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Planejamento Estratégico em Gestão de Pessoas
Ementa
Ementa
Conceituações básicas e contextualização da Administração Estratégica nas organizações. Macro visão da
Direção Estratégica. Uso da informação na Direção Estratégica. Principais etapas do Planejamento
Estratégico de Gestão de Pessoas. Elaboração prática do Plano Estratégic o. Alinhamento Estratégico nas
organizações.
Objetivos
Geral
Desenvolver os conhecimentos e técnicas relativas ao diagnóstico e planejamento estratégico em Gestão
de Pessoas e suas decorrências em projetos e processos, possibilitando a compreensão dos seus
diferentes tipos e modo de aplicação.
Específicos
Desenvolver competências interpessoais inerentes ao gerenciamento, com foco no planejamento
organizacional.
Utilizar métodos de planejamento, organização, direção e controle para a implementação de
estratégias organizacionais.
Compreender os princípios e a importância da qualidade e da excelência gerencial como fontes
sustentáveis de vantagem competitiva.
Contextualização
A disciplina Planejamento Estratégico de Gestão de Pessoas aborda as questões centrais relevantes às
funções administrativas básicas e fundamentais: planejamento, organização, direção e controle. O foco
principal está estruturado nos conhecimentos profissionais e nas habilidades diferenciadas ao Gestor de
Pessoas estrategista, enquanto líder e mentor das ações necessárias para atingir objetivos e estruturar
uma vantagem competitiva sustentável.
Estratégia é um vocábulo de origem grega (estrategós), que significa a “arte do General”, pois no passado
a incumbência de fazer a guerra era responsabilidade direta dos chefes militares. Na antiguidade, a
estratégia era restrita ao campo de batalha e o conceito de estratégia tem mais de 2500 anos, conforme
registros deixados por textos gregos e chineses. O livro A Arte da Guerra, escrito pelo general e filósofo
chinês Sun Tzu, é considerado o primeiro tratado sobre o assunto. No início do século XVIII, o militar
prussiano Carl Von Clausewitz, em seu livro Da Guerra, apresenta a seguinte afirmação: “a Guerra é a
continuação da Política por outros meios”.
Há muitos anos, com o advento das invenções da imprensa de tipos (por volta do século XV) e do tear
hidráulico (século XVIII), passou-se a admitir a possibilidade de adoção de sistemas mecânicos e em série
para a produção de um bem. Entretanto, o grande marco da história que caracteriza essa mudança
ocorreu em 1776, com o desenvolvimento da máquina a vapor por James Watt, quando ficou caracterizada
a substituição do homem pela máquina ou por outro tipo de energia.
Repassando um pouco a história da administração, percebe-se que os principais economistas políticos dos
séculos XVIII e XIX estudaram maneiras de otimizar a administração, nesse caso, empresarial. Contudo foi
no início do século XX, com os trabalhos de Fayol e de Taylor, que a moderna administração de empresas
consolidou-se. Os seus trabalhos têm, até hoje, uma profunda influência na forma como a logística opera e
se estrutura. Todos os seus sucessores, incluindo Peter Drucker, receberam influências marcantes e
determinantes nas diferentes correntes, modelos, doutrinas e técnicas implantadas até os nossos dias.
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Bons estudos!
Aula 01 - Métodos e Técnicas de Planejamento
Bem-vindo à primeira aula da disciplina Planejamento Estratégico em Gestão de Pessoas!
Acesse os links propostos e faça os exercícios sugeridos. Eles o ajudarão na ampliação de seus
conhecimentos e na contextualização do Planejamento Estratégico.
Boa aula!
1.1 Introdução
O planejamento constitui a primeira das quatro funções administrativas, sendo uma base fundamental para
a organização, a direção e o controle. Essas funções consolidam as atividades de gestão empresarial,
sendo uma competência essencial para os executivos e o delineamento das ações organizacionais.
Com o objetivo de que você possa identificar as ferramentas básicas do planejamento, esta primeira aula
abordará os métodos e as técnicas úteis para o seu desempenho profissional. Esperamos envolver você
neste instigante assunto, estimulando e motivando a sua dedicação e participação nas demais atividades
do MBA.
1.2 Conceitos Fundamentais de Planejamento Organizacional
O planejamento é um processo administrativo que visa determinar a direção a seguir para alcançar um
resultado desejado. Ele envolve a tomada de decisão e a avaliação prévia de cada decisão de um conjunto
de decisões inter-relacionadas, além de estabelecer objetivos a serem atingidos no futuro.
Numa perspectiva mais abrangente, entende-se como planejamento o processo gerencial que examina as
principais questões de uma organização, determinando um rumo amplo e generalizado na busca de um
futuro desejado para a organização (FERREIRA et al., 1998).
O planejamento é importante desde nossa vida pessoal até no cotidiano organizacional. Um exemplo
pertinente desse fato pode ser observado até mesmo nas atividades esportivas.
Para Saber Mais
Leia o artigo “A Questão do Planejamento” e veja como a questão do planejamento pode levar ao sucesso
ou ao fracasso até mesmo de uma mega equipe do basquete norte-americana.
Quando percebermos que as atividades de planejamento influenciam diretamente a satisfação dos
stakeholders, a estabilidade financeira organizacional, os processos de trabalho e o desempenho das
pessoas, encontraremos uma explicação nítida sobre o sucesso dos resultados alcançados por uma
atividade gerencial.
Ou seja, com um planejamento bem organizado, as demais funções administrativas fluem com mais
facilidade no cotidiano organizacional. Nesse sentido, desenvolver habilidades específicas em
planejamento, utilizando os métodos e técnicas apropriados, constitui uma fundamental ação para o
desenvolvimento da carreira profissional de um executivo estrategista.
Articulados os conceitos fundamentais de planejamento organizacional, o que seriam os métodos e
técnicas de planejamento? Quais seriam as diferenças básicas entre um método e uma técnica?
Métodos de planejamento abrangem os procedimentos e os meios para a execução do plano –
planejamento formalizado, registrado, escrito. Os métodos de planejamento abordam a execução das
tarefas, dentro de um processo organizado, lógico e sistemático.
Assim, os métodos de planejamento abordam os recursos científicos, bem como o conjunto de regras e
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princípios normativos que apresentam detalhadamente as etapas de execução. Eles são importantes no
que tange ao somatório de operações e disposições pré-estabelecidas, garantindo o conhecimento, a
busca de evidência, o procedimento analítico, a ordenação sistemática, que parte do simples para o
complexo, ou a recapitulação exaustiva da totalidade do problema organizacional.
As técnicas de planejamento, assim como os métodos, podem ser conceituadas segundo o conjunto de
procedimentos ligados à arte da administração de empresas. Elas abordam a maneira de tratar os detalhes
técnicos na habilidade especial, de natureza indutiva e experimental, que assegura o sucesso do método
de planejamento.
Retomando a nossa filosofia, a técnica de planejamento deriva da integração das múltiplas ciências e de
seus procedimentos cognitivos heterogêneos, tendo em vista a complexidade de passos para a conquista
dos objetivos organizacionais.
Figura 1 – Procedimentos Simplificados para o Planejamento Organizacional
PROCEDIMENTOS SIMPLIFICADOS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
Situação Atual e Situação Desejada. Estudo das Variáveis da Teoria Geral da Administração
(TGA). Análise Ambiental. Matriz DOFA.
OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
Resultados Esperados. Fatores Críticos de Sucesso.
O esquema apresentado na Figura 1 será de fundamental importância quando você for realizar a atividade
sistematizada ao final da disciplina. Guarde bem a sequência de atividades, pois a utilização da técnica
correta facilitará seu aprendizado.
1.3 Diagnóstico Organizacional e Análise Ambiental
O diagnóstico organizacional constitui a etapa inicial das atividades de planejamento. Se pensarmos em um
médico e seu paciente, o procedimento padrão demandado na primeira consulta clínica será a solicitação
de exames.
Então, a organização, na figura do paciente, demandará um estudo prévio da situação atual (com base em
fatos passados) que possa substanciar o processo decisório (presente) para alcançar a situação desejada
(os objetivos futuros).
Vamos observar alguns esquemas representativos deste processo, envolvendo o diagnóstico
organizacional.
1.4 Situação Atual e Situação Desejada
Observe o esquema gráfico a seguir (Figura 2); ele representa a importância do planejamento para o êxito
futuro.
Figura 2 – Esquema Gráfico sobre Planejamento
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O passado representa os eventos, os indicadores e os acontecimentos que conduziram a empresa para a
situação atual. A memória do passado torna-se fundamental para o processo decisório presente, que
normalmente envolve as várias áreas da Administração (marketing, finanças, gestão de pessoal, produção,
logística, operações).
A situação desejada aborda o futuro. Se a situação atual apresenta um aspecto positivo, o planejamento
envolverá as ações para potencializar este aspecto em sucesso. Igualmente, se a situação atual
apresenta um aspecto negativo, o planejamento estará focado em ações para reverter a situação e
desenvolver competências organizacionais, evitando o fracasso.
Para Saber Mais
Sobre exemplos de delimitação da situação atual e da situação desejada em uma organização, sugerimos a
leitura complementar do texto “Estudo de Caso Exemplificado – Planejamento Organizacional”, que foi
adaptado do Provão de Administração de Empresas do ano de 2000.
1.5 Estudo do Ambiente Geral e do Ambiente de Tarefas
Entendendo o diagnóstico organizacional como uma “foto” da organização num determinado período,
podemos visualizar um conjunto de variáveis relevantes. Essas variáveis podem ser internas ou ambientais,
da qual o gestor terá decisão muitas vezes fora dos limites de interferência da organização.
Os pontos fortes e fracos são variáveis internas e controláveis pela organização. Os pontos fortes são
aqueles que criam uma condição favorável, de vantagem, contribuída para sua atratividade. Os pontos
fracos provocam uma situação desfavorável em relação ao seu ambiente, delineando os objetivos internos
para melhoria da competência no desempenho organizacional.
As oportunidades e ameaças são variáveis externas, não diretamente controláveis. As oportunidades
podem propiciar condições favoráveis, desde que a organização tenha interesse e condições de usufruí-
las. Já as ameaças podem criar condições desfavoráveis, demandando um planejamento para minimizá-las.
Normalmente, nas organizações com fins lucrativos, as oportunidades e ameaças interferem diretamente
na competitividade organizacional.
Observe na Figura 3 o esquema representativo dessas variáveis:
Figura 3 – Esquemas Representativos das Variáveis Internas e Externas
VARIÁVEIS INTERNAS (ORGANIZACIONAIS)
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PONTOS FORTES (FORTALEZAS) PONTOS FRACOS (DEBILIDADES)
ORGANIZAÇÃO MAIS ATRATIVA ORGANIZAÇÃO MENOS ATRATIVA
ORGANIZAÇÃO MAIS COMPETITIVA ORGANIZAÇÃO MENOS COMPETITIVA
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
VARIÁVEIS EXTERNAS (AMBIENTAIS)
Nesse sentido, o estudo organizacional irá abordar o ambiente interno, em função das seguintes variáveis:
tarefas, estrutura organizacional, pessoas, tecnologia e ambiente externo. O que pode ser visualizado na
Figura 4.
Figura 4 – Variáveis Intervenientes no Estudo Organizacional
A seguir, deteremo-nos sobre cada uma das variáveis apresentadas:
Tarefas – é o trabalho que há de se concluir num determinado tempo, constituindo as operações e
os processos cotidianos de uma organização. Exemplo: a organização dos arquivos com dados dos
clientes, dentro de um departamento administrativo.
Estrutura Organizacional – definimos como o conjunto de recursos materiais e patrimoniais de
uma organização, contemplando suas instalações físicas, máquinas, ferramentas e equipamentos
primordiais para execução de suas tarefas. Exemplo: fábrica e uma linha de produção de
automóveis.
Pessoas – são seres morais providos de personalidade e individualidade, considerados
singularmente como sujeitos de direitos e obrigações, basicamente investidos em cargos e
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desempenhando funções profissionais relativas às tarefas na organização; estão no centro do
processo decisório. Exemplo: o gerente de vendas de uma loja de departamentos.
Tecnologia – teoria geral e estudos especializados sobre os procedimentos, instrumentos e
objetos próprios de qualquer técnica, arte ou ofício. Pode ser entendida como um conjunto de
conhecimentos, técnicas e competências organizacionais que permitem a melhoria contínua na
gestão de tarefas, estrutura e pessoas. Exemplo: a utilização de rede para acesso à internet, com
alta velocidade e confiabilidade.
Ambiente Externo – local onde a empresa opera, de onde retira seus recursos organizacionais e
onde destina seus bens e/ou serviços.
A variável ambiental merece um estudo especial. O ambiente pode ser definido como o local de operação
da organização, de onde ela retira, dentro de uma visão sistêmica, os recursos necessários para o seu
funcionamento e para onde disponibiliza seus bens e/ou serviços.
Se você imaginar um simples restaurante no centro da cidade, poderá identificar o lugar no município em
que ele adquire os insumos (gás, verduras, carne, bebidas) e o ponto de venda onde serve seus clientes.
Já um hospital público pode ter uma ambiente envolvendo uma região geográfica maior ou mesmo um
Estado. Agora, imagine uma mega empresa com filiais em vários países e um ambiente no mundo
globalizado.
Como o estudo do ambiente é uma atividade complexa, mas importante para o planejamento, iremos dividi-
lo em ambiente geral, ou macroambiente, e ambiente de tarefas, ou microambiente.
Observe, na figura 5, o esquema representativo para o estudo do macroambiente e suas variáveis:
Figura 5 – Análise das Condições Ambientais: Macroambiente (Ambiente geral)
O macroambiente é constituído pelas forças sociais mais amplas que afetam todo o ambiente, as quais
interferem nas atividades organizacionais.
Podemos classificar os fatores de influência ambiental como:
Fatores tecnológicos – inovações tecnológicas relacionadas com o processo de trabalho; tempo
médio de obsoletismo dos equipamentos; impacto da tecnologia nos instrumentos e
conhecimentos.
Fatores políticos – novas leis e políticas que podem afetar a organização.
Fatores sociais e culturais – hábitos religiosos; qualidade de vida na região; características
familiares típicas; hábitos sociais: estilos de vida, ocupação do tempo livre e costumes
alimentares; índices de emprego e desemprego.
Fatores legais – conjunto de leis, pressupostos ou doutrinas que regulam as atividades da
organização e sua interação socioeconômica.
Fatores econômicos – índices econômicos; taxas de câmbio; crescimento; importações e
exportações; aumento ou decréscimo do consumo; custos de mão de obra.
Fatores demográficos – composição etária e características da população; concentração e
dispersão urbana.
Fatores ecológicos – aspectos relacionados ao ecossistema e à diversidade da fauna e flora do
habitat humano.
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Já o microambiente ou ambiente de tarefas é constituído pelos elementos próximos à organização. Esses
elementos são específicos de um setor ou atividade econômica. Observe, na figura 6, o esquema
representativo para o estudo do microambiente e suas variáveis:
Figura 6 – Análise das Condições Ambientais: Microambiente (ambiente de tarefa)
Ambiente de tarefas ou microambiente é específico a cada organização ou instituição pública, pois se
refere a fatores como: missão, objetivos, identidade, clientela e localização.
