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  • 7/22/2019 Pf Agenteadm

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    Agente Administrativo - PF1

    AGENTE ADMINISTRATIVO

    ( CLASSE A, PADRO I )

    CONHECIMENTOS BSICOS

    LNGUA PORTUGUESA:1 Compreenso e interpretao de textos. ..................... ......................... ...................... ......................... ....... 12 Tipologia textual. ........................ ....................... ......................... ......................... ...................... ............... 5

    3 Ortografia oficial. ........................ ....................... ......................... ......................... ...................... ............. 114 Acentuao grfica. ................................................................................................................................ 135 Emprego das classes de palavras. .......................................................................................................... 226 Emprego/correlao de tempos e modos verbais .................................................................................... 297 Emprego do sinal indicativo de crase. ..................................................................................................... 198 Sintaxe da orao e do perodo. ..................... ...................... ......................... ......................... ................ 379 Pontuao. ............................................................................................................................................. 1710 Concordncia nominal e verbal. ............................................................................................................ 4011 Regncia nominal e verbal. ................................................................................................................... 4112 Significao das palavras. ...................... ......................... ......................... ...................... ...................... 1913 Redao de Correspondncias Oficiais (Manual de Redao da Presidncia da Repblica). 13.1 Adequa-o da linguagem ao tipo de documento. 13.2 Adequao do formato do texto ao gnero. .................... ..... 42

    NOES DE INFORMTICA:1 Noes de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). ................................................................. 82 Edio de textos, planilhas e apresentaes (ambientes Microsoft Office e BrOffice). ..................... ........ 213 Redes de computadores. ........................................................................................................................ 753.1 Conceitos bsicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet.3.2 Programas de navegao (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefo x, Google Chrome e similares).3.3 Programas de correio eletrnico (Outlook Express, Mozilla Thunderbird e similares).3.4 Stios de busca e pesquisa na Internet.3.5 Grupos de discusso.3.6 Redes sociais.3.7 Computao na nuvem (cloud computing).4 Conceitos de organizao e de gerenciamento de informaes, arquivos, pastas e programas. ............... 25 Segurana da informao. ...................................................................................................................... 97

    5.1 Procedimentos de segurana.5.2 Noes de vrus, worms e pragas virtuais.5.3 Aplicativos para segurana (antivrus, firewall, anti-spyware etc.).5.4 Procedimentos de backup.5.5 Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage).

    RACIOCNIO LGICO:1 Estruturas lgicas. 2 Lgica de argumentao: analogias, inferncias, dedues e concluses. 3 Lgicasentencial (ou proposicional). 3.1 Proposies simples e compostas. 3.2 Tabelas-verdade. 3.3 Equivalncias.3.4 Leis de De Morgan. 3.5 Diagramas lgicos.4 Lgica de primeira ordem. 5 Princpios de contagem e pro-babilidade. 6 Operaes com conjuntos. 7 Raciocnio lgico envolvendo problemas aritmticos, geomtricos ematriciais. ......................... ........................ ......................... ....................... .................... ................. pp 1 a 60

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    Agente Administrativo - PF2

    ATUALIDADES:1 Tpicos relevantes e atuais de diversas reas, tais como segurana, transportes, poltica, economia, socie-dade, educao, sade, cultura, tecnologia, energia, relaes internacionais, desenvolvimento sustentvel eecologia........................................................................................................................................... Pp 1 a 16

    NOES DE DIREITO ADMINISTRATIVO:1 Noes de organizao administrativa. ..................................................................................................... 11.1 Centralizao, descentralizao, concentrao e desconcentrao.1.2 Administrao direta e indireta.1.3 Autarquias, fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista.2 Ato administrativo. .................................................................................................................................... 72.1 Conceito, requisitos, atributos, classificao e espcies.3 Agentes pblicos. ....... ...................... ......................... ......................... ...................... ......................... ..... 133.1 Legislao pertinente.3.1.1 Lei n 8.112/1990.3.1.2 Disposies constitucionais aplicveis.3.2 Disposies doutrinrias.3.2.1 Conceito.3.2.2 Espcies.3.2.3 Cargo, emprego e funo pblica.4 Poderes administrativos. ......................................................................................................................... 454.1 Hierrquico, disciplinar, regulamentar e de polcia.4.2 Uso e abuso do poder.5 Licitao. ................................................................................................................................................ 495.1Princpios.5.2 Contratao direta: dispensa e inexigibilidade.5.3 Modalidades.5.4 Tipos.5.5 Procedimento.6 Controle da administrao pblica. ......................... ...................... ......................... ......................... ........ 716.1 Controle exercido pela administrao pblica.6.2 Controle judicial.

    6.3 Controle legislativo.7 Responsabilidade civil do Estado. ........................................................................................................... 757.1 Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro.7.1.1 Responsabilidade por ato comissivo do Estado.7.1.2 Responsabilidade por omisso do Estado.7.2 Requisitos para a demonstrao da responsabilidade do Estado.7.3 Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado.8 Regime jurdico-administrativo. ............................................................................................................... 828.1 Conceito.8.2 Princpios expressos e implcitos da administrao pblica.9 Decreto n 1.171/ 1994 (Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico Civil do Poder Executivo Federal). ................................................................................................................................................................. 8210 Resolues 1 a 10 da Comisso de tica Pblica da Presidncia da Repblica. .................... ................ 84

    NOES DE DIREITO CONSTITUCIONAL:1 Constituio Federal. ................................................................................................................................ 11.1 Conceito, classificaes, princpios fundamentais.1.2 Captulo III Segurana Pblica: artigo 144.2 Direitos e garantias fundamentais. ............................................................................................................ 42.1 Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais,nacionalidade, cidadania, direitos polticos, partidos polticos.3 Organizao poltico-administrativa. ....................... ...................... ......................... ......................... .......... 83.1 Unio,estados, Distrito Federal, municpios e territrios.4 Administrao pblica. ............................................................................................................................ 134.1 Disposies gerais, servidores pblicos.5 Poder executivo. ..................................................................................................................................... 22

    5.1 atribuies do presidente da Repblica e dos ministros de Estado.

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    Agente Administrativo - PF3

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    NOES DE ADMINISTRAO PBLICA:

    1 Caractersticas bsicas das organizaes formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza,finalidades e critrios de departamentalizao. ............................................................................................ 12 Organizao administrativa: centralizao, descentralizao, concentrao e desconcentrao; organizaoadministrativa da Unio; administrao direta e indireta. ............................................................................ 143 Gesto de processos. ............................................................................................................................. 194 Gesto de contratos. ..................... ......................... ...................... ......................... ......................... ........ 335 Noes de processos licitatrios. ............................................................................................................ 39

    NOES DE ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA:1 Oramento pblico. ....................... ......................... ...................... ......................... ......................... .......... 11.1 Conceito.1.2 Tcnicas Oramentrias.1.3 Princpios oramentrios.1.4 Ciclo Oramentrio.2 O oramento pblico no Brasil. ....................... ...................... ......................... ......................... .................. 42.1 Plano Plurianual na Constituio Federal.2.2 Diretrizes oramentrias na Constituio Federal.2.3 Oramento anual na Constituio Federal.2.4 Estrutura programtica.2.5 Crditos ordinrios e adicionais.3 Programao e execuo oramentria e financeira. .............................................................................. 193.1 Descentralizao oramentria e financeira.3.2 Acompanhamento da execuo.4 Receita pblica. ...................................................................................................................................... 234.1 Conceito.4.2 Classificao segundo a natureza.4.1 Etapas e estgios.

    5 Despesa pblica. .................................................................................................................................... 265.1 Conceito.5.2 Classificao segundo a natureza.5.3 Etapas e estgios.5.4 Restos a pagar.5.5 Despesas de exerccios anteriores.6. Lei de Responsabilidade Fiscal. ............................................................................................................. 286.1 Conceitos e objetivos.6.2 Planejamento.

    NOES DE GESTO DE PESSOAS NAS ORGANIZAES:1 Conceitos, importncia, relao com os outros sistemas de organizao. 2 A funo do rgo de Gesto dePessoas: atribuies bsicas e objetivos, polticas e sistemas de informaes gerenciais. 3 Comportamento

    organizacional:relaes indivduo/organizao, motivao, liderana, desempenho. ....... ................ Pp 1 a 32

    NOES DE ADMINISTRAO DE RECURSOS MATERIAIS.1 Classificao de materiais. ..................... ........................ ....................... ......................... ......................... . 11.1 Tipos de classificao.2 Gesto de estoques. ................................................................................................................................. 73 Compras. ................................................................................................................................................ 183.1 Modalidades de compra.3.2 Cadastro de fornecedores.4 Compras no setor pblico. ...................................................................................................................... 304.1 Edital de licitao.5 Recebimento e armazenagem. ... ....................... ......................... ......................... ...................... ............. 555.1 Entrada.

