plano de atividades 2017-2018 - cej - centro de estudos ... · centro de estudos judiciários plano...

68

Upload: vankiet

Post on 18-Jan-2019

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 2: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Título: Plano de Atividades 2017-2018

Autor: Centro de Estudos Judiciários

Ano de Publicação: 2017

Edição: Centro de Estudos Judiciários

Largo do Limoeiro

1149-048 Lisboa

[email protected]

Page 3: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 3

Índice

SUMÁRIO .................................................................................................................................. 5

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 7

2. ORIENTAÇÕES GERAIS ................................................................................................ 11

3. PARCERIAS COM OUTRAS ENTIDADES. PRINCIPAIS INDICAÇÕES .......... 13

4. ABERTURA AO EXTERIOR E ENRAIZAMENTO NA COMUNIDADE

JURÍDICA .......................................................................................................................... 15

5. AS CONFERÊNCIAS DO CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS ...................... 17

6. ORGANIZAÇÃO DO 33.º CURSO DE FORMAÇÃO PARA OS TRIBUNAIS

JUDICIAIS ......................................................................................................................... 19

6.1. Formação inicial: o plano de estudos para o 1.º Ciclo da Formação

Inicial (33.º Curso de Formação para os Tribunais Judiciais) ............................... 19

6.2. Docentes .......................................................................................................................... 21

7. ORGANIZAÇÃO DO 2.º CICLO DA FORMAÇÃO INICIAL (32.º CURSO DE

FORMAÇÃO PARA OS TRIBUNAIS JUDICIAIS E 4.º CURSO PARA OS

TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS ......................................................... 23

7.1. 32.º Curso de formação para os Tribunais Judiciais .............................................. 23

7.1.1. Aspetos gerais ........................................................................................................ 23

7.1.2. Magistratura Judicial .............................................................................................. 25

7.1.3. Magistratura do Ministério Público ....................................................................... 27

7.2. 4.º Curso de formação para os Tribunais Administrativos e Fiscais ..................... 32

8. FASE DE ESTÁGIO (4.º CURSO PARA OS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

E FISCAIS ........................................................................................................................... 37

9. FORMAÇÃO CONTÍNUA ............................................................................................... 43

9.1. Ações de formação por tipologia ............................................................................. 43

9.1.1. Cursos Intensivos ................................................................................................... 43

9.1.2. Ações de Formação Contínua Tipo A – Colóquios ................................................. 44

9.1.2.1 Metodologia .................................................................................................. 44

9.1.2.2 Destinatários ................................................................................................. 44

Page 4: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 4

9.1.3. Ações de Formação Contínua Tipo B – Seminários ................................................ 46

9.1.3.1 Metodologia .................................................................................................. 46

9.1.3.2 Destinatários ................................................................................................. 46

9.1.4. Ações de Formação Contínua Tipo C – Cursos de Especialização .......................... 46

9.1.4.1 Metodologia .................................................................................................. 46

9.1.4.2 Destinatários ................................................................................................. 47

9.1.5. Ações de Formação Contínua Tipo D – Workshops ............................................... 47

9.1.5.1 Metodologia .................................................................................................. 47

9.1.5.2 Destinatários ................................................................................................. 47

9.1.6. Ações de Formação Contínua Tipo E – Cursos on-line ........................................... 48

10. DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ..................................... 49

10.1. Relações Bilaterais ................................................................................................. 50

10.1.1. Países de Expressão oficial Portuguesa ................................................................. 50

10.1.2. Academia de Direito Europeu ................................................................................ 51

10.2.Relações Multilaterais .............................................................................................. 52

10.2.1. Rede Europeia de Formação Judiciária .................................................................. 52

10.2.1.1 O CEJ no Comité de Direção da Rede Europeia de Formação Judiciária ........ 52

10.2.1.2 Participação do CEJ nas atividades formativas da Rede Europeia de

Formação Judiciária ....................................................................................... 52

10.2.2. Outras Redes de Formação .................................................................................... 53

10.3. Cooperação no quadro do Conselho da Europa ................................................... 54

11. ORGANIZAÇÃO INTERNA E CONTROLO DE QUALIDADE .............................. 55

11.1. Departamento de Apoio Geral .................................................................................. 55

11.1.1. Competências do DAG no âmbito do apoio jurídico e de recursos humanos,

financeiros e patrimoniais ..................................................................................... 55

11.1.2. Atividades correntes .............................................................................................. 57

11.1.3. Divisão de Informática e Multimédia ..................................................................... 59

11.2. Gabinete de Estudos Judiciários ............................................................................. 60

11.2.1. Competências ........................................................................................................ 60

11.2.2. Atividades .............................................................................................................. 61

11.3. Divisão do Centro de Documentação ...................................................................... 63

11.3.1. Competências ........................................................................................................ 63

11.3.2. Atividades .............................................................................................................. 63

11.3.3. Outras atividades ................................................................................................... 65

11.3.4. Gestão de Recursos - Infraestruturas .................................................................... 65

Page 5: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 5

Sumário

1. APRESENTAÇÃO

2. ORIENTAÇÕES GERAIS

3. PARCERIAS COM OUTRAS ENTIDADES. PRINCIPAIS INDICAÇÕES

4. ABERTURA AO EXTERIOR E ENRAIZAMENTO NA COMUNIDADE JURÍDICA

5. AS CONFERÊNCIAS DO CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS

6. ORGANIZAÇÃO DO 33.º CURSO DE FORMAÇÃO PARA OS TRIBUNAIS JUDICIAIS

7. ORGANIZAÇÃO DO 2.º CICLO DA FORMAÇÃO INICIAL (32.º CURSO DE FORMAÇÃO PARA

OS TRIBUNAIS JUDICIAIS E 4.º CURSO PARA OS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS

8. FASE DE ESTÁGIO (4.º CURSO PARA OS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS

9. FORMAÇÃO CONTÍNUA

10. DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

11. ORGANIZAÇÃO INTERNA E CONTROLO DE QUALIDADE

Page 6: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 7: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 7

1. Apresentação

As linhas estruturantes do Plano de Atividades do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) para o

próximo ano emergem, em larga medida, da continuação de retoma de novos cursos de formação inicial

para as magistraturas judicial e do Ministério Público, associado ao prosseguimento do 2.º ciclo de

formação do 32.º Curso de formação para magistrados dos tribunais judiciais e do 4.º Curso de

formação de juízes para os tribunais administrativos e fiscais, além da programação de atividades no

âmbito da formação contínua.

Em setembro próximo, o Centro de Estudos Judiciários retoma o seu papel central de formação

judiciária, com o início do 33.º Curso de formação de magistrados para os tribunais judiciais, destinado a

um universo de 126 auditores de justiça, sendo 42 para a magistratura judicial e 84 para a magistratura

do Ministério Público.

Ainda que só com um curso de formação para as duas magistraturas, a capacidade do CEJ irá

estar ocupada nos mesmos e exatos termos em que esteve no ano transato, quando ministrou formação

a dois cursos distintos: um para os tribunais comuns e outro para os tribunais administrativos e fiscais.

No entanto, o acréscimo de formandos para magistrados dos tribunais comuns obrigou a

redimensionar as respostas às exigências decorrentes do elevado número de formandos, em particular

para o Ministério Público, nomeadamente reforçando os meios humanos, e em especial, os docentes,

para alcançar uma pretendida formação de elevado nível.

Neste contexto, e à semelhança do que ocorreu nos anos mais recentes, foi lançado um

procedimento para seleção de docentes do CEJ, com anúncio público dirigido a magistrados judiciais na

1.ª instância, nas áreas do Direito da Família e das Crianças e do Trabalho e da Empresa, que reunissem

um conjunto pré-definido de condições, que, verificadas, fossem garantia de uma docência de

qualidade.

Foram selecionadas duas docentes.

Page 8: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 8

Circunstâncias imprevistas, resultantes do pedido de cessação da comissão de serviço

apresentado por uma senhora docente a poucos dias do final do ano letivo, vieram perturbar a

programação estabelecida e determinaram a necessidade de recorrer a outras formas mais flexíveis de

satisfação das carências supervenientes, num quadro de reputada míngua de quadros da magistratura

do Ministério Público e num apertado período temporal, por recurso à docência a tempo parcial e ao

preenchimento das vagas por convite, dirigido a reputados magistrados, classificados de mérito.

No plano da formação inicial, os programas de cada jurisdição foram atualizados e melhorados,

mantendo-se o reforço da formação na área dos direitos humanos, do Direito Europeu e da cooperação

judiciária internacional, além de terem sido introduzidas matérias consideradas relevantes, relativas *a

iniciação à retórica e à imagem e voz.

As demais condições materiais necessárias, nomeadamente logísticas, e outros recursos

humanos foram ponderados, à luz da experiência recolhida em anos anteriores.

No plano da formação contínua, onde todas as sugestões dos Conselhos Superiores foram

ponderadas, prevê-se um largo espectro de opções, compreendendo cursos intensivos, colóquios,

seminários, cursos de especialização, workshops e cursos on-line, para desenvolver ao longo do ano

letivo, dirigidos a diversos públicos-alvo e adotando metodologias diferenciadas, privilegiando a

formação presencial.

A transmissão de ações de formação contínua, por videoconferência ou outros meios adequados,

para os tribunais ou outros locais de receção, quando deva ter lugar, continuará a ser melhorada com o

reforço da aquisição de meios técnicos adequados, de modo a superar as deficiências que persistem.

Ainda no plano da formação contínua, releva assinalar as solicitações dirigidas ao CEJ por

entidades da órbita da Administração da Justiça, manifestando o interesse em participar nas ações de

formação organizadas pelo CEJ ou que este organize ações específicas dirigidas aos seus técnicos e

profissionais, com vista a uma melhoria da qualidade das respostas.

II

No contexto dos países de língua portuguesa, o CEJ continuará a desempenhar um papel central

na formação judiciária, quando solicitado para programas de formação, por instituições judiciárias ou da

administração da justiça e com intervenção na área da formação de magistrados nesses países.

A conclusão com elevada aceitação no ano transato da realização de cursos de formação para

magistrados do Ministério Público de Moçambique, concretizado neste país, de acordo com o seu

direito nacional, por docentes do CEJ, bem como um curso de formação, também no direito nacional do

país, para 15 juízes assistentes e procuradores assistentes de Cabo Verde, espelha o reconhecimento da

missão que o CEJ tem desempenhado nesse domínio.

Presentemente e no âmbito do Projeto de Apoio à Consolidação do Estado de Direito nos PALOP

e Timor-Leste (PACED), o CEJ desempenha ação pioneira na formação de formadores, com capacitação

nas áreas da corrupção, branqueamento de capitais e tráfico de estupefacientes, com conhecimento dos

instrumentos legais, administrativos e processuais adequados ao tratamento da tipologia destes casos.

Page 9: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 9

Para o ano letivo a que se reporta este Plano de Atividades assinala-se, de novo, a possibilidade

de levar a efeito novos cursos para magistrados judiciais de Angola, à luz do ordenamento jurídico deste

País, bem como um curso de formação para magistrados de Timor-Leste.

Por último, estão em curso conversações, em diferentes estádios de evolução, tendo a vista a

formação, de acordo com a modalidade que for mais adequada, de magistrados de São Tomé e Príncipe,

Cabo Verde e da Guiné Bissau, esperando-se que alguns desses cursos principiem no início do próximo

ano.

Page 10: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 11: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 11

2. Orientações gerais

O Conselho Geral, no Plano Estratégico 2012-2014 do Centro de Estudos Judiciários, aprovado em

2012, definiu os objetivos estruturais que se especificam:

Restaurar o prestígio e a credibilidade do CEJ

Reforçar a identidade do CEJ como escola de formação

Abrir o CEJ ao exterior

Contribuir para a confiança nos tribunais e na legitimidade do poder judicial

Apostar na complementaridade das profissões jurídicas

Definir um projeto pedagógico coerente, assente nas virtualidades do e-b-learning

Cultivar o caráter e a independência de espírito

Naquele período, reiterando avaliação já efetuada, foram dados passos muito sensíveis quanto à

concretização de todos eles, podendo afirmar-se que a confiança institucional no Centro de Estudos

Judiciários se encontra restaurada, constituindo um facto visível junto da sociedade em geral e do meio

judiciário em particular.

Apesar disso, elencam-se alguns dos considerandos já expressos na reforma da Lei n.º 2/2008,

afigurando-se, como já se afirmou, ser o momento de aprofundar a reforma do sistema de formação,

nomeadamente no que respeita aos critérios de formação e aos mecanismos de entrada no CEJ, por via

académica e profissional.

Em especial, importa ainda avaliar:

1. Os pressupostos ideológicos e os resultados práticos da existência de duas vias de

ingresso.

Page 12: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 12

2. A redução da complexidade do sistema de exames de acesso, muito oneroso, de difícil

organização e que se mostra, pelo menos, discutível no plano de avaliação da qualidade

dos candidatos.

3. As temáticas sobre as quais a formação inicial deve essencialmente incidir tendo em

conta, quer o vigente modelo de especialização introduzido pela nova organização

judiciária, quer os limites temporais que condicionam aquela formação.

4. A adaptação do corrente modelo de avaliação do primeiro ciclo em resultado das

conclusões a que se chegar sobre último ponto.

