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Plano de Actividades para 2004 Outubro de 2003 Plano de Actividades Ano de 2004

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Outubro de 2003

Plano de Actividades

Ano de 2004

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IGCP - PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2004

I – ENQUADRAMENTO

O Instituto de Gestão do Crédito Público tem como objecto principal da sua actividade a gestão da carteira de dívida pública directa do Estado envolvendo a obtenção do financiamento necessário à cobertura das necessidades brutas de financiamento do Estado, o serviço da dívida e a gestão dos riscos da carteira, de acordo com as orientações aprovadas pelo Governo. .

Esta actividade é enquadrada, de uma forma genérica, pelos seus Estatutos e pelas disposições da lei quadro da dívida pública (Lei n.º 7/98) e, de uma forma mais concreta, pelos objectivos e limites estabelecidos nas leis que aprovam os Orçamentos do Estado, pelos Programas Anuais de Financiamento e pelo conjunto das “Orientações para a Gestão da Carteira de Dívida do Estado pelo IGCP” aprovadas pela Tutela.

A lei quadro da dívida estabelece que a gestão deve ter como meta a minimização dos custos da dívida numa perspectiva de longo prazo, querendo com isto significar que, mais do que o custo num ou noutro período, importa minimizar de uma forma contínua o custo implicado pela dívida até à sua liquidação.

O objectivo da minimização do custo é colocado em paralelo com o da limitação de riscos, nomeadamente dos que se referem à concentração temporal das amortizações (e consequente risco de refinanciamento) e à volatilidade dos custos entre os vários exercícios orçamentais.

O objectivo da minimização dos custos envolve assim, necessariamente, a opção por um nível aceitável de risco, opção que uma vez tomada pode concretizar-se, através da aplicação de modelos próprios, na definição uma estrutura óptima de composição da carteira (em termos de taxa de juro fixa versus taxa flutuante, tipo e prazo dos instrumentos e moedas de denominação). A escolha dessa opção não é meramente de natureza técnica, na medida em que a assunção de um maior ou menor grau de risco tem consequências a nível da gestão orçamental.

O conjunto de “Orientações para a Gestão da Carteira de Dívida do Estado”, aprovadas pela Tutela, incorpora as opções tomadas sobre essa matéria e integra, por assim dizer, os termos do contrato de gestão celebrado entre o Estado - o detentor da carteira da dívida pública - e o IGCP enquanto responsável pela sua gestão.

O enquadramento da actuação do Instituto está assim, hoje, claramente definido.

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A minimização dos custos, no entanto, passa também pelas taxas de juro a que a nova dívida é colocada em mercado.

A criação do Euro veio, neste aspecto, introduzir uma alteração profunda no contexto em que se desenvolve a actividade de financiamento do Estado. Basicamente, porque a emissão de dívida pública deixou de se fazer num mercado cativo protegido pelo risco cambial, o mercado doméstico do escudo, onde a dívida pública portuguesa constituía o referencial isento de risco para a maior parte dos investidores domésticos.

No mercado alargado da dívida em euros e ao contrário do que acontecia no mercado doméstico do escudo, as taxas de juro passaram a ser um dado exógeno. O que passou a ser relevante como medida do custo do financiamento foi o diferencial entre as taxas a que a dívida portuguesa é colocada e as taxas de rendimento dos títulos de dívida soberana dos outros países membros da UEM.

As condições de colocação da dívida, nomeadamente de pequenos Estados como Portugal, perderam assim muito do carácter institucional que tinham para passarem a depender muito mais da eficiência dos respectivos mercados e daquilo a que poderemos chamar de políticas comerciais e de marketing.

E isto porque o referido diferencial de taxas de juro reflecte não apenas a percepção pelo mercado das diferenças de risco de crédito entre os vários emitentes e os prémios associados à maior ou menor liquidez dos títulos, mas reflecte também o apelativo com que esses títulos se apresentam perante os investidores, influenciado, por exemplo, pelas condições da sua negociabilidade em mercado secundário ou as diferenças nos regimes de liquidação e tributação.