    5.2 Conferncia.

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    Agente Administrativo - PF4

    5.3 Critrios e tcnicas de armazenagem.6 Gesto patrimonial. ....................... ......................... ...................... ......................... ......................... ........ 637.1Controle de bens. ........................ ......................... ...................... ......................... ......................... ........ 637.2 Inventrio.7.3 Alteraes e baixa de bens.

    NOES DE ARQUIVOLOGIA:1 Conceitos fundamentais de arquivologia. 2 O gerenciamento da informao e a gesto de documentos. 2.1diagnsticos. 2.2 Arquivos correntes e intermedirio. 2.3 Protocolos. 2.4 Avaliao de documentos. 2.5 Arqui-vos permanentes. 3 Tipologias documentais e suportes fsicos. 3.1 Microfilmagem. 3.2 Automao. 3.3 Pre-servao, conservao e restaurao de documentos. ..................... ......................... ...................... Pp 1a 21

    LEGISLAO APLICADA POLCIA FEDERAL:1 Lei n 7.102/1983: dispe sobre segurana para estabelecimentos financeiros, estabelece normas paraconstituio e funcionamento das empresas particulares que exploram servios de vigilncia e de transportede valores, e d outras providncias. ........................................................................................................... 12 Lei n 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalizao sobre produtos qumicos que direta ouindiretamente possam ser destinados elaborao ilcita de substncias entorpecentes, psicotrpicas ou quedeterminem dependncia fsica ou psquica, e d outras providncias. ........................................................ 23 Lei n 6.815/1980: define a situao jurdica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigra-o. ............................................................................................................................................................. 44 Lei n 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento. ........................ ......................... ...................... ............. 125 Lei n 12.830/2013: dispe sobre a investigao criminal conduzida pelo delegado de polcia ................. 15

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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    A Opo Certa Para a Sua Realizao

    A PRESENTE APOSTILA NO EST VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO

    PBLICO A QUE SE DESTINA, ASSIM COMO SUA AQUISIO NO GARANTE A INSCRIO DO

    CANDIDATO OU MESMO O SEU INGRESSO NA CARREIRA PBLICA.

    O CONTEDO DESTA APOSTILA ALMEJA ENGLOBAR AS EXIGENCIAS DO EDITAL, PORM, ISSO

    NO IMPEDE QUE SE UTILIZE O MANUSEIO DE LIVROS, SITES, JORNAIS, REVISTAS, ENTRE OUTROS

    MEIOS QUE AMPLIEM OS CONHECIMENTOS DO CANDIDATO, PARA SUA MELHOR PREPARAO.

    ATUALIZAES LEGISLATIVAS, QUE NO TENHAM SIDO COLOCADAS DISPOSIO AT A

    DATA DA ELABORAO DA APOSTILA, PODERO SER ENCONTRADAS GRATUITAMENTE NO SITE DA

    APOSTILAS OPO, OU NOS SITES GOVERNAMENTAIS.

    INFORMAMOS QUE NO SO DE NOSSA RESPONSABILIDADE AS ALTERAES E RETIFICAES

    NOS EDITAIS DOS CONCURSOS, ASSIM COMO A DISTRIBUIO GRATUITA DO MATERIAL RETIFICADO,

    NA VERSO IMPRESSA, TENDO EM VISTA QUE NOSSAS APOSTILAS SO ELABORADAS DE ACORDO

    COM O EDITAL INICIAL. QUANDO ISSO OCORRER, INSERIMOS EM NOSSO SITE,

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    CASO HAJA ALGUMA DVIDA QUANTO AO CONTEDO DESTA APOSTILA, O ADQUIRENTE

    DESTA DEVE ACESSAR O SITE www.apostilasopcao.com.br, E ENVIAR SUA DVIDA, A QUAL SER

    RESPONDIDA O MAIS BREVE POSSVEL, ASSIM COMO PARA CONSULTAR ALTERAES LEGISLATIVAS

    E POSSVEIS ERRATAS.

    TAMBM FICAM DISPOSIO DO ADQUIRENTE DESTA APOSTILA O TELEFONE (11) 2856-6066,

    DENTRO DO HORRIO COMERCIAL, PARA EVENTUAIS CONSULTAS.

    EVENTUAIS RECLAMAES DEVERO SER ENCAMINHADAS POR ESCRITO, RESPEITANDO OS

    PRAZOS ESTITUDOS NO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

    PROIBIDA A REPRODUO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE ACORDO COM O

    ARTIGO 184 DO CDIGO PENAL.

    APOSTILAS OPO

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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    A Opo Certa Para a Sua Realizao

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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    Lngua Portuguesa A Opo Certa Para a Sua Realizao1

    LNGUA PORTUGUESA1 Compreenso e interpretao de textos.2 Tipologia textual.3 Ortografia oficial.4 Acentuao grfica.5 Emprego das classes de palavras.6 Emprego/correlao de tempos e modos verbais7 Emprego do sinal indicativo de crase.8 Sintaxe da orao e do perodo.9 Pontuao.10 Concordncia nominal e verbal.11 Regncia nominal e verbal.12 Significao das palavras.13 Redao de Correspondncias Oficiais (Manual de Reda-o da Presidncia da Repblica). 13.1 Adequao da lingua-gem ao tipo de documento. 13.2 Adequao do formato dotexto ao gnero.

    COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTOS

    Os concursos apresentam questes interpretativas que tm por finali-dade a identificao de um leitor autnomo. Portanto, o candidato devecompreender os nveis estruturais da lngua por meio da lgica, alm denecessitar de um bom lxico internalizado.

    As frases produzem significados diferentes de acordo com o contextoem que esto inseridas. Torna-se, assim, necessrio sempre fazer umconfronto entre todas as partes que compem o texto.

    Alm disso, fundamental apreender as informaes apresentadas portrs do texto e as inferncias a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideolgica do autordiante de uma temtica qualquer.

    Denotao e ConotaoSabe-se que no h associao necessria entre significante (expres-

    so grfica, palavra) e significado, por esta ligao representar uma con-veno. baseado neste conceito de signo lingustico (significante + signi-ficado) que se constroem as noes de denotao e conotao.

    O sentido denotativo das palavras aquele encontrado nos dicionrios,o chamado sentido verdadeiro, real. J o uso conotativo das palavras aatribuio de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreenso,depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinadaconstruo frasal, uma nova relao entre significante e signi ficado.

    Os textos literrios exploram bastante as construes de base conota-tiva, numa tentativa de extrapolar o espao do texto e provocar reaesdiferenciadas em seus leitores.

    Ainda com base no signo lingustico, encontra-se o conceito de polis-semia (que tem muitas significaes). Algumas palavras, dependendo docontexto, assumem mltiplos significados, como, por exemplo, a palavra

    ponto: ponto de nibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Nestecaso, no se est atribuindo um sentido fantasioso palavra ponto, e simampliando sua significao atravs de expresses que lhe completem eesclaream o sentido.

    Como Ler e Entender Bem um TextoBasicamente, deve-se alcanar a dois nveis de leitura: a informativa e

    de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneiracautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra-em-se informaes sobre o contedo abordado e prepara-se o prximonvel de leitura. Durante a interpretao propriamente dita, cabe destacarpalavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra pararesumir a ideia central de cada pargrafo. Este tipo de procedimento aguaa memria visual, favorecendo o entendimento.

    No se pode desconsiderar que, embora a interpretao seja subjetiva,h limites. A preocupao deve ser a captao da essncia do texto, a fimde responder s interpretaes que a banca considerou como pertinentes.

    No caso de textos literrios, preciso conhecer a ligao daquele textocom outras formas de cultura, outros textos e manifestaes de arte dapoca em que o autor viveu. Se no houver esta viso global dos momen-tos literrios e dos escritores, a interpretao pode ficar comprometida. Aqui

    no se podem dispensar as dicas que aparecem na referncia bibliogrficada fonte e na identificao do autor.

    A ltima fase da interpretao concentra-se nas perguntas e opes deresposta. Aqui so fundamentais marcaes de palavras como no, exce-to, errada, respectivamenteetc. que fazem diferena na escolha adequa-da. Muitas vezes, em interpretao, trabalha-se com o conceito do "maisadequado", isto , o que responde melhor ao questionamento proposto. Porisso, uma resposta pode estar certa para responder pergunta, mas noser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra

    alternativa mais completa.Ainda cabe ressaltar que algumas questes apresentam um fragmentodo texto transcrito para ser a base de anlise. Nunca deixe de retornar aotexto, mesmo que aparentemente parea ser perda de tempo. A descontex-tualizao de palavras ou frases, certas vezes, so tambm um recursopara instaurar a dvida no candidato. Leia a f rase anterior e a posterior parater ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a respostaser mais consciente e segura.

    Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretao detexto. Para isso, devemos observar o seguinte:

    01. Ler todo o texto, procurando ter uma viso geral do assunto;02.Se encontrar palavras desconhecidas, no interrompa a leitura, v

    at o fim, ininterruptamente;

    03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monosumas trs vezes ou mais;04.Ler com perspiccia, sutileza, malcia nas entrelinhas;05.Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;06.No permitir que prevaleam suas ideias sobre as do autor;07.Partir o texto em pedaos (pargrafos, partes) para melhor compre-

    enso;08.Centralizar cada questo ao pedao (pargrafo, parte) do texto cor-

    respondente;09.Verificar, com ateno e cuidado, o enunciado de cada questo;10.Cuidado com os vocbulos: destoa (=diferente de ...), no, correta,

    incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras queaparecem nas perguntas e que, s vezes, dificultam a entender o que seperguntou e o que se pediu;

    11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais

    exata ou a mais completa;12.Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de

    lgica objetiva;13.Cuidado com as questes voltadas para dados superficiais;14. No se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,

    mas a opo que melhor se enquadre no sentido do texto;15.s vezes a etimologia ou a semelhana das palavras denuncia a

    resposta;16.Procure estabelecer quais foram as opinies expostas pelo autor,

    definindo o tema e a mensagem;17. O autor defende ideias e voc deve perceb-las;18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito so importants-

    simos na interpretao do texto.Ex.: Ele morreu de fome.

    de fome:adjunto adverbial de causa, determina a causa na realizaodo fato (= morte de "ele").Ex.: Ele morreu faminto.faminto: predicativo do sujeito, o estado em que "ele" se encontrava

    quando morreu.;19.As oraes coordenadas no tm orao principal, apenas as idei-

    as esto coordenadas entre si;20.Os adjetivos ligados a um substantivo vo dar a ele maior clareza

    de expresso, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. EraldoCunegundes

    ELEMENTOS CONSTITUTIVOSTEXTO NARRATIVO As personagens: So as pessoas, ou seres, viventes ou no, for-

    as naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolardos fatos.Toda narrativa tem um protagonista que a figura central, o heri ou

    herona, personagem principal da histria.O personagem, pessoa ou objeto, que se ope aos designos do prota-

    gonista, chama-se antagonista, e com ele que a personagem principal

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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    Lngua Portuguesa A Opo Certa Para a Sua Realizao2

    contracena em primeiro plano.As personagens secundrias, que so chamadas tambm de compar-

    sas, so os figurantes de influencia menor, indireta, no decisiva na narra-o.

    O narrador que est a contar a histria tambm uma personagem,pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-tncia, ou ainda uma pessoa estranha his tria.

    Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-nagem:as planas: que so definidas por um trao caracterstico, elas no

    alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos etendem caricatura; as redondas: so mais complexas tendo uma dimen-so psicolgica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reaesperante os acontecimentos.

    Sequncia dos fatos (enredo):Enredo a sequncia dos fatos, atrama dos acontecimentos e das aes dos personagens. No enredo po-demos distinguir, com maior ou menor nitidez, trs ou quatro estgiosprogressivos: a exposio (nem sempre ocorre), a complicao, o climax, odesenlace ou desfecho.

    Na exposio o narrador situa a histria quanto poca, o ambiente,as personagens e certas circunstncias. Nem sempre esse estgio ocorre,na maioria das vezes, principalmente nos textos literrios mais recentes, ahistria comea a ser narrada no meio dos acontecimentos (in mdia), ou

    seja, no estgio da complicao quando ocorre e conflito, choque de inte-resses entre as personagens.

    O clmax o pice da histria, quando ocorre o estgio de maior ten-so do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,ou seja, a concluso da histria com a resoluo dos conflitos.

    Os fatos:So os acontecimentos de que as personagens partici-pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o g-nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidianoconstitui uma crnica, o relato de um drama social um romancesocial, e assim por diante. Em toda narrativa h um fato central,que estabelece o carter do texto, e h os fatos secundrios, rela-cionados ao principal.

    Espao: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu-gares, ou mesmo em um s lugar. O texto narrativo precisa conterinformaes sobre o espao, onde os fatos acontecem. Muitas ve-zes, principalmente nos textos literrios, essas informaes soextensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textosnarrativo.

    Tempo:Os fatos que compem a narrativa desenvolvem-se numdeterminado tempo, que consiste na identificao do momento,dia, ms, ano ou poca em que ocorre o fato. A temporalidade sa-lienta as relaes passado/presente/futuro do texto, essas relaespodem ser linear, isto , seguindo a ordem cronolgica dos fatos,ou sofre inverses, quando o narrador nos diz que antes de um fa-to que aconteceu depois.

    O tempo pode ser cronolgico ou psicolgico. O cronolgico o tempomaterial em que se desenrola ao, isto , aquele que medido pela

    natureza ou pelo relgio. O psicolgico no mensurvel pelos padresfixos, porque aquele que ocorre no interior da personagem, depende dasua percepo da realidade, da durao de um dado acontecimento no seuesprito.

    Narrador: observador e personagem: O narrador, como j dis-semos, a personagem que est a contar a histria. A posio emque se coloca o narrador para contar a histria constitui o foco, oaspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-zado por :

    - viso por detrs: o narrador conhece tudo o que diz respeito spersonagens e histria, tendo uma viso panormica dos acon-tecimentos e a narrao feita em 3apessoa.

    - viso com:o narrador personagem e ocupa o centro da narra-

    tiva que feito em 1a

    pessoa.- viso de fora: o narrador descreve e narra apenas o que v,aquilo que observvel exteriormente no comportamento da per-sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-dor um observador e a narrativa feita em 3apessoa.

    Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de a-

    presentar um foco narrativo, isto , o ponto de vista atravs do quala histria est sendo contada. Como j vimos, a narrao feitaem 1apessoa ou 3apessoa.

    Formas de apresentao da fala das personagensComo j sabemos, nas histrias, as personagens agem e falam. H

    trs maneiras de comunicar as falas das personagens.

    Discurso Direto: a representao da fala das personagens atra-

    vs do dilogo.Exemplo:Z Lins continuou: carnaval festa do povo. O povo dono da

    verdade. Vem a polcia e comea a falar em ordem pblica. No carna-val a cidade do povo e de ningum mais.

    No discurso direto frequente o uso dos verbo de locuo ou descendi:dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e detravesses. Porm, quando as falas das personagens so curtas ou rpidasos verbos de locuo podem ser omitidos.

    Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suasprprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-xemplo:

    Z Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidadeque nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-nos sombrios por vir.

    Discurso Indireto Livre:Ocorre quando a fala da personagem semistura fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narrao.Exemplo:Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando

    alto. Quando me viram, sem chapu, de pijama, por aqueleslugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassemque estivesse doido. Como poderia andar um homem quelahora , sem fazer nada de cabea no tempo, um branco de psno cho como eles? S sendo doido mesmo.

    (Jos Lins do Rego)

    TEXTO DESCRITIVODescrever fazer uma representao verbal dos aspectos mais carac-

    tersticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.As perspectivas que o observador tem do objeto so muito importantes,

    tanto na descrio literria quanto na descrio tcnica. esta atitude quevai determinar a ordem na enumerao dos traos caractersticos para queo leitor possa combinar suas impresses isoladas formando uma imagemunificada.

    Uma boa descrio vai apresentando o objeto progressivamente, vari-ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco apouco.

    Podemos encontrar distines entre uma descrio literria e outra tc-

    nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas: Descrio Literria: A finalidade maior da descrio literria

    transmitir a impresso que a coisa vista desperta em nossa menteatravs do sentidos. Da decorrem dois tipos de descrio: a subje-tiva, que reflete o estado de esprito do observador, suas prefern-cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e no oque v realmente; j a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-vo, fenomnico, ela exata e dimensional.

    Descrio de Personagem: utilizada para caracterizao daspersonagens, pela acumulao de traos fsicos e psicolgicos,pela enumerao de seus hbitos, gestos, aptides e temperamen-to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-cial e econmico .

    Descrio de Paisagem: Neste tipo de descrio, geralmente o

    observador abrange de uma s vez a globalidade do panorama,para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger aspartes mais tpicas desse todo.

    Descrio do Ambiente: Ela d os detalhes dos interiores, dosambientes em que ocorrem as aes, tentando dar ao leitor umavisualizao das suas particularidades, de seus traos distintivos e

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    tpicos. Descrio da Cena: Trata-se de uma descrio movimentada,

    que se desenvolve progressivamente no tempo. a descrio deum incndio, de uma briga, de um naufrgio.

    Descrio Tcnica:Ela apresenta muitas das caractersticas ge-rais da literatura, com a distino de que nela se utiliza um vocabu-lrio mais preciso, salientando-se com exatido os pormenores. predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecerconvencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis-

    mos, a fenmenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.

    TEXTO DISSERTATIVODissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertao cons-

    ta de uma srie de juzos a respeito de um determinado assunto ou ques-to, e pressupe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrevercom clareza, coerncia e objetividade.

    A dissertao pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadiro leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter comofinalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questo.

    A linguagem usada a referencial, centrada na mensagem, enfatizan-do o contexto.

    Quanto forma, ela pode ser tripartida em :

    Introduo: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda-mentais do assunto que est tratando. a enunciao direta e ob-jetiva da definio do ponto de vista do autor.

    Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-cadas na introduo sero definidas com os dados mais relevan-tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideiasarticuladas entre si, de forma que a sucesso deles resulte numconjunto coerente e unitrio que se encaixa na introduo e de-sencadeia a concluso.

    Concluso: o fenmeno do texto, marcado pela sntese da ideiacentral. Na concluso o autor refora sua opinio, retomando a in-troduo e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Parahaver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrerem um dissertao, cabe fazermos a distino entre fatos, hiptese

    e opinio.- Fato: o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; a obra ou ao que realmente se praticou.

    - Hiptese: a suposio feita acerca de uma coisa possvel ouno, e de que se tiram diversas concluses; uma afirmao so-bre o desconhecido, feita com base no que j conhecido.

    - Opinio: Opinar julgar ou inserir expresses de aprovao oudesaprovao pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje-tos descritos, um parecer particular, um sentimento que se tem arespeito de algo.

    O TEXTO ARGUMENTATIVO

    Um texto argumentativo tem como objetivo convencer algum dasnossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer

    tema ou assunto.

    constitudo por um primeiro pargrafo curto, que deixe a ideia no ar,depois o desenvolvimento deve referir a opinio da pessoa que o escreve,com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Devetambm conter contra-argumentos, de forma a no permitir a meio daleitura que o leitor os faa. Por fim, deve ser concludo com um pargrafoque responda ao primeiro pargrafo, ou simplesmente com a ideia chave daopinio.

    Geralmente apresenta uma estrutura organizada em trs partes:a introduo, na qual apresentada a ideia principal ou tese;o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; ea concluso. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem serde diferentes tipos: exemplos, comparao, dados histricos, dados

    estatstico, pesquisas, causas socioeconmicas ou culturais, depoimentos -enfim tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autortem consistncia. A concluso pode apresentar uma possvelsoluo/proposta ou uma sntese. Deve utilizar ttulo que chame a atenodo leitor e utilizar variedade padro de lngua.

    A linguagem normalmente impessoal e objetiva.O roteiro da persuaso para o texto argumentativo:

    Na introduo, no desenvolvimento e na concluso do texto argumen-tativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recur-sos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluda com suces-so. Abaixo veremos algumas formas de introduzir um pargrafo argumenta-tivo:

    Declarao inicial: uma forma de apresentar com assertivi-dade e segurana a tese.

    A aprovao das Cotas para negros vem reparar uma divida moral eum dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superi-or ao negro por meio de polticas afirmativas uma forma de admitir adiferena social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercadode trabalho.

    Interrogao:Cria-se com a interrogao uma relao prximacom o leitor que, curioso, busca no texto resposta as perguntas feitas naintroduo.

    Por que nos orgulhamos da nossa falta de conscincia coletiva? Porque ainda insistimos em agir como espertos individualistas?

    Citao ou aluso: Esse recurso garante defesa da tese car-ter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, poisse apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio.

    As pessoas chegam ao ponto de uma criana morrer e os pais nochorarem mais, trazerem a criana, jogarem num bolo de mortos, viraremas costas e irem embora. O comentrio do fotgrafo Sebastio Salgadosobre o que presenciou na Ruanda um chamado conscincia pbli-ca.

    Exemplificao: O processo narrativo ou descritivo da exempli-ficao pode conferir argumentao leveza a cumplicidade. Porm,deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e no interfirano processo persuasivo.

    Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe mdia.Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o se-gundo arrasto do ms. Clientes e funcionrios so assaltados e amea-ados de morte. O cotidiano violento de So Paulo se faz presente.

    Roteiro:A antecipao do que se pretende dizer pode funcionarcomo encaminhamento de leitura da tese.

    Busca-se com essa exposio analisar o descaso da sociedade emrelao s coletas seletivas de lixo e a incompetncia das prefeituras.

    Enumerao:Contribui para que o redator analise os dados eexponha seus pontos de vista com mais exatido.

    Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Sade de So Pau-lo aponta que as maiores vtimas do abuso sexual so as crianas meno-

    res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violncia se-xual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Prola Bying-ton.

    Causa e consequncia:Garantem a coeso e a concatenaodas ideias ao longo do pargrafo, alm de conferir carter lgico ao pro-cesso argumentativo.

    No final de maro, o Estado divulgou ndices vergonhosos do Idesp indicador desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educao para ava-liar a qualidade do ensino (). O pssimo resultado apenas conse-quncia de como est baixa a qualidade do ensino pblico. As causasso vrias, mas certamente entre elas est a falta de respeito do Estadoque, prximo do fim do 1 bimestre, ainda no enviou apostilas para al-gumas escolas estaduais de Rio Preto.

    Sintese:Refora a tese defendida, uma vez que fecha o textocom a retomada de tudo o que foi exposto ao longo da argumentao.Recurso seguro e convincente para arrematar o processo discursivo.

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    Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que no o ideal,mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento.

    O aspecto mais polmico era a venda de bebidas alcolicas nos es-tdios. A lei eliminou o veto federal, mas no exclui que os organizadoresprecisem negociar a permisso em alguns Estados, como So Paulo.

    Proposta:Revela autonomia critica do produtor do texto e ga-rante mais credibilidade ao processo argumentativo.

    Recolher de forma digna e justa os usurios de crackque buscamajuda, oferecer tratamento humano dever do Estado. No faz sentidoisolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a to-dos. Mundograduado.org

    Modelo de Dissertao-Argumentativa

    Meio-ambiente e tecnologia: no h contraste, h soluo

    Uma das maiores preocupaes do sculo XXI a preservao ambi-ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-vivncia humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-do analisados, so equivocadamente colocados em oposio tecnologia.

    O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avano tem um preo ase pagar. As indstrias, por exemplo, que so costumeiramente ligadas aoprogresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), respons-

    veis pelo prejuzo causado Camada de Oznio e, por conseguinte, pro-blemas ambientais que afetam a populao.

    Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, no vemoscontrastes com o meio-ambiente. Estamos numa poca em que preservaros ecossistemas do planeta mais do que avano, uma questo decontinuidade das espcies animais e vegetais, incluindo-se principalmentens, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,podemos consider-las parceiras na busca por solues a essa problemti-ca.

    O desenvolvimento de projetos cientficos que visem a amenizar ostranstornos causados Terra plenamente possvel e real. A era tecnol-gica precisa atuar a servio do bem-estar, da qualidade de vida, muito maisdo que em favor de um conforto momentneo. Nessas circunstncias noexiste contraste algum, pelo contrrio, h uma relao direta que poder se

    transformar na salvao do mundo.Portanto, as universidades e instituies de pesquisas em geral preci-sam agir rapidamente na elaborao de pacotes cientficos com vistas acombater os resultados caticos da falta de conscientizao humana. Nadamelhor do que a cincia para direcionar formas prticas de amenizarmos aferida que tomou conta do nosso Planeta Azul.

    Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textualdissertativa assim organizada:

    1 pargrafo: Introduo com apresentao da tese a ser defendi-da;

    Uma das maiores preocupaes do sculo XXI a preservao ambi-ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-vivncia humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-

    do analisados, so equivocadamente colocados em oposio tecnologia.2 pargrafo: H o desenvolvimento da tese com fundamentos ar-

    gumentativos;

    O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avano tem um preoa se pagar. As indstrias, por exemplo, que so costumeiramente ligadasao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), respon-sveis pelo prejuzo causado Camada de Oznio e, por conseguinte,problemas ambientais que afetam a populao.

    Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, no vemoscontrastes com o meio-ambiente. Estamos numa poca em que preservaros ecossistemas do planeta mais do que avano, uma questo decontinuidade das espcies animais e vegetais, incluindo-se principalmentens, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,

    podemos consider-las parceiras na busca por solues a essa problemti-ca.

    3 pargrafo: A concluso desenvolvida com uma proposta deinterveno relacionada tese.

    O desenvolvimento de projetos cientficos que visem a amenizar ostranstornos causados Terra plenamente possvel e real. A era tecnol-gica precisa atuar a servio do bem-estar, da qualidade de vida, muito maisdo que em favor de um conforto momentneo. Nessas circunstncias noexiste contraste algum, pelo contrrio, h uma relao direta que poder setransformar na salvao do mundo.

    Portanto, as universidades e instituies de pesquisas em geral preci-sam agir rapidamente na elaborao de pacotes cientficos com vistas acombater os resultados caticos da falta de conscientizao humana. Nadamelhor do que a cincia para direcionar formas prticas de amenizarmos aferida que tomou conta do nosso Planeta Azul. Prof Francinete

    A ideia principal e as secundrias

    Para treinarmos a redao de pequenos pargrafos narrativos, vamosnos colocar no papel de narradores, isto , vamos contar fatos com base naorganizao das ideias.

    Leia o trecho abaixo:Meu primo j havia chegado metade da perigosa ponte de ferro

    quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. Comisso, ele no teve tempo de correr para a frente ou para trs, mas, demons-trando grande presena de esprito, agachou-se, segurou, com as mos,um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.

