planejamento estratégico 2011-2104

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Planejamento Estratégico 2011-2104 do governo do Estado do Espírito Santo - Brasil

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Novos Caminhos

Governo do Esprito Santo Plano Estratgico 2011-2014 Vitria - Abril de 2011

PLANO ESTRATGICO DO GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO 2011 - 2014GOVERNO DO ESTADORenato Casagrande Governador Givaldo Vieira Vice-Governador Valsia Perozini Chefe de Gabinete Robson Leite Governo Jos Eduardo de Azevedo Gesto e Recursos Humanos Maurcio Duque Fazenda Guilherme Pereira Economia e Planejamento Rodrigo Jdice Procurador Geral do Estado ngela Silvares Controle e Transparncia Klinger Barbosa Alves Educao Tadeu Marino Sade Henrique Herkenhoff Segurana Pblica e Defesa Social ngelo Roncalli Justia Andr Garcia Extraordinria de Aes Estratgicas Rodrigo Coelho Assistncia Social e Direitos Humanos Paulo Ruy Carnelli Meio Ambiente e Recursos Hdricos Enio Bergoli Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca Iranilson Casado Saneamento, Habitao e Desenvolvimento Urbano Frei Paulo Cultura Jadir Pela Cincia e Tecnologia Vandinho Leite Esportes e Lazer Alexandre Passos Turismo Sandra Cola Superintendente Estadual de Comunicao Social Marcio Flix Desenvolvimento Fbio Damasceno Transportes e Obras Pblicas Luiz Carlos Ciciliotti Casa Civil Helvio Andrade Casa Militar

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Novos CaminhosSUMRIOApresentao .....................................................................................................9 Introduo ........................................................................................................13 Condicionantes .................................................................................................17 Desafios e diretrizes gerais .............................................................................21 Eixos estratgicos: polticas e programas .......................................................25 1. Melhoria da gesto pblica e valorizao do servidor ............................. 27 2. Desenvolvimento da educao, da cultura, do esporte e do lazer ........... 33 3. Produo do conhecimento, inovao e desenvolvimento ........................41 4. Integrao logstica ................................................................................... 49 5. Desenvolvimento da infraestrutura urbana ............................................. 55 6. Empregabilidade, participao e promoo social ................................... 63 7. Ateno integral sade............................................................................ 73 8. Preveno e reduo da criminalidade ......................................................81 9. Distribuio dos frutos do progresso .........................................................91 10. Insero nacional ....................................................................................... 97 Implementao e gesto do plano .................................................................101

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APRESENTAODurante muito tempo, aceitamos, no Brasil, a ideia de que, para realizar um bom Governo, era preciso apenas a vontade poltica do governante. Hoje, sabemos que no bem assim. claro que os compromissos, a viso de futuro e a determinao dos lderes so fundamentais para que a administrao pblica cumpra sua funo e produza bons resultados para o povo. Mas, sem um planejamento adequado, sem uma definio clara de prioridades, condies e meios para realizar aquilo que a populao deseja e merece, nenhum Governo pode aproveitar integralmente as oportunidades de que dispe. E foi com essa ferramenta que traamos rumos e metas para nosso perodo de administrao. Partimos das propostas e sugestes acumuladas nos debates que orientaram a formulao do nosso Programa de Governo. Recolhemos e sistematizamos informaes e dados das mais diferentes fontes e estabelecemos a base conceitual que deveria sustentar a avaliao das diferentes alternativas que o cenrio poltico, social, econmico e institucional nos oferece. Firmamos tambm nossas premissas bsicas ou diretrizes estratgicas, que so a reduo da pobreza, a proteo ambiental, a participao popular e a transparncia da administrao, alm do firme compromisso com o equilbrio financeiro e fiscal.

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Com a reduo das desigualdades sociais e regionais e a gerao de oportunidades para todos os capixabas claramente definidas como focos prioritrios, mobilizamos nossos gestores em torno do desafio de estabelecer objetivos e metas para os projetos e programas agrupados nos 10 eixos estratgicos com os quais trabalharemos no Governo. E foi assim, com disposio para compreender o passado e dialogar com o futuro, que produzimos juntos um plano de trabalho factvel, responsvel e adequado s demandas e necessidades dos capixabas. Fomos responsveis, sim, em todas as projees e metas firmadas. Mas no nos permitimos timidez na avaliao de nossas possibilidades. Ao contrrio, demos asas saudvel ousadia de quem confia no potencial do nosso Estado e na capacidade realizadora da nossa gente. Procuramos pensar grande, pois grandes so as oportunidades que acenam para ns no horizonte, assim como so grandes os desafios que teremos de enfrentar em nosso perodo de Governo. Tambm procuramos no perder de vista, nas proposies resultantes do Planejamento Estratgico, as exigncias do novo modelo de gesto que estamos implantando no Estado. Distribudos em comits temticos que renem diferentes secretarias, evitamos abordagens que considerassem apenas questes setoriais ou o interesse isolado de municpios e regies especficas, para pensar de maneira global os novos caminhos para o futuro do Esprito Santo. Foi com essa viso e essa vontade que realizamos nosso Seminrio de Pla-

nejamento Estratgico. A viso das enormes oportunidades que o futuro nos oferece, com todos os riscos e ameaas que precisamos evitar. E a vontade poltica para vencer as dificuldades que j antevemos e tambm aquelas que certamente surgiro ao longo da nossa caminhada. Registro aqui, mais uma vez, nosso agradecimento aos trabalhadores, empresrios, tcnicos, lideranas polticas e comunitrias, entidades de classe e demais organizaes da sociedade, que contriburam com ideias, opinies e propostas para a elaborao deste Plano. Sentimos no poder nomin-los, dada a extenso da lista. Mas renovamos nossa gratido pela relevante colaborao de todos na construo de um projeto que busca o aprimoramento da atuao poltica e da administrao pblica do Esprito Santo. Tenham a certeza de que, alm de consolidar e sistematizar os projetos e programas que vo orientar um novo ciclo de desenvolvimento sustentvel e incluso social, este Plano Estratgico significa a renovao dos compromissos que assumimos com o povo capixaba. E tambm a melhor garantia de que, nos prximos anos, toda a administrao pblica estadual estar integralmente voltada para a construo desse novo tempo em nosso Estado. Um tempo de oportunidades, prosperidade e paz para todos que vivem e trabalham nesta bela terra do Esprito Santo.

Renato Casagrande Governador do Esprito Santo

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INTRODUOA grave crise poltica e institucional que at pouco tempo dominava o Esprito Santo tornou-se uma autntica barreira ao desenvolvimento estadual e causou danos significativos qualidade de vida e autoestima da populao. A ruptura com esse passado de desmandos e desorganizao se deu na eleio de 2002, com a vitria da ampla aliana poltica e social liderada pelo ex-governador Paulo Hartung. Comeava a ser implantado ali o projeto de um novo Esprito Santo, com a adoo de modelos gerenciais e prticas polticas mais adequadas a um Estado moderno. Modelos e prticas que, nos anos seguintes, levariam o Esprito Santo a se destacar no cenrio econmico e institucional do Brasil. O processo eleitoral de 2002 permitiu a posse de um governante comprometido com valores distintos daqueles dominantes poca, e a misso definida para aquele perodo era explcita: fazer do Governo Estadual o agente central da reconstruo das instituies, direcionando-o a partir de valores ticos afirmativos e compatveis com as demandas sociais caractersticas daquele momento da histria mundial. Hoje possvel dizer que o discurso da reconstruo institucional, norteador dos ltimos dois mandatos do Governo Estadual, alcanou pleno xito. Mais do

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que isso, avanou na reorganizao dos gastos pblicos e reintroduziu o planejamento e o investimento necessrios ao desenvolvimento social e econmico. Em 2010, concludo esse ciclo, novamente se estabeleceu importante arranjo de foras voltado para a consolidao do Esprito Santo como espao de desenvolvimento e modelo de prticas polticas e gerenciais compatveis com as demandas de uma sociedade democrtica. E foi com este propsito que se organizou a Coligao Juntos para o Futuro, formada com base nos princpios da democracia e da igualdade social. Valores que subentendem e incluem a participao das comunidades na definio de prioridades para o gasto pblico, a defesa dos direitos do cidado e a valorizao do trabalhador, entre outras aes. Foi orientada por esses valores que a Coligao Juntos para o Futuro, tendo frente o governador Renato Casagrande, mobilizou vasto leque de partidos e as mais diferentes organizaes da sociedade para apresentar-se ao povo capixaba como candidata a liderar um novo tempo de desenvolvimento e incluso social. Para tanto, assumiu a responsabilidade de elaborar, em debates com todos os segmentos sociais, um conjunto articulado de propostas capaz de orientar o crescimento econmico, o desenvolvimento regional e a incluso produtiva de todos os capixabas nos anos que iniciam a segunda dcada do sculo XXI. Dcada que assiste a uma acelerao crescente das mudanas nos sistemas produtivos regionais e,

por isso mesmo, requer a introduo de novos temas que sejam motivadores e integradores das polticas de Governo no plano estadual. A perspectiva com que trabalha o novo Governo do Esprito Santo a de conduzir a transio da sociedade capixaba para a era do conhecimento, com justia social e sustentabilidade. E, para alcanar esse objetivo, a formao de recursos humanos, o desenvolvimento tecnolgico, a inovao e a adoo de novas tecnologias aplicadas melhoria dos servios pblicos e ao aumento da competitividade das empresas estaro em posio central na execuo das aes governamentais. Foi essa a viso que presidiu a elaborao deste Plano Estratgico para o perodo 2011 - 2014. Em seu processo de construo, foi utilizado um conjunto de dados coletados nos bancos do IBGE e do Instituto Jones dos Santos Neves, bem como o documento ES 2025 e, principalmente, os subsdios gerados pelos seminrios regionais e setoriais organizados pela Fundao Mangabeira, alm de outras propostas e sugestes colhidas em reunies com os novos gestores pblicos estaduais. Com base nesse material organizou-se o Seminrio de Planejamento Estratgico, que envolveu toda a equipe de Governo entre os dias 23 e 24 de fevereiro de 2011 e resultou no presente documento.

