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PICADA DE ARANHA MATA? Angelina Girellí Moraes f muito comum ouvirmos esta pergunta e, in~eliz,!,ente, a m~oria das ~ ~ pessoas pouco ou nadasabesobreesses ammalS,fazendoJulgamen- ~ ~ tos errôneos quanto à periculosidadedesta ou daquelaaranha. ~ Para o leigo, o que importa é o tamanho. Quase todo mundo se assusta" " ao ver uma aranha enorme, peluda, como, por exemplo, a caranguejeí- " ~ /ra - dessas que vemos em filmesde terror - e não dá a mínimaaten- / ção àquelas pequeninas que sempre aparecem em casa e no jardim. O objetivo deste artigo é mostrar quão errada é essa idéia, apresentan- do as principais aranhas brasileiras que podem trazer problemas ao ho- mem, bem como o que se deve fazer em caso de acidente. ~ ~ Agr8decí'mentos' ,.. - Aranh; verdadeir~, Argiope argé'ntata; em sua posição de espera. Agradeço à Dra. Sylvia Marlene Lucas, díretora da Divisão de Esta aranha não sai para caçar ou procurar alimento;fica nessa posi- \ Biologiado InstitutoButantan,pela valiosa colaboração, revisando o ção esperando que sua presa caia na teia. Quando isto acontece, sai textoe ajudandonaelaboraçãodasfiguras. de seu repousoe ataca a vítima, em geralum inseto,enVOlvend ~ a Agradeço também à Sra. DelmindaVargas Travassos, a Maria com fios de seda e picando-a. Dependendo de seu apetite, no mo- Aparecida de Paula é a Gilberto R. de Menezes pela confecção dos mento, a aranha se alimentaou não. Seu veneno não é prejudicialpa- ~~'Z~~~ ~ ~/ / ~ / / /

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PICADA DE ARANHA MATA?Angelina Girellí Moraes

f muito comum ouvirmosesta perguntae, in~eliz,!,ente,a m~oriadas ~ ~pessoaspoucoou nadasabesobreesses ammalS,fazendoJulgamen-~ ~tos errôneos quanto à periculosidadedesta ou daquelaaranha. ~Parao leigo, o que importaé o tamanho. Quase todo mundo se assusta" "

ao ver uma aranha enorme, peluda, como, por exemplo, a caranguejeí- " ~/ra - dessas que vemos em filmesde terror- e não dá a mínimaaten-

/ ção àquelas pequeninas que sempre aparecem em casa e nojardim.O objetivo deste artigo é mostrar quão errada é essa idéia, apresentan-do as principais aranhas brasileiras que podem trazer problemas ao ho-mem, bem como o que se deve fazer em caso de acidente.

~~Agr8decí'mentos' ,.. - Aranh; verdadeir~, Argiope argé'ntata;em sua posição de espera.Agradeço à Dra. Sylvia Marlene Lucas, díretora da Divisãode Esta aranha não sai para caçar ou procurar alimento;fica nessa posi-

\ Biologiado InstitutoButantan,pela valiosa colaboração, revisando o ção esperando que sua presa caia na teia. Quando isto acontece, saitextoe ajudandona elaboraçãodas figuras. de seu repousoe atacaa vítima,em geraluminseto,enVOlvend

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Agradeço também à Sra. DelmindaVargas Travassos, a Maria com fios de seda e picando-a. Dependendo de seu apetite, no mo-Aparecida de Paula é a Gilberto R. de Menezes pela confecção dos mento, a aranha se alimentaou não. Seu veneno não é prejudicialpa-

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OS DOIS TIPOS DE ARANHAS

As aranhas dividem-se em dois grandes grupos:Aranhas Caranguejeiras (Orthognatha) e Aranhas Verda-deiras (Labidognatha). O reconhecimento desses dois gru-pos se faz pela maneira como os ferrões se movimentam:se a aranha, ao picar, movimenta os ferrões verticalmen-te, de cima para baixo, é uma aranha caranguejeira; se os

Fig. 1.A - Aranha Caranguejeira. Vistaventral.

movimenta horizontalmente, fechando-os como uma te-

naz, é uma aranha verdadeira. Todas as aranhas que sãonocivas ao homem pertencem ao grupo das verdadeiras,daí a importância desse reconhecimento. Convém notar,entretanto, que nem todas as aranhas verdadeiras são no-civas.

