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1 Plano de Actividades e Orçamento, 2012 Janeiro de 2012

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Plano de Actividades e Orçamento, 2012

Janeiro de 2012

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ABREVIATURAS

CCL – Conselhos Consultivos Locais CEDE – Centro de Estudos de Democracia e Desenvolvimento

CEGAA – “Centro para a Governação Económica e SIDA em África” CIP – Centro de Integridade Pública CIVICUS – “Aliança Mundial para a Participação do Cidadão”

DW – “Oficina de Desenvolvimento” EED – “Agência Envangélica Alemã para o Desenvolvimento”

FDD – Fundo de Desenvolvimento Distrital FMI – Fundo Monetário Internacional G19 – Grupo dos 19 doadores de Apoio Programático a Moçambique

G20 – Plataforma da Sociedade Civil para a participação no Observatório GMD – Grupo Moçambicano da Dívida

GRB – “Orçamentação Pública na perspective do Género” HIPC – “Iniciativa de Perdão da Dívida Bilateral” INESC – Instituto de Estudos Sócio-económicos

ITIE – Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva M&A – Monitoria e Avaliação

MDGs – “Objectivos de Desenvolvimento do Milénio” MDRI – “Iniciativa de Perdão da Dívida Multilateral” MINEC – Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação

MPD – Ministério de Planificação e Desenvolvimento NANGO – “Rede de ONGs do Zimbabwe”

NOVIB – “Organização Holandesa para o Desenvolvimento da rede Oxfam” NPs – Núcleos Provinciais OD – Observatório de Desenvolvimento

ODP – Observatório de Desenvolvimento Provincial OE – Orçamento do Estado

PARP – Plano de Acção para a Redução da Pobreza PES – Plano Económico e Social PESOD – Plano Económico e Social Distrital

PESOP – Plano Económico e Social Provincial PETS – “Sistema de Rastreio da Despesa Pública”

PNUD – Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento PSI – “Instrumento de Apoio às Políticas” RA = RC – Revisão Anual

RAAD – Relatório Annual de Advocacia RAP – Relatório Annual da Pobreza

RC = RA – Revisão Conjunta UN – “Nações Unidas” USD – “Símbolo da moeda norte americana, Dólar”

WILSA – “Organização Mulher na Lei na África Austral”

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------------------------4 A. Sobre o plano--------------------------------------------------------------------------------------------4

B. Principais Ganhos do GMD até hoje---------------------------------------------------------------4 C. Contexto da elaboração deste Plano e principais desafios -------------------------------------5

D. Cenários futuros possíveis e o tipo de plano que deve responder----------------------------6 E. A abordagem do plano e sua lógica----------------------------------------------------------------7 Consistência da abordagem com o PARP-------------------------------------------------------8

F. Ligação entre instrumentos de trabalho-------------------------------------------------------------8

G. Estrutura do Plano------------------------------------------------------------------------------------10 II. ACTIVIDADES PLANIFICADAS POR INSTRUMENTO E ESTRATÉGIAS DE VIABILIZAÇÃO E AUMENTO DO IMPACTO DA SUA IMPLEMENTAÇÃO----------------11

A. Acções planificadas por instrumento--------------------------------------------------------------11

Instrumento 1: Pesquisa e Produção de Documentos-----------------------------------11

Instrumento 2: Advocacia/Lobby & Networking -----------------------------------------15 Instrumento 3: Divulgaçao e Comunicação------------------------------------------------23

Instrumento 4: Monitoria e Avalição--------------------------------------------------------27 Instrumento 5: Formação ----------------------------------------------------------------------31

Instrumento 6: Capacitação Institucional--------------------------------------------------34

Instrumento 7: Funcionamento --------------------------------------------------------------35 B. Mudanças concretas (ao nível dos resultados na matriz em anexo) preconizadas pelo

presente Plano e principais estratégias----------------------------------------------------------------36 C. Estratégia de comunicação e coordenação interna----------------------------------------------40

D. Estratégia de comunicação externa----------------------------------------------------------------40 E. Trabalho com os Núcleos Provinciais-------------------------------------------------------------41 F. Fortalecimento do trabalho com principais plataformas/redes da Sociedade Civil------41

III. O FINANCIAMENTO AO PLANO------------------------------------------------------------43

A. Previsões do Plano Trienal vs Evolução Real---------------------------------------------------43 B. O contexto actual de financiamento---------------------------------------------------------------44 C. Resposta do GMD------------------------------------------------------------------------------------45

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS----------------------------------------------------------------------46

Reforço na capacidade institucional-------------------------------------------------------------------46

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I. INTRODUÇÃO

A. Sobre o plano O presente Plano de Actividades do GMD é produzido num contexto peculiar: é o último

ano do corrente Plano Estratégico (2006 – 2011) e segundo Plano Trienal (2009 – 2011); é elaborado num momento de constrangimentos de financiamento resultantes do abalo da crise internacional, que se estendeu para uma segunda crise na União Europeia, com o

avolumar das dívidas soberanas e, consequentemente redução do financiamento aos projectos e agências de desenvolvimento internacional.

Não obstante os factores adversos que afectaram o plano, particularmente com o “arrefecimento” das estratégias de mobilização de financiamento incremental, este Plano

encara o desafio de ter que aglutinar as principais realizações, sistematizá- las e colocá- las em linha com os intentos futuristas do GMD e da Sociedade Civil nacional, em geral.

Este Plano deverá construir uma estrutura de realizações sobre as quais se deverão vislumbrar as principais mudanças fruto da acção do GMD aos níveis de influência sobre políticas públicas, desenvolvimento de capacidades nos actores da Sociedade Civil, e a

capacitação institucional.

B. Principais Ganhos do GMD até hoje

As acções do GMD nos últimos anos permitiram a construção de importantes resultados e mudanças concretas nas políticas públicas, nas capacidades da sociedade civil e na capacidade institucional do GMD. Os resultados conseguidos deverão servir de pilares

para a acção futura, contribuindo para a aceleração dos objectivos económicos e sociais do país. Os principais resultados e mudanças conseguidos nos últimos anos são:

- A nível de mudanças nas políticas: em linha com a advocacia do GMD, o país beneficiou das iniciativas HIPC e MDRI de perdão da dívida, estando hoje a dívida

pública a níveis considerados quantitativamente susentáveis e com um maior espaço fiscal para investimentos públicos; o Governo produziu uma estratégia de Gestão da

Dívida Pública, embora persista o desafio da sua divulgação; o Governo aumentou as taxas de impostos sobre consumos específicos e a par de simplificação de procedimentos, instensificou as campanhas de sensibilização; o orçamento da agricultura aumentou de

4% para perto de 8%, embora as últimas tendências no contexto das dificuldades financeiras sejam de redução; o Governo assumiu o compromisso de renegociar os

contratos dos mega-projectos para aumentar a base tributária nacional; o Governo mudou o enfoque da Planificação Estratégica, tomando a agricultura como o sector estratégico e desenvolvimento agrário como o objectivo supremo para o qual todos os sectores devem

contribuir e, paralelamente, deixou de tomar o emprego como consequência das diferentes acções públicas e privadas, mas sim um objectivo peculiar cuja materialização

deve ser induzida.

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- Ao nível do desenvolvimento de capacidades da Sociedade Civil: Criou-se a plataforma de coordenação da Sociedade Civil para o Observatório de Desenvolvimento – G20,

embora nos últimos tempos esteja perante enormes desafios de sua sobrevivência; conseguiu-se uma façanha, com o Compromisso de Memorando de Entendimento entre o

GMD e a Assembleia da República, através da Comissão do Plano e Orçamento; instituiu-se um fórum de diálogo entre a população da base e as Assembleias da República e Provinciais através da facilitação do GMD e seus Núcleos Provinciais; os

Núcleos Provinciais já produzem e participam de forma regular e consistente com Documentos de Posição com evidências próprias colhidas da base; o Governo incorporou

nas suas estratégias Organizações da Sociedade Civil como parceiros chave na prossecução das estratégias de desenvolvimento rural.

- Ao nível da capacidade institucional: o GMD está cada vez mais a suprir alguns défices de capacidades ao nível da sociedade civil, com destaque para:a participação nos

principais espaços de diálogo e debate sobre a vida pública no país; o GMD central já tem um instrumento de monitoria do impacto das suas acções e das acções da Sociedade Civil no geral como forma de melhor medir o impacto das acçoes da sociedade civil; o GMD

incrementou os seus instrumentos de gestão institucional com a produção de um instrumento de gestão de recursos humanos e duma política de género e HIV/SIDA; o

GMD istalou um centro de recursos para a Sociedade Civil e outros interessados, e ampliou o seu acesso através da sua acoplação na sua página da internet; desenvolveu a sua página da internet com opções de Inglês e Francês para uma maior comunicação com

actores pelo mundo fora; fortaleceu o processo de Governação dos Núcleos Provinciais e relançou a ligação com estes através duma assistência mais ordinária e regular,

particularmente no envolvimento em plataformas locais e diálogo com actores chave. Apesar destas importantes realizações, o GMD ainda precisa fortalecer os mecanismos de

comunicação externa; o envolvimento temático dos seus membros e parceiros; influenciar para maior acesso a informação pública; influenciar para trazer a Assembleia da

República para os principais fóruns de debate sobre os Planos e Políticas públicas como Revisão Conjunta e Observatórios de Desenvolvimento; aumentar o conhecimento e capacidade dos Parlamentares para melhor se envolverem nas discussões da vida pública

do país; aumentar a capacidade ao nível das províncias, atrvés do trabalho com os Núcleos Provinciais, para um trabalho mais sistemático de advocacia baseada em

evidências, e o aumento da sua capacidade para o alargamento da sua acção ao nível dos distritos; influenciar para a harmonização entre as plataformas provinciais e nacionais; influenciar para uma maior harmonização dos intrumentos de planificação pública e

coordenação sectorial; influenciar para uma agenda consistente de desenvolvimento de capacidades internas e redução da depend6encia externa.

C. Contexto da elaboração deste Plano e principais desafios

Este plano é elaborado num num contexto difícil, particularmente, devido aos efeitos da crise económica e financeira global que podem levar ao retrocesso em algumas

realizações. Neste âmbito, assiste-se a uma pressão financeira do lado do Governo que levou à emissão da dívida interna através de Obrigações de Tesouro, em 2010, numa

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altura em que já mais se podia pensar em voltar a esta realidade constrangedora. Os preços dos principais produtos importados (combustível, cereais, etc.) não param de

crescer o que se traduz na aceleração dos preços no país e rápida deterioração do poder de compra do cidadão. As pressões inflacionárias internas levam a adopção, pela autoridade

monetária, de diferentes medidas de contenção que podem também desacelerar o crescimento do sector real.

Internamente, o país continua a registar uma despesa pública incremental disproporcional ao aumento da geração de recursos internos, o que põe em causa a sua sustentabilidade.

Além disso, ainda se constatam fenómenos de má afectação dos recursos públicos através de despesas supérfluas e ocorrência de fenómenos de corrupção.

Estes factores podem complicar a gestão macroeconómica, reduzir a capacidade financeira do país e interferir com a dinâmica do sector real, limitando a capacidade de

resposta às necessidades de desenvolvimento humano e estabilidade social. As acções do GMD deverão se dirigir no sentido de aumentar rapidamente a geração de

recursos internos, incrementar a capacidade na sua utilização (boa definição de prioridades, capacidade de planificação e execução, eficiência na alocação e

transparência) e aumentar a capacidade económica do país rumo à redução da dependência externa e promoção da estabilidade social.