Em contraste com o macroambiente, o ambiente de tarefas é restrito e pode ser analisado a partir de uma
perspectiva de curto prazo, com base, especialmente, na identificação, classificação e monitoração dos
seguintes fatores:
Clientes – comprador ou usuário de produtos e serviços, valores, atitudes e comportamentos,
distribuição geográfica.
Concorrentes – outras organizações similares que operam no mesmo espaço ambiental,
oferecendo produtos ou serviços aos mesmos clientes. Podem também concorrer junto aos mesmos
fornecedores de recursos organizacionais.
Fornecedores – são outras organizações, ou mesmo pessoas físicas, provedoras dos recursos
organizacionais.
Agentes reguladores (ou regulamentadores) – organizações, na maioria das vezes
governamentais ou do terceiro setor, responsáveis pela fiscalização, normatização, controle e
gestão das atividades econômicas e sociais envolvidas no negócio da empresa.
Para Saber Mais
Sobre exemplos do diagnóstico organizacional e do mapeamento ambiental em uma organização, sugerimos
que você revisite a leitura complementar “Estudo de Caso Exemplificado – Planejamento Organizacional”,
que foi adaptada do Provão de Administração de Empresas do ano de 2000.
1.6 Matriz DOFA, Potencial e Risco
Dentro das técnicas de planejamento, a análise SWOT (Strengths, Weaknesses,
Opportunities and Threats, em português: Debilidades, Oportunidades, Forças e
Ameaças – DOFA) é uma maneira bastante eficiente de identificar os pontos
fortes e fracos de uma organização, bem como examinar as oportunidades e as
ameaças que poderão ser enfrentadas no ambiente de atuação.
Como resultado dessa análise, temos um relatório que contém informações a
respeito de fatores internos da organização (strengths and weaknesses, forças
e debilidades) e sobre fatores externos (opportunities and threats,
oportunidades e ameaças).
Para Saber Mais
Para saber mais como é utilizada a técnica para a elaboração da Matriz DOFA, sugerimos a leitura
complementar “Estudo de Caso Exemplificado – Planejamento Organizacional”, que foi adaptada do Provão
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de Administração de Empresas do ano de 2000.
A Matriz DOFA será de fundamental importância para a formação da matriz estratégica e delineamento dos
objetivos organizacionais, dentro dos aspectos abordados na Figura 7:
Figura 7 – Matriz de Avaliação Estratégica
SITUAÇÃO 1 – FORTALEZAS > DEBILIDADES
Quando as Fortalezas são maiores do que as Debilidades, definimos a organização como de ALTO
potencial, priorizando objetivos externos.
A capacidade ofensiva para expansão de suas atividades será função das OPORTUNIDADES > AMEAÇAS,
com BAIXO RISCO de suas ações. É o típico caso de potencial para abertura de filiais ou expansão das
vendas para novos mercados.
A capacidade defensiva será função das AMEAÇAS > OPORTUNIDADES, com ALTO RISCO de suas ações. É
o típico caso de organizações com situações altamente favoráveis internamente, mas que esbarram em
barreiras de recessão econômica, caos político, poder dos concorrentes.
SITUAÇÃO 2 – DEBILIDADES > FORTALEZAS
Quando as Debilidades são maiores do que as Fortalezas, definimos a organização como de BAIXO
potencial, priorizando objetivos internos que transformem fraquezas em forças, gerando competência e
melhorando sua atratividade.
A incapacidade ofensiva depara-se na situação de que, mesmo com RISCO BAIXO (OPORTUNIDADES >
AMEAÇAS), as fortalezas internas não são suficientemente significativas para aproveitar as oportunidades.
Exemplo dessa situação pode ocorrer quando a organização encontra um aquecimento nas vendas
(oportunidade), mas está descapitalizada e endividada, não tendo mercadorias para atender a demanda
(debilidade).
E, finalmente, o “fundo do poço”. A vulnerabilidade com incapacidade defensiva! As AMEAÇAS >
OPORTUNIDADES colocam em risco a própria sobrevivência organizacional, RISCO ALTO. Você seria capaz
de pensar em organizações que foram à beira da falência após passar por esta fase?
Para Saber Mais
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Para saber mais como a equação AMEAÇAS > OPORTUNIDADES pode levar uma empresa a falência, leia o
artigo “Viés estatal-sindicalista afunda Varig” e entenda a crise que a empresa aérea Varig atravessou,
não se ajustando para enfrentar as crises conjunturais do mercado de aviação e o aumento da
concorrência.
1.7 Objetivos Organizacionais e Fatores Críticos de Sucesso
Objetivos são grandes desafios organizacionais. São abrangentes e elaborados
para aproveitar oportunidades ou mitigar ameaças. Formulados em termos
qualitativos, devem ser alcançados e nortear as demais funções administrativas
básicas.
Os objetivos devem constituir situações coerentes com o diagnóstico
organizacional, expressando um processo de mudança e desenvolvimento de
competências. Esses objetivos devem ser factíveis no que tange a prazos,
recursos físicos, humanos, tecnológicos, políticos e financeiros à disposição da
organização. Sugerimos a você iniciar os objetivos com VERBOS que indiquem
ações e traduzam o que a organização espera para o seu futuro!
Os fatores críticos de sucesso são aquelas características, condições ou variáveis que, quando
adequadamente sustentadas, mantidas ou gerenciadas, podem ter impacto significativo sobre o sucesso
organizacional. Por outro lado, podem representar situações ambientais que ofereçam barreiras para o
alcance dos objetivos (ameaças), dificultando as situações desejadas.
Nesse sentido, para delimitar os fatores críticos, torna-se de fundamental importância o seguinte
questionamento: Em que aspectos a organização deve se concentrar para assegurar a consecução
dos objetivos organizacionais?
A resposta desse questionamento será de fundamental importância para assegurar estratégias e/ou planos
de ação. Mas este será o assunto de nossas próximas aulas!
Para Saber Mais
Sobre a finalização do planejamento organizacional, com a delimitação dos objetivos e fatores críticos de
sucesso, sugerimos a leitura complementar “Estudo de Caso Exemplificado – Planejamento Organizacional”,
que foi adaptada do Provão de Administração de Empresas do ano de 2000.
Aproveite a incursão nessa leitura selecionada para repassar o estudo de caso e a sequência de
desenvolvimento das técnicas de planejamento. Lembre-se que elas serão de fundamental importância na
atividade de sistematização, na qual a avaliação da disciplina será desdobrada em um desafio de
aprendizado: você, na qualidade do executivo responsável pelo planejamento, irá elaborar o plano de
gestão da empresa. Conhecimento, habilidades e, principalmente, atitudes!
Sintetizando...
Nesta aula, entendemos que o planejamento estratégico constitui a primeira função gerencial, responsável
por elaborar os objetivos organizacionais e as ações necessárias para alcançá-los.
Os métodos e técnicas de planejamento envolvem uma série de procedimentos, estruturados de forma a
permitir que as etapas do planejamento tenham uma sequência lógica, efetiva e eficaz: diagnóstico
organizacional e estabelecimento dos objetivos.
Vimos também as etapas do diagnóstico e o levantamento dos fatores críticos de sucesso, importantes na
definição da concentração de esforços práticos em termos de bases nas quais a objetividade e a
flexibilidade possam ser desencadeadas.
Lembre-se de recapitular, com cuidado, o estudo da leitura complementar Estudo de Caso Exemplificado –
Planejamento Organizacional, na qual é apresentado um estudo de caso com a exemplificação prática.
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Até a próxima aula!
Aplicando o Conhecimento
1. Podemos considerar o planejamento como uma função gerencial de extrema importância para a
organização, pois:
a. Constitui-se a primeira função gerencial, desenvolvendo uma base sustentável para as
atividades de organização, direção e controle.
b. É responsável por verificar se os objetivos estão sendo alcançados.
c. Responsabiliza-se pela divisão de recursos e responsabilidades organizacionais.
d. Encerra o ciclo de atividades gerenciais executivas na organização.
2. Constitui uma afirmação falsa sobre o diagnóstico organizacional:
a. Os aspectos relevantes e positivos encontrados na organização, em sua situação atual,
constituem-se fortalezas importantes para o alcance dos objetivos.
b. Quando situações negativas são encontradas no mapeamento ambiental as classificamos como
ameaças para o alcance dos objetivos organizacionais.
c. Oportunidades e ameaças reduzem o potencial interno da organização, indicando uma falta de
competência gerencial interna.
d. A atratividade e a competitividade constituem variáveis importantes no diagnóstico
organizacional, fundamentais para o estabelecimento dos objetivos.
3. Sobre a Matriz DOFA, podemos afirmar que:
a. Apenas fornece informações superficiais sobre a situação atual da organização.
b. Constitui uma técnica de planejamento aplicável somente em grandes organizações privadas,
com fins lucrativos.
c. Torna-se fundamental na avaliação estratégica da organização, estruturando as prioridades, o
potencial organizacional e os riscos encontrados no ambiente externo.
d. Deverá ser elaborada ao final da atividade de planejamento organizacional.
4. Na estruturação do planejamento organizacional, o executivo encontrará alguns fatores críticos de
sucesso. Nesse sentido, recomenda-se:
a. Ignorar o determinismo ambiental, mantendo as zonas de conforto organizacionais, e se curvar
à impossibilidade de superar os obstáculos gerenciais.
b. Vincular os fatores críticos aos objetivos organizacionais, descartando-os imediatamente e
substituindo-os por outros objetivos facilmente alcançáveis.
c. Retornar ao diagnóstico organizacional, corrigindo os erros do planejamento.
d. Se encontrados no ambiente externo, delimitar ações para minimizar suas ameaças; se
encontrados no ambiente interno, delimitar estratégias internas para garantir mudanças que
aumentem a sustentabilidade interna.
Gabarito
1. A
2. C
3. C
4. D
Aula 02 - Visão Geral do Planejamento Estratégico Organizacional
Prosseguindo nosso curso, apresentamos a nossa segunda aula. Nela, você terá a oportunidade de estudar
a visão geral e as partes de um planejamento estratégico, com suas diferentes fases e conteúdo.
Boa aula!
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Fonte: baseado na obra Alice no País da Maravilhas, de Lewis Carrol.
2.1 Conceitos Fundamentais de Planejamento Estratégico
Planejamento Estratégico é um processo gerencial que possibilita estabelecer o rumo a ser seguido pela
organização, com vistas a obter um nível de otimização na relação desta com o seu ambiente, sendo,
normalmente, de responsabilidade do nível institucional e diz respeito tanto à formulação de objetivos
quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos (OLIVEIRA, 1995, p. 46).
Existem, ainda, várias outras definições. Para Fishmann e Almeida, planejamento estratégico é:
Uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria a
consciência das suas oportunidades e ameaças, dos seus pontos fortes e fracos para o
cumprimento da sua missão e, através dessa consciência, estabelece o propósito de
direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e reduzir riscos
(FISHMANN; ALMEIDA, 1995, p. 25).
Motta (1992) considera o planejamento estratégico um processo contínuo e sistemático que antecipa
mudanças futuras, tirando vantagem das oportunidades que surgem, examinando os pontos fortes e fracos
da organização, estabelecendo e corrigindo cursos de ação em longo prazo. É um processo essencialmente
gerencial que se concentra nos níveis hierárquicos mais elevados da organização e que não pode ser
concebido como atividade clássica de planejamento, delegável a comissões de grupos de planejamento.
Da convergência dos três conceitos acima, salienta-se que o planejamento estratégico:
dita a direção a ser seguida pela empresa;
é feito com base em diagnóstico interno e externo;
é um processo contínuo;
é realizado pela alta administração da organização.
Mesmo não havendo um único conceito, o planejamento estratégico deve respeitar alguns princípios, a
saber:
Contribuição aos objetivos: alinhamento com o negócio.
Precedência do planejamento: vir antes das outras funções administrativas.
Otimização: o planejamento não é feito apenas para realizar algo suficientemente bem, mas para
fazê-lo tão bem quanto possível.
Comprometimento de todos os níveis organizacionais: interdependência e os objetivos
comuns dos participantes.
E qual é a ligação do planejamento estratégico com o Balanced Scorecard (BSC)? Você lembra do BSC,
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que estudamos na primeira aula?
O Balanced Scorecard, além de medir o desempenho operacional, por meio de indicadores financeiros,
satisfação do cliente, processos operacionais internos e capacidade de inovação, compara-o ao que foi
estipulado no planejamento estratégico. Logo, é possível gerir a organização em direção aos seus
objetivos estratégicos.
Para Saber Mais
Para saber mais sobre o metodologia de gestão empresarial do BSC, sugerimos a leitura do texto “Sistema
de Gerenciamento Estratégico - Balanced Scorecard - Nas Instituições de Ensino Superior”. Nele, você
observará como o BSC mede o desempenho operacional usando, além dos indicadores financeiros, os
indicadores de acompanhamento da satisfação, da eficácia dos processos operacionais internos e da
capacidade de inovação da instituição cliente, comparando-os ao estabelecimento do planejamento
estratégico.
BSC e planejamento estratégico são a mesma coisa? Não. O BSC poderia ser entendido como ferramenta
complementar. Todo o trabalho do BSC parte do princípio que a estratégia da organização, bem como sua
missão, visão e valores já estão previamente definidos no planejamento estratégico da organização. A
função do BSC está em traduzir as diretrizes estratégias descritas no planejamento estratégico, de forma
que todos da organização possam entendê-las, para que a estratégia possa ser implementada, monitorada
e acompanhada no longo prazo. Desta forma, o BSC cria uma ponte entre os recursos disponíveis e a
geração de valor de uma organização.
Para Saber Mais
Sobre como definir o BSC e em qual estrutura conceitual está fundamentado, sugerimos a leitura de um
texto técnico sobre o tema.
2.2 Metodologia do Planejamento Estratégico Organizacional
Não existe nenhuma metodologia universal para o desenvolvimento do planejamento estratégico. As
organizações são diferentes umas das outras em tamanho, ação, cultura. Portanto, são diversos os
modelos de planejamento estratégico. Cada qual possui suas peculiaridades e características específicas,
mas praticamente todos seguem a mesma lógica, passando por um diagnóstico dos fatores internos e
externos (visto na primeira aula com a Matriz DOFA) à seleção da estratégia e ao planejamento de como
aplicá-la.
Aqui apresentaremos dois modelos, a título de ilustração, e faremos comentários breves sobre suas partes.
Entretanto, lembramos mais uma vez: o importante é conhecer a essência do planejamento estratégico e
não ficar preso ao “frasco do perfume”.
Oliveira (1995) utiliza o modelo composto por quatro fases: diagnóstico estratégico; missão da empresa;
instrumentos prescritivos e quantitativos; e controle e avaliação. Esse modelo pode ser visualizado na
Figura 1.
Figura 1– Modelo de Planejamento Estratégico
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Fonte: (OLIVEIRA, 1995, p. 64).
