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PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA – GUARARAPES SP PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARARAPES 2009-2012 PLANO DE GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO DE GUARARAPES ASSESSORIA AMBIENTAL Rua Marechal Deodoro, s/nº esquina com a Rua Afonso Pena Guararapes-SP (18) 3406.1855 [email protected]

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PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA – GUARARAPES SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARARAPES

2009-2012

PLANO DE GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA

DO MUNICÍPIO DE GUARARAPES

ASSESSORIA AMBIENTAL

Rua Marechal Deodoro, s/nº esquina com a Rua Afonso Pena

Guararapes-SP (18) 3406.1855

[email protected]

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PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA – GUARARAPES SP

SUMÁRIO

Págin

a

Introdução 02

Objetivo 03

Diretrizes 03

1.Princípios básicos para o projeto de arborização 04

2.Implantação da arborização em vias públicas 05

2.1. Preceitos básicos 05

2.2. Parâmetros para a arborização de passeios em vias públicas 06

2.3. Distâncias mínimas entre as árvores e os equipamentos urbanos presentes na

calçada

06

2.4. Considerações quanto aos canteiros centrais, trevos e rotatórias 06

3. Instruções para o plantio e manutenção das árvores 06

3.1. Preparo do local 06

3.2. Plantio da muda no local definitivo 07

3.3. Tutores

3.4. Protetores

3.5. Manejo

3.6. Irrigação

3.7. Tratamento Fitossanitário

4. Fatores Estéticos

5. Educação Ambiental

6. Cronograma de Podas e Extração

7. Bibliografia

8. Anexos

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PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA – GUARARAPES SP

Introdução

Arborização urbana: é o conjunto de exemplares arbóreos que compõe a vegetação

localizada em área urbana.

O espaço urbano é constituído basicamente por áreas edificadas (casas, comércio e

indústrias), áreas destinadas à circulação das pessoas e veículos (sistema rodo-

ferroviário) e áreas livres de edificação (praças, quintais, etc.).

As áreas ou espaços livres podem ser públicos, potencialmente coletivos ou privados.

Consideramos espaços livres de uso público as áreas cujo acesso da população é livre. São

os parques, praças, cemitérios e unidades de conservação inseridas na área urbana e com

acesso livre da população. As áreas ou espaços livres potencialmente coletivos são aqueles

localizados junto às escolas e igrejas entre outros. Nestas áreas o acesso da população é

controlado de alguma forma.

Finalmente, as áreas livres privadas são aquelas de propriedade particular, onde o acesso

não é permitido para qualquer cidadão. São os jardins e quintais de residências, clubes de

lazer, áreas de lazer de condomínios e remanescentes de vegetação natural ou implantada

em propriedade particular.

O plano de gestão passa por um conjunto de medidas que identifica, organiza, normatiza,

fiscaliza, planeja, orienta e executa ações de utilização pelos munícipes de Guararapes da

arborização urbana. É a tomada de decisão sobre a utilização da vegetação seguindo

regras e normas utilizando determinados critérios nas decisões, com vistas a administrar

a arborização urbana da melhor forma possível e de impedir sua escassez ou degradação.

Importância das árvores da cidade para a população - melhoram a qualidade do ar;

- reduzem a poluição;

- equilibram a temperatura da cidade;

- protegem os lençóis freáticos;

- minimizam a poluição sonora;

- amenizam o vento;

- fornecem sombra;

- embelezam a paisagem;

- são hábitat de aves.

Graziano e Demattê (1988) comentam que a vegetação urbana desempenha funções

importantes nas cidades, principalmente quanto a três aspectos:

a) Do ponto de vista fisiológico, melhora o ambiente urbano através da capacidade de

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produzir sombra, filtrar ruídos, amenizar a poluição sonora, melhorar a qualidade do ar,

absorvendo o gás carbônico, amenizar a temperatura, trazendo o bem estar aqueles

que podem usufruir sua presença ou mesmo de sua proximidade;

b) Do ponto de vista estético, contribui através das qualidades plásticas (cor, forma,

textura) de cada parte visível de seus componentes

c) Por último, diz respeito ao aspecto psicológico, a satisfação que o homem sente em

contato com a vegetação e com o ambiente que ela cria.

Objetivo

Criar instrumento pelo qual o Poder Executivo Municipal possa definir as diretrizes para a

execução de ações, necessárias para o planejamento, implementação de manejo e

manutenção de intervenções voltadas a: Garantir a melhoria do ambiente urbano;

Recuperação,rearborização, enriquecimento, ou revegetação de áreas degradadas;

Melhoria e valorização da qualidade paisagística através da implantação de uma Política

Pública voltada ao plantio, preservação, manejo e expansão da arborização urbana no

município de Guararapes.