D. Cenários futuros possíveis e o tipo de plano que deve

responder Perante a conjuntura actual, três são possíveis cenários de influência de factores externos

na implementação do presente plano: Cenário 1º: o Plano é elaborado e orçado de acordo com a visão integral do GMD

decorrente do seu Plano Estratégico e sua expressão trienal, mas este não encontra apoio financeiro suficiente, embora o ambiente político e económico nacional se matenha

relativamente estável; Cenário 2º: o Plano é elaborado e orçado de acordo com a visão integral do GMD

decorrente do seu Plano Estratégico e sua expressão trienal, este é apoiado e financiado integralmente, mas o ambiente político e económico nacional muda rapidamente, fruto da

conjuntura adversa, desajustando as metas, ângulos de acção e estratégias; Cenário 3º: o Plano é elaborado e orçado de acordo com a visão integral do GMD

decorrente do seu Plano Estratégico e sua expressão trienal, mas este não encontra financiamento suficiente e o ambiente político e económico nacional muda rapidamente,

fruto da conjuntura adversa, desajustando as metas, ângulos de acção e estratégias. Cenário mais provável e estratégias de resposta

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Os desafios de gestão macroeconómica do país, particularmente ao longo dos últimos 2 anos, associados ao panorama de finacimante público, privado e à Sociedade Civil a nível

internacional e no país, especificamente, mostram que o 3º cenário é o mais provável.

Assim sendo, deverão ser adoptadas medidas e estratégias preventivas que alimentem o impacto das acções do GMD e que permitam a capitalização e ampliação dos resultados conseguidos em linha com os desafios prevalecentes, dentro de uma conjuntura difícil.

Desta maneira, o presente plano se propões a:

- adoptar uma abordagem inteligente, dirigida à priorização dos intentos do GMD que este toma como desafios prevalecentes que devem nortear a sua acção futura (ponto C acima) com uma partilha, descentralização, localização e responsabilização da

continuidade dos grandes feitos, com um maior protagonismo das plataformas provinciais, bem como organizar a abordagem em linha com a nova filosofia e

abordagem da planificação pública, através do Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP).

- cortar o orçamento do Plano, com uma adequada convergência e integração das acções específicas dos intrumentos rumo à maximização do seu impacto.

- adequar a produção de informação às necessidades específicas de actores da Sociedade Civil para facilitar o seu protagonismo.

E. A abordagem do plano e sua lógica A visão do GMD é uma visão macro que procura construir o roteiro e agenda integrada da Sociedade Civil, produzindo ferramentas importantes para a actuação dos actores da

Sociedade Civil ao nível micro e localizado.

As acções levadas a cabo concorrem para o resultado de desenvolvimento de capacidades internas do país rumo à redução da dependência externa.

O conceito de desenvolvimento que se segue é aquele que se caracteriza pela ampliação de oportunidades e desenvolvimento de capacidades humanas para o seu aproveitamento.

O trabalho circunscreve-se a volta de quatro principais ângulos, a saber:

1º O ambiente e factores condicionantes do progresso económico e social;

2º A dinamização do sector produtivo; 3º Medidas específicas e dirigidades à criação de emprego com estabilidade; e

4º Redução de factores de vulnerabilidade social.

Cada ângulo de trabalho possui eixos temáticos, conforme se segue:

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O ambiente e factores condicionantes do progresso económico e social

- Alargamento da base tributária; - Eficiência e sustentabilidade da despesa pública;

- Eficácia da Ajuda Externa;

- Dívida Pública e Privada;

- Indústria Extractiva.

A dinamização do sector produtivo - Agricultura;

- Desenvolvimento do sector privado.

Medidas específicas e dirigidades à criação de emprego com estabilidade

- A promoção do emprego.

Redução de factores de vulnerabilidade social - Assuntos transversais.

Consistência da abordagem com o PARP

Este plano é consistente com o PARP, pois dá lugar de destaque à agricultura e o emprego, e vai mais além ao abrir espaço para a promoção de tecnologias intensivas em

mão-de-obra através do desenvolvimento do sector privado, que é uma das lacunas do PARP. Os factores condicionantes estão relacionados com os dois pilares de apoio do

PARP, sendo que os assuntos tranversais estão, neste plano, directamente ligados à componente de Desenvolvimento Humano e Social do PARP.

Sendo o PARP o plano que vai procurar reunir consensos públicos nos próximos quatro anos, este Plano de Actividades, 2011, do GMD encontra condições adequadas para

maior alcance e impacto dos trabalhos, bem como, tem minimizado o risco da mudança da conjuntura.

F. Ligação entre instrumentos de trabalho

Uma coordenação entre os instrumentos garante resultados profundos e maior impacto. Garante também a convergência de custos e a maximização dos resultados.

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Os instrumentos de trabalho do GMD ligam-se e desenvolvem relações funcionais e de

realimentação, conforme se segue:

Fig. 1: Relações funcionais e ligação entre instrumentos.

As principais mensagens da figura acima são: - A pesquisa tem a função basilar de alimentar directamente todos os instrumentos,

incluindo o mundo fora, e esta se retroalimenta através dos subsídeos, encaminhados a Advocacia e que retorna com novos Inputs para a pesquisa;

- A advocacia é influenciada por todos os intrumentos, incluindo o mundo fora, e dá retorno ao instrumento de monitoria e a pesquisa;

- Todos os restantes instrumento também recebem imputs do Networking/Mundo Fora.

Advocacia Networking/Mundo fora

Pesquisa

Monitoria Divulgação Formação

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G. Estrutura do Plano Para fazer face às mudanças que ora são posta em prática, o presente Plano de actividades para o ano 2011 apresenta o seu conteúdo em 04 partes principais:

A pós esta primeira parte, que apresenta a lógica e a fundamentação deste Plano, a

segunda parte apresenta as actividades específicas que vão ser desenvolvidas ao nível de cada instrumento, os resultados e mudanças que o Plano preconiza, a estratégia de implementação, com ênfase para a coordenação entre os instrumentos e reforço do

empoderamento dos Núcleos Provinciais, o reforço do papel da comunicação interna e externa e, aprimoramento e consolidação do trabalho com parceiros importantes; a

terceira parte aborda os desafios do financiamento a este e próximos planos e estratégias que particularmente tornam o presente Plano exequível; a quarta e última parte, que aparece na forma de considerações finais aborda as estratégias e instrumentos concebidos

para o reforço da gestão intitucional, que é fundamental para o sucesso das acções do GMD.

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II. ACTIVIDADES PLANIFICADAS POR INSTRUMENTO E ESTRATÉGIAS DE VIABILIZAÇÃO E AUMENTO DO IMPACTO

DA SUA IMPLEMENTAÇÃO

A. Acções planificadas por instrumento

INSTRUMENTO 1: PESQUISA E PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS

Os trabalhos de pesquisa são levados a cabo por recursos técnicos internos (secretariado, membros e activistas) e externos (consultores e facilitadores), a partir de uma base interna

de dados e/ou por concurso público.

Actividades planificadas para 2011 Dados os trabalhos produzidos e os resultados alcançados nos 02 últimos anos (2009 e

2010), em 2011, o último ano do Plano Estratégico (2006 – 2011) e do Plano Trienal (2009 – 2011), a pesquisa vai se concentrar em 05 itens do Plano, a saber:

1.1.0. Análise do Orçamento do Estado (budget profile & budget performance analyses) e análises das leis e regulamentos subjacentes.

1.2.0. Análises de Planos Públicos e Políticas de Desenvolvimento. 1.3.0. Análise de Processos de Participação no âmbito da Governação.

1.4.0. Produção de Documentos de Posição. 1.6.0. Trabalho com Núcleos Provinciais.

Detalhes dos trabalhos: 1.1.0. Análise do Orçamento do Estado (budget profile & budget performance

analyses) e análises das leis e regulamentos subjacentes.

Planificada apenas uma actividade:

Um estudo composto por duas partes distintas: 1ª parte: Análise de potencialidades e

proposta de mecanismos de alargamento da base tributária no país; 2ª parte: Avaliação da sustentabilidade da despesa pública ao nível geral no país e proposta de medidas de incremento da sua eficiência e eficácia.

Este trabalho visa identificar fraquezas de afectação de recursos públicos ao nível geral

que devem ser atacadas, bem como fraquezas do sistema tributário nacional sobre a actual base tributária e formas de sua minimização, mas também possíveis ângulos de alargamento da base das matérias colectáveis, para lá da base actual.

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O intuito é providenciar matéria à Siciedade Civil para o desenvolvimento de campanhas de sensibilização pública e advocacia para a influência sobre as opções de políticas pelo

Governo, com vista a contribuir para a criação de capacidade interna e redução da dependência externa.

1.2.0. Análises de Planos Públicos e Políticas de Desenvolvimento.

Todas as análises ao nível desta componente são para a produção de matéria que alimenta

o instrumento de Advocacia, e este esboça importantes temas para o instrumento de Monitoria. São tembém importantes conteúdos para a advocacia externa, alimentado o trabalho da Sociedade Civil em geral e de outros actores relevantes e interessados. Estes

trabalho também servem de base para a produção de brochuras e material simplificado pelo Instrumento de Comunicação e Divulgação para a massificação do debate a volta

dos temas abordados. Os temas analisados também produzem importantes temas para debates no âmbito do desenvolvimento de capacidades da base, sendo, por isso, relevantes para a Formação.

São 6 análises diferentes:

1ª Análise Epistemológica do PARP.

A análise Epistemológica do PARP visa providenciar à Sociedade Civil informação sobre a visão de desenvolvimento do país, informação estratégica para a advocacia e contributo

da Sociedade Civil para a luta contra a pobreza. 2ª Como Desenvolver a Agricultura? Situação actual e medidas para o incremento da

produtividade. Considerações específicas sobre a transformação da agricultura de subsistência em agricultura virada para o mercado e o acesso aos mercados. Tomar

alguns exemplos de duas das seguintes regiões: Boane (Maputo), Chókwè (Gaza), Gurue (Zambézia), Morrumbala (Zambézia), Bárue (Manica), Sussundenga (Manica), Cuamba (Niassa), Angónia (Tete) e Tsangano (Tete).

3ª O mercado de trabalho em Moçambique: Coracterísticas e Principais Desafios.

Relação entre a estrutura actual de investimentos e a situação do mercado de trabalho; o tipo de investimento necessário e sectores com maior potencial para o desenvolvimento do mercado de trabalho nacional. Limitantes, nas diferentes esferas e níveis, do mercado

de trabalho no país e medidas/reformas necessárias.

4ª Dívida Externa Pública e Privada de Moçambique. Com relação à dívida pública externa analisar o impacto da crise económica sobre a dívida pública (as novas dívidas e seu risco). Na dívida privada externa analisar os seus riscos e os mecanismos de redução

desta dívida sem afectar o investimento privado no país.

