petição inicial - renan calheiros x ricardo boechat

Upload: john-klaus-kanenberg

Post on 07-Oct-2015

59 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS,brasileiro, casado, Senador da República, inscrito no CIC-MF sob o nº110.786.854-87, portador da Cédula de Identidade nº 229.771-AL, residente edomiciliado em Maceió, Alagoas, na Avenida Sílvio Viana, nº 2.727, apartamento703, Ponta Verde, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, porintermédio do advogado abaixo subscrito, constituído nos termos do instrumentode mandato incluso (doc. 01), com endereço para intimações na Rua ProfessoraNadir Maia Gomes Rego, nº 48, Jatiúca, Maceió, Alagoas, para propor apresente AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS em face de RICARDOEUGÊNIO BOECHAT, brasileiro, jornalista, com endereço em SãoPaulo/SP, na Rua Radiantes, nº 13, Jardim Leonor, CEP 05614-900. E o fazamparado no art. 5º, incisos V e X, da Constituição Federal, e no Código Civil,conforme as razões de fato e de direito que passa a expor.

TRANSCRIPT

  • 1

    EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ______VARA CVEL DA CO-MARCA DE MACEI - ALAGOAS

    Ningum ser sujeito a interferncias na sua vida pri-vada, na sua famlia, no seu lar ou na sua correspondn-cia, nem A ATAQUES SUA HONRA E REPUTAO. Toda pessoa tem direito proteo da lei contra tais interfe-rncias ou ataques.1

    JOS RENAN VASCONCELOS CALHEI-ROS, brasileiro, casado, Senador da Repblica, inscrito no CIC-MF sob o n 110.786.854-87, portador da Cdula de Identidade n 229.771-AL, residente e domiciliado em Macei, Alagoas, na Avenida Slvio Viana, n 2.727, aparta-mento 703, Ponta Verde, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelncia, por intermdio do advogado abaixo subscrito, constitudo nos termos do instrumen-to de mandato incluso (doc. 01), com endereo para intimaes na Rua Profes-sora Nadir Maia Gomes Rego, n 48, Jatica, Macei, Alagoas, para propor a presente AO DE REPARAO DE DANOS MORAIS em face de RI-CARDO EUGNIO BOECHAT, brasileiro, jornalista, com endereo em So Paulo/SP, na Rua Radiantes, n 13, Jardim Leonor, CEP 05614-900. E o faz amparado no art. 5, incisos V e X, da Constituio Federal, e no Cdigo Civil, conforme as razes de fato e de direito que passa a expor.

    I OS FATOS

    01. O ru usou, na data de 24 de maio deste ano, o espao que ocupa no programa de alcance nacional da BAND NEWS FM (doc. 02 - mdia), para difundir aleivosias contra o autor, num contexto agres-sivo, abusando da liberdade de informar.

    02. Durante a transmisso da notcia, pela repr-ter Fernanda Maquino, de que o Presidente do Senado Federal assumiria na qualidade de interino a Presidncia da Repblica, o demandado travou um di-logo com a reprter Tatiana Vasconcelos, fazendo aluses claramente precon-ceituosas e ofensivas honra do autor. Note-se que as afirmaes so diretas, peremptrias e ofensivas:

    1 Declarao Universal dos Direitos do Homem (art. XII), aprovada e proclamada pela

    Assembleia Geral das Naes Unidas, em 10 de dezembro 1948.

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 1

  • 2

    "Renan folha corrida Calheiros. O nome com-pleto dele Renan folha corrida Calheiros, Re-nan pronturio cheio Calheiros, presidente da Repblica do Brasil, Federativa do Brasil. E ai o seguinte: no nem nesse dia que a gente tem que enfiar o dedo na goela para vomitar, todos os dias. Porque todos os dias ele presidente do Congresso e do Senado e t na linha sucessria."

    03. Sem dvida, tal manifestao visou atingir a honra do autor. O ru afirmou, repetiu, frisou categoricamente: o "nome com-pleto dele Renan folha corrida Calheiros, Renan pronturio cheio Calhei-ros", lanando mo de expresses bem conhecidas que significam maus ante-cedentes criminais e refletem a vida pregressa de autores de crimes, ou seja, de bandidos.

    04. A expresso folha corrida, que tem origem nas Ordenaes Filipinas e pode ser encontrada na Lei de Execues Penais, traduz a lista de processos criminais que algum respondeu ou responde. Por sua vez, a expresso pronturio cheio tambm passa a mensagem de vasto pronturio criminal e periculosidade social do autor.

