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PLANO DE ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS DA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS VERSÃO EDITADA EM DEZEMBRO DE 1999

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PLANO DE ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

DA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

VERSÃO EDITADA EM DEZEMBRO DE 1999

LEI Nº 29/97, DE 17 DE JULHO DE 1997.

DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO PLANTIO DE

ÁRVORES NOS PASSEIOS PARA A EXPEDIÇÃO DO

CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DA OBRA.

A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, ESTADO DO PARANÁ,

aprovou e eu, Prefeito Municipal sanciono a seguinte Lei:

Art. 1 º Art. 1º Fica determinado que toda e qualquer concessão do certificado de

conclusão de obras, licenciamento de obras para construção, acréscimo, reforma, ou

instalação em edificações residenciais e de outros estabelecimentos, somente será

expedido o respectivo alvará pelo órgão competente, mediante prévia comprovação do

plantio de árvores nos passeios, na forma e nos casos previstos nesta Lei.

Art. 2- Art. 2º º O Poder Executivo baixará normas regulamentando esta Lei no prazo

de 90(noventa) dias, definindo disposições complementares para a sua plena execução.

Art. 3º- Art. 3º -Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º- Art. 4º -Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 17 de julho

de 1997.

LUIZ CARLOS SETIM

Prefeito Municipal

1. INTRODUÇÃO

As árvores desempenham simultaneamente várias funções essenciais à vida

humana, melhorando notadamente as condições do meio urbano.

Dentre os inúmeros benefícios originados pela presença de árvores, além da

função decorativa, devem-se ressaltar os seguintes aspectos:

Sombreamento, pela absorção de parte dos raios solares;

Diminuição da poluição sonora;

Proteção contra os ventos;

Ação sobre o bem estar físico e psíquico do homem;

Purificação do ar através da neutralização do excesso de dióxido

de carbono resultante da combustão que exerce efeitos nocivos à vida humana.

Pensando na melhoria da qualidade de vida do cidadão sãojoseense, a Secretaria

de Urbanismo e Meio Ambiente, priorizou a elaboração de um Plano de Arborização de

Vias Públicas (PAVIP), cujo objetivo principal é planejar a arborização de vias

públicas do município, bem como colocar em prática a Lei N° 29/97, a qual dispõe

sobre a obrigatoriedade do Plantio de Árvores nos Passeios para a Expedição do

Certificado de Conclusão de Obras.

O processo de planejamento de arborização considerará os seguintes aspectos

básicos com respeito ao caráter técnico (Milano, 1990):

a) O ambiente urbano: observado e caracterizado em termos de

clima, solos e qualidade do ar, fatores fundamentais à seleção de espécies

adaptadas ao local;

b) O espaço físico disponível: observado e caracterizado em termos

de largura de ruas e calçadas, afastamento predial, ocorrência e posicionamento

de redes de utilidades aéreas e subterrâneas, entre outros fatores fundamentais

para a definição da espécie a ser plantada, da posição de plantio e do tipo de

condução;

c) As características das espécies a utilizar: observadas em termos de

adaptabilidade climática, resistências a pragas e doença, tolerância a poluição e

características morfológicas e fenológicas (forma, porte, raíz, floração,

frutificação).

2. OBJETIVOS DO PAVIP

a. GERAL

Planejar a arborização de vias públicas do município de São José dos Pinhais.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Inventariar através de censo as principais espécies plantadas nas 18 Principais

Vias do Centro da cidade.

Diagnosticar a situação da arborização das vias públicas a partir da análise das

informações provenientes do inventário.

Definir as diretrizes de manejo, conservação e expansão da arborização de vias

públicas.

Estabelecer normas para o plantio de mudas a qual se refere à Lei N° 29/97.

3. ETAPAS DO PLANO

a. CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO GERAL DA ARBORIZAÇÃO

DAS VIAS PÚBLICAS

Foi realizado um levantamento quantitativo das espécies arbóreas existentes nas

18 Vias principais da Cidade de São José dos Pinhais, para este levantamento foi

elaborado uma planilha (Anexo 1) para coleta de dados, com espécie, espaçamento,

largura de passeio e outros.