5. A adequação da atual estrutura orgânica do CEJ face ao que constitui a sua missão.

Deverá assinalar-se que nas alterações aos Guias do 2.º Ciclo (Magistratura Judicial para os

Tribunais Judiciais e para a Jurisdição Administrativa e Fiscal e Magistratura do Ministério Público) têm

vindo a ser introduzidas algumas novas regras relativas quer aos procedimentos de formação quer à

avaliação dos auditores de justiça, visando-se a sua adaptação à nova organização judiciária e o reforço

da sua transparência.

Page 13: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 13

3. Parcerias com outras entidades. Principais

indicações

No ano transato, assinalou-se que, numa preocupação de abrir a formação judicial à sociedade

contribuindo assim para o incremento da confiança dos cidadãos no seu sistema de justiça e, ao mesmo

tempo, incentivando o diálogo entre as diversas profissões jurídicas enquanto peças importantes na

estratégia de legitimação do poder judicial, o Centro de Estudos Judiciários celebrou novas ou

desenvolveu antigas parcerias com entidades externas, tendentes à planificação e execução dos seus

programas de formação inicial e contínua.

Essas linhas orientadoras mantêm-se atuais.

Assinalam-se, por isso, de seguida, alguns dos projetos em curso:

Ordem dos Advogados

Entidade Reguladora da Comunicação Social

Autoridade Tributária

Ordem dos Notários (Processo de Inventário)

Instituto dos Notários de Portugal, Associação INP (Processo de Inventário e processo

civil)

DGAJ (Custas)

INPI (Propriedade Intelectual)

APODIT (Processo de Trabalho)

Instituto Nacional da Administração

Page 14: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 14

Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) (Direito do Trabalho)

Instituto do Direito do Trabalho (Proteção de dados pessoais e Direito do Trabalho)

União das Associações de Juízes dos Países de Língua Portuguesa (Migrações e Processo

Civil) e Escolas de Magistratura do Brasil (Processo Civil)

Instituto Padre António Vieira (Justiça Para Tod@s; Migrações, estrangeiros e

globalização), SEF, CPLP (Migrações, estrangeiros e globalização)

CIG (Violência Doméstica)

CNE, CSM (Processo eleitoral).

Page 15: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 15

4. Abertura ao exterior e enraizamento na

comunidade jurídica

O enraizamento do CEJ na comunidade jurídica tem sido fomentado não só através da adoção de

comportamentos proactivos ao serviço de instituições da sociedade, da ciência e da cultura, como

também através da prossecução de uma política editorial que passa pela otimização da divulgação de

todos os materiais formativos aqui produzidos.

Nestes incluem-se, para além das publicações próprias, e-books – um dos ativos de maior valia e

aceitação produzidos pelo CE - e outras, vídeos de conferências produzidas em atividades de formação

contínua, disponibilizados na sua página web.

O aumento das visualizações, no País e no estrangeiro, o descarregamento a partir dos Países de

Língua Oficial Portuguesa e outros territórios faz aumentar a responsabilidade do CEJ na produção de

conteúdos específicos para esses países.

A transmissão de ações de formação contínua através de videoconferência e outros meios

técnicos para os tribunais ou outros locais de receção será melhorada com a aquisição de novas técnicas

que a facilitam.

Sem prejuízo da transmissão de ações de formação contínua, sempre que isso corresponda a

uma melhor mais-valia para os destinatários, o CEJ procurará, como já o fez e sendo possível e

necessário, descentralizar a sua oferta de formação contínua.

Page 16: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 17: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 17

5. As Conferências do Centro de Estudos

Judiciários

O CEJ tem vindo a realizar um ciclo anual de conferências, assinalado pela presença de

prestigiados magistrados e personalidades da ciência e da cultura, nacionais e estrangeiros, destinadas

aos magistrados em formação e à comunidade jurídica em geral.

Com “As Conferências do Centro de Estudos Judiciários” pretende-se, como se refere na nota de

apresentação, que as personalidades convidadas, em tema livre, partilhem o seu saber, a sua visão, os

seus olhares, as suas interrogações e inquietações sobre questões pertinentes da vida coletiva e do

mundo com os destinatários, e em particular os futuros magistrados, com novos horizontes cheios de

vida nos limites das fronteiras da Justiça.

Foram já publicados dois volumes de “As Conferências do Centro de Estudos Judiciários” e estão

a ser coligidas as intervenções realizadas neste último ano com vista à sua publicação em breve prazo.

Trata-se de um projeto para dar continuidade, pela sua mais-valia, em especial na formação dos

novos magistrados, renovando-o e melhorando-o.

Page 18: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 19: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 19

6. Organização do 33.º Curso de Formação para

os Tribunais Judiciais

Por Despacho proferido ao abrigo do disposto no artigo 8.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro, a

Senhora Ministra da Justiça determinou a abertura de curso de ingresso nas magistraturas para o

preenchimento de um total de 126 vagas, sendo 42 na magistratura judicial e 84 na magistratura do

Ministério Público para os Tribunais Judiciais (Despacho n.º 873/2017, datado de 10/1/2017, publicado

no DR - 2.ª série, n.º 13, de 18 de janeiro de 2017).

O processo de seleção dos candidatos para o preenchimento de tais vagas encontra-se em curso,

prevendo-se a sua conclusão no final de julho.

O início do curso está programado para o dia 15 de setembro de 2017.

6.1. Formação inicial: o plano de estudos para

o 1.º Ciclo da Formação Inicial (33.º Curso de

Formação para os Tribunais Judiciais)

A formação inicial de Magistrados para os tribunais judiciais compreende um curso de formação

teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso, sendo que o primeiro

ciclo desse curso se realiza na sede do CEJ, com a ressalva dos estágios intercalares de curta duração,

que decorrem nos tribunais – tal como se estabelece nos n.ºs 1 e 2 do artigo 30.º da Lei n.º 2/2008, de

14 de janeiro.

Sem prejuízo do cumprimento dos objetivos gerais e específicos legalmente assinados ao

primeiro ciclo da formação inicial dos auditores de justiça, deve também ter-se em conta que a anterior

Page 20: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 20

Direção, no seu Projeto Estratégico, apresentado ao Conselho Geral de 18 de julho de 2012, identificou

como problema uma formação de primeiro ciclo «demasiado académica e pouco relacionada com os

objetivos de formação dos Magistrados – isto é, com as competências e as qualidades que definem um

bom Magistrado» e assumiu o compromisso de «rever a política de organização curricular de modo a

sublinhar o diálogo entre as disciplinas e os docentes [e] (…) a especificidade profissional da vocação do

CEJ» e de introduzir ajustamentos no sistema de avaliação de modo a «reforçar a independência e

consciência crítica dos auditores».

No mesmo sentido vai o entendimento da atual Direção.

Independentemente das alterações que possam operar-se na legislação orgânica que rege o CEJ,

e que a atual Direção reconhece como imperativas, o modelo avaliativo atualmente em vigor será

interpretado e aplicado no sentido de acentuar o papel formativo dos docentes e uma ideia de

aprendizagem contínua dos auditores, em que formadores e formandos estejam mais preocupados com

a formação dos futuros Magistrados para o seu próximo desempenho funcional, e menos com a

avaliação destes e a sua classificação ou graduação.

Nessa medida, o processo avaliativo tenderá a centrar-se numa prognose da ocorrência dos

requisitos éticos e técnicos que caracterizam um desempenho profissional exemplar. Como se sublinha

no mencionado Projeto Estratégico, a avaliação deve estar «centrada na realização de objetivos claros,

atinentes ao conjunto de requisitos técnicos e morais que caracterizam os bons Magistrados». Ou, dito

de outro modo, respigando diferente trecho, «o regime de avaliação deve contribuir para a orientação

identitária dos Magistrados, em especial, pela sua independência e responsabilidade, capacidade de

decisão e de fundamentação».

Consequentemente, e não obstante a necessária individualização dos docentes enquanto

avaliadores responsáveis pela concreta avaliação, nos termos legais estabelecidos em cada momento, o

método de avaliação contínua será convolado para uma avaliação global, em que todos os fatores de

avaliação que relevem para a aferição daqueles requisitos éticos e técnicos sejam considerados e em

que os juízos formulados por todos os docentes que interajam funcionalmente com cada um dos

auditores sejam ponderados, sempre com salvaguarda da total transparência do processo avaliativo.

Por sua vez, também a própria elaboração dos Planos de Estudos para estes dois cursos, que

constam em anexo ao presente Programa de Atividades e entretanto já aprovados pelo Conselho

Pedagógico, ao abrigo do disposto no artigo 98º, n.º 4, alínea a) da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro,

inscrevem-se na mesma linha reformadora, remetendo-se para o respetivo texto a enunciação das

modificações introduzidas e correspondentes razões justificativas.

Já se assinalou como no aludido Projeto Estratégico se reconheceu a necessidade de evitar

modelos académicos ou universitários, pretendendo-se acentuar a componente prática da formação.

Nessa medida, e como ali se salienta, os novos planos de estudo vão «privilegiar as seguintes

preocupações: interdisciplinaridade dos saberes; complementaridade com o ensino universitário;

orientação ao estudo do caso concreto».

Trata-se, afinal, de organizar as atividades formativas numa lógica de aquisição de competências

para o saber fazer, numa perspetiva de cumprimento da ética profissional e de respeito pelo cidadão,

Page 21: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 21

enquanto destinatário da atividade dos tribunais, em que têm papel essencial vários aspetos a

desenvolver: formação adequada nos domínios da ética e deontologia profissionais e dos direitos

humanos; estudo e assimilação de boas práticas profissionais; preparação para a especialização;

exercitação das capacidades de compreensão e valoração da prova, e de ponderação e decisão, segundo

o direito e o bom senso; elaboração de materiais de formação comuns dentro de cada área formativa e

dirigidos a todos os auditores; mobilização dos formandos para o seu próprio processo formativo;

valorização da ponderação e análise crítica das matérias e materiais formativos pelos auditores.

Acresce que, para atingir níveis satisfatórios de desenvolvimento dos aspetos referidos, mostra-

se ainda de particular relevância enquadrar na formação do primeiro ciclo: reforço de uma perspetiva

formativa prática nos contactos com a atividade dos tribunais, aprofundando o modelo de estágio

intercalar já existente (previsto no n.º 1 do artigo 42.º da Lei n.º 2/2008); estudo integrado (e não

estanque) das matérias das componentes formativas geral e de especialidade, numa lógica de

interdisciplinaridade e complementaridade com as áreas da componente profissional (embora, neste

ponto, com a vantagem de significar a desnecessidade de autonomização de várias daquelas matérias,

que serão tratadas no âmbito das áreas da componente profissional, daí resultando um ganho em

termos de gestão da carga horária).

6.2. Docentes

Dando continuidade ao procedimento iniciado pela primeira vez no ano de 2012, foi aberto um

procedimento público de seleção de docentes, a tempo integral, com vista à recomposição do quadro

de pessoal docente do Centro de Estudos Judiciários, nas Jurisdições de Família e das Crianças e do

Trabalho e da Empresa (um juiz para cada Jurisdição).

Este processo já se encontra concluído tendo, na sequência do mesmo, sido formulada proposta

ao Conselho Pedagógico, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 98º, n.º 5, alínea c) da Lei

n.º 2/2008 de 14 de janeiro, de nomeação de 2 novos docentes a tempo integral.

Foram recuperados dois nomes de candidatos considerados suplentes no anterior concurso, os

quais entrarão para a Jurisdição Cível (um juiz) e para a Jurisdição Penal (um Procurador da República).

Finalmente, foram convidados para integrar o quadro de docentes, a tempo parcial, três

Procuradores da República (um para a Jurisdição do Trabalho e da Empresa, um para a Jurisdição da

Família e das Crianças e outro para a Jurisdição Penal), pelo período de um ano, face ao grande número

de auditores na Magistratura do MP neste curso que se avizinha.

Também estes nomes farão parte de proposta de nomeação ao Conselho Pedagógico.

Page 22: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 23: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 23

7. Organização do 2.º Ciclo da formação inicial

(32.º Curso de Formação para os Tribunais

Judiciais e 4.º Curso para os Tribunais

Administrativos e Fiscais

7.1. 32.º Curso de formação para os Tribunais Judiciais

7.1.1. Aspetos gerais

1. A formação inicial de magistrados para os tribunais judiciais compreende um curso de

formação teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de

ingresso.

2. No âmbito da magistratura judicial, o 2.º ciclo do curso de formação teórico-prática e o

estágio de ingresso decorrem nos tribunais, nos quais a formação dos Auditores de

Justiça é assegurada por Coordenadores Regionais e Juízes Formadores.

3. No período abrangido pelo Plano de Atividades para 2017-2018, frequentarão o

segundo ciclo de formação, na magistratura judicial, os Auditores de Justiça que

ingressaram no 32º Curso Normal de Formação.

4. O n.º 1 do art.º 49º da Lei nº 2/2008, de 14 de janeiro, fixa como objetivos específicos

para o 2.º ciclo de formação teórico-prática:

▪ Assegurar a consolidação das exigências deontológicas inerentes ao exercício

de cada magistratura e a compreensão dos respetivos direitos e deveres

estatutários;

Page 24: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 24

▪ Proporcionar a experimentação e a compreensão concreta dos conteúdos

funcionais da respetiva magistratura e dos outros agentes do sistema de

justiça, bem como o desenvolvimento de boas práticas no relacionamento com

os demais agentes judiciários;

▪ Apurar o espírito crítico e cultivar atitude de cooperação e de relativização do

saber no debate das questões e no processo de decisão, com progressiva

aquisição de autonomia e personalização na decisão;

▪ Exercitar uma prática multidisciplinar no tratamento dos casos e de realização

efetiva dos direitos fundamentais.