    05. Aps tais referncias, o demandado no se imps limites e arrematou: no nem nesse dia que a gente tem que enfiar o dedo na goela para vomitar, todos os dias. Porque todos os dias ele presi-dente do Congresso e do Senado e t na linha sucessria o que, convenha-se, no tem base em qualquer critrio jornalstico, descambando do direito de in-formar para invadir o campo pessoal, mais especificamente, dos direitos da personalidade.

    06. No dia 21 de junho de 2013, o ru volta a agredir deliberadamente a honra do autor no acima citado programa radiofni-co, ao afirmar peremptoriamente que ele, o autor, seria a expresso acabada do que h de mais odiento e asqueroso na poltica brasileira, alm de revelar o desejo de que o demandante deveria morrer por enforcamento: se enforca cara, sobe a na cadeira do seu gabinete, na mesa, pe uma corda no lustre e pula com a corda do pescoo.

    07. Importa considerar que, no regime democrti-co, a soberania popular exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. o que diz a Constituio Federal e o que se pratica para legitimar o mandato eletivo. Com o consentimento do povo alagoano, livremente expressado nas urnas, o cidado Jos Renan Vasconcelos Calheiros foi eleito pela terceira vez consecutiva para o Senado Federal.

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 2

  • 3

    08. Para presidir o Senado Federal, tambm pela terceira vez, contou com a esmagadora maioria dos votos dos seus pares. O au-tor tem a ficha limpa, com certides negativas de todos os tribunais. No res-ponde a processo criminal, jamais teve candidatura impugnada por compra de votos, abuso de poder, conduta vedada ou qualquer outro motivo e as presta-es de contas de campanha sempre mereceram plena aprovao da Justia E-leitoral.

    09. A deplorvel conduta preconceituosa adotada pelo ru (logo quem) configura abuso do direito de informar e descamba para agresses pessoais, repudiadas tanto pela Constituio Federal quanto pelo C-digo Civil.

    10. Com efeito, o demandado ultrajou a honra do demandante. Difamou e injuriou. Abusou do direito de informar para macular injustamente a imagem do demandante e, por isso, deve ser condenado a inde-nizar os danos morais que causou, a fim de que acerte o passo de acordo com a ordem jurdica brasileira.

    II CABIMENTO E COMPETNCIA

    11. A Constituio Federal (art. 5, V e X) asse-gura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, prescrevendo o direito indenizao pelo dano moral decorrente de sua violao. Nesse mesmo sentido dispe o Cdigo Civil, em seus artigos 186 e 927.

    12. Por sua vez, o foro territorial competente para julgar as aes indenizatrias por dano honra estabelecido pelo art. 100, V, a do CPC, que dispe:

    Art. 100. competente o foro: V do lugar do ato ou fato: a) para a ao de reparao de dano;

    13. Tal entendimento encontra ressonncia na ju-risprudncia ptria, sendo exemplar a esclarecedora ementa de venerando ares-to do egrgio Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios:

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 3

  • 4

    CIVIL. INDENIZAO POR DANOS MO-RAIS. MATRIA JORNALSTICA. COMPE-TNCIA. DECADNCIA. QUANTUM. I O foro competente para a ao de reparao de danos morais produzidos por meio da impren-sa obedece regra do art. 100, incs. IV e V do CPC, podendo ser o do domiclio do ofendido, se neste local ocorreu repercusso negativa da publicao ofensiva. (...) - (AC 20030110562434/DF, Reg. Acrdo 229.944, Rel. Des. Vera Andrighi).

    14. Cabvel, portanto, a demanda com base na Magna Carta e no Cdigo civil, bem assim aplicvel o art. 100, V, a, do CPC, para estabelecer a competncia territorial dessa Comarca de Macei, Alagoas, domiclio do ofendido.

    III OS DANOS MORAIS E O DIREITO REPARAO

    15. O ru, com sua atitude, deixou claro o objeti-vo de enxovalhar a honra do autor, sendo veemente prova deste intento o pr-prio contedo ofensivo da mdia anexada aos autos, de onde foram extrados os excertos transcritos linhas acima.

    - A OFENSA HONRA

    16. A demanda tem lastro na Carta Magna:

    Art. 5 .......................omissis................................. V assegurado o direito de resposta, proporcio-nal ao agravo, alm da indenizao por dano ma-terial, moral ou imagem; X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o di-reito indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao;

    17. Ainda nessa linha de raciocnio, a pretenso aqui deduzida tem integral amparo na Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil):

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 4

  • 5

    Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso volun-tria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repa-r-lo.