    Como voc deve ter observado, nesse pargrafo, o narrador conta-nosum fato acontecido com seu primo. , pois, um pargrafo narrativo. Anali-semos, agora, o pargrafo quanto estrutura.

    As ideias foram organizadas da seguinte maneira:Ideia principal:Meu primo j havia chegado metade da perigosa ponte de ferro

    quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte.Ideias secundrias:Com isso, ele no teve tempo de correr para a frente ou para trs, mas,

    demonstrando grande presena de esprito, agachou-se, segurou, com asmos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.

    A ideia principal, como voc pode observar, refere-se a uma ao peri-gosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundriascomplementam a ideia principal, mostrando como o primo do narradorconseguiu sair-se da perigosa situao em que se encontrava.

    Os pargrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhadode ideias secundrias. Entretanto, muito comum encontrarmos, em par-grafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo:

    O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Incio. Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram a-

    proveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram conten-tes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela me.

    Nesse trecho, h dois pargrafos.No primeiro, s h uma ideia desenvolvida, que corresponde ideia

    principal do pargrafo: O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Incio.No segundo, j podemos perceber a relao ideia principal + ideias

    secundrias. Observe:Ideia principal:Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram a-

    proveitar o bom tempo.Ideia secundrias:Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos,

    levando um farto lanche, preparado pela me.Agora que j vimos alguns exemplos, voc deve estar se perguntando:

    Afinal, de que tamanho o pargrafo?Bem, o que podemos responder que no h como apontar um pa-

    dro, no que se refere ao tamanho ou extenso do pargrafo.H exemplos em que se veem pargrafos muito pequenos; outros, em

    que so maiores e outros, ainda, muito extensos.Tambm no h como dizer o que certo ou errado em termos da ex-

    tenso do pargrafo, pois o que importante mesmo, a organizao dasideias.No entanto, sempre til observar o que diz o dito popular nemoito, nem oitenta.

    Assim como no aconselhvel escrevermos um texto, usando apenas

    pargrafos muito curtos, tambm no aconselhvel empregarmos osmuito longos.

    Essas observaes so muito teis para quem est iniciando os traba-lhos de redao. Com o tempo, a prtica dir quando e como usar pargra-fos pequenos, grandes ou muito grandes.

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    At aqui, vimos que o pargrafo apresenta em sua estrutura, uma ideiaprincipal e outras secundrias. Isso no significa, no entanto, que sempre aideia principal aparea no incio do pargrafo. H casos em que a ideiasecundria inicia o pargrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja oexemplo:

    As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou trs vezes, o soloestremeceu violentamente sob meus ps. Logo percebi que se tratava deum terremoto.

    Observe que a ideia mais importante est contida na frase: Logo per-

    cebi que se tratava de um terremoto, que aparece no final do pargrafo.As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmao:as estacas tremiam fortemente, e duas ou trs vezes, o solo estremeceuviolentamente sob meus ps e estas esto localizadas no incio do par-grafo.

    Ento, a respeito da estrutura do pargrafo, conclumos que as ideiaspodem organizar-se da seguinte maneira:

    Ideia principal + ideias secundrias

    ou

    Ideias secundrias + ideia principal

    importante frisar, tambm, que a ideia principal e as ideias se-cundrias no so ideias diferentes e, por isso, no podem ser separadas

    em pargrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundrias deve-mos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideiaprincipal e mant-las juntas no mesmo pargrafo. Com isso, estaremosevitando e repetio de palavras e assegurando a sua clareza. importan-te, ao termos vrias ideias secundrias, que sejam identificadas aquelasque realmente se relacionam ideia principal. Esse cuidado de grandevalia ao se redigir pargrafos sobre qualquer assunto.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    A todo o momento nos deparamos com vrios textos, sejam elesverbais e no verbais. Em todos h a presena do discurso, isto , a ideiaintrnseca, a essncia daquilo que est sendo transmitido entre osinterlocutores.

    Esses interlocutores so as peas principais em um dilogo ou em umtexto escrito, pois nunca escrevemos para ns mesmos, nem mesmofalamos sozinhos.

    de fundamental importncia sabermos classificar os textos dos quaistravamos convivncia no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber queexistem tipos textuais e gneros textuais.

    Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciadoou ocorrido conosco, expomos nossa opinio sobre determinado assunto,ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos umretrato verbal sobre algum que acabamos de conhecer ou ver.

    exatamente nestas situaes corriqueiras que classificamos osnossos textos naquela tradicional tipologia: Narrao, Descrio eDissertao.

    Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemploum Editorial, no qual o autor expe seu ponto de vista sobre determinado

    assunto, uma descrio de um ambiente e um texto literrio escrito emprosa.

    Em se tratando de gneros textuais, a situao no diferente, pois seconceituam como gneros textuais as diversas situaessociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Comoexemplo, temos: uma receita culinria, um e-mail, uma reportagem, umamonografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-se-iam como: instrucional, correspondncia pessoal (em meio eletrnico), textodo ramo jornalstico e, por ltimo, um texto de cunho cientfico.

    Mas como toda escrita perfaz-se de uma tcnica para comp-la, extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir estagama de textos. medida que a praticamos, vamos nos aperfeioandomais e mais na sua performance estrutural. Por Vnia Duarte

    O Conto

    um relato em prosa de fatos fictcios. Consta de trs momentos per-feitamente diferenciados: comea apresentando um estado inicial de equil-brio; segue com a interveno de uma fora, com a apario de um conflito,que d lugar a uma srie de episdios; encerra com a resoluo desseconflito que permite, no estgio final, a recuperao do equilbrio perdido.

    Todo conto tem aes centrais, ncleos narrativos, que estabelecementre si uma relao causal. Entre estas aes, aparecem elementos derecheio (secundrios ou catalticos), cuja funo manter o suspense.Tanto os ncleos como as aes secundrias colocam em cena persona-gens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresen-tao das caractersticas destes personagens, assim como para as indica-es de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos.

    Um recurso de uso frequente nos contos a introduo do dilogo daspersonagens, apresentado com os sinais grficos correspondentes (os

    travesses, para indicar a mudana de interlocutor).A observao da coerncia temporal permite ver se o autor mantm alinha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo naapresentao dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanos aofuturo).

    A demarcao do tempo aparece, geralmente, no pargrafo inicial. Oscontos tradicionais apresentam frmulas caractersticas de introduo detemporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...".

    Os tempos verbais desempenham um papel importante na construoe na interpretao dos contos. Os pretritos imperfeito e o perfeito predo-minam na narrao, enquanto que o tempo presente aparece nas descri-es e nos dilogos.

    O pretrito imperfeito apresenta a ao em processo, cuja incidnciachega ao momento da narrao: "Rosrio olhava timidamente seu preten-

    dente, enquanto sua me, da sala, fazia comentrios banais sobre a hist-ria familiar." O perfeito, ao contrrio, apresenta as aes concludas nopassado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhousua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala".

    A apresentao das personagens ajusta-se estratgia da definibilida-de: so introduzidas mediante uma construo nominal iniciada por umartigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois substitudo pelodefinido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrouapressadamente na sala de embarque e olhou volta, procurando algumimpacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romntico dosanos 40."

    O narrador uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos queconstituem o relato, a voz que conta o que est acontecendo. Esta vozpode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatosna primeira pessoa ou, tambm, pode ser a voz de uma terceira pessoa

    que no intervm nem como ator nem como testemunha.Alm disso, o narrador pode adotar diferentes posies, diferentespon-

    tos de vista: pode conhecer somente o que est acontecendo, isto , o queas personagens esto fazendo ou, ao contrrio, saber de tudo: o que fa-zem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhesacontecer. Estes narradores que sabem tudo so chamados oniscientes.

    A Novela semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior nmero de

    complicaes, passagens mais extensas com descries e dilogos. Aspersonagens adquirem uma definio mais acabada, e as aes secund-rias podem chegar a adquirir tal relevncia, de modo que terminam porconverter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.

    A Obra TeatralOs textos literrios que conhecemos como obras de teatro (dramas,

    tragdias, comdias, etc.) vo tecendo diferentes histrias, vo desenvol-vendo diversos conflitos, mediante a interao lingustica das personagens,quer dizer, atravs das conversaes que tm lugar entre os participantesnas situaes comunicativas registradas no mundo de fico construdopelo texto. Nas obras teatrais, no existe um narrador que conta os fatos,mas um leitor que vai conhecendo-os atravs dos dilogos e/ ou monlogosdas personagens.

    Devido trama conversacional destes textos, torna-se possvel encon-trar neles vestgios de oralidade (que se manifestam na linguagem espon-tnea das personagens, atravs de numerosas interjeies, de alteraesda sintaxe normal, de digresses, de repeties, de diticos de lugar etempo. Os sinais de interrogao, exclamao e sinais auxiliares servempara moldar as propostas e as rplicas e, ao mesmo tempo, estabelecemos turnos de palavras.

