mauÉs. o leigo católico no movimento carismático em belém

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7/23/2019 MAUÉS. O Leigo Católico No Movimento Carismático Em Belém http://slidepdf.com/reader/full/maues-o-leigo-catolico-no-movimento-carismatico-em-belem 1/46 XXII ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS GT “RELIGIÃO E SOCIEDADE” O LEIGO CATÓLICO NO MOVIMENTO CARISMÁTICO EM BELÉM DO PARÁ Raymund !"#a$d Mau%& Mestrado em Antropologia da UFPA Professor Adjunto IV Pesquisador do CNPq. 27 a 3 de outu!ro de ""#

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XXII ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS

GT “RELIGIÃO E SOCIEDADE”

O LEIGO CATÓLICO NO MOVIMENTO

CARISMÁTICO EM BELÉM DO PARÁ

Raymund !"#a$d Mau%&Mestrado em Antropologia da UFPA

Professor Adjunto IVPesquisador do CNPq.

27 a 3 de outu!ro de ""#

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Ca$am!u % M&

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O LEIGO CATÓLICO NO MOVIMENTO CARISMÁTICOEM BELÉM DO PARÁ'

Raymund !"#a$d Mau%&'

Mestrado em Antropologia da UFPAProfessor Adjunto IVPesquisador do CNPq.

() In*#du+,

' (estran)amento* so!re o leigo +arism,ti+o

-endo tra!al)ado ini+ialmente +om +atoli+ismo popular entre popula/0esrurais e de origem rural do litoral paraense 1Maus ""4 min)a aten/5o foi despertadafortemente para o +omportamento e as atitudes do leigo atuante no Mo6imento deeno6a/5o Carism,ti+a Cat8li+a 1MCC4 em 9elm Par,. :ssa +ategoria de leigo so!re aqual 6ersa este tra!al)o e a respeito da qual de6erei falar mais minu+iosamente a seguir ao+ontr,rio do leigo no +atoli+ismo popular rural impressiona pelo intenso engajamento nasati6idades da Igreja +onsumindo nisso uma parte !em +onsider,6el de seu tempo li6re.

:m um dos +asos o!ser6ados mais detidamente o de ;<M3=>

* -ra!al)o a ser apresentado no &rupo de -ra!al)o (eligi5o e <o+iedade* durante o ??II :n+ontro Anualda Asso+ia/5o Na+ional de P8s%&radua/5o e Pesquisa em Ci@n+ias <o+iais 1ANP'C<4 a realiar%se emCa$am!uBM& de 27 a 3 de outu!ro de ""#. -e$to pro6is8rio sujeito a +orre/0es e modifi+a/0es. Pede%sen5o +itar sem autoria/5o do autor.*>> :ste tra!al)o +ontou +om a +ola!ora/5o dos estudantes de gradua/5o Maur+io odrigues de <oua

 !olsista de IC do CNPq. e Marinia do <o+orro C. <antos que est, ela!orando sua monografia de +on+lus5ode +urso de Ci@n+ias <o+iais na UFPA tomando +omo tema o Mo6imento Carism,ti+o numa par8quia de um

 !airro perifri+o de 9elm. Agrade/o a am!os pelo au$lio na o!ser6a/5o de e6entos e pelas entre6istasrealiadas. Agrade/o tam!m aos mem!ros do Mo6imento de eno6a/5o Carism,ti+a Cat8li+a que meajudaram na pesquisa e que +on+ederam as entre6istas que foram utiliadas na an,lise. Agrade+imentoespe+ial feito a &uten!erg Pereira de <oua :la de 'li6eira Fil)o e Durema dos <antos &aspar. Agrade/o

tam!m ao CNPq. pela +on+ess5o da !olsa de produti6idade que tem permitido a realia/5o desta pesquisa.* 's nomes dos informantes +omo usual em pesquisas deste g@nero n5o ser5o re6elados por moti6osti+os sal6o nos +asos espe+iais que est5o justifi+ados a seguir. :les foram su!stitudos pelo +8digo +uja

 primeira letra indi+a se se trata de um leigo 1;4 ou um sa+erdote 1<4E o nmero seguinte +orresponde G ordemem que o informante foi registradoE a segunda letra indi+a o grau de instru/5oH primeiro grau 1P4 segundograu 1<4 ou superior 1U4E e a ter+eira o se$oH mas+ulino 1M4 ou feminino 1F4. ' nmero seguinte indi+a aidade seguida de uma letraH se de+larada pelo informante 1=4 ou apro$imada 1A4 no +aso de o informanten5o de+larar a idade. Por e$emplo este informante ;<M3= um leigo 1;4 registrado em primeiro lugarna pesquisa 14 +om instru/5o de n6el de segundo grau +ompleto 1<4 se$o mas+ulino 1M4 +om 3 anos deidade de+larada 1=4.

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en+ontramos um profissional que possui uma pequena empresa onde tra!al)a de segunda a

se$ta no )or,rio +omer+ial +om ajuda de sua esposa alm de fi+ar G disposi/5o de seus

+lientes +om um telefone +elular em outros )or,rios. <eu tempo li6re a partir de sete e meia

da noite dedi+ado G Igreja at por 6olta de de )oras e$+eto nas segundas s,!ados e

domingos. <egunda G noite 1dia em que me re+e!eu +erta 6e em sua +asa para uma longa

entre6ista4 sua ni+a noite de folga nos dias de semana. -er/a%feira ele +oordena um

&rupo de 'ra/5o que se rene de oito Gs de da noite. Na quarta parti+ipa de um outro

&rupo de 'ra/5o que se rene no prdio de apartamentos onde mora . Na quinta dirige a

reuni5o semanal do n+leo do &rupo de 'ra/5o que +oordena Gs ter/as%feiras. Na se$ta

+oordena a reuni5o de um outro &rupo de 'ra/5o em ,rea de in6as5o num !airro perifri+o

da &rande 9elm a Cidade No6a 1no Muni+pio de Ananindeua4 que uma e$tens5o do

mesmo &rupo que se rene Gs ter/as. No s,!ado sua ati6idade quase inteiramentededi+ada G IgrejaH sai pela man)5 +om outros +ompan)eiros pelas feiras e supermer+ados

+om o o!jeti6o de angariar g@neros 1geralmente legumes n5o apro6eit,6eis para a 6enda4

que s5o usados para preparar a sopa a ser distri!uda aos mendigos na noite desse mesmo

dia e na madrugada de domingoE G tarde parti+ipa ati6amente da prepara/5o dessa sopa

so!retudo na ati6idade de super6is5o do tra!al)o que feito por mul)eres at por 6olta de

oito )oras da noite quando retorna a sua resid@n+ia. :le n5o parti+ipa da distri!ui/5o da

sopa o que feito a partir das de )oras da noite por uma outra equipe que n5o parti+ipou

da prepara/5o do alimento. ' domingo seu dia de (folga* pois normalmente nesse dia

s8 parti+ipa da missa. A essas ati6idades somam%se reuni0es mensais do Consel)o

Arquidio+esano do Mo6imento Carism,ti+o que fun+iona na Arquidio+ese de 9elm do

qual mem!ro efeti6o alm de outras e6entuais que podem o+orrer no m@s.

Claro que se trata no +aso de um leigo mais engajado do que a maioria mas

n5o de um +aso t5o raroH ), 6,rios leigos no Mo6imento de eno6a/5o Carism,ti+a

Cat8li+a em 9elm de am!os os se$os que desen6ol6em ati6idades t5o intensas quanto

;<M3=. Um dos +asais entre6istados de+larou enfati+amente que os dois +ostuma6am

ser +ensurados pelos amigos e parentes os quais diiam que eles (n5o mel)ora6am de

6ida* por +ausa de seu engajamento e$+essi6o nas ati6idades da IgrejaE apesar disso o +asal

1 :ssa era a situa/5o 6igente at a po+a da entre6ista realiada em #B"B"7. Posteriormente ;<M3=mudou%se para uma +asa lo+aliada num +onjunto afastado do +entro de 9elm. Por +ausa disso e de outrosfatores essa rotina sofreu algumas mudan/as que n5o s5o aqui referidas.

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n5o se importa6a pois 6i6ia feli e n5o esta6a de fato G pro+ura de !ens materiais.

A o!ser6a/5o desse intenso engajamento dos leigos +arism,ti+os que salta6a

aos ol)os le6ou%me a +on+e!er a ne+essidade deste tra!al)o que 6isa des+re6er e analisar 

mais detidamente o papel do leigo no MCC em 9elm at o ponto em que foi poss6el

 per+e!er esse papel. A+res+ente%se a isso o fato de que na ainda es+assa literatura

antropol8gi+a eBou so+iol8gi+a at agora e$istente no 9rasil so!re eno6a/5o Carism,ti+a

n5o pare+e e$istir J sal6o des+on)e+imento meu J qualquer tra!al)o que trate so!re o papel

do leigo nesse mo6imento 1+f. entre outros 9arros Dr. ""3 Ma+)ado ""K Ma+)ado e

Mari ""7 Mari e Ma+)ado "" 'li6eira et al. "7# e Prandi ""74. 'ra o leigo +omo

!em +on)e+ido desempen)a um papel muito importante na Igreja Cat8li+a e

re+entemente na ltima reuni5o da Confer@n+ia Na+ional dos 9ispos do 9rasil 1CN994

em Itai+ isso fi+ou !em e6iden+iado pelo tema +entral es+ol)ido J (Miss5o e ministriosdos leigos* J e pelo importante do+umento apro6ado 1mas ainda sujeito a dis+uss5o4 J 

(Miss5o e Ministrios dos ;eigos e ;eigas Crist5os* 1+f. CN99 ""# !4.

O -u" &" .a/ $"# n"&*" *#a0a$1

 Neste tra!al)o depois de tentar uma +ompara/5o de +ar,ter genri+o entre

o leigo no +atoli+ismo popular e no Mo6imento Carism,ti+o pro+uro e$aminar os

 prin+ipais tra/os distinti6os do leigo +arism,ti+o +ome/ando +om o pro+esso de

(+on6ers5o*2  por que passa o indi6duo para ingressar no MCC. :m seguida s5o

e$aminados os diferentes tipos de ati6idades do leigo +arism,ti+o 1+om @nfase para as de

+ulto o e$er++io dos di6ersos (dons* as pastorais em que o leigo se engaja as ati6idades

mais e$pli+itamente so+iais !em +omo as de +oordena/5o e dire/5o4. ' e$ame se +ompleta

+om as 6is0es 1dos (outros* dos sa+erdotes e dos pr8prios leigos +arism,ti+os4 a respeito

do leigo +arism,ti+o e deste a respeito dos (outros* 1leigos +at8li+os n5o +arism,ti+ossa+erdotes +at8li+os (protestantes* e outras religi0es +omo um!anda espiritismo et+.4.

2 :ssa e$press5o usada +om freqL@n+ia pelos informantes. Claro que n5o o+orre na maioria dos +asos ofenmeno da passagem de uma religi5o para outra. Na maioria se trata de +at8li+os tradi+ionais n5o

 prati+antes que ingressam na eno6a/5o Carism,ti+a Cat8li+a. Mas o pro+esso est, de a+ordo +om adefini/5o di+ionariada do termo (+on6ers5o*H (o ato de passar dum grupo religioso para outro duma paraoutra seita ou religi5o* 1+f. Aurlio :letrni+oE meu grifo M4.

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A 2"&-u/&a

' tra!al)o parte de uma pesquisa mais 6asta que 6isa faer um estudoantropol8gi+o so!re o MCC em 9elm. A in6estiga/5o de +ampo te6e in+io efeti6o a

 partir de maio de ""7 +om a o!ser6a/5o de reuni0es do &rupo de 'ra/5o (&l8ria no

<en)or* que se rene Gs ter/as%feiras G tarde na 9asli+a de Naar sede da par8quia de

 Naar dirigida pelos padres !arna!itas em 9elm !em +omo das missas de +ura

realiadas tam!m nessa igreja nas primeiras se$tas%feiras de +ada m@s a partir de sete

)oras da noite. ' tra!al)o est, sendo feito +omo foi dito em nota a+ima +om a +ola!ora/5o

de dois estudantes de gradua/5o J Maur+io odrigues de <oua 1Psi+ologia4 e Marinia do

<o+orro C. <antos 1Ci@n+ias <o+iais4 % que parti+iparam desde o in+io dessas

o!ser6a/0es.

O medida que o tra!al)o foi se desen6ol6endo di6idimos nossas tarefas da

seguinte formaH pessoalmente fiquei a+ompan)ando as reuni0es do &rupo (<agrada

Famlia de Naar* que perten+e ao +)amado Projeto gape mais diretamente ligado G

+oordena/5o arquidio+esana do MCC em 9elm que tem +omo finalidade +ongregar as

famlias. :sse &rupo rene%se numa pequena +apela da Par8quia de Naar a +)amada

Comunidade <5o 9r,s. Maur+io J um dos estudantes % fi+ou a+ompan)ando ini+ialmente

o &rupo (&l8ria no <en)or* que +omo foi dito rene%se Gs ter/as%feiras G tarde na sede da

Par8quia de Naar a 9asli+a. Posteriormente passou a a+ompan)ar as ati6idades de uma

das duas Comunidades Carism,ti+as re+on)e+idas ofi+ialmente em 9elm a Comunidade

Mara3 que tem sede pr8pria mas que realia as reuni0es p!li+as de +ulto na Capela de

;ourdes dirigida pelos padres jesutas mas su!ordinada G par8quia de Naar. =essa

forma nosso tra!al)o J meu e de Maur+io J fi+ou +on+entrado na par8quia de Naar que

nos interessa6a parti+ularmente em ra5o de que essa par8quia a sede do +ulto a N. <. de Naar um dos maiores +entros de de6o/5o mariana do 9rasil onde se realia anualmente

o Crio e a Festa de N. <. de Naar. Marinia J a outra estudante que tra!al)a nesta

3 A outra Comunidade Carism,ti+a re+on)e+ida +)ama%se (<emeando +om Maria*E n5o foi poss6el manterqualquer +ontato +om ela nesta fase da pesquisa. Vale lem!rar que a Comunidade <5o 9r,s onde se reune o&rupo (<agrada Famlia de Naar* n5o +onsiderada uma Comunidade Carism,ti+a.4 Meu projeto de pesquisa apro6ado pela UFPA e pelo CNPq. intitulado (' Pente+ostes e a Virgem de

K

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 pesquisa J a+ompan)ou as ati6idades de um &rupo de 'ra/5o +)amado (&l8ria a -i

<en)or* na par8quia de <5o Fran+is+o ?a6ier que ao +ontr,rio da de Naar situada

num !airro perifri+o de 9elm +onstitudo so!retudo por uma popula/5o de !ai$a renda.

:m todos esses &rupos n5o s8 a+ompan)amos as reuni0es p!li+as de

ora/5o ou lou6or +omo tam!m entre6istamos pessoas informalmente ou usando ogra6ador. Parti+ipamos tam!m de outras ati6idades +omo missas reuni0es mais amplas J o Cen,+ulo no dia de Pente+ostes de ""7E a prega/5o de um famoso orador ameri+ano oPe. o!ert =e&randisE a reuni5o arquidio+esana do dia de Pente+ostes de ""# % e a festareligiosa +om no6ena pro+iss5o foguetes missa +ele!rada pelo 6ig,rio guloseimas e tudoo mais do padroeiro <5o 9r,s na Comunidade do mesmo nome da qual parti+iparam n5osomente os mem!ros da C mas tam!m +at8li+os de outros mo6imentos e populares. N5ofoi poss6el parti+ipar de reuni0es de n+leos dos &rupos de 'ra/5oE essas reuni0esaparentemente s5o fe+)adas e preparam as reuni0es p!li+as dos mesmos grupos. Ao todoforam feitas 2Q entre6istas gra6adas +om 2 sa+erdotes e # leigosE destes K )omens e 2mul)eres. =uas mul)eres entre6istadas J a +oordenadora arquidio+esana da C em 9elm e

a fundadora do &rupo (&l8ria no <en)or* +onsiderada por muitos +omo a introdutora doMCC em 9elm J ti6eram suas entre6istas gra6adas em dois momentos diferentes por mim e Maur+io o que produiu resultados interessantes. -odas as o!ser6a/0es foramregistradas em relatos es+ritos no menor tempo poss6el ap8s a realia/5o do e6ento. A pesquisa prossegue ainda estando pre6ista para ser +on+luda somente em mar/o de """.