5ª Base de Dados sobre Tendência do financiamento externo a Moçambique, de 1984 a 2010: Totais da Ajuda externa (destrinçados em Créditos e Donativos, em todas as

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modalidades de ajuda, incluindo ajuda em espécie), de 1984 a 2010; Parceiros, Multilaterais e Bilaterais e o respectivo volume total anual da ajuda durante o período;

Parceiros que perdoaram a dívida externa do país no âmbito do HIPC e MDRI e respectivos montantes ao longo dos anos; Alternativas de Financiamento Público

(parceiros e fontes de financiamento) no contexto da Crise Económica Mundial; Perspectivas do Financiamento Externo a Moçambique nos próximos anos; Evoluçãos dos Pincipais indicadores macroeconómicos (1984-2010) – Inflação, Crescimento

Económico, Reservas Externas em termos de meses de importações, défice comercial em percentagem da balança de pagamentos. N.B. Dados deverão ser apresentados em

tabelas. 6ª. Analise comparativa internacional das experiências do contributo da indústria

extractiva para o desenvolvimento nacional. Ângulos de análise: a Contribuição da indústria extractiva para a geração do emprego, receitas fiscais, desenvolvimento

infrastrutural, ligações sectoriais e promoçào de pequenas e médias empresas; experiências internacionais na renegociação de contratos com os mega-projectos.

1.3.0. Análise de Processos de Participação no âmbito da Governação.

Este iten reserva-se, em 2011, ao desenvolvimento do Boletim Dívida, como instrumento privilegiado da imagem, pensamento e valores do GMD, e neste âmbito vai se dedicar à produção de análises e consequentemente artigos para o Boletim.

Neste contexto, estão previstos 06 artigos, 01 por cada Boletim bimensal.

São 06 principais temas:

- Alargamento da Base Tributária; - Indústria Extractiva;

- Agricultura; - Emprego; - Dívida Pública; e

- Eficácia da Ajuda e Sustentabilidade da Despesa Pública.

Cada boletim vai ter 01 artigo abarcando um dos temas acima com uma abordagem sobre os principais desafios e onde a política pública deve se concentrar, bem como avançar propostas alternativas de solução.

Todos os números do Boletim Dívida vão buscar, através do instrumento de pesquisa,

matéria sobre o trabalho dos Núcleios Provinciais e restantes membros e parceiros. Nesta perspectiva, estes vão colaborar com a Pesquisa no fornecimento de dados e informação para o Boletim Informativo Dívida.

1.4.0. Produção de Documentos de Posição.

São 6 Documentos de Posição diferentes:

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1º Levantamento para Documento de Posição para Observatório de Desenvolvimento;

2º Levantamento para Documento de Posição para Revisão Anual; 3º Levantamento para Documento de Posição para fórum de alto nível de Seul sobre

Eficácia da Ajuda; 4º Documento de posição sobre Mudanças Climáticas para o processo do PARP e página do GMD;

5º Análise Crítica estratégica global e multisectorial para os Documentos e Posição dos ODs provinciais;

6º Análise da sustentabilidade da despesa pública e produção de documento de posicao para o processo do PARP.

Estes Documentos de Posição são o nosso ponto de vista e ferramenta de influência sobre a matéria de cada espaço de diálogo a que se destinam. Estes são também sobre

importantes temas da actualidade e que a sua emissão tem por objectivo a influência da opinião pública e dos fazedpres de política, para que os seus compromissos e decisões tomem em conta as nossas preocupações que concorrem para a protecção de interesses

nacionais de forma globalmente sustentável e desenvolvimento de capacidades internas do país rumo à redução da dependência externa.

1.6.0. Trabalho com Núcleos Provinciais

Planificadas cinco actividades, a saber:

1ª Contribuição da indústria extractiva para o desenvolvimento local e nacional; o caso de dos projectos de extracção de carvão em Tete [Explorar as ligações sectoriais, factores de inclusão/exclusão, considerações sobre o desenvolvimento de infrastruturas, análise da

hipótese do “rent seeking”, limitantes da política de reassentamento e principais elementos para a advicacia local e nacional];

2ª Análise da contribuição dos recursos naturais e infrastruturas regionais para o desenvolvimento local e nacional. Avaliação do potencial económico da ligação terrestre

e ferroviária entre Cuamba e Lichinga e o levantamento das riquezas naturais da região do Lago e da Reserva do Niassa e o seu potencial para a criação de emprego e redução da

pobreza na província do Niassa. Principais elementos de advocacia. 3ª Análise da Eficiência e Eficácia da Afectação da Despesa Pública, componente de

investimento, nas áreas de Educação, Saúde e Infrastruturas na província de Gaza. Elementos a analisar: o realismo do custo das obras, nível de execução, grau de

conclusão, qualidade das obras, etc. A localização da pesquisa na província será proposta e fundamentada pela entidade executora.

4ª Os recursos naturais/locais e o desenvolvimento do empresariado nacional; experiências da província de Nampula. Elementos de análise: O empresariado local e

principais ramos de actividade; a participação dos recursos naturais e locais nas actividades desenvolvidas; a produção local e relevância do mercado local; principais

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sectores de geração de emprego; a contribuição de Nampula para as receitas fiscais (de 2000 a 2010) e principais sectores contribuintes; principais constrangimentos ao

desenvolvimento do sector privado em Nampula e potenciais soluções; principais elementos de advocacia.

5ª Análise da Eficiência e Eficácia da Afectação da Despesa Pública, componente de investimento, na área Infrastruturas na província de Inhambane. Elementos a analisar: o

realismo do custo das obras, nível de execução, grau de conclusão, qualidade das obras, etc. (A localização da pesquisa na província será proposta e fundamentada pela entidade

executora). Avaliação preliminar do desperdício económico resultante das más condições de transitabilidade das vias: Maxixe – Homoine – Panda, Massinga – Funhalouro, Mapinhane – Mabote.

Estes trabalhos vão ser desenvolvidos em colaboração com os instrumentos de Monitoria

e Advocacia. A sua execução vai ser gerida pelos Núcleos Provinciais de Niassa, Nampula, Tete, Inhambane e Gaza.

O desenvolvimento destes trabalhos tem dois principais objectivos: O primeiro é o reforço da busca de evidências da base para alimentar a advocacia sobre os principais

temas candentes. O segundo é o reforço da capacidade dos Núcleos Provinciais na produção de evidências para a sua participação nos espaços locais de diálogo e o reforço do conteúdo do Plano de Actividades dos Núcleos.

Os resultados dos trabalhos serão importante matéria para o documento da Sociedade

Civil para os Observatórios de Desenvolvimento desta províncias, serão apresentados pelos Núcleos Provinciais em fóruns abertos com as Assembleias Provinciais aquando do ciclo de debates 2011, vão alimentar debates radiofónicos 2011 ao nível das províncias e

vão ser compilados pelo GMD central para a advocacia ao nível central junto do Governo, Doadores e Assembleia da República, e vão ser objecto de debates nos Órgãos

de Comunicação Social.

INSTRUMENTO 2: ADVOCACIA/LOBBY & NETWORKING

Este instrumento é para o Grupo da Dívida, a principal forma do engajamento com o exterior ao nível da componente de influência sobre políticas públicas, na qual se encontra reflectida a componente de Governação. A advocacia é, desta forma, um espaço

de convergência de todas acções: A Pesquisa produz matéria e evidências para advocacia em políticas e práticas; a Monitoria procura acompanhar as mudanças que vão

acontecendo ao longo dos tempos, e vai emitindo sinais sobre onde a advocacia deve prestar mais atenção para a consolidação dos resultados; a Formação desenvolve capacidades nos actores da Sociedade Civil para que estes sejam capazes de perceber os

conteúdos, analisar as políticas e práticas, produzir matéria de forma independente e se envolver adequadamente nos debates e discussões; a Divulgação comunica importantes

informações e matérias produzidas pelo GMD ou recebidas de membros e parceiros a

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todos os actores da Sociedade Civil bem como aos fazedores de política, sendo que o seu maior alcance geográfico é garantido através da imprensa.

A subcomponente do Networking, imbuída na advocacia, capta as cinergias com o

exterior, permitindo integrar e complementar a matéria e conhecimentos gerados internamente por via de informações providenciadas por parceiros, bem como harmonizar agendas e fortalecer as campanhas de advocacia em diferentes níveis.

Actividades planificadas para 2011

210.Mesas Redondas com Comissões Específicas da Assembleia da República 2.11. Produção e remissão de Documentos de Posição;

212. Interacção com os Círculos Eleitorais; 2.13. Intervenção em espaços institucionalizados de diálogo (OD, RC, CCL, etc.);

2.14. Mesas redondas com Representantes do Governo; 2.15. Seminários/Workshops e Conferências (Nacionais/ Regionais e Internacionais); 216. Campanhas Públicas;

217. Intervenção com documentos de posição em momentos-chave de decisão; 2.18. Mesas Redondas com Representantes de doadores;

2.19. Consolidar e estabelecer novas parcerias estratégicas; 2.20. Partilha de Informação com parceiros; 2.21. Troca de Experiências;

2.22. Acções com NPs

Detalhes das actividades

210.Mesas-redonda com Comissões Específicas da Assembleia da República

As mesas-redonda com comissões específicas da AR, destinam-se ao debate de assuntos

específicos tendo como tema central o Orçamento do Estado e tem como objectivos: (i)Assegurar a continuidade do trabalho com a Assembleia da República (processo iniciado em 2008), através da assinatura do Memorando de Entendimento com a

comissão do Plano e Orçamento e sua operacionalização com base em acções específicas; (ii Dar continuidade ao trabalho com Assembleias Provinciais, através do alargamento do

trabalho para a cobertura em todas as províncioas, com um enfoque maior sobre a Governação Local.

As actividades vão tomar em consideração o ciclo de planificação orçamental, particularmente antes deste ser aprovado.

Principais enfoques: Orçamento de Estado (OE); A Conta Geral do Estado e o ciclo de planificação orçamental.

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Acções a levar a cabo:

- Uma mesa redonda entre o Grupo Focal do GMD e a Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República para a operacionalização do Memorando de Entendimento e

coordenação de acções para 2011, no âmbito do Memorando. - Encontros específicos de troca de informações com deputados da Assembleia da

República.

2.11. Produção e remissão de Documentos de Posição

Esta actividade destina-se a análise e debates dos documentos de posição produzidos ao

nível da pesquisa e a sua remissão nos seguintes espaços: Processo do PARP (2010-2014), Observatório do Desenvolvimento 2011, Revisão Anual 2011 (Março/Abril), e

Semestral (Agosto/ Setembro), Eficácia da Ajuda, rumo à Seul, e outros momentos-chave ligados ao ciclo orçamental nacional.

Principiais enfoques de intervenção: PARP, Orçamento do Estado (OE); O Plano Económico e Social (PES); A Conta Geral do Estado, Declaração de Paris e Agenda de

Acra para Acção. Acções a levar a cabo:

Organização de sessões alargadas de debates com Organizações da Sociedade à volta dos

documentos de posição produzidos pelo GMD e definição e concertação de estratégias de advocacia nos principais momentos acima indicados.

2.12. Promover interacção dos deputados com os Círculos Eleitorais

Esta actividade tem como base uma iniciativa conjunta entre o GMD e CEDE visando a promoção do diálogo entre a Sociedade Civil e o Parlamento a partir dos círculos

eleitorais, lançada em 2008.

Uma vez decorrida a fase piloto (2008/2009), na província de Inhambane, a iniciativa foi estendida para Tete, Niassa, Nampula e Gaza (em 2010).

Em 2011, esta iniciativa será alargada para outras províncias, nomeadamente, Zambézia, Cabo Delgado, Manica e Sofala, garantindo uma cobertura de 09 províncias (excepto

província de Maputo). Principiais enfoques do diálogo interparlamentar: PARP, Plano Económico e Social

(PES/PESOP), Orçamento do Estado (OE), Governação Local (PESOD/FDD).

