perspectivas médicas 2017 28(3) - fmj.brfmj.br/revista/pdfs/revista_2017_3.pdf · tempo médio...

Rev

ista

da

Fac

uld

ade

de

Med

icin

a d

e Ju

nd

iaí

- S

ão P

aulo

- B

rasi

l PERSPECTIVASPERSPECTIVASPERSPECTIVAS

MÉDICASMÉDICASMÉDICASPERSPECTIVAS

MÉDICASVolume 28(3)- Setembro / Dezembro 2017.

ISSN 0100-2929

ÍNDICE ...............................................................................................................................................................1

Editorial .................................................................................................................................................................2Normas de publicação...........................................................................................................................................3

Artigos Originais

Bloqueio ileoinguinal e ileohipogástrico em crianças submetidas à apendicectomias: ensaio

clínico controlado, randomizado e duplamente encoberto.....................................................................5Ilioinguinal and iliohypogastric block in children undergoing appendectomy: controlled, randomized, double-blind clinical trial.

Perfil Epidemiológico da Tuberculose no Município de Curitiba no Período de 2001 A 2011........12Epidemiological Profile Of Tuberculosis In The City Of Curitiba In The Period 2001 To 2011 .

Alterações cutâneas de pacientes renais crônicos em hemodiálise .................................................18Cutaneous changes of chronic renal patients on hemodialysis.

Artigos de Revisão

Reconstrução Da Parede Torácica Nos Defeitos Adquiridos ..................................................................22Chest Wall Reconstruction in the acquired defects.

Correlação entre cognição e risco de quedas em idosos ......................................................................29Correlation between cognition and fall risk in the elderly.

Suplemento - Resumos ..................................................................................................33.

ISSN 0100-2929

PERSPECTIVAS MÉDICAS

Periódico de publicação científica da Faculdade de Medicina de Jundiaí,Estado de São Paulo, Brasil, indexada pelas Bases PUBMED catalog, LATINDEX, REDALYC, BIREME/BVS, EBSCO,

IBICT, Qualis - CAPES, Periodica, Index Copernicus. Periodicidade quadrimestral. DOI 10.6006

Set. / Dez. 2017Volume 28(3)

INDEXAÇÃODAREVISTAPERSPECTIVASMÉDICASNASBASESDEDADOSENABIBLIOTECAVIRTUALEMSAÚDE

1. PUBMEDcatalog-http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/7611614a

2. REDALYC–RedederevistascientıficasdaAmericaLatina,Caribe,EspanhaePortugal.http://www.redalyc.orgDigitar“PerspectivasMedicas”,selecionaraopçao“revistas”Selecionaoartigoemformatopdf,abreumajanelaondeapareceolinkdoartigo.Obtemoartigoartigocompletoatravesdesselink.Obs.:cadaartigotemumlink.

3. LATINDEX–SistemaRegionaldeInformaçaoparaRevistasCientıficasdaAmericalatina,Caribe,EspanhaePortugal.http://www.latindex.unam.mx-Digitar:Perspectivasmedicasouatravesdolink:http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=1&folio=1049

4. BVS–PortalderevistascientıficasemCienciasdaSaude(portaldaBIREME)Entrarem“Acessoadocumentos”,seleciona“catalogoderevistascientıficas”,digitarPerspectivasmedicaseacessaemformatoeletronico.Oacessoelivreegratuitodesde1998,ouatravesdolink:http://www.fmj.br/revista_online_revistas.asp

5.EBSCO-https://www.ebsco.com/

6. ClassificaçãopelaCAPEScomoB-4.

7. FatordeImpacto=7,23(ÍndiceCopernicusInternacional,deacordocomWebofScience).

ÍNDICE ...............................................................................................................................................................1

Editorial .................................................................................................................................................................2Normas de publicação ..........................................................................................................................................3

Artigos Originais

Bloqueio ileoinguinal e ileohipogástrico em crianças submetidas à apendicectomias: ensaio

clínico controlado, randomizado e duplamente encoberto.....................................................................5Daniel de Carli, Michael Quezada, César Carvalho da Silva, Luís Fernando Deperon, José Fernado Amaral Meletti, César de Araújo Miranda.

Perfil Epidemiológico da Tuberculose no Município de Curitiba no Período de 2001 A 2011........12Giovana Bittencourt Basso, Cerlei Fátima Franzoi, Jarbas Pereira Silva, Juliana Peraro Nodari, Lorena Raulik Cyrino, João Victor Vezali Costardi,

Cristina Terumi Okamoto.

.

\Alterações cutâneas de pacientes renais crônicos em hemodiálise ................................................18André Falcão Pedrosa Costa, Afrânio Evandro de Lima Quirino, Vitorino Modesto dos Santos.

Artigos de Revisão

Reconstrução Da Parede Torácica Nos Defeitos Adquiridos ...............................................................22Renata Orlando Busch, Camila Guimarães Aguiar, Danielle de Araújo Battistone, Marcus Vinicius H. de Carvalho.

Correlação entre cognição e risco de quedas em idosos ......................................................................29Theda Manetta da Cunha Suter, José Eduardo Martinelli.

Suplemento - Resumos ..................................................................................................33

EDITORIAL

Perspectivas Médicasv.28(3), Set. / Dez. 2017São Paulo, Faculdade de Medicina de Jundiaí.21x28 cmPeriódico científico de áreas da Saúde da Faculdade de Medicina de Jundiaí,Estado de São Paulo, Brasil.ISSN 0100-29291. Medicina - Saúde - Periódicos

Revista PERSPECTIVAS MÉDICAS

O Periódico Perspectivas Médicas é um órgão de publicação científica da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), com sede à Rua Francisco Telles, 250, Bairro Vila Arens - Jundiaí, Estado de São Paulo, Brasil, CEP 13202-550. Fone/Fax: (0xx11) 4587-1095. A Revista não aceita, em hipótese alguma, matéria científica paga em seu espaço editorial, embora aceite colaborações financeiras para viabilizar a continuidade de sua publicação, cedendo eventualmente espaços para anúncios relacionados à Saúde. O exemplar encontra-se na íntegra no site www.fmj.br, disponível em http://www.fmj.br/revista_online.asp, clicar em edições já publicadas, que estão disponíveis para downloads desde 1998. É proibida sua reprodução, total ou parcial, para quaisquer finalidades, sem autorização escrita e assinada pelo Editor. O conteúdo impresso é o mesmo disponibilizado online.

EXPEDIENTEImpressão: Gráfica Apollo Ltda. - Fone: 4587-5248 / 4587-8809

E-mail: [email protected]ção: Fabiane Souza - Gráfica Apollo

Jornalista responsável: Cláudia Mello - Mtb 28.835Tiragem: 500 exemplares


2

Editorial

A Perspectivas Médicas vem passando por mudanças progressivas nesses últimos 6 meses. Seu corpo editorial foi reformulado, nossa equipe técnica aumentou, nosso site foi atualizado e nossa plataforma de submissão, simplificada. Com o objetivo de atender padrões editoriais e de indexação internacionais nossa revista passou a se chamar Medical Perspectives. O tempo médio entre a submissão do artigo e a primeira resposta aos autores é de 30 dias. Todas as mudanças citadas advém de um trabalho em equipe intenso, envolvendo equipe de tecnologia de informação, secretariado, ex-editores e dois editores atantes. Posso falar com toda a certeza, não só por mim, mas também pelo Professor José Fernando Meletti, Editor-Chefe, que nosso empenho na implementação de novos horizontes é inspirado pelos nossos autores e pelos 50 anos da Faculdade de Medicina de Jundiaí. A próxima grande modificação que iremos notar será o formato exclusivamente online de nossa revista. Além de maior sustentabilidade, isto permitirá que os artigos aceitos já possam receber um DOI e serem citados logo após sua aprovação. Nesta edição, planejada antes do início de nossas atividades como Editores, conta com temáticas interessantes como o perfil epidemiológico da tuberculose em Curitiba, um estudo controlado em anestesia em crianças com apendicite, alterações cutâneas em pacientes dialíticos, entre outros. É com grata satisfação que vemos um grande influxo de artigos nos últimos meses, possibilitando uma seleção difícil, mas edificante, para nossa revista.

Prof. Dr. Ivan AprahamianEditor-Chefe

Virginia Courtney Broaddus -Medicine, University of California, San Francisco, EUA.

Richard W. Light -Basic and Clin. Respirat. Research, Vanderbilt University, Nashville, EUA.

Rolando Ulloa Gutiérrez -Medicine, Infectología Pediátrica, San José, Costa Rica.

Editor EméritoEdmir Américo Lourenço

Editor-ChefeEduardo José Caldeira

Editor-GeralIvan Aprahamian

Jose Fernando Meletti

Editores Associados: Nilva de Karla Cervigne Furlan

Taize Machado Augusto

Evaldo Marchi -Cirurgia de Tórax - FMJ - Jundiaí - SP.

Monica Vanucci Lipay -Genética - FMJ - Jundiaí - SP.

Perspectivas Médicas, 28(2): 3-4, mai/ago 2017.

NORMAS DE PUBLICAÇÃO

3

ArtigosOriginais:investigaçãoexperimentalbásicaouclínica,contendotítulo(100caracteresou20palavrasnomáximo)epalavras-chave (ambos em português e inglês), autor(es) -máximodeseis(excetoparagrandestrabalhosinvestigativosede campo ou pesquisa animal), principais titulações eDepartamentos, resumo (até 250 palavras), abstract,introduçãoeobjetivos,materialemétodos,resultados,discussãoeconclusões,agradecimentos,suportefinanceiroereferênciasbibliográficas.

Oautorecoautores

- Resumo em português e Abstract em inglês contendo nomáximo 250 palavras, fazendo referência à essência doassunto num único parágrafo incluindo Introdução,Objetivo(s), Material ou Casuística e Métodos, Resultados,DiscussãoeConclusão(ões).

-Introduçãoeobjetivos,MaterialouCasuísticaeMétodosdapesquisa científica ou do relato, Resultados, Discussão eConclusões,seguidosdeagradecimentos,suportefinanceiroereferências bibliográficas. Todas as referências citadas nocorpo do texto deverão ser numeradas e sobrescritas, porordemdeaparecimentonotexto.

ArevistaPerspectivasMédicas,periódicocientíficooficialdaFaculdadedeMedicinadeJundiaí,EstadodeSãoPaulo,Brasil,temcomoobjetivoapublicaçãodetrabalhosdequalidadenaárea experimental básica e das áreas de saúde. Os trabalhospoderão ser originais, revisões, artigos de atualização,comunicaçõescurtas,relatosdecaso,cartasaoeditoreoutros.Recebe artigos em fluxo contínuo, sendo editada entrejaneiro/abril; maio/agosto e entre setembro a dezembro decada ano, tendo periodicidade quadrimestral até a presenteedição.

The Perspectivas Médicas (Perspect Med.) is the officialjournaloftheJundiaíMedicalSchool,SãoPaulo,Brazil.Itsmainobjectiveistocontributefordevelopmentofbasicsciencesandclinical sciences by publishing high-quality scientific articlesproducedbyresearchersallovertheworld.Theworkswillbeabletobeoriginalpapers,revisions,shortcomunications,casereports, letters to the editor and others. The journal receivesarticlescontinuously,editedinquarterlypartsintheyear,untilthis edition, between January/April; May/August andSeptember/December.

OstrabalhosdevemserencaminhadosaoCorpoEditorialpreferencialmentenaformaeletrônica,apósconferirtodasasnormaseditoriaisatravésdoendereço:

http://www.fmj.br/revista_online.aspacessando o item "Submissão", ou na forma impressa para oendereçoabaixocomcópiaemCD:

As normas deverão ser obedecidas com rigor para que otrabalho seja encaminhado para avaliação com vistas à suapublicação. Os trabalhos devem ser inéditos, escritospreferencialmente em português, podendo ser aceitos emespanholouinglês,todoscomaprovaçãoemComitêdeÉticaemPesquisaoficialdaInstituiçãodeorigem,eaindanãopublicadosdeformacompletaemoutroveículodecomunicaçãocientíficaou mesmo submetido simultaneamente a outro veículo depublicação.

Escaneareenviaracópiacom:

Perspectivas Médicas, 28(3): 3-4, set/dez 2017.

4

deverámesmasepróximoaelas,

comoestáexemplificadoabaixo:

Referências/References

Periódicos/Journals:

Exemplos/Examples:

CapítulodeLivro/Chapters:

Arevistadetémtodososdireitos,inclusivedetraduçãoemtodosospaíses signatáriosdaConvenção Internacional sobreDireitos Autorais. A reprodução total ou parcial em outrosperiódicos deverámencionar a fonte, preferencialmente comautorização prévia da revista, sendo proibida para finscomerciais.Todososartigospublicadosapartirdaedição22(2):jul./dez.2011encontram-sedisponíveisparaacessodiretopeloDOI(DigitalObjectIdentifier)number10.6006.

Asreferênciasdevemsernumeradaseapresentadasseguindoaordemde inclusão no texto, segundo Estilo Vancouver elaborado peloInternational CommitteeofMedical Journal Editors(ICMJE),comadaptaçãodaNationalLibraryofMedicinedosEstadosUnidosdaA m é r i c a ( N L M ) . D i s p o n í v e l e m :<http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html>. Éimprescindível ao enviar seu artigo conferir estas normas, sendosujeitoaonãoaceitedeartigossemadevidarevisão.Os títulos deperiódicos devem ser abreviados segundo aabreviaturadeperiódicos do Catálogo da NLM para MEDLINE, disponível em:<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=journals> ou,a l t e r n a t i v a m e n t e e m < f t p : / /nlmpubs.nlm.nih.gov/online/journals/ljiweb.pdf>,sendoquecoloca-seumpontoapósotítuloparasepará-lodoano.Paraabreviaturadetítulos de periódicos nacionais e latino-americanos, consulte oendereço: http://portal.revistas.bvs.br/, eliminado os pontos deabreviaturacomexceçãodoúltimopontoparaseparardoano,easiniciaisemletrasmaiúsculas.Todasasindicaçõesdereferênciasnotexto devem ser digitadas, separadas por vírgula sem espaço(exemplo:1,5,9)esobrescritasnocorpodotextoeseforemcitadasmaisdeduasreferênciasemsequência,apenasaprimeiraeaúltimadevemserdigitadas,sendoseparadasporumtraço(exemplo:5-8).Ésugeridoqueascitaçõesdelivros,resumosehomepage,devamserevitadasejuntasnão ultrapassara10%dototaldasreferênciasetambémutilizarrevistasindexadas.

ProgramaseÓrgãos/ProgramsandOrgans:

1. Diabetes Prevention Program Research Group. Hypertension,insulin, and proinsulin in participants with impaired glucosetolerance.Hypertension.2002;40(5):679-86.

Livros/Books:

1. Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medicalmicrobiology.4ªed.St.Louis:Mosby;2002.

1.Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations inhumansolidtumors.In:VogelsteinB,KinzlerKW,editores.Thegeneticbasisofhumancancer.NewYork:McGraw-Hill;2002.p.93-113.

-Ateseisautores/uptosixauthors(citam-setodos).1.NordlanderA,UhlinM,RingdenO,KumlienG,HauzenbergerD,Mattsson J. Immune modulation to prevent antibody-mediatedrejectionafterallogeneichematopoieticstemcelltransplantation.TransplImmunol.2011Sep;25(2-3):153-8.-Maisdeseis/morethansix(citam-se6autoresseguidosdeetal).1.RoseME,HuerbinMB,MelickJ,MarionDW,PalmerAM,SchidingJK, et al. Regulation of interstitial excitatory amino acidconcentrations after cortical contusion injury. Brain Res.2002;935(1-2):40-6.

Tese/Thesis:

Tannouri AJR. Campanha de prevenção do AVC: doença carotídeaextracerebral na população da grande Florianópolis. [Tese].Florianópolis:UniversidadeFederaldeSantaCatarina;2005.

ArtigodeperiódiconaInternet/JournalarticleontheIntenet

DunneN,StratfordJ,JonesL,SohampalJ,RobertsonR,BoothMI,etal.Anatomicalfailurefollowinglaparoscopicantirefluxsurgery;doesitreallymatter?AnnRCollSurgEngl[Internet].2010[citado2012Fev2 2 ] ; 9 2 : 1 3 1 - 5 . D i s p o n í v e l e m :http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3025249/pdf/rcse9202-131.pdf

ArtigocomDigitalobjectIdentifier(DOI):

ZhangM,HolmanCD,PriceSD,SanfilippoFM,PreenDB,BulsaraMK.Comorbidity and repeat admission to hospital for adverse drugreactions inolderadults:retrospectivecohortstudy.BMJ.2009Jan7;338:a2752.doi:10.1136/bmj.a2752.

Perspectivas Médicas, 28(3): 3-4, set/dez 2017.

RESUMO

O objetivo desse estudo foi comparar a a n a l g e s i a p ro m o v i d a p e l o b l o q u e i o ileoinguinal/ileohipogástrico com a analgesia venosa convencional, em crianças submetidas à apendicectomias. Realizou-se um ensaio clínico controlado, randomizado duplamente encoberto em trinta e sete crianças com idade entre 2 a 12 anos. As crianças do grupo A (19 casos) foram submetidas à anestesia geral associada à analgesia com dipirona, e as do grupo B (18 casos) receberam a mesma técnica, associada ao bloqueio. A ferramenta usada na aferição foi a Escala Analógica Visual de Faces (EAV) adaptada por Claro. No caso de pontuações 3 e 4 na escala de dor, as crianças receberam tramadol como medicação de resgate. Na avaliação da variação da frequência cardíaca, ao avaliarmos os momentos antes da incisão e um minuto após a incisão, observou-se aumento significante no grupo A (p=0,025). Ao avaliarmos a dor aos 30 minutos na SRPA, o grupo A apresentou pontuações mais elevadas em comparação ao grupo B. Não se observa essa diferença aos 60 minutos e na alta da SRPA. Observou-se no grupo em que o bloqueio não foi realizado 47,4% dos pacientes necessitou de medicação de resgate, enquanto apenas 11,1% das crianças do grupo submetido ao bloqueio necessitaram desta terapia (p=0.015). As crianças submetidas ao bloqueio apresentaram

1 Instrutor Co-Responsável pelo CET-SBA-

Residência Médica em Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Professor Colaborador da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí

2 Médico em especialização pelo CET-SBA-

Residência Médica em Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

3 Professor Adjunto, Chefe da Disciplina de

Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí , Responsável pelo CET-SBA-Residência Médica em Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

4Instrutor Co-Responsável pelo CET-SBA-Residência Médica em Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Professor Colaborador da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Endereço para correspondência: Daniel de

Carli. Rua Congo 480 Bloco 03 Apartamento 103 Jardim Bonfiglioli Jundiaí-SP 13207-340 . [email protected].

Sem conflitos de interesse.

Artigo recebido em: 19/10/2014

Bloqueio ileoinguinal e ileohipogástrico em crianças submetidas à apendicectomias: ensaio clínico controlado, randomizado e duplamente encoberto.

Ilioinguinal and iliohypogastric block in children undergoing appendectomy: controlled, randomized, double-blind clinical trial.

Palavras-Chave: analgesia, apendicectomia, criança, anestesia por condução,

bloqueio nervoso, dor pós-operatória.Key words: analgesia, appendectomy, child, conduction anesthesia,

nerve block, postoperative pain.

1 Daniel de Carli2Michael Quezada

2César Carvalho da Silva 2Luís Fernando Deperon

3 José Fernado Amaral Meletti4César de Araújo Miranda

Perspectivas Médicas, 28(3): 5-11, set/dez 2017. DOI: 10.6006/perspectmed.20170301.5681022470

6

Bloqueio ileoinguinal e ileohipogástrico em crianças submetidas à apendicectomias... Daniel de Carli - e cols.

menor incidência de dor no pós-operatório imediato e tiveram menor necessidade de terapia de resgate para dor. Taquicardia no momento da incisão foi observada no grupo sem bloqueio.

ABSTRACT

The goal of this study was to compare the analgesic effects of ileoinguinal/iliohypogastric blockade with conventional intravenous analge sia in children undergoing appendectomy. It was conducted a controlled, randomized and double blind clinical trial in thirty-seven children aged 2-12 years. Children in group A (19 cases) underwent general anesthesia associated with analgesia with dipyrone, and group B (18 patients) received the same technique added the nerve block. The tool used in the assessment was the Visual Analog Scale of Faces (VAS) adapted by Claro. When the children had scores 3 and 4 on the pain scale, they received tramadol as rescue pain medication. In the assessment of heart rate variability, to evaluate the moments before incision and one minute after the incision, there was a significant increase in group A (p = 0.025). After 30 minutes in the PACU, group A showed higher scores compared to group B. This difference is not observed at 60 minutes and at the discharge from the PACU. It was observed in the not blocked group that 47.4% of the patients required rescue medication, while only 11.1% of children in the group subjected to blocking required this therapy (p = 0.015). Children under the blockade had lower incidence of pain in the immediate postoperative period and had less need for rescue therapy for pain. Tachycardia at the time of incision was observed in the group without blocking.

INTRODUÇÃO

Apendicite é a causa de emergência cirúrgica mais comum da infância. A incidência geral estimada na população é de 11:10 000, maior em meninos de 10 a 14, e meninas de 15 a 19 anos(1). Possui uma relação homem:mulher 1.4:1(2). Crianças menores que 5 anos são responsáveis por menos de 5% dos casos de

(3)todas as apendicites . Nesse cenário, a apendicectomia continua a ser o procedimento cirúrgico de emergência mais realizado na

(4 )infância . Procedimentos cirúrgicos da cavidade abdominal estão relacionados à grande desconforto e dor pós-operatória. Na apendicectomia a dor tem origem somática e visceral, pela ferida operatória e irritação peritoneal causada pelo processo inflamatório

( 5 )infeccioso . Abordagens de analgesia multimodal são frequentemente usadas na apendicectomia aberta para controlar a dor de f o r m a a d e q u a d a n o p ó s - o p e r a t ó r i o . Comumente associa-se analgésicos de ação periférica e central a bloqueios de condução nervosa, como o bloqueio do plano transverso abdominal guiado por ultrassonografia, infiltração da ferida operatória e bloqueio

(6 )intercostal . O bloqueio ileoinguinal e ileohipogástrico (II/IH) é largamente utilizado como técnica anestésica regional em cirurgia ambulatorial pediátrica, para procedimetos de quadrante abdominal inferior. De forma clássica é usado em herniorrafia inguinal e

(7)orquidopexia . Na literatura é uma técnica segura, pouco relacionada a complicações, representadas, principalmente, por bloqueio transitório do nervo femoral e toxicidade por

(8-anestésico local causada por rápida absorção10), eficaz e de fácil realização. Alternativa para instituições que não dispõem de aparelhos de imagem para realizar bloqueios guiados. Contudo seu uso em apendicectomia não tem indicação clássica, e sua validade nesse caso ainda é discutível. Um estudo prospectivo randomizado em 42 crianças de 3 a 15 anos realizado por Courrèges et al aborda o tema, concuindo que o bloqueio ileohipogástrico promoveu melhor analgesia no grupo de crianças bloqueadas e necessitou menor

(11)quantidade de analgésicos .

OBJETIVO

O objetivo desse estudo foi comparar a analgesia promovida pelo bloqueio ileoinguinal e ileohipogástrico com a analgesia venosa convencional, em crianças submetidas à


7

apendicectomias.

MATERIAIS E MÉTODOS

A revisão bibliográfica foi feita pelas bases BIREME e MEDLINE com busca pelos descritores analgesia, apendicectomia, criança, anestesia por condução, bloqueio nervoso, dor pós-operatória em inglês e português. Após avaliação selecionou-se os artigos que se correlacionavam ao tema, obtendo-se um total de 2 artigos, dos quais um apenas era original. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina de Jundiaí em 19/11/2010, CAAE - 0034.0.141.000-10. O cálculo amostral foi feito através do programa do Laboratório de Estatística e Epidemiologia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, estimando um poder de teste de 80% e significância de 5% a partir de resultados anteriores apresentados em estudo similar em 1996. Durante o período de 01 de março de 2011 a 28 de fevereiro de 2014, participaram do ensaio clínico randomizado duplo-cego, 37 crianças com idade entre 2 a 12 anos, com indicação cirúrgica de apendicectomia por laparotomia, com menos de 48 horas de evolução a partir dos primeiros sintomas, cujos responsáveis concordaram em participar do estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Não foram incluídas no estudo crianças cujos pais se recusaram a participar da pesquisa, crianças com história a reações adversas a qualquer das medicações utilizadas no protocolo e com sintomas de peritonite generalizada (grau 4). Após o início das avaliações, seriam excluídas do estudo aquelas crianças que tivessem alguma intercorrência durante a cirurgia, que não permitisse a coleta dos dados ou impedisse a extubação e encaminhamento à sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), tais como parada cardíaca, complicações cirúrgicas ou anestésicas, necessidade de encaminhamento à un idade de terapia intensiva (UTI) ou sangramento pós-operatório. Nenhuma criança foi excluída. As crianças foram alocadas em dois grupos, com 19 e 18 casos, os quais foram randomizados através do programa ´´True

Random Number Service´´, desenvolvido pela School of Computer Science and Statistics at Trinity College, Dublin. Disponível em www.random.org. As crianças do grupo A foram submetidas à anestesia geral associada a analgesia convencional, e as do grupo B receberam a mesma técnica, associada ao bloqueio II/IH. Em todos os casos as crianças chegaram ao centro cirúrgico com acesso v e n o s o d e c a l i b re 2 0 o u 2 2 G . A p ó s monitorização de frequência cardíaca, pressão arterial, cardioscopia, oximetria de pulso e pressão arterial não invasiva; realizou-se a indução anestésica com midazolam 0,1mg.kg-1 , fentanil 3mcg.kg-1, propofol 2mg.kg-1 e atracúrio 0,5mg.kg-1 , intubação orotraqueal com cânula de tamanho adequado, ventilação controlada com pressão positiva, manutenção com sevoflurano 2%, oxigênio e óxido nitroso na proporção 1:1. Durante a cirurgia, ambos os grupos receberam 50 mg.kg-1 de dipirona 15 minutos após o início da cirurgia. No Grupo B, logo após a indução anestésica foi realizado bloqueio II/IH com 1mg.kg-1 de cloridrato de levobupivacaína em excesso enantiomérico de 50% em concentração de 0,25% adicionado de epinefrina 1:200.000. A técnica usada foi a do duplo clique. Nesta técnica dividiu-se a linha que liga a cicatriz umbilical à espinha ilíaca ântero-superior em quatro espaços iguais e identificou-se o ponto de punção na união do quarto lateral com o terceiro quarto lateral. Utilizou-se agulha hipodérmica 23G e puncionou-se o ponto a 45º em direção ao ponto médio do ligamento inguinal e após a percepção do duplo clique foi injetado a solução de anestésico local (Figura 1).

Figura 1: Inervação da região inguinal e local do bloqueio dos nervos abdominogenitais.



http://www.random.org/

8

Após o despertar e encaminhamento à SRPA, a dor pós-operatória foi mensurada aos 30 e 60 minutos após o término da anestesia, no momento da alta da SRPA pelos avaliadores da p e s q u i s a q u e n ã o p a r t i c i p a r a m d o procedimento anestésico ou cirúrgico, e não sabiam a qual grupo pertenciam as crianças avaliadas. A ferramenta usada na aferição foi a Escala Analógica Visual de Faces (EAV) adaptada por Claro (Figura 2), que mostra figuras desenhadas por Maurício de Sousa, representando os personagens criados por ele (Cebolinha e Mônica), com diferentes expressões faciais.

DISCUSSÃO

A escala é composta por cinco expressões, as quais variam da expressão sem dor até a dor insuportável, sendo 0 = sem dor, 1 = dor leve, 2 = dor moderada, 3 = dor forte, 4 = dor insuportável. No caso de pontuações 3 e 4 na escala de dor, as crianças receberam tramadol 1mg.kg-1 diluído em 100 ml de soro fisiológico 0,9% administrado em 20 minutos como medicação de resgate, e aplicado a EAV novamente após 30 minutos nesses casos. Os grupos foram comparados quanto à mediana da EAV avaliada 30, 60 minutos após a admissão na SRPA e no momento da alta da SRPA, porcentagem de crianças com dor forte ou insuportável e necessidade de utilização de medicação de resgate para dor aos 30 minutos na SRPA, náuseas e vômitos, tipo de incisão e necessidade de dreno de Penrose. Após a

visualização o apêndice vermiforme e cavidade abdominal, a apendicite foi classificada através da seguinte graduação: Grau 1 : hiperemia e edema do apêndice. Grau 2 : presença de exsudato fibrinoso. Grau 3 : necrose do apêndice e peritonite regional. Grau 4 : peritonite generalizada. Foram avaliadas, também, quanto às variações de frequência cardíaca em batimentos por minuto (bpm) e pressão arterial sistólica e diastólica em milímetros de mercúrio (mmHg) nos seguintes momentos: antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica, um minuto após a incisão cirúrgica, durante a tração do apêndice. Depois de anotados em protocolo específico, os dados foram transferidos para tabelas no programa excel® e avaliados com auxilio do programa SPSS 21®. O teste exato de Fisher foi usado para definir a homogeneidade dos grupos quanto ao sexo, grau da apendicite, tipo de incisão (McBurney, Rockey Davis ou transversa direita) e necessidade de dreno de Penrose. O mesmo teste serviu para análise da necessidade de terapia de resgate, náuseas, vômitos, dor aos 30 e 60 minutos na SRPA e no momento da alta da SRPA. A comparação entre os grupos da freqüência cardíaca, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica nos tempos determinados foi feita pelo teste t de Student e análise de variância (ANOVA) com efeito tempo e grupo. O nível de significância adotado foi de 5% e poder do teste de 80%.