Diretrizes

Quanto ao planejamento, manutenção e manejo da arborização urbana:

I. Estabelecer um programa municipal de arborização, considerando as características

de cada região da cidade;

I-1 Guararapes esta dividida em cinco setores

II. Respeitar o planejamento viário previsto para a cidade, nos projetos de arborização

urbana;

III. respeitar os princípios e diretrizes da acessibilidade e mobilidade urbana;

IV. planejar a arborização conjuntamente com os projetos de implantação de infra-

estrutura urbana, em casos de abertura ou ampliação de novos logradouros pelo

município e redes de infra-estrutura subterrânea, compatibilizando-os antes de sua

execução;

V. os canteiros centrais das avenidas e vias de circulação projetadas a serem

executadas no município, serão dotados, sempre que possível e viável, de condições

para receber arborização;

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VI. efetuar plantios somente em ruas cadastradas pelo órgão municipal de planejamento

urbano;

VII. utilizar a arborização na revitalização de espaços urbanos já consagrados, como

pontos de encontro, incentivando eventos culturais na cidade;

VIII. planejar ou identificar a arborização existente típica, como meio de tornar a cidade

mais atrativa ao turismo, entendida como uma estratégia de desenvolvimento

econômico;

IX. compatibilizar e integrar os projetos de arborização de ruas com os monumentos,

prédios históricos ou tombados, e detalhes arquitetônicos das edificações.

X. utilizar prioritariamente espécies nativas locais, ou regionais em projetos de

arborização de ruas, avenidas e de terrenos privados, respeitando o percentual

mínimo de 10 espécies nativas diferentes, com vistas a promover a biodiversidade;

XI. diversificar as espécies utilizadas na arborização pública e privada como forma de

assegurar a estabilidade e a preservação da floresta urbana;

XII. em projetos de loteamentos urbanos e parcelamento de solo, deverão ser atendidas

as diretrizes da para a aprovação de projetos de arborização viária.

XIII. estabelecer um cronograma integrado e articulado com o plantio de árvores, com

obras públicas e privadas, com prazo de dois anos para início de implementação;

XIV. para os casos de manutenção e substituição de redes de infra-estrutura

subterrâneas existentes, deverão ser adotados cuidados e medidas que

compatibilizem a execução do serviço com a proteção da arborização;

XV. desenvolver ou adquirir e implementar o uso de ferramentas informatizadas para

registro e gerenciamento de todas as ações, dados e documentos referentes à

arborização urbana, com vistas a manter o cadastro permanentemente atualizado,

mapeando todos os exemplares arbóreos .

As empresas públicas ou privadas que promovam distribuição de mudas à população, devem

solicitar autorização junto ao órgão ambiental municipal.

1. Princípios básicos para o projeto de arborização urbana

O Projeto de arborização deve, por principio, respeitar os valores culturais ambientais e

de memória da cidade de Guararapes. Deve considerar sua ação de proporcionar conforto

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para o ambiente público assim como para as moradias, “sombreamento”, abrigo e alimento

para avifauna, diversidade biológica, diminuição da poluição, melhoria das condições de

permeabilidade de solo e paisagem, contribuindo para e melhoria da qualidade do ambiente

urbano.

As espécies a serem utilizadas e seus locais específicos de instalação devem ser

pormenorizadas em projeto executivo com a localização exata de plantio, o porte das

mudas assim como o tamanho das covas de plantio, a maneira correta de preparo e a forma

do canteiro definitivo.

Preferencialmente serão utilizadas mudas com tamanho mínimo de 1,80m, com fuste único

e em pleno desenvolvimento não apresentando raízes defeituosas que poderão prejudicar

seu pleno desenvolvimento ou segurança quando adulta.

Para localizar o plantio nas calçadas e demais espaços viários devem-se levar em

consideração limites mínimos entre as dimensões das espécies escolhidas quando adultas e

a localização de construções e demais mobiliários urbanos, assim como sempre garantir

espaço para a mobilidade humana quer seja andando nas calçadas ou em veículos

motorizados. Tais limites não devem evitar a implantação de árvores de médio e grande

porte nos bairros da cidade.

A prefeitura ou iniciativa privada ao desenvolverem implantação de projetos de

arborização viária devem criar espaços para uma eficiente cobertura arbórea para os

bairros da cidade com objetivo de permitir o alcance das funções da arborização urbana.

Em vias públicas, para que não haja ocupação conflitante no mesmo espaço, é necessário,

antes da elaboração do projeto:

Levantar a situação existente nos logradouros envolvidos, incluindo informações como a

vegetação arbórea, as características da via (expressa, local, secundária, principal), as

instalações, equipamentos e mobiliários urbanos, subterrâneos e aéreos (como rede de

água/esgoto, de eletricidade, cabos, fibras óticas, telefones públicos, placas de

sinalização viária/trânsito entre outros) e o recuo das edificações. A população deve ser

representada e deve comprometer-se com o projeto para seu sucesso junto à comunidade.