18

Acções a levar a cabo

- Audiências públicas entre a Sociedade Civil e os Deputados da Assembleia da República e Membros das Assembleias Provinciais nos círculos eleitorais. As audiências

serão compostas por dois momentos: 1º, feedback das recomendações passadas; 2º apresentação de factos e inquietações, debate e recolha de subsídios pelos Parlamentares e Membros das Assembleias Provinciais.

- Cada Núcleo Provincial prodiuz um relatório evidenciando as principais constatações e recomendações em torno dos debates com os Parlamentares e Membros das Assembleias Provinciais e submetem ao GMD central; - O GMD central produz um relatório global sobre as constatações e inquietações ao nível das províncias, partilha com a Assembleia da República, Governo Central e Parceiros de Cooperação, bem como se coloca o mesmo relatório à disposiçào do público em geral através da página de internet do GMD e Boletim Dívida.

2.13. Intervenção em espaços institucionalizados de diálogo (OD e RC)

Estes são importantes espaços para o exercício de influência sobre as políticas públicas

no país. Em 2011, estes espaços ganham maior relevância com o processo de elaboração e início da implementação do PARP, uma vez constituir um grande desafio aos fazedores

de políticas na componente de definição de prioridades e coordenação sectorial, mas também por acarretar consigo importantes mudanças na abordagem do desenvolvimento do país, o que vai de encontro às aspirações do GMD durante os últimnos anos.

A acção do GMD torna-se imprescindível, uma vez ver-se com a obrigaçào de influenciar a definição consistente de prioridades e materialização da elaboração da matriz de

convergência sectorial.

Acções a levar a cabo - Sessões de concertação com os principais actores (Governo, Organizações da Sociedade

Civil e Parceiros) para a partilha de agendas e metodologias;

- Debates à volta do Documento de Posição (nos moldes do RAP) elaborado pelo GMD, em coordenação com outas organizações da Sociedade Civil;

- Definição de estratégias de participação e diálogo com os principais actores;

- Participação efectiva nas sessões dos dois momentos, nomeadamente, OD e RC.

2.14. Mesas-redonda com Representantes do Governo

Esta actividade destina-se a promover a troca de opiniões, esclarecimentos, troca de pontos de vista sobre os planos, estratégicas e políticas emitidos pelo governo, quer de

19

maneira global, quer ao nível dos seus sectores, cujo objectivo é incentivar o diálogo franco e aberto para o melhor entendimento e enriquecimento das abordagens.

Acções a levar a cabo

- Mesa-redonda com o Banco de Moçambique para troca de informações e diálogo à volta das principais estratégias de gestão macroeconómica num contexto de crise global,

e no contexto do PARP, tendo em conta as posições da Sociedade Civil apresentadas no OD e Revisão Anual;

- Mesa-redonda com o Ministério do Trabalho para a troca de informações e diálogo à volta das principais estratégias para a promoção do emprego no país, no contexto do

PARP, tendo em conta as posições da Sociedade Civil apresentadas no OD e Revisão Anual;

- Mesa-redonda com o Ministério da Agricultura para a troca de informações e diálogo à volta das principais estratégias para a promoção da produtividade agrícola no país, no

contexto do PARP, tendo em conta as posições da Sociedade Civil apresentadas no OD e Revisão Anual;

- Mesa-redonda com o MINEC e MPD para a troca de informações e diálogo à volta das do estágio actual de implementaçào da Declaração de Paris e Agenda de Acra, bem como

a preparação para a Participação de Moçambique no Fórum de Alto Nível de Seul sobre Eficácia da Ajuda;

- Mesa-redonda com o Ministério das Finanças para a troca de informações e diálogo à volta da Estratégia de Gestão da Dívida no âmbito do seu conteúdo e processo de

aprovação, implementação e monitoria.

2.15. Seminários/Workshops e Conferências (Nacionais/ Regionais e Internacionais)

Esta actividade destina-se a participação do GMD em momentos importantes de diálogo e troca de informações chave, bem como concertação e exercício de influência sobre as

principais agendas nacionais e globais. Principiais enfoques de intervenções são: Recursos Públicos/Dívida, PARP, MDGs,

Eficácia da Ajuda, Género e HIV/SIDA, Mudanças Climáticas, Iniciativa de transparência da indústria extractiva.

Acções a levar a cabo

- Seminário Anual de Gestão de Recursos Públicos e Dívida;

- Preparação do e participação no fórum de alto nível de Seul sobre Eficácia da Ajuda (nacional, regional e internacional);

20

- Sessões de auscultação e diálogo sobre Eficácia das Organizações da Sociedade Civil (a

nível nacional e regional); - Fóruns organizados parceiros sobre MDGs, Género e HIV/SIDA, Mudanças Climáticas,

Iniciativa de transparência da indústria extractiva.

216. Campanhas Públicas

Esta actividade tem em vista fazer o uso do processo de sensibilização, pressão e activismo no sentido de reivindicar aos órgãos de decisão maior proactividade em relação a questões sociais, económicas e políticas a nivel nacional, regional e internacional, bem

como as condições específicas que as cercam.

Em 2011, a prioridade vai para a campanha nacional sobre o acesso à informação. Acções a levar a cabo

- Organizar um debate radiofónico (Tribuna Parlamentar da Rádio Moçambique),

televisivo (Debate da Nação na STV) e no programa “Bom dia Moçambique” da TVM; e - Em coordenação com o MISA-Moçambique, conduzir uma campanha nacional de

recolha de assinaturas na forma de petição, depositando-as na Assembleia da República.

O GMD, também vai apoiar técnica e politicamente, bem como participar em acções promovidas pelos seus membros e parceiros.

217. Intervenção com documentos de posição em momentos-chave de decisão

Esta actividade tem como objectivo garantir que a Sociedade Civil produza evidências específicas dirigidos ao principais momentos chave de advocacia numa base concertada.

Os documentos aqui produzidos tem em vista alimentar so Seminários, Conferências e

Campanhas Públicas. Em 2011 o enfoque desta actividade vai para o Seminário Anual sobre Recursos Públicos

e Gestão da Dívida, e Fórum de Alto Nível de Seul.

Acções a levar a cabo - Em colaboração com a Pesquisa, produzir um documento contextual e orientador para o

Seminário Anual de Gestão da Dívida e Eficácia da Ajuda no âmbito do processo de Seul;

21

- Traduzir os documentos chave para Inglês e Francês (com destaque para os documentos para o processo de Seul).

2.18. Mesas Redondas com Representantes de doadores

Esta actividade destina-se a promover a troca de opiniões, esclarecimentos, troca de

pontos de vista sobre os planos, estratégicas e políticas emitidos pelos parceiros internacionai, quer de maneira global, quer ao nível dos sectores que apoiam, cujo

objectivo é incentivar o diálogo franco e aberto para o melhor entendimento e enriquecimento das abordagens.

Acções a levar a cabo

- Mesa-redonda como Banco Mundial para a troca de informações e diálogo à volta da nova abordagem desta instituição para a África Subsaariana;

- Mesa-redonda como o FMI para a troca de informações e diálogo à volta do PSI num contexto de crise global, bem como a relação entre o PSI e o apoio à Balança de

Pagamentos de Moçambique.

2.19. Consolidar e estabelecer novas parcerias estratégicas

Esta actividade contempla acções de cooperação e solidariedade do GMD com as demais organizações com vista a consolidar e/ou alargar parceiras com novas organizaçõ em assuntos de interesse comum, com impacto no desenvolvimento institucional.

Para o ano 2011, as prioridades vão para o reforço das parcerias para a actualização das

agendas nacionai, regionais e internacionais, bem o alargamento de parcerias para o incremento da base financeira do GMD.

Acções a levar a cabo

- Mesas-redonda com parceiros financeiros do GMD; - Campanha Nacional de Mobilização para o alargamento da base de Parceiros

Financeiros: Tradução e Divulgação do Novo Plano Estratégico, promoção de sessões de diálogo com representações diplomáticas e agências de desenvolvimento internacional no

país; - Alargamento de Parcerias a nível regional e internacional: Participação na Reunião

Anual da CIVICUS e em acções de seguimento;

22

- Campanhas para a consolidaçào e estabelecimento de novas redes nacionais : acções de seguimento da capanha do GRB (Gender Responsive Budgeting), no âmbito da UN

Women.

2.20. Partilha de Informação com Parceiros

A Partilha de informação com parceiros do GMD destina-se a interacção nas agendas de

interesse e fortalecimento da base de advocacia e networking.

O principal enfoque desta actividade é a massificação das mensagens de advocaica do GMD com os diferentes parceiros.

Para 201, o ênfoque o desenvolvimento do Centro de Recursos do GMD.

Acções a levar a cabo Tradução para o inglês dos seguintes documentos produzidos em 2010:

- Relatório Anual de Advocacia (RAAD), 2010, do GMD;

- Documento de Posição para o OD e Revisão Anual (RA), 2011; - Análise Básica e Posicionamento do GMD sobre a Indústria Extractiva em Moçambique;

- Análise Básica e Posicionamento do GMD sobre Mudanças Climáticas; - Estudo sobre Eficácia da Ajuda;

- Estudo sobre Dívida Pública e Privada de Moçambique. Tradução para o francês dos seguintes documentos produzidos em 2010:

- Relatório Anual de Advocacia (RAAD), 2010, do GMD; - Historial dos 10 anos do GMD;

- Documento de Posição para o OD e Revisão Anual (RA), 2011. 2.21. Troca de Experiências

A Actividade consiste no intercâmbio com os demais parceiros sobre as agendas de

advocacia, partilha de conhecimento e informações à volta dos principais temas. A actividade desenrola-se nos âmbitos nacional, regional e internacional.

Os enfoques de 2011 vão para o enriquecimento do conhecimento e abordagens do GMD

em importantes temas do seu trabalho como: Planificação por Resultados; metodologias de capacitação/formação; abordagem de assuntos transversais na Planificação Pública (Género, HIV/SIDA, mudanças climáticas).

Acções a levar a cabo

23

- Em colaboração com a Oxfam Bélgica, partilhar metodologias de capacitação/formação/divulgação da base;

- Com EED, partilhar metodologias de Planificação com base em resultados;

- Com o PNUD, partilhar metodologias de gestão de Programas (Programa PNUD); - Em parceria com WILSA, partilhar de metodologias de formação de formadores;

- Recolher as agendas nacionais e internacionais com vista à nova Planificaçào

Estratégica do GMD.

2.22. Acções com NPs

Esta Actividade destina-se ao desenvolvimento e fortalecimento dos núcleos provinciais de forma contínua através de acções de facilitação no processo de organização institucional, intervenção em momentos chave com informação produzida à par tir da base

e do nível central, bem como interação entre a Sociedade Civil ao nível das Províncias e a Assembleias da República e Provinciais, troca de experiencias e de informação ao nível

local, nacional, regional e internacional. Os enfoques para 2011 são:

- Continuação e alargamento do diálogo interparlamentar;

- Continuação do fortalecimento das capacidades e troca de experiências; - Continuação do fortalecimento da ligação com o GMD cenral.

Acções a levar a cabo

- Organização de Fóruns de Diálogo com Parlamentares e Assembleias Provinciais ao nível do Círculos Eleitoras em todas as províncias (excepto província de Maputo);

- Debates ao nível das províncias sobre os assuntos pesquisados em todas as províncias;

- Ligação contínua com os Núcleos Provinciais através de um Assistente de Ligação, em parceria com Oxfam Bélgica.

