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    EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ______VARA CVEL DA CO-MARCA DE MACEI - ALAGOAS

    Ningum ser sujeito a interferncias na sua vida pri-vada, na sua famlia, no seu lar ou na sua correspondn-cia, nem A ATAQUES SUA HONRA E REPUTAO. Toda pessoa tem direito proteo da lei contra tais interfe-rncias ou ataques.1

    JOS RENAN VASCONCELOS CALHEI-ROS, brasileiro, casado, Senador da Repblica, inscrito no CIC-MF sob o n 110.786.854-87, portador da Cdula de Identidade n 229.771-AL, residente e domiciliado em Macei, Alagoas, na Avenida Slvio Viana, n 2.727, aparta-mento 703, Ponta Verde, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelncia, por intermdio do advogado abaixo subscrito, constitudo nos termos do instrumen-to de mandato incluso (doc. 01), com endereo para intimaes na Rua Profes-sora Nadir Maia Gomes Rego, n 48, Jatica, Macei, Alagoas, para propor a presente AO DE REPARAO DE DANOS MORAIS em face de RI-CARDO EUGNIO BOECHAT, brasileiro, jornalista, com endereo em So Paulo/SP, na Rua Radiantes, n 13, Jardim Leonor, CEP 05614-900. E o faz amparado no art. 5, incisos V e X, da Constituio Federal, e no Cdigo Civil, conforme as razes de fato e de direito que passa a expor.

    I OS FATOS

    01. O ru usou, na data de 24 de maio deste ano, o espao que ocupa no programa de alcance nacional da BAND NEWS FM (doc. 02 - mdia), para difundir aleivosias contra o autor, num contexto agres-sivo, abusando da liberdade de informar.

    02. Durante a transmisso da notcia, pela repr-ter Fernanda Maquino, de que o Presidente do Senado Federal assumiria na qualidade de interino a Presidncia da Repblica, o demandado travou um di-logo com a reprter Tatiana Vasconcelos, fazendo aluses claramente precon-ceituosas e ofensivas honra do autor. Note-se que as afirmaes so diretas, peremptrias e ofensivas:

    1 Declarao Universal dos Direitos do Homem (art. XII), aprovada e proclamada pela

    Assembleia Geral das Naes Unidas, em 10 de dezembro 1948.

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    "Renan folha corrida Calheiros. O nome com-pleto dele Renan folha corrida Calheiros, Re-nan pronturio cheio Calheiros, presidente da Repblica do Brasil, Federativa do Brasil. E ai o seguinte: no nem nesse dia que a gente tem que enfiar o dedo na goela para vomitar, todos os dias. Porque todos os dias ele presidente do Congresso e do Senado e t na linha sucessria."

    03. Sem dvida, tal manifestao visou atingir a honra do autor. O ru afirmou, repetiu, frisou categoricamente: o "nome com-pleto dele Renan folha corrida Calheiros, Renan pronturio cheio Calhei-ros", lanando mo de expresses bem conhecidas que significam maus ante-cedentes criminais e refletem a vida pregressa de autores de crimes, ou seja, de bandidos.

    04. A expresso folha corrida, que tem origem nas Ordenaes Filipinas e pode ser encontrada na Lei de Execues Penais, traduz a lista de processos criminais que algum respondeu ou responde. Por sua vez, a expresso pronturio cheio tambm passa a mensagem de vasto pronturio criminal e periculosidade social do autor.

    05. Aps tais referncias, o demandado no se imps limites e arrematou: no nem nesse dia que a gente tem que enfiar o dedo na goela para vomitar, todos os dias. Porque todos os dias ele presi-dente do Congresso e do Senado e t na linha sucessria o que, convenha-se, no tem base em qualquer critrio jornalstico, descambando do direito de in-formar para invadir o campo pessoal, mais especificamente, dos direitos da personalidade.