2. Implantação da arborização em vias públicas

2.1. Preceitos Básicos:

1. Estabelecimento de canteiros e faixas permeáveis

Ao redor das árvores plantadas deverá ser adotada uma área permeável, seja na forma de

canteiro, faixa ou piso drenante, que permita a infiltração de água e a aeração do solo.

As dimensões recomendadas para essas áreas não impermeabilizadas, sempre que as

características dos passeios ou canteiros centrais o permitirem, deverão ser de 1,0m²

para árvores de copa pequena (diâmetro em torno de 5,0m), de 2,0m² para árvores de

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copa média (diâmetro em torno de 7,0m) e de 3,0m² para árvores de copa grande

(diâmetro em torno de 10,0m). O espaço livre mínimo para o trânsito de pedestre em

passeios públicos deverá ser de 1,20m, conforme NBR 9050/94.

2. Definição de espécies

As espécies devem preferencialmente não apresentar princípios tóxicos perigosos,

apresentar rusticidade, ter sistema radicular que não prejudique o calçamento e não ter

espinhos. É aconselhável, evitar espécies que tornem necessária a poda freqüente, tenham

cerne frágil ou caule e ramos quebradiços, sejam suscetíveis ao ataque de cupins, brocas

ou agentes patogênicos.

O uso de espécies de frutos comestíveis pelo homem deverá ser objeto de projeto

específico, encaminhado para apreciação e validação ao Órgão Ambiental Municipal e/ou

CMMA (Conselho Municipal de Meio Ambiente). A utilização de novas espécies ou em

experimentação deve ser objeto de projeto específico, devendo seu desenvolvimento ser

monitorado e adequado às características do local de plantio.

Veja lista de espécies recomendadas para arborização urbana em anexo.

2.2. Parâmetros para a arborização de passeios em vias públicas

Para uma melhor compreensão das recomendações a seguir, entende-se por “fiação

convencional” como sendo os fios de rede elétrica, telefonia e/ou TV a cabo, sustentados

por postes. E ainda “fiação protegida” ou “fiação isolada” como sendo os fios de

transmissão elétrica isolados totalmente por cobertura especial ou compactos com

distanciadores ocupando menos espaço aéreo e com maior proteção que a fiação

convencional. E por fim entende-se por “recuo predial” como sendo a distância entre a

edificação e o limite do terreno com a calçada.

Em passeios com largura de 1,50 m a 2,00 m, recomenda-se o plantio de árvores de

pequeno porte quando houver fiação convencional e o plantio de árvores de médio e

grande porte quando houver recuo predial de no mínimo 3,0m e/ou fiação ausente,

protegida ou isolada.

É importante salientar que os passeios não comportam espécies de porte muito grande,

como Jequitibás, Paineiras, Palmeiras imperiais, Pinheiros, Flamboyants entre outras. O

ideal seria o plantio destas espécies em canteiros centrais de avenidas, parques e praças.

ÁRVORES DE PEQUENO PORTE

São aquelas cuja altura na fase adulta atinge entre 04 e 05 metros e o raio de copa fica

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em torno de 02 a 03 metros. São espécies apropriadas para calçadas estreitas (< 2,5m),

presença de fiação aérea e ausência de recuo predial. Ipê-de-jardim Stenolobium stans Flamboyantzinho, Flamboyant-mirim Caesalpinia pulcherrima Manacá-de-jardim Brunfelsia uniflora Resedá anão, Extremosa, Julieta Lagerstroemia indica Grevílea anã Grevillea forsterii Cássia-macrantera, manduirana Senna macranthera Rabo-de-cotia Stifftia crysantha Urucum Bixa orelana Calistemon, Bucha-de-garrafa Callistemon citrinum Algodão-da-praia Hibiscus pernambucencis

ÁRVORES DE MÉDIO PORTE

São aquelas cuja altura na fase adulta atinge de 05 a 08 metros e o raio de copa varia em

torno de 04 a 05 metros. São apropriadas para calçadas largas (> 2,5m), ausência de

fiação aérea e presença de recuo predial. Aroeira-salsa, Falso-chorão Schinus molle Quaresmeira Tibouchina granulosa Ipê-amarelo-do-cerrado Tabebuia sp Pata-de-vaca, unha-de-vaca Bauhinia sp Astrapéia Dombeya wallichii Cássia imperial, cacho-de-ouro Cassia ferruginea Resedá-gigante, Escumilha african Lagerstroemia speciosa Magnólia amarela Michaelia champaca Eritrina, Suinã, Mulungu Erytrina verna Ligustro, Alfeneiro-do-Japão Ligustrum lucidum Sabão-de-soldado Sapindus saponaria Canelinha Nectandra megapotamica

ÁRVORES DE GRANDE PORTE

São aquelas cuja altura na fase adulta ultrapassa 08 metros de altura e o raio de copa é

superior a 05 metros. Estas espécies não são apropriadas para plantio em calçadas.

