relatório de atividades 2016-2017 - cej - centro de

98

Upload: others

Post on 21-Oct-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de
Page 2: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Título: Relatório de Atividades 2016-2017

Autor: Centro de Estudos Judiciários

Ano de Publicação: 2017

Centro de Estudos Judiciários

Largo do Limoeiro

1149-048 Lisboa

[email protected]

Page 3: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 3

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 7

1.1. Aspetos gerais ....................................................................................................................................................... 7

1.2. Formação inicial ................................................................................................................................................... 8

1.2.1. Primeiro ciclo .......................................................................................................................................... 8

1.2.2. Segundo ciclo ........................................................................................................................................... 9

1.2.3. Estágio de ingresso ............................................................................................................................... 10

1.3. Prestígio social e abertura ao exterior............................................................................................................. 10

1.4. Divulgação externa ............................................................................................................................................ 11

1.4.1. A página do CEJ ................................................................................................................................... 13

1.5. Formação contínua ............................................................................................................................................ 14

1.6. Parcerias com entidades externas .................................................................................................................... 15

2. FORMAÇÃO INICIAL DE MAGISTRADOS.............................................................................. 19

2.1. Fase teórico-prática (primeiro ciclo) ............................................................................................................... 19

2.1.1. Primeiro Ciclo do 32.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais ........ 20

2.1.1.1. Destinatários e início das atividades ........................................................................................ 20

2.1.1.2. Organização por matérias e áreas............................................................................................. 21

2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias ..................................................... 25

2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos tribunais ...................................................................................... 28

2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro ciclo do 32.º Curso .............................................................. 28

2.1.2. Primeiro Ciclo do 4.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais ..................................................................................................................... 29

2.1.2.1. Destinatários e início das atividades ........................................................................................ 29

2.1.2.2. Organização por matérias e áreas............................................................................................. 30

2.1.2.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias ..................................................... 30

2.1.2.4. Estágios intercalares junto dos tribunais ................................................................................ 33

2.1.2.5. Avaliação sumária do primeiro ciclo do 4.º curso TAF ....................................................... 34

Page 4: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 4

2.2. Estágios ................................................................................................................................................................ 34

2.2.1. Magistratura Judicial ............................................................................................................................. 34

2.2.2. Magistratura do Ministério Público ................................................................................................... 35

3. FORMAÇÃO CONTÍNUA ........................................................................................................... 37

3.1. Breve nota introdutória ..................................................................................................................................... 37

3.2. Ações de formação contínua previstas e realizadas, por tipologia ............................................................ 37

3.3. Ações de formação contínua realizadas, por jurisdição e tipologia .......................................................... 39

3.4. Inscrições e presenças – Juízes e Magistrados do Ministério Público ...................................................... 39

3.5. Locais de realização das ações de formação contínua ................................................................................. 44

3.6. Publicação de livros digitais - e-books .............................................................................................................. 45

3.7. Formação contínua - em síntese ..................................................................................................................... 48

4. DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ...................................................... 51

4.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 51

4.2. Estrutura e organização interna ....................................................................................................................... 52

4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária .......................................................................................................... 53

4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ ......................................................................................................... 53

4.3.2. Grupos ‘Programas’ e ‘Metodologias’; Sub-Grupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal, ‘Direitos

Humanos’ e ‘Linguística’ ’ ................................................................................................................... 53

4.3.3. Concurso Thémis.................................................................................................................................. 54

4.3.4. Catálogo Plus .......................................................................................................................................... 54

4.3.5. Programa de intercâmbios (Exchange Programme) ............................................................................. 55

4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação ...................................................................................... 56

4.4. Países de Língua Portuguesa ............................................................................................................................ 57

4.4.1. Brasil........................................................................................................................................................ 58

4.4.2. Outros países da CPLP ........................................................................................................................ 58

4.5. Atividades bilaterais ........................................................................................................................................... 60

4.5.1. Escolas espanhola e francesa .............................................................................................................. 60

4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA) ............................................................................................... 60

4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras .......................................................................................... 61

Page 5: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 5

5. GABINETE DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS ................................................................................ 63

5.1. Recursos humanos ............................................................................................................................................. 63

5.2. Atividade desenvolvida ..................................................................................................................................... 63

5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios ............................................................................... 64

5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados ............................................................................. 65

5.2.3. Atividades sociais e culturais ............................................................................................................... 66

5.2.4. Comunicação institucional e imagem ................................................................................................ 68

5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades .................................................................................... 71

6. DIVISÃO DO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO ..................................................................... 73

6.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 73

6.2. Vertente Arquivo ............................................................................................................................................... 73

6.2.1. Gestão do arquivo ................................................................................................................................ 74

6.2.2. Apoio aos utilizadores .......................................................................................................................... 74

6.3. Vertente Biblioteca ............................................................................................................................................ 75

6.3.1. Gestão do fundo documental ............................................................................................................. 75

6.3.1.1. Aquisições de publicações (1-9-2016 a 31-8-2017) ............................................................... 75

6.3.1.2. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de dados .... 78

6.3.1.3. Abate e reparações de documentos ......................................................................................... 78

6.3.2. Apoio aos Utilizadores......................................................................................................................... 79

6.3.2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos .............................. 79

6.3.2.2. Quadro de movimento de utilizadores por grupo - pedidos de consulta e

empréstimo de documentos ...................................................................................................... 79

6.3.2.3. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos em empréstimos

interbibliotecas (EIB) ................................................................................................................. 79

6.3.2.4. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalização de documentos......... 80

6.3.2.5. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas .......................................... 80

6.4. Qualidade dos serviços ..................................................................................................................................... 80

6.4.1. Recolha e tratamento de informação estatística .............................................................................. 80

6.4.2. BiblioNet .................................................................................................................................................. 80

6.5. Gestão de publicações ....................................................................................................................................... 81

6.6. Outras atividades ................................................................................................................................................ 81

Page 6: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 6

6.7. Infraestruturas .................................................................................................................................................... 82

6.8. Recursos humanos ............................................................................................................................................. 83

7. DEPARTAMENTO DE APOIO GERAL .................................................................................... 85

7.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 85

7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos estatutos do CEJ .............................................................................. 86

7.2.1. Área de recursos humanos e expediente .......................................................................................... 86

7.2.2. Área de Contabilidade .......................................................................................................................... 87

7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública ..................................................................................... 88

7.2.3.1. Área patrimonial .......................................................................................................................... 88

7.2.3.2. Contratação pública .................................................................................................................... 89

7.2.4. Apoio Jurídico ....................................................................................................................................... 89

7.2.4.1. Apoio jurídico .............................................................................................................................. 89

7.2.4.2. Apoio geral ................................................................................................................................... 92

7.3. Outras atividades ................................................................................................................................................ 93

7.4. Divisão de Informática e Multimédia ............................................................................................................. 94

7.4.1. Informática............................................................................................................................................. 94

7.4.2. Multimédia ............................................................................................................................................. 95

Page 7: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 7

1. Introdução

1.1. Aspetos gerais

[1] O Relatório Anual de Atividades que

se apresenta para apreciação, projeta-se como

uma prestação de contas da execução do Plano

Anual de Atividades de 2016-2017 do Centro de

Estudos Judiciários, em face do preceituado nos

artigos 94.º, nº 4, alínea e), e 97.º, n.º 5, alínea a),

da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.

Na linha de anteriores relatórios, releva

considerar os termos da execução dos eixos

estruturantes do Projeto Estratégico do Centro de

Estudos Judiciários: restaurar o prestígio e a

credibilidade do CEJ, nos quais se inserem:

reforçar a identidade do CEJ como escola de

formação; abrir o CEJ ao exterior; contribuir para

a confiança nos tribunais e na legitimidade do

poder judicial; apostar na complementaridade das

profissões jurídicas; definir um projeto

pedagógico coerente, assente nas virtualidades do

e-b-learning; cultivar o caráter e a independência

de espírito.

Na sua estrutura, o Relatório de Atividades

integra as partes que, a seguir se enunciam, que

correspondem, no essencial, às áreas

fundamentais das atribuições do Centro de

Estudos Judiciários:

1. Introdução

2. Formação Inicial

3. Formação Contínua

4. Departamento de Relações Internacionais

5. Gabinete de Estudos Judiciários

6. Divisão do Centro de Documentação

7. Departamento de Apoio Geral

[2] À luz do preceituado na Lei Orgânica

do Ministério da Justiça, o Centro de Estudos

Judiciários é uma estrutura do Ministério da

Justiça, com a missão de formação profissional de

juízes, magistrados do Ministério Público,

assessores dos tribunais e outros profissionais da

Page 8: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 8

justiça, para além de estabelecer relações de

cooperação e desenvolver estudos e investigações

(Artigos 7.º, alínea a), e 18.º do Decreto-Lei n.º

123/2011, de 26 de dezembro).

Essas atribuições são desenvolvidas na Lei

do CEJ (Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro), que

estabelece o quadro orgânico próprio para o seu

cumprimento: a) O diretor; b) O conselho geral;

c) O conselho pedagógico; d) O conselho de

disciplina.

[3] No período 2016-2017 foram

assumidas as seguintes prioridades:

▪ Formação inicial: o novo plano de

estudos para o 1.º Ciclo da Formação

Inicial (32.º Curso Normal de

Formação para os Tribunais Judiciais

▪ Formação Inicial: o novo plano de

estudos para o 1.º ciclo do 4.º Curso

para os Tribunais Administrativos e

Fiscais

▪ Estágio de Ingresso (31.º Curso de

Formação Normal para os Tribunais

Judiciais e 3.º Curso de Formação para

os Tribunais Administrativos e Fiscais

▪ Realização integral do Plano de

Formação Contínua, aprovado pelo

Conselho Geral

▪ Conclusão do programa de publicações

referentes ao plano de formação

contínua

▪ Consolidação do modelo formativo e-b-

learning

▪ Preparação da formação dos futuros

magistrados do Ministério Público de

Cabo Verde

▪ Organização e conclusão do Curso de

formação específico para o exercício

de funções de presidente do tribunal,

de magistrado do Ministério Público

coordenador e de administrador

judiciário previsto nos artigos 97.º,

102.º e 107.º da Lei n.º 62/2013, de 26

de agosto.

1.2. Formação inicial

1.2.1. Primeiro Ciclo

[4] A formação inicial de Magistrados para

os tribunais judiciais compreende um curso de

formação teórico-prática, organizado em dois

ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso, sendo

que o primeiro ciclo desse curso se realiza na sede

do CEJ, com a ressalva dos estágios intercalares

de curta duração, que decorrem nos tribunais – tal

como se estabelece nos n.os 1 e 2 do artigo 30.º da

Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.

Em 12 de fevereiro de 2016, foram

abertos dois concursos para ingresso em dois

Page 9: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 9

novos cursos de formação de magistrados,

respetivamente para os Tribunais Judiciais e para

os Tribunais Administrativos e Fiscais.

Findos os concursos, o primeiro ciclo do

32.º Curso de formação de futuros Magistrados

para os Tribunais Judiciais decorreu entre 15 de

setembro de 2016 e 15 de julho de 2017. Tratou-

se de um curso destinado a preencher um total de

84 vagas, sendo 28 na magistratura judicial e 56 na

magistratura do Ministério Público.

Do mesmo modo, o primeiro ciclo do 4.º

Curso de formação teórico-prática de futuros

Magistrados para os Tribunais Administrativos e

Fiscais decorreu entre 15 de setembro de 2016 e

15 de julho de 2017. O curso teve um total de 42

vagas.

[5] Recorde-se que para responder às

necessidades de formação destes dois cursos, em

Julho de 2016, o CEJ selecionara, por

procedimento concursal, 6 novos docentes, todos

a tempo inteiro, e convidou dois outros, um para

a jurisdição do Trabalho e da Empresa na

sequência de deserção do procedimento quanto à

jurisdição em causa, e uma magistrada da

jurisdição administrativa e fiscal, para exercício de

funções a tempo parcial e em acumulação nesse

domínio.

Os sete docentes a tempo inteiro eram

originários da magistratura judicial (3, sendo dois

para a área penal e um para a área civil) e do

Ministério Público (4, um para cada uma das

jurisdições – Civil, Penal, Família e Crianças e

Trabalho).

Note-se que ainda este ano – em Junho de

2017 - e para assegurar as acrescidas necessidades

de formação do 33.º Curso de formação teórico-

prática de futuros Magistrados para os Tribunais

Judiciais, que iniciou funções em 15 de setembro

de 2017, o CEJ selecionou, por procedimento

concursal, mais duas novas docentes a tempo

inteiro, tendo convidado quatro outros

magistrados a desempenhar funções docentes a

tempo parcial, e em acumulação de funções, dois

para a Jurisdição Penal, um para a Jurisdição de

Família e um para a Jurisdição do Trabalho e da

Empresa, todos da Magistratura do Ministério

Público.

Fez também entrar no seu corpo de

docentes duas magistradas que tinham ficado

graduadas como suplentes no procedimento

concursal de 2016, uma – Juíza - para a Jurisdição

Civil e outra – Procuradora da República – para a

Jurisdição Penal.

As duas docentes a tempo inteiro são

originárias da magistratura judicial (um para a

Jurisdição de Família e das Crianças e outro para a

Jurisdição do Trabalho).

1.2.2. Segundo Ciclo

[6] Durante o período temporal a que se

reporta este Relatório de atividades, não

decorreram atividades de formação do 2.º Ciclo

nos tribunais.

Page 10: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 10

1.2.3. Estágio de ingresso

[7] Orientações

A preparação do estágio foi feita em

especial pelos diretores-adjuntos de cada uma

das magistraturas, com a colaboração de

coordenadores regionais.

Magistratura judicial

No período a que se refere o presente

Relatório, e seguindo o manual de Organização

do 2.º Ciclo, o Guia de Boas Práticas respetivo e

o Guia de Estágio do 3.º Curso TAF, que

continuaram a ser documentos inovadores na

história do CEJ, estiveram em estágio 18 juízes

oriundos do 31.º Curso de Formação para os

Tribunais Judiciais e 39 juízes oriundos do 3.º

Curso para os Tribunais Administrativos e

Fiscais, tendo todos concluído com sucesso o

seu estágio.

Magistratura do Ministério Público

Do mesmo modo, e nos termos

explicitados no respetivo Manual de Estágios, no

que se refere ao Ministério Público, estiveram

em estágio 20 Procuradores-Adjuntos oriundos

do 31.º Curso para os Tribunais Judiciais.

Este estágio veria a sua duração

encurtada em 6 meses por força do disposto no

artigo 2.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 23/2017, de

23 de fevereiro, tendo terminado, por isso, em

28 de fevereiro de 2017, ao invés da data

inicialmente prevista de 31 de agosto de 2017.

Não se verificou nenhuma situação de

exclusão neste ciclo final de estudos tendo, não

obstante, sido proposta a manutenção integral

do período normal de estágio relativamente a um

procurador-adjunto estagiário, ou seja até 31 de

agosto de 2017, a qual viria a ser homologada

pelo Conselho Pedagógico na sua reunião de 16

de fevereiro de 2017. Também esse estágio

decorreu com sucesso, tendo o referido

estagiário sido subsequentemente nomeado em

efetividade de funções.

1.3. Prestígio social e abertura ao exterior

[8] Constitui umas das preocupações

principais do CEJ a sua abertura ao exterior,

condição fundamental para o seu prestígio e

reconhecimento social.

De modo sintético, e a par de parcerias

estratégicas que se constituíram e outras já

estabelecidas e que se mantiveram, da

preocupação com a transparência de

procedimentos, continuou a produção e

publicação de diversos materiais formativos, com

relevância e interesse para todas as profissões

jurídicas.

Neste contexto e no período em apreço,

releva salientar a realização de conferências e a

publicação de edições com a colaboração de

entidades externas, entre as quais se podem

destacar a Ordem dos Advogados, a Ordem dos

Notários, as Faculdades de Direito e o Conselho

Superior da Magistratura, e com outros

organismos do Ministério da Justiça (INPI,

DGAJ, DGPJ).

Page 11: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 11

[9] As Conferências do Centro de Estudos

Judiciários

As Conferências do Centro de Estudos

Judiciários têm-se imposto como ponto de cultura

e reflexão, tendo conquistado um espaço de

afirmação.

No cumprimento do Plano de Atividades

de 2016-2017, as Conferências do CEJ,

preparadas e dirigidas primordialmente para os

auditores de justiça, têm também conquistado

outros públicos da comunidade jurídica, nacional

e estrangeira, que as segue em direto, através do

canal CEJ.

Para além da divulgação em direto, as

mesmas encontram-se disponíveis on-line, em

http://www.cej.mj.pt/cej/estudos-e-

publica/conferencias.php, pela sua qualidade

excecional está em preparação, para edição em

livro, o conjunto das conferências realizadas

durante o ano.

1.4. Divulgação externa

[10] No período em apreço prosseguiu o

uso de metodologias inovadoras de formação

contínua de magistrados judiciais e do Ministério

Público, aqui incluindo a formação a distância,

mas também a disponibilização de ferramentas

relacionadas com o saber fazer específico dos

magistrados.

Tais metodologias são avançadas no plano

europeu, nas quais o CEJ tem intervenção e

participação assinalável, e sendo possíveis do

ponto de vista técnico e tecnológico, mercê das

parcerias estabelecidas.

Às solicitações significativas de ações de

formação transmitidas por videoconferência nem

sempre correspondeu uma pretendida qualidade

de receção da emissão em diversos locais, reflexo

dos problemas sofridos com a rede informática

do Ministério da Justiça.

O CEJ continuou a organizar muitas das

suas ações de formação em articulação com a

Justiça TV, aproveitando a parceria estabelecida

com esta entidade, embora, sempre que a

transmissão foi feita para os tribunais, com as

dificuldades de receção antes referidas.

No entanto, com o recurso a pen’s

adquiridas e disponibilizadas nas circunscrições

com maior número de presenças, tem-se logrado

obter qualidade de receção.

A experiência recolhida e a satisfação dos

resultados permitirão exportar a solução para

todas as demais circunscrições onde idênticas

carências se manifestam

Os elementos estatísticos mais relevantes

são descritos mais abaixo.

[11] A par da transmissão em direto para a

Internet, o CEJ iniciou em 2012 uma biblioteca de

recursos digitais, sendo hoje um dos mais

relevantes criadores de conteúdos de formação

jurídica em língua portuguesa.

A página de e-learning reflete o esforço que

tem vindo a ser feito (http://elearning.cej.mj.pt/).

Os dois gráficos seguintes mostram a

evolução havida do ano transato para este ano,

tendo evoluído significativamente o número de

acessos, quando, no ano anterior era de cerca de

um milhão de acessos todos os meses.

Page 12: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 12

Pela monitorização do CEJ aos acessos

pode compreender-se quais os temas que

interessam à comunidade jurídica ou que esta

procura na página, nela se incorporando

conteúdos gratuitos como um contributo de

relevo para a comunidade jurídica.

A produção de vídeos encontra-se

associada a livros digitais, que permitem ao leitor,

desde que tenha uma ligação à Internet, abrir de

imediato as conferências e outros recursos

multimédia a que pretende aceder.

Continuou a manter-se a possibilidade

oferecida aos consumidores das publicações

digitais do CEJ poderem optar pela visualização

em 3 suportes diferentes, Flash, Quicktime e iPod.

O esforço realizado é, portanto, o de adequar e

flexibilizar a oferta formativa de acordo com o

tipo de audiência, permitindo aos senhores

magistrados, advogados e outros profissionais

acompanharem as publicações do CEJ nos seus

computadores, tablets e telemóveis,

independentemente dos programas operativos.

Vídeos mais visualizados

Título do vídeo N.º de visua-

lizações

Direito da Família e das Crianças - Simulação

4944

A revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - Alteração da instância e convolação no Código de Processo nos Tribunais Administrativos

3659

A revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - Alterações ao contencioso pré-contratual

2798

A revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - A nova ação administrativa

2691

O Novo Código do Procedimento Administrativo

2341

Page 13: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 13

1.4.1. A página do CEJ

[12] A página Internet do CEJ, apesar de

obsoleta e das suas limitações técnicas, representa o

meio fundamental de divulgação das atividades

desenvolvidas e das publicações ali alojadas.

Através da página, editou-se periodicamente

um catálogo das publicações e disponibilizou-se a

publicação de uma agenda mensal, enviada pela

Internet e alojada igualmente na página do CEJ.

Manteve-se a padronização das séries de

publicações e das publicações conforme o modelo

definido e adotado em 2012, que vem sendo

seguido.

Uma consulta à página do CEJ assinala

milhares de visitas mensais, provenientes

maioritariamente de Portugal, mas também com

origem em diversos outros países, factos que podem

ser observados no mapa e nos gráficos abaixo,

comparando os valores homólogos de dois anos

seguidos

Se, como se referiu, não é possível, por

limitações técnicas, proceder ao descarregamento

de vídeos, os materiais formativos

disponibilizados são intensamente consultados e

descarregados, em qualquer das suas espécies, em

particular, os dossiês de formação, os guias

jurídicos, e manuais de formação.

Os instrumentos disponibilizados

privilegiam a divulgação do saber fazer específico

das magistraturas, mas sem esquecer o saber

académico, e a sua utilidade para outros

Page 14: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 14

profissionais do direito, em particular os

advogados.

No quadro seguinte, mostra-se o número

de descarregamento de e-books no período

considerado e idêntico valor para as mesmas

espécies no ano transato.

Os e-books são instrumentos de apoio aos

magistrados e à comunidade jurídica que o CEJ

tem acarinhado e desenvolvido, tendo concluído e

publicado na sua página na Internet, nesta ano, 42

e-books, todos de descarregamento gratuito.

Por último, releva destacar que o CEJ está

a trabalhar num projeto para a conceção,

preparação e execução de modernização

tecnológica de ferramentas indispensáveis ao

cumprimento das suas missões, onde se incluem,

além de um modelo de gestão documental, a

atualização da página da Internet, tornando-a mais

amigável na perspetiva do utilizador e mais

flexível do ponto vista do gestor e administrador.

Download de e-books (setembro de 2016 a agosto de 2017)

E-book N.º de

descar- regamentos

Direito Estradal 1702

Caderno I – O Novo Processo Civil – Contributos da doutrina para a compreensão do Novo Código de Processo Civil (2.ª Edição)

1376

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume I

1345

Caderno V – O Novo Processo Civil – Textos e Jurisprudência (Jornadas de Processo Civil – janeiro 2014 e Jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o novo CPC)

1151

Catálogo de Publicações do Centro de Estudos Judiciários (outubro de 2016)

1105

O Processo de Insolvência – Prontuário de decisões judiciais e peças processuais do Ministério Público – Volume I

1010

Direito Penal e Processual Penal (2012-2015)

989

Família e Crianças: As novas Leis - Resolução de questões práticas

988

Guia Prático do Novo Processo de Inventário – 2ª Edição

931

As Leis das Crianças e Jovens – Reforma de 2015

929

1.5. Formação contínua

[13] No âmbito da formação contínua, as

atividades programadas (78, 82 em 2016) foram

realizadas 72 (74 em 2016), nalguns casos

excecionais em datas diversas, deslizando-as no

Page 15: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 15

tempo, de modo a enquadrá-las no plano de

cursos de formação, como ocorreu com Comunicar

a Justiça, por ter sido incluída no Curso de

Formação Específico para o Exercício das

Funções de Presidente do Tribunal e de

Magistrado do Ministério Público Coordenador.

Das ações programadas cinco foram

adiadas, tendo ainda sido realizadas mais 3 ações

sobre matérias que se reputaram relevantes.

Continua a verificar-se uma discrepância

significativa entre os candidatos inscritos (10606,

6038, em 2016) e presentes 5849 (55,4%, por

comparação com 3435 – 56,9% - em 2016), como

os mapas relativos às aludidas ações melhor

demonstram, matéria a que o CEJ está atento e

que importa superar em articulação com os

Conselhos Superiores.

