substantivo e processual,
tanto nacional como internacional;
Condução do processo com pleno respeito pelas regras éticas e deontológicas;
Conhecimento mínimo, mas efetivo, dos estatutos da vítima, do arguido, das testemunha s e
dos demais sujeitos e intervenientes processuais, como meio de garantia do efetivo respeito
pelos seus direitos e de exigência no cumprimento dos respetivos deveres;
Interiorização da importância da atualização, aprofundamento e partilha dos conhecimen tos
jurídicos;
A síntese e a clareza na abordagem e na decisão a proferir sobre as questões concretamente
colocadas, bem como na sua fundamentação de facto e de direito;
A fundamentação na sua dimensão de legitimação interna e externa e a sua função de
controlo objetivo do próprio ato decisório;
Sensibil ização para a importância da estruturação, conteúdo e dimensão das decisões
processuais – apelo ao direito fundamental a uma decisão em tempo razoável, que seja, além
do mais, compreensível, exequível e bas eada no bom senso;
A assertividade dos comportamentos e a sua adequação às circunstâncias, de acordo com as
concretas necessidades - passividade, atividade, autoridade e humildade;
Desenvolvimento e adequação da capacidade de expressão escrita e falada, bem como a
capacidade de gerir o tempo e os atos em prol dos objetivos a atingir, sempre concretamente
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 39
definidos e assumidos, tendo ademais em conta a economia e a eficácia na condução do
processo – com destaque, na fase inicial do processo, para a importânc ia da direção efetiva
do inquérito criminal;
Capacidade de gestão dos conflitos, em especial na condução de dil igências e da audiência de
julgamento, garantindo e respeitando efetivamente os princípios da igualdade, do
contraditório, da imparcialidade, da lealdade e da confiança;
Capacidade de gestão do processo e do próprio serviço, de permanente procura e adoção das
melhores práticas profissionais, com espírito crítico e de abertura à inovação e criatividade e
ao trabalho e à decisão em coletivo;
Capacidade de adaptação, mas também de crítica e de ação relativamente a práticas
judiciárias julgadas inadequadas, quer do ponto de vista legal, ético e deontológico ou tendo
em conta as melhores práticas na gestão do processo ou do serviço;
Exigência de níveis adequados de autoformação, privilegiando-se o preenchimento das
unidades letivas das respetivas sessões de formação inicial com a discussão e abordagem
interativa dos temas a tratar, com base em casos concretos, tendo sempre ou
preferencialmente como ponto de partida peças processuais previamente selecionadas e
distribuídas, pelo menos em suporte digital, juntamente com a menção sumariada das
matérias a tratar e uma referência à jurisprudência fundamental dos tribunais internacionais
e nacionais, bem como à bibliografia essencial a consultar;
Na abordagem casuística, relevo especial ao tratamento dos tipos de crime mais frequentes,
mas também às temáticas jurídico-penais com uma maior atualidade ou dimensão
interdisciplinar, aproveitando-se na medida do possível os materiais das ações de formação
contínua que possam estar disponíveis;
A abordagem interativa poderá permitir, na espontaneidade das intervenções a realizar, a
discussão e tomada de decisões sobre questões não só técnico-jurídicas, mas também
culturais, éticas, deontológicas e de assertividade comportamental na condução do processo;
Numa perspetiva casuística e de aplicação dos métodos jurídico e judiciário, aproveitamento
máximo da realização de simulações, não teatrais ou de encenação, mas de experimentação
oral e escrita de despachos, de atos processuais mais simples ou de mera exercitação da
capacidade de decisão dos auditores;
Aquando da abordagem das fases processuais próprias e sempre que o tratamento dos casos
concretos o permita, dar especial atenção às questões da apreciação e valoração da prova –
tratamento da prova direta e indireta;
Estudar e implementar a participação dos formadores dos tribunais na formação inicial com
eventual deslocação dos auditores a audiências de julgamento.
O acompanhamento da evolução do processo formativo dos auditores implicará a verificação
prática das seguintes competências:
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 40
Quanto à Magistratura Judicial
a) No fim do primeiro trimestre:
Ser capaz de diagnosticar um problema jurídico, apontando com poder de síntese as questões
concretas a resolver;
Saber enquadrar a solução jurídica encontrada nas normas constitucionais pertinentes e fazer
uma adequada ponderação dos valores e interesses fundamentais em causa;
Resolver questões relacionadas com a aplicação da lei penal e processual penal no tempo;
Saber conduzir um primeiro interrogatório judicial de arguido detido com domínio de todas as
regras processuais penais e constitucionais implicadas;
Dominar o procedimento processual de aplicação das medidas de coa ção ou de garantia
patrimonial;
Ser capaz de avaliar a prova indiciária e determinar em concreto a existência de indícios
suficientes ou de fortes indícios da prática de um crime;
Ser capaz de decidir em concreto a aplicação de uma medida de coação com pon deração
adequada dos respetivos pressupostos e dos princípios e direitos constitucionais pertinentes;
Ser capaz de elaborar um despacho de aplicação de medida de coação ou garantia
patrimonial, devidamente fundamentado de facto e de direito;
b) No fim do segundo trimestre:
Saber enumerar os factos concretos em função dos elementos objetivos e subjetivos típicos
constitutivos dos crimes tratados;
Ser capaz de proferir uma decisão de autorização de escutas e respetiva destruição, bem
como de autorização de revistas e buscas, de validação de apreensões, de emissão de
mandados de detenção, verificando a existência dos respetivos pressupostos;
Capacidade de prolação de decisão instrutória devidamente motivada de facto e de direito;
c) No fim do ciclo de formação:
Dominar os princípios e os requisitos formais e materiais atinentes à admissibil idade,
validade, produção e apreciação da prova em todas as fases do processo;
Saber conduzir uma audiência de julgamento com conhecimento e respeito pelos estatutos
do arguido, do ofendido e dos demais sujeitos e intervenientes processuais;
Ser capaz de proferir despachos no âmbito dos principais incidentes suscitados em audiência,
com ponderação efetiva dos valores da gestão do processo e do rigor na aplicação das
respetivas normas;
Capacidade de prolação de decisão nos recursos de processo de contraordenações, após
audiência de julgamento ou por simples despacho;
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 41
Saber elaborar, perante um caso posto, uma sentença devidamente estruturada, completa e
fundamentada de facto e de direito, com técnica adequada de apreciação crítica da prova,
poder de síntese, clareza, objetividade, economia, tempestividade e bom senso;
Saber elaborar despachos de admissão de recursos e conhecer as normas relativas à sua
tramitação.
Quanto à Magistratura do Ministério Público
a) No fim do primeiro trimestre:
Com base numa participação criminal o auditor deverá ser capaz de aferir da verificação dos
pressupostos para o exercício da ação penal;
Ponderar a necessidade de submissão dos autos ao regime do segredo de justiça e proferir
despacho em conformidade;
Delinear planos de investigação em função da factualidade denunciada, incluindo a
oportunidade/necessidade de delegação e os moldes concretos desta, em casos de pequena
e média complexidade;
Apreciar a oportunidade/necessidade de recorrer a meios intrusivos de investigação, tais
como buscas, interseções telefónicas e formular o despacho a determinar/promover a sua
realização, em casos de pequena e média complexidade;
Apreciar a legalidade da detenção e formular o despacho de emissão de mandados de
detenção;
Conhecer as normas legais relativas ao interrogatório judicial e não judicial de arguido detido,
distinguir as funções desempenhadas por cada interveniente processual e adquirir as
competências básicas que lhe permitam participar e intervir ou dirigir essa dil igência;
Elaborar o despacho de apresentação de arguido detido a primeiro interrogatório judicial, em
casos de pequena e média complexidade;
Promover a aplicação de medidas de coação.
b) No fim do segundo trimestre:
Determinar e avaliar a legalidade dos meios de prova produzidos em inquérito;
Analisar a prova produzida na perspetiva da (in)existência de indícios suficientes;
Proferir o despacho de encerramento da fase de inquérito;
Participar nas dil igências de instrução;
Conhecer as normas legais relativas ao debate instrutório, distinguir as funções
desempenhadas por cada interveniente processual e adquirir as competências básicas que lhe
permitam participar e intervir nessa dil igência;
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 42
c) No fim do ciclo de formação:
Conhecer as normas legais relativas à audiência de julgamento, distinguir as funções
desempenhadas por cada interveniente processual e adquirir as competências básicas que lhe
permitam participar e intervir nessa dil igência;
Ponderar a necessidade de promover a produção de novas provas;
Avaliar a prova produzida;
Interpor e motivar recursos;
Promover a l iquidação de penas.
O programa temático das sessões contém a respetiva calendarização, de forma a permitir
coordenar a gestão dos temas prioritários e definir a densidade com que cada tema deve ser tratado.
Planificação
1ª Semana – 6 a 10 de outubro
Formação comum - sessão conjunta (1 UL – Docente MJ e MP)
- Apresentação, programa, metodologia de trabalho e de avaliação.
Formação específica (1 UL – Docente MJ)
- Visita guiada a um processo. Análise de um processo criminal, a título de introdução, na
perspetiva do juiz.
Formação específica (1 UL – Docente MP)
- Visita guiada a um processo. Análise de um processo criminal, a título de introdução, na
perspetiva do Ministério Público.
2ª Semana – 13 a 17 de outubro
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- Direito Penal Constitucional: princípios gerais, direitos fundamentais e processo penal.
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- O Ministério Público na Constituição e na justiça penal.
3ª Semana – 20 a 24 de outubro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- A aplicação da lei penal e processual penal no tempo. O art.º 371º-A do Código de Processo Penal
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Legitimidade e competência do MP para a realização do inquérito. Notícia do crime. Queixa:
legitimidade, caducidade, desistência e renúncia.
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 43
4ª Semana – 27 a 31 de outubro
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- Medidas de coação
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- O Ministério Público e os órgãos de polícia criminal. Lei de Organização e Investigação Criminal.
5ª Semana – 3 a 7 de novembro
Formação específica (2 UL – Docente MJ)
- Medidas de coação.
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- Delegação de competência nos OPC. Diretiva 1/2002 da PGR. O plano de investigação, em função
do tipo de crime.
6ª Semana – 10 a 14 de novembro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- A intervenção do Juiz de Instrução Criminal no inquérito. Primeiro interrogatório judicial de
arguido detido.
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Detenção, constituição de arguido, despacho de apresentação de detido a interrogatório judicial
e interrogatório não judicial de arguido detido.
7ª Semana – 17 a 21 de novembro
Formação específica (2 UL – Docente MJ)
- Simulação de primeiro interrogatório judicial de arguido detido com prolação de despacho.
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- Simulação de despacho de apresentação a interrogatório judicial de arguido detido e promoção
com vista à aplicação de medidas de coação. Simulação de interrogatório não judicial de arguido
detido com despacho.
8ª Semana – 24 a 28 de novembro
Formação específica (2 UL – Docente MJ)
- Simulação.
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- Simulação.
9ª Semana – 1 a 5 de dezembro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- Prova por declarações de arguido e coarguido.
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 44
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- Publicidade e segredo de justiça no inquérito. Registo dos atos e a sua valoração
10ª Semana – 8 a 12 de dezembro
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- Prova testemunhal. Depoimento indireto. Prova por acareação. Declarações para memória
futura.
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Princípios gerais da prova essencialmente ligados à sua recolha e produção. Proibições de prova.
11ª Semana – 15 a 19 de dezembro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- Regime jurídico da proteção de testemunhas.
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- Prova documental (incluindo a transmissibilidade de documentos entre procedimentos).
(férias judiciais)
12ª Semana – 5 a 9 de janeiro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- Exames e perícias. Perícias médico-legais e forenses – organização médico-legal
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Revistas, buscas e apreensões.
13ª Semana – 12 a 16 de janeiro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- Exames e perícias.
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Prova por reconhecimento e prova por reconstituição do facto. Medidas cautelares e de polícia.
14ª Semana – 19 a 23 de janeiro
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- Escutas telefónicas
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Extensão do regime das escutas telefónicas (art.º 189º do CPP). Registo de voz e imagem (Lei nº
5/2002). Reproduções mecânicas. Regimes de videovigilância.
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15ª Semana – 26 a 30 de janeiro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- Escutas telefónicas
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- Meios de prova e meios de obtenção de prova - conclusão e estudo de casos
16ª Semana – 2 a 6 de fevereiro
Módulo: Prova digital e prova em ambiente digital
Sessão conjunta (2 a 4 UL – Docente MJ e MP)
- Prova digital e prova em ambiente digital
17ª Semana – 9 a 13 de fevereiro
Módulo: Cooperação Judiciária Internacional
Sessão conjunta (2 a 4 UL – Docente MJ e MP)
- Cooperação judiciária internacional
18ª Semana – 16 a 20 de fevereiro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- A fase de instrução
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Encerramento do inquérito: Prazos de inquérito, comunicação dos atos, conceito de indícios
suficientes. A acusação.
19ª Semana – 23 a 27 de fevereiro
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- A fase de instrução
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- A acusação
20ª Semana – 2 a 6 de março
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- A fase de instrução
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- O arquivamento dos artºs 277º e 280º do CPP. A suspensão provisória do processo.
Formação específica (1 UL – Docente MP)
- O arquivamento dos artºs 277º e 280º do CPP. A suspensão provisória do processo.
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 46
21ª Semana – 9 a 13 de março
Formação específica (1 UL – Docente MJ)
- A fase de instrução.
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- O despacho de encerramento do inquérito - conclusão e estudo de casos.
22ª Semana – 16 a 20 de março
Formação específica (2 UL – Docente MJ)
- A decisão instrutória. Simulação do respetivo despacho.
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- O encerramento do inquérito. Simulação do respetivo despacho
23ª Semana – 23 a 27 de março
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- A fase de julgamento. A audiência de julgamento. Admissibilidade e produção da prova em
audiência
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Processos especiais: sumário, sumaríssimo, abreviado
(férias judiciais)
24ª Semana – 7 a 10 de abril
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- A fase de julgamento. Alteração substancial e não substancial dos factos. Reabertura da
audiência para a determinação da sanção.
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- Recursos em processo penal.
25ª Semana – 13 a 17 de abril
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- Penas – escolha e determinação da medida da pena
Formação específica (1 UL – Docente MP)
- Recursos em processo penal - conclusão e estudo de casos.
26ª Semana – 20 a 24 de abril
Sessão conjunta (3 UL – Docente MJ e MP)
- Simulação de julgamento
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 47
27ª Semana – 27 a 30 de abril
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- Escolha e determinação da medida da pena.
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- O concurso superveniente de crimes e o crime continuado
(Semana de 4 a 8 de maio – Estágio Intercalar)
28ª Semana – 11 a 15 de maio
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- Escolha e determinação da medida da pena. Cúmulo jurídico.
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Perda de bens a favor do Estado - no Código Penal e na Lei nº 5/2002. Ações encobertas e
entregas controladas.
29ª Semana – 18 a 22 de maio
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- A sentença penal. O pedido de indemnização cível.
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- Responsabilidade penal das pessoas coletivas: perspetiva substantiva e processual.
30ª Semana – 25 a 29 de maio
Formação específica (2 UL – Docente MJ)
- A sentença penal. Conclusão.
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- Prescrição do procedimento criminal.
31ª Semana – 1 a 5 de junho
Formação específica (2 UL – Docente MJ)
- Simulação
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- Simulação
32ª Semana – 8 a 12 de junho
Formação específica (Docente MJ)
- Assistência a julgamento (Secções Criminais da Instância Central de Lisboa)
Formação específica (Docente MP)
- Assistência a julgamento (Secções Criminais da Instância Central de Lisboa)
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33ª Semana – 15 a 19 de junho
Formação comum (1 UL – Docente MJ)
- Contraordenações: Natureza do il ícito de mera ordenação social e i l ícito penal, princípio da
legalidade (tipicidade), autoria e comparticipação, responsabilidade da pessoa coletiva. A decisão
da autoridade administrativa no processo de contraordenação, estrutura e conteúdo. Critérios de
determinação da medida concreta da sanção. A admoestação e as sanções acessórias
Formação comum (2 UL – Docente MP)
- Processo de contraordenação – fase administrativa. Competência das autoridades
administrativas, competência em caso de concurso de infrações (crime e contraordenação),
segredo de justiça e segredo profissional, legalidade versus oportunidade, pagamento voluntário
e implicações processuais, prescrição do procedimento contraordenacional. Prova e defesa na
fase administrativa do processo de contraordenação – medidas cautelares, métodos de obtenção
de prova admissíveis, medidas de coação, audição e defesa.