INSTRUMENTO 3: DIVULGAÇAO E COMUNICAÇÃO

A divulgação e comunicação é feita basicamente à partir de diferentes ferramentas

criadas dentro da instituição, e não só, desde boletins informativos, correios electrónicos

específicos, folhetos, brochuras simplificadas, programas radiofónicos e televisivos,

DVDs institucionais, imprensa (Media), radios comunitárias, etc.

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Actividades planificadas para 2011 3.1: Circulação de Informação Produzida e Recebida

3.2: Produção de Informação Simplificada (Planos Públicos e Leis, etc)

3.3: Interacção com a Imprensa

3.4: Gestão de Informação (Física e Electrónica)

3.5: Produção de material promocional

Detalhe das Acções:

3.1: Circulação de Informação Produzida e Recebida

Esta rubrica será dedicada a distribuição de material produzido e ou adquirido pelo GMD.

3.2: Produção de Informação Simplificada (Planos Públicos e Leis, etc)

Nesta rubrica será produzido e editado pelo GMD o seguinte material:

-um documento sobre a Monitoria de cesso à Informação nas principais instituições do

estado que directamente lidam com Finanças Públicas, tais como Ministério das

Finanças, Tribunal Administrativo, Assembleia da Rpublica e Direcção do Orcamento.

- panfletos sobre alargamento da base tributária 2010, e responsabilidade colectiva e

singular para o alargamento da base tributária.

O material aqui produzido é posteriormente circulado pelos membros e parceiros e

distribuidos em instâncias publicas como bibliotceas, ministérios, entre outras.

321: Maquetização de Informação Simplificada

A maquetização neste âmbito se prioriza a informação produzida e simplificada pelo

GMD, o ano passado e no presente ano, a destacar:

- Orçamento do distrito, com enfoque para o Fundo Distrital de Desenvolvimento (FDD);

- Responsabilidade colectiva e singular para alargamento da base tributária;

- informação para 6 edições do Boletim informtivo Dívida.

25

322: Produção/Simplificação do material de Divulgação

A prsente rúbrica é dedicada a simplificaçao, em linguagem menos técnica e acessivel,

de informação produzida pelo GMD, com destaque para o seguinte:

- responsabilidade colectiva e singular para alargamento da base tributária ;

- relatorio sobre acesso a serviços básicos (sector da água);

- monitoria sobre acesso à Informação; e

- estratégia anti-Corrupção.

323: Impressão de material simplicado

Será envolvida uma gráfica para a impressão do seguinte material:

-Panfletos sobre Fundo Distrital de Desenvolvimento (FDD);

- responsabilidade colectiva e singular para alargamento da base tributária ;

- Sector de Água,

-Acesso à Informação, e

-Estratégia Anti-Corrupção.

324: Impressão do Boletim Dívida

Esta actividade compreende a impressão de 6 edições bimensais do Boletim Informativo

“dívida”, do GMD.

33: Interacção com a Imprensa

Esta actividade compreende acções do GMD com a imprensa, através da publicação de

artigos e comunicados na imprensa, bem como a particupação em importantes debates do

País, à partir de temas sugeridos pelo GMD e ou a convite da prória imprensa o de outras

instituições.

331: Programas Audio-Visuais (Rádio e Televisão)

Esta actividade compreende a produção e divulgação de programs áudio-visuais, com

base em temas/assuntos identificados pelo GMD e ou em parceria com outras

instituições. Vai-se previlegiar o trabalho nas provincias, através de programas

radiofónico, envolvendo painel com personalidades especializadas em cada tema e

26

ouvintes em liha directa. Por outroo lado, será desenvolvido trabalho com a televisão, na

qual se vai envolver também um painel com pessoas especializadas nos assuntos e uma

plateia com oportunidade para questionar e discutir sobre os assuntos debatidos.

O trabalho será feito com uma das televisões que abarca maiores audiências e tenha uma

cobertura nacional (TVM) e uma das rádios com as mesmas características (RM), terá a

particularidade de em cada programa produzir-se e divulgar-se um spot publicitário que

sirva de chamamento ao público interessado.

332: Trabalho Directo com Jornalistas de área sócio-económica/síntese de

informação

O trabalho implica o envolvimento directo de um jornalista implica que trabalhe com o

GMD, de modo a contribuir no boletim dívida e outras publicações do GMD, e fazer

cobertura aos acontecimentos ou eventos do GMD, bem como fazer acompanhamento

dos eventos dentro e fora do País, de interesse para o GMD.

O jornalista deve garantir também a divulgação, nos meios de comunicação onde

trabalha, de informação do interesse do Grupo Moçambicano da Dívida.

Esta actividade é fundamental na medida em que vai garantir a divulgação de informação

veiculada pelas publicações do GMD nos órgãos de comunicação de massa, uma vez que

toda relação feita entre eventos terá presença efectiva do jornalista e entrevistas gravadas,

para além de fotos no local.

34: Gestão de Informação (Física e Electrónica)

341: Colecta do impacto das actvidades do GMD (Gestão electrónica com base emo

software de Monitoria)

Esta actividade compreende fundamentalmente trabalhar na colecta de informação

produzida pelos membros do GMD e ao nível inerno de modo a sistmatizar e analizar os

resultados e impactos das actividades do GMD, como uma plataforma da sociedade civil,

que contribui para mudanças e desenvolvimento do país.

342: Reconfiguração do Website/manutenção do email/rede de informação

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Com esta actividade pretende-se fazer a gestão e actualização periódica do novo website

que contém uma nova abordagem que se traduz na acomodação da biblioteca electrónica,

e exposta em três línguas, nomeadamente; português, Inglês e francês.

343: Aquisição de material para consulta

Esta Actividade compreende a aquisição de livros, brochuras, CDs, DVDS, entre outro

material para enriquecer o centro de recursos/biblioteca do GMD, de modo a satisfazer

melhor os seus utentes.

Serão envolvidas várias bibliotecas e instituições para o intercambio em informação

35: Produção de material promocional do GMD

Esta actividade compreende a produção material de carácter público e publicitário

com técnicas e slogans apropriados, usando de maneira apropriada a identidade

corporativa da instituição. A produção compreende Cartões de Visita, disticos, Roll ups,

camisetes, brindes, calendários, bonés, Banners, Placa luminosa para identificação do

Edifício do GMD, entre outro material.

INSTRUMENTO 4: MONITORIA E AVALIÇÃO

Para o exercício de 2011 o instrumento tem em vista, o seguimento das agendas no âmbitos das prioridades do PARP, com destaque para a participação no âmbito da

Governação, Qualidade de Serviços Sociais Básicos, gestão transparente e eficaz de recursos públicos e Acesso à Informação.

Actividades planificadas para 2011 4.1. Facilitar a elaboração do Documento de Posição (nos moldes do RAP) para o OD e RC; 4.2. Participar no processo do PARP;

4.3. Assistência aos NPs no processo de ODP; 4.4. Acções conjuntas c/ NPs na Monitoria de orçamentos provinciais e desempenho dos

governos provinciais; 4.5. Acções conjuntas de Monitoria da Governação Local (distritos e municípios); 4.6. Monitoria de acesso a informação (Distritos, Municípios, Províncias);

4.7. Monitoria da implementação da Estratégia anti corrupção.

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Detalhes da Acções

4.1. Facilitar a elaboração do Documento de Posição (nos moldes do RAP) para o

OD e RC;

A sociedade civil, através da plataforma G-20, na qual GMD é membro, definiu o Observatório de Desenvolvimento (OD) como espaço estratégico para advogar

mudanças que contribuam para acelerar o combate as causas da pobreza em Moçambique, resultando dai na necessidade da participação da sociedade civil com documento de posição, contendo a posição das organizações da sociedade civil em forma

de Relatorio Anual da Pobreza (RAP).

Nos três últimos anos o G-20, por razões de varia ordem, não tem conseguido a produçao deste documento, daí que o GMD, como membro activo do G-20 tomou como desafio para 2011 i) transformar o RAP num instrumento de medição do desempenho do

Governo ao nível dos principais desafios de desenvolvimento do país (com base no balanço do PES e levantamentos de evidências ao nível das províncias) capaz de

alimentar e influenciar os debates nos Observatório de Desenvolvimento (OD) e na Revisão Conjunta (RC), bem como contribuir para o processo do PARP.

4.2. Participar no processo do PARP

O período de vigência do PARPA II expirou em 2010. A avaliação do seu impacto ocorreu em 2009 através do RAI1 e do IOF2, que possibilitaram a elaboração do novo

documento de operacionalização, designado Plano de Acção de Redução da Pobreza (PARP), cuja finalização do processo foi prevista para Março de 2011.

O novo PARP tem como vigência o período-2011/2014. A participação da sociedade civil, bem como todo o processo de sua elaboração foi

caracterizadoa como fraco, quando comparado ao processo do PARPA II. Consciente de todas as fraqueazas e da importância que este documento tem para o País, o GMD

pretende, através desta actividade potenciar a sua participação e da sociedade civil, em geral, por via da facilitação de debates e encontros de reflexão da sociedade civil, em torno dos Pilares do PARP, de modo a produzir posicionamentos que possam servir de

contributos em momentos chave como os Observatorios de Desenvolvimento (central e provincial), Revisão Conjunta e Interacção com o Parlamento e Assembleias Provinciais.

As acções vão desde reuniões de coordenação com actores da Sociedade Civil, seguimento das contribuições dos ODs e RCs anteriores, definição e implementação de

acções com vista a influenciar os processos de correntes e do ano seguinte, recolher

1 Relatorio de avalaição de Impacto. 2 Inqueri to sobre orçamento familiar.

29

informações junto dos Núcleos Provinciais e outras plataformas provinciais sobre evidências para o uso nos processos de diálogo ao nível provincial e nacional.

4.3. Assistência aos NPs no processo de ODP

Obedecendo um ciclo de advocacia que compreende os Observatório de Desenvolvimento Provinciais (ODPs) como um meio estratégico de influência da

governação ao nível provincial, a assistência aos núcleos para a sua participação nos ODPs tem sido fundamental para sua consolidação como actores chave na análise do

desempenho dos governos provinciais na execução dos seus planos. Para 2011 pretende-se assegurar a assistência financeira e técnica contínua do GMD

Central aos NPs, estruturada a partir do ano de 2010, com as acções centradas na provimento de recursos financeiros e técnicos que permitam a recolha de evidências pelos

NPs, a partir dos distritos, e a produção de documentos de posição da sociedade civil para a participação nos ODPs.

4.4. Acções conjuntas c/ NPs na Monitoria de orçamentos provinciais e desempenho

dos governos provinciais

Na esteira de progressos alcançados no ano 2010 no establecimento de parcerias com

diversas OSC´s, prevê-se para o ano 2011 a efectivação da iniciativa de monitoria do orçamento no sector de água em três províncias (Gaza, Nampula e C. Delgado) com

recurso às técnicas PETS. A iniciativa visa fazer o rasterio das despesas no fornecimento de serviços de água e

sanemento, bem como medir o grau de satisfação dos utentes em relação aos serviços prestados.

O produto directo deste exercicio é a elaboração de um relatório, capaz de contribuir e infleunciar as decisões decorrentes dos debates provinciais ao nivel dos foruns de diálogo

com o governo e actores da socieddade civil e sector privado.

4.5. Acções conjuntas de Monitoria da Governação Local (distritos e municípios)

Esta actividade pretende dotar as províncias, através dos NPs e outras organizações locais de capacidades de: (i) Monitoria do Orçamento e Qualidade de Serviços Básicos (com

base em experiencias adquiridas, em 2010, com base no Projecto Iniciativa Regional de Monitoia do Orçamento apoiada pela NOVIB e Oxfam GB/Austrália, em parceria com instituições regionais e internacionais, nomeadamente, CEGAA – Á. Sul, INESC –

Brasil, DW – Angola e NANGO - Zimbabwe); e (ii) elaboração de documentos de posição (modelo do Citizen Report Card).