A seguir, vejamos detalhadamente cada uma dessas fases.
Fase I – Diagnóstico estratégico: é o momento em que a organização determina “como ela se
encontra”, quais são suas expectativas e quais os limites que a organização tem para identificar e avaliar
seu grau de influência no ambiente competitivo:
a. Identificação da visão.
b. Análise externa (ambiente, oportunidades e ameaças).
c. Análise interna (ponto forte, ponto fraco, ponto neutro.
d. Análise dos concorrentes.
Fase II - Missão organizacional: determina-se a missão – a razão de ser –, bem como a definição de
onde a organização está e aonde pretende ir, bem como o propósito e os valores básicos da organização:
a. Estabelecimento da missão organizacional.
b. Estabelecimentos dos propósitos atuais e potenciais da organização.
c. Estruturação e debate de cenários;
d. Estabelecimento da postura estratégica; e
e. Estabelecimento das macroestratégias e macropolíticas da empresa.
Fase III - Instrumentos prescritivos e quantitativos: traça o que deve ser feito no planejamento
estratégico para orientar a empresa na direção dos propósitos estabelecidos.
a. Estabelecimento de objetivos, desafios e metas organizacionais.
b. Estabelecimento de estratégias e políticas funcionais da organização.
c. Estabelecimento dos projetos e planos de ação.
Fase IV - Controle e avaliação: é o processo de monitorar as atividades do planejamento estratégico
para garantir que estejam sendo realizadas conforme planejado e corrigir quaisquer desvios.
Já Fishmann e Almeida (1995) propõem a divisão do planejamento estratégico nas etapas: avaliação da
estratégia vigente; avaliação do ambiente; estabelecimento do perfil estratégico; quantificação dos
objetivos; finalização. Este modelo pode ser visualizado na Figura 2, a seguir.
Figura 2 – Planejamento Estratégico
Fonte: (FISHMANN; ALMEIDA, 1995, p. 33).
Vejamos, a seguir, detalhadamente cada uma destas etapas:
Fase I – Avaliação da estratégia vigente: Qual é o caminho que a organização vem seguindo? Qual é a
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sua função?
Fase II – Avaliação do ambiente: conscientização das oportunidades e ameaças e dos pontos fortes e
fracos para o cumprimento da missão.
Fase III – Estabelecimento do perfil estratégico: propósito de direção que a organização deverá seguir
para aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.
Fase IV - Quantificação dos objetivos: viabilidade dos objetivos traçados.
Fase V - Finalização: resumo do Plano Estratégico em um pequeno documento.
É somente na fase de implementação que ocorre o acompanhamento, fase na qual se avalia e controla a
implementação para assegurar o cumprimento ou a alteração da estratégia estabelecida.
Vistos os dois modelos acima, cabe a pergunta: Qual é o melhor modelo a ser utilizado nas organizações?
Resposta: Nenhum! Como dito anteriormente, o “modelo ideal” dependerá da sua organização, suas
características, contextos, situações etc.
Todavia, ousaremos, com o esquema a seguir (Figura 3), traçar um “modelo geral” que abrange as ideias
norteadoras da Metodologia do Planejamento Estratégico.
Figura 3 – Modelo Geral de Planejamento Estratégico
Fonte: baseado no modelo apresentado por Wright (2000, p. 27).
Para Saber Mais
Sobre planejamento estratégico aplicado às pequenas organizações e sua estrutura global: orientação,
diagnóstico, direção, viabilidade operacional, sugerimos a leitura do texto “Um Modelo de Planejamento
Estratégico Aplicável às Pequenas Organizações”.
Bem, agora com base no nosso esquema montado, apresentaremos cada componente do Planejamento
Estratégico.
2.3 Missão, Visão de Futuro e Valores
Feito o diagnóstico organizacional e a análise ambiental (visto na primeira aula), segue-se a etapa para a
implantação do processo de planejamento estratégico, ou seja, a definição da missão da organização:
papel que a organização desempenha face ao ambiente onde atua e, consequentemente, deve-se
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delimitar também seus objetivos e suas metas.
As organizações são fundadas com um propósito. Embora este possa mudar ao longo do tempo, é
primordial que os stakeholders compreendam a razão da existência da organização, ou seja, sua missão.
Por vezes, a missão é definida de um modo formal, em uma declaração de missão (afirmação genérica, mas
duradoura, que identifica o alcance das operações de uma organização e o que ela pode oferecer para
seus vários stakeholders).
Para Wright (2000, p. 93), “a missão de uma organização deve desenvolver-se a partir do contexto da
análise ambiental”. Logo, deve conter:
Quem somos.
O que fazemos.
Para quem fazemos.
De que modo propomos-nos a fazer.
Assim, a administração eficaz exige não apenas um entendimento do ambiente, mas também um enfoque
da missão da organização (no contexto de seus pontos fortes e fracos). Um sentido agudo de propósito é
necessário ao estabelecimento de objetivos, porque é difícil saber para onde se está indo, se não se sabe
primeiro quem se é. As empresas com um sentido definido de sua missão são capazes de determinar quais
as atividades se encaixam em sua orientação estratégica e quais não.
A visão de futuro representa uma descrição de onde se quer chegar, do futuro desejado. Ela deve
significar grandes desafios, capazes de estimular toda a equipe. Também deve ser algo desafiador,
representando algum objetivo atingível.
Para Saber Mais
Sobre as diferenças entre missão e visão, veja exemplos de missão do Citibank, Mc Donald’s, Localiza
Nacional, Pepsi Co e Honda e de visão da 3M e do Itaú.
Sobre a missão, visão e valores organizacionais, tanto em organizações públicas quanto privadas,
sugerimos que você navegue pelo site de duas organizações: uma governamental, a Receita Federal do
Brasil, e outra privada, a empresa de telefonia celular Vivo.
Exercite sua curiosidade e procure o material institucional de outras organizações públicas e empresas
privadas do seu conhecimento (prefeituras, ministérios, hospitais, empresas de telefonia, hotéis,
restaurantes, etc.).
Para você entender um pouco mais sobre o desafio organizacional para elaborar uma visão de futuro,
sugerimos a você a leitura do texto “Visão de Futuro no dia a dia das empresas”, do autor Euler Gastos.
Neste texto, ele discorre sobre a importância da visão do futuro, a relação entre visão de futuro e
inovação, a construção da visão do futuro, explorando a Técnica Delphi.
Finalizando este tópico, passaremos para os valores organizacionais. Estes são os princípios morais e
éticos que refletem a cultura da organização. São crenças, normas, princípios, que orientam a atuação da
organização e, portanto, norteiam as políticas e práticas implementadas pela organização no seu dia-a-dia
e os parâmetros para as decisões e para a hierarquização do que deve ser mais ou menos valorizado, o
que merece maior ou menor atenção durante o trabalho e condução gerencial.
2.4 Estratégias e Planos de Ação
Depois de definida a orientação de nosso planejamento estratégico – com a visão, a missão e os valores –,
vamos ao próximo passo: a direção feita por meio das estratégias e planos de ação.
Antes, porém, de adentrarmos o assunto, cabe esclarecer o que são os objetivos e metas. Os objetivos,
estudados em nossa primeira aula, são o ponto que se pretende alcançar. Logo, estão voltados para os
resultados. Já as metas são os meios expressos em quantidade para se atingir os objetivos. Então, a
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principal justificativa para se delinear as metas e objetivos organizacionais é procurar adequar e orientar o
caminho a ser seguido para que seja a missão realizada com competência, em direção à visão de futuro
organizacional.
Vamos delimitar alguns exemplos?
Objetivo: melhorar as vendas médias mensais, estruturando ações promocionais junto aos clientes
potencialmente não explorados.
Meta: superar o faturamento médio mensal de 2,5 milhões de reais até dezembro de 2008.
Objetivo: promover ações corretivas para melhorar o atendimento ao cidadão no pronto socorro
do hospital, por meio de ações de qualificação e desenvolvimento de habilidades específicas nos
servidores públicos, envolvidos em atividades diretas com os usuários do sistema.
Meta: até janeiro de 2010, 85% dos servidores públicos lotados no pronto socorro tenham
concluído o curso de excelência no atendimento ao cidadão com aproveitamento.
Objetivo: reduzir o número de erros e falhas no trabalho diário, utilizando ferramentas de análise e
melhoria de processos organizacionais e fluxogramas.
Meta: mapear e padronizar, em 12 meses, 60% dos processos finalísticos; 50% dos processos
gerenciais e 40% dos processos de apoio.
Até aqui, definimos a missão e visão organizacional, desenvolvendo habilidades para articular as metas e
os objetivos, visando atender a sua missão em direção à visão declarada.
Agora, torna-se necessário definir um plano para atingir as metas estabelecidas, ou seja, a formulação de
estratégias direcionadas ao processo decisório.
2.4.1 Estratégias
A origem da elaboração de estratégias vem do meio militar e é entendida como a arte de conduzir forças
militares para derrotar o inimigo. Percebemos que grandes líderes como Napoleão e Adolf Hitler já utilizavam
as ideias de estratégias em suas ações.
No mundo organizacional, as estratégias estão relacionadas à forma de utilizar adequadamente os recursos
físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a mitigação de problemas e a otimização das oportunidades.
Desse modo, as estratégias representam a escolha de um caminho de ação para a organização como um
todo. Na figura 4, você pode observar a formulação da estratégia.
Figura 4 – Formulação da Estratégia
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Fonte: Universidade Federal de Viçosa.
As estratégias podem ser classificadas genericamente:
1. Liderança de custos, diferenciação ou enfoque (PORTER, 1985, p. 9);
2. Construção de franquia, aumento do valor para os clientes, excelência operacional, ser bom
cidadão corporativo (temas estratégicos de KAPLAN; NORTON, 2001, p. 91).
3. Penetração de mercado, desenvolvimento de produtos, desenvolvimento de mercado,
diversificação (ANSOFF, 1977).
4. Sobrevivência, manutenção, crescimento e desenvolvimento (OLIVEIRA, 1995).
5. Oportunidades, desinvestimento, intento, adaptação, diferenciação produto-mercado,
diferenciação funcional, inovação, evolução, reação, despistamento, cooperação, agressão,
autoproteção (ZACCARELLI; FISHMANN, 1994, p. 15).
6. Soluções para clientes, pirâmide de produtos, multicomponentes, painel de controle, tempo,
inovação, multiplicador do lucro, espírito empreendedor, especialização, base instalada, padrão de
fato, marca, produtos especialistas, liderança total, escala da transação, posição na cadeia de
valor, ciclo, pós venda, novos produtos, participação de mercado relativa, curva de experiência,
concepção de negócio de baixo custo (SLYWOTZKY; MORRISON, 1998).
Para Saber Mais
Como as definições e exemplificação do conceito de estratégia podem diferenciar-se de acordo com as
características organizacionais, sugerimos que leia mais sobre essas definições no texto “O Conceito de
Estratégia”, de Isabel Nicolau.
Vamos lembrar novamente o BSC? Onde o BSC e as estratégias interagem? O BSC, por abranger em sua
estrutura a tradução da estratégia com os grandes objetivos organizacionais, indicadores de desempenho,
metas de longo prazo e projetos, tem sido implementado para auxiliar no processo de gestão das
estratégias. Como veremos nas demais disciplinas, o BSC proporciona:
O entendimento, por todos, da estratégia e da visão de futuro da organização.
A definição de responsabilidade pela estratégia, em todos os níveis da organização.
O alinhamento da organização em torno da estratégia.
O acompanhamento da implementação da estratégia.
A análise sistemática acerca da implementação da estratégia e do alcance da visão de futuro.
A definição de novos caminhos, se necessários, para garantir que a organização realmente alcance
a visão de futuro.
A comunicação sistemática da implementação da estratégia e das decisões tomadas.
A realimentação do processo de concepção da estratégia com o aprendizado adquirido, durante as
etapas de gerenciamento da implementação da estratégia.
Muito bem. Não vamos adiantar os assuntos, certo? Mas vamos focar nas últimas etapas do
planejamento estratégico organizacional.
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2.4.2 Planos de Ação
Estabelecidas as estratégias, torna-se necessário detalhar como serão operacionalizadas e solucionadas a
condução de negócios, incluindo um plano de contingências. O plano de ação explica como você operará e
administrará os esforços, para conseguir alcançar os objetivos em termos práticos.
Sistematizando:
O plano de ação é composto por uma série de providências/tarefas a serem efetuadas a partir de um
planejamento.
Num plano de ação, as providências são devidamente priorizadas e listadas por ordem cronológica.
Deve constar também no plano de ação:
Quem é o responsável pela execução.
Qual o prazo e/ou data limite para a sua conclusão.
Quais os recursos necessários.
Normalmente, os planos de ação mais simples envolvem a resposta às seguintes questões clássicas: O que
fazer? Por que fazer? Quem faz? Onde faz? Como faz? Quando faz? Quanto Custa?
Veja, a seguir, um exemplo de plano de ação para uma organização fictícia (desdobraremos apenas um
objetivo, a título de ilustração):
CENTRO EDUCACIONAL EM EXCELÊNCIA
MISSÃO: Promover atividades de qualificação e educação corporativa e organizacional, primando pela
valorização das pessoas e pela formação de talentos, como diferencial estratégico competitivo de nossos
parceiros e clientes.
VISÃO DE FUTURO: Consolidar-se como um centro educacional de referência no Brasil, pela qualidade de
nossos cursos e aplicações profissionais práticas imediatas que melhorem o desempenho organizacional de
nossos parceiros e clientes.
VALORES ORGANIZACIONAIS: Ética, compromisso, transparência, valorização de nossa equipe, sinergia,
dedicação e satisfação de nossos clientes e parceiros.
OBJETIVO ESTRATÉGICO NR 1: Implementar indicadores de desempenho organizacionais para monitorar
as expectativas, percepções e satisfação dos profissionais que procuram e realizam nossos cursos.
META RELACIONADA: Manter o nível de profissionais egressos do curso com avaliação “muito satisfeito”
acima de 70%; “satisfeito” acima de 20% e “insatisfeito” abaixo de 1%.
ESTRATÉGIAS:
1. Criar uma seção técnica interna para o objetivo estabelecido.
2. Aplicar um questionário prévio de expectativa antes do início dos cursos.
3. Organizar ações de comunicação interna do padrão desejado de trabalho pelas equipes, com base
nas expectativas levantadas.
4. Monitorar a percepção dos profissionais durante a realização do curso, quando a carga horária
estiver entre 30% e 60% do conteúdo previsto.
5. Promover reuniões internas participativas com as equipes de trabalho, de modo a melhorar atitudes
e abordagens durante a etapa.
6. Realizar uma pesquisa cinco dias após a conclusão do curso, de modo a mapear a satisfação dos
profissionais egressos e oportunidades de melhoria.
7. Mapear o indicador e divulgar o mesmo internamente.
8. Promover reuniões avaliativas internas, de modo a compartilhar as mudanças e garantir a melhoria
contínua das operações que envolvam atividades de ensino-aprendizagem.
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PLANO DE AÇÃO:
O que fazer?
Criar uma seção técnica.
Por que fazer?