34ª Semana – 22 a 26 de junho
Formação comum (2 UL – Docente MJ)
- Concurso de contraordenações e cúmulo jurídico. Concurso de crime e contraordenação. Perda
de objetos e valores. A fase judicial do processo de contraordenação – tribunal competente,
intervenção do MP, decisão por despacho judicial ou marcação da audiência e produção de
prova. A valoração da prova na fase administrativa e na fase judicial. Critérios da determinação
da sanção e proibição da reformatio in pejus.
Formação comum (1 UL – Docente MP)
- Recursos. Custas. Execução das sanções.
35ª Semana – 29 de junho a 3 de julho
Módulo: Violência Doméstica
Sessão conjunta (2 a 4 UL – Docente MJ e MP)
- Violência doméstica
36ª Semana – 6 a 10 de julho
Formação específica (2 UL – Docente MJ)
- Síntese de atividades
Formação específica (2 UL – Docente MP)
- Síntese de atividades
15 de julho - encerramento do curso
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2.2.3. Direito da Família e das Crianças
Linhas programáticas e metodologia
O programa assenta na previsão de 36 sessões de 3 horas semanais para cada um dos 4 grupos.
No programa, estão incluídas 4 exercitações escritas, a realizar na sessão.
Enunciam-se também os objetivos que os auditores devem atingir após a lecionação das várias
unidades letivas.
Finalmente, prevê-se a realização, em horário das sessões, de visitas a várias instituições, em
consonância com os atinentes conteúdos ministrados em sessão.
Objetivos formativos
Dar a conhecer as novas regras de organização judiciária em matéria de Direito da Família e
das Crianças;
Sensibil izar o auditor de justiça para o universo dos princípios fundamentais e estruturantes
do Direito da Família e das Crianças, habilitando-o a aplicar diretamente normas
convencionais de cariz internacional, mesmo em situações em que a lei escrita nacional não
lhe oferece resposta cabal;
Sensibil izar o auditor de justiça para a realidade chamada «CRIANÇA», lendo -a por lentes
pluridisciplinares, que a abarquem na unidade jurídica e social por ela constituída, enquanto
sujeito autónomo de direitos;
Fazer compreender ao auditor de justiça que o «interesse superior da criança» não é apenas
uma construção cultural que só deva interessar ao jurista;
Sensibil izar o auditor de justiça para a necessidade inelutável de substituição da ficção
chamada «MENOR» (criação originária do Direito), com uma validade estritamente jurídica,
pela figura da «CRIANÇA», realidade antropológica anterior ao Direito (rutura de um tempo
antigo por um novo tempo, sempre renovado em expressões polifórmicas e
interdisciplinares);
Sensibil izar o auditor de justiça para a necessidade de encarar o Direito das Crianças e dos
Jovens como um autónomo ramo do Direito Civil, distanciando-se do regime do Direito Civil, e
que encara o cidadão «CRIANÇA» (sujeito englobado numa autónoma cultura), não como um
adulto em potência, mas como um ser autónomo e completo em direitos;
Habilitar o auditor de justiça a reconhecer o novo paradigma do Divórcio em Portugal, após a
publicação da Lei n.º 61/2008, de 31/10, identificando, com propriedade, as consequências
pessoais e patrimoniais do decretamento do mesmo e o edifício processual da figura, tanto
no âmbito dos Tribunais, como no das Conservatórias do Registo Civil (com especial ênfase na
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 50
tramitação do inventário para separação de meações, nos alimentos devidos a ex-cônjuges e
no incidente de atribuição da util ização da casa de morada de família);
Sensibil izar o auditor de justiça, futuro magistrado do MP, para a organização dos serviços do
Ministério Público e para as inúmeras competências criadas, por força do Decreto-Lei n.º
272/2001 de 13/10, para o Ministério Público, e para as melhores práticas no exercício dessa
magistratura, de acordo com as suas estatutárias e legais funções;
Sensibil izar o auditor de justiça para as intervenções corretas, sob os pontos de vista
substantivo e adjetivo, no âmbito das ações de fi l iação, mormente, as seguintes:
Averiguações oficiosas
- para investigação da maternidade ou paternidade;
- para impugnação da paternidade presumida.
Investigação da maternidade
Impugnação da maternidade
Investigação da paternidade
Impugnação da paternidade
Impugnação da perfi lhação;
À luz do regime das responsabilidades parentais, gizado pela Lei n.º 61/2008, de 31/10,
habilitar o auditor de justiça a identificar as questões que urge decidir nas ações e processos
de:
a) Regulação do exercício das responsabilidades parentais, seus incidentes e alteração;
b) Limitação do exercício das responsabilidades parentais;
c) Inibição do exercício das responsabilidades parentais;
d) Tutela e administração de bens;
e) Entrega judicial de menor;
f) Apadrinhamento civil;
Habilitar o auditor de justiça a identificar os vários institutos previstos na lei como
«providências tutelares cíveis», adaptando o caso concreto que é chamado a resolver ao
instituto tido como mais adequado;
Habilitar o auditor de justiça a identificar o campo de aplicação da providência tutelar cível
«apadrinhamento civil», à luz da Lei n.º 103/09, de 11/9, contribuindo para a sua dinamização
e para o seu eficaz implemento no conjunto de respostas legais para as situações de crianças
institucionalizadas sem vocação para a adoção ou de crianças adotáveis cujo projeto adotivo
ruiu;
Sensibil izar o auditor de justiça para a necessidade de implementação da mediação familiar
como forma integrada e alternativa de resolução dos conflitos familiares, não numa ótica de
«vencedor» e «vencido» mas de partes colaborantes entre si, na senda da procura do melhor
bem-estar da criança;
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 51
Sensibil izar o auditor de justiça para a necessidade de imprimir rigor científic o à intervenção
judiciária nesta Área que, apesar de navegar, primacialmente, em águas de jurisdição
voluntária, não deve abdicar das mínimas balizas legais;
Sensibil izar o auditor de justiça para a panóplia de instrumentos jurídicos de cariz comunitário
e convencional, agrupantes de um verdadeiro «Direito Internacional da Família e das
Crianças», aplicável sempre que a situação vivencial de uma criança se desenrole em palcos
transfronteiriços, justificada pela atual e fácil l iberdade de circulação de pesso as no espaço
europeu e mundial;
Habilitar o auditor de justiça a saber diagnosticar as situações de perigo que uma criança
possa vivenciar, identificando sinais de alarme capazes de exigir a imediata e urgente
intervenção do sistema de proteção em Portugal , edificado pela Lei n.º 147/99 de 1/9;
Habilitar o auditor de justiça a conhecer, sob os prismas substantivo e adjetivo, o sistema de
proteção em Portugal;
Habilitar o auditor de justiça a identificar as questões que urge decidir nas ações e processos
de:
a) Confiança judicial com vista a adoção;
b) Adoção (nacional e internacional);
Sensibil izar o auditor de justiça para a necessidade de agil izar procedimentos tendentes ao
decretamento da adotabilidade e da adoção de uma criança em tempo útil (respeitando o
específico «tempo da criança») e com vocação de definitividade;
Habilitar o auditor de justiça a identificar as várias formas de estabelecimento da
adotabilidade de uma criança em Portugal;
Habilitar o auditor de justiça a concluir que o encaminhamento de um determinado caso para
a adoção passa pela necessária inter-relação com considerações de ordem psicológica, social
e jurídica, dependendo a solução concreta da compatibil ização possível destes três tipos de
abordagens - quer isto dizer que será preciso deci dir como orientar um determinado caso
social, dentro dos recursos existentes e das normas legais em vigor, tendo em conta as
vantagens e inconvenientes previsíveis para o desenvolvimento global da criança, e a
possibil idade de estabelecimento e consolidaçã o de uma relação afetiva adequada com a
família adotante;
Habilitar o auditor de justiça a melhor l idar com a criança que pratica factos qualificados na lei
como crimes, explorando os seus talentos para a desejável recondução a uma reeducação
para o Direito;
Sensibil izar o auditor de justiça para a especificidade e autonomia do Direito Tutelar
Educativo, criado pela Lei n.º 166/99 de 14/9, face aos Direito Penal e Direito Processual
Penal, reconduzindo-o a uma ideia de ressocialização do ser prevaricante, numa tentativa de
o guiar ao mundo das regras civil izacionais de um Estado de Direito;
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 52
Mostrar ao auditor de justiça o funcionamento, ao vivo, de uma Comissão de Proteção de
Crianças e Jovens, de uma Casa Abrigo para vítimas de violência doméstica, de um Centro de
Acolhimento Temporário do Conselho Português para os Refugiados, de um Centro de
Acolhimento Temporário, de um Lar de Infância e Juventude (estes dois últimos sob a égide
da LPCJP) e de um Centro Educativo.
EM SÍNTESE e faseadamente, estabelecem-se como metas as seguintes:
Até ao final da 13.ª semana:
1. Aquisição e consolidação conceptual dos grandes princípios estruturantes em matéria de
Direito da Família e das Crianças e domínio da sua aplicabilidade prática;
2. Conhecimento das novas regras de organização judiciária em matéria de Direito da Família e
das Crianças;
3. Conhecimento do direito substantivo e processual em matéria de divórcio e inventário para
separação de meações, fi l iação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade e
exercício das responsabilidades parentais;
4. Conhecimento do âmbito de intervenção do Ministério Público em matéria do Direito da
Família e das Crianças e das competências decorrente do DL nº.272/2001, de 13.10 e
assimilação das melhores práticas no exercício dessa magistratura, de acordo com as suas
estatutárias e legais funções.
Até ao final da 35.ª semana:
1. Aquisição e consolidação do conhecimento dos instrumentos comunitários e internacionais
relevantes em matéria de Direito da Família e das Crianças e do domínio da sua aplicabilidade
prática;
2. Conhecimento dos princípios norteadores e do direito substantivo e processual no âmbito da
intervenção de promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens em perigo;
3. Conhecimento do direito substantivo e processual em matéria de procedimentos pré-
adotivos e de adoção;
4. Conhecimento dos princípios norteadores e do direito substantivo e processual no âmbito da
intervenção tutelar educativa;
5. Domínio das boas práticas respeitantes às especificidades processuais próprias dos diversos
tipos de intervenção, no âmbito das matérias assinaladas em 2., 3. e 4.
São, POIS, os seguintes os GRANDES TEMAS a tratar:
A – Organização Judiciária na área do Direito da Família e das Crianças e os princípios gerais
de intervenção nessa área
B – Fi l iação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade
C – Divórcio e Inventário para separação de meações
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 53
D – Intervenção do Ministério Público em matéria do Direito da Família e das Crianças
E – Responsabilidades Parentais
F – Direito Internacional da Família - instrumentos comunitários e internacionais relevantes
em matéria do Direito da Família e das Crianças
G – Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo – o processo de promoção e
proteção
H – Adoção
I – Delinquência Juvenil
Planificação
PRIMEIRO TRIMESTRE
(de 1 de outubro a 19 de dezembro de 2014)
1.ª e 2.ª Sessões – módulo de formação comum:
A – A organização judiciária na área do Direito da Família e das Crianças e os princípios gerais de
intervenção nessa área
A organização judiciária nesta Área (o novo mapa judiciário)
A Constituição da República Portuguesa e o Direito da Família e das Crianças – princípios
constitucionais básicos;
A Convenção sobre os Direitos da Criança e outros instrumentos supranacionais relevantes;
A Organização Tutelar de Menores;
A reforma legislativa do Direito das Crianças e Jovens (Leis n.ºs
147/99, de 1/9, e 166/99, de 14/9).
3.ª Sessão – módulo de formação comum:
B - Filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade
Introdução ao tema.
4ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
B - Filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade
Matéria a abordar na ótica da atividade da magistratura judicial, onde ganham p articular relevo as
seguintes temáticas:
Intervenção judicial no processo de averiguação oficiosa da paternidade e maternidade.
Seleção da matéria de facto nas ações de fi l iação.
A sentença nas ações de fi l iação.
4ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP:
B - Filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade
Matéria a abordar na ótica da atividade da magistratura do Ministério Público, onde ganham particular
relevo as seguintes temáticas:
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 54
Averiguação oficiosa da paternidade e maternidade.
A preparação da instauração da ação de investigação de paternidade/maternidade; a elaboração da
petição inicial.
A preparação da instauração da ação de impugnação da paternidade presumida; a elaboração da
petição inicial.
5.ª e 6ª Sessões – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
C – Divórcio e Inventário para separação de meações
Divórcio sem o consentimento de um dos cônjuges - questões substantivas e processuais;
O despacho saneador, a prova e a sentença;
A tramitação do inventário para separação de meações;
Os alimentos devidos a ex-cônjuges;
A atribuição da util ização da casa de morada de família.
5.ª e 6ª Sessões – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
D - Intervenção do Ministério Público em matéria do direito da família e das crianças
organização dos serviços, processos administrativos e atendimento ao público;
competências do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13/10.
7.ª e 8ª Sessões – módulo de formação comum:
E - Responsabilidades Parentais
Regulação do exercício das responsabilidades parentais – guarda/residência (exercício conjunto,
exercício unilateral), contactos, alimentos e outras questões substantivas e processuais;
Alteração de regime do exercício das responsabilidades parentais;
Incumprimento de regime do exercício das responsabilidades parentais.
9.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
E - Responsabilidades parentais
Matéria a abordar na ótica da atividade da magistratura judicial, onde ganham particular relevo as
seguintes temáticas:
Processo de regulação do exercício das responsabilidades parentais, a conferência de pais, a
audiência de discussão e julgamento e a sentença;
Incidentes de incumprimento de regime do exercício das responsabilidades parentais,
guarda/residência, contactos e alimentos, aqui se incluindo a intervenção do Fundo de Garantia dos
Alimentos devidos a Menores.
9.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
E - Responsabilidades parentais
Matéria a abordar na ótica da atividade do Ministério Público, onde ganham particular relevo as seguintes
temáticas:
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 55
Intervenção em sede de apreciação do acordo quanto ao exercício das responsabilidades parentais
relativo a fi lhos menores, no âmbito do divórcio por mútuo consentimento;
Instauração oportuna da providência tutelar cível adequada ao caso concreto;
Incidentes de incumprimento de regime do exercício das responsabilidades parentais,
guarda/residência, contactos e alimentos, aqui se incluindo o ac ionamento do Fundo de Garantia
dos Alimentos devidos a Menores.
10.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
E - Responsabilidades Parentais
Elaboração de peça processual simulada.
10.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP:
E - Responsabilidades Parentais
Elaboração de peça processual simulada.
11.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
E - Responsabilidades Parentais
Limitações ao exercício das responsabilidades parentais;
Inibição do exercício das responsabilidades parentais;
Formas de suprimento das responsabilidades parentais – a tutela;
O apadrinhamento civil;
Mediação familiar.
11.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
E - Responsabilidades Parentais
Limitações ao exercício das responsabilidades parentais;
Inibição do exercício das responsabilidades parentais;
Formas de suprimento das responsabilidades parentais – a tutela;
O apadrinhamento civil;
Mediação familiar.
SEGUNDO TRIMESTRE
(de 5 de janeiro a 27 de março de 2015)
12.ª Sessão – módulo de formação comum:
E - Responsabilidades Parentais
Simulação de conferência de pais no âmbito de processo de regulação do exercício das
responsabilidades parentais.
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13.ª Sessão – módulo de formação comum:
E - Responsabilidades Parentais
Visita a uma Casa Abrigo para vítimas de violência doméstica
14.ª Sessão – módulo de formação comum:
F – Direito Internacional da Família - Instrumentos comunitários e internacionais relevantes em
matéria do Direito da Família e das Crianças
Cooperação judiciária internacional: regras de competência judiciária internacional, regras de
conflitos de leis, reconhecimento e execução de sentenças estrangeiras;
Aspetos civis do rapto internacional de crianças;
Cobrança de alimentos no estrangeiro.