Em 2011, as acções vão se concentrar na:

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- Reavaliação das necessidades de capacitação da base (needs assessment), com uma

colaboração do CEGAA e INESC no âmbito da Monitoria do Orçamento, com vista a buscar subsídios para o novo Plano Estratégico;

- Relançamento da comunicação com CEGAA, INESC, DW e NANGO para a redefinição dos modelos de colaboração após a paralização forçada do apoio financeiro

ao projecto, e tendo em vista o Novo Plano stratégico do GMD;

- Em colaboração com o instrumento de Pesquisa produzir um documento orientador de monitoria do OE 2011, destacando os principais desafios do OE nas áreas prioritárias do PARP e organizar debates envolvendo Parlamentares e Sociedade Civil com vista a

influenciar o novo OE 2012.

4.6. Monitoria de acesso a informação

A introdução, em 2009, da agenda de monitoria do acesso à informação visava promover

uma reflexão em torno da problemática de acesso a informação pública no país, dando seguimento à proposta de Anteprjecto de Lei do Acesso à informação, submetida ao

Parlamento em 2005 pelas organizações da Sociedade Civil e órgão de comunicação social (MISA – Moçambique, GMD entre outros).

Dando seguimento a esta acção, para 2011 o GMD prevê a monitoria do acesso a informação nas instituições do Estado, em parceria com Misa Moçambique.

As acções específicas a desenvolver compreendem:

- Organizar um debate da Sociedade Civil para o fortalecimento da agenda do acesso à informação e criação duma comissão de facilitação das acções de seguimento; e

- Reuniões com a Comissão de Petições da Assembleia da República e Comissão de Assuntos Jurídicos e Legalidade.

4.7. Monitoria da implementação da Estratégia anti-corrupção

No âmbito da promoção de eficiência na utilização dos recursos públicos pelo GMD, e no contexto do pilar de apoio “Governação” do PARP, no qual po GMD é um dos pontos

focais, a monitoria da Estratégia Anti-Corrupção é uma prioridade nas acções a desenvolver em 2011.

Neste âmbito, o GMD, em colaboração com o CIP, vai organizar, em 2011, uma mesa-redonda com o Governo e Assembleia da República para a discussão do ponto de

situação na implementação da Estratégia Anti-corrupção no país, e esboçar acções futuras de seguimento para a aceleração da sua implementação.

31

INSTRUMENTO 5: FORMAÇÃO

Actividades planificadas para 2011

5.1. Capacitar em teorias, praticas, metodologias e conceitos de suporte das análises,

Monitoria, Avaliação e mensagens de advocacia;

5.2. Treinar para construção/consolidação da cidadania no âmbito da intervenção nos

processos de planificação pública;

5.3. Capacitar em negociação e redes de trabalho;

5.4. Realizar oficinas de informação e conhecimento sobre os conteúdos de objecto de

trabalho ou afins ao grupo;

5.5. Acções com Núcleos Provinciais (NPs); e

5.6. Outras Acções Relevantes de Capacitação

Detalhes das Acções

5. 1. Capacitar em teorias, praticas, metodologias e conceitos de suporte das

análises, Monitoria, Avaliação e mensagens de advocacia.

O objectivo desta actividade é fortalecer a ligação entre os restantes instrumentos de

trbalho do GMD (funcional) e dotar com conhecimento, habilidades e atitude o GMD e

outros actores para melhor participarem no processo de influência de políticas (técnico-

político).

Como acções específicas desta actividade foram planificadas Sessões de Formação e/ou

produção de documentos de suporte das mesmas com base nos seguintes assuntos chave:

Metodologias de Monitoria e Avaliação de Políticas Públicas: i) Citizen Report

Card/Cartão de Reportagem do Cidadão; ii) Community Score Card/Cartão de

Pontuação da Comunidade; iii)Social Audit/Auditoria Social;e iv) Public

Expenditure Tracking Survey/Sistema de Rastreio da Despesa Pública.

32

Metodologia de Monitoria e Avaliação do Acesso à Informação: Cartão de

Reportagem do Acesso à Informação;

Processos Teóricos e Práticos de Monitoria e de Advocacia de Políticas

Públicas;

Identidade do GMD (contexto e surgimento, principais conceitos, evolução e

principais agendas e mensagens); e

Outras ferramentas/assuntos pontuais e relevantes para a actividade.

5.2. Treinar para construção/consolidação da cidadania no âmbito da intervenção

nos processos de planificação pública.

Como acções específicas desta actividade foram planificadas Sessões de Formação e/ou

produção de documentos de suporte das mesmas com base nos seguintes assuntos chave:

Participação;

Pensamento/senso/argumentação Crítica;

Cultura de Cidadania; e

Outros assuntos Pontuais sobre Conteúdos Específicos e afins do/ao GMD

5.3 Capacitar em negociação e redes de trabalho

Esta actividade parte do pressuposto de que existe fraqueza na negociação dos conteúdos

com os decisores (e não só) e na qualidade dos mecanismos/métodos para o efeito bem

como na criação, participação, desenvolvimento e implementação pontual, consistente e

efectiva de redes de trabalho ao nível do GMD, e da sociedade civil em geral.

Como acções específicas desta actividade foram planificadas Sessões de Formação e/ou

produção de documentos de suporte das mesmas com base nos seguintes assuntos chave:

Negociação (técnicas e mecanismos);

Redes de Trabalho; e

Outros assuntos pontuais e relevantes para a actividade.

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5.4. Realizar oficinas de informação e conhecimento sobre os conteúdos de objecto

de trabalho ou afins ao Grupo.

Como acções específicas desta actividade foram planificadas Sessões de Formação e/ou

produção de documentos de suporte das mesmas com base nos seguintes assuntos chave:

Ajuda Externa ( Origem dos programas de ajuda e a questão do

endividamento de Moçambique, Crise da Dívida e Iniciativas de alívio da

Dívida) ;

Eficácia da Ajuda (Declaração de París, Agenda de Accra e o Quadro de

Avaliação de Desempenho);

Sistema de Planificação Pública em Moç. (Instrumentos de Planificação em

Moçambique; Introdução aos Conceitos Básicos de Orçamentação; Cenário

Fiscal de Médio Prazo: Planificação Estratégica; Análise do Orçamento do

Estado em Moçambique; e Sistema de Administração Financeira do Estado);

Governação Local (O processo da Descentralização em Moçambique; Boa

Governação; Participação Comunitária nos programas de desenvolvimento);

A Indústria Extrativa em Moçambique;

Mudanças climáticas/Ambiente;

Outros assuntos pontuais e relevantes para a actividade.

5.5. Acções com Núcleos Provinciais (NPs)

A pertinência desta actividade resulta da necessidade de uma maior extensão das

actividades do GMD ao nível provincial, sendo os NPs vectores privilegiados para esse

efeito. Por outro lado, os NPs necessitam de por a prova e actualizar constantemente as

capacidades existentes e criadas e de forma robusta responderem aos desafios da

participação.

Como acções específicas desta actividade foram planificadas Sessões de Formação e/ou

produção de documentos de suporte das mesmas com base nos seguintes assuntos chave:

Elaboração da matriz conjunta das actividades de formação GMD-NPs e

Apoio as Actividades de Formação dos Núcleos;

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Troca de Experiências e Planificação Conjunta; e

Outras acções pontuais e relevantes para a actividade.

INSTRUMENTO 6: CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL

Este instrumento surge no âmbito estratégico e de política institucional do GMD para criação e desenvolvimento da capacidade do próprio GMD por forma a melhor realizar a sua

Missão e responder adequadamente aos desafios e a demanda crescente dos desenvolvimentos com que a instituição se depara. O GMD está particularmente preocupado em optimizar as capacidades de sua intervenção e do seu funcionamento para

garantir a estabilidade institucional. Tal passa por criar instrumemtos, providenciar condições técnicas, materiais e capacitar continuamente o seu pessoal por forma a

adequá- lo ao uso dos nos instrumentos e mudanças constantes.

Outra componente consiste em assegurar o funcionamento pleno, criterioso e democrático do GMD, o que passa por assegurar o processo de governação interna,

através da realização regular das assembleias gerais dos membros (anualmente), bem como o acompanhamento permanente da execução das actividades pelos Conselho de

Direcção atrvés de encontros regulares (mensais), visita às províncias e representação do GMD em fóruns de diálogo institucional com instituições como Parlamento, Governo e representações de doadores.

A capacitação institucional relaciona-se duma forma dinâmica com todos os outros instrumentos de trabalho do GMD, o que tem permitido uma execução e

acompanhamento interno regular, através de encontros técnico (semanais) e do Conselho de Direcção (mensais), contribuindo para que o GMD possa com sucesso realizar as suas actividades.

Ao nível da capacitação institucional, o GMD já possui um conjunto de ferramentas de

gestão, a saber: - Um manual de Proecdimentos e Regulamento Interno;

- Um programa de contabilidade e de gestão orçamental que são actualizados anualmente por especialistas.

A capacidade institucional teve novo impulso em 2010, com a produção de novos instrumentos, conforme se segue:

- Uma Politica de Recursos Humanos;

- Uma política de Género e HIV/SIDA; e

- Um Instrumento de Monitoria e Avaliação interna das acçoes do GMD e da sociedade civil, de um modo geral.

35

Outra componente relevante neste instrumento é a existência de Instalações Próprias do GMD, adquiridas em 2007, cujas obras obras de reabilitação iniciaram em 2008 com

perspectivas de conclusão, incluindo o processo de refuncionalização em 2011.

Assim, para 2011 no âmbito da capacitação institucional, o GMD coloca maior relevância nas seguintes actividades:

Actividades Planificadas para 2011 6.1. Formações técnicas para o fortalecimento das capacidades institucionais (formação continua dos Recursos Humanos: formação de formadores, formação em planificação com base em resultados, formação no trabalho entre a Sociedade Civil e o Parlamento, formação em gerstão de Políticas Macroeconómicas num contexto de crise, entre outras).

6.2. Elaboração de uma politíca de autosustentabilidade financeira do GMD.

6.3. Rever instrumentos operacionais internos (mudança do actual sistema contabilistico-

base de caixa para base – acrescimos por diferimento, actualização do pacote de gestão orçamental e de recursos humanos).

6.4. Formação e assistência técnica para a implementação do instrumento de M&A interna e políticas institucionais de género & HIV SIDA e de Recursos Humanos.

6.5.Realizar Assembleias-gerais (8ª Assembleia Geral do GMD).

6.6.Balanço e Planificação Conjunta Anual com os NPs (Balanço 2011 e Planificação

2012). 6.7. Refuncionalizacao das novas instalações (acabamentos e apetrechamento das novas

instalações).

6.10. Supervisão e Assistência Técnica aos trabalhos com os NPs (Acompanhamento do Conselho de Direcção, apoio institucional à realização das Assembleias Gerais dos Núcleos Provinciais, Representação e troca de experiência em fóruns).

6.11. Avaliação & Elaboração do Plano Estratégico e Avaliação Instituc ional.

INSTRUMENTO 7: FUNCIONAMENTO Esta Rubrica inclui despesas como serviços, bens e consumíveis, salários e impostos e encargos financeiros.