RESULTADOS

Não houve diferença estatística entre os grupos quanto ao gênero, grau da apendicite, necessidade de dreno de Penrose e tipo de incisão. Na avaliação dos sinais vitais durante o período intra-operatório, considerando o efeito t empo (p1 ) , observou- se d iminu ição significativa de ambos os grupos na pressão arterial sistólica nos momentos pré-incisão, e aumento significativo um minuto após a incisão e durante a tração do apêndice, fato que não ocorreu na variação da pressão diastólica. Diferenças entre os grupos quanto à variação da freqüência cardíaca e da pressão arterial sistólica e diastólica não foram significativas nessa análise (p2). Na avaliação da variação da

Figura 2: Escala Analógica Visual de Faces (EAV) desenhada por Maurício de Souza.Fonte: Claro MT. Escala de faces para avaliação da dor em crianças: etapa preliminar. Ribeirão Preto. Dissertação de mestrado, Escola de enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo, 1993, p.60.



9

frequência cardíaca, observou-se diferença antes da incisão e um minuto após a incisão no grupo A (p=0,025). Ao avaliarmos a dor através da EAV aos 30 minutos na SRPA, o grupo A (sem bloqueio) apresentou pontuações mais elevadas na EAV em comparação ao grupo B (bloquieo II/IH). Não se observa essa diferença na evolução, aos 60 minutos e na alta da SRPA. Quanto à necessidade de utilização de medicação de resgate para dor, observou-se que, no grupo A (sem bloqueio), 47,4% dos pacientes necessitou de terapia de resgate, enquanto 11,1% das crianças do grupo B necessitaram de 1mg.kg-1 de tramadol (p=0.015). Não houve diferença entre os grupos quanto à incidência de náuseas e vômitos (Tabelas 1,2 e 3).

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Observou-se homogeniedade entre os grupos estudados na análise da idade, sexo, tipo de incisão, grau da apendicite e presença de dreno de Penrose. Na avaliação dos sinais vitais durante o período intra e pós-operatório imediato, considerando o efeito tempo (p1), observou-se diminuição significativa de ambos os grupos na pressão arterial sistólica nos momentos pré-incisão, que pode ser explicada pelo efeito depressivo do sintema nervoso simpático causado pela ação dos agentes anestésicos t a i s c o m o m i d a z o l a m , f e n t a n i l e sevoflurano. Observou-se, também, aumento significativo da pressão arterial sistólica um minuto após a incisão e durante a tração do apêndice, fato que pode ser explicado pelo estimulo do sistema nervoso simpático causado pelo estímulo álgico da incisão cirúrgica e da tração do apêndice.



10

Tais variações não foram observadas na avaliação da presssão arterial diastólica. Na avaliação da variação da frequência cardíaca, observou-se diferença antes da incisão e um minuto após a incisão no grupo A (p=0,025), que pode ser explicada pela ausência de bloqueio sensitivo na parede abdominal no grupo que não recebeu os bloque ios II/IH. Neste cenário podemos sugerir que a pressão arterial e a frequência cardíaca foram indicadores de bloqueio anestésico adequado da parede abdominal na região operada. Ao compararmos os grupos quanto à variação da freqüência cardíaca e da pressão arterial sistólica e d ias tó l ica não foram encontradas diferenças significativas (p2). A escolha da escala analógica visual modificada mostrou-se de aplicação fácil e confiável. De forma geral as crianças apontavam corretamente as figuras que condiziam com suas próprias faces, mesmo em faixas etárias menores. Em poucos casos, apesar de face e figura apontada serem condizentes com pontuação na EAV igual ou menor que dois, a criança ainda queixava-se de dor. Este talvez tenha sido um fator limitante da EAV modificada por Claro, que não leva outros parâmetros em consideração. A laparotomia está relacionada à importante desconforto e dor pós-operatória, fator que leva aos profissionais anestesiologistas a usarem diversas técnicas analgésicas regionais e sistémicas para fazer o controle da dor(5). Dor pós-operatória contribui para o desenvolvimento de agitação ao despertar, síndrome caracterizada por dissociação do estado de consciência, i d e a ç ã o p a r a n ó i d e , a g i t a ç ã o e desorientação. A agitação ao despertar não deve ser ignorada, pois resulta em injúria a criança, deiscência do sítio cirúrgico, perda do acesso venoso, ansiedade dos pais, dispendio de cuidados adicionais pela enfermagem e uso de sedativos que pode

levar a atraso na alta(13). Os momentos de avaliação de dor pela EAV (30 e 60 minutos na SRPA e na alta da SRPA) foram propositadamente tardios a fim de evitar que a agitação pós-operatória imediata a t rapa lhasse a ava l iação da dor, minimizando a possibilidade desse viéz de confusão. A escala analógica visual apresentou pontuações menores nos pacientes do grupo B (com bloqueio) aos trinta minutos após a admissão na SRPA. No grupo A (sem bloqueio) 68,5% dos pacientes apresentava EAV igual ou abaixo de dois, enquanto no grupo B foram 88,8%. As maiores porcentagens de crianças com menores avaliações de dor foram atribuídas ao método analgésico empregado no grupo que recebeu o bloqueio II/IH. Esse efeito não se reproduziu aos sessenta minutos e na altada SRPA. Isso pode ser explicado pelo fato de as crianças que tiveram avaliação de dor com escores maiores que dois na EAV receberem tramadol aos 30 minutos na SRPA, fato que diminuiu a pontuação atribuída à dor para essas crianças nas avalíações seguintes. A necessidade de utilização de medicação de resgate para dor foi significantemente menor nos pacientes do grupo B (11,1%) em comparação ao grupo A, em que 47,4% das crianças necessitaram de tramadol aos 30 minutos na SRPA. Não houve diferença entre os grupos quanto à incidência de náuseas e vômitos. Nenhuma outra complicação relacionada ao bloqueio foi descrita durante o desenvolvimento da pesquisa. No único estudo original que aborda o tema encontrado, Courréges demonstrou a eficácia do bloqueio em apendicectomia na avaliação da dor pós-operatória, contudo variáveis hemodinâmicas intraoperatórias que refletem o estímulo cirúrgico não foram avaliadas, o que impossibilita uma avaliação mais abrangente do papel

(11)anestésico do bloqueio . Os bloqueios



11

ileoinguinal e ileohipogástrico oferecem alternativa de simples execução, baixo custo, seguro e efetivo para analgesia pós-operatória. Tem como indicação clássica cirurgias da região inguinoescrotal, com pouco estudo nos casos de apendicectomia não complicada. O estudo demonstrou que os bloqueios ileoinguinal e ileohipogástrico para apendicectomia são efetivos no controle da dor pós operatória e diminuem a necessidade de medicação de resgate para dor e não apresentou efeitos adversos. As c r i a n ç a s s u b m e t i d a s a o b l o q u e i o i l e o i n g u i n a l e i l e o h i p o g á s t r i c o apresentaram menor incidência de dor pós-operatória utilização de medicação de resgate para dor no período pós-operatório imediato. Não houve diferença entre os grupos quanto à variação na pressão a r t e r i a l , f r e q u ê n c i a c a rd í a c a e complicações como náuseas, vômitos. O grupo que não recebeu bloqueio anestésico apresentou aumento significante na frequência cardíaca após a incisão cirúrgica.

REFERÊNCIAS

1. Addiss DG, Shaffer N, Fowler BS. The ep idemio logy o f append ic i t i s and appendectomy in the United States. Am J Epidemiol 1990;132:910-925.

2. Hall MJ, DeFrances CJ, Williams SN. National Hospital Discharge Survey: 2007 summary. Natl Health Stat Report 2010;1-2024. PubMed PMID: 21086860.

3. Rothrock SG, Pagane J. Acute appendicitis in children: emergency department diagnosis and management. Ann Emerg Med. 2000;36:39-51.

4. Owings MF, Kozak LJ. Ambulatory and inpatient procedures in the United States, 1996. Vital Health Stat. 1998;13:1-119.

5. Aida S, Baba H, Yamakura T, Taga K, Fukuda S, Shimoji K. The effectiveness of

pre-emptive analgesia varies according to the type of surgery: a randomized, double-blind study. Anesth Analg. 1999;89:711-16.

6. Dareau S, Bassoul B, Gros T, Delire V, Eledjam JJ. Bloc des nerfs ilio-inguinal et i l io-hypogastrique pour l 'analgésie postopératoire après appendicectomie. Annales Françaises d'Anesthésie et de Réanimation. 2004;23:755-60.

7. Disma N, Tuo P, Pellegrino S. Three concentrations of levobupivacaine for ilioinguinal/iliohypogastric nerve block in ambulatory pediatric surgery. Journal of Clinical Anesthesia, 2009;21(6),389-393.

8. Roy-Shapira A, Amoury RA, Ashcraft KW. Transient quadriceps paresis following local inguinal block for postoperative pain control. J Pediatr Surg. 1985; 20:554-555.

9. Sasaoka N, Kawaguchi M, Yoshitani K. Evaluation of genitofemoral nerve block, i n a d d i t i o n t o i l i o i n g u i n a l a n d iliohypogastric nerve block, during inguinal hernia repair in children. Br J Anaesth 2005; 94:243-246.

10. Stow PJ, Scott A, Phillips A. Plasma bupivacaine concentrations during caudal analgesia and ilioinguinal iliohypogastric nerve block in children. Anaesthesia 1988; 43:650-653.

11. Courrèges P; Peron M; Poddevin F; Lecoutre D; Bayart R. Value of ilio-hypogastric block in appendectomy in children. Cah Anesthesiol. 1996;44(4): 293-6.

12. Claro, M.T. Escala de faces para avaliação da dor em crianças: etapa pre l iminar. R ibe i rão Pre to , 1993 . Dissertação de Mestrado. Escola de E n f e r m a g e m d e R i b e i r ã o P re t o , Universidade de São Paulo.1-60.

13. Richard J. Lerman B, Lerman J. Preoperat ive anxiety management , emergence delirium, and postoperative behavior. Anesthesiology clinics, 2014; 32(1):1-23.



12

Perspectivas Médicas, 28(3): 17-22, 20170303.set/dez 2017. DOI: 10.6006/perspectmed. 0422341806

Perfil Epidemiológico da Tuberculose no Município de Curitiba no Período de 2001 A 2011

Epidemiological Profile Of Tuberculosis In The City Of Curitiba In The Period 2001 To 2011

Palavras-Chave: tuberculose, epidemiologia, coinfecção, morbimortalidade, bacilo de Koch.Key words: tuberculosis, epidemiology, coinfection, morbidity, bacillus of Koch.

1Giovana Bittencourt Basso1Cerlei Fátima Franzoi

1Jarbas Pereira Silva1Juliana Peraro Nodari1Lorena Raulik Cyrino

2João Victor Vezali Costardi1Cristina Terumi Okamoto

ARTIGO ORIGINAL

1 Universidade Positivo - UP, Curitiba,

Paraná, Brasil2 Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ,

Jundiaí, São Paulo, Brasil;

Endereço para correspondência: Giovana Bittencourt Basso - Rua Alferes Angelo Sampaio, 1166, apartamento 802. Batel, Curitiba, Paraná-PR - CEP 80420160. T e l e f o n e : ( 4 1 ) 9 1 9 9 - 2 0 8 7 . [email protected]


Artigo recebido em: 07 de outubro 2014.

RESUMO

Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, endêmica principalmente em países em desenvolvimento. Apesar de ser uma doença curável e de tratamento gratuito ainda é causa de muitas mortes e aumento da mobimortalidade quando associada a outros agravos, por exemplo HIV/AIDS. Objetivos: Análise do perfil epidemiológico da tuberculose na cidade de Curitiba PR, entre os anos de 2001 e 2011. Materiais e métodos: Informações colhidas a partir das fichas de notificação obrigatória da Secretaria Municipal de Sa úde.

Resultados: No período citado, foram notificados 5984 casos, com a maior incidência em 2002 e a menor em 2011. A faixa etária mais acometida foi entre 20-59 anos, sendo predominante no sexo masculino. Destaque para baixa escolaridade e predomínio da apresentação pulmonar. Quanto aos agravos, houve aumento da incidência quando associada ao alcoolismo e uma associação significativa entre tuberculose e HIV e AIDS. Discussão: A tuberculose é um problema de saúde pública, não só pelos aspectos sociais envolvidos, mais também pela associação com outras doenças, aumentando a incidência de ambas e diminuindo a eficácia do tratamento disponível. Dentre os agravos discutidos estão HIV, AIDS e alcoolismo. Considerações finais: Apesar do agravamento do quadro da tuberculose com o aumento dos casos de AIDS, a incidência apresentou uma pequena tendência de redução, mas as taxas municipais ainda estão acimas das taxas estaduais.

ABSTRACT

Introduction: Tuberculosis is an infectious disease caused by Mycobacterium tuberculosis, endemic primarily in developing countries. Despite being a curable disease and with free treatment, is still the cause of many deaths and increased morbimortality when associated with

13Perfil Epidemiológico da Tuberculose no Município de Curitiba no Período de 2001 A 2011 Giovana Bittencourt Basso- e cols.

other diseases, eg. HIV / AIDS. Objectives: To analyze the epidemiology of tuberculosis in the city of Curitiba PR, between the years 2001 and 2011. Information gained from the mandatory notification forms from the Municipal Health. Results: In the mentioned period, 5984 cases were reported, with the highest incidence in 2002 and lowest in 2011. Predominantly in men aged 20-59 years, especially low education. Prevalence of pulmonary presentation. The incidence was lower when associated with HIV, AIDS and alcoholism. Discussion: Tuberculosis is a public health problem, not only for the social aspects involved, but also by association with other diseases, increasing the incidence of both and decreasing the effectiveness of treatme nt available. Among the grievances are discussed HIV, AIDS and alcoholism. Conclusion: Despite the worsening of tuberculosis with increased cases of AIDS, the incidence showed a slight downward trend, but rates are still above municipal charges state.

INTRODUÇÃO

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pe lo bac i lo Mycobac ter ium tuberculosis1 e é transmitido quase que exclusivamente por aerolização de secreção respiratória.2 Na década de 80 houve um aumento no número de casos, que se deveu ao uso indiscriminado de antibióticos, aumento da pobreza, ao consumo de álcool, tabagismo e a pandemia de HIV que teve início em 1981.3 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da população mundial está infectada pelo baci lo transmissor da tuberculose. Nos países em desenvolvimento, o predomínio é da população entre 15 a 54 anos, detentos, moradores de rua, pessoas de menor poder aquisitivo e de menor escolaridade, sendo que homens adoecem duas vezes mais do que as mulheres.4,5 De acordo com dados da OMS o Brasil ocupa a 19a posição no ranking dos países com mais alta carga da doença no mundo e apresentou uma queda na taxa de incidência e mortalidade nas duas últimas décadas.5,6 Assim como na maioria dos estados brasileiros, observou-se no Paraná uma queda na taxa de incidência de 21,12% entre 1990 e

2011. Neste último ano foram notificados 2350 novos casos, com taxa de incidência de 22,4 e de mortalidade de 1,1.3,6 São considerados prioritários para o programa de combate da tuberculose, devido a suas taxas elevadas, os municípios de Almirante Tamandaré, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Paranaguá, Pinhais e Piraquara. Segundo dados do Ministério da Saúde, a capital do estado teve em 2010 uma incidência de 25,0 / 100.000 habitantes. 7,8 Frente à percepção da tuberculose como doença social e sua associação às condições de vida, o presente estudo pretende conhecer melhor a situação geral da tuberculose no município de Curitiba-PR, caracterizando clínica e epidemiologicamente os casos da doença notificados no SINAN no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2011. A partir deste estudo espera-se auxiliar em ações futuras que possibilitem o controle da tuberculose e sua possível erradicação.

OBJETIVOS

O trabalho tem por objetivo promover uma análise do perfil epidemiológico da tuberculose no município de Curitiba-PR entre os anos de 2001 e 2001.

MATERIAS E MÉTODOS

O presente trabalho consiste em um estudo epidemiológico descritivo de série histórica, dos casos notificados de tuberculose no município de Curitiba, referente ao período de j a n e i ro / 2 0 0 1 a d e z e m b ro / 2 0 11 . F o i desenvolvido, nos meses de outubro e novembro de 2012, a partir das informações colhidas em todas as fichas de notificação compulsória da Secretaria Municipal de Saúde. Curitiba é a capital do estado do Paraná, um dos três Estados que compõem a Região Sul do Brasil. Está localizada a 934 metros de altitude e a aproximadamente 110 quilômetros do Oceano Atlântico. É a oitava cidade mais populosa do Brasil e a maior do sul do país, com uma população de 1746896 habitantes, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2010). O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos SESA/HT, pelo parecer CEP-SESA/HT n° 011/2012, de 01 de


outubro de 2012 e pelo Comitê de Ética em Pesquisa, Comitê Centro de Educação em Saúde- CES da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, através do protocolo 68/2012, de 19 de outubro de 2012. As bases populacionais foram obtidas no site do Datasus. Utilizou-se o programa Word para construção das tabelas, e o programa Excel para construção dos gráficos.

RESULTADOS

No período estudado foram notificados 5984 casos de tuberculose referentes ao município de Curitiba. O ano de maior prevalência foi 2002, com 661 casos. Esse número foi caindo gradativamente até chegar em 464 em 2011, o ano de menor prevalência de tuberculose (Figura 1).

A taxa de incidência (TI) / 100.000 habitantes no intervalo em estudo variou de 26,30 a 40,19, correspondendo respectivamente aos anos de 2011 e 2002 (Tabela 1).

14

Entre os casos notificados no SINAN predominou o sexo masculino (62%), mostrando uma razão de masculinidade de 1,65:1. A idade média foi de 38,9, com predominância entre 20 e 59 anos. A maioria é d e e tn ia b r a n ca ( 5 9 % ) . A f o r m a d e apresentação mais frequente foi a forma pulmonar, com 74% dos casos, seguida da extrapulmonar com 21% (Tabela 2).

Figura 1: Notificações de casos de tuberculose de 2001 a 2011.

Tabela 1: Taxa de Incidência por 100.000 habitantes de 2001 a 2011.

Tabela 2: Perfil dos pacientes com casos notificados de Tuberculose de 2001 a 2011.

Perfil Epidemiológico da Tuberculose no Município de Curitiba no Período de 2001 A 2011 Giovana Bittencourt Basso- e cols.


15

Com re ferênc ia à esco lar idade a prevalência foi maior entre os pacientes com baixa escolaridade, apenas 7% possuem mais de 12 anos de escolaridade (Tabela 2). É possível observar uma queda no número de pacientes com ensino fundamental completo, com 290 em 2001 e 145 em 2011. Nos outros níveis de escolaridade o número permaneceu sem grandes alterações (Figura 2).

Entre os agravos associados analisados, estão HIV, AIDS e alcoolismo. Em relação ao HIV há que se destacar o alto número de casos confirmados, chegando a 19,9% entre os tuberculosos notificados. Deve-se citar também o grande número de casos com teste de HIV não realizado, atingindo 26% dos casos notificados. Quando analisado o agravo AIDS, o destaque foi para o alto índice de casos ignorados ou não informados, chegando a 43%. Já os casos confirmados atingiram 19% (Tabela 2). Situação semelhante ocorreu com a associação com o alcoolismo, onde os casos ignorados ou não informados atingiram 47%. Os casos positivos para alcoolismo atingiram apenas 10% (Tabela 2) e apresentam um aumento progressivo no período estudado (Figura 3).


A tuberculose é uma doença caracterizada pelo contexto social. O Brasil é um país marcado pelo estado de pobreza, e pela falta de organização do sistema de saúde, o que inibe a queda sustentada de doenças com esse tipo de característica. Além disso, a epidemia de AIDS e a multirresistência às drogas são novos fatores que estão agravando o quadro. 9 Segundo o Plano Municipal de Saúde de 2010/2013, em Curitiba é possível observar uma tendência de redução dos coeficientes de mortalidade por doenças infecto-parasitárias nos últimos dez anos, e a tuberculose revela uma discreta tendência de redução de sua incidência populacional.10 Observou-se no período em estudo um decréscimo na incidência de casos, com uma taxa média de 31/100.000 habitantes. No entanto, os valores encontrados no município ainda são superiores aos do estado, cujo maior índice não ultrapassou a 30/100.000 habitantes. 7,11 O maior número de casos de tuberculose foi observado no sexo masculino e na faixa etária de 20 a 59 anos, considerada a faixa de maior produtividade. Essa mesma situação é encontrada em outras regiões do Brasil, como Salvador-BA12, Belo Horizonte-MG13 e Teresina-PI14. O percentual de casos encontrados em menores de 15 anos foi de 2,7%. Um número igualmente baixo foi encontrados em outros estudos14,15, diferente do previsto pelo ministério da Saúde, que é de 15%. O motivo da menor ocorrência da doença nessa faixa etária pode ser devido à dificuldade de diagnóstico desses pacientes, à eficiência do sistema de saúde e à vacinação 12,15. A predominância da raça branca (59%) entre os casos notificados em Curitiba é devido ao fato de que a população residente no município é de maioria caucasiana. O mesmo foi verificado em Pelotas-RS, onde que 66% dos pacientes eram de cor branca16. Ao contrário do que ocorreu em Belo Horizonte-MG, onde houve predomínio de não-brancos (78%). 13 A baixa escolaridade entre os pacientes com tuberculose é observada em diversos estudos epidemiológicos, sendo um fator de risco para doença, e um contribuinte

Figura 2: Escolaridade entre os casos notificados de Tuberculose, por ano.

Figura 3: Alcoolismo entre os caos notificados de Tuberculose, por ano.



16

para não adesão ao tratamento e para o aumento da taxa de abandono. Em Pelotas-RS no ano de 1994, dos 152 infectados, 13,2% eram analfabetos16. Em Piripiri-PI, entre 1997 e 2000, a porcentagem de analfabetos foi de 68,4%15. O mesmo ocorre em Teresina-PI, com 30,53% de analfabetos, de 1999 a 200514. No presente estudo a porcentagem de analfabetos foi de 3%, sendo que 56% possuem menos de 12 anos de estudo. Esse número caiu no decorrer dos anos, mostrando uma diminuição progressiva da relação entre baixa escolaridade e tuberculose em Curitiba. Foi possível observar que forma pulmonar é mais frequente nos casos notificados em Curitiba, sendo 74% dos casos. Esse resultado é semelhante às demais cidades brasileiras, como Salvador-BA (85,3%)12, Belo Horizonte-MG (76,4%)13, Teresina-PI (80,23%)14 e Pir ipir i -PI (93,1%)15, e coincide com a distribuição estimada para o Brasil pelo Ministério da Saúde (90%)17. Esse fato ocorre porque o pulmão é um órgão com alta concentração de oxigênio, e por isso o local preferencial de instalação do Mycobacterium tuberculosis, uma bactéria estritamente aeróbia. Mesmo com a alta taxa de negligência na notificação dos agravos já observados anteriormente, há uma relação diretamente proporcional entre doenças que interferem nas defesas imunológicas (HIV, AIDS e alcoolismo) e a tuberculose.18 O HIV é um importante contribuinte para o aumento do número de casos de tuberculose e tem sido um dos principais responsáveis pela mortalidade entre os co-infectados. 19 A possibilidade de um indivíduo imunocompetente infectado pelo bacilo de Koch desenvolver a doença é de aproximadamente 10% durante a vida, nos pacientes com HIV e sem tratamento essa probabilidade sobe para cerca de 10% ao ano 19,20. Diversos estudos demonstraram altas taxas de positividade para o HIV entre pacientes tuberculosos. Na África a taxa ficou entre 20 e 67%21, em Nova York foi de 46%22, na Tailândia e na Índia foi por volta de 15%23. O mesmo acontece em relação ao alcoolismo, que é comumente associado à desnutrição e a hábitos insalubres, aumentando assim o risco

do paciente desenvolver tuberculose. Em pacientes com história de uso de álcool o tratamento e a quimioprofilaxia devem ser mais cautelosos. As drogas antituberculose a p r e s e n t a m d i v e r s a s i n t e r a ç õ e s medicamentosas, e por isso um risco aumentado de hepatotoxicidade. Além disso existem outros efeitos colaterais encontrados nesses pacientes como manifestações neurológicas e psiquiátricas. O alcoolismo crônico diminui em 5,7 anos a expectativa de vida dos pacientes com tuberculose. 24 Considerando o exposto quanto aos aspectos biopsicossociais envolvidos e sendo a tuberculose um problema de saúde pública, justifica-se a relevância social e econômica do presente estudo. Por fim, conclui-se que o presente estudo confirmou a relação da tuberculose com o contexto social, visto que variáveis como baixa escolaridade e alcoolismo influenciam no número de casos novos ano a ano. Saliente-se que, apesar do aumento do número de casos novos de HIV/AIDS nos últimos anos, a incidência da tuberculose em Curitiba tem mostrado uma leve redução se comparada aos anos anteriores. No entanto, ainda se encontra acima da média estadual, sendo necessárias novas estratégias para a redução da incidência. Vale ressaltar a importância do preenchimento correto e completo das fichas de notificação visando dados epidemiológicos concretos para, a partir daí, serem implantadas políticas de saúde pública para controle e possível erradicação da tuberculose.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Goldman L, Ausiello DA. Cecil Medicina. 23. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, c2009. 2v., il. color.

2. Roberto F. Tratado de Infectologia. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 2v., il. (algumas col.).

3. Silveira MPT, Adorno RFR, Fontana T. Perfil dos pacientes com tuberculose e avaliação do programa nacional de controle da tuberculose em Bagé (RS). J Bras Pneumol.



17

2007;33(2):199-205. 4. Ministério da Saúde. Portal da Saúde

[ h o m e p a g e n a I n t e r n e t ] . B o l e t i m epidemiológico. Especial Tuberculose [acesso e m 6 a b r 2 0 1 2 ] . D i s p o n í v e l e m : http://portal.saúde.gov.br/portal/arquivos/pdf/bolepi_v43_especial_tb_correto.

5. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em Saúde [homepage na Internet]. Boletim eletrônico epidemiológico. Os casos de retratamento da tuberculose no Brasil. [acesso e m 6 a b r 2 0 1 2 ] . D i s p o n í v e l e m : http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/boletim_epi_nll_tb_dez2010_atual12.pdf.

6. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. [homepage na Internet]. Tuberculose. Situação epidemiológica. [acesso em 30 mar 2012]. D i s p o n í v e l em:http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional.

7. Sistema nacional de vigilância em saúde: relatório de situação: Paraná/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde - 5ª ed. - Brasília: Ministério da Saúde 2011.

8. Secretaria da Saúde do Paraná. [homepage na Internet]. Programa Estadual de Controle da Tuberculose. [acesso em 30 mar 2 0 1 2 ] . D i s p o n í v e l e m : http://www.sesa.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=939.

9 . Fundação Nac iona l de Saúde . Tu b e r c u l o s e - G u i a d e v i g i l â n c i a epidemiológica. 1a ed. Brasília: Funasa, 2002.

10. Prefeitura Municipal de Curitiba. Conselho Municipal de Saúde. Plano Municipal de Saúde 2010-2013, MA, 2009.

11. Ministério da Saúde. Informações de Saúde [homepage na Internet]. DATASUS, Tecnologia da Informação a serviço do SUS. [acesso em 15 nov 2012] Disponível em:

12. Xavier MIM, Barreto ML. Tuberculose na cidade de Salvador, Bahia, Brasil: o perfil na década de 1990. Cad. de Saúde Pública [Internet] 2007;23(2):445-453. Disponível em:

13. Paixão LMM, Gontijo ED. Perfil de casos de Tuberculose notificados e fatores associados ao abandono, Belo Horizonte-MG. Rev. Saúde Pública 2007;41(2):205-213.

14. Coêlho DMM, Viana RL, Madeira CA,

F e r r e i r a L O C , C a m p e l o V. P e r f i l epidemiológico da tuberculose no Município de Teresina-PI, no período de 1999 a 2005. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília,2010; 19(1):33-42.