    As obras de teatro atingem toda sua potencialidade atravs da repre-sentao cnica: elas so construdas para serem representadas. O diretore os atores orientam sua interpretao.

    Estes textos so organizados em atos, que estabelecem a progressotemtica: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada conta-to apresentado. Cada ato contm, por sua vez, diferentes cenas, determi-

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    nadas pelas entradas e sadas das personagens e/ou por diferentes qua-dros, que correspondem a mudanas de cenografias.

    Nas obras teatrais so includos textos de trama descritiva: so aschamadas notaes cnicas, atravs das quais o autor d indicaes aosatores sobre a entonao e a gestualidade e caracteriza as diferentescenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ao.Estas notaes apresentam com frequncia oraes unimembres e/oubimembres de predicado no verbal.

    O Poema

    Texto literrio, geralmente escrito em verso, com uma distribuio es-pacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dorelevncia aos espaos em branco; ento, o texto emerge da pgina comuma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos miste-riosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, paracaptar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pre-tende extrair a significao dos recursos estilsticos empregados pelopoeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoes, suaverso da realidade, ou para criar atmosferas de mistrio de surrealismo,relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apre-sentar ensinamentos morais (como nas fbulas).

    O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valorsono-ro das palavras e s pausas para dar musicalidade ao poema, parteessencial do verso: o verso uma unidade rtmica constitudapor uma srie

    mtrica de slabas fnicas. A distribuio dos acentos das palavras quecompem os versos tem uma importncia capitalpara o ritmo: a musicali-dade depende desta distribuio.

    Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente distncia sonora das slabas. As slabas fnicas apresentam algumasdiferenas das slabas ortogrficas. Estas diferenas constituem as chama-das licenas poticas: a direse, que permite separar os ditongos em suasslabas; a sinrese, que une em uma slaba duas vogais que no constitu-em um ditongo; a sinalefa, que une em uma s slaba a slaba final de umapalavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ouh; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais tambmincidem no levantamento das slabas do verso. Se a ltima palavra paro-xtona, no se altera o nmero de slabas; se oxtona, soma-se umaslaba; se proparoxtona, diminui-se uma.

    A rima uma caracterstica distintiva, mas no obrigatria dos versos,

    pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos deuso frequen-te na poesia moderna). A rima consiste na coincidncia total ou parcial dosltimos fonemas do verso. Existem dois tipos derimas: a consoante (coin-cidncia total de vogais e consoante a partir daltima vogal acentuada) e aassonante (coincidncia unicamente das vogais a partir da ltima vogalacentuada). A mtrica mais frequente dos versos vai desde duas at de-zesseis slabas. Os versosmonosslabos no existem, j que, pelo acento,so consideradosdisslabos.

    As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas dife-rentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se progresso temtica do texto: com frequncia, desenvolvem uma unidadeinformativa vinculada ao tema central.

    Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, atravs dos meca-nismos de substituio e de combinao, respectivamente, culminam com a

    criao de metforas, smbolos, configuraes sugestionadoras de vocbu-los, metonmias, jogo de significados, associaes livres e outros recursosestilsticos que do ambiguidade ao poema.

    TEXTOS JORNALSTICOSOs textos denominados de textos jornalsticos, em funo de seu por-

    tador ( jornais, peridicos, revistas), mostram um claro predomnio dafuno informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no mo-mento em que acontecem. Esta adeso ao presente, esta primazia daatualidade, condena-os a uma vida efmera. Propem-se a difundir asnovidades produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais varia-dos temas.

    De acordo com este propsito, so agrupados em diferentes sees:informao nacional, informao internacional, informao local, sociedade,economia, cultura, esportes, espetculos e entretenimentos.

    A ordem de apresentao dessas sees, assim como a extenso e otratamento dado aos textos que incluem, so indicadores importantes tantoda ideologia como da posio adotada pela publicao sobre o tema abor-dado.

    Os textos jornalsticos apresentam diferentes sees. As mais comunsso as notcias, os artigos de opinio, as entrevistas, as reportagens, ascrnicas, as resenhas de espetculos.

    A publicidade um componente constante dos jornais e revistas, medida que permite o financiamento de suas edies. Mas os textos publi-citrios aparecem no s nos peridicos como tambm em outros meiosamplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nosreferiremos a eles em outro momento.

    Em geral, aceita-se que os textos jornalsticos, em qualquer uma de

    suas sees, devem cumprir certos requisitos de apresentao, entre osquais destacamos: uma tipografia perfeitamente legvel, uma diagramaocuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informa-o lingustica, incluso de grficos ilustrativos que fundamentam as expli-caes do texto.

    pertinente observar como os textos jornalsticos distribuem-se na pu-blicao para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente,a primeira pgina, as pginas mpares e o extremo superior das folhas dos

    jornais trazem as informaes que se quer destacar. Esta localizaoantecipa ao leitor a importncia que a publicao deu ao contedo dessestextos.

    O corpo da letra dos ttulos tambm um indicador a considerar sobrea posio adotada pela redao.

    A Notcia

    Transmite uma nova informao sobre acontecimentos, objetos oupessoas.As notcias apresentam-se como unidades informativas completas,que

    contm todos os dados necessrios para que o leitor compreenda a infor-mao, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo,no necessrio ter lido os jornais do dia anterior para interpret-la), ou delig-la a outros textos contidos na mesma publicao ou em publicaessimilares.

    comum que este texto use a tcnica da pirmide invertida: comeapelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de trspartes claramente diferenciadas: o ttulo, a introduo e o desenvolvimento.O ttulo cumpre uma dupla funo - sintetizar o tema central e atrair aateno do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do JornalEl Pas, 1991) sugerem geralmente que os ttulos no excedam trezepalavras. A introduo contm o principal da informao, sem chegar a ser

    um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhesque no aparecem na introduo.

    A notcia redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se margem do que conta, razo pela qual no permitido o emprego daprimeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, alm de omitiro eu ou o ns, tambm no deve recorrer aos possessivos (por exemplo,no se referir Argentina ou a Buenos Aires com expresses tais comonosso pas ou minha cidade).

    Esse texto se caracteriza por sua exigncia de objetividade e veracida-de: somente apresenta os dados. Quando o jornalista no consegue com-provar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer acertas frmulas para salvar sua responsabilidade:parece, no est descar-tado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte,recorre ao discurso direto, como, por exemplo:

    O ministro afirmou: "O tema dos aposentados ser tratado na Cmarados Deputados durante a prxima semana .O estilo que corresponde a este tipo de texto o formal.Nesse tipo de texto, so empregados, principalmente, oraes

    enunciativas, breves, que respeitam a ordem sinttica cannica. Apesar dasnotcias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, tambm frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foramperseguidos pela

    polcia; e das formas impessoais: A perseguio aosdelinquentes foi feitapor um patrulheiro.

    A progresso temtica das notcias gira em tomo das perguntas o qu?quem? como? quando? por qu e para qu?.

    O Artigo de OpinioContm comentrios, avaliaes, expectativas sobre um tema da atua-

    lidade que, por sua transcendncia, no plano nacional ou internacional, j considerado, ou merece ser, objeto de debate.

    Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de anlise ou pesqui-sa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam aposio adotada pelo jornal ou revista em concordncia com sua ideologia,enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opinies de

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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    Lngua Portuguesa A Opo Certa Para a Sua Realizao7

    seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniesdivergentes e at antagnicas em uma mesma pgina.

    Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral seorganizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identifica-o do tema em questo, acompanhado de seus antecedentes e alcance, eque segue com uma tomada de posio, isto , com a formulao de umatese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificaresta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmao da posio adotada noincio do texto.

    A efetividade do texto tem relao direta no s com a pertinncia dosargumentos expostos como tambm com as estratgias discursivas usadaspara persuadir o leitor. Entre estas estratgias, podemos encontrar asseguintes: as acusaes claras aos oponentes, as ironias, as insinuaes,as digresses, as apelaes sensibilidade ou, ao contrrio, a tomada dedistncia atravs do uso das construes impessoais, para dar objetividadee consenso anlise realizada; a reteno em recursos descritivos - deta-lhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisaesto bem especificadas com uma minuciosa enumerao das fontes dainformao. Todos eles so recursos que servem para fundamentar osargumentos usados na validade da tese.

    A progresso temtica ocorre geralmente atravs de um esquema detemas derivados. Cada argumento pode encerrar um tpico com seusrespectivos comentrios.

    Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresen-tam uma preeminncia de oraes enunciativas, embora tambm incluam,com frequncia, oraes dubitativas e exortativas devido sua tramaargumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valorda informao de base, o assunto em questo; as ltimas, para convencero leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destesartigos, opta-se por oraes complexas que incluem proposies causaispara as fundamentaes, consecutivas para dar nfase aos efeitos, con-cessivas e condicionais.