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CONDICIONANTESA gesto das polticas estaduais nos prximos anos encontrar um ambiente bastante favorvel para avanos significativos no desenvolvimento sustentvel, aproximando as condies gerais de vida da populao capixaba daquelas verificadas nas regies mais avanadas do pas. Essa assertiva apoia-se em diversas constataes que caracterizam o Esprito Santo neste incio de dcada: Apesar dos efeitos residuais da crise internacional, o cenrio macroeconmico nacional ainda favorvel continuidade do crescimento do PIB com estabilidade poltica; Os investimentos previstos e em realizao apontam para uma expanso dos ramos predominantes da economia local, permitindo prever importante crescimento do emprego e da renda no espao estadual. Vale lembrar os projetos de implantao de novas siderrgicas e campos de explorao de petrleo, bem como o esforo de integrao, modernizao e diversificao da agricultura e da pequena e mdia indstria de base local; Os investimentos anunciados na expanso e melhoria da infraestrutura, como novo aeroporto, portos (dragagem, ampliao de per e novo porto), ferrovias e duplicao de estradas, bem como a melhoria da rede de estradas estaduais; As perspectivas de crescimento das receitas estaduais, em ambiente de contas pblicas j ajustadas e que mostram capacidade de investimento bem acima dos nveis histricos realizados pelo Governo Estadual; O legado de uma estrutura de Governo que apresenta avanos importantes de modernizao e de melhoria dos nveis de eficincia da administrao pblica, cabendo citar a carteira de projetos bem articulada a partir do planejamento de longo prazo, institudo em colaborao com vrios atores sociais.

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Apesar desses avanos e do ambiente macroeconmico favorvel, ainda h muito por fazer em reas cruciais para o desenvolvimento sustentvel ou para os padres contemporneos de qualidade de vida e incluso social, com os seguintes destaques: O Esprito Santo, levando-se em conta a regio em que se inclui, atrasou-se na capacitao de suas instituies e de sua populao economicamente ativa. Perde, assim, oportunidades para internalizar a produo de bens de maior valor agregado, geradora de empregos com padres salariais mais elevados e coloca em risco a estabilidade de seu crescimento futuro. imprescindvel, portanto, a realizao de investimentos que deem suporte a uma trajetria de incluso ou expanso dos segmentos caractersticos da economia do conhecimento, bem como a criao de mecanismos que permitam ao Estado gerar a tecnologia necessria inovao nos segmentos j existentes; Os investimentos de grande porte que escolheram o Esprito Santo como melhor localizao concentraram-se no entorno de Vitria, com ligeira tendncia de expanso para fora dessa microrregio, mas mantendo a ocupao no litoral central e sul. Assim, a concentrao geogrfica e pessoal da renda continua um problema espera de novas polticas de Governo; Os indicadores de violncia ainda se mantm em nveis inadequados para o estgio de qualidade de vida e organizao social desejvel; A oferta de vagas no ensino pblico de nvel mdio e superior ainda insuficiente para o atendimento de toda a populao. Alm disso, os indicadores de qualidade do ensino persistem abaixo dos padres almejados; Em vrios municpios e em vrias especialidades mdicas, as filas de espera para atendimento ainda se estendem por meses, situao que se revela ainda mais grave no setor hospitalar responsvel pelo atendimento de alta complexidade;

Saneamento, tratamento do lixo, gesto dos recursos hdricos e das coberturas vegetais, bem como a problemtica das mudanas climticas exigem planejamento e investimentos significativos; Parcela considervel da populao ainda vive em situao de pobreza, o que exige o fortalecimento das polticas de transferncia de renda e, principalmente, investimentos na incluso produtiva das famlias que no foram alcanadas pelo processo de desenvolvimento estadual; necessrio ampliar os investimentos em capital social bsico, o que inclui centros de atendimento ao cidado, hospitais, infraestrutura para transporte e mobilidade urbana, acesso rede mundial de computadores e centros de preveno e tratamento do uso abusivo de lcool e drogas.

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DESAFIOS E DIRETRIZES GERAISPromover a melhoria consistente e continuada da qualidade de vida da populao capixaba, com responsabilidade ambiental, esta a meta sntese das aes governamentais para o perodo 2011-2014 definida no Planejamento Estratgico. Meta que foi traduzida para uma viso de futuro na frase um Estado prspero, sustentvel e seguro, com oportunidades para todos. Assim, o primeiro e grande desafio ser trabalhar para que as aes pblicas cada vez mais articuladas e conjugadas entre Unio, estados e municpios sejam conduzidas para garantir que a prosperidade econmica sustentvel alcance de modo equilibrado todas as regies do Estado, incorporando progressivamente parcelas da populao ao trabalho produtivo e a condies dignas de existncia. Outra premissa fundamental para os agentes comprometidos com este Plano refere-se transparncia dos atos dos gestores pblicos e gesto democrtica das aes de Governo. Investimentos em mecanismos que garantam o acesso, por parte da populao, aos atos governamentais, e a constituio de espaos democrticos para sugestes e crticas sero considerados prioritrios para todos os rgos e setores da administrao estadual. Por ltimo, mas no menos importante, o compromisso permanente com o equilbrio das finanas pblicas. Completa este painel de princpios fundadores do Plano a orientao para dois focos prioritrios: o atendimento aos extratos mais vulnerveis da populao e a correo das desigualdades regionais. Os subsdios colhidos nos documentos existentes, nos seminrios regionais realizados pela Fundao Mangabeira e no Planejamento Estratgico,

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compulsados na perspectiva de alcanar a prosperidade com justia social e maior equilbrio regional, orientaram a elaborao do mapa estratgico que dever organizar a proposio de polticas, programas e projetos.

Plano de Governo 2011-2014 Mapa EstratgicoViso de Futuro 2014 Focos Prioritrios Esprito Santo: um estado prspero, sustentvel e seguro, com oportunidades para todos. Atendimento aos segmentos mais vulnerveis Distribuio dos Frutos do Progresso Ateno Integral Sade Eixos Estratgicos Integrao Logstica Produo do Conhecimento, Inovao e Desenvolvimento Melhoria da Gesto Pblica e Valorizao do Servidor Premissas Responsabilidade Ambiental Governana Democrtica Desenvolvimento regionalmente equilibrado Insero Nacional Preveno e Reduo da Criminalidade Empregabilidade, Participao e Proteo Social Desenvolvimento da Infraestrutura UrbanaPLANO ESTRATGICO 2011 - 2014 23

Desenvolvimento da Educao, da Cultura, do Esporte e do Lazer Gesto Transparente Responsabilidade Fiscal

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EIXOS ESTRATGICOS: POLTICAS E PROGRAMASAs polticas, programas, aes e projetos das diversas reas de atuao se organizaro sob o comando das diretrizes gerais j explicitadas. Os prximos captulos apresentam de forma concisa os resultados dos debates anteriores que indicaram desafios, estratgias de enfrentamento e alternativas de execuo em cada tema. Neste ltimo ponto, pode-se dizer que foi realizado grande esforo para expressar o que deve ser feito em termos de entregas populao dos servios, obras e projetos previstos. Tais entregas devero ser revistas anualmente e consolidadas nos processos de elaborao do Plano Plurianual e do Oramento para cada exerccio, quando sero realizados encontros regionalizados com a sociedade.

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MELHORIA DA GESTO PBLICA E VALORIZAO DO SERVIDOREntre as conquistas do Governo Estadual, nos ltimos anos, destaca-se a mobilizao para reconstruo das instituies pblicas, com o revigoramento de princpios ticos na conduo das aes pertinentes ao setor pblico. Esse comportamento deve ser mantido e preservado para consolidar uma cultura marcada pela viso do pblico como bem coletivo e no como instrumento para benefcios e interesses privados ou individuais. Mesmo com os avanos obtidos nos ltimos anos, a busca pela eficincia na administrao pblica deve ser uma constante e a transio da cultura do controle burocrtico para o monitoramento de resultados ainda est longe de ser concluda. Por isso, o aperfeioamento dos gastos com custeio e a adaptao da estrutura administrativa a este Plano sero fundamentais para que o Estado possa cumprir o papel de gestor de um volume considervel de investimentos. E estes investimentos sero indispensveis para viabilizar as previses de crescimento e atender s demandas sociais para os prximos anos. Tais pretenses requerem um amplo programa de profissionalizao da gesto pblica e valorizao dos servidores, mediante capacitao, definio de carreiras e remunerao compatvel com a praticada pelo mercado. Tambm se inserem neste subconjunto programtico os projetos voltados para explorar os mecanismos de mdias eletrnicas e tradicionais, fruns setoriais e outros espaos que estimulem o debate democrtico, com o objetivo de oferecer o mximo de transparncia para os atos da administrao. A organizao e a simplificao dos servios relacionados ao controle e transparncia social completaro o conjunto de projetos destinados a facilitar o acompanhamento dos atos de Governo pela populao. Um longo perodo de baixos investimentos por parte do Governo Estadual ocasionou deficincias em vrios setores.

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Desafio - Melhorar a eficincia das aes de Governo Tais deficincias ainda no foram totalmente superadas, mesmo com a recuperao econmica e financeira do Estado, a partir de 2003. Alm disso, preciso considerar as demandas necessrias para alcanar a taxa de crescimento requerida para a reduo das diferenas regionais e sociais hoje existentes. Os ajustes j realizados nas finanas estaduais, ao lado da estabilidade macroeconmica (com previso de continuidade no Brasil) permitem estabelecer uma meta mnima de investimentos a serem realizados pelo gestor pblico estadual, a partir de 2011, na casa de R$1 bilho. Mas, considerando que a capacidade de investimento est diretamente relacionada possibilidade de realizar poupana, essa meta pressupe o firme compromisso com a austeridade no custeio da mquina pblica. Por isso, o Governo deve estar comprometido com a eficincia, tanto no que diz respeito qualidade dos gastos correntes quanto construo de mecanismos executivos mais geis, que permitam realizar nos prazos estipulados o volume de investimentos necessrios para realizar as melhorias projetadas. No tocante receita, necessrio manter adequadamente equipada a mquina de arrecadao, de modo a impedir sonegaes, alm de garantir seu constante incremento de forma compatvel com o crescimento do PIB, para evitar o indesejado aumento da carga tributria. assim que o Estado intensificar seus esforos de ampliao da capacidade de investimento, para elevar a novos patamares de abrangncia e qualidade os servios pblicos ofertados.EstratgiasAmpliar e modernizar o atendimento ao cidado

Projetos/Aes

Entregas 2011Modelo de Expanso definido

2012-2014Trs unidades fixas Faa Fcil implantadas Poltica de Gesto de Pessoas implementada

Ampliao da Rede Faa Fcil Formulao e implantao da Poltica de Gesto de Pessoas

Poltica de Gesto de Pessoas reformulada Plano, Estrutura e Modelagem do Sistema de Capacitao do Servidor Pblico elaborados (10.000 servidores capacitados)

Ampliar a formao, a profissionalizao e a valorizao do servidor pblico

Capacitao do Servidor Pblico

Sistema de Capacitao do Servidor Pblico implementado (30.000 servidores capacitados)