15.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
F – Direito Internacional da Família - Instrumentos comunitários e internacionais relevantes em
matéria do Direito da Família e das Crianças
Continuação do estudo do tema.
15.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
F – Direito Internacional da Família - Instrumentos comunitários e internacionais relevantes em
matéria do Direito da Família e das Crianças
Continuação do estudo do tema.
16.ª Sessão – módulo de formação comum:
G - Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo – o processo de promoção e proteção
Princípios orientadores da intervenção;
Intervenção não judiciária;
As entidades com competência em matéria de infância e juventude;
As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens;
O papel do Ministério Público no sistema de proteção de crianças e jovens;
O processo judicial de promoção e proteção;
Medidas de proteção.
17.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
G - Processo de promoção e proteção
Na ótica da intervenção judicial, com particular destaque para:
A apensação de processos e a harmonização de decisões;
As fases de instrução e de decisão do processo judicial de promoção e proteção;
O conteúdo da decisão que aplica medida de proteção;
Aspetos específicos da medida de confiança com vista a futura adoção.
Centro de Estudos Judiciários
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17.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
G - Processo de promoção e proteção
Na ótica da intervenção do Ministério Público, com particular destaque para:
A atividade do magistrado interlocutor da comissão de proteção de crianças e jovens;
O papel de dinamizador da articulação entre a segurança social, as instituições de acolhi mento,
outras entidades com competência em matéria de infância e juventude e as comissões de proteção
de crianças de jovens;
Outras atribuições do Ministério Público, no âmbito da promoção e defesa dos direitos das crianças;
A articulação do processo de promoção e proteção com eventuais providências tutelares cíveis
pendentes ou a instaurar;
Aspetos específicos da medida de confiança com vista a futura adoção.
18.ª Sessão – módulo de formação comum:
G - Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo
Visita a uma Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
19.ª Sessão – módulo de formação comum:
G - Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo
Continuação do estudo do tema.
20.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
G – Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo
Continuação do estudo do tema.
20.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
G - Processo de promoção e proteção
Continuação do estudo do tema.
21.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
G - Processo de promoção e proteção
Elaboração de peça processual simulada.
21.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
G - Processo de promoção e proteção
Elaboração de peça processual simulada.
22.ª Sessão – módulo de formação comum:
G - Processo de promoção e proteção
Simulação de ato processual.
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 58
23.ª Sessão – módulo de formação comum:
G - Processo de promoção e proteção
Visita a Centro de Acolhimento Temporário do Conselho Português para os Refugiados.
TERCEIRO TRIMESTRE
(de 7 de abril a 10 de julho de 2015)
24.ª Sessão – módulo de formação comum:
G - Processo de promoção e proteção
Visita a um Centro de Acolhimento Temporário ou a um Lar de Infância e Juventude (LPCJP).
25.ª Sessão – módulo de formação comum:
H - Adoção
Consentimento prévio para a adoção;
Confiança administrativa com vista à adoção;
Confiança judicial com vista à adoção e medida protetiva prevista no art.35º., nº.1 alínea g) da Lei de
Proteção de Crianças e Jovens e Perigo;
O processo de constituição do vínculo da adoção;
A adoção internacional.
26.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
H - Adoção
Na ótica da intervenção judicial, com especi al incidência para os processos de consentimento prévio
para a adoção, de confiança judicial, da medida protetiva prevista no art.35º., nº.1 al.g) da LPCJP e
de constituição do vínculo da adoção.
26.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP:
H - Adoção
Na ótica da intervenção do Ministério Público, com especial incidência para a intervenção na
definição do projeto de vida «adoção».
27.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
H - Adoção
Elaboração de peça processual simulada.
27.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
H - Adoção
Elaboração de peça processual simulada.
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 59
28.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
H - Adoção
Continuação do estudo do tema.
28.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
H - Adoção
Continuação do estudo do tema.
29.ª e 30ª Sessões – módulo de formação comum:
I - Delinquência Juvenil
Aspetos sociais e jurídicos;
Intervenção judiciária:
- Pressupostos da intervenção;
- O processo tutelar educativo;
- Medidas tutelares educativas.
Articulação entre a intervenção tutelar educativa e a de promoção e proteção.
31.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
I - Processo tutelar educativo
Na ótica da intervenção judicial, com destaque para:
Decisão de aplicação de medida cautelar;
Audiência preliminar;
Audiência;
Execução da medida tutelar.
31.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
I - Processo tutelar educativo
Na ótica da intervenção do Ministério Público, com destaque para:
Fase do inquérito;
Sessão conjunta de prova;
Suspensão do processo;
Encerramento do inquérito;
Papel do Ministério Público na aplicação e execução da medida tutelar.
32.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
I – Processo Tutelar Educativo
Elaboração de peça processual simulada.
32.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
I – Processo Tutelar Educativo
Elaboração de peça processual simulada.
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 60
33.ª Sessão – módulo de formação comum:
I - Delinquência Juvenil
Simulação de audiência.
34.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura judicial:
I – Processo Tutelar Educativo
Continuação do estudo do tema.
34.ª Sessão – módulo de formação específica para a magistratura do MP :
I – Processo Tutelar Educativo
Continuação do estudo do tema.
35.ª Sessão – módulo de formação comum:
I - Delinquência Juvenil
Visita a um Centro Educativo.
36.ª Sessão – módulo de formação comum:
Síntese e balanço final.
2.2.4. Direito do Trabalho e da Empresa
Linhas programáticas e metodologia
Aos auditores de justiça será proporcionada no âmbito da Jurisdição Laboral, de modo
sequencial, a abordagem:
dos temas de processo do trabalho, na perspetiva da compreensão da natureza e dos meios
de tutela cível, nas espécies declarativa e cautelar;
da natureza e dos meios de tutela criminal e contraordenacional;
dos princípios estruturantes e da sistemática de cada uma das tipologias processuais
correspondentes àqueles meios de tutela;
das esferas de competência e modos de atuação dos diversos intervenientes processuais, com
clara diferenciação das funções do Juiz e do Ministério Público;
dos modos de definição e desenvolvimento dos termos e dos l itígios individuais e coletivos,
com especial incidência na técnica de tratamento e seleção dos factos;
da tramitação geral do processo declarativo comum e dos processos especiais emergentes de
acidente de trabalho e doença profissional, dos procedimentos cautelares e das
contraordenações laborais e da segurança social, e de impugnação judicial da regularida de e
l icitude do despedimento;
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 61
das suas particularidades face aos termos gerais dos processos civil e penal, e enquanto
regimes subsidiários das tipologias processuais laborais, em particular quanto aos princípios
enformadores e orientadores, fases proces suais e elaboração das correspondentes peças,
regras de direito probatório, e ao julgamento da matéria de facto e de direito.
Serão enunciados e tratados os temas e as problemáticas do direito do trabalho e da empresa,
onde se incluem as matérias dos direitos fundamentais dos sujeitos laborais, as tipologias contratuais de
maior incidência prática, como é o caso da contratação a termo resolutivo (certo e incerto), contrato de
trabalho temporário e outros contratos de trabalho com regime especial, os princípios enformadores e
as principais regras sobre saúde e segurança no trabalho, os temas de direito comunitário, seguindo de
perto a jurisprudência dos nossos tribunais superiores e do TJUE, bem como as questões de direito das
sociedades, em particular a insolvência do empregador e ainda a responsabilidade dos sócios gerentes e
dos empregadores perante os trabalhadores enquanto credores, ainda que se não verifique a
insolvência – temática esta a articular com a jurisdição cível.
A formação dirigida a auditores, futuros Magistrados, implica também um particular enfoque na
conduta pró-ativa que deve ser assumida por estes no que se refere aos mecanismos da resolução
amigável dos l itígios, designadamente em sede de conciliação, bem como na busca da verdade mater ial
e uso das demais ferramentas processuais decorrentes dos princípios estruturantes do processo laboral;
isto sem prejuízo da aquisição das noções fundamentais sobre ética e deontologia profissional e da
sensibil ização para a necessidade de permanente reflexão sobre a função judicial, o seu contexto
económico e social, numa perspetiva de comunicabilidade, abertura e transparência da justiça próprias
de uma sociedade democrática.
A abordagem dos temas será casuisticamente orientada, no sentido de proporci onar uma
primeira aproximação e a consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o
domínio prático do método jurídico e judiciário na análise e resolução dos casos, com destaque para as
técnicas de hermenêutica jurídica aqui aplicáveis. As diversas temáticas baseiam-se, como regra, em
situações concretas, sempre que possível em processos reais, assim como em elementos da
jurisprudência e da doutrina, previamente selecionados ou com âmbito de pesquisa definido.
Os diversos temas e o seu tratamento decorrerão, em regra, da discussão oral e do debate, que
poderão ser complementados através de exercitação escrita, previamente calendarizada, seja com vista
à iniciação dos modos de execução técnica, seja como modo de aferir o grau de aprendizagem do
auditor.
A distribuição das diversas matérias será feita indistintamente pelo corpo docente que lhe está
afeto, embora as que respeitem especificamente ao modo de intervenção de cada magistratura devam
ser, em princípio, asseguradas por docentes dela s provenientes.
Os objetivos pedagógicos essenciais para os auditores são:
A aquisição de informação atualizada sobre as condições de funcionamento dos tribunais de
trabalho;
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 62
Designadamente incidindo sobre as questões de facto e de direito mais comummente aí
tratadas, quer na perspetiva da intervenção do Magistrado Judicial, quer do Magistrado do
Ministério Público;
Questões essas cuja identificação constituiu uma preocupação e um critério essencial
adotado na elaboração do plano de estudos.
Pretende-se portanto que aprofundem o conhecimento de procedimentos práticos
experimentados sobre a forma de abordar funcionalmente tais questões;
Designadamente, e já numa perspetiva eminentemente prática, que aperfeiçoem o
conhecimento das regras e da arte de elaboração das peças processuais principais e mais
comummente usadas na jurisdição – (Despacho saneador e decisões e sentenças no caso dos
Magistrados Judiciais) (articulados no processo comum e de acidente de trabalho, tentativas
de conciliação em acidentes de trabalho, recursos no caso dos Magistrados do MP);
Visando-se ainda a aquisição de técnicas de intervenção e condução de dil igências,
destacando-se nelas as que visam propósitos de conciliação e mediação.
Integrando tais conhecimentos e práticas na compreensão geral do que são os respetivos
desempenhos funcionais, no exercício da função soberana do Estado de administrar justiça,
fazendo cumprir a Constituição e as leis em defesa do interesse comum e da coisa pública.
Complementarmente pretende-se a aquisição de conhecimentos jurídicos em matérias em
que se tenham verificado lacunas na formação universitária (por exemplo: acidentes de
trabalho; contraordenações; processo de trabalho, etc.)
Planificação
1º Trimestre
1.ª Sessão – 8 out – Formação comum
Apresentação, objetivos, programa, metodologia
Ética e deontologia profissionais
Princípios Constitucionais
Direitos Fundamentais e de Personalidade dos sujeitos laborais
2.ª Sessão – 15 out – Formação comum
Direitos Fundamentais e de Personalidade dos sujeitos laborais (cont.): reserva da intimidade da vida
privada, tecnologias da comunicação e informação, proteção da parentalidade, mobbing
3.ª Sessão – 22 out – Formação comum
As fontes internacionais do Direito do Trabalho
- Direito Europeu (tratados, convenções, diretivas, regulamentos)
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 63
- Convenções OIT
- Jurisprudência do TJUE
4.ª Sessão – 29 out – Formação comum
Boa-fé, deveres de informação e lealdade
Cláusulas contratuais gerais
O Contrato de trabalho e figuras afins
- Presunção de laboralidade e método indiciário
- Falso trabalho autónomo
- Interposição fictícia e “outsourcing”
5.ª Sessão – 5 nov – Formação comum
O Contrato de trabalho e figuras afins (cont.)
6.ª Sessão – 12 nov – Formação comum
Tempo de trabalho (período normal de trabalho, isenção de horário, banco de horas, e trabalho
suplementar)
Férias, feriados e faltas
A retribuição
7.ª Sessão – 19 nov – Formação comum
Contrato de trabalho a termo resolutivo certo e incerto
8.ª Sessão – 26 nov – Formação comum
Contrato de trabalho a termo resolutivo certo e incerto (cont.)
Contrato de trabalho temporário
9.ª Sessão – 3 dez
Exercitação escrita
10.ª Sessão – 10 dez – Formação comum
A prestação de trabalho: categoria profissional, função, polivalência profissional
O local de trabalho e as suas alterações (mobilidade geográfica)
11.ª Sessão – 17 dez – Formação comum
Contratos de trabalho com regime especial
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 64
2º Trimestre
12.ª Sessão – 7 jan – Formação comum
… O contrato de trabalho no contexto do direito comercial e do direito das Sociedades comerciais:
a. Insolvência
b. Responsabilidade de gerentes e administradores
c. Empresas em relações de grupo
13.ª Sessão – 14 jan – Formação comum
A cessação do contrato de trabalho:
Modalidades
Causas objetivas e subjetivas, em especial a ina daptação e a justa causa de despedimento
14.ª Sessão – 21 jan – Formação comum
O poder disciplinar, o seu exercício, e o procedimento disciplinar com vista à aplicação de sanção
distinta do despedimento
A cessação do contrato de trabalho: Procedimentos, em especial no caso de despedimento com
invocação de justa causa
15.ª Sessão – 28 jan – Formação comum
A cessação do contrato de trabalho (cont.)
16.ª Sessão – 4 fev – Formação comum
O magistrado na jurisdição laboral
Ética e deontologia profissionais
Os princípios estruturantes do processo laboral (em especial os decorrentes dos arts. 27º, 51º-52º,
72º e 74º do CPT)
Especificidades da prova (direito probatório material, ónus da prova e presunções)
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 65
17.ª Sessão – 11 fev – formação específica
MJ MP Procedimentos cautelares laborais
especificados
Arresto e procedimento cautelar comum
A tutela processual declarativa – A
intervenção do MP
Intervenção principal acessória
O pré-patrocínio
O patrocínio e a sua recusa
Conflitos de representação e de patrocínio
e situações de mera confluência de papéis A organização dos serviços do MP nos juízos
do Trabalho Circulares e Ofícios Circulares no âmbito
laboral
18.ª Sessão – 18 fev - Formação específica
MJ MP
O processo comum laboral A fase liminar
A audiência de partes
A tutela processual declarativa: o papel do
MP Procedimentos cautelares laborais
especificados Arresto e procedimento cautelar comum
19.ª Sessão – 25 fev – Formação específica
MJ MP
A reconvenção e a compensação
A gestão processual, a audiência prévia e a
possibil idade da dispensa desta
O processo comum laboral Tramitação (perspetiva geral)
A introdução do feito em juízo
Petição inicial no processo comum laboral –
requisitos; especificidades, valor da ação, custas
Apoio judiciário
Contestação: defesa por impugnação e por exceção
A reconvenção e a compensação
A resposta à contestação e os articulados
supervenientes
20.ª Sessão – 04 mar – Formação específica
MJ MP
O processo comum laboral (cont.) A audiência de julgamento
A produção de prova
Aspetos específicos da prova (direito
probatório formal)
O processo comum laboral (cont.) Audiência prévia
Audiência de discussão e julgamento:
Aspetos específicos da prova (direito
probatório formal) A sentença
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 66
21.ª Sessão – 11 mar - Formação específica
MJ MP O processo comum laboral (cont.)
A sentença
O processo comum laboral (cont.)
Recursos
22.ª Sessão – 18 mar
Exercitação escrita
23.ª Sessão – 25 mar – Formação específica
A ação Especial de Impugnação Judicial da Regularidade e Licitude do Despedimento.