36

B. Mudanças concretas (ao nível dos resultados na matriz em

anexo) preconizadas pelo presente Plano e principais

estratégias.

O presente Plano Anual deverá ser incisivo na indução de mudanças concretas através da

consolidação dos resultados anteriores, aceleração da produção de resultados adicionais através da concentração de recursos em actividades de maior impacto e fortalecimento da integração e convergência de acções levadas a cabo, por um lado, ao nível dos

instrumentos e, por outro lado, ao nível dos diferentes parceiros.

As mudanças previstas deverão acontecer a três níves principais, de acordo com a visão do corrente Plano Trienal: ao nível das Políticas Públicas, ao nível Capacidade da Sociedade Civil e ao nível da Capacidade Institucional do GMD.

Influência sobre políticas

Principais mudanças esperadas:

- Mantida a dívida pública a níveis considerados sustentáveis;

- Alargada a base tributária ao nível do crescimento de receitas fiscais em 20%, em 2011, com um benefício directo no aumento de despesas ao nível dos sectores prioritários no âmbito do PARP;

- Implementado um plano consistente de austeridade e racionalização da despesa pública;

- Aumentado do OE afecto à agricultura de cerca de 6% (2010) para cerca de 9% em 2012, cuja proposta orçamental é elaborada em 2011;

- Forçada a adopção duma matriz de coordenação sectorial virada ao desenvolvimento agrário e promoção de emprego, sob tutela do MPD;

- Aumentada a partilha de produtos nacionais nos principais mercados nacionais e

aumentada a combinação entre matéria importada e local na produção do pão e nos combustíveis, com vista à redução do custo de vida, através da redução do custo de importação;

- Forçada a adopção de medidas excepcionais de promoção do emprego num instrumento

específico sob tutela do Ministério do Trabalho; - Forçada à concessão de incentivos à indústria intensiva em mão-de-obra no código de

benefícios fiscais; - Lançadas as bases para a renegociação dos contratos com os mega-projectos e

divulgação das condições contratuais dos actuais projectos na indústria extractiva;

37

- Incrementadas as condições de compensação das populações afectadas pelo reassentamento do projecto de extracção de carvão em Moatize;

- Atribuidos poderes locais para a monitoria das actividades dos grandes projectos, e

criado espaço para o envolvimento das autoridades locais na negociação dos futuros projectos;

- A utilização do sistema do banco central estendida para todas as grandes importações;

- Implementada a nova lei cambial com reforço da componente fiscalização; - Um plano e sinais concretos de reflorestamento e combate às queimadas descontroladas

cujos progressos são testemunhados pelas plataformas provinciais através dos Núcleos Provinciais e outras redes locais;

- Um salário mínimo (a contar para as negociações salariais dos primórdios de 2012) que cubra pelo menos metade do custo da cesta básica a partir da actual média de cerca de

30% do custo da cesta básica;

- Um classificador orçamental programático introduzido (a contar para a proposta do Orçamento do Estado para 2012) e oferecendo base sólida para a monitoria da evolução da orçamentação na óptica do género e de principais grupos vulneraveis bem como o

combate aos factores de vulnerabilidade;

- Um mecanismo de repúdio e pressão instituido sobre doadores que não mostrem progressos na adopção dos compromissos do Memorando de Entendimento entre o Governo e o G19 (a contar para a Revisão Anual 2012);

- Adoptadas pelos parceiros fora do G19, as regras e boas práticas preconizadas pelo e

resultantes da implementação do Memorando de Entendimento entre o Governo e G19; - O apoio directo ao Orçamento do Estado aumentado para pelo menos 43% do total da

carteira dos parceiros do G19 (a contar para o Orçamento de 2012), a partir dos actuais 39%;

- Criado um mecanismo de ligação (oficial ou impulsionado pelas redes da Sociedade Civil) entre os Observatórios de Desenvolvimento Provinciais e o Observatório de

Desenvolvimento ao nível central.

Desenvolvimento de capacidades da Sociedade Civil Principais mudanças esperadas:

- Assegurados em pleno os interesses da Sociedade Civil nas principais plataformas de diálogo, com destaque para os Observatórios e Processo de Revisão Conjunta, através da

coordenação do processo e facilitação da produção de Documentos de Posição pelo GMD nos moldes do RAP;

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- Informações partilhadas de forma regular com a Assembleia da República, no âmbito do

quadro do Memorando de Entendimento, permitindo ao GMD o acesso a importantes documentos de Planificação Pública antes da sua aprovação pela Assembleia da

República; - Fóruns de diálogo com as Assembleias Provinciais estendidos para 09 províncias

(excepto província e cidade de Maputo), das actuais 06 províncias (Gaza, Inhambane, Zambézia, Tete, Nampula e Niassa);

- Todos os Núcleos Provinciais participam nos Observatórios Provinciais com documentos de posição informados baseados em evidências colhidas dos distritos em

linha com as prioridades do PARP e Plano Económic e Social provincial;

- Todos os Núcleos Provinciais e outros membros contribuem com conteúdo para todos os números de Boletim Informativo do GMD;

- Cinco províncias (Niassa, Nampula, Tete, Inambane e Gaza) conduzem pesquisas de raiz sobre temas de seu interesse, e alimentam os seus documentos para os Observatórios,

bem como contribuem para mais de metade do conteúdo do RAAD do GMD; - Os principais temas de desenvolvimento nacional à volta do PARP partilhados, através

de debates, com todos os cidadãos nas zonas com cobertura das principais televisões nacionais;

- Os principais temas de desenvolvimento nacional à volta do PARP e prioridades locais partilhados com todos os cidadãos ao nível de 09 províncias (excepto província e cidade

de Maputo) através das rádios provinciais de maior audiência;

- A Assembleia da República participa de forma activa no diálogo da Sociedade Civil com o Governo e Parceiros de Cooperação através do Seminário de Gestão de Recursos Públicos e Dívida, ao nível central e, e fóruns de diálogo interparlamentar, ao nível das

províncias, organizados pelo GMD;

- Os fóruns de diálogo com os Membros das Assembleias Provinciais são organizados antes da aprovação da proposta do OE, 2012, colhendo subsídios do seu trabalho do campo para a sua consideração na aprovação da proposta do OE;

- A Sociedade Civil e interessados ao nível de Maputo e com acesso à internet fora de

Maputo têm acesso aos principais documentos públicos e importantes análises temáticas em posse do GMD através do centro de recursos e nova página de internet do GMD que, para além dos documentos na página, contempla uma catalogação electrónica de todos os

outros documentos;

- Pelomenos em 2 distritos de cada província, num total de 04 províncias, tem equipas técnicas que usam plenamente as técnicas de rastreio da despesa pública e colaboram

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com os Núcleos Provincias das respectivas províncias na produção de Documentos de Posição para os Observatórios Provinciais.

Desenvolvimento Institucional

Principais mudanças esperadas:

- Incrementada a capacidade de comunicação externa através de: mailing list permanente, com uma gestão diária; introdução do Boletim Informativo S3 (Série 3, que contempla

artigos para debate); atualização diária da página da internet (com agendas e notícias diárias de interesse do GMD); desenvolvimento do Inglês, com opção 2, e Francês, como opção 3, de comunicação na página da internet; abertura dum espaço na página do GMD

para membros e parceiros onde podem, através do secretariado do GMD central, colocar suas informações, notícias, anúncios ou apresentar críticas, reclamações e

recomendações; afectação dum assistente permanente de ligação com os Núcleos Provinciais;

- Incrementada a eficiência na coordenação intersectorial através de: matriz de resultados comuns e determinação de responsabilidades operacionais de cada instrumento de acordo

com o plano; orçamentos colectivos em acções externas que incidam sobre o mesmo espaço geográfico ou grupo alvo; reforço da harmonização dos cronogramas específicos dos instrumentos, de acordo com a área geográfica da acção e momentos de intervenção;

- Aumentada a previsibilidade, harmonização de procedimentos dos parceiros e

eliminadas as situações de gestão de crises através do relançamento dos fóruns rotineiros de concertação com os parceiros através dum calendário específico a negociar junto destes;

- Consolidada a governação dos Núcleos Provinciais através da realização regular de

Assembleias Gerais e funcionamento dos seus Órgãos Sociais; - Reforçada a capacidade do trabalho de ligação com os Núcleos Provinciais através de:

descentralização de um pacote de actividades, tendo como principais marcos, em 2011, da afectação directa de recursos financeiros e técnicos para trabalhos de pesquisas junto

dos Núcleos Provinciais (a começar com as províncias de Niassa, Nampula, Tete, Inhambane e Gaza); alargamento para todas as províncias do apoio para os debates radiofónicos; alargamento para todas as províncias do fórum de diálogo com as

Assembleias Provinciais; consolidação do apoio para a participação nos Observatórios de Desenvolvimento Provinciais; realização de Assembleias Gerais dos Núcleos Provinciais;

assistência directa na elaboração de projectos e apoio na busca de financiamentos suplementares aos Núcleos Provinciais; - Reforçada a gestão institucional através de implementação de instrumentos

suplementares (vide última secção, nas considerações finais).

40

De notar, as mudanças aqui preconizadas serão medidas através das acções directas do GMD, bem como através das acções apoiadas pelo GMD, mas directamente

implementadas por membros e parceiros.

C. Estratégia de comunicação e coordenação interna

A comunicação e coordenação interna assentará nos seguintes pilares fundamentais: 1º Consolidação do sistema de circulação diária de informação ao nível dos sectores;

2º Consolidação do sistema de reuniões técnicas semanais e reuniões mensais do

Conselho de Direcção; 3º Comunicação semanal com os Núcleos Provinciais;

4º A elaboração e implementação, ao nível operacional, duma matriz de resultados

comuns, determinando as responsabilidades operacionais específicas, de acordo com o plano;

5º Coordenação dos orçamentos das actividades colectivas que incidam sobre o mesmo espaço geográfico, grupos alvo e momentos de intervenção;

6º Harmonização dos cronogramas de actividade dos instrumentos de acordo com os momentos de intervenção;

7º Reuniões anuais de balanço e planificação conjunta com os Núcleos Provinciais.

D. Estratégia de comunicação externa

A comunicação externa assentará nos seguintes pilares fundamentais:

- Mailing list permanente, com informação diária;

- Introdução do Boletim Informativo S3; - Atualização regular da página da internet (com agendas e notícias do GMD e seus

parceiros);

- Desenvolvimento do Inglês, com opção 2, e Francês, como opção 3, de comunicação na página da internet;

- Abertura dum espaço dos membros para a colocação, através do secretariado do GMD central, de suas informações, notícias, anúncios ou apresentar críticas, reclamações e

sugestões/recomendações.

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E. Trabalho com os Núcleos Provinciais O trabalho com os Núcleos Provinciais vai ser reforçado através de:

- Descentralização de um pacote de actividades de Pesquisa;

- Alargamento para todas as províncias do apoio aos debates radiofónicos; - Alargamento para todas as províncias do fórum de diálogo com as Assembleias

Provinciais

- Manutenção do apoio para a participação nos Observatórios de Desenvolvimento Provinciais;

- Contribuição para a realização regular de Assembleias Gerais dos Núcleos Provinciais;

- Colaboração permanente dos Núcleos Provinciais na produção do Boletim Dívida; - Assistência nas acções de formação ao nível local;

- Assistência directa na elaboração de projectos e apoio na busca de financiamentos

suplementares aos Núcleos Provinciais.