    06. No dia 21 de junho de 2013, o ru volta a agredir deliberadamente a honra do autor no acima citado programa radiofni-co, ao afirmar peremptoriamente que ele, o autor, seria a expresso acabada do que h de mais odiento e asqueroso na poltica brasileira, alm de revelar o desejo de que o demandante deveria morrer por enforcamento: se enforca cara, sobe a na cadeira do seu gabinete, na mesa, pe uma corda no lustre e pula com a corda do pescoo.

    07. Importa considerar que, no regime democrti-co, a soberania popular exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. o que diz a Constituio Federal e o que se pratica para legitimar o mandato eletivo. Com o consentimento do povo alagoano, livremente expressado nas urnas, o cidado Jos Renan Vasconcelos Calheiros foi eleito pela terceira vez consecutiva para o Senado Federal.

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    08. Para presidir o Senado Federal, tambm pela terceira vez, contou com a esmagadora maioria dos votos dos seus pares. O au-tor tem a ficha limpa, com certides negativas de todos os tribunais. No res-ponde a processo criminal, jamais teve candidatura impugnada por compra de votos, abuso de poder, conduta vedada ou qualquer outro motivo e as presta-es de contas de campanha sempre mereceram plena aprovao da Justia E-leitoral.

    09. A deplorvel conduta preconceituosa adotada pelo ru (logo quem) configura abuso do direito de informar e descamba para agresses pessoais, repudiadas tanto pela Constituio Federal quanto pelo C-digo Civil.

    10. Com efeito, o demandado ultrajou a honra do demandante. Difamou e injuriou. Abusou do direito de informar para macular injustamente a imagem do demandante e, por isso, deve ser condenado a inde-nizar os danos morais que causou, a fim de que acerte o passo de acordo com a ordem jurdica brasileira.

    II CABIMENTO E COMPETNCIA

    11. A Constituio Federal (art. 5, V e X) asse-gura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, prescrevendo o direito indenizao pelo dano moral decorrente de sua violao. Nesse mesmo sentido dispe o Cdigo Civil, em seus artigos 186 e 927.

    12. Por sua vez, o foro territorial competente para julgar as aes indenizatrias por dano honra estabelecido pelo art. 100, V, a do CPC, que dispe:

    Art. 100. competente o foro: V do lugar do ato ou fato: a) para a ao de reparao de dano;

    13. Tal entendimento encontra ressonncia na ju-risprudncia ptria, sendo exemplar a esclarecedora ementa de venerando ares-to do egrgio Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios:

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    CIVIL. INDENIZAO POR DANOS MO-RAIS. MATRIA JORNALSTICA. COMPE-TNCIA. DECADNCIA. QUANTUM. I O foro competente para a ao de reparao de danos morais produzidos por meio da impren-sa obedece regra do art. 100, incs. IV e V do CPC, podendo ser o do domiclio do ofendido, se neste local ocorreu repercusso negativa da publicao ofensiva. (...) - (AC 20030110562434/DF, Reg. Acrdo 229.944, Rel. Des. Vera Andrighi).

    14. Cabvel, portanto, a demanda com base na Magna Carta e no Cdigo civil, bem assim aplicvel o art. 100, V, a, do CPC, para estabelecer a competncia territorial dessa Comarca de Macei, Alagoas, domiclio do ofendido.

    III OS DANOS MORAIS E O DIREITO REPARAO

    15. O ru, com sua atitude, deixou claro o objeti-vo de enxovalhar a honra do autor, sendo veemente prova deste intento o pr-prio contedo ofensivo da mdia anexada aos autos, de onde foram extrados os excertos transcritos linhas acima.

    - A OFENSA HONRA

    16. A demanda tem lastro na Carta Magna:

    Art. 5 .......................omissis................................. V assegurado o direito de resposta, proporcio-nal ao agravo, alm da indenizao por dano ma-terial, moral ou imagem; X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o di-reito indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao;

    17. Ainda nessa linha de raciocnio, a pretenso aqui deduzida tem integral amparo na Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil):

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    Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso volun-tria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repa-r-lo.

    18. No programa transmitido diariamente pela prestigiada empresa de radiodifuso BAND NEWS FM, tambm divulgado pe-la internet, o demandado atribuiu enfaticamente ao demandante a pecha de criminoso contumaz, aquele que tem folha corrida e pronturio cheio, ca-racterizando ofensa reputao, dignidade pessoal e ao decoro.