15. Mascarenhas MDM, Araújo LM, Gomes KRO. Perfil epidemiológico da Tuberculose entre casos notificados no município de Piripiri, Estado do Piauí, Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde 2005;14(1):7-14.

16. Costa JSD, Gonçalves H, Menezes AMB, Devéns E, Pivô M, Gomes M, et al. Controle Epidemiológico da Tuberculose na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: adesão ao tratamento. Cad. Saúde Pública [Internet] 1998;14(2):409-15. Disponível em:

17. Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 5ª ed. Brasília: Funasa; 2002. p.823-846.

18. Porto CC. Vademecum de Clínica Médica. 3 Ed. Editora Guanabara Koogan. 2010. p. 41-43.

19. Jamal LF. Tuberculose e infecção pelo HIV no Brasil: magnitude do problema e estratégias para o controle. Rev. Saúde Pública. Vol. 41. São Paulo, 2007. Disponível em:

2 0 . L i m a M M . C o - i n f e c ç ã o HIV/tuberculose: necessidade de uma vigilância mais efetiva. Rev. Saúde Pública, 1997. Disponível em:

21. Porter JDH, Macadam KPWJ. The re-emergence of tuberculosis. Annu. Rev. Public Health,15:303-23, 1994.

22. Onorato IM, et al. Prevalence of human immunodeficiency virus infection among patients attending tuberculosis clinics in the United States. J. Infect. Dis., 165:87-92, 1992.

23. Snider DE, La Montagne JR. The neglected global tuberculosis problem: a report of the 1992 World Congress on Tuberculosis. J. Infect. Dis., 169:1189-96, 1994.

24. Andrade RLP, Villa TCS, Pillon S. A influência do alcoolismo no prognóstico e tratamento da tuberculose. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) [Internet]. 2005, vol.1, n.1, pp. 0-0 . Disponível em: .



18

Alterações cutâneas de pacientes renais crônicos em hemodiálise

Cutaneous changes of chronic renal patients on hemodialysis

Palavras chave: uremia, hemodiálise, anormalidades cutâneas.

Key words: uremia, hemodialysis, skin abnormalities.

1André Falcão Pedrosa Costa2Afrânio Evandro de Lima Quirino

3Vitorino Modesto dos Santos

1 1Pedrosa Costa AL, Professor Adjunto do

Curso de Medicina da UNCISAL, Maceió-AL. 2Quirino AEL, Aluno de Iniciação Científica

do Curso de Medicina da UNCISAL, Maceió-AL.

3Santos VM, Professor Adjunto do Curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília e do Hospital das Forças Armadas, Brasília-DF.

Endereço para correspondência: Prof. Vitorino Modesto dos Santos. Departamento de Medicina Interna, Hospital das Forças Armadas, estrada do Contorno do Bosque, Cruzeiro Novo, 70.630-900, Brasília-DF. Telefone: 61 32330812. Fax: 61 32331599. [email protected]


RESUMO

Alterações cutâneas são frequentemente descritas em pacientes no estágio final da doença renal. Destacam-se o prurido, a xerose, a ictiose, a hipergmentação, as dermatoses bolhosas e as calcificações cutâneas. Tem sido p ro p o s t o q u e m u i t o s d o s d i s t ú r b i o s dermatológicos em pacientes submetidos à diálise têm relação com os processos patológicos concomitantes que induziram a doença renal. Mas o papel de inúmeras toxinas

urêmicas também é descrito como relacionado com tais alterações, sobretudo aquelas substâncias com moléculas de tamanho médio e que não são adequadamente clareadas durante a diálise.

Palavras-chave: Uremia, hemodiálise, anormalidades cutâneas

SUMMARY

Skin disorders are common manifestations in patients with end-stage renal disease. The more prevalent are rash, xerosis, ichthyosis, hyperpigmentation, bullous dermatoses, and skin calcifications. It has been proposed that many of the dermatological disturbances in patients undergoing dialysis are related to the underlying pathologic processes that induced the renal disease. However, the role of diverse uremic toxins has been also described as related to such changes, mainly those substances with medium molecular size, which are not cleared by dialysis.

Key words: uremia, hemodialysis, skin abnormalities

INTRODUÇÃO

O número de pacientes com doença renal crônica (DRC) está aumentando em todo o

1,2mundo, com elevados custos financeiros ; e,

Perspectivas Médicas, 28(3): 23-26, 20170304.XXXXXXXset/dez 2017. DOI: 10.6006/perspectmed.

19Alterações cutâneas de pacientes renais crônicos em hemodiálise - André Falcão Pedrosa Costa e cols.

apesar dos avanços tecnológicos, trata-se de uma condição com al ta morbidade e mortalidade. Tem sido enfatizado o diagnóstico precoce da DRC e o pronto encaminhamento para cuidados nefrológicos e implementação de medidas para retardar a evolução da doença e controlar suas complicações e comorbidades; também é valorizado o papel favorável da atenção multidisciplinar aos pacientes renais

1, 2crônicos .Diversas anormal idades cu tâneas

específicas e não-específicas são descritas em indivíduos com doença renal terminal; sua avaliação sistemática pode contribuir para aumentar o índice de suspeita diagnóstica, melhorando a qualidade de vida nessa

3população . As alterações cutâneas mais comumente relatadas nesse grupo de indivíduos

1-10são hiperpigmentação, prurido e xerose . Portanto, como são manifestações frequentes e que podem contribuir para incapacidade, objetivou-se com o presente estudo traçar o perfil das alterações dermatológicas em uma população de pacientes portadores de insuficiência renal crônica terminal e submetidos à hemodiálise.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada no Serviço de Nefrologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), sendo a população do estudo formada por pacientes registrados no Setor de Hemodiálise. A abordagem inicial dos pacientes foi em um centro de hemodiálise hospitalar, após o preenchimento do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Todos os pacientes submetidos à hemodiálise participaram da pesquisa , sa lvo os que não deram o consentimento. A avaliação clínica foi realizada através do preenchimento de questionário padrão, onde estavam contidas todas as possíveis queixas relacionadas com o tegumento. A seguir, foi realizado o exame físico dermatológico dos pacientes - o qual constou de inspeção de todo o sistema tegumentar, incluindo mucosas, cabelos e unhas. Os

pacientes foram examinados em ambiente iluminado, com luz do dia ou com iluminação fluorescente. A inspeção foi feita à distância de 1 a 2 metros e, em seguida, realizada de perto e observando detalhes das lesões. O exame da pele levou em consideração a morfologia, padrão das lesões e sua distribuição. Quando necessário, utilizaram-se lentes de aumento para melhor detectar os aspectos morfológicos das lesões. Após a inspeção, foi realizada a palpação e a compressão da pele e, quando necessário, digitopressão ou vitropressão, para melhor caracterização das alterações. Os dados laboratoriais foram colhidos dos prontuários eletrônicos junto com dados clínicos; todos foram tabulados para a análise. Para testar possíveis correlações de dados clínico–laboratoriais não pareados foi utilizado o teste t, considerando-se significativo o valor de p < 0,05.

RESULTADOS

Analisamos 117 pacientes (66 homens e 51 mulheres), com tempo médio em diálise de 59,5 meses (gráfico 1). O percentual total de doentes com alterações de pele foi 92,3%; prurido 38,5%, xerose 62,4% e hiperpigmentação 23,1%, respectivamente. Observamos que 78.6% apresentaram duas ou mais alterações; já o percentual de alterações ocorrendo isoladas foi xerose 11,1%, hiperpigmentação 4,3% e prurido 6,0%, respectivamente (gráfico 2).

A taxa de pacientes com nível de cálcio iônico acima de 1,2 foi de 7,69% e abaixo de 1,0 foi de 9,4%. O percentual de pacientes com nível de PTH acima de 500 foi de 27,2% e abaixo de 500 foi de 72,8%. O percentual de pacientes com nível de fósforo acima de 5,5 foi de 39,3% e abaixo de 2,5 foi de 7,7%. Dos pacientes avaliados, 39 (95,1%) apresentaram valor do Ktv maior ou igual a 1,4; esse parâmetro não teve correlação com a prevalência de alterações cutâneas, as quais predominaram em doentes com maior grau de distúrbio mineral.


20

DISCUSSÃO

O presente estudo pretendeu observar a prevalência de alterações cutâneas em uma população de pacientes submetidos à hemodiálise. A perda da função renal acarreta inúmeras desordens orgânicas bem estudadas, principalmente nas fases mais avançadas da doença. Alterações hematológicas, ósseas, gastrointestinais, hormonais, cardiovasculares e do equilíbrio hidroeletrolítico são, quase que invariavelmente , observadas na DRC

1,2terminal . Na pele de doentes crônicos em diálise também ocorrem alterações facilmente

1-10percebidas . Neve urêmica, eritema papular urêmico, roseola urêmica, erisipeloide urêmico, dermatose perfurante adquirida, calcifilaxia, dermatoses bolhosas e dermopatia fibrosante são manifestações específicas; as inespecíficas são hiperpigmentação, xerose, prurido e ictiose

3adquirida .

Das manifestações inespecíficas mais comuns nos doentes dialisados, destacam-se o

3-5,7,8 3-prurido em 25 a 90% , a xerose em 50 a 75%5,7,8 3,6

, e a hiperpigmentação em 25 a 70% dessa população de enfermos.

Verificamos que grande parte da população analisada apresentava alterações de pele e não houve diferença significativa de prevalência das lesões quanto ao sexo - 92% nas mulheres e 89% nos homens. Alterações ungueais, em especial unhas meio a meio (até 50,6%) e ausência de lúnula são comuns nesses

5,7,9doentes ; no entanto, o objetivo principal do presente estudo foi verificar as três principais alterações cutâneas - xerose, hiperpigmentação e prurido. A prevalência encontrada apresentou concordância com dados da maioria dos estudos que analisaram essas lesões. Entretanto, a frequência de prurido foi inferior a 50% e a de hiperpigmentação inferior a 25%, enquanto a taxa de xerose ocorreu dentro do esperado. Alterações do metabolismo do cálcio e do fósforo, hiperparatireoidismo secundário, aumento da at iv idade de mastóci tos , hipervitaminose A e neuropatia periférica, são fenômenos associados que podem ocasionar

3,5alterações dermatológicas em urêmicos Para explicar a xerose, são citadas a

presença de hiperceratose e fissuras que favorecem a desidratação da pele e distúrbios

3 ,5de glândulas sudoríparas e sebáceas . Hiperpigmentação em áreas de pele expostas ao sol tem sido relacionada com a duração da doença renal em estágio final e pode ser relacionada com maior concentração de melanina nas camadas da derme, por aumento de hormônio estimulador de beta-melanócitos

3,6,10(B-MSH) . Já a cor amarelada se deve ao acúmulo dérmico e subcutâneo de lipocromos e

3,5carotenóides .

O prur ido merece des taque como man i f e s tação comum, l oca l i zada ou generalizada, com intensidade moderada a acentuada em 32% dos pacientes submetidos à

3-8hemodiálise . Importante salientar que o prurido de doentes com insuficiência renal crônica tem maior freqüência após o início do tratamento dialítico (12 a 33% versus 19 a 90%); além disso, esse sintoma é mais freqüente no caso de hemodiálise, comparativamente com

3,5diálise peritoneal . Sua etiologia tem sido relacionada com tóxicos urêmicos, depósitos de urocromo, distúrbios de cálcio e fósforo, heparina, hiperparatireoidismo, aumento de histamina, hipovitaminose D, hipervitaminose A, aumento de serotonina e proliferação de

3-5terminações nervosas cutâneas . Além disso, o prurido tem sido relacionado com a xerose e

3 , 5com a membrana do dialisador . Os mecanismos f is iopatológicos não são

3-8conhecidos e falta consenso terapêutico ; porém, se considera a fototerapia com os raios

4UVB medida eficaz para controlar o prurido .

CONCLUSÃO

Queixas relacionadas com alterações dermatológicas são freqüentes na população em diálise e a intensidade pode contribuir para piora na qualidade de vida dos pacientes. A b o r d a g e m m u l t i d i s c i p l i n a r n o acompanhamen to des se s en f e rmos é recomendada.

Alterações cutâneas de pacientes renais crônicos em hemodiálise - André Falcão Pedrosa Costa e cols.


GRÁFICOS

Não houve diferença significativa na distribuição dos pacientes segundo o sexo.

Distribuição por frequência das três principais alterações cutâneas avaliadas.

21

REFERÊNCIAS

1. Bastos MG, Carmo WB, Abrita RR, Almeida EC, Mafra D, Costa DMN, et al. Doença renal crônica: problemas e soluções. J Bras Nefrol 2004;26(4):202-15.

2. Romão Junior JE. Doença renal crônica: definição, epidemiologia e classificação. J Bras Nefrol 2004;26(3):S1-3.

3. Abdelbaqi-Salhab M, Shalhub S, Morgan MB. A current review of the cutaneous manifestations of renal disease. J Cutan Pathol 2003; 30(9): 527–38.

4. Balaskas EV, Uldall RP. Erythropoietin treatment does not improve uremic pruritus. Perit Dial Int 1992;12(3): 330-1.

5. Costa MG, Karnopp T, Weber MB, Campos BM, Burmaeister JB. Prurido e achados dermatológicos em pacientes em hemodiálise. Rev HCPA 2006;26:5-11.

6 Gilkes JJH, Eady RAJ, Rees LH, Munro DD, Moorhead JF. Plasma immunoreactive melanotrophic hormones in patients on maintenance haemodialysis. Br Med J 1975;1(5959):656-7.

7. Griffon-Euvrard S, Bustamante R, Thiovolet J. Skin manifestations in patients with renal chronic renal failure on regular hemodyalysis. Med Cutan Ibero Lat Am 1976;4(6):401-13.

8. Headley CM, Wall B. ESRD-associated cutaneous manifestations in a hemodialysis population. Nephrol Nurs J 2002;29(6):525-9.

9. Santos VM, Sá DAR, Paz BCS, Vasconcelos RA, Santos SC, Santos FHB. Half-and-half nails and yellow nail syndrome in hemiplegic patient with renal failure. Brasília Med 2010;47(3):364-7.

10. Smith AG, Shuster S, Comaish JS, Plummer NA, Thody AJ, Alvarez-Ude F, et al. Plasma immunoreactive beta-melanocyte-stimulating hormone and skin pigmentation in c h r o n i c r e n a l f a i l u r e . B r M e d J 1975;1(5959):658-9.

Gráfico 1. Distribuição de 117 doentes renais crônicos com alterações cutâneas

Gráfico 2. Alterações cutâneas de 117 doentes renais crônicos em hemodiálise.

Alterações cutâneas de pacientes renais crônicos em hemodiálise - André Falcão Pedrosa Costa e cols.


22

Reconstrução Da Parede Torácica Nos Defeitos Adquiridos

Chest Wall Reconstruction in the acquired defects

Palavras-Chave: Parede torácica, reconstrução, retalhos musculocutaneosKey words: Chest wall, reconstruction, musculocutaneos flat

1Renata Orlando Busch2 Camila Guimarães Aguiar

3 Danielle de Araújo Battistone4Marcus Vinicius H. de Carvalho

1Médica Residente de 2° ano do Hospital São

Vicente de Paulo e FMJ; 2Médica Residente de 1° ano do Hospital São

Vicente de Paulo e FMJ;3Especialista em Cirurgia Plástica pela

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica;

Professora da Disciplina de Cirurgia Plástica

da Faculdade de Medicina de Jundiaí;4Mestre e Doutor. Professor de Cirurgia da

FMJ.

Correspondência para: Rua Professora

Maria Miranda Duarte 735 CEP13207-345 Jd.

Bonfinglioli Jundiaí

Artigo ainda não publicado.


RESUMO

Os autores fizeram uma revisão das técnicas

atualmente empregadas para abordagem dos

defeitos adquiridos mais comuns da parede

torácica. A procura dos artigos para a revisão foi

feita através do sítio , tendo www.pubmed.com

sido selecionados aqueles artigos diretamente

r e l ac ionados ao t ema . Baseados nas

i n f o r m a ç õ e s a d q u i r i d a s n o s a r t i g o s

selecionados os autores discorreram sobre as

técnicas empregadas na atualidade para

tratamento dos defeitos da parede torácica

decorrente de trauma, infecção, neoplasias e

irradiação. Foram feitas considerações sobre

abordagens com rotação de retalhos muscular,

musculocutâneos, omento e material sintético.

ABSTRACT

The authors have done a review of

techniques currently employed for addressing

the most common defects acquired the chest

wall. The demand for the revision of the articles

w a s m a d e t h r o u g h t h e w e b s i t e

www.pubmed.com and was selected those items

directly related to the theme. Based on

information acquired in the articles selected the

authors discorreram on the techniques

employed in today for treatment of chest wall

defects caused by trauma, infection, cancer and

irradiation. Considerations were made on

approaches with patchwork rotation of muscle,

musculocutâneos, omentum and synthetic

materials.

INTRODUÇÃO

Algumas vezes o tórax é acometido por

agentes agressores, os quais promovem

deformidade da parede torácica. Isto ocorre,

por exemplo, em decorrência de trauma com

desalinhamento das estruturas ósseas e/ou

perda de substância da parede torácica. Outras

vezes, os defeitos da parede torácica são

conseqüência de tumores que acometem a

mesma e a de formam. Uma t e rce i ra

possibilidade é que o tratamento desses tumores

Perspectivas Médicas, 28(3): 27-33, 20170305.XXXXXXXXXset/dez 2017. DOI: 10.6006/perspectmed.

ARTIGO DE REVISÃO

http://www.pubmed.com

Reconstrução Da Parede Torácica Nos Defeitos Adquiridos - Renata Orlando Busch e cols.

23

com exerese tecidual ou irradiação seja o fator

determinante da deformidade da parede

torácica.

A reconstrução da parede torácica tem o

intuito de restabelecer a sua função (proteção

das estruturas internas do tórax e participação

ativa nos movimentos respiratórios) e estética.

Às vezes, é preciso a ação conjunta do cirurgião

plástico e do cirurgião torácico para exercer o

tratamento adequado.

O objetivo dos autores foi fazer uma revisão

da abordagem atual dos defeitos adquiridos

mais freqüentes da parede torácica.

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é fazer uma

revisão atual da terapêutica empregada para

corrigir os defeitos adquiridos da parede

torácica.

MÉTODOS

Para encontrar artigos que pudessem

contribuir para uma revisão e atualização sobre

as causas mais freqüentes dos defeitos

adquiridos da parede torácica e das técnicas

atuais para correção desses defeitos foi

acessado o site especializado de busca

www.pubmed .gov. Neste site os autores

e n t r a r a m c o m o s t e r m o s c h e s t w a l l

reconstruction e houve retorno de 967 citações.

A grande maioria dessas citações não foi

utilizada porque eram artigos que se referiam a

defeitos congênitos da parede torácica,

apresentações de casos ou artigos em revistas

não disponíveis na biblioteca Biblioteca

regional de Medicina (BIREME).

Etiologia dos defeitos adquiridos da

parede torácica

No Quadro I estão os fatores que provocam

direta ou indiretamente deformidades na parede

torácica. Entretanto, não raramente ocorrem

combinações dessas afecções no mesmo

paciente.

As deformidades mais freqüentes da parede

torácica são aquelas decorrentes de infecção. O

trauma pode levar à deformidade torácica

diretamente ou por infecções que afetam o

tecido lesionado. As neoplasias podem

acometer a parede torácica deformando-a ou o

tratamento para remover esses tumores pode

deformá-la pela exerese de tecidos neoplásicos

ou mesmo pela radioterapia. Também, a

remoção de tecidos internos à parede torácica,

como ressecções pulmonares, podem evoluir

com infecção e fístulas bronco-pleurais cujo

processo terapêutico pode deformar a parede

torácica(1).

O trauma torácico tem como complicação

mais freqüente a infecção, sendo esta

complicação o fator que mais influi na morbi-

mortalidade. A infecção pode ocorrer nos

tecidos afetados da parede torácica ou,

principalmente, no pulmão e cavidade pleural

em decorrência de contusão pulmonar,

atelectasias decorrentes de restrição à

inspiração adequada pela dor, hemotórax, etc.

Estas situações podem evoluir para empiema

pleural, cujo tratamento costuma ser difícil.

Outras vezes, o empiema pleural é decorrente de

ressecções pulmonares para tratamento das

neoplasias. Para se conseguir a cura do empiema

pleural, em alguns casos, torna-se necessário

fazer uma pleurostomia que consiste na abertura

da região da cavidade pleural preenchida com

líquido purulento ao exterior para facilitar a

drenagem de pus. Com este procedimento em

geral consegue-se a cura da infecção, mas fica

uma deformidade na parede torácica para

posterior correção.A lesão por radioterapia produz cicatrizes e

disfunção tecidual, que também requerem


24

debridamento e reconstrução. Grandes ressecções de tumores da parede torácica, ressecções pulmonares ou de massas mediastinais, como também os defeitos criados por trauma podem necessitar de reconstrução.

Sendo os defeitos adquiridos da parede torácica na maioria das vezes decorrentes de infecções, a base para correção desses defeitos, além da drenagem do pus, é levar tecidos bem vascularizados para essas regiões infectadas. Esses tecidos bem vascularizados vão preencher o espaço morto e permitir a chegada de leucócitos, anticorpos e antibióticos à região infectada.

Planejamento Cirúrgico:Os seguintes itens devem ser levados em

consideração no planejamento cirúrgico:a . l o c a l i z a ç ã o e e x t e n s ã o d o

comprometimento da parede torácica;b.condições dos tecidos locais, como por

exemplo, irradiação prévia, infecção localizada, inflamação ou cicatriz prévia;

c.estado clínico do paciente, incluindo o uso de quimioterápicos ou corticoesteróides, nestes casos devemos evitar o uso de material sintético pelo risco de infecção.

d.finalidade do procedimento, isto é, se a reconstrução da parede tem finalidade curativa ou paliativa;

e.estilo de vida e tipo de trabalho exercidos pelo paciente.

f. em caso de neoplasia é necessário o diagnóstico histológico

Indicações para reconstrução da parede torácica

A reconstrução compreende tanto a parte esquelética como os tecidos moles. A primeira pode ser desnecessária nas seguintes circunstâncias: lesão com menos de 5cm de diâmetro, limitada a uma ou duas costelas vizinhas; lesão localizada no ápice da caixa torácica; lesão posicionada na região subescapular e nesse caso podendo ser até de 7cm de diâmetro. Para quase todos os defeitos da caixa torácica, o fechamento primário, se possível, é o método mais simples e adequado. A

localização e o tamanho da deformidade são os fatores da maior importância. Se a deformidade causada pela ressecção envolve parcialmente a parede torácica, o fechamento primário com ou sem enxerto cutâneo satisfazem tanto do ponto de vista estético como oncológico. Podem ser usados retalhos musculares ou miocutâneos, ou ainda o uso de material sintético de diversas procedências quando surge a necessidade de estabilizar a parede torácica. Quando surge a necessidade de se estabilizar a parede torácica podem ser usados retalhos musculares ou miocutâneos, ou ainda o uso de material sintético de diversas procedências

No caso da existência de neoplasias deve-se avaliar a extensão do comprometimento pulmonar e, se houver envolvimento da parede torácica, ressecar em monobloco. As margens cranial e caudal da ressecção incluem um arco costal acima e outro abaixo, numa extensão de 4 cm a 5 cm de tecido macroscopicamente normal, sendo as margens avaliadas pela congelação. Nas deformidades menores da parede, a transposição de um arco costal para a região central da deformidade é suficiente.

Os tumores do esterno são avaliados da mesma forma que aqueles das costelas, levando-se em conta o provável envolvimento das estruturas vizinhas. Na maioria das vezes são lesões malignas. A ressecção engloba 2cm a 4 c m d a s c o s t e l a s , a l é m d o e s t e r n o comprometido e das estruturas vizinhas, se necessário. Não se deve esquecer a preservação dos vasos epigástricos superiores no sentido de manter a viabilidade dos músculos retos abdominais, os quais podem vir a serem usados na reconstrução das partes moles.

Empiema torácico primário Na fase crônica do empiema há formação

de uma carapaça ao redor do pulmão, o qual fica limitado pela cavidade empiemática. Muitas vezes para se tratar o empiema crônico é nece s sár io f a ze r uma p l euros tomia . Pleurostomia é o procedimento no qual se faz uma abertura (comunicação) ampla da cavidade pleural envolvida por conteúdo purulento com o exterior, para efetiva drenagem



25

do pus. Entretanto, a pleurostomia deixa uma deformidade na parede torácica que precisa ser corrigida, às vezes, com rotação de tecido vascularizado para esta região.

Empiema torácico secundário a ressecção pulmonar

O empiema torácico pós-ressecção pulmonar pode ocorrer precoce ou tardiamente. A literatura aponta que em aproximadamente 80% dos empiemas pós ressecção pulmonar a cura pode ser obtida com procedimento de pleurostomia. Assim, quando se obtém a cura do processo de formação purulenta, é o momento para se fazer uma reconstrução da parede torácica com rotação muscular. Outras vezes, em alguns casos de ressecção pulmonar, há persistência de uma fístula bronco-pleural e quando esta fistula não se fecha pode ser necessário o reforço da sutura brônquica com rotação de músculos da parede torácica. Nesse caso, a função do retalho muscular é levar tecido bem vascularizado para a região da

(2,3,4)fístula e reforçar a sutura .

Para se fechar o orifício pleurostomia é necessário a rotação de um grande músculo para obliteração do espaço da cavidade empiematosa. O músculo grande dorsal deve ser inicialmente dividido em duas “tiras”, sendo uma delas utilizadas para obliteração desse espaço e a abordagem é por uma toracotomia póstero-lateral. Nomori e cols(5). recomendam o uso dos peitorais maior e menor no lugar do grande dorsal por já serem naturalmente individualizados.

Esterno infectadoInfecções do osso esterno tornaram-se

freqüentes após a introdução da esternotomia m e d i a n a p a r a o p e r a ç õ e s c a rd í a c a s . Osteomelite do osso esterno tem uma incidência ao redor de 1-2%, após operações cardíacas e tem tratamento prolongado levando os pacientes a um sofrimento longo. Se o processo de osteomelite é mais localizado, ele se cura com debridamento e antibioticoterapia. Outras vezes o processo infeccioso é de maior magnitude destruindo quase totalmente o osso

esterno e levando a uma instabilidade da parede torácica. Para esses casos de maior magnitude o t r a t a m e n t o p o r d e b r i d a m e n t o e antibioticoterapia resulta em uma alta incidência de morbi-mortalidade, além de internação hospitalar prolongada. Para esses casos tratamento mais eficaz é a transferência para o mediastino de retalhos musculares ou o

(6)omento . O retalho muscular mais comumente usado é o músculo peitoral maior e o suprimento sanguíneo para este retalho vem das

(7,8)artérias perfurantes intercostais . O omento é reservado para as grandes feridas esternais (9,10,11)

.

Reconstrução da parede com retalhos musculares e músculo-cutâneos

O uso adequado de retalhos musculares e músculocutâneos é baseado na compreensão do suprimento sanguíneo desses músculos, uma vez que é necessário fazer rotação de retalhos bem vascularizados. O suprimento sanguíneo da parede anterior do tórax é feito pelas artérias torácicas internas direita e esquerda e pelo sistema epigástrico profundo. Esse sistema conecta os vasos maiores do pescoço com os vasos maiores da região inguinal . O entendimento do suprimento sanguíneo colateral através do eixo acrômio-torácico também é importante porque esse suprimento colateral pode ser necessário na reorganização da circulação após a rotação do retalho muscular. Também é importante na técnica de preparo dos retalhos o conhecimento da inervação dos músculos que serão utilizados. Na maioria dos casos é possível fazer a rotação do retalho com manutenção ou pouca alteração da função do músculo envolvido se durante o preparo do retalho houver cuidado para preservação da inervação.

Os músculos mais usados como retalhos para reconstrução da parede torácica são:

1 – Grande Dorsal – É o mais confiável e versátil para reconstrução da parede torácica. Usado na região anterior, especialmente nos terços superiores e médios do tórax, podendo ser usado sozinho ou acompanhado de outros retalhos musculares. Ele deve ser transportado



26

com os vasos tóraco-dorsais e seu nervo. Feridas na região posterior do tórax também freqüentemente são tratadas com transposição do grande dorsal. As mais comuns das deformidades posteriores são as centrais, nas quais se pode avançar com o músculo coberto com pele. Esta técnica tem a vantagem de preservar o suprimento sanguíneo, nervoso e a

(12)função do músculo .

2 - Serrátil: A pele da face lateral do tórax localizada sobre o músculo serrátil anterior é nutrida por um plexo vascular formado por ramos fáscio-cutâneos, o que permitem a confecção de um retalho músculo-cutâneo de dimensões consideráveis.