Para implantar as estratégias e desenvolver todas as ações decorrentes.
Quem faz?
Diretor Pedagógico e Gerente Administrativo.
Onde faz?
No Centro Educacional.
Como faz?
1. Desdobrar um cronograma e apresentar ao Conselho Diretor.
2. Recrutar e selecionar pessoal.
3. Desdobrar a estrutura interna, a divisão de responsabilidades e os fluxos de trabalho.
4. Aplicar a metodologia e apresentar resultados mensalmente.
Quanto faz?
6 meses para implantação e os primeiros resultados.
Quanto custa?
Investimento inicial de 50 mil reais. Custo operacional mensal da seção técnica: 8 mil reais/mês.
Bom, esperamos que tenha entendido. Prepare-se, pois ao final desta disciplina, na atividade de
sistematização, sua criatividade e habilidades serão colocadas em prática, dentro de um estudo de caso,
ok? Caso seja necessário, releia o texto, recorde a aula 1 e organize-se!
2.5 Controle e Avaliação
Chegamos à parte final de examinar “como a organização está indo”, ou seja, a verificação dos planos e
estratégias de acordo com a conceituação geral da missão, visão e valores, respeitando a realidade
interna e externa, conforme o diagnóstico organizacional e a situação desejada.
Para Oliveira (1995, p. 237):
O papel desempenhado pela função de controle e planejamento é acompanhar o
desempenho do sistema, através da comparação entre as situações alcançadas e as
previstas, principalmente quanto aos objetivos, metas e da avaliação das estratégias e
planos. Nesse sentido, a função controle e avaliação é destinada a assegurar que o
desempenho real possibilite o alcance dos padrões que foram anteriormente estabelecidos.
Logo, as finalidades do controle e avaliação são identificar problemas e corrigi-los; verificar se estratégias
e planos estão proporcionando os resultados esperados e gerar informações gerenciais para que se possa
intervir no desempenho do planejamento estratégico.
Oliveira (1995) ainda propõe que esta etapa do planejamento siga as seguintes fases:
a. Estabelecimento de padrões de medida e avaliação;
b. Medida dos desempenhos apresentados;
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c. Comparação do realizado com o esperado; e
d. Ação corretiva.
e. Mas, na prática, como pode ser feito? Por meio de estabelecimento de indicadores de desempenho
altamente vinculados à meta elaborada para um objetivo (Figura 5).
Figura 5 – Indicadores
Os indicadores são, resumidamente, atributos que facilitam a compreensão de determinada situação. Bons
indicadores são aqueles aplicados na prática, que geram informações, são confiáveis e suscitam reflexões.
Assim, para que eles sejam construídos, a clareza do que se busca compreender é determinante. Essa
clareza é o que foi feito nas etapas iniciais do planejamento estratégico.
Para Saber Mais
Leia o Estudo de Caso Clínica X, que é um estudo acerca do planejamento estratégico aplicável a uma
pequena organização, e saiba mais sobre esse tema.
Sintetizando...
Nesta aula, verificamos o que é planejamento estratégico organizacional e suas partes componentes. Em
seguida, constatamos que não há uma metodologia única para o planejamento estratégico, mas vimos os
princípios que estão contidos no seu planejamento e execução. Passamos então a detalhar cada uma das
etapas do planejamento estratégico com suas ligações e interdependências com o BSC.
Terminamos assim a nossa segunda aula. Pratique o seu entendimento na atividade e confira o gabarito.
Recarregue suas baterias para nos encontrarmos novamente na nossa terceira aula!
Aplicando o Conhecimento
1. Sobre o planejamento estratégico, podemos considerar como uma afirmação falsa:
a. É uma atividade de responsabilidade do nível institucional da organização.
b. Desdobra-se fundamentado no diagnóstico organizacional.
c. Segue métodos e padrões sistematizados e organizados, que devem ser seguidos,
impreterivelmente, pelos executivos da organização.
d. Constitui-se uma importante ferramenta para auxiliar o processo decisório e alinhar a
organização em alternativas de sucesso futuro.
2. Qual o relacionamento entre o Planejamento Estratégico e o BSC?
a. São ferramentas distintas entre si, não havendo qualquer complementaridade entre elas.
b. O BSC é uma importante ferramenta para implantar e monitorar os efeitos das estratégias
elaboradas na fase de planejamento.
c. O BSC é aplicável anteriormente ao planejamento estratégico organizacional.
d. O planejamento estratégico organizacional não está relacionado às funções gerenciais,
enquanto o BCS completa todas as fases, do planejamento ao controle.
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3. Marque a alternativa falsa.
a. A missão organizacional, embora desafiante, constitui uma reflexão imprescindível para o
desenvolvimento das competências organizacionais.
b. A visão de futuro normalmente é conquistada em curtos espaços de tempo.
c. Os valores organizacionais estão fundamentados na cultura organizacional e nos atributos
éticos e afetivos das pessoas, em prol da melhoria contínua e do sucesso organizacional.
d. É aconselhável que a missão, a visão e os valores façam parte do acervo de comunicação
institucional, norteando tanto o trabalho interno como as relações da organização com seu
ambiente externo.
4. Normalmente, um indicador de desempenho organizacional está estruturado com o objetivo de:
a. Corrigir deficiências internas.
b. Manter uma base estatística sobre os resultados organizacionais.
c. Permitir que todas as tarefas internas sejam monitoradas pelos seus responsáveis.
d. Otimizar o processo decisório na organização, acompanhando as metas elaboradas no
planejamento e a evolução da melhoria contínua, além dos seus resultados e avaliação.
Gabarito
1. C
2. B
3. B
4. D
Aula 03 - Tecnologias Gerenciais Contemporâneas
Dando continuidade à nossa disciplina, vamos para o nosso terceiro encontro. Nesta aula, estudaremos
as tecnologias gerenciais contemporâneas.
3.1 Tecnologia Gerencial: Conceito
Entendemos por tecnologia o conjunto de conhecimentos, técnicas e competências organizacionais que
permitem a melhoria contínua na gestão de tarefas, estruturas e pessoas. Logo, por analogia, a
tecnologia gerencial é a técnica, o conhecimento e o método aplicado ao mundo gerencial para resolver
ou facilitar a resolução de problemas. Aqui está dividida em ferramentas e novos paradigmas gerenciais.
Como vimos na aula 1, a tecnologia constitui uma importante variável organizacional. Se a entendermos no
sentido de conhecimento, sabedoria, inteligência, o conceito transcende os simples métodos, técnicas,
hardware, software. Tecnologia, enquanto competência organizacional, constitui uma série de
oportunidades existentes no ambiente externo que, quando incorporadas à organização, permitem:
Melhorar as TAREFAS INTERNAS, reduzindo os erros, as falhas e otimizando a execução dos
processos de trabalho.
Desenvolver a melhoria contínua na gestão de PESSOAS, por meio de ações gerenciais que
otimizem resultados, melhorem o clima organizacional e tornem as equipes mais produtivas.
Otimizar a ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, envolvendo o melhor emprego dos recursos internos
materiais e patrimoniais no desenvolvimento da missão e das atividades cotidianas.
Promover ações de impacto direto no AMBIENTE externo, melhorando a atratividade e a
competitividade organizacional, em busca da total satisfação dos stakeholders.
Um pensamento extremamente interessante, não? Então se prepare, pois nesta aula abordaremos
algumas ferramentas de uso prático na busca destes resultados!
3.2 Ferramentas Gerenciais para Solução de Problemas Organizacionais
Mesmo consolidado todo o planejamento estratégico visto na aula anterior, as organizações estão sujeitas
à ocorrência de problemas. Após levantarmos os principais problemas organizacionais, devemos
estabelecer prioridades para o tratamento de tais disfunções.
Laudon (2004) assevera que, para que um problema de uma organização possa ser resolvido, deve haver
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concordância que o problema existe, sobre o que ele é, quais são suas causas e o que pode ser feito
sobre ele, dados os recursos limitados da organização.
Os problemas devem ser definidos adequadamente pelas pessoas da organização, para que possam ser
solucionados.
Podemos considerar a solução de problemas um processo de cinco etapas
básicas:
1. Definir o problema.
2. Compreender o problema.
3. Tomada de decisão – escolha da melhor solução.
4. Projeto de soluções.
5. Implementação.
Depois da devida análise dos problemas, cabe agora solucioná-los. Cabe
ressaltar que há uma variedade de métodos para solução de problemas, tais
como a solução criativa de problemas e o pensamento inventivo sistematizado.
Por vezes, os administradores usam ferramentas para melhoria da qualidade na resolução das dificuldades.
Entre as mais usadas mencionaremos o brainstorming, o ciclo PDCA, o fluxograma, a matriz GUT, o
diagrama de causa-efeito e o ciclo de melhoria. Nesta aula, daremos uma atenção especial para as três
últimas, importantes no entendimento e estruturação do BSC, como veremos nas disciplinas específicas.
3.2.1 Diagrama de Causa e Efeito
O Diagrama de Causa e Efeito, também conhecido como o de Ishikawa, Espinha de Peixe ou 6M, é uma
ferramenta gráfica utilizada para o gerenciamento, o controle da qualidade e a resolução de problemas.
Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado nos anos
seguintes. O engenheiro observou que, embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas
ferramentas, ao menos 95% poderiam ser e que qualquer trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-
las.
Embora algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou
especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 1960.
Neste diagrama, todos os tipos de problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes:
Método
Matéria-prima
Mão de obra
Máquinas
Medição
Meio ambiente
Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de
melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade. Permite também estruturar qualquer sistema que
necessite de resposta de forma gráfica e sintética.
Graficamente, a estrutura de espinha de peixe é tal como se segue (Figura 1):
Figura 1 – Diagrama Causa e Efeito
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Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/Diagrama_de_causa-efecto.jpg
Para Saber Mais
Sobre como fazer o Diagrama de Causa e Efeito, sugerimos a leitura do texto “Diagrama de Causa e
Efeito”.
EXEMPLO PRÁTICO
Observamos que o problema pode ser facilmente observado, mas quais os principais fatores que levam ao
problema?
Figura 2 – Diagrama Causa e Efeito: Exemplo Prático
Fonte: http://www.prd.usp.br/disciplinas/docs/pro2712-2005-Alberto_Gregorio/FEROPER_gb.pdf
Podemos relacionar várias causas, sendo necessário avaliar o desdobramento de cada uma delas:
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Figura 3 – Diagrama de Causa e Efeito: Exemplo de Aplicação
Fonte: http://www.prd.usp.br/disciplinas/docs/pro2712-2005-Alberto_Gregorio/FEROPER_gb.pdf
Para Saber Mais
Para saber mais sobre como montar o Diagrama de Causa e Efeito, sugerimos a leitura do texto “Diagrama
de Causa e Efeito”.
DESAFIO: Prepare um Diagrama de Causa e Efeito sobre os fatores que levam os alunos a
abandonarem o Ensino a Distância.
Algumas regras básicas:
1. Defina o problema que você pretende investigar de forma precisa, isto é, evite termos abstratos e
ideias muito genéricas.
2. Identifique as causas do problema sob investigação em reuniões ou em sessões de brainstorming
(quem sabe um chat com outros colegas). Convide-os para a discussão.
3. Resuma sugestões em poucas palavras.
4. Concentre-se nas causas passíveis de serem sanadas. Afinal, se as causas de um problema não
podem ser removidas, o diagrama de causa e efeito será simples exercício intelectual, sem qualquer
aplicação prática.
Bom, lembre-se que a atividade de sistematização, ao final da disciplina, trará uma oportunidade de
exercitar as ferramentas dentro de um estudo de caso. Procure visitar os links externos e familiarizar-se
com a aplicação da ferramenta, pois esta será importante na continuidade de nosso curso!
3.2.2 Matriz GUT
A metodologia GUT (Gravidade x Urgência x Tendência) foi elaborada por Charles H. Kepner e Benjamin B.
Tregoe, em 1969. Essa metodologia tem por base a organização de parâmetros tomados para o
estabelecimento de prioridades na eliminação de problemas, especialmente se esses forem vários e
relacionados entre si.
A técnica tem como objetivo orientar a tomada de decisões mais complexas, isto é, decisões envolvendo
muitas questões. Segundo os autores Kepner e Tregoe (1981), é preciso separar cada problema que tenha
uma causa específica e, em seguida, deve-se saber qual a prioridade na solução dos problemas
detectados.
Apesar de a metodologia GUT ter sido desenvolvida para a fixação de prioridades no diagnóstico
estratégico, ela pode também ser aplicada na identificação e prioridade das ações para as quais as
organizações devem direcionar seus esforços a fim de resolver os problemas. É utilizada na busca de
soluções de problemas, especialmente quando se procura, dentro do gerenciamento de processos,
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identificar quais as saídas (outputs), pois, pelas circunstâncias, estão aquém do desejado.
A Matriz GUT (Gravidade x Urgência x Tendência) é geralmente utilizada em conjunto com o Diagrama de
Ishikawa (Causa-Efeito). Após levantamento das causas para um determinado problema, a Matriz GUT
permite quantificar cada uma das causas de acordo com sua gravidade, urgência e tendência. Cada um
desses parâmetros é pontuado de 1 a 5, dependendo do nível de G ou U ou T para cada uma das causas
levantadas.
Após a pontuação, calcula-se o resultado G x U x T, estabelecendo parâmetros de prioridades dos
problemas a serem resolvidos. Resumindo, o modelo considera a Gravidade, a Urgência e a Tendência do
problema:
Gravidade – impacto do problema sobre operações e pessoas da organização. Efeitos que surgirão
em longo prazo em caso de não resolução.
Urgência – o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.
Tendência – potencial de crescimento (piora) do problema.
É necessário que cada problema a ser analisado receba uma nota de 1 a 5 em cada uma das
características: gravidade, urgência e tendência (Tabela 1).
Tabela 1 – Matriz GUT
Nota Gravidade Urgência Tendência
5 Extremamente grave Extremamente urgente Se não for resolvido, piora imediatamente
4 Muito grave Muito urgente Vai piorar em curto prazo
3 Grave Urgente Vai piorar em médio prazo
2 Pouco grave Pouco urgente Vai piorar em longo prazo
1 Sem gravidade Sem urgência Sem tendência de piorar
Fonte: http://www.tutomania.com.br/file.php?cod=18945
De acordo com modelo proposto, é necessário hierarquizar as dificuldades encontradas, com vistas à
adoção de soluções. Para uma análise de prioridade e riscos dos problemas, veja o seguinte exemplo
(Tabela 2):
Tabela 2 – Matriz de Priorização – GUT
Matriz de Priorização – GUT – para priorização de problemas
Problemas G U T Total Priorização
Atraso na entrega do fornecedor 4 4 3 11 2º
Alto gasto com materiais de escritório 2 2 1 5 4º
Baixo índice de recompra entre os clientes 5 4 4 13 1º
Problemas disciplinares entre vendedores 3 2 3 8 3º
Fonte: http://www.tutomania.com.br/file.php?cod=18945
De acordo com o exemplo da Tabela 2, a prioridade é o de “baixo índice de recompra dos clientes”, pois é
o que apresenta uma pontuação maior, de acordo com as notas colocadas. Sabendo-se qual problema
deve ser resolvido primeiramente, temos, então, de identificar as soluções que podem ser colocadas em
prática.