    Para interpretar estes textos, indispensvel captar a posturaideolgica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob quecircunstncias e com que propsito foi organizada a informao exposta.Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizarestratgias tais como a referncia exofrica, a integrao crtica dos dadosdo texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das

    entrelinhas a fim de converter em explcito o que est implcito.Embora todo texto exija para sua interpretao o uso das estratgias

    mencionadas, necessrio recorrer a elas quando estivermos frente a umtexto de trama argumentativa, atravs do qual o autor procura que o leitoraceite ou avalie cenas, ideias ou crenas como verdadeiras ou falsas,cenas e opinies como positivas ou negativas.

    A Reportagem uma variedade do texto jornalstico de trama conversacional que,

    para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de umafigura-chave para o conhecimento deste tpico.

    A conversao desenvolve-se entre um jornalista que representa a pu-blicao e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar aateno dos leitores.

    A reportagem inclui uma sumria apresentao do entrevistado, reali-

    zada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o dilogo. Asperguntas so breves e concisas, medida que esto orientadas paradivulgar as opinies e ideias do entrevistado e no as do entrevistador.

    A EntrevistaDa mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente medi-

    ante uma trama conversacional, mas combina com frequncia este tecidocom fios argumentativos e descritivos. Admite, ento, uma maior liberdade,uma vez que no se ajusta estritamente frmula pergunta-resposta, masdetm-se em comentrios e descries sobre o entrevistado e transcrevesomente alguns fragmentos do dilogo, indicando com travesses a mu-dana de interlocutor. permitido apresentar uma introduo extensa comos aspectos mais significativos da conversao mantida, e as perguntaspodem ser acompanhadas de comentrios, confirmaes ou refutaessobre as declaraes do entrevistado.

    Por tratar-se de um texto jornalstico, a entrevista deve necessa-riamente incluir um tema atual, ou com incidncia na atualidade, embora aconversao possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitasdestas entrevistas se ajustem a uma progresso temtica linear ou a temasderivados.

    Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, no existeuma garantia de dilogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vezde quem fala, a progresso temtica no se ajusta ao jogo argumentativode propostas e de rplicas.

    TEXTOS DE INFORMAO CIENTFICAEsta categoria inclui textos cujos contedos provm do campo das ci-

    ncias em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-se tanto nas Cincias Sociais como nas Cincias Naturais.

    Apesar das diferenas existentes entre os mtodos de pesquisa destas

    cincias, os textos tm algumas caractersticas que so comuns a todassuas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos,as oraes enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordemsinttica cannica (sujeito-verbo-predicado).

    Incluem frases claras, em que no h ambiguidade sinttica ou semn-tica, e levam em considerao o significado mais conhecido, mais difundidodas palavras.

    O vocabulrio preciso. Geralmente, estes textos no incluem vocbu-los a que possam ser atribudos um multiplicidade de significados, isto ,evitam os termos polissmicos e, quando isso no possvel, estabelecemmediante definies operatrias o significado que deve ser atribudo aotermo polissmico nesse contexto.

    A DefinioExpande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que

    determina de forma clara e precisa as caractersticas genricas e diferenci-ais do objeto ao qual se refere. Essa descrio contm uma configuraode elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definiratravs de um processo de sinonmia.

    Recordemos a definio clssica de "homem", porque o exemplo porexcelncia da definio lgica, uma das construes mais generalizadasdentro deste tipo de texto: O homem um animal racional. A expanso dotermo "homem" - "animal racional" - apresenta o gnero a que pertence,"animal", e a diferena especfica, "racional": a racionalidade o trao quenos permite diferenciar a espcie humana dentro do gnero animal.

    Usualmente, as definies includas nos dicionrios, seus portadoresmais qualificados, apresentam os traos essenciais daqueles a que sereferem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodcimo e ltimo signo ouparte do Zodaco, de 30 de amplitude, que o Sol percorre aparentementeantes de terminar o inverno.

    Como podemos observar nessa definio extrada do Dicionrio de LaReal Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ouintroduo desenvolve-se atravs de uma descrio que contm seustraos mais relevantes, expressa, com frequncia, atravs de oraesunimembres, constitudos por construes endocntricas(em nosso exem-plo temos uma construo endocntrica substantiva -o ncleo um subs-tantivo rodeado de modificadores "duodcimo e ltimo signo ou parte doZodaco, de 30 de amplitude..."), que incorporam maior informao medi-ante proposies subordinadasadjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-te antes de terminar oinverno".

    As definies contm, tambm, informaes complementares relacio-nadas, por exemplo, com a cincia ou com a disciplina em cujo lxico seinclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimolgica do vocbulo("do lat.piscis"); a sua classificao gramatical (s.p.m.), etc.

    Essas informaes complementares contm frequentementeabreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras pginas do Dicionrio:Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo prprio masculino, etc.

    O tema-base (introduo) e sua expanso descritiva - categorias bsi-cas da estrutura da definio - distribuem-se espacialmente em blocos, nosquais diferentes informaes costumam ser codificadas atravs de tipogra-fias diferentes (negrito para o vocabulrio a definir; itlico para as etimologi-as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco median-te barras paralelas e /ou nmeros.

    Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estenderumacoisa por um perodo determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazercontinuar em exerccio; adiar o trmino de.

    A Nota de EnciclopdiaApresenta, como a definio, um tema-base e uma expanso de trama

    descritiva; porm, diferencia-se da definio pela organizao e pela ampli-tude desta expanso.

    A progresso temtica mais comum nas notas de enciclopdia a detemas derivados: os comentrios que se referem ao tema-base constituem-se, por sua vez, em temas de distintos pargrafos demarcados por subttu-los. Por exemplo, no tema Repblica Argentina, podemos encontrar os

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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    Lngua Portuguesa A Opo Certa Para a Sua Realizao8

    temas derivados: traos geolgicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia,populao, cidades, economia, comunicao, transportes, cultura, etc.

    Estes textos empregam, com frequncia, esquemas taxionmicos, nosquais os elementos se agrupam em classes inclusivas e includas. Porexemplo: descreve-se "mamfero" como membro da classe dos vertebra-dos; depois, so apresentados os traos distintivos de suas diversas varie-dades: terrestres e aquticos.

    Uma vez que nestas notas h predomnio da funo informativa da lin-guagem, a expanso construda sobre a base da descrio cientfica, que

    responde s exigncias de conciso e de preciso.As caractersticas inerentes aos objetos apresentados aparecem atra-vs de adjetivos descritivos -peixe de cor amarelada escura, com manchas

    pretas no dorso, e parte inferiorprateada, cabea quase cnica, olhos muitojuntos, boca oblqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativados substantivos e, como possvel observar em nosso exemplo, agregamqualidades prprias daquilo a que se referem.

    O uso do presente marca a temporalidade da descrio, em cujo tecidopredominam os verbos estticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os deligao - ser, estar, parecer, etc.

    O Relato de ExperimentosContm a descrio detalhada de um projeto que consiste em

    manipular o ambiente para obter uma nova informao, ou seja, so textosque descrevem experimentos.

    O ponto de partida destes experimentos algo que se deseja saber,mas que no se pode encontrar observando as coisas tais como esto; necessrio, ento, estabelecer algumas condies, criar certas situaespara concluir a observao e extrair concluses. Muda-se algo para consta-tar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condiesuma planta de determinada espcie cresce mais rapidamente, pode-secolocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condiesde luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, gua; com diferentesfertilizantes orgnicos, qumicos etc., para observar e precisar em quecircunstncias obtm-se um melhor crescimento.

    A macroestrutura desses relatos contm, primordialmente, duas cate-gorias: uma corresponde s condies em que o experimento se realiza,isto , ao registro da situao de experimentao; a outra, ao processoobservado.

    Nesses textos, ento, so utilizadas com frequncia oraes que co-

    meam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal):Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, hmus, a

    planta crescer mais rpido.Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos comeam a

    mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade.Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A varivel

    tempo aparece atravs de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, possvel observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeirosbrotos...; de advrbios ou de locues adverbiais: Jogo, antes de,depois de, nomesmo momento que, etc., dado que a varivel temporal um componenteessencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apre-senta as caractersticas dos elementos, os traos distintivos de cada umadas etapas do processo.

    O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se,colocado

    em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeirapessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogoobservamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distncia existenteentre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa,do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.

    A MonografiaEste tipo de texto privilegia a anlise e a crtica; a informao sobre um

    determinado tema recolhida em diferentes fontes.Os textos monogrficos no necessariamente devem ser realizados

    com base em consultas bibliogrficas, uma vez que possvel terem comofonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhosqualificados ou de especialistas no tema.

    As monografias exigem uma seleo rigorosa e uma organizao coe-rente dos dados recolhidos. A seleo e organizao dos dados servemcomo indicador do propsito que orientou o trabalho. Se pretendemos, porexemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que osaspectos positivos da gesto governamental de um determinado persona-gem histrico tm maior relevncia e valor do que os aspectos negativos,

    teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma queesta valorizao fique explcita.