3º Trimestre
24.ª Sessão – 08 abr – Formação comum
A ação de reconhecimento da existência de contrato individual de trabalho
25.ª Sessão – 15 abr – Formação comum
Segurança e saúde no trabalho:
princípios gerais
quadro legal
A Responsabilidade emergente de Acidente de Trabalho e de Doença Profissional
Regime legal
Os conceitos de Acidente de Trabalho e Doença Profissional
O nexo de causalidade
A predisposição patológica e a lesão ou doença anterior
Os acidentes in itinere
26.ª Sessão – 22 abr – Formação específica
Descaraterização do Acidente de Trabalho
Casos especiais de reparação: acidente causado pelo empregador, por outro trabalhador ou por
terceiros
27.ª Sessão – 29 abr – Formação específica
Direito à reparação:
- objetivos e conteúdo
- danos reparáveis
- entidades responsáveis e beneficiários
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 67
Determinação e avaliação da incapacidade
A Tabela Nacional de Incapacidades e a Lista Nacional das Doenças Profissionais
Cálculo das prestações em dinheiro
Outras Prestações
28.ª Sessão – 13 mai – Formação específica
Cálculo das prestações em dinheiro (cont.)
A remição facultativa
Revisão da incapacidade
Atualização das pensões
Garantia do pagamento das pensões
29.ª Sessão – 20 mai – Formação específica
O processo especial emergente de Acidente de Trabalho: Fase conciliatória:
30.ª Sessão – 27 maio – Formação específica
O processo especial emergente de Acidente de Trabalho - Fase contenciosa:
31.ª Sessão – 03 jun
Simulação de audiência de julgamento
32.ª Sessão – 17 jun – Formação comum
Avaliação da simulação de audiência de julgamento
Apreciação da prova produzida
Os crimes com incidência laboral
- crimes previstos no Código do Trabalho
- crimes previstos no Código Penal
- crimes previstos em legislação avulsa
33.ª Sessão –24 jun
Exercitação escrita
34.ª Sessão – 01 jul – Formação comum
Contraordenações Laborais e da Segurança Social:
A) Regime substantivo
sujeitos
responsabilidade solidária
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 68
pluralidade de contraordenações
determinação da medida concreta da coima
35.ª Sessão – 08 jul – Formação comum
Contraordenações Laborais e da Segurança Social (cont.)
B) Regime processual (em especial a fase contenciosa)
apresentação a juízo
retirada da acusação
decisão por mero despacho
audiência de julgamento
sentença
recurso
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 69
3. Conteúdos programáticos: 3.º Curso
TAF
3.1. Componentes formativas geral e de
especialidade
A formação inicial no âmbito do 3º Curso TAF obedece ao conteúdo temático calendarizado
segundo a ordem adotada no plano de formação geral, específica e profissional.
Os objetivos de cada uma das componentes formativas gerais são aqueles que se encontram
definidos para o 31º Curso, sem prejuízo do que, em particular, infra se acentua.
No respeitante aos objetivos das componentes formativas da especialidade, pretende-se a
aquisição pelos auditores de justiça das seguintes competências:
3.1.1. Contabilidade e Gestão e princípios de contabilidade financeira e fiscal
Objetivos
A formação sobre contabilidade tem por objetivo proporcionar aos auditores de justiça
conhecimentos teórico-práticos em matéria de contabilidade que lhes permitam apreender o estado
atual da normalização contabilística em Portugal e da harmonização contabi lística internacional, a
estrutura e âmbito de aplicação do SNC, assim como a correta articulação entre os seus elementos
fundamentais [estrutura conceptual, bases para a apresentação de demonstrações financeiras, modelos
de demonstrações financeiras, códi go de contas, normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF),
norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF - PE)].
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 70
Os auditores deverão igualmente ficar com a noção da estrutura das NCFR, IFRS/IAS (EU) e
IFRS/IAS (IASB).
Pretende-se ainda dotar os auditores de ferramentas para a compreensão do método
contabilístico, dando-lhes as necessárias competências para a correta leitura, análise e interpretação das
demonstrações financeiras, modo de contabilização das operações mai s frequentes, e domínio dos
conceitos e equações fundamentais da contabilidade.
Os auditores ficarão também com a noção de que a contabilização efetuada com base nos
princípios e regras da contabilidade sofre correções várias para efeitos fiscais.
Serão abordadas as normas contabilísticas elencadas a final (“Normas contabilísticas a abordar”),
devendo no entanto os auditores ficar com a noção clara de que existem outras normas da maior
importância, que não são tratadas nesta formação básica, designadamente as que se referem aos
Contratos de Construção (NCRF 19/IAS 11), às Locações (NCRF 9/IAS 17), aos Subsídios e Apoios
Governamentais (NCRF 22/IAS 20), ao Custo dos Empréstimos (NCRF 10/IAS 23), à Agricultura/Ativos
Biológicos (NCRF 17/IAS 40), aos Instrumentos Financeiros (NCRF 27/IAS 39/IFRS 9 e IFRS 7), às
Concentrações de Atividades Empresariais (NCRF 14/IFRS 3), aos Investimentos em Associadas (NCRF
13/IAS 28), à Consolidação de Contas (NCRF 15/IAS 27/IFRS 10), às Joint Ventures (NCRF 13/IAS 31), ao
Relato por Segmentos (IFRS 8), ao Pagamento com Base em Ações (IFRS 2), aos Contratos de Seguros
(IFRS 4), entre muitas outras.
Metodologia
A formação será dada numa perspetiva prática, com recurso a discussão de casos de estudo e
exercícios.
Sempre que possível a exposição das matérias deverá ser i lustrada com exemplos concretos.
Duração
19 unidades letivas (UL) de 90 m (28h30m de formação).
Programa
1.ª Sessão
- A contabilidade e o seu enquadramento nacional e internacional
2.ª Sessão
- As demonstrações financeiras
3.ª Sessão
- Conceito de período contabilístico. Noção de acréscimos e diferimentos
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 71
4.ª Sessão
- Os documentos de prestação de contas
5.ª Sessão
- Os documentos de prestação de contas (cont.)
6.ª Sessão
- Meios financeiros l íquidos
7.ª Sessão
- Compras e principais operações com fornecedores
8.ª Sessão
- Gastos por naturezas
9.ª Sessão
- Inventários
10.ª Sessão
- Vendas e principais operações com clientes. Outros rendimentos.
11.ª Sessão
- Ativos fixos tangíveis
12.ª Sessão
- Ativos intangíveis e goodwill
13.ª Sessão
- Investimentos em propriedades e financeiros
14.ª Sessão
- Ativos não correntes detidos para venda e financiamentos obtidos
15.ª Sessão
- Contabilização do IVA
16.ª Sessão
- Imparidade de ativos
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17.ª Sessão
- Provisões e contingências
18.ª Sessão
- Resultado líquido do período. Abordagem breve das implicações do imposto sobre o
rendimento
19.ª Sessão
- Operações sobre o capital próprio
Normas contabilísticas a abordar
Estrutura conceptual do SNC/IASB
NCRF 1 - Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras (IAS 1)
NCRF 2 - Demonstração de fluxos de caixa (IAS 7)
NCRF 3 - Adoção pela primeira vez das normas contabilísticas e de relato financeiro (IFRS 1)
NCRF 4 - Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros (IAS 8)
NCRF 5 - Divulgações de Partes Relacionadas (IAS 24)
NCRF 6 - Ativos Intangíveis (IAS 38) (SIC-32)
NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis (IAS 16) (IFRIC 1)
NCRF 8 - Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
(IFRS 5)
NCRF 11 - Propriedades de investimento (IAS 40)
NCRF 12 - Imparidade de ativos (IAS 36) (IFRIC 10)
NCRF 18 - Inventários (IAS 2)
NCRF 20 - Rédito (IAS 18) (SIC-31)
NCRF 21 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes (IAS 37) (IFRIC 6)
NCRF 24 - Acontecimentos após a data do balanço (IAS 10)
NCRF 25 - Impostos sobre o rendimento (IAS 12) (SIC-21) (SIC-25)
3.1.2. Organização administrativa
Objetivos
A autonomização desta componente formativa de especialidade visa dotar os auditores de justiça
dos conhecimentos teórico-práticos aprofundados em matéria de organização administrativa,
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 73
permitindo-lhes a compreensão das formas de organização administrativa tradicionais e dos novos
fenómenos de atuação dos poderes públicos.
Deve habilitar à compreensão das novas formas de organização administrativa, no contexto da
criação de novas entidades administrativas.
Pretende-se o domínio das diversas formas de atuaçã o das entidades administrativas e a
associação das formas de organização administrativa às relações de exercício do poder público.
Programa
1ª Sessão 14.30/16.00
Extensão do conceito de Administração Pública
– Os grupos de sujeitos da Administração Pública
2ª Sessão 16.30/18.00
Administração Pública e Constituição
– Os princípios constitucionais de organização da Administração Pública
3ª Sessão 14.30/16.00
Administração Pública e União Europeia.
– Implicações do direito da União Europeia na organização administrativa.
4ª Sessão 16.30/18.00
Setores da Administração Pública (I)
– Estado-Administração
– Administração indireta do Estado
5ª Sessão 14.30/16.00
Setores da Administração Pública (II)
– Entidades administrativas independentes
– Em especial, entidades independentes com funções de regulação
6ª Sessão 16.30/18.00
Setores da Administração Pública (III)
– Administração autónoma territorial
– Municípios
– Entidades intermunicipais
– Freguesias
7ª Sessão 14.30/16.00
Setores da Administração Pública (III)
– Administração autónoma funcional (associações públicas)
– Entidades particulares com funções administrativas
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 74
8ª Sessão 16.30/18.00
Relações jurídicas no interior da Administração Pública (I)
– Hierarquia
– Superintendência
– Tutela
9ª Sessão 14.30/16.00
Relações jurídicas no interior da Administração Pública (II)
– Contratos interadministrativos
10ª Sessão 16.30/18.00
- Avaliação final.
3.1.3. Direito do Urbanismo e do Ambiente
Propõe-se, ainda, o domínio dos meios de garantia e de tutela contenciosa da legalidade
específicos do Direito do Urbanismo e do Direito do Ambiente.
Objetivos, métodos pedagógicos e avaliação
A matéria do Direito do Urbanismo e do Direito do Ambiente assume importância fulc ral no
âmbito da atividade dos Tribunais Administrativos já que lhes cabe o controlo jurisdicional da legalidade
e a tutela dos direitos e interesses dos particulares quando estejam em causa atuações administrativas
que interfiram com imperativos de preservação ambiental, ordenamento racional do território e
adequada organização e gestão do espaço e do ambiente urbanos.
A formação em matéria de Direito do Urbanismo e Ambiente mostra -se direcionada para o
aprofundamento dos conhecimentos teórico-práticos da matéria do Direito do Urbanismo e do
Ambiente, no contexto da atividade de planificação territorial, de aplicação dos sistemas e instrumentos
de execução dos planos e do controlo sobre as operações urbanísticas, numa visão integrada com a
problemática ambiental e com os meios específicos de controlo administrativo das atividades com
implicações no ambiente, em especial a temática dos procedimentos de comunicação prévia,
autorizativo e de licenciamento, assim como o procedimento expropriativo, no contexto d o alargamento
da competência material dos Tribunais Administrativos.
Propõe-se, ainda, o domínio dos meios de garantia e de tutela contenciosa da legalidade
específicos do Direito do Urbanismo e do Direito do Ambiente, de molde a apetrechá -los com os
instrumentos técnico-jurídicos indispensáveis à prática judiciária nestas áreas específicas.
A matéria do Direito do Urbanismo e Ambiente será lecionada no formato de grupo procurando
fazer-se uma abordagem prática das questões com recurso, sempre que pos sível, a situações extraídas
de processos em ordem a melhor preparar os auditores de justiça para a decisão do caso concreto.
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 75
O aproveitamento dos auditores feito através da realização de uma prova escrita final de aferição
de conhecimentos.
Programa
1.ª Sessão
- Conceito, objeto e natureza do Direito do Urbanismo e do Direito do Ordenamento do
Território.
- Regime Jurídico da Urbanização e Edificação.
- Caracterização das operações urbanísticas; em especial, as operações de loteamento.
- Procedimentos de controlo prévio: l icença, comunicação prévia e autorização.
2.ª Sessão
- Isenções de procedimento de controlo prévio.
- Procedimentos especiais.
3.ª Sessão
- Regime legal dos encargos urbanísticos: em especial, as cedências e compensações para o
domínio público municipal.
- Implicações registrais e notariais dos atos de gestão urbanística.
4.ª Sessão
- Validade e eficácia dos atos de gestão urbanística.
5.ª Sessão
- Tutela da legalidade urbanística: fiscalização municipal de obras; sanções administrativas
em matéria urbanística; embargo administrativo, legalização, demolição, reposição da
situação e cessação de util ização.
6.ª Sessão
- Garantias dos particulares: substantivas e processuais.
- O Contencioso dos atos de gestão urbanística: meios processuais e ação pública do
Ministério Público.
7.ª Sessão
- Direito do Urbanismo.
- A Administração Pública do ordenamento do território e do urbanismo: aspetos
constitucionais e organização administrativa.
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8.ª Sessão
- Regras de ocupação, uso e transformação do solo.
- Normas legais sobre util ização do solo.
9.ª Sessão
- Regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial.
- Funções e tipologia dos planos.
- Procedimento de elaboração dos planos.
- Relações entre os planos e harmonização entre as respetivas normas.
- Medidas cautelares dos planos especiais e municipais de ordenamento do território.
- Dinâmica dos planos: alteração, retificação revisão e suspensão dos planos.
10.ª Sessão
- Natureza jurídica dos planos.
- Discricionariedade de planeamento e vinculação ao princípio da legalidade.
- Os planos urbanísticos e o princípio da igualdade.
- Perequação compensatória de benefícios e encargos.
- Indemnização por “expropriações do plano”.
11.ª Sessão
- A violação dos planos por outros planos, por atos de gestão urbanística e por atos
materiais de realização de operações urbanísticas.
- O contencioso dos planos.
- Sistemas e instrumentos de execução dos planos.
- O direito de preferência; o reparcelamento do solo urbano; o l icenciamento de obras
particulares; o loteamento e as obras de urbanização; a expropriação por util idade
pública.
12.ª Sessão
- Contratação urbanística.
- Figuras contratuais no domínio urbanístico: contratos para execução dos planos e para
planeamento.
13.ª Sessão
- O procedimento administrativo expropriativo e a fixação do quantum indemnizatório
14.ª Sessão
- Avaliação final.
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15.ª Sessão
PARTE II – Direito do Ambiente.
- Princípios constitucionais em matéria de Ambiente.
- Os princípios da prevenção, do desenvolvimento sustentável, do aproveitamento racional
dos recursos naturais e do poluidor-pagador; o princípio da precaução como princípio de
ação.
- Aproximação ao conceito jurídico-constitucional de Ambiente.
- Formas de atuação administrativa em matéria ambiental.
- Atividade regulamentar, em especial os planos de ordenamento do território; atos
administrativos, em especial as l icenças ambientais; contratos da Administração em
matéria ambiental; atuação informal e operações materi ais da Administração em matéria
ambiental.
16.ª Sessão
- A tutela preventiva do Ambiente.
- Procedimentos administrativos com incidência ambiental: direito de participação e direito
de audiência, em especial, o procedimento de avaliação do impacto ambiental .
- Os procedimentos autorizativos em matéria ambiental e a proteção de terceiros:
caracterização das relações jurídico-administrativas em matéria ambiental.
17.ª Sessão
- Tutela jurisdicional do Ambiente.
- O papel da justiça administrativa na defesa do Ambi ente.
- Meios processuais: ação pública do Ministério Público, direito de ação popular e processos
urgentes.
18.ª Sessão
- Responsabilidade civil e administrativa por danos ao Ambiente.
- O dano ambiental.
19.ª Sessão
- Papel do direito sancionatório do Ambiente.
- Breve referência ao direito europeu e ao direito internacional do ambiente.
20.ª Sessão
- Avaliação final.
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3.1.4. Direito Contraordenacional, substantivo e processual
Objetivos
A matéria do Direito Contraordenacional, substantivo e processual é configurada na componente
formativa da especialidade, integrando matéria comum ao Direito Administrativo e Tributário.
Fruto de opções de natureza político-legislativa, perspetiva-se a ampliação da competência
jurisdicional dos Tribunais Administrativos em matéria de contraordenações, provendo-se formação aos
auditores de justiça do 3º Curso TAF adequada ao julgamento desse tipo de litígios.