5. O n.º 2 do mesmo preceito legal, ao nível das competências técnicas, estabelece os

seguintes objetivos específicos:

▪ Prosseguir a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos técnico-

jurídicos necessários à aplicação do Direito, mediante intervenção concreta e

simulada em atos processuais e outros da atividade judiciária, apurando a

técnica de elaboração de peças e agilizando os procedimentos processuais, com

destaque para a recolha, produção e valoração da prova;

▪ Proporcionar o conhecimento concreto da missão, atividade e capacidade de

resposta das instâncias judiciárias e não judiciárias intervenientes na

administração da justiça;

▪ Apurar o domínio do processo de decisão, mediante o desenvolvimento das

capacidades de análise e de síntese, do poder de argumentação e da

ponderação de interesses e das consequências práticas da decisão;

▪ Desenvolver as competências de organização e gestão de métodos de trabalho,

com relevo para a gestão do tribunal, do processo, do tempo e da agenda e

para a disciplina dos atos processuais;

▪ Exercitar as técnicas de comunicação para uma boa prática judiciária, incluindo

o recurso otimizado às tecnologias da informação e da comunicação

disponíveis.

6. Para a prossecução deste conjunto de objetivos específicos, que constituem o

desenvolvimento dos objetivos gerais consignados no art.º 34º da Lei n.º 2/2008,

compete aos Auditores de Justiça, sob orientação dos respetivos Juízes Formadores,

designadamente:

▪ Elaborar projetos de peças processuais;

▪ Intervir em atos preparatórios do processo;

▪ Coadjuvar o formador nas tarefas de direção e instrução do processo;

Page 25: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 25

▪ Assistir às diversas diligências processuais, em especial no domínio da produção

de prova, da audição de pessoas e da realização de audiências;

▪ Assistir às deliberações dos órgãos jurisdicionais

7.1.2. Magistratura Judicial

1. Durante a vigência do Plano de Atividades para o ano de 2017-2018 iniciarão a formação

no 2.º ciclo os Auditores de Justiça provenientes do 32.º Curso Normal de Formação de

Magistrados, cujo acesso ao Centro de Estudos Judiciários ocorreu pelas vias académica

e profissional, previstas na alínea c) do artigo 5º da Lei nº 2/2008.

2. Este período de formação destina-se a um universo de 28 Auditores de Justiça que

optaram pela magistratura judicial e que obtiverem aproveitamento no 1.º ciclo de

formação.

3. O período de formação terá início no dia 1 de setembro de 2017 e terminará no dia 15

de julho de 2018. Excecionalmente, o período de formação poderá ser prorrogado em

função do aproveitamento do Auditor de Justiça, mediante deliberação do Conselho

Pedagógico, sob proposta do Diretor do Centro de Estudos Judiciários.

4. No decurso desta fase de formação, pretende-se que os Auditores de Justiça, sob

orientação e assistência permanente de um Juiz Formador, adquiram e aprofundem os

conhecimentos necessários à aplicação prática do Direito no exercício da atividade

judicial em diversas jurisdições.

5. Para a prossecução de tais objetivos, a atividade do Auditor de Justiça centrar-se-á na

assistência a julgamentos e outras diligências, normalmente mas não necessariamente,

presididas pelo próprio Juiz Formador, e na simulação de sentenças e despachos

judiciais de todo o tipo, com especial atenção à organização e gestão do expediente

diário e da agenda.

6. Visa-se, desta forma, garantir que, no final do 2.º ciclo de formação, o Auditor de Justiça

esteja apto a assumir competências próprias enquanto Juiz Estagiário, já dotado de

conhecimentos teóricos e práticos que lhe permitam, de imediato, desempenhar

funções como juiz em todas as vertentes da intervenção que lhe é própria.

7. Constitui objetivo de idêntica importância o conhecimento e assimilação de regras éticas

e deontológicas, que permitam ao futuro Juiz o exercício da magistratura com perfeita

noção das responsabilidades que assume perante a sociedade, atuando sempre com

sentido de responsabilidade, isenção, imparcialidade e respeito pelos direitos

fundamentais.

Page 26: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 26

8. A formação decorrerá predominantemente em juízos de competência local cível e crime,

mediante programação a efetuar pelos respetivos Coordenadores Regionais em

articulação com os Juízes Formadores e de acordo com orientações prévias e uniformes.

9. A intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos deverá acontecer, sempre

que as condições o permitam, em simultâneo, com a finalidade de fomentar um

contacto tão constante quanto possível com as jurisdições civil e criminal, ou

obedecendo a um esquema de rotatividade quinzenal ou mensal entre uma e outra

jurisdição, sem prejuízo da conclusão dos trabalhos pendentes.

10. Sem prejuízo do regular acompanhamento dos julgamentos e demais diligências do Juiz

Formador, deve o Auditor de Justiça assistir a julgamentos do tribunal coletivo e à

correspondente deliberação, por forma a conhecer outras formas de condução das

audiências e adquirir hábitos de trabalho conjunto com outros colegas de profissão.

11. Os Auditores de Justiça completarão a sua formação com estágios em juízos de Família e

Menores, Trabalho, Execuções, Comércio e Instrução Criminal, com duração a definir

mas com um mínimo de uma semana, sem prejuízo da preferência por um

acompanhamento ao longo de todo ou parte do ano, sempre que as condições do

tribunal o permitam.

12. Nos termos dos n.ºs 2 e 3 do art.º 51º da Lei n.º 2/2008, o 2º ciclo pode compreender

ainda estágios de curta duração junto de entidades e instituições não judiciárias que

desenvolvam atividades com interesse para o exercício da magistratura judicial. Estes

estágios, no mínimo de dois, terão uma duração não superior a dois meses. Podem ser

dispensados da sua frequência os Auditores de Justiça da via profissional, mediante

deliberação do Conselho Pedagógico, sob proposta do Diretor do Centro de Estudos

Judiciários.

13. A metodologia a seguir neste 2.º Ciclo consta do Guia de 2.º Ciclo feito para o ano de

2017/2018.

14. As visitas aos locais de formação ocorrerão em datas ajustadas entre os Coordenadores

Regionais e os Juízes Formadores, que serão comunicadas com a antecedência possível

aos Auditores de Justiça - terão lugar, preferencialmente, nas quatro semanas

subsequentes à receção dos trabalhos pelo Coordenador Regional, que, nessa

oportunidade, serão comentados e debatidos com os respetivos Auditores de Justiça em

conversa pessoal, na qual também terão oportunidade de suscitar quaisquer questões

relativas à formação.

15. Sem prejuízo das deslocações periódicas aos tribunais onde decorre a formação do 2.º

ciclo, os Coordenadores Regionais estarão permanentemente disponíveis para

acompanhar e debater com os Auditores de Justiça e Juízes Formadores todos os

assuntos relativos à formação, incluindo os assuntos de natureza organizativa e

pedagógica.

Page 27: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 27

16. Os Auditores de Justiça que frequentem o 2.º ciclo de formação serão avaliados e

classificados, de acordo com os parâmetros previstos nos artigos 52.º a 54.º da Lei n.º

2/2008.

17. O juízo sobre a aptidão para o exercício de funções na magistratura judicial assenta em

dois pilares de importância indissociável: adequação (urbanidade, sociabilidade,

cortesia, maturidade e sensatez) e aproveitamento (capacidade de investigação, de

organização e método, nível de cultura jurídica, capacidade de ponderação e decisão,

uso da língua portuguesa e atitude na formação).

18. A avaliação do desempenho dos Auditores de Justiça durante o 2.º ciclo processa-se em

regime de avaliação contínua, baseia-se nos elementos colhidos diretamente pelo

Coordenador Regional e nas informações de desempenho prestadas pelos Juízes

Formadores e, na sequência de reuniões periódicas, consta de relatórios intercalares e

finais elaborados por aquele.

19. A classificação final será atribuída a cada um dos Auditores de Justiça por deliberação

conjunta dos quatro Coordenadores Regionais para a magistratura judicial – que durante

o ano acompanharão os trabalhos e a evolução de todos os Auditores de Justiça e não

apenas os da sua área geográfica – em reunião presidida pelo respetivo Diretor-Adjunto.

7.1.3. Magistratura do Ministério Público

Durante a execução do presente Plano de Atividades iniciar-se-á a formação correspondente ao

segundo ciclo da fase teórico-prática dos auditores de justiça do 32.º Curso Normal de Formação de

Magistrados, abrangendo um universo de 55 formandos.

O período de formação terá início no dia 1 de setembro 2017 encontrando-se o seu termo

previsto para o dia 15 de julho de 2018.

A colocação do Auditor de justiça nos diversos tribunais onde decorrerá este ciclo compete ao

Diretor-Adjunto do CEJ que atenderá às preferências individualmente expressas, à respetiva graduação

de 1.º Ciclo e a quaisquer outros aspetos que, em cada caso concreto, se mostrem relevantes e

exequíveis em função dos recursos disponíveis e dos interesses da formação, designadamente tendo em

conta a duração prevista para a fase de estágio.

Ora, atento, por um lado, o regime de incompatibilidades constante do artigo 83.º da Lei n.º

47/86, de 15 de Outubro, e, por outro, a redução do subsequente período de estágio para quatro meses

operado pelo artigo 4º do Decreto-Lei n.º 23/2017, de 23 de fevereiro, entendeu-se desaconselhável,

tendo em vista a otimização da formação, qualquer mudança do magistrado formador entre um e outro

ciclo bem como a execução do mesmo em qualquer tribunal onde o auditor tenha exercido funções de

funcionário de justiça ou nele tenha tido uma atividade regular como órgão de policia criminal nos

últimos cinco anos.

Page 28: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 28

Nestes termos, o auditor de justiça não será colocado em 2º Ciclo em qualquer tribunal ou juízo

em que a) exerçam funções magistrados judiciais ou do Ministério Público ou funcionários de justiça a

que estejam ligados por casamento ou união de facto, parentesco ou afinidade em qualquer grau da

linha reta ou até ao 2.º grau da linha colateral ou em que, nos últimos cinco anos, b) tenha tido

escritório de advogado, tenha exercido funções de funcionário de justiça ou nele tenha tido uma

atividade regular enquanto órgão de policia criminal.

1. A organização e execução das atividades do 2.º Ciclo incumbem também ao Diretor-Adjunto

do CEJ, coadjuvado por 4 coordenadores regionais (um dos quais nomeado a tempo parcial) e por cerca

de 200 magistrados formadores que desempenham um papel insubstituível na prossecução dos

objetivos a atingir nesta fase de formação.

De facto, durante a sua execução, visa-se que os auditores de justiça acompanhem as atividades

próprias da magistratura do Ministério Público de uma forma gradual e progressiva, tendo em vista

facilitar a aquisição e o aprofundamento dos conhecimentos necessários à aplicação prática do direito

nas diferentes jurisdições.

Com carácter acentuadamente profissionalizante, a formação teórico-prática no 2.º ciclo tem

como objetivos específicos o desenvolvimento quer das qualidades pessoais do formando (cf. infra i) a

vii)) quer das respetivas competências técnicas (cf. infra viii) a xiv)), visando-se assim:

i) Favorecer a experimentação e a compreensão concreta dos conteúdos funcionais das

magistraturas e dos outros agentes do sistema de justiça, bem como dos diversos

modos e objetivos de intervenção judiciária;

ii) Desenvolver as relações humanas na convivência com os demais agentes judiciários e

no respeito pelas competências de cada um;

iii) Favorecer a compreensão e interiorização da realidade orgânica e funcional que é o

tribunal e da sua interdependência com outras entidades intervenientes na realização

da justiça;

iv) Sensibilizar o auditor para a prática judiciária da realização efetiva dos direitos

fundamentais;

v) Salientar a relevância de uma prática multidisciplinar e transdisciplinar na abordagem

e tratamento dos casos submetidos ao judiciário;

vi) Favorecer o apuramento do espírito crítico, do sentido de partilha e de relativização do

saber quer no debate das questões quer no processo de decisão, com progressiva

aquisição de autonomia e personalização na decisão;

vii) Assegurar a vivência e consolidação dos parâmetros éticos e deontológicos inerentes

ao exercício das magistraturas.

Page 29: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 29

viii) Prosseguir a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos técnico-jurídicos

necessários à aplicação do direito, mediante a intervenção concreta e simulada em

atos processuais e outros da atividade judiciária;

ix) Desenvolver e sedimentar o método jurídico e judiciário na abordagem, análise e

resolução dos casos, através do exercício simulado das funções próprias da

magistratura do Ministério Público;

x) Desenvolver conhecimentos e técnicas de outras áreas do saber, úteis para a

compreensão judiciária das realidades da vida;

xi) Agilizar a técnica de elaboração de peças e os procedimentos processuais, com

particular destaque para a recolha, produção e valoração da prova;

xii) Apurar, em contexto real, a destreza no processo de decisão, mediante o

desenvolvimento das capacidades de análise e de síntese, do poder de argumentação

e ponderação de interesses e das consequências práticas da decisão;

xiii) Fomentar o domínio das técnicas de comunicação indispensáveis uma adequada

prática judiciária, incluindo o recurso otimizado às tecnologias da informação e

comunicação disponíveis;

xiv) Desenvolver, em ambiente profissional, as competências de organização e gestão de

métodos de trabalho, com relevo para a gestão do tribunal, do processo, do tempo e

da agenda.