3) P#/m"/#a& /m2#"&&4"& d" 5a#6*"# 7"n%#/58 5m2a#a+,

5m $"/7 n 5a*$/5/&m 22u$a#

O $"/7 n 5a*$/5/&m 22u$a#

' leigo no +atoli+ismo popular segundo a e$peri@n+ia de pesquisa que ti6e

anteriormente +ara+teria%se em primeiro lugar pela falta de +on)e+imento da doutrina

+at8li+a. Aliado a isso nen)um +on)e+imento de teologia e desinteresse pelos estudos

 !!li+os. <ua atitude religiosa n5o proselitista desde que +on+e!e de modo geral o

+atoli+ismo +omo religi5o natural dos seres )umanosE n5o o!stante o que pensa +omo+atoli+ismo nem sempre poderia ser assim +onsiderado por um sa+erdote J ou por um leigo

+arism,ti+o % espe+ialmente se possuir uma tend@n+ia mais ortodo$a. <ome%se a isso sua

 NaarH A eno6a/5o Carism,ti+a Cat8li+a em 9elm Par,* 6isa entre outras +oisas e$aminar as poss6eis parti+ularidades e$istentes no MCC em 9elm 6in+uladas G importRn+ia do +ulto de Maria nessa +idade.5 Claro que essas afirma/0es podem admitir algum mati. Por e$emplo entre meus informantes em pesquisaanterior +)eguei a en+ontrar um paj que faia refer@n+ias +orretas G 9!lia o que n5o signifi+a6ane+essariamente um interesse pelos estudos !!li+os.

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tend@n+ia a+entuada para um +onsumo religioso autnomo tendo difi+uldade de a+eitar o

monop8lio dos !ens sim!8li+os que segundo 9ourdieu 1"74 tende a ser e$er+ido pelo

sa+erdote.

:ste n5o e$+ludo de +onsidera/5o antes pelo +ontr,rio +onstitui%se num

au$iliar 1quase4 impres+ind6el para o e$er++io das ati6idades religiosas espe+ialmente as

festas de santo nas quais n5o de6e faltar a missa +omo tam!m n5o pode dei$ar de e$istir 

o torneio fute!olsti+o o arraial a pro+iss5o os fogos e o !aile. :ntretanto na sua opini5o

o sa+erdote +omo agente de +ontrole da )ierarquia n5o de6e interferir demasiadamente nas

ati6idades religiosas popularesH ), assim uma tend@n+ia G n5o a+eita/5o das determina/0es

e+lesi,sti+as so!retudo quando elas 65o de en+ontro Gs (tradi/0es* isto aos +ostumes

 populares e tradi+ionais Gquilo que pr8prio da (+omunidade* que afinal o santo

representa +omo em!lema. :ssa n5o a+eita/5o pode +)egar Gs 6ees G re!eldia e$pl+itasem atingir porm na maioria dos +asos o +isma +oisa rara ou mesmo ine$istente na

tradi/5o do +atoli+ismo popular !rasileiro 1+f. Maus ""H"7%"#E +f. tam!m i!eiro de

'li6eira "#H 2K%2K34.

O $"/7 5a#/&m6*/5

D, no Mo6imento Carism,ti+o o leigo se +ara+teria G primeira 6ista pela preo+upa/5o em +on)e+er a doutrina e a (pala6ra* 1Spala6ra de =eus que est, na 9!lia4+omo +ostuma dier. A leitura e o +on)e+imento !!li+o s5o +laramente in+enti6adosH nasreuni0es dos &rupos de 'ra/5o todos portam um e$emplar da 9!lia e um li6ro de +Rnti+os(;ou6emos o <en)or*. <5o de +erto modo a mar+a distinti6a do +at8li+o +arism,ti+o. Uma parte importante da reuni5o dos &rupos de 'ra/5o dedi+ada G leitura e G prega/5o da pala6ra. Na reuni5o do n+leo que prepara a reuni5o p!li+a do &rupo es+ol)ida a pessoa um +on6idado espe+ial mas muitas 6ees um mem!ro do pr8prio &rupo que ir,faer a prega/5o.

 No momento adequado ap8s a leitura em 6o alta que todos de6ema+ompan)ar +om suas pr8prias 9!lias o 1a4 pregador 1a4 pro+ura e$pli+ar o tre+)o lido emuitas 6ees prop0e a (partil)a da pala6ra* isto pede que 6,rios mem!ros do &rupoe$pon)am suas idias e$pli+a/0es ou d6idas so!re o te$to. Os 6ees essa partil)a  pre+edida por uma dis+uss5o em pequenos grupos em que se di6ide a assem!liaH o relator de +ada grupo 6ai para a frente da assem!lia resumir o que foi dis+utido e e$planado pre6iamente seguindo%se depois se ne+ess,rio uma dis+uss5o mais geral. :ssa t+ni+amuito +on)e+ida e utiliada pelos pedagogos pare+e ser !astante efi+iente para promo6er oestudo !!li+o in+enti6ando%se tam!m a leitura em +asa assim +omo a parti+ipa/5o em+ursos e retiros espe+iais promo6idos pelo mo6imento.

#

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'utra +ara+tersti+a do leigo +arism,ti+o +at8li+o sua atitude e seu esfor/o

 proselitista em rela/5o aos demais +at8li+os e n5o +at8li+os. N5o se trata de algo t5o forte e

insistente +omo poss6el +onstatar entre os fiis de algumas Igrejas Pente+ostais mas

+ertamente o pente+ostalismo +at8li+o n5o se +omporta do mesmo modo indiferente dos

demais +at8li+os nem pro+ura naturaliar o perten+imento ao +atoli+ismo +omo se pode

o!ser6ar da parte dos +at8li+os populares. Ao +ontr,rio a ades5o ao (6erdadeiro*

+atoli+ismo pre+isa ser induida e o!tida atra6s de um (aut@nti+o* pro+esso de +on6ers5o.

Ao lado disso poss6el o!ser6ar a maior depend@n+ia do +at8li+o

+arism,ti+o em rela/5o Gs autoridades e+lesi,sti+as. Claro que n5o est, ausente a tend@n+ia

do leigo ao +onsumo mais ou menos autnomo dos !ens sim!8li+os dispon6eis o que

+ertamente refor/ado pelo maior +on)e+imento da doutrina e dos te$tos !!li+os +uja

interpreta/5o pode faer%se de forma mais li6re. Por isso est, tam!m sempre presente da parte das autoridades religiosas a preo+upa/5o +om o +ontrole para e6itar os (e$+essos* e

(fanatismos*.

e+entemente um epis8dio noti+iado pela imprensa dei$ou isso !em +laro.

Um dos prin+ipais jornais de 9elm (' ;i!eral* pu!li+ou mais de uma not+ia em

+olunas espe+ialiadas e em matrias apresentadas +omo reportagens so!re as atitudes do

Ar+e!ispo de 9elm =. Vi+ente Ti+o que teria proi!ido a realia/5o das missas de +ura

 !em +omo nas reuni0es dos +at8li+os +arism,ti+os a o+orr@n+ia do fenmeno da

glossolalia 1(orar em lnguas*4 e o (repouso no :sprito* K. Isso pro6o+ou uma grande

6  A not+ia era +ertamente sensa+ionalista. :m!ora n5o ten)a podido apurar integralmente o fato de6o lem!rar no entanto que em seu do+umento intitulado ('rienta/0esPastorais so!re a eno6a/5o Carism,ti+a Cat8li+a* a CN99 depois de frisar !astante aimportRn+ia do papel do :sprito <anto na 6ida da Igreja fa 6,rias re+omenda/0es aosmem!ros da CC das quais desta+o as seguintesH

a) <o!re a ;iturgia e a +ele!ra/5o da MissaH

(N5o se introduam elementos estran)os G tradi/5o litrgi+a da Igreja ou que estejamem desa+ordo +om o que esta!ele+e o Magistrio ou aquilo que e$igido pela pr8priandole da +ele!ra/5o 1...4. N5o se saliente de modo inadequado as pala6ras da

Institui/5o nem se interrompa a 'ra/5o :u+arsti+a para momentos de lou6or a Cristo1...4 +om aplausos 6i6as pro+iss0es )inos de lou6or 1...4 e outras manifesta/0es quee$altem de tal maneira o sentido da presen/a real que a+a!em es6aiando as 6,riasdimens0es da +ele!ra/5o eu+arsti+a 1...4. 's +antos e os gestos sejam adequados aomomento +ele!rati6o e de a+ordo +om os +ritrios e$igidos para a +ele!ra/5olitrgi+a*.

b) <o!re o (!atismo no :sprito*H

(A pala6ra W9atismoX signifi+a tradi+ionalmente o sa+ramento da ini+ia/5o +rist5. Por isso ser, mel)or e6itar o uso da e$press5o WBa*/&m n E&29#/*X 1negrito no

"

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+omo/5o entre os +arism,ti+os de 9elm. Um sen)or )umilde oper,rio aposentado

mem!ro do &rupo (Famlia de Naar* disse%me que fi+ara muito aflito pois aquela

di6ulga/5o pela imprensa n5o fi+a6a !em para o Mo6imento Carism,ti+oH ele ia perguntar a

=ona :la7 +oordenadora do Mo6imento Carism,ti+o na arquidio+ese e mem!ro do

mesmo &rupo (Famlia de Naar* o que )a6ia de 6erdade naquilo.

Afinal durante as reuni0es dos &rupos de que parti+ipamos o fenmeno da

glossolalia +ontinua6a o+orrendo li6remente !em +omo o repouso no :sprito. ;<M3=

me disse que aquilo era (+on6ersa de jornal*. ;2<F3#A a +oordenadora do &rupo de

'ra/5o do prdio onde mora6a ;<M3= disse que o fato era real mas que )a6ia +ertos

e$ageros no noti+i,rio da imprensaH de fato o que tin)a o+orrido n5o 6in)a (da +a!e/a* de

=. Ti+o mas sim da influ@n+ia do !ispo au$iliar de 9elm =. Carlos Vereletti que por ser 

italiano era mais rgido do que o ar+e!ispo. No entanto n5o esta6am proi!idas de fato asmissas de +ura elas apenas passariam a ser +)amadas a partir de agora de (missas da

 !@n/5o*E tam!m n5o esta6a proi!ido o orar em lnguas nem o repouso no :sprito mas era

ne+ess,rio que se e6itasse essas manifesta/0es em lugares impr8prios ou seus (e$+essos*.

'utras e$pli+a/0es n5o diferiam muito das de ;2<F3#A.

=e modo geral portanto a pala6ra do ar+e!ispo era le6ada a srio em!ora

original4 am!gua por sugerir uma esp+ie de sa+ramento. Poder5o ser usados termos+omo Wefus5o do :sprito <antoX Wderramamento do :sprito <antoX 1...4*.

c) <o!re o dom de +uraH

(Ao implorar a +ura nos en+ontros da CC ou em outras +ele!ra/0es n5o se adotequalquer atitude que possa res6alar para um esprito milagreiro e m,gi+o estran)o G

 pr,ti+a da Igreja Cat8li+a 1...4*.

d) <o!re a glossolaliaH

(' destinat,rio da ora/5o em lnguas o pr8prio =eus por ser uma atitude da pessoaa!sor6ida em +on6ersa parti+ular +om =eus. : o destinat,rio do falar em lguas a+omunidade. ' ap8stolo Paulo ensinaH WNuma assem!lia prefiro dier +in+o pala6ras+om a min)a intelig@n+ia para instruir tam!m os outros a dier de mil pala6ras emlnguasX 1 Cor "4. Como dif+il dis+ernir na pr,ti+a entre inspira/5o do:sprito <anto e os apelos do animador do grupo reunido n5o se in+enti6e a +)amada

ora/5o em lnguas e nun+a se fale em lnguas sem que )aja intrprete*.e) <o!re o (repouso no :sprito*H

(:m Assem!lias grupos de ora/5o retiros e outras reuni0es e6ite%se a pr,ti+a doassim +)amado (repouso no :sprito*. :ssa pr,ti+a e$ige maior aprofundamentoestudo e dis+ernimento* 1+f. CN99 ""4.

'ra se que e$istiu alguma atitude mais e$pl+ita da parte de =. Ti+o pro6a6elmente ele n5o dei$ou de agirde a+ordo +om as diretries !em +laras da CN99 que est5o 6igentes desde ""7 :la de 'li6eira Fil)o. Neste +aso por se tratar de pessoa que e$er+e uma fun/5o de naturea p!li+a e !em+on)e+ida no Mo6imento est, sendo usado o seu nome 6erdadeiro.

Q

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se +riti+asse tam!m os e$ageros da informa/5o jornalsti+a. <8 num +aso pare+e que se

manifesta6a uma esp+ie de (re!eldia*H o +oordenador de um outro &rupo de 'ra/5o que

 pudemos +onsultar so!re o assunto disse que a despeito da proi!i/5o do ar+e!ispo as

ora/0es em lnguas n5o poderiam dei$ar de o+orrer nem o repouso no :sprito. Aqui no

entanto esta6a impl+ita a idia de que o ar+e!ispo n5o poderia nun+a proi!ir uma +oisa que

+onsiderada +omo a pr8pria manifesta/5o da =i6indade em seus fiis.

Apesar no entanto da maior depend@n+ia dos leigos +arism,ti+os em rela/5oGs autoridades e+lesi,sti+as est, !em presente entre eles a +rti+a aos sa+erdotes +at8li+osque n5o a+eitam a (eno6a/5o*. Isso fi+ou !em e6idente desde o momento em que pela primeira 6e entre6istei ;3<FK= J a primeira entre6ista do Projeto. Nessa entre6ista n5ogra6ada realiada em BKB"7 ;3<FK= disse que a CC tem muitos ad6ers,rios mesmodentro da Igreja Cat8li+a e os maiores ad6ers,rios s5o os padres que n5o a+eitam aeno6a/5o. :m 9elm no entanto segundo ela o mo6imento +onta +om apoio de+idido doar+e!ispo =. Vi+ente Ti+o. =e min)a parte retruquei perguntando se a CC n5o tin)a tidoorigem no Con+lio Vati+ano II e ela disse que sim que )a6ia mesmo uma ora/5o do PapaDo5o ??III que fala6a so!re a ne+essidade da Igreja Cat8li+a se reno6ar pela a/5o do:sprito <anto. : que mais tarde o Papa Paulo VI tam!m apoiou a eno6a/5o o mesmoa+onte+endo +om o Papa atual. Apesar disso +ontinua a oposi/5o de alguns padres o quea+onte+e por (orgul)o* da parte deles.

:m sua segunda entre6ista agora j, gra6ada em "BKB"7 ;3<FK= foimenos +ontundente na sua +rti+a. Perguntei so!re o papel dos sa+erdotes e dos demaisreligiosos no mo6imento de eno6a/5o Carism,ti+a e o!ti6e a seguinte respostaH

('l)a todo !atiado +arism,ti+o por e$+el@n+ia porque no momentoem que re+e!e o sa+ramento do !atismo re+e!e os dons do :sprito <anto. : aimportRn+ia dos sa+erdotes na eno6a/5o Carism,ti+a +omo o pastor +uidando de suas o6el)as o papel do pr8prio Cristo nY Cristo preo+upado+om seu re!an)o. :nt5o o papel dos sa+erdotes dentro da eno6a/5oCarism,ti+a o mesmo de seu pastor e suas o6el)as ao qual n8s de6emos anossa re6er@n+ia o nosso respeito nossa dedi+a/5o. Pra n8s uma autoridade.*

<o!re a parti+ipa/5o de sa+erdotes e outros religiosos +omo mem!ros da

eno6a/5o Carism,ti+a disse ;3<FK=H

(A eno6a/5o ela a!erta para todos da +rian/a ao idoso do leigo aoreligioso ou seja +onsagrado... Z !ispo... N8s temos muitos !ispos na

eno6a/5o Carism,ti+a que amam a eno6a/5o que realmente partil)am passo a passo a eno6a/5o. -emos tam!m muitos sa+erdotes que s5omergul)ados na eno6a/5o e temos outros sa+erdotes que n5o simpatiam +oma eno6a/5o 1...4.*

: finalmente quanto G oposi/5o de sa+erdotes G eno6a/5o Carism,ti+aH

('l)a a primeira +oisa que a eno6a/5o quando 6o+@ 1...4 6ai

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aderindo G eno6a/5o 6o+@ 6ai sentindo que e$iste uma ne+essidadefortemente de que 6o+@ seja reno6ado. Porque pre+iso primeiro reno6ar aestrutura fsi+a da Igreja. N5o as +olunas de pedra da Igreja porque tem quereno6ar as +olunas 6i6as que somos n8s 1...4 nossos +ora/0es 1...4. :nt5omuitas 6ees os padres n5o querem a+eitar eles diem que a eno6a/5o

radi+al n5o a eno6a/5o que seja radi+al tanto que ela a+eita 6o+@ +omo6o+@ 6em pe+ador doente sai da ma+um!a 6em pra eno6a/5o 1...4.*

Ao lado dessa +rti+a que en+ontramos em 6,rias entre6istas ), tam!m o

esfor/o feito pelos leigos da eno6a/5o no sentido de (+on6erter* os sa+erdotes que se

op0em ao mo6imento. <o!re isso 6oltarei a tratar mais adiante neste artigo.