Fig. 1.B - Aranha Verdadeira. Vista ventral. Ferrões co-mo uma tenaz.

COMO VIVEM AS ARANHAS

As aranhas verdadeiras são cosmopolitas, vivendoalgumas sobre o solo, onde procuram abrigo sob pedras,troncos caídos, folhas, etc.; outras, em árvores ou arbus-tos, construindo belas teias; outras, ainda, debaixo da ter-ra, cavando túneis, os quais são revestidos com umasubstância sedosa e se comunicam com o exterior atra-

vés de uma tampa. Possuem, em geral, hábitos noturnos,são ovíparas e constróem uma bolsa para guardar osovos (a ooteca). A cada eclosão nascem desde algumasdezenas atÉ:mais de mil filhotes.

As aranhas, em geral, vivem apenas alguns meses,mas há certas espécies que podem durar anos. São carní-

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voras, alimentando-se preferencialmente de animais vivos(insetos, pequenos roedores, comundongos recém-nascidos, etc.); seus inimigos naturais, além do homem edas próprias aranhas (que se devoram mutuamente), são:o sapo; répteis, como o lagarto, a lagartixa e o camaleão;os pássaros; a galinha e pequenos mamíferos roedores.Antes do acasalamento, há uma espécie de dança, ondeo macho espera o momento apropriado para a cópula, fu-gindo logo após, sob pena de ser atacado pela fêmea eaté morto.

Geralmente, as aranhas não são agressivas, picandoapenas quando molestadas.

ARANHA ARMADEIRA (Phoneutria nigriventer)

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É a mais agressiva de todas e por isso os acidentessão muito freqüentes. Mede mais ou menos 3,5 cm decorpo e tem pernas longas, de aproximadamente 5 cm decomprimento. Seu colorido geralmente é cinza-escuro,destacando-se no dorso do abdomem fileiras de manchasclaras, dispostas obliquamente.

É comum na natureza, principalmente em bananeiras(nos vãos dos caules e nos cachos verdes) e, eventual-mente, pode entrar nos quintais e esconder-se em pilhasde tijolos, telhas, amontoados de lenha, etc. Ao penetrarnas casas, pode alojar-se dentro de sapatos, atrás de mó-veis, procurando sempre locais escuros onde o perigo deacidente aumenta.

O nome "armadeira" deve-se ao modo como ela rea-

ge ao ser molestada, erguendo as pernas dianteiras, co-mo que enfrentando o inimigo e logo em seguida saltandona direção do mesmo, picando-o.

A dor da picada é violenta, persistindo por algumashoras e irradiando-se por toda a região da parte afetada. Aação do veneno, no homem, é neurotóxica, atingindo pri-meiramente o sistema nervoso periférico e, depois, o sis-tema nervoso central. Queda de pressão, prostração, ton-turas, vômitos, dispnéia, sudorese abundante (principal-mente na nuca), aumento de secreções glandulares e es-pasmos são os sintomas característicos apresentados porum paciente picado pela Armadeira.

Para crianças pequenas ou debilitadas, uma picadade aranha armadeira pode ser fatal, sendo necessária aaplicação do soro anti-aracnídico logo nas primeiras horasapós a picada. O adulto geralmente não precisa tomar so-ro; dependendo da gravidade de seu estado, faz apenasaplicações locais com algum anestésico para aliviar a dor.Sendo tratada adequadamente, tanto para crianças comopara adultos, a picada da armadeira não deixa sequelas.Animais domésticos como o cão, por exemplo, podemmorrer rapidamente devido à ação do veneno dessa ara-nha.