Constitui ainda objetivo de não menos importância o conhecimento e assimilação das regras

éticas e deontológicas que permitam ao futuro magistrado do Ministério Público o exercício das suas

funções com perfeita noção das responsabilidades que assume perante a sociedade, atuando sempre

com o sentido de responsabilidade, isenção, imparcialidade e respeito pelos direitos fundamentais que

as mesmas exigem.

Visa-se, por esta forma, criar as condições indispensáveis para assegurar que, no final deste ciclo

de formação, o auditor de justiça esteja apto a assumir as competências de Procurador-adjunto

estagiário, já dotado dos conhecimentos teóricos e práticos que lhe permitam, de imediato,

desempenhar funções em todas as vertentes da intervenção que lhe é própria.

2. Para o efeito, nesta fase será proporcionado ao auditor de justiça, em termos que serão objeto

de uma descrição mais detalhada no Manual de 2.º Ciclo, o contacto com as diferentes espécies de

processos para que se aperceba dos aspetos essenciais da sua tramitação, designadamente a sequência

dos atos e fases processuais, a intervenção dos demais sujeitos processuais, com destaque para as

diferentes funções e intervenções processuais do Ministério Público.

Page 30: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 30

Para tanto, os auditores de justiça deverão:

a) Assistir os respetivos formadores em atos de inquérito e de instrução criminal;

b) Intervir em atos preparatórios do processo não exclusivos da função jurisdicional,

mormente atos de mero expediente;

c) Elaborar projetos de peças processuais, quer formalmente decisórias, quer de direção

processual e expediente;

d) Assistir às diligências processuais, ou outras, que os formadores entendam úteis para a

formação;

e) Realizar contactos com as entidades (e respetivos profissionais) que colaboram com o

tribunal, num quadro quer institucional quer multidisciplinar da administração da justiça

e da execução das suas decisões, aproveitando para conhecer o conteúdo das suas

funções, a dinâmica da sua atividade, as condições em que a exercem – num processo

de compreensão prática do funcionamento da justiça e de exercitação das relações

interpessoais e interinstitucionais.

f) Estar presentes em reuniões de coordenação da Comarca incluindo a elaboração de atas

respetivas;

g) Acompanhar os serviços de turno agendados para os respetivos formadores.

3. Mediante programação a efetuar por cada um dos coordenadores regionais, o período de

permanência dos formandos nas diferentes áreas será, tendencialmente, o seguinte:

a) Na jurisdição de família e menores, um período mínimo de 4 semanas que poderá ser

alargado até às 6, consecutivas ou interpoladas, em função das necessidades individuais

de formação;

b) Na jurisdição laboral, 1 semana.

c) Na jurisdição cível, um período de 3 semanas, que poderá ser alargado até às 5 em

função das necessidades individuais de formação;

d) Na jurisdição de execução de penas, 1 semana.

e) Na jurisdição de comércio, 1 semana.

f) Na jurisdição de julgamento penal, 6 semanas

g) Nos DIAP, o remanescente do tempo disponível, com um mínimo de 20 semanas.

Page 31: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 31

4. Este Ciclo compreenderá ainda estágios de curta duração junto de entidades e instituições não

judiciárias que exercem uma atividade relevante na perspetiva do exercício da magistratura do

Ministério Público organizadas em parceria com aquelas, que decorrerão preferencialmente nos

respetivos serviços pelo período considerado ajustado ao cumprimento dos respetivos objetivos

pedagógicos. Tais atividades não deverão exceder, contudo, as quatro semanas.

Estes estágios de curta duração serão organizados de forma descentralizada sob impulso,

organização e execução do respetivo coordenador regional, e sob a supervisão do Diretor-Adjunto,

visando-se a prossecução de alguns dos objetivos cuja importância é salientada na Lei n.º 2/2008, de 14

de janeiro, nomeadamente, o de proporcionar a experimentação e a compreensão concreta dos

conteúdos funcionais de outros agentes do sistema de justiça, o desenvolvimento de boas práticas no

relacionamento com os demais agentes judiciários, o conhecimento concreto da missão, atividade e

capacidade de resposta das instâncias judiciárias e não judiciárias intervenientes na administração da

justiça, o promover do apuramento do espírito crítico e reflexivo e de uma atitude de abertura a outros

saberes na análise das questões, sem esquecer a aquisição de conhecimentos e técnicas de áreas não

jurídicas do saber úteis para a compreensão judiciária da realidade social.

Neste âmbito, prevê-se um contacto formativo obrigatório com diversas entidades que revestem

a qualidade de órgãos de polícia criminal.

Durante a respetiva execução, e com vista a aperceberem-se in loco da concreta atividade

prosseguida por cada um deles, do correspondente enquadramento legal e da prática quotidiana dos

OPC, tendo em conta as suas atribuições legais e, nesse contexto, a sua relação funcional com o

Ministério Público, os Auditores de justiça serão colocados nos serviços quer da PJ (uma semana) quer

da PSP, GNR, AT e SEF (dois dias cada) e ASAE.

Complementarmente, e na medida das possibilidades logísticas disponíveis em cada um dos

locais de estágio, sob proposta dos respetivos coordenadores regionais, uma semana complementar de

estágio poderá ser ainda organizada junto de outras entidades tais como os serviços de reinserção

social, centros de acolhimento temporário de menores, estabelecimentos prisionais, direções distritais

de finanças etc…

Por outro lado, e ainda durante este ciclo, poderão ser organizadas visitas a instituições ou

serviços, de natureza pública ou privada, com interesse para o exercício da função judiciária, tais como

as Conservatórias do Registo Civil, Predial e Comercial, os Cartórios Notariais, Serviços médico-legais,

Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em

Perigo etc…

Paralelamente, está ainda prevista a realização de encontros com vista à troca de experiências

entre auditores de justiça colocados em diferentes comarcas, bem como a sua participação em

seminários, colóquios e ciclos de debate, enquadrados ou não no âmbito das atividades de formação

contínua do CEJ e que possam contribuir para a sua formação e ainda a realização de um trabalho

temático, a ser elaborado em grupo.

Todas estas atividades deverão, sempre que possível, ser associados à dinâmica de processos ou

expedientes que estejam a correr termos e com os quais o auditor de justiça esteja a ter contacto.

Page 32: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 32

5. No final deste ciclo será elaborado um juízo individualizado sobre a aptidão de cada auditor

para o exercício das funções de magistrado do Ministério Público e que assentará em dois pilares de

importância indissociável: o da adequação e o do aproveitamento.

Tal juízo será fundado numa análise detalhada da prestação global do auditor e resultará do teor

das informações prestadas quer pelos formadores quer pelos coordenadores regionais, através da

utilização dos índices para tanto oportunamente aprovados pelo Conselho Pedagógico do CEJ, tais

como, a cultura jurídica e geral, a revelada capacidade de ponderação e de decisão, a aptidão para

desempenhar com rigor, equilíbrio, honestidade intelectual e eficiência as diferentes atividades próprias

das funções de magistrado (e.g. condução de diligências processuais, compreensão e valoração da

prova, fundamentação de facto e de direito de decisões) no respeito das regras substantivas e

processuais, e de acordo com as boas práticas de gestão processual e as regras da ética e deontologia

profissional e ainda a manifestada capacidade de investigação, de organização, de trabalho e de

interação com os diferentes intervenientes processuais.

7.2. 4.º Curso de formação para os Tribunais

Administrativos e Fiscais

1. A formação inicial de magistrados para os tribunais administrativos e fiscais compreende um

curso de formação teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de

ingresso.

2. No âmbito da magistratura dos tribunais administrativos e fiscais, o 2.º ciclo do curso de

formação teórico-prática e o estágio de ingresso decorrem nos tribunais, nos quais a

formação dos Auditores de Justiça é assegurada por Coordenadores Regionais e Juízes

Formadores.

3. No período abrangido pelo Plano de Atividades para 2017-2018, frequentarão o segundo ciclo

de formação, naquela magistratura, os Auditores de Justiça que ingressaram no 4º Curso TAF

de Formação.

4. Os Auditores de Justiça considerados aptos no final do 1.º ciclo do curso de formação teórico-

prática serão graduados, segundo a respetiva classificação, e colocados nos Tribunais

Administrativos e Fiscais, selecionados a partir da lista dos locais de formação aprovada pelo

Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (art.ºs 47º e 48º da Lei n.º 2/2008,

de 14 de janeiro).

Page 33: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 33

5. Este período de formação destina-se a um universo potencial de 41 Auditores de Justiça, que

obtiverem aproveitamento no 1.º ciclo de formação.

6. O período de formação terá início no dia 1 de setembro de 2017 e terminará no dia 31 de

maio de 2018 (cfr. Decreto-Lei n.º 23/2017, de 23 de fevereiro). Excecionalmente, o período

de formação poderá ser prorrogado em função do aproveitamento do Auditor de Justiça,

mediante deliberação do Conselho Pedagógico, sob proposta do Diretor do Centro de Estudos

Judiciários.

7. Para garantia duma maior abrangência de matérias, deve permitir-se aos Auditores de Justiça

o contacto diário ou regular com ambas as áreas da jurisdição.

8. O n.º 1 do art.º 49º da Lei nº 2/2008, de 14 de janeiro, fixa como objetivos específicos para o

2.º ciclo de formação teórico-prática:

▪ Assegurar a consolidação das exigências deontológicas inerentes ao exercício da

magistratura e a compreensão dos respetivos direitos e deveres estatutários;

▪ Proporcionar a experimentação e a compreensão concreta dos conteúdos

funcionais da respetiva magistratura e dos outros agentes do sistema de justiça,

bem como o desenvolvimento de boas práticas no relacionamento com os

demais agentes judiciários;

▪ Apurar o espírito crítico e cultivar atitude de cooperação e de relativização do

saber no debate das questões e no processo de decisão, com progressiva

aquisição de autonomia e personalização na decisão;

▪ Exercitar uma prática multidisciplinar no tratamento dos casos e de realização

efetiva dos direitos fundamentais.

9. O n.º 2 do mesmo preceito legal, ao nível das competências técnicas, estabelece os seguintes

objetivos específicos:

a. Prosseguir a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos técnico-

jurídicos necessários à aplicação do Direito, mediante intervenção concreta e

simulada em atos processuais e outros da atividade judiciária, apurando a técnica

de elaboração de peças e agilizando os procedimentos processuais, com destaque

para a recolha, produção e valoração da prova;

b. Proporcionar o conhecimento concreto da missão, atividade e capacidade de

resposta das instâncias judiciárias e não judiciárias intervenientes na

administração da justiça;

c. Apurar o domínio do processo de decisão, mediante o desenvolvimento das

capacidades de análise e de síntese, do poder de argumentação e da ponderação

de interesses e das consequências práticas da decisão;

d. Desenvolver as competências de organização e gestão de métodos de trabalho,

com relevo para a gestão do tribunal, do processo, do tempo e da agenda e para

a disciplina dos atos processuais;

e. Exercitar as técnicas de comunicação para uma boa prática judiciária, incluindo o

recurso otimizado às tecnologias da informação e da comunicação disponíveis.

Page 34: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 34

10. Para a prossecução deste conjunto de objetivos específicos, que constituem o

desenvolvimento dos objetivos gerais consignados no art.º 34º da Lei n.º 2/2008, compete

aos Auditores de Justiça, sob orientação dos respetivos Juízes Formadores, designadamente:

▪ Elaborar projetos de decisões processuais;

▪ Intervir em atos preparatórios do processo;

▪ Coadjuvar o formador nas tarefas de direção e instrução do processo;

▪ Assistir às diversas diligências processuais, em especial no domínio da produção

de prova, da audição de pessoas e da realização de audiências;

▪ Assistir às deliberações dos órgãos jurisdicionais.

11. No decurso desta fase de formação, pretende-se que os Auditores de Justiça, sob orientação

e assistência permanente dum Juiz Formador, adquiram e aprofundem os conhecimentos

necessários à aplicação prática do Direito no exercício da atividade judicial nos Tribunais

Administrativos e Fiscais.

12. Para a prossecução de tais objetivos, a atividade do Auditor de Justiça centrar-se-á na

assistência a julgamentos e outras diligências, normalmente mas não necessariamente,

presididas pelo próprio Juiz Formador, e na simulação de sentenças e despachos judiciais de

todo o tipo, com especial atenção à organização e gestão do expediente diário e da agenda.

13. Visa-se, desta forma, garantir que, no final do 2º ciclo de formação, o Auditor de Justiça esteja

apto a assumir competências próprias enquanto Juiz Estagiário, já dotado de conhecimentos

teóricos e práticos que lhe permitam, de imediato, desempenhar funções como juiz em todas

as vertentes da intervenção que lhe é própria.

14. Constitui objetivo de idêntica importância o conhecimento e assimilação de regras éticas e

deontológicas, que permitam ao futuro Juiz o exercício da magistratura com perfeita noção

das responsabilidades que assume perante a sociedade, atuando sempre com sentido de

responsabilidade, isenção, imparcialidade e respeito pelos direitos fundamentais.

15. A formação decorrerá em Tribunais Administrativos e Fiscais, mediante programação a

efetuar pelos respetivos Coordenadores Regionais em articulação com os Juízes Formadores e

de acordo com orientações prévias e uniformes.

16. A intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos deverá acontecer, sempre que as

condições o permitam, em simultâneo, com a finalidade de fomentar um contacto tão

constante quanto possível com a jurisdição administrativa e fiscal, ou obedecendo a um

esquema de rotatividade [mensal/bimensal ou outro que, em função das particularidades e

especificidades do tribunal, venha a ser definido pelo Coordenador Regional, ouvidos os

Juízes Formadores] entre uma e outra área da jurisdição, sem prejuízo da conclusão dos

trabalhos pendentes.