:) O $"/7 5a#/&m6*/58 2#/n5/2a/& *#a+& d/&*/n*/.&

O 2#5"&& d" “5n."#&,”

Para entender mel)or o que o leigo no Mo6imento Carism,ti+o Cat8li+o

importante e$aminar +omo se d, a ades5o ao mo6imento que muitos informantes retratam

+omo um aut@nti+o pro+esso de +on6ers5o. -rata%se de um pro+esso +omple$o em que

 podemos en+ontrar 6,rias situa/0es. :m alguns +asos o +arism,ti+o j, era +at8li+o

transitando pois dentro da mesma Igreja ou de uma situa/5o em que se +onsidera6a

+at8li+o (s8 de nome* +omo diem alguns informantes ou de uma situa/5o de +at8li+o

(prati+ante* muitas 6ees mem!ro de algum outro mo6imento +omo o :n+ontro de Casais

+om Cristo 1:CC4 ou o Cursil)o de Cristandade 1+asos mais freqLentes4 para o Mo6imento

Carism,ti+o o que nem sempre representa uma ruptura +om o mo6imento anterior. :m

outras situa/0es mesmo sendo +at8li+o o indi6duo transita antes por outras ofertas

religiosas +omo o pente+ostalismo n5o +at8li+o a um!anda o espiritismo e s8 depois

(+on6erte%se* ao Mo6imento Carism,ti+o. N5o en+ontramos qualquer +aso de pessoa queten)a 6indo de outra religi5o sem antes ter sido +at8li+a. , porm uma situa/5o em que a

 pessoa foi +riada dentro da Assem!lia de =eus foi !atiada na Igreja Cat8li+a +om 7 anos

de idade por influ@n+ia da m5e que se +on6erteu ao +atoli+ismo 6i6eu muitos anos +omo

+at8li+a tradi+ional e j, adulta ingressou afinal no Mo6imento Carism,ti+o.

Muito freqLentemente o ingresso no Mo6imento Carism,ti+o o+orre em

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ra5o de uma +rise de 6ida en6ol6endo desorienta/5o psi+ol8gi+a pro!lemas derela+ionamento difi+uldades finan+eiras doen/a al+oolismo +onflitos familiares et+.eprodu%se nessas situa/0es a +l,ssi+a )ist8ria das +on6ers0es traum,ti+as J +omo a !em+on)e+ida do ap8stolo Paulo J ou a trajet8ria do $am5 en+ontrada em 6,rias formasreligiosas por todo o mundo que tam!m en+ontramos nos pro+essos mais not,6eis de

outras igrejas +rist5s % +omo por e$emplo o +aso da fundadora da Igreja do :6angel)o[uadrangular nos :stados Unidos Aime <ample M+P)erson J e mesmo em relatos+ol)idos entre adeptos de 6,rias outras Igrejas Pente+ostais 1+f. entre outros ;e\is "77EFreston "" Ni+olau ""7 e ot)e ""#4.

:$aminemos algumas situa/0es not,6eis es+ol)idas mais ou menos ao a+aso

 J e que +ertamente n5o +o!rem toda a +omple$idade das situa/0es relatadas % a partir dos

depoimentos dos entre6istados que foram gra6ados durante a pesquisa#.

=ona Durema dos <antos &aspar " que apontada por muitos e se +onsidera

+omo a ini+iadora do Mo6imento Carism,ti+o em 9elmQ sempre foi +at8li+aH

(Nun+a ti6e outra religi5o a n5o ser o +atoli+ismo 1...4. :u fui nas+idana Cidade Vel)a o !airro de 9elm quer dier +at8li+a da Cidade Vel)a.:nt5o eu j, esta6a aqui em Naar !airro e par8quia de Naar quando o6ig,rio padre Miguel &iam!elli italiano atual !ispo de 9ragan/a no interior do Par, +on6idou e n8s ela e o marido +ome/amos a parti+ipar de+omunidades 1...4. :nt5o quando ingressou no MCC j, era da +omunidade e j, perten+ia ao mo6imento do Cursil)o de Cristandade*.

Para e$pli+ar +omo o Mo6imento Carism,ti+o +)egou a 9elm em "73

segundo ela =ona Durema +onta uma longa )ist8ria que pro+uro resumir em seguidaH

(:le o MCC 6eio feito uma +oisa assim muito importante na min)a6ida sa!e porque eu era dirigente ati6a do mo6imento de Cursil)o deCristandade e no Natal de "72 onde as min)as fil)as todas duas +ola6amgrau uns parentes meus de Campo &rande Mato &rosso do <ul 6ieram prame 6isitar 1...4. :nt5o eles 6ieram pra +ola/5o delas fim do ano nY : de presente eles traiam a 6iagem pra le6,%las pra Campo &rande 1...4. Masa+onte+eu que quando esta6a l, na )ora de eles 6iajarem 1...4 min)a fil)a

8 -odos os entre6istados leigos sem e$+e/5o falaram so!re o pro+esso de seu ingresso no Mo6imentoCarism,ti+o.9 Neste +aso +omo no de =ona :la men+ionada a+ima por tratar%se tam!m de uma figura p!li+a in+luo

aqui seu 6erdadeiro nome. Isto feito apenas em rela/5o ao relato de sua +on6ers5o ao MCC e G 6inda domo6imento para 9elm. Como tam!m no +aso de =ona :la os demais depoimentos de =ona Durema+itados neste tra!al)o n5o ser5o identifi+ados.10 'u6i apenas uma +ontesta/5o dessa 6ers5o feita por um leigo ligado ao :CC que se prepara )oje parare+e!er o dia+onato sendo tam!m professor uni6ersit,rio da UFPA. :le n5o perten+e ao Mo6imentoCarism,ti+o mas afirma que sua esposa e seus fil)os s5o +arism,ti+os por isso algumas 6ees freqLentareuni0es p!li+as deste mo6imento. <egundo sua 6ers5o o MCC de 9elm teria tido origem na par8quia de[uelu. N5o foi poss6el no entanto at agora in6estigar mel)or essa 6ers5o.11 <o!re o assunto +f. Maus 1""#4. =ona Durema +on+edeu duas entre6istas em 2QBKB"7 1gra6ada pormim4 e em #B"B"7 1gra6ada por Maur+io4 nas quais repete !asi+amente a mesma )ist8ria.

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menor disse que n5o ia mais e a mais 6el)a queria ir 1...4. : foi assim sa!e umdesentendimento pequeno na famlia sa!eY Foi assim uma +oisa de =eus pramim nY Pra mim eu sei que foi uma +oisa de =eus mas ol)ando numa 6is5oassim so+ial da pessoa que n5o 6i6e muito assim +om a religi5o 1...4 foi assimque )ou6e um +onflito na famlia porque eu nun+a tin)a 6iajado sem meu

marido 1...4. :nt5o era assim um +onflito e o meu marido pra que n5o )ou6esseesse +onflito disse pra mim ir pra a+ompan),%la 1...4.: eu fui pra Campo &rande fui j, daqui j, le6ando assim uma

re+omenda/5o do mo6imento do Cursil)o porque era dois meses que eu ia passar fora n5o podia fi+ar longe do mo6imento 1...4.

Fi+amos na +asa de um faendeiro de Campo &rande que tin)a passado uma fase muito dif+il na 6ida dele ele tin)a fi+ado sem nada equando a+onte+eu essa arrelia na 6ida deles eles tin)am se 6oltado para =eusesta6am assim numa 6olta mara6il)osa que as +oisas esta6am tomando rumo eeles 1...4 n5o se importa6am +om a +rise que esta6am passando 1...4.

: eles me disseramH1 WVo+@ podia ir +omigo agora na igreja do Perptuo <o+orroX.

: me le6aram. [uando +)egou l, j, esta6a se realiando era umareuni5o de &rupo de 'ra/5o da eno6a/5o Carism,ti+a. : +omo elas disseramassimH

2 W'l)a min)a tia 1...4 de 9elm do Par, e ela da 9asli+a de Naar e ela toma parte nas pastorais da IgrejaX.

:nt5o eles me dei$aram entrar. Porque era um &rupo fe+)ado tin)aassim # leigos 2 padres !ispo e K irm5s. :nt5o eu pude entrar porquenaquele tempo era 73 1...4 era fe+)adssima a eno6a/5o o pr8prio !ispo deCampo &rande j, tin)a sido afastado pros :stados Unidos porque ele tin)a umY na eno6a/5o era uma +oisa fora do normal nY 1...4.

:u tomei parte logo na ora/5o eu senti uma +oisa diferente n que eunun+a tin)a 6isto. Mas no mesmo instante que eu senti uma +oisa diferente euol)a6a assim e sentia que =eus tin)a queria alguma +oisa +omigo que eraalguma +oisa que eu de6eria o!ser6ar n5o era pra sair +orrendo nem nada. :assisti a primeira reuni5o assisti at os derramamentos de +arisma porque elestodos eram padres eram leigos j, +onsagrados 1...4. :nt5o ali o Mo6imentoCarism,ti+o naquela tarde derramou muitas +oisas e eu ti6e assim tomei uma pre+au/5o mas senti uma 6ontade imensa de 6er o que seria aquilo. [uando foiG tarde eu sa e eles me +on6idaram para ir no outro &rupo no dia seguinte. Foient5o que eu n5o fui mais 6isitar o Cursil)o de Cristandade 1...4. : fiquei. 's 2meses que eu fiquei l, eu tomei parte +om eles sempre um pou+o des+onfiadamas eu ol)a6a assim e 6ia que tin)a sa+erdotes 1...4.

Passei esses 2 meses e 6im e eles disseram para mim disseramH3 WVo+@ Durema est, le6ando uma mensagem daqui muito grande ent5o quando 6o+@

+)egar em 9elm 6o+@ 6ai 6er o que 6o+@ 6ai faer 6o+@ 6ai 6er o que 6o+@ 6aifaer 6o+@ 6ai 6er o que que o :sprito <anto 6ai l)e darX.

 N5o me disseram fa/a assim fa/a reuni5o n5o 1...4. :nt5o eu j, tin)aum entendimento mas eles n5o me ditaram normas nen)uma e eu 6im meem!ora 1...4*.

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' depoimento de ;UF3A atual 6i+e%+oordenadora de um &rupo de

'ra/5o importante so!re sua +on6ers5o ao MCC dado em entre6ista o!tida por 

Maur+io !em diferenteH

(Posso te dar um e$emplo da min)a 6ida. Casada formada duas

fil)as e meu marido se desen+amin)ou 1...4 :le se jogou ent5o na !e!ida 1...4:u tin)a um )omem do meu lado e eu sa!ia que ele ama6a nossas fil)as mastin)a uma atitude +ada 6e pior. Um )omem formado !oa posi/5o e +ada dia !e!ia mais !e!ia mais foi se auto%destruindo foi perdendo sua auto%estima perdeu todos os nossos !ens prati+amente.

: ao lado disso ele me agredia me agredia agredia as nossas fil)as1...4. ' meu sofrimento era t5o grande 1...4 e eu ta6a 6endo toda a min)a famliadestruda eu ta6a perdendo min)as for/as min)a auto%estima eu n5o meama6a mais n5o ama6a min)as fil)as n5o ama6a meu marido eu n5o tin)amais pa+i@n+ia j, esta6a sentindo repulsa nojo daquele +)eiro da !e!ida 1...4.

A me deu uma 6ontade t5o grande de morrer mas na 6erdade eu

queria +ometer o ato do sui+dio para atingir o meu marido. A eu sa pronta prame matar. Arrumei min)a +asa e n5o disse pra ningum mas sa pra me matar.

Mas quem j, tem o !atismo quem !atiado +rismado amiseri+8rdia de =eus est, ol)ando pra todos n8s e nos impede de faer as+oisas. Nesse dia que eu sa t5o disposta n5o dei$ei !il)ete mas sa t5odisposta eu en+ontrei o -io ;PMK#= e a -ia ;K<FKK= na Pra/a da ep!li+a.:la min)a madrin)a de +risma. A passei por ela e nem en$erguei. A omarido dela disseH

4 WN5o a ;UF3AYXA eu quando es+utei o meu nome eu me 6irei era ela e ele. A eles

me a!ra/aram um a!ra/o 6i6o um a!ra/o de amor. [uer dierH =eus usou

aquelas pessoas. AH% W' que tu 6ais faer aman)5 ;UF3AY -u moras t5o pertin)o 6aina 9asli+a de Naar que tem o en+ontro da eno6a/5o 6ai l, que eu te quero6er l,X.

Meu fil)o aquilo entrou na min)a alma. :u n5o sa!ia o que era aeno6a/5o eu nun+a tin)a ou6ido falar mas aquilo me deu um no6o o!jeti6oaquilo fi+ou na min)a +a!e/a 1...4. :u peguei 6oltei pra +asa... A eu 6im praigreja duas e meia da tarde para o ter/o que ini+ia a reuni5o regular do&rupo de 'ra/5o. Maur+io eu passei a tarde toda +)orando durante a reuni5odo &rupo (&l8ria no <en)or* la6ando a min)a alma morta de 6ergon)a. Aquando a+a!ou a reuni5o o -io ;PMK#= me !eijou e disseH

5 WMin)a fil)a tem todas as ter/as 6en)aX.A eu disse n5o eu n5o 6ou mais 6oltar.:u passei a semana toda me lem!rando da pala6ra do <en)or de

algumas pala6ras que eles tin)am falado fi+ou no meu +ora/5o. : eu 6im...oje eu ten)o o meu glau+oma fiquei +urada da sinusite fiquei +urada

de outras doen/as fsi+as pro6o+adas pelo meu pro!lema na alma. Meu maridon5o !e!e mais min)as fil)as se formaram e eu ten)o um amor tremendo peloirm5o fa/o parte ati6amente integrante da pastoral dos enfermos sinto uma

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alegria um amor imenso de +uidar de um enfermo de +uidar da ferida dele1...4*.

Um depoimento menos traum,ti+o tam!m +ol)ido por Maur+io o de

;7UF3#A que se torna mais interessante por ter sido formulado por uma mdi+aH(:u n5o sei pre+isar o tempo mas eu +ome+ei atra6s de meu fil)o. :u

sou mdi+a e meu fil)o pre+isa6a faer uma +irurgia. A eu entrei na igreja no<antu,rio de F,tima assim por a+aso e l, tin)a um grupo de irm5os daeno6a/5o Carism,ti+a e eu me assustei quando 6i o po6o dan/ando +antando !atendo palmas.

: de repente o sa+erdote perguntou quem esta6a ali pela primeira 6eque se dirigisse at a frente. ' meu fil)o era pequeninin)o e foi. A ele foi eeles impuseram as m5os e eu fiquei assim mais atr,s muito des+rente muitoassustada +om aquilo tudo. :ra a primeira 6e que eu 6ia. A foi quando ele6oltou. Foi andando e 6oltou dormindo. A que eu me apa6orei mais. :u

disseH )ipnotiaram meu fil)o. :u me assustei muito e fui para +asa +om eledormindo.

A +rian/a s8 a+ordou no dia seguinte. :le ia faer uma +irurgia.[uando +)egamos no )ospital toda a equipe pronta tudo pronto era um ris+o a+irurgia dele... : os mdi+os ol)aram e$aminaram e disseramH

6 WMas do que mesmo que a gente 6ai operar o teu fil)oYX7 WC@s t5o !rin+ando n5o lem!ram o que t@m que faerY Z aden8ide e

amigdale+tomiaX.8 WN5o tem nada 6en)a ol)arX.A fui ol)ar e o menino n5o tin)a nada. [uer dier foi uma +ura que

a+onte+eu ali porque na 6spera eu tin)a e$aminado. Foi no dia desta ora/5o.

Aquilo me dei$ou muito intrigada. :u 6oltei G igreja e falei +om o padre Antnio 6ig,rio da par8quia de N. <. de F,tima e perguntei pra ele oque era aquilo e que eu esta6a espantada. :le disseH

9 WA) meio +ompli+ado as o!ras do :sprito <anto n5o s5o assim f,+eis deentenderX.

A eu disseH10 W: +omo que eu 6ou sa!er dessas o!ras do :sprito <antoYX=a pra frente eu fui parti+ipar de semin,rios aprofundamentos e )oje

em dia eu sou engajadssima no Mo6imento Carism,ti+o l, no &rupo <5o Dosque filiado aqui ao &rupo de Naar. ;, n8s temos ministrios de +urali!erta/5o e n8s temos 6isto assim muitas +uras o que eu pensa6a que era s8 na

9!lia que tin)a mas n5o *.

A*/./dad"& d" 5u$*

A prin+ipal ati6idade de +ulto do leigo +arism,ti+o apare+e aos ol)os do

K

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o!ser6ador e$terno +omo a parti+ipa/5o semanal na reuni5o do &rupo de 'ra/5o. 's

&rupos de 'ra/5o e$istem nas par8quias sendo autoriados pelo p,ro+o mas ne+essitando

tam!m de um a6al da +oordena/5o arquidio+esana do mo6imento. -omando o e$emplo da

 par8quia de Naar uma das mais importantes de 9elm temos +on)e+imento pela

 pesquisa dos seguintes &rupos que j, 6isitamosH o (&l8ria no <en)or* fundado por =ona

Durema que se rene na 9asli+a sede da par8quia e que teria dado origem ao MCC em

9elmE o &rupo da Comunidade Mara +om tra!al)o 6oltado para os jo6ens e que

desen6ol6e !astante o (ministrio* da msi+a que tem suas reuni0es p!li+as na Capela de

;ourdesE e o &rupo (<agrada Famlia de Naar* que perten+e ao Projeto gape 6oltado

 para o ministrio da famlia e ligado mais diretamente G +oordena/5o dio+esana do MCC

que se rene na +apela da Comunidade <5o 9r,s. -emos informa/5o mas n5o parti+ipamos

ainda de nen)uma reuni5o de um &rupo que se rene no :dif+io Manoel &on/al6essituado na -ra6essa de A!ril +ongregando os moradores do prdio e de alguma forma

6in+ulado ao (Famlia de Naar*E um &rupo que se rene na Capela de N. <. das &ra/as

situada na A6. Consel)eiro Furtado2 so!re o qual nada sa!emos aindaE e o &rupo (<5o

Dos* que apare+e men+ionado no depoimento a+ima trans+rito de ;7UF3#A. Numa

 par8quia menor e de um !airro perifri+o +omo <5o Fran+is+o ?a6ier que fi+a na

(!ai$ada* 1,rea alagadi/a4 da -ra6essa Mauriti s8 temos +on)e+imento do &rupo (&l8ria a

-i <en)or*.