As dimensões do comprimento do pedículo vascular permitem a formação de micro-anastomoses em vasos distantes da área

(13)receptora . Embora seja primariamente utilizado na reparação cutânea de perdas pequenas ou moderadas, o retalho muscular do serrátil pode ser associado a outros retalhos cujo suprimento vascular também se origina de ramos da artéria subescapular, como o retalho do músculo grande dorsal, que recebe o suprimento da artéria toracodorsal, e dos retalhos escapular ou para-escapular, que são supridos pela artéria circunflexa da escápula. Nessas circunstâncias, há possibilidade de reparação de grandes perdas do revestimento

(14,15)cutâneo .Podemos inferir pelo presente estudo que o

retalho do músculo serrátil anterior pode ser utilizado sob a forma musculocutânea, diminuindo a necessidade de enxertia de pele.

Como os vasos do pedículo se encontram em sua face dorsal, sempre que o serrátil é utilizado sob a forma de retalho muscular é necessário invertê-lo, colocando a porção recoberta pela fáscia em contato com a área cruenta para proteger o pedículo. Quando utilizado sob a forma musculocutânea, isso não é necessário, já que o pedículo vascular está protegido pela pele do retalho.

3- Peitoral Maior: tem sido o músculo mais freqüente usado para correção de defeitos anteriores da parede torácica, particularmente em porção superior do tórax. Tem grande

importância para o fechamento das feridas de esternotomia infectadas. Havendo ressecçcão dos componentes laterais do esterno, esses músculos são drenados pelas veias mamárias internas e uma ressecção secundária da cartilagem poderia resultar na morte previa do músculo transportado. A opção é a irrigação toracoacromial, que oferece mais dinâmica e vitalidade na reconstrução. Os retalhos músculos-cutâneos dos peitorais podem ser projetados para todas as áreas ântero-

(18)superiores do tórax .

4- Reto abdominal: Este músculo e seu retalho músculo cutâneo têm sido usados com regularidade para reconstrução da parede torácica anterior(19). Os componentes de pele podem ser orientados na forma transversa, como retalho transverso músculo-cutâneo do reto abdominal, ou verticalmente em toda com toda sua extensão, dependendo da sua geometria e localização dos defeitos da parede abdominal. Entretanto o músculo pode ser transportado com seu pedículo superior, sempre que houver a ausência da artéria mamária interna, esta opção não é comumente a primeira escolha. A entrada do suprimento sanguíneo neste músculo não é saudável e viável quanto o grande dorsal e o peitoral maior.

5- Obliquo externo: Este retalho é menos freqüentemente usado, mas pode ser muito útil na reconstrução ínfero-anterior do tórax. Em geral a regra para manuseio deste músculo é basicamente para fechar defeitos nos campos inframamários. O retalho músculo-cutâneo pode ser dissecado amplamente, e o defeito de pele da porção inferior e do abdome pode ser fechado na forma de Y ou V ou com retalhos de

(19)pele . Se necessário o retalho músculo-cutâneo pode ser separado para fechar a lesão do diafragma e promover o fechamento desta

(20)área da parede torácica .

6-Omento: Continua a ser um retalho seguro para reconstrução da parede torácica. Ele pode ser transportado para qualquer área anterior do tórax e prontamente aceito, suportando enxerto de pele e osso. A primeira vantagem dele é que ele traz uma confiável irrigação sanguínea. É muito útil quando há



27

lesão por radiação na pele e não há recorrência do tumor. Nesta situação, a pele e o subcutâneo podem ser necessariamente ret irados juntamente com algumas costelas. Nesta deformidade pode-se transportar o grande omento para reconstrução e eventualmente fazer um enxerto de pele. Este método permite reconstruir áreas muito extensas, e em particularmente quando o defeito é maior que os músculos anteriormente citados.

Reconstrução da parede com enxertos ósseos

Os enxertos ósseos têm sido reconhecidos como duráve i s e bem suced idos . As desvantagens no uso de costelas como enxertos ósseos é a dor e/ou instabilidade da parede torácica no local da retirada. Às vezes a retirada de enxertos de costelas implica em criar uma nova área de instabilidade da parede em pacientes com a função pulmonar já comprometida. Outros locais para retirada de enxertos ósseos são crista ilíaca, fíbula e tíbia. As considerações a serem feitas sobre esses enxertos são a limitação do tamanho do enxerto a ser retirado e a dor no local da retirada.

Reconstrução da parede torácica com material sintético

Os defeitos com diâmetro maior que 5cm costumam comprometer a dinâmica respiratória, sendo obrigatório uma correção que restabeleça a estabilidade estrutural da parede. Isto é, falhas maiores no arcabouço esquelético podem levar a uma acentuada retração inspiratória no local do defeito da parede (respiração paradoxal) com grande prejuízo à dinâmica respiratória. Assim, às vezes, é necessário a utilização de material

(22)sintético que, fixado à parede torácica, permite a estabil ização dessa parede obliterando o defeito existente e impedindo assim a ocorrência de respiração paradoxal. Na escolha do material a ser usado os fatores importantes a serem considerados são durabilidade, adaptabilidade, que o material cause nenhuma ou mínima reação inflamatória e se ja res i s ten te à in fecção e t enha

translucência ao raio X. Obviamente, qualquer material sintético só pode ser utilizado se não houver infecção local.

Os materiais sintéticos que podem ser usados são nylon, silicone, acrílico, silastic, tela de Prolene, tela de Vicryl e também uma composição de tela de Marlex ou Gore-Tex com cimento metil metacrilato(23). Nesse caso o procedimento consta da colocação da tela de Marlex,dobrada, sobre o defeito e aplicação de uma camada de cimento coberta por outra lâmina de tela de Marlex dobrada. Depois, é realizada a fixação das bordas dessa tela à parede torácica. Como a tela é maleável, o cimento é aplicado para enrijecer. Quando o cimento endurece, confere a essa combinação de materiais a rigidez suficiente para proporcionar a estabilidade à parede torácica semelhante à aquela proporcionada pelo acarboço ósseo. Embora a utilidade desse procedimento seja incontestável haverá sempre o temor de infecção sobre o material sintético. Gore-Tex tem sido considerado melhor que a tela de Marlex por alguns autores devido à sua impermeabilidade, sendo também usado isoladamente ou em composição com o cimento metil metacrilato, à maneira de aplicação da tela de Marlex.

CONCLUSÃO

Concluímos que a reconstrução da parede torácica pode ser feita com diversos retalhos e atualmente com diversos materiais sintéticos, porém há necessidade de mais estudos para estabelecer quais os melhores métodos de reconstrução.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

1.Newsome E Jr., Sadder C. Chest Reconstruction, Chest Wall Reconstruction. Emedicine.com.br june,2006

2. Rentz JJ, Austen WG. Empyema and Bronchopleural Fistula. Emedicine.com.br june,2006

3. Zaheer S, Allen MS, Cassivi SD, Nichols FCm Johnson CH, Deschamps C, Pairoleo PC.



28

P o s t p n e u m o n e c t o m y E m p y e m a : Postpneumonectomy Empyema: esults after the Clagett Procedure Annual Thoracic Surgery 2006;82:279-87

4. Massera F, Robustellini M, Pona CD, Rossi G, Rizzi A, Rocco G. Predictors of Closure o f O p e n Wi n d o w T h p r a c o s t o m y f o r Postpneumonectomy Empyema Annual Thoracic Surgery 2006;82 288-92

5. Nomori H, Horio H, Hasegawa T, Suemasu K. Intrathoracic Transposition of a Pectoralis Major and Pectoralis Minor Muscle Flap for Empyema in Patients Previously Subjected to Posterolateral Thoracotomy Surgery Today 2001; 31(4): 295-299

6. Souza CV, Freire A N, Tavares-Neto J. Mediastinite pós-esternotomia longitudinal para cirurgia cardíaca: 10 anos de análise Rev Bras Cir Cardiovasc 2002; 17(3): 266-270

7. Pairolero, P. C., and Arnold, P. G. Management of infected median sternotomy wounds (Editorial). Ann. Thorac. Surg. 42: 1, 1986.

8. Pairolero, P. C., Arnold, P. G., and Harris, J. B. Long-term results of pectoralis major muscle transposition for infected sternotomy wounds. Ann. Surg. 213: 583, 1991

9. Lee Jr AB, Schimert G, Shaktin S, Seigel JH - Total excision of the sternum and thoracic pedicle transposition of the greater omentum: useful stratagems in managing severe mediastinal infection following open-heart surgery. Surg 1976; 80: 433-6.

10. Sampaio LCN - Estudo comparativo entre a mini-esternotomia em L invertido e a esternotomia longitudinal total para a realização de atrioseptoplastia. [Dissertação. Mestrado] Salvador: Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, 2000. 74p

11. Nahai F, Rand RP, Hester TR, Bostwick J, Jurkiewicz MJ - Primary treatment of the infected sternotomy wound with muscle flaps: a review of 211 consecutive cases. Plast Reconstr Surg 1989; 84: 434-41.

12. Arnold PG, Pairolero PC. Chest-wall reconstruction: an account of 500 consecutive p a t i e n t s . P l a s t R e c o n s t r S u r g

1996;98:804–810.13. Carvalho AF, Zumiotti AV, Teochi LF,

Armani N M, Wei TH. Contribuição ao estudo anatômico do retalho do músculo serrátil anterior Rev Bras Ortop _ – Nov/Dez, 2002 Vol. 37, Nos 11/12

14. Harii K., Yamada A., Ishihara K., Miki Y., Itoh M.: A free transfer of both latissimus dorsi and serratus anterior flaps with toracodorsal vessel anastomoses. Plast Recontr Surg 70: 620-629, 1982.

15. Takayanagi S., Ohtsuka M., Tsukie T.: Use of latissimus dorsi and the serratus anterior muscles as a combined flap. Ann Plast Surg 20: 333- 339, 1988.

16. Rowsell A.R., Davies D.M., Eisenberg N., Taylor G.I.: The anatomy of the subscapular-thoracodorsal arterial system: study of 100 cadaver dissections. Br J Plast Surg 37: 574-576, 1984.

17. Arnold, P. G., and Pairolero, P. C. Intrathoracic muscle flaps: An account of their use in the management of 100 consecutive patients.Ann. Surg. 211: 656, 1990.

18. Caetano E.B., Brandi S., Nunes J.S., Itano A.T., Balera E.: Retalho do músculo serrátil anterior: considerações anatômicas e aplicações clínicas. Rev Bras Ortop 26: 205-210, 1991.

19. McGraw, J. B., and Arnold, P. G. McGraw and Arnold's Atlas of Muscle and Musculocutaneous Flaps. Norfolk, Va.: Hampton Press, 1986.

20. Hodgkinson, D. J., and Arnold, P. G. Chest-wall reconstruction using the external oblique muscle. Br. J. Plast. Surg. 33: 216, 1980.

21. Arnold, P. G., Witzke, D. J., Irons, G. B., and Woods, J. E. Use of omental transposition flaps for soft-tissue reconstruction.Ann. Plast. Surg. 11: 508, 1983.

22. Arnold, P. G., and Pairolero, P. C. Chest wall reconstruction: Experience with 100 consecutive patients. Ann. Surg. 199: 725, 1984.

23. McKenna, R. J., Jr., Mountain, C. F., McMurtrey, M. J., et al. Current techniques for ches t wal l recons truc t ion: Expanded possibilities for treatment. Ann. Thorac. Surg. 46: 508, 1988.



29

Correlação entre cognição e risco de quedas em idosos

Correlation between cognition and fall risk in the elderly

Palavras-Chave: idoso; acidentes por quedas; cognição.Key words: elderly; accidental falls, cognition.

1Theda Manetta da Cunha Suter2José Eduardo Martinelli

1Aluna do Mestrado da Faculdade de

Medicina de Jundiaí, São Paulo, Brasil;2Professor da disciplina de Geriatria e

Gerontologia da Faculdade de Medicina de

Jundiaí e pesquisador responsável pelo

Ambulatório de Geriatria e Gerontologia

Jundiaí 80+, Jundiaí, São Paulo, Brasil.

Correspondência para: Theda Manetta da

Cunha Suter. Rua Álvaro Ferreira de Moraes,

51 - Vl Moraes. Ourinhos-SP. CEP: 19900-250.

email: [email protected] .

Não existem conflitos de interesse.

Artigo recebido em: 31 de julho 2012.

RESUMO

Envelhecimento é a passagem do tempo na

vida do indivíduo e dos acometime ntos que

atingem a população idosa, a queda talvez seja

um dos mais preocupantes devido ao seu grande

potencial de gerar incapacidades. Dos fatores

de risco intrínsecos para as quedas, o declínio

cognitivo é o foco desta revisão de literatura. A

pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases

de dados eletrônicas como Scielo, Bireme,

Cochrane, Pubmed, Redalyc. Não foi restrito

período como critério para inclusão na

pesquisa e as palavras chave utilizadas para a

busca foram: idosos, quedas, acidentes por

quedas, cognição, declínio cognitivo. O critério

de adequação para o estudo foi que os artigos

contemplassem pelo menos os termos quedas e

idosos. Foram analisados doze artigos que

relacionaram quedas e declínio cognitivo em

idosos. Conclui-se que o declínio cognitivo está

correlacionado às quedas em idosos na maioria

dos artigos levantados e que, das alterações

cognitivas, as que predispõem ao declínio das

funções executivas estão mais relacionadas às

quedas em idosos.

ABSTRACT

Aging is passage of time in one's life and the

affections that affect the elderly population, the

fall may be one of the most worrisome because

of its great potential for creating disabilities. Of

intrinsic risk factors for falls, cognitive decline

is the focus of this review. The literature search

was conducted in electronic databases such as

Scielo, BIREME, Cochrane, Pubmed, Redalyc.

It was not restricted period as a criterion for

inclusion in the research and key words used for

the search were: elderly, falls, injuries from

falls, cognition, cognitive decline. The criteria

of appropriateness for the study was that the

articles at least contemplate the terms falls and

the elderly. We analyzed twelve articles related

to falls and cognitive decline in older adults. It is

concluded that cognitive decline is correlated

with falls in the elderly in most items surveyed


ARTIGO DE REVISÃO

30Correlação entre cognição e risco de quedas em idosos

- Theda Manetta da Cunha Suter e cols.

and that the cognitive changes, which

predispose to the decline in executive functions

are more related to falls in the elderly.

INTRODUÇÃO

Envelhecimento é a passagem do tempo na

vida do indivíduo, inicia-se no útero materno, (1)

no momento da concepção . Múltiplos

aspectos caracter izam o processo de

enve lhec imento e es tes c lamam pe la

necessidade de propiciar à pessoa idosa

atenção abrangente a saúde com enfoque no

bem estar físico, psíquico e social o que se

traduz em qualidade de vida. Neste sentido é

necessário seja feita uma diferenciação entre o

que é peculiar ao idoso devido à idade e o que é (2)

inerente ao contexto e à história pessoal .

Dos acometimentos que atingem a

população idosa, a queda talvez seja um dos

mais preocupantes devido ao seu grande ( 3 )potencial de gerar incapacidades .

Tradicionalmente, o risco de quedas é atribuído

a fatores extrínsecos e fatores intrínsecos. Os

fatores extrínsecos relacionam-se ao ambiente e

incluem desgaste do calçado, atividades (4)perigosas . Os fatores intrínsecos relacionam-

se ao indivíduo; incluem idade avançada, (5)

fraqueza muscular, diminuição do equilíbrio e

podem estar relacionados a várias causas como

o uso de sedativos, comprometimento cognitivo, (6)anormalidades do equilíbrio e da marcha ,

(7)alterações visuais .

A maioria das quedas ocorre durante a

caminhada e, não surpreendentemente,

distúrbios da marcha têm sido associados com (8)um risco aumentado de quedas . Quedas são

eventos não intencionais, resultam da interação

de diversos fatores de risco e com múltiplas

causas, assim são considerados como

acontecimentos multifatoriais e heterogêneos.

Além de altos índices de mortalidade

relacionados às quedas em idosos há que se

considerar outras consequências para a saúde e

a qualidade de vida dos idosos como o declínio

da capacidade funcional, limitações da

mobilidade, receio de sofrer novas quedas,

isolamento social, perda da autonomia e da

independência para a execução de atividades (9)

de vida diária .

A m a n u t e n ç ã o d a a u t o n o m i a e

independência durante o processo de

envelhecimento é meta fundamental na atenção

à saúde do idoso. Em relação a isto a

Organização Mundial da Saúde adotou o termo

"envelhecimento ativo" no intuito de que os

indivíduos percebam o potencial para o bem

estar físico, social e mental do idoso e a

possibilidade de participarem da sociedade de

acordo com suas necessidades e capacidades.

Neste sentido as quedas são um grande

vilão ao envelhecimento ativo e sadio. A queda

de pessoas idosas é causa crescente de lesões,

custos de tratamento e morte; ocorrem,

frequentemente, em casa e podem ser evitadas (10)

. Para tanto se torna necessária a pesquisa

incessante de fatores que possam predispor os

idosos as quedas, pois estas não podem,

simplesmente, serem atribuídas ao acaso. A par

disto o presente estudo acrescenta sobre um

fator de risco que são as alterações cognitivas,

relacionadas às quedas em idosos somente há (11)algumas décadas .

OBJETIVOS

O objetivo do presente estudo é investigar a

literatura existente acerca da relação entre

quedas em idosos e o declínio cognitivo.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa bibliográfica foi realizada nas

bases de dados eletrônicas como Scielo,

Bireme, Cochrane, Pubmed, Redalyc. Não foi

restrito período como critério para inclusão na

pesquisa e as palavras chave utilizadas para a

busca foram: idosos, quedas, acidentes por

quedas, cognição, declínio cognitivo. O critério

de adequação para o estudo foi que os artigos


31

contemplassem pelo menos os termos quedas e

idosos.

RESULTADOS

Estudo com 1600 pessoas acima de 75 anos

relacionou o comprometimento cognitivo leve a

moderado indicou que o risco de quedas e

consequente fratura de quadril foi duas vezes

maior em comparação a idosos sem o (12)

comprometimento . Deficiência cognitiva está

relacionada a variações no padrão de marcha

como variabilidade do tempo do passo e

diminuição da estabilidade do tronco

evidenciados quando idosos afetados são

colocados em situação de dupla tarefa. Assim

alterações da função cognitiva contribuem para (13)maior risco de queda nesta população . Outro

estudo observou que as pessoas idosas com

déficit cognitivo e demência apresentam maior

risco de quedas com subsequentes eventos

adversos. Também, que instabilidade postural,

m e d i c a m e n t o s , i n s t a b i l i d a d e

neurocardiovascular bem como os riscos

ambientais são fatores de risco que podem ser

modificados para prevenir quedas em idosos (14)com déficits cognitivos e demência .

Além destes, outro artigo de revisão

sistemática relatou evidências consistentes

demonstraram que alterações das funções

executivas bem como em condições de dupla

tarefa estão altamente relacionados com quedas (15)ou risco de quedas . Porém outra pesquisa de

revisão não associou consistentemente o

comprometimento cognitivo ao risco de queda

aumentado de idosos que vivem na comunidade

ou idosos institucionalizados, pois os estudos

o b s e r v a d o s n ã o s e g u i r a m p a d r õ e s

metodológicos que pudessem tornar forte a

relação de significância entre cognição e (16)quedas .


Pesquisas epidemiológicas revelaram forte

associação entre a execução de tarefas físicas e

processos cognitivos, independentemente da (17)

natureza da tarefa , assim os deslocamentos,

mudanças de direção e a marcha, propriamente

dita, podem ser afetados pelo declínio de

funções cognitivas, mesmo que sejam muito (18)leves , predispondo o idoso às quedas. Porém

o es tág io do dec l ín io é d i re tamente (19)

proporcional ao índice de quedas .

A queda pode ser considerada um evento

sentinela na vida de uma pessoa idosa, um

marcador potencial do início de um importante (3)

declínio de função 20 , assim fica a indagação:

o declínio cognitivo é um fator de risco para a

queda ou a queda pode ser considerada um

sinal de declínio cognitivo?

Conclui que, as alterações cognitivas, as

que acarretam declínio nas funções executivas

estão mais relacionadas às quedas em idosos.

Os artigos levantados não foram unânimes ao

correlacionar o declínio cognitivo ao risco de

quedas em idosos, porém ficou evidente que a

falta desta relação se deu por vieses

metodológicos que impossibilitaram forte

relação entre as variáveis abordadas no estudo.

Agradecimentos e Suporte Financeiro:

Agradeço Juliana A. Cecato pelo apoio ao

desenvolvimento deste estudo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Kauffman TL, Jackson O. O indivíduo

como um todo. In: Kauffman TL, editor. Manual

de reabilitação geriátrica. Rio de Janeiro:

GuanabaraKoogan; 2001.3-7.

2. Papaléo Netto M. O estudo da velhice:

histórico, definição do campo e termos básicos.

In: Freitas EV, Py L, Cançado FAX, Doll J,

Gorzoni ML, editores. Tratado de geriatria e

gerontologia . 2 ª ed . Rio de Janeiro:

GuanabaraKoogan; 2006. 2-12.

3. Morelli JGS, Rebelatto JR, Borges CF.

Quedas: fatores determinantes, consequências

e intervenções profissionais. In: Guccione AA,




32

editor. Fisioterapia geriátrica. 2ª ed. Barueri:

Manole; 2007. 167-87.

4. Segev-Jacubovski O, Herman T, Yogev-

Seligmann G, Mirelman A, Giladi N, Hausdorff

JM. The jnterplay between gait, falls and

cognition: can cognitive therapy reduce falls

risk? Expert Rev Neurother. 2011;11(7):1057-

75.

5. Summary of the Updated American

Geriatrics Society/British Geriatrics Society

clinical practice guideline for prevention of falls

in o lder persons . J Am Geria tr Soc .

2011;59(1):148-57.

6. Tinetti ME, Speechley M, Ginter SF. Risk

factors for falls among elderly persons living in

t h e c o m m u n i t y . N E n g l J M e d .

1988;319(26):1701-7.

7. Dias RC, Silva JR, Oliveira JC, Oliveira

SA, Amaral PHS. Visão funcional e quedas no

idoso: uma revisão de literatura. Geriatr

Gerontol. 2008;2(1):25-31.

8. Sartini M, Cristina ML, Spagnolo AM,

Cremonesi P, Costaguta C, Monacelli F, Garau

J, Odetti P. The epidemiology of domestic

injurious falls in a community dwelling elderly

population: an outgrowing economic burden.

Eur J Public Health. 2010;20(5):604-6.

9 . F e r re i r a D C O , Yo s h i t o m e AY.

Prevalência e características das quedas de

idosos institucionalizados. Rev Bras Enferm.

2010;63(6):991-7.

10. Organização Mundial da Saúde.

Envelhecimento ativo: uma política de saúde.

Brasília: Organização Pan-Americana de

Saúde. 2005.

11. Vellas BJ, Wayne SJ, Garry PJ,

Baumgartner RN. A two-year longitudinal study

of falls in 482 community-dwelling elderly

adults. J Gerontol. 1998; 53A(4):264-74.

12. Guo Z, Wills P, Viitanen M, Fastbom J,

Winblad B. Cognitive impairment, drug use, and

the risk of hip fracture in persons over 75 years

old: a community-based prospective study. Am J

Epidemiol. 1998;148(9):887-92.

13. Lamoth CJ, van Deudekom FJ, van

Campen JP, Appels BA, Vries JO, Pijinappels

M. Gait stability and variability measures show

effects of impaired cognition and dual tasking in

frail people. J Neuroeng Rehabil. 2011;8(2).

14. Shaw FE. Falls in cognitive impairment

a n d d e m e n t i a . C l i n G e r i a t r M e d .

2002;18(2):159-73.

15. Hsu CL, Nagamatsu LS, Davis JC, Liu-

Ambrose T. Examining the relationship between

specific cognitive processes and falls risk in

older adults: a systematic review. Osteoporos

Int. No prelo 2012.

16. Muir SW, Gopaul K, Montero Odasso

MM. The role of cognitive impairment in fall

risk among older adults: a systematic review

a n d m e t a - a n a l y s i s . A g e A g e i n g .

2012;41(3):299-308.

17. Tabbarah M, Crimmins EM, Seeman

TE. The relationship between cognitive and

physical performance: MacArthur studies of

succesful aging. J Gerontol A Biol Sci Med Sci.

2002:57(4):M228-35.

18. Gleason CE, Gangon RE, Fischer BL,

Mahoney JE. Increased risk for falling

associated with subtle cognitive impairment:

secondary analysis of a randomized clinical

t r ia l . Demen t Ger ia t r Cogn Disord .

2009;27(6):557-63.

19. Härlein J, Dassen T, Halfens RJ, Heinze

C. Fall risk factors in older people with

dementia or cognitive impairment: a systematic

review. J Adv Nurs. 2009;65(5):922-33.

20. Pereira SRM, Buksman S, Perracini M,

Py L, Barreto KML, Leite VMM. Quedas em

idosos: projeto diretrizes. [documento da

internet] Sociedade Brasileira de Geriatria e

Gerontologia; 2001 [acesso em 2012 Jun 24].

D i s p o n í v e l e m :

http://projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrize

s/082.pdf



33

RESUMOS

SUPLEMENTO

RESUMOS DE TRABALHOS

CNPQ/PIBIC/Pós-Graduação

2015/2016

ACESSO LIVRE PARA EUROPA, AMÉRICA LATINA E CARIBE

QUALIS CAPES

http://www.fmj.br/revista_online.asp


BASIC AND CLINICAL RESEARCH

Perspectivas Médicas, 28(3): 38-50, set/dez 2017. Resumos CNPq/PIBIC/Pós-Graduação

34

RESUMOS


AVALIAÇÃO DA APRAXIA EM IDOSOS COM DEMÊNCIA VASCULAR1 2 2 3Amanda Toledo Martins , Juliana F. Cecato , Victória M. F. D'Américo , José Eduardo Martinelli

1. Acadêmica da Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ2. Professora Colaboradora Ms. da disciplina de Geriatria da Faculdade de Medicina Jundiaí- FMJ2. Acadêmica da Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ3. Doutor Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Jundiaí - FMJ

Endereço para correspondência: Avenida Afonso José Aielo, 8-200, Vilaggio 3 (P-13), Vila Aviação, Bauru-SP. CEP:17018-520. Telefone: (14) 3208-3121, (14)99620-4161. E-mail: [email protected]

RESUMO:No Brasil, o conjunto dos idosos tem aumentado significativamente no decorrer dos anos, impactando as condições de saúde da população e aumentando a prevalência de algumas demências. Por este motivo, este estudo da ênfase na Demência Vascular (DV) e nos distúrbios práxicos que ela apresenta no decorrer de sua evolução. A apraxia é a incapacidade de realizar as tarefas motoras apreendidas ao longo da vida ou habilidosas, sendo assim, na demência vascular, devido lesões nas áreas relacionadas a praxia, esta se alterará. Nos indivíduos com demência, a praxia é sempre avaliada através da realização de testes neuropsicométricos. Este estudo tem como objetivo investigar o desempenho da apraxia em idosos com diagnóstico de demência vascular e idosos saudáveis. Método: Trata-se de um estudo de corte transversal, com pacientes de ambos os sexos, escolarizados e com mais de 60 anos de idade. Foram avaliados 102 participantes, sendo o Grupo Controle (GC) de 45 pacientes e 57 participantes com DV, com graus variados de escolaridade, por meio de Miniexame do Estado Mental (MEEM), Cambridge Cognitive Examination (CAMCOG) e avaliação de praxia. No CAMCOG, foram avaliados os subitens: praxia construtiva, praxia ideacional, praxia ideomotora. O diagnóstico de Demência Vascular foi estabelecido de acordo com os critérios do NINDS-AIREN. Resultados: O estudo apontou menor pontuação nos pacientes com DV em relação aos idosos saudáveis. Houve diferenças significativas nas pontuações dos três exames aplicados nos avaliados. Concluiu-se, então, que o MEEM e o CAMCOG mostraram-se mais eficientes para diagnóstico dos pacientes com DV, embora a praxia isoladamente apresente alta especificidade.

Palavras-Chave: apraxias; testes neuropsicológicos; idoso; demência vascular.

CAPACIDADE OSTEOREGENERATIVA DO ENXERTO DE MEMBRANA DE QUITOSANA COM NANOTUBOS DE CARBONO NO TRATAMENTO DE LESÕES CRANIANAS DE RATAS OOFORECTOMIZADAS

1 1 2 2 2André Luís Kim , Elton Pallone de Oliveira , Marilia Marta Horn , Ana Maria de Guzzi Plepis , Virgínia da Conceição Amaro Martins , 3Marcelo Rodrigues da Cunha

1. Iniciação Científica, Faculdade de Medicina Jundiaí, Jundiaí/SP, Brasil.2. Instituto de Química, Universidade de São Paulo,USP, São Paulo/SP, Brasil.3. Departamento de Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina Jundiaí, Jundiaí/SP, Brasil.

