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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Especialização “Latu – Sensu” em Gerência Contábil, Financeira e Auditoria. Cristiane Beatriz Fernandes Pacheco PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: Decisão Estratégica que pode determinar o sucesso ou não de uma empresa. LINS – SP 2012

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Especialização “Latu – Sensu” em Gerência Contábil, Financeira e

Auditoria.

Cristiane Beatriz Fernandes Pacheco

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO:

Decisão Estratégica que pode determinar o sucesso ou não de uma

empresa.

LINS – SP

2012

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CRISTIANE BEATRIZ FERNANDES PACHECO

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gerência Contábil, Financeira e Auditoria sob a orientação dos Professores Ms. Dr. Andre Ricardo Ponce dos Santos e Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS – SP

2012

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Pacheco, Cristiane Beatriz Fernandes

P118p Planejamento tributário: decisão estratégica que pode determinar o sucesso ou não de uma empresa / Cristiane Beatriz Fernandes Pacheco – – Lins, 2012.

40p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para Pós-graduação “Lato Sensu” em Gerência Contábil, Financeira e auditoria, 2012.

Orientadores: André Ricardo Ponce dos Santos; Jovira Maria Sarraceni;

1. Planejamento Tributário. 2. Carga Tributária. 3. Competitividade. I Título.

CDU 657

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CRISTIANE BEATRIZ FERNANDES PACHECO.

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO:

Decisão estratégica que pode determinar o sucesso ou não de uma empresa.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de especialista em Gerência Contábil, financeira e

Auditoria.

Aprovada em: _____/______/_____

Banca Examinadora:

Prof. Dr. André Ricardo Ponce dos Santos

Doutor em Engenharia de Produção pela FEAU- UNIMEP

_______________________________________________________________

Profª Ms. Jovira Maria Sarraceni

Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP

_______________________________________________________________

LINS-SP

2012

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Dedico este trabalho a meu esposo Neiton pela força e

incentivo que me transmitiu ao longo desta jornada a minha

filha Gabrielly por acreditar na minha escolha e a nossa

pequena Manuella que veio ao mundo para completar nossa

felicidade.

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AGRADECIMENTOS

A DEUS

Agradeço ao Senhor pelo dom da vida e por toda força e esperança

ao longo desta jornada para construir uma nova estrada. Ao

término desta conquista agradeço ao meu Pai celestial, por mais

esta vitória conquistada, através da fé, da oração e do amor. Ao

meu Senhor, quero dizer, muito obrigada!

Ao orientador e amigo André Ponce

A você expresso todo meu respeito e gratidão.

As minhas amigas Cintia e Elza pela paciência e colaboração ao

término deste trabalho. E as demais amigas Alessandra, Ana,

Daiany, Flavia e Renata, obrigada pela amizade que ficará

marcada pelo resto de minha vida.

Ao querido e sempre mestre professor Ricardo Gonçalves por todo

carinho e amizade, expresso também minha admiração, respeito e

gratidão.

CRISTIANE

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RESUMO

No Brasil, atualmente existem mais de 80 diferentes taxas, impostos e contribuições. Diante deste contexto, faz-se necessária a elaboração de um planejamento, visto que não é uma tarefa fácil. O Profissional da contabilidade deve selecionar uma série de informações precisas, dados importantes e identificar a melhor forma de tributação de uma empresa para reduzir ao máximo os custos de um empreendimento, inclusive de seus impostos. Na hora de fazer o planejamento tributário de uma empresa para fins de opção entre Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional, o Profissional da Contabilidade necessita identificar a atividade de cada empresa, a legislação aplicada e fazer um levantamento dos resultados contábeis e tributários apurados em exercício anteriores. A escolher pelo melhor regime de tributação para uma companhia parte da elaboração de cenários conjunturais que permitirá de forma clara e objetiva, ter condições de identificar a melhor forma de tributação. Inicialmente pela apuração dos custos, a formação do preço de venda para fins de faturamento, a estrutura das despesas até o lucro antes do IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Este trabalho tem como objetivo desenvolver um instrumento que possibilite a realizar uma analise comparativa entre os enquadramentos tributários vigentes, instituídos pela legislação, no âmbito federal e estadual. Para alcançar o objetivo, será realizada uma revisão bibliográfica sobre planejamento tributário, resgatando os principais conceitos sobre o assunto abordado. Diante da pesquisa realizada, constatou-se que os Profissionais da Contabilidade precisam estar atentos às inúmeras particularidades tributarias que se alteram constantemente a fim de não prejudicar o empresário financeiramente e, consequentemente, fazê-lo sofrer processos judiciais. Para a realização deste planejamento o empresário precisa apresentar para o Contador em tempo hábil toda a documentação contábil para fins de registro e fornecer todas as informações de seu orçamento. Portanto, é necessário que o empresário confie e valorize seu Contador, considerando-o como um dos principais parceiros para garantir a continuidade e o sucesso de seu negócio.

Palavras-chaves: Planejamento Tributário. Carga Tributaria. Competitividade.

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ABSTRACT

In Brazil, there are currently over 80 different fees, taxes and contributions. Given this context, it is necessary to draw up a plan, since it is not an easy task. The Professional Accounting must select a series of accurate, important data and identify the best way of taxing a company to minimize the costs of a project, including taxes. When making tax planning for a company to choose between Taxable Income, National Income Deemed or Simple, the Professional Accounting need to identify the activity of each company, and the law applied to survey results recorded in accounting and tax previous exercise. The choose the best tax system for a company part of developing scenarios of situations that will clearly and objectively, be able to identify the best form of taxation. Initially the calculation of costs, training of the sales price for billing purposes, the structure of expenditure to the profit before income tax (Income Tax Law of the People) and social contribution (Social Contribution on Net Income). This study aims to develop a tool that allows to perform a comparative analysis between the existing tax frameworks, established by legislation at the federal and state levels. To achieve the goal, there will be a literature review on tax planning, rescuing the main concepts of the subject matter. Before the survey, it was found that the Accounting Professionals need to be aware of the many particularities tributary that change constantly so as not to harm the business financially and therefore make him suffer lawsuits. To carry out this plan the entrepreneur must submit to the Counter in a timely manner all documentation accounting for registration and provide all the information your budget. Therefore, it is necessary that the employer values your trust and Contador, considering it as a key partner to ensure continuity and success of your business.

Keywords: Tax Planning. Load Tributaria. Competitiveness

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Receita Bruta e alíquotas da Carga Tributária do Simples Nacional

antes da LC nº139/2011. ..................................................................................16

Quadro 2: Nova Receita Bruta e alíquotas da Carga Tributária do Simples

Nacional depois da LC 139/2011. .....................................................................16

Quadro 3: Coeficiente por atividade para base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

..........................................................................................................................20

Quadro 4: Modalidade na forma Cumulativa e Não-Cumulativa do PIS e da

COFINS. ...........................................................................................................22

Quadro 5 Relação Tributos/Impacto Econômico e Financeiro..........................25

Quadro 6: Simulação Lucro Real. .....................................................................33

Quadro 7: Simulação Lucro Presumido ............................................................34

Quadro 8: Simulação Simples Nacional............................................................34

Quadro 9: Comparativo dos Enquadramentos..................................................35

Quadro 10: Comparação da carga tributária nos três regimes de

enquadramento.................................................................................................35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CGSN: Comite gestor do Simples Nacional

COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.