' leigo +arism,ti+o rene%se semanalmente em seu &rupo de 'ra/5o para

(lou6ar* o que in+lui so!retudo rea e +anto. A reuni5o tpi+a que ten)o a+ompan)ado por 

+er+a de um ano no &rupo (Famlia de Naar* +ome/a de fato um pou+o antes da )ora

mar+ada que oito )oras da noite +om a rea da (deena* do ter/oH de A6e%Marias um

Pai%Nosso e uma <al6e%ain)a. Isto normalmente se fa sentado. [uando a reuni5o +ome/a

de fato as pessoas s5o +on6idadas a se le6antar faer o sinal da +ru e ent5o o

+oordenador indi+a a p,gina do li6ro de +Rnti+os que de6e ser a!erta. 's +Rnti+os +ome/am.

<5o 6,rios. As pessoas agitam as m5os para o alto faem muitos gestos e$pressi6os

dan/am riem to+am umas nas outras di6ertem%se +om muita alegria. Nas pala6ras do

12 :ssa +apela surgiu em 9elm na d+ada de Q de nosso s+ulo a partir de um fenmeno muito noti+iado pela imprensa e que +ausou grande +omo/5o entre os +at8li+osH a imagem de N. <. das &ra/as perten+ente auma sen)ora +)amada =ona Ten8!ia que (+)ora6a*. -emos informa/5o de que =. Ten8!ia ainda 6i6a masn5o foi poss6el faer qualquer +ontato +om ela.

7

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 pr8prio +oordenador do &rupo &uten!erg Pereira de <oua3H

(&eralmente se ini+ia o &rupo +om +Rnti+os alegres n porque n8sentendemos que Gs 6ees as pessoas 6@m +om muitos pro!lemas n pro &rupode 'ra/5o e quando +)ega l, a gente geralmente to+a um +Rnti+o alegre praeles des+ontrarem n porque at tem um efeito psi+ol8gi+o n que!rar aquilo

ali 1...4*.

 N5o o!stante isso apenas o in+io pois segundo o mesmo +oordenador (o

 ponto forte* da reuni5o do &rupo de 'ra/5o ( justamente a efus5o do :sprito*. Para se

+)egar a isso +umprem%se 6,rias fases +ome/ando pela (ora/5o de entrega*H

(Nessa ora/5o 1...4 a gente entrega tudo naquele momento nas m5os do<en)or !aseado justamente na leitura nY WVinde a mim todos os que est5o+ansados e oprimidos que 6os ali6iareiX nY 1...4.*

<eguem%se as demais fases ainda segundo &uten!ergH

(=epois da ora/5o de entrega a gente fa uma ora/5o de perd5o n+om +Rnti+os tudo +om +Rnti+os n e depois da ora/5o de perd5o a gente faum lou6or que tam!mY o ponto forte dos &rupos de 'ra/5o um lou6or a=eus n um agrade+imento por tudo e depois tam!m fa a efus5o do :sprito<anto que o !atismo do :sprito <anto 1...4.*

A ltima +oisa antes do en+erramento da reuni5o a (partil)a da pala6ra* a

que j, me referi a+imaH a leitura do :6angel)o do dia seguida de prega/5o e +oment,rios

dos mem!ros da assem!lia. Nem sempre o+orrem os (testemun)os* em que as pessoas da

assem!lia 65o para a frente do p!li+o narrar +oisas e$traordin,rias que l)es a+onte+eram

muitas 6ees +uras o!ten/5o de 6,rios tipos de gra/as et+ pela a/5o di6ina do :sprito

<anto Gs 6ees +om inter+ess5o de Maria e menos freqLentemente de outros santos.

A efus5o do :sprito ponto alto da reuni5o o momento em que os

(!atiados no :sprito* e$er+em o dom da glossolalia isto o (falar em lnguas*

estran)as. Nas pala6ras de ;#PF33= uma ati6a parti+ipante do &rupoH

(Antes disso n8s j, in6o+amos o :sprito <anto n o =i6ino :sprito<anto. A reamos no6amente o ter/o n que Nossa <en)ora 6en)a agir naquela reuni5o 6en)a +o!rir +om o seu manto n e na )ora quando o

13 -am!m neste +aso optei por re6elar o nome do +oordenador j, que n5o )a6ia +omo omiti%lo pois seriae$tremamente f,+il para quem +on)e+e o &rupo sa!er seu nome. :ntretanto os demais depoimentos de&uten!erg n5o est5o sendo identifi+ados.14 =e fato nun+a pude o!ser6ar que se reasse no6amente o ter/o durante as reuni0esE mas +omum ain6o+a/5o de Nossa <en)ora atra6s dos +Rnti+os e das ora/0es.

#

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&uten!erg +ome/a ele s8 fa +ome/ar uma pala6ra t, entendendo as outras pala6ras n e o mais... N5o &uten!erg que t, falando assim propriamente porque o :sprito <anto que t, +onduindo aquela ora/5o e quando o sen)or 6@ todas as pessoas falando ao mesmo tempo n5o a mesma +oisa porqueelas est5o sendo +onduidas pelo :sprito <anto*.

&uten!erg +)ama aten/5o para o fato de que a estrutura das reuni0es n5o

rgidaH

(Agora +om rela/5o a essa ordem a gente n5o o!ede+e sempre essaordem. Por e$emplo a entrega isso depende muito do +oordenador 1...4. Porquede repente se n8s o!ser6armos assim que o pessoal que parti+ipa do &rupo t,num momento de +lima alegre +on6ersando n 1...4 ent5o a gente entra logono lou6or. Mas se a gente o!ser6a a tristea e tal a preo+upa/5o porque issoda uma psi+ologia do senso +omum 1...4 ent5o a gente fa uma ora/5o deentrega depois um perd5o entendeu e a as pessoas j, se li!ertam n atra6s

da ora/5o porque a ora/5o nada mais do que a for/a do +rist5o*.

'utras ati6idades de +ulto alm dos &rupos de 'ra/5o in+luem a missa as

grandes manifesta/0es que o+orrem durante os Cen,+ulos a parti+ipa/5o em reuni0es de

massa ensejadas pela 6inda de um grande pregador os retiros J entre os quais se in+lui o

+)amado (+arna6al +om Cristo* tam!m +on)e+ido +om outros nomes J e mesmo as

festas religiosas do +atoli+ismo tradi+ional.

:ntre as missas alm da domini+al o!rigat8ria para o +at8li+o 1+om as

 poss6eis alternati6as +omo a missa do s,!ado que su!stitui a de domingo4 desta+a%se a

+)amada (missa de +ura* ou (da !@n/5o*. A mais importante em 9elm a que a+onte+e na

9asli+a de Naar na noite da a se$ta%feira de +ada m@s. Ultimamente pela grande

aflu@n+ia de p!li+o essa missa passou a ser +ele!rada ao ar li6re na pra/a em frente G

Igreja. No final dessa missa que pude o!ser6ar pela primeira 6e quando ainda esta6a

ela!orando o Projeto que resultou nesta pesquisa 1setem!ro de ""K4 um grupo de jo6ens

dan/ando animadamente dentro da igreja de Naar. Nela que se e$er+e mais nitidamente

o aspe+to m,gi+o mais e6idente ligado ao Mo6imento Carism,ti+o. As pessoas 65o para l,em !us+a de +ura de seus males fsi+os e espirituais e o momento +entral da missa dei$a de

ser % +omo seria de esperar numa +ele!ra/5o +at8li+a J o momento da +onsagra/5o do p5o e

do 6in)o para passar a ser o momento da !@n/5o +om ,gua !enta. -odos pro+uram se

apro$imar do altar para serem aspergidos por aquela ,gua 1en+arada +omo feti+)e o!jeto

m,gi+o4 le6ando +onsigo retratos de amigos e parentes !il)etes e outros o!jetos que

"

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 pre+isam ser tam!m to+ados pela !@n/5o do sa+erdote 1que +laramente para a maioria do

 p!li+o +umpre o papel de $am54.

's lderes +arism,ti+os de maior responsa!ilidade e os pr8prios sa+erdotes

faem restri/0es ao +on+eito de missa de +ura mas de +erta forma tam!m a justifi+am

 pensando%a +omo instrumento 6,lido para a e6angelia/5oH

(As missas de +ura 1...4 o nome n5o missa n5o poderia ser missa de+ura porque toda missa +ura a missa o pr8prio memorial da P,s+oa por +ausa de ressurrei/5o de Cristo e quem est, naquela igreja o pr8prio :sprito<anto a pr8pria a/5o de =eus* 1;3<FK=4.

(As pessoas le6am ,gua para !ener. -udo isso a gente gosta 1...4 porque 1...4 tem muita gente que n5o da eno6a/5o Carism,ti+a mas que6em... : o in+enti6o da missa ent5o o padre pede para se +onfessarem+omungarem... Na pr8$ima eles j, 6@m mais +edo eles j, +onfessam ent5o s5o

 pessoas que est5o assim al)eias mas que j, 65o entrando assim em sintonia+om a Igreja Cat8li+a nY

:nt5o agora essas +oisas todas a gente n5o gosta muito a gente famas n5o +omo o o!jeti6o assim mais importante. Importante mesmo a missa...

Agora aqueles sinais de !@n/5o s5o o sinal dos sa+ramentos a ,gua do !atismo aquelas +artin)as aquelas +oisas de +)amar Desus e de lou6ar DesusentendeuY A gente luta muito pra eles faerem uma +artin)a pra Desus ent5o omodo deles falarem +om Desus ent5o eles pensam que aquele !il)etin)o qued5o pra Desus o modo +om que eles falam porque Gs 6ees eles n5o sa!emfalar mas eles es+re6em e a 65o soltando essa li!erta/5o por Desus porque aeno6a/5o Carism,ti+a 6isa !em a li!erta/5o de +ada um de n8s sejamos o que

formos mas se n8s nos li!ertamos para o :sprito <anto Desus pode faer maior 1...4* 1;K<FKK=4.

(-em algumas +oisas que pre+isa orientarH muito !arul)o na missamuita gritaria. -, +erto alguma +oisa pre+isa ser mel)or +onduida 1...4. Aquest5o da ,gua !enta 1...4 a quest5o da distri!ui/5o da eu+aristia a presen/a de pessoas l, no altar difi+ultando a 6is5o dos outros enfim 1...4.

:u tomei essa quest5o da ,gua !enta por queY Porque logo na primeira missa de +ura que eu +ele!rei 1...4 eu n5o joguei ,gua !enta porquea+)a6a... Doga6a s8 naqueles que esta6am ali na frente n5o joga6a em todos...A um leigo su!iu l, no altar tomou a ,gua !enta depois que eu des+i do altar 

e +ome/ou a jogar em todo mundo. :u a+)ei isso uma intromiss5o mesmo deautoridade. As +oisas de =eus t@m que ser organiadas. : assim 6ai.Mas eu penso que a missa de +ura seja um modo para responder G

grande espiritualidade das pessoas* 1<"UM3A um dos diretores espirituais doMCC4.

's Cen,+ulos s5o organiados pelo Mo6imento Carism,ti+o para a

2Q

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+omemora/5o de Pente+ostes. <5o manifesta/0es de massa geralmente organiadas em

est,dios ou em gin,sios que duram o dia inteiro +om muitos +Rnti+os ora/0es

representa/0es teatrais prega/0es +ulminando muitas 6ees +om a +ele!ra/5o da missa.

'utro tipo de manifesta/5o de massa o que pode o+orrer quando um pregador famoso

+on6idado para falar para o +onjunto dos mem!ros do Mo6imento Carism,ti+o. Isso

a+onte+eu em 9elm em janeiro de ""# numa (Noite de 'ra/5o e ;ou6or* a quando da

 prega/5o do padre ameri+ano o!ert =e&randis autor de 6,rios li6ros populares entre os

mem!ros do MCC +omo (' epouso no :sprito* (A Cura pela Missa* (A :fus5o do

:sprito* e (' =om dos Milagres* entre outros. Nessa o+asi5o o+orreram 6,rias +uras

e$traordin,rias +om a parti+ipa/5o da multid5o J +onstituda so!retudo por leigos

+arism,ti+os % tomada pelo :sprito <anto num espet,+ulo 6erdadeiramente

impressionanteK. N5o foi poss6el parti+ipar ou o!ser6ar qualquer semin,rio +urso de

forma/5o retiro ou (+arna6al +om Cristo*. Mas importante registrar a parti+ipa/5o dos

+arism,ti+os nas festas religiosas do +atoli+ismo popular. Isso o+orreu intensamente

durante o ano de ""7 no Crio e na Festa de Naar desde os momentos de prepara/5o da

grande festa quando 6,rias rpli+as da imagem de Nossa <en)ora s5o +onduidas Gs

resid@n+ias permitindo reuni0es espe+iais de ora/5o nos lares da +idade. Pude por outro

lado o!ser6ar mais detidamente a festa em )omenagem a <5o 9r,s promo6ida pela

Comunidade <5o 9r,s +om parti+ipa/5o dos +arism,ti+os do &rupo (Famlia de Naar*

que +ulminou na tardeBnoite do dia 3B2B"# % depois das noites tradi+ionais de no6ena % +om

 pro+iss5o fogos missa +ele!rada pelo 6ig,rio da par8quia de Naar seguida de !@n/5o da

garganta dos parti+ipantes +om a imagem do santo e de uma lauta +eia que tam!m ser6iu

 para +omemorar o ani6ers,rio do p,ro+o re+entemente o+orrido. Nessa festa n5o esta6am

 presentes somente os +arism,ti+os mas tam!m os mem!ros do :CC e os demais fiis da

(+omunidade* que freqLentam a pequena +apela.

15 Para uma des+ri/5o minu+iosa desse tipo de +erimnia o!ser6ada pelo autor em <5o Paulo +f. Prandi1""74.16 Para uma des+ri/5o e an,lise desse importante e6ento +f. Maus 1""#4.

2

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O ";"#595/ d& “dn&”

Para ;2<F3#A +oordenadora de um outro &rupo de 'ra/5o mas quetam!m parti+ipa do &rupo (Famlia de Naar* que 6en)o a+ompan)ando nesta

 pesquisa o (dom de lnguas* o mais (f,+il* de todos os dons do :sprito. =e +erto modo

espera%se que todos os mem!ros da eno6a/5o a+a!em por desen6ol6er esse dom que

+omo sa!ido o sinal mais e6idente entre os pente+ostais 1+at8li+os ou n5o +at8li+os4 do

+)amado (!atismo no :sprito*. :sse +oment,rio feito por ;2<F3#A +ertamente tin)a uma

outra ra5oH que +omo j, freqLento o &rupo (Famlia de Naar* ), 6,rios meses

espera%se que eu tam!m seja to+ado pelo :sprito e manifeste esse mesmo dom. :m 6,rias

o+asi0es os +oment,rios e as pala6ras de ;2<F3#A a mim dirigidos t@m +onduido a istoH

 perguntando%me por e$emplo +om freqL@n+ia o que eu teria (sentido* ap8s um momento

de (efus5o do :sprito* na reuni5o do &rupo de 'ra/5o ou durante a (Noite de 'ra/5o e

;ou6or* em que pregou o Pe. =e&randis.

Alm do fenmeno da glossolalia que pode ser o!ser6ado em todas as

reuni0es dos &rupos de 'ra/5o J e em outros e6entos do Mo6imento Carism,ti+o % s5o

relati6amente freqLentes tam!m as manifesta/0es do dom da profe+ia 1quando algum

fa uma o!ser6a/5o inspirada de +ar,ter doutrin,rio ou moral4 e da interpreta/5o 1quandoalgum anun+ia G assem!lia o sentido das pala6ras que est5o sendo pronun+iadas por 

outros em lnguas estran)as47.