Endereço para correspondência: Rua Francisco Telles, 250, Jundiaí/SP [email protected]

RESUMO:Os nanotubos de carbono e a quitosana tem sido foco de interesse pela engenharia de tecidos, devido suas características físico-químicas que favorece a cicatrização tecidual, sendo usado em pesquisas de reparo ósseo. Entretanto, situações em que o tecido ósseo esteja em condições anormais de saúde em caso de osteoporose por deficiência estrogênica gonadal, pode comprometer a capacidade desses biomateriais no processo de regeneração óssea. Objetivo: avaliar a capacidade osteogênica das membranas de quitosanano e nanotubos de carbono (MQNC) no reparo de defeitos produzidos na calota craniana de ratas induzidas à osteoporose por deficiência estrogênica. Material e Métodos: Utilizou-se 20 ratas que foram submetidas a uma cirurgia para criação experimental de um defeito no osso parietal esquerdo. Os animais foram separados grupos não ovariectomizadas e com defeito craniano enxertado com MQNC e Grupos ooforectomizadas tendo o defeito craniano enxertado com MQNC. O sacrifício dos animais ocorreu 6 semanas pós-cirúrgico da cirurgia do defeito craniano. Resultados: macroscopicamente analisado, não houve reparo ósseo total e as áreas cirúrgicas enxertadas com os biomateriais não apresentaram sinais de infecção. Na histologia, houve predominância de tecido conectivo na área cirúrgica e insignificante neoformação óssea Conclusão: O uso de MQNC é biocompatível com o tecido ósseo receptor de ratas, porém não apresenta a capacidade de estimular a osteogênese necessária ao reparo ósseo. Palavras Chave: fraturas cranianas, osteoporose, regeneração óssea, Quitosana.

CARACTERIZAÇÃO DA COMPATIBILIDADE ENTRE MALHA DE NANOFIBRAS E HIDROXIAPATITA NA REGENERAÇÃO DE DEFEITOS CRANIANOS DE RATOS

1 1 2 3André Torres Montanaro , Nicole Beatriz de Alcantara Ferreira Garrido , Milton Macedo , Ana Maria de Guzzi Plepis , Virgínia da Conceição 3 4Amaro Martins , Marcelo Rodrigues da Cunha

1. Alunos da Graduação Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí/SP.2. Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP.3. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo-SP, Brasil.4. Departamento de Morfologia e Patologia, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiai/SP.

Endereço para correspondência: Rua Francisco Telles, 250, Jundiaí/SP [email protected]

RESUMO:Deformidades congênitas ou traumas com perda de massa óssea podem ser reparados utilizando enxerto ósseo autógeno. Entretanto, a sua utilização pode tornar-se limitada devido a algumas desvantagens como dores crônicas e necrose da área doadora. Desta maneira, os biomateriais sintéticos constituem uma alternativa viável para o processo de enxertia. Entre esses, destacam-se a hidroxiapatita pela sua composição semelhante ao tecido ósseo e a malha de nanofibras por atuar como rede de suporte para adesão e proliferação celular. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a capacidade osteogênica da combinação de nanofibras com hidroxiapatita, no reparo de defeitos produzidos na calota craniana de ratos. Estamos utilizando 20 ratas (Rattus norvegicus, Wistar) machos com 15 semanas de idade e peso médio de 350g, separadas em grupo 1 (G1) com defeito craniano sem preenchimento, grupo 2 (G2) preenchido com nanofibra (PLLA); grupo 3 (G3) com grânulos de hidroxiapatita e grupo 4 (G4) com a combinação de hidroxiapattia e nanofibra. O sacrifício dos animais ocorrerá 5 semanas pós-cirúrgico da cirurgia do defeito experimental no crânio dos animais. Em seguida, as amostras da área cirúrgica foram removidas, foto documentada, radiografada e submetida aos procedimentos histotécnicos de rotina para a confecção das lâminas histológicas para análise histomorfometrica da neoformação óssea do reparo da área cirúrgica. Nos resultados

35


macroscópicos e radiológicos observou integridade do local cirúrgico devido a ausência de sinais que pudessem indicar presença de infecção. A falha óssea não se regenerou por completo. Assim, conclui-se que o biomaterial usado é biocompativel com o tecido ósseo receptor de ratas, mas não estimulou rápida regeneração óssea.Palavras chave: fraturas ósseas; regeneração óssea, hidroxiapatita, polímero

HIGH SODIUM CONCENTRATION POTENTIATES THE ACTIVATION AND PROINFLAMMATORY FUNCTIONS OF MACROPHAGES STIMULATED BY CHOLESTEROL CRYSTALS

1 2 3 4Beatriz Yumi Uehara ; Lucas de Souza Loureiro Abbud Santos ; Ana Lúcia Bergamasco Galastri ; Ronei Luciano Mamoni

1 and 2. Undergraduate Students, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.3. Master of Science, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.4. Adjunct Professor of Immunology, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.

Corresponding Author: Ronei Luciano Mamoni, Rua Etelvina de Sales Alves, 31 - Bloco A22, Jardim Garcia, Campinas-SP, CEP 13061-097. Email: [email protected]

ABSTRACT: Atherosclerosis is among the main causes of mortality and morbidity in the World, and is associated with high fat and sodium diets. This disease is caused by deposition and modification of lipids in the arterial wall, which are recognized by immune cells (particularly macrophages) inducing an inflammatory response. Studies have shown that the NLRP3 inflammasome has an important participation in the inflammatory response induced by cholesterol crystals (CC), mediating IL-1beta production, interfering with the production of other proinflammatory cytokines. Our objective was to investigate the effects of high sodium concentration on macrophage activation by CC, and the role of NLRP3 in this process. Macrophages were differentiated from THP-1 cells by treatment with phorbol-myristate-acetate. Following differentiation, macrophages were cultured in iso-osmotic medium (139mM NaCl) or containing additional 40mM NaCl for 96 hours. Cells were pre-treated or not with specific NLRP3 inhibitor (3,4-methylenedioxy-beta-nitrostyrene) for 4 hours and stimulated for 24 hours with CC and/or LPS. Cytokine production (IL-1beta, IL-6, TNF-alpha and IL-10) in cultures' supernatants was evaluated by ELISA. Our results showed that IL-1� production, after CC stimulus, was dependent on NLRP3 activation and that high concentration of NaCl presented a synergic effect over it. TNF-alpha and IL-6 production also were enhanced when the hyper osmotic medium was present, but NLRP3 activation was not necessary for their production. In contrast, IL-10 production was not affected either by CC or high NaCl concentration, but NLRP3 inhibition enhanced the production of this anti-inflammatory cytokine. These results indicate that CC has the property to stimulate macrophages to produce and secrete pro-inflammatory cytokines (IL-1beta, IL-6 and TNF-alpha) and that IL-1 production is dependent on NLRP3 activation. In addition, we can conclude that high concentrations of sodium present an inflammatory effect, inducing the production of inflammatory cytokines, potentiating the activation of macrophages by cholesterol crystals and LPS.

Key words: Inflammasome, inflammation, atherosclerosis, Sodium, macrophages, cytokines.

Financial support: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-FMJ); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

MULTIPLE GESTATION: PERINATAL RESULTS AND WAYS OF DELIVERY – EXPERIMENT OF THE UNIVERSITY OF MEDICINE OF JUNDIAÍ

1 2 1 3Bianca Moysés Rossi Gohara , Marilia Santa Cruz Breim , Lara Monteiro de Queiroz Ravazzi , Profa. Ms. Karayna Gil Fernandes , Prof. Dr. 4Rodrigo Pauperio Soares de Camargo

1. Acadêmica de medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí2. Médica residente do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Jundiaí3. Professora Colaboradora da Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Jundiaí4. Professor Adjunto da Disciplina de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Coordenador do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí

Endereço para correspondência: Bianca Moysés Rossi Gohara - Rua Joaquim Nabuco, 344, Torre B apto 161 – Ponte São João, Jundiaí SP CEP: 13218-050. Telefone: (17) 98119 1614. E-mail: [email protected]

ABSTRACT: The simultaneous presence of two or more concepts consists of a multiple, classified in: double or twin, triple, quadruple and in succession. At present, there is a tendency to increase the occurrence of multiple gestations due to the popularization of the assisted fertilization procedure. The percentage of weight loss is 3% of the risks, it is 13% of all premature births, 15% of preterm infants under 32 weeks, 21% of low birth weight and 25% of very low birth weight Knowledge of the various characteristics of childbirth in multiple pregnancies is fundamental for good obstetrical practice. The study is based on the observation of the treatment periods of the patients as elements of presentation of the multiple gestation, in order to evaluate the perinatal outcomes and the ways of delivery, besides revealing the main difficulties in the execution of the procedure, as well as the main complications Have elapsed. This is an observational retrospective cross-sectional study conducted from January 2013 to December 2016, not University Hospital of the Jundiaí Medical School - HUFMJ.

Key words: Pregnancy; Pregnanct, Multiple; Parturition

SÍNDROME METABÓLICA E CÂNCER DE MAMA1 2Bruna Alladio Davini , Marina Piovan Blümer , Isabella Souza Oliveira², Roberto Alexandre Povolo Segura², Sirlei Siani Morais², Mercia

Breda Stella³, João Bosco Ramos Borges³

1. Acadêmica do curso de Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí 2. Acadêmicas do curso de Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí; Farmacêutico bioquímico, técnico do laboratório de Bioquímica, Faculdade de Medicina de Jundiaí; Ex-professora Bioestatística, Faculdade de Medicina de Jundiaí3. Departamento de Bioquímica e Biofísica, Faculdade de Medicina de Jundiaí; Departamento de Tocoginecologia, Faculdade de Medicina de Jundiaí

Endereço para correspondência: Bruna Alladio Davini. Rua Francisco Telles, 250 - Vila Arens – Jundiaí. Telefone: (11) 983622138. E-mail: [email protected]

RESUMO:

36

RESUMOS


O Câncer de mama (CM) é o segundo tipo de câncer mais prevalente entre mulheres. Apresenta fatores de risco reconhecidos como nuliparidade, menarca precoce e menopausa tardia. Porém, outros fatores menos conhecidos vêm sendo estudados nos últimos anos, como a obesidade e diabetes mellitus, e mais recentemente alguns biomarcadores como a lipoproteína de alta densidade (HDL). A síndrome metabólica (SM) também apresenta uma alta morbi-mortalidade. Estudos indicam que o microambiente tumoral secundário à SM é fator de risco para CM. Assim, o objetivo do presente estudo consiste em avaliar a prevalência da SM em pacientes com CM, bem como analisar o perfil sociodemográfico e metabólico dessas pacientes, através de um estudo retrospectivo do tipo caso-controle com uso de questionários, medidas antropométricas e bioquímicas em amostras de sangue coletadas de pacientes no Hospital Universitário, Hospital São Vicente de Paulo e UBS da cidade de Jundiaí. Os resultados demonstram perfil socioeconômico concordante com a literatura, sendo marcado por mulheres no pós-menopausa (80%), brancas (72,2%), com baixa escolaridade (52,2% com 1º grau completo/incompleto), mas a renda mensal difere de estudos prévios ao mostrar predomínio de rendas baixas (29,3% com renda familiar de até 1 salario mínimo e 37,3%, de até 4 salários mínimos). Além disso, o estudo confirma a associação da SM com CM (61,8% versus 37,2% grupo controle, p = 0,0044), mas não mostrou resultados com significância estatística para caracterizar glicemia, obesidade, medidas antropométricas e as frações lipídicas séricas de forma isoladas como fatores de risco para CM, exceto baixos níveis de HDL (41,5 mg/dL versus 50,0 mg/dL grupo controle, p=0,0001). Sendo assim, fica evidente a necessidade de novos estudos nessa área, e destaca-se a importância de medidas multidisciplinares para modificações de dieta, atividade física, redução de estresse visando à redução da SM e, assim, de suas complicações, como o câncer.

Palavras-Chave: câncer de mama, síndrome metabólica, pós-menopausa, lipoproteína HDL

EVALUATION OF THE MACROSCOPIC AND MICROSCOPIC PARAMETERS OF THE PLACENTAS, FROM THE FMJ PATHOLOGY LABORATORY,

COMING FROM OF THE UNIVERSITARY HOSPITAL, HE MEDICAL SCHOOL OF JUNDIAÍ DURING THE ZIKA VIRUS OUTBREAK

1 1 1 2 3 4 5Toi, B.Y.F. ; Santos, T.S. ; Prudente, R.C.S. ; Santos, G.R. ; Passos, S.D. ; Pinto, C.A.L. ; Coorte Zika

1. Acadêmicos da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP2. Doutorando da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP3. Professor Titular da Disciplina de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP4. Professor Adjunto do Departamento de Morfologia e Patologia Básica da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP5. Grupo Multidisciplinar de estudo do Zika Vírus/FAPESP - FMJ-HU

Endereço para correspondência: Avenida Wallace Simonsen, 555, Bairro Nova Petrópolis, São Bernardo do Campo, São Paulo, Apto 11A. Telefone: (11) 94195-0039. E-mail: [email protected]

ABSTRACTIntroduction: The Zika virus is an arbovirus that presents similar clinical aspects of the Dengue Virus infection. It became popular due to its outbreak Brazil. The pathological mechanisms of the ZIKV infection remain unknow. Some studies suggest the ZIKV cause damage to the neural cells of the fetus (principally, microcephaly). However, other studies suggest the ZIKV infection in the placenta may have a important role in the unsuccessful development of the fetus by causing tissue inflammation of this organ. The placenta needs to be analyzed and more information is required to clear doubts of the pathological mechanisms of the ZIKV infection. Objective: Evaluate the macroscopic and microscopic aspects of the placentas from women postive results in saliva/urine PCR (PCRPSU) and negative results (PCRNSU). Material and Methods: the evaluated placentas are part of a project (Coorte Zika Vírus). We evaluated demographic, morphologycal (weight/size) and histopathologycal changes related to non-inflammatory injury and inflammatory injury of the placentas. Results: different inflammatory injuries (deciduitis, corioamnionitis and funisitis) were found in the placentas in PCRPSU patients Discussion and conclusion: this study reported low incidence of microcephaly in newborns of PCRPSU mothers for ZIKV. Some placentas presented inflammatory and vascular injuries. We propose the ZIKV induces inflammation of the placenta and that these placentas need to be analyzed with complementary methods (immunohistochemistry/PCR).

Key Words: Zika, placenta, microcephaly.

PERFIL DO PACIENTE PORTADOR DE NEOPLASIA MALIGNA DE CABEÇA E PESCOÇO1 2 2 2 3Daniela de Souza Barbieri , Lorena Gabriela Ratz , Amanda Toledo Martins , Victoria Maria Funes D'Américo , Célia Tosello Oliveira

1. Acadêmica Faculdade de Medicina de Jundiaí – FMJ.2. Acadêmicas Faculdade de Medicina de Jundiaí – FMJ.3. PhD, Professora adjunta do Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ).

Endereço para correspondência: Rua São Sebastião, 400, apto 103, CEP:14870-720, Jaboticabal-SP. Telefone: (16) 981214312. E-mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: As doenças oncológicas como causa de morbidade e mortalidade estão em crescimento e são reconhecidos os impactos sociais e econômicos envolvidos na sua reabilitação, tratamento e prevenção. As patologias oncológicas de cabeça e pescoço representam um dos seis tumores malignos mais prevalentes em todo mundo. Os pacientes acometidos apresentam déficit de funções básicas que impactam negativamente na sua qualidade de vida. Objetivos: visa analisar os aspectos clínicos e sociodemográficos dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no ambulatório de especialidades da Faculdade de Medicina de Jundiaí e no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo a fim de contribuir com a qualidade de vida do paciente oncológico, potencializar programas de prevenções em saúde e atualizar o perfil do paciente oncológico de cabeça e pescoço. Métodos: estudo retrospectivo, foram coletados dados dos prontuários dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço: sexo, idade, CID da doença, anatomopatológico, tratamento realizado, hábitos (tabagista, etilista) e se houve infecção pelo HPV. Posteriormente, foi analisado por programas da bioestatística. Resultados: maioria do sexo masculino (80%), a partir da quinta década de vida (69,1%); maioria tabagistas (77%) e etilistas (54,7%); o tipo histológico predominante foi o carcinoma epidermoide (59,8%). A localização mais prevalente foi a glândula parótida (23,4%), seguida pela laringe (15%). Dos tratamentos empregados, os mais prevalentes foi a associação da radioterapia e da quimioterapia (26,9%), seguida da radioterapia e cirurgia (24%). Conclusão: o perfil do paciente oncológico de cabeça e pescoço é constituído com grande prevalência em homens, faixa etária entre 50 e 70 anos, predomínio de neoplasia da glândula parótida, histopatológico mais frequente o carcinoma epidermóide, e predileção do tratamento com associação de radioterapia e quimioterapia. O tabagismo e o etilismo constituem fator causal importante, ressaltando, portanto, a necessidade de potencializar as políticas de redução/interrupção e prevenção do tabagismo e etilismo.

Palavras Chave: Câncer; Cabeça e pescoço, Epidemiologia; Fatores de risco; Tabagismo;

37

RESUMOS


CYTOKINE TREATMENT MODULATES THE EFFECTOR FUNCTIONS OF MACROPHAGES AGAINST PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS YEAST CELLS

1 2 3 4Danilo Gomes Cardim Mendes de Oliveira , Lucano Meneguello Brenelli , Ana Lúcia Bergamasco Galastri , Ronei Luciano Mamoni

1 and 2. Undergraduate Students, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.3. Master of Science, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.4. Adjunct Professor of Immunology, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.

Corresponding Author: Ronei Luciano Mamoni, Rua Etelvina de Sales Alves, 31 - Bloco A22, Jardim Garcia, Campinas-SP, CEP 13061-097. E-mail: [email protected]

ABSTRACT:Several studies have shown that differences in the adaptative immune responses developed after infection could modify the effector functions of macrophages against Paracoccidioides brasiliensis (Pb), altering their fungicidal and inflammatory capacity. Our objective was to evaluate the effect of IFN-gamma, IL-4, IL-17 and IL-22 treatment on the fungicidal capacity of macrophages, as well as on the production of reactive oxygen species (ROS) and cytokines by these cells. Monocytes were purified from peripheral blood obtained from healthy individuals, and differentiated into macrophages by treatment with GM-CSF for 7 days. Macrophages were pretreated with recombinant human cytokines (IFN-�, IL-4, IL-17 and IL-22) for 1 hour and co-cultured with Pb yeast cells for 24 hours. The production of cytokines (IL-6, TNF-alpha, IL-1beta and IL-10) in culture's supernatants was evaluated by ELISA. Production of ROS was evaluated by flow cytometry and fungicidal activity by Colony Forming Units technique. We observed that the treatment with IFN-� or IL-17 increased the production of inflammatory cytokines (IL-1beta, IL-6 and TNF-alpha) and ROS, as well as augmented the fungicidal activity of the macrophages. Whereas the treatment with IL-4 increased the production of the anti-inflammatory cytokine IL-10 and diminished the production of ROS and the fungicidal activity. In conclusion, our data showed a differential modulation of the effectors' functions of macrophages by cytokines characteristics of the adaptive response (Th1-IFN-�, Th2-IL-4, Th17-IL-17 and Th22-IL-22). Macrophages stimulated with IFN-� (and to a lesser extent with IL-17) could participate in the destruction of the fungus through the production of ROS and control the dissemination of the fungus through the production of inflammatory cytokines. On the other hand, macrophages in the presence of IL-4 could participate in the suppression of the local immune response, mainly by the production of IL-10, restricting the fungicidal capacity and thus contributing to the susceptibility to the disease.

Key-Words: paracoccidioidomycosis; macrophages; cytokines; inflammation, fungicidal activity.

Financial Suport: FAPESP #2013/24286-0.

ANÁLISE DA CAPACIDADE OSTEOREGENERATIVA DA MEMBRANA DE ELASTINA NO TRATAMENTO DE LESÕES CRANIANAS DE RATAS OVARIECTOMIZADAS

1 1 2 3Elton Pallone de Oliveira , André Luís Kim , Ewerton Alexandre Galdeano , Ana Maria de Guzzi Plepis , Virgínia da Conceição Amaro 3 4Martins , Marcelo Rodrigues da Cunha

1. Iniciação Científica, Faculdade de Medicina Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.2. Pós-graduação, Faculdade de Medicina Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.3. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.4. Departamento de Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil. Endereço para correspondência: Elton Pallone de Oliveira. Rua Francisco Telles, 250 – Vila Arens – Jundiaí/SP. Telefone: 9 8478 6109. E-mail: [email protected].

RESUMO:As fraturas patológicas são decorrentes de fatores externos como o tabagismo e o alcoolismo ou por doenças que provocam desequilíbrio da homeostase óssea como nos casos da deficiência estrogênica. A baixa concentração de estrógeno contribui para o aumento da atividade de osteoclastos, alteração nas citocinas e fatores de remodelação óssea, resultando na desmineralização óssea com consequente processo de osteoporose, predispondo o indivíduo a fraturas. Como alternativa ao reparo do osso em condições anormais de saúde por deficiência hormonal gonadal, pode ser usado os enxertos autólogos, mas também os biomateriais poliméricos a base de colágeno e elastina nos quais permitem a adesão e proliferação celular durante o processo de regeneração óssea. Portanto, avaliar a capacidade osteogênica das membranas de elastina no reparo de defeitos produzidos na calota craniana de ratas induzidas à osteoporose por deficiência estrogênica através da ovariectomia bilateral, é pertinente para uma possível proposta terapêutica em humanos. Foram utilizadas 10 ratas Wistar, submetidas à cirurgia experimental para criação de um defeito na calota craniana. Os animais foram separados em: G1 – não ovariectomizadas, sem enxerto de elastina; G2 – não ovariectomizadas, com enxerto de elastina na lesão craniana; G3 – ovariectomizadas, sem enxerto de elastina e, G4 – ovariectomizadas, com enxerto de elastina na lesão óssea. Decorridos 42 dias do pós-operatório da lesão craniana, as ratas foram sacrificadas. Nas análises macroscópica e radiológica não foram evidenciados sinais sugestivos de processo inflamatório crônico e de rejeição imunológica nas áreas cirúrgicas, bem como não houve reparo total do defeito ósseo. Nos achados histológicos, houve pouca neoformação óssea a partir das margens da lesão e predomínio de tecido conectivo nas áreas cirúrgicas de todos os grupos estudados. Concluindo, a membrana de elastina não apresentou função osteoregenerativa e a ovariectomia comprometeu ainda mais o processo de osteogênese no reparo ósseo.

Palavras chave: fraturas cranianas, osteoporose, regeneração óssea, elastina.

RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE QUALIDADE DE SONO E O PADRÃO DE CONSUMO DE ÁLCOOL E CAFÉ EM ACADÊMICOS DO CURSO DE MEDICINA

1 1 2 3Gabriel Martinez , Heitor Castanharo Escaño , Maria Helena de Sousa , Clóvis Antônio Lopes Pinto .

1. Acadêmicos do 4° ano de Medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP.2. Professora Adjunta do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP. 3. Professor Adjunto do Departamento de Morfologia e Patologia Básica da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP.

Endereço para correspondência: Gabriel Martinez. Rua Zuferey, nº 155, apto 401, bloco-04, Edifício Deborah. Bairro Vila Pitangueira I. Jundiaí, São Paulo. CEP 13202420. Telefone: (11) 99482-6177 E-mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: O consumo de álcool e cafeína pode ser retratado como disruptor de sono em estudantes de medicina, o que pode prejudicar o bem estar e

38

RESUMOS


as atividades cotidianas dos graduandos. Objetivos: Avaliar a qualidade de sono e sua possível correlação entre o consumo de álcool e café em estudantes da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Métodos: 143 estudantes de medicina responderam os questionários específicos referentes à qualidade de sono (PSQI – BR), consumo de álcool (AUDIT) e consumo de café; Testes de qui-quadrado e análise de regressão linear foram utilizados para avaliar associações estatisticamente significantes. Resultados: 65,7% dos estudantes que responderam o questionário apresentaram índice de qualidade de sono ruim (PSQI – BR > 5 pontos); A qualidade de sono apresentou correlação fraca (R = 0.251), porém significativa (p = 0.020) com o consumo de álcool. Conclusão: A presença desses resultados sinaliza a necessidade de projetos e cuidados que visem a promoção da qualidade de vida dos estudantes de medicina.

Palavras-Chave: Sono, Estudantes de Medicina, Café, Etanol.

EFEITOS DO ALFA-TOCOFEROL SOBRE A PROLIFERAÇÃO E VIABILIDADE CELULAR DE CÉLULAS DA GLÂNDULA PARÓTIDA SUBMETIDAS

A CONDIÇÕES SIMILARES AO DIABETES MELLITUS1 1 2 2 2 2Gisele de Lourdes Caetano ; Túlio Esper Liboni ; Luan Oenning Col ; Pammela Araújo Lacerda Borges ; Débora Cajazeiro ; Cristiane Cruz ;

2 2 2 3 4Celso Felix ; Jefferson Benedito Nery ; Victor Augusto Ramos Fernandes ; Ana Carolina Morais ; Nilva K. Cervigne Furlan ; Taize Machado 4 5Augusto ; Eduardo José Caldeira

1. Graduanda do 3º ano de Medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí.2. Mestrando em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina de Jundiaí.3. Doutoranda em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina de Jundiaí.4. Professora Pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular e Cultura de Células e Professora Adjunta do Departamento de Morfopatologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.5. Professor Associado do Departamento de Morfopatologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e Professor Pesquisador do Laboratório de Biologia Molecular e Cultura de Células.

Endereço para correspondência: Gisele de Lourdes Caetano - Rua Carlos Gomes 1588 – casa 36, Vila Graff, Jundiaí-SP. Telefone: (11) 993180746. E-mail: [email protected]

RESUMO:Diabetes Mellitus (DM) é uma doença decorrente de desequilíbrios metabólicos sendo a hiperglicemia como principal característica. O tipo 1 (DM1) é mais prevalente em jovens (insuficiência de insulina) e caracteriza-se pelo infiltrado inflamatório nas células beta produtoras de insulina no pâncreas com alteração o metabolismo da glicose e maior produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e radicais livres, esses causam dano celular generalizado, atingindo glândulas salivares como a parótida. Como os mecanismos fisiológicos se mostram insuficientes para diminuir os estragos, são utilizados antioxidantes exógenos como o alfa-tocoferol, conhecido pelo seu efeito antioxidante, para auxiliar na proteção celular e estimulação da proliferação de células, para melhorar a qualidade de vida do indivíduo. OBJETIVO: Verificar a viabilidade e proliferação celular de células submetidas a condição semelhante ao DM1 e tratados com alfa-tocoferol. MÉTODO: Extração e isolamento primário das células da glândula parótida de camundongos Balb/C/Unib em solução de Percoll® (SIGMA ALDRICH). Cultivo celular em soluções com meio basal; meio basal e LPS (100ng/ml); meio basal com alfa-tocoferol (20M) e LPS; meio basal com alta glicose (4,5g/L), LPS e alfa-tocoferol; meio basal com alta glicose e LPS. Realizado ensaio de MTT e de viabilidade celular. RESULTADO: Resultados pelo ensaio MTT denotaram pouca redução da viabilidade entre os grupos controle e LPS; entre controle e o alfa-tocoferol houve diminuição, semelhante àquele com alta taxa de glicose (com maior relevância); no grupo tratado com antioxidante e alta taxa de glicose houve diminuição na viabilidade, mas melhora em relação ao exclusivo com glicose alta. CONCLUSÃO: O alfa-tocoferol isolado mostrou diminuir a viabilidade por provável efeito tóxico, enquanto o LPS foi inerte. A hiperglicemia foi o responsável pela diminuição da viabilidade, mas quando associado ao alfa-tocoferol houve pequena redução no seu efeito.Palavras-Chave: Glândula Parótida, Diabetes Mellitus, Alfa-Tocoferol

DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE (SAF) EM PACIENTES INTERNADOS POR TROMBOSE VENOSA E/OU ARTERIAL EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ

1 1 1Guilherme Esquiapatti Fernandes¹, Murilo Morandin Rinaldi , Paulo Eduardo Lopes Coimbra ,Gabriel Arruda Cruz Gomes , Thayssa Araújo de 2 3 4 5Sá Barreto , Maria Helena de Sousa ,José Celso Giordan Cavalcanti Sarinho , Waldenise Cossermelli

1. Acadêmicos da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP.2. Residente do serviço de Cirurgia Geral do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), São Paulo-SP.3. Professora Adjunta do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí-SP.4. Professor auxiliar de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP.5. Professora Adjunta do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP.