Desenvolver a Gesto Orientada para Resultados

Definio e implementao do Modelo de Gesto para Resultados alinhado com a Gesto Oramentria Implantao do Sistema Integrado de Gesto Administrativa (SIGA) e sua integrao aos Sistemas Corporativos do Governo Implantao do Sistema Integrado de Planejamento, Oramento, Contabilidade e Finanas integrado aos demais sistemas corporativos do Governo ES Implantao do Plano Diretor de Tecnologia da Informao e Comunicao Implantao do Sistema de Gesto Previdenciria Expanso da Metro ES para a RMGV Implantao da Rede ES Servio e Infraestrutura

Modelo de Gesto para Resultados formulado

Modelo de Gesto para Resultados implementado

SIGA implantado em cinco Secretarias e integrado ao SEP, DIO e SIARHES

SIGA implantado na administrao direta e autrquica e integrado ao Sistema de Planejamento, Oramento, Contabilidade e Finanas

Ampliar o uso da tecnologia da informao e dos Sistemas Corporativos

Sistema Integrado de Planejamento, Oramento, Contabilidade e Finanas contratado

Sistema Integrado de Planejamento, Oramento, Contabilidade e Finanas implantado

Plano Diretor de Tecnologia da Informao e Comunicao implementado Sistema de Gesto Previdenciria implantado e em funcionamento Metro ES expandida para a RMGV Rede ES Servio e Infraestrutura implantada

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Desafio - Ampliar o dilogo entre o Governo e a sociedadeEstratgias Projetos/AesImplantao do Novo Portal da Transparncia integrado com a Ouvidoria Implantao dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento Econmico-Social

Desafio - Ampliar a capacidade de investimento do setor pblicoEstratgias Projetos/AesModernizao do Sistema de Informao da Receita Estadual Recuperao de crditos tributrios e previdencirios Diagnstico e auditoria dos processos existentes realizados Estrutura de captao de recursos fortalecida

Entregas 2011Novo Portal da Transparncia integrado com a Ouvidoria implantado Conselhos Regionais de Desenvolvimento Econmico-Social implantados

Entregas 2011 2012-2014Sistema de Informao da Receita Estadual implantado e em funcionamento Recuperao de valores auditados Recursos e investimentos do Governo Federal incrementados no Estado

2012-2014

Aprimorar os mecanismos para promover maior transparncia e participao social

Melhorar a arrecadao, a recuperao de crdito e o acompanhamento da dvida pblica

Articular investimentos para o Esprito Santo

Ampliao da captao de recursos

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DESENVOLVIMENTO DA EDUCAO, DA CULTURA, DO ESPORTE E DO LAZERA insero do Esprito Santo na economia do conhecimento exige grande esforo de ampliao da oferta de vagas nos nveis formais do sistema educacional, alm de novo modelo de gesto para a melhoria da qualidade do ensino. Assim, a rea de educao merecer ateno especial, no somente por sua importncia na promoo do desenvolvimento sustentvel, mas tambm por sua funo como instrumento de valorizao das pessoas e consequente incluso social. O Brasil ainda apresenta enormes diferenas negativas, quando comparado com outros pases, nos indicadores que medem qualidade e taxas de matrcula em relao populao alvo. Este um fato registrado em todos os nveis de ensino, especialmente no nvel universitrio, embora haja avanos recentes na cobertura de matrcula, particularmente nos nveis fundamental e mdio. Os indicadores mostram o Esprito Santo prximo da mdia brasileira, ou, lamentavelmente, abaixo dos estados mais avanados, sobretudo quando se comparam dados relativos oferta de ensino profissional de nvel mdio e superior. Portanto, a ao do Governo nesse campo ainda requer pesados investimentos e enorme competncia criativa para a construo de projetos inovadores e capazes de superar, em prazo no muito longo, as deficincias acumuladas. Para isso, a educao deve ser trabalhada de forma sistmica, com aes combinadas de expanso da oferta e melhoria da qualidade em todos os nveis. A importncia da educao para o crescimento econmico e reduo da desigualdade na distribuio de renda j foi enfatizada e demonstrada por diversos autores. No caso do Brasil, cerca de 25% do crescimento econmico verificado ao longo dos anos 70 deveu-se expanso educacional. A eliminao do atraso nesse setor contribui ainda para reduzir o crescimento populacional e a mortalidade, alm de melhorar a coeso social.

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A escolaridade mdia dos capixabas adultos est muito prxima mdia do Brasil (7,2 anos, em 2009), valor inferior ao nmero de anos obtidos com a concluso do ensino fundamental. Se todos os capixabas tivessem o ensino mdio completo, deveramos registrar uma escolaridade de 12 anos, pelo menos. Alm disso, apenas 20,6% das crianas capixabas com idade de zero a trs anos frequentam creches, e 83,7% de quatro a seis anos tm acesso pr-escola. A frequncia mdia, de zero a seis, encontra-se em 50%, e, como j atestado por vrios campos da cincia, a qualidade do desenvolvimento infantil nessa faixa de idade crucial para o desenvolvimento futuro dos indivduos, nos planos cognitivo, emocional, fsico e social. H tambm o problema da elevada distoro idade-srie, que redunda numa das principais causas da evaso escolar. Ao longo do ensino fundamental e mdio, o abandono alcana percentuais de 35%, no 7 ano do ensino fundamental, e de 29%, no 1 ano no ensino mdio. Dentro deste grupo, somente 5% dos estudantes pobres concluem o ensino mdio. A taxa de reteno total, neste nvel, chega a 62%, o que representa o contingente de estudantes que desiste de avanar para o ensino superior.Frequncia escolar por faixa de idade, Brasil, regio Sudeste e Esprito Santo, 2009.

Fica claro, portanto, que investir na qualidade da educao, e no mais somente na quantidade de escolaridade, a melhor alternativa para elevar o nvel de desenvolvimento. Mas, para garantir maior efetividade ao sistema educacional, crucial o reconhecimento da importncia do papel do professor, de sua capacitao e aperfeioamento. Por isso, ganham relevo os investimentos em formao e qualificao contnua dos educadores, associados a um bom desenho do plano pedaggico. Assim, para que os capixabas possam acelerar o ritmo das conquistas sociais recentes e o prprio desenvolvimento econmico estadual, preciso aumentar sua escolaridade e melhorar seu aproveitamento educacional. O que se prev a realizao de um esforo conjunto, do Governo e das famlias, para assegurar a todos uma formao tica e solidria, que os torne capazes de selecionar e processar informaes com autonomia e raciocnio crtico. Outra vertente deste eixo envolve as aes relacionadas promoo e valorizao da cultura, para criar oportunidades de reconhecimento das diversidades populacionais e tambm gerar emprego e renda para as famlias. Alguns exemplos de aes utilizadas para enfrentar os desafios aqui vislumbrados so a proteo do patrimnio histrico e cultural, a afirmao da cultura como elemento de identidade social e o fomento produo artstico-cultural, em todas as suas manifestaes. A terceira frente deste eixo estratgico diz respeito promoo de atividades esportivas, considerando seus inegveis benefcios na formao do cidado e na promoo da sade e do lazer. Interessante, tambm, apontar os investimentos no esporte e no lazer como forma de oferecer ocupao aos jovens e, consequentemente, reduzir sua exposio a degradaes sociais e situaes de risco, como o consumo de drogas e o precoce abandono do lar. Vale destacar que, com a realizao das Olimpadas de 2016 na cidade do Rio de Janeiro, h possibilidade de se formar e apoiar atletas que se tornem referncia em diversas modalidades esportivas no Estado, com investimentos, aes e projetos realizados ao longo dos prximos anos.

Fonte: PNAD/IBGE Elaborao: IJSN /Economia do Setor Pblico e do Bem-Estar

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Desafio - Elevar a eficincia do Sistema EducacionalEstratgias Projetos/AesAmpliao do quadro de servidores efetivos da educao Formar e valorizar os profissionais da Educao Capacitao do quadro de servidores efetivos da educao Implantao do Centro de Formao do Magistrio Reduzir indicadores de evaso, repetncia e distoro idade-srie

Desafio - Universalizar a Educao BsicaEstratgias Projetos/AesAmpliao da oferta da Educao de Jovens e Adultos Aes para reduo do analfabetismo Expanso da oferta da educao, cultura, esporte e lazer em prises Expanso da oferta da educao, cultura, esporte e lazer em unidade de medidas socioeducativas Apoio s comunidades quilombolas na oferta educacional

Entregas 20111.200 profissionais da educao contratados por concurso pblico 5.500 profissionais da educao capacitados

Entregas 2011Nova proposta de oferta da educao de jovens e adultos definida e 50 mil matrculas ofertadas na modalidade presencial 9.000 adultos analfabetos atendidos 3.800 internos atendidos na educao

2012-20143.600 profissionais da educao contratados por concurso pblico 15.000 profissionais da educao capacitados Centro de Formao do Magistrio implantado

2012-201468 mil novas vagas ofertadas na educao de jovens e adultos, presencial ou distncia, nos 78 municpios 60.000 adultos analfabetos atendidos 100% das unidades prisionais atendidas na educao, cultura e esporte 100% das unidades de medidas socioeducativas atendidas na educao, cultura e esporte 13 escolas municipais, localizadas em quilombos, apoiadas com obras de infraestrutura Duas novas escolas de ensino mdio integrado educao profissional implantada em comunidades indgenas 19 escolas em assentamento reconstrudas Mais 800 novas vagas ofertadas a jovens dos campo, na educao de jovens e adultos com qualificao profissional e bolsa permanncia

Sistema de visita s famlias de estudantes com baixo desempenho e Implantao de aes 2.800 estudantes inseridos em projetos ndice de frequncia para reduo da em funcionamento evaso, repetncia e de correo de distoro idade-srie distoro idade-srie e 8.000 estudantes inseridos em projetos de correo de distoro idade-srie

730 adolescentes atendidos em seis unidades do IASES Estudo sobre necessidade de intervenes fsicas realizado em escolas municipais, localizadas em quilombos Sete aldeias indgenas atendidas com suas especificidades Oito escolas em assentamento reconstrudas 800 novas vagas ofertadas a jovens dos campo, na educao de jovens e adultos com qualificao profissional e bolsa permanncia 124 escolas estaduais uni/pluridocentes com diagnstico realizado sobre seu funcionamento, com proposio de melhorias Seis escolas construdas 44 escolas ampliadas e equipadas Seis unidades de educao infantil e fundamental apoiadas com obras de infraestrutura

Ampliar o atendimento aos segmentos mais vulnerveis

Apoio s comunidades indgenas na oferta educacional Melhoria da infraestrutura escolar em assentamentos Atendimento s comunidades campesinas com oferta educacional adequada a sua realidade

Desafio - Melhorar a Qualidade da Aprendizagem da Educao BsicaEstratgias Projetos/Aes Entregas 2011Estudo de oferta de educao com jornada ampliada realizado

2012-201430 escolas estaduais, localizadas em regies vulnerveis, com oferta de educao em tempo integral