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Fig. 2 - Aranha Armadeira. Vista dorsal, mostrando as,manchas no dorso do abdomem.

Fig. 3 - AranhaArmadeiraem sua posição caracteristi-ca dos momentosem que se vê em perigo.

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ARANHA TARÂNTULA (Lycosa erythrognatha)

É uma aranha de índole mansa que, ao ser descober-ta, prefere fugir, sendo que, às vezes, após frustadas ten-tativas de fuga, coloca-se numa posição semelhante à daarmadeira, sem no entanto atingir o grau de agressividadedesta. Seu comprimento total vai até 2 cm, tendo pernasde 2,5 a 3 cm. Apresenta uma coloração acinzentada, ten-do na face dorsal do abdomem uma seta preta, caracterís-tica dessa aranha. Conhecida também como aranha de

jardim e aranha de grama, vive nos gramados, jardins,campos e prados, nas proximidades de lagoas, etc.

A picada da tarântula não é muito profunda, causan-do uma dor tolerável. O veneno age apenas a nível de te-cido (ação proteolítica), não ocorrendo intoxicação de es-pécie alguma. Na região, aparece uma tumefação, segui-da de vermelhidão e arroxeamento e, finalmente, úma pe-quena ferida. Após alguns dias, há uma necrose do teci-do, que custa a sarar, deixando uma cicatriz indelével.Não há, portanto, perigo de vida e a aplicação de soro nãose faz necessária. Deve-se apenas tratar o local com po-madas antinflamatórias, anti-histamínicas e antibióticas.

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ARANHA MARRON (Loxosceles)

Também é uma aranha de índole mansa, noturna, se-dentária, que se esconde em ambientes escuros e podeconviver com o homem dentro de sua residência sem

causar problemas. É uma aranha pequena, insignificanteaté, medindo 1 cm de corpo e tendo pernas de 1,3 cm.Seu colorido já vem expresso no nome, sendo as pernasum pouco mais claras. Na natureza, vive sob cascas des-prendidas dos troncos das árvores, sob pedras, em bar-rancos cobertos com alguma vegetação e sob pilhas prin-cipalmente de telhas e tijolos, onde constrói teias irregula-res.

Em ambiente doméstico, ocorre em cantos escurosde garagens, atrás de cortinas e móveis, assim como entreo forro e o telhado das casas. Pode penetrar em roupas devestuário ou de cama; quando a pessoa veste a roupa oucomprime a aranha contra o corpo, ao se deitar, acontecea picada. Esta é extremamente delicada, praticamente in-dolor, pois os ferrões penetram pouquíssimo na pele, mes-mo quando a picada ocorre em regiões sensíveis comorosto, pescoço, axilas, seios e parte interna das coxas.

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Fig. 4 - Aranha Tarântula,ou aranha de grama. Vista

dorsal, mostrando a setapreta característica.

Apesar disso e da pouca freqüência de acidentes, pode-sedizer que, para o organismo humano, o veneno da aranhamarrom é o mais ativo que se conhece; além de ocasionarproblemas graves, pode levar uma criança e até mesmoum adulto à morte.

A ação desse veneno é necrosante e hemolítica, pro-duzindo não só chagas cutâneas como também compro-metimentos internos tais como icterícias, graves compli-cações renais e hepáticas e anemias hemolíticas galopan-tes. Dependendo da gravidade do caso, o indivíduo apre-senta os seguinte sintomas: dor intensa após algumas ho-ras ou no decorrer do primeiro dia depois do acidente; for-mação de bolhas, seguida de ferida cutânea nq.região pi-cada; febre, náuseas, vômitos, diminuição da quantidadede urina e modificação da coloração da mesma, que setorna cor de coca-cola. Estes dois últimos sintomas são

considerados como indicativos de que a intoxicação inter-na é grave, havendo sério risco de vida.