CSLL: Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido.

DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DAS: Documento de Arrecadação do SIMPLES Nacional

DRE: Demonstrativo de Resultado do Exercício

EPP: Empresa de Pequeno Porte

FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

GNRE: Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais

ICMS: Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e

sobre a Prestação de Serviços de Transportes Interestaduais e Intermunicipais

e de Comunicação

INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social

IPI: Imposto sobre produto Industrializado

RIPI: Regulamento do Imposto sobre Produto Industrializado

IR: Imposto de Renda

IRPJ: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas

IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte

ISS: Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real

ME: Microempresa

PASEP: Programa de Formação do Patrimônio de Servidor Público

PGDAS: Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples

Nacional

PIS: Programa da Integração Social

RICMS: Regulamento do ICMS

RIR: Regulamento do Imposto de Renda

SELIC: Sistema Especial de Liquidação e de Custodia

SIMPLES: Sistema Integrado de Pagamento de Imposto e Contribuições das

Microempresas e Empresas de Pequeno Pote

ST: Substituição Tributária

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................10

CAPÍTULO I - CONTEXTO TRIBUTARIO .......................................................12

1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES....................................................................12

1.1 TRIBUTAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.......................13

1.2 Lucro Real...............................................................................................17

1.3 Lucro presumido .....................................................................................19

1.5 Tributos e Contribuições Federais ..........................................................23

1.6 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ ...................................27

1.7 Contribuição Social Sobre o Lucro líquido – CSLL .................................28

1.8 Imposto sobre Produto Industrializado – IPI ...........................................30

1.9 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de mercadorias e sobre

prestação de Serviços de Transporte Interestaduais e Intermunicipais e de

Comunicação – ICMS .......................................................................................31

CAPÍTULO II .....................................................................................................33

2 Comparação aplicada da carga tributaria nos três re gimes de

enquadramento: ..............................................................................................33

2.1 Parecer Final...........................................................................................35

CONCLUSÃO ...................................................................................................37

REFERÊNCIAS ................................................................................................38

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INTRODUÇÃO

Nos dias atuais o planejamento tributário tornou-se necessidade

indispensável para a continuidade dos negócios, visto que a carga tributaria

tem atingido patamares que comprometem as atividades empresariais. Para

minimizar este comprometimento, faz-se o uso do planejamento tributário que é

uma ferramenta que as empresas têm para aumentar sua competitividade em

um mercado cada vez mais exigente. Isto se dá por meio da contribuição de

um bom profissional contador ou consultor, pois a constante alteração na

legislação implica na necessidade do profissional estar sempre atento.

O planejamento tributário é o meio legal de redução da carga tributária,

onde impostos, taxas e contribuições representam uma parcela importante dos

custos das empresas, torna-se uma questão de sobrevivência a administração

do ônus tributários.

De acordo com Zanluca (2012) no Brasil, em média, 33% do faturamento

empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Somente o ônus do Imposto

de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro das empresas pode

corresponder a 51,51% do lucro líquido apurado.

O Planejamento tributário tem como objetivo a diminuição da quantia de

dinheiro a ser pago ao governo, a base de um bom planejamento tributário é a

existência de dados regulares e confiáveis.

Neste sentido, a contabilidade é um pilar para o planejamento tributário,

pois utilizam de sistema de registro permanente das operações onde despesas

e receitas ganham particularidades que devem ser consideradas no momento

de escolher o regime tributário. Outro aspecto importante a ser compreendido

em um planejamento tributário é a correta interpretação e análise dos tributos

diretos e indiretos. Os tributos indiretos buscam o fator econômico para a sua

tributação, e os tributos diretos buscam o resultado alcançado pela empresa.

Por isso é fundamental que o profissional tenha domínio seja capacitado

e tenha experiência para vislumbrar a melhor solução para que a empresa

pague menos impostos.

O assunto escolhido é de extrema relevância para as empresas que

diante da complexidade do sistema tributário e do elevado gasto com tributos,

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precisam administrar cuidadosamente sua tributação e reduzir a quantia

monetária destinada ao fisco, pois, só assim, haverá aumento da lucratividade

e da competitividade frente ao mercado globalizado.

O presente trabalho tem como objetivo desenvolver um instrumento que

possibilite a realizar uma análise comparativa entre os enquadramentos

tributários vigentes, instituídos pela legislação, no âmbito federal e estadual.

Diante da importância da tributação para as empresas questiona-se:

planejamento tributário, quando observados todos os aspectos legais, contribui

potencialmente nos resultados da empresa?

Um planejamento tributário, quando observados todos os aspectos

legais, além de contribuir para o resultado da empresa, pode aumentar sua

competitividade em um mercado cada vez mais exigente.

Para demonstrar a importância do planejamento tributário, foi realizada

uma revisão bibliográfica com base nas seguintes linhas teóricas do autores:

Francisco Coutinho Chaves.; José Barbosa da Silva Junior.; Claudemir

Gonçalves Dias.; Paulo Sebastião Calado.; Claudio Camargo Fabretti.; André

Ricardo Ponce dos Santos, durante o período de 2003 à 2013.

O trabalho apresenta-se assim estruturado.

Capítulo I: Descreve a teoria e as leis Tributárias e como influenciam

diretamente na contabilidade;

Capítulo II: Compara e analisa a carga tributária nos três regimes de

enquadramento;

Por fim, apresenta-se a conclusão do trabalho.

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CAPÍTULO I

CONTEXTO TRIBUTARIO

1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Atualmente o Brasil possui três regimes tributários: Simples, Lucro Real

e Presumido. Ao empresário juntamente com seu contador cabe verificar em

qual enquadrar é o mais adequado à sua empresa.

O contador da empresa é a fonte de consulta principal nesta escolha,

existe também a opção de um consultor externo para fazer o planejamento

tributário, pois são constantes as alterações na legislação, o que implica na

necessidade de o profissional estar sempre atento para não levar o contribuinte

a cometer um crime contra a ordem tributaria.

O conceito de planejamento tributário segundo Chaves (2010) é a

escolha da ação menos onerosa em termos tributários; o contribuinte tem que

evitar a simulação fiscal.

Consoante a isso a escolha de um bom escritório de contabilidade é

fundamental, pois o objetivo é buscar uma assessoria dedicada e desconfiar

quando o valor é muito baixo, neste caso o barato sai caro.

É relevante destacar que a escolha do enquadramento tributário é

irretratável para todo ano calendário, por isso uma escolha errada pode resultar

em prejuízos durante todo período. É importante ressaltar que esta situação

pode ser evitada se a empresa realizar um bom planejamento tributário que é

sempre um exercício de identificar qual a melhor opção legal que o contribuinte

pode fazer para reduzir a carga tributaria. Assim sento uma opção legal, o

profissional tem que estar atento à legislação daquele momento.