Muito 6aloriado tam!m o dom de +ura que pode ser e$er+ido tanto por 

17 <o!re a interpreta/5o 6er o que est, na nota 7 a+ima. [uanto ao dom da profe+iadi a CN99 em dois de seus do+umentosH

(Na 9!lia profeta o que fala em nome de =eus. <ignifi+a pois um e6angeliador. Z

a +omuni+a/5o de assuntos espirituais aos parti+ipantes de reuni0es +omunit,rias aos quais sedirigem pala6ras de e$orta/5o e en+orajamento 1...4. Z um dom para o !em da +omunidade en5o tem em 6ista ad6in)a/0es futuras

aja grande dis+ernimento quanto ao dom da profe+ia eliminando qualquer depend@n+ia m,gi+a e at supersti+iosa* 1CN99 ""4.

(1...4 -odo profeta a+entua a tens5o es+atol8gi+a e n5o tanto a pre6is5o de +oisas futuras 1...4. Isto distingue a6erdadeira profe+ia do delrio pseudoprofti+o que suprime o uso da ra5o. Nada pois de ad6in)a/0esfuturas nada de magia ou supersti/5o mas grande do+ilidade G a/5o do :sprito <anto grande equil!rio.Mais do que do ann+io do futuro trata%se do ann+io da pala6ra de =eus e da mem8ria de sua alian/a +om oseu po6o* 1CN99 ""# a4.

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sa+erdotes +omo por leigos. Pude o!ser6ar o e$er++io desse dom de modo espeta+ular

durante a prega/5o do Pe. o!ert =e&randis a+ima men+ionadaE mas esse sa+erdote

soli+ita6a sempre que seus ou6intes J na maioria leigos J tam!m impusessem suas m5os

so!re os doentes e de fato no momento da +ura ou6ia%se um +oro impressionante de 6oes

orando em lnguas e parti+ipando ati6amente do ato. Por outro lado o Pe. =e&randis faia

quest5o de repetir 6,rias 6ees que n5o era ele nem as pessoas da platia que esta6am

realiando as +uras e sim o :sprito <anto. As pessoas eram apenas os instrumentos do

:sprito. <5o +omuns as 6isitas dos +arism,ti+os aos doentes nas +asas e nos )ospitais para

faer ora/0es quando tam!m se +olo+a em e$er++io o dom da +ura.

Para o +arism,ti+o entretanto os dons do :sprito n5o s5o apenas aqueles

mais e$traordin,rios +omo os a+ima men+ionados mas tam!m +oisas que representam

)a!ilidades pessoais +omo o dom de to+ar um instrumento ou de +antar ou de pregar a pala6ra. No +aso da prega/5o +omum ou6ir%se o depoimento de que a despeito do

esfor/o de prepara/5o que o pregador de6e faer antes de dirigir%se G assem!lia na )ora da

 prega/5o a pessoa a+a!a por esque+er o papel os planos e as anota/0es e passa a falar de

uma forma inspirada sendo suas pala6ras +onduidas pelo :sprito. Pode o+orrer in+lusi6e

que nesse momento a pessoa passe tam!m a (falar em lnguas*.

A*/./dad"& 2a&*#a/& " &5/a/&

V,rios informantes nas entre6istas pro+uraram re!ater as +rti+as que s5o

feitas ao mo6imento so!retudo por sa+erdotes segundo as quais seus militantes s8 se

 preo+upam em +antar e rear. A quest5o +olo+ada nos seguintes termos por <"UM3AH

(:ssa resist@n+ia que alguns padres ofere+em muito em fun/5o 1...4do des+on)e+imento mesmo do que seja realmente o Mo6imento Carism,ti+o.

 Nos anos KQ 7Q +om aquele +res+imento 1...4 das pastorais so+iais

sa!e da doutrina so+ial da Igreja as C:9s e tudo o mais a quest5o da terraenfim todo o engajamento da Igreja na -eologia da ;i!erta/5o nas quest0esso+iais o que pro6o+ou muito pro!lema para a Igreja e tem pro6o+ado at)oje... N5o tanto porque a teologia esteja errada mas porque muitas 6eese$istem alguns e$ageros... : isso eu a+redito que pro6o+ou in+lusi6e estaop/5o que in+lusi6e foi uma op/5o +lara da Igreja eu a+redito que pro6o+ouuma +erta 6is5o negati6a do Mo6imento 1...4.

Pro6o+ou uma rea/5o um pre+on+eitoH Wum mo6imento de alienados

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um mo6imento de fan,ti+osX. Alienados so!retudo. Por queY Porque s8rea6am s8 +anta6am as +)amadas ora/0es de +ura de li!erta/5o 1...4. :u+on+ordo que algumas +oisas realmente... At por +ulpa nossa que n5osou!emos orientar direito ou at n8s mesmos muitas 6ees de6ido Gempolga/5o enfatiamos +oisas que n5o de6eramos 1...4. :nt5o isso +ria nas

 pessoas um aspe+to meio supersti+ioso et+. '!ser6e que tudo aquilo que milagroso tudo aquilo que fant,sti+o to+a no profundo das pessoas que essen+ialmente msti+o 1...4.

=e qualquer forma esse pre+on+eito foi muito pro6o+ado porque aIgreja fe uma op/5o so+ial ent5o 6eio um mo6imento +om uma propostaaparentemente +ontr,ria. Mas n5o +ontr,ria. oje em dia n8s podemos dier  !em issoH n5o +ontr,ria. Z uma proposta que enraa o )omem numa6erdadeira espiritualidade de 6ida mais sria mais profunda mais 6oltada para=eus. : logo depois o )omem ), de se +omprometer na +onstru/5o de umano6a so+iedade 1...4*.

: +on+lui so!re o tema +om a seguinte o!ser6a/5oH([uer dier 1...4 o que foi que pro6o+ou a de!andada de tantas pessoas

da Igreja de tantos mo6imentos que desapare+eram de tanta persegui/5o em+ima de +lrigos religiosos por queY Porque a @nfase a 6ontade de se guiar  pelo )omem que sofria +ompletamente do ponto de 6ista so+ial fe%nosesque+ermos da dimens5o so!renatural. Por e$emplo n8s religiosos somos)omens de =eus antes de sermos so+i8logos oper,rios tra!al)adores ruraisantes de estarmos +om o )omem do +ampo 1...4*.

;3<FK= foi mais !re6e a respeito do assunto mas a+res+entou +oisas n5o

ditas por <"UM3AH(-em padres que n5o +on)e+em a eno6a/5o e 6@m falar que a

eno6a/5o que os &rupos de 'ra/5o s8 oram mas esque+em que a miss5o daeno6a/5o a IgrejaH WIde e e6angeliai pelo mundoX 1...4. :nt5o todo &rupo de'ra/5o dentro de uma par8quia. : a forma/5o que n8s damos para esses&rupos de 'ra/5o que eles 6i6am fa/am o tra!al)o deles dentro da pastoral paroquial da qual eles se identifiquem 1...4.

:nt5o tem padre que n5o en$erga o tra!al)o da eno6a/5o porque elan5o tem um tra!al)o pr8prio de reno6a/5o pastoralY ela Igreja porque elaest, inserida nas pastorais nas par8quias. :nt5o a ), atritos eles a+)am que aeno6a/5o nun+a fa nada. Mas pelo +ontr,rio a eno6a/5o tra!al)a muito emuito 1...4. :nt5o fi+a Gs 6ees at muito so!re+arregado nas par8quias de6idoquerer mostrar para o padre que est5o tra!al)ando. : os padres Gs 6ees ate$ploram por esse lado*.

;Q<M32A tam!m +oordenador de um &rupo de 'ra/5o de+larou o

seguinte ao pro+urar e$pli+ar as resist@n+ias +ontra a CC em sua par8quiaH

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('l)a dif+il te e$pli+ar isso porque isso da um +ritrio muito dos padres em si na realidade em toda 9elm a eno6a/5o Carism,ti+a tem muitoessa difi+uldade de penetrar na Igreja justamente por +ausa dos dons por +ausada adora/5o que n8s temos a =eus realmente profunda. A gente pro+ura seentregar de +a!e/a +rer mesmo Nele pro+ura meditar e faer aquilo que a

 pala6ra =ele di Gs 6ees at ao p da letra. A gente tenta n5o que a gente+onsiga que a gente seja santo n8s somos pe+adores mas que a gente tentatanto assim...

: Gs 6ees tem +ertos padres que a+)am que +erto e$agero oumesmo que a+)am que a gente s8 fa orar. :les n5o 6@em o tra!al)o que aeno6a/5o num todo fa. :la tem um tra!al)o da pastoral +ar+er,ria tem otra!al)o de ir e6angeliar nas +asas... : a eno6a/5o num todo tem todo essetra!al)o mas ela s8 6ista naquele momento de ora/5o e lou6or pra ele s8isso.*

PerguntaH (Vo+@s faem aqui todos esses tra!al)os t@m pastoraisY

(Aqui na par8quia n8s n5o temos essas pastorais porm n8s estamossendo +on6idados para formar uma pastoral. Isso 6ai depender da autoria/5odo P,ro+o realmente... Mas n5o da sade no +aso 6ai ser pastoral da+omuni+a/5o*.

;<F3A mem!ro do &rupo (&l8ria no <en)or* da 9asli+a de Naar

tam!m se referiu ao tema em entre6ista gra6ada por Maur+ioH

(:u a+)o que a Igreja n5o pode fi+ar al)eia a esses mo6imentosso+iais mas eu a+)o que a prioridade dentro de qualquer mo6imento +at8li+ode6e ser sempre =eus sa!eY N5o de6e ir para esse lado polti+o porque 6o+@

est, ali n5o s8 para pedir mas agrade+er a =eus porque 6o+@ o!ra das suasm5os.:nt5o eu a+)o que n5o tem que ir para esse lado polti+o n5o. A

finalidade a prioridade :le. <e !em que essas outras +ausas esses pro!lemasso+iais a Igreja n5o pode 1...4 dei$ar de faer. Por e$emplo essas o!ras so+iais+omo se fa a no Centro <o+ial da 9asli+a de Naar tra!al)o +om+atequese +om essas +omunidades tra!al)o de sopa para os +arentes essas+oisas... :n$o6al para as m5es solteiras essas +oisas... :ssa parte a Igreja n5o pode dei$ar importante.

Mas a missa tem de ser 6oltada para :le :le :le...*.

' depoimento dos informantes nos mostra +laramente em primeiro lugar

que ), uma ntida +ons+i@n+ia da diferen/a do papel da eno6a/5o em rela/5o aos

mo6imentos e propostas +omo as C:9s e a -eologia da ;i!erta/5o que +olo+am o so+ial

+omo prioridade do tra!al)o da Igreja. Mas tam!m ), uma +ons+i@n+ia de que o tra!al)o

do MCC n5o pode +omo a+usam seus +rti+os limitar%se aos atos de (lou6or* ou Gs

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reuni0es dos &rupos de 'ra/5o. <e se re+on)e+e que o &rupo de 'ra/5o que mais

apare+e +omo a mar+a distinti6a da eno6a/5o os informantes insistem na falta de

+on)e+imento dos +rti+os que n5o per+e!em o engajamento dos mem!ros da eno6a/5o

nas pastorais das par8quias a que perten+em e sua atua/5o no +ampo do so+ial mesmo que

+omo fi+a e6idente a maior parte dessa atua/5o se +ir+uns+re6a ao +ampo do que

 poderamos +)amar de assist@n+ia so+ial.

's informantes falam da atua/5o dos mem!ros do MCC na pastoral

+ar+er,ria da sade da +omuni+a/5o o que in+lui a 6isita e o tra!al)o nas pris0es a 6isita

e o tra!al)o junto aos doentes nas +asas e nos )ospitais o tra!al)o junto Gs (m5es

solteiras* a +atequese alm de um tra!al)o a que d5o grande importRn+ia J e a respeito do

qual j, tratei a+ima % que o da distri!ui/5o de sopa aos mendigos. :sse tra!al)o n5o

feito s8 pelos +arism,ti+os +at8li+os mas tam!m pelos e6angli+os espritas e outrosgrupos. , uma +erta +ompeti/5o entre esses grupos diendo os +arism,ti+os que

entre6istei que sua sopa mais (sa!orosa* e (apre+iada* do que a de outros mas tam!m

a+onte+e e6entualmente alguma +ola!ora/5o entre eles +omo por e$emplo espritas

]arde+istas que Gs 6ees t@m ajudado mem!ros do &rupo (<agrada Famlia de Naar* a

distri!uir sopa nas noites de s,!ado.

A*/./dad"& d" 5#d"na+, " d/#"+,

's leigos no Mo6imento Carism,ti+o t@m grandes responsa!ilidades de

+oordena/5o e dire/5o em!ora )aja sempre sa+erdotes que t@m alguma responsa!ilidade de

+oordena/5o espiritual ou orienta/5o quanto ao mo6imento.

Assim em!ora )aja em 9elm uma +oordena/5o arquidio+esana e uma

+oordena/5o estadual e$er+idas por leigos 1duas mul)eres +asadas +om idades de mais de

Q anos4 ), um sa+erdote que tra!al)a junto a essas +oordena/0esH o Pe. <tlio &ir5oque tam!m formado em Pedagogia e professor uni6ersit,rio.

's &rupos de 'ra/5o nas par8quias s5o +oordenados por leigos mas est5o

de +erto modo su!ordinados aos p,ro+os que os orientam quer diretamente quer J no +aso

das grandes par8quias +omo Naar J atra6s de algum outro sa+erdote designado por eles.

:sses &rupos no entanto atra6s de seus +oordenadores ligam%se G +oordena/5o

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arquidio+esana parti+ipando de reuni0es mensais Gs quais n5o est, ausente o sa+erdote

orientador geral ou +oordenador espiritual da arquidio+ese.

's leigos atuam tam!m de+isi6amente nos n+leos e +onsel)os +omo j,

foi dito a+ima. Cada &rupo de 'ra/5o possui um n+leo que se rene semanalmente para

a6aliar as ati6idades as reuni0es anteriores !em +omo planejar a/0es e as reuni0es

su!seqLentes. , tam!m um +onsel)o arquidio+esano que se rene mensalmente.

: finalmente e$iste ainda uma +oordena/5o na+ional e$er+ida por leigos G

qual se ligam as +oordena/0es estaduais do MCC.

V/&4"& &0#" $"/7 5a#/&m6*/5

O& “u*#&” .<"m $"/7 5a#/&m6*/5

Como s8 entre6istamos pessoas que perten+em ao Mo6imento Carism,ti+o

temos apenas a rigor 6is0es dos +arism,ti+os so!re os leigos +arism,ti+os. N5o o!stante

em alguns depoimentos temos tam!m a narrati6a de +omo essas pessoas 6iam os leigos

+arism,ti+os antes de entrar para o mo6imento. Assim ;<M3= quando era mais jo6em

e mora6a em Do5o Pessoa segundo seu relato di que +ostuma6a passar pela igreja dasMer+@s e

(1...4 6ia aquele pessoal !atendo palma +antando e eu ol)a6a assim pra +ima e 6ia l, a +ru +om Desus l, n pregado e eu me questiona6aH masisso a +at8li+oY C)eguei at a perguntar Gs pessoas que esta6am na entradaH

11 W:ssa igreja de +at8li+oYX=isseH12 WZ.XA o pessoal fala6aH13 WMas o pessoal a que t, em mo6imento.X

1...4*.

 No depoimento de ;<F3A do &rupo &l8ria no <en)or que de+larou que

antes n5o +on+orda6a +om o MCC apare+e tam!m a seguinte refer@n+iaH

(:u a+)a6a que era uma pal)a/ada dan/ar gritar le6antar os !ra/ossa!eY 1...4.

A min)a irm5 sempre me fala6aH

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14 WVamos l, nos +arism,ti+osX.15 W:u n5o eu n5o gosto. :sse neg8+io de ir fi+ar l, e aquela +oisa falando +antando

eu n5o eu n5o 6ou eu a+)o que n5o por aX.:u diiaH

16 W:u 6ou +ontinuar dentro da religi5o +at8li+a mas dentro da min)a lin)aX.

: ela disseH17 WN5o mas 6ai pra tu 6eres +omo tu te sentesX.:u a+)o que a que eu fui to+ada. :u fui e senti. :u fui to+ada. '

:sprito <anto des+eu e pronto n5o foi mais. : eu ten)o le6ado muita gente pral,...*

:m 6,rios outros depoimentos ), tam!m a refer@n+ia de que ao parti+ipar

 pela primeira 6e de uma reuni5o dos +arism,ti+os a pessoa fi+ou !astante surpresa

a+)ando aquilo (muito estran)o*.

's sa+erdotes entre6istados tam!m manifestaram sua opini5o so!re os

leigos +arism,ti+os. <"UM3A foi mais !re6e e 1tal6e4 +autelosoH

(' Mo6imento Carism,ti+o a+ima de tudo eu 6ejo muito na lin)a dafrase de <5o PauloH WAlegrai%6os sempre no <en)orX. :nt5o a alegria do:sprito <anto. A alegria de =eus a alegria do :sprito <anto.

A Igreja de6e ser a+ima de tudo uma Igreja que 6i6e so! a for/a do:sprito. Portanto dinRmi+a ati6a que d, espa/o pra todo mundo. [ue d,espa/o para o religioso para o +lrigo e d, espa/o para o leigo so!retudo parao leigo.