Deverão ser utilizadas prioritariamente em praças, parques e quintais grandes. São elas: Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Jambolão Eugenia jambolona Monguba, Castanheira Pachira aquatica Pau-ferro Caesalpinia ferrea

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Sete-copas, Amendoeira Terminalia catappa Oiti Licania tomentosa Flamboyant Delonix regia Alecrim-de-Campinas Holocalix glaziovii Ipê-roxo Tabebuia avellanedae Ipê-amarelo Tabebuia chrysotrica Ipê-branco Tabebuia roseo-alba Cássia-grande, Cássia-rósea Senna grandis Cássia-de-Java Senna javanica Jacarandá-mimoso Jacaranda mimosaefolia Figueiras em geral Ficus sp

As palmeiras em geral também não são apropriadas para uso em calçadas, seja pelo porte,

na maioria das vezes grande, e também pela dificuldade de manejo. No entanto, podem ser

utilizadas nos canteiros centrais de avenidas e nas rotatórias, bem como nas áreas livres

públicas.

ARBUSTOS: têm múltiplos troncos e não passam de 2 metros de altura, em média.

Atenção: Arbustos não são para serem plantados nas vias públicas.

2.4. Considerações quanto aos canteiros centrais, trevos e rotatórias

Os canteiros centrais de avenidas, os trevos e as rotatórias possuem um grande potencial

de contribuírem com a arborização urbana.

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Assim como nos passeios, a escolha das espécies bem como o local para o plantio

dependem:

Da largura dos canteiros centrais ou o raio dos trevos e rotatórias;

Da localização da rede de águas e esgoto;

Da presença, localização e condições da fiação elétrica, telefônica e de TV a cabo;

Da existência e localização de placas de sinalização de trânsito;

De outros mobiliários urbanos.

As distâncias a serem consideradas para os casos acima relacionados são as mesmas

adotadas para os passeios. Devendo para estas, ser evitadas espécies que interfiram na

visão do trânsito podendo provocar acidentes.

3. Instruções para o plantio e manutenção das árvores

3.1. Preparo do local

A cova deve ter dimensões mínimas de 0,60m x 0,60m x 0,60m, devendo conter, com

folga, o torrão. Deve ser aberta de modo que a muda fique centralizada, prevendo a

manutenção da faixa de passagem de 1,20 m.

O solo de preenchimento da cova deve estar livre de entulho e lixo, sendo que o solo

inadequado - compactado, subsolo, ou com excesso de entulho -deve ser substituído por

outro com constituição, porosidade, estrutura e permeabilidade adequadas ao bom

desenvolvimento da muda plantada.

O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a criar condições para a captação

de água, e sempre que as características do passeio público permitir devem ser mantidas

área não impermeabilizada em torno das árvores na forma de canteiro, faixa ou soluções

similares.

3.2. Plantio da muda no local definitivo

A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado e apenas no momento do plantio. O

colo da muda deve ficar 0,5m abaixo do nível da calçada.

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3.3. Tutores

Os tutores não devem prejudicar o torrão onde estão as raízes, devendo para tanto serem

fincados no fundo da cova ao lado do torrão. Esses tutores devem apresentar altura total

maior ou igual a 1,80 m ficando, no mínimo, 0,6 m enterrado.

3.4. Protetores

Os protetores, cuja utilização é recomendada em áreas urbanas para evitar danos

mecânicos, principalmente ao tronco das árvores até sua completa consolidação, devem

atender às seguintes especificações quando optado por sua utilização:

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Altura mínima, acima do nível do solo, de 1,60 m;

A área interna deve permitir inscrever um círculo com diâmetro maior ou igual a 0,40m;

As laterais devem permitir os tratos culturais;

Os protetores devem permanecer, no mínimo, por 02 (dois) anos, sendo conservados em

perfeitas condições;

Projetos de veiculação de propaganda nos protetores devem ser submetidos à apreciação

do órgão ambiental municipal e/ou ao CMMA.

3.5. Manejo

Após o plantio inicia-se o período de manutenção e conservação, quando deverá se cuidar

da irrigação, das adubações de restituição, das podas, da manutenção da permeabilidade

dos canteiros ou faixas, de tratamento fitossanitário, por fim, e se necessário, da

renovação do plantio, seja em razão de acidentes ou maus tratos.

As podas de limpeza e formação nas mudas plantadas deverão ser realizadas da seguinte

forma:

Poda de Formação: retirada dos ramos laterais ou “ladrões” da muda;

Poda de Limpeza: remoção de galhos secos ou doentes;

As podas e abates são disciplinados pelos técnicos do órgão ambiental municipal podendo o

CMMA auxiliar no julgamento dos casos mais complexos;

A poda realizada pelos funcionários habilitados da Prefeitura se restringe ao chamado

“levantamento da saia”, onde a copa é erguida para livrar o passeio público e a rua e

possíveis interferências na residência.