A lei 6.404/76 (Lei das S/A) prevê a obrigatoriedade do planejamento

tributário, por parte dos administradores de qualquer companhia.

Diante deste fato, cabe a contabilidade e a administração da empresa

estarem ligados ao planejamento tributário, pois a ausência de uma destas

áreas resultará num procedimento duvidoso.

A preocupação inicial ao se constituir uma sociedade é definir com

precisão quem administra quais seus poderes, qual a atividade-fim da

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empresa, entre outras questões relevantes para a mesma.

Os órgãos como Receita Federal e Governo do Estado de São Paulo

têm investido com vivacidade em sofisticação dos sistemas informatizados para

combater a sonegação. Assim , o empresário deve ficar atento à legislação

para buscar benefícios fiscais ao exportar e ao comprar mercadorias, desta

forma encontrará lacunas legais para economizar de forma segura e legal.

Cabe ressaltar que, quando nos referimos a planejamento tributário, significa que devemos analisar examinar e refletir sobre as operações e fatos com antecedência, para anteciparmos a solução que melhor se ajuste ao potencial problema identificado. (SILVA JÚNIOR, 2003, p. 38).

As microempresas e empresas de pequeno ponte devem acompanhar

as suas contas com o mesmo rigor das grandes companhias, pois devido as

constantes alterações nos regimes tributários, de um ano para outro, o melhor

regime tributário pode mudar.

1.1 TRIBUTAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Com a entrada em vigor do Estatuto Nacional da Microempresa e

Empresa de Pequeno Porte, por meio da Lei Complementar123/2006 mais

conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o esforço para criar

um ambiente favorável ao empreendedorismo tornou-se uma bandeira dos

governos e da sociedade organizada.

A Lei Geral vem, periodicamente, passando por alterações significativas,

com o objetivo de aperfeiçoá-la. Isso representa, para os empresários, medidas

favoráveis ao desenvolvimento de seus negócios.

Mais recentemente, foi editada a Lei Complementar 139, de 10/11/2011,

que trouxe novidades para o ambiente empreendedor.

Dentre elas a ampliação do teto da receita bruta anual do Empreendedor

Individual, das microempresas e empresas de pequeno porte; criação de limite

adicional de receita bruta para exportação de mercadorias e parcelamento da

dívida junto ao Simples.

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado e simplificado

para arrecadação de tributos e contribuições, devidos pelas Microempresas -

ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP, previsto no Estatuto Nacional da

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Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar 123/2006).

Por ele, são pagos oito tributos, seis do governo federal, o ICMS dos Estados e

o ISS dos Municípios em uma única guia de recolhimento.

Trata-se, portanto, de uma opção tributária, pois as ME e as EPP podem

ou não escolher esse regime de tributação. Se não desejarem optar pelo

Simples Nacional, as ME ou as EPP deverão fazer o pagamento dos tributos

por outros regimes, como Lucro Presumido ou Lucro Real.

É importante ressaltar que o Simples Nacional não é um tributo ou um

sistema tributário, mas uma forma de arrecadação unificada dos seguintes

tributos e contribuições: Tributos da Competência Federal:

a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

b) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

d) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

e) Contribuição para o PIS;

f) Contribuição para a Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa

jurídica.

g) Tributo da Competência Estadual: ICMS

h) Tributo da Competência Municipal: ISS.

Já o que se conhece por Lei Geral é o Estatuto Nacional da

Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, aprovado em 2006 pela Lei

Complementar 123, de 14.12.2006, que estabelece normas gerais relativas às

ME e às EPP no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios. Este Estatuto vai além do Simples Nacional. Ele

abrange, não só esse regime tributário diferenciado, como também aspectos de

grande repercussão para a continuidade dessas empresas, relativos às

licitações públicas, às relações de trabalho, ao estímulo ao crédito, à

capitalização e à inovação, ao acesso à Justiça, dentre outros.

Este Estatuto institui também o regime especial para o

microempreendedor individual, mais conhecido como MEI, que propiciou a

formalização de milhares de pequenos empreendimentos que operavam na

informalidade.

Os novos limites de receita bruta anual para ME, EPP e MEI a partir da

Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 são:

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a) ME: até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

b) EPP: superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual

ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);

c) MEI: até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

É importante lembrar que, para o MEI, embora tenha havido aumento no

valor do limite de receita, os valores devidos para a Previdência Social, ICMS e

ISS continuam inalterados, uma vez que são calculados por valores fixos, não

estando sujeitos à variação do faturamento mensal.

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, os limites

acima serão proporcionais ao número de meses de funcionamento no período

(1/12 do limite multiplicado pelo número de meses compreendidos entre a data

de abertura constante no CNPJ e o final do respectivo ano-calendário).

Portanto, o empresário com empresa em início de atividade deverá ficar

muito atento em relação aos limites proporcionais de receita bruta anual. Se

sentir que há possibilidade de ultrapassagem de um dos limites proporcionais

de receita bruta (no mercado interno ou adicional com exportação de

mercadorias) em mais de 20%, não deve nem optar pelo Simples Nacional,

mas escolher outro regime para pagamento dos seus tributos: Lucro Presumido

ou Lucro Real.

Com as mudanças da LC 139/2011 as alíquotas das várias faixas de

receita não sofreram alteração. Entretanto, como as faixas de receitas foram

reajustadas em 50%, o resultado será uma menor carga tributária.

Para efeito do cálculo do Simples Nacional, foi considerado o anexo I da

legislação do Simples Nacional. Deve-se observar a receita bruta acumulada,

pois ela indicará a qual alíquota as vendas devem ser tributadas, como

demonstra o quadro abaixo:

Antes da lei 139/2011 (1ª, 2ª e última faixa do anexo I):

(continua) Receita bruta em

12 meses (em

R$)

Alíquota

%

IRPJ

%

CSLL

%

COFINS

%

PIS/

PASEP %

CPP

%

ICMS

%

Ate 120.000,00 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,75 1,25

e 120.000,00 a

240.000,00 5.47 0,00 0,00 0,86 0,00 2,75 1,86

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16

(conclusão) De 2.280.000,01

a 2.400.000,00 11,86 0,54 0,54 1,60 0,38 4,60 3,95

Fonte: Adaptado da Lei Complementar nº 139/2011.

Quadro 1: Receita Bruta e alíquotas da Carga Tributária do Simples Nacional

antes da LC nº139/2011.

Depois da LC 139/2011 (1ª e a ultima faixa do anexo I):

Receita bruta em

12 meses (em R$)

Alíquota

%

IRPJ

%

CSLL

%

COFINS

%

PIS/

PASEP %

CPP

%

ICMS

%

Ate 180.000,00 4,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,75 1,25

De 3.420.000,01 a

3.600.000,00 11,61 0,54 0,54 1,60 0,38 4,60 3,95

Fonte: Adaptado da Lei Complementar nº 139/2011.