:nt5o o leigo tem as suas fun/0es. -em o leigo que fa prega/5o temo leigo que fa a leitura tem o leigo que fa a +oleta tem o leigo que organia a pro+iss5o e a +ele!ra/5o. -em o leigo que +atequista tem o leigo que agente pastoral tem o leigo que +oordenador de +omunidade enfim.*

D, <2UMA diretor espiritual de um importante &rupo de 'ra/5o

 !astante +rti+o em rela/5o ao +omportamento de +ertos leigosH

(Uma das +oisas que eu ten)o !astante medo o e$agero o fanatismo.A gente tem que estar toda )ora freando toda )ora freando. Porque as pessoasse dei$am le6ar muito forte*.

 N5o o!stante ao ser questionado so!re o e$er++io do +ontrole por parte da

Igreja para +onter os e$+essos foi mais +autelosoH

(N5o a Igreja +omo tal digamos assim o magistrio da Igreja normal. Assim +omo os demais mo6imentos. ' Mo6imento Carism,ti+o n5o t5o espe+ial assim.

:nt5o este a+ompan)amento primeiro que eu a+)o muito !onito uma+ompan)amento de li!erdade entendeY A Igreja n5o fi+a a 6igiando as+oisin)as +omo se fosse... sei l, o qu@. ' a+ompan)amento normal assim

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+omo a+ompan)a os outros mo6imentos.Z l8gi+o que a Igreja de6e fi+ar atenta para n5o permitir estes

e$ageros. : isto depende de +ada um de +ada padre de +ada diretor quea+ompan)a este mo6imento.

' Papa apre+ia muito a eno6a/5o Carism,ti+a Cat8li+a +omo

mo6imento de Igreja lou6a o <en)or por isso mas... a +oisa 6ai indo*.Mas as +rti+as prosseguem em seu depoimento % agora dirigidas n5o s8 aos

leigos +arism,ti+os % tomando porm +omo refer@n+ia as +ele!ra/0es que portam ou n5o o

r8tulo de (+arism,ti+as*H

(:u outro dia na missa eu disseH18 W:u n5o entendo n5o entendo 6o+@s que se diem +arism,ti+os.XA :u+aristia sempre a mesma mas pare+e que o po6o n5o entende

isto. Vo+@ entendeY <e se di que uma missa +arism,ti+a en+)em a igreja esoltam as frangas ali. <e uma missa que eu mesmo +ele!ro no outro lado a

<anta :u+aristia uma missa ali que o pessoal n5o responde.:nt5o questionei outro dia +om os jo6ens ali. A igreja esta6a +)eia de

gente e eu diiaH19 W' <en)or esteja +on6os+oX.: quase ningum respondia quase n5o es+uta6a no altar. :u parei a

<anta MissaH20 W' que est, a+onte+endoY N5o a+redito. -am!m nos +antos... :u n5o a+redito. :u

tra!al)o aqui +om o pequeno grupo dos +arism,ti+os Gs ter/as%feiras e esta igrejaquando n8s +antamos este mesmo +anto fi+a !onito todo mundo +antandolou6ando o <en)or. oje domingo missa dos jo6ens que a igreja est, +)eia degente ningum +anta. ' que est, a+onte+endoY A) 6amos l, 6amos +antar^ A

 p,ra +om esta msi+a a^ Vamos +antar s8 a assem!lia^XFoi um estouro 6o+@ entendeY 1...4. N5o pense que um po6o diferente aquele que 6em nessas missas

+omuns e aqueles que 6@m na se$ta%feira dia das missas de +ura. <5o osmesmos 1...4. Porque e$iste para mim uma ignorRn+ia 6o+@ entendeY Algo que pre+isa mesmo ser +atequiado em nossa Igreja porque tem ainda essas idiasque eu n5o gosto muito n5o 1...4.

:u de6o ser fil)o de =eus 6inte e quatro )oras em 6inte e quatro.:nt5o o meu +omportamento n5o de6e ser assim farisai+o n5o Y

21 WAgora eu sou +arism,ti+o e agora eu sou um +at8li+o +omum e agora eu sou... seil, o qu@X*.

: para refor/ar essa idia da +oer@n+ia no +omportamento do leigo

+arism,ti+o di o mesmo sa+erdoteH

(:u entendo um +arism,ti+o +omo aquele que pro+ura faer a 6ontadedo Pai Celestial sempre. Isto aqui falta muita +oisa ainda para que o nosso po6o possa +ompreender que +oisa 6i6er segundo a dinRmi+a do :sprito<anto que +oisa ser 6erdadeiramente um +arism,ti+o. :$iste uma ignorRn+ia

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muito grande neste sentido e isso um tra!al)o para n8s pastores que de6emosfaer.

:u +om muita alegria fa/o e o po6o mesmo... eles re+on)e+em isso1...4. Na +atequese eles +)egam a aplaudir 6,rias 6ees mesmo quando eu estou pregando. Os 6ees at de p. Porque uma +oisa que eles 6i6em quase que

naturalmenteH22 WPadre eu sou um +arism,ti+o mas eu 6i6o amasiadoX.23 WPadre eu sou um +arism,ti+o mas eu saio +om min)a namorada quase toda noiteX.24 WMas que +arism,ti+o esseY [ue esprito esse que 6o+@ temYX

:nt5o 6o+@ entendeY Vo+@ tem uma di+otomia muito grande entreaquilo que e o que de6eria ser. :u 6ejo assim esta +oisa*.

O& $"/7& 5a#/&m6*/5& 2# "$"& m"&m&

's leigos +arism,ti+os manifestam tam!m sua 6is5o so!re eles mesmos

dis+orrendo por e$emplo so!re o papel do leigo no mo6imentoH

(<em os leigos n5o e$iste Igreja porque quem forma a Igreja o po6o1...4. ' padre soin)o ele n5o 6ai faer nada. Pra quem ele 6ai tra!al)arY

:nt5o a importRn+ia do leigo +omo eno6a/5o Carism,ti+a da Igreja +ola!orar +om a Igreja para que ela +res/a para que ela seja +omo umtestemun)o de =eus na fa+e da terra. Z o papel do leigo +omo um todo mesmona eno6a/5o ou n5o... 'utros mo6imentos isso o seu testemun)o de que)ou6e Cristo na sua 6ida da que parte para tra!al)ar na Igreja* 1;3<FK=4.

(' leigo +arism,ti+o ele fi+a na par8quia dele tudo o que tem na par8quia dele ele parti+ipa. Agora n8s temos uma pastoral que a gente assim parti+ularmente ol)a +om mais aten/5o diem que a pastoral da +ura mas a pastoral do enfermo a pastoral do enfermo que n8s 1...4 tra!al)amos nos)ospitais 1...4.

Prin+ipalmente agora n8s temos tantas pessoas que pre+isa tanta+oisa... Uns que se en+)em de remdio de tanto t8$i+o tanta +oisa e 65o sedestruindo +ada 6e mais... :nt5o o +arism,ti+o tem esse +arisma da ora/5o 1...4.A qualquer )ora o pessoal t, +)amando tem grupo de +ura tem grupo que n8s+)amamos de +ura mas de ora/5o entendeuY [uer dier ent5o esse assim

o nosso +arisma.Agora o que tem na par8quia a gente est, engajada na pastoral nadio+ese e o que o =om Ti+o ar+e!ispo de 9elm +)ama a gente 1...4 assim as+oisas mais forte ele +)ama a eno6a/5o Carism,ti+a porque ela tem feitosa!e e ela 6ai mesmo* 1;K<FKK=4.

(A importRn+ia do +rist5o leigo nada mais do queH eu ten)o o domeu ten)o o dom de +ura ele tem o dom da f ele tem o dom da pala6ra ele tem

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o dom de to+ar um instrumento... :nt5o +ada um importante porque +ada umtem o dom e os dons eles s5o di6ididos eles s5o partil)ados dentro do &rupo1...4* 1;<M3=4.

O& u*#& na ./&, d& $"/7& 5a#/&m6*/5&

's leigos +arism,ti+os manifestam tam!m sua opini5o so!re os outros isto

os n5o +arism,ti+osH outros leigos +at8li+os 1+ursil)istas mem!ros do :CC das C:9s

et+.4 so!re os sa+erdotes +at8li+os so!re o que +omumente +)amam de (protestantes* e

so!re outras religi0es 1geralmente as religi0es medini+as +omo os +ultos de origem

afri+ana e o espiritismo ]arde+ista4.

V,rios dentre os +arism,ti+os entre6istados nesta pesquisa j, eram leigos

+at8li+os alguns perten+entes a mo6imentos +omo o Cursil)o de Cristandade e o :n+ontro

de Casais +om Cristo. 'utros sendo +at8li+os populares 1tradi+ionais4 transitaram

rapidamente por algum desses mo6imentos antes de se fi$ar no MCC. Por isso muito

+omum a refer@n+ia a esses mo6imentosH

(Atra6s do Cursil)o de Cristandade que eu +ome+ei a medesen6ol6er na Igreja 1...4. Aquilo foi penetrando no meu +ora/5o n e foiquando eu fui mudando assim de +omportamento nY 1...4.

' Pe. Miguel &iam!elli 6ig,rio de Naar na po+a ele deu logo aresponsa!ilidade 1...4 me prendeu mesmo 1...4. =epois que eu fi o Cursil)o eledeu logo a miss5o pra n8s dois o informante e sua esposa ;K<FKK=+oordenarmos uma +omunidade 1...4H N. <. das &ra/as naquele tempo eraComunidade -ree 1...4 e da n8s fomos traendo tam!m 6,rias pessoas praIgreja 1...4.

: depois quando o Pe. Miguel &iam!elli 1...4 dei$ou a par8quia a j,6eio o Pe. &io6ani Campo 1...4. A 1...4 apresentaram para ele uma e$peri@n+iade :CC a ele +on6o+ou +asais in+lusi6e eu e min)a esposa fomos pra-ereina 1...4. ;, em -ereina fiemos o en+ontro tudin)o e trou$emos um !o+ado de do+umentos trou$emos 3 +ai$as de l, e aqui n8s tra!al)amos um

m@s noite e dia arrumando as pastas 1...4. A n8s montamos J os +asais +om oPe. &io6ani J 1...4 o mo6imento dando frutos produindo !astante frutos juntamente +om o Cursil)o 1...4.

Mas os dois mo6imentos s5o independentes um do outro.<5o independentes +ada qual 6i6e as suas diretries. ' :CC um

 pou+o mais ado+i+ado. ' Cursil)o j, mais duro e$ige muito do )omem ou damul)er um engajamento entendeuY :$ige mesmo. D, o :CC n5o j, mais...D, d, mais li!erdade* 1;PMK#= marido de ;K<FKK=4.

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 Nem sempre o depoimento dos +arism,ti+os t5o fa6or,6el ou indulgente

em rela/5o a outros mo6imentos de Igreja. Comparando o Projeto gape do MCC que

se 6olta para a famlia e o :CC disse ;#PF33= uma integrante do &rupo (Famlia de

 Naar*H

(' Projeto gape ele a!range a famlia no todo n 1...4 e 1...4 o :CCele distingue assim um pou+o. Vamos dier que o sen)or est, no :CC e a suaesposa J que =eus o li6re J morre ela fale+e ent5o o sen)or n5o pode mais parti+ipar 1...4. Porque a sua esposa simplesmente fale+eu e o sen)or n5o mais+asal entendeu o sen)or j, 6i6o n e n5o pode... A eles o sen)or parti+ipaum pouquin)o e 6ai at o sen)or sair t,Y

' Projeto gape ele a!range o todo sa!e ele a!range assim a 6i6at, ele d, apoio ao 6i6o ele d, apoio G m5e solteira 1...4. ' +asal pode ser n5os8 o +asal a mul)er ela tem 6ontade de ir +om o marido mas o marido n5o

quer 1...4 esse Projeto a+eita a mul)er soin)a at um dia que +onsegue 1...4+om perse6eran/a que ela traga o esposo 1...4. Pode traer os fil)os entendeuY: o :CC n5o o :CC o en+ontro s8 pro +asal 1...4.

' que eu gostei mais do Projeto gape a espiritualidade que o :CCn5o tem n5o e$iste. -em um dia de espiritualidade mas tudo lido no papelsa!eY 1...4 Isso n5o !ate +omigo pra mim tem que ser tudo espontRneo sa!e+omo 6o+@ e =eus o di,logo 6o+@ e =eus 6o+@ +on6ersando +om=eus. Agora t, tudo es+rito todo mundo repete aquilo e eu n5o me identifi+o+om isso sa!eY*.

;#PF33= porm ainda mais dura nas +rti+as ao :CC. :la tem uma longa

)ist8ria de )orror G !e!ida al+o8li+a porque seu pai !e!ia muito e segundo seu relato te6e

de aturar as !e!edeiras dele durante anos. Pedia sempre a =eus que l)e desse um marido

que n5o !e!esse mas para sua de+ep/5o logo seu marido tam!m se entregou G !e!ida. :

s8 se +urou depois de anos ao se +on6erter G Igreja e entrar para o Mo6imento

Carism,ti+o +om uma pequena passagem pelo :CC. <egundo suas pala6rasH

No :CC era um +onflito porque eles traiam pra gente +artelas de !ingo pra gente 6ender +er6eja l, na )ora sa!eY -em que passar a noite6endendo +er6eja. : eu diia pra eles que eu n5o ia faer isso que eles ia me

des+ulpar mas que eu j, ta6a saindo da !e!ida porque se eu ta6a saindo da !e!ida eu n5o ia querer +olo+ar o meu irm5o na perdi/5o sa!eY*.

;3PM= o marido de ;#PF33= entre6istado na mesma o+asi5o

a+res+entouH

(:ssa parte que a ;#PF33= falou realmente n5o nada pessoal +ontrao :CC 1...4. Z um en+ontro mara6il)oso 1...4 realmente ), uma uni5o n 1...4

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n8s temos muitos amigos amigos sin+eros n porque s8 gente !oa quetra!al)a no :CC. Mas tam!m n8s temos muitas pessoas que dei$am muito adesejar sa!e no lado profissional.*

;#PF33=H

(Porque eles n5o faem do :CC o que de6eria ser*.

;3PM=H

(Z n5o de6eria s5o pessoas que realmente n5o le6am a srio esse ladode ser +om Cristo*.

;#PF33=H

(:n+ontro +om Cristo*.

;3PM=H

(:n+ontro de Casais +om Cristo esque+eram*.

;#PF33=H

(Z eles s8 fieram :n+ontro de Casais parou. Com Cristo eles n5ofieram*.

:m 6,rios outros depoimentos 1gra6ados ou n5o4 ), tam!m +rti+as de

diferentes informantes quanto ao :CC na grande maioria rela+ionadas +om o +onsumo e a

6enda de !e!idas al+o8li+as durante as promo/0es do mo6imento. :ssas +rti+as s5o feitas

Gs 6ees por pessoas que se +onfessam e$%al+o8latras que se li!ertaram do 6+io +om a

entrada no MCC e por isso n5o admitem que um mo6imento de Igreja promo6a

a!ertamente o +onsumo do ,l+ool.

, tam!m restri/0es e +rti+as quanto a um engajamento mais so+ial e

 polti+o da parte do +rist5o enquanto mem!ro da Igreja ou quanto a orienta/0es polti+as de

algum mo6imento da Igreja. ;<M23A jo6em parti+ipante da Comunidade Mara ao ser 

indagado por Maur+io so!re outros mo6imentos da Igreja in+luindo as C:9s deu

ini+ialmente a seguinte respostaH(:u te pediria para n5o +omentar so!re outros mo6imentos. Z uma

quest5o s8 de n5o querer julgar ningum. :u ten)o min)a opini5o pr8pria e prefiro fi+ar para mim mesmo...*.

A despeito disso mais adiante no mesmo depoimento gra6ado a+res+entouH

(:u a+)o que o mdi+o se forma pra ser mdi+o o professor se forma

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 pra dar aula e o padre se forma pra falar de =eus. ' padre tem que ser padre sen5o 6ai se formar em padre para ser diretor de +omit@ polti+oY Pra tra!al)ar +om frente parlamentar em alguma +oisaY

A+)o que e$istem mo6imentos pra di6ersas +oisas e dentro da Igreja6o+@ tem de falar de =eus. As pessoas +onfundem muitas 6ees isso...

Come/am a falar de polti+a polti+a de injusti/as so+iais e se esque+em que=eus o +entro de tudo. : o ap8stolo Paulo fala6aH WA f sem o!ras mortaXn5o Y Mas tam!m 6o+@ n5o pode faer somente as o!ras e esque+er da partereligiosa quando isso que realmente o alimento que 6o+@ pre+isa. Vo+@ temde primeiro pro+urar este alimento para depois pro+urar en6eredar por estelado.

:u a+)o que se 6o+@ pro+urar fi+ar !aseado somente nessas pr,ti+as dereligi5o e polti+a juntas 6o+@ n5o +onsegue ter um em!asamento +rist5o*.

;<F32A tam!m perten+ente G Comunidade Mara inquirida ainda por 

Maur+io so!re as mesmas quest0es afirmouH

(Z n5o me preo+upa muito essa quest5o polti+a e+onmi+a 1...4 porque a gente sa!e que isso s5o +oisas passageiras que fi+am aqui. ' que aeno6a/5o prega para mim o que interessa para mim o que eu 6ou le6ar.