As podas drásticas são proibidas pela legislação sobre arborização urbana municipal e

federal, são consideradas podas drásticas aquela que subtrai mais de 50 % da copa

original da espécie.

3.6. Irrigação

A planta deve ser irrigada nos períodos de estiagem e/ou quando necessário.

3.7. Tratamento fitossanitário

O tratamento fitossanitário deverá ser efetuado sempre que necessário, de acordo com

diagnóstico técnico e orientado pelo responsável técnico do órgão ambiental e pela

legislação vigente sobre o assunto.

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4. Fatores Estéticos

Não se recomenda, em nenhuma circunstância, a caiação ou pintura das árvores.

É proibida a fixação de publicidade em árvores, pois além de ser antiestética, tal prática

prejudica seu desenvolvimento.

No caso do uso de “placas de identificação” de mudas de árvores, essas deverão ser

amarradas com material extensível, em altura acessível à leitura, devendo ser substituída

conforme necessário. Não se recomenda sob o ponto de vista fitossanitário, a utilização

de enfeites e iluminação, como por ocasião de festas natalinas.

Recomendando-se, porém, enquanto não regulamentado, que quando dessa prática, sejam

tomados os devidos cuidados para evitar ferimentos à árvore, bem como a imediata

remoção desses enfeites ao término dos festejos.

5. Educação Ambiental

O órgão ambiental municipal deverá desenvolver programas de educação ambiental com

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vistas a:

I. informar e conscientizar a comunidade da importância da preservação e manutenção

vegetação natural e da arborização urbana, ;

II. reduzir a depredação e o número de infrações administrativas relacionadas a danos

à vegetação;

III. compartilhar ações público-privadas para viabilizar a implantação e manutenção da

arborização urbana, através de projetos de co-gestão com a sociedade;

IV. estabelecer convênios ou intercâmbios com universidades, com intuito de pesquisar e

testar espécies arbóreas para o melhoramento vegetal quanto à resistência,

diminuição da poluição, controle de pragas e doenças, entre outras;

V. conscientizar a população da importância da construção de canteiros em torno de

cada árvore, vegetando-os com grama ou forração, bem como nos locais em que haja

impedimento do plantio de árvores;

VI. conscientizar a comunidade da importância do plantio de espécies nativas, visando a

preservação e a manutenção do equilíbrio ecológico.

6- AÇÕES

6.1. Extração

As árvores da área urbana de responsabilidade do poder publico municipal são as árvores

do passeio publico e áreas verdes e para que a população possa extraí-la é

obrigatório a autorização do órgão ambiental municipal e/ou CMMA.Qualquer

espécie arbórea pública só pode ser extraída mediante analise técnica que

justifique.

Ao ser retirada uma árvore deverá esta ser substituída imediatamente ou no mesmo local

ou em local predeterminado pelo órgão ambiental municipal. Cabe ao órgão ambiental

municipal a doação de mudas ou a orientação da espécie adequada a ser substituída.

Em situações onde a retirada se justifica por motivos que não sejam de ordem

fitossanitária ou risco a população e/ou patrimônio fica o munícipe automaticamente

obrigado a doar mudas ao viveiro municipal para serem repostas na arborização

urbana; a quantidade a ser doada é a seguinte:

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a- árvore de grande porte - doação de 10 mudas

b- árvore de médio porte - doação de 6 mudas

C- árvore de pequeno porte - doação de 2 mudas

As espécies e tamanho das mudas serão determinados de acordo com a situação de acordo

com o parecer técnico pelo órgão ambiental municipal

6.2 Poda

As árvores da área urbana de responsabilidade do poder publico municipal são as árvores

do passeio publico e áreas verdes e para que a população possa poda-las é obrigatório

observar a legislação municipal e federal onde a poda drástica é considerada crime. As

podas drásticas são aquelas onde se subtrai mais de 50 % da copa original da espécie. A

poda considerada adequada para a saúde fitossanitária da árvore pelos técnicos

habilitados da Prefeitura se restringe ao chamado “levantamento da saia”, onde a copa é

erguida para livrar o passeio público e a rua e possíveis interferências na residência;

galhos considerados de risco a população e ao patrimônio privado e/ou publico podem ser

extraídos sob orientação previa.

6.3 Requerimentos

O plantio, a poda e a extração dos exemplares arbóreos públicos, são monitorados pelo

órgão ambiental municipal, por isso da importância não só disciplinadora, mas também de

quantificadora do requerimento que deve ser feito no órgão ambiental municipal hoje

situado na Rua Marechal Deodoro nº1 esquina com a rua Afonso Pena ( Escola Ambiental ).