Socorrendo-se a vítima nas primeiras 14 ou 24 horasapós o acidente, com aplicações de soro anti-Ioxoscélico(3 a 8 ampolas para adultos e até 1Oampolas para crian-ças), pode-se evitar todos esses transtornos e salvar a vi-da do acidentado. Se eventualmente a chaga cutânea forgrave, poderá ser necessário recorrer-se a uma plásticapara correção do local picado.

Fig. 5 - Aranha Marron. Vistadorsal,destacando-seaspernas longase finas.

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ARANHA VIÚVA-NEGRA (Latrodectus)

nhas se aproximam, na natureza, ou são colocadas juntasnum ambiente pequeno, se atacam e a mais forte mata amais fraca. No caso da viúva-negra, se o macho cai na re-gião de caça da teia, é atacado pela fêmea, que sai vitorio-sa facilmente, pois é muito mais forte, medindo de 8 a 12mm, enquanto o macho geralmente não ultrapassa 3 mm.Entretanto o que ocorre mais freqüentemente é que o ma-cho, que tem vida efêmera, morre logo após o acasala-mento, ficando seu corpo pendurado na teia.

Na natureza, encontramos a viúva-negra em refúgioselevados, feitos com folhas secas, envoltas em fios de se-da tecidos por ela, ou em buracos no chão, ou dentro detroncos ocos, ou sob raízes, formando tocas, as quais sãorevestidas por teias irregulares. Em ambiente doméstico,procura lugares sombrios.

Esta é,talvez, a aranha mais temida popularmente.Quando se fala em aranha perigosa, todos pensam ime-diatamente na viúva-negra, como a mais terrível e mortífe-ra, aquela que, de tão "malvada" e "perversa", mata im-piedosamente seu marido após o acasalamento. Devido aisso e a seu colorido negro (com uma mancha vermelha,el11forma de ampulheta no ventre), é que todos a conhe-cem como "viúva-negra".

Essa crença popular é devida ao fato de serem en-contrados, freqüentemente, machos mortos nas teias daviúva-negra.

Entretanto a agressividade dessa aranha não é um casoespecial, nem se dirige somente ao macho. Todas as ara-nhas se agridem umas às outras, independentemente deserem de sexos opostos ou não. As aranh9.Ssão seus pró-prios inimigos naturais. Quase sempre, quando duas ara-

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Fig. 6 - Aranha viúva-negra em sua teia. Vista ventral,evidenciando a mancha em forma de ampulheta.

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A picada da viúva-negra é extremamente dolorosa eseu veneno, neurotóxico, tem efeitos semelhantes ao daarmadeira. O tratamento soroterápico é indicado se o ca-so for grave ou se o picado for uma criança ou ainda se,na região, já ocorreu algum acidente fatal, provocado poressa aranha. Se for este o caso, é importante que se faça

uma comunicação ao Instituto Butantan, pois, no Brasil,não se conhecem, até hoje, casos fatais documentados.Segundo estudiosos do assunto, as espécies brasileirasnão oferecem grande perigo ao homem, ao contrário deespécies de outros países. onde o temor que inspiram sejustifica, conhecendo-se muitos casos fatais.

ARANHA CARANGUEJEIRA

Apesar de seu aspecto aterrorizante e de seu porteavantajado, as caranguejeiras brasileiras possuem um ve-neno pouco ativo no homem, exceção feita à Trechona,que experimentalmente mostrou um veneno de ação neu-rotóxica. Portanto, em caso de picada por uma carangue-jeira que não seja a Trechona, o tratamento com soro nãoé necessário.