17. Sem prejuízo do regular acompanhamento dos julgamentos e demais diligências do Juiz

Formador, deve o Auditor de Justiça assistir a julgamentos de outros juízes no tribunal, por

Page 35: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 35

forma a conhecer outras formas de condução das audiências e adquirir hábitos de trabalho

conjunto com outros colegas de profissão.

18. Os Auditores de Justiça completarão a sua formação com estágios em tribunais ou instâncias

Cíveis, com duração a definir mas com um mínimo de uma semana, sem prejuízo da

preferência por um acompanhamento ao longo de todo ou parte do ano, sempre que as

condições do tribunal o permitam.

19. Nos termos dos n.ºs 2 e 3 do art.º 51º da Lei n.º 2/2008, o 2º ciclo pode compreender ainda

estágios de curta duração junto de entidades e instituições não judiciárias que desenvolvam

atividades com interesse para o exercício da magistratura administrativa e fiscal. Estes

estágios, no mínimo de dois, terão uma duração não superior a dois meses. Podem ser

dispensados da sua frequência os Auditores de Justiça da via profissional, mediante

deliberação do Conselho Pedagógico, sob proposta do Director do Centro de Estudos

Judiciários.

20. Sem prejuízo de outros procedimentos que se tenham por adequados e que venham a ser

decididos, o acompanhamento das atividades de formação junto da Magistratura

administrativa e fiscal a desenvolver no 2.º Ciclo (atividades nos tribunais) será feito

pessoalmente pelo Coordenador de cada uma das duas Delegações Regionais, Norte e Sul, do

Centro de Estudos Judiciários, em articulação com os Juízes Formadores, de acordo com o

Guia do 2º Ciclo aprovado para 2017/2018.

21. As visitas aos locais de formação ocorrerão, por regra, em datas ajustadas entre os

Coordenadores Regionais e os Juízes Formadores, que serão comunicadas com a

antecedência possível aos Auditores de Justiça.

22. Sem prejuízo das deslocações periódicas aos tribunais onde decorre a formação do 2.º ciclo,

os Coordenadores Regionais estarão permanentemente disponíveis para acompanhar e

debater com os Auditores de Justiça e Juízes Formadores todos os assuntos relativos à

formação, incluindo os assuntos de natureza organizativa e pedagógica.

23. Os Auditores de Justiça que frequentem o 2.º ciclo de formação serão avaliados e

classificados, de acordo com os parâmetros previstos nos art.ºs 52º a 54º da Lei n.º 2/2008.

24. O juízo sobre a aptidão para o exercício de funções na magistratura da jurisdição

administrativa e fiscal assenta em dois pilares de importância indissociável: adequação

(urbanidade, sociabilidade, cortesia, maturidade e sensatez) e aproveitamento (capacidade

de investigação, de organização e método, nível de cultura jurídica, capacidade de

ponderação e decisão, uso da língua portuguesa e atitude na formação).

25. A avaliação do desempenho dos Auditores de Justiça durante o 2.º ciclo processa-se em

regime de avaliação contínua, baseia-se nos elementos colhidos diretamente pelo

Coordenador Regional e nas informações de desempenho prestadas pelos Juízes Formadores

Page 36: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 36

e, na sequência de reuniões periódicas, consta de relatórios intercalares e finais elaborados

por aquele.

26. A classificação final será atribuída a cada um dos Auditores de Justiça por deliberação

conjunta dos dois Coordenadores Regionais para a magistratura da jurisdição administrativa e

fiscal – que durante o ano acompanharão os trabalhos e a evolução de todos os Auditores de

Justiça e não apenas os da sua área geográfica – em reunião presidida pelo respetivo Diretor-

Adjunto.

Page 37: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 37

8. Fase de estágio (4.º Curso para os Tribunais

Administrativos e Fiscais)

Durante o próximo ano 2017/2018, haverá magistrados em regime de estágio, oriundos do 4º

Curso para os Tribunais Administrativos e Fiscais – de 1 de junho de 2018 até 31 de dezembro de 2018

(cfr. Decreto-Lei n.º 23/2017, de 23 de fevereiro).

Ou seja, durante a vigência do Plano de Atividades para o ano de 2017-2018 iniciarão a formação

no estágio de ingresso os Juízes Estagiários provenientes do 4.º Curso Normal de Formação de

Magistrados para os TAF, cujo acesso ao Centro de Estudos Judiciários ocorreu pelas vias académica e

profissional, previstas na alínea c) do artigo 5º da Lei nº 2/2008.

Este período de formação destina-se a um universo de potenciais 41 Juízes Estagiários que

obtiverem aproveitamento no 2.º ciclo de formação.

Os Auditores de Justiça que foram considerados aptos no final do 2.º ciclo do curso de formação

teórico-prática serão nomeados Juízes Estagiários e graduados segundo a respetiva classificação final

para efeitos da sua colocação em tribunais administrativos e tributários, selecionados a partir da lista

dos locais de formação aprovada pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (art.ºs

55º e 56º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro).

O estágio de ingresso terá a duração de 1 de junho a 31 de dezembro de 2018.

Na sua base estará um documento denominado “Plano Individual de Estágio” (PIE), validado pelo

Conselho Pedagógico (artigo 60º, n.º 2, do Regulamento Interno do CEJ), depois de elaborado pelo

Centro de Estudos Judiciários, que acompanhará o seu desenvolvimento após homologação pelo CSTAF

(artigo 60º, n.º 3 do mesmo Regulamento).

Na sua feitura foram tidos em consideração, designadamente, os relatórios de avaliação dos 1º e

2º ciclos do curso de formação e a respetiva classificação final, constituindo a ligação entre o 2.º ciclo e

Page 38: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 38

o estágio de ingresso no que respeita aos objetivos de melhoria e aperfeiçoamento do novo Juiz

Estagiário.

O artigo 69.º da Lei nº 2/2008, de 14 de janeiro, fixa como objetivos específicos para o estágio de

ingresso:

▪ A aplicação prática e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no curso de

formação teórico-prática;

▪ O desenvolvimento do sentido de responsabilidade e da capacidade de ponderação na

tomada de decisão e na avaliação das respetivas consequências práticas;

▪ O apuramento do sentido crítico e o desenvolvimento da autonomia no processo de

decisão;

▪ O desenvolvimento das competências de organização e gestão de método de trabalho,

com relevo para a gestão do tribunal, do processo, do tempo e da agenda, bem como

para a disciplina dos atos processuais;

▪ O desenvolvimento do sentido de responsabilidade nos termos exigíveis para o exercício

das funções da respetiva magistratura;

▪ A construção e afirmação de uma identidade profissional responsável e personalizada.

No decurso desta derradeira fase de formação pretende-se que os Juízes Estagiários, com a

orientação e assistência dum Juiz Formador mas sob responsabilidade própria, iniciem o pleno exercício

da atividade jurisdicional nas duas áreas em causa, aprofundando e aplicando em tribunal os

conhecimentos que adquiriram durante os 1º e 2º ciclos de formação.

Para a prossecução de tais objetivos, a atividade do Juiz Estagiário centrar-se-á na realização de

julgamentos e na prolação de despachos judiciais de todo o tipo, com especial atenção à organização e

gestão do expediente diário e da agenda.

Desde o início deve existir a preocupação de compatibilizar a realização de julgamentos e outras

diligências com o despacho de expediente diário e a conclusão atempada de sentenças e demais

decisões de fundo.

Visa-se desta forma garantir que, no final do estágio de ingresso, todos estejam aptos, com total

autonomia e responsabilidade, ao pleno e expedito exercício da função jurisdicional num tribunal

administrativo e fiscal.

Constitui objetivo de idêntica importância o conhecimento e assimilação de regras éticas e

deontológicas, que permitam ao novo Juiz o exercício da magistratura com perfeita noção das

responsabilidades que assume perante a sociedade, atuando sempre com pleno sentido de

responsabilidade, isenção, imparcialidade e respeito pelos direitos fundamentais.

A formação pode compreender ainda ações de formação específicas para esta fase, bem como

ações conjuntas com profissionais de outras áreas da administração da justiça.

Page 39: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 39

A formação decorrerá em Tribunais Administrativos e Fiscais, mediante programação a efetuar

pelos respetivos Coordenadores Regionais em articulação com os Juízes Formadores e de acordo com

orientações prévias e uniformes.

A intervenção nas diversas áreas e nos diferentes processos deverá acontecer, sempre que as

condições o permitam, em simultâneo, com a finalidade de fomentar um contacto tão constante quanto

possível com a jurisdição administrativa e fiscal, ou obedecendo a um esquema de rotatividade

[mensal/bimensal ou outro que, em função das particularidades e especificidades do tribunal, venha a

ser definido pelo Coordenador Regional, ouvidos os Juízes Formadores] entre uma e outra área da

jurisdição, sem prejuízo da conclusão dos trabalhos pendentes.

Especial atenção será dada na Jurisdição Administrativa à intervenção processual nos seguintes

segmentos:

Fase dos Articulados

Despachos

Despacho liminar

Convites à correção e/ou à supressão de falta de pressupostos processuais

Incidentes da instância

Convolação da forma processual

Fase da Instrução

Audiência Prévia

Saneadores

Tabelares (incluindo verificação do valor da causa)

Com decisão de exceções

E/ou com enunciação dos temas da prova

Saneador/sentença

Ação Administrativa

Conhecimento das exceções, nulidades e questões prévias

Organização dos factos assentes e da enunciação dos temas da prova

Saneador/sentença

Prova AAE/Processos Urgentes

Dispensa de produção de prova (quando aplicável)

Decisão sobre requerimento de prova

Fase do Julgamento

Disciplina da audiência

Decisão da matéria de facto

Motivação fáctica

Sentença

Definição e delimitação do objeto do litígio

Decisão da matéria de facto

Tratamento jurídico da matéria de facto

Recursos

Admissão/rejeição

Conta

Reclamação da conta

Pagamento em prestações

Page 40: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 40

Processo executivo

Despacho liminar

Sentença

Prestação de facto

Execução de sentença

Procedimentos cautelares

Da suspensão da eficácia

Relativos a procedimentos de formação de contrato

Processos urgentes

Contencioso eleitoral

Contencioso pré-contratual

Intimações

Especial atenção será dada na Jurisdição Tributária à intervenção processual nos seguintes

segmentos:

Processo de Impugnação Judicial

Despacho liminar

Aferição da necessidade de produção de prova

Produção de prova em audiência contraditória

Disciplina da audiência

Fase das alegações escritas

Sentença

Definição e delimitação do objeto do litígio

Decisão da matéria de facto

Tratamento jurídico da matéria de facto

Recursos

Admissão / Rejeição

Conta

Reclamação da conta

Pagamento em prestações

Execução Fiscal

Oposição

Despacho liminar

Tramitação subsequente

Embargos de Terceiro

Recebimento/rejeição

Tramitação subsequente

Verificação e graduação de créditos

Reclamação de decisões e de atos do órgão de execução fiscal

Despacho liminar

Instrução

Sentença

Incidentes de execução fiscal

Page 41: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 41

Processos de ação cautelar

A favor da administração tributária

A favor do contribuinte e demais obrigados tributários

Outros meios processuais previstos no CPPT

Recurso judicial de fixação da matéria tributável

Recursos de decisões administrativas de aplicação de coimas

Tramitação

Sentença

Page 42: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 43: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 43

9. Formação Contínua

9.1. Ações de formação por tipologia

9.1.1. Cursos Intensivos

Prosseguindo uma iniciativa lançada em anos anteriores, o CEJ irá levar a efeito a partir de

outubro uma série de cursos intensivos particularmente dirigidos aos magistrados que exercem funções

em tribunais de competência especializada os quais terão um cariz essencialmente interativo.

Assim, e na medida em que neles serão utilizadas metodologias próprias das atividades em

workshop, cada um deles será dirigido a um máximo de cerca de 20 participantes.

As temáticas e a duração de cada um dos cursos propostos serão as seguintes:

a) Execuções cíveis – 2 dias (uma ação de dois dias no Porto; uma ação de dois dias em

Lisboa, sendo que os inscritos optarão pelo local em que pretendem assistir)

b) Direito da Insolvência – 2 dias (uma ação de dois dias no Porto; uma ação de dois dias

em Lisboa, sendo que os inscritos optarão pelo local em que pretendem assistir)

c) Direito Administrativo (MP) – 1 dia (decorrerá no local onde houver mais inscrições)

d) Direito Tributário (MP) – 1 dia (decorrerá no local onde houver mais inscrições)

e) Direito Penal – 2 dias (uma ação de dois dias no Porto; uma ação de dois dias em Lisboa,

sendo que os inscritos optarão pelo local em que pretendem assistir)

f) Direito da Família e das Crianças – 2 dias (uma ação de dois dias no Porto; uma ação de

dois dias em Lisboa, sendo que os inscritos optarão pelo local em que pretendem

assistir)

Page 44: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 44

g) Direito do Trabalho – 2 dias (uma ação de dois dias no Porto; uma ação de dois dias em

Lisboa, sendo que os inscritos optarão pelo local em que pretendem assistir)

A identificação dos magistrados judiciais e do Ministério Público que participarão em tais cursos é

da exclusiva responsabilidade dos Conselhos respetivos.