O nosso País apresenta-se, quanto aos primeiros aspectos, numa posição singular entre os vários Estados da UEM que condiciona negativamente o custo relativo da sua dívida. E isto porque conjuga as mais baixas notações de rating da UEM com a circunstância de não poder ascender a patamares muito elevados de liquidez para as suas emissões, em virtude da reduzida dimensão, em termos absolutos, da dívida e das necessidades brutas de financiamento do Estado.

Reduzir o custo da dívida passa agora, sobretudo, por dispor de uma rede diversificada e eficiente de distribuição que permita atingir e manter uma base alargada de investidores com apetência por adquirirem dívida pública portuguesa. Passa também por eliminar os factores que possam traduzir-se em desvantagem comparativa da dívida portuguesa face à dos outros emitentes que concorrem no mesmo mercado.

A viragem para a adopção deste tipo de estratégias ocorreu em 1997 e teve como passos mais significativos o alargamento do estatuto de OEVTs – Operadores Especializados em Valores do Tesouro a bancos estrangeiros em 1998, a redenominação da dívida em Euros no início de 1999, a introdução progressiva das OT - Obrigações do Tesouro no Euro-MTS

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(sistema pan-europeu de negociação de títulos de dívida) e a criação do mercado especial da dívida pública portuguesa (MEDIP) onde são negociadas todas a linhas de OT e OTRV.

A estratégia seguida nos últimos anos no que se refere à dívida de médio e longo prazo contribuiu para que o mercado das OT, apesar da sua reduzida dimensão quando comparado com o de outros soberanos europeus, ofereça hoje aos investidores adequados níveis de liquidez nos principais segmentos da curva de rendimento nos prazos até 10 anos.

Em 2003 a estratégia de gestão da dívida incluiu o relançamento da emissão de BT – Bilhetes do Tesouro, visando os prazos mais curtos da curva de rendimentos (recorda-se que a emissão de BT havia sido suspensa em 1999 na perspectiva de concentrar o financiamento no mercado das OT). A emissão de BT iniciou-se em Julho de 2003 devendo prosseguir em 2004 com o objectivo consolidar a utilização dos BT como instrumento de financiamento permanente e estrutural do Estado através da adopção de um programa regular de emissões com linhas de dimensão suficiente para lhes assegurar liquidez em secundário e do envolvimento dos intermediários financeiros especializados (EBT) na criação de uma base alargada de investidores em BT a nível da zona euro e como criadores de mercado.

Os mercados estão, no entanto, em constante evolução e há que saber continuar a antecipar as tendências, tanto a nível das variáveis financeiras quanto das tecnologias e das componentes institucionais.

Os mecanismos de controlo da tributação dos juros da dívida deverão continuar a ser objecto de ponderação em confronto com o que tem vindo a verificar-se nos nossos parceiros europeus. Há que reavaliar nomeadamente, a eficácia e os custos directos e indirectos que decorrem dos processos de controlo dos regimes de isenção aplicados a entidades não residentes, tendo presente que mais de 75% da dívida é hoje colocada junto dessas entidades.

Do ponto de vista do IGCP, enquanto organização, concretizaram-se já as principais reformas e objectivos visados aquando da sua criação. Completado no essencial este processo, o IGCP mantém-se disponível para assumir responsabilidades acrescidas em áreas da gestão financeira do Estado conexas com a gestão do financiamento, aproveitando a infra-estrutura tecnológica e as competências criadas.

Embora tendo a seu cargo a maior carteira financeira do País, o Instituto é uma unidade de pequena dimensão e pretende-se que assim se mantenha. Continuar-se-á a privilegiar a qualidade sobre a quantidade e a investir, sobretudo, na motivação e competência técnica das pessoas e na qualidade dos sistemas de informação de suporte à sua actividade.

II – OBJECTIVOS E ESTRATÉGIAS

Obtenção de financiamento e a gestão do mercado da dívida pública

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A actividade de obtenção de financiamento e de gestão do mercado da dívida pública deverão seguir as orientações constantes do programa anual de financiamento aprovado pelo Ministro das Finanças. Esse programa deverá ser preparado até final de Novembro, entrando em conta com as necessidades de financiamento que decorrem do Orçamento do Estado, as expectativas para a evolução do enquadramento macroeconómico nacional e internacional e as tendências esperadas para a evolução do mercado da dívida em euros.