Cronogramas das Podas e extrações

Para extração, poda e limpeza de quintal observe o calendário anexo de recolhimento

dos resíduos de poda para evitar transtornos para a população e possíveis penalidades

ou ligue 3406.1093 (almoxarifado) para obter mais informações.

6.4. Quantificação das árvores urbanas de calçada

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Espécies Quantidade

Média de copa

Total de m² p/espécies

OITI 11018 19,18 211325,24

FICUS 400 26,05 10420,00

CHORÃO 780 13,48 10514,40

PATA DE VACA 513 14,20 7284,60

CHAPÉU DE SOL 90 21,27 1914,30

ACÁCIA(chuva de ouro) 105 16,00 1680,00

CÁCIA(grandes) 23 14,00 322,00

IPÊ 356 22,65 8063,40

SIBIPIRUNA 142 29,19 4144,98

FLAMBOIÂNZINHO 125 7,20 900,00

FALSO IPÊ 121 9,03 1092,63

MANGUBA 349 16,04 5597,96

GREVILHA 124 22,65 2808,60

BRASILEIRINHA 110 9,75 1072,50

AMOREIRA 29 15,05 436,45

REZEDÁ 35 5,89 206,15

AROEIRA PIMENTEIRA 39 15,05 586,95

JAMBO DO NORTE 22 18,00 396,00

JASMIM MANGA 7 13,48 94,36

FLOR DE ABRIL 15 0,00

ESCOVA DE GARRAFA 44 9,56 420,64

MURINGA 1 0,00

ALFINEIRO 4 0,00

ALECRIM 6 26,00 156,00

CHEFLERA 16 0,00

EUCALIPTO 22 22,65 498,30

CHAPÉUNAPOLEÃO 31 9,00 279,00

ESPIRRADEIRA 62 12,00 744,00

FALSO PAÚ BRASIL 1 18,00 18,00

PAÚ BRASIL 0,00

LEUCENA 6 0,00

CANAFÍSTULA 2 26,00 52,00

PAINEIRA 1 26,00 26,00

CALABURA 9 0,00

SANTA BÁRBARA 0,00

FLAMBOIÃ 16 18,65 298,40

MAGNÓLIA AMARELA 5 9,00 45,00

CALICARPA 52 0,00

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JAMBOLÃO 43 26,00 1118,00

MURTA 189 9,03 1706,67

AMENDOIM 14 16,00 224,00

ACÁCIA MIMOSA 1 9,00 9,00

CÁCIA JAVANESA 3 15,00 45,00

COITÉ 9 14,00 126,00

PINGO DE OURO 112 6,35 711,20

ESPATÓDIA 10 16,00 160,00

CABEÇA DE VELHO 3 7,20 21,60

QUARESMEIRA 31 15,00 465,00

SABÃO DE MACACO 1 15,00 15,00

CASTANHEIRA 1 23,00 23,00

15098

Quantidade total

15472

Soma geral de todas as espécies 272282,10 m²

272282,10 O levantamento arbóreo de calçada foi feito rua a rua em 2008 e para projeção de copa

foram feito os seguintes cálculos:

Partindo deste levantamento a Assessoria Ambiental definiu as seguintes medidas

referentes a árvores de calçada:

a) Durante a gestão atual 2009-2012 não serão plantados pela prefeitura e nem serão

produzidas mudas de Oiti, pois esta espécie ultrapassa em muito o número

desejável da porcentagem adequada para a diversificação de espécies na cidade,

além de que se a espécie for acometida de um problema grave fitossanitário

ficaremos sem 80% de nossas árvores de calçada.

b) Extração de árvores da espécie Fícus de frente as residências ou prédios

comerciais, pois o mesmo abala a estrutura física dos imóveis.

c) Retirada dos vasos de calçada no centro da cidade, pois são inadequados ao acesso

de deficientes físicos.

d) Extração de árvores da espécie Aroeira Salsa que cresceram deformadas

atrapalhando não só pedestres como também os veículos e bicicletas.

e) Diminuir o plantio de Aroeira Salsa em calçadas, pois é de difícil manejo para o

munícipe provocando deformidade em seu desenvolvimento.

f) Aumentar o número de espécies para garantir a variabilidade genética

g) Garantir o plantio de espécies adequadas para calçadas.

h) Exterminar o mito de que se deve plantar em tubos para não quebrar o calçamento

6.5 Avenidas e canteiros

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Limpar periodicamente os canteiros e avenidas substituindo o plantio popular

(mandioca, roseiras, espécies frutíferas) por vegetação adequada e paisagística.