Estes dados foram copilados em planilha eletrônica, totalizando 1929 árvores, os

quais permitiram a construção de gráfico por rua, e um gráfico de representatividade

geral da situação da Arborização Urbana da Cidade (fig.-1).

Observa-se que 40% das árvores existentes são da espécie extremosa

(Lagerstroemia indica), a qual contém inúmeros fungos e oídeos, sendo prejudicial aos

transeuntes e população local e 32,7% contêm Alfeneiros (Ligustrum lucidum), espécie

que faz demasiada sujeira não recomendada para arborização de uma cidade.

A densidade recomendada por bibliografia é em torno de 15% de cada espécie,

conclui-se então que, a cidade de São José dos Pinhais está altamente saturada (72%)

por apenas duas espécies, correndo seríssimos riscos quanto ao ataque de pragas e

doenças a estas espécies.

b. ESCOLHA DAS ESPÉCIES A SEREM IMPLANTADAS

i. CARACTERÍSTICAS DAS ESPÉCIES

Em levantamento realizado nos viveiros de produção de mudas da região

metropolitana, concluiu-se que, das 50 espécies comerciáveis, apenas 18 são adequadas

para a cidade de São José dos Pinhais.

Foram considerados os seguintes aspectos para a escolha de espécies:

Preferências por árvores de pequeno a médio porte (até 12 metros);

Forma e dimensões da copa;

Tipo de folhas, flores e frutos;

Crescimento regular;

Adaptabilidade climática (principalmente resistência contra geadas);

Ausência de espinhos;

Ausência de princípios tóxicos;

Rusticidade e resistência a pragas, doenças e poluição;

Ausência de raízes superficiais;

Vida útil da árvore, etc.

Segue abaixo a relação das espécies escolhidas e suas características:

Nome Comum Nome Científico

1- Canelinha Nectrandra megapotamica

2- Caroba Jacaranda cuspidifolia

3- Cássia Multijuga Senna multijuga

4- Cerejeira do Japão Prunus serrilata

5- Chuva de Ouro Senna macranthera

6- Coeleutéria Koelreuteria paniculata

7- Dedaleiro Lafoensia pacari

8- Ficus Ficus benjamina

9- Ipê-anão Tabebuia umbellata

10- Ipê-roxo Tabebuia heptaphylla

11- Ipê-amarelo Tabebuia chysotricha

12- Ipê-branco Tabebuia roseo alba

13- Ipê-rosa Tabebuia impetigonosa

14- Jacarandá-mimoso Jacaranda mimosaefolia

15- Jerivá Syagrus romanzoffiana

16- Magnolia amarela Michelia champaca

17- Manacá da Serra Tibouchina mutabilis

18- Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides

1- CANELINHA (Nectandra megapotamica)

Nomes populares – canelinha, canela-imbuia, canela-preta, canela-ferrugem, canela-

cheirosa, canela-fedorenta, canela-de-cheiro, canela-merda, canela-loura.

Características morfológicas - Altura de 15-25 metros com tronco de 40-60 cm de

diâmetro. Copa perfeitamente globosa quando jovem. Folhas glabras, de 8-14 cm de

comprimento por 2-4 cm de largura.

Informações ecológicas – Planta perenifólia ou semidecídua em algumas regiões,

heliófita, sem preferência definida por tipo de solo. Apresenta ampla dispersão pela

floresta ombrófila em geral, sendo menos freqüente nas associações pioneiras e

secundárias. Nos sub-bosques dos pinhais e capões é geralmente muito rara. Produz

anualmente grande quantidade de sementes viáveis, amplamente disseminadas por

pássaros.

Fenologia – floresce a partir de junho, prolongando-se até setembro. Os frutos

amadurecem nos meses de novembro-janeiro.

2- CAROBA (Jacaranda cuspidifolia)

Nomes populares – caroba, jacarandá-de-minas, jacarandá, caiuá, jacarandá-branca,

caroba-branca, pau-de-colher, pau-santo, carobeira, jacarandá-preto, mulher-pobre.