O programa deverá apontar os principais instrumentos a usar para a obtenção de financiamento e as linhas de orientação para a intervenção no mercado através da recompra de títulos que possa ser justificada por objectivos de aumento de liquidez ou de ajustamento do perfil temporal das amortizações. Deverá incluir igualmente linhas de acção para a gestão dos canais de colocação e distribuição da dívida, nomeadamente no que se refere ao papel desempenhado pelos OEVT, OMP e EBT e ao investimento a realizar em acções de marketing junto de investidores.

No curto prazo, a gestão da emissão de dívida terá em conta o escalonamento ao longo do ano do serviço da dívida e das restantes receitas e despesas públicas. Tal é feito pela manutenção de um plano detalhado de financiamento actualizado diariamente com informação proveniente dos registos da dívida e informação sobre a evolução dos fluxos previsionais (previsões de evolução mês a mês e dia a dia) da tesouraria do Estado.

Gestão do custo e riscos da carteira

Em complemento da obtenção de financiamento e gestão do mercado da dívida, a actividade do IGCP abrange a realização de outras operações financeiras com o objectivo de ajustar o custo e os riscos da carteira de dívida pública, tendo em conta os objectivos de gestão e os limites definidos nas “Orientações para a Gestão da Carteira de Dívida do Estado” que, para esse efeito, definiu uma carteira de referência (benchmark).

A gestão do custo e dos riscos da carteira face ao benchmark dispõe. desde Outubro de 2000, de um instrumento fundamental de suporte que é o Finance-Kit. Este sistema, onde são registadas todas as operações e que efectua a avaliação financeira das posições através de um vasto leque de ferramentas financeiras, permitiu evoluir para uma situação em que podem ser produzidos relatórios diários sobre a posição relativa da carteira face ao benchmark quanto a custos e riscos de taxa de juro e de taxa de câmbio e risco de crédito e em que podem ser avaliados, por simulação de cenários de evolução de taxas de juro e taxas de câmbio e por simulação de operações, os impactos sobre a carteira.

Apoiado na informação de gestão disponibilizada por esse sistema, o IGCP tem vindo a intensificar a gestão activa da carteira de dívida através da contratação de derivados financeiros e de operações de recompra de dívida, movimento que se deverá manter em 2004.

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Gestão operacional

Os processos operacionais de colocação de dívida e de execução e controlo das liquidações financeiras sofreram melhorias muito significativas com a adopção no início de 2000 do sistema Bloomberg para a realização dos leilões – adoptado também para a colocação em primário dos BT – e com a implementação do Finance-Kit.

Para 2004, o IGCP, ao nível operacional, prevê o up grade do sistema de informação Finance-Kit para a versão 6.0, uma vez que a anterior irá ser descontinuada a curto prazo. As novas facilidades que daí resultarão ao nível do reporting e da contabilização dos fluxos financeiros associada à aquisição de um novo módulo - o GLM (General Ledger Module) – permitirá ao IGCP uma gestão integrada e automatizada da sua actividade desde a contratação de operações até à respectiva contabilização. Esta solução irá permitir também a adopção integrada do POCP às contas da dívida.

No decorrer do ano de 2003 foi disponibilizada pela MTS Portugal a facilidade electrónica de recompras de dívida pública - o PBB (Portuguese Buy Back) Reconhecendo-se o aumento de eficiência que este sistema proporciona na execução do Programa de Recompras, continuar-se-á a utilizá-lo de forma regular em 2004.

III – ACTIVIDADES PREVISTAS

Objectivos / Actividades / Acções a desenvolver Objectivos estratégicos Actividades envolvidas Acções a desenvolver

Assegurar a satisfação atempada das necessidades de financiamento do Estado associadas à execução do Orçamento do Estado e ao serviço da dívida existente.