F. Fortalecimento do trabalho com principais

plataformas/redes da Sociedade Civil

O GMD vai incrementar as acções viradas ao fortalecimento da participação das Organizações da Sociedade Civil nos espaços de diálogo com o Governo e Parceiros,

bem como o fortalecimento da capacidade de coordenação e intervenção das redes da Sociedade Civil. As principais estratégias serão:

- Apoio à Plataforma central da Sociedade Civil para o Observatório de Desenvolvimento e Revisões Anual e Semestral: comunicação permanente com o secretariado do MPD

para a Revisão Anual e Observatório, comunicação permanente (em coordenação com o G20) com organizações da Sociedade Civil para a partilha de agendas, Organização de sessões preparatórias, contratação de consultores e engajamento de membros e activistas

na produção do Relatório da Sociedade Civil, coordenação da participação das organizações da Sociedade Civil, organização de sessões de seguimento (reunião de

balaço com organizações da Sociedade Civil após o Observatório e Revisão Anual/Semestral, coordenação das acções futuras);

- Apoio às Plataformas provinciais da Sociedade Civil para o Observatório de Desenvolvimento, através dos Núcleos Provinciais do GMD: fornecimento de meios,

assistência técnica na elaboração do documento de posição, acompanhamento da participação nos fóruns;

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- Consolidação do Seminário Nacional de Gestão da Dívida e Recursos Públicos, com

uma forte colaboração da Assembleia da República;

- Redimensionamento e interiorização das acções da Plataforma Regional de Monitoria do Orçamento (trabalho de parceria com INESC – Brasil, CEGAA – África do Sul, DW – Angola e NANGO – Zimbabwe);

- Sistematização da participação do GMD (responsabilização específica aos

instrumentos) nos fórums de Monitoria do Orçamento, Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva (ITIE) e de Rastreio da Despesa Pública, com ênfase nos serviços sociais básicos, género e HIV/SIDA.

43

III. O FINANCIAMENTO AO PLANO

A. Previsões do Plano Trienal vs Evolução Real

É considerado o período que vai de 2008 a2010, visando contribuir para a avaliação do plano trienal e plano estratégico. Começa de 2008 uma vez este ser o últiimo ano do

plano trienal anterior, o que permite ver a transição para o plano trienal seginte, que agora também vai a terminar.

Segundo os dados financeiros resferentes ao período, a evolução do orçamento mostra que de 2008 a 2009 este cresceu em 80.57%, e depois decresceu em 6.67% , de 2009 a

2010 (vide Fig. 2, a seguir).

Fig. 2: Evolução do orçamento e sua execução.

Este facto é justificado pela própria planificação estratégica em que se previa, no início (ano, 2006), um crescimento gradual até 2008, tendo em conta que o plano estava a arrancar e novas actividades deviam ser lançadas e ou relançadas, sendo que em 2009,

após uma avaliação intermédia em 2008, o orçamento atingiu o ponto mais alto, que se justifica pela intensificação de actividades inicidas no plano anterior e as recomendações

da avaliação intermédia do plano estratégico. Entretanto, em 2010, o orçamento regista um decréscimo em 6.67% com tendencia a

decrescer até 2011, tendo em conta que é um período de consolidaçao das actividades já iniciadas e que o plano estratégico também chega ao seu final, havendo necessidade de

avaliação final para se determinar novas medidas e perspectivas que poderão sugerir a manutenção dos niveis actuais, ou a expansão ou ainda a redução.

Quanto ao financiamento do orçamento, houve um crescimento de 8.15%, de 2008 a 2009

e depois se manteve quase constante de 2009 a 2010. Esta evolução é justificada pelo

44

facto de após a avaliação intermedia em 2008 ter-se assinado novos acordos de financiamento, o que elevou o nível de financiamento. Entretanto, embora o

financiamento tenha crescido até 2009, este não evoluiu à mesma proporção que o

orçamento.

Por fim, a evolução mostra-se constante de 2009 a 2010 porque as estratégias de mobilização e aumento de financiamento não se consumaram, pela interferência da crise

económica global que levou potenciais parceiros à mudança de enfoques, redução de carteiras de financiamento, mas também ao encerramento de linhas de financiamento, o

que fez com que se mantivesse a principal base de financiamento existente, graças a acordos celebrados numa perspectiva de médio e longo prazo.

Quanto à evolução das despesas, há uma redução de 2008 a 2009 na ordem de 4,30%, mas volta a subir, em 2010, na ordem de 10,89%. Em termos reais, há uma evolução

contínua da despesa, de 2008 a 2010, a uma taxa de de cerca de 4% ao ano. Importa aqui referir que, houve um adiantamento de despesa de 2009, feito em finanis de 2008, no âmbito do apetrechamento do novo edifício de escritório que, contabilisticamente, é

registado em 2008, o que oculta este crescimento constante e harmonioso ao longo dos anos.

A tendência histórica mostra-nos esta evolução contínua nas três variáveis finaceiras (Orçamento, Financiamento e Despesas), mas em 2011 o ambiente financeiro global

piora e demanda fortes medidas de austeridade e racionalização da despesa interna, para além da necessidade da busca de fontes alternativas de financiamento. Isto obriga a um

corte do próprio Orçamento de 2011, através dum orçamento operacional mínimo, ficando o Orçamento Global aprovado no âmbito do Plano Trienal uma base indicativa. As despesas deverão ser alinhadas ao orçamento mínimo e concentrá- las onde as acções

têm maior impacto.

B. O contexto actual de financiamento Actualmente, o contexto de financiamento é deveras adverso, com o acesso às fontes de

financiamento cada vez mais racionalizado. As principais características do contexto actual são:

- Reduação do financiamento dos Governos Nórdicos às suas agências de desenvolvimento internacional;

- Redimensionamento dos sectores e áreas geográficas de apoio pelos parceiros

financeiros (com impacto directo no projecto regional de Monitoria do Orçamento em que o GMD faz parte);

- Financiamento regido pela abordagem de planificação por resultado;

- Dificuldades acrescidas de acesso ao fundo da Comissão Europeia para a Sociedade Civil;

45

- Concorrências das organizações implementadoras aos escassos fundos e fontes de

finaciamento.

C. Resposta do GMD Para fazer face a esta conjuntura adversa, o GMD vai implementar e consolidar um conjunto de mediadas de austeridade, por um lado, mobilização de recursos financeiros

adicionais (fund raising), incluindo para os Núcleos Provinciais, e incremento da geração de receitas próprias. As principais medidas são:

- Corte do Orçamento Global/inicial em 30%, excluindo a reserva, através dum Orçamento Ajustado (Orçamento Mínimo), o que significa que o Orçamento Mínimo

perfaz 70% do Orçamento Inicial previsto no Plano Trienal (2009 – 2011).

- Austeridade para lá da redução da despesa de funcionamento nos últimos anos. De 2008 a 2010 a despesa de funcionamento caiu continuamente, sendo a maior

queda de 2009 a 2010. A razão por detrás disto é a maior disciplina imposta pela instituição, e de forma peculiar, considerando as circunstâncias adversas que

afectam a mobilização de financiamento a nível global, devido a crise económica internacional (detalhes no relatório financeiro, 2010).

Neste contexto, vai se intensificar: a partilha de equipamentos como impressoras, a racionalização da corrente eléctrica com a utilização da luz somente quando necessário, a codificação e centralização dos telefones, a reciclagem do papel, através do

reaproveitamento do papel usado na impressão de documentos de circulação interna, entre outros.

- Na intensificação da mobilização e geração de receitas próprias, vão se juntar às quotas dos membros as receitas de aluguer das salas de reuniões do GMD e, possivelmeneto, o aluguer do edifício anexo.

- O GMD vai também continuar a explorar possibilidades de fixação de meios de

reprodução de cópias ao nível dos Núcleos Provinciais para a geração de receitas próprias para os NPs.

- Adicionalmente, o GMD vai lançar uma campanha de fund raising ajustada ao contexto actual (com considerações temáticas e ligações estratégicas específicas) e no âmbito do

novo Plano Estratégico a ser produzido em 2011. - Finalmente, vai ser elaborada uma política de auto-sustentabilidade financeira

institucional.

46

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS A nova abordagem de planificação e implementação de actividades do GMD impõe

importantes desafios à capacidade institucional para uma gestão sistemática integrada. Por isso, o reforço à capacidade institucional é um imperativo para a realização dos resultados preconizados.

A. Reforço na capacidade institucional O GMD vai, na nova abordagem, reforçar a sua capacidade de gestão institucional

através da implementação de novos instrumentos de gestão, a asaber: - Implementação da Política de Recursos Humnaos;

- Implementação da política do Género e HIV/SIDA;

- Mudança do sistema de contabilidade de Base Caixa para Base Acréscimo por Diferimento;

- Implementação do instrumento de Monitoria das Actividades do GMD e parceiros;

- Elaboração duma política de autosustentabilidade financeira;

- Contratação de um responsável permanente para a ligação com os Núcleos Provinciais;

- Descentralização de acções de impacto directo local para a execução directa pelos Núcleos Provinciais.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

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OE 1 - Promover Políticas públicas que concorrem para boa Governação e justiça

sócio-económica.

Outcome (Efeito directo da acção): Até 2014, 50% das políticas públicas são elaboradas

de forma participativa, incorporando prioridades de desenvolvimento local, com mecanismos claros de prestação de contas ao cidadão.

Output (anual): Anualmente, o PESOD/PESOP/PES incorpora contribuições da Sociedade Civil.

Actividades anuais (definição e desenvolvimento por cada actividade) e responsabilidades sectoriais:

- -

- Indicadores do Output: -

- -

OE 2 - Fortalecer a Capacidade de Intervenção da Sociedade Civil na Planificação e

Monitoria de Políticas e Recursos Públicos.

Outcome (Efeito directo da acção): Até 2014, pelo menos 50% dos actores da sociedade

civil congregados na rede do GMD, produzem análises e posicionamentos sobre polít icas públicas e utilização dos recursos públicos.

Output (anual): Anualmente o GMD cria e reproduz conhecimento e informação no seio da Sociedade Civil, assistindo a producao e advocacia de posicionamentos nos espaços de

diálogo, no âmbito de planificação e monitoria públicas.

Actividades anuais (definição e desenvolvimento por cada actividade) e responsabilidades sectoriais: -

- -

Indicadores do Output: - -

-

OE 3 - Fortalecer o Diálogo e Partilha de Informação com os Diferentes Actores

Nacionais e Internacionais.

Outcome (Efeito directo da acção): Até 2014, pelo menos 45% dos actores da sociedade civil congregados na rede do GMD têm agendas harmonizadas e participam nas

plataformas de diálogo.

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Output (anual): Anualmente, aos diferentes níveis, plataformas e redes de diálogo funcionam de forma articulada (ligados entre si do distrito, província ao nível central)

fornecendo subsídios aos momentos chave de decisão, dentro e fora do país, potenciando a troca de informação e de experiências.

Actividades anuais (definição e desenvolvimento por cada actividade) e responsabilidades sectoriais:

- -

- Indicadores do Output: -

- -

OE4 - Maximizar as Oportunidades de Desenvolvimento Institucional do GMD

Outcome (Efeito directo da acção): Contribuição de receitas próprias aumenta para 5%, até 2014.

Output (anual): Anualmente, o GMD gera receita própria, aumentando em 1,33 pontos percentuais a sua contribuição para o orçamento anual.

Actividades anuais (definição e desenvolvimento por cada actividade) e

responsabilidades sectoriais: - -

- Indicadores do Output:

- - -