A formação autónoma em matéria do Direito contraordenacional tem por objetivo dotar os
auditores de justiça do domínio dos conhecimentos teórico-práticos em matéria do regime geral das
contraordenações, assim como o enquadramento e a compreensão dos diversos regimes jurídicos das
contraordenações tributárias e das contraordenações administrativas.
Em cada caso deverá proceder-se ao enquadramento processual, mediante remissão para alguns
regimes processuais próprios, em aproximação a alguns tipos de contraordenações tributárias e
administrativas.
Programa
1.ª Sessão
- Apresentação.
- Considerações gerais.
- Metodologia de trabalho.
- Métodos de avaliação.
- Enquadramento do direito geral das contraordenações.
2.ª Sessão
- Aspetos essenciais do direito geral das contraordenações.
3.ª Sessão
- Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual.
- Enquadramento.
- Quadro normativo.
- Tipologias das infrações tributárias (aduaneiras e não aduaneiras; relativas a tributos
cobrados pelas autarquias locais; relativas a tributos cobrados pela Segurança Social).
4.ª Sessão
- Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual.
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- Noções e princípios fundamentais.
- Noção e elementos da infração tributária.
- Causas de exclusão da il icitude e da culpa.
- Concurso de infrações tributárias.
- Determinação da medida da coima, direito à redução e dispensa e atenuação da coima.
5.ª Sessão
- Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual.
- Aplicação da lei no tempo.
- Fase administrativa do processo contraordenacional tributário.
6.ª Sessão
- Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual.
- Fase judicial do processo contraordenacional tributário.
7.ª Sessão
- Direito Administrativo Contraordenacional, substantivo e processual.
- Enquadramento.
- Quadro normativo.
- Tipos de contraordenações administrativas.
- Remissão para aspetos comuns do regime.
8.ª Sessão
- Direito Administrativo Contraordenacional, substantivo e processual.
- Aspetos particulares do regime.
9.ª Sessão
- Avaliação final.
3.1.5. Contratação pública
Objetivos
O enquadramento normativo da estrutura do 1º ciclo de formação teórico-prática dos auditores
de justiça contempla a autonomia da Contratação Pública no âmbito da componente formativa da
especialidade, o que deverá ser uma realidade no plano de estudos do 3º Curso TAF.
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Os seus objetivos consistem em dotar os auditores de justiça dos conhecimentos teórico-práticos
em matéria de contratação pública, apreendendo os princípios e normas europeias que enformam a
matéria, segundo as Diretivas europeias dos setores da contratação pública e dos demais instrumentos
normativos de fonte europeia e internacional aplicáveis, assim como o domínio do direito
procedimental pré-contratual e do direito substantivo, relativo aos contratos públicos e aos contratos
administrativos, nos termos regulados pelo Código dos Contratos Públicos e pela legislação avulsa .
Pretende-se uma formação integrada e consolidada da matéria da Contratação Pública, que
abranja os princípios gerais da contratação pública, os procedimentos pré-contratuais e o direito
substantivo dos contratos administrativos, conforme regulação no seu respetivo Código.
Articulando a formação inicial com a formação contínua, tal componente formativa da
especialidade deve ocorrer no 2º trimestre, através do recurso a formador externo.
Programa
1.ª Sessão
- Apresentação.
- Considerações gerais.
- Metodologia de trabalho.
- Métodos de avaliação.
- Enquadramento do direito geral da contratação pública.
- Introdução às espécies, princípios e procedimentos pré-contratuais.
2.ª Sessão
- As fontes de direito da contratação pública.
- Os princípios gerais da contratação pública.
3.ª Sessão
- Os procedimentos pré-contratuais.
4.ª Sessão
- Âmbito subjetivo do Código dos Contratos Públicos.
5.ª Sessão
- Âmbito objetivo do Código dos Contratos Públicos.
6.ª Sessão
- As peças do procedimento.
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7.ª Sessão
- As peças do procedimento.
8.ª Sessão
- Decisão de contratar e a fase de apresentação da proposta ou candidatura.
9.ª Sessão
- Análise e avaliação das propostas.
10.ª Sessão
- Admissão e exclusão da proposta.
11.ª Sessão
- Decisão de adjudicação e de não adjudicação.
12.ª Sessão
- Fase de outorga do contrato.
13.ª Sessão
- Os contratos administrativos e os contratos públicos à luz do Código dos Contratos
Públicos.
14.ª Sessão
- Âmbito e regime material e procedimental dos contratos administrativos.
15.ª Sessão
- O regime de modificação dos contratos administrativos.
16.ª Sessão
- O regime de invalidade dos contratos administrativos.
17.ª Sessão
- Análise de jurisprudência.
18.ª Sessão
- Avaliação final.
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3.1.6. Direito das relações laborais na Administração Pública
Pretende-se a compreensão do regime instituído pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro e da
sua articulação com o regime geral do contrato de trabalho, numa perspetiva teórico -prática, assim
como a compreensão integrada dos vários institutos do direito laboral da Administração Pública.
Objetivos e metodologia
Com a publicação da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro os Tribunais Administrativos foram
chamados a apreciar e dirimir a conflitualidade decorrente das relações laborais no âmbito da
Administração Pública pelo que se torna necessário habilitar os futuros magistrados judiciais dessa
jurisdição à compreensão do regime instituído por tal diploma e a fazer a sua articulação com o regime
geral do contrato de trabalho.
Será privilegiada uma abordagem virada para a prática judiciária s endo o formato das sessões
dos grupos de auditores destinados à magistratura judicial dos Tribunais Administrativos e Fiscais.
Duração e avaliação
A matéria do Direito das Relações Laborais na Administração Pública será lecionada em dezasseis
unidades letivas, a últimas das quais destinada à avaliação dos conhecimentos.
Programa
1.ª Sessão
- Parte I - Dogmática geral
- I. Introdução
- 1. O emprego público: evolução regulativa e processo de laboralização
- 2. Apresentação geral do regime do emprego em funções públicas
- 2.1. A Lei sobre vínculos, carreiras e remunerações (Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro):
alterações nas bases do regime e âmbito da função pública
2.ª Sessão
- 2.2. O Regime do contrato de trabalho em funções públicas (Lei nº 59/2008, de 11 de
setembro)
- 2.3. O estatuto disciplinar dos trabalhadores públicos (Lei nº 58/2008, de 9 de setembro)
- 2.4. Outros diplomas
3.ª Sessão
- II. As fontes
- 1. Enunciado e classificações das fontes
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- 2. A lei: em especial a relação entre os diplomas reguladores do contrato de trabalho em
funções públicas, e o Código do Trabalho
- 3. Os instrumentos de regulamentação coletiva do trabalho e a autonomia coletiva em
especial
4.ª Sessão
- 3.1. O regime da LCTFP
- 3.2. O regime de negociação coletiva dos trabalhadores nomeados
- 4. Interpretação e aplicação das normas
5.ª Sessão
- III. Os entes laborais
- Os trabalhadores públicos: delimitação e categorias
- O empregador público: o Estado e outras pessoas coletivas públicas como empregadores
- Os entes laborais coletivos: comissões de trabalhadores e associações sindicais
6.ª Sessão
- Parte II - Os vínculos de trabalho em funções públicas
- I - Os regimes de vinculação em funções públicas
- 1. Delimitação geral: o regime de nomeação; o regime do contrato; o regime da comissão
de serviço
- 2. Âmbito de aplicação: situações novas; situações de conversão legal
7.ª Sessão
- II - Modalidades e formação do contrato de trabalho em funções públicas
- 1. Modalidades de contrato de trabalho em funções públicas; em especial o contrato de
trabalho a termo
8.ª Sessão
- 2. Formação do contrato de trabalho em funções públicas
9.ª Sessão
- II. Conteúdo do contrato de trabalho em funções públicas
- 1. Aspetos gerais: direitos e deveres das partes
10.ª Sessão
- 2. A posição jurídica do trabalhador
- 2.1. Atividade contratada e tutela da categoria
- 2.2. Local de trabalho
- 2.3. Duração e organização do tempo de trabalho
- 2.4. Férias, feriados e faltas; proteção da parentalidade
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11.ª Sessão
- 3. A posição jurídica do empregador
- 3.1. Remuneração e deveres acessórios
12.ª Sessão
- 3.2. Poderes de direção e disciplina
13.ª Sessão
- III. Vicissitudes da relação de emprego públ ico
- 1. Mobilidade objetiva funcional e geográfica
- 2. Mobilidade subjetiva
14.ª Sessão
- IV. Cessação dos vínculos de emprego público
- 1. Aspetos gerais
- 2. Causas de cessação do contrato de trabalho em funções públicas
15.ª Sessão
- 2.1. Em especial, a extinção do contrato de trabalho por facto imputável ao trabalhador: o
Estatuto Disciplinar
- 2.2. Em especial as causas objetivas de cessação do contrato de trabalho em funções
públicas
16.ª Sessão
- Regime jurídico dos acidentes em serviço e das doenças profissionais.
17.ª Sessão
- Avaliação final .
3.1.7. Regimes jurídicos dos impostos e Direito Aduaneiro e Contencioso Aduaneiro
No que concerne à componente formativa da especialidade dos Regimes Jurídicos dos Impostos e
do Direito Aduaneiro e Contencioso Aduaneiro, a formação visa dotar os auditores de justiça de
conhecimento atualizado sobre os vários regimes dos Impostos - Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares, Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, Imposto sobre Val or
Acrescentado, Imposto sobre Valor Acrescentado nas transações intracomunitárias, Imposto Municipal
sobre os Imóveis, Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosa de Imóveis e do Imposto de Selo e
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Impostos Especiais sobre o Consumo - com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos
teóricos mais candentes e dotar os auditores de justiça de conhecimento atualizado dos princípios que
enformam o direito e contencioso aduaneiro e dos aspetos teóricos mais candentes.
A formação será assegurada por docentes externos, desenvolvendo-se no 1º e 2º trimestres do
1º ciclo de formação teórico-prática, podendo algumas das suas componentes ser relegadas para a fase
do 2º ciclo.
Algumas das áreas temáticas abrangidas no âmbito da componente da especialidade, serão
igualmente objeto de formação no âmbito da componente profissional e ainda sob formato de
Workshop, visando-se aliar a formação teórica à componente prática, numa aproximação entre as duas
componentes formativas.
O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS)
Objetivos
Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Singulares, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos
mais candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
Duração
4 UL (6 horas)
Programa
Princípios
A incidência pessoal: âmbito da sujeição ao imposto e o conceito de residência
Transparência fiscal
Incidência real: as categorias de rendimentos sujeitos a tributação.
Determinação do rendimento coletável
Taxas
Liquidação
Pagamento
O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)
Objetivos
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Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Coletivas, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos
mais candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
Duração
4 UL (6 horas)
Programa
Princípios
Incidência
Transparência fiscal
Isenções
Determinação da matéria coletável
Eliminação da dupla tributação económica
Normas especiais antiabuso: preços de transferência, subcapitalização, pagamentos a
entidades residentes em países com regime fiscal privilegiado; imputação de lucros a
sociedades residentes em países com regime fiscal privilegiado
Regime especial de tributação dos grupos de sociedades
Regime especial de fusões, cisões, entradas de ativos e permuta de partes sociais
Liquidação de sociedades
Taxa
Liquidação e cobrança
Tributação autónoma
O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
Objetivos
Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre Valor
Acrescentado, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais
candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
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Duração
4 UL (6 horas)
Programa
Princípios
Incidência
Isenções
Valor tributável
Taxas
Liquidação: direito à dedução; métodos de dedução relativa a bens de util ização mista (pro
rata/afetação real); regularização de deduções
Pagamento do imposto
Regimes especiais
O Imposto sobre o Valor Acrescentado nas transações Intracomunitárias (RITI)
Objetivos
Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre Valor
Acrescentado nas transações intracomunitárias, com enfoque nos princípios que o enformam
e nos aspetos teóricos mais candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
Duração
2 UL (3 horas)
Programa
Princípios
Incidência; conceito de aquisição intracomunitária e operações assimiladas; localização das
operações; vendas à distância; facto gerador e exigibil idade
Isenções
Valor tributável
Taxas
Liquidação: deduções; reembolsos
Pagamento do imposto
Obrigações acessórias dos contribuintes
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O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
Objetivos
Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Impos to Municipal sobre os
Imóveis, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
Duração
2 UL (3 horas)
Programa
A reforma da tributação do património.
Incidência real: conceito de prédio, tipologia de prédios, valor patrimonial tributável
Incidência pessoal
Isenções
Matrizes prediais
Objeto e tipos de avaliação na determinação do valor patrimonial tributário
O valor patrimonial tributário dos prédios rústicos
O valor patrimonial tributário dos prédios urbanos
Os organismos de coordenação e de avaliação
Taxas, l iquidação e pagamento
O Imposto Municipal sobre as transmissões onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto de Selo
(IS)
Objetivos
Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosa de Imóveis e do Imposto de Selo, com enfoque nos princípios que o
enformam e nos aspetos teóricos mais candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
Duração
2 UL (3 horas)
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Programa
IMT
- Caracterização
- Incidência real e subjetiva
- Determinação do valor tributável
- Isenções
- Taxas
- Liquidação e cobrança
Imposto de selo
- Natureza
- Incidência objetiva e subjetiva;
- Isenções
- Valor tributável: regras gerais e valor tributável nas transmissões gratuitas
- Taxas
- Liquidação e pagamento
Impostos especiais de consumo
Objetivos
Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime dos Impostos Especiais sobre o
Consumo, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais
candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
Duração
2 UL (3 horas)
Programa
Princípios e regras gerais
- Objeto, princípio da equivalência, âmbito de aplicação territorial, incidência subjetiva e
objetiva, isenções comuns, facto gerador, exigibil idade, introdução no consumo,
formalização da introdução no consumo
- Liquidação, pagamento e reembolso do imposto
- Produção, transformação e armazenagem em regime de suspensão
- Circulação em regime de suspensão
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- Perdas e Inutil ização
- Garantias
- Circulação e tributação após a introdução no consumo
Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas
Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos
Imposto sobre o tabaco
Direito e Contencioso Aduaneiro
Objetivos
Dotar os auditores de conhecimento atualizado dos princípios que enformam o direito e
contencioso aduaneiro e dos aspetos teóricos mais candentes.
Metodologia
Seminário por docente universitário
Duração
2 UL (3 horas)
Programa
As fontes do direito aduaneiro comunitário
O Código Aduaneiro Comunitário
Procedimentos de desalfandegamento das mercadorias
Formalidades de introdução de mercadorias na Comunidade Europeia
Classificação pautal das mercadorias
Origem das mercadorias
Valor aduaneiro das mercadorias
Taxas dos direitos aduanei ros
Dívida aduaneira.
- Cobrança do montante da dívida aduaneira
- Extinção da dívida aduaneira
- Reembolso e dispensa de pagamento dos direitos aduaneiros
Franquias aduaneiras.
Garantias dos contribuintes, específicas do direito aduaneiro
- O processo técnico de contestação
- A obrigatoriedade do processo técnico de contestação
- A aplicabilidade do processo técnico de contestação aos impostos especiais de consumo
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 91
3.1.8. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional
Na matéria dos Direitos Fundamentais e Direito Constituc ional visa-se proporcionar aos auditores
de justiça:
a sensibil ização para a importância e o alcance dos direitos fundamentais;
a compreensão das normas de direitos fundamentais;
o estudo da metodologia da sua interpretação e concretização pelos tribunais;
os meios de tutela judicial dos direitos, l iberdades e garantias pessoais;
uma perspetiva internacional e europeia dos direitos fundamentais, designadamente através
da análise da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e do Tribunal de
Justiça da União Europeia (Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia);
o processo constitucional: âmbito, objeto, tipos de recurso, pressupostos gerais e específicos
e trâmites, designadamente mediante a análise da jurisprudência do Tribunal Constitucional.
As sessões serão ministradas por docentes universitários e Magistrados.