Características morfológicas - Altura de 5-10 metros, com tronco de 30-40 cm de

diâmetro. Folhas compostas bipinadas de 20-50 cm de comprimento, com 8-10 jugas

(pares de pinas); pinas com 10-15 pares de folíolos glabros.

Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, pioneira, seletiva xerófita,

característica de encostas rochosas da floresta latifoliada e transição para o cerrado. Sua

dispersão é maior em formações secundárias do triângulo mineiro e Noroeste de São

Paulo, onde é facilmente notada durante a floração em terrenos rochosos secos. É rara

sua ocorrência no interior da floresta primária densa. Produz anualmente grande

quantidade de sementes viáveis.

Fenologia – Floresce a partir do mês de setembro com a planta totalmente despida de

sua folhagem, prolongando-se até outubro. Os frutos amadurecem durante os meses de

agosto-setembro.

3- CASSIA MULTIJUGA (Senna multijuga)

Nomes populares – Pau-cigarra, caquera, aleluia, canafístula.

Características morfológicas - Altura de 6-10 metros, com tronco de 30-40 cm de

diâmetro. Folhas compostas de 20-40 pares de folíolos membranáceos e glabros.

Informações ecológicas – Planta decídua no inverno, heliófita, pioneira, indiferente às

condições físicas do solo, característica das matas secundarias (capoeiras e capoeirões)

da floresta pluvial atlântica. É rara no interior da mata primária densa. Em certas regiões

do alto da serra do mar no estado de São Paulo chega a formar populações quase puras,

ou amplamente dominantes em formações secundárias. Produz anualmente grande

quantidade de sementes viáveis.

Fenologia – Floresce durante um longo período do ano (dezembro-abril), conferindo à

planta grande beleza. A maturação dos frutos (vagens) verifica-se nos meses de abril-

junho, entretanto permanecem abertos na planta por mais alguns meses.

4- CEREJEIRA DO JAPÃO (Prunus serrilata)

Nomes populares – Cerejeira- ornamental, cerejeira do Japão.

Características morfológicas - Altura de 4-6 metros, árvore caducifólia, originária do

Japão, de tronco curto, revestido, por casca rugosa e acinzentada. Copa arredondada,

folhas simples, alternas, com formato oval de 7-13 cm de comprimento.

Informações ecológicas – Árvore de florescimento exuberante, amplamente cultivada

no sul e sudeste do Brasil, prefere climas frios, é rústica, porém com lento crescimento,

plantas originadas de sementes iniciam o florescimento aos 4-5 anos.

Fenologia – Inflorescências agrupadas, axilares, de pecíolo-curto, com flores róseo-

avermelhadas, de pétalas simples, formadas após queda das folhas durante os meses de

maio-julho.

5- CHUVA DE OURO (Senna macranthera)

Nomes populares – Mandiurana, pau-fava, aleluia, cabo-verde, fedegoso, mamangá,

ibixuna, tararaçu.

Características morfológicas - Altura de 6-8 metros, com tronco de 20-30 cm de

diâmetro. Folhas compostas de dois pares de folíolos opostos.

Informações ecológicas – Planta semidecídua ou decídua durante o inverno, heliófita,

pioneira, indiferente às características físicas do solo, é muito freqüente em formações

secundárias de regiões de altitude. Rara no interior da floresta primária densa. Produz

anualmente grande quantidade de semente de viáveis.

Fenologia – Floresce de maneira exuberante durante vários meses do ano (dezembro-

abril). A maturação dos frutos verifica-se nos meses de julho-agosto.

6- COELEUTÉRIA (Koelreuteria paniculata)

Nomes populares – Árvore de chuva dourada, árvore- da- China.

Características morfológicas – Árvore com até 12 metros de altura, tronco ereto, casca

acinzentada, marcada com cicatrizes de ramos já caídos. Ramagem longa, formando

copa aberta, folhas caducas, decíduas, opostas de pecíolos longos, compostas bipinadas,

com 4-5 pares de pinas opostas.

Informações ecológicas – Espécie com grande rusticidade, tolera clima subtropical. Em

regiões frias, no Outono, sua folhagem adquire coloração amarelada,

Fenologia – Inflorescências terminais, uniformemente ramificadas, com época de

floração em Abril-Maio, cor predominantemente amarelo com perfume agradável.