Endereço para correspondência: Guilherme Esquiapatti Fernandes. Rua Zuferey, nº 155, apto 401, bloco-04, Edifício Deborah. Bairro Vila Pitangueira I. Jundiaí, São Paulo. CEP 13202420. Telefone: (17) 99120-6446. E-mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: A Síndrome Antifosfolípide (SAF) é uma doença caracterizada pela presença de autoanticorpos que podem interferir em diferentes etapas do processo de coagulação sanguínea, gerando como principais manifestações clínicas a trombose arterial/venosa e perdas gestacionais recorrentes, principalmente na população jovem. Objetivo: Avaliar a prevalência de SAF entre os pacientes internados em um hospital terciário do município de Jundiaí com diagnóstico de trombose arterial ou venosa seguindo os critérios de inclusão e exclusão. Métodos: Seleção de pacientes internados no Hospital São Vicente de Paulo em Jundiaí com diagnóstico de trombose arterial/venosa de acordo com os critérios de inclusão e exclusão propostos pelo questionário aplicado. Os pacientes selecionados foram encaminhados ao ambulatório da FMJ para seguimento e investigação da SAF. Resultados: Dos 14 pacientes encaminhados, apenas seis finalizaram a investigação, sendo que dois pacientes (33%) preencheram os critérios para o diagnóstico da síndrome. Conclusão: Na literatura, os dados referentes à prevalência da SAF no estudo dos eventos trombóticos variam de 8 a 17% dependendo do evento analisado. O estudo encontrou uma prevalência de 33% da Síndrome Antifosfolípide entre a população analisada. O estudo proposto contou com um baixo número de pacientes, sendo necessário um possível seguimento com uma casuística maior. A falta de uniformização entre a maioria dos estudos realizados (métodos, população alvo, outros fatores de risco) parece contribuir para a variação dos achados.

Palavras chaves: Trombose; Diagnóstico; Síndrome Antifosfolípide.

RELAÇÃO ENTRE AUTOAVALIAÇÃO DO FALAR EM PÚBLICO E EMOÇÕES QUE EMERGEM DURANTE VISUALIZAÇÃO DA SUA PRÓPRIA PERFORMANCE

1 1 1 2 1,2Guilherme Naco Lima ; Giuliana Ayumi Kajiwara ; Maria Amélia Valladares ; Adriana Pereira da Silva Grilo ; Ana Cláudia Puggina

39

RESUMOS


1. Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Medicina de Jundiaí2. Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Universidade Guarulhos

Endereço para correspondência: Ana Cláudia Puggina, Praça Tereza Cristina, 229 - Guarulhos-SP CEP 07023-070. Telefone: (11) 2464-1758. E-mail: [email protected]

RESUMO:Objetivos: (1) identificar a autoavaliação do participante ao falar em público; (2) decodificar as emoções dos participantes durante visualização da sua própria filmagem em uma apresentação pública; (3) associar as emoções decodificadas com a autoavaliação ao falar em público e (4) avaliar se as características sociodemográficas interferem na autoavaliação ao falar em público. Método: Estudo transversal quantitativo com alunos de graduação em medicina. Foram realizadas análise descritiva e inferencial. A probabilidade de erro adotada nos testes foi de p-valor<0,05. Foi considerada tendência de significância para p-valor<0,08. Resultados: A amostra do estudo foi constituída de 30 alunos de medicina com média de idade de 20,3 anos (±1,6), metade homens e mulheres. A maioria dos alunos relatou ansiedade ao falar em público (n=19; 63,3%). Os sinais de ansiedade percebidos pelo próprio participante durante uma apresentação pública foram tremores nas mãos (n=10; 33,3%), sudorese (n=10; 33,3%). O escore total obtido foi 37,8 (±5,9). Houve correlação estatisticamente significativa e positiva entre os domínios Medo e Autoconfiança. Participantes do sexo feminino apresentaram mais raiva durante a visualização da própria performance. O desprezo foi proporcionalmente mais evidente nos alunos do 2° ano de graduação. Homens mostram-se mais autoconfiantes ao visualizar a sua própria performance. Os mais autoconfiantes também foram aqueles que demonstraram mais alegria. Conclusões: A autoavaliação ao falar em público dos alunos estudados foi adequada e moderadamente alta. A emoção predominante durante a visualização da performance foi o sorriso falso. A emoção raiva mostrou-se associada com o sexo, o desprezo com o ano de graduação e a alegria com a autoconfiança. O sexo interferiu na autoconfiança.

Descritores: Fala; Comunicação; Estudantes.

CHARACTERIZATION OF OUTPATIENTS OF THE MEDICAL SCHOOL OF JUNDIAÍ1 2 3Isabela Caldana Scaramel , Heitor Castanharo Escaño , Célia Tosello de Oliveira .

1. Student, Medical School of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.2. Student, Medical School of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.3. Adjunct Professor, Internal Medicine Department, Medical School of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.

Corresponding Author: Célia Tosello de Oliveira. Av. Arruda Botellho, 503 – Pinheiros – São Paulo-SP. Telefone: (11) 3287-0124. E-mail: [email protected]

ABSTRACT: INTRODUCTION: The Brazilian population undergoes a nutritional transition, with the increase in the prevalence of overweight and obesity. The study aims to evaluate the general condition of outpatients of the Medical School of Jundiai (Faculdade de Medicina de Jundiaí) and assess possible associations between the profile of patients and diseases or complications that lead them to a particular specialty of the Outpatient Department. METHODS: Descriptive cross-sectional observational study in a sample of 110 participants, non-probabilistic. The study was carried out at the Outpatient Department of Medical School of Jundiaí (Faculdade de Medicina de Jundiaí) with the use of a questionnaire, anthropometric measurements and consultation of laboratory tests. RESULTS: It was found a positive relationship between inadequate nutrition (84.64%) and physical inactivity and overweight prevalence (40.90%) and obesity, hypertension and diabetes, mainly. DISCUSSION: The exposure of data related to food standards, to the behaviors of a population and to the results of related health indexes is fundamental to the development of public health initiatives which focus on ensuring viable changes in the lifestyle of patients. CONCLUSION: The situation of the population that attends the Outpatient Department of Medical School of Jundiaí (Faculdade de Medicina de Jundiaí) is of concern. There are better proportions of health indicators in patients that are oriented and adhere to lifestyle changes, highlighting the importance that medical specialties must have on guidance and on adherence to the proposed non-drug treatment and lifestyle changes. For the guidance to be effective, the patient compliance to lifestyle changes must be faced as the main challenge of the public health of a city like Jundiaí.

Key Words: Chronic Disease, Habits, Comprehensive Health Care.

QUITOSANA COM MALHA DE POLICAPROLACTONA COMO BARREIRA DE ADESÃO PERITONEAL: ESTUDOS IN VIVO1 2 3Italo Prado de Magalhães , Guinea Brasil Camargo Cardoso , Marcelo Rodrigues da Cunha *

1. Graduação Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí. 2. Departamento de Materiais e Processos, Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas.3. Departamento de Anatomia, Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Endereço para correspondência: *Prof. Dr. Marcelo Rodrigues da Cunha. R. Francisco Teles, 250 - Vila Arens II, Jundiaí - SP, 13202-550. Telefone (11) 3395-2100. E-mail: [email protected]

RESUMO:A adesão peritoneal após procedimentos cirúrgicos ainda é um desafio para o tratamento de carcinomatose peritoneal. Esta aumenta o tempo operatório, gera inúmeras complicações para um segundo procedimento cirúrgico e implica em consequências como infertilidade, obstrução do intestino e dores abdominais e pélvicas. Com o foco em melhorar a resposta ao tratamento de pacientes com câncer este projeto visou o desenvolvimento de uma nova opção de barreira intraperitoneal e um futuro dispositivo distribuidor de fármaco. O dispositivo com o controle de liberação do fármaco geraria um aumento na concentração em áreas específicas e reduziria a acumulação do fármaco em órgãos e regiões não afetadas. Em outras palavras melhoraria a efetividade e reduziria a toxicidade. Para a conclusão do projeto foi utilizado técnicas de fabricação de fibras e recobrimento. Investigações foram realizadas para atingir a concentração ideal da solução utilizada para a fabricação das fibras, assim como testes foram feitos alterando a velocidade de rotação do equipamento. Após a idealização da solução foram produzidas as fibras de policaprolactona (PCL) as quais foram recobertas por quitosana (CH), utilizando a técnica de evaporação de solvente, imagens utilizando microscopia eletrônica de varredura foram obtidas na analise da morfologia da estrutura. Para a investigação da interfase entre os dois polímeros foi realizada a analise térmica calorimetria diferencial de varredura (DSC), já os ensaios mecânicos de tração foram realizados para avaliar as propriedades da estrutura. Para o estudo in vivo foi utilizado o parque tecnológico da Faculdade de Medicina de Jundiaí, onde foi utilizado Rattus norvegicus (rato wistar). Nos animais do grupo controle (G1), não foi recoberto a área com o trauma, já no grupo com o biomaterial (G2) foi implantado uma malha PCL com CH em dimensão superior ao da lesão. Após 14 dias os animais foram sacrificados apos alta dosagem de seguido da inalação de CO2 em câmera própria. A avaliação dos resultados obtidos ocorreu após a avaliação macroscópica, e da análise histológica da intensidade da resposta inflamatória do organismo dos animais em relação ao biomaterial, sistematizada em leve, moderada e intensa, levando-se em consideração também a presença ou não de tecido de granulação, reabsorção

40

RESUMOS


do biomaterial, neoformação vascular, grau de fibroplasia, aderência das vísceras ao biomaterial e formação de cápsula.

Palavras-Chave: Materiais biocompatíveis; Polímeros; Peritônio, quitosanaANÁLISE MORFOQUANTITATIVA DAS CÉLULAS MESANGIAIS EM RATOS EXPOSTOS AO TABAGISMO PASSIVO AGUDO

1 1 2 3Julia Veronese Bannwart , Bárbara Valtudes Nogueira Thal , Carlos Alberto de Moraes , Profa. Dra. Mércia Breda Stella , Prof. Dr. César 4Alexandre Fabrega Carvalho .

1. Aluna de Graduação, Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.2. Aluno de Pós-Graduação Sensu Strictu, Mestrado Acadêmico em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.3. Professor Adjunto, Departamento de Biologia e Fisiologia, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.4. Professor Adjunto, Departamento de Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil; Professor Assistente Doutor, Departamento de Anatomia ICB-USP, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.

Endereço para correspondência: Julia Veronese Bannwart - Rua Zuferey 183, Bloco 6 Apartamento 103. Telefone: (11) 94109-2121. E-mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: Fumante inala mais de 5000 componentes capazes de provocar importantes alterações nos diferentes sistemas orgânicos, principalmente no vascular. Sabe-se que a nicotina é capaz estimular o aumento na síntese e liberação de endotelina que, nos rins, pode provocar a expansão mesangial e desencadear importantes alterações funcionais. Porém, se a nicotina está presente também na fumaça que evola da ponta acesa do cigarro, poderia as células mesangiais estarem expandidas em tabagista passivos? Objetivo: Analisar se a inalação passiva da fumaça do cigarro foi capaz de modificar a taxa de crescimento, o consumo de ração e água e a morfologia das células mesangiais de ratos. Método: Oitenta ratos Wistar, machos, com 8 semanas, pesando em média 260 gramas, foram divididos em: Grupo Controle (GC) com 40 animais e Grupo Tabagista (GT) com 40 animais. Cada grupo foi subdividido em 04 grupos de 10 animais para análise morfológica em um período de 07, 14, 21 e 28 dias. O GT foi submetido a fumaça de 40 cigarros por dia, conforme os tempos determinados em equipamento automatizado de acendimento dos cigarros. Semanalmente, todos os animais foram pesados e os consumos, de ração e água medidos. Findado o período de exposição os animais de ambos os grupos foram anestesiados e eutanasiados por aprofundamento anestésico. Os rins foram retirados, dissecados e submetidos aos procedimentos histológicos rotineiros para as análises morfológicas e morfoquantitativas. Resultados: Menor taxa de crescimento e de consumos, de água e ração no GT em todos os períodos estudados; e aumento da densidade de volume mesangial dos rins no GT em todos os períodos estudados. Conclusão: A inalação passiva e aguda à fumaça do cigarro provocou alteração na densidade de volume das células mesangiais. Isto sugere que alterações funcionais também podem estar presentes nos fumantes passivos, tal como no fumante ativo.

Palavras-Chave: Tabagismo passivo; Glomérulo; Células Mesangiais.

AVALIAÇÃO DE RUÍDOS PRODUZIDOS POR APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS POTENCIALMENTE PREJUDICIAIS À AUDIÇÃO HUMANA

1 2 3 4Juliana Ganzerli Zampieri , Daniela Ciancio Marcondes , José Prado Lyra Filho , Edmir Américo Lourenço

o1. Acadêmica do 6 ano de Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaío2. Acadêmica do 6 ano de Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaío3. Acadêmico do 6 ano de Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí

4. Diretor e Professor, Faculdade de Medicina de Jundiaí

Endereço para correspondência: Juliana Ganzerli Zampieri - Rua Messina, 80, apartamento 74 - Jardim Messina, Jundiaí-SP. Telefone: (11) 96398-8048 / (11) 5549-4575. Email: [email protected]

RESUMO:Introdução: A exposição aos ruídos não se restringe apenas como um risco à saúde do trabalhador, mas à população como um todo. Visando à prevenção, instituiu-se o Selo Ruído, com o objetivo de informar ao consumidor sobre o ruído emitido por eletrodomésticos, bem como incentivar a fabricação de produtos com menor nível de ruído. Possuem o Selo Ruído secadores de cabelo, liquidificadores e aspiradores de pó, nacionais e importados. Contudo, existem diversos tipos de aparelhos eletrodomésticos produtores de ruído que estão presentes no dia-a-dia da população e não são previstos na legislação brasileira, como condicionadores de ar, batedeiras, máquinas de lavar roupa e processadores de alimentos. Objetivos: Medir a intensidade em decibels de ruído produzido por alguns eletrodomésticos de uso domiciliar frequente, que não possuam o Selo Ruído, a saber: ar condicionado, batedeira, máquina de lavar roupa e processador de alimentos. Métodos: Foram aferidos os ruídos sonoros produzidos por eletrodomésticos tanto com o Selo Ruído como sem o Selo Ruído. A intensidade do ruído sonoro emitido pelos aparelhos eletrodomésticos foi aferida com o uso de um decibelímetro da marca MINIPA®, modelo MSL-1352C, procedência USA. A aferição foi realizada no ambiente em que cada eletrodoméstico é utilizado rotineiramente. Resultados: Dos aparelhos que não possuem o Selo Ruído, os processadores de alimento ultrapassaram o nível de ruído considerado seguro a orelha humana.

Palavras-chaves: Perda auditiva; Perda Auditiva Induzida por Ruído; Ruído; Efeitos do Ruído; Medição de Ruído; Utensílios domésticos.

ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO COM TELA SINTÉTICA PARA DEFEITOS DO ASSOALHO PÉLVICO: FOLLOW- UP DO SETOR DE ASSOALHO PÉLVICO DA FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ

1 2 3 4Laís Rodrigues Bertoche , Laís Paulon Sautchuk , Profa. Dra. Ana Carolina Marchesini de Camargo , Prof. Dr. Thomaz Rafael Gollop

1. Autora, Graduanda do sexto ano de medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí.2. Coautora, Graduanda do sexto ano de medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí. 3. Orientadora do projeto, Doutora em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -Universidade de São Paulo (2011). Professora Adjunta da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.4. Coorientador do projeto, graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo (1971), mestrado em Ciências Biológicas (Biologia Genética) pela Universidade de São Paulo (1977) e doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Genética) pela Universidade de São Paulo (1981). Atualmente é médico Hospital Israelita Albert Einstein, Livre Docente e Professor Associado de Ginecologia na Faculdade de Medicina de Jundiaí e Coordenador do GEA - Grupo de Estudos sobre o Aborto, nomeação - Serviço de Tocoginecologia e Genética São Paulo. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica.

Endereço para correspondência: Rua do Retiro, 1617, apto 82 torre 3. Telefone (11) 982571400. [email protected]

41

RESUMOS


RESUMO:Introdução: O prolapso dos órgãos pélvicos (POP) é um problema de saúde pública que se tornará ainda mais freqüente com o aumento da expectativa de vida. Estudos comparando a correção do POP com cirurgias convencionais versus as cirurgias com telas sintéticas não são uniformes nos resultados de performance e benefícios do uso das telas, fato que pode ser atribuído em parte a grande diversidade de kits de telas disponíveis no mercado. Objetivo: Analisar os parâmetros do POP-Q após as cirurgias de correção de POP com diferentes tipos de telas sintéticas. Métodos: Foram incluídas, retrospectivamente, 53 mulheres que realizaram cirurgia de correção de POP, no período de janeiro de 2010 à junho de 2017. Foram compilados dados das avaliações pré e pós-operatórias em relação ao estágio do prolapso, POP-Q e complicações intra e pós-operatórias. Resultados: Entre as pacientes que fizeram cirurgia com tela, 88% tinham estadio inicial 3 ou 4 e no pós- operatório apenas 9,5% apresentavam estadio 3 (p<0,001). Parâmetros dinâmicos do POP-Q mudaram expressivamente após a cirurgia (p<0,001). O ponto C foi o que variou mais, com média de 10cm a menos nas pacientes que fizeram cirurgia com tela (p<0,001). Conclusão: As cirurgias com tela apresentaram melhora significativa do estadio e dos parâmetros do POP-Q independentemente do tipo de tela usada. Palavras-Chave: Prolapso Uterino, Distúrbios do Assoalho Pélvico.

CONHECIMENTO E ATITUDE DAS ACOMPANHANTES MULHERES SOBRE OS TIPOS E AS VIAS DE PARTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ

1 2 1 3 4Ravazzi, L.M.Q. ; Moreira, A.B. ; Rossi, B. M. ; Fernandes, K.G. ; Camargo, R.P.S.

1. Aluna regular da graduação, Curso de Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí.2. Aluno regular do mestrado, programa de Pós Graduação, Faculdade de Medicina de Jundiaí.3. Professora Colaboradora do departamento de Tocoginecologia, Faculdade de Medicina de Jundiaí.4. Professor Adjunto do departamento de Tocoginecologia, Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Endereço para correspondência: Lara Monteiro de Queiroz Ravazzi - Caixa Postal n. 260 – CEP 13.277-011, Valinhos/SP. Telefone: (14) 98111-9899. E-mail: [email protected]

RESUMO:O objetivo da pesquisa foi avaliar o conhecimento e atitude sobre os tipos de parto das mulheres acompanhantes de gestantes e puérperas hospitalizadas. Foram aplicados 100 questionários no período de janeiro a abril/17, sendo os dados analisados pelo EpiInfo®. Dentre as entrevistadas, 97% conheciam parto vaginal; 91% cesárea; 33% fórceps; 13% humanizado; 1% natural; 1% domiciliar e 0% vácuo-extrator, conhecimento adquirido principalmente pela própria experiência e de familiares. 87% reconheceram benefícios do parto vaginal, sendo o mais citado “boa recuperação“, e 36% relataram riscos ou complicações, sendo o principal o receio do feto “passar do tempo”. Sobre a cesárea, 48% identificaram benefícios, sendo “menos dor” a principal resposta, ao passo que preocupação com a recuperação foi o risco ou complicação mais citado. 11% perceberam benefícios do fórceps, tendo 7% citado que “diminui riscos para o feto não passar da hora”, e 21% como risco ou complicação “lesões no feto”. Quanto ao parto domiciliar, 9% apontaram ter benefícios, principalmente por ser um ambiente mais tranquilo, enquanto 4% mencionaram como risco ou complicação “morte do bebê”. Quando questionadas se acreditavam “ser direito da mulher a escolha do parto”, 81% disseram sim. A principal justificativa para escolha do não foi acreditar que o médico é o responsável pelo ato. 57% das mulheres optariam por cesárea agendada por ser “menos doloroso”, e 79% não aconselhariam o parto domiciliar para terceiras, relacionando este a “maior risco para mãe e para o feto”. Pôde-se concluir que as mulheres pesquisadas conhecem mais o parto vaginal, contudo não consideram a dor intensa como um impedimento para que o mesmo aconteça. Apontam a dificuldade de recuperação o principal motivo de aversão a uma cesárea agendada. Chama atenção para a modificação de um paradigma, em que a dor do trabalho de parto passa a ser vista como momentânea e tolerável.

Palavras-Chave: conhecimento, atitude, mulheres, parto

COMPROMETIMENTO COGNITIVO NO PÓS-AVC: FUNCIONALIDADE E MORBIMORTALIDADE EM 6 MESES DE EVOLUÇÃO1 2Lia Bataglini , Flavia Hosana de Macedo Cuoco, Nadia Tiemi Antunes Yoshitake, Ricardo Hashioka Soler Otsubo, Silvia Naomi Eto , Ivan

3Aprahamian .

Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Jundiaí

Endereço para correspondência: Lia Bataglini. Rua Zuferey 183, apto 202 bloco 1, Jd Pitangueiras, CEP 13202-420 - Jundiaí-SP. Telefone: (15) 99775-3325. E-mail: [email protected]

RESUMO:O AVC isquêmico é o mais comum, correspondendo de 53 a 63,5% dos casos. Em termos cognitivos, após cerca de três meses do AVC isquêmico, os pacientes são nove vezes mais susceptíveis a evoluírem para demência. O objetivo principal do diagnóstico precoce do comprometimento cognitivo é permitir o melhor planejamento do cuidado do paciente, reduzindo potencialmente as complicações, em sua maioria relacionadas a falta de informação e diagnóstico da demência. O objetivo desse estudo é avaliar quantitativamente o comprometimento cognitivo de pacientes que sofreram AVC no momento da internação e correlacionar com sua evolução funcional em 6 meses. O presente estudo faz parte do estudo de coorte denominado FASES (Frailty and Sacopenia in Elder Adults in the Emergency Service) sobre a fragilidade em idosos admitidos no serviço de emergência. Os pacientes serão entrevistados em dois momentos, durante sua internação e 6 meses após, utilizando protocolo padronizado de pesquisa. O total de pacientes interrogados inicialmente foi de 318. Quanto a fragilidade (FRAIL), dentre os 313 pacientes válidos, 53,1% são pré-frágeis e 25,8% são frágeis. Quando avaliada a atividade funcional (PFEFFER), 32,1% de 313 apresentaram perda de função. Já em relação ao teste cognitivo, 38,1% de 318 pacientes possuíam comprometimento cognitivo leve. Dos 318 pacientes, 53 apresentaram AVE (16,7%). Feitas as ligações posteriormente, 223 responderam ao questionário. Observou-se 52 mortes, totalizando 23,3% da amostra válida (n = 223). Dentre o total de pacientes localizados, contabilizando os 171 sobreviventes, 54 indivíduos referiram ao menos 1 internação, correspondendo a 31,6% da amostra. Com relação à perda funcional em qualquer grau, observou-se que 100/171 permaneceram sem comprometimento. Paralelamente, 58,5% (n = 71) apresentaram algum grau de perda funcional. A síndrome da fragilidade foi observada em 46 sujeitos ou 26,9% da amostra localizada na evolução.

Palavras-Chave: demência; comprometimento cognitivo; acidente vascular encefálico; idosos.

CORRELAÇÃO ENTRE O VALOR INICIAL DO PSA E A CLASSIFICAÇÃO DE GLEASON EM RELAÇÃO AO RISCO DE RECIDIVA EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE PRÓSTATA

1 2 3Lorena Gabriela Ratz ; Daniela de Souza Barbieri ; Profa. Dra. Célia Tosello Oliveira

Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Estado de São Paulo, Brasil.

Endereço para correspondência: Alameda Rio Jari, 68, Condomínio Morro Vermelho, Mogi-Mirim – SP, Brasil. Telefone: (19) 99746-0460. E-

42

RESUMOS


mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: O câncer de próstata (CP) é a neoplasia mais comum em homens e os adenocarcinomas correspondem a 95% das neoplasias prostática. Após confirmação histopatológica, o estadiamento é realizado por dados do toque retal, PSA, biópsia e ultrassonografia transretal. Já o prognóstico, através do Gleason inicial (Gleasoni) e por fim, o tratamento é embasado a partir do estadiamento e do Gleasoni. Objetivos: analisar a correlação do PSA inicial (PSAi) e do Gleasoni em relação ao risco de recidiva, com a finalidade de ajustar prognóstico e fornecer dados para que estudos futuros melhorem o planejamento terapêutico dos pacientes com CP. Métodos: trabalho retrospectivo com coleta em prontuário médico de pacientes com CP em acompanhamento ou tratamento no ambulatório do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo por pelo menos 3 anos, foram coletados dados de 270 pacientes que consistem em: idade, cirurgias e tratamentos anteriores e após a recidiva, Gleasoni, PSAi e informações sobre a evolução da doença. A variável dependente é a recidiva e as variáveis independentes são: Gleasoni e PSAi. Conclusão: não há correlação entre o valor PSAi e o Gleasoni em relação ao risco de recidiva em pacientes com CP, visto que, tanto em pacientes recidivados como em não recidivados apresentaram o mesmo intervalo de valor do PSAi (entre 4 e 20 ng/ml) e do Gleasoni (entre 2 e 7). No entanto, o risco de recidiva foi maior em pacientes que realizaram prostatectomia radical como tratamento inicial, isso não quer dizer que a prostatectomia radical não é uma terapêutica efetiva. Além mas disso, o estudo reforçou a importância do PSAi e Gleasoni como preditivos do prognóstico da doença, servindo como auxílio para um melhor planejamento terapêutico para os pacientes com CP.

Palavras-Chave: Câncer, Próstata, PSA, Gleason.

STRATIFYING RISK IN DIGESTIVE BLEEDING: PROSPECTIVE APPLICATION OF GLASGOW-BLATCHFORD, ROCKALL AND AIMS65 SCORES IN A THIRD LEVEL HOSPITAL IN JUNDIAI-SP

Lorena Lima Almagro Pereira (Pereira, L.L.A.)¹; Mario Fernandez Sobral Silva (Silva, M.F.S.)²; Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques de 3 4Carvalho (Carvalho, M.V.H.) ; Profa. Fernanda Cristina Simões Pessorrusso (Pessorrusso, F.C.S.)

1. Autora, Acadêmica do 4º ano da Instituição Faculdade de Medicina de Jundiaí-SP2. Colaborador, Residente do 2º ano de Cirurgia Geral do Hospital São Vicente de Paulo – Jundiaí-SP3. Orientador, Professor doutor do Departamento de Cirurgia Geral da Faculdade de Medicina de Jundiaí-SP4. Coorientadora, Professora do Departamento de Cirurgia na Faculdade de Medicina de Jundiaí-SP

Endereço para correspondência: Rua Gama Lobo 1217, apto 194ª – Ipiranga – São Paulo – SP CEP 04269-000. Telefone: (11) 9 71755410. E-mail: [email protected]

ABSTRACT: Upper gastrointestinal bleeding (UGB) is a very serious disease, responsible for a high number of deaths in the emergency room, so its diagnosis, evaluation and treatment must be conducted accurately. Some scores as Rockall Score, Glasgow-Blatchford Score and AIMS65 Scale help predict the severity of patients with non-variceal UGB based on clinical, laboratory and endoscopic parameters. The objective was to apply the mentioned scores in patients with non-variceal UGB admitted to referral service in Jundiaí-SP, evaluating clinical aspects, need for intervention, rebleeding and death. In prospective cohort, in the Hospital de Caridade São Vicente de Paulo in Jundiaí - SP, from May 2016 to May 2017, which included hospitalized patients with initial diagnostic hypothesis of UGB. A descriptive analysis of all variables was processed, with the study of the Chi-square and the ROC curve was used for accuracy comparison of scores. A total of 103 patients with non-varicose UGB were enrolled in the period, the majority being male and the age ranged from 20 to 97 year, with a mean 65,37 (+/-14,9) years. The hospitalization time was up than 7 days in 49.5% of the patients. The fatal evolution occurred in 24 patients. Of the 65 patients considered to be at high risk according to the Rockall preendoscopy criterion, 19 died, while the 8 patients considered high risk by Rockall post endoscopy 3 died. It was observed zero mortality in patients with GBS <10, being higher according to the highest value found, reaching more than 50% in sums higher than 16. Mortality in relation to the AIMS65 scale was higher according to the highest sum of factors, reaching 100% for 4 factors. In conclusion, all the scores were easy to apply and excellent predictors of mortality. Clinical evaluation of patients with UGB and the application of predictors of poor prognosis should be mandatory.

Key words: Gastrointestinal Hemorrhage, Upper Gastrointestinal Bleeding, Emergency, Score.

AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE FRATURAS VERTEBRAIS EM PACIENTES COM FRATURA DO FÊMUR PROXIMAL POR OSTEOPOROSE E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA NO MOMENTO DE VIDA PRÉVIO À FRATURA DO QUADRIL

2Luana Carolina Rech¹, Dr. Eduardo Gomes Machado, Dr. Moisés Adaildo Areia Leão Barjub, Dr. Rafael Ribeito de Almeida , Dr. Marcos 3Antonio Tebet

1. Faculdade de Medicina de Jundiai2. Instituto de Ortopedia de Jundiai - IJOT3. Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Medicina de Jundiai

Endereço para correspondência: Autor. Rua Congo 313, bloco 1 apt. 116, Jd. Bonfiglioli Jundiaí-SP (CEP:13207-340). Telefone: (47) 992642399. E-mail: [email protected]

RESUMO:A osteoporose é uma desordem osteometabólica que ocorre principalmente em mulheres na pós menopausa. Sua instalação deve-se à diminuição da atividade dos osteoblastos e aumento da atividade dos osteoclastos, favorecendo a reabsorção óssea. O diagnóstico é feito por meio da densitometria óssea e atualmente existe uma ampla gama de medicamentos que visam diminuir a progressão da doença e impedi-la de causar complicações. Porém, por ser uma doença silenciosa, a osteoporose muitas vezes só diagnosticada após ocorrer uma fratura por fragilidade óssea. Os sítios mais comuns de fraturas osteoporóticas são a coluna vertebral, radio distal e quadril. Dentre estes as fraturas vertebrais são as mais comuns e mais precoces, mas também podem ser clinicamente silenciosas ou apresentar-se com sintomas inespecíficos e difícil identificação nas imagens de Rx retardando ainda mais o diagnóstico de osteoporose e o tratamento. Neste trabalho temos por objetivo analisar por meio de questionários o perfil dos pacientes com fratura de fêmur proximal por mecanismos de baixa energia internados no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo quanto a sexo, idade, qualidade de vida prévio a fratura, diagnóstico e tratamento prévios para osteoporose e história de fraturas osteoporóticas previas. Nossos resultados mostraram uma predominância de indivíduos do sexo feminino (63,16%) e idade média de 77,48 anos. Apenas 23,68% apresentavam diagnostico prévio de osteoporose e apenas 10, 53% estavam realizando algum tipo de tratamento. História de fratura previa foi referida por 23,68% dos indivíduos. Com relação a qualidade de via previa 42% dos indivíduos apresentavam algum grau de dor lombar, sendo o histórico de dor mais comum em indivíduos que já apresentavam diagnostico prévio. Assim concluímos que a osteoporose ainda tem seu diagnóstico e tratamento negligenciados mesmo após história repetida de fraturas por baixo impacto e a despeito da sua implicação na qualidade de vida dos indivíduos.

43

RESUMOS


Palavras-Chave: osteoporose, qualidade de vida, fraturas de baixo impacto

OPINIÃO DAS PACIENTES INTERNADAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ SOBRE VISITA À BEIRA DO LEITO

1 2 2 3Marcela Ercolini Carnio , João Pedro Benassi , Elisabeth Sviatopolk Mirsky Coppini , Rodrigo Pauperio Soares de Camargo

1. Faculdade de Medicina de Jundiaí (acadêmica do 3º ano)2. Faculdade de Medicina de Jundiaí (acadêmicos do 2º ano)3. Departamento de Tocoginecologia, Faculdade de Medicina de Jundiaí

Endereço para correspondência: Marcela Ercolini Carnio, Av. Francisco Pereira de Castro, número 1097, apartamento 32 - Anhangabaú - Jundiaí-SP. Telefone: (11) 985570762. E-mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: O ensino à beira do leito vem perdendo espaço para os progressos tecnológicos integrados aos modelos educacionais das escolas médicas nacionais e internacionais, onde o campo da argumentação gira em torno de apresentações em computadores e projeções em multimídia. Objetivos: O objetivo deste trabalho é analisar a opinião do paciente em relação à visita à beira do leito nos quesitos de gosto pessoal, privacidade, compreensão das discussões, ensino médico-acadêmico, qualidade de diagnóstico e humanização da medicina. E relacionar os dados encontrados com as deficiências que hoje encontramos no ensino médico, afirmando assim, ainda mais a importância da relação médico-paciente. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo tipo corte transversal a ser realizado no Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Jundiaí (HU-FMJ), através da aplicação do questionário quantitativo, onde foram convidadas a participar do estudo 90 pacientes internadas no setor de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da cidade de Jundiaí- SP. Resultados: Foram entrevistadas um total de 90 pacientes internadas no Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Jundiaí, com idade de 13 a 50 anos, sendo a maioria com idade menor que 30 anos.Sobre o tipo de paciente entrevistada, 78,8% das pacientes encontravam-se no puerpério, enquanto que 17,7% eram gestantes. O perfil das pacientes que mais atribuiram a importância da visita ao leito devido à oportunidade de ensinar os pacientes foi aquelas com menor escolaridade (até EM incompleto), comprovando o quanto as visitas ao leito devem ter como um dos focos principais o empoderamento dos pacientes, permitindo que eles mesmos se sintam conhecedores e agentes de sua saúde. Quando interrogado se as visitas dos estudantes invadiam de alguma forma a privacidade das pacientes, 68% responderam que não, sendo que daquelas que responderam sim, 41% possuiam escolaridade mais elevada (EM completo ou Ensino Superior).Palavras-Chave: Opinião Pública; Pacientes Internados; Visitas com Preceptor; Unidade Hospitalar de Ginecologia e Obstetrícia

THE ACTION OF THE PHYTOTHERAPIC POLYPODIUM LEUCOTOMOS EXTRACT IN SKIN CANCER CELL LINES1 1 1 1 2 1 1Mariana A Yamashita , Liliane O Marinho , Pammela Borges , Vitor Fernandes , Carine O Ervolino , Eduardo J Caldeira , Taize M Augusto ,

1Nilva K Cervigne *

1. Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Departamento de Morfologia e Patologia Básica – Laboratório de Biologia Molecular e cultura Celular (LBMCC)2. Universidade Federal de Alfenas, Instituo de Ciências Médicas - Departamento de Patologia

*Corresponding author: [email protected]

ABSTRACT:Skin cancer is a disease with high incidence in Brazil and worldwild. In Brazil, this neoplasm has become the most common neoplasm in recent years, with its main triggering factor, the exposure to ultraviolet radiation (UVR) from the sun. Recently, the phytotherapic, Polypodiun Leucotomos (PL), was introduced in the market for the treatment of inflammatory changes and other skin diseases such as vitiligo, psoriasis and skin damage caused by UV radiation. This plant has some properties with anti-inflammatory, brain stimulating, photo-protective, antioxidant, immune-modulating and photo-aging prevention actions. Recently, it has been speculated PL potential activity as antitumor agent, since it could protect the cellular DNA damage caused by UV radiation associated with cancer. In the present study, we sought to verify the modulation of the proliferative process of skin cancer cell lines, through the administration PL. Overall, our preliminary results showed a significant reduction in cellular proliferation of skin cancer cell lines treated by 24 and 48hrs with PL, when compared to its control group (cells non-treated). The lineage sk-mell showed an anti-proliferative effect more intense and dose-dependent, for the three different concentrations of PL tested; a 10% reduction of proliferation rate for C1 (p<0.05), 40% for C2 (p<0.01), and up to 70% for C3 (p<0,001), compared to the control of sk-mell non-treated with the phytotherapeutic. Interestingly, the tumor lineage A2058 seemed to be resistant to the treatment with PL, without significant reduction of proliferation, for the same concentrations of treatment with the phytotherapic. These results suggest the extract PL as a potential antitumor phytotherapeutic agent, but future experiments are still needed to better clarify the effects of Polypodium Leucotomos in cancer, and to emphasize the role of such phytotherapic as a therapeutic agent to assist in the prevention and/or treatment of skin cancer.

Key-words: melanoma; phytotherapy; Polypodium Leucotomos; antitumoral effect.

ESTRESSE OXIDATIVO E ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA CIRROSE ALCOÓLICA 1 2 3Matheus Machado Fleury Guedes , Giovanna Botaro Sanchez , Sônia Valéria Pinheiro Malheiros

1. Acadêmico da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)2. Acadêmico da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)3. Professora Adjunta da Disciplina Bioquímica e Biofísica - Departamento de Biologia e Fisiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)

Endereço para correspondência: Rua Messina, 80. Apartamento 151 - Jardim Messina - Jundiaí-SP. Telefone: (11) 97662-7838. Email: [email protected]

RESUMO:A cirrose mediada pelo álcool é evento de grande prevalência cuja fisiopatologia se baseia principalmente pela formação do tecido fibrótico. Neste trabalho de revisão bibliográfica foram descritas as principais vias de metabolização do etanol e os mecanismos de lesão celular associados a produção de acetaldeido e do estresse oxidativo, as alterações metabólicas induzidas pela ação hepática do etanol e formas de diagnóstico. As alterações do metabolismo dos lipídeos associada ao etanol deve ser compreendida em função do consumo agudo ou crônico, tendo em vista efeitos diferentes sobre esses, principalmente quando se trata do HDL, entretanto o resultado final em pacientes cirróticos tende ser a hipocolesterolemia e hipertrigliceridemia. Das complicações extra hepáticas da cirrose, a longo prazo, pode-se destacar hipertensão portal, encefalopatia hepática, distúrbios de coagulação, doenças ósseas com destaque a osteoporose, doenças hematológicas que pode evoluir para pancitopenia, pancreatite,

49

RESUMOS


desnutrição, devido a absorção inadequada e até mesmo alterações no ciclo circadiano. O diagnóstico dessa doença se baseia fundamentalmente em uma boa anamnese (história clínica e exame físico). Os sinais/sintomas sugestivos da doença são aranhas vasculares, icterícia, ginecomastia, eritema palmar, hepatoesplenomegalia, manobras para avialiar a quantificar a ascite e presença de Flapping. Uma série de exames complementares podem ter critério prognóstico e são utilizados para se avaliar a presença e a evolução da doença. Exames de imagem como ultrassongrafia, tomografia e ressonância magnética são auxiliares no diagnóstico.

Palavras-Chave: cirrose, estresse oxidativo, álcool, alterações metabólicas

EVALUATION OF NEUTROPHILS EFFECTOR FUNCTIONS AGAINST PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS AFTER TREATMENT WITH TH1, TH2, TH17 AND TH22 CYTOKINES

1 2 3 4Michele Naomy Gusikuda Murayama , Mariana Mansano Gomide , Ana Lúcia Bergamasco Galastri , Ronei Luciano Mamoni

1 and 2. Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.Undergraduate Students, 3. Master of Science, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.4. Adjunct Professor of Immunology, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.


ABSTRACT:Paracoccidioidomycosis (PCM) is the most prevalent systemic mycosis in Latin America. Susceptibility or resistance to PCM is regulated by the adaptive response developed after infection. Our objective was to evaluate the effect of T-helper-1 (Th1), Th2, Th17 and Th22 cytokines on the fungicidal capacity of neutrophils and on the production of reactive oxygen species (ROS) and cytokines (IL-6, TNF-alpha, IL-1beta and IL-10). Neutrophils were purified from blood of healthy subjects and treated with human IFN-gamma, IL-17, IL-4 or IL-22 for 1 hour and stimulated with Paracoccidioides brasiliensis yeast cells or LPS for 24 hours. Cytokines (IL-6, TNF-alpha, IL-1beta and IL-10) in culture's supernatants were evaluated by ELISA. Production of ROS was evaluated by flow-cytometry and fungicidal activity by CFU technique. Neutrophils treated with IFN-� presented increased production of IL-1beta, IL-6, TNF-alpha, ROS and fungicidal capacity, but decreased IL-4 and IL-10 production. IL-17 treatment also induced secretion of IL-1beta, TNF-alpha and IL-6, but diminished the production of ROS and fungicidal activity of neutrophils. Whereas IL-4 diminished the production of the inflammatory cytokines, ROS and the fungicidal activity, but increased the IL-10 production. Our results indicate that the Th1 response (IFN-gamma) could contribute to the resistance to infection by increasing both the inflammatory activity and the fungicidal capacity of the neutrophils. IL-4 diminishes the production of cytokines important for the disease control, increasing the production of the anti-inflammatory cytokine IL-10, resulting in an impaired fungicidal capacity of neutrophils. Alternatively, IL-17 increased the production of inflammatory cytokines, but simultaneously decreases ROS production and the fungicidal activity of neutrophils. Therefore, the Th17 response appears to be important for disease containment, inducing an inflammatory response. However, this cytokine could also contribute to the permanence of the infection, since it decreases the fungicidal capacity, and could induce the exacerbation of the inflammatory response, causing tissue injury.Key-words: Paracoccidioidomycosis, cytokines, neutrophils, inflammation, fungicidal activity.

Support: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-FMJ); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

INCREASED SERUM LEVELS OF THE INFLAMMATORY CYTOKINES IL-1BETA, IL-6, IL-17, IL-18, IL-22 AND TNF-ALPHAIN PREGNANT WOMEN PRESENTING ARBOVIRUS INFECTIONS

1 2 3 4 5Monique Viana Carvalho ; Lívia Barsottini ; Ana Lúcia Bergamasco Galastri ; Andrea Botelho Silva ; Saulo Duarte Passos ; Ronei Luciano 6Mamoni

1 and 2. Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.Undergraduate Students, 3. Master of Science, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.4. Laboratory Assistant, Department of Pediatrics, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.5. Titular Professor, Department of Pediatrics, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.6. Adjunct Professor of Immunology, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.


ABSTRACT:Currently, arbovirus infections represent a public health problem in Brazil. Dengue virus (DENV) has been responsible for several epidemics in recent decades, while Zika (ZKV) and Chikungunya (CHKV) viruses have been detected in Brazil only recently. Particularly, ZKV infection has aroused worldwide concerns due to the occurrence of microcephaly in children born from infected mothers. Our objective was to compare the cytokine profile in sera of pregnant women infected by arbovirus to non-infected ones. Sera samples were obtained during prenatal care visits and tested for specific IgG antibodies against DENV, ZKV or CHKV by ELISA kits, and grouped in: Normal pregnant women (without comorbidities) and negative for arbovirus or other infections (n=10); women presenting comorbidities (hypertension or diabetes), but negative for arbovirus infections (n=9); women with positive IgG results for ZKV (n=4); positive IgG results for DENV (n=6); or positive IgG results for CHKV (n=5). Seric levels of cytokines (IL-1 , IL-6, IL-17, IL-18, IL-21, IL-22 and TNF-alpha) were evaluated by ELISA. Our results showed that sera from pregnant women positive betafor ZKV, DENV and CHKV present elevated levels of the inflammatory cytokines IL-1 , IL-6, IL-17, IL-22, IL-18 and TNF- compared to beta alphasera from normal pregnant women. In conclusion, our results, although should be analyzed with caution due to the small number of samples included, showed an increased circulating levels of several inflammatory cytokines in pregnant women with positive results for arbovirus infections. Although these cytokines are not the direct cause of malformations observed in children born from ZKV-infected mothers, recent studies have linked the production of these cytokines during pregnancy to cognitive and behavioral changes in children, such as those observed in autism spectrum disorders. Therefore, a better understanding of the participation of these cytokines in arbovirus infected mothers may contribute to the follow-up and treatment of children after birth.Key-words: Arboviruses, cytokines, pregnancy, Dengue virus, Zika virus, .Chikungunya virus

Financial support: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-FMJ); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

AMPLIAÇÃO DA DURAÇÃO DA LICENÇA-PATERNIDADE É REALMENTE NECESSÁRIA?1 2 2 2Murilo Morandin Rinaldi , Guilherme Esquiapatti Fernandes , Matheus Machado Fleury Guedes , Ricardo Hashioka Soler Otsubo , Dr. Clóvis

3Antônio Lopes Pinto

50

RESUMOS


1. Acadêmicos do 4° ano de Medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)2. Acadêmicos do 4° ano de Medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)3. Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina de Jundiaí

Endereço para correspondência: Murilo Morandin Rinaldi - Rua União, 454 apartamento 11 Bloco A - Parque União - Jundiaí-SP CEP: 13206-650. Telefone: (17) 98122-4890. E-mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: A Presidente Dilma Rousseff sancionou no dia 8 de março do 2016, sem vetos, a lei que cria a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância (LEI Nº 13.257) e que permite, entre outros pontos, que as empresas possam ampliar de 5 para 20 dias a duração da licença-paternidade, recebendo o salário de forma integral, para os funcionários das empresas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã, justificando que os benefícios para as crianças, os pais e o Brasil de uma ampliação da licença-paternidade superam, e muito, os custos da implementação. Objetivos: Averiguar se o pai realmente utilizará esta licença para auxiliar a mãe de maneira efetiva nos primeiros cuidados com o bebê ou utilizará este tempo para outro fim. Resultados: Escore médio total das primigestas foi 6,29 e das multigestas 7,74 (p<0,001); escore médio total de gestantes menores de 30 anos foi de 6,76 e com 30 anos ou mais o valor encontrado foi de 7,46 (p=0,011). Conclusão: A lei que amplia a duração da licença-paternidade é benéfica, tanto para as primigestas quanto multigestas, já que refletirá num melhor e mais prolongado cuidado por parte do pai ao bebê, à puérpera e com os cuidados da casa.

Palavras-Chave: Licença Parental, Paternidade, Leis, Recém-Nascido

DEPRESSÃO NO PÓS-AVC: FATORES PROGNÓSTICOS E PREDITIVOS EM 6 MESES DE EVOLUÇÃO.Nadia Tiemi Antunes Yoshitake, Flávia Hosana de Macedo Cuoco, Lia Bataglini, Ricardo Hashioka Soler Otsubo, Silvia Naomi Eto, Ivan

1Aprahamian

1. Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Endereço para correspondência: Rua Zuferey, 555 - Vila Arens/Vila Progresso, Jundiaí - SP, 13202-265, Brasil. Telefone: (12) 988178864. E-mail: [email protected]

RESUMO:O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença de alta prevalência no Brasil e caracteriza-se pela associação com outras comorbidades, dentre elas a depressão, que constitui fator potencialmente agravante na morbimortalidade. A depressão é um elemento de risco de mortalidade entre 12 e 24 meses após o AVE, com variação temporal de acordo com a gravidade do acidente vascular encefálico. Estima-se que a prevalência da depressão após o AVC seja de 29%, porém não há clara relação temporal significante de sua ocorrência. O objetivo deste estudo é analisar de forma quantitativa a presença de depressão e sintomas depressivos no pós-AVC isquêmico na admissão de pacientes idosos e avaliar sua funcionalidade e evolução após 6 meses da internação. O presente estudo faz parte do estudo de coorte denominado FASES sobre a fragilidade em idosos admitidos no serviço de emergência. A amostra do estudo fases foi de 318 pacientes. Quanto às escalas aplicadas na internação, 32,4% de 312 pacientes apresentaram depressão, 38,1% da amostra total possui comprometimento cognitivo leve, 25,8% apresentaram fragilidade e 32,1% apresentaram perda de função, considerando a amostra válida (n=313). Dos 318 pacientes, 53 apresentaram AVE (16,7%).Dentre a amostra total, 223 responderam a ligação após 6 meses, totalizando 52 mortes. Dentre o total de pacientes localizados, contabilizando os 171 sobreviventes, 54 indivíduos referiram ao menos 1 internação, correspondendo a 31,6% da amostra. Observou-se que 58,5% (n = 71) apresentaram algum grau de perda funcional. A síndrome da fragilidade foi observada em 26,9% da amostra, enquanto para rastreio de depressão, 54 pacientes pontuaram para uma síndrome depressiva (31,6%).

Palavras-Chave: depressão; acidente vascular encefálico; idosos.

COMBINAÇÃO DE MALHA DE NANOFIBRAS COM SELANTE DE FIBRINA DERIVADA DO VENENO DE COBRA COMO ENXERTO AO ESTIMULO OSTEOREGENERATIVO DE LESÕES CRANIANAS DE RATOS. É VIÁVEL?

1 1 1 2 3Nicole Beatriz de Alcantara Ferreira Garrido , André Torres Montanaro ; Rafaela Fonseca Falcão ; Milton Macedo ; Benedito Barraviera ; Rui 3 4 4 5Seabra Ferreira Júnior , Ewerton Alexandre Galdeano , Talita Lopes , Marcelo Rodrigues da Cunha .

1. Alunos da Graduação Medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP.2. Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP.3, Centro de Estudos de Venenos e Animais peçonhentos, Universidade Estadual de São Paulo, UNESP, Botucatu-SP.4. Pós Graduação, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP.5. Departamento de Morfologia e Patologia, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP.

Endereço para correspondência: Nicole Beatriz de Alcantara Ferreira Garrido - Av. Itaboraí, 1321 – apto 24 - Bosque da Saúde – São Paulo-SP - CEP: 04135-001. Telefone: 11 988431016. Email: [email protected]

RESUMO:A engenharia de tecidos vem se destacando no desenvolvimento ou aperfeiçoamento de biomateriais, que agem como alternativa viável nos casos clínicos em que há a necessidade de enxertia. Esses materiais atuam como suporte tridimensional para adesão, proliferação e diferenciação celular durante as etapas do reparo ósseo. Dentre esses, estão a nanofibra produzida pelo método de eletrofiação e o selante de fibrina derivado do veneno de Crotalus durissus terrificus, ambos agindo como com capacidade de scaffold (suporte) para crescimento celular pela rede de fibras entrelaçadas. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a capacidade osteogênica da combinação de nanofibras com selante de fibrina derivada do veneno de cobra, no reparo de defeitos produzidos na calota craniana de ratos. Estão sendo utilizadas 20 ratas (Rattus norvegicus, Wistar) machos com 15 semanas de idade e peso médio de 350g, separadas em grupo 1 (G1) com defeito craniano sem preenchimento, grupo 2 (G2) preenchido com nanofibra (PLLA); grupo 3 (G3) com selante de fibrina derivado do veneno de cobra e grupo 4 (G4) com a combinação de selante de fibrina e nanofibra. O sacrifício dos animais ocorrerá 5 semanas pós-cirúrgico da cirurgia do defeito experimental no crânio dos animais. Em seguida, as amostras da área cirúrgica serão removidas, fotodocumentadas, radiografadas e submetidas aos procedimentos histotécnicos de rotina para a confecção das lâminas histológicas para análise histomorfometrica da neoformação óssea do reparo da área cirúrgica. Nos resultados macroscópicos e radiológicos não foi observado sinais de infecção na área cirúrgica. A falha óssea permaneceu intacta e preservada as áreas circunvizinhas. Conclui-se que o material utilizado como enxerto é biocompativel, porém não permitiu o reparo total dentro do período experimental padronizado nesta pesquisa.

Palavras-Chave: fraturas ósseas; regeneração óssea, fibrina, polímero

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ANESTESIA PARA HISTERECTOMIA ABDOMINAL ATRAVÉS DE INDICADORES DE SATISFAÇÃO DOS PACIENTES

1 3 3Nicole Dutra Marques , Jose Fernando Amaral Meletti², Daniel de Carli², Larissa Schneider Gratacos , Victor Cristiano Ramos Gomes

1. Autora, Graduanda do sexto ano do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí.2. Orientadores, professores do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.3. Colaboradores, médicos residentes do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Endereço para correspondência: Avenida Nove de Julho 3351, Jundiai-SP, CEP 13208-056. Telefone: (19) 99772-4934. E-mail: [email protected]

RESUMO:A Anestesiologia é uma especialidade médica perioperatoria que possibilita a realização de inúmeros procedimentos cirúrgicos e invasivos tendo como principal objetivo evitar o desconforto. Dessa forma, a satisfação do paciente é uma medida fundamental na avaliação e aprimoramento dos cuidados com a saúde influenciada pela ocorrência de eventos adversos relacionados a anestesia e informações sobre riscos e possíveis complicações. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o grau de satisfação de pacientes submetidas a cirurgia de histerectomia total abdominal utilizando o instrumento de QoR – 40(Quality of Recovery – 40 Item) que consiste em um questionário que envolve cinco domínios (conforto fisico, estado emocional, apoio psicológico independência física e dor além do nível de satisfação da anestesia e dor em 24 horas após procedimento). Foram avaliadas 90 pacientes no Hospital Universitário da FMJ e em um Hospital terciário de Jundiaí submetidas a raqui anestesia ou anestesia combinada geral e peridural em um estudo coorte transversal. Em uma análise descritiva, a idade média de nossos pacientes foi de 45,8 anos; Nível de satisfação da anestesia (numa escala de 0 a 10) foi de 9,4; A dor em 24 horas (na escala de 0 a 10) foi de 4,8 e uma pontuação média de 178,2 (no máximo 200). Quanto maior o escore, menor era a queixa e sintomas pós-operatórios adversos o que nos mostra que o objetivo do processo anestésico foi alcançado. O escore teve uma média de 176,4 no bloqueio peridural associado ao grupo de anestesia geral e 180,2 no grupo da anestesia espinhal. Pode-se dizer que não há diferenças entre os dois tipos de anestesia em relação aos efeitos adversos no pós-operatório, o que nos permite aplicar qualquer método anestésico em relação à individualidade de cada paciente e fazer a melhor escolha no período pré-operatório.

Palavras chave: Anestesiologia, Histerectomia, Qualidade, Satisfação

ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA, PARIDADE, IDADE E O STATUS MENOPAUSAL AOS RESULTADOS DA CIRURGIA DE SLING TRANSOBTURADOR NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

2 3Paula da Silva Feitosa¹, Nicolle Henriques Barreto Colaço , Ana Carolina Marchesini de Camargo .

1. Acadêmico do terceiro ano de medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí.2. Acadêmico do terceiro ano de medicina, Faculdade de Medicina de Jundiaí.3. Professora adjunta da disciplina de ginecologia e obstetrícia, Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Endereço para correspondência: Paula da Silva Feitosa - Rua Alves Guimarães, 367 (apartamento 32), Pinheiros (SP). Telefone: (11) 97174-4424. E-mail: [email protected]:Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma doença de alta prevalência entre as mulheres de meia idade e senis, configurando um estigma social e impactando negativamente na qualidade de vida, cujo tratamento freqüentemente é cirúrgico. Vários fatores de risco já foram associados ao surgimento da IU, como a obesidade, idade, menopausa e a paridade; mas pouco se sabe da influência destes fatores de risco no resultado do tratamento cirúrgico. Objetivo: o estudo pretende verificar a associação entre fatores de risco para o surgimento da IUE com o resultado do tratamento cirúrgico com sling suburetral transobturador. Pacientes e Métodos: foi realizado estudo retrospectivo com 57 pacientes operadas pelo serviço de Cirurgia do Assoalho Pélvico da FMJ. Foram compilados dados demográficos da amostra, calculado o índice de massa corpórea (IMC) e as pacientes foram divididas de acordo com a resposta ao tratamento cirúrgico. Resultados: 77,2% da amostra apresentou-se curada ou melhorada após o tratamento cirúrgico, 75,4% das mulheres se encontravam na pós-menopausa e 73,7% negaram tabagismo atual ou passado. A mediana de idade foi de 61 anos, a mediana do número de partos foi de 4,0 e a mediana do IMC foi de 28,6Kg/m² e 50,9% da amostra foi classificada como pré-obesa. O IMC, o status menopausal, a idade, o tabagismo e a manutenção da atividade sexual não foram fatores associados ao resultado cirúrgico. Porém a paridade igual ou superior a 5 associou-se a piores resultados pós-operatórios (p=0,004). Conclusões: entre os fatores de risco associados ao surgimento da IUE apenas a paridade igual ou superior a 5 influenciou negativamente as taxas de melhora após a cirurgia de sling transobturador suburetral.

Palavras-Chave: Incontinência urinária, obesidade, paridade, menopausa, slingsuburetral.