Na prossecução de uma política de formação descentralizada e visando, ao mesmo tempo,

corresponder às expectativas dos Conselhos e dos magistrados a quem as mesmas se dirigem, cada um

destes cursos poderá ser replicado durante o referido período temporal em diferentes locais do país

sempre que o número de inscritos o justifique.

Contudo, só após a comunicação ao CEJ das listas de participantes, serão definidos (para além

dos já indicados) os concretos locais e datas para a realização destes cursos.

9.1.2. Ações de Formação Contínua Tipo A – Colóquios

9.1.2.1 Metodologia

Conferências de um dia, seguidas de debate entre os participantes ou intervenções de fundo e

mesas temáticas, com abordagem de matérias e ou questões previamente recolhidas junto dos/as

Juízes/as e Magistrados/as do Ministério Público inscritos/as.

9.1.2.2 Destinatários

As ações de formação contínua Tipo A são, na sua maioria, destinadas a Juízes/as, Magistrados/as

do Ministério Público e a outros/as profissionais da área forense. Estas ações de formação poderão vir a

ser transmitidas à distância.

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo A

Código Tema da Ação de Formação Contínua

A1 Julgar sob perspetiva de género – entre a Igualdade e a Constitucionalidade

A2 Ética e deontologia

A3 Tráfico de seres humanos

A4 Transporte de passageiros e mercadorias

A5 Violência doméstica e de género e mutilação genital feminina

(continua)

Page 45: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 45

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo A (continuação)

Código Tema da Ação de Formação Contínua

A6 Comunicar a Justiça – Confiança na Justiça

A7 O direito dos animais

A8 Gestão processual e atividade jurisdicional

A9 Amor e Direito – reflexos jurídicos e judiciários

A10 Direito probatório, substantivo e processual civil

A11 Direito probatório, substantivo e processual penal

A12 A reforma do processo de trabalho

A13 Humor, Direito e Liberdade de expressão

A14 O fenómeno “Alienação parental” – Mito(s) e realidade(s)

A15 Direitos das pessoas com deficiência

A16 Intervenção Tutelar Educativa

A17 As novas contraordenações administrativas

A18 Perda ampliada de bens e recuperação de ativos

A19 Propriedade Intelectual e Industrial

A20 Retórica e Literatura

A21 Imagem e voz

A22 Arte e Justiça

A23 Psicologia Judiciária (Penal)

A24 Psicologia Judiciária (Família)

A25 Direito Europeu do Trabalho ((TEDH/TJUE)

A26 Justiça e Poesia – entre a emoção e a razão

A27 Regimes Especiais do Contrato de Trabalho

A28 Ausências ao trabalho

A29 A indemnização por sacrifício

A30 Contencioso dos Planos Urbanísticos

A31 Cooperação Judiciária Penal

A32 O TJUE e a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia

A33 Impugnação Direta, Indireta ou Incidental e Omissões Regulamentares

A34 Proteção ambiental e Licenciamento Único Ambiental

A35 Direito de Informação Administrativa e Proteção de Dados

A36 Jurisprudência do TJUE em matéria fiscal

A37 Insolvência e Processo Tributário

A38 Impostos Especiais sobre o Consumo

Page 46: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 46

9.1.3. Ações de Formação Contínua Tipo B – Seminários

9.1.3.1 Metodologia

Nestas ações pretende-se o desenvolvimento de várias vertentes de um mesmo tema central,

tendo como recurso principal o método de conferência, seguido do tratamento de questões práticas

levantadas pelos dinamizadores e pelos participantes e respetivo debate.

9.1.3.2 Destinatários

As ações de formação Tipo B são destinadas a Juízes/as, Magistrados/as do Ministério Público e a

outros/as profissionais da área forense. Os seminários poderão ser objeto de transmissão à distância e

ter lugar em vários pontos do país.

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo B

Código Tema da Ação de Formação Contínua

B1 Contratação Pública

B2 Prevenir ou Promover - Uma Solução para cada Criança

B3 Execução Fiscal

B4 Direito do Urbanismo

B5 Direito Societário e Comercial

B6 Conferência com a OIT

B7 Curso Breve de Inglês Jurídico (pós-laboral)

B8 Curso Avançado de Inglês Jurídico (pós-laboral)

9.1.4. Ações de Formação Contínua Tipo C – Cursos de Especialização

9.1.4.1 Metodologia

Estas ações consistem em cursos compreendendo 4 dias de formação que visam o

aprofundamento dos conhecimentos dos participantes nas temáticas a abordar, numa perspetiva d a

sua aplicação judiciária.

Page 47: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 47

9.1.4.2 Destinatários

Os Cursos de Especialização (ações de formação contínua Tipo C) são, tendencialmente,

reservados a Juízes/as e Magistrados/as do Ministério Público. A transmissão destes Cursos à distância

poderá ser equacionada.

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo C

Código Tema da Ação de Formação Contínua

C1 Temas de Direito Civil e Processual Civil

C2 Temas de Direito Penal e Processual Penal

C3 Temas de Direito Administrativo

C4 Temas de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho

C5 Temas de Direito Tributário

C6 Temas de Direito da Família e das Crianças

9.1.5. Ações de Formação Contínua Tipo D – Workshops

9.1.5.1 Metodologia

As ações de formação contínua do Tipo D consistem em cursos práticos de um dia a desenvolver

em pequenos grupos (e.g. um máximo tendencial de 20/25 participantes) de cariz essencialmente

interativo e que visam o desenvolvimento de competências específicas para o exercício de funções dos

magistrados e a consensualização de boas práticas.

Estes cursos serão concretizados localmente, podendo ser replicados em diversos locais do país.

9.1.5.2 Destinatários

As ações de formação contínua Tipo D são destinadas a Juízes/as e Magistrados/as do Ministério

Público. Em casos excecionais devidamente justificados poderão também ser abertas a outros/as

profissionais da área forense. Não serão objeto de transmissão à distância.

Page 48: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 48

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo D

Código Tema da Ação de Formação Contínua

D1 Violência doméstica (workshops em Évora, Braga e Aveiro)

D2 Direito Internacional da Família (workshop no Porto)

D3 Concurso de crimes e cúmulo jurídico de penas (workshops no Porto e em Faro)

D4 Contraordenações nos Tribunais Administrativos (workshops no Porto e em Lisboa)

D5 Gestão do Stress (workshops em Faro, Vila Real, Viseu e Leiria)

D6 Negligência médica - aspetos penais (workshops em Faro e Braga/Guimarães)

D7 Direito a Férias (workshop em Aveiro)

D8 Objeto da prestação de trabalho e mobilidade funcional (workshop em Setúbal)

D9 Cooperação Judiciária Civil (3 workshops de 2 dias separados - Lisboa, Porto e Faro)

D10 Ferramentas de gestão (Citius, bases de dados, Word, Excel - em Lisboa)

D11 Cibercrime/prova digital

D12 Regime geral do processo tutelar cível (workshop no Porto)

9.1.6. Ações de Formação Contínua Tipo E – Cursos on-line

Poderão ser realizados e preparados outros cursos no âmbito das Jurisdições Cível, Penal, Família

e Crianças, Trabalho e Empresas e Administrativo e Tributário.

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo E

Código Tema da Ação de Formação Contínua Obs.

E1 Recuperação de ativos Com avaliação

E2 Inglês Jurídico b-learning Com sessão presencial final obrigatória

E3 Curso Breve de Direito e Contencioso Aduaneiro

Com sessão presencial final obrigatória

Page 49: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 49

10. Departamento de Relações Internacionais

São propostos como objetivos estratégicos, que deverão nortear a atuação do Departamento de

Relações Internacionais do Centro de Estudos Judiciários durante o ano 2017/2018, os seguintes:

1. Cumprir os acordos e protocolos anteriormente celebrados no âmbito de relações

bilaterais, diretamente pelo CEJ ou por intermédio do Estado Português;

2. Reforçar a cooperação com as instituições congéneres dos países africanos,

designadamente divulgando, disponibilizando e levando à prática cursos de formação de

magistrados à medida dos pedidos e necessidades expressos por aqueles países;

3. Recuperar e/ou manter laços de cooperação bilateral, no que toca à concretização de

atividades de formação inicial e contínua, v.g. com instituições congéneres, com o

Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau e com a Academia de Direito

Europeu de Trier;

4. Continuar a promover a intervenção ativa de elementos do CEJ na estrutura organizativa

da REFJ, a participação de docentes e outros magistrados portugueses no planeamento

e execução de programas internacionais de formação realizados no seu quadro

institucional e ainda a comparência em seminários e outras ações de formação desta

Rede;

5. Honrar os compromissos assumidos no âmbito das Redes Internacionais das Escolas de

Formação, nomeadamente no que concerne à Rede Ibero Americana de Escolas

Judiciais, RECAMPI e Rede Europeia de Formação Judiciária;

6. Reforçar a cooperação que se vem estabelecendo no âmbito do Conselho da Europa

com os países que não pertencem à União Europeia, nomeadamente no que toca à

execução de projetos de formação de formadores e ao acolhimento das diversas

delegações que nos visitam.

Page 50: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 50

10.1. Relações Bilaterais

10.1.1. Países de Expressão oficial Portuguesa

No que toca à colaboração com os países de expressão oficial portuguesa, definem-se como

prioridades para 2017/2018:

a) Cooperar na formação dos magistrados ou candidatos a magistrados africanos nos

termos que vierem a ser solicitados ou acordados, a exemplo do que irá a suceder com o

curso de formação inicial de magistrados do Ministério Público de Cabo Verde, a

decorrer no CEJ entre setembro de 2017 e janeiro de 2018, ou com o curso intensivo de

Juízes dos Tribunais Administrativos e Fiscais de Moçambique, que terá lugar igualmente

no CEJ, entre 4 e 8 de junho de 2017 na área da fundamentação das sentenças e outros

atos judiciais. Encontra-se ainda planeada a deslocação de docentes do CEJ a Cabo

Verde e São Tomé e Príncipe até dezembro de 2017 com o intuito de assessorar a

instalação de Centros de Formação Judiciária nestes países. Finalmente, o CEJ participa

ainda no âmbito do projeto PACED, num curso inédito de formação de formadores na

área da corrupção, branqueamento de capitais e tráfico de estupefacientes, que

conheceu já uma primeira fase este ano, no CEJ, de formação a futuros formadores dos

6 países de língua oficial portuguesa. Entrou-se agora, dia 29 de maio, na segunda fase

deste projeto, que implica a deslocação de docentes/tutores do CEJ a Angola, Cabo

Verde, São Tomé e Príncipe, Timor, Moçambique e Guiné Bissau nos próximos 6 meses.

b) Colaborar com as instituições congéneres dos países africanos em sentido amplo, no

mais variado tipo de ações de formação que vier a ser considerado útil, incluindo

formação de formadores;

c) Colaborar com as universidades, escolas e instituições congéneres do Brasil, v.g., em

encontros, ações de formação e outras iniciativas pedagógicas, nos termos que vierem a

ser solicitados ou acordados;

d) Cooperar na formação de magistrados Judiciais e do Ministério Público e ainda na de

defensores públicos de Timor-Leste, nos termos que vierem a ser solicitados,

designadamente no âmbito do projeto PACED e de outros protocolos/contratos que

venham a ser propostos pelo Ministério da Justiça de Timor Leste e pela DGPJ;

e) Prestar neste âmbito a demais colaboração que vier a ser solicitada pelo Ministério da

Justiça.

Page 51: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 51

10.1.2. Academia de Direito Europeu

No que concerne às relações de cooperação com a Academia de Direito Europeu de Trier, deve

realçar-se o excelente entendimento institucional que existe, há largos anos, entre o CEJ e essa

Academia.

No quadro dos projetos assumidos em parceria com a ERA, e do programa específico “Justiça

Civil” da União Europeia, esta Academia e o CEJ preparam a implementação do projeto Better Applying

the EU Regulations on Family and Succession Law, que consiste na realização de Seminários Nacionais,

de conteúdo similar, em todos os países da UE participantes.

O seminário organizado pelo CEJ seguirá o modelo formativo da ERA, com metodologia mista de

conferências e workshops para resolução de casos práticos. Terá lugar nos dias 11 e 12 de setembro

2017, na sede do CEJ, e é dirigido a cerca de 40 juízes nacionais.

Com especial incidência na temática do divórcio, regulação do exercício das responsabilidades

parentais e sucessões, e num nível avançado, o seminário abordará os seguintes três subtemas:

Divórcio Transfronteiriço e Prestação de Alimentos (Regulamento (EC) Nº 2201/2003

(Bruxelas IIa) e (EC) Nº 4/2009);

Responsabilidades Parentais em Contexto Transfronteiriço, incluindo rapto de crianças

(Regulamento (EC) Nº 2201/2003 (Bruxelas IIa));

Sucessões Transfronteiriças (Regulamento (EU) Nº 650/2012).

Em 2017, a ERA assinala o seu 25.º aniversário, tendo já endereçado ao Centro de Estudos

Judiciários convite oficial para se fazer representar nas comemorações que terão lugar em Trier, nos

dias 19 e 20 de outubro. Deste modo, e na qualidade de membro de ERA, o Diretor do CEJ participará na

reunião do Conselho de Administração da Academia, à qual se segue o Congresso “The Authority of EU

Law – do we still believe in it?”.

Em novembro, nos dias 6 e 7, o CEJ volta a acolher na sua sede, em Lisboa, um seminário

internacional organizado em parceria com a ERA. Dedicado à temática “EU Anti-discrimination Law”, o

seminário destina-se a cerca de 50 participantes, dos quais 20 serão portugueses.