Quadro 2: Nova Receita Bruta e alíquotas da Carga Tributária do Simples

Nacional depois da LC 139/2011.

Como não houve alteração da alíquota, o efeito foi de diminuição da

carga tributária incidente.

Exemplo: Uma empresa comercial com um faturamento nos últimos 12

meses de R$ 160.000,00 pagaria de impostos 5,47% (2ª faixa do Anexo I) da

receita mensal. A partir de janeiro de 2012, esta mesma empresa recolherá

4,00% (1ª faixa do Anexo I) o que representa um benefício de 26,87% em

relação ao valor anteriormente devido.

Agora com a LC 139/2011 será permitido o parcelamento de débitos

vencidos do Simples nacional em até 60 meses, inclusive com a possibilidade

de ate 2(dois) reparcelamentos, aplicando-se a SELIC para correção das

parcelas.

A RFB disponibilizará o pedido de parcelamento nos artigos 44 a 55 da

Resolução CGSN n° 94/2011. A RFB, a PGFN, O Estado, Distrito Federal e

Município poderão editar normas complementares relativos ao parcelamento.

Vale lembrar que caberá ao CGSNl, na resolução n° 9 4/2011 dispor

sobre a exigência da certificação digital para o cumprimento de obrigações

principais e acessórias por parte da ME/EPP.

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17

Outro fato importante a citar é que nem todas as atividades são

permitidas ao Simples Nacional deve ser consultado o Anexo VI e o Anexo VII

da Resolução CGSN n° 94/2011. O Anexo VI refere-se aos códigos CNAE

impedidos ao Simples Nacional. O Anexo VII lista os códigos CNAE com

atividades impeditivas e permitidas ao Simples nacional. Tratando-se da MEI –

Microempresa Individual deve ser examinar o anexo XIII da mesma Resolução

n° 94/2011.

1.2 Lucro Real

O lucro real é o lucro liquido do exercício, ajustado pelas adições,

exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação

tributaria.

O lucro real é o resultado contábil (receitas menos os custos e

despesas), ajustado pelas adições e exclusões. Quando analisado somente o

Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro, na maioria dos casos

é a melhor opção, porque a empresa somente paga os referidos tributos

quando obtém lucro. (CHAVES, 2010, p.14).

O livro de apuração do Lucro Real é denominado como LALUR é o livro

fiscal utilizado para registrar e controlar as adições e exclusões do lucro real.

O livro é dividido entre Parte A, onde são registradas as adições e

exclusões do lucro real, e Parte B, onde são controlados os débitos e creditos

fiscais temporários.

A partir do ano-calendário de 1997, as pessoas jurídicas tributadas pelo

lucro real poderão determinar o lucro com base em balanço anual ou

balancetes trimestrais na forma da Lei nº 9.430/96.

A alíquota do Imposto de Renda é de 15% (quinze por cento), com

adicional do Imposto de Renda de 10% (dez por cento), sobre a parcela real

que exceder o valor de R$ 240.000,00 no ano, ou resultante da multiplicação

de R$ 20.000,00 pelo número de meses que compõem o período de apuração.

A alíquota da contribuição social sobre o Lucro Liquida (CSLL) é de 9%

(nove por cento).

Vale ressaltar que qualquer tipo de empresa, independente de seu porte

e atividade pode optar pelo lucro real.

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Contudo, de acordo com a Lei 9718/1998, art.14 estão obrigadas a optar

pela tributação do lucro real as pessoas jurídicas que tenha receitas totais, no

ano-calendário anterior, superior a R$ 48.000.000,00 ou proporcional ao

número de meses do período, quando inferior a 12 meses.

Na ótica de Fabretti (2003, p.219) “o lucro real é apurado a partir do

resultado contábil do período-base, que pode ser positivo (lucro) ou negativo

(prejuízo). Logo, pressupõe escrituração contábil regular e mensal”.·.

Outro ponto relevante é o nível de exigência nos controles e na

contabilidade, pois algumas despesas não são consideradas como dedutíveis

para o cálculo do lucro real.

Para as empresas enquadradas neste regime os sistemas de apuração

do resultado são: Lucro Real anual e Lucro Real trimestral.

Segundo a Lei nº 8.981de 20 de janeiro 1995, em seu artigo 35:

A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso. (BRASIL, 1995)

Para as pessoas jurídicas que irão apresentar a declaração de

rendimentos com base no lucro real anual essa faculdade aplica-se em

qualquer mês.

O balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto terá que

compreender sempre o período de 1º de janeiro e a data de apuração do lucro

a ser transcrito no livro diário ate a data fixada para pagamento do respectivo

mês. (Art. 12, § 5º, da IN SRF nº 93/97).

Para o Lucro Real trimestral, terão que efetuar o fechamento do balanço

trimestral, apurando o imposto de renda e a contribuição social, que poderão

ser pagos em quota única, no primeiro mês subsequente ao trimestre, sem

qualquer acréscimo, ou em três quotas mensais acrescidas pela taxa do

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) até o mês anterior ao

pagamento e de 1% ao mês.

Outro fato interessante é a não cumulatividade da COFINS e do PIS,

conforme a determinação das Leis 10.637/02 (PIS) e 10.883/03 (COFINS).

Para tanto, a formula encontrada para definir a não cumulatividade é

entradas geram créditos, e saídas geram débitos, créditos menos saídas

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tributos a pagar. Se caso as entradas forem maiores que as saídas o resultado

será credor, mas se as saídas forem maiores que as entradas seu resultado

será saldo devedor.

A alíquota do PIS e da COFINS com base de calculo não cumulativo é:

PIS (1,65%) e da COFINS (7,6%).

Na maioria das vezes o lucro real é a melhor opção, por grande parte

das empresas que se encontram deficitárias, ou com a margem de lucro muito

pequena. Fato este devido em grande parte em função das mudanças e ate

mesmo da carga tributária.

1.3 Lucro presumido

O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de

Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). A sistemática de

tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a 528 do

Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999).

A partir de 01.01.2003, a pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-

calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e

oito milhões de reais), ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais)

multiplicados pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior,

quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com

base no lucro presumido. O IRPJ e a CSLL pelo Lucro Presumido é apurado

trimestralmente.

O lucro presumido ou estimado também é conceito tributário. Tem a finalidade de facilitar o pagamento do IR, sem ter que recorrer à complexa apuração do lucro real que pressupõe contabilidade eficaz, ou seja, capaz de apurar o resultado antes do último dia do mês subsequente ao encerramento do trimestre. (FABRETTi, 2003, p.224).

A alíquota de cada tributo (15% de IRPJ e 9% da CSLL) incide sobre as

receitas com base em percentual de presunção variável (1,6% a 32% do

faturamento, dependendo da atividade). Este percentual deriva da presunção

de uma margem de lucro para cada atividade (daí a expressão Lucro

Presumido) e é predeterminado pela legislação tributária.