    Nas monografias, indispensvel determinar, no primeiro pargrafo, otema a ser tratado, para abrir espao cooperao ativa do leitor que,conjugando seus conhecimentos prvios e seus propsitos de leitura, faras primeiras antecipaes sobre a informao que espera encontrar eformular as hipteses que guiaro sua leitura. Uma vez determinado otema, estes textos transcrevem, mediante o uso da tcnica de resumo, oque cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais

    estaro listadas nas referncias bibliogrficas, de acordo com as normasque regem a apresentao da bibliografia.O trabalho intertextual (incorporao de textos de outros no tecido do

    texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias atravs deconstrues de discurso direto ou de discurso indireto.

    Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modifica-es, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da econo-mia dirigida conduziu a uma centralizao na Capital Federal de todatramitao referente ao comrcio exterior'] Os dois pontos que prenunciama palavra de outro, as aspas que servem para demarc-la, os traos queincluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida -declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralizao...') so alguns dossinais que distinguem frequentemente o discurso direto.

    Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por ou-

    tro, em vez de transcrever textualmente, com a incluso de elementossubordinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificaes,pronomes pessoais, tempos verbais, advrbios, sinais de pontuao, sinaisauxiliares, etc.

    Discurso direto: s razes de meu pensamento afirmou Echeverra -nutrem-se do liberalismo

    Discurso indireto: 'cheverra afirmou que as razes de seupensamento nutriam -se do liberalismo'

    Os textos monogrficos recorrem, com frequncia, aos verbos discendi(dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir osenunciados das fontes como para incorporar os comentrios e opinies doemissor.

    Se o propsito da monografia somente organizar os dados que o au-tor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critrio de classi-ficao explcito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte

    consultada), sua efetividade depender da coerncia existente entre osdados apresentados e o princpio de classificao adotado.

    Se a monografia pretende justificar uma opinio ou validar uma hipte-se, sua efetividade, ento, depender da confiabilidade e veracidade dasfontes consultadas, da consistncia lgica dos argumentos e da coernciaestabelecida entre os fatos e a concluso.

    Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lgicos do tipoproblema /soluo, premissas /concluso, causas / efeitos.

    Os conectores lgicos oracionais e extra-oracionais so marcas lingus-ticas relevantes para analisar as distintas relaes que se estabelecementre os dados e para avaliar sua coerncia.

    A Biografia uma narrao feita por algum acerca da vida de outra(s) pessoa(s).

    Quando o autor conta sua prpria vida, considera-se uma autobiografia.

    Estes textos so empregados com frequncia na escola, para apresen-tar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existncia de personagenscuja ao foi qualificada como relevante na histria.

    Os dados biogrficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dadoque a temporalidade uma varivel essencial do tecido das biografias, emsua construo, predominam recursos lingusticos que asseguram a conec-tividade temporal: advrbios, construes de valor semntico adverbial(Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurana de suacidade natal Depois, mudou-se com a famliapara La Prata), proposiestemporais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhosda novela, seus estudos de fsica ajudavam-no a reinstalar-se na realida-de), etc.

    A veracidade que exigem os textos de informao cientfica manifesta-se nas biografias atravs das citaes textuais das fontes dos dados apre-sentados, enquanto a tica do autor expressa na seleo e no modo deapresentao destes dados. Pode-se empregar a tcnica de acumulaosimples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dadospode aparecer acompanhado pelas valoraes do autor, de acordo com aimportncia que a eles atribui.

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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    Lngua Portuguesa A Opo Certa Para a Sua Realizao9

    Atualmente, h grande difuso das chamadas "biografias no -autorizadas" de personagens da poltica, ou do mundo da Arte. Uma carac-terstica que parece ser comum nestas biografias a intencionalidade derevelar a personagem atravs de uma profusa acumulao de aspectosnegativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vciosaltamente reprovados pela opinio pblica.

    TEXTOS INSTRUCIONAISEstes textos do orientaes precisas para a realizao das mais di-

    versas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou

    animais domsticos, usar um aparelho eletrnico, consertar um carro, etc.Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culi-nrias at os complexos manuais de instruo para montar o motor de umavio. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: alm dereceitas e manuais, esto os regulamentos, estatutos, contratos, instrues,etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham dafuno apelativa, medida que prescrevem aes e empregam a tramadescritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendi-da.

    A construo de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencio-nais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade,esto amplamente difundidos os modelos de regulamentos de co-propriedade; ento, qualquer pessoa que se encarrega da redao de umtexto deste tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identifica-

    o para introduzir, se necessrio, algumas modificaes parciais nosdireitos e deveres das partes envolvidas.Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instru-

    cionais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador dealimentos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguiruma dieta para emagrecer. A habilidade alcanada no domnio destestextos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu empregofrequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de aborda-gem e de produo de algumas de suas variedades, como as receitas e asinstrues.

    As Receitas e as InstruesReferimo-nos s receitas culinrias e aos textos que trazem instrues

    para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato,fabricar um mvel, consertar um objeto, etc.

    Estes textos tm duas partes que se distinguem geralmente a partir da

    especializao: uma, contm listas de elementos a serem utilizados (listade ingredientes das receitas, materiais que so manipulados no experimen-to, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.),a outra, desenvolve as instrues.

    As listas, que so similares em sua construo s que usamos habitu-almente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acom-panhados de numerais (cardinais, partitivos e mltiplos).

    As instrues configuram-se, habitualmente, com oraes bimembres,com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ouoraes unimembres formadas por construes com o verbo no infinitivo(misturar a farinha com o acar).

    Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como asconstrues com formas nominais gerndio, particpio, infinitivo aparecemacompanhados por advrbios palavras ou por locues adverbiais que

    expressam o modo como devem ser realizadas determinadas aes (sepa-re cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado asclaras das gemas). Os propsitos dessas aes aparecem estruturadosvisando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o contedo do pacoteem gua fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras atque fique numa consistncia espessa). Nestes textos inclui-se, com fre-quncia, o tempo do receptor atravs do uso do dixis de lugar e de tempo:

    Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poder mexer novamente. Nestemomento, ter que correr rapidamente at o lado oposto da cancha. Aqui

    pode intervir outro membro da equipe.TEXTOS EPISTOLARESOs textos epistolares procuram estabelecer uma comunicao por es-

    crito com um destinatrio ausente, identificado no texto atravs do cabea-lho. Pode tratar-se de um indivduo (um amigo, um parente, o gerente deuma empresa, o diretor de um colgio), ou de um conjunto de indivduosdesignados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).

    Estes textos reconhecem como portador este pedao de papel que, deforma metonmica, denomina-se carta, convite ou solicitao, dependendodas caractersticas contidas no texto.

    Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organiza-o espacial, cujos componentes so os seguintes: cabealho, que estabe-lece o lugar e o tempo da produo, os dados do destinatrio e a forma detratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do textoem que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudaoe a assinatura, atravs da qual se introduz o autor no texto. O grau defamiliaridade existente entre emissor e destinatrio o princpio que orientaa escolha do estilo: se o texto dirigido a um familiar ou a um amigo, opta-se por um estilo informal; caso contrrio, se o destinatrio desconhecido

    ou ocupa o nvel superior em uma relao assimtrica (empregador emrelao ao empregado, diretor em relao ao aluno, etc.), impe-se o estiloformal.

    A CartaAs cartas podem ser construdas com diferentes tramas (narrativa e ar-

    gumentativa), em tomo das diferentes funes da linguagem (informativa,expressiva e apelativa).

    Referimo-nos aqui, em particular, s cartas familiares e amistosas, isto, aqueles escritos atravs dos quais o autor conta a um parente ou a umamigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contm acontecimen-tos, sentimentos, emoes, experimentados por um emissor que percebe oreceptor como cmplice, ou seja, como um destinatrio comprometidoafetivamente nessa situao de comunicao e, portanto, capaz de extrair adimenso expressiva da mensagem.

    Uma vez que se trata de um dilogo distncia com um receptor co-nhecido, opta-se por um estilo espontneo e informal, que deixa transpare-cer marcas da oraljdade: frases inconclusas, nas quais as reticnciashabilitam mltiplas interpretaes do receptor na tentativa de conclu-las;perguntas que procuram suas respostas nos destinatrios; perguntas queencerram em si suas prprias respostas (perguntas retricas); pontos deexclamao que expressam a nfase que o emissor d a determinadasexpresses que refletem suas alegrias, suas preocupaes, suas dvidas.

    Estes textos renem em si as diferentes classes de oraes. As enun-ciativas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com asdubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar asubjetividade do autor. Esta subjetividade determina tambm o uso dediminutivos e aumentativos, a presena frequente de adjetivos qualificati-vos, a ambiguidade lexical e sinttica, as repeties, as interjeies.

    A Solicitao

    dirigida a um receptor que, nessa situao comunicativa estabelecidapela carta, est revestido de autoridade medida que possui algo ou tem apossibilidade de outorgar algo que considerado valioso pelo emissor: umemprego, uma vaga em uma escola, etc.

    Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ce-der ou no ao pedido, obriga o primeiro a opta