Na atividade de sistematização, você terá a oportunidade de delimitar alguns problemas no estudo de
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caso, bem como aplicar a matriz na priorização de soluções.
3.2.3 Ciclo de Melhoria
O Ciclo de Melhoria da qualidade organizacional, fortemente influenciado pelo Kaizen, engloba atividades de
diagnóstico do problema, monitoramento e otimização dos processos. A otimização global é obtida pela
identificação e remoção de todas as causas de efeitos, tão logo elas sejam detectadas. Veja o diagrama
simplificado (Figura 4):
Figura 4 – Ciclo de Melhoria da Qualidade
Mais adiante, vemos o mesmo diagrama (Figura 5) de maneira mais detalhada, no qual todas as etapas do
processo estão explicadas.
Figura 5 - de maneira mais detalhada, no qual todas as etapas do processo estão explicadas.
Fonte: Avaliação para melhoria da qualidade da Estratégia Saúde da Família (AMQ)
Vamos procurar sistematizar o ciclo de melhoria, exemplificando sua aplicação em um processo
organizacional prático:
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Problema organizacional
Ausência de servidores públicos especialistas em projetos, dificultando a solicitação de recursos
financeiros para superar os fatores críticos de melhorias organizacionais no serviço público.
Identificação da causa
Falta de qualificação específica para os servidores públicos em planejamento e gestão de projetos.
Remoção da causa
Ofertar cursos e atividades de qualificação técnica (treinamento), em parceria com a ENAP (Escola
Nacional de Administração Pública).
Processamento
Qualificação em elaboração e gestão de projetos.
Entrada
Quantidade de colaboradores qualificados.
Saída
Servidores públicos qualificados tecnicamente e aptos para elaborar e gerenciar os projetos de solicitação
de recursos financeiros para melhoria do serviço público prestado ao cidadão.
Medida
Porcentagem de servidores públicos lotados na Instituição e aptos nos cursos de qualificação técnica.
Figura 6 – Medidas
Não esqueça que na atividade de sistematização final da disciplina, após elaborar o Diagrama de Causa e
Efeito e a Matriz GUT de um estudo de caso, você deverá, com criatividade e habilidades específicas,
construir um Ciclo de Melhoria da Qualidade.
3.3 Novos Paradigmas Gerenciais
O homem explana o mundo e se relaciona com a realidade em que está inserido a partir de valores,
representações e padrões culturalmente aceitos. Já a ciência institui paradigmas para descrever e explicar
fenômenos e, dessa forma, prenuncia e controla os diversos processos de transformação.
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Para Saber Mais
Para saber mais sobre o conceito de paradigma e sua utilização no contexto do conhecimento científico,
bem como seu posicionamento dentro da gestão estratégica organizacional, sugerimos a leitura dos textos
“Paradigmas na Administração” e “Existem paradigmas em administração? Uma análise sobre o uso do
conceito”, de Silvio Aparecido dos Santos.
3.4 A Qualidade nas Organizações
A qualidade pode ser entendida como um conjunto de características de todo produto ou serviço que,
quando planejada, praticada e verificada, visa superar as expectativas de satisfação das pessoas
envolvidas.
A qualidade total extrapola os conceitos de qualidade dos produtos e serviços. Por exemplo, num
restaurante, estende-se desde a limpeza do restaurante, atenção no atendimento, apresentação e
exposição dos alimentos, banheiros amplos e sempre limpos, funcionários bem vestidos, educados e bem
treinados, funcionários trabalhando satisfeitos, pós-vendas e serviço de atendimento ao cliente.
Hoje, a qualidade total estende-se até às questões de qualidade de vida e qualidade ambiental. Pense num
carrão de 350 HP de potência com alto consumo de combustível, sob o ponto de vista de conforto e
desempenho, pode ter qualidade, mas, sob o aspecto ambiental e custo operacional, não atende às
expectativas do cliente.
O conceito de qualidade foi, primeiramente, associado à definição de conformidade às especificações.
Posteriormente, o conceito evoluiu para a visão de satisfação do cliente. Obviamente, a satisfação do
cliente não é resultado apenas e tão somente do grau de conformidade com as especificações técnicas,
mas também de fatores como prazo e pontualidade de entrega, condições de pagamento, atendimento pré
e pós-venda, flexibilidade, etc.
Paralelamente a essa evolução do conceito de qualidade, surgiu a visão de que o mesmo era fundamental
no posicionamento estratégico da empresa perante o mercado. Pouco tempo depois percebeu-se que o
planejamento estratégico da organização enfatizando a qualidade não era suficiente para seu sucesso. O
conceito de satisfação do cliente foi então estendido para outras entidades envolvidas com as atividades
organizacionais.
De modo geral, a qualidade pode ser definida como:
A satisfação das necessidades e expectativas dos clientes.
A conformidade com as especificações.
A adequação ao uso.
O zero defeito.
O fazer mais, melhor e mais rápido.
A melhor relação custo x benefício.
Nesse sentido, pode-se definir a qualidade como o conjunto de características de um produto ou serviço
que satisfaz competitivamente as necessidades explícitas e implícitas dos clientes. Por necessidades
EXPLÍCITAS entende-se como aquelas que são claramente colocadas pelo cliente. As necessidades
IMPLÍCITAS dividem-se em: mandatórias, que são características básicas de funcionamento ou
segurança; e latentes, que são aquelas que o cliente não consegue expor, por não ter consciência delas.
Um sistema da qualidade compreende:
Estrutura organizacional.
Responsabilidades.
Procedimentos.
Processos.
Recursos.
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Tem como meta:
Gerenciar a qualidade.
Atingir os objetivos da qualidade.
O pensamento administrativo tem sido influenciado por diversas correntes filosóficas, podendo ser
classificadas segundo a forma com que enfocam alguns dos seguintes aspectos: ênfase na tarefa; ênfase
na estrutura; ênfase na pessoa; ênfase na tecnologia; ênfase no ambiente (CHIAVENATO, 1993). Cada
uma dessas correntes filosóficas considera a qualidade de uma forma bastante diversificada.
Os modernos conceitos de gestão pela qualidade são fundamentados em relação às práticas
organizacionais, como destacado por Soares (1993) e Saavedra (1995). Os modelos de gestão pela
qualidade preconizam uma contínua busca de eficiência, ou seja, uma forma de racionalidade na qual a
coerência dos meios em relação aos fins visados traduz-se pelo emprego de um mínimo de meios para a
obtenção de um máximo de resultados (CHIAVENATO, 1993).
Um conceito abrangente de qualidade é fornecido pela família de normas ISO 9000, na qual a norma de
terminologia ISO 8402 (1994, p. 3) define qualidade como sendo a “totalidade de características de uma
entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer necessidades explícitas e implícitas”. Assim, o
conceito se mostra fortemente associado à eficiência caracterizada por Chiavenato (1993), em função das
características a serem desenvolvidas no trabalho administrativo da organização.
Podemos associar os termos qualidade e produtividade em função das necessidades gerenciais vinculadas
ao processo de tomada de decisão. A qualidade pode ser definida, ainda, segundo vários critérios ou
colocações. O Prêmio Nacional de Qualidade procura avaliar as organizações em termos do aprendizado em
satisfazer as necessidades do mercado: fornecer produtos/serviços em condições de qualidade cada vez
melhores, antecipando a concorrência.
A qualidade como dimensão competitiva, como grande vulto na década de 80, tornou-se
uma necessidade a partir da segunda metade da década de 90 (KAPLAN; NORTON, 1997).
Silveira (2000, p. 3) relaciona os conceitos de qualidade na norma ISO 9000-1, destacando que o nível de
competitividade de uma empresa depende diretamente da “qualidade decorrente do suporte ao produto,
envolvendo as fases de assistência técnica e serviços associados, pós-venda, reciclagem ou disposição
após uso”. São fatores diretamente relacionados com o cliente e a face da qualidade nos produtos
colocados no mercado hoje, não limitados a atrair clientes e vendas, mas permanecer no serviço em
termos da satisfação proporcionada no futuro (DEMING, 1990).
Um enfoque da norma ISO, quando aborda o trabalho para melhoria da qualidade, mostra-se coerente com
a visão de Porter (1989), no sentido de desenvolver um diferencial que potencialize a vantagem
competitiva.
Dentro dessa proposta de qualidade abordada pela normatização, poderemos vislumbrar a empresa como
uma reunião de atividades para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seus produtos.
Nesse aspecto, a qualidade do gerenciamento será fundamental para o sucesso empresarial.
Em função dos processos internos, a qualidade poderá estar diretamente relacionada à melhoria da
produtividade organizacional. Algumas definições estreitam este relacionamento:
A qualidade começa com a alta administração e é uma atividade estratégica... a qualidade e a
produtividade aumentam à medida que a variabilidade do processo diminui (DEMING, 1986 apud SLACK,
1997).
[...] atendimento as especificações... adequação ao uso... atividades administrativas e a
responsabilidade pela qualidade (JURAN, 1980 apud SLACK, 1997).
Nesse sentido, buscam-se as definições que aproximam a melhoria da qualidade e da produtividade
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organizacional na excelência dos processos; a cultura de melhoria contínua; o envolvimento de todos e a
clara orientação para as demandas da sociedade.
3.4.1 Gerenciamento da Qualidade
Atividade estratégica no nível institucional das organizações!
A qualidade total rebuscou ferramentas, estabeleceu políticas e valores. Necessita-se, ainda, desenvolver
a sua concepção como atividade estratégica e vital. De modo organizacional, este conceito sobrepõe-se
ao processo decisório da alta administração, responsável pela liderança na definição dos objetivos
organizacionais.
Nesse enfoque, Kaplan e Norton (1997) determinam alguns conceitos importantes:
A qualidade total atua sobre os processos existentes, aplicando técnicas de solução
sistemática de problemas para reduzir e até eliminar defeitos nos processos... (p. 242)
A influência recente da gestão pela qualidade total(...) levaram muitas empresas a
complementar suas medidas tradicionais de custos e finanças com medidas de qualidade e
do tempo de ciclo(...) incluídos como medidas fundamentais de desempenho na perspectiva
dos processos internos(...) (p. 111).
Ou seja, na gestão do processo decisório, devemos "pensar estrategicamente" as decisões, como
condição básica influente na qualidade e produtividade organizacional.
3.5 Programas de Excelência Gerencial
Antes de iniciarmos este último tópico da nossa aula, vamos refletir sobre a seguinte pergunta: o que
significa excelência?
Uma interessante abordagem dos fundamentos da gestão de excelência poderá ser encontrada na
abordagem da Fundação Nacional de Qualidade.
Os programas de excelência gerencial têm surgido em resposta ao turbulento ambiente das organizações e
à busca incessante pela excelência na administração. Não bastam apenas ações isoladas dentro das
organizações, mas também a percepção da necessidade de formalização de um programa em que todos
estejam envolvidos e comprometidos tanto com a melhoria contínua quanto com o alcance dos objetivos,
ou seja, com a excelência.
Um bom exemplo de como programas de excelência são reconhecidos no Brasil é a instituição do Prêmio
Nacional de Qualidade (PNQ), que destaca a excelência na gestão das organizações sediadas no País. O
prêmio fundamenta-se em oito critérios para a excelência do desempenho, criados a partir do
compartilhamento de experiências de organizações públicas e privadas. No mapa mental (Figura 7) a
seguir, encontram-se tais critérios.
Figura 7 – Mapa Mental de Critérios de Modelo de Excelência
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Podemos observar, de maneira interessante, como o desdobramento dos critérios estabelecidos pelo
modelo de excelência contempla, sobremaneira, as boas práticas da gestão estratégica. Assim, uma
organização que consiga promover uma autoavaliação eficiente dos critérios e desdobramentos poderá
encontrar as oportunidades de melhoria em praticamente todas as áreas gerenciais: pessoas, finanças,
processos, organização, métodos, compras, marketing, informações, etc.
Fato
Pesquisas recentes indicam que cerca de 50% das empresas da lista da revista Fortune 1000 estão
utilizando o BSC nos EUA, e na Europa, entre 40% e 45%. O BSC foi escolhido pela renomada revista
Havard Business Review como uma das práticas de gestão mais importantes e revolucionárias dos últimos
75 anos. No ano de 2001, o primeiro comitê temático do PNQ (Prêmio Nacional de Qualidade) elegeu o BSC
como uma das ferramentas de gestão para a excelência empresarial. Além disso, o BSC contribui direta e
indiretamente para o alcance de aproximadamente 508 pontos nos critérios de excelência do PNQ.
Fonte: http://www.srsdocs.com/bsc/artigos/O_Balanced_Scorecard.pdf
Para Saber Mais
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Sobre a comparação entre os modelos de gestão baseado no Balanced Scorecard e o modelo de gestão
baseado nos critérios de excelência do Prêmio Nacional de Qualidade, sugerimos a leitura do texto
“Balanced Scorecard e Prêmio Nacional de Qualidade: modelos de gestão complementares ou excludentes”,
de Miriam Borchardt e Miguel Afonso Sellitto. Outra vertente importante tem sido a adaptação dos
critérios de excelência, e do próprio BSC, para as organizações públicas. Sobre esse novo modelo, que tem
revolucionado os paradigmas da gestão pública no Brasil, sugerimos que você navegue pelo portal de
Gestão Pública.
Sintetizando...
Chegamos ao final de mais uma aula. Nela, tivemos a oportunidade de observar alguns modelos usados na
solução de problemas, importantes para o desdobramento futuro do BSC no nosso curso, a saber:
Diagrama de Causa e Efeito
Matriz GUT
Ciclo de Melhoria da Qualidade
Verificamos também que os novos paradigmas gerenciais modernos envolvem o desdobramento dos
conceitos de qualidade e produtividade no trabalho cotidiano de uma organização.
Hoje, valorizam-se os programas de excelência gerencial, focados em busca da melhoria contínua,
abordando as tendências contemporâneas gerenciais conectadas com o BSC, bem como suas aplicações
no serviço público e iniciativa privada.
Até o próximo encontro! E aproveite as atividades para avaliar o seu entendimento desta aula. Sucesso!
Aplicando o Conhecimento
1. As demandas organizacionais envolvem a superação dos antigos paradigmas gerenciais,
estruturando atividades que permitam:
a. Evitar o uso das tecnologias existentes, por serem nocivas à melhoria organizacional.
b. Resolver todos os problemas organizacionais, construindo a perfeição.
c. Construir um modelo de melhoria contínua, superando os novos e constantes desafios impostos
pela incerteza e pela turbulência em ambientes dinâmicos.
d. Incorporar a tecnologia existente em plataformas computacionais que gerem um banco de
dados e informações sobre todas as atividades organizacionais.
