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PERSPECTIVAS ECONÔMICAS PARA O
COMÉRCIO EXTERIOR EM 2017/2018
Profa. Ma. Patricia Tendolini Oliveira de Melo
Economista e Coordenadora do Curso de Relações
Internacionais – Unicuritiba
COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI
ANOS 80 e 90
Paralisação
Planos econômicos
GOVERNO FHC I
• PLANO REAL
• ANCORA CAMBIAL (1995/1999)
TRIPÉ MACROECONÔMICO (1999/2005)
TRIPÉ FLEXIBILIZADO (2006/2008)
NOVA MATRIZ ECONÔMICA
TRIPÉ MACROECONÔMICO
TRIPÉ MACROECONÔMICO (1999/2005)
Prioridade à estabilidade de preços
REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO
METAS DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO
CÂMBIO FLUTUTANTE
TRIPÉ MACROECONÔMICO
TIPO DE
POLÍTICA
OBJETIVOS METAS
OPERACIONAIS
INSTRUMENTOS
POLÍTICA
MONETÁRIA
Estabilidade da taxa de
inflação a curto-prazo
Inflação baixa a longo-
prazo
Metas
declinantes de
inflação
Taxas de juros de
curto-prazo
POLÍTICA
FISCAL
Dívida pública como
proporção do PIB baixa
e estável no médio e
longo prazo
Meta de
superávit
primário
Redução do
investimento
público
POLÍTICA
CAMBIAL
Autonomia da política
monetária
Nenhuma Livre flutuação da
taxa de câmbio
COMPONENETES DO TRIPÉ MACROECONÔMICO
(OREIRO, 2015)
TRIPÉ MACROECONÔMICO
PERÍODO TAXA MEDIA DE
CRESCIMENTO
DO PIB REAL
TX DE
INVESTIMENTO
(P CONSTANTES)
INVESTIMENTO
PÚBLICO COMO
PROPORÇÃO DO PIB
ÂNCORA CAMBIAL
(1995-1998)3,06 16,76 3,62
TRIPÉ
MACROECONÔMICO
(1999-2005)
2,65 14,76 2,7
COMPARAÇÃO ENTRE OS REGIMES DE POLITICA MACROECONOMICA
(OREIRO, 2015)
TRIPÉ FLEXIBILIZADO
TRIPÉ FLEXIBILIZADO (2006/2008)
ESTABILIDADE DO NÍVEL DE PREÇOS
• Abandono das metas declinantes
ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
• Pelo lado da demanda
ESTABILIDADE DA TAXA REAL DE CÂMBIO
• Liquidez internacional
AUMENTO DOS SALÁRIOS REAIS
TRIPÉ MACROECONÔMICO
PERÍODO TAXA MEDIA DE
CRESCIMENTO
DO PIB REAL
TX DE
INVESTIMENTO
(P CONSTANTES)
INVESTIMENTO
PÚBLICO COMO
PROPORÇÃO DO PIB
TRIPÉ
MACROECONÔMICO
(1999-2005)
2,65 14,76 2,7
TRIPÉ FLEXIBILIZADO
(2006-2008)5,07 16,05 3,2
COMPARAÇÃO ENTRE OS REGIMES DE POLITICA MACROECONOMICA
(OREIRO, 2015)
METAS DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO
2003/1 – 2006/3: 3,61% 2006/4 – 2008/9: 3,48%
SALÁRIO MÍNIMO
1999/1 – 2006/2: 30,8% GANHO REAL – 4,44% AA
2006/3 – 2008/2: 16,8% GANHO REAL – 8,4% AA
CRISE INTERNACIONAL
Quarto tri 2008:
queda de quase 30% da produção industrial
Queda de 14% do PIB
Resposta
Expansão fiscal
Redução da taxa básica de juros
Bancos públicos aumentaram linhas de crédito
CRISE INTERNACIONAL
POLÍTICA OBJETIVOS METAS OPERAC INSTRUMENTOS
POLÍTICA
MONETÁRIA
Estabilidade da taxa de
inflação a longo
Crescimento robusto
(sustentável?) do produto
real
Metas constantes
de inflação;
alongamento do
prazo de
convergência
Taxas de juros de
curto-prazo
POLÍTICA
FISCAL
Dívida pública como
proporção do PIB estável
no médio e longo prazo
Aumento do investimento
público
Aumento da demanda
agregada doméstica
Meta de superávit
primário em torno
de 3% do PIB
Aumento da carga
tributária; Aumento de
despesas primárias
como proporção do
PIB; Redução do sup.