:nt5o o que que eu 6ou le6arY Aquilo que Desus +olo+a no meu+ora/5o aquilo que Desus me d, nY :nt5o eu n5o 6ejo por esse lado assim afalta de polti+a na Igreja muito pelo +ontr,rio.

A gente rea muito a gente +on)e+e os pro!lemas do nosso pas agente n5o fi+a alienada. A gente +on)e+e os pro!lemas polti+os do nosso pasda nossa +idade os pro!lemas e+onmi+os que atingem a nossa +idade o nosso pas.

Mas n5o 6ai adiantar a gente fi+ar na rua pregando isso. A gente temque preparar os jo6ens no +aso os +rist5os pra sa!er en+arar essa realidade. : agente s8 en+ara tendo Desus. Porque a gente rea muito +olo+a isso na m5o de=eus. Uma das +oisas que a gente aprende muito +olo+ar as +oisas na m5o de=eus e dei$ar que =eus fa/a a 6ontade =ele na nossa 6ida 1...4. Porque a gente t5o pequeno pra tentar resol6er estes pro!lemas e s8 =eus mesmo poderesol6er*.

;K<M3A ao ser inquirido por Maur+io so!re a diferen/a entre o MCC

e as C:9s respondeuH

(A diferen/a que nas C:9s se fala muito em polti+a n5o Y <efala muito na teologia se fala muito em normas. : na eno6a/5o Carism,ti+ase fala do =eus agora do =eus aqui a+onte+endo. : n5o do =eus dos te8logos1...4 mas o =eus que est, aqui que est, dentro de n8s que n8s re+e!emos o:sprito no !atismo quando +rian/as. Z isso que diferen+ia muito.

[uando o padre 6em falar de polti+a o po6o n5o t, mais a+eitandoisso. ' po6o quer 6ir para a igreja para ter um momento de pa desolidariedade de en+ontro +om =eus. ' po6o n5o est, mais a+eitando isso. -u6@s que isso t, a+a!ando por si mesmo*.

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, algumas 6aria/0es nas 6is0es que os leigos +arism,ti+os t@m so!re os

sa+erdotes o que fi+a por +onta pro6a6elmente das diferentes atitudes 1oposi/5o

indiferen/a a+eita/5o4 que os padres t@m em rela/5o ao MCC e tam!m das diferentes

 posi/0es que o leigo o+upa no mo6imento o que o le6a a +on6i6er mais perto ou maisdistan+iado dos sa+erdotes as e$peri@n+ias 6i6idas em en+ontros +ongressos retiros et+.

 !em +omo de outros fatoresH

('l)a os sa+erdotes eles se igualam +om a gente sa!e +omo fi+aassim uma li!erdade assim t5o grande t5o grande que 6o+@ n5o sa!e quedistin/5o 1...4. 's padres de Apare+ida em <5o Paulo a gente 6@ que +oisamara6il)osa 1...4. :sse Pe. Donas 1...4 ta6a at +ontando pro pessoal esse Pe.Donas pula quando ele t, dando as palestras... : ele j, !em idoso assim masele pula pula e tem uma +omuni+a/5o t5o grande 1...4. :le nem pre+isa dier oque ele quer sa!eY [uando ele fe+)a os ol)os eles os jo6ens msi+os j,sa!em qual a msi+a que eles 65o to+ar 1...4* 1;K<FKK=4.

<o!re a oposi/5o de sa+erdotes ao Mo6imento Carism,ti+o assim +omo

tam!m sua (+on6ers5o* ao MCC disse ;PMK#= entre6istado por mimH

(:u 6ou l)e +itar aqui mesmo na 9asli+a n8s tn)amos um o Pe.Cariati ele 6iajou ), pou+o tempo pra It,lia. :le 1...4 n5o gosta6a da eno6a/5oCarism,ti+a mas n5o gosta6a de 6e em quando ele faia 1...4 ele metia o paunera fala6a sempre*.

<o!re o Pe. Morando &io6anni Marini tam!m italiano re+entemente

fale+ido que foi um dos esteios do Mo6imento Carism,ti+o na 9asli+a de Naar e fora

dela e que +ele!ra6a as missas de +ura mais apre+iadas e +on+orridas pelos fiis disse

tam!m ;PMK#= que no in+io esse padre se opun)a fortemente ao MCCH

(A) ele foi !arreira 1...4 foi !arreira demais 1...4. :le era muito +rti+o.Agora depois que ele se +on6erteu pra eno6a/5o Carism,ti+a ele

deu 6,rios testemun)os 1...4 de um padre +arism,ti+o Pe. Tein)o que 6eioaqui para um :n+ontro e ele fe esse padre sofrer perante os dias que esse padre passou aqui.

:le maltrata6a o padre )umil)a6a o padre entendeuY : +on+lus5o o padre foi foi saiu daqui e sa!e o que ele diiaY

25   WN5o sei se saiu +om rai6a de mim mas ele me a+eita6a me a+eita6a nun+are6idou nada e eu )umil)a6a ele de toda maneira eu n5o a+eita6a a eno6a/5oCarism,ti+a e ele querendo me +atequiar para ser +arism,ti+oX.

A ele fe um en+ontro +om o Papa em oma. -, 6endo aonde foi oPe. MorandoY =essa reuni5o l, +om o Papa J e este padre esta6a tam!m e seen+ontraram l, J e foi a que o Pe. Tin)o 1...4 +onseguiu o Pe. Morando pra

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eno6a/5o Carism,ti+a 1...4.[uando ele 6oltou j, 6eio um pou+o en6ergon)ado de dier que ele

era +arism,ti+o entendeu ele j, 6eio +om 6ergon)a praqui pra+ol, dos outros padres 1...4*.

' mesmo informante tem uma opini5o que reflete !em a su!ordina/5o de+ertos leigos diante da importRn+ia do sa+erdote na Igreja. Ao ser perguntado so!re o papel

dos leigos no MCC e so!re o fato de que os leigos assumem as di6ersas +oordena/0es do

Mo6imento respondeuH

('l)a essa pergunta que o sen)or t, faendo so!re essa situa/5o 1...4eu a+)o que de6eria ser um +oordenador de outra...:ra um padre nera de6eriaser 1...4. Poderia ser mas a+onte+e que a quantidade de padres que n8s temosaqui eles n5o d5o 6en+imento pra e$er+er n5o t@m disponi!ilidade pra e$er+er uma fun/5o dessa +omo +oordenador 1...4. :nt5o +a!e mais aos leigos. Agoraquando e$iste a ne+essidade a n8s re+orremos ao sa+erdote entendeuY*.

D, ;<M3= falando so!re o papel dos sa+erdotes no MCC disse o

seguinteH

('l)a alguns padres eles at assumem a dire/5o espiritual de alguns&rupos. N5o s5o todos. At porque tem alguns padres assim s5o meio assimeqLidistantes assim... :les ap8iam mas eles se mant@m um pou+o assimafastados nY :les n5o parti+ipam ati6amente e tal daquele &rupo nY : elesfi+am mais afastados assim pra 6er justamente os testemun)os at onde 6ai porque de repente eles ap8iam determinado &rupo que por e$emplo Gs 6eesd, em des6io 1...4.

:nt5o a eles se mant@m um pou+o distante at porque os &rupos+omo usam os +arismas n os dons tem muitos padres que 65o G 6isita nYDustamente o uso dos dons a Igreja ela se mantm um pou+o mais eqLidistante+om rela/5o ao uso dos dons dos +arismas nY

Porque alguns padres +r@em que os +arismas os dons n amanifesta/5o desses dons o uso deles s8 e$istiu n praquela primeira+omunidade l, nY : a eles a+)am que depois +essou essa manifesta/5o dosdons dos milagres que a+onte+eram naquela primeira +omunidade. :nt5oalguns padres eles n5o +r@em que os dons se fa/am uso n atra6s de um leigoe tudo ent5o eles se mant@m n G distRn+ia um pouquin)o 1...4.

Mas eu j, 6i 6,rios testemun)os de 6,rios &rupos que eu es+uto j, agente +on6ersando... Os 6ees o padre n5o apoia6a o &rupo e tal de repenteeles oram pelo padre oram pelo padre e o poder da ora/5o t5o forte que o padre foi foi se +)egando se +)egando e a!ra/ou o &rupo da eno6a/5o*.

:sse depoimento muito re+orrenteH a a/5o 1ora/5o4 do leigo +arism,ti+o

agindo so!re o padre +ontr,rio ao MCC e faendo +om que o :sprito <anto toque esse

sa+erdote que a+a!a aderindo de +orpo e alma G eno6a/5o Carism,ti+a.

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Para +ompletar este item so!re as +on+ep/0es do leigo +arism,ti+o a respeito

dos n5o +arism,ti+os 6amos e$aminar ainda algumas falas so!re o que eles +)amam de

(protestantes* e tam!m so!re outras religi0es que lidam +om o transe e a possess5o +omo

o espiritismo e as religi0es de origem afri+ana.

A maioria dos entre6istados seguindo um +ostume popular muito difundido

no 9rasil +)amam de (protestantes* para os pente+ostais n5o +at8li+os#. Como os

 protestantes )ist8ri+os s5o menos 6is6eis no atual +ampo religioso !rasileiro eles

normalmente n5o s5o +on)e+idos ou n5o s5o men+ionados pelos entre6istados. =e modo

geral os pente+ostais s5o 6istos +om simpatia J e$+e/5o feita G Igreja Uni6ersal do eino de

=eus que in6aria6elmente +riti+ada % em!ora n5o estejam tam!m isentos de +rti+as

so!retudo no que di respeito a sua atitude +om rela/5o ao +ulto de Maria.

;PMK#= em seu depoimento ao falar so!re o fato de que normalmente as pessoas que parti+ipam da eno6a/5o passam por grandes transforma/0es nos seus ),!itos

in+luindo o a!andono de 6+ios +omo a !e!ida al+o8li+a e o fumo pro+ura mostrar a

diferen/a de atitude dos e6angli+os em rela/5o aos +arism,ti+os +at8li+osH

(Agora os e6angli+os segundo informa/0es eles e$igem mesmoentendeuY :les imp0em assim Gs pessoas. : a eno6a/5o Carism,ti+a li!erta6o+@ a!re seu +ora/5o pra Desus entrar entendeuY A 6ai )a6endo essasmodifi+a/0es 1...4 espontaneamente sem a gente impor nada nada nada na pessoa. Vai se li!ertando 6ai +on6ersando um +om o outro a 6ai 1...4*".

Ao perguntar ao mesmo informante qual a diferen/a entre e6angli+os e

+arism,ti+os no que di respeito ao papel e G manifesta/5o do :sprito <anto na 6ida dos

fiis ele disseH

('l)a nessa parte 1...4 n5o ), diferen/a nen)uma n5o ), n5o ),

18 Numa pesquisa re+ente junto G Igreja do :6angel)o [uadrangular em 9elm que resultou em suadisserta/5o ainda a ser defendida no Mestrado em Antropologia da UFPA osa Marga ot)e +onstatou queos pente+ostais n5o +at8li+os n5o +ostumam identifi+ar%se +om o protestantismo e n5o manifestamnormalmente qualquer identidade +om a eforma. :sta identifi+a/5o s8 a+onte+e em +asos raros de pessoas

+om forma/5o uni6ersit,ria que j, estudaram a )ist8ria da eforma e Gs 6ees desejam que em suas Igrejasseja +onsiderada essa tradi/5o. :sses pente+ostais se identifi+am e desejam ser identifi+ados +omo(e6angli+os* (pente+ostais* (+rentes* ou pela denomina/5o que +ara+teria a Igreja a que perten+emH(quadrangulares* no +aso do grupo por ela pesquisado 1+f. ot)e ""#4.19 Vale lem!rar que essa +ategoria usada pelo informante J (li!erta*% para se referir G CC em oposi/5o aose6angli+os J neste +aso tal6e por se tratar de um leigo +om muita 6i6@n+ia de Igreja ele n5o usa ae$press5o (protestante* % a mesma que en+ontrei no interior do Par, entre popula/0es rurais e de origemrural da regi5o do <algado para faer a diferen/a do +atoli+ismo +om o (protestantismo*H o primeiro umareligi5o (li!erta* enquanto o segundo (pri6ada* isto +)eia de restri/0es e proi!i/0es 1+f. Maus ""HK#%K"4.

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nen)uma nen)uma. Porque a eno6a/5o Carism,ti+a se segura mesmo no:sprito <anto... Mas pra n5o ser s8 a eno6a/5o Carism,ti+a eu 6ou +itar tam!m o Mo6imento do Cursil)o de Cristandade. :le se segura muito no:sprito <anto*.

 No entanto no que di respeito ao +ulto a Maria disse ;PMK#=H(A j, eles n5o querem sa!er de Nossa <en)ora apesar de que j, tem

umas Igrejas :6angli+as que a+eitam Nossa <en)ora por e$emplo a PrimeiraIgreja 9atista. :les a+eitam Nossa <en)ora +omo poderosa tem o poder demodifi+ar o ser )umano aqui na terra entendeu a Igreja 9atista. Agora tem asoutras que s5o mais radi+ais 1...4*.

;<M3= referindo%se ao mesmo assunto lamenta que os (protestantes*

n5o ten)am a mesma +on+ep/5o dos +at8li+os +om rela/5o a MariaH

(Z at porque os nossos irm5os nossos queridos irm5os... C)egar,

um dia que todos n8s n iremos repetir re+on)e+er nY Mas eu sempre+ostumo dier o seguinteH que a di6is5o foi justamente por isso por essas+oisas nY -em que ter algum quando a gente quer di6idir alguma +oisa agente tem que protestar nY <5o protestantes n protestaram alguma +oisa poderiam at protestar +ontra outras nY :u protesto +ontra uma +oisa !oaent5o que !om mesmo nY :u sempre +ostumo dier na psi+ologia oinformante +ursou par+ialmente Psi+ologia na Uni6ersidade da Amania em9elm o seguinteH que quando algum di WA) eu n5o gosto daquele +aran5oX pra mim no sentido psi+ol8gi+o n aquele que tu gostas aquele quetu gostas 1...4. :$atamente o +ontr,rio e$atamente porque a gente di que n5ogosta mas o +ora/5o a pala6ra final 1...4*.

<o!re as atitudes proselitistas e Gs 6ees intolerantes dos (protestantes*

Maur+io o!te6e o seguinte depoimento de ;<F32AH

(-e6e um +liente meu que era da Uni6ersal. : no meu es+rit8rio euten)o um Cru+ifi$o e um retrato do Cora/5o de Desus... : ele disse que tin)agostado muito do im86el mas que ele n5o ia alugar o im86el porque no meues+rit8rio e$istia a presen/a no +aso do maligno atra6s daquelas imagens eisso impedia +om que ele entrasse no meu es+rit8rio.

: eu pro6ei pra ele por A mais 9 que ele esta6a errado e que Desus n5oesta6a ali naquela +ru e que :le te6e que passar por aquilo por n8s mas que

:le esta6a 6i6o e 6i6o em n8s. : que se ele esta6a a+)ando aquilo +om +erteaDesus n5o esta6a )a!itando no +ora/5o dele. Porque quando a gente tem Desus6erdadeiramente a gente pro+ura ajudar aqueles que est5o perdidos que a gentesente que est, afastado de =eus e n5o +)egar +riti+ar e a+)ar que +erto queWn8s somos os 6erdadeirosX e passar aquilo que =eus sus+ita no nosso+ora/5o*.

, porm depoimentos que pro+uram minimiar as +rti+as aos

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(protestantes* +omo no +aso de ;7UMKA um professor uni6ersit,rio que tam!m est,

ligado ao pro+esso de implanta/5o do MCC em 9elm na 6ers5o de =ona DuremaH

(N8s +at8li+os temos de re+on)e+er que a nossa Igreja n5o o ni+o+amin)o para =eus. 's protestantes faem a parte deles... <8 =eus sa!e o

+amin)o que n8s de6emos seguir. :nt5o uma +oisa que eu fi+o preo+upado Gs6ees +rti+as ao por e$emplo protestantismo +ondenando... N5o nadadisso. Vamos 6er o que est, errado o que realmente estaria +ontra o :6angel)o1...4. Agora 6amos 6i6er a nossa religi5o e orar por eles. N8s n5o podemosdier que n8s que somos os +ertos do mundo*.

D, o depoimento de ;UF3A refere%se a 6,rias situa/0es +ondenando

e$pli+ita e duramente algumas +ren/as mas manifestando simpatia para +om o

 pente+ostalismo n5o +at8li+o 1+om e$+e/5o da IU=4H

(A um!anda o espiritismo eles at usam o nome do nosso =eus mas

o deus deles o demnio. :les tomam +onta da intelig@n+ia do )omem mas odia!o. 's espritos guias que eles +)amam s5o aqueles espritos que n5oso!em que n8s oramos por eles pra que eles su!am mas n5o prestam 2Q.