7- DEDALEIRO (Lafoensia pacari)

Nomes populares – Dedaleiro (SP), pacari, pacari-do-mato, pacuri, louro da serra (SC),

dedaleira-amarela, mangaba brava (GO), candeia-de-caju, capinho, dedal, mangabeira-

brava (MS), pau-de-bicho.

Características morfológicas - Altura de 10-18 metros, com tronco de 30-60 cm de

diâmetro. Folhas curtas pecioladas ou sésseis, coriáceas, de 8 a 15 cm de comprimento.

Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, indiferente às condições físicas do

solo, característica das florestas de altitude (latifoliada semidecídua e de pinhais).

Ocorre também no cerrado, porém seus exemplares apresentam menos

desenvolvimento. Ocorre principalmente nas formações secundárias como capoeiras e

capoeirões. Sua dispersão é ampla, porém descontínua, nunca formando grandes

populações. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.

Fenologia – Floresce durante os meses de outubro – dezembro. A maturação dos frutos

ocorre durante os meses de abril-julho.

8- FICUS ( Fícus Benjamina )

Nomes populares – Figueira benjamina.

Características morfológicas – Árvore nativa na Índia, China, Filipinas, Tailândia,

Austrália e Nova Guiné, de até 15 metros, com frutos particularmente decorativos,

folhas simples, sempre verdes de formato oval com até 10 centímetros, apresenta

coloração verde brilhante. Ramagem densa, longa, ereta, um tanto pêndula, formando

copa globosa grande.

Informações ecológicas – Espécie de características ornamentais, uma das árvores

exóticas mais cultivadas no sudeste do Brasil, tolerante a podas, embora seja originária

de clima tropical, é amplamente cultivada em todo território brasileiro.

9- IPÊ-ANÃ (Tabebuia umbellata)

Nomes populares – ipê-amarelo-do-brejo, ipê-de-varzea, ipê-amarelo, ipê-do-brejo,

pau-d´arco-amarelo.

Características morfológicas - Altura de 10-15 metros, com tronco de 40-50 cm de

diâmetro. Folhas compostas por 5 folíolos subcoriáceos, pubescentes em ambas as

faces, de 5-10 cm de comprimento por 2 -3 cm de largura.

Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, higrófita, característica da mata

pluvial, ocorrendo em planícies e várzeas muito úmidas e parcialmente encharcadas

durante as chuvas de verão. Ocorre também nas várzeas da floresta latifoliada da bacia

do Paraná e do Cerrado, onde é encontrada tanto na mata primária como nas formações

secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes que são disseminadas

pelo vento.

Fenologia – Floresce durante os meses de agosto-outubro com a árvore totalmente

despida da folhagem. Os frutos amadurecem de outubro a meados de novembro.

10- IPÊ-ROXO (Tabebuia heptaphylla)

Nomes populares – ipê, ipê-roxo, ipê-roxo-de-sete-folhas, ipê-preto, ipê-rosa, pau

d’arco-roxo.

Características morfológicas - Altura de 10-20 metros, com tronco de 40-80 cm de

diâmetro. Folhas compostas por 5-7 folíolos glabros, membranáceos, de 5-14 cm de

comprimento por 3-6 cm de largura.

Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, característica da mata primária na

floresta pluvial atlântica. Sua dispersão é ampla porém bastante esparsa, podendo

esporadicamente ocorrer também formações abertas e secundárias, como capoeiras e

capoeirões. Produz anualmente razoável quantidade de sementes, que são disseminadas

pelo vento.

Fenologia – Floresce durante os meses de julho-setembro com a planta totalmente

despida de sua folhagem. A frutificação verifica-se nos meses de setembro até início de

outubr

11- IPÊ-AMARELO (Tabebuia chysotricha)

Nomes populares – ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê, ipê-amarelo, aipé, ipê-

tabaco, ipê-amarelo-paulista, pau d’arco-amarelo..

Características morfológicas – Altura de 4-10 metros, dotada de copa globosa e densa.