Relação das atividades e seus coeficientes de presunção dos tributos

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sobre o lucro líquido serão demonstrados no quadro abaixo:

IRPJ CSLL

Atividades Sobre a Base

de Cálculo Alíquota

Sobre a Base

de Cálculo Alíquota

Revenda de combustíveis 1,6% 15% 12,00% 9,00%

Vendas de mercadorias, industrialização por encomenda

8,00% 15% 12,00% 9,00%

Prestação de serviços hospitalares

8,00% 15% 12,00% 9,00%

Transportes de carga 8,00% 15% 12,00% 9,00%

Transportes de passageiros 16,00% 15% 12,00% 9,00%

Serviços em geral 32,00% 15% 32,00 9,00%

Serviços relativos a profissão regulamentada

32,00% 15% 12,00% 9,00%

Intermediação de negócios 32,00% 15% 12,00% 9,00%

Administração, locação ou Cessão de Bens Imóveis e

Moveis etc. 32,00% 15% 32,00% 9,00%

Bancos Comerciais, de Investimentos,

Caixas Econômicas 16,00% 15% 12,00% 9,00%

Loteamento, incorporação, venda de imóveis construídos

pra revenda 8,00% 15% 12,00% 9,00%

Construção por administração ou por empreitada (mão de

obra) 32,00% 15% 12,00% 9,00%

Construção por Administração ou por empreitada (material)

8,00% 15% 12,00% 9,00%

Fonte: Adaptado de Santos 2012.

Quadro 3: Coeficiente por atividade para base de cálculo dos impostos IRPJ e

da CSLL.

A parcela do lucro presumido que exceder ao valor resultante da

multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do

respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de adicional de imposto

à alíquota de 10% (dez por cento).

Há alguns tipos de receita que são acrescidas integralmente ao

resultado tributável, como os ganhos de capital e as receitas de aplicações

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financeiras.

Destaque-se, no entanto, que nem todas as empresas podem optar pelo

lucro presumido, pois há restrições relativas ao objeto social e o faturamento.

Esta modalidade de tributação pode ser vantajosa para empresas com

margens de lucratividade superior à presumida, podendo, inclusive, servir como

instrumento de planejamento tributário. Empresas que possuam boa margem

de lucro podem, respeitados eventuais impedimentos, utilizar-se do Lucro

Presumido.

Por exemplo: determinada empresa comercial possui uma margem de

lucro efetivo de 15%, optando pelo Lucro Presumido a referida margem, para

fins tributários, estaria fixada em 8%, demonstrando que este regime seria o

mais interessante para este caso.

Outra análise a ser feita é que as empresas tributadas pelo Lucro

Presumido não podem aproveitar os créditos do PIS e da COFINS, por estarem

fora do sistema não cumulativo, no entanto recolhem com alíquotas mais

baixas. A alíquota para do PIS é de (0,65%) e da COFINS é de (1,65%).

Portanto, a análise do regime deve ser realizada considerando a

repercussão no IRPJ, na CSLL, no PIS e na COFINS.

A vantagem de optar por esta modalidade é caso a empresa apresenta

margens de lucro superior às definidas. Pois sua desvantagem é a empresa

não ter os créditos do PIS e COFINS no sistema não cumulativo.

1.4 Sistema de apuração cumuativa e não cumulaiva

A cumulatividade tem como característica a não compensação dos

tributos em cada operação, ou seja, o imposto não é recuperável.

Para a empresa quando o tributo é cumulativo, ele teve fazer parte dos

custos para fins de formação de preço de vendas, pois o valor dos tributos

dentro das compras não pode ser recuperado.

Já a não cumulatividade entende-se pela compensação de créditos em

cada operação de entradas (compra), que serão abatidas nos débitos de cada

operação de saída (vendas).

Sendo que, caso as operações de compras forem maiores que as

vendas, teremos um saldo credor, e se as operações forem o contrário,

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compras menores que as vendas o saldo será devedor.

Isto implica na apuração dos impostos, pois há de se atentar que não é

todas as entradas no estabelecimento que geram créditos, devendo o contador

estar atento a legislação no momento.

Para uma melhor interpretação, segue o quadro comparativo a seguir:

Aspectos aplicáveis Pis e Cofins

Cumulativo

Pis e Cofins

Não Cumulativo

Créditos Não há créditos Há a possibilidade de créditos

Alíquotas Pis = 0,65%

Cofins = 3%

Pis = 1,65%

Cofins = 7,6%

PJ’s que aplicam Lucro Presumido Lucro Real

Fonte: Adaptado: Curso Analista Fiscal Senac 2010

Quadro 4: Modalidade na forma Cumulativa e Não-Cumulativa do PIS e da

COFINS.

Os principais créditos tributários permitidos pelo legislador na apuração

do Pis e da Cofins, unificados pela IN SRF 404/04, são os seguinte:

a) Aquisições efetuadas no mês:

a) De bens para revendas, exceto em relação às mercadorias cuja

tributação está obrigada a regime especial de tributação;

b) De bens e serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes, utilizados

como insumos:

a) na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados

à venda; ou

b) na prestação de serviços.

b) Das despesas e custos incorridos no mês, relativos:

a) a energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa

jurídica;

b) alugueis de prédios, maquinas e equipamentos, pagos à pessoas

jurídicas, utilizados nas atividades da empresa;

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c) as despesas financeiras decorrentes de empréstimos e

financiamentos tomados de pessoa jurídica, exceto quando esta for

optante pelo Simples;

d) a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a

pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples; e

e) a armazenagem de mercadoria e frente na operação de venda,

quando o ônus for suportado pelo vendedor.

c) Dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês,

relativos;

a) a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo

imobilizado adquiridos no Pais para utilização na produção de bens

destinados à venda, ou na prestação de serviços;

b) a edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros,

utilizados na atividade da empresa.

d) Créditos relativos aos bens recebidos em devolução, cuja receita de

venda tenha integrado o faturamento tributado no mesmo regime de não

cumulatividade.

Crédito presumido sobre o valor do estoque, no caso do contribuinte

passar do regime cumulativo ao regime não cumulativo, devendo ser efetuado

em doze parcelas.

São obrigadas ao regime da Não Cumulatividade as empresas que

apuram o seu regime de Imposto de Renda na forma de Lucro Real.

Existem determinadas situações e valores que não geram direito ao

crédito do Pis e da Cofins:

a) Pagamentos efetuados a pessoa físicas;

b) Aquisições que não se destinam a fins específicos aos determinados

para créditos;

c) Aquisições ou pagamentos efetuados à pessoa jurídica no exterior.

1.5 Tributos e Contribuições Federais

Os tributos federais são considerados os mais significativos, por este

motivo, exigem que se tenha uma perfeita análise de suas implicações.

Entre as várias classificações possíveis do tributo, podem-se destacar os

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tributos indiretos que são aqueles de buscam o fator econômico para sua

tributação e os tributos diretos que buscam o resultado alcançado pela

empresa.

Segundo Fabretti (2003, p.161)” essa classificação é mais econômica do

que jurídica, mas de suma importância para o estudo e avaliação do impacto

que os tributos causam no patrimônio e nas etapas econômicas da produção,

circulação e consumo”.