Agora o mo6imento pente+ostal um mo6imento de Cristo ummo6imento do :sprito <anto do =eus de amor. As Igrejas :6angli+as daquitem uns e6angli+os +om a gente. :las s5o Igrejas que lidam +om a pala6ra do<en)or.

Agora estas seitas... Igreja Uni6ersal... :las usam a pala6ra do <en)or diferente. :las usam elas se apro6eitam. oje o padre at +itou... : 6o+@ fi+aemo+ionado 6o+@ fi+a lou6ando 6o+@ fi+a a+reditando porque a sua !ase est,montada ent5o !asta... -em aquele lo!o 6estido de +ordeiro e 6o+@ a+redita

mas ele n5o tem o em!asamento aquela profundidade que a Igreja Cat8li+a d,.A Igreja Cat8li+a perfeitaY N5o porque formada por mim por n8sque somos )umanos. Mas a ess@n+ia dela Cristo fil)o de =eus mandado paraque n8s ti6ssemos... :ra Cristo 6i6o n5o era o Cristo um esprito +omo oespiritismo e a ma+um!a diemH um esprito !om um esprito... N5o para aIgreja Cat8li+a Cristo fil)o de =eus. : n8s +remos que Cristo o :sprito<anto o :sprito li!ertador*.

<o!re a parti+ipa/5o de pessoas que )oje perten+em ao Mo6imento

Carism,ti+o nos +ultos de origem afri+ana antes de se (+on6erterem* ao que por elas

+onsiderado o 6erdadeiro +atoli+ismo 6ale +onsiderar os seguintes depoimentosH(:u ten)o o testemun)o tam!m da min)a esposa que a min)a esposa

quando eu a +on)e+i quando me +asei +om ela ela era um!andista +at8li+a...Mas aquele neg8+io de dierH WA) eu sou +at8li+a mas t mudandoX. : a n5o ser +at8li+o se a gente fosse s8 dier queH WAmar,s s8 um =eusX.

20 Note%se que apesar de estar +ondenando o espiritismo a informante interioriou e est, utiliando uma+on+ep/5o que tam!m se en+ontra no ]arde+ismo.

3"

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: para mim foi uma surpresa n e a ela me disseH26 W'l)a 6amos parti+ipar de uma reuni5oYX.

:u digoH27 WVamosX.

A quando +)eguei l, n pegou in+orporou l, e entrou em transe. :

meu desespero... :u me desesperei porque me assustei logo na primeira 6e porque +oisa que eu nun+a tin)a 6isto e tal 1...4.Mas a eu ora6a no meu interior e +omo eu sempre fui +at8li+o n

 prati+ante % porque sempre ia Gs missas e tal % +on6ersa6a +om =eus no meu+ora/5o. : eu +ome+ei a orar por ela pedindo que li!ertasse ela orar orar. : ia+om ela e parti+ipa6a 6ira6a madrugada mas eu ia.

=eus me fe uma pessoa muito perse6erante sa!eY :u a+)o que eun5o desisto das +oisas sa!eY -odo mundo +)ega e di desiste pra mim mas eun5o desisto.

:nt5o eu fui fui e de repente eu 6ia. : a m5e%de%santo parou detra!al)ar e ela se li!ertou. : a a gente ingressou no &rupo da eno6a/5o uma+oisa interligada G outra.

;ogo min)a esposa uma mul)er ati6a gosta de t, sempre agitada+om fun/0es e tal tem +arisma tem dons +om ela. <8 que )oje ela usa pro<en)or usa pro <en)or e uma pessoa li!erta. <a!e dessas +oisas j, deutestemun)o a na frente.

Vieram muitos da eno6a/5o tam!m j, deram testemun)o j, foramda um!anda espiritismo de outras +oisas a jogando +artas de tar essas+oisas todas a. Muita gente j, deu testemun)o de que era e que )oje o <en)or mesmo age na 6ida delas uma +oisa muito !onita es+utar* 1;<M3=4.

(' espiritismo eu n5o freqLentei nem o protestante mas freqLenta6asim a um!anda porque eu a+)a6a que ia resol6er o meu pro!lema. Con+lus5oH piorou mais. Foi l, que eu fiquei no fundo do po/o me afundei mesmo.

: agora no Mo6imento Carism,ti+o n5o est, assim t5o resol6ida amin)a 6ida mas eu estou sa!endo a+eitar as +oisas e aos pou+os 6ai seen+ai$ando. Porque =eus 6ai tra!al)ando a nossa 6ida aos pou+os nY Masestou !astante mel)or do que eu 6im. As pessoas que me a+ompan)am sa!em+omo est, a min)a 6ida. :st, !astante est, 8tima est, !oa* 1;#<F3Amem!ro do &rupo (&l8ria no <en)or*4.

:sse depoimento de ;#<F3A importante porque +olo+a uma quest5o

que tam!m +olo+ada por =ona :la +oordenadora arquidio+esana do MCC em 9elm

que eu gostaria de enfatiar aqui e retomar nas +onsidera/0es finais +om que en+erro este

tra!al)o. -rata%se da quest5o da +ura no Mo6imento Carism,ti+o que para ela n5o s8

fsi+aH

(Z mais espiritual do que fsi+a porque Gs 6ees 6o+@ +uradoespiritualmente e +ontinua +om sua enfermidade fsi+a e a+eitando natural. Vo+@n5o fa mais uma tempestade por +ausa daquele seu mal fsi+o porque 6o+@ j,

Q

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est, +urado j, a+eita aquela situa/5o +om a maior naturalidade.:u mesma 6i6o +om o rim atrofiado desde que nas+i e nem sa!ia que

tin)a o rim atrofiado. <a!ia que eu in+)a6a e n5o sa!ia porque. : de repentefoi des+o!erto que eu tin)a rim atrofiado e eu me +)atea6a. Um dia esta6agorda outro dia esta6a magra. :u me +)atea6a +om aquilo.

A um dia eu fui num retiro l, no Maran)5o mesmo onde ainformante se integrou ao Mo6imento Carism,ti+o. : neste retiro )a6iamomentos de +ura. A me ensinaram +omo +on6i6er +om aquela situa/5o semque aquilo me pertur!asse. : a partir da +ome/ou toda a min)a 6ida por assim dier de a+eitar 1...4.

:u estou 6i6endo um drama dentro da min)a famlia +om min)a fil)aque se fosse em outros tempos eu esta6a me des+a!elando. Mas a naquelemomento que 6em aquela angstia que quer me deprimir eu lem!roH WN5o isso passa. Isso s5o +oisas da 6ida que 65o passar. Isso natural que a+onte/a. :un5o sou a primeira nem 6ou ser a ltimaX. A eu j, en+aro aquilo +omnaturalidade.

Porque se eu n5o ti6esse =eus para me orientar fi+a6a derrotada por muito pou+o. N5o sa!eria nem +omo ajudar min)a fil)a. :nt5o isso s5o gra/asde =eus s5o re6ela/0es de =eus o toque =ele na 6ida do )omem que ine$pli+,6el*.

= ) Cn&/d"#a+4"& >/na/&

Como foi 6isto a+ima +on+e!i este tra!al)o a partir do estran)amento em

rela/5o ao leigo +arism,ti+o +omparado +om o leigo do +atoli+ismo popular !rasileiro que

ten)o estudado mais longamente. Claro que a atitude parti+ipati6a do leigo +arism,ti+o em

+ontraste +om a do +at8li+o popular tam!m +omum a outros leigos que parti+ipam de

diferentes mo6imentos da Igreja Cat8li+a e que se +omportam de fato de a+ordo +om o

que esperado para a +ategoria de (+at8li+os prati+antes* a que perten+em ao +ontr,rio da

+ategoria +on)e+ida Gs 6ees +omo (+at8li+os s8 de nome*.

:ste tra!al)o que resulta de pesquisa ainda em andamento n5o pretende ser 

+on+lusi6o so!re o assunto mas pro+ura +om os dados j, dispon6eis tra/ar um perfil pelo

menos apro$imado do leigo +arism,ti+o. Para isso alm dos dados resultantes dao!ser6a/5o feita por mim e pelos estudantes que parti+ipam do Projeto foram utiliadas

 prin+ipalmente as entre6istas gra6adas em diferentes momentos +om leigos 1na maioria4 e

sa+erdotes 1apenas dois4 ligados ao MCC. Por isso +laro o tra!al)o sofre de uma

limita/5o qual seja a de apresentar prin+ipalmente a 6is5o do leigo +arism,ti+o so!re o

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 pr8prio leigo +arism,ti+o. Nestas +onsidera/0es finais tento su!lin)ar apenas alguns

aspe+tos que +onsidero mais rele6antes do que j, foi +olo+ado a+ima neste artigo.

Um aspe+to saliente a ser desta+ado di respeito G (+on6ers5o* ao

Mo6imento que na maioria dos +asos resultou de um pro+esso traum,ti+o en6ol6endo

muito sofrimento psi+ol8gi+o ao lado da +ura de doen/as % entre as quais o al+oolismo %

alm de diferentes enfermidades fsi+as desa6en/as familiares desajustamentos et+. Neste

sentido a ades5o ao MCC representou para muitos um pro+esso de +ura +uja efi+,+ia

no entanto n5o pode ser interpretada de forma literal. Isto fi+a e6idente nos dois ltimos

depoimentos trans+ritos a+ima espe+ialmente no de =ona :la. Como a+onte+e em outros

 pro+essos de +on6ers5o eBou de +ura nas religi0es e pr,ti+as mdi+as populares nem

sempre o+orre de fato a +ura fsi+a do enfermo mas a sua integra/5o em um no6o sistema

de rela/0es so+iais que desempen)a um papel fundamental para a solu/5o ou o al6io deseus pro!lemas psqui+os 1(espirituais*4.

' leigo +arism,ti+o parti+ipa 6i6amente nas ati6idades de +ulto que

impli+am so!retudo nas reuni0es semanais dos &rupos de 'ra/5o +om a finalidade de

lou6ar a =eus atra6s da ora/5o e do +anto o que feito de maneira e$pressi6a alegre

en6ol6endo um gestual muito +onsp+uo e Gs 6ees a dan/a. ' ritual apela fortemente para

o sentimento e a emo/5o mas tam!m est, presente a refle$5o que sempre se fa so!re a

(pala6ra* na o+asi5o adequada em que o :6angel)o lido e meditado. Alm disso as

ati6idades de +ulto in+luem a parti+ipa/5o nas +ele!ra/0es da missa 1entre elas a +)amada

(missa de +ura* ou (da !@n/5o*4 nos retiros semin,rios +en,+ulos e outros rituais

+omunit,rios. N5o est, ausente a parti+ipa/5o em ati6idades do +atoli+ismo tradi+ional

+omo no6enas festas religiosas populares de padroeiros ou n5o pro+iss0es et+ em!ora

isto n5o +ara+terie enquanto tal a ati6idade de +ulto do leigo +arism,ti+o.

=urante essas ati6idades so!retudo naquelas mais espe+ifi+as da

eno6a/5o +omo reuni0es dos &rupos de 'ra/5o +en,+ulos en+ontros de massa a

 prop8sito da prega/5o de um orador famoso et+. que o+orre +om mais freqL@n+ia o

e$er++io dos dons do :sprito <anto +omo o falar em lnguas o dom de profe+ia de

interpreta/5o et+. No entanto o e$er++io do dom de +ura a+onte+e tam!m durante as

6isitas aos enfermos nos )ospitais e em resid@n+ias ou em outros lo+ais.

As ati6idades dos leigos +arism,ti+os de modo nen)um J na 6is5o dos

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 pr8prios +arism,ti+os % resumem%se em (rear e +antar* +omo diem injustamente seus

+rti+os. <egundo os depoimentos +ol)idos eles parti+ipam ati6amente das pastorais de

suas par8quias alm de se engajarem em ati6idades assisten+ialistas +omo a distri!ui/5o

de sopa aos mendigos. : em!ora de modo geral n5o e$ista uma 6is5o mais profunda do

engajamento so+ial alguns parti+ipantes do Mo6imento +omo fi+ou +laro pelos seus

depoimentos n5o dei$am de entender e mesmo desejar uma atua/5o so+ial de maior 

al+an+e mesmo que predomine neles uma 6is5o +onformista quanto G realidade so+ial.

, por outro lado uma forte +rti+a G atua/5o polti+a de mem!ros da Igreja so!retudo de

sa+erdotes que (esque+endo%se* de seu ministrio espe+fi+o atuam segundo esses

+rti+os +omo se n5o fossem padres mas lderes sindi+ais polti+os profissionais et+. 's

depoimentos +olo+am +laramente que n5o isso que os leigos +arism,ti+os % nem o po6o

+at8li+o em geral % desejam do +omportamento dos padres. Nem essa segundo eles afun/5o da pr8pria Igreja Cat8li+a2.

Ca!e tam!m aqui relati6iar um pou+o a quest5o da +oer@n+ia do leigo

+arism,ti+o J +oer@n+ia entre a doutrina e a pr,ti+a +on+reta % em +ontraste +om o leigo do

+atoli+ismo popular. <e !em que de modo geral essa +oer@n+ia !em patente n5o

 podemos esque+er do depoimento a+ima trans+rito de <2UMA um sa+erdote +om

grande responsa!ilidade no Mo6imento que n5o dei$a de o!ser6ar a in+onsist@n+ia do

+omportamento de alguns leigos +om que lida +o!rando deles maior +oer@n+iaH ser +rist5o

durante as 2 )oras do dia.

=os depoimentos dos leigos +arism,ti+os entre6istados poss6el +on+luir 

tam!m +laramente que sua 6is5o !em mais un6o+a em rela/5o G parti+ipa/5o religiosa.

 Neste sentido inteiramente rejeitada a atitude do leigo do +atoli+ismo popular tradi+ional

que transita entre ofertas religiosas diferentes em fun/5o de suas ne+essidades mais

imediatas 1sade fortuna rela+ionamento amoroso et+.4. :$iste de modo geral simpatia

de a+ordo +om a atual posi/5o da Igreja 'fi+ial em rela/5o ao e+umenismo. , tam!m

uma simpatia mais a+entuada para +om outras denomina/0es +rist5s +omo as Igrejas

:6angli+as espe+ialmente as Pente+ostais J muitas delas generi+amente +)amadas de

(protestantes* % em!ora se possa notar tam!m uma +ondena/5o Gs +)amadas (seitas* 1o

que +omum entre leigos n5o +arism,ti+os mais afinados +om as posi/0es ofi+iais da Igreja

21 N5o o!stante o re+ente do+umento da CN99 so!re os leigos e leigas +at8li+os enfatia !astante ane+essidade de um engajamento mais profundo da parte dos leigos na realidade so+ial 1+f. CN99 ""# !4.

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Cat8li+a4 e$press5o que se refere geralmente a algumas Igrejas do neo%pente+ostalismo

so!retudo a Igreja Uni6ersal do eino de =eus.

 N5o o!stante a maior rejei/5o se dirige aos +ultos e$t,ti+os ou medini+os

que lidam +om in+orpora/5o por espritos e outras entidades so!renaturais +omo o

espiritismo ]arde+ista a um!anda o +andom!l e outros. :sses +ultos tendem a ser 6istos

+omo demona+os. Por outro lado as pessoas que s5o tomadas por essas entidades J 

+a!o+los ori$,s en+antados espritos et+. J de6em ser 6istas +om amor e +ompai$5o e

tratadas para que possam li!ertar%se desse domnio malfi+o.

:m mais de uma o+asi5o ou6i relatos so!re J e uma 6e pude assistir 

 pessoalmente J a manifesta/5o dessas entidades durante reuni0es do MCC 1+laro que

tam!m o+orrem fora dessas reuni0es e a atitude e o pro+edimento dos +arism,ti+os o

mesmo +om rela/5o a elas4. Na o+asi5o em que presen+iei o fato trata6a%se de um )omem jo6em que juntamente +om a mul)er esta6a parti+ipando de uma reuni5o de um &rupo de

'ra/5o numa igreja da Cidade No6a na &rande 9elmH ao ser tomado pela entidade uma

das pessoas mais e$perientes no &rupo apro$imou%se dele impondo%l)e as m5os e orando

so!re ele. N5o sei o que a+onte+eu +om o jo6em posteriormente pois n5o foi poss6el

a+ompan)ar seu +aso parti+ular. Mas pelos relatos que ou6i a idia sempre presente de

que essas pessoas sejam tratadas para li6rar%se das entidades malfi+as que as perseguem.

[uando isso a+onte+e muitas delas a+a!am por se integrar ao Mo6imento Carism,ti+o

 passando a usar seus dons para o !em o!tendo assim a (aut@nti+a* li!erta/5o.

' fenmeno semel)ante ao que o+orre tam!m em muitas Igrejas

Pente+ostais. : n5o de todo diferente do que a+onte+e em 6,rios outros pro+essos de +ura

$amansti+a em que a 6tima dos espritos ou entidades passa a +ontrolar seus momentos de

@$tase +analiando%os para uma forma de ati6idade ou de +omportamento so+ialmente

apro6ada pelo grupo de que parti+ipa 1+f. so!re o assunto ;e\is "77H K3%K e passim4.

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