3.1.9. Inglês Jurídico
A disciplina de Inglês visa:
apetrechar os auditores de justiça com o vocabulário técnico-jurídico necessário à
compreensão de textos jurídicos em língua inglesa e à comunicação com outrem;
desenvolver conhecimentos em áreas temáticas diretamente relacionadas com o Direito
que permitam compreender e debater as diferenças e semelhanças existentes entre os
sistemas jurídicos de Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América.
3.1.10. Tecnologias de Informação e Comunicação
Em matéria de tecnologias de informação e comunicação, dados os conhecimentos que a
generalidade dos auditores de justiça tem de um número razoável de aplicações informáticas, na ótica
do util izador, visa-se proporcionar-lhes a familiarização com as novas aplicações informáticas de uso
mais frequente nos tribunais.
O programa desta matéria prevê que seja ministrada formação conjunta com o 31º Curso
nalgumas das unidades letivas que o compõem (a util ização de meios informáticos, módulos de registos
on line e custas processuais), sendo a formação específica nas restantes.
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3.1.11. Direito europeu e Direito administrativo europeu, substantivo e processual, e direito internacional incluindo cooperação judiciária internacional
Objetivos
Na matéria de direito europeu e direito internacional, incluindo a cooperação judiciária
internacional visa-se proporcionar aos auditores de justiça:
a familiarização com os institutos de direito europeu e internacional e com os
procedimentos da sua aplicação prática;
o aprofundamento dos conhecimentos nos domínios das instituições e do direito ao nível
internacional e europeu;
o conhecimento dos mecanismos de cooperação judiciária europeus e internacionais, numa
perspetiva da sua util ização e aplicação prática.
Método pedagógico, avaliação e programação
As sessões que compõem esta matéria (13UL) serão ministradas conjuntamente, em parte do
programa, aos auditores de justiça do 3º Curso TAF e do 31º Curso, por docentes universitários e
magistrados.
No entanto, dada a especificidade das matérias a abordar, a formação conjunta abrangerá
apenas as primeiras 5UL do programa.
3.2. Componente formativa profissional
As disciplinas que integram a componente profissional serão ministradas em três grupos de
auditores de justiça no caso do Direito Administrativo, substantivo e processual e do Direito Fiscal,
substantivo e processual e em dois grupos, no caso do Direito Civil, no domínio dos contratos e
responsabilidade civil e do Direito Processual Civil e da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado.
O método de avaliação do aproveitamento dos auditores a util izar em relação às matérias da
componente profissional é o da avaliação contínua, método de que faz parte integrante a realização de
provas escritas de avaliação de conhecimentos, que podem assumir as vestes de exercitações práticas.
Em relação à componente formativa profissional, enunciam-se os seguintes objetivos formativos,
traduzidos na aquisição das seguintes competências pelos auditores de justiça:
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3.2.1. Direito administrativo, substantivo e processual
A componente profissional do Direito Adminis trativo, substantivo e processual visa dotar os
auditores de justiça dos conhecimentos teórico-práticos das formas tradicionais de atuação dos poderes
públicos, do ato, do contrato e do regulamento administrativo, direcionados para a prática judiciária nos
Tribunais Administrativos e do âmbito da jurisdição administrativa, com a análise dos vários tipos de
processos do contencioso administrativo e o domínio da sua tramitação, considerando as várias fases
processuais, os vários atos processuais e as várias vicissitudes da instância, a partir das pretensões
materiais acionáveis em juízo, no contexto da forma processual adequada e dos poderes decisórios do
juiz.
Pretende-se dotar os auditores de justiça das aptidões fundamentais para a correta aplicação do
direito ao caso concreto, treinando-os na elaboração de peças essenciais do processo e para a sua
correta tramitação, no âmbito dos princípios de boa gestão processual.
Igualmente tem por objetivo a apreensão pelos auditores de justiça das novas realidades d o
direito e do contencioso administrativo, atravessados pela transmigração de institutos e de soluções
oriundos do direito administrativo global, do direito administrativo europeu e dos direitos
administrativos especiais e pelas exigências determinadas pel o direito da proteção internacional dos
direitos do homem e pelo direito da proteção constitucional dos direitos fundamentais.
Quanto aos objetivos formativos por trimestre, a formação profissional do Direito Administrativo
assenta na verificação da aquisição das seguintes competências:
a) No fim do primeiro trimestre:
Compreensão do enquadramento do direito administrativo e dos direitos administrativos
especiais;
Assimilação dos princípios estruturantes do direito administrativo e suas concretizações;
Assimilação das formas tradicionais de atuação dos poderes públicos;
Apreensão sistemática dos princípios do procedimento administrativo, dos principais
traços da reforma do Código do Procedimento Administrativo e dos procedimentos
administrativos especiais;
Delimitação do âmbito e enquadramento da justiça administrativa e fiscal no
ordenamento jurídico, substantivo e adjetivo;
Domínio dos diversos modos de tutela administrativa, nos termos regulados pelo CPTA;
Análise da tipologia dos meios processuais;
Apreensão sistemática da dinâmica do processo administrativo e fiscal e dos termos do
início, desenvolvimento, vicissitudes e extinção da instância.
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b) No fim do segundo trimestre:
Estudo detalhado do processo administrativo;
Domínio aprofundado dos meios processuais: ação administrativa, contencioso eleitoral,
ação administrativa de contencioso pré-contratual, intimação para prestação de
informações, consulta de processos ou passagem de certidões, intimação para proteção
de direitos, l iberdades e garantias, processo cautelar, providências cautelares relativas à
formação de contratos;
Domínio dos pressupostos processuais comuns e específicos em relação a cada meio
processual;
Delimitação da ação administrativa e pretensões dedutíveis;
Tramitação dos meios processuais;
Domínio da marcha dos meios processuais, nas suas fases essenciais e atos processuais;
Compreensão do conceito de contrainteressado;
Caracterização do papel do Ministério Público na jurisdição administrativa;
Aquisição de conhecimentos nas áreas específicas do direito da responsabilidade civil
extracontratual do Estado, no domínio da causa de pedir e da prova.
c) No fim do terceiro trimestre:
Delimitação teórica e adjetiva dos diversos tipos de ação administrativa;
Identificação das regras, trâmites e vicissitudes da ação administrativa, em função das
pretensões dedutíveis;
Domínio da ação executiva;
Compreensão das vicissitudes da instância executiva e seus incidentes;
Conhecimento da tramitação da instância executiva no âmbito da indemnização por facto
da inexecução;
Compreensão dos princípios processos especiais não previstos e regulados pelo CPTA;
Compreensão da matéria dos recursos jurisdicionais;
Aquisição de conhecimentos no direito da nacionalidade, dos estrangeiros e do asilo e
meios adjetivos adequados;
Conhecimento alargado da jurisprudência administrativa;
Domínio na elaboração de despachos e de sentenças no âmbito dos vários meios
processuais regulados pelo CPTA.
O curso de formação teórico-prática de formação de magistrados para os tribunai s
administrativos compreende, no seu primeiro ciclo, na componente profissional, a área de Direito
Administrativo, substantivo e processual.
A disciplina tem duas dimensões: a material e adjetiva.
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 95
É orientada à prática judiciária.
A sua lecionação far-se-á pela análise dos vários tipos de processos do contencioso
administrativo e da sua tramitação a partir das pretensões materiais acionáveis em juízo, tendo em vista
a forma processual adequada e os poderes decisórios que competem ao juiz.
Importa fazer o estudo de casos concretos e de soluções jurisprudenciais, tendo em vista a
correta aplicação do direito ao caso concreto, assim como treinar a elaboração de peças essenciais do
processo.
Procurar-se-á i lustrar as manifestações concretas do princípio pro accione que resultam no
contencioso administrativo na preferência pela decisão de mérito, em detrimento das decisões de
forma.
Procurar-se-á dar conta das novas realidades do direito e do contencioso administrativos,
atravessados pela transmigração de institutos e soluções oriundos do direito administrativo global, do
direito administrativo europeu e dos direitos administrativos especiais e pelas exigências postas pelo
direito da proteção internacional dos direitos do homem e pelo direito da proteção constitu cional dos
direitos fundamentais.
Será dada particular ênfase ao estudo da jurisprudência administrativa e europeia, segundo a
metodologia da análise crítica da jurisprudência.
A propósito de cada item procura-se acentuar as duas componentes, a saber: a di mensão
doutrinária ou jurisprudencial, suscitada a partir de casos da vida e a dimensão prática, de elaboração
de despachos ou de sentenças e de compreensão dos contextos processuais pertinentes.
As atividades formativas irão decorrer entre 06 de outubro de 2014 e 10 de julho de 2015, num
total de 35 semanas, distribuídas por três períodos letivos:
De 06 de outubro a 19 de dezembro de 2014 (11 semanas);
De 05 de janeiro a 27 de março de 2015 (10 semanas);
Entre 02 a 13 de março de 2015 decorrerá o estági o intercalar, a que se refere o artigo 42º da
Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.
De 06 de abril a 10 de julho de 2015 (14 semanas).
A distribuição das matérias é feita por duas unidades letivas (UL) semanais, com a duração de 1
hora e 30 minutos cada (3 horas por semana).
Tendo presente os objetivos definidos, procede-se à definição do conteúdo e do tempo letivo da
matéria da componente formativa profissional de Direito Administrativo, substantivo e processual.
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Programa
1.ª Semana - 06 a 10 de outubro
- Apresentação. Considerações gerais
- Metodologia de trabalho e de avaliação
- Regras para a elaboração de trabalhos
- O Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e o Estatuto dos Magistrados Judiciais
- Os fundamentos do direito administrativo
2.ª Semana - 13 a 17 de outubro
- Direito administrativo e função administrativa
- Os direitos administrativos especiais
- A europeização e a globalização do direito administrativo
- Princípios fundamentais de direito administrativo
3.ª Semana - 20 a 24 de outubro
- A discricionariedade administrativa e os direitos fundamentais no direito administrativo
- Os novos institutos, modelos e soluções retirados dos direitos administrativos especiais
(exemplos: a indemnização pelo sacrifício; a proteção do existente; o nexo de ca usalidade
na responsabilidade pelo dano ecológico; a garantia do equilíbrio financeiro nos contratos
administrativos; o princípio da precaução; o non refoulement no direito de estrangeiros
- O direito administrativo relacional
- As formas de atuação administrativa: ato administrativo, contrato administrativo e
regulamento administrativo
4.ª Semana - 27 a 31 de outubro
- Os limites procedimentais às formas de atuação administrativa
- As novas formas de atuação administrativa (vg. as atuações informais)
- Operações materiais
- Ato administrativo
- Conceito e categorias
- Força jurídica e execução do ato administrativo
- Revogação e l imites à revogabilidade dos atos administrativos
5.ª Semana - 03 a 07 de novembro
- Regime de invalidade dos atos administrativos
- O dogma da insindicabilidade dos atos interna corporis e as relações jurídicas
administrativas internas
- Regulamento administrativo
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- Conceito e categorias
- Fundamento do poder regulamentar
- Limites à emanação de regulamentos administrativos
6.ª Semana - 10 a 14 de novembro
- Contratos administrativos e os contratos celebrados pela Administração
- Âmbito e espécies
- Principais aspetos do regime dos contratos administrativos
7.ª Semana - 17 a 21 de novembro
- O procedimento administrativo
- Princípios do procedimento administrativo
- Principais traços da reforma do CPA
8.ª Semana - 24 a 28 de novembro
- Os procedimentos administrativos especiais
9.ª Semana - 01 a 05 de dezembro
- Os principais modelos de justiça administrativa
- Âmbito e enquadramento da justiça administrativa: a relação jurídica administrativa
- A justiça administrativa como justiça comum
- O princípio da separação de poderes e a autocontenção judicial
- O direito à tutela jurisdicional efetiva e os pressupostos processuais
- Os princípios do processo equitativo e justo
10.ª Semana - 09 a 12 de dezembro
- As formas de ação administrativa: as ações administrativas de pretensão declarativa; as
ações administrativas de pretensão executiva; as ações administrativas de tramitação
urgente
- A tutela cautelar no contencioso administrativo
- O contencioso administrativo de revisão e o contencioso administrativo de plena
jurisdição
- O conceito de injunção jurisdicional administrativa
- O contencioso administrativo dos direitos administrativos especiais
11.ª Semana - 15 a 19 de dezembro
- Exercícios: análise de jurisprudência e resolução de hipóteses práticas
- Exercício avaliativo n.º 1: resolução de hipótese prática
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12.ª Semana - 05 a 09 de janeiro
- Os processos urgentes
- O contencioso eleitoral
- O contencioso pré-contratual
- Pretensões deduzíveis
- Tramitação da ação de contencioso pré-contratual
- Exercício: Elaboração de sentença no âmbito de um processo de contencioso pré-
contratual
13.ª Semana - 12 a 16 de janeiro
- As intimações
- A intimação para proteção de direitos, l iberdades e garantias
- A intimação para a prestação de informações, consulta de processos e passagem de
certidões
14.ª Semana - 19 a 23 de janeiro
- Exercício: Elaboração de sentença no âmbito de um processo de intimação
- Processos cautelares
- As providências cautelares: caracterização e tipologia
- O processo cautelar como incidente do processo principal
- A tramitação do processo cautelar
- A antecipação do mérito no processo cautelar
15.ª Semana - 26 a 30 de janeiro
- O decretamento provisório da providência e o incidente de declaração de ineficácia de
atos de execução indevida
- Exercício: elaboração de despacho nos termos dos artigos 128.º, n.º 6, e 131.º do CPTA
- As providências cautelares relativas à formação de contratos
- A injunção cautelar
- Exercício: Elaboração de sentença em processo cautelar
16.ª Semana - 02 a 06 de fevereiro
- Exercício escrito avaliativo n.º 2: decisão liminar e/ou final num processo urgente
- A ação administrativa de pretensão declarativa: a ação administrativa comum e a ação
administrativa especial
- A ação administrativa comum
- A ação administrativa especial
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- Espécies de ação administrativa especial
- A injunção administrativa e os poderes do juiz no contencioso de ilegalidade
17.ª Semana - 09 a 13 de fevereiro
- A relação jurídica processual administrativa: - as partes, o objeto imediato (a pretensão
material), o objeto mediato (a atuação administrativa), o pedido (providência judiciária
requerida), a causa de pedir (as razões de facto e as razões de direito que, em concreto,
sustentam a pretensão processual); - os pressupostos processuais; - a cumulação de
pedidos (requisitos e tramitação)
- A tramitação da ação administrativa especial
- Os pressupostos processuais específicos da ação administrativa especial
- O ato administrativo impugnável
- A norma administrativa impugnável
18.ª Semana - 16 a 20 de fevereiro
- A questão prévia da irrecebevilidade da ação
- O despacho pré-saneador: conhecimento de nulidades e suprimento de vícios formais
- O despacho de aperfeiçoamento e o despacho saneador na ação administrativa especial.
- Exercício: elaboração de despacho nos termos do artigo 88.º do CPTA
- A instância da ação administrativa especial
- As vicissitudes da instância
- As modificações subjetivas da instância
- As modificações objetivas da instância
19.ª Semana - 23 a 27 de fevereiro
- Exercício: elaboração de despacho sobre requerimentos apresentados ao abrigo dos
artigos 63.º a 65.º, 70.º e 102.º, n.º 4, do CPTA
- As pretensões dedutíveis no âmbito da ação administrativa especial
- A petição inicial: o pedido e a causa de pedir
- O objeto da ação impugnatória
- A cumulação de pedidos
- A recusa do recebimento da petição inicial (remissão)
- A citação da entidade demandada e dos contrainteressados
- O conceito de contrainteressados
(Semanas de 02 a 13 de março - Estágio intercalar)
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20.ª Semana - 16 a 20 de março
- A intervenção do Ministério Público
- Exercício: despacho sobre requerimento do Ministério Público
- A contestação: noção, prazo e conteúdo; revelia
- Defesa por exceção dilatória
- Defesa por exceção perentória
- Defesa por impugnação
- A apresentação do processo administrativo (o artigo 84.º, n.ºs 4, 5 e 6, do CPTA)
21.ª Semana - 23 a 27 de março
- Delimitação da jurisdição administrativa a partir da causa de pedir das ações
- A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade civil extracontratual do
Estado por facto da função administrativa
- A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade civil extracontratual do
Estado por facto da função legislativa
- A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade civil extracontratual do
Estado por facto da função jurisdicional.