    19. Em outra oportunidade, o ru qualifica o autor da demanda de asqueroso, a significar pessoa que causa asco, ou seja, nojento. Tambm usa o adjetivo odiento para propagar que o demandante provocaria averso nas pessoas. Tais manifestaes evidentemente escapam de qualquer critrio jornalstico, ultrapassando as fronteiras da liberdade de expresso e do direito de informar para desaguar na ofensa honra dignidade pessoal.

    20. Reveladora do pleno conhecimento do ru so-bre a ilicitude que deliberadamente comete a frase dirigida aos seus compa-nheiros de trabalho fica botando sonora de Renan Calheiros no meu horrio, vocs querem que ele me processe.

    21. Repudiando as ofensas honra, vale conferir, expletivamente, o seguinte julgado:

    (...) O dano moral indenizvel decorrente de abuso de imprensa se configura quando a notcia veiculada tem a conotao de injria, difama-o ou calnia, ou quando das referncias, alu-ses ou frases veiculadas no jornal sobressai a conotao pejorativa (...). (TAMG, 1 Cmara Cvel, Apelao n 264.994-5, Relatora Juza Va-nessa Verdolim Andrade, j. 27.10.1998, deciso unnime).

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    22. Ressalte-se, por oportuno, a conhecida ad-vertncia de DARCY DE ARRUDA MIRANDA2 sobre o tema: a im-prensa livre para a divulgao de informaes, fatos, notcia, crnicas, crticas etc., no para divulgar ofensas, deturpar a verdade, pregar a se-dio, fazer a apologia de crimes e servir de veculos a fins extorcion-rios.

    - A INDENIZAO

    23. A indenizao pelo dano moral, alm de compensar o ofendido pelo amargor da afronta sofrida, deve punir exemplar-mente o ofensor, de modo a desestimular a reincidncia nessa prtica nefanda.

    24. Inequivocamente, as ofensas acima relatadas foram divulgadas pelo rdio e pela internet, alcanaram elevado nmero de pessoas e causaram, na esfera pessoal do autor, aflies e inquietaes que de-vem ser indenizadas pelo ru, de maneira que componha o abalo sofrido. As razes e os fatos acima expostos caracterizam o dano moral, nascendo, por consectrio, a obrigao de indenizar o demandante, em valor a ser arbitrado na sentena.

    25. Ressalte-se que o autor goza de posio social e poltica que deve ser levada em considerao no arbitramento da indenizao: deputado estadual, deputado federal, ministro de estado, senador por trs legis-laturas consecutivas, alm de estar exercendo a presidncia do Congresso Na-cional pela terceira vez.

    IV OS PEDIDOS

    26. vista do exposto, instruda a petio inicial com a mdia dos programas utilizados pelo ru para divulgar as ofensas, bem como configurados os pressupostos legais exigidos para a reparao almejada, requer de Vossa Excelncia:

    I seja citado o ru no endereo constante do prembulo desta pea para, querendo, contestar a presente ao no prazo legal, sob pena de revelia;

    2 In Dos abusos da liberdade de imprensa, p. 54.

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    II seja julgada procedente a ao para condenar o ru a indenizar o autor pelos danos morais causados, em valor a ser arbitrado na sentena, acrescido de honorrios de advogado base de 20% e custas judi-ciais;

    24. Protesta por todos os meios de prova em di-reito admitidos e atribui causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

    Pede e espera deferimento.

    Macei-AL, 24 de junho de 2013.