Planeamento e programação

Preparar a estratégia de emissões e elaborar o programa de financiamento anual

Acompanhar a execução do programa de financiamento anual introduzindo os ajustamentos que se revelem necessários em função das alterações que possam ocorrer nas necessidades de financiamento e da evolução da situação dos mercados financeiros.

Manter actualizadas as previsões a curto prazo dos fluxos financeiros da tesouraria do Estado

Prever os fluxos relativos aos instrumentos de subscrição contínua

Calendarizar as emissões de OT e de Bilhetes do Tesouro e programar o recurso a outros instrumentos de financiamento.

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Objectivos estratégicos Actividades envolvidas Acções a desenvolver

Negociação e execução de operações de financiamento por grosso e de gestão activa

Preparar e coordenar as operações de colocação de dívida através de sindicatos bancários, incluindo as correspondentes operações de cobertura de riscos.

Realizar os leilões de Obrigações do Tesouro

Realizar os leilões de Bilhetes do Tesouro

Negociar e contratar a emissão de Papel Comercial e de CEDICs, proceder ao saque da Revolving Credit Facility e da Swingline e contratar outras operações de financiamento.

Negociar e contratar operações de reporte com OT e BT como fonte de financiamento de muito curto prazo

Gestão da dívida de retalho Proceder à emissão e resgate de Produtos de Aforro no balcão

Coordenar a actividade dos CTT como agente da comercialização dos produtos de aforro.

Assegurar a minimização dos custos da dívida numa perspectiva inter-temporal

Planeamento e programação

Desenvolver instrumentos de análise com vista ao acompanhamento da conjuntura macroeconómica e da evolução dos mercados financeiros

Desenvolver uma metodologia mais prospectiva para a gestão da carteira da dívida e controle dos limites.

Prosseguir o aperfeiçoamento do modelo do benchmark.

Avaliar regularmente a posição da carteira de dívida face ao benchmark no que respeita aos diferenciais de custo e aos riscos de acordo com o previsto nas “Orientações para a Gestão da Dívida pelo IGCP” (“Guidelines”) aprovadas pela Tutela.

Avaliar o impacto das estratégias de financiamento nos custos e riscos da carteira face ao benchmark.

Definir as estratégias a seguir na execução das operações de gestão activa da carteira.

Definir a estratégia para a recompra de dívida em mercado e avaliar o impacto financeiro do exercício de opções de pré-pagamento de empréstimos existentes

Estudar processos de minimizar o impacto sobre o Orçamento da existência de desfasamentos temporais entre a emissão de dívida e as necessidades de financiamento, designadamente as que estão associadas ao serviço da dívida

Promover o ajustamento do enquadramento fiscal da dívida pública, tendo em conta as práticas dos outros soberanos da UEM de modo a evitar os custos de uma discriminação fiscal negativa para a dívida portuguesa.

Proceder a uma avaliação global do desempenho das contrapartes nas áreas da contratação de operações de derivados e emissão de Papel Comercial.

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Objectivos estratégicos Actividades envolvidas Acções a desenvolver

Negociação e execução de operações de financiamento por grosso e de gestão activa

Negociar e contratar as operações de derivados financeiros

Negociar e executar as operações de recompra de dívida e de pré-pagamento de empréstimos

Negociar e executar operações de aplicação de saldos

Promoção da dívida pública Acompanhar activamente o trabalho das agências de rating no sentido de assegurar as melhores notações de rating para a dívida da República, nomeadamente através da preparação e fornecimento da informação requerida, organização dos programas de visitas e discussão dos relatórios de avaliação.

Planeamento e programação

Acompanhar e analisar os desenvolvimentos institucionais, técnicos e operacionais de outros mercados de dívida, tanto no segmento do mercado primário como do secundário, no sentido de procurar manter o mercado da dívida pública portuguesa alinhado com os melhores standards internacionais.

Acompanhar os índices de referência do mercado da dívida pública, analisando a sua composição, e em particular o peso e o modo como a dívida da República entra nos mesmos.