- A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade contratual
- Exercício: análise de processos relativos a responsabilidade civil extracontratual e
elaboração de sentenças
22.ª Semana - 07 a 10 de abril
- Os incidentes de intervenção de terceiros na ação administrativa especial
- A instrução do processo: objeto e l imites
- Direito probatório material e direito probatório formal
- Princípios enformadores na dinâmica da prova
- Os poderes do relator e o princípio do inquisitório
- A prova no processo cautelar e no processo principal
- Os meios de prova nas «ações de plena jurisdição»
- Requerimentos. Ónus da prova. Regime jurídico
23.ª Semana - 13 a 17 de abril
- Meios de prova em especial
- O valor probatório do processo administrativo
- Prova por documentos
- Prova por confissão das partes
- Prova pericial
- Inspeção Judicial
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 101
- Prova testemunhal
- A prova nas ações de responsabilidade civil extracontratual do Estado: ações por violação
do direito a decisão judicial em prazo razoável, ações de indemnização por danos
provocados por acidentes de viação, ações de indemnização por erro médico
24.ª Semana - 20 a 24 de abril
- A injunção judicial administrativa
- A ação de condenação à prática do ato administrativo devido
- A ação de impugnação de normas
- A tramitação das ações administrativas especiais de impugnação de normas ou de
condenação à prática do ato devido
- Os poderes de pronúncia do tribunal na ação de condenação à prática do ato devido
- Exercício: elaboração de sentença em ação administrativa especial de impugnação de
normas ou de condenação à prática de ato devido
25.ª Semana - 27 a 30 de abril
- Exercício escrito avaliativo n.º 3: elaboração de decisão sobre uma ação administrativa
especial impugnatória
- Regime jurídico da cumulação de pedidos
- A cumulação de pedido impugnatório com pedido de reconstituição da situação atual
hipotética
- A cumulação de pedido impugnatório com pedido de efetivação de responsabilidade civil
extracontratual
- Sentença: conteúdo, vícios e regime (artigos 94.º e 95.º do CPTA)
26.ª Semana - 04 a 08 de maio
- Exercício: avaliativo n.º 4: elaboração de sentença em ação administrativa especial com
cumulação de pedidos
- Análise global das principais propostas de alteração ao CPTA
27.ª Semana - 11 a 15 de maio
- A tutela do direito à nacionalidade e os processos de oposição à aquisição da
nacionalidade portuguesa
- Exercício: elaboração de sentença em ação de oposição à aquisição da nacionalidade
portuguesa
28.ª Semana - 18 a 22 de maio
- O direito internacional e europeu de asilo
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- A tutela substantiva e processual do direito de asilo e de proteção subsidiária
29.ª Semana - 25 a 29 de maio
- Recursos em processo administrativo
- Exercício: elaboração de despachos de admissão de recurso
30.ª Semana - 01 a 05 de junho
- Ação executiva
- Finalidade da ação executiva
- Espécies de ação executiva
- Pressupostos específicos da ação executiva – artigo 157.º do CPTA
- Exercício: elaboração de despachos simples
- Os processos executivos em especial: a execução para prestação de facto ou de coisa; a
execução para pagamento de quantia certa; execução de sentença de anulação
31.ª Semana - 08 a 12 de junho
- Tramitação da ação executiva
- A indemnização por facto de inexecução
- Análise de jurisprudência sobre a execução de julgado
32.ª Semana - 15 a 19 de junho
- Exercício avaliativo n.º 5: elaboração de decisão final sobre execução
- Processos especiais não previstos no CPTA: perda de mandato, dissolução de órgão
autárquico, mandado urbanístico, injunção urbanística e reconhecimento de acidente em
serviço
33.ª Semana - 22 a 26 de junho
- Exercício: elaboração de sentença num processo especial
- Exercício avaliativo n.º 6: elaboração de sentença
34.ª Semana - 29 de junho a 03 de julho
- Análise sinóptica de jurisprudência administrativa
35.ª Semana - 06 a 10 de julho
- Síntese final
- Balanço global do 1º ciclo formativo
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3.2.2. Direito tributário, substantivo e processual
A formação inicial no Direito Tributário tem como objetivos formativos a aquisição pelos
auditores das seguintes competências:
a) No fim do primeiro trimestre:
• Conhecer os princípios jurídicos -constitucionais da tributação, assim como as regras de
interpretação, integração e eficácia do direito fiscal.
• Conhecer os princípios que regem o procedimento tributário, as garantias não
contenciosas dos contribuintes e os principais procedimentos existentes.
• Dominar a tramitação do processo de execução fiscal, conhecer os respetivos incidentes e
compreender, no seu seio, a divisão de competências entre o órgão de execução fiscal e o
juiz.
• Conhecer a natureza e princípios gerais do contencioso tributário, assim como quais os
poderes do juiz no seu âmbito e saber como exercer esses poderes.
• Conhecer as principais questões que no processo tributário se colocam ao nível do ónus
da prova e a jurisprudência dos tribunais superiores sobre esta matéria.
• Dominar o objeto e âmbito da impugnação judicial.
• Saber tramitar o processo de impugnação judicial, e as peças processuais mais frequentes
(despacho liminar, despacho de convite ao aperfeiçoamento, despacho de convolação,
despachos sobre requerimentos de prova, sentença, despacho de decisão de reclamação
da conta).
b) No fim do segundo trimestre:
• Conhecer e saber tramitar as providências cautelares no processo tributário, dominar o
respetivo objeto e fundamentos.
• Saber tramitar os vários incidentes da execução fiscal, e dominar o respetivo objeto e
fundamentos, em particular no caso da oposição à execução.
• Conhecer e saber aplicar em concreto as regras da prescrição dos vários tributos e a
jurisprudência dos tribunais superiores sobre a matéria.
• Conhecer o objeto e fundamentos e saber tramitar a ação administrativa especial, os
outros meios processuais acessórios, a execução de julgados, o processo especial de
derrogação do dever de sigilo bancário, o recurso da decisão de avaliação da matéria
coletável pelo método indireto e o recurso de contraordenação.
• Conhecer e saber aplicar as regras especiais dos recursos jurisdicionais no contencioso
tributário.
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• Conhecer as questões que com maior frequência se colocam nos tribunais tributários no
domínio do direito tributário internacional e europeu e a jurisprudência dos tribunais
superiores nestas matérias.
• Saber organizar e conduzir uma diligência de inquirição de testemunhas.
c) No fim do terceiro trimestre:
• Conhecer e saber aplicar em concreto as regras da caducidade do direito à l iquidação dos
vários tributos e a jurisprudência dos tribunais superiores sobre a matéria.
• Conhecer a jurisprudência dos tribunais superiores sobre a distinção entre imposto, taxas
e sobre contribuições especiais.
• Compreender e saber aplicar o regime das taxas locais, conhecer as particularidades do
contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores
relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos
tribunais.
• Compreender e saber aplicar o regime das contribuições para a segurança social, conhecer
as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos
tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à
mesma surgem nos tribunais.
• Compreender e saber aplicar o regime do IRS, conhecer as particularidades do
contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores
relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos
tribunais.
• Compreender e saber aplicar o regime do IRC, conhecer as particularidades do
contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores
relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos
tribunais.
• Compreender e saber aplicar o regime do IVA, conhecer as particularidades do
contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores
relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos
tribunais.
• Compreender e saber aplicar o regime do IMI, conhecer as particularidades do
contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores
relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos
tribunais.
• Compreender e saber aplicar o regime do IMT, conhecer as particularidades do
contencioso tributário nesta matéria e a jurisprudência dos tribunais superiores
relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos
tribunais.
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• Conhecer os aspetos relevantes do direito aduaneiro e as particularidades do contencioso
tributário nesta matéria, os problemas mais frequentes que sobre a mesma surgem nos
tribunais e a jurisprudência dos tribunais superiores.
• Conhecer os aspetos relevantes do regime dos impostos especiais e as particularidades do
contencioso tributário nesta matéria, os problemas mais frequentes que sobre a mesma
surgem nos tribunais e a jurisprudência dos tribunais superiores.
Linhas gerais
A abordagem dos conteúdos será feita partindo de uma breve apresentação sob a forma de
exposição enquadradora apoiada por documentos de suporte (síntese da exposição e bibliografia de
referência para aprofundamento do tema), acompanhada pelo estudo da jurisprudência relevante.
Após este enquadramento, todos os temas serão trabalhados com exercícios práticos, na forma
de elaboração de peças processuais e/ou discussão de casos práticos, conforme o caso.
Com efeito, e ainda que tendo presente e subscrevendo integralmente o objetivo estratégico de
evitar “modelos universitários (…) sublinhando a especificidade profissional da vocação do CEJ” que
partiu da identificação da existência de uma “formação no primeiro ciclo demasiado académica e pouco
relacionada com os objetivos de formação dos magistrados – isto é, com as competências e as
qualidades que definem um bom magistrado” (cf. Projeto Estratégico, Orientações para o Plano de
Atividades e Objetivos Estratégicos e Operacionais, Documento preliminar, CEJ, 20 12, págs. 26 e 29,
preocupação que é retomada no Plano de Estudos 30.º Curso de Formação de Magistrados, CEJ, 2012,
págs. 8 e 9, e no Plano Anual de Atividades - 2013 / 2014, CEJ, 2013, págs., todos disponíveis para
consulta em http://www.cej.mj.pt), a estratégia proposta pretende colmatar a diversidade de saberes e
experiências dos auditores na área administrativa e tributária, visto que adquiriram a sua experiência
profissional em áreas distintas, o que nalguns casos pressupõe alguma perda de contacto com as
matérias do direito tributário, que como é sabido se encontram em constante atualização.
Cruzamento com outros saberes
Atendendo a que na área tributária os juízes são frequentemente confrontados com problemas
que apelam à interdisciplinaridade e cruzamento com outras áreas do saber, serão organizadas sessões
de trabalho (workshops) com especialistas nas matérias que, para além da contabilidade financeira,
suscitam maiores dificuldades concretas.
Assim, terão lugar workshops destinados à para a mel hor compreensão do procedimento
concreto de (auto)liquidação do IRC, IRS e IVA, maxime das equações fundamentais subjacentes, e à
familiarização com o modo de preenchimento das respetivas declarações fiscais.
Também para a aquisição de competências que permitam compreender os juízos técnicos
densificadores de conceitos indeterminados como o de “prejuízo irreparável” e de “manifesta falta de
meios económicos” nos casos em que se discute a isenção de prestação de garantias (cf. n.º 4 do art.
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 106
52.º da LGT), ou da idoneidade da garantia (cf. n.º 2 do art. 52.º da LGT) quando como tal é oferecida a
penhora de quotas de sociedade (sendo que estamos perante situações que geram elevada litigância no
seio da reclamação de atos do órgão de execução, art. 276.º CPPT, pr ocesso de tramitação urgente),
terão lugar workshops sobre análise financeira e avaliação de empresas e partes sociais.
Áreas de elevada complexidade científica são ainda a do direito fiscal internacional e a do direito
fiscal europeu, sendo que cada vez com maior frequência os juízes tributários são chamados a dirimir
conflitos de elevada dificuldade, que pressupõem conhecimentos profundos nestas áreas. Para cada
uma destas áreas, serão igualmente realizadas sessões de trabalho (workshop) com especialistas .
1.º Trimestre
1.ª Semana - 06 a 10 de outubro
- Apresentação dos participantes, programa, objetivos e metodologia.
2.ª Semana - 13 a 17 de outubro
- Princípios jurídicos-constitucionais da tributação. Análise de jurisprudência. Discussão de
um caso prático.
3.ª semana - 20 a 24 de outubro
- Interpretação, integração e eficácia do direito fiscal. Análise de jurisprudência. Discussão
de um caso prático.
4.ª semana - 27 a 31 de outubro
- Procedimento tributário. Garantias (não contenciosas) dos contribuintes. Meios de prova
no procedimento. O princípio da impugnação unitária. Análise de jurisprudência.
Discussão de um caso prático.
5.ª semana - 03 a 07 de novembro
- O processo de execução fiscal. Natureza e consequências. A distribuição de competências
entre o órgão de execução e o do juiz. Incidente de entrega do bem. A tramitação da
execução: as nulidades. A garantia: isenção e garantia “idónea”. A indemnização por
garantia indevida e pela caducidade da garantia. Análise de jurisprudência. Discussão de
um caso prático.
6.ª semana - 10 a 14 de novembro
- A tramitação do processo de execução fiscal (continuação) Os incidentes da execução
fiscal.
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 107
7.ª semana - 17 a 21 de novembro
- O contencioso tributário: natureza e princípios gerais. Os poderes do juiz. Discussão de
casos práticos.
8.ª semana - 24 a 28 de novembro
- Personalidade, capacidade, legitimidade e competência. Exercício: decisão de incidente de
incompetência; despachos de convite ao aperfeiçoamento.
9.ª semana - 01 a 05 de dezembro
- A impugnação judicial. Fundamentos. Controlo l iminar. Elaboração de um despacho
liminar.
10.ª semana - 09 a 12 de dezembro
- Impugnação judicial. Tramitação. O processo administrativo. A instrução (prova).
Requisitos da apensação. Elaboração de despachos sobre requerimentos de pr ova. Os
incidentes (remissão).
11.ª semana - 15 a 19 de dezembro
- Impugnação judicial. A sentença. Questão da divisibil idade do ato e da sentença de
procedência parcial. Valor da causa. Exercícios: sentença e despacho de decisão de
reclamação da conta.
2.º Trimestre
12.ª semana - 05 a 09 de janeiro
- As providências cautelares no processo tributário.
13.ª semana - 12 a 16 de janeiro
- Os incidentes da execução fiscal em especial: a reclamação de atos, os embargos, a
anulação de venda. Reclamação da graduaçã o de créditos.
14.ª semana - 19 a 23 de janeiro
- A oposição à execução: fundamentos e tramitação.
15.ª semana - 26 a 30 de janeiro
- A oposição à execução (cont.). Elaboração de um despacho de convite à convolação.
16.ª semana - 02 a 06 de fevereiro
- Ineficácia da liquidação e caducidade do direito à l iquidação.
Centro de Estudos Judiciários
Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 108
17.ª semana - 09 a 13 de fevereiro
- A prescrição das obrigações tributárias.
18.ª semana - 16 a 20 de fevereiro
- Ação administrativa especial, outros meios processuais acessórios e execução de julgados.
Especificidades e remissão. Intimação para um comportamento e ação para o
reconhecimento de um direito.
19.ª semana - 23 a 27 de fevereiro
- Processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário. Recurso da decisão de
avaliação da matéria coletável pelo método indireto.
20.ª semana - 16 a 20 de março
- O recurso de contraordenação.
21.ª semana - 23 a 27 de março
- Recursos jurisdicionais e a execução de sentença no contencioso tributário.
3.º Trimestre
22.ª semana - 07 a 10 de abril
- Direito tributário internacional
23.ª semana - 13 a 17 de abril
- Direito tributário europeu.
24.ª semana - 20 a 24 de abril
- Imposto, taxas e as contribuições especiais. Definição e figuras afins. O regime das taxas
locais. As contribuições para a segurança social.
25.ª semana - 27 a 30 de abril
- O IRS. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e l iquidação. Caducidade
do direito à l iquidação.
26.ª semana - 04 a 08 de maio
- IRS (continuação).
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27.ª semana - 11 a 15 de maio
- IRC. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e l iquidação. Caducidade do
direito à l iquidação.
28.ª semana - 18 a 22 de maio
- IRC (continuação). Regimes especiais: regime especial de tributação de grupos de
empresas e regime especial das fusões, cisões, entrada de ativos e permuta de partes
sociais. Cláusulas especiais antiabuso.
29.ª semana - 25 a 29 de maio
- IVA Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e l iquidação. Isenções.
30.ª semana - 01 a 05 de junho
- IVA (continuação).
31.ª semana - 08 a 12 de junho
- IVA nas transações intracomunitárias. Incidência, determinação da matéria coletável e
l iquidação. Isenções.