Importa ainda deixar uma nota do

resultado da avaliação dada pelos presentes a cada

ação, sendo em regra assinalada a pertinência e

qualidade das mesmas, e que, não obstante o

merecimento constitui fator estímulo para um

continuado melhor esforço da missão do CEJ

nesta área de intervenção.

[14] Prosseguiu a preparação de dossiês de

formação contínua, onde cada magistrado

interessado pode encontrar um conjunto vasto de

informações relativas a cada uma das matérias das

ações de formação: legislação nacional, europeia e

internacional; jurisprudência europeia;

jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos

do Homem; jurisprudência do Supremo Tribunal

de Justiça, do Supremo Tribunal Administrativo e

do Tribunal Constitucional; e estatísticas da

justiça.

A Plataforma e-learning do CEJ tem-se

constituído como o repositório das atividades

realizadas, com a consequente nota de uma

melhor disponibilização dos matérias e de um

benefício ambiental significativo, mercê da

eliminação do uso do papel em apresentações e

outros textos. Por outro lado, foi definida uma

metodologia de contacto direto do CEJ – através

dos seus docentes organizadores dos colóquios –

com os magistrados inscritos nas ações de

formação, para que estas correspondam aos reais

problemas e interesses formativos dos

magistrados em funções nos tribunais.

Os conteúdos formativos estão acessíveis

on-line, prosseguindo orientação já consolidada, de

modo a permitir a sua utilização por magistrados

que não possam assistir presencialmente às ações

de formação.

1.6. Parcerias com entidades externas

[15] Não ocorreram alterações

significativas no domínio das parcerias do CEJ

com entidades externas, pelo que se reproduz, no

essencial, o que se assinalou no ano transato.

Page 16: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 16

Prosseguiram os contactos de Governos e

conselhos superiores estrangeiros, em especial de

países de língua oficial portuguesa, com o CEJ

para ser a entidade formadora dos seus altos

quadros jurídicos e das magistraturas.

Neste âmbito assinalam-se os contactos e

projetos já desenvolvidos com instituições

similares de Macau, Moçambique, Timor, S.

Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Angola.

Com mais detalhe, serão assinalados no

local próprio as atividades desenvolvidas em

matéria de formação de magistrados dos PALOP,

Macau e Timor-Leste, sendo de destacar, pela

relevância, o Projeto de Apoio à Consolidação do

Estado de Direito nos PALOP e em Timor Leste,

designado PACED, com financiamento da União

Europeia, com o objetivo geral de contribuir para

a afirmação e consolidação do Estado de Direito

naqueles Países, através da prossecução do

objetivo específico de prevenir e lutar eficazmente

contra a corrupção, o branqueamento de capitais

e o crime organizado, especialmente no que toca

ao tráfico de estupefacientes.

Do mesmo modo, foi possível continuar a

colaboração com outras entidades, em especial, a

Ordem dos Advogados, a Ordem dos Notários e

a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de

Execução.

Consolidaram-se metodologias para um

sistema de garantia de qualidade. Para além dos

inquéritos aos inscritos nas ações de formação

contínua, como antes se assinalou,

desenvolveram-se ferramentas de garantia de

qualidade da formação presencial e a distância,

nomeadamente através de processos de diálogo

entre docentes e inscritos, na avaliação pelos pares

e na avaliação dos resultados.

[16] Uma nota final sobre questões

orçamentais, financeiras e de recursos humanos.

Não obstante constrições orçamentais

Apesar da conjuntura adversa, foi possível

cumprir os objetivos a que o CEJ se propôs, quer

os cursos de formação inicial como os planos de

formação contínua, encerrando o ano orçamental

de 2016 sem dívidas a fornecedores.

Continuou a fomentar-se a formação dos

funcionários e iniciaram-se e concluíram-se os

procedimentos concursais abertos.

Foram realizadas obras de conservação no

edifício, bem como foram renovados

equipamentos de informática e multimédia de

apoio à formação.

Os serviços da Biblioteca satisfazem com

grande celeridade pedidos de informação

bibliográfica e de digitalização de textos de

magistrados de todo o país.

[17] Institucionalmente ou através dos

seus docentes, coordenadores e formadores, o

CEJ participou em diversas iniciativas, de que

sumariamente se destacam as seguintes, sem

embargo de maior desenvolvimento nos locais

respetivos:

▪ O CEJ integra a direção da Rede

Europeia de Formação Judiciária (EJTN)e tem

vindo a colaborar na definição do plano

estratégico e do plano anual de atividades. No

âmbito destas, assinala-se a organização de

diversos seminários em Lisboa e a colaboração de

docentes e magistrados portugueses, como

oradores, em diversos programas realizados em

Portugal e no estrangeiro;

▪ Academia de Direito Europeu (ERA):

Page 17: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 17

para além de desenvolvimentos do projeto Better

applying the EU Regulations on Family and Succession

Law: Development of training materials and organisation

of interactive seminars, realizado em parceria com o

CEJ, releva destacar a colaboração na organização

de encontros aqui realizados, nomeadamente os

seguintes: International Surrender of Persons – a

transcontinental approach, Special Investigation

Techniques to Tackle Internet Crimes e Competition Law;

▪ Conselho da Europa e Tribunal Europeu

dos Direitos do Homem: participação no

programa HELP (European Programme for Human

Rights Education for Legal Professionals);

▪ Centro de Formação Jurídica e Judiciária

de Macau: colaboração na organização e

participação em ações de formação;

▪ Guarda Nacional Republicana:

colaboração na docência da sua escola e na

organização de concursos na área penal e

processual penal;

▪ Participação na Comissão de

Acompanhamento do Regime de Internamento

Compulsivo;

▪ Associação Portuguesa de Direito do

Trabalho (APODIT): participação em colóquios;

▪ CITE: programa e formação acerca de

discriminações no local de trabalho;

▪ Projeto Justiça para Tod@s: participação

em todas as fases do programa;

▪ Polícia Judiciária: colaboração em

formações para inspetores.

Page 18: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de
Page 19: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 19

2. Formação inicial de magistrados

2.1. Fase teórico-prática (Primeiro ciclo)

Após a conclusão dos respetivos

concursos de admissão ao Centro de Estudos

Judiciários iniciaram funções, no dia 15 de

Setembro de 2016, 84 Auditores de Justiça, 28

para a magistratura judicial e 56 para a

magistratura do Ministério Público), no âmbito do

32.º Curso de Formação de Magistrados para os

Tribunais Judiciais.

No âmbito do 4.º Curso para os Tribunais

Administrativos e Fiscais (Magistratura Judicial)

iniciaram funções na mesma data 42 Auditores de

Justiça.

Este primeiro ciclo da fase de formação

teórico-prática terminou no dia 15 de julho de

2017.

No que se refere ao Curso de Formação

de Magistrados para os Tribunais Judiciais

concluíram-no, com êxito, 27 Auditores de Justiça

no âmbito da Magistratura Judicial (ocorrendo

uma exclusão no final do curso) e 55 no que se

refere à Magistratura do Ministério Público (já que

se verificou uma desistência durante o mesmo).

No 4.º Curso para os Tribunais

Administrativos e Fiscais, terminaram 41

auditores o seu 1.º Ciclo, na medida em que

também aqui ocorreu uma desistência.

As metodologias formativas assentaram

nas seguintes ideias-chave: desenvolvimento pelas

equipas de docentes de materiais disponibilizados

na plataforma de e-learning para a formação inicial;

realização das sessões presenciais;

aprofundamento dos materiais e disponibilização

de elementos por parte dos Auditores de Justiça

também na plataforma.

Page 20: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 20

Deste modo, obtiveram-se os seguintes

resultados:

▪ Os docentes funcionaram em equipa e

os materiais formativos representam o

saber fazer de toda a equipa.

▪ Alguns terão divulgação externa na

coleção de e-books “Formação Inicial”;

▪ Todos os docentes têm acesso a todos

os elementos avaliativos feitos pelos

auditores.

Ao longo do curso, designadamente com a

realização de reunião com representantes dos

Auditores e com o recurso a inquéritos, foram

diagnosticadas as situações de maiores

necessidades de formação dos Auditores e

também corrigidas opções formativas iniciais.

No caso do 4.º Curso TAF assinale-se a

opção - que decorreu do respetivo Plano de

Estudos - de dar peso idêntico à formação em

Direito e Processo Civil e em Direito e Processo

Administrativo e Direito e Processo Tributário.

Anote-se ainda a preocupação da Direção

do CEJ com a identidade da instituição e dos seus

auditores, independentemente do curso

frequentado. Deste modo, diversas disciplinas,

seminários e conferências integrantes da área de

estudos da componente geral e de especialidade

foram simultaneamente de presença obrigatória

para o 32.º Curso e para o 4.º Curso TAF.

Os resultados finais, quer em termos

avaliativos, quer de conhecimentos adquiridos

foram muito positivos.

A conclusão a retirar com base nestes

elementos é a da justeza e adequação das opções

tomadas quanto à reforma da Lei do CEJ, à

organização dos ciclos de estudo e quanto ao

novo sistema de avaliação dos auditores.

2.1.1. Primeiro Ciclo do 32.º Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais

2.1.1.1. Destinatários e início das

atividades

Os 84 Auditores de Justiça foram

admitidos a frequentar o curso no âmbito do

concurso de ingresso aberto pelo Aviso n.º

1756-B/2016, publicado no Diário da República,

2ª Série, de 12 de fevereiro de 2016.

Note-se que uma das vagas foi ocupada

por candidato de anterior concurso, autorizado a

frequentar o curso seguinte, ao abrigo do n.º 4, do

artigo 28.º, da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.

Frequentaram ainda o 32.º Curso, no

âmbito da cooperação na formação judiciária com

os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa,

2 Auditores de Justiça Cooperantes da República

de São Tomé e Príncipe.

Tendo em conta a circunstância de a

formação estar programada de acordo com

módulos de formação comum a ambas as

Magistraturas e módulos de formação específica

de acordo com a opção de Magistratura

Page 21: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 21

correspondente, os Auditores de Justiça foram

integrados em duas espécies de grupos, com

composição diferenciada:

1. Para efeitos de formação na

Magistratura escolhida (formação

específica), os Auditores de Justiça

foram integrados em seis grupos de 14

elementos cada, identificados por

números, distribuídos aleatoriamente

por escalões definidos em função das

classificações obtidas pelos candidatos

no concurso de ingresso,

independentemente da sua via de

acesso (académica ou profissional) e de

forma a permitir uma constituição

qualitativa o mais homogénea possível

de todos os grupos;

2. Para efeitos de formação comum, os

Auditores de Justiça foram integrados

em seis grupos identificados pelas

letras A a F, igualmente distribuídos de

forma aleatória por escalões definidos

em função das classificações obtidas

pelos candidatos no concurso de

ingresso, independentemente da sua

via de acesso (académica ou

profissional) e de forma a permitir uma

constituição qualitativa o mais

homogénea possível de todos os

grupos.

Os Auditores cooperantes provenientes

dos PALOP foram integrados em dois grupos

respeitando-se, para integração nos grupos de

formação específica, a opção que fizeram para

frequência das unidades letivas de formação

específica da Magistratura do Ministério Público.

O início das atividades teve lugar no dia 15

de setembro de 2016, pela manhã, com uma

sessão de “Boas Vindas”, apresentada pela

Direção do Centro de Estudos Judiciários, a que

se seguiu uma sessão de apresentação geral do

Curso.

No dia 16 de setembro de 2016 teve lugar

a Sessão Solene de Abertura do Curso, na qual

participaram Suas Excelências o Presidente do

Supremo Tribunal de Justiça, o Presidente do

Supremo Tribunal Administrativo, a Ministra da

Justiça e a Procuradora-Geral da República; a

conferência de abertura esteve a cargo do

Conselheiro, jubilado, Dr. José Narciso da Cunha

Rodrigues.

Sem prejuízo da realização do estágio

intercalar junto dos Tribunais, as atividades

teórico-práticas do Primeiro Ciclo decorreram na

sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de

setembro de 2016 a 15 de julho de 2017, num

total de cerca de 36 semanas.

Oitenta e dois auditores terminaram o

primeiro ciclo com aproveitamento, tendo havido

uma exclusão na Magistratura Judicial e uma

desistência no Ministério Público.

2.1.1.2. Organização por matérias e áreas

Quadro geral

O primeiro Ciclo do 32.º Curso de

Formação Teórico-Prática de Magistrados para os

Tribunais Judiciais, cujo plano de estudos foi

aprovado pelo Conselho Pedagógico em 8 de

julho de 2016, integrou duas componentes

formativas, a denominada componente

profissional e a componente geral e de

especialidade.

Page 22: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 22

Todas as matérias integrantes destas áreas

de estudos foram de frequência obrigatória.

Tendo em atenção a natureza das matérias

a abordar e a diferenciação funcional das duas

Magistraturas, o programa das matérias abaixo

indicadas integrou módulos, divididos em

unidades letivas, de formação comum e de

formação específica:

Na componente formativa profissional:

▪ Direito Civil e Processual Civil e

Comercial;

▪ Direito Penal e Processual Penal;

▪ Direito da Família e das Crianças;

▪ Direito do Trabalho e da Empresa.

Na componente formativa geral e de

especialidade:

▪ Direito Constitucional;

▪ Direito Europeu e Internacional;

▪ Inglês Jurídico;

▪ Tecnologias de Informação e

Comunicação;

▪ Ética e Deontologia;

▪ Psicologia Judiciária;

▪ Jurisprudência do TEDH e do TJUE

em matéria de Direitos Fundamentais.

As matérias da componente profissional

foram integradas em unidades orgânicas

designadas por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a

Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de

Família e das Crianças e a Jurisdição do Trabalho

e da Empresa.

As matérias integradas nas componentes

formativas, geral e de especialidade, com

lecionação autónoma foram ministradas em

módulos formativos próprios e tiveram, nalguns

casos, avaliação própria, mediante provas de

aferição de conhecimentos, que ditaram uma

apreciação de natureza qualitativa, integrada de

forma relevante, mas sem peso percentual

específico (e sem caráter por si só excludente), na

avaliação global de cada auditor.

Em cada um dos programas foram

estabelecidos os respetivos conteúdos

pedagógicos, as metodologias, os métodos de

avaliação, bem como a distribuição das cargas

horárias na abordagem de temas de formação

comum e específica, em conformidade com as

linhas gerais do Plano de Estudos, sem prejuízo

do cumprimento dos objetivos gerais e específicos

legalmente assinados ao primeiro ciclo da

formação inicial dos Auditores de Justiça.

O modelo avaliativo atualmente em vigor

foi interpretado e aplicado no sentido de acentuar

o papel formativo dos docentes e uma ideia de

aprendizagem contínua dos auditores, em que

formadores e formandos estejam mais

preocupados com a formação dos futuros

Magistrados para o seu próximo desempenho

funcional, e menos com a avaliação destes e a sua

classificação ou graduação.

Nessa medida, o processo avaliativo

centrou-se numa prognose da ocorrência dos

requisitos éticos e técnicos que caracterizam um

desempenho profissional exemplar.

Como se sublinha no Projeto Estratégico

do CEJ, a avaliação deve estar «centrada na

realização de objetivos claros, atinentes ao

conjunto de requisitos técnicos e morais que

caracterizam os bons Magistrados», sendo que «o

regime de avaliação deve contribuir para a

orientação identitária dos Magistrados, em

especial, pela sua independência e

responsabilidade, capacidade de decisão e de

fundamentação».

Consequentemente, e mantendo a

Page 23: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 23

necessária individualização dos docentes enquanto

avaliadores responsáveis pela concreta avaliação,

nos termos legais estabelecidos em cada

momento, o método de avaliação contínua foi

convolado para uma avaliação global, em que

todos os fatores de avaliação relevaram para a

aferição daqueles requisitos éticos e técnicos que

foram considerados e em que os juízos

formulados por todos os docentes que

interagiram funcionalmente com cada um dos

auditores foram ponderados, sempre com

salvaguarda da total transparência do processo

avaliativo.

As atividades formativas foram

organizadas numa lógica de aquisição de

competências para o saber fazer, numa perspetiva

de cumprimento da ética profissional e de

respeito pelo cidadão, enquanto destinatário da

atividade dos tribunais, em que têm papel

essencial vários aspetos a desenvolver:

▪ Formação adequada nos domínios da

ética e deontologia profissionais e dos

direitos humanos;

▪ Estudo e assimilação de boas práticas

profissionais;

▪ Preparação para a especialização;

▪ Exercitação das capacidades de

compreensão e valoração da prova, e

de ponderação e decisão, segundo o

direito e o bom senso;

▪ Elaboração de materiais de formação

comuns dentro de cada área formativa

e dirigidos a todos os auditores;

▪ Mobilização dos formandos para o seu

próprio processo formativo;

▪ Valorização da ponderação e análise

crítica das matérias e materiais

formativos pelos auditores.

Acresce que, para atingir níveis

satisfatórios de desenvolvimento dos aspetos

referidos, mostrou ser de particular relevância os

procedimentos utilizados e tendentes a reforçar a

perspetiva formativa prática, os contactos com a

atividade dos tribunais, o aprofundamento do

modelo de estágio intercalar já existente (previsto

no n.º 1 do artigo 42.º da Lei n.º 2/2008), a

utilização em sessão das gravações resultantes do

projeto de vídeo-gravação de audiências judiciais

já em curso (e referenciado desde o Plano de

Atividades para 2012-2013), o estudo integrado (e

não estanque) das matérias das componentes

formativas geral e de especialidade numa lógica de

interdisciplinaridade e complementaridade com as

áreas da componente profissional (embora, neste

ponto, com a vantagem de significar a

desnecessidade de autonomização de várias

daquelas matérias, tratadas no âmbito das áreas da

componente profissional, daí resultando um

ganho em termos de gestão da carga horária).

Todas as anteriores considerações

implicaram que a organização das atividades

formativas fosse estruturada segundo os critérios

que se passam a descrever.

a) Para efeitos da lecionação das áreas da

componente formativa profissional,

que constituem o núcleo central da

formação, organizou-se o 32.º Curso

Normal de formação teórico-prática

em 6 grupos de 14 elementos, com

duas composições alternativas: ou

como grupos mistos, para os módulos

de formação comum (identificados

pelas letras A a F); ou como grupos

específicos, para os módulos

especificamente dirigidos a

determinada magistratura

(identificados pelos n.ºs 1, 2, 3, 4, 6 e 8

sendo os de número ímpar compostos

por auditores destinados à magistratura

judicial e os de número par compostos

por auditores destinados à magistratura

do Ministério Público).

Page 24: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 24

b) O horário semanal-tipo comportou,

em regra, a seguinte distribuição de

carga horária pelas quatro áreas da

componente profissional, em número

de unidades letivas (UL’s), de 90

minutos cada, e no conjunto da

formação comum e específica: 3/4

UL’s para as Áreas de Direito Civil,

Direito Comercial e Direito Processual

Civil (doravante, e por facilidade,

Jurisdição Civil) e de Direito Penal e

Direito Processual Penal (ou Jurisdição

Penal); e 1/2 UL’s para as Áreas de

Direito da Família e das Crianças (ou

Jurisdição de Família) e de Direito do

Trabalho e da Empresa (ou Jurisdição

do Trabalho).

c) A planificação de sessões das

diferentes jurisdições, que integrou o

Plano de Estudos aplicável, obedeceu à

divisão da programação geral pelo

tempo letivo disponível, o que

correspondeu a 35 semanas ou

módulos letivos, acrescendo-lhes uma

semana dedicada ao estágio intercalar

(que teve lugar em momento em que

os auditores já adquiriram, pelo

processo formativo, a maturidade

adequada a uma melhor perceção

prática da atividade judiciária, e

realizada de 15 a 19 de maio de 2017) e

ainda os períodos dedicados às

atividades próprias de abertura e

encerramento do primeiro ciclo.

d) A área do Direito contraordenacional

substantivo e processual, integrada na

componente profissional da formação,

continuou a ser repartida entre a

Jurisdição Penal e a Jurisdição do

Trabalho, nos termos já constantes do

anterior Plano de Estudos.

e) A ocupação letiva normal com as áreas

da componente profissional reportou-

se, normalmente, a 4 de 5 dias úteis,

tendo ficado, por vezes, livre a 6.ª feira,

sendo que esse dia da semana foi

preenchido com a assistência dos

auditores a ações de formação

contínua (ainda que estas sejam

preferencialmente dirigidas a

Magistrados já em exercício de

funções), que em regra têm lugar nesse

dia, sempre que essas ações tivessem

interesse pedagógico para os auditores

e complementassem com utilidade a

sua formação curricular, ou com a

participação em atividades

enquadradas no âmbito das

componentes formativas geral e de

especialidade ou em módulos

temáticos pluridisciplinares.

f) As áreas da componente profissional,

quando necessário e com salvaguarda

de uma gestão equilibrada da carga

horária de cada concreto grupo de

auditores, designaram sessões

suplementares para períodos

disponíveis do normal horário letivo

diário, com vista à realização de

trabalhos escritos ou outras

exercitações práticas.

g) As matérias integradas nas

componente formativa geral e de

especialidade, cuja ministração não

justificou uma lecionação autónoma

relativamente às áreas da componente

profissional, por essa autonomia gerar

uma duplicação temática face a estas

áreas, foram incorporadas nas

correspondentes áreas da aludida

componente profissional – sem

prejuízo da participação, quando

entendido necessário como

complemento de formação, em ações

de formação contínua pertinentes (v.g.,

em matéria de Instituições e

Page 25: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 25

Organização Judiciárias, Organização e

Métodos e Gestão do Processo ou

Investigação Criminal e Gestão do

Inquérito) ou em sessões

ou conferências especificamente

organizadas.

h) As matérias relativas à Medicina Legal

e Ciências Forenses serão ministradas

no segundo ciclo, em função dos bons

resultados verificados com o 31.º

Curso, no qual se tornou possível

ministrar estas matérias de modo

descentralizado e em pequenos grupos

nos departamentos do Instituto de

Medicina Legal de Lisboa, Porto e

Coimbra.

i) Mereceram uma lecionação autónoma

as seguintes áreas integrantes da

componente formativa geral e de

especialidade:

▪ Direito Constitucional (DFDC);

▪ Direito Europeu e Internacional

(DEI);

▪ Língua estrangeira (Inglês);

▪ Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC)

▪ Psicologia Judiciária (PJ)

▪ Jurisprudência do TEDH e

TJUE em matéria de Direitos

Fundamentais (JDF)

▪ Ética e Deontologia

j) A abordagem das matérias relativas às

áreas de DFDC, PJ, JDF e a primeira

parte de DEI foi realizada em Plenário.

As restantes – TIC, Inglês, Ética e

Deontologia e DEI (partes relativas à

cooperação judiciária em matéria civil e

em matéria penal) foram objeto de

trabalho em grupos específicos ou

mistos.

k) Finalmente a assinalar que as atividades

integrantes deste 1.º Ciclo

compreenderam ainda uma semana

dedicada á participação dos auditores

nas atividades do Programa AIAKOS

da Rede Europeia de Formação

Judiciária e que tiveram lugar na

semana de 10 a 14 de outubro de 2016.

2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias

Matérias da componente

formativa profissional

Todas as matérias da componente

profissional foram ministradas em unidades

letivas (sessões com a duração de 1,5 horas) de

frequência obrigatória tendo como objeto temas

de formação comum e temas de formação

específica de cada uma das duas Magistraturas de

destino dos Auditores.

O tratamento das questões substantivas

foi, preferencialmente, feito na ótica do seu

tratamento processual, sendo a abordagem

casuística orientada no sentido de proporcionar a

consolidação sistematizada dos conhecimentos

jurídicos, bem como o domínio prático dos

métodos jurídico e judiciário na análise e

resolução de casos.