2. Marque a alternativa falsa.
a. As ferramentas gerenciais são de uso restrito às atividades complexas, não envolvendo
aspectos estruturados de gestão.
b. O Diagrama de Causa-efeito permite identificar as causas dos problemas organizacionais, nem
sempre visíveis ou mascarados pelas falhas e erros resultantes dos processos de trabalho.
c. A Matriz GUT é muito útil quando precisamos priorizar atividades organizacionais, em meio a
demandas intensas e dificultadoras do processo decisório.
d. O ciclo de melhoria da qualidade envolve a utilização da Teoria de Sistemas, sendo aplicado
aos processos gerenciais que necessitam de correção nas entradas, proporcionando um ciclo
correto de atividades e processamento de ações organizacionais.
3. Sobre os conceitos de qualidade, podemos afirmar que:
a. Sua responsabilidade está fundamentada em evitar erros internos e corrigir problemas.
b. O conceito transcende as melhorias internas, como foco na total satisfação dos stakeholders,
e as estratégias organizacionais para alcançar tais resultados.
c. É responsabilidade do nível operacional da organização.
d. Uma organização que adote a normatização, dentro do padrão estabelecido pelas ISO 9000,
poderá ser classificada como uma organização de qualidade.
4. Sobre os critérios para a promoção da excelência gerencial, marque a alternativa falsa:
a. O aspecto de maior importância envolve os resultados organizacionais.
b. A adoção dos critérios contemplados pelo Prêmio Nacional da Qualidade eleva a organização
aos padrões mundiais nas práticas gerenciais contemporâneas.
c. Estão fundamentados na autoavaliação e na promoção da melhoria contínua da qualidade,
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podendo ser entendidos como uma “corrida sem linha de chegada”.
d. Os modelos são validados, indiscutivelmente, pela capacidade da organização em investir
recursos financeiros na melhoria contínua.
Gabarito
1. C
2. A
3. B
4. D
Aula 04 - Gestão Estratégica
Esta é a nossa última aula. Esperamos que você esteja ansioso para conhecer novos conceitos e
aplicações práticas interessantes.
Nesta aula, abordaremos os principais aspectos da gestão estratégica, consolidando a análise estratégica
fundamentada na aula 1 e a formulação e implementação iniciadas nas aulas 2 e 3. Esperamos que o
pensamento estratégico possa ser executado e controlado, de modo a otimizar os resultados
organizacionais, como apresentado na Figura 1 adiante.
4.1 Conceitos de Estratégia
Para conduzir as organizações em um ambiente dinâmico de rápidas mudanças, os gestores estão
implementando a gestão estratégica para viabilizar a sobrevivência e o sucesso organizacional. Este
processo de gestão é uma ferramenta que organiza as contribuições das diversas áreas, servindo como
linha orientadora à integração dos esforços desenvolvidos pelos vários especialistas dispersos pela
organização.
Wright (2000, p. 24) considera que a gestão estratégica pode ser vista como uma série de passos em que
a alta administração deve realizar, entre os quais as tarefas a seguir:
Analisar oportunidades, ameaças ou limitações que existem no ambiente externo.
Analisar os pontos fortes e fracos de seu ambiente interno.
Estabelecer a missão organizacional e os objetivos gerais.
Formular estratégias (no nível empresarial, no nível de unidades de negócios e no nível funcional)
que permitam à organização combinar os pontos fortes e fracos da organização com as
oportunidades e ameaças do ambiente.
Implementar as estratégias.
Realizar atividades de controle estratégico para assegurar que os objetivos gerais da organização
sejam atingidos.
O professor Figueiredo, do Departamento de Engenharia Informática da Universidade de Coimbra, propõe o
modelo de gestão estratégica formal (Figura 1) que representa as tarefas anteriormente citadas de uma
maneira um pouco mais simplificada. Veja que neste exemplo há somente três fases principais, o feedback
é dado em todas as etapas e considera ainda a flexibilidade e, consequentemente, a adaptabilidade do
sistema como um todo.
Figura 1 – Gestão Estratégica Formal
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Fonte: Figueiredo, Antônio Dias. 2003/2004 – Universidade de Coimbra. https://woc.uc.pt/dei/getFile.do?tipo=2&id=675
Em sentido mais amplo, a gestão estratégica é contínua e consiste em ações administrativas que auxiliam
a tomada das melhores decisões, além de sustentar a capacidade competitiva organizacional. Ela busca
uma vantagem competitiva e um futuro bem-sucedido por meio do gerenciamento de todos os recursos.
Para Saber Mais
Sobre a importância do planejamento estratégico na gestão das organizações, dentro do conceito de
Administração Estratégica, sugerimos a leitura do texto “O Planejamento Estratégico dentro do Conceito
de Administração Estratégica” de Hernan E. C. Alday.
No tocante ao BSC, este deve ser visto como um referencial organizacional de um sistema de gestão
estratégica. Ou seja, além de um sistema de medidas de desempenho, serve de base para um sistema de
gestão estratégica. Dessa forma, direciona toda a organização para a execução da sua estratégia;
dissemina as estratégias; cria processos de feedback em todos os níveis para avaliar o progresso feito em
relação à estratégia e conduz revisões periódicas de desempenho para aprimoramento das estratégias.
A Figura 2 apresenta a proposta que um modelo fundamentado no controle gerencial deve evoluir para a
gestão estratégica, tendo o BSC como o elemento central.
Figura 2 – Controle Gerencial e Gestão Estratégica
Fonte: (RICHARDS, 2001, p. 51).
Você deve ter observado que estamos construindo o conceito de estratégia desde nossa primeira aula.
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Vamos procurar aprofundar o assunto?
Já sabemos que estratégia representa planos da alta administração para alcançar resultados consistentes
com a missão e objetivos da organização. Logo, são elaboradas antecipadamente, de maneira exploratória,
mas sustentável, para atingir um fim específico. Podemos identificar a existência de dois tipos de
estratégias, a saber:
Estratégia pretendida ou intencionada – estratégia original que a administração planeja e
pretende implementar e seguir.
Estratégia realizada – são as que ocorrem na prática, em função das oportunidades, restrições,
eventos ambientais ou organizacionais não previstos que provocaram modificação na estratégia
pretendida.
Esses tipos de estratégias podem ser visualizados na Figura 3.
Figura 3 – O Caráter Emergente das Estratégias
Fonte: Figueiredo, Antônio Dias de. 2003/2004 – Universidade de Coimbra https://woc.uc.pt/dei/getFile.do?tipo=2&id=675
Kaplan e Norton (2001, p. 118) enfatizam que o BSC não tem a pretensão de desenvolver uma ciência da
estratégia, pois a formulação da estratégia é uma arte. Porém, a descrição da estratégia não precisa ser
uma arte.
Se conseguirmos descrever a estratégia de maneira mais disciplinada, aumentamos a probabilidade de
sucesso na sua implementação. Com um Sistema Balanceado de Métricas que conte a história da
estratégia, dispomos agora de pilares confiáveis para o projeto de um sistema gerencial que desenvolva
organizações focalizadas na estratégia.
Todavia, para cada perspectiva abordada pelo BSC, podemos observar um tipo de estratégia atrelada.
Financeira – estratégia de crescimento, rentabilidade e risco, sob a perspectiva do acionista.
Cliente – estratégia de criação de valor e diferenciação, sob a perspectiva do cliente.
Processos internos – as prioridades estratégicas de vários processos de negócios, que criam
satisfação para os clientes e acionistas.
Aprendizagem e inovação – as prioridades para o desenvolvimento para um clima propício à
mudança organizacional, à inovação e ao crescimento.
Assim, os autores definem o mapa estratégico como uma arquitetura genérica para a descrição da
estratégia e que ajuda a organização a ver suas estratégias de maneira coesiva, integrada e sistemática.
Uma vez definidos os indicadores, parte-se para a construção do mapa estratégico, conforme mostrado na
Figura 4, procurando classificar os objetivos segundo as quatro perspectivas: financeira, clientes,
processos internos e aprendizagem e crescimento.
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Figura 4 – Mapa Estratégico dos Indicadores
Fonte: XXIII ENEGEP - Ouro Preto, MG, Brasil, 22 a 24 de outubro de 2003.
4.2 Atratividade e Competitividade
Porter (1989) visualiza que a estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva favorável na
área de atuação da organização. Logo, visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável frente à
concorrência.
Mas como embasar a escolha da estratégia competitiva? Por meio da análise da atratividade e da
competitividade. Estas permitem vincular a posição estratégica da organização dentro da sua área de
atuação.
A organização deve, após ter feito o diagnóstico organizacional (exame dos pontos fortes e fracos e
ameaças e oportunidades do planejamento estratégico, lembra?), classificar sua área estratégica sob o
ponto de vista da atratividade e competitividade. Uma ferramenta utilizada para o estudo da área
estratégica é a matriz de competitividade.
Segundo Oliveira (1995), a matriz de atratividade fundamenta-se na premissa de que, para se avaliar a
atratividade de um negócio, é necessário analisar duas dimensões: a atratividade do mercado e a posição
competitiva do negócio. Na atratividade, olha-se da organização para fora, avaliando-se qual o interesse
despertado dentro da organização para uma área estratégica específica. Na competitividade, avalia-se
qual o interesse despertado no mercado/público-alvo pelos serviços ou produtos da organização.
Assim, a avaliação da atratividade engloba o grau de interesse que uma determinada área estratégica
desperta na organização - na busca do cumprimento de seu propósito. A atratividade pode ser avaliada
em quatro níveis: alta, média, regular e baixa.
A seguir, listamos alguns fatores importantes para avaliar a atratividade de uma organização:
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Perspectivas de crescimento – as perspectivas de crescimento da área estratégica, como um
todo, são firmes e de longa duração? Existem lacunas de fornecimento a serem atendidas?
Ambiente competitivo – existem muitas outras entidades procurando fornecer o mesmo produto
ou serviço, com a mesma tecnologia, para o mesmo público comprador, usando o mesmo canal de
distribuição?
Lucratividade e resultados – os preços praticados no mercado são compatíveis com os custos
de produção ou de prestação dos serviços?
Barreiras de entradas – Existem barreiras para entrada de novos concorrentes?
Estágio na curva de maturidade – o produto ou serviço está na fase nascente, em crescimento,
estagnação ou declínio?
Retorno de investimentos – os resultados esperados são compatíveis com o nível de
investimentos necessários?
Turbulência – há pouca agitação no ambiente externo? Poucos fatores de risco presentes ou
previsíveis? E as oportunidades?
Tecnologias – as tecnologias usadas nos produtos ou serviços não têm obsolescência muito
rápida? há condições de acompanhar ou até de antecipar-se a mudanças inevitáveis?
Processos produtivos – as formas de elaborar os produtos ou de prestar os serviços são
acessíveis e permitem atender ao mercado com qualidade e satisfação dos clientes?
Práticas comerciais e operacionais – as práticas comerciais e operacionais prevalentes são
alinhadas com os princípios e valores da instituição?
Canais de distribuição – existem bons canais de distribuição? São confiáveis?
Muito interessante esses questionamentos! Mas, após mapear e classificar a atratividade, em termos de
uma avaliação do impacto dos fatores junto ao mercado e clientes, torna-se fundamental que a gestão
estratégica permita comparar tais atributos com os concorrentes.
Assim, sistematiza-se o resultado da avaliação comparativa do confronto entre a organização em questão
contra seus concorrentes reais ou potenciais, próximos ou remotos, atuais ou futuros na disputa pela
preferência de seus clientes ou de seu público-alvo.
Após esta comparação, podemos classificar a organização como:
Competitividade alta – a organização é mais forte que todos os seus concorrentes em todos os
fatores-chaves de escolha.
Competitividade baixa – a organização é mais fraca que os seus concorrentes diretos, em todos
ou quase todos os fatores.
Competitividade média – os casos intermediários quando for um pouco abaixo da alta.
Competitividade regular – se for abaixo da média, mas acima da baixa.
Na Tabela 1, você encontra um exemplo simples de identificação e classificação da atratividade e
competitividade.
Importante: utilize o modelamento na atividade final de sistematização da disciplina!
Fatores-chave
da escolha
Organizações Avaliadas
Organização
sendo avaliada
Corrente
Mais Forte
Segundo
corrente mais
forte
Terceiro corrente
mais forte
Resultado
Comparativo
Cumprimento de
prazosMuito bom Muito bom Às vezes falha Nunca falha
É uma das
melhores
Funcionabilidade
confiabilidadeTem problemas
Funciona
muito bem
Funciona muito
bemTem Problemas
Está entre as
quatro melhores
Cordialidade
atendimento
Deixa a
desejar. Há
queixas
Todos
elogiam
Não há
reclamações
Há reclamações de
alguns clientes
Perde na
comparação
competitiva
Tratamento Sim, sempreSim, mas há
Sim, sempre Sim, sempre Está entre as três
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personalizado restrições melhores
Avaliação Global Competitividade Média
Fonte: Centro Universitário Anhanguera, Prof. Vitório Pinnato
http://sites.mpc.com.br/dariel/estrategia/e08.htm
4.3 Posicionamento Estratégico
Como mencionamos anteriormente, outra maneira para a formulação de estratégias é por meio do
posicionamento estratégico. Este estabelece a forma como a organização pretende que seu produto ou
serviço seja percebido pelo mercado.
Segundo Porter (1989), os princípios básicos do posicionamento estratégico são:
Objetivo correto – para onde eu quero ir?
Proposição de valor única – o que eu vou oferecer?
Cadeia de valor diferenciada – fazer diferente ou com maior eficiência ou fazer as atividades
semelhantes de formas distintas.
Escolha das opções – foco em um público ou conjunto de ofertas.
Coesão e interdependência das escolhas – uma escolha reforça a outra.
Continuidade – perseverança na direção e nas escolhas.
A essência da estratégia consiste em escolher e desempenhar determinadas atividades de uma forma
diferente que os concorrentes, fornecendo um pacote de valor que é único. O posicionamento estratégico
pode ocorrer tendo como fonte os seguintes aspectos ou em sua combinação:
Variedade – Quando focalizado em determinado tipo de produto.
Necessidade – Visando atingir a um determinado segmento de clientes como alvo.
Acesso – Quando há uma configuração específica de atividades para acessar determinado
segmento de clientes.
Porter (1996, p. 5) completa, afirmando:
Qualquer que seja o tipo de posicionamento - variedade, necessidade, acesso ou uma
combinação dos três - requer um conjunto integrado de atividades. Tendo definido o
posicionamento, podemos começar a responder à pergunta: "O que é a estratégia?". A
estratégia é a criação de uma posição única e valiosa que engloba um conjunto diferente
de atividades. Se apenas houvesse um posicionamento ideal, não haveria necessidade de
estratégia. A essência do posicionamento estratégico é o de escolher atividades diferentes
das dos rivais. Se o mesmo conjunto de atividades fosse o melhor para produzir todo o tipo
de variedades, de satisfazer a todas as necessidades e de ter acesso a todos os
consumidores; então as empresas poderiam facilmente substituir-se entre si e a eficiência
operacional determinaria os resultados.
Neste contexto, o Balanced ScoreCard (BSC) garante que o posicionamento estratégico definido seja
efetivamente materializado em ações. Logo, foca na implementação e no monitoramento das estratégias
para garantir o posicionamento estratégico da organização.