primário como
proporção do PIB
POLÍTICA
CAMBIAL
Autonomia da política
monetária e estabilidade
da taxa real de câmbio
Nenhuma Compra de reservas
internacionais
POLÍTICA
SALARIAL
Elevação do salário real
Aumento da participação
dos salários na renda real
Não definida Reajuste do salário
mínimo pela inflação
de t-1 e pelo PIB real
t-2
CRISE INTERNACIONAL
Selic/Over Real (% a.a)e Variação do IPCA
(%a.a), Set.2008-Jun.2011
(OREIRO, 2015)
Evolução das Despesas primárias do governo
federal/PIB (1999-2010)
(OREIRO, 2015)
NOVA MATRIZ ECONÔMICA
Juros baixos/expansão do crédito
Expansão do salário mínimo
Crescimento econômico e investimentos privados
Câmbio “competitivo”
Política fiscal “amigável” ao investimento público
NOVA MATRIZ ECONÔMICA
Taxa de crescimento média do PIB anual
(IBGE)
Países emergentes crescem 5% a partir de 2012
Países em desenvolvimento de renda baixa crescem 6%
Brasil Dilma I cresceu 2,1%
NOVA MATRIZ ECONÔMICA
Contradições
Gastos do governo crescem pouco
Taxa de investimento 1,8% (em percentual do PIB 18,6%)
Isenções na compra de bens de consumo duráveis X aumento
dos juros no CP
Perda da competitividade externa
• Apreciação cambial
• Aumento dos custos de salários
PARA ONDE ESTAMOS INDO: PERSPECTIVAS
Crise política
Crise fiscal
Crise econômica
Ambiente internacional inseguro Potencial alta de juros nos EUA
Desaceleração chinesa
Conflito na Síria e desdobramentos
Governo Trump
Brexit
PERSPECTIVAS: CENÁRIO INTERNACIONAL
EUA: PIB crescimento médio anual de 2,5%.
Otimismo em relação aos investimentos em infraestrutura
propostos pelo governo Trump.
Inflação apresenta tendência ascendente
Tendência de aumento nas taxas de juros
Protecionismo
Maior incerteza na arena internacional
CHINA: cenário de desaceleração
indicadores mostraram desaceleração da atividade nos últimos
trimestres;
Crescimento acima das expectativas no último trimestre (setores
tradicionais)
2017 – expectativa de crescimento abaixo de 7%
Integração ao sistema financeiro internacional é repleta de riscos
PERSPECTIVAS: CENÁRIO INTERNACIONAL
PERSPECTIVAS: CENÁRIO INTERNACIONAL
CENÁRIO INTERNACIONAL
Governo Trump
Europa: principais riscos estão no front político; Brexit
Crescimento do sentimento antiglobalização • Aumento do
protecionismo
Conflito na Síria e desdobramentos
Coréia do Norte ????
PERSPECTIVAS: CENÁRIO POLÍTICO
CRISE POLÍTICA
O cenário econômico para o governo Temer pressupõe melhora
do relacionamento Executivo-Congresso;
Possibilidades, Custos e lentidão das reformas
Lava Jato
2018: ano eleitoral
BRASIL
Crise política alimenta crise econômica e vice-versa: economia
em recessão e impasse político agravam os desequilíbrios,
gerando crise de confiança
Sem equacionar o fiscal não se recupera confiança, não haverá
retomada do crescimento;
Círculo vicioso: déficit público nominal elevado, alimenta
crescimento da Dívida Pública/PIB, aumentando o risco,
agravando a crise de confiança
A evolução da economia em 2017 e em 2018 vai depender da
estabilidade política, da aprovação de reformas e da
evolução do cenário externo.
PERSPECTIVAS: CENÁRIO POLÍTICO
PERSPECTIVAS: CENÁRIO ECONÔMICO
Cenário econômico
1. CRESCIMENTO ECONÔMICO
2. ESTABILIDADE DE PREÇOS (INFLAÇÃO)
3. EQUILÍBRIO FISCAL
4. EQUILÍBRIO EXTERNO
CENÁRIO: CRESCIMENTO ECONÔMICO
1. CRESCIMENTO ECONÔMICO - PIB
Deterioração econômica mais intensa que o esperado.