O método de avaliação do aproveitamento

dos Auditores utilizado nas matérias da

componente profissional foi o da avaliação

contínua (artigo 43.º, n.º 3 da Lei nº 2/2008, de

14 de janeiro), que integrou para além da

componente da intervenção oral, simulações de

despachos e exercitações escritas ao longo de

todo o primeiro Ciclo. O resultado da avaliação

foi expresso através da atribuição de uma menção

qualitativa no final do primeiro trimestre e de uma

Page 26: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 26

notação quantitativa final, numa escala de 0 a 20

valores.

a) Direito Civil e Processual Civil e

Comercial

A formação em matéria de Direito Civil e

Processual Civil e Comercial desenvolveu-se ao

longo de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação

comum e específica ministrada em todos os

trimestres, num total de 36 UL de formação

comum e 48 UL de formação específica para a

magistratura judicial e 37 UL de formação

específica para a magistratura do Ministério

Público.

b) Direito Penal e Processual Penal

A formação em matéria de Direito Penal e

Processual Penal desenvolveu-se ao longo de todo

o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e

específica ministrada em todos os trimestres, num

total de 53 UL de formação comum e 33 UL de

formação específica para cada uma das

magistraturas.

c) Direito da Família e das Crianças

A formação em matéria de Direito da

Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo

de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação

comum e específica ministrada em todos os

trimestres, num total de 31 UL de formação

comum e 28 UL de formação específica para cada

uma das magistraturas.

d) Direito do Trabalho e da Empresa

A formação em matéria de Direito do

Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo

de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação

comum e específica ministrada em todos os

trimestres, num total de 34 UL de formação

comum e 23 UL de formação específica para cada

uma das magistraturas.

Assim, e em termos percentuais, a

distribuição da carga horária da formação

profissional foi a seguinte:

▪ Para a Magistratura Judicial: Penal

30,06%, Civil 29,37%, Família e

Crianças 20.62%, e Trabalho e

Empresa 19,95%.

▪ Para a Magistratura do Ministério

Público: Penal 31,27%, Civil 26,54%,

Família e Crianças 21,45%, e Trabalho

e Empresa 20,74%.

Matérias da componente

formativa geral e de especialidade

a) Direito Constitucional

A matéria de Direito Constitucional,

conforme ao Plano de Estudos, foi ministrada por

Docentes Universitários, em sessões destinados a

ambas as Magistraturas. Tiveram lugar seis

unidades letivas (9 horas) de formação

integralmente comum, no decurso do primeiro

trimestre.

b) Inglês Jurídico

Nesta matéria pretendeu-se proporcionar

aos Auditores de Justiça o domínio de uma língua

estrangeira (no caso, a língua inglesa), quer no

plano da conversação oral, quer no plano da

leitura e prática da expressão escrita, em termos

Page 27: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 27

de lhes fornecer uma base indispensável à

compreensão das realidades jurídicas e judiciárias,

em especial nos cada vez mais frequentes

contactos internacionais.

Os vários temas abordados foram

selecionados em função da sua ligação à prática

judiciária, com leitura de textos visando o

alargamento vocabular e o desenvolvimento da

capacidade de expressão.

Tiveram lugar dez unidades letivas (15

horas) de formação. As sessões foram ministradas

a grupos de Auditores, sendo o aproveitamento

avaliado através de provas escritas de aferição de

conhecimentos.

c) Tecnologias de

Informação e de Comunicação

Na matéria de tecnologias de informação e

comunicação, dados os conhecimentos que a

generalidade dos Auditores de Justiça tem de um

número razoável de aplicações informáticas, na

ótica do utilizador, visou-se proporcionar-lhes a

familiarização com as novas aplicações

informáticas de uso mais frequente nos tribunais,

em especial quanto à aplicação informática Citius,

quanto a registos comercial e predial on-line e

custas judiciais.

As matérias em referência foram

ministradas em três unidades letivas (4,5 horas),

no primeiro trimestre, por formadores da

Direção-Geral da Administração da Justiça

(DGAJ), em sessões de sala para dois grupos de

Auditores de Justiça, e o aproveitamento foi

apurado com base em créditos de frequência.

d) Direito Europeu e Direito Internacional

Na matéria de Direito Europeu e Direito

Internacional foi estabelecido o objetivo de

proporcionar aos Auditores de Justiça a

familiarização com os Institutos de Direito

Europeu e Internacional e com os procedimentos

da sua aplicação prática, o aprofundamento dos

conhecimentos nos domínios das instituições e do

Direito ao nível Internacional e Europeu, o

conhecimento dos mecanismos de Cooperação

Civil e Penal Europeus e Internacionais, numa

perspetiva da sua utilização e aplicação prática.

A primeira parte da matéria, conforme ao

Plano de Estudos, foi ministrada por docente

universitário, em sessões plenárias destinadas a

ambas as Magistraturas, em seis unidades letivas

(9 horas) que decorreram durante o 1.º Trimestre.

As segundas e terceiras partes (cooperação

judiciária em matéria civil e penal) e que

decorreram no segundo e terceiro trimestres,

foram ministradas em grupos de 14 ou 28

auditores, em sessões dirigidas por magistrados e

docentes universitários num total de 16 unidades

letivas (24 horas).

e) Psicologia Judiciária

As matérias correspondentes à área de

Psicologia Judiciária, conforme ao Plano de

Estudos, foram objecto de abordagem em

seminário que decorreu no 3.º Trimestre e a que

correspondeu uma carga horária de 8 unidades

letivas (12 horas).

f) Jurisprudência do TEDH e do

TJUE em matéria de Direitos

Fundamentais

Esta nova área de Estudos, instituída pela

primeira vez com o 32.º Curso Normal de

Formação, foi ministrada em Plenário por

magistrados e docentes universitários, durante o

2.º trimestre, sendo dirigida a ambas as

Page 28: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 28

magistraturas, tendo compreendido um total de

14 unidades letivas (21 horas).

g) Ética e Deontologia

As matérias abrangidas nesta área,

conforme ao Plano de Estudos, foram dirigidas

por magistrados. Compreenderam uma sessão

plenária com a duração aproximada de 2 UL

tendo as restantes sessões – 8 UL - decorrido em

pequenos grupos compostos por auditores

direcionados a ambas as magistraturas.

2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos Tribunais

Com o estágio intercalar no primeiro

Ciclo, introduzido pela Lei n.º 2/2008, de 14 de

janeiro, pretendeu-se que os Auditores de Justiça

tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua

formação teórico-prática inicial, com o exercício

das funções inerentes à Magistratura escolhida,

visando uma primeira abordagem das matérias

com maior incidência na prática judiciária.

Os Auditores de Justiça foram colocados

sob a orientação de Magistrados Formadores

junto de Tribunais, maioritariamente, do Distrito

Judicial de Lisboa, do Porto e de Coimbra.

Nessa fase, os Auditores de Justiça

assistiram às diligências processuais, em particular

no domínio da produção da prova e realização de

audiências de julgamento, em termos semelhantes

aos que irão reger o segundo Ciclo da fase

teórico-prática, com as adaptações impostas pela

sua curta duração.

Neste período de estágio, os Magistrados

Formadores, em conjugação com os

Coordenadores Distritais, elaboraram uma

informação sobre o desempenho do Auditor, cujo

teor foi considerado na avaliação global do

primeiro Ciclo.

O estágio intercalar junto dos Tribunais

teve lugar no período de 15 a 19 de maio de 2017.

2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 32.º Curso

Mantiveram-se em vigor os critérios e

parâmetros de avaliação fixados por despacho do

Diretor do Centro de Estudos Judiciários, de 31

de maio de 2013.

Ao longo do período de atividades do

primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do

aproveitamento e adequação dos Auditores de

Justiça, em conformidade com os critérios

enunciados no artigo 43.º da Lei n.º 2/2008, de 14

de janeiro.

O Conselho Pedagógico na sua sessão de 7

de julho de 2017 aprovou as classificações

propostas pelo Diretor e as listas graduadas

referentes do primeiro Ciclo do 32.º Curso tendo,

em face das mesmas, ocorrido uma exclusão de

um auditor destinado à Magistratura Judicial

(média final de 9,23 valores).

Houve, paralelamente, uma desistência de

uma auditora destinada ao Ministério Público.

Em resultado das classificações obtidas,

constata-se a seguinte distribuição das

classificações finais pelos níveis de

aproveitamento definidos:

1. Quanto aos Auditores destinados à

Magistratura Judicial:

Page 29: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 29

­ Avaliação igual ou superior a 14,0

valores: 13 auditores (notas finais

entre 14,02 e 15,88 valores);

­ Avaliação superior a 12,50 e

inferior a 14,0 valores: 10 auditores

(notas finais entre 12,88 e 13,90

valores);

­ Avaliação inferior a 12,50 valores: 4

auditores (notas finais entre 11,45 e

12,20 valores)

2. Quanto aos Auditores destinados à

Magistratura do Ministério Público:

­ Avaliação igual ou superior a 14,0

valores: 11 auditores (notas finais

entre 14,02 e 15,77 valores);

­ Avaliação superior a 12,50 e

inferior a 14,0 valores: 27 auditores

(notas finais entre 12,57 e 13,98

valores);

­ Avaliação inferior a 12,50 valores:

17 auditores (notas finais entre

11,15 e 12,48 valores).

No final do mesmo período, os Auditores

Cooperantes tiveram aproveitamento global

positivo, o que foi comunicado aos organismos

competentes dos respetivos países de origem de

língua oficial Portuguesa.

2.1.2. Primeiro Ciclo do 4.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

2.1.2.1. Destinatários e início das atividades

No período de 15 de setembro de 2016 a

15 de julho de 2017 decorreu, na sede do Centro

de Estudos Judiciários, o primeiro Ciclo de

atividades do 4.º Curso TAF, frequentado por 42

auditores de justiça, admitidos ao mesmo na

sequência do concurso de ingresso aberto pelo

Aviso n.º 1756-A/2016, publicado no Diário da

República, 2ª Série, de 12 de fevereiro de 2016.

Note-se que duas das vagas foram

ocupadas por candidatos de anterior concurso,

autorizados a frequentar o curso seguinte, ao

abrigo do n.º 4, do artigo 28.º, da Lei n.º 2/2008,

de 14 de janeiro.

O início das atividades teve lugar no dia 15

de setembro de 2016, pela manhã, com uma

sessão de “Boas Vindas”, apresentada pela

Direção do Centro de Estudos Judiciários, a que

se seguiu uma sessão de apresentação geral do

Curso.

No dia 16 de setembro de 2016 teve lugar

a Sessão Solene de Abertura do Curso, na qual

participaram Suas Excelências o Presidente do

Supremo Tribunal de Justiça, o Presidente do

Supremo Tribunal Administrativo, a Ministra da

Justiça e a Procuradora-Geral da República; a

conferência de abertura esteve a cargo do

Conselheiro, jubilado, Dr. José Narciso da Cunha

Rodrigues.

Page 30: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 30

Sem prejuízo da realização do estágio

intercalar junto dos Tribunais, as atividades

teórico-práticas do Primeiro Ciclo decorreram na

sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de

setembro de 2016 a 15 de julho de 2017, num

total de cerca de 36 semanas.

2.1.2.2. Organização por matérias e áreas

Quadro geral

O primeiro Ciclo do 4º Curso Normal de

Formação de Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais, cujo Plano de Estudos

foi aprovado pelo Conselho Pedagógico na sua

reunião de 8 de julho de 2016 integrou duas

componentes formativas:

a) A componente profissional, que incluiu:

­ Direito Administrativo,

Substantivo e Processual;

­ Direito Tributário, Substantivo e

Processual;

­ Direito Civil, nos domínios dos

contratos e da responsabilidade

Civil e Direito Processual Civil e

Responsabilidade Civil e

Extracontratual do Estado.

b) A componente formativa geral e de

especialidade, que incluiu:

b1) Matérias específicas do Curso TAF

­ Contabilidade e Gestão e princípios

de contabilidade financeira e fiscal;

­ Organização Administrativa;

­ Direito do Urbanismo

­ Direito do Ambiente;

­ Direito Contraordenacional,

substantivo e processual;

­ Contratação Pública;

­ Direito das relações laborais na

Administração Pública;

­ Regimes Jurídico dos Impostos e

Direito Aduaneiro e Contencioso

Aduaneiro;

­ Responsabilidade Civil dos Poderes

Públicos;

b2) Matérias Comuns ao 32º Curso

­ Direito Constitucional;

­ Inglês Jurídico;

­ Tecnologias de Informação e

Comunicação;

­ Direito Europeu e Internacional

(primeira parte);

­ Jurisprudência do TEDH e do

TJUE relativa a Direitos

Fundamentais.

Todas as matérias da componente

profissional e da componente formativa geral e de

especialidade foram de frequência obrigatória.

No programa de cada uma das matérias,

tal como referido no Plano de Estudos, foram

estabelecidos os respetivos conteúdos

pedagógicos, as metodologias, os métodos de

avaliação, bem como a distribuição das cargas

horarias, em conformidade com as linhas gerais

do plano de atividades.

2.1.2.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias

Matérias da componente

formativa profissional

Todas as matérias da componente

profissional foram ministradas em unidades

Page 31: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 31

letivas (UL), ou seja, sessões com a duração de 1,5

horas e de frequência obrigatória.

Quer quanto a metodologia utilizada, quer

quanto aos processos de avaliação, foram seguidas

as mesmas linhas de orientação já expostas a

propósito do 32.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais,

importando apenas sublinhar, de novo, que todas

elas decorreram em grupos compostos por 14

auditores de justiça.

As três grandes áreas integradas nesta

componente, à semelhança do que ocorrera com

o 3.º Curso TAF, foram as de Direito

Administrativo, substantivo e processual, de

Direito Tributário, substantivo e processual, e de

Direito Civil, no domínio dos contratos e

responsabilidade civil, e Direito Processual Civil.

a) Direito Administrativo, Substantivo e

Processual

A formação em matéria de Direito

Administrativo, Substantivo e Processual

desenvolveu-se ao longo de todo o primeiro

Ciclo compreendendo um total de 80 UL,

sendo ministrada por docentes do CEJ.

b) Direito Tributário, Substantivo e

Processual

A formação em matéria de Direito

Tributário, Substantivo e Processual

desenvolveu-se ao longo de todo o primeiro

Ciclo e abrangeu um total de 33 UL,

exclusivamente a cargo de docentes do CEJ.

c) Direito Civil, nos domínios dos contratos

e da responsabilidade Civil e Direito

Processual Civil e Responsabilidade

Civil e Extracontratual do Estado

A formação em matéria de Direito Civil

desenvolveu-se também ao longo de todo o

primeiro Ciclo abarcando 34 UL em sessões

dirigidas apenas por docentes do CEJ.

Matérias da componente formativa geral e

de especialidade

a) Contabilidade e Gestão e princípios de

contabilidade financeira e fiscal

Na matéria da Contabilidade e Gestão e

princípios de contabilidade financeira e fiscal

a formação teve por objetivo proporcionar

aos Auditores de Justiça conhecimentos

teórico-práticos em matéria de contabilidade

que lhes permitam apreender o estado atual

da normalização contabilística em Portugal e

da harmonização contabilística internacional.

A formação foi dada numa perspetiva

prática, com recurso a discussão de casos de

estudo e exercícios, tendo ocupado 16 UL.

O aproveitamento foi avaliado através de

prova escrita de aferição de conhecimentos.

b) Organização Administrativa

Pretendeu-se dotar os Auditores de Justiça

de conhecimentos teórico-práticos

aprofundados em matéria de organização

administrativa, permitindo-lhes a

compreensão das formas de organização

administrativa tradicionais e dos novos

fenómenos de atuação dos poderes públicos.

A formação decorreu em 8 unidades letivas

(12 horas) e culminou com a respetiva

avaliação através de uma prova de aferição

de conhecimentos.

c) Direito do Urbanismo

A formação em matéria de Direito do

Urbanismo foi, no 4.º Curso TAF,

autonomizada da relativa ao Direito do

Page 32: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 32

Ambiente. De acordo com o currículo e

objetivos melhor descritos no referido Plano

de Estudos, a formação ocupou uma carga

horária correspondente a 12 UL.

d) Direito do Ambiente

A formação em matéria de Direito do

Ambiente ocupou uma carga horária

correspondente a 8 UL.

e) Direito Contraordenacional, substantivo

e processual

A matéria do Direito Contraordenacional,

substantivo e processual foi configurada

como uma componente formativa da

especialidade, que embora autónoma,

integrava matérias comuns ao Direito

Administrativo e ao Direito Tributário.

Teve por objetivo dotar os Auditores de

Justiça do domínio dos conhecimentos

teórico-práticos em matéria do regime geral

das contraordenações, assim como o

enquadramento e a compreensão dos

diversos regimes jurídicos das

contraordenações tributárias e das

contraordenações administrativas.

Decorreu durante 12 UL, culminando com a

respetiva avaliação através de uma prova de

aferição de conhecimentos.

f) Contratação Pública

Pretendeu-se uma formação integrada e

consolidada da matéria da Contratação

Pública, que abrangesse não só os princípios

gerais da contratação pública, como também

os procedimentos pré-contratuais e o direito

substantivo dos contratos administrativos,

conforme regulação no seu respetivo

Código.

Tiveram lugar 20 UL de formação, sendo o

aproveitamento avaliado através de prova

escrita de aferição de conhecimentos.

g) Direito das relações laborais na

Administração Pública

Pretendeu-se uma formação que permitisse a

compreensão e familiarização com o regime

instituído pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de

fevereiro e a sua articulação com o regime

geral do contrato de trabalho, numa

perspetiva teórico-prática, assim como a

compreensão integrada dos vários institutos

do direito laboral da Administração Pública.

A formação decorreu em 15 UL.

h) Regimes jurídicos dos impostos e

Direito Aduaneiro e Contencioso

Aduaneiro

A componente formativa da especialidade

dos Regimes Jurídicos dos Impostos e do

Direito Aduaneiro e Contencioso

Aduaneiro, visa dotar os Auditores de

Justiça de conhecimento atualizado sobre os

vários regimes dos Impostos - Imposto

sobre o Rendimento das Pessoas Singulares,

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Coletivas, Imposto sobre Valor

Acrescentado, Imposto sobre Valor

Acrescentado nas transações

intracomunitárias, Imposto Municipal sobre

os Imóveis, Imposto Municipal sobre as

Transmissões Onerosa de Imóveis e do

Imposto de Selo e Impostos Especiais sobre

o Consumo - com enfoque nos princípios

que o enformam e nos aspetos teóricos mais

candentes e dotar os Auditores de Justiça de

conhecimento atualizado dos princípios que

enformam o direito e contencioso aduaneiro

e dos aspetos teóricos mais candentes.

A formação foi assegurada por docentes

externos, desenvolvendo-se ao longo de

Page 33: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 33

todo o 1.º ciclo de formação teórico-prática,

com a seguinte carga horária parcelar:

­ Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Coletivas (IRC) – 16 UL

­ Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Singulares (IRS) – 16 UL

­ Tributação do património. Imposto

Municipal sobre os Imóveis (IMI),

Imposto Municipal sobre as

Transmissões Onerosas de Imóveis

(IMT) e Imposto do Selo (IS) – 16 UL

­ Imposto sobre o Valor Acrescentado

(IVA) – 16 UL

­ Imposto sobre o Valor Acrescentado

nas transações Intracomunitárias

(RITI) – 8 UL

­ Impostos especiais de consumo – 16

UL

­ Direito e Contencioso Aduaneiro – 8

UL

­ Direito Fiscal Internacional – 8 UL

­ Direito fiscal europeu – 8 UL

i) Responsabilidade Civil dos Poderes

Públicos

Esta nova área instituída para o 4.º Curso

TAF abrangeu uma carga horária

correspondente a 16 UL.

j) Matérias de formação geral e de

especialidade comuns ao 32.º Curso

Os auditores de justiça do 4.º TAF

participaram ainda nas sessões referentes às áreas

da componente formativa geral e de especialidade

que compuseram o Plano Curricular do 32.º

Curso Normal nas vertentes do Direito

Constitucional (6 UL), do Direito Europeu e

Internacional-Parte I (6 UL), da Jurisprudência do

TJU e do TEDH relativa a Direitos Fundamentais

(14 UL) e das Tecnologias de Informação e

Comunicação (3 UL), nos moldes atrás

explanados neste relatório.

2.1.2.4. Estágios intercalares junto dos Tribunais

Com o estágio intercalar no primeiro

Ciclo, introduzido pela Lei nº 2/2008, de 14 de

janeiro, pretendeu-se que os Auditores de Justiça

tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua

formação teórico-prática inicial, com o exercício

das funções inerentes à Magistratura escolhida,

visando uma primeira abordagem das matérias

com maior incidência na prática judiciária.

Cada um dos Auditores de Justiça foi

colocado junto de Magistrados Formadores,

tomando contacto com processos da área

administrativa e da área fiscal.

Nessa fase, os Auditores de Justiça

assistiram as diligências processuais, em particular

no domínio da produção da prova e realização de

audiências de julgamento, em termos semelhantes

aos que irão reger o Segundo Ciclo da fase

teórico-prática, com as adaptações impostas pela

sua curta duração.

Neste período de estágio, os Magistrados

Formadores, em conjugação com os

Coordenadores Distritais, elaboraram uma

informação sobre o desempenho do Auditor, cujo

teor foi considerado na avaliação global do

primeiro Ciclo.

O estágio intercalar junto dos Tribunais

teve lugar no período de 15 a 26 de maio de 2017.

Page 34: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 34

2.1.2.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 4.º Curso TAF

Ao longo do período de atividades do

primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do

aproveitamento e adequação dos Auditores de

Justiça, em conformidade com os critérios

enunciados no artigo 43.º da Lei n.º 2/2008, de 14

de janeiro, e definidos pelo Conselho Pedagógico.

O Conselho Pedagógico na sua sessão de 7

de julho de 2017 aprovou as classificações do

primeiro Ciclo do 4.º Curso TAF, tendo

terminado 41 auditores (ocorreu uma desistência).

Em resultado das classificações obtidas,

constata-se a seguinte distribuição das

classificações finais pelos níveis de

aproveitamento definidos:

­ Avaliação igual ou superior a 14,0

valores: 29 Auditores (notas finais

entre 14,00 e 16,38 valores);

­ Avaliação superior a 12,50 e inferior a

14,0 valores: 8 Auditores (notas finais

entre 12,70 e 13,84 valores);

­ Avaliação inferior a 12,50 valores: 4

Auditores (notas finais entre 11,11 e

12,47 valores).

2.2. Estágios

2.2.1. Magistratura Judicial

Como se viu, neste período em causa, o

CEJ desenvolveu intensa atividade formativa de

novos juízes, quer para os tribunais judiciais quer

para os tribunais administrativos e fiscais, a qual

permitiu reforçar os quadros da magistratura em

18 novos juízes para os tribunais judiciais e 39

novos juízes para os tribunais administrativos e

fiscais.

As atividades decorreram sob a orientação

direta dos respetivos magistrados formadores, sob

a supervisão global do Diretor-Adjunto

coadjuvado pelos seus quatro coordenadores

regionais.

Embora nesta fase os estagiários já

exerçam competências processuais próprias,

fazem-no ainda com a assistência de formadores e

sob um regime de observação partilhado entre o

CEJ, o Conselho Superior da Magistratura (CSM)

e o Conselho Superior dos Tribunais

Administrativos e Fiscais (CSTAF), numa lógica

de aprofundamento das suas competências e

capacidades tendo em vista um adequado

desempenho profissional futuro.

Tal como previsto, o estágio foi

desenvolvido e executado de acordo com os

Planos Individuais de Estágio (PIE) elaborados

pelo Centro de Estudos Judiciários, numa

articulação entre Diretor, Diretor-Adjunto e

respetivos coordenadores distritais, os quais

mereceram oportunamente o parecer favorável do

Conselho Pedagógico e a sua homologação por

parte do CSM e do CSTAF.