O quadro a seguir demonstra a importância de saber quais tributos estão

relacionados às atividades desenvolvidas pelas empresas e o impacto

financeiro decorrente:

(continua) Tributos Competência Características Contribuintes

ISS Municipal Indireto; cumulativo Prestador de serviço.

ICMS Estadual Indireto; não cumulativo; seletivo e real. Compõe a sua própria base de cálculo.

Comerciante é todo aquele que pratica com habitualidade operações de circulação de mercadoria e a prestação de serviços de transportes interestadual, intermunicipal e de comunicação.

IPI Federal Indireto; não cumulativo; seletivo e real.

Industriais e equiparados.

PIS Federal Indireto; possui regimes diferentes de apuração. (Cumulativo, não cumulativo, monofásico e substituição).

Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação.

COFINS Federal Indireto; possui regimes diferentes de apuração (Cumulativo, não cumulativo, monofásico e substituição)

Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação.

IRPJ Federal Direto; possui regime de apuração diferente, tais como Lucro Real (podendo ser feita a apuração por estimativa) e Lucro Presumido.

Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação.

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(conclusão)

CSLL Federal Direto; possui regime de apuração diferente, tais como Lucro Real (podendo ser feita a apuração por estimativa) e Lucro Presumido.

Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação.

Fonte: Adaptado: Curso Analista Fiscal Senac 2010

Quadro 5 Relação Tributos/Impacto Econômico e Financeiro

O PIS e a COFINS são tributos de competência federal, conforme artigo

149 e 195 da Constituição Federal.

Vejamos, então, o significado das siglas:

a) PIS – Programa de Integração Social;

b) PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público;

c) COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.

Existem Pis e Cofins nas modalidades:

a) Substituição tributaria;

b) Monofásico

c) Cumulativa;

d) Não Cumulativo;

Pis e Cofins - Substituição Tributária: é aquele em que um contribuinte se

tornará sujeito passivo pelo recolhimento desses tributos no lugar de outros,

dentro de uma determinada cadeia comercial.

Aquele que se tornará o responsável pelo recolhimento será o fabricante

ou o distribuidor.

Um exemplo é que está previsto no artigo 47 do Decreto 4.524/02, a

respeito do fabricante e importador de cigarros. Por esta regra, o fabricante de

cigarros, ao efetuar a venda do seu produto, irá calcular o PIS e a COFINS

devidos por toda cadeia comercial até que chegue o preço de venda ao

consumidor e fazer o recolhimento do PIS e da COFINS.

Para a prática da substituição tributária é preciso que haja previsão legal

sobre o valor da base de cálculo, que poderá ser um percentual estabelecido

ou preço máximo de venda ao consumidor.

Há, ainda, determinados casos em que existem diferentes alíquotas para

os respectivos cálculos a serem aplicados sobre as bases da substituição.

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Pis e Cofins - monofásico: a modalidade monofásica é aquela em que

um contribuinte se torna responsável pelo recolhimento de uma única vez por

toda a cadeia comercial de determinado produto.

Tal fato acontece, por exemplo, nas operações com os produtos

farmacêuticos e com os medicamentos – e são aplicados aos industriais e

importadores.

Muito se assemelha este regime ao da substituição tributaria, e a sua

aplicação ocorre através de percentuais maiores do que aqueles praticados

nas demais operações.

Pis e Cofns - Cumulativo: é o de maior tempo de aplicação dentro os

atuais regimes existentes para estas apurações. Sua apuração consiste naquilo

que a autoridade legisladora tributária interpreta por faturamento. A base de

calculo é obtida pelo montante, ou seja, a soma de todas as receitas de uma

empresa.

A legislação estabelece critério amplo na definição de faturamento.

Segundo a Lei n° 9.718 de 27 de novembro de 1998 em seus artigos 2° e 3°:

Alcançou a totalidade das receitas auferidas, independentemente da atividade exercida pelo contribuinte e da classificação contábil adotada para a escrituração das receitas, admitida as exclusões e deduções previstas na legislação em vigor. (BRASIL, 2004).

Na forma cumulativa, onde a receita bruta obtida será a base de cálculo

para apuração do imposto, a legislação prevê a alíquota de 3% (três por cento)

para COFINS e de 0,65% (sessenta e cinco por cento) para o PIS.

Não podem utilizar créditos os contribuintes que foram mantidos no

sistema original de Pis e Cofins cumulativos.

Pis e Cofins – Não cumulativo: a modalidade não cumulativa também se

insere dentro da tipificação doutrinária de Pis e Cofins Faturamento.

Assim, as regras em relação à base de cálculo, exclusões, deduções e

isenções do Pis e da Cofins, válidas para a apuração sobre faturamento,

também são válidas para o critério de apuração não cumulativo

A base de cálculo para o Pis e Cofins não cumulativo é de 1,65% para o

Pis e 7,6% para Cofins.

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Poderão creditar-se em relação às aquisições feitas no mercado interno

os contribuintes que foram mantidos no sistema original de Pis e Cofins não

cumulativos.

1.6 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ

São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ):

a) as pessoas jurídicas;

b) as empresas individuais.

Seu fato gerador é definido pelo artigo 43 do Código Tributário Nacional

como acréscimo patrimonial obtido, tendo sua base de calculo estipulada de

acordo com a forma de tributação escolhida.

As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são

tributadas por uma das seguintes formas: Simples Nacional, Lucro Presumido,

Lucro Real e Lucro Arbitrado.

A base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data

de ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado,

correspondente ao período de apuração.

Assim como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e

rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada,

independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou

contrato escrito, bastando que decorram de ato ou negócio que, pela sua

finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de

incidência do imposto.

FABRETTI (2003) esclarece que o CTN define os três aspectos

fundamentais desse imposto, ou seja, o fato gerador, a base de cálculo e o

contribuinte. Nenhuma disposição de lei hierarquicamente inferior poderá ser-

lhe contraria.

O imposto será determinado com base no lucro real, presumido ou

arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de

março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.

À opção do contribuinte, o lucro real também pode ser apurado por período

anual.

Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de

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cálculo e do imposto devido será efetuada na data do evento.

Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a

apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data desse

evento.

A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à

alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de

conformidade com o Regulamento. O disposto neste item aplica-se também

inclusive, à pessoa jurídica que explore atividade rural.

A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação

de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período

de apuração, ficará sujeita à incidência de adicional de imposto à alíquota de

10% (dez por cento). O adicional de que trata este item será pago juntamente

com o imposto de renda apurado pela aplicação da alíquota geral de 15%.

A apuração do Imposto de Renda e do adicional, para as empresas

enquadradas no Lucro real, conforme determina o art. 247 do RIR, é o lucro

liquido (contábil) do período-base ajustado pelas adições, exclusões ou

compensações estabelecido pela legislação do IR.

No Lucro Presumido, em vez de apuração pelo lucro real, ou seja, de

escrituração contábil, podem presumir este lucro de acordo com o ramo de

atividade da empresa.