    18. No programa transmitido diariamente pela prestigiada empresa de radiodifuso BAND NEWS FM, tambm divulgado pe-la internet, o demandado atribuiu enfaticamente ao demandante a pecha de criminoso contumaz, aquele que tem folha corrida e pronturio cheio, ca-racterizando ofensa reputao, dignidade pessoal e ao decoro.

    19. Em outra oportunidade, o ru qualifica o autor da demanda de asqueroso, a significar pessoa que causa asco, ou seja, nojento. Tambm usa o adjetivo odiento para propagar que o demandante provocaria averso nas pessoas. Tais manifestaes evidentemente escapam de qualquer critrio jornalstico, ultrapassando as fronteiras da liberdade de expresso e do direito de informar para desaguar na ofensa honra dignidade pessoal.

    20. Reveladora do pleno conhecimento do ru so-bre a ilicitude que deliberadamente comete a frase dirigida aos seus compa-nheiros de trabalho fica botando sonora de Renan Calheiros no meu horrio, vocs querem que ele me processe.

    21. Repudiando as ofensas honra, vale conferir, expletivamente, o seguinte julgado:

    (...) O dano moral indenizvel decorrente de abuso de imprensa se configura quando a notcia veiculada tem a conotao de injria, difama-o ou calnia, ou quando das referncias, alu-ses ou frases veiculadas no jornal sobressai a conotao pejorativa (...). (TAMG, 1 Cmara Cvel, Apelao n 264.994-5, Relatora Juza Va-nessa Verdolim Andrade, j. 27.10.1998, deciso unnime).

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 5

  • 6

    22. Ressalte-se, por oportuno, a conhecida ad-vertncia de DARCY DE ARRUDA MIRANDA2 sobre o tema: a im-prensa livre para a divulgao de informaes, fatos, notcia, crnicas, crticas etc., no para divulgar ofensas, deturpar a verdade, pregar a se-dio, fazer a apologia de crimes e servir de veculos a fins extorcion-rios.

    - A INDENIZAO

    23. A indenizao pelo dano moral, alm de compensar o ofendido pelo amargor da afronta sofrida, deve punir exemplar-mente o ofensor, de modo a desestimular a reincidncia nessa prtica nefanda.

    24. Inequivocamente, as ofensas acima relatadas foram divulgadas pelo rdio e pela internet, alcanaram elevado nmero de pessoas e causaram, na esfera pessoal do autor, aflies e inquietaes que de-vem ser indenizadas pelo ru, de maneira que componha o abalo sofrido. As razes e os fatos acima expostos caracterizam o dano moral, nascendo, por consectrio, a obrigao de indenizar o demandante, em valor a ser arbitrado na sentena.

    25. Ressalte-se que o autor goza de posio social e poltica que deve ser levada em considerao no arbitramento da indenizao: deputado estadual, deputado federal, ministro de estado, senador por trs legis-laturas consecutivas, alm de estar exercendo a presidncia do Congresso Na-cional pela terceira vez.

    IV OS PEDIDOS

    26. vista do exposto, instruda a petio inicial com a mdia dos programas utilizados pelo ru para divulgar as ofensas, bem como configurados os pressupostos legais exigidos para a reparao almejada, requer de Vossa Excelncia:

    I seja citado o ru no endereo constante do prembulo desta pea para, querendo, contestar a presente ao no prazo legal, sob pena de revelia;

    2 In Dos abusos da liberdade de imprensa, p. 54.

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 6

  • 7

    II seja julgada procedente a ao para condenar o ru a indenizar o autor pelos danos morais causados, em valor a ser arbitrado na sentena, acrescido de honorrios de advogado base de 20% e custas judi-ciais;

    24. Protesta por todos os meios de prova em di-reito admitidos e atribui causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

    Pede e espera deferimento.

    Macei-AL, 24 de junho de 2013.

    Horcio Rafael de Albuquerque Aguiar OAB/AL n 7.934

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 7

  • 8

    DEGRAVAO

    Reprter Fernanda Maquino de Braslia: O presidente do Senado, Renan Ca-lheiros, assume a presidncia da Repblica nesta sexta-feira. Ele assume o cargo devido a viagens internacionais da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer e tambm do presidente da Cmara, Henrique Al-ves. A volta do vice-presidente est prevista para amanh e o retorno de Dil-ma a Braslia est agendado para domingo. Ricardo Boechat: Ontem eu tive a reao assim, anteontem na verdade, quando vi essa noticia. A reao que a Tatiana Vasconcelos teve agora. Imagi-na n, Renan Calheiros tal tal tal. Que a reao de qualquer Brasileiro que paga impostos. Tatiana Vasconcelos: O que eu falei que t todo mundo viajando... Boechat: Pois , ento voc no ficou nem um pouquinho indignada? OK. En-to... Tatiana Vasconcelos: U, ele est na linha sucesso, Boechat.