32.ª semana - 15 a 19 de junho
- IMI. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e l iquidação. Isenções.
33.ª semana - 22 a 26 de junho
- IMT. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e l iquidação. Isenções.
34.ª semana - 29 de junho a 03 de julho
- Direito aduaneiro
35.ª semana - 06 a 10 de julho
- Impostos especiais
36.ª semana - 13 a 17 de julho
- Síntese e balanço final.
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Sessões de trabalho (workshops)
Enquadramento
Atendendo a que na área tributária a resolução dos problemas com que se confrontam os juízes
apelam frequentemente à interdisciplinaridade e cruzamento com outras áreas do saber, serão
organizadas sessões de trabalho (workshops) conduzidas por especialistas nas áreas de maior
complexidade/tecnicidade.
Estas sessões destinam-se a apoiar e aprofundar as sessões da formação inicial que serão dadas
na área tributária, quer na componente da especialidade, no respeitante aos regimes jurídicos dos
impostos e direito aduaneiro e contencioso aduaneiro, quer na componente profissional.
Estas sessões de trabalho poderão vir a realizar-se no 2º Ciclo, mediante convite a docentes
externos.
Sessão de trabalho (workshop) sobre IRS
Objetivos
Dar a conhecer aos auditores o procedimento concreto de liquidação do imposto e equações
fundamentais subjacentes, e familiarizar os mesmos com o conteúdo, regras e modo de
preenchimento da correspondente declaração fiscal.
Metodologia
Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos,
seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) e se possível,
realização de um exercício prático.
Duração
6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia)
Programa
Rendimentos sujeitos ao imposto (trabalho dependente e pensões)
Deduções à coleta e benefícios fiscais
Despesas de saúde e de educação
Determinação da matéria coletável
Taxas
Liquidação e cobrança
O preenchimento da declaração anual de IRS
Exercício prático
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Sessão de trabalho sobre IRC
Objetivos
Dar a conhecer aos auditores o procedimento concreto de autoliquidação do imposto e
equações fundamentais subjacentes, e familiarizar os mesmos com o conteúdo, regras e
modo de preenchimento das correspondentes declarações fiscais.
Metodologia
Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos,
seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) e se possível,
realização de um exercício prático.
Duração
6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia)
Programa
Do resultado contabilístico ao resultado tributável:
Variações patrimoniais positivas e negativas não refletidas no resultado líquido do exercício
Gastos contabilísticos que não aceites como gastos em termos fiscais
Rendimentos contabilísticos que não aceites como rendimentos em termos fiscais
Determinação do resultado tributável (quadro 07 do Modelo 22)
Do lucro tributável à matéria coletável:
Regimes de taxas
Prejuízos fiscais dedutíveis
Benefícios fiscais
Determinação da matéria coletável
Da matéria coletável ao Imposto a pagar:
Imposto às taxas normal e reduzida
Determinação da coleta
Deduções a efetuar:
Dupla tributação económica
Dupla tributação internacional
Contribuição autárquica
Benefícios fiscais
Pagamento especial por conta
Determinação do IRC liquidado
Retenções na fonte
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Pagamentos por conta
Determinação do IRC a pagar (ou a recuperar)
IRC de exercícios anteriores
Derrama
Tributações autónomas
Juros compensatórios
Juros de mora
Determinação do total a pagar (ou a recuperar)
Preenchimento da declaração modelo 22 de IRC, em particular do respetivo quadro 07
Sessão de trabalho sobre IVA
Objetivos
Dar a conhecer aos auditores o procedimento concreto de liquidação do imposto e equações
fundamentais subjacentes, e familiarizar os mesmos com o conteúdo, regras e modo de
preenchimento das correspondentes declarações fiscais.
Metodologia
Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos,
seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) e se possível,
realização de um exercício prático.
Duração
6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia)
Programa
Determinação da matéria coletável
Taxas
Liquidação e cobrança
O preenchimento das declarações de IVA
Exercício prático
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Sessão de trabalho sobre análise financeira
Objetivos
Permitir compreender os juízos técnicos densificadores dos conceitos de “prejuízo
irreparável” e de “manifesta falta de meios económicos” nos casos em que se discute a
isenção de prestação de garantias (cf. n.º 4 do art. 52.º da LGT) oferecidas por empresas.
Metodologia
Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos,
seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas)
Duração
6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia)
Programa
Enquadramento: o papel da análise financeira
A análise da situação da empresa a partir dos seus demonstrativos financeiros:
Análise ao equilíbrio financeiro
Análise ao desempenho (ou rendibilidade)
Análise aos fluxos monetários
Conclusões
Casos práticos
Sessão de trabalho sobre avaliação de empresas e partes sociais
Objetivos
Permitir compreender os juízos técnicos densificadores do conceito de idoneidade da garantia
(cf. n.º 2 do art. 52.º da LGT) quando como tal é oferecida a penhora de quotas de sociedade.
Metodologia
Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos,
seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas)
Duração
6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia)
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Programa
Contexto(s) em que se revela necessário avaliar uma empresa ou partes sociais (ações ou
quotas)
Definição e tipos de valor atribuíveis a uma empresa (valor dos l ivros, valor de mercado, valor
intrínseco/justo valor, valor de liquidação, valor de uma empresa em continuidade
operacional)
Trabalhos preparatórios de avaliação
Métodos de avaliação:
- Tradicionais
- Com base em fluxos de caixa descontados (“discounted cash flows”). Determinação da
taxa de desconto a util izar.
- Com base no EBITDA mais a Dívida Líquida
- Com base em indicadores do valor da ação no mercado de capitais (“PER – Price Earnings
Ratio”, dividendo por ação/ “dividend yield” e o rácio preço/ “cash -flow”)
Conclusões
Casos práticos
Sessão de trabalho sobre direito fiscal internacional
Objetivos
Permitir aos auditores aprofundar os conhecimentos nesta matéria, de grande complexidade
técnica, através de uma abordagem eminentemente prática.
Metodologia
Sessão de trabalho, com exposição pelo especialista convidado ilustrada por exemplos,
seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas)
Duração
6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia)
Tema a trabalhar
A residência no direito internacional fiscal.
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Sessão de trabalho sobre direito fiscal europeu
Objetivos
Permitir aos auditores aprofundar os conhecimentos nesta matéria, de grande complexidade
técnica, através de uma abordagem eminentemente prática.
Metodologia
Sessão de trabalho, com exposição pelo especialista convidado ilustrada po r exemplos,
seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas)
Duração
6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia)
Tema a trabalhar
A tributação direta na jurisprudência do Tribunal de Justiça do TJCE.
Sessão de trabalho sobre a tramitação pela administração tributária do processo de
execução fiscal
Objetivos
Familiarizar os auditores com a tramitação pela AT do processo de execução fiscal, de modo a
permitir a correta compreensão/interpretação do respetivo processo documental.
Metodologia
Demonstração prática e i lustrada com exemplos dos vários passos seguidos, atos praticados e
documentos produzidos pela AT na tramitação em concreto dos processos de execução fiscal,
compreendendo a apresentação do modo de funcionamento das várias bases de dados (p. ex.
de pesquisa de património dos sujeitos passivos) e sistemas informáticos (p. ex. de penhoras
automáticas) de que a AT se socorre para o efeito.
Duração
3 horas (manhã ou tarde de um dia)
Tema a trabalhar
A tramitação do processo de execução fiscal pela AT.
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3.2.3. Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade Civil e Direito Processual Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado
Atentar-se-á num modelo de processo civil assente num postulado da confiança, construído a
partir de uma ética de responsabilidade social, tributando-a a quem dirige o processo e a quem, em
cada momento, no âmago do sistema, dele prestará contas: o juiz.
A abordagem e a discussão dos temas e das questões problemáticas do direito civil, com especial
enfoque na matéria dos contratos e na responsabilidade civil, devem ser equacionadas em sintonia com
a sequência da marcha do processo comum, partindo-se de um plano adjetivo para o tratamento de
situações concretas com incursão nos temas do direito substantivo.
Na resolução oral dos casos práticos e na simulação escrita das decisões apelar se á aos institutos
de direito civil substantivo, no domínio dos contratos e da responsabilidade civil, sendo de con siderar,
neste particular, os seguintes conteúdos temáticos :
Quanto ao direito dos contratos
Noção e tipos de contratos
Pressupostos do contrato
Estrutura do contrato (vontade e declaração)
Conteúdo do contrato (formação e elementos do conteúdo)
Eficácia do contrato
Extinção do contrato
Quanto à responsabilidade civil
Responsabilidade delitual, contratual e pré-contratual
Responsabilidade subjetiva e objetiva
Responsabilidade por facto il ícito e por facto lícito
Pressupostos da responsabilidade
Obrigação de indemnizar
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PRIMEIRO TRIMESTRE
Objetivos
Delimitação do âmbito e enquadramento da justiça cível no ordenamento jurídico;
Assimilação dos princípios estruturantes do processo civil e das suas l inhas sistemáticas;
Domínio dos diversos modos de tutela cível;
Delimitação dos tipos de jurisdição;
Análise da tipologia das ações;
Domínio da marcha do processo declarativo, nas suas fases essenciais e atos processuais;
Apreciação da validade e eficácia dos atos processuais;
Análise da função e do conteúdo da petição inicial e da causa de pedir;
Compreensão da intervenção liminar do juiz;
Delimitação dos termos e formas de citação em geral e apreciação dos efeitos da revelia;
Apreciação da natureza, função, conteúdo e regime processual dos articulados;
Apreensão sistemática da dinâmica do processo civil e dos termos do início, desenvolvimento,
vicissitudes e extinção da instância;
Aquisição e desenvolvimento de competências em matéria de modificações objetivas e subjetivas
da instância.
Calendarização
1.ª Semana – 6 a 10 de outubro de 2014 (1 UL)
- Apresentação
- Âmbito e enquadramento da justiça cível
- Princípios e l inhas sistemáticas do processo civil (I)
2.ª Semana – 13 a 17 de outubro de 2014 (1 UL)
- Princípios e l inhas sistemáticas do processo civil (II)
3.ª Semana – 20 a 24 de outubro de 2014 (1 UL)
- Modos de tutela cível
- Tipos de jurisdição
- Espécies de ações consoante o fim
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4.ª Semana – 27 a 31 de outubro de 2014 (1 UL)
- A dinâmica processual civil
- A instância: início, suspensão e extinção
- Atos processuais:
o Regime geral
o Validade e eficácia
5.ª Semana – 3 a 7 de novembro de 2014 (1 UL)
- Petição inicial – função, conteúdo
- O pedido e a causa de pedir
o Ações baseadas em obrigações emergentes de contratos
o Ações de indemnização por responsabilidade civil
6.ª Semana – 10 a 14 de novembro de 2014 (1 UL)
- Apresentação, recebimento, recusa da petição inicial
- Vícios da petição inicial
- A intervenção liminar do juiz
7.ª Semana – 17 a 21 de novembro de 2014 (1 UL)
- Citação
- Revelia
- Contestação
- Reconvenção
- Réplica
- Articulados supervenientes
8.ª Semana – 24 a 28 de novembro de 2014 (1 UL)
- Modificações objetivas e subjetivas da instância (I)
9.ª Semana – 1 a 5 de dezembro de 2014 (2 UL)
- Exercitação escrita
10.ª Semana – 8 a 12 de dezembro de 2014 (1 UL)
- Modificações objetivas e subjetivas da instância (II)
11.ª Semana – 15 a 19 de dezembro de 2014 (1 UL)
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- Discussão e correção do exercício escrito
SEGUNDO TRIMESTRE
Objetivos
Intuição do papel do juiz como gestor do processo;
Apreensão do conceito de gestão inicial do processo e sua aplicação prática, designadamente no
despacho liminar e no despacho pré-saneador;
Perceção da função primordial da audiência prévia, atos a praticar e termos da concretização da
gestão processual nesta fase;
Conhecimento da técnica de saneamento do processo e de aferição dos pressupostos processuais e
sua exercitação prática;
Análise das exceções dilatórias e das exceções perentórias;
Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova e sua concretização prática;
Capacidade de apreciação da problemática da prova, analisando os diversos meios probatórios, nas
perspetivas do direito nacional e do direito europeu;
Domínio da temática dos acidentes de viação dos prismas adjetivo e substantivo.
Calendarização
12.ª Semana – 5 a 9 de janeiro de 2015 (1 UL)
- Gestão inicial do processo: despacho liminar e despacho pré-saneador
13.ª Semana – 12 a 16 de janeiro de 2015 (1 UL)
- Despacho saneador:
o Pressupostos processuais
o Exceções dilatórias
14.ª Semana – 19 a 23 de janeiro de 2015 (1 UL)
- Saneador-sentença
- Exceções perentórias
15.ª Semana – 26 a 30 de janeiro de 2015 (2 UL)
- Exercitação escrita
16.ª Semana – 2 a 6 de fevereiro de 2015 (1 UL)
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- Audiência prévia
17.ª Semana – 9 a 13 de fevereiro de 2015 (1 UL)
- Discussão e correção do exercício escrito
- Simulação de audiência prévia
18.ª Semana – 16 a 20 de fevereiro de 2015 (1 UL)
- Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova
o Casos relacionados com obrigações emergentes de contratos
19.ª Semana – 23 a 27 de fevereiro de 2015 (1 UL)
- Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova
o Casos de responsabilidade civil
20.ª Semana – 2 a 6 de março de 2015 (2 UL)
- Exercitação escrita
21.ª Semana – 9 a 13 de março de 2015 (1 UL)
- A prova (I)
22.ª Semana – 16 a 20 de março de 2015 (1 UL)
- Discussão sobre o trabalho escrito
- A prova (II)
23.ª Semana – 23 a 27 de março de 2015 (1 UL)
- A responsabilidade civil por acidentes de viação
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TERCEIRO TRIMESTRE
Objetivos
Domínio das regras, trâmites e vicissitudes da audiência final, com especial abordagem das
temáticas da psicologia do testemunho e da ética judiciária;
Capacidade de seleção da matéria de facto e de avaliação da prova;
Concretização dos elementos integradores da sentença;
Análise dos vícios da sentença e compreensão da matéria dos recursos;
Estudo do procedimento de injunção e subsequente ação declarativa;
Conhecimento da tramitação dos procedimentos cautelares e da figura inovatória da inversão do
contencioso;
Análise dos títulos executivos, da tramitação da ação executiva e dos seus incidentes;
Domínio dos embargos de executado e da oposição à penhora;
Aquisição e desenvolvimento de conhecimentos no âmbito do contencioso dos contratos de
locação financeira, de compra e venda com reserva de propriedade e de factoring.
Calendarização
24.ª Semana – 6 a 10 de abril de 2015 (1 UL)
- Audiência final
25.ª Semana – 13 a 17 de abril de 2015 (1 UL)
- Audiência final – simulação
26.ª Semana – 20 a 24 de abril de 2015 (1 UL)
- Sentença, em particular a decisão sobre a matéria de facto (I)
27.ª Semana – 27 de abril a 1 de maio de 2015 (1 UL)
- Sentença (II)
- Exercitação escrita a elaborar em prazo a definir
4 a 8 de maio de 2015 - Semana Intercalar
28.ª Semana – 11 a 15 de maio de 2015 (1 UL)
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Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 122
- Vícios da sentença
- Recursos
29.ª Semana – 18 a 22 de maio de 2015 (1 UL)
- O procedimento da injunção e a subsequente ação declarativa
30.ª Semana – 25 a 29 de maio de 2015 (1 UL)
- Procedimentos cautelares
31.ª Semana – 1 a 5 de junho de 2015 (1 UL)
- Ação Executiva (I)
32.ª Semana – 8 a 12 de junho de 2015 (1 UL)
- Ação Executiva (II)
33.ª Semana – 15 a 19 de junho de 2015 (2 UL)
- Exercitação escrita
34.ª Semana – 22 a 26 de junho de 2015 (1 UL)
- Contencioso derivado de contratos de locação financeira, de compra e venda com reserva de
propriedade e de factoring.
35.ª Semana – 29 de junho a 3 de julho de 2015
- Discussão e correção dos exercícios escritos
36.ª Semana – 6 a 10 de julho de 2015 (1 UL)
- Síntese e balanço final