Para o Lucro arbitrário a autoridade tributaria poderá fixar um percentual

sobre a receita bruta, quando conhecida, ou como base no valor do ativo, do

capital social, do patrimônio liquida, da folha de pagamento de empregados,

das compras, do aluguel das instalações ou do lucro liquido auferido em

períodos-base anteriores.

1.7 Contribuição Social Sobre o Lucro líquido – CSLL

A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) foi instituída pela Lei

nº 7.689/1988.

Aplicada às mesmas normas de apuração e de pagamento

estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base

de cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei nº 8.981, de

1995, art. 57).

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Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real,

Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro

Presumido (CSLL), também pela forma escolhida. Não é possível, por exemplo,

a empresa optar por recolher o IRPJ pelo Lucro Real e a CSLL pelo Lucro

Presumido.

Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto

da CSLL, pela forma escolhida.

A alíquota da Contribuição Social é de 9% (nove por cento). A base de

cálculo para o imposto é diferenciada de acordo com o enquadramento da

empresa, ou seja, no Lucro Presumido, Lucro Real ou Lucro Arbitrado.

No caso do Lucro Presumido, para o cálculo da contribuição, será

utilizado o valor da receita bruta com vendas e serviços prestados, a eles serão

aplicados o percentual de presunção, conforme ramo de atividade para então

ser tributada a alíquota de 9%.

Nas empresas optantes pelo Lucro Real, a base de cálculo da

contribuição social, precede da apuração do resultado do período, ajustado

pelas adições, exclusões e compensações permitidas por lei, aplicado a uma

alíquota de 9%.

É importante destacar que a partir de setembro de 2003, por força do art.

22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas

jurídicas optantes pelo lucro presumido corresponderá a:

a) 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços

hospitalares e de transporte;

b) 32% para prestação de serviços em geral, (exceto a de serviços

hospitalares e transporte); intermediação de negócios; administração,

locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer

natureza; prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria

creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,

administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos

creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação

de serviços (factoring).

Neste enquadramento é importante ressaltar que a CSSL poderá ser

apurada e recolhida por estimativas mensais ou pelo Lucro Presumido

trimestral, segundo a legislação vigente.

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O recolhimento desta contribuição será realizada por meio de DARF, em

quota única ou em até três quotas iguais, mensais e sucessivas, nos mesmos

prazos e formas estabelecidas para o pagamento do IRPJ devido trimestre.

1.8 Imposto sobre Produto Industrializado – IPI

O IPI é, na realidade, também um imposto sobre a circulação econômica,

e grava sua etapa inicial quando os bens são produzidos, ou seja,

industrializados.

A definição legal de industrialização é dada pelo art.4º do RIPI (Decreto

nº 2.637/98):

“Art. 4° Caracteriza-se industrialização qualquer operação que modifica a

natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do

produto, ou o aperfeiçoamento para consumo, tal como (Leis nº 4.502/64, art.

3º, parágrafo único, e 5.172/66, art. 46, parágrafo único)”.

O IPI é, por determinação constitucional, um imposto não cumulativo. Do

imposto devido em cada operação pode ser compensado o valor pago na

operação anterior.

Para creditar do IPI pago na aquisição de insumos é necessário que este

seja destacado em documento fiscal hábil (que atenda todas às exigências da

legislação pertinente) emitido por contribuinte em situação regular perante o

fisco (que esteja inscrito na repartição competente, encontre-se em atividade

no local indicado e possibilite a comprovação dos demais dados cadastrais

impressos no documento fiscal).

O direito a utilização deste condicionado também à escrituração do

respectivo documento fiscal no livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A.

O direito ao crédito extinguir-se-á após cinco anos contados da data da

emissão do documento fiscal.

Ressalte-se que só podem gerar crédito as entradas de insumos

utilizadas na elaboração de produtos destinado à venda, cujas saídas sejam

tributadas.

Com regra geral, se a saída for isenta, não tributada, ou com alíquota

reduzida a zero, o crédito pela entrada deverá ser anulado por lançamento de

estorno.

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Entretanto, em casos especiais é permitida a manutenção do crédito do

IPI mesmo em saída isenta, não tributada ou alíquota zero, a título de incentivo

fiscal. Esse direito à manutenção do crédito deve estar expresso em lei federal.

Um fato relevante são os créditos referentes a insumos adquiridos de

comerciantes atacadistas não contribuintes. Os comerciantes atacadistas de

insumos (matérias-primas, produtos intermediários, material de embalagem

etc.) são equiparados facultativamente aos industriais. Se optarem pela

equiparação nos termos dos arts. 11 e 12 do regulamento do IPI (decreto nº

87.981/82) destacarão o IPI relativo à saída na nota fiscal.

Essa equiparação foi criada com o objetivo de possibilitar o crédito do IPI

pelos estabelecimentos industriais que adquirem insumos de comerciantes

atacadistas.

Os importadores de produtos estrangeiros, embora comerciantes, são

equiparados a industriais para efeito do IPI. Tem direito ao crédito do IPI pago

no desembaraço aduaneiro desde que a mercadoria importada esteja

acompanhada de documento fiscal hábil e que a saída do produto seja

tributada.

Fundamento legal: art. 153, parágrafo 3º, da Constituição Federal , art.

25 da Lei n° 4.502/64, art. 49 da Lei nº 5.172/66 e art. 70 do RIPI/98.

1.9 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de mercadorias e sobre

prestação de Serviços de Transporte Interestaduais e Intermunicipais e de

Comunicação – ICMS

Segundo Fabretti 2003, o ICMS é, por determinação constitucional, um

imposto não cumulativo. Do imposto devido em cada operação será abatido o

valor pago na operação anterior

A não cumulatividade gera uma conta corrente mensal, onde o

contribuinte credita o valor do ICMS referente às aquisições de mercadoria, e

debita o valor referente às vendas de mercadorias ou prestação de serviços

realizados. .

O ICMS já estará incluso no preço de compra que será pago ao

fornecedor, da mesma forma, quando a mercadoria for revendida, o preço de

venda que será pago pelo cliente deverá também incluir a parcela

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correspondente.

Em resumo: o industrial transfere os tributos incidentes sobre o processo de industrialização para o preço de venda do produto. O comerciante o adquire para a revenda, passando a denominá-lo, tecnicamente, mercadoria. Acrescenta ao valor pago na compra os tributos incidentes sobre o processo de comercialização e os repassa para o preço de venda da mercadoria. O consumidor final, último elo da cadeia produção-circulação-consumo, ao pagar o preço da mercadoria, paga todos os tributos embutidos nesse preço. Não tendo a quem repassá-los, arca com todo ônus tributário. Em linguagem popular, fica com o”mico”.(FABRETTI, 2003, p.161).

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CAPÍTULO II

2 COMPARAÇÃO APLICADA DA CARGA TRIBUTARIA NOS TRÊS

REGIMES DE ENQUADRAMENTO:

O quadro a seguir demonstra a carga tributária no Lucro Real.