Tronco um pouco tortuoso e cilíndrico, de 30-40 cm de diâmetro, com casca grossa e

fissurada. Ramos novos e pecíolos cobertos por densa pubescentes ferrugínea. Folhas

alternas, compostas palmadas 5 folioladas. Folíolos pubescentes em ambas as faces,

distantemente discolores, ásperos, coriáceas, de 5-10 cm de comprimento por 3-5 cm de

largura. Inflorescências em panículas terminais e axilares, com flores grandes amarelas.

Fruto cápsula alongada, deiscente, denso-rufo-pubescente contendo muitas sementes

aladas.

Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, característica de formações abertas

de floresta pluvial do alto da encosta atlântica. Sua dispersão é descontínua e irregular,

geralmente ocorrendo em baixa freqüência. É mais freqüente nas formações secundárias

localizadas sobre solos bem drenados de encosta. Produz anualmente grande quantidade

de sementes, amplamente disseminada pelo vento.

Fenologia – Floresce durante os meses de agosto-setembro, geralmente com a planta

totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir do final de setembro de

meados de outubro.

12- IPÊ-BRANCO (Tabebuia roseo-alba)

Nomes populares – ipê-branco, ipê-d’arco, ipê-do-cerrado

Características morfológicas - Altura de 7-16 metros, dotada de copa alongada.

Tronco ereto de 40-50 cm de diâmetro, com casca suberosa e superficialmente

fissurada. Folhas compostas trifolioladas; folíolos levemente pubescentes em ambas as

faces, os menores com 6-11 cm de comprimento e o maior com 8-13 cm.

Informações ecológicas – Planta decídua, heliófita, e seletiva xerófita, característica de

afloramentos rochosos e calcários da floresta semidecídua. Ocorre tanto no interior da

mata primaria como nas formações secundarias. É esparsamente encontrada na caatinga

do nordeste brasileiro. É particularmente freqüente nos terrenos cascalhentos das

margens do pantanal mato-grossense. Produz anualmente grande quantidade de

sementes, facilmente disseminadas pelo vento.

Fenologia – Floresce principalmente durante os meses de agosto-outubro com a planta

totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir de outubro.

.

13- IPÊ-ROSA (Tabebuia impetiginosa)

Nomes populares – ipê-roxo , pau-d’arco-roxo, ipê-roxo-de-bola, ipê-una, ipê-preto,

pau-cachorro, ipê-de-minas, ipê-rosa, ipê-roxo-do-grande.

Características morfológicas - Altura de 8-12 metros, com tronco ereto de 60-90 cm

de diâmetro. Folhas compostas 5-folioladas; folíolos coriáceas, pubescentes em ambas

as faces, de 9-18 cm de comprimento por 4-10 cm de largura.

Informações ecológicas – Planta decídua durante o inverno, heliófita características das

florestas semidecíduas e pluvial. Apresenta ampla dispersão, porém descontínua em

toda sua área de distribuição. Ocorre tanto no interior da floresta primária densa, como

nas formações cobertas e secundárias.

Fenologia – Floresce durante os meses de maio-agosto com a árvore totalmente despida

da folhagem. Os frutos amadurecem a partir de meados de setembro até outubro.

14- JACARANDÁ MIMOSO (Jacaranda mimosaefolia)

Nomes populares – Jacarandá mimoso

Características morfológicas – Árvore originária da Argentina, Bolívia e Paraguai, de

até 15 metros de altura, de tronco com casca pardo-escura, copa arredondada com

ramagem longa e aberta, folhas caducas, pinadas, dividida em muitos folíolos.

Informações ecológicas – Espécie de boa rusticidade e rápido crescimento, tolerante a

podas, produz madeira branca, com potencial para aproveitamento em trabalhos leves e

confecção de forros. Pode ser cultivada em todo território nacional.

Fenologia – Inflorescências terminais, em panículas piramidais, época de floração no

verão com a planta desprovida de folhagem, com flores cores azul-violetas. Floresce

com mais intensidade no interior do Brasil, distante da costa.

15- JERIVÁ (Syagrus romanzoffiana)

Nomes populares – Jerivá, coqueiro Jerivá, coqueiro (SC), coco-de-cachorro (SC),

baba de boi (RJ), coco catarro.