No âmbito do Internal Security Fund 2014-2020, da Comissão Europeia, o CEJ é também parceiro

da ERA no projeto “Countering Trafficking in Human Beings, Protecting Victims and Enhancing Financial

Investigations”. A encerrar as atividades conjuntas levadas a cabo em 2017, nos dias 4 e 5 de dezembro

terá lugar, no CEJ, o seminário sobre “Victims Assistance and Measuring the Costs Thereof” no qual

estarão presentes cerca de 60 participantes.

Para 2018, está igualmente prevista a realização de atividades conjuntas com a ERA cujas datas

concretas estão a ser negociadas. Prevê-se, assim, a concretização das seguintes atividades:

Page 52: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 52

Linguistic Project: um seminário sobre linguagem jurídica em matéria de mediação

transfronteiriça;

Project Towards a More Comprehensive Approach in Countering Drug Supply and

Demand, and Facing New Challenges: uma conferência sobre a legislação europeia, sua

aplicação e formas de cooperação com vista à redução da oferta e procura de droga;

Environmental Law Project: participação nas reuniões do Comité Diretivo do projeto

para criação e implementação de materiais formativos na área do Direito do Ambiente.

10.2. Relações Multilaterais

10.2.1. Rede Europeia de Formação Judiciária

No âmbito da REFJ, a participação do CEJ é enquadrável em três domínios diferenciados, ou seja,

na estrutura da organização propriamente dita, nas atividades formativas por esta organizadas e nos

programas de intercâmbio para magistrados.

10.2.1.1 O CEJ no Comité de Direção da Rede Europeia de Formação Judiciária

O CEJ integra o Comité de Direção da REFJ e é membro da Assembleia Geral, bem como dos

grupos de trabalho “Programas”, “Intercâmbios”, “Metodologias de Formação” e ainda dos subgrupos

“Civil”, “Penal”, “Direitos Fundamentais” e “Linguística” durante o triénio 2017-2020.

Nessa medida, o CEJ acolherá algumas das reuniões desses grupos de trabalho, nomeadamente:

- Grupo de Trabalho “Programas”: 20 e 21 de novembro 2017;

- Comité de Direção: 21 e 22 de novembro 2017

10.2.1.2 Participação do CEJ nas atividades formativas da Rede Europeia de Formação

Judiciária

No que às atividades formativas diz respeito e à semelhança dos anos anteriores, será realizada a

seleção das atividades que, constando do nosso programa de ações de formação contínua para

2017/2018, serão abertas à participação de magistrados estrangeiros e cuja divulgação, por todos os

membros da Rede, se operará através dos respetivos “Catálogos” (Catálogo Normal e Catálogo +).

Page 53: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 53

Terão também lugar no CEJ diversos seminários organizados pelos grupos de trabalho em que o

CEJ participa.

No que diz respeito às atividades direcionadas para a formação inicial o CEJ continuará a

participar no concurso THEMIS, com pelo menos uma equipa.

De igual modo, participará no programa AIAKOS, proporcionando aos Auditores de Justiça do 33º

Curso Normal de Formação a possibilidade de conhecerem outras instituições de formação europeias e

acolhendo, no CEJ de 23 a 27 de Outubro de 2017, 40 magistrados europeus em formação inicial ou em

início de carreira (auditores de justiça), que participarão em sessões de trabalho destinadas a um

melhor conhecimento da prática judiciária europeia em inteira sintonia com os auditores de justiça

portugueses, numa semana que será inteiramente dedicada a este programa internacional de

intercâmbio.

c) Programa de Intercâmbios - PEAJ

No que concerne aos programas de intercâmbio de magistrados, o CEJ participará ativamente no

Programa de Intercâmbios - PEAJ (Exchange Programme) promovido pela REFJ, recebendo magistrados

europeus em Portugal e enviando magistrados portugueses para diversos países da União Europa,

conforme já definido previamente na declaração de parceria assinada com a REFJ.

O CEJ disponibilizará, como sempre, todo o apoio aos magistrados portugueses selecionados para

estágios de curta duração no estrangeiro (de uma ou duas semanas, consoante se trate de magistrados

formadores ou de juízes e de magistrados do Ministério Público em geral), ou para visitas de estudo a

instituições europeias, ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e ao Tribunal de Justiça da União

Europeia.

10.2.2. Outras Redes de Formação

No que se refere à nossa participação nos trabalhos da RECAMPI e da Rede Ibero Americana de

Escolas Judiciais (RIAEJ), a definição concreta do respetivo conteúdo estará dependente dos meios

financeiros para esse efeito disponíveis e tendo sempre presente, necessariamente, a sua relevância

numa hierarquia de prioridades da nossa atuação.

De qualquer forma, será nossa intenção assegurar a presença nas respetivas Assembleias-Gerais

anuais e, na medida do possível, de acordo com os parâmetros atrás definidos, responder às solicitações

que nos forem sugeridas nesta área.

Page 54: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 54

10.3. Cooperação no quadro do Conselho da Europa

O Centro de Estudos Judiciários continuará a privilegiar a cooperação com os Estados membros

do Conselho da Europa nos termos que nos forem por este solicitados, designadamente mantendo a sua

disponibilidade para integrar, através do seu corpo docente ou de magistrados por si expressamente

convidados, grupos internacionais de peritos ou para participar ativamente em atividades de

intercâmbio de experiências entre diferentes culturas judiciárias, planeando e recebendo as visitas de

delegações de magistrados estrangeiros para a troca de informações nos diversos domínios da sua

atuação, com especial enfoque nos da formação de magistrados e organização dos sistemas de justiça.

No âmbito do programa “HELP”, promovido pelo Conselho da Europa, o CEJ irá continuar a

participar ativamente nas iniciativas para as quais é convidado e a facilitar o conhecimento da

jurisprudência do TEDH junto dos magistrados nacionais, contribuindo para dinamizar a página nacional

no site daquele programa.

Page 55: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 55

11. Organização interna e controlo de qualidade

11.1. Departamento de Apoio Geral

11.1.1. Competências do DAG no âmbito do apoio jurídico e de recursos humanos, financeiros e patrimoniais

O Departamento de Apoio Geral integra a Divisão de Informática e Multimédia e ainda as Secções

de Pessoal e Expediente e de Património e Contabilidade.

Ao nível do apoio jurídico, da gestão de recursos humanos e da gestão financeira e patrimonial

compete ao DAG, em especial:

a) Emitir pareceres, elaborar informações e proceder a estudos sobre assuntos que lhe

sejam submetidos;

b) Preparar a intervenção do CEJ em processos judiciais, intervir nestes, acompanhar o seu

andamento e organizar os respetivos processos administrativos;

c) Conceber o sistema de produção normativa do CEJ e coordenar o seu funcionamento;

d) Avaliar o desempenho dos serviços do CEJ na perspetiva económica e financeira;

e) Assegurar os procedimentos administrativos necessários ao desenvolvimento de

processos de recrutamento, seleção, admissão e gestão de pessoal, de mobilidade e

aposentação;

f) Manter o diagnóstico da situação dos recursos humanos do CEJ em função dos objetivos

e dos indicadores de gestão e elaborar o balanço social;

g) Organizar e promover as tarefas respeitantes à receção e encaminhamento de utentes e

visitantes;

Page 56: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 56

h) Assegurar a receção, distribuição, expedição e arquivo de correspondência e outros

documentos.

i) Propor, acompanhar e avaliar a aplicação de regulamentos e orientações em matéria de

gestão de pessoal;

j) Acompanhar a aplicação dos instrumentos de apreciação do mérito no desempenho de

funções e avaliar e promover as necessárias adequações;

k) Acompanhar a situação do CEJ em matéria de saúde, higiene, segurança no trabalho e

propor medidas que assegurem o cumprimento da legislação em vigor sobre a matéria;

l) Organizar, informar e manter atualizados os processo administrativos individuais do

pessoal;

m) Assegurar as inscrições e demais procedimentos inerentes à efetivação de direitos e

benefícios sociais, e a gestão corrente de ficheiros e arquivos de pessoal, manuais e

automatizados, mantendo os processos individuais devidamente organizados

assegurando a preparação e elaboração das respetivas certidões;

n) Processar remunerações e outros abonos.

o) Assegurar o funcionamento do sistema de contabilidade e inventário;

p) Realizar as tarefas necessárias à articulação do CEJ com o IGFEJ na elaboração dos

planos financeiros plurianuais;

q) Preparar e apresentar projetos de orçamento de orçamento;

r) Assegurar a execução orçamental nas vertentes da receita e da despesa nas diferentes

fases;

s) Acompanhar e reportar periodicamente a execução do orçamento e propor as

alterações necessárias;

t) Controlar os movimentos e as disponibilidades financeiras e de tesouraria;

u) Assegurar a prática dos atos e procedimentos inerentes à aquisição de bens e serviços;

v) Providenciar pela obtenção de autorizações de despesa e de pagamento e emitir meios

de pagamento;

w) Controlar os movimentos do fundo de maneio e as transferências bancárias;

x) Elaborar a conta de gerência;

y) Identificar as necessidades, manter em depósito e disponibilizar, mediante requisição

autorizada, o material de uso corrente indispensável ao regular funcionamento dos

serviços;

z) Zelar pela vigilância, segurança e estado de conservação das instalações, dos

equipamentos e do material.

Page 57: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 57

11.1.2. Atividades correntes

Área de recursos humanos

Assegurar o processamento de vencimentos e outros abonos dos trabalhadores do CEJ, das

bolsas de formação, bem como proceder à liquidação dos respetivos descontos;

Organizar, informar e manter atualizados os processos individuais do pessoal do CEJ e garantir

que acesso é reservado;

Elaborar o mapa de pessoal do CEJ que reflita as necessidades reais de recursos humanos,

garantir que seja legalmente aprovado e promover à sua publicitação;

Desenvolver os procedimentos necessários ao recrutamento de trabalhadores, de acordo com

o Mapa de Pessoal;

Elaborar e publicitar o Balanço Social;

Controlar a assiduidade dos trabalhadores, garantindo o cumprimento do regulamento interno

de funcionamento, atendimento e horário de trabalho do CEJ;

Dar seguimento a todo o expediente relativo a aposentações, inscrições, reinscrições, emissão

de notas biográficas, guias de vencimento, declarações e certidões;

Acompanhar a aplicação Sistema de Avaliação do Desempenho (SIADAP 2 e 3), desde a

abertura e organização do processo até ao reporte das avaliações à Secretaria - Geral do

Ministério da Justiça;

Gerir a formação do pessoal do CEJ, através da identificação das necessidades formativas e

garantir a inscrição dos trabalhadores nas ações de formação planeadas;

Elaborar o plano da formação dos trabalhadores para 2015 e submetê-lo à aprovação do

Diretor do CEJ;

Assegurar o processamento de remunerações dos Formadores nos Tribunais;

Assegurar o processamento de ajudas de custo e deslocações dos Formadores no CEJ e dos

Formadores nos Tribunais;

Elaborar o relatório anual da formação, a enviar à Secretaria - Geral do Ministério da Justiça;

Disponibilizar informação na Intranet do CEJ e assegurar a sua atualização.

Proceder aos reportes obrigatórios aos diferentes organismos, relativos aos movimentos de

pessoal;

Área financeira e patrimonial:

Elaborar, no âmbito da preparação do Orçamento do Estado, o projeto de orçamento do CEJ;

Page 58: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 58

Assegurar a execução do orçamento nas vertentes da receita e da despesa, nas várias fases,

bem como propor e instruir as alterações orçamentais necessárias;

Elaborar periodicamente os reportes orçamentais do CEJ, propondo e instruindo as alterações

orçamentais necessárias;

Elaborar e apresentar a conta de gerência do CEJ;

Assegurar a constituição, reconstituição, liquidação e pagamento do fundo de maneio;

Assegurar o pagamento de honorários, deslocações e ajudas de custo dos Formadores nos

Tribunais e no CEJ;

Assegurar a prestação da informação obrigatória às diferentes entidades;

Atualizar o cadastro e inventário dos bens móveis e viaturas afetas ao CEJ;

Identificar as necessidades e gerir o stock do material de uso corrente indispensável ao regular

funcionamento dos serviços;

Assegurar os procedimentos de contratação pública não abrangidos pelos sistemas de compras

centralizadas, de acordo com os procedimentos legais;

Fazer o levantamento de necessidades para os procedimentos centralizados na unidade de

compras do Ministério da Justiça fornecer todos os elementos necessários e efetuar o

acompanhamento dos procedimentos;

Elaborar informação, processo de despesa e contratos após a conclusão dos procedimentos

centralizados;

Acompanhar a execução dos contratos de fornecimento de bens e serviços;

Zelar pela vigilância, segurança e estado de conservação das instalações e dos equipamentos do

CEJ;

Outras atividades:

Assegurar o apoio jurídico necessário à direção do Centro de Estudos Judiciários, mediante a

emissão de estudos, pareceres e informações, com a profundidade e o rigor necessários:

Assegurar o apoio jurídico necessário à direção do Centro de Estudos Judiciários, mediante a

emissão de estudos, pareceres e informações, com a profundidade e o rigor necessários;

Preparar projetos de diplomas legais, de regulamentos e outros instrumentos normativos,

elaborando os necessários estudos, bem como pronunciar-se sobre projetos de diplomas;

Promover estudos de avaliação e impacto legislativo relativos à aplicação de legislação, que não

se inscrevam nas atribuições e competências de outras unidades orgânicas do Centro de

Estudos Judiciários;

Page 59: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 59

Contribuir para fixar a interpretação dos diplomas próprios que regem a atividade do Centro de

Estudos Judiciários, bem como preparar normas e instruções destinadas a assegurar a sua

aplicação, sem prejuízo das competências de outras unidades orgânicas;

Acompanhar os processos jurisdicionais e graciosos em que o Centro de Estudos Judiciários seja

interveniente através da elaboração, atempada e com a fundamentação e a qualidade

adequadas, de peças processuais e jurídicas;

Elaborar informações e prestar esclarecimentos visando assegurar a correta execução das

decisões judiciais.