Ao ser molestada, a aranha caranguejeira se defen-de, produzindo uma "chuva" de pelos (raspando a pernatrazeira no abdomem) em direção ao inimigo, pêlos estesurticantes, que provocam uma forte irritação mecânica napele, pois os mesmos possuem minúsculos espinhos. Es-sa irritação se caracteriza pela formação de pequenas bo-

linhas e por uma coceira, assemelhando-se a um cobreiro;por isso as pessoas menos esclarecidas acreditam que aaranha, ao tocar a pele humana. provoca o mesmo. Essairritação pode ser tratada apenas com pomadas antialérgi-cas ou similares. não havendo risco algum para a regiãoatingida.

A aranha caranguejeira, ao invés de ser temida, deveser considerada de grande utilidade, pois, além de possuirum veneno que não é perigoso para o homem, alimenta-se de outras aranhas (inclusive de algumas que são noci-vas) e ainda come insetos, ajudando assim. a manter oequilibrio ecológicà.

Fig. 7 - Aranha Caranguejeira.Vistadorsal. Note-seaabundânciade pelos.

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COMO PREVENIR ACIDENTES COM ARANHASA maneira mais fácil de prevenir acidentes dentro de

casa é vedar todas as entradas possíveis para as aranhas.Aconselha-se a colocação, ao anoitecer, daqueles saqui-nhos compridos de areia atrás das portas, pois as aranhaspenetram facilmente por baixo delas. Se a residência selocaliza na proximidade de terrenos baldios, estes devemser desmatados com freqüência. Deve-se também evitaro acúmulo de lixo e entulho. Muros ásperos não são acon-

selháveis pois permitem às aranhas subirem e alcançaremvãos e fendas de janelas e outras entradas. Nas casas emque as aranhas costumam ser vistas, principalmente emcasas de campos e sítios, nunca se deve calçar sapatosou vestir roupas sem antes examiná-Ios.

A dedetização geral das moradias não é aconselha-da, pois a concentração necessária de inseticida para ma-tar aranhas é muito alta, prejudicando os moradores da re-sidência. O inseticida é eficiente em pequenas doses, ape-

nas quando aplicado diretamente sobre a aranha.

COMO AGIR EM CASO DE ACIDENTESCOM ARANHAS

O Instituto Butantan, em São Paulo, mantém um plan-tão de 24 horas através de seu hospital, para atender pes-soas picadas por animais peçonhentos. É aconselhávelle-var ao Instituto, o mais rapidamente possível, a pessoaque sofreu a picada (principalmente se for criança) bemcomo a aranha que ocasionou o acidente.

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Lá a aranha será identificada e o caso será avaliado

por médicos e especialistas que indicarão o tratamentoconveniente. Se o acidente ocorrer em local distante, quenão disponha dos recursos necessários para socorrer a ví-tima, deve-se procurar as autoridades médicas da região,para que tomem as devidas providências. A FAB muitotem colaborado, transportando pessoas acidentadas até oInstituto Butantan, salvando assim muitas vidas.

COMO COLABORARCOM O INSTITUTO BUTANTAN

O Instituto Butantan fabrica o soro anti-aracnídico e,

para tanto, necessita de aranhas vivas para a extração doveneno utilizado na produçáo do soro. Portanto, ao encon-trar uma aranha, tente capturá-Ia da seguinte maneira: pe-gue um vidro de boca larga, desses que compramos comconservas, emborque-o sobre a aranha, passe uma folhade papel por baixo e desvire-o. Coloque no interior do fras-co um chumaço de algodão embebido em água, fure atampa para permitir a entrada de ar e remeta-o à SEÇÃODE ARTRÓPODES PEÇONHENTOS do Instituto Butantan(Av. Vital Brasil, 1500 - CEP 05503 - São Paulo - SP). Juntocom o frasco, mande seu nome e endereço para corres-pondência. Informe também qual foi o local de captura daaranha.

Dependendo do número de aranhas vivas que vocêenviar, o Instituto Butantan fornece ampolas de soro, numprocesso de permuta.

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PréÔio da biblioteca e vista parcial do parque do ~Jstituto Butantan.

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