Porter (1989) identificou três estratégias genéricas que podem ser usadas individualmente ou em conjunto
para criar uma posição sustentável em longo prazo.
Figura 5 – Três Estratégias Genéricas
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A primeira é a estratégia competitiva de custo, na qual a empresa parte para tornar-se produtora de baixo
custo na sua área de atuação. As fontes de vantagem de custo podem incluir instalações em escala
eficiente, redução do custo pela experiência, acesso favorável às matérias-primas, entre outras.
A opção pela estratégia competitiva de diferenciação faz com que a organização procure ser única em seu
setor. Ela identifica uma ou mais características que o público-alvo considere importante, posicionando-se
singularmente para satisfazer a essas necessidades. A diferenciação pode ser baseada no próprio produto,
na marca e imagem, no sistema de entrega e em uma grande variedade de outros fatores.
A estratégia competitiva de enfoque significa escolher um ambiente competitivo específico (segmento ou
nicho de mercado) e adaptar sua estratégia para atendê-los. Na estratégia de enfoque pode ser utilizado
o enfoque no custo e/ou na diferenciação, dentro do segmento selecionado.
Entretanto, ter um posicionamento único não chega para garantir uma vantagem sustentável, pois uma
posição valiosa irá atrair os imitadores que poderão se reposicionar para igualar o seu nível de desempenho
ou copiar as técnicas de quem se encontra em vantagem. Ou seja, quando adicionam novas
características, serviços ou tecnologias à atividade exercida.
Então, para garantir uma posição de mercado sustentável, é preciso ter opções. Estas criam a
necessidade de priorização de um atributo competitivo em relação a outro, impondo limites e, dessa forma,
evitando os imitadores e reposicionadores.
Segue, a seguir, o modelamento simplificado para segmentação estratégica organizacional, com base na
avaliação da atratividade e da competitividade.
Tabela 2 – Segmentação Estratégica
SEGMENTAÇÃO ESTRATÉGICA
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Quadrante 1 – Inovação
Propicia estratégias ofensivas, com ações de divulgação, promoção e aumento da participação de
mercado. Indica necessidades de diferenciar-se do concorrente ou focar nichos de mercado onde se
poderá encontrar maiores vantagens competitivas.
Quadrante 2 – Crescimento e Sucesso
As estratégias ofensivas possibilitam alto reconhecimento no mercado, alta participação e resultados
promissores. Recomendável a expansão e busca de novos mercados, melhorando continuamente as
competências organizacionais.
Quadrante 3 – Maturidade Lucrativa
Podem indicar certa zona de conforto pelas estratégias defensivas. Embora avaliadas situações de baixa
atratividade, os concorrentes não conseguem superar o desempenho no mercado. Alto risco de surpresas
desagradáveis, sendo indicadas ações de melhoria interna.
Quadrante 4 – Fase Terminal
A situação mais crítica para a estratégia organizacional. As dificuldades de gestão interna somam-se,
normalmente, a problemas graves de imagem e aceitação de mercado. Indica-se um plano de recuperação
emergencial ou mesmo a fusão com um concorrente mais bem posicionado.
4.4 A Gestão do Conhecimento e a Inteligência Organizacional
A gestão do conhecimento (GC) refere-se à criação, identificação, integração, recuperação,
compartilhamento e utilização do conhecimento organizacional. É um processo, uma metodologia para criar
e organizar fluxos informacionais dentro dos vários níveis organizacionais e, entre eles, para gerar,
incrementar e partilhar o conhecimento, incentivando trocas espontâneas de conhecimento entre as
pessoas.
A gestão do conhecimento é uma atividade dinâmica que se desenvolve nos seguintes níveis, de acordo
com Silva, Soffner e Pinhão (2003):
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Criação do conhecimento (ou geração) – sua base está nas experiências, valores, emoções e
relacionamentos dos indivíduos.
Codificação do conhecimento (ou armazenamento) – decorre da necessidade de permitir que
o conhecimento seja encontrado e partilhado entre os membros da organização.
Transferência – para que o conhecimento se transforme em ação deve ser disseminado pela
organização.
Quanto à transferência do conhecimento, embora desejável, devemos ressaltar que o controle de sua
difusão pode atender aos objetivos estratégicos da organização. Na verdade, o conhecimento que
contribui para a construção da vantagem competitiva organizacional deve ter a sua difusão controlada.
Ressalte-se que o conhecimento tácito dificilmente pode ser transferido e sua aplicação encontra-se
restrita às atividades da organização.
O conhecimento explícito, por sua vez, pode ser negociado no mercado. A organização enfrenta maiores
dificuldades para proteger esse tipo de conhecimento.
O conhecimento que a organização deve administrar está relacionado aos seus objetivos estratégicos. Em
relação à gestão estratégica do conhecimento, uma atenção especial contempla o conhecimento que
realmente vale a pena ser desenvolvido, o compartilhamento do conhecimento que irá sustentar a
vantagem competitiva e o estabelecimento de mecanismos para proteger o conhecimento diferencial.
O desafio é gerenciar o conhecimento como atividade estratégica primordial. Para tanto, é necessário
identificar e explicitar o conhecimento. O papel da gestão do conhecimento é criar meios para a superação
de dificuldades, como transportar, transferir, comercializar ou armazenar o conhecimento.
O conhecimento precisa, ainda, estar no local e no tempo certos e a sua disseminação precisa contribuir
para elevar a produtividade da organização, em decorrência da otimização dos processos.
A gestão do conhecimento procura orientar a empresa inteira para produzir o conhecimento, aproveitá-lo,
disseminá-lo, aplicá-lo e lucrar com ele. Cada pessoa precisa agregar valor aos processos e produtos da
empresa. E esse valor é alcançado mediante o compartilhamento do conhecimento e representa a essência
da inovação. O segredo não está mais em deter o conhecimento nas mãos de poucos, mas divulgá-lo em
toda a organização.
Veja, na Figura 6, uma abordagem de planejamento estratégico, envolvendo as ideias da gestão do
conhecimento e da inteligência organizacional, em que a primeira contribui para o diagnóstico estratégico
geral e a segunda para a análise externa (oportunidades e ameaças).
Figura 6 – Metodologia para o Planejamento Estratégico
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Fonte: Ruy Bandi, Curso de Especialização em Inteligência Organizacional e Competitiva, UnB, maio de 2003. http://www.concursovirtual.com.br/itDownloads/slide_final____administra.ppt
4.5 Construindo uma Vantagem Competitiva Sustentável
Tarapanoff (2001) elege o BSC como uma das técnicas para gerar inteligência organizacional, pois, além
de permitir que a estratégia seja conhecida por toda a organização, possibilita o retorno das experiências
de cada departamento, disseminando, desse modo, o conhecimento e as experiências vividas, alinhando,
assim, os esforços corporativos.
Para Saber Mais
Sobre a inteligência organizacional e sua influência na gestão do conhecimento, enquanto estratégias
importantes no desenvolvimento e manutenção da vantagem competitiva, consulte o texto do professor
Eduardo Moresi, intitulado “Inteligência Organizacional: um Referencial Integrado”.
O conceito de vantagem competitiva “surge fundamentalmente do valor que a empresa consegue criar
para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação da empresa” (PORTER, 1989, p. 2). A
vantagem competitiva procura mostrar a forma como a estratégia escolhida é seguida pela organização,
bem como as opções para determinar e sustentar o seu sucesso competitivo.
Mas o que caracteriza uma vantagem competitiva? Além de ter valor para os clientes, uma organização
dificilmente consegue ter outras vantagens competitivas substitutas disponíveis prontamente frente aos
concorrentes. Assim, a organização demanda recursos e capacidade para fornecimento de forma
constante, consistente e sustentável ao longo de suas relações e negócios.
Construção de uma Vantagem Competitiva Sustentável
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Possuir recursos valiosos que permitam explorar oportunidades.
Possuir raridade de recursos, como talento gerencial, equipamentos únicos, pessoal competente.
Possuir recursos de difícil imitação.
Não devem existir substitutos para o recurso, sejam eles similares ou não.
Construir barreiras que colaborem para evitar, ou retardar, a erosão das vantagens competitivas.
Percebe-se, então, a importância dos ativos intangíveis, isto é, ativos que não são facilmente adquiridos
ou mensuráveis, como a força da marca, a reputação, a cultura da empresa, o aprendizado acumulado, a
experiência dos profissionais (capital intelectual) e os relacionamentos com os clientes.
Quadro 1 – Fontes de Vantagem Competitiva Sustentável
Fontes de Vantagem Competitiva Sustentável
Arquitetura
Organizacional
Procedimentos, formação de banco de
talentos, processo de difusão de informações,
divisão do trabalho.
TecnologiaAquela adequada para alcançar os objetivos
estratégicos (eficiência).
Pessoas Talentos que compõem o capital humano.
A vantagem competitiva sustentável pode ser conseguida por meio dos três tipos de estratégias genéricas
tratadas nesta aula: liderança de custos, diferenciação ou ação em nichos de mercado.
A vantagem de custo é sustentável, se houver barreiras de entrada ou mobilidade que impeçam que
concorrentes imitem suas fontes. A sustentabilidade da diferenciação depende de seu valor percebido
permanente para os clientes e a falta de imitação por parte dos concorrentes (a liderança tecnológica é
favorecida caso possa ser sustentada, porque os concorrentes não têm condições de copiar a tecnologia,
ou a empresa inova com a mesma rapidez ou mais rápido do que a concorrência consegue acompanhar). Já
os nichos de mercado, quando oferecem elevadas oportunidades, rapidamente atraem concorrentes ou
novos entrantes.
Uma forma de se garantir uma vantagem competitiva sustentável é por meio das competências essenciais,
obedecendo a três critérios:
a. Oferecer reais benefícios aos consumidores.
b. Estabelecer padrões difíceis de imitar.
c. Possibilitar acesso em diferentes mercados.
Ao definir sua estratégia competitiva, a organização identifica as competências essenciais do negócio e as
competências necessárias a cada função – as competências organizacionais. Dessa maneira, pode-se dizer
que a organização possui diversas competências organizacionais, localizadas em diversas áreas. Destas,
apenas algumas são as competências essenciais, aquelas que a diferenciam e que lhe garantem uma
vantagem competitiva sustentável.
Sintetizando...
Muito bem! Por meio desses instigantes assuntos, coroamos o conhecimento nesta nossa quarta e última
aula da disciplina. Torna-se interessante recordar como a gestão est ratégica está entrelaçada ao
Balanced ScoreCard.
Passamos pelo conceito de estratégia e como analisar a competitividade e atratividade de uma
organização para, posteriormente, fazermos o posicionamento estratégico organizacional. Lembre-se de
que estas habilidades são fundamentais no executivo estrategista, sendo que as técnicas trabalhadas
fazem parte do estudo de caso na atividade de sistematização!
Em seguida verificamos como a gestão do conhecimento e a inteligência organizacional contribuem para a
continuidade da organização. Embora os conceitos possam parecer um pouco filosóficos, a aplicação
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prática do BSC no decorrer do curso estará fortemente associada aos paradigmas gerencias desta nossa
aula: a construção de vantagens competitivas sustentáveis.
Esperamos que o aproveitamento dos conhecimentos e ensinamentos possam ser fundamentais para
despertar o interesse avassalador pelas nossas próximas disciplinas. Realize as questões avaliativas e
confira o gabarito! E como anda o seu desempenho? Como estrategista, deve estar no processo de
melhoria contínua, certo?
Aplicando o Conhecimento
1. As atividades de gestão estratégica:
a. Finalizam-se com a elaboração do plano de gestão.
b. Caracterizam-se por início, meio e fim bem definidos no espaço de tempo das atividades
organizacionais.
c. Garantem o êxito das vantagens competitivas.
d. Desdobram a implantação e execução das atividades estratégicas planejadas, bem como o
controle sobre os resultados e seus efeitos organizacionais.
2. Marque a alternativa falsa.
a. A estratégia, pela própria concepção e origem do seu conceito, envolve aspectos gerenciais
dinâmicos entre a organização e o seu ambiente de operações.
b. O BSC não tem a pretensão de desenvolver uma ciência da estratégia, pois a formulação da
estratégia é uma arte, mas articular uma metodologia para sua descrição organizacional.
c. Atratividade e competitividade, embora transpareçam conceitos distintos, estão altamente
relacionados para o posicionamento estratégico de uma organização.
d. Uma vez mapeados os fatores que influem na competitividade, a organização encontrará
dificuldades para comparar seu desempenho frente à concorrência, uma vez que a atratividade
envolve conhecer, a fundo, as forças e fraquezas dos concorrentes diretos.
3. Sobre o posicionamento estratégico organizacional, podemos afirmar que:
a. O mesmo constitui uma importante ferramenta para o processo decisório, sendo de
fundamental importância definir os critérios de atratividade e avaliá-los, antes de realizar o
comparativo da competitividade frente aos concorrentes.
b. Classificando-se uma baixa atratividade, o posicionamento estratégico indica que os caminhos
levarão a organização à falência em curto espaço de tempo.
c. O mesmo não permite avaliar onde a organização deverá concentrar esforços ofensivos e
defensivos.
d. O comparativo entre a atratividade e a competitividade da organização é de responsabilidade
do nível gerencial, pois são estes que decidem os caminhos em direção aos objetivos
organizacionais.
4. Sobre a estruturação de uma vantagem competitiva sustentável, marque a alternativa falsa:
a. Atualmente, a gestão do conhecimento é considerada uma das atividades estratégicas de
fundamental importância na construção de vantagens competitivas.
b. As opções de estratégias genéricas para sua conquista envolvem a liderança de custos, a
diferenciação e as ações em nichos de mercado.
c. Uma vez consolidadas, garantem resultados organizacionais futuros promissores e perenes, pois
estarão imunes ao processo de erosão.
d. As atividades de inteligência organizacional possibilitam transformar conhecimento em decisão,
competência em resultados e construir ativos intangíveis fundamentais para manutenção das
vantagens existentes.
Gabarito
1. D
2. D
3. A
4. C
Sistematização de Aprendizagem
Trabalho n° 1
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Leia atentamente o estudo de caso a seguir. Elabore o planejamento organizacional, desdobrando as
etapas contempladas na aula 1.
O FUTURO É: CERVEJA!*
Conscientes de que as empresas não podem mais dar-se ao luxo de simplesmente prestar atenção aos
seus mercados domésticos, os diretores da Cervejaria Águia S.A. pretendem ingressar no mercado
internacional.
Na última viagem que fez à Ásia, o Diretor de Marketing da Águia S.A., Sr. Horácio Gallo, ficou
impressionado com o potencial do mercado da Coréia do Sul. Além de ser o maior mercado de consumo da
Ásia, depois do Japão, os consumidores sul-coreanos estão ávidos por produtos do Ocidente. Os níveis de
renda e de educação crescentes da população, associados a uma demanda por cerveja também crescente
– mais de 15% ao ano – não deixam dúvidas aos diretores de que a Coréia do Sul representa uma grande
oportunidade para a Águia S.A.