Page 35: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 35

2.2.2. Magistratura do Ministério Público

Durante o período a que se reporta o

presente relatório frequentaram este Ciclo

formativo 20 Procuradores-Adjuntos em regime

de estágio.

As atividades decorreram sob a orientação

direta dos respetivos magistrados formadores, sob

a supervisão global do Diretor-Adjunto

coadjuvado pelos seus dois coordenadores

regionais.

Embora nesta fase os estagiários já

exerçam competências processuais próprias,

fazem-no ainda com a assistência de formadores e

sob um regime de observação partilhado entre o

CEJ e o Conselho Superior do Ministério Público,

numa lógica de aprofundamento das suas

competências e capacidades tendo em vista um

adequado desempenho profissional futuro.

O estágio foi desenvolvido e executado de

acordo com os Planos Individuais de Estágio

(PIE) elaborados pelo Centro de Estudos

Judiciários, numa articulação entre Diretor,

Diretor-

-Adjunto e respetivos coordenadores

distritais, os quais mereceram oportunamente o

parecer favorável do Conselho Pedagógico e a sua

homologação por parte do CSMP.

Contudo, por iniciativa do CSMP, o qual

para tanto alegou existir uma manifesta carência

de quadros na magistratura do Ministério Público,

tiveram início em janeiro de 2016 os

procedimentos tendentes a encurtar o período de

estágio dos Procuradores Adjuntos do 31.º Curso

ao abrigo do disposto no artigo 30.º, n.º 4, da Lei

n.º 2/2008.

Tal iniciativa mereceu o parecer

concordante do Centro de Estudos Judiciários,

não só tendo em atenção os motivos invocados

mas também o facto de os relatórios de

informação intercalar sobre a idoneidade, mérito e

desempenho dos Procuradores-Adjuntos em

regime de estágio lhe permitirem a emissão de um

juízo de prognose favorável sobre a qualidade do

seu desempenho futuro, o que levou o CSMP a

concluir terem sido executados e cumpridos os

objetivos traçados nos respetivos Planos

Individuais de Estágio.

O encurtamento do período de estágio,

fixando o seu final para o dia 28 de Fevereiro de

2017, viria a ser determinado por força do

disposto no artigo 2.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º

23/2017, de 23 de fevereiro.

Não se verificou nenhuma situação de

exclusão neste ciclo final de estudos tendo, não

obstante, sido proposta a manutenção integral do

período normal de estágio relativamente a um

procurador-adjunto estagiário, ou seja até 31 de

agosto de 2017, a qual viria a ser homologada pelo

Conselho Pedagógico na sua reunião de 16 de

fevereiro de 2017. Também esse estágio decorreu

com sucesso, tendo o referido estagiário sido

subsequentemente nomeado em efetividade de

funções.

Page 36: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de
Page 37: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 37

3. Formação Contínua

3.1. Breve nota introdutória

Neste ponto apresentar-se-ão os dados

relativos à execução do Plano de Formação

Contínua 2016-2017, o qual teve início a 3 de

novembro de 2016, com a primeira sessão do

Seminário sobre “Aplicação do Direito da

concorrência da UE pelos Tribunais Nacionais” e

teve a sua conclusão a 29 de setembro de 2017,

com o Colóquio sobre Ética e Deontologia

(adiado de 19 de maio para 29 de setembro, por

motivos imprevistos dos oradores convidados).

3.2. Ações de Formação Contínua

previstas e realizadas, por tipologia

O Plano de Formação Contínua 2016-

2017 manteve o modelo implementado no ano

transato, em termos de tipologias e formatos de

formação:

▪ Tipo A – Colóquios de 1 dia;

▪ Tipo B – seminários de 2 dias;

▪ Tipo C – Cursos de Especialização

de 3 a 4 dias;

▪ Tipo D – workshops de 1 dia.

Page 38: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 38

Quadro – total de ações de formação previstas e realizadas, por tipologia

Tipologia Total de ações de formação

previstas Total de ações de formação

realizadas

Tipo A Colóquios de 1 dia 27 25

Tipo B Seminários de 2 dias 15 14

Tipo C Cursos de Especialização,

de 3 e 4 dias 6 6

Tipo D Workshops de 1 dia 25 23

Tipo E Cursos online 3 2

Outras ações de formação

Iniciativas várias 0 0

Extra Plano Seminário e workshops 2 2

Total 78 72

Para além das ações de formação contínua

previstas, tipificadas e calendarizadas, o CEJ levou

ainda a efeito dois Seminários (incluídos no

quadro acima) subordinados, um ao tema da

“União Bancária Europeia e Instituições de

Crédito em Risco de Insolvência -Os Novos

Poderes de Supervisão e Resolução”, “História

Judiciária” e outro sob a temática “Processo

Eleitoral para os Órgãos das Autarquias Locais”.

Das ações de formação previstas apenas

não se realizaram:

▪ Um Colóquio – A24 “Magistraturas em

debate – do século XIX ao século XXI”;

▪ Um Colóquio – A20 “Faces da

Retórica”;

▪ Um workshop sobre “Gestão do Stress”

que se repartiria em dois workshops

descentralizados a realizar em Faro e

Guarda;

▪ Um Seminário – B1 “A revisão dos

contratos públicos”;

▪ Um curso online – E3 “Contabilidade

básica para juristas”.

Page 39: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 39

3.3. Ações de Formação Contínua realizadas, por

Jurisdição e Tipologia

Quadro – total de ações de formação realizadas por jurisdição e tipologia

Tipologia

Jurisdição

Total

Tribunais Administrativos

e Fiscais

Tribunais Judiciais

Outras Ações de Formação

Penal e Processual

Penal

Civil e Processual

Civil Família e Crianças

Trabalho e Empresa

A 3 4 6 2 3 7 24

B 1 2 2 2 2 4 15

C 2 1 1 1 1 --- 6

D 7 6 3 2 2 2 23

E --- 1 --- --- --- 1 2

Total 13 14 12 7 8 14 72

3.4. Inscrições e Presenças – Juízes e

Magistrados do Ministério Público

As inscrições nas diversas ações de

formação contínua promovidas pelo CEJ

decorreram junto dos Conselhos Superiores. A

maioria das ações de formação realizadas teve

também a participação de Advogados e de outros

profissionais da área forense que se inscreveram

junto do CEJ utilizando a ficha de inscrição

disponibilizada para o efeito aquando da divulgação

do programa.

As ações de formação contínua de previstas

no Plano de Formação tiveram um total de 10606

inscrições, 6897 inscrições de Juízes e 3709

inscrições Magistrados do Ministério Público. A

participação efetiva resultou num total de 5849

Magistrados, 3614 Juízes e 2235 Magistrados do

Ministério Público. Para além destes participantes,

e como foi referido anteriormente, as ações de

formação tiveram também a procura de

Advogados e outros profissionais – 587 inscrições

e 483 presenças. De entre os diversos profissionais

que frequentaram as ações de formação

promovidas pelo CEJ, há também a registar a

participação de Técnicos da Procuradoria-Geral da

República, do Núcleo de Assessoria Técnica da

PGR, de Técnicos da Autoridade Tributária e de

Inspetores da Polícia Judiciária.

Nos totais indicados, vão já incluídas todas

as inscrições e presenças nas ações de formação

que, muito embora não viessem calendarizadas

e/ou previstas no Plano de Formação. O Quadro

abaixo reflete o total de inscritos e presentes em

cada Tipologia de ação de formação contínua

realizada ao longo do Plano de Formação

2016_2017, ordenado de forma cronológica.

Page 40: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 40

Ano de 2016 Inscritos Presentes

Mês Dia (s) Tipologia Tema da AFC Jurisdição Local OBSERVAÇÕES MP JUIZES OUTROS MP JUIZES OUTROS

No

vem

bro

3, 4 e 5 B14 Aplicação do Direito da concorrência da UE pelos Tribunais Nacionais Civil Porto Sem transmissão 3 25

2 6

11 A8 Migrações TAF Lisboa Com transmissão 39 48 12 24 20 11

11 A19 Negociação e Contratação Coletiva Trabalho e Empresa

Lisboa Com transmissão 19 22 15 14 15 13

11 D9.A Negligência médica – aspetos penais Penal Coimbra Sem transmissão 19 23 13 6

18 D9.B Negligência médica – aspetos penais Penal Porto Sem transmissão 21 21 16 16

18 A4 Instrumentos e formas de composição não jurisdicional de conflitos: mediação e conciliação

Civil Lisboa Com transmissão 64 69 13 43 33 6

25 A1 Tutela urgente e cautelar no processo tributário TAF Lisboa Com transmissão 28 37 28 21 37 21

25 A11 Direito probatório, substantivo e processual penal Penal Lisboa Com transmissão 268 240 12 194 219 8

Dez

emb

ro

16 A14 Processos especiais decorrentes da dissolução da sociedade conjugal Família e Crianças

Lisboa Com transmissão 21 123 5 17 96 5

16 A27 A proteção multinível dos direitos e a jurisprudência Nacional Trabalho e Empresa

Porto (UCP)

Com transmissão 6 34

2 8

16 A3 Tráfico de seres humanos Penal Lisboa Com transmissão 166 111 3 20 67 2

16 D14 Responsabilidade civil médica Civil Lisboa Sem transmissão 8 62

6 30

Ano de 2017

Mês Dia (s) Tipologia Tema da AFC Jurisdição Local OBSERVAÇÕES MP JUIZES OUTROS MP JUIZES OUTROS

Jan

eiro

6 A5 Violência doméstica e de género e mutilação genital feminina Penal e Familía

Lisboa Com transmissão 157 124 5 89 76 5

6 A6 Comunicar a Justiça Outras Lisboa Com transmissão 56 101 2 24 24 2

12 e 13 B10 Direito Europeu do Trabalho Trabalho e Empresa

Lisboa Com transmissão 17 59 5 15 23 5

13 A23 A nova orgânica judiciária – uma realidade em movimento Outras Lisboa Com transmissão 140 117 42 33

20 A7 Confiança na justiça Outras Lisboa

6, 13, 20 e 27

C5 Temas de Direito Tributário TAF Lisboa Com transmissão 10 64 78 10 45 75

20 e 27 C6 Temas de Direito da Família e das Crianças Família e Crianças

Porto Com transmissão 48 116 19 37 84 19

27 A10 Direito probatório, substantivo e processual civil Civil Lisboa Com transmissão 98 404 13 54 205 5

27 A25 A função e poderes dos órgãos de gestão de comarcas Outras Lisboa Com transmissão 22 55 4 12

Page 41: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 41

Ano de 2017

Fev

erei

ro

3 D6.A Revisão do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e do Código do Processo dos Tribunais Administrativos

TAF Porto Sem transmissão 3 30 3 32

3 e 10 C2 Temas de Direito penal e Processual Penal Penal Porto Com transmissão 224 259 120 194

10 D11 Contratos de trabalho de duração determinada Trabalho e Empresa

Braga Sem transmissão 7 12 4 9

10 A16 Direito bancário e financeiro Civil Lisboa Com transmissão 90 259 29 55 148 21

10 D6.B Revisão do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e do Código do Processo dos Tribunais Administrativos

TAF Lisboa Sem transmissão 10 42 4 31

17 D5.A Concurso de crimes e cúmulo jurídico de penas Penal Lisboa Sem transmissão 25 31 1 16 24 1

17 e 24 C6 Temas de Direito da Família e das Crianças Família e Crianças

Lisboa Com transmissão 47 116 37 84

24 A9 Direito Registal Civil Lisboa Com transmissão 39 177 43 16 117 36

Mar

ço

3 A12 A reforma do processo de trabalho Trabalho e Empresa

Lisboa Com transmissão 44 87 7 31 58 7

3 e 10 C2 Temas de Direito penal e Processual Penal Penal Lisboa Com transmissão 224 259 1 120 194 0

10 A22 Direito da Concorrência Civil Santarém Com transmissão 8 34 1 4 17 1

16 e 17 B5 Direito do urbanismo TAF Lisboa Com transmissão 23 46 5 18 32 5

17 D12 Reparação de danos não patrimoniais laborais Trabalho e Empresa

Setúbal Sem transmissão 9 12 6 5

17 e 24 C1 Temas de Direito Civil e Processual Civil Civil Lisboa Com transmissão 23 313 12 19 224 8

21 A26 Justiça e Poesia – entre a emoção e a razão Outras Lisboa Com transmissão 40 63 26 33

23 e 24 B2 O projeto de vida e interesse da criança: a criança em situação Família e Crianças

Lisboa Com transmissão 64 91 13 40 45 8

24 D1.A Violência doméstica Penal Castelo Branco

Sem transmissão 5 9 5 3

30 e 31 B7 Psicologia Judiciária Penal e Familía

Lisboa Com transmissão 101 251 20 68 168 17

31 A17 Execução de sentenças nos Tribunais Administrativos TAF Lisboa Com transmissão 27 94 28 16 56 26

Ab

ril

6 e 7 B11 Conferência com a OIT Trabalho e Empresa

Lisboa Com transmissão 3 21

7 A18 Perda ampliada de bens e recuperação de ativos Penal Lisboa Com transmissão 256 162 8 158 67 8

7 D13 Tutela geral e especial da personalidade humana Civil Porto Sem transmissão 15 46 9 24

21 D1.B Violência doméstica Penal Faro Sem transmissão 7 13 4 5

21 D2 Direito Internacional da Família Família e Crianças

Lisboa Sem transmissão 20 21 2 10 9 2

Page 42: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 42

Ano de 2017

21 e 28 C1 Temas de Direito Civil e Processual Civil Civil Lisboa Com transmissão 149 313 8 117

27 e 28 B1 A revisão do Código dos contratos públicos TAF Lisboa Com transmissão 23 73 38

28 A20 Faces da Retórica Outras Lisboa Com transmissão 34 61

Mai

o

4 e 5 B4 Matérias da competência do Tribunal de Comércio Civil Lisboa Com transmissão 19 111 4 16 68 4

5 D1.C Violência doméstica Penal Leiria Sem transmissão 16 13 10 7

5 e 12 C4 Temas de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho Trabalho e Empresa

Porto Com transmissão 18 79 15 55

24 e 25 B15 União Bancária Europeia Outras Lisboa 25 13 24 10

11 e 12 B6 Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal Penal Lisboa Com transmissão 224 223 28 200 142 26

12 D10.A A impugnação judicial no contencioso tributário TAF Lisboa Sem transmissão 5 11 3 1

19 A2 Ética e deontologia Outras Lisboa Com transmissão 64 82

19 D10.B A impugnação judicial no contencioso tributário TAF Porto Sem transmissão 4 26 3 17

19 e 26 C3 Temas de Direito Administrativo TAF Lisboa Com transmissão 9 54 45 7 22 38

26 D10.C A impugnação judicial no contencioso tributário TAF Leiria Sem transmissão 3 7 6 3 6 6

26 A15 Direitos das pessoas com deficiência Civil Lisboa Com transmissão 69 511 1 43 29 1

26 D5.B Concurso de crimes e cúmulo jurídico de penas Penal Aveiro Sem transmissão 25 25

19

Jun

ho

1 e 2 B9 Direito Societário Civil Lisboa Com transmissão 4 190 2 4 112 2

2 D5.C Concurso de crimes e cúmulo jurídico de penas Penal Vila Real Sem transmissão 18 11 11 4

2 e 9 C3 Temas de Direito Administrativo TAF Lisboa Com transmissão 9 54 7 24

2 e 9 C4 Temas de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho Trabalho e Empresa

Lisboa Com transmissão 18 79 25 15 55 21

20 D7.A Domínio Público e Privado da Administração TAF Loulé Sem transmissão 3 1

23 A13 Humor, Direito e Liberdade de expressão Outras Lisboa Com transmissão 214 276 3 122 136 3

23 D7.B Domínio Público e Privado da Administração TAF Lisboa Sem transmissão 8 22 4 15

29 e 30 B8 Princípios de contabilidade financeira e contabilidade fiscal Outras Lisboa Com transmissão 38 52 34 27 37 32

30 D8.A Gestão do Stress Outras Faro Sem transmissão 11 15

30 D8.B Gestão do Stress Outras Aveiro Sem transmissão 18 17 10 5

30 A24 Magistraturas em debate – do século XIX ao século XXI Outras Lisboa Com transmissão 47 54

30 D3 Regime geral do processo tutelar cível Família e Crianças

Lisboa Sem transmissão 21 8 6 8 11 6

Page 43: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 43

Ano de 2017

Julh

o 7 D8.C Gestão do Stress Outras Guarda Sem transmissão 2 8

1

7 D8.D Gestão do Stress Outras Braga Sem transmissão 10 21 6 13

7 A21 Imagem e voz Outras Lisboa Sem transmissão 49 117

janeiro a julho

B12.A Curso Breve de Inglês Jurídico (pós-laboral) Outras Lisboa Sem transmissão 3 8 2 4

Maio

B12.B Curso Breve de Inglês Jurídico Outras Porto Sem transmissão 9 30 5 13

Fevereiro - Março

B13 Curso Avançado de Inglês Jurídico (pós- laboral) Outras Lisboa Sem transmissão 6 11 5 6

Fevereiro 21 e 22 B3 Fundamentos do Direito Fiscal Internacional TAF Lisboa Com transmissão 10 29 4 10

Total 3709 6897 582 2235 3614 478

Page 44: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 44

3.5. Locais de realização das ações de

formação contínua

Na sequência da experiência de anos

anteriores, com agrado geral de formandos e

Conselhos e de forma a ir ao encontro de um maior

número de interessados nas ações de formação

contínua promovidas e realizadas pelo CEJ, apostou-

se, de novo, na transmissão por videoconferência da

maior parte das ações de formação contínua,

sobretudo das Tipologias A, B e C. As ações de

formação contínua Tipo A realizadas – 36 – foram

na maioria transmitidas a distância, conforme quadro

supra. As ações de formação contínua Tipo B

realizadas – 16 – foram também transmitidas a

distância, com exceção dos Cursos de Inglês

Jurídico. Dos Cursos de Especialização Tipo C,

foram todos transmitidos à distância.

A Delegação do CEJ no Porto consolidou- -

se como um ativo centro de formação no Norte do

País pelas condições que reúne. Os locais escolhidos

para a receção da transmissão de cada ação de

formação foram, na maioria, Tribunais Judiciais. No

entanto, também se apostou em alguns Tribunais de

Família e Menores, sobretudo para a transmissão das

ações de formação específicas para esta jurisdição.

As ações de formação contínua da área

administrativa e tributária, foram, na maioria,

transmitidas para os Tribunais Administrativos e

Fiscais.

As transmissões a distância foram efetuadas

através do sistema de videoconferência da rede do

Ministério da Justiça, com meios próprios do CEJ e

com recurso ao Canal da Justiça TV.

A transmissão por videoconferência

mostrou-se globalmente eficaz, tendo sido detetadas

falhas pontuais que advieram de problemas da rede

do Ministério da Justiça, mas de fácil resolução.

As transmissões efetuadas pela Justiça TV

mostraram-se pouco eficazes para os objetivos do

CEJ, dado que na maior parte dos casos, os pontos

de receção recorriam à rede informática do

Ministério da Justiça (nos Tribunais) e esta não

comportava a sobrecarga inerente às transmissões.

Preventivamente, por forma a minimizar

estes problemas, o CEJ providenciou pelo bloqueio

no acesso a esta via de transmissão – Justiça TV –

dentro da rede do Ministério da Justiça, pelo que,

apenas computadores identificados podiam a ela

aceder. Tratou-se de uma medida de difícil

implementação, tendo que ser pedidos os IP’s dos

computadores disponíveis nas salas que acolhiam os

Magistrados em cada tribunal, tendo havido um

louvável esforço de todos os funcionários que nos

vários locais asseguravam o apoio. Ainda assim, este

esforço, se bem que nos locais com mais formandos

tenha resultado (que eram os que tinham uma

largura de banda superior) nos outros, mais para o

interior do País nem assim os problemas foram

superados e a transmissão era frequentemente

interrompida com cortes.

A situação, da responsabilidade do IGFEJ, a

quem foram sempre relatadas as ocorrências e

solicitadas providências, pelo prejuízo causado à

formação levou a que o CEJ tivesse desde o

primeiro trimestre de 2016, iniciando os

procedimentos de aquisição de material que

Page 45: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 45

permitisse a autonomização da rede informática do

MJ, no que respeita à receção das transmissões por

streaming. Assim neste momento já estão em

utilização nove pen´s 4G que permitem uma receção

sem falhas nos locais em que estão colocadas.

Também se verificou que em situações em

que o bloqueio se concretizou, a melhoria na

transmissão não se fez, situação que nos foi sendo

reportada por telefone, pelos funcionários

envolvidos e muitas vezes pelos próprios

Magistrados que, estando interessados na formação,

se sentiam prejudicados e impedidos de acompanhar

a formação a distância.

3.6. Publicação de livros digitais - E-books

Consta nos quadros seguintes, o ponto da

situação de e-books concebidos entre setembro de

2016 e julho de 2017:

Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

Direito dos Contratos - O Contrato de Mediação Imobiliária na Prática Judicial: uma abordagem jurisprudencial

novembro 2016

A Interação do Direito Administrativo com o Direito Civil dezembro 2016

Responsabilidade Civil Profissional março 2017

Insolvência e processo especial de revitalização março 2017

Caderno Especial

Designação do e-book Mês/Ano

Balanço do Novo Processo Civil março 2017

Total (Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial)… 5

Page 46: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 46

Jurisdição da Família e das Crianças

Formação inicial

Designação do e-book Mês/Ano

Família e Crianças: As novas Leis - Resolução de questões práticas janeiro 2017

A Mediação nos Conflitos Familiares Transfronteiriço maio 2017

Total (Jurisdição da Família e das Crianças)… 2

Jurisdição Penal e Processual Penal

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

Direito Estradal novembro 2016

Direito Penal e Processual Penal (2012-2015) dezembro 2016

Violência doméstica e de género e mutilação genital feminina janeiro de 2017

Caderno especial

Designação do e-book Mês/Ano

Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume I dezembro 2016

Total (Jurisdição Penal e Processual Penal)… 4

Jurisdição do Trabalho e da Empresa

Formação inicial

Designação do e-book Mês/Ano

Prontuário de Direito do Trabalho 2016 - janeiro de 2017

Total (Jurisdição do Trabalho e da Empresa)… 1

Page 47: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 47

Jurisdição Administrativo e Fiscal

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

O contencioso do direito de asilo e proteção subsidiária setembro 2016

O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração

setembro 2016

Temas de Direito Tributário: IRC, IVA e IRS outubro 2016

Contraordenações tributárias e temas de direito processual tributário outubro 2016

O Novo Código do Procedimento Administrativo novembro 2016

Tutela Cautelar no Contencioso Tributário dezembro 2016

Direito e Processo Administrativo dezembro 2016

Insolvência e Contencioso Tributário janeiro 2017

Contraordenações Tributárias – 2016 janeiro 2017

Contencioso Pré-Contratual fevereiro 2017

Procedimento e Processo Tributário – 2016 fevereiro 2017

Contratação Pública – I fevereiro 2017

A Revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - I março 2017

A Revisão Do Código De Processo Nos Tribunais Administrativos – II maio 2017

Total (Jurisdição Administrativo e Fiscal)… 14

Outras

Designação do e-book Mês/Ano

Guia Prático das Custas Processuais (4.ª edição) setembro 2016

Violência Doméstica: Implicações sociológicas, psicológicas e jurídicas do fenómeno

setembro 2016

Humor, Direito e Liberdade de Expressão dezembro 2016

Faces da Retórica junho 2017

Page 48: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 48

Guias práticos

Designação do e-book Mês/Ano

Guia de Orçamento e Contabilidade dos Tribunais – 3.ª edição janeiro 2017

Guia de Gestão de Recursos Orçamentais, Materiais e Tecnológicos (3.ª edição)

maio 2017

Caderno Especial

Designação do e-book Mês/Ano

A intervenção do Ministério Público na Jurisdição Cível em Moçambique janeiro 2017

Guia Prático das Custas Processuais (4.ª edição) janeiro 2017

Quem São Os Futuros Magistrados – Caracterização Sociográfica dos Auditores de Justiça do 32.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (2016-2018)

fevereiro 2017

Quem São Os Futuros Magistrados – Caracterização Sociográfica dos Auditores de Justiça do 4.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (2016-2018)

fevereiro 2017

Teleassistência a Vítimas de Violência Doméstica - Protocolo de Implementação [no âmbito da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro (alterada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31.12, Lei n.º 19/2013, de 21.02 e Lei nº 129/2015, de 03.09) e da Portaria n.º 220-A/2010, de 16 de abril (alterada pela Portaria n.º 63/2011, de 03.02)]

maio 2017

Cadernos Associação Cultural C.E.J. - Fac simile do N.º 0 – Edição de 1983

junho 2017

Total (Outros)… 12

3.7. Formação Contínua - Em síntese

Dando continuidade ao trabalho realizado

e à aposta feita nos anos transatos, o CEJ

continuou a apostar nos meios de formação à

distância, de modo a facilitar a autoformação e a

conjugação entre a atividade profissional e as

necessidades de formação.