Características morfológicas - Altura de 10-20 metros, com estipe (tronco) de 30-40

cm de diâmetro. Folhas de 2-3 metros de comprimento. Espádice (cacho) de 80-120 cm

de comprimento.

Informações ecológicas – Planta perenifólia, heliófita e seletiva higrófita,

particularmente abundante nos agrupamentos vegetais primários localizados em solos

muito úmidos, brejosos ou inundáveis. É rara na mata primária da encosta atlântica e,

descontínua, na floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná. É frequentemente

encontrada nas capoeiras e áreas recém abandonadas, demonstrando tratar-se de uma

espécie pioneira. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis

16- MAGNÓLIA AMARELA (Michelia champaca)

Nomes populares – Champaca-fragante, champaca-laranja, champá.

Características morfológicas – Árvore com até 10 metros de altura, originária da

Índia, tronco cilíndrico com casca parda levemente fissurada. Ramagem disposta de

maneira a formar copa característica. Folhas simples, alternas, ovalado-lanceolado, de

até 18 cm de comprimento.

Informações ecológicas – Não tolera clima tropical, suas sementes são muito

apreciadas por pássaros.

Fenologia - Flores agrupadas em hastes florais, floresce em Outubro-Novembro, cor

predominantemente laranja, aromáticas,com numerosos estames e órgãos femininos em

espiga.

17- MANACÁ DA SERRA (Tibouchina mutabilis)

Nomes populares – cuipeúna, manacá-da-serra, jacatirão, flor-de-maio, flor-de-

quaresma, jacatirão-de-capote, jaguatirão, pau-de-flor, jacatirão-de-joinville (SC).

Características morfológicas - Altura de 7-12 metros, com tronco de 20-30 cm de

diâmetro. Folhas rígidas, de 8-10 cm de comprimento por 3-4 cm de largura. Suas flores

mudam de cor à medida que envelhecem.

Informações ecológicas – Planta perenifólia, heliófita e pioneira, característica da

encosta úmida da Serra do Mar. É encontrada quase que exclusivamente na floresta

secundária, onde chega por vezes constituir-se na espécie dominante.

Fenologia – Floresce durante os meses de novembro-fevereiro. Os frutos amadurecem

em fevereiro-março.

18- SIBIPIRUNA (Caesalpinia peltophoroides)

Nomes populares – sibipiruna, pau-brasil, sebipira, sepipiruna, coração de negro (MS).

Características morfológicas - Altura de 8-16 metros, com tronco ereto de 30-40 cm

de diâmetro. Folhas compostas bipinadas de 20-25 cm de comprimento, com 17-19

pares de pinas; folíolos em número de 13-27 por pina, de 10-12 mm de comprimento.

Informações ecológicas – Planta semidecídua, heliófita, indiferente às condições físicas

do solo, característica da mata pluvial atlântica. Produz anualmente grande quantidade

de sementes viáveis.

Fenologia – Floresce a partir do mês de agosto, prolongando-se até os meados de

novembro. Ocorre tanto no interior da mata primária como em formações abertas. Os

frutos amadurecem desde o final de julho a meados de setembro.

c. NORMAS REGULAMENTARES PARA O PLANTIO DE

ÁRVORES PREVISTOS NA LEI Nº. 29/97

1. Fica determinado que toda e qualquer concessão do certificado de

conclusão de obras ou licenciamento de obras, para construção, acréscimo, reforma,

ou instalação em edificações residenciais e de outros estabelecimentos, somente será

expedido o respectivo certificado pelo órgão competente mediante a prévia

comprovação do plantio de árvores nos passeios de acordo com o Plano de

Arborização de Vias Públicas (PAVIP).

2. Ficam isentos da obrigatoriedade e da comprovação de plantio de árvores

nos passeios residências e estabelecimentos localizados em vias com menos de 7

(sete) m de largura entre os alinhamentos prediais.

3. As espécies a serem plantadas e o espaçamento entre as árvores estão

definidas no Plano de Arborização de Vias Públicas (PAVIP).