Ampliar o tempo de permanncia do estudante na escola

Aumento da oferta de educao em jornada ampliada

Melhoria da educao inclusiva

Plano de melhoria das escolas uni/pluridocentes implementado

Melhorar o processo de ensinoaprendizagem na rede estadual

Desenvolvimento Integrado de Fomento ao esporte, cultura, iniciao cientfica e educao ambiental nas escolas

135.000 estudantes 210.000 estudantes mobilizados nas mobilizados nas aes de esporte e aes de esporte e cultura e projeto de cultura e 100% dos incentivo educao estudantes da rede ambiental, com foco estadual beneficiados na realidade das pelo projeto de diversas regies incentivo educao capixabas implantado ambiental

Ampliar o atendimento do ensino mdio

Construo de escolas Ampliao e modernizao das escolas

14 escolas construdas 96 escolas ampliadas e equipadas

Apoiar a ampliao da oferta de vagas na pr-escola e no ensino fundamental

Cooperao tcnica e financeira aos municpios para ampliar e melhorar o atendimento na prescola e no ensino fundamental

68 unidades de educao infantil apoiadas com obras de infraestrutura

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Desafio - Fomentar a produo e ampliar o acesso aos bens e servios culturaisEstratgias Projetos/AesAmpliao da Educao Patrimonial Ampliar o acesso aos produtos culturais e incentivar a prtica de atividades artsticas Desenvolvimento de aes integradas para a preservao, revitalizao e uso pblico dos stios histricos Fortalecimento da Rede Cultura Jovem, em parceria com as redes de ensino e outros rgos Apoio elaborao de projetos, construo, melhoria e adequao de espaos culturais e construo de unidades multiuso Concluso da construo do Cais das Artes

Desafio - Tornar o Esprito Santo referncia nacional e internacional em modalidades esportivas especficasEstratgias Projetos/AesAmpliao do Bolsa Atleta Desenvolver atletas capixabas de alto rendimento esportivo Fortalecimento do Compete-ES Apoio para realizao de competies esportivas nacionais e internacionais no Esprito Santo

Entregas 2011 2012-2014500 multiplicadores 1.500 multiplicadores de educao de educao patrimonial formados patrimonial formados Cinco aes integradas para a preservao, revitalizao e uso pblico dos stios histricos realizadas 50.000 acessos/ ms no Portal Yah registrados 30 aes integradas para a preservao, revitalizao e uso pblico dos stios histricos realizadas

Entregas 2011100 Bolsas Atleta concedidas 2.000 passagens areas emitidas no Compete-ES 15 competies esportivas nacionais e internacionais apoiadas e realizadas no Esprito Santo

2012-2014450 Bolsas Atleta concedidas 8.000 passagens areas emitidas no Compete-ES 60 competies esportivas nacionais e internacionais apoiadas e realizadas no Esprito Santo Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho e dois Centros Esportivos (Norte e Sul) concludos

100.000 acessos/ ms no Portal Yah registrados Divulgar e incentivar o esporte capixaba

Expanso e melhoria da infraestrutura esportiva

Ampliar o nmero de espaos culturais

Apoio concedido para construo, melhoria e adequao de 12 espaos culturais

20 unidades culturais multiuso construdas

Concluso da construo do Estdio Kleber Andrade Ampliao do Campees de Futuro

Plano de Gesto do Estdio Kleber Andrade concludo 22.500 crianas e adolescentes atendidas pelo Campees de Futuro 10.000 crianas e adolescentes atendidos pelo Segundo Tempo 2.000 pessoas atendidas pelo Esporte pela Paz na RMGV

Estdio Kleber Andrade em funcionamento 25.000 crianas e adolescentes atendidas pelo Campees de Futuro 25.000 crianas e adolescentes atendidos pelo Segundo Tempo 16.000 pessoas atendidas pelo Esporte pela Paz na RMGV

Plano de Gesto do Cais da Artes concludo

Cais das Artes em funcionamento Promover incluso social por meio de atividades esportivas e de lazer nas reas mais vulnerveis

Implantao do Segundo Tempo

Implantao do Esporte pela Paz

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PRODUO DO CONHECIMENTO, INOVAO E DESENVOLVIMENTOA execuo de uma poltica de desenvolvimento sustentvel requer uma viso integrada das dimenses que a compem. A dimenso social, pela sua importncia, est formulada em outros itens deste Plano. Este eixo tem como alvo a produo do conhecimento necessrio ao desenvolvimento ambientalmente responsvel, bem como as polticas relacionadas promoo das atividades geradoras de emprego e renda. O desenvolvimento mundial, neste sculo, apoia-se cada vez mais na incorporao do conhecimento como fonte para a gerao de novos produtos e servios. A inovao destaca-se como principal elemento gerador de competitividade e de novos negcios. Assim, os espaos geogrficos onde se encontram importantes instituies geradoras de conhecimento e recursos humanos altamente qualificados tornam-se tambm atraentes para empreendimentos caracterizados pela alta agregao de valores. A inovao um processo social e o setor pblico tem funo determinante na introduo dessa cultura. Isso particularmente relevante para o Esprito Santo, dado seu atraso relativo neste campo e o fato de, ainda hoje, ter economia muito dependente da produo de commodities. A incluso de novos sistemas de produo, capazes de reduzir a dependncia do mercado internacional e incluir vrios espaos e camadas sociais hoje margem dos benefcios do progresso, requer investimentos em infraestrutura e em recursos humanos para a construo de uma rede eficiente de cincia, tecnologia e inovao. O crescimento integrado e territorialmente equilibrado da economia questo central para a construo do futuro desejado. Aliado a esse crescimento, ganha corpo a necessidade de conservao e recuperao dos recursos naturais e a capacidade de adaptao e resposta aos eventos climticos. J no se pode desvincular o crescimento econmico das consequncias que traz para o meio ambiente. Alm disso, de

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fundamental importncia que a infraestrutura para a atividade produtiva seja modernizada, e aqui cabe distinguir a relevncia de se diversificar a matriz energtica capixaba com fontes renovveis. Produo do conhecimento, inovao e desenvolvimento so objetivos que apresentam caractersticas essencialmente interdisciplinares, exigindo a articulao de diversas secretarias de Estado para alinhar uma viso de futuro que busque o adensamento das cadeias produtivas com responsabilidade ambiental e constante inovao tecnolgica. Nas ltimas dcadas, o Esprito Santo registrou excelentes resultados nesse campo, o que pode ser percebido na leitura dos seus indicadores socioeconmicos. Em termos de crescimento, o Estado apresentou, desde o ano de 1985, taxa prxima a 5%, superior mdia nacional (4%). Mas, para continuar mantendo ou ampliar essas taxas de crescimento e transformar suas riquezas em benefcios diretos para toda a sociedade, necessrio concentrar esforos no aumento do valor agregado da produo, com nfase na incorporao de conhecimento tecnolgico e na qualificao da mo-de-obra capixaba. Para tanto, um dos grandes desafios a ser superado justamente atender s necessidades de formao profissional em todos os nveis, do ensino tcnico ps-graduao.

Desafio - Conservar e recuperar os Recursos NaturaisEstratgiasConservar, recuperar e ampliar a cobertura da Mata Atlntica Ampliar a capacidade de armazenamento de gua para irrigao e outros usos no meio rural Recuperar a disponibilidade com qualidade dos recursos hdricos Proteger e recuperar reas costeiras

Projetos/AesEstruturao e implementao do projeto de Recuperao e Conservao da Mata Atlntica

Entregas 20111.000 hectares implantados

2012-201429.000 hectares implantados

Construo de barragens para reserva de gua

Nove barragens em construo

30 barragens construdas

Desenvolvimento e Implantao do Sistema de Informao de Recursos Hdricos e Rede de Monitoramento Implantao de obras de conteno e recuperao de reas costeiras

Plano Estratgico de Gesto dos Recursos Hdricos elaborado

Sistema de Informao de Recursos Hdricos e Rede de Monitoramento implantado

Seis obras de Duas obras de conteno e conteno e recuperao de reas recuperao de reas costeiras iniciadas costeiras concludas

Desafio - Aumentar a capacidade de adaptao e resposta do Estado aos eventos climticosEstratgias Projetos/AesFomento criao de estrutura operacional de Defesa Civil em todos os municpios do Estado

Entregas 2011 2012-2014Estrutura operacional de Defesa Civil em todos os municpios do Estado criada Sistema de alerta para preveno de desastres concludo em 30 municpios, 22 novas estaes meteorolgicas instaladas, um radar meteorolgico operando, 30 planos municipais de reduo de risco elaborados e um radar instalado

Mitigar os efeitos dos eventos climticos

Estruturao do Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais

Oito novas estaes meteorolgicas instaladas, cinco planos municipais de reduo de risco e cinco projetos de conteno de encostas elaborados

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Desafio - Aumentar a atratividade e competitividade turstica do ESEstratgias Projetos/Aes Entregas 2011Projetos Executivos para o Centro de Convenes de Vitria concludos e Estudo de viabilidade do Centro das Montanhas concludo Projeto Executivo da Orla do Canal de Guarapari concludo

Desafio - Ampliar a produo cientfica e a inovaoEstratgiasIncentivar a formao e a fixao de mestres e doutores Fomentar e incentivar a produo cientfica e tecnolgica

2012-2014Centro de Convenes de Vitria concludo

Projetos/AesElaborao e implantao do Projeto de Formao e Permanncia de Mestres e Doutores Apoio a projetos cientficos, tecnolgicos, de desenvolvimento e inovao aplicados s polticas pblicas estaduais Implantao de Rede de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovao

Entregas 2011Projeto de Mestres e Doutores elaborado

2012-2014Fomento a mestrados e doutorados profissionais, em reas estratgicas, implantado Trs editais de projetos aplicados s polticas estaduais publicados

Ampliar e melhorar a Infraestrutura Turstica (Cidades Tursticas)

Construo de Centros de Convenes

Urbanizao da Orla do Canal de Guarapari

Orla do Canal de Guarapari concluda

Um edital de projeto aplicado s polticas estaduais publicado

Promover e comercializar o destino Esprito Santo

Elaborao e Plano Nacional de Plano Nacional de implantao do Comunicao e Comunicao e Plano Nacional de Marketing do Turismo Marketing do Turismo Comunicao e implementado elaborado Marketing do Turismo do Esprito Santo

Desafio - Atender s necessidades de formao profissional, tcnica e tecnolgica do EstadoEstratgias Projetos/AesEstruturao do Sistema Estadual de Educao Profissional de Nvel Bsico e Tecnolgico e do Sistema de Educao Distncia Fortalecimento do Nossa Bolsa (graduao) e do Bolsa Tcnica Ampliao da Rede Estadual dos Centros de Educao Profissional e dos Centros Vocacionais Tecnolgicos