TUMORES DO MEDIASTINO: ANÁLISE DOS DADOS CLÍNICOS E RESULTADO DE TRATAMENTO EM 45 CASOSRicardo Kazuhiro Aoki (Aoki, R.K.)¹, Lorena Lima Almagro Pereira (Pereira, L.L.A.)¹, Prof. Dr. Evaldo Marchi (Marchi, E.)²

1. Acadêmicos do 4º ano da Instituição Faculdade de Medicina de Jundiaí - SP2. Professor doutor do Departamento de Cirurgia Torácica da Faculdade de Medicina de Jundiaí - SP

Endereço para correspondência: Rua Raul Leite Magalhães, 90, Centro – Tapiraí – SP CEP: 18180-000. Telefones: (15) 981257240; (11) 971755410. E-mails: [email protected]; [email protected]

RESUMO:Os tumores do mediastino são pouco frequentes na prática clínica, e representam um desafio diagnóstico e terapêutico. Por isso, a necessidade de avaliar uma série de casos de pacientes com tumor de mediastino quanto aos dados clínicos, o tipo de tratamento instituído e os resultados obtidos. Assim, foram analisados os dados obtidos de prontuários de pacientes com diagnóstico confirmado de massa mediastinal no período de 2000 a 2017. Uma ênfase foi dada aos dados demográficos (idade, sexo), dados clínicos (queixa principal, hábito tabágico, uso de drogas, história de neoplasia prévia), de imagem (achados radiológicos), os resultados do tratamento clínico ou cirúrgico e o tipo histológico do tumor. Foram analisados no período de 2000 a 2017 os prontuários de 45 pacientes diagnosticados com massas mediastinais quanto aos dados demográficos (idade, sexo), dados clínicos (queixa principal, hábito tabágico, uso de drogas, história de neoplasia prévia), dados de imagem (local da lesão, contornos, taxa de crescimento, presença ou ausência de calcificações, realização de PET-CT), os resultados do tratamento clínico ou cirúrgico e o tipo histológico do tumor. Dentre os 45 casos analisados, 28 (62%) pacientes apresentavam massas do mediastino anterior, com média de idade de 46 ± 16 anos e maioria do sexo feminino, sendo apenas 3 pacientes tabagistas. Em relação aos sintomas no período pré-tratamento, 23 apresentavam-se assintomáticos e 22 sintomáticos (dor, dispneia, miastenia, prurido, sudorese). Em 02 pacientes com suspeita de tumor maligno foi realizada a tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) para auxílio diagnóstico e estadiamento. O tratamento cirúrgico foi realizado em 27 pacientes, e o acompanhamento clínico em 18 pacientes. Das 27 cirurgias realizadas, 24 foram cirurgias abertas. A maioria dos casos foi de tumores do timo (14 casos), sendo que 8 foram operados

e 6 acompanhados clinicamente por falta de condição cirúrgica.Palavras-chave: mediastino, neoplasias mediastinais, timoma, linfoma.

HISTOMORFOMETRIC ANALYSIS OF AORTA ARTERY OF RATS SUBMITTED TO TREATMENT WITH ETINILESTRADIOL AND GESTODENO

1 1 2 3Talita Aparecida Lazarini ; Jessyca Cristina Ramos Ferreira , Raphael Cruz Seabra Prudente ; Prof. Ms. Geovane Ribeiro dos Santos , Prof. Dr. 3Clóvis Antonio Lopes Pinto

1. Acadêmicos do Curso de Biomedicina do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista (UNIP) – Campus Jundiaí, Jundiaí – SP

2. Departamento de Morfologia e Patologia Básica da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

3. Departamento de Morfologia e Patologia Básica da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

ABSTRACT:Introduction: The pharmacological development of hormonal contraceptives is undergoing changes in the doses of estrogen and progesterone. However, these modifications in the formulations may compromise the morphology and function of the aortic artery. Such modifications in the dosages used can damage morphologically and functionally to aorta artery, facilitating the development of the comorbidities. The use of contraceptives has been related within the description of cardiovascular events in patients that kept the use of contraceptives based on estrogenic and progesterone. Objective: To evaluate the influence of ultra-low and low dose contraceptives on the morphofunctional properties of the aorta. Demonstrate the importance of the histochemical method and how useful it is for this analysis. Materials and methods: For this, 15 female mouses were used divided into 3 groups, where the first group is of control, the one that didn't receive the hormonal treatment (G1), and the others received daily treatment of 15ug of etinilestradiol +60 ug of gestodeno (G2) and with 30ug of etinilestradiol + 75 ug of gestodeno (G3). After the treatment, the animals were sacrificed and the arteries were removed to be analyzed. Results: The analysis of this job show that the contraceptives of very low dosage and low dosage influenced in the morphology functional properties of the arteries, affording considerable changes in their tunics. Conclusion: This review shows that there are relations between the artery density, of female mouses subordinated to etinilestradiol and gestodeno dasages, with a big quantity of mucopolissacarideos deposited in the arteries tunics. We believe that new reviews with new periods and new hormonal dosages are necessary to increase and to confirm the results.Key words: Contraceptives, Ethinylestradiol, Gestodene.

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE FATORES DE FRAGILIDADE DENTRE OS IDOSOS ADMITIDOS EM UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA

1 2Tarsila Gomes Caldas , Aline Lutz Garcia, Isabela Ferraz Grandino, Mariana Camargo do Prado, Marília de Paula Oliveira Rosa , Ivan 3Aprahamian

Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Endereço de correspondência: Tarsila Gomes Caldas. Rua Itacolomi, 465 – apto 41, Higienópolis, CEP: 01239-020, São Paulo – SP. Telefone: (11) 97449-4360. E-mail: [email protected]

RESUMO: A Síndrome da Fragilidade (SF) envolve uma série de fatores, como sarcopenia, desregulação neuroendócrina e disfunção imunológica, conhecidos como a tríade da fragilidade. Tais sintomas costumam acometer idosos com mais de 60 anos e que são considerados mais frágeis por uma série de fatores que já foram postulados por Fried, tais como: perda de peso não intencional, exaustão avaliada por auto-relato de fadiga, diminuição da força de preensão e baixo nível de atividade física. Este estudo consiste em identificar o papel preditivo de fatores de SF em idosos admitidos no serviço de emergência através de um estudo longitudinal de 6 meses, visando os desfechos de morbimortalidade durante e após a internação hospitalar. O presente estudo faz parte do estudo de coorte denominado FASES (Frailty and Sacopenia in Elder Adults in the Emergency Service) sobre a fragilidade em idosos admitidos no serviço de emergência. Na primeira análise feita, com 318 pacientes, observamos que 53,1% dos pacientes foram classificados como Pré-frágil, 25,8% dos pacientes classificados como frágeis, sendo que 5 dos pacientes não responderem a esta escala. A avaliação da atividade funcional (PFEFFER) demonstrou que 102 pacientes têm perda funcional (PFEIFFER igual ou acima de 5). Após 6 meses da primeira análise, agora com um total de 335 pacientes, a síndrome da fragilidade foi observada em 46 sujeitos ou 26,9% da amostra localizada na evolução. Segundo o rastreio de depressão, 54 pacientes pontuaram para uma síndrome depressiva (31,6%).

Palavras-chave: síndrome de fragilidade, sarcopenia, envelhecimento, morbidade.

USO DE TOCOFEROL EM CÉLULAS DE GLÂNDULAS SALIVARES PARÓTIDAS: ESTUDO IN VITRO1 2 3 4 5 6Túlio Esper Liboni , Victor Augusto Ramos Fernandes , Gisele de Lourdes Caetano , Jefferson Benedito Nery , Cristiane Cruz , Luan Oenning ,

7 8 9 10 11 12, Pammela Araújo Lacerda Borges , Débora Cajazeiro , Celso Felix , Ana Carolina Morais , Nilva K. Cervigne , Taize Machado Augusto13Eduardo José Caldeira

1. Autor - Acadêmico do 3º ano da Faculdade de Medicina de Jundiaí2. Colaborador - Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí3. Colaboradora - Acadêmica do 3º ano da Faculdade de Medicina de Jundiaí4. Colaborador - Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí5. Colaboradora - Mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí6. Colaborador - Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí7. Colaboradora - Mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí8. Colaboradora - Mestranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí9. Colaborador - Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí10. Colaboradora - Doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí11. Coorientadora - Professora Adjunta do Departamento de Morfologia e Patologia Básica da Faculdade de Medicina de Jundiaí12. Coorientadora - Professora Adjunta do Departamento de Morfologia e Patologia Básica da Faculdade de Medicina de Jundiaí13. Orientador - Professor Associado do Departamento de Patologia e Morfologia Básica da Faculdade de Medicina de Jundiaí

Endereço para correspondência: Rua Zuferey, nº 183, Bloco 3 Ap 201. Jundiaí – SP. CEP 13202-420. Telefone: (11) 97735-1644. E-mail: [email protected]

RESUMO:

Introdução: O diabetes mellitus está principalmente associado a reações inflamatórias e de estresse oxidativo, intensificadas pela ação de células inflamatórias presentes nos tecidos afetados pela doença. Estes processos parecem ser comuns em todos os tecidos lesados, como consequência do efeito autoimune e da hiperglicemia que potencializam a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) que, por sua vez, atuam principalmente na peroxidação lipídica. Contudo, a atividade antioxidante do alfa tocoferol pode prevenir estes processos, especialmente os relacionados ao estresse oxidativo, pois protege as membranas biológicas dos radicais livres. Objetivo: Assim, o objetivo deste estudo será investigar os efeitos antioxidantes do alfa tocoferol (vitamina E) frente aos processos inflamatórios e estresse oxidativo induzidos em linhagem de células da glândula parótida. Material e Métodos: Foi realizada a Cultura Primária de camundongos BALBC, posteriormente incubação das células e divisão em 5 grupos. A seguir, foi feita a quantificação proteica e Western-Blotting e, por fim, análise estatística dos resultados. Resultados: Os resultados obtidos apresentaram aumentos estatisticamente significantes das proteínas envolvidas no desencadeamento e progressão do estresse oxidativo, no grupo tratado com oxidantes em comparação ao controle. Somado a isso, tais proteínas mantiveram-se altas nos grupos tratados com o alfa-tocoferol. Conclusão: Desse modo, observa-se que esta vitamina possui baixa capacidade terapêutica, quando comparada à sua capacidade preventiva. Além disso, há uma diminuição da viabilidade celular, comprometida pela ação dos radicais livres e aumento da apoptose. Por fim, pode-se concluir que o tocoferol não é um antioxidante eficaz quando o estado inflamatório celular já está instalado, podendo ser mais eficiente de forma preventiva, à medida que atua permeando a membrana celular.Palavras-chave: diabetes; tratamento; glândulas salivares; tocoferol; inflamação.

AVALIAÇÃO DA APRAXIA EM PORTADORES DE DOENÇA DE ALZHEIMER E NÃO PORTADORES3Victória M. Funes D'Américo¹, Amanda Toledo Martins², Juliana F. Cecato², José Eduardo Martinelli

1. Acadêmica da Faculdade de Medicina Jundiaí - FMJ2. Acadêmica da Faculdade de Medicina Jundiaí - FMJ2. Professora Colaboradora Ms. Da disciplina de Geriatria da Faculdade de Medicina Jundiaí - FMJ3. Doutor Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Jundiaí - FMJ

Endereço para correspondência: Rua Regente Feijó, 2157, apartamento 74 bloco norte. Piracicaba-SP. CEP:13418-560. Telefone: (19) 3375-0170 (19) 98145-1389. E-mail: [email protected]

RESUMO:Com o aumento da expectativa de vida, observa-se uma maior incidência de demência entre a população. Entre as demências, no atual projeto destaca-se a Doença de Alzheimer (DA), que cursa com déficits cognitivos em duas ou mais áreas de cognição. Dentre as áreas afetadas, existe a praxia, cujo déficit causa incapacidade ou dificuldade em realizar atos aprendidos. A apraxia, em geral, piora a medida em que a demência avança, sendo sempre testada, via avaliações neuropsicológicas, no paciente idoso. O projeto atual foi realizado para avaliar o desempenho de idosos sem queixas cognitivas e com diagnóstico de doença de Alzheimer (DA) em relação aos testes de praxia, comparando-os. Métodos: Foram avaliados 74 indivíduos, de ambos os sexos e com pelo menos 1 ano de escolaridade, por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Cambridge Cognitive Examination (CAMCOG), teste de rastreio do Desenho do Relógio (TDR) e o teste de praxia. Para analisar a presença de apraxia, foram selecionados oito subitens do CAMCOG: os desenhos do Pentágono, da espiral, da casa, do relógio, e também a tarefa de colocar um pedaço de papel em um envelope e os movimentos corretos com uma mão para dar "adeus", cortar papel com uma tesoura e escovar os dentes. Resultados: dos 74 pacientes avaliados, 39 foram diagnosticados com doença de Alzheimer e 35 eram idosos saudáveis. Ao aplicar as três avaliações, pode-se concluir que todos os testes possuem resultados significativos ao diferenciar pacientes portadores de DA, ou não. O CAMCOG e o MEEM possuíram maior acurácia para diferenciar esses pacientes em relação à praxia, embora os três tenham boa validade.Palavras-chave: Apraxia, testes neuropsicométricos, idoso, doença de Alzheimer, nonagenários, diagnóstico.

HIGH SODIUM CONCENTRATION INCREASES MATRIX-METALLOPROTEINASES PRODUCTION AND ADHESION MOLECULES EXPRESSION BY HUMAN ENDOTHELIAL CELLS STIMULATED WITH CHOLESTEROL CRYSTALS

1 2 3 4Vitor de Castro Grotti ; Marcela Globekner Ohoe ; Ana Lúcia Bergamasco Galastri ; Ronei Luciano Mamoni

1 and 2. Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.Undergraduate Students, 3. Master of Science, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.4. Adjunct Professor of Immunology, Department of Morphology and Basic Pathology, Faculty of Medicine of Jundiaí, Jundiaí-SP, Brazil.


ABSTRACT:Cardiovascular diseases are among the major causes of mortality in the world, mostly associated with atherosclerosis and other risk factors, such as high fat and sodium diets. Atherosclerosis, a chronic inflammatory disease, is characterized by the accumulation of modified lipids (including cholesterol crystals - CC) in arterial wall and activation of endothelial and immune cells. Endothelial cells activation increases the expression of adhesion molecules and production of matrix-metalloproteinases (MMPs), responsible respectively for leukocytes migration and atherosclerotic plaque rupture. Our objective was to evaluate the effects of high sodium concentration on the expression of adhesion molecules and MMPs production by Endothelial Cells after the stimulus with cholesterol crystals (CC). Human umbilical vein endothelial cells (HUVECs) were cultivated in iso-osmotic medium (139mM NaCl) or medium containing additional 40mM NaCl until reaching 80% of confluence. Cells were maintained without stimulus or were stimulated with CC and/or LPS and/or TNF-alpha for 24 hours. Production of MMPs (MMP-1, MMP-2, MMP-3 and MMP-9) in cultures' supernatants was evaluated by ELISA and cells were submitted to flow-cytometry for analysis of adhesion molecules (CD62P, CD62E and CD54) expression. Our results showed an increased production of all MMPs after the stimulus with CC, and high sodium concentration presented a synergic effect in this production, particularly in conditions simulating an inflammatory environment (TNF-alpha and/or LPS). We also observed that high sodium concentration increased the expression of adhesion molecules on HUVECs even without the stimulus and an increment in this expression in cells stimulated with CC or TNF-alpha. In conclusion, our results showed that high sodium concentrations can play an important role in the induction of the inflammatory process of atheroma plaques, inducing the activation of endothelial cells, particularly in an inflammatory environment, increasing the expression of adhesion molecules and MMPs production, that could contribute to the plaque rupture.

Key Words: Endothelial Cells; Atherosclerosis; Matrix Metalloproteinases; Cholesterol Crystals; Cell Adhesion molecules; Sodium.

Support: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

VIABILIDADE DO USO DE BIOMEMBRANAS DE MATRIZ DE COLÁGENO SEROSA DERIVADO DO TECIDO INTESTINAL PORCINO NO TRATAMENTO DO REPARO DE DEFEITOS NA TÍBIA DE RATAS

3Amanda Aparecida Magnusson Dias¹, Samantha Ketelyn Silva², Ana Maria de Guzzi Plepis³, Virgínia da Conceição Amaro Martins , Ewerton 2 2 4Galdeano , Daniel Alves dos Santos , Marcelo Rodrigues da Cunha

1. Voluntária de Iniciação Científica, laboratório de estudos da biologia óssea (LEBO), Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.2. Pós Graduação, laboratório de estudos da biologia óssea (LEBO), Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.3. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.4. Laboratório de estudos da biologia óssea (LEBO), Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.

Endereço para Correspondência: R. Francisco Telles, 250. Jundiai-SP. E-mail: [email protected]

RESUMO:Introdução: Biomembranas têm sido desenvolvidas a fim de se obter a melhor substância para o implante ósseo e para isto, características como biocompatibilidade, osteocondutividade, porosidade compatível e suporte para a adesão e crescimento celular devem ser consideradas. Mediante a estes requisitos, destaca-se o uso do colágeno na confecção de biomembranas, visto ser uma proteína que participa do remodelamento ósseo para mimetizar as reações do tecido ósseo durante o processo de reparo. Objetivo: Avaliar a biocompatibilidade e bioareabsorção das membranas de matriz de colágeno serosa no processo de neoformação óssea durante o reparo de defeitos provocados experimentalmente na metáfise proximal da tíbia esquerda de ratas. Material e Métodos: Foram utilizadas oito ratas (Rattus norvegicus, Wistar) fêmeas, com 12 semanas de idade e peso médio de 330g divididas em dois grupos: o grupo um (G1) quatro ratas com defeito na metáfise proximal da tíbia esquerda e sem preenchimento da lesão (grupo controle) e grupo dois (G2) quatro ratas com defeito na metáfise proximal da tíbia esquerda e com preenchimento da lesão com biomembrana de colágeno serosa (grupo tratado) Resultados: Macroscopicamente em ambos os grupos, notou-se a ausência de processo inflamatório inadequado ou outros sinais característicos de rejeição. Observou-se nos resultados histomorfométricos a neoformação óssea foi de característica cortical e irregular com reentrâncias, o osso formado imaturo embora parecido com o osso original, não esteve presente em toda área, indicando que não houve consolidação total. Conclusão: Uma amostragem alta e diversificada, associando a matriz de colágeno serosa derivado do tecido intestinal porcino, com outro biomaterial além de um tempo maior para o sacrifício dos animais é necessária, para que o uso do colágeno seja mais explorado e venha obter resultados melhores, pois a neoformação foi notada, mostrando que esse biomaterial é promissor.

Palavras-Chave: colágeno, regeneração óssea, serosa intestinal

USE OF ELASTIN MEMBRANES ASSOCIATED WITH HYDROXYAPATITE FOR THE TREATMENT OF BONE LESIONS INDUCED IN THE FEMUR AND CALVARIA OF RATS

2 3 3Bruna Panis¹; Marcelo de Azevedo e Souza Munhoz², Renato de Moraes , Ana Maria de Guzzi Plepis , Virginia da Conceição Amaro Martins , 4Marcelo Rodrigues da Cunha

1. Aluna 4° ano do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Juniai/SP.2. Departamento de Ortopedia da Faculdade de Medicina de Jundiai, Juniai/SP.3. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, USP, São Carlos/SP (EESC/FMRP/IQSC – USP). 4. Departamento de Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí/SP.

Corresponding Author: R. Francisco Telles, 250. Jundiai-SP. E-mail: [email protected]

ABSTRACT:By the high epidemiological index trauma, congenital deformities and tumors with bone loss, tissue engineering has been outstanding in the development or improvement of biomaterials that act as a viable alternative in clinical cases where there is the need for grafting, acting as three-dimensional support for accession , proliferation and cell differentiation during the stages of bone repair. Among these materials that stimulate and accelerate osteoregeneration, there are the ceramic hydroxyapatite and polymers collagen and elastin base. The objective of this research was to evaluate the osteogenic potential of the combination of porous hydroxyapatite granules with a polymer membrane derived elastin of bovine auricular cartilage. To this 30 rats were used in which half were subjected to surgery to create a defect in the femur and the other half in the skull. For each bone was a control group (no implant in the bone injury), grafted group elastin membrane and another combined with elastin membrane with hydroxyapatite. After 5 weeks post-surgery the animals were sacrificed with high dose of anesthetic and surgical areas were removed for macroscopic and radiological analyzes to evaluate bone formation repair of experimental defect area. Macroscopic observation of the pieces highlighted the integrity of the margins of bone lesion, demonstrating that there was not a complete remodeling of the femoral bone defects. However there was a predominance of regenerated bone in the defect site is not possible to identify traces of implanted biomaterials. In X-rayed parts was noted the continuing bone lesion with regular and radiolucent center edges may indidicar newly formed bone tissue or remnants of implanted biomaterials. . In the histomorphometry, greater bone neoformation was observed in the grafted groups of the femur (G2, G3); however, in the cranial calf grafts the bone neoformation was small (G5, G6), but still larger than the control (G4). It was concluded that the matrices of elastin associated to hydroxyapatite present biocompatibility and satisfactory osteogenic capacity in the bone repair, mainly of bones with greater biomechanical action as in cases of cranial defects of rats.

Key Words: elastina, hidroxiapatita, regeneração óssea

Financial Suport: Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, processo FAPESP 2015/21074-8.

CARACTERIZAÇÃO HISTOMORFOMETRICA DO REPARO ÓSSEO POR ENXERTIA DE HIDROXIAPATITA E PROTEINA MORFOGENÉTICA ÓSSEA (BMP) NA METÁFISE PROXIMAL DA TÍBIA DE RATAS

Camila Rodrigues Fraulo¹, Cristiane da Silva Cruz¹, Samantha Ketelyn Silva², Daniel Alves dos Santos², Ewerton Galdeano², Virgínia da Conceição Amaro Martins³, Ana Maria de Guzzi Plepis³, Marcelo Rodrigues da Cunha4

1. Voluntária de Iniciação Científica, Faculdade de Medicina de Jundiaí. Jundiaí – SP, Brasil.2. Pós Graduação, Faculdade de Medicina de Jundiaí. Jundiaí – SP, Brasil.3. Instituto de Química, Universidade de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.4. Departamento de Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina de Jundiaí. Jundiaí – SP, Brasil.


RESUMO:Introdução: A hidroxiapatita (HAp) é um biomaterial que contribui para o processo de reparação óssea devido aos seus compostos semelhantes a matriz inorgânica do tecido ósseo nos quais favorecerem a osteogênese. Outras substâncias com funções osteoregenrativas também se destacam nas terapias reconstrutivas como a proteína morfogenética óssea (BMP) na qual acelera o processo de neoformação óssea em situações clinicas de enxertos ósseos naturais ou osteossinteses. Objetivo: Avaliar a biocompatibilidade da HAp e BMP quando enxertadas em defeitos criados experimentalmente na tíbia de ratas. Material e Métodos: Foram utilizadas 8 ratas (Rattus norvegicus, Wistar) fêmeas, com 12 semanas de idade e peso médio de 330g, separadas em grupo G1 com 4 ratas com defeito tibial vazio/sem enxerto e grupo G2 com outros 4 animais tendo o defeito preenchido com 5mg de grânulos porosos de HAp e 5 �l de BMP. Os animais foram sacrificados 3 semanas após a cirurgia do defeito ósseo na tíbia. Resultados: Macroscopicamente, notou-se em ambos os grupos, a ausência de processos inflamatórios crônicos na área cirúrgica e a manutenção do defeito que não se regenerou por completo dentro do período experimental. Nos animais do grupo implantado não houve sinais infecciosos que indicassem rejeição às substâncias implantadas e a neoformação óssea foi mais acentuada e dispostas adjacentes às margens dos grânulos de hidroxiapatita implantados. Conclusão: Concluiu-se que houve a biocompatibilidade e adequada capacidade osteoregenerativa da HAp e da BMP implantadas em defeitos tibiais de ratas, sugerindo assim, que esta combinação pode ser indicada em terapias regenerativas do tecido ósseo lesado.

Palavras-chave: .proteína morfogenética óssea, regeneração óssea, hidroxiapatitaVIABILIDADE DO USO DE MATRIZ DE QUITOSANA COM NANOTUBO DE CARBONO COMO ENXERTO EM LESÕES NA TÍBIA

DE RATASCristiane da Silva Cruz¹, Camila Rodrigues Fraulo¹, Samantha Ketelyn Silva², Ana Maria de Guzzi Plepis³, Virgínia da Conceição Amaro

4 Martins³, Marilia Marta Horn³, Ewerton Alexandre Galdeano², Daniel Alves dos Santos², Marcelo Rodrigues da Cunha

1. Iniciação Científica, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.2. Pós-Graduação, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.3. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.4. Departamento de Morfologia e Patologia Básica, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Jundiaí-SP, Brasil.


RESUMO:Introdução: Atualmente tem se observado a busca por biomateriais alternativos que respeitem os critérios clínicos para o uso como enxertia no tratamento de lesões ósseas. Para isto, esses materiais devem apresentar biocompatibilidade com o tecido receptor e capacidade de estimular e suportar o crescimento de um novo tecido regenerado. Atendendo a estas exigências, destaca-se a hidroxiapatita pela semelhança a matriz inorgânica do osso, a quitosona extraída de crustáceos marinhos com características de quimiotaxia e os nanotubos de carbono pela sua afinidade com proteínas e diferenciação celular. Analisar por meio de analise macroscópica, a biocompatibilidade dessas substâncias quando enxertadas em defeitos Objetivo: provocados experimentalmente na metáfise proximal da tíbia esquerda de ratas. Material e Métodos: Foram utilizadas oito ratas (Rattus norvegicus, Wistar) fêmeas, com 12 semanas de idade e peso médio de 330g, divididas em dois grupos sendo o grupo G1 com o defeito tibial sem preenchimento (grupo controle) e grupo G2 com defeito preenchido com biomembrana de quitosana/nanotubo de carbono e mineralizada com cristais de apatita (grupo tratado). Resultados: Macroscopicamente observou ausência de secreção purulenta, coagulo, vermelhidão, fibrose ou qualquer outro sinal de complicação cirúrgica local. No grupo enxertado, tudo indicou a biocompatibilidade da biomembrana de quitosa e nanotubo de carbono quando enxertada nos animais. Quanto aos resultados histomorfométricos, ocorreu maior formação óssea no grupo enxertado e de aspecto imaturo, porém não o suficiente para a consolidação total da lesão óssea. Conclusão: As biomembranas utilizadas são biocompatíveis em tecido ósseo receptor de ratas e apresenta capacidade osteoregenerativa dentro do período experimental padronizado nesta pesquisa.

Palavras-Chaves: fraturas ósseas; regeneração óssea, quitosana, carbono.

OSTEOREGENERAÇÃO DE LESÕES ÓSSEAS ENXERTADAS COM BIOMEMBRANAS DE ELASTINA EM TÍBIA DE RATOS1 2 2 2Jacqueline Mendes de Brito , Ana Maria de Guzzi Plepis , Virginia da Conceição Amaro Martins , Samanta Ketelyn Silva , Marcelo Rodrigues

3da Cunha

1. Voluntária de Iniciação Cientifica, Faculdade de Medicina de Jundiai, Jundiai-SP, Brasil.2. Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.3. Departamento de Morfologia e Patalogia Básica, Faculdade de Medicina de Jundiai, Jundiai-SP, Brasil.

Endereço para correspondência: Jacqueline Mendes de Brito - Rua Rafael Gabriel, 67 – Jardim Promeca, Várzea Paulista-SP, 13223-060. (11) 997413829. E-mail: [email protected]

RESUMO:Intodução: Lesões esqueléticas são comuns seja em função de fraturas, neoplasias ou enfermidades ortopédicas, acarretando muitas vezes a necessidade de substituição de parte do tecido ósseo por enxerto natural e sintético, o que impulsiona o desenvolvimento de pesquisas envolvendo áreas médicas e engenharias na tentativa de encontrar o melhor biomaterial para o estimulo do reparo ósseo. Atualmente, os polímeros vêm se destacando pela capacidade de permitir adesão e proliferação celular durante a fase de cicatrização do tecido lesado. Objetivo: Avaliar a interação de biomembranas poliméricas de elastina como enxerto de defeitos na metáfise proximal de tíbia esquerda de ratas. Material e Métodos: Foram utilizadas oito ratas (Rattus norvegicus, Wistar) fêmeas, com 12 semanas de idade e peso médio de 330g divididas em dois grupos: o grupo G1 com quatro ratas com defeito tíbial sem preenchimento (grupo controle) e grupo G2 tendo quatro ratas com o defeito preenchido com membrana de elastina (grupo tratado). Os animais foram sacrificados 3 semanas pós cirúrgico da criação experimental do defeito na tíbia. Resultados: No grupo controle (G1) notou-se a presença de calo ósseo somente em um dos quatros ratos sacrificados, sem nenhum tipo de infecção ou sinais inflamatórios anormais. No grupo tratado (G2) não foram observados na área receptora do implante nenhuma alteração patológica como processo inflamatório crônico, erosão óssea, lesão ulcerativa, cisto, infecção, massa ou outros sinais característicos de rejeição imunológica, sugerindo assim, a biocompatibilidade do biomaterial utilizado na pesquisa. Em ambos os grupos, não houve o reparo total da lesão por neoformação óssea conforme observado nas análises histomorfométrica, porém a neoformação óssea de natureza trabeculada imatura foi mais acentuada no grupo enxertado. Conclusão: Através dos excelentes resultados da aplicação da membrana de elastina, conclui-se que este biomaterial polimérico de elastina é biocompatível e apresenta capacidade osteoregenerativa indicada nas terapias de reconstrução óssea.

Palavras-Chave: fraturas ósseas, regeneração óssea, elastina.

perspectivas médicas 2017 28(3) - fmj.brfmj.br/revista/pdfs/revista_2017_3.pdf · tempo médio...

Documents