Gestão do mercado das Obrigações do Tesouro

Ajustar as regras de acesso e de funcionamento do mercado primário da dívida e os direitos e obrigações dos intermediários financeiros com estatuto de OEVT e OMP

Acompanhar e avaliar o desempenho dos OEVT e OMP em matéria de colocação de dívida, participação no mercado secundário e, de um modo mais geral, a sua contribuição para a prossecução dos objectivos estratégicos definidos para a gestão da dívida

Decidir sobre a admissão e a exclusão de operadores.

Divulgar para o mercado através dos meios adequados as linhas da estratégia de financiamento para o ano, os calendários dos leilões e das operações estruturadas de recompra de dívida e os resultados dessas transacções.

Acompanhar e avaliar os turnovers no MEDIP de cada um dos títulos aí transaccionados e a evolução dos respectivos spreads nomeadamente no sentido de detectar a necessidade de introduzir medidas correctivas ou de ajustamento das políticas de emissão e de recompra.

Desempenhar um papel activo na gestão da sociedade gestora do MEDIP de forma a garantir que os objectivos de transparência e de eficiência deste mercado são prosseguidos.

Garantir a eficiência do mercado primário e secundário e a liquidez dos títulos do Tesouro

Gestão do mercado dos Bilhetes do Tesouro

Definir e ajustar as regras de acesso e de funcionamento do mercado primário de BT e os direitos e obrigações dos intermediários financeiros com estatuto de Operadores Especializados em BT.

Acompanhar e avaliar o desempenho dos Operadores Especializados em BT em matéria de colocação de dívida e participação no mercado secundário.

Decidir sobre a admissão e a exclusão de operadores.

Divulgar para o mercado através dos meios adequados os calendários dos leilões bem como os resultados das colocações.

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Objectivos estratégicos Actividades envolvidas Acções a desenvolver

Promoção da dívida pública portuguesa

Divulgar informação sobre o mercado secundário da dívida e, nomeadamente, sobre as suas regras de funcionamento, turnovers, spreads e participantes no MEDIP / MTS Portugal

Promover uma actuação activa por parte dos OEVT, através dos seus departamentos de research e da força de vendas, no sentido da promoção do nome da República e do mercado da dívida portuguesa junto dos seus clientes

Realizar road-shows e acções de marketing com o objectivo de aumentar a participação e atrair novos investidores ao mercado da dívida pública portuguesa

Negociação e execução de operações de financiamento por grosso e de gestão activa

Negociar e contratar as operações de reporte sobre títulos do Tesouro, no âmbito da janela de reportes de último recurso, de acordo com as regras e limites definidos para estas operações.

Auditoria, procedimentos e avaliação

Executar os procedimentos associados à gestão da carteira do benchmark

Avaliar a evolução das características de custo e de risco da carteira do benchmark e da carteira de dívida real, controlar os desvios entre uma e outra à luz dos limites definidos nas “Guidelines” e preparar os relatórios trimestrais de acompanhamento da gestão a enviar à tutela

Acompanhar as acções de auditoria desenvolvidas pelo Tribunal de Contas e outros órgãos de fiscalização.

Prosseguir o projecto de elaboração de manuais de procedimentos e da construção de uma estrutura de controlo interno e de gestão de risco.

Continuar, no âmbito da avaliação regular do cost at risk (CAR), o estudo sobre modelos teóricos de geração de taxas de juro

Proceder a auditorias internas pontuais a áreas específicas do funcionamento do IGCP.

Implementar procedimentos de auditoria utilizando o Finance Kit como instrumento

Definir o modelo de acompanhamento e controle da carteira de colateral, no âmbito dos contratos CSA.

Execução, controlo e contabilização dos fluxos financeiros da dívida por grosso

Controlar a actividade de emissão de dívida de forma a assegurar que são cumpridos os limites de endividamento líquido e bruto fixados na Lei do Orçamento e os limites de emissão por instrumentos.

Controlar as operações de colateralização.

Gestão da dívida de retalho Assegurar que são cumpridos os limites de emissão definidos para os Certificados de Aforro

Limitar os riscos associados ao financiamento e à gestão da carteira de dívida

Planeamento e programação

Analisar novos produtos financeiros e definir regras e procedimentos para a sua contratação, processamento e avaliação.