Entregas 2011Proposta do Sistema Estadual de Educao Profissional de Nvel Bsico e Tecnolgico e do Sistema de Educao Distncia elaborada 1.000 novas bolsas de graduao e 1.700 bolsas tcnicas concedidas 10 Centros de Educao Profissional e/ou Centros Vocacionais Tecnolgicos implantados 1.000 novas bolsas de graduao e 1.700 bolsas tcnicas concedidas por ano 20 novos Centros de Educao Profissional e/ou Centros Vocacionais Tecnolgicos implantados

Expandir a infraestrutura cientfica, tecnolgica e de inovao e fortalecer a regionalizao e interiorizao

Cinco centros existentes com a rede estruturada

Lei de Inovao aprovada e dois Centros Tecnolgicos implantados

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Estabelecer a Rede Estadual de educao profissional, tcnica e tecnolgica

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Desafio - Atrair novos investimentos e agregar mais valor s cadeias produtivasEstratgiasAtrair e reter projetos estruturantes e suas cadeias produtivas

Desafio - Diversificar a matriz energtica capixaba com fontes renovveisEstratgias Projetos/Aes Entregas 2011 2012-2014Projetos de Eficincia Energtica no Palcio Anchieta, na Residncia Oficial e em Bairro Piloto implantados e Cidade Piloto em implantao Um parque energtico implantado e Atlas solarimtrico concludo

Projetos/AesImplantao da carteira de grandes projetos de investimentos

Entregas 2011Cinco grandes projetos com implantao iniciada

2012-201410 grandes projetos em implantao

Implantar polos empresariais

Criao e gesto de Banco de polos e reas para atividades empresariais

Banco de reas para atividades empresariais implantado em quatro regies

Dois polos empresariais concludos e Banco de reas para atividades empresariais implantado nas 12 microrregies Lei Geral Estadual sancionada e Projeto Estadual de Fomento as MPEs Urbanas e Rurais implantado Projeto de Capacitao do Empreendedor e de Acesso a Novos Mercados implantado

Fomentar a produo de energias renovveis e aumentar a eficincia energtica

Implantao de projetos-modelo de eficincia energtica

Projetos de eficincia energtica elaborados

Criao de mecanismos de Incentivo s Energias Solar e Elica Realizao de estudo de Energia derivada de Biomassa

Mecanismo de incentivo s Energias Solar e Elica criado Estudo do potencial do ES em Energia Biomassa realizado

Estruturar e ampliar a participao da micro e pequena empresa na economia capixaba

Implantao do Projeto Estadual de Fomento as MPEs Urbanas e Rurais Implantao do Projeto de Capacitao do Empreendedor e de Acesso a Novos Mercados

Projeto Estadual de Fomento as MPEs Urbanas e Rurais elaborado Projeto de Capacitao do Empreendedor e de Acesso a Novos Mercados elaborado e com implantao iniciada

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INTEGRAO LOGSTICAO desenvolvimento de uma regio requer concentrao de esforos na modernizao de sua infraestrutura, da mesma forma que nas empresas as operaes logsticas so fundamentais para a sua competitividade. A ausncia de tais esforos corresponde a renunciar a uma participao relevante no cenrio econmico nacional ou internacional, conforme a regio, ou mesmo inviabilizar negcios locais, devido aos custos mais elevados impostos s diversas cadeias de produo. A importncia da logstica medida pela produtividade, eficincia e rentabilidade das empresas que, ao final, determinam a competitividade da cadeia de suprimentos a que esto vinculadas e das quais resultam o emprego e a renda. Portanto, a logstica fator imprescindvel na formulao das polticas de investimentos dos governos. O estudo mais recente sobre este tema o Plano Estratgico de Logstica e Transportes do Esprito Santo (Peltes). Analisaram-se os modais rodovirio, ferrovirio, areo e porturio, considerando a atuao do Governo Estadual para os prximos quatro anos. A situao relatada conduz a entendimento imediato de que faltam planejamento (de mdio e longo prazos) e liderana institucional para o adequado encaminhamento das demandas. A grande maioria das responsabilidades cabe ao Governo Federal, mas a iniciativa privada tambm pode ser parceira nos investimentos. Em qualquer alternativa, o Governo Estadual pode e deve assumir a liderana institucional do processo, organizando o planejamento e a definio de prioridades para o desenvolvimento estadual e liderando a articulao poltica com vistas realizao dos investimentos necessrios. Por sua condio geogrfica, a infraestrutura logstica do Estado foi quase sempre concebida como corredor de escoamento para produtos oriundos de unidades federativas vizinhas na rea de influncia de seus portos. O objetivo, agora, fazer com que as polticas de Governo sejam orientadas para a explorao dessa localizao privilegiada, a fim de atrair investimentos industriais voltados para o mercado mundial, alm de manter a infraestrutura de apoio aos corredores existentes.

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Na busca por competitividade, os grandes complexos exportadores procuram solues individuais para o escoamento da produo, da a disputa por espaos disponveis junto ao mar. No Esprito Santo, os terminais de mineradoras, siderrgicas e indstrias de celulose so bons exemplos desta disputa. Em paralelo, observa-se a ocupao desordenada do litoral capixaba, que restringe a oferta de locais adequados para instalao de um porto pblico moderno, com profundidade entre 20 e 25 metros para navios grandes e retrorea para instalaes industriais, bem como sistemas de transporte alimentador, como ferrovias e rodovias. Este cenrio indica a necessidade de planejamento para a costa capixaba, com identificao de locais para implantao de portos pblicos que atendam as novas exigncias, e o aumento da influncia do Governo Estadual nas decises sobre desenvolvimento e explorao do sistema porturio do Estado. Dos cerca de 6.000 km de estradas federais e estaduais, apenas 4.000 km so pavimentados. Apenas 33 km das estradas federais so de pista dupla, contra 84 km das rodovias estaduais. A baixa capacidade das BR 101 e 262 restringem o acesso ao Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste e, juntamente com o contorno de Vitria, so obras citadas em vrios estudos e promessas dos ltimos 10 anos. No sistema ferrovirio, destacam-se trs grandes problemas: A ligao com o Centro-oeste operada por empresa que tem grande volume de carga prpria. Isso inibe o transporte de carga de terceiros, estabelecendo um grande dficit neste corredor; A falta de ligao comercialmente eficiente com o lado Sul, direo do maior fluxo de mercadoria importada pelo Porto de Vitria. A linha que liga ao Rio de Janeiro tem traado antigo e corta terreno acidentado, o que reduz sua capacidade. Alm disso, opera com bitola de 1,0 m, enquanto a ligao com So Paulo tem bitola de 1,60; Existem pontos de estrangulamentos em MG que dificultam a ligao com o Centro-Oeste.

J o aeroporto de Vitria, que tem capacidade para 560 mil passageiros/ano, operou em 2010 com 2,6 milhes, segundo informao da Infraero. No terminal de cargas h restries de espao de armazenagem, de plataformas de embarque e desembarque, de layout e para a movimentao e controle de cargas. Isso reduz as possibilidades de voos mais frequentes para a capital. A pujana econmica do Esprito Santo, em grande medida, depende de sua fora exportadora e importadora. Assim, talvez mais do que em outros estados, a logstica se mostra fator decisivo na manuteno de sua competitividade como espao atraente para a localizao de investimentos.

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Desafio - Melhorar a integrao logstica regionalEstratgias Projetos/AesConstruo do Contorno do Mestre lvaro Ampliar, recuperar e melhorar as condies operacionais da malha rodoviria estadual Ampliao e recuperao da malha rodoviria estadual

Entregas 2011Projeto do Contorno do Mestre lvaro concludo 150 km de estradas estaduais construdas ou recuperadas Modelo do Sistema de Segurana e Operao Rodoviria elaborado

2012-2014Contorno do Mestre lvaro concludo 450 km de estradas estaduais construdas ou recuperadas Sistema de Segurana e Operao Rodoviria implantado Plano Executivo de Integrao Logstica Multimodal elaborado Sinalizao semafrica horizontal e vertical implantada e integrao ao Sistema Nacional de Trnsito realizada em oito municpios

Desafio - Melhorar as condies da mobilidade urbana na Regio Metropolitana da Grande Vitria, priorizando o transporte coletivoEstratgias Projetos/AesImplantao dos Corredores Exclusivos para nibus na RMGV Construo/Ampliao dos Terminais de Carapina, Vila Velha e Itacib Elaborao de Plano de Mobilidade Metropolitana Reestruturao dos acessos norte e sul da Terceira Ponte Viaduto sobre a Avenida Carioca concludo (Ala da Terceira Ponte) Trecho 1 da Rodovia LesteOeste (Terminal Campo Grande - Campo Belo) concludo

Entregas 2011Projetos dos Corredores Exclusivos para nibus elaborados

2012-2014Operao dos Corredores Exclusivos para nibus iniciada Terminal de Vila Velha ampliado e Terminais de Carapina e Itacib concludos Plano de Mobilidade Metropolitana elaborado Acessos norte e sul da Terceira Ponte concludos

Implantar Corredores Exclusivos para nibus na RMGV

Criao do Sistema de Segurana e Operao Rodoviria Elaborao do Plano Executivo de Integrao Logstica Multimodal, a partir das diretrizes do Peltes Desenvolver a integrao logstica multimodal do ES

Apoio tcnico e financeiro aos municpios para implantar a sinalizao viria

Concluso da Rodovia Leste-Oeste

Rodovia Leste-Oeste concluda

Convnios com os municpios assinados

Investir no sistema virio da RMGV

Concluso e aprovao do projeto do Tnel de Ligao Vitria - Vila Velha Implantao de acessos ao Estdio Kleber Andrade e Trevo de Alto Lage, com Viaduto sobre BR 262 e estacionamentos Melhoria do acesso/ sada de Vitria via Segunda Ponte e Cinco Pontes (Portal Sul de Vitria) Concluso do Corredor Metropolitano de Ligao da Terceira Ponte Avenida Carlos Lindenberg (Via Bigossi) Realizao de Estudos de outros corredores/ ligaes metropolitanos Licitao da Obra da Via Bigossi concluda

Projeto do Tnel Vitria - Vila Velha concludo e aprovado Acessos ao Estdio Kleber Andrade e ao Trevo de Alto Lage, com viaduto sobre BR262 implantados Acesso/sada de Vitria via Segunda Ponte e Cinco Pontes concludo Corredor Metropolitano de Ligao da Terceira Ponte Avenida Carlos Lindenberg implantado Estudos da 4 Ligao/Duplicao da Segunda Ponte realizados

Desafio - Tornar o Estado competitivo nacional e internacionalmente na logstica, com base nas diretrizes do PELTESEstratgias Projetos/Aes Entregas 2011Projetos de melhorias nos aeroportos em Cachoeiro, Vila Velha, Guarapari e Linhares elaborados Projeto do Terminal de Cruzeiros Martimos contratado