Foi clara a adesão a esta metodologia,

sendo que com o balanço feito prevê-se a sua

continuação otimizada no futuro. O modelo de

formação adotado foi baseado quer em dossiês de

formação prévios a cada ação de formação (com

jurisprudência, legislação e outros elementos

documentais relevantes), quer numa escolha

criteriosa e variada de formadores, tendo-se

mantido a preocupação em trazer ao CEJ

magistrados dos tribunais superiores e em associar

académicos de grande mérito.

A página web do CEJ foi utilizada como

repositório científico dos textos, estando o CEJ a

utilizar a Plataforma Moodle que se revela de fácil

Page 49: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 49

manuseamento e é eficaz no que diz respeito a

divulgação das apresentações e outros

documentos relativos a cada uma das ações de

formação, possibilitando uma maior abertura da

formação ministrada à comunidade jurídica, para

além de permitir a disponibilização de todas as

videogravações das intervenções dos oradores.

Page 50: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de
Page 51: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 51

4. Departamento de

Relações Internacionais

4.1. Introdução

As competências funcionais do

Departamento de Relações Internacionais (DRI)

do Centro de Estudos Judiciários tal como estão

enunciadas no art.º 4º dos Estatutos do CEJ,

aprovados pela Portaria n.º 965/2008, de 29 de

agosto, constituem a base legal daqueles que são

os objetivos estratégicos do Departamento, a

saber:

▪ Dinamizar em todas as suas vertentes a

intervenção internacional do Centro de Estudos

Judiciários, contribuindo ativamente para a

afirmação e reforço do prestígio do CEJ,

enquanto instituição de formação judiciária de

qualidade reconhecida;

▪ Potenciar os recursos humanos

disponíveis, incrementando a participação de

magistrados nacionais em acções de formação de

âmbito internacional, dentro e fora do país, e a

participação de magistrados estrangeiros em ações

de formação realizadas em Portugal;

▪ Contribuir decisivamente, na área da

formação de magistrados e de outros profissionais

da Justiça, para o reforço das relações de

cooperação e de amizade que unem Portugal a

terceiros países, em particular àqueles a que nos

ligam especiais laços históricos e culturais.

Em linhas gerais, pode afirmar-se que a

intervenção do DRI ocorre sempre que uma

atividade formativa ou um compromisso

institucional do CEJ de alguma maneira assumem

contornos internacionais, de forma bilateral ou

multilateral, quer as mesmas tenham por

destinatários diretos magistrados portugueses,

quer se traduzam em ações de cooperação com

congéneres estrangeiras ou com delegações que

nos visitam.

Norteado por aqueles objetivos

estratégicos, e tendo sempre em conta os custos

orçamentais que as mesmas poderiam envolver, o

Departamento desenvolveu durante o ano letivo

Page 52: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 52

de 2016/2017 as atividades programadas para as

diversas áreas em que ocorre a sua intervenção, e

que em síntese poderão referenciar-se a quatro

domínios fundamentais: a participação na Rede

Europeia de Formação Judiciária (EJTN), a

cooperação com países de língua oficial

portuguesa, o relacionamento bilateral

estabelecido com instituições de formação

estrangeiras congéneres do CEJ e a cooperação

com outras entidades vocacionadas direta ou

indiretamente para a formação, como a Academia

de Direito Europeu (ERA).

Com o presente relatório visa-se assim

constituir a memória descritiva das diversas

atividades que, no âmbito das suas relações

internacionais, o CEJ veio a desenvolver durante

o referido ano letivo, abrangendo

consequentemente o período compreendido entre

1 de setembro de 2016 e 31 de julho de 2017.

Nele importa destacar, como tópicos nucleares,

aquelas quatro grandes áreas de intervenção,

fazendo ainda uma breve referência inicial à

estrutura e organização interna do Departamento.

4.2. Estrutura e organização interna

Funcionando o DRI na dependência direta

do Diretor do CEJ, o respetivo quadro formal foi

composto entre 2012 e 2015 por um/a

Coordenador/a e por uma Técnica Superior, que

asseguravam a planificação das atividades e a

execução das diversas competências legais que ao

Departamento estão cometidas. Porém,

considerando o aumento exponencial de trabalho

a cargo do DRI, nomeadamente no que toca à

formação a assegurar aos PALOP’s e as múltiplas

solicitações que lhe eram (e são) continuamente

endereçadas por outras entidades, v.g. a REFJ,

exigindo a disponibilidade permanente e

simultânea de várias pessoas, no CEJ e/ou no

estrangeiro, houve necessidade de aumentar o

número de colaboradores do DRI, de forma a

poder continuar a assegurar a imagem de prestígio

internacional que é apanágio do CEJ.

Nesse sentido, a partir de 27 de outubro

de 2015 e por despacho do Exmo. Diretor do

CEJ, o DRI passou a contar com a colaboração

ativa do Dr. Diogo Alarcão Ravara, juiz docente

na área de direito do trabalho e da Dra. Maria

Perquilhas, juiz docente na área de família e

crianças, na qualidade de ‘responsáveis de

projeto’, os quais à data colaboravam já

pontualmente com o DRI. Também o Dr.

Alexandre Oliveira, juiz docente na área de direito

penal começou a colaborar com o DRI a partir de

janeiro de 2017.

Desde dezembro de 2015, o DRI passou

igualmente a contar com uma segunda Técnica

Superior para trabalhar com a Dra. Cristina

Messias, a Dra. Ana Inácio.

Para além disso, e sempre que a

especificidade do tema ou a sobreposição de

agendas o exige, é ainda solicitada a colaboração

de outros docentes, considerando as respetivas

capacidades linguísticas e a sua especialização na

matéria em causa.

Page 53: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 53

4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária

No quadro da Rede Europeia de Formação

Judiciária (REFJ), organização que congrega as

diversas instituições de formação judiciária de

todos os Estados-membros da União Europeia, e

que conta ainda com a Academia de Direito

Europeu de Trier (ERA) entre os seus membros

efetivos, a participação de CEJ desdobrou-se em

três vertentes essenciais: a) na estrutura

organizativa da Rede; b) nas ações de formação

promovidas pela REFJ e pelos seus membros; c)

nos programas de intercâmbio para magistrados.

Para além de tais aspetos, importa referir

que o CEJ desempenha ainda um papel ativo na

difusão de todas as atividades formativas

promovidas no âmbito da REFJ em que foi

admitida a participação de juízes e procuradores

nacionais, designadamente veiculando as mesmas

junto das magistraturas através do CSM, PGR e

CSTAF, e solicitando às mesmas entidades a

centralização e a graduação das candidaturas

apresentadas.

4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ

Em reunião da Assembleia Geral, em

Amesterdão, decorrida em junho de 2016, o CEJ

foi novamente eleito para integrar o ‘Steering

Committee’ no período 2017-2019.

Para o mesmo período, foi igualmente

eleito para integrar os Grupos ‘Programas’,

‘Programa de Intercâmbios’ e ‘Metodologias’. No

âmbito do Grupo ‘Programas’, que se subdivide

em subgrupos que trabalham as diferentes áreas

formativas, o CEJ está ainda representado nos

subgrupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal’, ‘Direitos

Humanos’ e ‘Linguística’. Até final de 2016,

manteve também a sua participação no subgrupo

‘Administrativo’, para o qual tinha sido eleito em

2011.

No período em causa, o CEJ fez-se

representar e participou ativamente em todas as

reuniões ordinárias dos diferentes órgãos

estatutários e grupos de trabalho da REFJ de que

faz parte.

4.3.2. Grupos ‘Programas’ e ‘Metodologias’; Sub-Grupos

‘Civil’, ‘Justiça Criminal, ‘Direitos Humanos’ e ‘Linguística’ ’

No âmbito do Grupo ‘Metodologias’,

importa destacar a realização, no CEJ, do

seminário sobre “Judgecraft”, nos dias 17 e 18 de

novembro 2016.

No que concerne ao Grupo ‘Programa de

Intercâmbios’, o CEJ organizou e acolheu, nos

dias 8 a 10 de março 2017, a reunião deste Grupo

e dos seus respetivos Pontos de Contacto.

Page 54: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 54

Da participação nas atividades formativas

inseridas no âmbito do Grupo ‘Programas’

salientam-se de seguida as que tiveram lugar no

CEJ.

No âmbito do sub-grupo Civil, destaca-se

a realização em Lisboa do seminário europeu

sobre Building a new European Labour Law in the light

of the EU and the CoE’s legal frameworks, nos dias 3 e

4 de abril de 2017, com a intervenção de três

conferencistas nacionais, e a presença de 50

magistrados oriundos de diferentes Estados--

Membros.

Ainda no quadro das atividades do sub-

grupo ‘Administrativo’, teve lugar em Lisboa, nos

dias 23 e 24 de fevereiro 2017, o seminário sobre

Data Protection and Privacy Rights, com a presença de

quatro conferencistas nacionais e dirigido a 45

magistrados oriundos de diferentes Estados-

-Membros.

4.3.3. Concurso Thémis

O concurso Themis, também promovido

pela REFJ, traduz-se numa competição

envolvendo equipas provenientes de instituições

de formação europeias, compostas por três

auditores de justiça com não mais de dois anos de

percurso formativo, a quem incumbe a redação

prévia de um trabalho que deverá incidir sobre

um assunto à sua escolha inserido num dos quatro

grandes temas propostos (Cooperação Judiciária

Internacional em Matéria Penal, Cooperação

Judiciária Internacional em Matéria Civil,

Interpretação e Aplicação dos artigos 5.º e 6.º da

Convenção Europeia dos Direitos do Homem, e

Ética e Deontologia). Cada uma dessas áreas

temáticas constitui o objeto das quatro meias-

finais do concurso, sendo aí apresentada

oralmente pelas equipas concorrentes e depois

discutida com os membros do Júri.

Na 12.ª Edição do Themis, o CEJ

participou nas seguintes meias-finais, com equipas

constituídas por auditores de justiça do 32.º Curso

Normal:

Meia-final A: Sófia, 10-13 abril 2017, uma

equipa, com um trabalho sobre ‘The European

Supervision Order: from discrimination to equality’,

Meia-final B: Bruxelas, 15-18 maio 2017, duas

equipas com trabalhos sobre os temas

“Children in Post-Modern Families – the right of

children to have contact with attachment figures” e

“Surrogacy – a clash of competing rights (with

particular reference to the ECHR’s case of Paradiso

and Campanelli vs. Italy)”.

Esta 12.ª Edição do Themis contou com

um total de 36 equipas nas 4 meias-finais.

4.3.4. Catálogo Plus

No Catálogo Plus da REFJ inserem-se

todas as atividades de formação interna que as

diversas instituições componentes da Rede

decidiram abrir à participação de magistrados

Page 55: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 55

judiciais e do Ministério Público dos restantes

países-membros.

O DRI, por regra, introduz neste Catálogo

todas as atividades constantes do seu programa de

formação contínua que se vislumbrem de

interesse na perspetiva do magistrado estrangeiro,

excluindo por isso todas aquelas em que a

componente é de exclusivo reporte à aplicação da

lei nacional.

Desde 2011, no denominado ‘Catálogo

Plus’, a REFJ passou a financiar também a

interpretação simultânea e a participação de dez

magistrados estrangeiros em tais atividades

formativas (ao invés do que sucede com as ações

do Catálogo Geral, cujas despesas de deslocação

são exclusivamente suportadas pelos próprios),

desde que os respetivos países de origem incluam

também ações de formação abertas à participação

de estrangeiros e que como tal sejam admitidas

pela Rede, designadamente tendo em conta a

relevância da temática a abordar.

Nessa medida, o CEJ propôs e logrou ver

incluídas no ‘Catálogo Plus’ de 2017 duas ações

de formação contínua.

A primeira decorreu nos dias 30 e 31 de

março 2017, sobre o tema ‘Judicial Psychology”; a

segunda teve lugar nos dias 21 e 22 de Setembro

2017 sobre o tema ”Conference in collaboration with

ILO”. Embora esta última tenha decorrido em

momento posterior ao período em análise neste

Relatório de Atividades, inicialmente a ação de

formação esteve agendada para dias 6 e 7 de abril

2017.

Em cada uma destas ações de formação

estiveram presentes 10 magistrados estrangeiros,

assim garantindo a participação de outros tantos

magistrados portugueses em iniciativas formativas

semelhantes promovidas por congéneres nossas

que tiveram lugar ao longo do ano.

4.3.5. Programa de intercâmbios (Exchange Programme)

O Programa de Intercâmbios da REFJ

comporta a realização de diferentes ações de

intercâmbio, nelas assumindo particular relevância

os estágios propriamente ditos destinados a

magistrados judiciais e do Ministério Público em

funções, junto de colegas estrangeiros em

exercício numa jurisdição afim e com a duração

de uma ou duas semanas, e os estágios orientados

para formadores, com a duração de uma semana

junto de instituições de formação judiciária de

outro Estado-Membro da União Europeia.

Cerca de dois mil magistrados europeus

participam anualmente nas atividades das

diferentes valências do Programa de

Intercâmbios. Em estreita articulação com o

CSM, a PGR e o CSTAF, o CEJ tem promovido,

em 2017, a participação de:

▪ 27 magistrados portugueses em estágios de

duas semanas, em língua inglesa, junto de

colegas estrangeiros de jurisdições afins;

▪ 10 magistrados portugueses em estágios de

uma semana, em língua inglesa, junto de

colegas estrangeiros de jurisdições afins;

▪ 1 magistrado num estágio de longa duração (4

meses) na EUROJUST;

▪ 1 magistrado num estágio de longa duração;

Page 56: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 56

(12 meses) no Tribunal Europeu dos Direitos

do Homem;

▪ 1 magistrado num estágio de longa duração

(12 meses) no Tribunal de Justiça da União

Europeia;

▪ 4 magistrados formadores em estágios de uma

semana, em língua inglesa, junto de colegas de

outras instituições congéneres;

▪ 8 magistrados em visitas de estudo de 2 dias

ao Tribunal de Justiça da União Europeia

(TJUE);

▪ 4 magistrados em visitas de estudo de 2 dias

ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

(TEDH);

▪ 3 magistrados em visitas de estudo de 2 dias a

instituições de Bruxelas.

▪ 2 magistrados formadores em visita de estudo

de 2 dias à Agência dos Direitos

Fundamentais

Quanto ao número de magistrados

estrangeiros que vieram a ser colocados pelo DRI

para realização de estágios em Portugal,

assinalam-se as seguintes participações:

▪ 5 magistrados colocados em diferentes

tribunais do país, para um estágio individual

de duas semanas em língua portuguesa;

▪ 6 magistrados para um estágio individual de

uma semana, nos tribunais e em inglês;

▪ 8 magistrados formadores para um estágio em

grupo, no CEJ, de uma semana e em língua

inglesa.

No que respeita à formação inicial, em

2013 a REFJ implementou o designado programa

‘AIAKOS’ que pretendeu institucionalizar de

forma generalizada em todo o espaço europeu as

visitas de intercâmbio dos candidatos às carreiras

na magistratura, dando desta forma resposta às

preocupações da Comissão quanto ao incremento

da formação em Direito Europeu e aos

intercâmbios de profissionais do foro junto de

instituições congéneres de outro Estado-Membro.

As visitas de intercâmbio no âmbito do

programa AIAKOS ocorrem habitualmente no

último trimestre de cada ano.

Assim, na semana de 10 a 14 de outubro

de 2016, o CEJ acolheu 27 auditores de justiça

estrangeiros (1 esloveno, 2 italianos, 6 alemães, 5

belgas, 9 polacos, 1 checo e 1 eslovaco), enquanto

31 auditores de justiça do 32.º Curso se

deslocaram, em diferentes grupos, às nossas

congéneres de Alemanha, França, Polónia,

Bélgica, Espanha e República Checa, na semana

de 21 a 25 de novembro 2016.

4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação

Para além da REFJ, o CEJ é igualmente

membro da Rede de Lisboa, da Rede

Ibero-Americana de Escolas Judiciais (RIAEJ), e

da RECAMPI (Rede de Capacitação de

Ministérios Públicos Ibero-americanos).

A Rede de Lisboa, estrutura participada

pelas instituições de formação judiciária de todos

os países membros do Conselho da Europa,

encontra-se hoje integrada na CEPEJ (Comissão

Europeia para a Eficácia da Justiça), não dispondo

Page 57: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 57

de órgãos próprios com capacidade para

promover autonomamente quaisquer atividades

formativas entre os respetivos membros. Nessa

medida, qualquer iniciativa que nesse âmbito

venha a ter lugar está dependente da promoção e

do suporte financeiro que à mesma venha a ser

concedido pelo Conselho da Europa.

Deste modo, e no âmbito do Conselho da

Europa, o CEJ participa nas atividades do

Programa HELP (European Programme for Human

Rights Education for Legal Professionals), no quadro

das quais decorre anualmente uma Conferência da

Rede HELP. O Programa HELP tem como

finalidade apoiar os Estados-Membros do

Conselho da Europa na implementação da

Convenção Europeia dos Direitos do Homem ao

nível nacional, o que se pretende conseguir

através das conferências anuais da Rede HELP

onde representantes das instituições nacionais de

formação dos 47 Estados-Membros do Conselho

da Europa discutem formas de promover e

melhorar a formação na área dos Direitos

Humanos e aprofundar a cooperação entre as

diversas instituições envolvidas.

Nesse contexto, o CEJ fez-se representar

na Conferência anual da Rede HELP que teve

lugar em Estrasburgo nos dias 16 e 17 de junho

de 2016, e que abordou a temática ‘HELP,

Leading The Way Towards National Case Law

Harmonisation’.

No âmbito da parceria HELP in the 28,

concebida para aprofundar a temática dos

Direitos Humanos, o Dr. Diogo Ravara

frequentou um curso de atualização de

formadores em Estrasburgo nos dias 3 e 4 de

março de 2016. Este curso, organizado na

sequência de uma primeira Formação de

Formadores no âmbito dos Direitos Humanos e

reconhecida pelo CoE, destinou-se aos pontos de

contacto nacionais e visou implementar

estratégias para o desenvolvimento de quatro

cursos-modelo, um deles a decorrer a partir de

janeiro de 2017 em formato b-learning, organizado

pelo CEJ e dedicado ao tema ‘Os Direitos dos

Trabalhadores Enquanto Direitos Humanos’.

Ainda no âmbito do Programa HELP in

the 28, a docente do CEJ, Dr.ª Helena Susano,

esteve presente no seminário europeu ‘Fight against

racism, xenofobia, homophobia’, organizado

conjuntamente pelo CoE e pela Escuela Judicial de

Barcelona e que teve lugar nesta cidade nos dias

25 e 26 de julho de 2016.

Quanto à RIAEJ e à RECAMPI, a

inexistência de recursos financeiros próprios e a

dispersão geográfica são fatores que limitam

fortemente a realização de qualquer iniciativa

conjunta que possa ter lugar no âmbito das

mesmas.

4.4. Países de Língua Portuguesa

O relacionamento estreito com os países

integrantes da CPLP e com as instituições de

formação judiciária que deles fazem parte sempre

constituiu uma das prioridades do CEJ e um meio

de afirmação do prestígio internacional da

instituição, pelos particulares laços históricos e

culturais que a todos unem. Aos mais diversos

níveis, têm sido desenvolvidas atividades de

Page 58: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 58

natureza formativa e de cooperação com os países

de língua portuguesa e respetivas instituições

judiciárias e magistraturas.

Nesse âmbito, e utilizando as listas de

endereços que para o efeito organizou, o DRI tem

ainda estabelecido contactos com juízes e

procuradores desses países de forma regular,

designadamente mantendo-os informados sobre

as atividades inseridas no plano anual de

formação contínua e dando-lhes também a

conhecer o catálogo de edições disponíveis no

sítio do CEJ.

4.4.1. Brasil

As relações de amizade e de cooperação

com o Brasil têm tido tradução nos vários

protocolos estabelecidos com diferentes escolas

de formação, de âmbito federal ou estadual, e nas

visitas de grupo que várias dessas instituições

nossas congéneres têm solicitado ao CEJ e cuja

promoção sempre assegurámos.

4.4.2. Outros países da CPLP

No âmbito do relacionamento com os

PALOP, a atuação do CEJ continua a

desenvolver-se em estreita colaboração com a

DGPJ, entidade que tem centralizado ao nível

governamental a cooperação para a área da Justiça

com os países africanos de expressão portuguesa,

com Macau e com Timor-Leste, bem como com

o “Camões, Instituto da Cooperação e da

Língua”.

1. No que aos PALOP diz respeito e no

período em apreciação, em setembro de 2016 foi

celebrado um protocolo tripartido entre o

“Camões, Instituto da Cooperação e da Língua”,

o Centro de Estudos de Judiciários e a Escola da

Polícia Judiciária, no sentido de ser implementado

o Projeto de Apoio à Consolidação do Estado de

Direito nos PALOP e em Timor Leste, designado

PACED, com financiamento da União Europeia.

É objetivo geral do PACED contribuir

para a afirmação e consolidação do Estado de

Direito nos PALOP e em Timor Leste, através da

prossecução do seguinte objetivo específico -

prevenir e lutar eficazmente contra a corrupção, o

branqueamento de capitais e o crime organizado,

especialmente no que toca ao tráfico de

estupefacientes.

Para o efeito, o projeto em causa prevê a

concretização dos seguintes três resultados:

O reforço e a modernização do

quadro jurídico e regulamentar e

a organização administrativa dos

PALOP e de TL em matérias de

prevenção e luta contra a

Page 59: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 59

corrupção, branqueamento de

capital e crime organizado,

especialmente tráfico de

estupefacientes;

A atualização dos procedimentos

operacionais das instituições

relevantes dos PALOP e de TL,

bem como o reforço das suas

capacidades técnicas e humanas;

O fortalecimento da cooperação

entre instituições homólogas dos

PALOP e de TL, bem como

entre si e das organizações

externas e internacionais

relevantes com base em diretrizes

comuns.

O Centro de Estudos Judiciários foi

chamado a colaborar neste projeto como entidade

formadora, tendo por escopo a capacitação de

técnicos do sistema bancário e financeiro,

investigadores, magistrados do Ministério Público

e Juízes.

A formação foi ministrada especificamente

nas áreas do tráfico de estupefacientes, corrupção

e branqueamento de capitais, sendo abordados

transversalmente os instrumentos legais, nacionais

e internacionais e o tema da prova, à luz do

direito vigente em todos os países dos PALOP e

Timor Leste.