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Objectivos estratégicos Actividades envolvidas Acções a desenvolver

Execução, controlo e contabilização dos fluxos financeiros da dívida por grosso

Controlar e confirmar as operações de financiamento e de gestão activa contratadas

Assegurar que os fluxos financeiros associados à contratação de novas operações e os decorrentes do serviço da dívida são executados correcta e atempadamente e com os menores riscos operacionais

Garantir que os mecanismos de retenção de impostos sobre os juros e os fluxos financeiros de entrega e de requisição de fundos orçamentais são executados de forma correcta e atempada

Utilizar o homebanking da DGT para a conta da dívida, assegurando a competente informação às contrapartes no que diz respeito às novas instruções de pagamento.

Realisar o up-grade do sistema Finance Kit para a versão 6.0.

Maximizar a utilização dos mecanismos automáticos do Finance-Kit no processamento e no controlo dos fluxos financeiros e no controlo dos movimentos e dos saldo das contas caixa por onde são processados.

Adoptar o sistema GLM de contabilidade para a dívida e o seu interface com o Finance Kit.

Assegurar o processamento das operações decorrentes da colateralização.

Garantir eficiência no processamento interno das operações de dívida de grosso e de retalho

Gestão da dívida de retalho Assegurar os pagamentos decorrentes dos resgates do Certificados de Aforro feitos no balcão e do vencimento das Rendas Perpétuas e Rendas Vitalícias e dos cupões de Consolidados, procurando que sejam efectuados por transferência bancária.

Migrar o histórico do sistema CAF para ambiente SPA.

Garantir que os mecanismo de retenção de impostos sobre os juros dos instrumentos de dívida de retalho e os fluxos financeiros de entrega e de requisição de fundos orçamentais são executados de forma correcta e atempada

Controlar e liquidar, dentro dos prazos fixados, os saldos dos movimentos financeiros realizados pelos CTT enquanto agente de comercialização dos produtos de aforro.

Melhorar a qualidade do serviço prestado pelo Balcão de atendimento ao Público designadamente prosseguindo o esforço de diminuição do tempo nos processos de tratamento e de decisão sobre a transmissão de direitos sobre dívida.

Adoptar a aplicação SPA na gestão e liquidação automática dos pagamentos das Rendas Perpétuas, Rendas Vitalícias e dos cupões de Consolidados.

Assegurar a transparência da gestão

Planeamento, programação e reporting

Preparar e publicar o Relatório Anual da Gestão da Dívida com inclusão da descrição detalhada das estratégias de financiamento e de gestão seguidas, transacções efectuadas e resultados atingidos.

Elaborar relatórios de análise dos resultados de emissões sindicadas e de leilões (OT e BT).

Elaborar as estatísticas da dívida directa do Estado.

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Objectivos estratégicos Actividades envolvidas Acções a desenvolver

Disponibilizar informação estatística da dívida pública a entidades nacionais e internacionais

Divulgar via Internet o Boletim Mensal com informação sobre fluxos e evolução do stock da dívida pública e resultados da colocação da dívida.

Manter actualizado o site do IGCP na Internet e alargar e melhorar os seus conteúdos de forma a disponibilizar mais informação e novos serviços aos cidadãos.

Assessoria financeira a entidades do sector público

Analisar e emitir parecer sobre empréstimos a contratar por FSA e sobre outros empréstimos que envolvam o aval do Estado

Prestar consultoria em matéria de negociação de financiamentos, reestruturação de operações, gestão de carteiras de passivos e matérias similares, a entidades do sector público, incluindo mpresas públicas e Regiões Autónomas.

Assegurar a prestação de serviços de assessoria e de gestão do FRDP e FRV

Gestão do FRDP e FRV Efectuar a gestão dos participantes nos Fundos de Renda Vitalícia, providenciar na reavaliação anual das responsabilidades destes Fundos e decidir sobre a estratégia de gestão da carteira de activos dos Fundos.