2012-2014Melhorias nos aeroportos em Cachoeiro, Vila Velha, Guarapari e Linhares realizadas Terminal de Cruzeiros Martimos implantado

Promover o desenvolvimento dos aeroportos regionais

Melhoria das condies dos aeroportos regionais

Promover o Desenvolvimento Porturio

Construo do Terminal de Cruzeiros Martimos

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DESENVOLVIMENTO DA INFRAESTRUTURA URBANAO elevado grau de urbanizao j alcanado pelo Esprito Santo estabelece a necessidade de o poder pblico ofertar equipamentos e servios essenciais qualidade de vida, justificando a incluso deste tema como eixo estratgico do Plano. O municpio o agente pblico mais prximo do cidado e, portanto, mais bem-posicionado para o conhecimento dos ativos pblicos que atendero s carncias locais, indicando que a execuo das aes deste eixo deve contar com forte articulao com os agentes municipais. A intensidade da urbanizao traz alguns aspectos indesejados, como maior demanda por servios pblicos e problemas urbansticos, tais como: congestionamento das grandes vias, poluio atmosfrica, parcialidade do saneamento, dficit habitacional etc., que refletem diretamente na qualidade de vida da populao envolvida. No h dvida de que esses fatos concorrem como entraves ao desenvolvimento econmico do Esprito Santo, atuando contra os anseios de toda a sociedade. Entre as alternativas projetadas para a soluo dessas questes, destacam-se a busca pelo desenvolvimento equilibrado e a criao de centralidades urbanas alm da metrpole. A eficincia de tais iniciativas requer melhor distribuio dos benefcios do novo ciclo de crescimento do Estado, principalmente quanto formao de uma rede equilibrada de cidades, capaz de conter o xodo dos seus moradores por meio da oferta de servios pblicos de qualidade, da construo de meios para o desenvolvimento regional integrado e da adoo de instrumentos de planejamento e de gesto adequados. Mobilidade Urbana Melhorar as condies da mobilidade urbana um dos desafios referentes ao tema, e a estratgia para isso estimular a reestruturao de sistemas virios urbanos. Neste sentido, um importante projeto refere-se ao financiamento e apoio execuo de projetos e obras estruturantes nas cidades-polo do Estado.

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Universalizao do abastecimento de gua potvel e saneamento bsico Universalizar o acesso aos servios de saneamento bsico um dos mais importantes desafios do Governo. Para tanto, foram definidas as seguintes estratgias: Ampliao da cobertura de coleta e tratamento de esgoto da Cesan; Universalizao do abastecimento de gua nas reas de concesso da Cesan; Ampliao da cobertura de coleta, tratamento e destinao final de resduos slidos urbanos; Expanso da oferta de gua tratada e da coleta e tratamento de esgoto sanitrio para localidades de pequeno porte. Quanto gua potvel, a Cesan atende a 100% dos 52 municpios de sua concesso. A meta neste caso manter a cobertura neste nvel, acompanhando o crescimento da populao e a formao de novos ncleos urbanos. Ainda com relao ao saneamento bsico, importante ressaltar o projeto de construo e operao dos sistemas regionais de transporte e destinao final de resduos slidos, que na verdade constitui-se no Programa ES sem Lixo. No perodo de 2012 a 2014 est prevista a construo desses sistemas nas regies Doce-Oeste, Norte e Sul-Serrana. Programa Habitacional O Esprito Santo, assim como vrios outros estados brasileiros, enfrenta os efeitos do crescimento econmico concentrado na Regio Metropolitana da Capital. Desde o incio da dcada passada essa regio passou a reunir cerca de 50% da populao capixaba. A evoluo regional e a taxa de urbanizao dos diversos polos estaduais apontam para a intensificao dessa concentrao demogrfica. Estudo apresentado pelo Instituto Jones dos Santos Neves mostra que o dficit habitacional no Estado se mantm estvel

nos anos mais recentes, embora com algumas mudanas em seus componentes. Tambm indica que a coabitao responde por 52,4%, o aluguel excessivo por 34,4% e a habitao precria por 13,2% do dficit estimado. As estimativas dimensionam um dficit da ordem de 126 mil unidades, ou 12% das habitaes existentes, e que 92,9% das necessidades concentra-se na faixa da populao que ganha at trs salrios mnimos. Assim, a construo de novas moradias para a populao de baixa renda deve ser o foco prioritrio para o programa habitacional nos prximos anos. O volume de investimentos necessrios exigir grande esforo de mobilizao das trs instncias de Governo. Alm de viabilizar fontes para os financiamentos requeridos e incentivar e articular a implantao de programas habitacionais, ser preciso dar soluo a questes relacionadas com a regularizao de propriedades e a prioridade de acesso moradia para famlias que vivem em habitaes precrias ou localizadas em reas de risco. Caber tambm promover diretamente, e em parceria com o Governo Federal e com os municpios, a construo de novas moradias de interesse social. Regularizao das vazes e melhoria da oferta de gua para usos mltiplos Importante tema relacionado ao eixo de desenvolvimento da infraestrutura urbana refere-se regularizao das vazes e melhoria da oferta de usos mltiplos da gua. Para isso, sero desenvolvidos e executados projetos de drenagem urbana e revitalizao de rios e canais, com obras de infraestrutura hdrica de usos mltiplos e investimentos na conservao e recuperao de bacias hidrogrficas, alm do apoio aos municpios para elaborao de projetos nesta rea.

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Desafio - Minimizar os efeitos das cheias e da escassez de gua e ampliar a oferta para usos mltiplosEstratgias Projetos/Aes Entregas 2011 2012-2014Dois projetos de desassoreamento, regularizao e urbanizao para os rios Formate e Marinho executados (obras e demais intervenes) Um Projeto Estadual de Recuperao e Conservao dos Recursos Hdricos nas Microbacias consolidado 28 projetos de infraestrutura hdrica elaborados e 36 obras de infraestrutura hdrica concludas (barragens coletivas, canais e adutoras) Sete municpios apoiados na elaborao de projetos de infraestrutura hdrica de usos mltiplos

Desafio - Melhorar as condies da mobilidade urbanaEstratgiasEstimular a reestruturao de sistemas virios urbanos Prevenir e reduzir os acidentes de trnsito

Projetos/AesFinanciamento e apoio execuo de projetos e obras estruturantes nas cidades plos Desenvolvimento de aes para a segurana no trnsito

Entregas 2011Trs estudos de mobilidade urbana nas cidades-polo apoiados Polticas pblicas para a reduo de acidentes elaboradas

2012-2014Trs obras para melhoria da mobilidade urbana nas cidades-polo executadas Polticas pblicas implantadas

Elaborao e implantao de projetos de drenagem urbana e de revitalizao de rios e canais Promover aes integradas para Execuo de obras de regularizao infraestrutura hdrica das vazes dos de usos mltiplos e cursos dgua e desenvolvimento de melhorar oferta aes de conservao de gua para usos e recuperao de mltiplos bacias hidrogrficas Apoio aos municpios na elaborao de projetos de infraestrutura hdrica de usos mltiplos

Desafio - Qualificar a implantao e a Gesto da Infraestrutura UrbanaEstratgiasDesenvolver aes de suporte a implantao e gesto de infraestrutura urbana sustentvel

Projetos/AesApoio aos municpios na execuo de obras de infraestrutura urbana e projetos de proteo de conteno e encostas

Entregas 2011 2012-2014

60 intervenes executadas

300 intervenes executadas

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Desafio - Reduzir o dficit habitacionalEstratgiasIncentivar e articular a implantao de programas habitacionais Priorizar o acesso moradia das famlias que vivem em habitaes precrias ou inseridas em reas de risco Promover diretamente em parceria a construo de novas moradias de interesse social

Projetos/AesApoio aos municpios para implantar infraestrutura bsica em loteamentos em reas de interesse social Remanejamento de famlias em reas de risco ocupadas irregularmente

Entregas 2011 2012-201410 intervenes de infraestrutura bsica executadas

Desafio - Universalizar o acesso aos servios de saneamento bsicoEstratgiasAmpliar a cobertura de coleta e tratamento de esgoto pela Cesan

Projetos/Aes

Entregas 2011508 Km de rede coletora de esgoto, 50 elevatrias e quatro estaes de tratamento construdas 88 km de rede adutora e de distribuio e trs reservatrios construdos e duas estaes de tratamento ampliadas/ construdas

2012-2014549 km de rede coletora de esgoto, 120 elevatrias e 14 estaes de tratamento construdas 393 km de rede adutora e de distribuio e nove reservatrios construdos e 11 estaes de tratamento ampliadas/ construdas Sistemas regionais de transporte e destinao de resduos slidos construdos em trs regies (Doce Oeste, Norte e Sul Serrana) e 60 caminhes compactadores de lixo adquiridos

Ampliao / Implantao de sistemas de coleta e tratamento de esgoto

2.000 famlias em reas de risco remanejadas

Apoio/Execuo aos municpios na implantao de projetos habitacionais

Universalizar o Abastecimento de gua nas reas de concesso da Cesan

Ampliao de sistemas de abastecimentos de gua

1.500 unidades habitacionais construdas

4.500 unidades habitacionais construdas Ampliar a cobertura de coleta, o tratamento e a destinao final de Resduos Slidos Urbanos Construo e operao de Sistemas Regionais de Transporte e Destinao Final de Resduos Slidos

Ampliar a oferta de gua tratada e de coleta, com tratamento de esgoto sanitrio, em localidades de pequeno porte

Apoio elaborao de projetos e/ou execuo de obras em localidades de pequeno porte Elaborao e implantao de um Projeto Estadual de Saneamento Bsico para localidades de pequeno porte

10 projetos elaborados e quatro obras executadas

30 projetos elaborados e 30 obras executadas

Projeto Estadual de Saneamento Bsico para localidades de pequeno porte elaborado

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EMPREGABILIDADE, PARTICIPAO E PROTEO SOCIALA heterogeneidade da sociedade brasileira, no que diz respeito a nveis de renda, padres educacionais, condies de habitao e origens tnicas ou culturais acaba condicionando tambm um acesso muito desigual ao mercado de trabalho, ao mercado de consumo e aos direitos fundamentais. Portanto, neste eixo estratgico se integraro os programas e projetos com metas de enfrentamento da excluso social nas vertentes ainda no abrangidas nos demais eixos. Os programas focalizados aqui buscam metas relacionadas aos estmulos participao social, consolidao da cidadania, ao combate a qualquer tipo de discriminao, ao conhecimento e garantia dos direitos fundamentais, bem como a facilitao do acesso ao emprego. O nvel mdio da taxa de desemprego durante o perodo de 2001 a 2009 foi de 8,3%. Os quatro primeiros dcimos da distribuio de renda permaneceram, durante todo o perodo analisado, acima desta mdia. Percebe-se, assim, maior vulnerabilidade das classes com rendas mais baixas, que encontram dificuldades de se incluir produtivamente na sociedade.Taxa de desemprego para a populao de 15 anos ou mais de idade por dcimos da distribuio de renda: Esprito Santo, 2001 a 2009.