A primeira fase do projeto teve lugar no

CEJ, em novembro de 2016, sendo concretizada

através de uma ação de formação de formadores

com a duração de 20 dias úteis, e com 24

destinatários, sendo eles 6 técnicos bancários, 6

investigadores, 6 magistrados do Ministério

Público e 6 Juízes, oriundos em igual número e

profissão de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo

Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Com a ação de formação de formadores

em causa pretendeu-se criar uma bolsa de

formadores dos PALOP e de Timor Leste nas

matérias de combate ao tráfico de estupefacientes,

corrupção, branqueamento de capitais e crime

organizado em geral.

A metodologia formativa utilizou a

plataforma informática do CEJ para nela serem

inseridos os materiais formativos mais relevantes,

tendo sido desenvolvida uma plataforma

formativa exclusivamente dedicada a este curso.

Foi produzido pelos docentes do curso em

causa - que incluiu uma importante vertente

pedagógica a cargo do Dr. Fernando Silva, do

Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) do CEJ -

um manual de formação de formadores nas áreas

jurídicas objeto do curso, completamente inédito

e especificamente destinado aos países

destinatários da formação no âmbito do projeto

PACED.

A segunda fase do projeto teve início em

2017, com as primeiras ações de formação

nacionais a terem lugar em Angola, Cabo Verde e

São Tomé e Príncipe ao longo dos meses de maio,

junho e julho, por períodos de 3 semanas

(Angola) ou uma semana (os demais).

As ações em referência foram dinamizadas

por dois formadores internacionais docentes do

CEJ, na qualidade de tutores e pelos formadores

nacionais que tinham participado na ação de

formação de formadores no CEJ, em Novembro

de 2016.

Esta segunda modalidade de formação

desenvolvida nos diferentes países permite a

tutoria/apoio dos recém-formados formadores no

exercício das suas funções formativas e, dessa

forma, possibilita o desenvolvimento dos ganhos

teóricos práticos por eles assimilados durante a

fase de formação de formadores.

Page 60: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 60

No segundo semestre de 2017 decorreram

ainda outras formações nacionais em Timor-

Leste, Moçambique e Guiné Bissau.

À exceção de Moçambique e de São Tomé

e Príncipe, as formações nacionais têm duas

edições: uma primeira em 2017, e outra a realizar

em 2018, com o objetivo de atingir o maior

número de profissionais. Em Angola e em

Moçambique, as formações têm lugar em três

regiões diferentes.

2. Por solicitação da DGPJ, o CEJ

assegurou ainda a realização de um curso de

justiça constitucional, entre os dias 12 e 16 de

dezembro de 2016 a um grupo de magistrados e

juristas moçambicanos selecionados pelo

Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e

Religiosos de Moçambique.

3. Para além destas atividades e do

relacionamento institucional, o CEJ acolheu

ainda, no período em causa, todos os magistrados

oriundos de países de língua portuguesa que

individualmente se nos dirigiram, manifestando

interesse em participar em ações de formação ou

simplesmente o desejo de melhor conhecer a

instituição.

4.5. Atividades bilaterais

4.5.1. Escolas espanhola e francesa

As tradicionais relações de intercâmbio

com as escolas de formação judiciária de Espanha

e de França, de que o CEJ foi pioneiro ao nível

europeu, encontram-se hoje enquadradas no

Programa de Intercâmbios da REFJ, como já se

referiu.

Deste modo, as visitas de intercâmbio de

auditores de justiça entre aquelas instituições são

hoje objeto de financiamento por parte da REFJ,

e a partir do final de 2013 passaram a inserir-se no

âmbito do Programa AIAKOS, a um nível

multilateral.

Mantêm-se, todavia, as relações

privilegiadas ao nível bilateral com o CEJ de

Madrid, com a Escuela Judicial de Barcelona e com

a École Nationale da la Magistrature francesa (ENM),

visando a elaboração e a promoção conjunta de

módulos e ações de formação judiciária em torno

de diferentes temáticas ao nível do direito

europeu.

4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA)

No período em análise e reportando-nos a

2016, o CEJ acolheu, nos dias 6 e 7 de outubro, a

realização de um seminário sobre “International

Surrender of Persons - a transcontinental approach”,

organizado conjuntamente com a ERA, e no qual

participou um conferencista nacional, além de 10

Page 61: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 61

outros magistrados portugueses, para o efeito

isentados da taxa de inscrição.

Nos dias 10 e 11 de novembro de 2016,

teve lugar, também no CEJ, um seminário sobre o

tema “Special Investigation Techniques to Tackle Internet

Crimes”, no qual participaram 10 magistrados

nacionais, para o efeito isentados de taxa de

inscrição.

Ainda em 2016, o CEJ fez-se representar

por um dos seus Diretores-Adjuntos na reunião

anual do Governing Board da ERA, que decorreu

em Trier no dia 10 de Outubro.

Já em 2017, concretamente nos dias 8 e 9

de maio, o CEJ acolheu a realização de mais um

seminário da ERA, desta feita sobre o tema

“Competition Law”, e no qual participaram 8

magistrados portugueses ao abrigo do acordo de

parceria celebrado entre ambas as instituições.

No quadro de uma outra parceria

celebrada entre o CEJ e a ERA, teve lugar em

Trier, nos dias 27 e 28 de março de 2017, uma

reunião de coordenação do projecto “Better

applying the EU Regulations on Family and Succession

Law: Development of training materials & organisation of

interactive seminars” na qual o CEJ se fez

representar por uma Docente da Jurisdição de

Família e Menores que coordenará a

implementação do seminário a decorrer em

Lisboa nos dias 29 e 30 de novembro 2017.

4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras

Procurando permanentemente dar

resposta positiva a solicitações no sentido de

acolher visitas de entidades interessadas e de

melhor conhecer o sistema português de

formação de magistrados, durante o ano

2016/2017 o CEJ acolheu a visita, entre outras,

das seguintes personalidades e delegações

estrangeiras:

▪ 1 de setembro de 2016: dois Grupos

MOVEO (Advogados estagiários do

Tribunal Regional de Weisbaden e do

Tribunal de Hamburgo);

▪ 13 de setembro de 2016: Delegação da

Comissão para a Reforma Legislativa e do

Setor da Justiça (CRL) de Timor-Leste;

▪ 27 de setembro de 2016: Delegação do

Supremo Tribunal de Justiça da Rússia;

▪ 28 de setembro de 2016: Grupo MOVEO

(Advogados estagiários do Tribunal

Regional de Frankfurt);

▪ 6 e 7 de outubro de 2016: Delegação do

Centro de Formação Jurídica e Judiciária

(CFJJ) de Macau (5.º Curso de Formação);

▪ 27 e 28 de outubro 2016: Delegação da

Academia de Justiça da Arménia (EU and

CoE Joint Project);

▪ 14 de novembro de 2016: Grupo

MOVEO (Advogados estagiários do Court

of Appeal - Berlim);

▪ 24 de novembro de 2016: Grupo

MOVEO (Advogados estagiários do

District Court of Traunstein);

▪ 28 de novembro de 2016: Delegação do

Centro de Estudos Judiciários da

Indonésia;

Page 62: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 62

▪ 28 a 30 de novembro 2016: Delegação de

Magistrados da Academia de Justiça e

Quadros-Técnicos do Ministério da Justiça

do Azerbaijão;

▪ 5 a 7 de dezembro de 2016: Diretora do

Centro de Formação Jurídica e Judiciária

(CFJJ) de Moçambique, Dr.ª Vitalina

Papadakis;

▪ 24 de janeiro de 2017: Grupo MOVEO

(Advogados estagiários do Tribunal

Distrital de Colónia);

▪ 23 de fevereiro de 2017: Presidente do

Tribunal Constitucional de Cabo Verde,

Dr. João Semedo;

▪ 6 de março de 2017: Grupo MOVEO

(Advogados estagiários de Tribunal

Distrital de Berlim);

▪ 15 de março de 2017: Grupo MOVEO

(Advogados estagiários do Supremo

Tribunal de Berlim);

▪ 21 de março de 2017: Grupo MOVEO

(Advogados estagiários do Tribunal

Distrital de Frankenthal);

▪ 18 de abril de 2017: Delegação do

Supremo Tribunal do Povo da República

Popular da China;

▪ 2 a 5 de maio de 2017: Delegação da

Academia de Justiça da Geórgia;

▪ 29 de maio de 2017: Grupo MOVEO

(Advogados estagiários do Tribunal

Distrital de Munique);

▪ 30 de maio a 2 de junho 2017: Delegação

da Procuradoria-Geral da República do

Cazaquistão;

▪ 23 de junho de 2017: Grupo MOVEO

(Advogados estagiários do Supremo

Tribunal de Berlim);

▪ 26 a 30 de junho 2017: Delegação do

Montenegro;

▪ 28 de junho de 2017: Presidente do

Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé

e Príncipe, Dr. Manuel da Silva Gomes

Cravid;

▪ 14 de julho de 2017: Delegação do Colégio

Nacional de Juízes da República Popular

da China.

Page 63: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 63

5. Gabinete de Estudos Judiciários

5.1. Recursos Humanos

O Gabinete de Estudos Judiciários

(GAEJ) é uma unidade orgânica nuclear que se

encontra na dependência direta do Diretor do

CEJ, na sequência da revogação da alínea c) do n.º

1 do artigo 95.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de

janeiro, pela Lei n.º 45/2013, de 3 de julho.

O quadro de pessoal afeto ao Gabinete de

Estudos Judiciários (GAEJ) compreendeu, no ano

em análise, apenas um trabalhador com a

categoria de técnico superior, o que ocasiona

constrangimentos, limitações e dificuldades ao

trabalho desenvolvido por este Gabinete.

5.2. Atividade desenvolvida

De acordo com as atribuições fixadas

pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários,

o Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu

no ano letivo de 2016/2017 diversas atividades

que podem que podem sistematizar-se nos

seguintes temas:

▪ Estudos e trabalhos de investigação;

Page 64: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 64

▪ Atividades de apoio à formação de

magistrados;

▪ Organização e apoio à realização de

atividades sociais e culturais;

▪ Comunicação institucional e imagem;

▪ Outras atividades.

Porém, como ponto prévio, refira-se que o

ano de atividades 2016/2017 do GAEJ foi

fortemente marcado pela intensa participação

desta unidade orgânica no Projeto de Apoio à

Consolidação do Estado de Direito (PACED),

projeto de cooperação financiado pela União

Europeia (no âmbito do 10.º FED - Fundo

Europeu de Desenvolvimento) e pelo Camões -

Instituto da Língua e da Cooperação e executado

por este instituto.

Toda a ação do GAEJ desenvolvida no

âmbito deste projeto foi realizada em muito

estreita colaboração e sob orientação do

Departamento de Relações Internacionais (DRI),

unidade orgânica do CEJ responsável pela gestão

e execução desta subactividade. As atividades

dinamizadas pelo GAEJ neste projeto serão

referidas transversalmente nos subtítulos

seguintes.

5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios

a) Estudos concluídos neste ano de atividades

▪ Quem São os Futuros Magistrados -

Caracterização Sociográfica dos Auditores de

Justiça do 32.º Curso de Formação de

Magistrados (2016-2018), trabalho que foi

publicado em formato e-book e apresentado

em sessão pública realizada no CEJ, dia

20 de fevereiro de 2016;

▪ Quem São os Futuros Magistrados -

Caracterização Sociográfica dos Auditores de

Justiça do 4.º Curso de Formação de Magistrados

para os Tribunais Administrativos e Fiscais

(2016-2018), trabalho que foi publicado

em formato e-book e apresentado em

sessão pública realizada no CEJ, dia 20 de

fevereiro de 2016;

▪ Open Day CEJ: Inquérito de Avaliação do

Evento (Relatório);

No âmbito do PACED, o GAEJ produziu

os seguintes trabalhos e relatórios:

▪ Manual de Formação de Formadores -

Capacitação nas Áreas do Tráfico de

Estupefacientes, da Corrupção e do

Branqueamento de Capitais e com conhecimento

dos instrumentos legais, administrativos e

processuais em vigor nos países de língua oficial

portuguesa, realizado em coautoria, cabendo

ao GAEJ a autoria do capítulo

“Enquadramento pedagógico”, obra que

será objeto, a breve trecho, de publicação

em livro pelo Camões, I.P.;

▪ Seis relatórios que, tendo como objeto a

ação de formação de formadores (1.ª fase)

do PACE, incidiram sobre:

- Diagnóstico de expectativas dos

formandos;

Page 65: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 65

- Diagnóstico de necessidades

de formação, competências,

atitudes e comportamentos dos

formandos;

- Avaliação final de expectativas dos

formandos;

- Avaliação final de necessidades,

competências, atitudes e

comportamentos de formação dos

formandos;

- Avaliação final da formação;

- Relatório de execução.

Foi ainda realizado no âmbito do PACED

um inquérito sobre necessidades de formação nas

áreas do tráfico de estupefacientes, da corrupção e

branqueamento de capitais aos tribunais

supremos, conselhos superiores das magistraturas,

procuradorias-gerais das respetivas repúblicas,

direções nacionais das polícias e serviços de

investigação criminal e unidades de informação

financeira dos países envolvidos neste projeto

(Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e

Príncipe e Timor-Leste) mas, dado o baixo

número de respostas (apenas seis) optou-se

(GAEJ, DRI e Camões, I.P.) por não se elaborar

um relatório estatístico e apenas fazer uma análise

individualizada das respostas recebidas.

b) Outros documentos

O GAEJ assegurou a compilação dos

diversos contributos que compõem o Plano de

Atividades e o Relatório de Atividades

Ainda no âmbito dos estudos, foram

realizados pelo GAEJ diversos pequenos estudos

de investigação, nomeadamente de caráter

estatístico, elaborados ad hoc, em função das

necessidades de informação de apoio à decisão da

Direção do Centro de Estudos Judiciários, do

Departamento de Formação e do Departamento

de Relações Internacionais, de apoio a

necessidades específicas de docentes ou na

sequência de pedidos de entidades externas e após

autorização da Direção.

5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados

Nesta área, o GAEJ realizou um inquérito

de opinião/avaliação da formação juntos dos

Auditores de Justiça de Justiça do 32.º Curso

Normal de Formação de Magistrados para os

Tribunais Judiciais e do 4.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Administrativos e

Fiscais sobre a formação ministrada no 1.º ciclo

(setembro de 2016 a julho de 2017). O respetivo

relatório está em fase de elaboração.

Relativamente ao PACED, o GAEJ

assegurou, sob supervisão do DRI e no âmbito da

formação de formadores (1.ª fase), as funções de

gestão da formação (administrativa, de recursos

logísticos e pedagógicos, acompanhamento da

ação e respetiva avaliação), a formação na

componente pedagógica (com a duração de 28

horas e disponibilizando um formador na pessoa

do técnico superior afeto ao GAEJ) e a gestão

(utilizadores e conteúdos) do curso

especificamente criado para esta ação de

formação na plataforma Moodle do CEJ.

No que toca à 2.ª fase do PACED

Page 66: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 66

(formações nacionais), o mesmo técnico superior

assegurou a tutoria na vertente pedagógica nas

ações de formação nacionais realizadas em Cabo

Verde (de 29 de maio a 2 de junho) e em São

Tomé e Príncipe (de 12 a 16 de junho) bem como

o apoio administrativo e técnico-pedagógico à

equipa tutora.

5.2.3. Atividades sociais e culturais

O GAEJ organizou, em conjunto com o

DEF, a exposição “O Que Ficou Por Dizer - A

Censura na Cultura e nas Artes • 1936-1974”, cedida

pela Sociedade Portuguesa de Autores, que esteve

patente na Sala Bocage, de 21 de junho a 14 de

julho e que integrou o programa do encerramento

das atividades formativas do 1.º ciclo dos cursos

de formação inicial de magistrados que

decorreram no período a que respeita o presente

relatório.

Esta exposição é composta por uma

reprodução em 26 telas de documentos (livros,

peças de teatro, filmes, discos e

material administrativo das entidades censoras) do

espólio da Sociedade Portuguesa de Autores,

documentos estes que têm em comum o facto de

terem sido censurados em registos ligados ao

teatro, à música e à literatura. Paralelamente, o

GAEJ, em colaboração com o Centro de

Documentação do CEJ, organizou uma exposição

bibliográfica com obras censuradas durante o

mesmo período.

A exposição despertou interesse e foi

visitada por um número de visitantes que não foi

possível apurar, principalmente visitantes internos

ao CEJ.

Ainda no âmbito sociocultural, o GAEJ

organizou a receção uma visita de cariz histórico-

-cultural ao CEJ, no âmbito das Comemorações

dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em

Portugal (uma iniciativa conjunta da Assembleia

da República. Ministério da Justiça, Direção-Geral

do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Câmara

Municipal de Lisboa e Centro Cultural de Belém).

Esta visita às instalações do CEJ,

anteriormente ocupadas pela cadeia do Limoeiro,

intitulada “O Limoeiro, Um Carrasco e um Lobo - Os

Últimos Suspiros da Pena de Morte em Lisboa”,

realizou-se no dia 1 de julho e teve a participação

de cerca de 30 pessoas e foi objeto de reportagem

por um canal de televisão (SIC), tendo sido a

mesma sido transmitida em sinal aberto, em

horário nobre. A parceria do CEJ nestas

comemorações não está ainda concluída, estando

Page 67: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 67

prevista, no ano letivo 2017/2018, a realização de

mais três visitas semelhantes.

Ainda relacionado com a mesma iniciativa,

o GAEJ foi convidado e esteve presente, na

pessoa do seu trabalhador, na inauguração da

exposição "Morte à morte! 150 anos da Abolição da

Pena de Morte em Portugal / 1867-2017", que

decorreu na Assembleia da República, no dia 5 de

julho de 2017.

Para além desta e de cariz histórico e

cultural, o GAEJ organizou ainda a receção das

seguintes visitas:

1) Nos dias 4 de janeiro e 22 de março,

dois grupos no âmbito das “Visitas

comentadas”, solicitadas pela Divisão de

Promoção e Comunicação Cultural da

Direção Municipal de Cultura da Câmara

Municipal de Lisboa;

2) Um grupo de associados do Sindicato

dos Professores da Grande Lisboa (no

dia 11 de fevereiro);

3) Um grupo de associados da APPA -

Associação do Património e da

População de Alfama (no dia 18 de

março);

4) Um grupo de associados da Associação

Portuguesa de Recursos Hídricos (no dia

1 de abril);

5) Um grupo de jovens e crianças, em visita

solicitada pelo centro de estudos Atrium

7 (no dia 22 de agosto).

Com um pendor mais informativo e

formativo - particularmente centradas nos

processos de recrutamento, seleção e formação de

magistrados e dirigidas a estudantes de Direito e

aspirantes ao ingresso nas magistraturas - o GAEJ

organizou a receção e acompanhou as seguintes

visitas:

▪ No dia 18 de abril, um grupo de cerca de

60 visitantes integrados numa visita

solicitada pela ELSA-FDUC (European

Law Students' Association - Núcleo da

Faculdade de Direito da Universidade de

Coimbra);

▪ No dia 19 de abril, um grupo informal de

23 estudantes da Escola de Direito da

Universidade do Minho.

No total foram recebidas nove visitas,

abrangendo cerca de 270 visitantes.

Nestas atividades compete ao GAEJ

acompanhar os visitantes ao longo de todo o

percurso no CEJ. Estas visitas obedecem ao

seguinte modelo que é, contudo, adaptado caso a

caso aos objetivos da visita e ao público desta:

▪ Uma primeira parte, reforçada nas visitas

de cariz cultural e histórico, em que se

visitam alguns dos locais mais

emblemáticos do Limoeiro e se faz uma

apresentação da história do local onde se

situa o CEJ, desde o período tardo-

-romano até ao séc. XX, com especial

enfoque nas condições de vida dos

reclusos na cadeia;

▪ Uma segunda parte, com maior peso nas

visitas de cariz formativo e informativo,

centrada no recrutamento, seleção e

formação de magistrados e o papel do CEJ

nestes processos.

A visita mencionada em 4) foi uma

exceção a este modelo, pois tinha uma temática

específica (As Águas de Alfama) e inseriu-se num

percurso mais extenso - do qual o CEJ era apenas

uma parte - e centrado nas características

hidrográficas especiais das zonas do Castelo e

Alfama.

Page 68: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 68

No âmbito da abertura da 1.ª fase do

PACED, o GAEJ organizou uma visita dos

formandos ao Museu do Aljube - Resistência e

Liberdade, que foi guiada pelo próprio diretor do

museu, o Prof. Luis Farinha.

O GAEJ apoiou ainda, quando solicitado,

as atividades do projeto Justiça para Tod@s ou

outros visitas dinamizadas por docentes e que

foram decorrendo ao longo de todo o ano letivo.

5.2.4. Comunicação institucional e imagem

O GAEJ tem desenvolvido ao longo dos

últimos anos um trabalho ao nível da

comunicação institucional e imagem do CEJ que

tem vindo a ganhar relevância e peso na atividade

desta unidade orgânica.

À semelhança de anos transatos, o GAEJ

assegurou:

▪ A compilação, organização, formatação e

composição gráfica de documentos de

como o Plano de Atividades, o Relatório

de Atividades, os Planos de Estudos,

Caderno do Auditores de Justiça e

documentos similares. Inclui-se aqui a

compilação dos contributos dos diversos

coautores e a composição gráfica da

versão de trabalho do Manual de Formação

de Formadores - Capacitação nas Áreas do

Tráfico de Estupefacientes, da Corrupção e do

Branqueamento de Capitais e com conhecimento

dos instrumentos legais, administrativos e

processuais em vigor nos países de língua oficial

portuguesa, versão esta que se destinou a ser

utilizada ao longo da 2.ª fase do PACED,

previamente à versão final (que será

editada e publicada em livro pelo Camões -

Instituto da Cooperação e da Língua);

▪ Contribuição com conteúdos para a

Agenda do CEJ (newsletter eletrónica) e

distribuição da mesma pela comunicação

social e por subscritores particulares;

▪ A ligação com a comunicação social,

particularmente na divulgação de eventos e

outras informações sobre o CEJ, bem

como rececionando pedidos de

informação e respetivo encaminhamento,

bem como pedidos de informação de

outras entidades externas;

▪ Na organização d’As Conferências do CEJ,

nomeadamente na conceção da nova

imagem e respetivos suportes de

divulgação, bem como na divulgação das

mesmas junto da imprensa e de outras

entidades que nisso manifestaram

interesse;

▪ Coorganização, conceção da imagem e

material de comunicação (cartazes,

folhetos, e-cards e convites) de eventos

como:

. A Sessão Solene de Abertura do 32.º

Curso de Formação de Magistrados

para os Tribunais Judiciais e do 4.º

Curso de Formação de Juízes dos

Tribunais Administrativos e Fiscais;

. As Sessões de Abertura e

Encerramento da Ação de Formação

de Formadores na Área Penal, no

âmbito do PACED;

Page 69: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 69

. A Cerimónia de Encerramento do I

Curso de Formação de Magistrados de

Cabo Verde;

. A Sessão Solene de Encerramento do

1.º Ciclo do 32.º Curso de Formação

de Magistrados para os Tribunais

Judiciais e do 4.º Curso de Formação

de Juízes dos Tribunais

Administrativos e Fiscais.

No ano de atividades em apreço, o GAEJ

e ainda ao nível da comunicação institucional

desenvolveu trabalho na conceção do novo

modelo (template) de programa de formação para

as ações de formação continua organizadas pelo

CEJ.

Alguns exemplos dos trabalhos gráficos

desenvolvidos pelos GAEJ nesta área podem ser

vistos nas páginas seguintes.

No dia 3 de novembro, o técnico superior

afeto ao GAEJ assegurou ainda a realização de

uma sessão de apresentação sobre o CEJ, o

recrutamento, a seleção e a formação de

magistrados na Faculdade de Direito da

Universidade Nova de Lisboa, no âmbito da JOB

SHOP Nova Direito - a Feira das Saídas da FDUNL.