Lucro Real – Comércio Receita Bruta (Mensal) R$ 30.000,00 ICMS sobre Vendas % R$ 0,00 ICMS: Crédito sobre Compras % R$ 0,00 PIS 1.65% R$ 495,00 Cofins 7.6% R$ 2.280,00 Créditos de Pis/Pasep sobre aquisições R$ 0,00 Créditos de Cofins sobre aquisições R$ 0,00 Outros valores de créditos de Pis/Pasep e Cofins

% R$ 0,00

Receita Líquida R$ 27.225,00 Custo da Mercadoria Vendida % R$ 0,00 Margem Bruta R$ 27.225,00 Folha pagamento s/ Receita Bruta % R$ 0,00 Encargos sociais sobre folha % R$ 0,00 Despesas diversas s/ Receita Bruta % R$ 0,00 Lucro Líquido R$ 27.225,00 CSLL 9% R$ 2.450,25 IR 15% R$ 4.083,75 Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 722,50 Lucro do Exercício R$ 19.968,50

Fonte: Econet Editora 2012 Quadro 6: Simulação Lucro Real.

O quadro a seguir demonstra a carga tributária no Lucro Presumido.

(continua) Lucro Presumido – Comércio Receita Bruta (Mensal) R$ 30.000,00 ICMS sobre Vendas % R$ 0,00 ICMS: Crédito sobre Compras % R$ 0,00 PIS 0.65% R$ 195,00 Cofins 3% R$ 900,00 Receita Líquida R$ 28.905,00

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(conclusão)

Custo da Mercadoria Vendida % R$ 0,00 Margem Bruta R$ 28.905,00 Folha pagamento s/ Receita Bruta % R$ 0,00 Encargos sociais sobre folha % R$ 0,00 Despesas diversas s/ Receita Bruta % R$ 0,00 Lucro Líquido R$ 28.905,00 Tributação Presumida Base de Cálculo da CSLL % Sobre a Receita Bruta

12% R$ 3.600,00

CSLL 9% R$ 324,00 Base de Cálculo do IRPJ % Sobre a Receita Bruta

8% R$ 2.400,00

IR 15% R$ 360,00 Adicional de IR se > 20 mil reais 10% R$ 0,00 Lucro do Exercício R$ 28.221,00

Fonte: Econet Editora 2012 Quadro 7: Simulação Lucro Presumido

O quadro a seguir demonstra a carga tributária no Simples Nacional.

Fonte: Econet Editora 2012 Quadro 8: Simulação Simples Nacional

O quadro a seguir demonstra a comparação do Lucro do Exercício nos três regimes de enquadramento.

Simples Nacional – Comércio Receita Bruta (Mensal) R$ 30.000,00 Receita Líquida R$ 30.000,00 Custo da Mercadoria Vendida % R$ 0,00 Margem Bruta R$ 30.000,00 Folha pagamento s/ Receita Bruta % R$ 0,00 Despesas diversas s/ Receita Bruta % R$ 0,00 Lucro Líquido R$ 30.000,00 Receita Acumulada dos Últimos doze Meses R$ 360.000,00 Encargos Fiscais (anexo I do Simples) Base de Cálculo (Alíquota correspondente à Tabela do Simples)

5.47%

DAS a Recolher R$ 1.641,00 Lucro do Exercício R$ 28.359,00

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Resumo Comparativo – Comércio

Lucro Real R$ 19.968,50

Lucro Presumido R$ 28.221,00

Simples Nacional R$ 28.359,00

Fonte: Econet Editora 2012 Quadro 9: Comparativo dos Enquadramentos

2.1 Parecer Final

O quadro a seguir demostra a comparação entre a carga tributaria nos

três regimes de enquadramento.

TRIBUTOS LUCRO REAL

LUCRO PRESUMIDO

SIMPLES NACIONAL

PIS R$ 495.00 R$ 195,00 COFINS R$ 2.280,00 R$ 900,00 ICMS INSS FGTS Contr. Conf. IRPJ R$ 4.806,25 R$ 360,00 CSLL R$ 2.450,25 R$ 324,00 SIMPLES NACIONAL

R$

1.641,00 TOTAL R$ 10.031,50 R$ 1.779,00 R$

1.641,00 Fonte: Elaborado pela autora Quadro 10: Comparação da carga tributária nos três regimes de enquadramento.

Diante desta informação, conclui-se que o regime de enquadramento do

SIMPLES Nacional, é a melhor opção, pois a carga tributaria é menor.

Para o calculo do SIMPLES Nacional aplicou-se o percentual 5.47%

conforme a Lei Complementar 139/2011.

É importante destacar que o SIMPLES Nacional já está integrado os

impostos como o IRPJ, CSLL, PIS, entre outros. Por isso a forma de tributação

e mais simplificada.

Já no Lucro Real demonstra uma carga tributária quase seis vezes maior

que no Lucro Presumido isto acontece devido ao exemplo do quadro 5 (cinco)

não trazer o PIS/COFINS sobre a compra pois se tradando do Lucro Real

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poderíamos usar os créditos das compras para abater os débitos das vendas.

Contudo no Lucro Presumido a apuração da carga tributaria é de forma

simplificada do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro

(CSLL). E tem a finalidade de facilitar o pagamento do IR, sem ter que recorrer

à complexa apuração do Lucro Real, ou seja, capaz de apurar o resultado

antes do último dia do mês subsequente ao encerramento do trimestre.

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CONCLUSÃO

Ao término deste trabalho ficou demonstrado teoricamente que o

planejamento tributário deve fazer parte do cotidiano de qualquer empresa.

Trata-se de uma decisão estratégica que pode determinar o sucesso ou não de

um negócio, visto que uma decisão errada pode resultar na descontinuidade de

suas atividades ou até em falência.

Ficou evidente que antes de abrir uma empresa o plano de negócios de

contemplar as simulações para o enquadramento tributário. Diante de nosso

contexto tributário, torna-se importante que a empresa deve planeje

anualmente o futuro tributário, de modo a comparar novamente os sistemas

tributários disponíveis, pois a legislação muda a cada dia e qualquer erro

tornará a empresa menos rentável ao longo do exercício.

Os empreendedores devem reconhecer que o planejamento tributário

não pode ser deixado de lado. Pensar com antecedência, fazer simulações,

preparar e buscar profissionais que possam contribuir é peças fundamentais

que conduz a empresa à economia de impostos dentro da lei e garante maior

lucro e maior competitividade no mercado cada vez mais exigente.

O assunto abordado é envolvente e atual, mas não se esgota aqui.

Outros aspectos poderão ser aprofundados em futuros trabalhos, tais como: a

introdução do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), o Fisco está

controlando as transações contábeis e fiscais das empresas de forma mais

eficiente e, a partir deste ano, controlará também o IRPJ e a CSLL das

empresas do Lucro Real e do Lucro Presumido por meio do EFD-IRPJ

(Escrituração Fiscal Digital - IRPJ), antigo e-Lalur. As empresas optantes pelo

Simples Nacional estarão em breve também no olho eletrônico do Fisco.

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