6.6 Pomares urbanos

B. Jardim Satélite.

B. Francisco Antoniolli

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6-7 Revitalização de praças

Praça Kovacevick

Praça Deputado Ricardo Izar

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Praça das flores

Praça da Bandeira

6.8 Plantio em áreas verdes

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Bosque da Igreja do B. Satélite

Bosque dos Prefeitos

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Bosque São Jose /dos Ipês

Bosque do B. São Judas

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6.9 Fiscalização de plantio em novos empreendimentos

Loteamento Portal das Palmeiras

6.10. Plantio em áreas da prefeitura

Todo e qualquer prédio público tem que ser modelo nas questões de poda e plantio

Calçadas, hortas comunitárias.

Poda de levantamento de saia Calçada ecológica

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6.11 Piloto de Floresta Urbana

As florestas urbanas são ferramentas imprescindíveis para a formação de cidades mais

sadias e sustentáveis. Apesar da sua importância, nos projetos de arborização urbana têm

sido pouco incentivadas. Essas florestas desempenham um importante papel ecológico para

os habitats humanos por proverem, além do embelezamento, filtragem do ar atmosférico,

da irradiação luminosa e da água, redução dos custos de energia, devido ao aumento do

sombreamento sobre as edificações, controle da umidade e das erosões, valorização

imobiliária, entre outros benefícios. No entanto, talvez o benefício mais atraente, em

termos de política pública, seja o econômico, pois os trabalhos mais recentes têm

mostrado que a compensação financeira justifica os gastos públicos ou privados para

mantê-las. Esses e muitos outros benefícios se traduzem em economia de dinheiro para as

cidades, visto que seriam necessários menos investimentos em dragagem dos rios,

tratamento da água e consumo de energia elétrica pelos aparelhos de ar condicionado,

gerando prevenção da saúde da população. Além desses fatores de importância local,

soma-se o fato de as árvores serem grandes reservatórios de carbono, assim, essa “massa

vegetal” pode absorver uma grande quantidade de CO2 favorecer o bioclima da região e

contribuir na redução dos efeitos das mudanças climáticas.

Outra razão de se incrementar a quantidade de árvores nas cidades é a atenuação do

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calor exalado de concretos, asfaltos e áreas edificadas. Nesse sentido, a arborização doa

a sua contribuição na conservação do asfalto devido à reflexão e à absorção de energia

solar incidente. A notável projeção das sombras oferecidas pelas árvores reduz a

temperatura e a amplitude térmica, a volatilização de compostos e desagregação do

material asfáltico devido à dilatação e contração do material, diminuindo assim a

manutenção para sua recuperação.

Através de demanda do Programa Município Verde e Azul da Secretaria Estadual de Meio

Ambiente sobre a elaboração de um projeto piloto de Floresta Urbana com estratégias

ambientalmente seguras e qualitativas, especialmente voltadas à qualidade de vida do

munícipe, e assim, favorecer o planejamento e a gestão ambiental do município. Neste

sentido, fez se necessário analisar o padrão e a forma urbana e atender as premissas

estabelecidas para um desenvolvimento mais sustentável, no intuito de favorecer a

manutenção da qualidade de vida da população. Analisando e considerando as seguintes

questões:

1. Situação das calçadas quanto à largura, acessibilidade aos portadores de

deficiência de mobilidade, elementos construtivos, posteamento de forma geral,

fiação elétrica, canteiros e outros;

2. Situação da tubulação hidráulica e de gás subterrâneos;

3. Respeitar entradas e saídas de autos das garagens;

4. Executar o plantio arbóreo no formato chamado popularmente de “pé-de-galinha”;

5. Implantar canteiros bem amplos com a função de arejar as raízes das árvores;

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6. Estudar a insolação:

• implantar árvores de porte grande na calçada da face Oeste das edificações para

proporcionar conforto térmico ofertado pela sombra projetada no período da tarde;

• implantar árvores de porte grande na calçada da face Leste das edificações para

proporcionar conforto térmico ofertado pela sombra projetada no período da manhã;

• implantar somente árvores de porte médio abaixo da fiação elétrica (caso a implantação

do projeto piloto não contemple fiação compacta ou cabeamento aterrado dos cabos

elétricos);

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7. Observar a variedade de espécies e origem das matrizes diferenciadas com objetivo de

evitar ataque de pragas, obter risco maior de doenças, diversidade, evitarem monotonia

estética e eventos climáticos extremos.

É ideal acima de 60 espécies com ênfase para espécies nativas referentes ao bioma local,

e também a escolha de espécies frutíferas.

É aceitável acima de 10 espécies, sendo que nenhuma dessas espécies esteja representada

por mais de15% do total;

8. Observar a projeção da copa da árvore para não correr o riso de sacrificá-la quando

adulta;

9. Recuperar e ampliar os canteiros das árvores existentes.

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10. Para as calçadas estreitas implantar as espécies de porte grande, criando canteiros no

leito carroçável ou plantar na calçada espécies adequadas, isto é, com caule de pequeno

diâmetro se atentando que não devem ser baixas, pois atrapalham a passagem do

pedestre.