Proceder à avaliação e decidir sobre a actualização da valor das rendas vitalícias

Realizar fluxos financeiros associados a movimentos da carteira de activos e aos movimentos de rendas e proceder às respectivas contabilizações.

Efectuar o processamento das receitas e despesas do FRDP, preparar orçamentos e elaborar os relatórios da gestão do FRDP

Garantir a disponibilidade de sistemas de informação e de comunicação actualizados e de condições de segurança na sua utilização

Gestão de sistemas de informação

Continuar o projecto de segurança informática com a actualização do plano de contingência.

Actualizar as normas e procedimentos de segurança na sequência das alterações tecnológicas implementadas.

Analisar soluções de continuidade e recuperação do negócio (disaster recovery), nomeadamente, o alojamento externo de sistemas críticos e de unidades de back-up .

Avaliar o protótipo de Intranet já desenvolvido com vista à sua implementação.

IV - RECURSOS HUMANOS

Política de gestão e de recrutamento de pessoal

A política de gestão dos recursos humanos tem vindo e continuará a pautar-se pelos seguintes princípios:

• Obtenção de adequados níveis organizacionais e de produtividade através de uma utilização eficiente dos recursos humanos e materiais no desenvolvimento da missão atribuída ao Instituto

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• Harmonização dos interesses do Instituto com as aspirações de realização pessoal e profissional dos trabalhadores ao seu serviço.

• Aplicação de um sistema de remunerações e promoções que valorize o mérito individual e o contributo para os resultados.

• Promoção de uma política de formação tendo em consideração a especificidade da actividade desenvolvida pelo IGCP, inserida num sector com exigências de qualidade elevadas e sujeita a grandes mutações tecnológicas.

À data de 30 de Outubro de 2003, encontravam-se ao serviço efectivo 50 funcionários do quadro e 12 em regime de requisição, sendo 11 coordenadores, 22 técnicos e 29 administrativos. O IGCP não tem presentemente ao serviço trabalhadores com contrato a prazo.

Para 2004, não se perspectiva a necessidade de pessoal adicional no quadro das actuais atribuições do Instituto. No caso de se verificarem saídas a que correspondam funções imprescindíveis para o cumprimento da missão do IGCP, procurar-se-á, através dos meios mais adequados e no quadro legal existente, efectuar as respectivas contratações de substituição.

Prosseguindo uma política de apoio à inserção de jovens licenciados no mercado de trabalho, será dada continuidade aos concursos para estágios no IGCP destinados a recém-licenciados em Economia e Gestão de Empresas.

V -RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

Nos termos do n.º 1 alínea a) do artigo 25º do Decreto-Lei n.º 160/96, de 4 de Setembro, constitui receita própria do IGCP uma comissão de gestão anual, cujo montante não poderá ser inferior ao valor equivalente a 0,1 por mil do stock da dívida directa do Estado existente em 31 de Dezembro do ano anterior, nem superior ao valor correspondente a 0,15 por mil do mesmo stock. No final de 2003, prevê-se que a dívida pública directa do Estado ascenda a 85 mil milhões de euros, pelo que, considerando o limite mínimo estipulado na lei, as receitas em 2004 são estimadas em 8,5 milhões de euros.

Não obstante os recursos disponíveis para financiar as actividades de funcionamento apresentarem um crescimento de 6,25 por cento relativamente ao ano anterior, assumiram-se na elaboração do Orçamento do IGCP para 2004 as orientações de contenção da despesa pública definidas pelo Governo. Assim, as despesas totais orçamentadas para 2004 apresentam uma redução de 3% em relação ao orçamento aprovado de 2003. Este decréscimo resulta integralmente da significativa contracção das despesas correntes (-5,4%), designadamente da despesa em bens e serviços que sofre um corte de 8,6%. O aumento das despesas de capital, que representam apenas 6,7% da despesa total, cifra-se em 47,6% e deriva da necessidade de efectuar investimentos na área dos sistemas

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informáticos de suporte à actividade do Instituto (up-grade do sistema Finance-Kit e aquisição do módulo GLM para a implementação do POCP).

IGCP, 30 de Outubro de 2003