O GAEJ colaborou com o DRI na

receção à delegação da Escola Superior de Justiça

da Geórgia, intervindo em dois momentos:

▪ No dia 4 de maio, com uma apresentação

sobre as metodologias de avaliação da

formação (inicial e contínua) aplicadas no

CEJ;

▪ No dia 5 de maio, em conjunto com uma

docente do CEJ, uma apresentação sobre

o PACED e o papel do CEJ neste.

Por proposta do próprio GAEJ, este

organizou no dia 30 de março a primeira edição

do Open Day CEJ. Este evento consiste em abrir

as portas do CEJ ao público em geral, mas em

particular, aos estudantes de Direito das

faculdades e universidades de todo o país e

aspirantes ao ingresso nas magistraturas,

mostrando-lhes o CEJ, a sua organização e

atividades, com particular destaque para os

processos de recrutamento, seleção e formação

inicial, bem como a história do Limoeiro.

Visou-se com este evento contribuir para

aumentar a imagem e o prestígio do CEJ, dando a

conhecer os seus espaços e atividades incluindo

alguns aspetos que, normalmente, não são tão

conhecidos.

Este evento revelou-se um sucesso na

adesão. As 120 vagas previstas (divididas

equitativamente por duas visitas - às 9h30m e

14h30m) foram rapidamente ocupadas,

estimando-se que tenham sido recebidos mais de

trezentos pedidos de inscrição.

Em termos organizacionais, as visitas

Page 70: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 70

decorreram conforme o planeado, com grande

interesse e recetividade por parte dos visitantes,

mas sobressaíram - pelo interesse e interação que

despertaram junto dos visitantes - os momentos

em que alguns Auditores de Justiça (que, após

apelo do GAEJ, se voluntariaram para o fazer)

partilharam com os visitantes, em tom muito

informal, as suas experiências profissionais e

formativas no CEJ e no concurso de ingresso na

formação inicial de magistrados. Este momento

foi o mais bem avaliado no inquérito de opinião

que foi realizado junto dos visitantes que

compareceram no Open Day CEJ. Alias, neste

relatório, verifica-se que que todo o evento foi

avaliado a nível bom ou excelente por mais de

90% dos inquiridos em quase todos os aspetos e

pontos do programa. As únicas exceções a este

limiar de aprovação foram as questões sobre:

▪ A apresentação dos serviços da Biblioteca

(que, ainda assim, mereceu respostas

“Boa” ou “Excelente” de quase 70% dos

inquiridos);

▪ A exposição sobre a história do Limoeiro

(com 80% de respostas “Boa” ou

“Excelente”);

▪ A duração do Open Day CEJ (com 80% de

respostas a considerá-la “Adequada”).

Para concluir, é de mencionar ainda que a

já atrás mencionada visita ao CEJ realizada no dia

1 de julho e que foi incluída nas Comemorações

dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em

Portugal (a visita intitulada “O Limoeiro, Um

Carrasco e um Lobo - Os Últimos Suspiros da Pena de

Morte em Lisboa”) foi objeto de reportagem por um

canal de televisão (SIC), tendo sido a mesa sido

transmitida em sinal aberto, em horário nobre.

Nessa reportagem foi entrevistado o trabalhador

afeto ao GAEJ.

Trabalhos gráficos desenvolvidos pelos GAEJ

Page 71: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 71

5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades

O trabalhador afeto ao GAEJ integrou o

grupo de trabalho especialmente criado para

assegurar a organização e realização do concurso

de ingresso no curso de formação inicial teórico-

-prática de magistrados. Ainda na esfera deste

concurso, coube ao GAEJ analisar as propostas

recebidas de várias entidades para a realização do

Exame Psicológico de Seleção, tendo elaborado, a

pedido da Direção, uma informação de

sistematização e de síntese das mesmas.

O GAEJ realizou ainda trabalho na

prestação de informação estatística relativa à

atividade do CEJ a outras entidades oficiais.

O trabalhador afeto ao GAEJ colaborou

ainda com o Departamento de Apoio geral

(DAG) no levantamento das necessidades do CEJ

em matéria de segurança e saúde no trabalho, com

vista a integrar o CEJ no concurso público

internacional a lançar pela Secretaria-Geral do

Ministério da Justiça para aquisição de serviços

nesta área. Neste âmbito, o trabalhador afeto ao

GAEJ representou o CEJ em reuniões realizadas

na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça sobre

esta matéria.

Page 72: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de
Page 73: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 73

6. Divisão do Centro de

Documentação

6.1. Introdução

A Divisão do Centro de Documentação

recolhe, trata, organiza, disponibiliza, fornece e

preserva os recursos informativos relevantes para

as atividades formativas que decorrem no CEJ.

Tendo como orientação os objetivos que

foram definidos no Plano de Atividades para a

unidade orgânica em análise, o presente relatório

visa dar a conhecer a evolução da organização do

arquivo, do fundo documental e da gestão das

publicações periódicas, a gestão dos diversos

espaços, com vista à melhoria da sua organização

e condições de armazenagem, bem como, uma

melhoria da prestação de serviços à comunidade

envolvente.

6.2. Vertente Arquivo

As atividades desenvolveram-se enquanto

arquivo intermédio e definitivo, isto é, recebendo,

tratando e preservando a documentação

produzida e recebida pelos serviços do CEJ.

Neste âmbito, foram realizadas diversas tarefas.

Page 74: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 74

6.2.1. Gestão do Arquivo

• Os inventários iniciados e concluídos,

entre 1-9-2016 e 31-8-2017:

- PIR-PALOP;

- Pós-graduação em direito do

ambiente;

- Revisão do Código Penal;

- Revisão do Código de Processo

Penal;

- Equipa de projeto para a

desburocratização;

- Casas de função para Magistrados e

funcionários;

- Lei orgânica do Ministério da Justiça;

- Lei orgânica dos Tribunais Judiciais;

- Estatuto dos Magistrados Judiciais:

Exposição de motivos;

- Reforma do Código Civil;

- Revisão do Código de Processo do

Trabalho

- Revisão do Código Processo Civil;

• Transferência de documentação

pertencente a outros serviços:

Departamento de Relações

Internacionais (1) e Departamento de

Formação (1), acompanhados das

respetivas guias de remessa para o

Arquivo do CEJ;

• Foram, ainda, concretizadas as ações

inerentes à valorização, inventariação,

classificação e conservação do

património arquivístico do CEJ;

• No dia 26 de setembro recebemos o

relatório da visita técnica ao sistema de

arquivo por parte da DGLAB;

• No âmbito do Grupo de Trabalho de

Arquivos do Ministério da Justiça, foi

preenchido da FRD e Relatório de impacto

da nova lei de acesso aos documentos

administrativos (LADA).

.

6.2.2. Apoio aos Utilizadores

Serviços de referência e leitura, consulta de

documentos e de pesquisas específicas

disponibilizados aos serviços internos e ao

cidadão. Resposta a 14 pedidos internos de

consulta de documentos à guarda do Arquivo.

Page 75: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 75

6.3. Vertente Biblioteca

6.3.1. Gestão do Fundo Documental

6.3.1.1. Aquisições de

publicações (1-9-2016 a

31-8-2017)

As publicações dão entrada na Biblioteca

por compra, produção própria, oferta e permuta.

No que respeita à aquisição de publicações por

compra, em 2016/2017, baseou-se, tal como nos

anos transatos, nas necessidades dos utilizadores

internos do CEJ e no enriquecimento de

determinadas áreas temáticas mais necessitadas de

atualização.

As obras que deram entrada por oferta,

resultaram de doações efetuadas por entidades

externas e autores.

As obras que entraram por permuta

basearam-se em protocolos estabelecidos com

outras instituições, em troca da Revista do CEJ,

do Prontuário de Direito do Trabalho, ou outras

publicações.

De salientar ainda, a produção interna

(monografias e multimédia) que foi significativa e

teve muita procura, quer por utilizadores internos,

como externos.

O quadro a seguir representa na sua

globalidade, as publicações entradas na biblioteca,

nas quatro modalidades acima mencionadas e por

tipo de documento.

Documentos N.º

Monografias 464

Multimédia 46

Publicações em série 29

Total 539

O quadro seguinte apresenta o total das

publicações entradas na Biblioteca por produção

própria, oferta e permuta.

Por oferta, permuta ou produção própria

Documentos N.º

Monografias 323

Multimédia 46

Publicações em série 5

Total* 374

* Dos quais 23 foram produzidos pelo CEJ (e-books)

Permutas

O Centro de Documentação mantém

permutas de publicações com as seguintes

entidades:

Page 76: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 76

1. Associação Jurídica da Maia: Revista

MaiaJurídica

2. Associação Sindical dos Funcionários de

Investigação Criminal da Polícia

Judiciária: Revista de investigação

criminal

3. Associação Sindical dos Juízes

Portugueses: Revista Julgar

4. Autoridade da Concorrência – Revista

de concorrência e regulação

5. Biblioteca da Assembleia da República

6. Biblioteca da Faculdade de Direito da

Universidade Católica de Lisboa: Revista

Direito e Justiça

7. Biblioteca da Faculdade de Direito da

Universidade de Coimbra: Boletim da

Faculdade

8. Biblioteca da Faculdade de Direito da

Universidade de Lisboa: Revista da

Faculdade de Direito de Lisboa

9. Biblioteca da Ordem dos Advogados:

Revista da Ordem dos Advogados e

Boletim da Ordem dos Advogados

10. Biblioteca do Centro de Estudos Fiscais

e Aduaneiros – Boletim de Ciência e

Técnica Fiscal

11. Biblioteca Geral da Universidade

Portucalense Infante D. Henrique –

Revista Jurídica

12. Centro de Direito Biomédico: Lex

Medicinae

13. Centro de Direito da Família: Lex

Familiae

14. Centro de Estudos Sociais: Revista

Crítica de Ciências Sociais

15. Conselho da Justiça Federal (Brasil) –

Revista CEJ

16. Direção-Geral da Qualificação dos

Trabalhadores em Funções Públicas

(INA): Revistas Legislação – Cadernos

de Ciência de Legislação e Cadernos

INA

17. ERA - ERA-Forum : scripta iuris europaei

18. Editora da Meritum - Biblioteca da

Faculdade de Ciências Humanas, Sociais

e da Saúde da Universidade FUMEC

(Brasil) - Revista de Direito da

Universidade FUMEC

19. Escola de Direito da Universidade do

Minho – Scientia Ivridica

20. Faculdade de Letras da Universidade do

Porto: Sociologia

21. Fundação CEFA – Fundação para os

Estudos e Formação Autárquica

22. Gabinete de Estratégia e Planeamento

(GEP)., do Ministério da Solidariedade e

Segurança Social (MSSS) : Sociedade e

Trabalho

23. Mediateca da Universidade Lusíada –

Minerva: revista de estudos laborais;

Lusíada. Direito

24. Observatório da Imigração: Revista

Migrações

25. Sindicato dos Magistrados do Ministério

Público: Revista do Ministério Público

26. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal

de Contas

27. Universidade Autónoma de Lisboa:

Galileu – Revista de Economia e Direito

28. Tribunal Supremo de Angola

Page 77: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 77

Aquisições onerosas

Documentos N.º Valor

Monografias 141 4.452,24€

Multimédia -- --

Publicações em série*

24 1.651,22€

Total 165 6.103,46€

* Renovação de assinaturas

Como se pode verificar, registou-se uma

diminuição das aquisições das monografias,

por compra, relativamente ao ano passado, de

5.630,69€ para 4.452,24€. Continua a constatar-

se um aumento significativo de documentos

produzidos a nível interno, nomeadamente de

e-books.

No que diz respeito às publicações

periódicas registaram-se alterações no número de

títulos assinados pela biblioteca, passando de 20

para 22, tendo-se realizado uma nova assinatura:

Coleção estudos [do] Instituto do Conhecimento

AB.

Assinaturas renovadas

1. Anatomia do Crime

2. Cadernos de Direito Privado

3. Cadernos de Justiça Administrativa

4. Cadernos de Justiça Tributária

5. CEDOUA - Revista do Centro de

Estudos de Direito do Ordenamento do

Urbanismo e do Ambiente

6. Coletânea de jurisprudência

7. Coletânea de jurisprudência. Acórdãos

do Supremo Tribunal de Justiça (em

papel e on-line)

8. Direito das Sociedades em Revista

9. Jueces para la democracia

10. O Direito

11. Questões Laborais

12. Revista de Contratos Públicos

13. Revista de Direito Civil

14. Revista de Direito e de Estudos Sociais

15. Revista de Direito Intelectual

16. Revista de Direito Público

17. Revista de Finanças Públicas e Direito

Fiscal

18. Revista de Legislação e de Jurisprudência

19. Revista Jurídica [da] AEFDL

20. Revista Portuguesa de Ciência Criminal

21. Revue Interdisciplinaire d'Etudes Juridiques

22. Rivista Otaliana di Diritto e Procedura Penale

Divulgação das novas aquisições:

Elaboração de uma publicação mensal que

consiste num Boletim bibliográfico de novas

publicações que entram ao longo do mês na

Biblioteca e a respetiva divulgação através dos e-

mails do Centro de Documentação (biblioteca-

[email protected] ou [email protected]).

Este a partir de abril passou a ter um formato de

e-book.

Page 78: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 78

6.3.1.2. Documentos

catalogados, indexados,

correspondentes a

registos em base de

dados

No dia 1 de setembro de 2017 a base de

dados bibliográficos registava um total de 36490

registos bibliográficos, correspondente a um

aumento de 1194,

Documentos agosto 2016 agosto 2017

Monografias 13924 14301

Analíticos (revistas/livros

20349 21113

Multimédia 753 800

Publicações em série

270 276

Total 35296 36490

Nesta área concretizaram-se ainda as

seguintes tarefas:

• Assegurou-se o tratamento dos artigos

das publicações periódicas, nacionais e

estrangeiras, entradas na Biblioteca;

• Continuação do tratamento técnico

documental das publicações periódicas,

nacionais e estrangeiras, existentes em

depósito, já com cota, mas não inseridas

no catálogo informatizado;

• Continuou-se o tratamento dos artigos

de monografias, nomeadamente,

Estudos em Homenagem,

Comemorações, Colóquios, Jornadas,

etc. que, pela sua importância, mereçam

um tratamento autónomo;

• Continuou-se o tratamento técnico dos

e-books, resultantes da formação inicial

ou das ações de formação continua.

Em junho foi concluído o grande trabalho

de arrumação das publicações periódicas em

depósito por ordem alfabética de publicações já

em depósito, de título /n.ºs que saíram da

biblioteca e ainda de um grande número de

publicações que tinham vindo de um sótão do

CEJ.

Na primeira semana de agosto foi

terminado um inventário geral de monografias.

Este era uma necessidade imperiosa, sobretudo

pelo espólio bibliográfico se encontrar dividido

entre a sala da biblioteca, sala de estudo e o

depósito. Este inventário permitirá assinalar no

respetivo registo bibliográfico a sua localização

(sala / sala de estudo /depósito / exposição) e ao

mesmo tempo o seu estado (desaparecido /

abatido).

6.3.1.3. Abate e reparações de

documentos

Neste âmbito, realizaram-se 58 reparações

de documentos (monografias e publicações

periódicas), sem custos acrescidos, como se pode

verificar no quadro seguinte:

Documentos N.º

Volumes 58

Custo (€) 0

* Reparações realizadas internamente

Page 79: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 79

6.3.2. Apoio aos Utilizadores

A biblioteca está aberta à Direção, a toda a

comunidade docente, aos auditores de justiça,

bem como a utilizadores externos. Os pedidos

dirigidos à Biblioteca, são registados no módulo

de empréstimo, que nos fornece, no período em

análise, o total de 3247 registos.

6.3.2.1. Movimento das

requisições (consulta e

empréstimo) de

documentos

Documentos N.º

Monografias 2043

Analíticos (revistas/livros)

1201

Multimédia 3

Total 3247

6.3.2.2. Quadro de movimento

de utilizadores por

grupo - pedidos de

consulta e empréstimo

de documentos

Da análise destes quadros verificamos que

a atividade deste serviço serve, essencialmente,

auditores de justiça e os docentes. Continua a

verificar-se uma grande afluência dos utilizadores

externos. De registar que houve um aumento

relativamente ao ano transato de 445

empréstimos, apesar da informação

disponibilizada na plataforma de e-learning para o

4.º Curso de Formação dos Tribunais

Administrativos e Fiscais e o 33.º Curso de

Formação dos Tribunais Judiciais.

Documentos N.º

Auditores 1432

Dirigentes 108

Docentes 741

Funcionários 56

Externos 416

Entidades 162

Leitura de presença 332

Total 3247

6.3.2.3. Quadro de movimento

de utilizadores - pedidos

em empréstimos

interbibliotecas (EIB)

Temos ainda que reportar 32 pedidos em

empréstimos interbibliotecas, acionados para os

nossos utilizadores internos, em que as

monografias e/ou publicações em série vieram ao

CEJ, e 125 que foram acionados via e-mail.

EIB N.º

Utilizador Interno 89

Utilizador Externo 26

Interbibliotecas 10

Total 125

Page 80: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 80

6.3.2.4. Quadro de movimento

de utilizadores - pedidos

de digitalização de

documentos

Digitalização N.º

Utilizador Interno 248

Utilizador Externo 208

Interbibliotecas 98

Total 554

6.3.2.5. Quadro de movimento

de utilizadores - pedidos

de pesquisas

Pesquisas N.º

Utilizador Interno 274

Utilizador Externo 133

Interbibliotecas 53

Total 460

6.4. Qualidade dos Serviços

6.4.1. Recolha e tratamento de informação estatística

Com o objetivo de aferir e melhorar a

qualidade dos serviços prestados, através da

avaliação do grau de satisfação dos utilizadores da

Biblioteca, foi elaborado e distribuído um

questionário, durante os meses de junho/julho,

junto dos utilizadores internos e externos.

Esta recolha de informação é muito

importante e relevante como forma de apoio à

gestão, pois permite ter dados quantitativos e

qualitativos sobre a utilização dos serviços e

instalações, permitindo assim apurar o grau de

satisfação dos utilizadores.

No questionário são avaliados os serviços

prestados, os recursos de informação existentes,

os equipamentos e instalações disponíveis.

6.4.2. BiblioNet

Foi atualizado o link do OPAC - catálogo

informatizado da biblioteca, para o site da Bases

Jurídico-Documentais: IGFEJ, em novembro de

2016.

Page 81: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 81

6.5. Gestão de publicações

O CEJ edita monografias, isoladamente ou

em parceria, abrangendo temáticas diversificadas

nas áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas

publicações em série: a Revista do CEJ e o

Prontuário de Direito do Trabalho.

Assim sendo, a Divisão do Centro de

Documentação:

Procedeu à preparação, distribuição e

controle da Revista do CEJ n.ºs 1 e 2 (2016) e do

Prontuário de Direito do Trabalho n.ºs 1 e 2

(2016) através das ofertas institucionais e

permutas, como se pode verificar no quadro

seguinte.

Títulos Quantidade

Revista do CEJ n.º 1 (2015)

149

Revista do CEJ n.º 2 (2015)

144

Prontuário de Direito do Trabalho n.º 1 (2016)

95

Prontuário de Direito do Trabalho n.º 2 (2016)

95

Total 483

O quadro seguinte indica outras

publicações, editadas anteriormente pelo CEJ, que

foram oferecidas, permutadas ou vendidas.

Publicações/ipos Quantidade

Monografias 111

Periódicos 113

Total 244

6.6. Outras atividades

• Foi tornado público a versão 1 da Lista

consolidada para a classificação e

avaliação da informação pública no site

da DGLAB e em que o Centro de

Estudos Judiciários colaborou no âmbito

do Grupo de Trabalho de Arquivos do

Ministério da Justiça (GTAMJ), uma vez

que os contributos/comentários do

Ministério da Justiça à versão

consolidada da MEF/ASIA foram

enviados em conjunto, na sequência dos

trabalhos do Plano de Classificação e

Avaliação Documental do Ministério da

Justiça (PCA MJ).

Page 82: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 82

• Esteve patente no CEJ entre 12 e 23 de

setembro de 2016 a exposição

organizada pela Secretaria-Geral do

Ministério da Justiça comemorativa dos

“50 anos do Código Civil 1966_2006”.

• O Centro de Estudos Judiciários aderiu

ao Programa “Administração Eletrónica

e Interoperabilidade Semântica”

(PAEIS) em 2012, fazendo no ano em

análise, para além do Conselho de

Aderentes, da Comissão Executiva, após

apresentação de candidatura na eleição

para dos representantes do Conselho de

Aderentes na referida Comissão.

• Elaboração da versão 0 do Manual

norma portuguesa NP 405, com

exemplos práticos da realidade do CEJ,

com o intuito de ser futuramente

distribuído aos auditores de justiça.

• Participou nas reuniões do Património

Cultural Online da Justiça, vertente arquivo

e biblioteca.

6.7. Infraestruturas

Foi continuado o esforço de melhoria do

espaço de suporte à Biblioteca, designado de

Depósito, com a conclusão da colocação do teto

falso na garagem 3 onde ficam as publicações do

CEJ, que isolou o depósito da entrada de insetos e

poeiras e mantendo uma temperatura e humidade

mais constante.

Mas a grande melhoria do espaço da

Biblioteca, entre o mês de janeiro e fevereiro, foi

o aproveitamento do espaço em altura, através da

construção de uma mezzanine, permitindo por um

lado aumentar o número de postos de consulta de

4 para 8, as trabalhadoras terem sempre luz

natural.

Page 83: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 83

6.8. Recursos Humanos

Em 2016-2017, no mapa de pessoal não se verificou alterações na sua composição: 1 Chefe de

Divisão; 1 Técnica Superior; 2 Assistentes Técnicos.

Realizou-se entrevistas profissionais para posterior contrato por mobilidade de um Técnico Superior.

Quadro das ações de formação realizadas pelas trabalhadoras da Divisão:

Quadro das ações de formação realizadas pelas trabalhadoras da Divisão

Data Curso Instituição formadora

Funcionária

26 a 28 de outubro

Os arquivos e o tratamento de dados pessoais BAD Paula Tomás

24 de outubro a 30 de novembro

Introdução à arquivística BAD Isabel

Wheelhouse.

23 a 25 de novembro

Questionários em bibliotecas: elaboração, análise e apresentação de conclusões

BAD Isabel Ferreira

28 a 30 de novembro

Direito e difusão da informação BAD Paula Tomás

23 a 24 de fevereiro.

29 março

A nova lei de acesso aos documentos administrativos SGMJ Paula Tomás

18 e 19 de maio Conferência “10 anos do Koha em Portugal” Escola Superior Comunicação

Social Paula Tomás

Page 84: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de
Page 85: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 85

7. Departamento de Apoio Geral

7.1. Introdução

O Departamento de Apoio Geral (DAG)

foi criado pelos Estatutos do CEJ aprovados em

Anexo à Portaria n.º 965/2008, de 29 de agosto,

publicada no Diário da República, 1.ª Série, n.º

167, de 29 de agosto.

Nos termos do artigo 5º dos referidos

Estatutos, o DAG é a unidade orgânica

genericamente responsável pela conceção,

organização e manutenção do sistema de

informação do CEJ, pelo apoio jurídico e pelo

apoio, nas áreas da informática e multimédia e da

gestão financeira, patrimonial e de recursos

humanos, às atividades do CEJ.

Foi ainda prevista a criação de uma

unidade orgânica flexível, denominada divisão, e

de duas unidades flexíveis com o nível de secção.

Estas unidades orgânicas flexíveis foram

criadas por despacho da Diretora do CEJ, de 15

de setembro de 2008.

Assim, tendo em conta as atribuições

definidas pelos Estatutos do Centro de Estudos

Judiciários, bem como o Plano de Atividades para

o ano 2016/2017, apresenta-se o relatório das

atividades realizadas pelo Departamento de Apoio

Geral.