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11. E para implantação adequada das espécies em vias públicas, observar os afastamentos

necessários em relação ao seu porte arbóreo, os recuos necessários de construção e os

mobiliários existentes (postes, sinalização de rua, sinaleiras, aparelhos eletrônicos,

telefônicos e outro).

O Projeto Piloto em Guararapes

Justificativa

O Jardim Industrial bairro onde surgiu a cidade de Guararapes, historicamente,

foi desmatado para a instalação do povoado e com o desenvolvimento nestes últimos 80

anos a cidade cresceu para além da linha férrea e coube ao bairro a instalação da primeira

grande Indústria da cidade, a fábrica de óleo, assim como a instalação do cemitério. O que

restou de histórico são casas ainda com grandes quintais cheios da árvores frutíferas e

uma praça ao lado da capela que deu origem a cidade, e o surgimento de vários outros

bairros que foram invadindo as pequenas propriedades rurais circunvizinhas. O

levantamento arbóreo feito em 2009 apontou o Industrial com um grande déficit de

árvores nas calçadas levando-nos a optar por este bairro para implantar o piloto da

floresta urbana.

O bairro também foi escolhido por apresentar qualidades estruturais e

socioeconômicas adequadas ao primeiro plantio: as calçadas apresentam largura superior a

2 metros, o que proporciona o plantio de árvores em canteiros amplos e adequados. Por

serem largas, as calçadas oferece acessibilidade às pessoas com deficiência e também

circulação mais segura de pedestres.

Em 2010 em área da prefeitura no bairro plantio de árvores no quarteirão das ruas e

suas interfaces e implantamos calçada ecológica como alternativa para manutenção de

espécie de raiz agressiva em quarteirão com problemas sério de drenagem de água pluvial

ampliando a permeabilização e garantindo a manutenção de três arvores de expressiva

projeção de copa em frente a uma unidade de saúde municipal.

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Funcionários da prefeitura ampliando o canteiro para que não se extrair árvores sadias que estavam estourando o

calçamento por falta de espaço, tornando a calçada mais permeável (calçada ecológica).

Em 2011 iniciamos o plantio em outra área do bairro a Avenida Washignton Luiz nos

três últimos quarteirões antes de chegar ao cemitério são quarteirões de tamanhos

desiguais, 78, 73 e 180 metros onde já existem ipês e sibipirunas de grande porte em uma

das faces o que já proporciona o hábito de caminhada dos munícipes do entorno, além do

que o cortejo fúnebre da capela até o cemitério se dá nestes quarteirões, portanto é

extremamente oportuno que a área se transforme em um piloto com grande potencial de

sucesso. O plantio no canteiro central da avenida de espécies nativas como jacarandás,

ipês, pau d’alho, entre outros, foi feito dentro de nossas possibilidades financeiras com

mudas ainda jovens com no máximo 1,5 metros e a prefeitura ainda realizou o plantio nos

dois lados do calçamento, onde tem espaço entre os oitis e plantaram paineiras beirando o

muro do cemitério O projeto segue as diretrizes do plano municipal de arborização e, visa

além do embelezamento da área, barrar a insolação a fim de reduzir a temperatura e

melhorar o conforto térmico. A implantação de calçada ecológica e alargamento nos

canteiros existentes para melhorar a infiltração de água no solo e arejar as raízes,

evitando o afloramento do sistema radicular é a segunda fase do projeto prevista para

final de setembro.

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Plantios no canteiro da av. Washington Luiz – Piloto Floresta Urbana

Outra área escolhida para o próximo ano são os canteiros da Avenida Alberto Braga

Jardim Continental, por ser o local mais utilizado pela população para caminhar apesar de

ser uma avenida com muita insolação, pois temos coqueiros e tuias plantados nos canteiros,

a proposta é plantar entre os coqueiros árvores de grande porte que possa sombrear ao

longo da avenida.

7. Bibliografia

BARBEDO,A.S.C., et.al. Manual técnico de arborização urbana. São Paulo, SP, 2005.

FILHO,D.F.S.,coord. Manual de normas técnicas de arborização urbana. Piracicaba, SP,

2007.

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DE RIBEIRÃO PRETO, SP. Vamos

Arborizar Ribeirão Preto. Cartilha. 39 p.

BIOLOGIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, Arborização urbana. Disponível em: <

http://cdcc.sc.usp.br/bio/mat_arburbana.htm>. Acesso em: 27 mai. 2009.

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TÉCNICOS RESPONSAVÉIS: ALINE GASPARINI HERNANDES- bióloga

ANA MARIA DA R.N. HEIDERICH- bióloga

PREFEITO MUNICIPAL: EDENILSON DE ALMEIDA

Guararapes, agosto de 2012.