    Horcio Rafael de Albuquerque Aguiar OAB/AL n 7.934

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    DEGRAVAO

    Reprter Fernanda Maquino de Braslia: O presidente do Senado, Renan Ca-lheiros, assume a presidncia da Repblica nesta sexta-feira. Ele assume o cargo devido a viagens internacionais da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer e tambm do presidente da Cmara, Henrique Al-ves. A volta do vice-presidente est prevista para amanh e o retorno de Dil-ma a Braslia est agendado para domingo. Ricardo Boechat: Ontem eu tive a reao assim, anteontem na verdade, quando vi essa noticia. A reao que a Tatiana Vasconcelos teve agora. Imagi-na n, Renan Calheiros tal tal tal. Que a reao de qualquer Brasileiro que paga impostos. Tatiana Vasconcelos: O que eu falei que t todo mundo viajando... Boechat: Pois , ento voc no ficou nem um pouquinho indignada? OK. En-to... Tatiana Vasconcelos: U, ele est na linha sucesso, Boechat.

    Boechat: timo. Ento concordarei com voc. .... O Renan Calheiros, on-tem, quando essa notcia se materializou como fato assim, tal: vai assumir a Presidncia da Repblica do Brasil, eu tive assim uma reao de: p, vamos dar uma manchete sobre para a gente poder... que absurdo; e a o Luciano Do-rim disse: u Boechat, mas ele presidente do Congresso. Ento, se tem al-guma maluquice nessa histria, no nem que se cumpra o ritual da sucesso de acordo com que a Constituio estabelece. Primeiro o presidente, depois o vice-presidente, depois eu acho que ... Tatiana Vasconcelos: o presiden-te da Cmara. Boechat: isso que eu ia dizer, depois o presidente da Cma-ra, porque muita gente pode achar que depois presidente do Congresso; no , depois o presidente da Cmara e finalmente o presidente do Senado que presidente do Congresso. Mas a o Dorim disse Boechat mas j t l. Se t l porque vai ser presidente na hora que der essa linha de sucesso,

    quando acontecer a ocasio vai ter que acontecer. Se a gente tivesse que

    botar o dedo na garganta e vomitar no era nem no dia especifico em que

    ele vai ser presidente da Repblica. Renan folha corrida Calheiros. Renan Ca-

    lheiros. O nome completo dele Renan folha corrida Calheiros, Renan pron-

    turio cheio Calheiros, presidente da Repblica do Brasil, Federativa do Bra-

    sil. E ai o seguinte: no nem nesse dia que a gente tem que enfiar o dedo

    na goela para vomitar, todos os dias. Porque todos os dias ele presidente

    do Congresso e do Senado e t na linha sucessria. Ento relaxa como, diria uma colega dele, e goza.

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    DEGRAVAO

    Ancora Eduardo Baro: Trancado do lado de dentro do Congresso o Presiden-te do Senado falou sobre os protestos ontem em Braslia.

    Sonora de Renan Calheiros: Fundamentalmente a maior demonstrao de humildade que o Parlamento pode dar como Casa do povo estabelecer uma nova agenda em funo das manifestaes.

    Ricardo Boechat: Por exemplo, Calheiros podia comear dando a seguinte demonstrao de humildade: convoca uma rede nacional de radio e TV re-nuncia, que voc uma expresso acabada do que h de mais odiento, mais asqueroso na poltica brasileira. Se h uma figura, uma das muitas que per-sonificam o que o povo... Faz o seguinte Renan, faz o seguinte: bota o seu me-lhor terno e vai visitar a prxima manifestao. Tenha esse gesto de humilda-de Renan, eu at te proponho o seguinte Renan: a gente vai junto. Como eles tambm esto com bronca da imprensa voc toma suas porradas e eu tomo as minhas. Renan... est afim de enrolar quem Renan? O povo que te elege l nas Alagoas miservel, pobre sofrida com seca com fome... Numa boa Re-nan, que papo de noo de humildade... Renan voc recebeu, foi alvo de um baixo assinado de um milho e meio de assinaturas, no tem um ms, contra sua posse na Presidncia do Senado nacional, fez ironia e enquanto protestos estavam na internet perdendo tempo, uma forma de perder tempo, voc tra-tava desse jeito agora vo para as ruas, d nisso ai e voc vem com esse papo de ter humildade; se enforca cara, sobe a na cadeira do seu gabinete na me-sa, pe uma corda no lustre e pula com a corda no pescoo. Fica botando so-nora de Renan Calheiros no meu horrio vocs querem que ele me processe.

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