Page 86: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 86

7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos

Estatutos do CEJ

7.2.1. Área de recursos humanos e expediente

▪ Foram executadas todas as tarefas

inerentes ao processamento de

vencimentos, bolsas de formação e

outros abonos dos trabalhadores do CEJ

e auditores de justiça e procedeu-se à

liquidação dos respetivos descontos.

▪ No âmbito do processamento de

vencimentos, foram elaborados,

mensalmente, os ficheiros RIGORE

para envio aos serviços da contabilidade,

unidade orgânica competente para o

pagamento das remunerações.

▪ Procedeu-se, mensalmente, ao

preenchimento e envio dos ficheiros

relativos às entregas de contribuições

para a ADSE, CGA e Segurança Social.

▪ Foi elaborada, mensalmente, e

transmitida por via eletrónica, à

Autoridade Tributária e Aduaneira, a

Declaração Mensal de Remunerações.

▪ Foi feito o envio mensal da relação de

descontos efetuados pelos trabalhadores,

docentes e auditores de justiça às

respetivas entidades.

▪ Foi efetuada a emissão mensal dos

Documentos Únicos de cobrança (DUC)

relativos a penhoras.

▪ Foram mantidos atualizados os

processos individuais dos trabalhadores

e auditores de justiça do CEJ.

▪ Foi efetuado o controlo da pontualidade

e assiduidade dos trabalhadores, bem

como a criação de horários e justificação

de ausências, de acordo com as normas

legais aplicáveis, através do sistema

informático em uso no CEJ.

▪ Foram elaboradas declarações e outros

documentos, designadamente notas

biográficas.

▪ Foi prestada a colaboração solicitada na

tramitação dos procedimentos

concursais.

▪ Foram asseguradas as ações necessárias

em matéria de gestão e administração de

recursos humanos do CEJ.

▪ Foram assegurados os reportes de

informação obrigatórios, em matéria de

recursos humanos, designadamente:

­ O registo trimestral e semestral

de Recursos Humanos no

Sistema de Informação da

Organização do Estado (SIOE-

RH);

­ O envio trimestral, ao IGFEJ, do

mapa de controlo de efetivos,

nos termos do disposto no n.º 3

da Resolução de Conselho de

Ministros nº 22/2012, de 9 de

março;

Page 87: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 87

▪ Foram processadas as remunerações e

ajudas de custo aos formadores nos

tribunais, designadamente honorários,

ajudas de custo e transportes e enviados

os respetivos ficheiros para a área da

contabilidade, tendo em vista os registos

em GERFIP e posterior pagamento

através do homebanking.

▪ Foram processadas as despesas com

transportes relativamente aos

formadores da formação contínua, aos

membros dos júris das provas escritas e

orais do 33º Curso de Formação Inicial

de Magistrados e enviados os respetivos

ficheiros para a área financeira, tendo em

vista os registos em GERFIP e posterior

pagamento através do homebanking.

No que se refere ao expediente apresenta-

se o gráfico do registo de entradas e saídas entre 1

de setembro de 2016 e 31 de agosto de 2017:

7.2.2. Área de Contabilidade

Referem-se também as atividades mais

relevantes, orientadas para a atividade principal do

CEJ, que foram as seguintes:

▪ Foi elaborada e remetida ao Tribunal de

Contas a Conta de Gerência do ano de

2016

▪ Foram elaborados, nos prazos

estipulados, os seguintes reportes

periódicos obrigatórios permanentes,

mensais, trimestrais e anuais:

­ Compromissos Plurianuais [SCEP]

– informação permanente;

Page 88: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 88

­ Fundos disponíveis – informação

mensal;

­ Pedido de Libertação de Créditos –

Informação mensal;

­ Necessidades relativas a despesas

com o pessoal – Informação

mensal;

­ Pagamentos em Atraso –

Informação mensal;

­ Envio de faturas registadas através

do e-fatura – Informação Mensal;

­ Deslocações em Território

Nacional e Estrangeiro –

Informação Mensal;

­ Previsão Mensal da Execução –

Informação mensal;

­ Fluxos financeiros para as

Autarquias Locais (cooperação

técnica e financeira) – Informação

trimestral;

­ Unidade de Tesouraria –

Informação Trimestral;

­ Contrapartidas Financeiras Mensais

– Informação Trimestral;

­ Conta Geral do Estado –

Informação Anual;

­ Transferência para organizações

internacionais – Informação Anual.

No âmbito da execução do orçamento

foram efetuados:

­ 497 Cabimentos,

­ 695 Compromisso;

­ 576 Autorizações de Despesa;

­ 606 Autorizações de Pagamento;

­ 109 Alterações Orçamentais.

▪ Foi garantida a legalidade de todas as

despesas.

▪ Foram efetuados diversos pedidos de

abertura de crédito especial

▪ Foi registada no Sistema de Gestão de

Receitas, da Direção Geral do

Orçamento, liquidada e cobrada toda a

receita própria.

▪ Foram emitidas faturas de todos os

serviços prestados.

▪ Foram enviadas à Unidade de Compras

do Ministério da Justiça, os

levantamentos de necessidades

solicitados, no âmbito dos

procedimentos centralizados, bem como

os relatórios de execução dos respetivos

contratos.

7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública

7.2.3.1. Área patrimonial

▪ Foi assegurada a manutenção das

instalações e da viatura afeta ao CEJ.

▪ Foram elaborados autos de abate

relativos a equipamentos obsoletos e

sem reparação, para abater ao inventário.

▪ Foram registadas todas as entradas

e saídas de material de stock em

armazém.

Page 89: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 89

▪ Foram efetuados todos os reportes

obrigatórios mensais.

▪ Foram providenciadas as autorizações

necessárias à condução dos veículos

afetos ao Centro de Estudos Judiciários

por trabalhadores que não exercem as

funções de motorista.

▪ Foram satisfeitas 238 requisições

internas de material

▪ Foram produzidas 28 informações

▪ Foram emitidas 1.508 faturas

▪ Foram realizados 155 carregamentos de

passes de transporte aos Senhores

Docentes.

7.2.3.2. Contratação pública

▪ Foram remetidas à Secretaria de Estado

da Administração Pública as

comunicações ao abrigo da Portaria n.º

16/2013, de 17 de janeiro, relativas a um

contrato de assistência técnica e à

aquisição de serviços de formação

contínua, cujas ações se realizam

permanentemente.

▪ Foram enviados à Unidade de Compras

do Ministério da Justiça os

levantamentos de necessidades relativos

aos procedimentos centralizados, bem

como os relatórios de execução dos

respetivos contratos.

▪ Foram realizados 2 ajustes diretos e 43

ajustes diretos simplificados.

▪ Foram enviados 1.960 ofícios.

7.2.4. Apoio Jurídico

7.2.4.1. Apoio jurídico

O apoio jurídico, materializado em

funções de serviços jurídicos e de contencioso e

tendo como principal objetivo contribuir para o

controlo da legalidade dos procedimentos

institucionais e para a prossecução dos princípios

e valores que orientam a atuação do Centro de

Estudos Judiciários, tem como principais

atividades:

▪ Assegurar o apoio jurídico necessário à

tomada de decisão por parte da direção

do Centro de Estudos Judiciários,

mediante a emissão de estudos,

Page 90: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 90

pareceres e informações, com a

profundidade e o rigor necessários;

▪ Preparar projetos de diplomas legais, de

regulamentos e outros instrumentos

normativos, elaborando os necessários

estudos, bem como pronunciar-se sobre

projetos de diplomas;

▪ Promover estudos de avaliação e

impacto legislativo relativos à aplicação

de legislação, que não se inscrevam nas

atribuições e competências de outras

unidades orgânicas do Centro de

Estudos Judiciários;

▪ Contribuir para fixar a interpretação dos

diplomas próprios que regem a atividade

do Centro de Estudos Judiciários, bem

como preparar normas e instruções

destinadas a assegurar a sua aplicação,

sem prejuízo das competências de outras

unidades orgânicas;

▪ Acompanhar os processos jurisdicionais

e graciosos em que o Centro de Estudos

Judiciários seja interveniente através da

elaboração, atempada e com a

fundamentação e a qualidade adequadas,

de peças processuais e jurídicas;

▪ Elaborar informações e prestar

esclarecimentos visando assegurar a

correta execução das decisões judiciais;

▪ Prestar o apoio técnico-jurídico

necessário à prossecução das atribuições

das demais unidades orgânicas do

Centro de Estudos Judiciários.

Seguidamente são abordadas as áreas mais

relevantes de atuação e uma síntese dos principais

trabalhos desenvolvidos.

Concurso de ingresso no 33.º Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais

Foi prestado apoio jurídico no âmbito do

regime aprovado pela Lei n.º 2/2008, de 14 de

janeiro, destacando-se a elaboração de respostas a

perguntas frequentes sobre a candidatura à

formação inicial de magistrados, a análise do aviso

de abertura e demais expediente, a revisão do guia

de boas práticas relativo ao concurso de ingresso

à formação inicial de magistrados (Concurso de

Ingresso – Guia de Boas Práticas), bem como a

assessoria prestada durante o decurso do

concurso, a qual envolveu, além da emissão de

inúmeros pareceres e informações, o

acompanhamento de todas as fases do concurso –

realçando que, após a publicitação das listas

provisórias dos candidatos admitidos e não

admitidos, foram analisadas inúmeras reclamações

– e a elaboração de despachos e atas.

No âmbito do concurso, destaca-se, ainda,

o tratamento das seguintes temáticas:

▪ Acesso aos documentos administrativos;

▪ Legalização de documentos estrangeiros;

▪ Regime jurídico do reconhecimento de

graus académicos superiores

estrangeiros.

Finalmente, salienta-se o apoio jurídico em

sede de impugnações administrativas apresentadas

pelos candidatos aptos mas não habilitados à

frequência do curso e candidatos excluídos.

Concurso de ingresso no 32.º Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais

Judiciais e concurso de ingresso no 4.º Curso

de Formação de Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais

Foi prestado apoio jurídico em sede de

impugnações administrativas apresentadas por

Page 91: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 91

candidatos aptos mas não habilitados à frequência

dos cursos e por candidatos excluídos.

Curso de formação específico para

o exercício de funções de presidente do

tribunal e de magistrado do Ministério

Público coordenador

Foi assegurado o apoio à gestão da fase

formativa do curso de formação específico para o

exercício de funções de presidente do tribunal e

de magistrado do Ministério Público coordenador

previsto nos artigos 97.º e 102.º da Lei n.º

62/2013, de 26 de agosto, e determinado pelo

Despacho n.º 2724/2017, de 10 de março, de Sua

Excelência a Ministra da Justiça.

Procedimento extraordinário e urgente de

formação de administradores judiciais

Continuação da prestação de assessoria

jurídica no âmbito deste procedimento,

prosseguindo o acompanhamento dos processos

jurisdicionais em que o Centro de Estudos

Judiciários é interveniente.

Processos jurisdicionais

Desenvolveu-se a intervenção, expressa

num total de 86 peças/impulsos processuais, do

Centro de Estudos Judiciários em 25 processos da

jurisdição administrativa:

▪ 15 ações administrativas especiais;

▪ 4 procedimentos de massa;

▪ 3 providências cautelares;

▪ 1 ação administrativa;

▪ 1 intimação para a prestação de

informações, consulta de processos ou

passagem de certidões;

▪ 1 intimação para proteção de direitos

liberdades e garantias.

Dos referidos processos, 5 encontram-se

em fase de recurso e 5 findaram durante o

período de referência.

No âmbito do tratamento dos processos

em que o Centro de Estudos Judiciários é parte, e

ainda pendentes na Secretaria-Geral do Ministério

da Justiça, foi prestada a colaboração necessária e

foram desenvolvidas várias diligências em

articulação com aquela Secretaria.

Mediação e resolução extrajudicial de

conflitos

Operou-se a mediação e a resolução de

conflitos em 2 processos.

Protocolos

Foi prestado apoio jurídico no âmbito da

elaboração e celebração dos seguintes protocolos:

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos

Judiciários e a Associação Portuguesa de

Apoio à Vítima celebrado a 25 de

outubro de 2017;

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos

Judiciários e o Instituto dos Notários de

Portugal, Associação – I.N.P. celebrado

a 4 de outubro de 2017;

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos

Judiciários e a Lusa – Agência de

Notícias de Portugal, S.A..

Outras atividades

- Concurso para recrutamento de peritos

avaliadores

Foi prestado apoio jurídico em todos os

assuntos em que o mesmo foi solicitado no

âmbito do concurso para recrutamento de peritos

avaliadores aberto pelo Aviso n.º 2178/2015,

publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 41,

de 27 de fevereiro.

Page 92: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 92

- Secretariado

Designação para o exercício das funções

de secretariado das reuniões dos presidentes dos

júris de seleção das provas orais e das provas de

avaliação curricular do concurso de ingresso no

33.º curso de formação de magistrados para os

tribunais judiciais.

7.2.4.2. Apoio geral

No período em referência, foi prestada

assessoria jurídica no âmbito do desenvolvimento

de outras competências do Departamento de

Apoio Geral, designadamente em matéria de

contratação pública e de recursos humanos.

Referem-se, seguidamente, os principais trabalhos

desenvolvidos.

Contratação pública

Foi solicitado apoio no âmbito do

procedimento de formação de contrato de

prestação de serviços de formação nas áreas de

combate à corrupção, branqueamento de capitais

e crime organizado, em particular tráfico de

estupefacientes, no âmbito do Projeto de Apoio à

Consolidação do Estado de Direito (PACED) nos

PALOP e em Timor-Leste, e de contrato de

aquisição de serviços de tradução.

Recursos Humanos

- Informações e pareceres

Foi prestada assessoria jurídica através da

emissão de informações, pareceres e projetos de

despacho, em todos os processos e estudos em

que essa assessoria foi solicitada. Tendo-se

continuado o desenvolvimento de instrumentos

de trabalho anotados e comentados, tendo em

vista a sua utilização pelos serviços competentes,

no âmbito da Lei Geral do Trabalho em Funções

Públicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de

junho.

- Recrutamento e seleção

Foram assegurados os trabalhos inerentes

aos seguintes procedimentos de recrutamento de

trabalhadores, incluindo a integração dos júris

designados, e aos procedimentos a observar na

avaliação do período experimental, incluindo a

integração dos respetivos júris:

▪ Concurso interno para preenchimento

de posto de trabalho na categoria de

especialista de informática da carreira

(não revista) de especialista de

informático aberto pelo Aviso n.º

4236/2016, publicado no Diário da

República, 2.ª série, n.º 61, de 29 de

março de 2016;

▪ Procedimento concursal comum para o

preenchimento de dois postos de

trabalho na categoria de assistente

técnico da carreira geral de assistente

técnico, incluindo a integração do júri

designado, aberto pelo Aviso n.º

4826/2017, publicado no Diário da

República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio

de 2017.

Foi, ainda, prestado apoio jurídico e

administrativo no procedimento de seleção para

recrutamento de docentes abertos pelo Aviso n.º

5540/2017, publicado no Diário da República, 2.ª

série, n.º 96, de 18 de maio de 2017.

Page 93: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 93

Regulamentação interna

Conclusão da adaptação do regulamento

interno de funcionamento, atendimento e horário

de trabalho aplicável a todos os trabalhadores do

Centro de Estudos Judiciários à Lei n.º 18/2016,

de 20 de junho.

Instrumentos de regulamentação

coletiva de trabalho

Desenvolvimento dos trabalhos tendentes

à adaptação do acordo coletivo de entidade

empregadora pública celebrado entre o Centro de

Estudos Judiciários e a Federação Nacional dos

Sindicatos dos Trabalhadores em Funções

Públicas e Sociais.

Informação legal, Internet e Intranet

Procedeu-se à divulgação, junto das

unidades orgânicas/trabalhadores competentes,

das novidades legislativas e jurisprudenciais, com

direta influência no desenvolvimento da atividade

do Centro de Estudos Judiciários. Promoveu-se,

ainda, a atualização das áreas «Legislação» e

«Documentos de Publicitação Legal» da página

eletrónica do Centro de Estudos Judiciários, bem

como das áreas «Informações», «Legislação» e

«Regulamentos» da Intranet, disponibilizando-se,

designadamente, versões atualizadas de diplomas

legais com relevância no desenvolvimento da

atividade deste Centro.

7.3. Outras atividades

No ano de atividades 2015/2016 foram,

ainda, desenvolvidas outras atividades das quais se

destacam:

▪ Resposta a vários Questionários e/ou

Inquéritos, nomeadamente de satisfação

de entidades públicas e privadas

designadamente da Secretaria-Geral do

Ministério da Justiça e empresas

prestadoras de serviços ao CEJ.

▪ Reporte trimestral e anual das ações e

valores despendidos em publicidade

institucional, na Plataforma eletrónica

sobe Publicidade Institucional do

Estado.

▪ Foram elaboradas inúmeras propostas,

informações e pareceres, sobre assuntos

transversais a todas as unidades

orgânicas, tendo em vista decisão

superior.

▪ Foram elaborados e remetidos, a

diferentes entidades, inúmeros ofícios

relativos a todas as áreas funcionais do

CEJ;

▪ Foi elaborado e enviado à Secretaria -

Geral do Ministério da Justiça o Balanço

Social Consolidado;

▪ Foi preparada informação diversa, sobre

execução orçamental, recursos humanos

e compras públicas e remetida às

diferentes entidades, designadamente o

Instituto de Gestão Financeira e

Equipamentos da Justiça, a Direção-

Geral do Orçamento, a Secretaria - Geral

do MJ e a Direção-Geral do Emprego e

da Administração Pública.

▪ Foram secretariadas todas as reuniões

dos Conselhos Geral e Pedagógico e

elaboradas as respetivas atas.

Page 94: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 94

7.4. Divisão de Informática e Multimédia

A Divisão de Informática e Multimédia

(DIM) é constituída por seis elementos, o chefe

de divisão e cinco elementos da área de

informática e multimédia.

De acordo com as competências definidas

para a Divisão, foram desenvolvidas e

implementadas, ao longo do ano de atividade,

tarefas para assegurar a operacionalidade dos

sistemas informáticos, de multimédia e de

telecomunicações e a sua adequação às

necessidades do CEJ.

Dispomos de um serviço interno de apoio

a utilizadores (helpdesk) que no período em apreço

recebeu 1072 pedidos, o que representou um

aumento de 15% relativamente ao período

anterior. Estes pedidos são solicitados pelas várias

unidades orgânicas, que incluem intervenções nas

áreas de software, hardware, rede estruturada e wifi, e-

learning e multimédia.

7.4.1. Informática

Ao longo do período em análise salientam-

se diversas tarefas realizadas pela DIM na área do

hardware e software, nomeadamente:

▪ Avaliação do equipamento e

infraestrutura informática e multimédia

existentes no CEJ, tendo resultado no

abatimento de equipamento obsoleto;

▪ Acompanhamento e resolução de casos

pontuais na rede estruturada. Instalação

de novo comutador de rede no edifício

da direção;

▪ Revisão do plano de cobertura da rede

sem fios nos edifícios, principal e da

direção. Colocação e configuração de

seis novos ponto de acesso sem fio;

▪ Suporte, administração e backup das

aplicações em funcionamento no CEJ,

em particular da aplicação em

funcionamento na biblioteca, Bibliosoft

e da aplicação de controlo de

assiduidade, PI;

▪ Desenvolvimento de novo módulo na

base de dados entidades, que permitiu a

consolidação das bases de dados de

entidades, existentes em cada unidade

orgânica. Desenvolvimento e instalação

nessas unidades, de nova aplicação

distribuída que permite o acesso e

atualização dos dados de forma

centralizada;

▪ Desenvolvimento de novo módulo

“Júris – distribuição de provas escritas”

na aplicação informática de gestão do

concurso de ingresso de novos auditores;

▪ Construção de base de dados e aplicação

informática para registo do equipamento

informático e multimédia existente;

Page 95: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 95

▪ Manutenção e atualização de bases de

dados e aplicações de desenvolvimento

interno;

▪ Manutenção e atualização do sítio de

internet, resultando numa frequente

disponibilização na internet de toda a

informação relativa às atividades das

unidades orgânicas do CEJ;

▪ Manutenção da intranet e atualização dos

conteúdos da responsabilidade da DIM;

▪ Apoio no concurso de ingresso para o

33.º curso de formação de magistrados

para os tribunais judiciais;

▪ Preparação para a formação em

Informática dos cento e vinte e seis

portáteis pertencentes aos auditores que

integram os cursos de formação para

magistrados a decorrer no CEJ;

▪ Apetrechamentos das oito salas de

formação com equipamento fixo - tela,

colunas de som projetor e portátil.

No período em análise o sítio de internet

teve um total de 340 299 sessões. A percentagem

referente a utilizadores portugueses é de 95,79 e o

seu tempo médio de 4 minutos e 26 segundos,

como se pode visualizar na tabela anexa.

Segundo os indicadores de disponibilidade

do sítio de internet, o número de utilizadores foi de

135.830, obtendo o seu pico máximo no mês de

janeiro, como se pode observar no gráfico

seguinte:

7.4.2. Multimédia

Nesta área a DIM continuou a prestar

serviço regular de apoio às sessões da formação

inicial e ações da formação contínua, bem como o

acompanhamento e apoio a outros eventos

promovidos pelo CEJ. Destacam-se a realização

de algumas tarefas essenciais:

▪ Filmagem, edição e pós-produção em

formato digital de várias ações do plano

de formação contínua, nas suas várias

tipologias: conferências, seminários,

colóquios, workshops, cursos de

especialização e cursos on-line, e sua

disponibilização no sítio de e-learning

(consultar gráfico “Vídeos produzidos

por mês”);

Page 96: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2016.2017 96

▪ Com a colaboração da DIM foram

realizadas 44 ações de formação a

distância, emitidas por videoconferência

ou através da Justiça TV;

▪ Apoio na produção de e-books de suporte

às ações de formação para as áreas Civil,

Família, Trabalho, Penal, Administrativo

e Fiscal e outras;

▪ Serviço regular de apoio audiovisual às

aulas da formação inicial e formação

contínua, bem como o

acompanhamento e apoio a outros

eventos promovidos pelo CEJ, de

acordo com protocolos institucionais,

através da disponibilização de

videoprojectores e equipamentos de

audiovisual;

▪ Participação na produção de publicações

físicas do CEJ (Revista e Prontuário);

▪ Elaboração de documentos específicos

(avaliação, cálculo, formulários) em

diversas aplicações (Acrobat, Excel e

Google Docs) para apoio a formação

presencial e a distância;

▪ Criação na plataforma de e-learning de

diversos cursos correspondentes às

ações de formação do plano de

formação contínua do ano 2016/2017;

▪ Criação na plataforma de e-learning das

áreas para apoio à formação do 32.º

curso de formação de Magistrados para

os Tribunais Judiciais e 4.º curso de

formação de Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais;

▪ Aquisição e instalação de microfones

sem fios, nova mesa de mistura de som e

púlpito no auditório;

▪ Aquisição e instalação de mesa de

mistura de som na delegação do Porto;

▪ Aquisição de nova misturadora de vídeo

e áudio para a sala de vídeo, que nos vai

permitir, melhorar a qualidade das

formações transmitidas por

videotransmissão, sem afetar a captura

de imagem que realizamos, para

posteriormente editar e disponibilizar na

plataforma Educast.

No gráfico seguinte pudemos consultar o

número de acessos mensal à plataforma de

e-learning:

O número de vídeos produzidos diminuiu

ligeiramente relativamente ao período anterior,

tendo sido produzidos neste período 1063 vídeos.

O gráfico seguinte ilustra o número de vídeos

produzidos mensalmente:

Page 97: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de
Page 98: Relatório de Atividades 2016-2017 - CEJ - Centro de