Alguns fatos, no entanto, estão intrigando os diretores da empresa. O primeiro deles é o baixo nível de
investimento estrangeiro no país. A Coréia do Sul apresenta, provavelmente, o menor nível de
investimentos estrangeiros de toda a costa do Pacífico. Os analistas internacionais apontam a Coréia do
Sul como um país de baixo risco para investimentos, mas são unânimes, também, em apontá-la como um
“mercado difícil”.
O preço dos imóveis é alto; a compra de um terreno, em local de bom movimento em Seul, capital do país,
pode custar até 10 milhões de dólares. O aluguel de um imóvel já pronto pode implicar a necessidade de
um depósito inicial de até 1 milhão de dólares. O custo do terreno para a instalação de uma fábrica é,
frequentemente, maior do que o custo para a construção da própria fábrica.
Os custos de matérias-primas são os mais altos da Ásia. Os salários, graças aos altos níveis de
industrialização do país, têm subido 18% ao ano, em média, desde 1986. As restrições governamentais,
como tarifas altas e limitações a determinadas importações, como, por exemplo, queijo e carne bovina,
inibem as cadeias internacionais de restaurantes.
Conseguir a aprovação governamental para investimentos exige tempo e pode ser muito difícil. As
empresas coreanas, temendo a concorrência, fazem pressão sobre o governo para aumentar as barreiras
ao capital estrangeiro. O governo coreano é, normalmente, sensível a tais reivindicações, sobretudo se os
investimentos externos afetam, adversamente, os produtos internos.
Os diretores da Águia S.A., para amenizar as dificuldades para o ingresso na Coréia do Sul, estão
estudando a possibilidade de uma joint venture com uma fábrica de cerveja coreana, atualmente quase
quebrada, e que exigirá um investimento pesado para voltar a operar. A vantagem dessa operação é que o
proprietário, Sr. Ling Nam-Ling, embora com a empresa em péssima situação, é bastante influente junto ao
governo sul-coreano, bem como mantém um bom relacionamento com os distribuidores de cerveja do país.
*Adaptado do Provão de Administração de Empresas – 1999.
Com base no estudo, elabore um plano organizacional para que a Águia S.A. possa verificar a viabilidade
econômica de uma joint venture com a empresa coreana.
Trabalho n° 2
Partindo do fato de que a Cervejaria Águia S.A. será instalada na Coréia do Sul:
1. Elabore a missão, a visão de futuro e os valores organizacionais.
2. Escolha um dos objetivos traçados do Trabalho n° 1. Desdobre, seguindo as técnicas abordadas na
aula 2, uma meta organizacional e as estratégias de ação.
3. Desdobre um plano de ação para as estratégias elaboradas.
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A SISTEMATIZAÇÃO
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Trabalho n° 1
Procure seguir as etapas sugeridas na aula 1 e o modelo apresentado na Leitura Selecionada 1, sobre a
empresa ambiental. É de fundamental importância que você organize a situação atual, a situação
desejada, a matriz DOFA e os objetivos.
Trabalho n° 2
Seja bastante criativo na missão, na visão de futuro e nos valores organizacionais. Lembre-se de que a
empresa é uma cervejaria atuando no mercado coreano!
Procure um objetivo de fundamental importância para a empresa. Lembre-se de quantificar a meta
organizacional e estabelecer um prazo para a ação. As estratégias devem traduzir um caminho para que o
objetivo seja alcançado e a meta superada.
Para o plano de ação, concentre-se na resposta para as perguntas fundamentais: O que fazer? Por que
fazer? Quem faz? Onde faz? Como faz? Quando faz?
Referências
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garantia da qualidade – terminologia. Rio de Janeiro, 1994. 15p.
______. NBR ISO 9001:2000. Normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade – parte 1: diretrizes
para seleção e uso. Rio de Janeiro, 2000.
______. NBR ISO 9001:2000. Sistemas da qualidade – modelo para garantia da qualidade em projetos,
desenvolvimento, produção, instalação e serviços associados. Rio de Janeiro, 1994.
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Paulo: Ática, 1986.
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KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
KEPNER, C. H.; TREGOE, B. B. O administrador racional. Uma abordagem sistemática à solução de
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LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
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Belo Horizonte, v.1, n.1, p. 1-7, 1992.
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologias, práticas. São Paulo: Atlas,
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Glossário
A
Administração de Empresas
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É uma formação cultural e estratégica que concilia a formação técnica com habilidades de
relacionamento interpessoal, com capacidade de abstrair e analisar as mais diversas situações.
Preocupa-se com o meio ambiente e com as melhorias socioeconômicas.
Análise e Melhoria de Processos
Serve para o fortalecimento e o desenvolvimento dos processos de uma organização, conduzindo-a
ao caminho da excelência gerencial. Propicia às organizações estruturar a sequência de trabalhos a
serem desenvolvidos, visando à análise, à simplificação e ao aperfeiçoamento ou melhoria dos
processos, além de tratar de forma adequada seus problemas, de modo a promover a obtenção de
uma consistente garantia de qualidade.
Atratividade Organizacional
Definimos como a magnetização da empatia crescente entre a empresa e seu público.
B
Brainstorming
O brainstorming, ou tempestade de ideias, é uma atividade desenvolvida para explorar a
potencialidade criativa do indivíduo, colocando-a a serviço de seus objetivos.
C
Cenários
É a configuração do ambiente (social, econômico, político ou tecnológico) a ser enfrentado pela
organização (ou instituição pública), em determinado intervalo de tempo. Visa tanto a desenvolver
uma nova visão da organização (ou unidade) como a resolver um determinado problema. A
construção do cenário precede, assim, a elaboração da visão, mas se faz igualmente por meio de
análises racionais e criações da imaginação. Dado que o mundo externo é demasiadamente amplo,
a construção do cenário deve sempre partir de um foco específico.
Ciclo PDCA
Tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão, como
por exemplo na gestão da qualidade, dividindo-a em quatro principais passos (P – PLANEJAR, D –
DESENVOLVER A ATIVIDADE, C – CONTROLAR OS RESULTADOS e A – AVALIAR E AGIR
CORRETIVAMENTE). É aplicado principalmente nas normas de sistemas de gestão e deve ser
utilizado em qualquer empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, independentemente da
área ou departamento.
Clima Organizacional
É um conjunto de valores, atitudes e padrões de comportamento, formais e informais, existentes
em uma organização.
Competências
É o conjunto do conhecimento de uma pessoa sobre algo (por exemplo, sobre gerenciamento de
projetos) e a capacidade da sua aplicação adequada. Demonstrar qualidades e condições para
equacionar e resolver uma situação-problema, um assunto proposto.
Competitividade Organizacional
A capacidade de a organização conseguir, num ambiente de alta competição, ou seja, num
ambiente livre de traços de comportamento monopolístico e onde exista um número grande de
empresas competindo, obter a sinergia dos atributos ambientais do modelo dominante da
competitividade organizacional – fator de produção, fator de demanda e indústrias relacionadas –.
E, através da utilização do atributo interno – estratégia, superar as demais organizações
concorrentes no mesmo ambiente.
Correntes Filosóficas
São correntes de pensamento científico em que predomina determinado atributo ou característica.
Na administração, as correntes confundem-se com as escolas ou abordagens que representam uma
maneira específica de encarar a tarefa e as características do trabalho de administração. Como
exemplo, temos a administração clássica, humanística, estruturalista, sistêmica, etc.
Cultura da Organização
Conjunto de valores, crenças e hábitos partilhados pelos membros de uma organização que
interagem com a sua estrutura formal, produzindo normas de comportamento.
D
Diferencial Competitivo
Um sistema ou um conjunto de sistemas que uma organização possui, que a leva a diferenciar-se
das outras. Ex.: A implantação do CRM.
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E
Empresas Inteligentes
Uma empresa que sente, aprende e colabora com todas as suas partes envolvidas.
F
Fluxograma
É um tipo de diagrama que pode ser entendido como uma representação esquemática de um
processo, muitas vezes feita por meio de gráficos que ilustram, de forma descomplicada, a
transição de informações entre os elementos que o compõem.
Funções Administrativas Básicas
Resumem-se no Planejamento, Organização, Comando, Coordenação e Controle (POC3). Cada uma
dessas funções é importante para se administrar uma empresa, um projeto, um sistema, etc.
G
Gerenciamento de Processos
É a análise e melhoria contínua dos processos, com o objetivo de atender às necessidades e
expectativas dos clientes.
I
Instrumentos Prescritivos
É o que proporciona a explicitação do que deve ser feito pela instituição para que se direcione o
alcance dos propósitos estabelecidos, dentro da sua missão, de acordo com a sua postura
estratégica, respeitando as macropolíticas, bem como as ações estabelecidas pelas
macroestratégias. Estabelecem metas, desafios, ações.
Instrumentos Quantitativos
Consistem nas projeções econômico-financeiras do planejamento orçamentário, associadas à
estrutura organizacional, que serão necessárias para o desenvolvimento dos planos de ação, dos
projetos e das atividades previstas. Nesta etapa, devem-se verificar quais são os recursos
necessários e as expectativas de retorno para atingir os objetivos, os desafios e as metas.
Interdependência
Caracteriza-se por ser uma dependência recíproca.
K
KAISEN
'Kai' significa, em japonês, mudança e 'zen' para melhor. É uma palavra de origem japonesa com o
significado de melhoria contínua, gradual, na vida em geral. Uma frase que o exemplifica: “Hoje
melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje”.
M
Macroestratégias
São as definições adotadas pela organização, visando à perenidade de seu sucesso, tais como:
nível tático e operacional.
Macropolíticas
Conjunto de objetivos gerais que formam determinado programa de ação e condicionam sua
execução. Normalmente, as macropolíticas traduzem as estratégias fundamentais e prioritárias para
um determinado fim ou objetivo, organizacional, governamental ou setorial.
Mercado
Um mercado é um mecanismo que permite às pessoas realizar trocas, normalmente reguladas pela
lei da oferta e da procura. Segmento de pessoas, empresas ou área geográfica onde estão os
consumidores e prospectos de uma empresa ou marca.
Metas
É o conjunto de estados desejáveis no ambiente em que se desenvolve um agente. São objetivos
qualificados, estabelecidos em um prazo de tempo para se alcançar o resultado.
Método
O método é um processo racional, um caminho que se segue para chegar a um fim. Ele tem como
objetivo nos levar a ordenar um conjunto de procedimentos técnicos ou científicos que fazem
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parte de um sistema.
N
Nicho
Segmento de mercado pequeno que se encontra a vista de uma empresa, já que está livre de
competidores e oferece potencial de vendas significativo.
Níveis da Organização
Nível estratégico: é o nível mais alto de uma empresa, composto pelos diretores, proprietários e
acionistas; nele são tomadas as decisões e traçados os objetivos a serem alcançados; nível
intermediário: é composto pela média administração de uma empresa e se localiza entre o nível
institucional e o nível operacional; seu objetivo é unir internamente esses dois níveis, gerenciando
o comando de ações, ajustando as decisões tomadas pelos níveis institucionais com o que é
realizado pelo nível operacional; nível operacional: está ligado aos problemas básicos do dia-a-dia e
é onde as tarefas e operações são realizadas, envolve os trabalhos básicos tanto relacionados
com a produção de produtos como de serviços da organização. É um nível que comanda toda a
operação de uma organização e é nele que se localizam as máquinas, os equipamentos, as
instalações físicas, a linha de montagem, os escritórios, tendo a responsabilidade de assegurar o
funcionamento de um sistema.
O
Organização
Entendemos por organização a entidade constituída de pessoas, que administra recursos (físicos,
financeiros, materiais, estratégicos) buscando oferecer bens e serviços para a sociedade. Podem
ser empresas privadas (com fins lucrativos), empresas públicas, terceiro setor ou mesmos as
subdivisões organizacionais.
Outputs
São as saídas que compõem um processo.
P
Pensamento Inventivo Sistematizado
Este modelo baseia-se em técnicas que utilizam a base de conhecimentos derivada das
experiências inovadoras em diversos campos da atividade humana. Seus fundamentos são os
princípios inventivos identificados pelo engenheiro russo Genrich Altshuller, mediante o exame de
mais de duzentas mil patentes de inventos. Por meio destes princípios, o pensamento criativo pode
seguir as trilhas já percorridas por milhares de inventores e solucionadores de problemas, bem
como inspirar nas suas ideias para solução de problemas similares. A estratégia básica deste
modelo é utilizar os princípios inventivos para adaptar soluções genéricas existentes a um problema
específico.
Processo Decisório
É apresentado como uma sucessão de etapas que levam à tomada de decisão e garantem sua
implementação.
Propósito
É o sentido de ser, existir. Algo que definimos que seremos ou iremos fazer de acordo com um
padrão estabelecido.
Público-Alvo
Conjunto de todos os compradores reais e potenciais de um produto e/ou serviço.
R
Recursos Organizacionais
Qualquer variável (pessoa, equipamento, material e local) capaz de definir aquilo que será
necessário na execução de uma atividade e que, de alguma forma, possa restringi-la.
S
Segmento ou Nicho de Mercado
É um termo genérico para designar a divisão de algo em partes separadas ou segmentos
específicos de clientes em potencial.
Solução Criativa de Problemas
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Baseia-se em modelo introduzido há mais de 50 anos por Alex Osborn, criador do Brainstorming, e
Sidney Parnes. Este é o método mais usado, apresentando algumas variantes em torno do modelo
original, constituído de três estágios: definição do problema, geração de soluções e implementação
da solução escolhida. A estratégia deste modelo é obter uma clara e precisa definição do problema
e gerar várias opções de soluções.
Stakeholders
Refere-se àqueles que possam afetar ou que são afetados pelas atividades de uma empresa. Uma
definição mais correta seria “parte interessada”. Qualquer pessoa ou entidade que é afetada pelas
atividades de uma organização. Por exemplo, os empregados desta organização, seus acionistas,
as associações de vizinhos, sindicatos, organizações civis e governamentais, etc.
T
Técnica
Procedimento ou conjunto de procedimentos que tem como objetivo obter um determinado
resultado. Ela implica no conhecimento de operações, manejo das habilidades, tanto das
ferramentas como da capacidade de improvisação.
V
Valores
Na filosofia, é o conceito fundamental que designa o atributo que dá aos bens materiais sua
qualidade de bens econômicos. Podemos definir como algo intrínseco de cada ser, de acordo com
seu comportamento, ações, caráter etc.
Vantagem Competitiva
A mais recente proposta de vantagem competitiva afirma que a competitividade duradoura deriva
de fontes de vantagens em custos, diferenciação de produtos, inovação tecnológica, economias
de escala e outros fatores relacionados com o tempo, devendo ser ativamente mantidos.
Visão Sistêmica
Consiste na habilidade em compreender os sistemas de acordo com a abordagem da Teoria Geral
dos Sistemas, ou seja, ter o conhecimento do todo, de modo a permitir a análise ou a interferência
nele. A visão sistêmica é formada a partir do conhecimento do conceito e das características dos
sistemas. Visão sistemática é a capacidade de identificar as ligações de fatos particulares do
sistema social como um todo.