    Boechat: timo. Ento concordarei com voc. .... O Renan Calheiros, on-tem, quando essa notcia se materializou como fato assim, tal: vai assumir a Presidncia da Repblica do Brasil, eu tive assim uma reao de: p, vamos dar uma manchete sobre para a gente poder... que absurdo; e a o Luciano Do-rim disse: u Boechat, mas ele presidente do Congresso. Ento, se tem al-guma maluquice nessa histria, no nem que se cumpra o ritual da sucesso de acordo com que a Constituio estabelece. Primeiro o presidente, depois o vice-presidente, depois eu acho que ... Tatiana Vasconcelos: o presiden-te da Cmara. Boechat: isso que eu ia dizer, depois o presidente da Cma-ra, porque muita gente pode achar que depois presidente do Congresso; no , depois o presidente da Cmara e finalmente o presidente do Senado que presidente do Congresso. Mas a o Dorim disse Boechat mas j t l. Se t l porque vai ser presidente na hora que der essa linha de sucesso,

    quando acontecer a ocasio vai ter que acontecer. Se a gente tivesse que

    botar o dedo na garganta e vomitar no era nem no dia especifico em que

    ele vai ser presidente da Repblica. Renan folha corrida Calheiros. Renan Ca-

    lheiros. O nome completo dele Renan folha corrida Calheiros, Renan pron-

    turio cheio Calheiros, presidente da Repblica do Brasil, Federativa do Bra-

    sil. E ai o seguinte: no nem nesse dia que a gente tem que enfiar o dedo

    na goela para vomitar, todos os dias. Porque todos os dias ele presidente

    do Congresso e do Senado e t na linha sucessria. Ento relaxa como, diria uma colega dele, e goza.

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 8

  • 9

    DEGRAVAO

    Ancora Eduardo Baro: Trancado do lado de dentro do Congresso o Presiden-te do Senado falou sobre os protestos ontem em Braslia.

    Sonora de Renan Calheiros: Fundamentalmente a maior demonstrao de humildade que o Parlamento pode dar como Casa do povo estabelecer uma nova agenda em funo das manifestaes.

    Ricardo Boechat: Por exemplo, Calheiros podia comear dando a seguinte demonstrao de humildade: convoca uma rede nacional de radio e TV re-nuncia, que voc uma expresso acabada do que h de mais odiento, mais asqueroso na poltica brasileira. Se h uma figura, uma das muitas que per-sonificam o que o povo... Faz o seguinte Renan, faz o seguinte: bota o seu me-lhor terno e vai visitar a prxima manifestao. Tenha esse gesto de humilda-de Renan, eu at te proponho o seguinte Renan: a gente vai junto. Como eles tambm esto com bronca da imprensa voc toma suas porradas e eu tomo as minhas. Renan... est afim de enrolar quem Renan? O povo que te elege l nas Alagoas miservel, pobre sofrida com seca com fome... Numa boa Re-nan, que papo de noo de humildade... Renan voc recebeu, foi alvo de um baixo assinado de um milho e meio de assinaturas, no tem um ms, contra sua posse na Presidncia do Senado nacional, fez ironia e enquanto protestos estavam na internet perdendo tempo, uma forma de perder tempo, voc tra-tava desse jeito agora vo para as ruas, d nisso ai e voc vem com esse papo de ter humildade; se enforca cara, sobe a na cadeira do seu gabinete na me-sa, pe uma corda no lustre e pula com a corda no pescoo. Fica botando so-nora de Renan Calheiros no meu horrio vocs querem que ele me processe.

    Se im

    pres

    so, p

    ara

    conf

    ern

    cia a

    cess

    e o

    site

    http

    ://ww

    w2.tja

    l.jus.b

    r/esa

    j, info

    rme o

    proc

    esso

    0721

    617-8

    7.201

    3.8.02

    .0001

    e o c

    digo

    1C6F

    3E.

    Este

    doc

    umen

    to fo

    i ass

    inad

    o di

    gita

    lmen

    te p

    or H

    ORA

    CIO

    RAF

    AEL

    DE A

    LBUQ

    UERQ

    UE A

    GUIA

    R. P

    roto

    colad

    o em

    21/

    08/2

    013

    s 1

    8:13

    :20.

    fls. 9