Fonte: PNAD/IBGE Elaborao: Economia do Bem-Estar e do Setor Pblico

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Para aumentar a oferta de empregos no Estado, polticas de apoio s micro e pequenas empresas tornam-se prioritrias. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostram que, em 2010, a maior gerao de empregos se deu nas micro e pequenas empresas, com 25.996 postos de trabalho gerados com carteira assinada, enquanto as grandes empresas geraram 2.474 empregos. Essa poltica, aliada a aes de capacitao profissional, pode contribuir para a gerao de renda, principalmente entre as faixas mais carentes da populao. Com relao qualificao, verifica-se que, entre os desempregados que ocupam a faixa de at o quarto dcimo da distribuio de renda grande parte possui escolaridade apenas at o ensino fundamental (47,89%). O nvel educacional dos trabalhadores exerce papel determinante no desempenho do mercado de trabalho. Estudo realizado por Reis (2010) mostrou que os indicadores de mercado de trabalho para o Esprito Santo seriam bem melhores se o nvel de educao dos seus trabalhadores fosse mais elevado, tendo como benefcios: taxa de desemprego mais baixa, rendimentos melhores para os trabalhadores, maior participao da fora de trabalho na renda gerada e diminuio da informalidade. Destaca-se, assim, a importncia de investimentos na qualificao da mo-de-obra como forma de melhorar o desempenho do mercado de trabalho capixaba. Isso porque, para a construo de uma sociedade mais justa, democrtica e desenvolvida, necessrio que os cidados estejam mais preparados quanto ao desenvolvimento de suas capacidades cognitiva, emocional e afetiva. Tais fatores so decisivos na formao das crianas e jovens, principalmente no tocante sua plena insero no mercado de trabalho. O Esprito Santo, nos ltimos anos, apresentou considervel melhora nos seus indicadores de distribuio de renda e reduo dos nveis de pobreza. Verificou-se que entre 2001 e 2009, a populao mais pobre passou a apropriar parte maior da renda total da sociedade, o que contribuiu para a reduo da desigualdade. Nesse perodo, o Estado registrou uma queda expressiva na razo entre a renda dos 10% mais ricos e os 10% mais pobres, passando de 58,4%, em 2001 para 33,9%

em 2009, o que equivale a uma reduo de 24,5 pontos percentuais enquanto o Brasil e a regio Sudeste apresentaram reduo de 24,6 e 21,5 pontos percentuais, respectivamente.Razo entre a renda apropriada pelos 10% mais ricos e os 10% mais pobres no Brasil, regio Sudeste e Esprito Santo, 2001 a 2009.

Fonte: PNAD/IBGE Elaborao: Rede de Estudos da Economia do Bem-Estar e Setor Pblico

Diante da acentuada reduo na desigualdade, no surpreendente que a pobreza tenha declinado. Em 2001, o nmero de pobres e extremamente pobres no Esprito Santo correspondia, respectivamente, a 32,8% e 12,0% da populao, valores superiores aos da regio Sudeste (25,6% e 9,0%) e menores que a mdia brasileira (38,7% e 17,4%). Em 2009, o nmero de pobres e extremamente pobres no Esprito Santo diminuiu para 15,0% e 3,6%. Polticas Especiais para as Mulheres A principal proposta neste campo implementar um programa especfico, que ter como objetivo a articulao com os demais rgos do Governo, para ampliar e fortalecer as aes que tenham como foco a melhoria das condies de vida e de afirmao das mulheres nos diversos campos da dinmica social. Cabe destacar algumas reas de trabalho que merecem ateno especial: Enfrentamento da pobreza - as polticas de capacitao profissional, de promoo de micros ou pequenos negcios,

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de microfinanas e de habitao devero desenvolver aes e produtos especficos para atendimento das mulheres que, crescentemente, esto assumindo a posio de chefes de famlias nas faixas consideradas de baixa renda. Preveno e combate violncia contra a mulher - devem ser reconhecidos os aspectos culturais que envolvem essa forma particular de violncia e tambm a impunidade que atua como estmulo para os agressores. Assim, sero desenvolvidas atividades para estimular mudanas de comportamento e realizados investimentos na ampliao dos canais de atendimento s mulheres vtimas de violncia. A ampliao da rede de delegacias especializadas, a proteo de testemunhas, a criao de abrigos provisrios, o atendimento jurdico e a capacitao de profissionais da rea de segurana so exemplos de projetos que sero implementados. Sade dotao mais adequada de recursos financeiros e humanos, para garantir assistncia integral, universal e qualificada sade da mulher. Direitos das mulheres para promover e ampliar o conhecimento dos direitos que envolvem questes especficas das mulheres sero implementadas aes prprias da Defensoria Pblica e de outros rgos do Governo. Essa ao articulada que dar base realizao de atividades e investimentos que tenham como objetivo a construo de um ambiente mais adequado para que as mulheres possam exercer plenamente a capacidade de tomar decises soberanas sobre a prpria vida. Polticas para a Juventude Este um segmento da populao que merece ateno especial em razo das profundas mudanas observadas como consequncia do elevado grau de urbanizao alcanado pela sociedade brasileira. A vulnerabilidade social da populao jovem ampliou-se devido a diversos fatores, valendo destacar pelo menos trs: o baixo estmulo que as escolas apresentam para a permanncia dos jovens; as dificuldades de ingresso no mercado de trabalho e a atrao exercida pelo mundo da criminalidade, que j contabiliza parcela significativa de jovens em conflito com a lei.

A proposta aqui assumida de enfrentamento desses fatores, com investimentos e atividades diversas. No que diz respeito escola, reconhece-se sua centralidade em relao aos fatores agravantes das condies de vida e evoluo da juventude, que dada pela sua funo de capacitar para o mercado de trabalho e de ocupao do tempo do jovem, reduzindo sua exposio cooptao pela criminalidade. Por isso, um grande esforo ser realizado junto aos governos federal e municipais, para ampliar a oferta de vagas no ensino mdio e, principalmente, no ensino profissional mdio e universitrio. Em paralelo, a comunidade da educao ser estimulada a tornar a escola mais atraente, seja revisando currculos, seja desenvolvendo novas prticas pedaggicas ou, ainda, ofertando atividades esportivas e culturais, tambm fundamentais para uma formao humanstica mais adequada. Complementarmente, ser analisada a implantao de programas de bolsas para alunos de baixa renda, a ampliao dos programas de alimentao e outros benefcios voltados para a promoo da permanncia na escola. O ensino profissional das reas ditas tecnolgicas dever merecer prioridade, tendo em vista a reduo de significativas deficincias verificadas em nosso Estado neste segmento de ensino, alm de sua importncia para o ingresso no mercado de trabalho. Polticas para os Negros Os programas para este segmento sero baseados na transversalidade intragoverno, na gesto democrtica e no comprometimento das diferentes esferas da administrao estadual com a implementao de aes para a sade, educao, cultura, esporte, lazer e trabalho. As comunidades tradicionais, a juventude e a mulher negra merecero destaques especficos. Os pontos abordados mostram o cenrio atual e alguns dos grandes desafios a serem enfrentados pelo Governo, que deve focar suas iniciativas na ampliao do acesso a uma vida mais digna por parte da populao, com maiores oportunidades de trabalho e renda, alm do estmulo reduo da pobreza e das desigualdades.

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Desafio - Combater a fome e a insegurana alimentarEstratgias Projetos/AesAmpliao do Projeto Estadual de Compra Direta de Alimentos (CDA) Ampliao da cobertura do projeto Produo Agroecolgica Integrada e Sustentvel (PAIS) Implantao do Sistema Integrado de Segurana Alimentar (SISAN)

Desafio - Promover a incluso socioprodutivaEstratgias Projetos/AesCriao da Rede de Incluso Produtiva com integrao ao Bolsa Famlia Reestruturao, fortalecimento e ampliao da Rede SINE e regionalizao dos servios Implantao dos Centros Pblicos do Artesanato e da Economia Solidria Elaborao do projeto de Fortalecimento do Cooperativismo Fortalecimento da estratgia do Banco Comunitrio para atender s famlias de baixa renda, com foco nas unidades dos Cras, no Bolsa Famlia, nos Grupos Produtivos da Economia Solidria e nas Comunidades Tradicionais

Entregas 2011130 agricultores atendidos pelo projeto Estadual de Compra Direta de Alimentos 200 unidades de Produo Agroecolgica Integrada e Sustentvel criadas Sistema Integrado de Segurana Alimentar (SISAN) implantado

Entregas 2011Rede de Incluso Produtiva criada com oferta de 4.000 vagas

2012-2014350 agricultores atendidos pelo projeto Estadual de Compra Direta de Alimentos 500 unidades de Produo Agroecolgica Integrada e Sustentvel criadas

2012-201412.000 vagas ofertadas pela Rede de Incluso Produtiva

Estimular a produo de alimentos, preferencialmente com uso de tecnologias sustentveis

Rede SINE existente reestruturada

Quatro novos SINE criados

Promover o acesso regular alimentao de qualidade

Desafio - Promover incluso social e o bem estar da populao capixaba atravs de atividades fsicas, esportivas e culturaisEstratgias Projetos/AesImplantao do Praa Saudvel Implantao dos ncleos de referncia Ampliar o acesso e orientao a prtica e orientao prticas de exerccios para uma vida fsicos saudvel Ampliao do incentivo e divulgao do esporte capixaba (Caravana Esportiva e Cultural)

Fomentar a criao de oportunidades de trabalho e renda

Um Centro Pblico do Artesanato e da Economia Solidria implantado Projeto de Fortalecimento do Cooperativismo elaborado

Dois Centros Pblicos do Artesanato e da Economia Solidria implantados 100.000 pessoas cooperadas

Entregas 201110 Praas Saudveis iniciadas Cinco ncleos de referncia e orientao a prticas de exerccios fsicos implantados Seis Caravanas Esportivas e Culturais realizadas (6.000 participantes)

2012-201478 Praas Saudveis construdas 73 ncleos de referncia e orientao a prticas de exerccios fsicos implantados 36 Caravanas Esportivas e Culturais realizadas (36.000 participantes)

Quatro Bancos Comunitrios estimulados e trs Bancos apoiados

15 Bancos Comunitrios implantados

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Desafio - Promover a incluso socioprodutivaEstratgias Projetos/AesFomento e fortalecimento do projeto Empreendedor Individual Criao da Carteira de Habilitao (CNH) Social Promoo da qualificao social e profissional