11.1.3. Divisão de Informática e Multimédia

Competências

De acordo com as competências atribuídas, compete à Divisão de Informática e Multimédia:

Disponibilizar atendimento, na área da informática e multimédia, a todos os

utilizadores do CEJ;

Identificar necessidades de equipamento, estudar e apresentar propostas tendentes

à sua aquisição;

Apoiar a conceção, tratamento e atualização da informação referente ao CEJ na

Internet e na intranet;

Assegurar a administração dos sistemas informáticos;

Zelar pelo estado de conservação do equipamento informático e multimédia;

Gerir e assegurar a operacionalidade das infraestruturas tecnológicas, os meios

informáticos e de comunicação e os recursos de rede, garantindo a disponibilização,

a circulação, a segurança, a confidencialidade e a integridade da informação.

Atividades

No âmbito das competências definidas, propomo-nos desenvolver as seguintes ações:

Garantir a disponibilidade da rede com e sem fios do CEJ, assegurando o

funcionamento dos equipamentos de comunicações;

Instalar rede sem fios (wifi) na delegação do Porto;

Gerir e administrar os sistemas informáticos existentes, windows e linux;

Page 60: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 60

Assegurar a transmissão por videoconferência e/ou canal CEJ das ações de formação

emitidas pelo CEJ;

Definir, mapear e documentar os fluxos documentais existentes no CEJ;

Implementar solução de Gestão Documental;

Desenho e construção de nova página web do CEJ, com recurso a gestor de

conteúdos, tornando-a mais apelativa, intuitiva e que permita manutenção

descentralizada;

Garantir a disponibilidade e bom funcionamento das aplicações instaladas nos

servidores do CEJ;

Gestão do software e equipamento de impressão;

Modernizar o equipamento de som existente no auditório do CEJ;

Modernizar o equipamento de captação de imagem;

Equipar as oito salas de formação, com equipamento fixo (portátil, videoprojector e

colunas de som) e tela de projeção;

Equipar a sala de formação da delegação do Porto com equipamento de som;

Assegurar o funcionamento dos equipamentos de apoio às atividades,

designadamente projetores, câmaras digitais e material de apoio à videoconferência;

Apoio audiovisual a todas as estruturas e atividades do CEJ, nomeadamente a criação

de conteúdos multimédia e tratamento da informação audiovisual;

Apoio de Helpdesk:

- Atender, gerir e resolver pedidos de apoio técnico;

- Registar a marcação de recursos informáticos e audiovisuais;

- Apoiar a criação e publicação de conteúdos digitais.

11.2. Gabinete de Estudos Judiciários

11.2.1. Competências

Nos termos do nº 1 do art.º 3º dos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, aprovados pela

Portaria nº 965/2008, de 29 de agosto, o GAEJ “é a unidade (…) genericamente responsável pela

Page 61: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 61

investigação e pelo estudo no âmbito judiciário que constituem missão do CEJ, competindo-lhe em

especial:

a) Apoiar as atividades de formação do CEJ através do desenvolvimento de estudos e

investigação, jurídica e judiciária, bem como em áreas e matérias de interesse para a

atividade judiciária;

b) Promover ou apoiar, em articulação com o DEF, a realização de seminários, colóquios,

conferências e cursos relativos às matérias referidas na alínea a);

c) Assegurar a publicação, difusão e comercialização de estudos efetuados pelo CEJ;

d) Cooperar com entidades nacionais, estrangeiras e internacionais em matéria de

documentação e informação;

e) Coordenar e avaliar a aplicação de indicadores de gestão e de dados estatísticos sobre a

atividade desenvolvida no CEJ.”

11.2.2. Atividades

Desenvolver, em conjunto o DAG, o Balanço Social e o Relatório de Atividades de

Formação;

Realizar estudo de caracterização sociográfica do 33.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais e organizar a respetiva apresentação pública.

Colaborar com o DRI na execução da 2.ª e 3.ª fases da Ação 2211 - Formação de

Formadores PACED na Área Penal do Projeto de Apoio à Consolidação do Estado de

Direito (PACED) PALOP TL, tanto ao nível pedagógico (formação de formadores e

tutoria), como ao nível da gestão pedagógica e respetiva avaliação;

Organizar duas edições do Open Day CEJ, uma no último trimestre de 2017 e uma

outra em março/abril de 2018. Estes eventos têm por objetivo contribuir para

aumentar a imagem e o prestígio do CEJ, dando a conhecer os seus espaços e

atividades (incluindo alguns que, normalmente, não são tão conhecidos) e consistem

em abrir as portas do CEJ a um público em geral mas especialmente aos estudantes e

licenciados em Direito, mostrando o CEJ, a sua organização e atividades, com

particular destaque para os processos de recrutamento, seleção e formação inicial,

bem como a história do Limoeiro.

Colaborar na elaboração e execução gráfica dos Planos de Atividades e do Relatório

de Atividades;

Apoiar e colaborar na organização de várias atividades formativas no âmbito de

formação inicial e contínua de magistrados, nomeadamente, conferências,

seminários, colóquios, cursos e visitas de estudo;

Page 62: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 62

Tratamento e apresentação dos dados estatísticos relativos à avaliação da formação

contínua de magistrados organizada pelo CEJ;

Acompanhamento e avaliação do processo de formação a distância;

Tratamento e apresentação dos dados relativos à avaliação da formação inicial de

magistrados e de outros eventos formativos realizados pelo CEJ;

Prestação de informação estatística relativa à atividade formativa do CEJ a outras

entidades;

Criação, desenvolvimento e aplicação pelo GAEJ de instrumentos de monitorização

do funcionamento e dos serviços prestados e do nível de satisfação dos utentes,

como instrumentos privilegiados de apoio à gestão;

Prestação de informação avulsa de suporte à decisão para a Direção do CEJ;

Organização de eventos e atividades culturais (exposições de artes plásticas,

apresentações, lançamentos de livros e recitais musicais);

Organização e acompanhamento de visitas de estudo e culturais às instalações do

CEJ no Limoeiro;

Colaboração na organização dos concursos de ingresso na formação inicial de

magistrados;

Colaborar na divulgação pública e junto da comunicação social das atividades e

eventos do CEJ;

Colaborar na organização de sessões protocolares;

Participação em grupos e equipas de trabalho específicos, tanto no CEJ, como no

Ministério da Justiça (Grupo de Trabalho para a Gestão Documental, no CEJ, Equipa

Interdepartamental do Ministério da Justiça para a Igualdade de Género, ou ligados à

segurança e saúde no trabalho);

Integração em júris de procedimentos concursais para seleção e recrutamento de

pessoal;

Realização de Entrevistas de Avaliação de Competências no âmbito de

procedimentos concursais para seleção e recrutamento de pessoal;

Participar na conceção e implementação de serviços de segurança e saúde no

trabalho;

Colaborar na implementação de medidas de autoproteção, conforme definidas na

Portaria n.º 1532/2008, de 29/12.

Page 63: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 63

11.3. Divisão do Centro de Documentação

11.3.1. Competências

No âmbito das competências definidas nos Estatutos do CEJ (Portaria n.º 965/2008, de 29 de

agosto) e nos termos previstos no Regulamento do CEDOC (aprovado em 21 de setembro de 2009) são

as seguintes atribuições:

1 – Em geral:

a) Prestar apoio documental e técnico e informação aos utilizadores;

b) Prestar a colaboração que lhe for solicitada pelos órgãos, dirigentes, agentes da

formação e serviços do CEJ.

2 – Na valência de biblioteca:

a) Disponibilizar aos utilizadores o acesso ao respetivo fundo bibliográfico e a bases de

dados exteriores, no âmbito das atribuições do CEJ;

b) Assegurar o funcionamento de serviços de consulta e empréstimo de espécies do seu

acervo documental aos utilizadores;

c) Promover o intercâmbio com bibliotecas de outras instituições;

2 – Na valência de arquivo:

a) Propor e assegurar o sistema de gestão de documentos, desde o momento da sua

produção ou receção;

b) Realizar a incorporação, tratamento e conservação da documentação do seu âmbito,

bem como a respetiva avaliação, seleção e eliminação.

c) Assegurar o funcionamento de serviços de consulta;

d) Propor a celebração de acordos e protocolos com outras instituições e entidades, com

vista ao aperfeiçoamento do tratamento documental.

11.3.2. Atividades

Estabelecer e consolidar regulamentos, normas e procedimentos:

- Atualização do Regulamento do CEDOC;

Page 64: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 64

- Elaboração de um programa de conservação preventiva da documentação,

proceder à avaliação dos riscos e elaboração do Plano de Emergência para o

arquivo e biblioteca.

Arquivo

Tratamento e reorganização dos acervos documentais de arquivo: inventariação e

catalogação de espécies documentais; correção e uniformização de critérios; gestão

dos espaços de arrumação;

Revisão / correção dos registos de ficheiros Excel, dos inventários parcelares de

acordo com a Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística ISAD (G);

Continuação do desenvolvimento de instrumentos de descrição documental,

designadamente, catálogos parcelares do Arquivo;

Conclusão da elaboração do novo relatório de documentação acumulada;

Satisfação dos pedidos de consulta.

Biblioteca

Enriquecimento do fundo documental da biblioteca do CEJ e reforço das boas

práticas de gestão bibliográfica:

- Promover a aquisição de recursos de informação que tragam valor acrescentado

para a biblioteca;

- Proceder à renovação das assinaturas de publicações periódicas;

- Assegurar a manutenção das permutas de publicações assumidas ao longo dos

anos;

- Tratamento documental de todo o fundo bibliográfico adquirido;

- Continuar o tratamento retrospetivo dos artigos de monografias,

nomeadamente, Estudos em Homenagem, Comemorações, Colóquios, Jornadas,

etc., que pela sua importância mereçam um tratamento autónomo;

- Continuar o tratamento retrospetivo do fundo bibliográfico antigo, na área do

direito e com relevância para o CEJ;

- Continuar o tratamento retrospetivo de publicações periódicas, dos vários

números que não constam da nova base de dados implementada em dezembro

de 2012;

- Uniformização dos índices de assunto (descritores) no ficheiro de autoridade, em

simultâneo com o ficheiro bibliográfico geral;

Page 65: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 65

- Elaboração de boletim bibliográfico mensal de novidades editadas, bem como

documentação tratada retrospetivamente;

- Consolidar o inventário das monografias existentes na biblioteca e no depósito;

- Gestão e manutenção da base de dados.

Satisfação dos pedidos, quer dos utilizadores internos, quer dos utilizadores

externos:

- Os procedimentos técnicos informáticos relativos ao empréstimo domiciliário,

reservas e leitura em presença;

- Reforçar o serviço de empréstimo interbibliotecas;

- Formação dos utilizadores internos da Biblioteca CEJ;

- O apoio presencial individualizado à pesquisa de documentos/informação (nas

bases de dados on-line e no catálogo informatizado da Biblioteca).

Desenvolver e aperfeiçoar inquérito, a partir do preexistente aplica-lo aos

utilizadores internos e externos. Isto tendo em vista o objetivo operacional da

Divisão: Melhorar os sistemas e procedimentos internos com vista a uma gestão de

qualidade.

11.3.3. Outras atividades

Colaborar no Património Cultural Online da Justiça, coordenado pela Secretaria-Geral

do Ministério da Justiça, nas suas quatro perspectivas a saber:

- Biblioteca Online da Justiça;

- Plano de Preservação Digital do MJ

- Arquivo Histórico do MJ;

- Inventariação de Espólio para a Organização de Núcleos Museológicos da Justiça.

Colaborar nos trabalhos finais tendentes à aprovação por parte da Direção-Geral do

Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) do Plano de classificação e avaliação do

Ministério da Justiça, concretizado através da publicação de uma Portaria.

11.3.4. Gestão de Recursos - Infraestruturas

Tendo sido iniciado no ano transato a reestruturação/melhoria do espaço da biblioteca com a

construção da uma mezzanine, será de toda a conveniência que se proceda à readequação dos espaços

Page 66: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de

Centro de Estudos Judiciários

Plano de Atividades 2017.2018 66

e estanteria da sala de leitura. Os espaços e equipamentos da biblioteca devem adequar-se aos novos

tempos e necessidades dos seus utilizadores, quer internos como externos. Neste sentido, deverá ser

adquirido estanteria compacta para colocar por debaixo da mezzanine e libertar o espaço central para

consulta por parte dos utilizadores da biblioteca.

Bem como, a instalação de ar condicionado na sala da biblioteca, permitindo manter uma

temperatura mais constante durante o ano, tanto para a saúde das trabalhadoras como para a

preservação do espólio bibliográfico e do próprio espaço.

Page 67: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de
Page 68: Plano de Atividades 2017-2018 - CEJ - Centro de Estudos ... · Centro de Estudos Judiciários Plano de Atividades 2017.2018 7 1. Apresentação As linhas estruturantes do Plano de