4. As árvores referentes aos imóveis e estabelecimentos de esquina das vias

ou cruzamentos devem manter uma distância mínima de 5 (cinco) m da confluência.

5. Entre o lugar do plantio das mudas e os postes de iluminação e rede de

distribuição de energia elétrica deve-se manter uma distância mínima de 3 (três) m.

6. As distâncias das mudas a serem plantadas em relação aos passeios,

devem seguir os seguintes parâmetros (ver em anexo);

- Passeios com menos de 2,99 metros as mudas devem ser plantadas à 40

cm de distância do meio fio;

- Passeios entre 3,00 e 4,79 metros as mudas devem ser plantadas à 50

cm de distância do meio fio;

- Passeios com 4,80 metros ou mais as mudas devem ser plantadas à 70

cm de distância do meio fio;

- Passeios com menos de 2,99 metros as mudas devem ser plantadas à 40

cm de distância do meio fio;

7. A substituição das árvores que encontram-se em situação inadequada,

seja pela incompatibilidade de porte em relação ao espaço físico, seja pela

inadequabilidade da espécie em relação ao Plano de Arborização de Vias

Públicas (PAVIP) deve ser feita de forma gradual. A espécie adequada deve

ser plantada no espaçamento recomendado, executando a remoção da espécie

inadequada somente quando a árvore adequada tenha atingido porte razoável

e os efeitos de sua retirada não possam ser drasticamente sentidos.

8. Todo e qualquer plantio deve seguir as especificações e recomendações

técnicas a seguir.

Mudas:

As mudas deverão ter altura superior a 1,8 metros, apresentar bom estado fitossanitário,

estando livre de pragas, doenças e ferimentos. O tronco deve ser retilíneo, sem

brotações laterais inferiores.

Covas:

As covas deverão ter dimensões mínimas 0,50 m X 0,50 m X 0,50 m. é importante que

seja deixada uma área livre de, pelo menos, 1 m² no entorno da muda onde deverá ser

feito o plantio de grama para melhorar as condições de drenagem da água.

Substrato:

O fundo da cova deverá ser preenchido com uma mistura, em partes iguais, de solo e

composto orgânico (esterco).

Protetores

Para garantir um crescimento retilíneo e oferecer proteção à muda contra ações que

possam danifica-la, deve ser armazenado uma estava de bambu ou madeira junto ao

fuste. A estaca deve ser um pouco superior ao tamanho da muda e fixada com firmeza

ao solo (ver em anexo).

MODELO CORRETO DE COMO PLANTAR UMA MUDA:

- Tamanho da muda;

- Cova;

- Tutor;

- Amarrio;

- Enchimento de cova.

MODELOS PADRÃO DE PASSEIOS

4 - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

- MILANO, M.S. Planejamento da Arborização Urbana: relações entre áreas

verdes e ruas arborizadas. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO

URBANA, 3. Anais... Curitiba- Pr, 1990. p. 368.

- BALENSIEFER, M e Wiecheteck, M. Arborização de Cidades. Instituto de Terras,

Cartografia, e Florestas (ITCF), Curitiba- Pr, 1987. p. 24.

- SOARES, M. P. Verdes Urbanos e Rurais (Orientação para Arborização de

Cidades e Sítios campesinos). Editora Cinco Continentes. Porto Alegre – RS, 1998. p.

240.

- Flora Brasileira (Primeira Enciclopédia de Plantas do Brasil). Edição Três Livros

e Fascículos. 1ª edição 3 v. São Pàulo- SP.

- LORENZI, H. Árvores Exóticas no Brasil (Madeireiras, Ornamentais e

Aromáticas). Editora Plantarum, 1ª edição Nova Odessa- SP. 2003.

- LORENZI, H., et.al. Árvores Brasileiras (Manual de Identificação e Cultivo de

Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Editora Plantarum, 2ª edição 2 v. Nova Odessa-

SP. 1998.

- BIONDI, D. Curso de Arborização Urbana, Universidade Livre do Meio Ambiente.

Curitiba- Pr. 1994. p. 145.

- BIONDI, D. Paisagismo e Arborização Urbana: II Curso de Especialização em

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