Desafio - Reduzir a pobreza e erradicar a extrema pobreza2012-201460.000 empreendedores individuais formalizados 8.000 CNH Social concedidas 45.000 vagas ofertadas

Entregas 2011Projeto Empreendedor Individual implantado 1.000 CNH Social concedidas 15.000 vagas ofertadas

Estratgias

Projetos/AesFortalecimento da Rede de Proteo Social Bsica e Especial Integrao do SUS e Suas, para acompanhamento e fortalecimento familiar Aumento da efetividade do Cadnico Regulamentao e fortalecimento do Fundo de Combate Pobreza

Entregas 201120 Cras construdos e/ou reformados, equipados e em funcionamento Projeto Agente de Desenvolvimento da Famlia elaborado e implementado 70% do cadastro de famlias com perfil Bolsa Famlia atualizado Fundo de Combate Pobreza regulamentado

2012-201425 Cras e 12 Creas construdos e/ ou reformados, equipados e em funcionamento

Fomentar a criao de oportunidades de trabalho e renda

Consolidar e fortalecer o Sistema nico de Assistncia Social (Suas)

Fortalecer a qualificao do trabalhador

Desafio - Tornar o Estado reconhecidamente um garantidor dos Direitos HumanosEstratgiasEstruturar a poltica estadual de Direitos Humanos

Fortalecer os Programas de Transferncia de Renda

Projetos/AesElaborao do Plano Estadual de Direitos Humanos

Entregas 2011 2012-2014Plano Estadual de Direitos Humanos elaborado e implantado

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ATENO INTEGRAL SADEO estado de sade de um grupo populacional determinado pelas condies culturais, ambientais e socioeconmicas em que ele vive. Portanto, a sade aparece como elemento estruturante do desenvolvimento sustentvel face importncia da qualidade de vida para alcan-lo. Entre 2003 e 2010, o foco da atuao do Governo Estadual na rea da sade, anteriormente restrito prestao de servios, foi ampliado para incorporar a regulao e o financiamento. Nesse perodo, o resgate da sustentabilidade das contas pblicas propiciou a ampliao dos servios, mediante investimento na rede prpria, apoio s redes filantrpicas, contratao via SUS de leitos privados e apoio aos municpios, particularmente na construo de unidades de sade. Em que pese a evoluo nos servios, os nmeros mostram que ainda h muitos avanos a realizar. Mesmo ocupando posio relativamente melhor que a do Brasil e do Sudeste nos indicadores de mortalidade infantil e na proporo de equipes de sade da famlia, o fortalecimento da ateno primria coloca-se como uma das aes prioritrias no campo da sade. O Governo do Estado pretende ampliar o acesso e a qualidade dos servios de ateno primria mediante a construo de pronto-atendimentos (PA), unidades de sade da famlia e implantao de farmcias cidads, considerando tambm a qualificao profissional dos servidores. Esta ao ser imprescindvel para reduzir a mortalidade infantil/neonatal e a mortalidade materna, bem como para prevenir as complicaes resultantes das doenas crnicas. Segundo a Organizao Pan-Americana de Sade, governos que baseiam seus sistemas de sade na ateno primria colhem melhores resultados.

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Tabela: Indicadores de sade e estrutura fsica de atendimento. Brasil, Sudeste e Esprito Santo 2009Mortalidade infantil Proporo de equipes de Sade da Famlia por 10.000 famlias 6,2 4,6 6,5 Proporo de mdicos por 1.000 habitantes 1,5 1,9 1,7 Proporo de leitos por 1.000 habitantes Total de Leitos 2,5 2,5 2,2 Leitos SUS 1,8 1,7 1,6

mdia nacional. Esse quadro coloca em foco a necessidade de ampliar e aperfeioar os servios de mdia e alta complexidade, visando a minimizar os agravos.Percentual da populao residente segundo declarao de doenas crnicas, Brasil, Sudeste e Esprito Santo, 2003 e 2008.

Brasil Sudeste Esprito Santo

14,8 13,2 12,0

Fonte: SIM/CNES/DATASUS Elaborao: IJSN

Os indicadores de sade e estrutura fsica de atendimento populao corroboram a necessidade de ampliao da rede pblica, uma vez que o Esprito Santo encontra-se em situao relativamente pior que a do Brasil e da regio Sudeste nesse quesito. Mais do que simplesmente ampliar a rede com a reforma e construo de hospitais, pronto-socorros e maternidades, o Governo vai trabalhar para moderniz-la, com a integrao dos sistemas de servios de sade. Uma vez que parte da demanda por servios de sade, sobretudo aqueles oriundos da violncia, podem ser evitados por meio de aes intersetoriais (como educao para o trnsito, preveno dos agravos por causas externas, entre outros), as aes das diversas secretarias estaduais e dos municpios devero ser integradas. Alm disso, necessrio o aperfeioamento da gesto em sentido amplo, abarcando a desburocratizao dos processos e o aprofundamento da utilizao de tecnologias da informao para agilizar o atendimento ao usurio. No plano demogrfico, o envelhecimento da populao, os novos padres de consumo e o estilo de vida moderno acarretaram mudanas no perfil epidemiolgico do Estado, caracterizadas pela supremacia das doenas crnicas no transmissveis. importante observar que a mdia de incidncia de doenas crnicas no Esprito Santo permanece superior

Fonte: PNAD Suplemento Sade 2003-2008 Elaborao: IJSN

Formulando alguns pontos para o planejamento dos prximos anos Neste eixo, as aes de Governo na promoo da sade da populao so compreendidas como um conjunto amplo e complexo de atividades e investimentos que passa pelas condies bsicas de habitao-moradia, saneamento, abastecimento de gua, educao, cultura e comportamento alimentao, higiene, exerccios fsicos. Alm disso, considera de modo determinante a existncia de fatores relacionados com as condies econmicas dos diversos segmentos da sociedade. Os programas dessa rea devero prover uma oferta de servios que cumpra o preceito de que a sade um direito de todos, o que prope o desafio de abranger os segmentos de menor renda ou mesmo os excludos, seja do mercado formal de trabalho ou marginalizados por situaes diversas. O Governo Estadual deve assumir a funo de articulador dos trs nveis da Federao, com vistas a ampliar a cobertura dos diversos servios de sade e, ao mesmo tempo, garantir elevados ndices de resolutividade. Isso envolver programas e projetos em horizontes de curto e longo prazos, impondo-se

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o reconhecimento de que problemas estruturais no podero ser plenamente resolvidos no mbito temporal deste Plano, mesmo alados condio de adequada prioridade. A gesto das polticas e dos ativos da rea de sade no mbito estadual tambm considera as funes de regulao do sistema pblico, as iniciativas de co-financiamento e a prestao dos servios de maior complexidade. O que bastante para informar a prioridade que o planejamento e a estruturao de sistemas gerenciais eficientes devem merecer. Por outro lado, j existe no pas um modelo geral, o Sistema nico de Sade (SUS), bem definido e reconhecido pela eficincia demonstrada at agora, cabendo aos entes envolvidos o planejamento das aes necessrias ao seu pleno funcionamento no respectivo territrio.

Desafio - Fortalecer a ateno primria como ordenadora da rede de sadeEstratgias Projetos/AesElaborao do Novo Plano Diretor de Regionalizao e Investimentos (PDRI) Construo de unidades de sade da famlia Ampliao da qualificao do profissional mdico em urgncia e emergncia e gesto da clnica Implantao do cofinanciamento da Ateno Primria Sade com Contrato de Resultados Construo de Pronto-Atendimentos Implantao de Farmcias Cidads Municipais

Entregas 2011Novo Plano Diretor de Regionalizao e Investimentos elaborado 34 unidades de sade construdas 120 profissionais mdicos em urgncia e emergncia e gesto da clnica qualificados

2012-2014Novo Plano Diretor de Regionalizao e Investimentos em implantao 20 unidades de sade construdas 500 profissionais mdicos em urgncia e emergncia e gesto da clnica qualificados

Ampliar o acesso e a qualidade dos servios de Ateno Primria Sade

Modelo de cofinancimento da Ateno Primria Sade definido

78 municpios contratualizados

Trs PAs construdos Dez farmcias cidads municipais implantadas

Dois PAs construdos

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Desafio - Ampliar o acesso ateno secundriaEstratgiasConsolidar a descentralizao da assistncia farmacutica

Desafio - Integrar Sistemas de Servios de SadeEstratgiasConsolidar a regulao do acesso a consultas, exames especializados e internaes

Projetos/AesImplementao da Farmcia Cidad Estadual Apoio formao e participao em consrcios pblicos intermunicipais e interestaduais Implantao de Centros de consultas e exames especializados

Entregas 2011Quatro farmcias cidads estaduais implementadas Sete consrcios pblicos de sade em funcionamento Um centro de consulta e exames especializados implantado 12 consrcios pblicos de sade em funcionamento Trs centros de consulta e exames especializados nas microrregies implantados

Projetos/AesImplantao das centrais de regulao de acesso a consultas e exames Implantao de transporte sanitrio e Centros de Apoio

Entregas 2011Duas centrais macrorregionais de regulao de acesso a consultas e exames implantadas Projetos para transporte sanitrio e Centros de Apoio elaborados 60 leitos hospitalares criados e cinco Centros de Tratamento ao Toxicmano concludos Padro de parceria com as entidades da sociedade civil para recuperao de dependentes estabelecido

2012-2014

2012-2014Uma Central Estadual de Regulao implantada Transporte sanitrio Implementado e dois Centros de Apoio concludos 221 leitos para usurios de lcool e/ou drogas criados e sete Centros de Tratamento ao Toxicmano concludos

Regionalizar o acesso mdia complexidade

Organizao da Rede de Sade Mental, lcool e outras drogas

Desafio - Melhorar a qualidade e a resolutividade da assistncia hospitalarEstratgias Projetos/AesReforma e ampliao do Hospital So Lucas Construo do Novo Hospital Drio Silva Construo do Novo Hospital Infantil de Vitria Ampliao de leitos de UTI e semiintensivo

Entregas 2011Hospital So Lucas com reformas em execuo Hospital Drio Silva com obras em execuo Projeto executivo do Novo Hospital Infantil de Vitria concludo 50 leitos UTI e semiintensivo ofertados

2012-2014Hospital So Lucas em funcionamento Hospital Drio Silva inaugurado e em funcionamento Novo Hospital Infantil de Vitria concludo e em funcionamento

Implantar as redes assistenciais Formao de grupo intersetorial para integrao das polticas de sade, assistncia social e educao Organizao da Rede de Ateno de Urgncia

Ampliar e modernizar a infraestrutura

Protocolos de Atuao Integrada definidos (Subcomit formado) Trs pronto-socorros especializados contratualizados

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PREVENO E REDUO DA CRIMINALIDADEO crescimento