Política macroeconômica dos últimos anos gerou graves
desequilíbrios e perda de confiança. A piora foi acentuada pelos
impactos da operação Lava Jato e pelos efeitos contracionistas
dos apertos fiscal, monetário e creditício.
Aumento da ociosidade de fatores e retomada da confiança
abrem a possibilidade de gradual reação a partir de 2017.
CENÁRIO: INFLAÇÃO
2. ESTABILIDADE DE PREÇOS (INFLAÇÃO)
Inflação em queda, dentro da meta
Perspectiva de queda nos juros
CENÁRIO: EQUILÍBRIO FISCAL
3. EQUILÍBRIO FISCAL
Cenário fiscal se mostra crítico, em meio à contração da
economia, dificuldade de aprovação de novos tributos e rigidez
de gastos.
PEC Teto dos gastos
Recuperação da economia
Queda nos juros
Programas de concessões
Reforma da previdência
LONGA RECUPERAÇÃO
69.5
50
55
60
65
70
75
jun
/1
0
set/
10
dez/
10
mar/
11
jun
/1
1
set/
11
dez/
11
mar/
12
jun
/1
2
set/
12
dez/
12
mar/
13
jun
/1
3
set/
13
dez/
13
mar/
14
jun
/1
4
set/
14
dez/
14
mar/
15
jun
/1
5
set/
15
dez/
15
mar/
16
jun
/1
6
set/
16
dez/
16
(%
)
Brasil - Dívida Pública Bruta - % do PIB
Fonte: Banco Central; Sulamérica
Fev/2017: 70,6%
CENÁRIO: EQUILÍBRIO FISCAL
-2.47%
-8.93%
-6.46%
-12%
-10%
-8%
-6%
-4%
-2%
0%
2%
4%
jun
-1
1
set-1
1
dez-1
1
mar-1
2
jun
-1
2
set-1
2
dez-1
2
mar-1
3
jun
-1
3
set-1
3
dez-1
3
mar-1
4
jun
-1
4
set-1
4
dez-1
4
mar-1
5
jun
-1
5
set-1
5
dez-1
5
mar-1
6
jun
-1
6
set-1
6
dez-1
6
Setor Público Total - Resultado Prímário e
Nominal (% do PIB em 12 ms)
Primário Nominal Juros Nominais
Fonte: BCB
CENÁRIO: EQUILÍBRIO EXTERNO
4. EQUILÍBRIO EXTERNO
Recuo no déficit em conta
corrente - aumento do superávit
comercial
Melhora nos termos de troca
• Aumento no preço internacional
das commodities
• Safra recorde de soja projetada
Expansão do volume exportado
• Recuperação mundial
• Eventos imprevisíveis - Carne fraca
Importações de insumos
Ingressos líquidos de capitais
Investimento direto estrangeiro
CENÁRIO: EQUILÍBRIO EXTERNO
SOLIDEZ INTERNACIONAL
Reservas em março
• US$375,3 bilhões
Dívida Externa Bruta
• US$313,7 bilhões
DESAFIOS POLÍTICOS
Ações já tomadas:
Nova política fiscal
PEC de limite de gastos
Renegociação das dívidas dos estados
Programa de Parcerias de investimento
Nova Política externa
Cinco desafios:
Superação da crise política
Denúncias da Lava Jato
Baixa popularidade
Efeitos defasados do ajuste sobre a economia
Efeitos defasados da economia sobre o mercado de trabalho
DESAFIOS DE LONGO PRAZO
Excessiva burocracia, prejudicando o ambiente de negócios e
inibindo o empreendedorismo.
Baixos níveis de escolaridade e de capacitação da população,
influenciando para baixo a produtividade do fator trabalho.
Baixo nível de investimentos em infraestrutura, contribuindo para a
degradação dos modais de transporte e limitações de oferta de
geração e distribuição de energia.
Elevada carga tributária combinada com forte expansão e má
qualidade do gasto público.
Complexidade do sistema tributário brasileiro, onerando o setor
produtivo e inibindo o crescimento econômico.
Sucessivos déficits da previdência, gerando pressões crescentes
sobre o sistema previdenciário.
Baixo nível de investimento em ciência, tecnologia e inovação com
crescente distanciamento dos líderes mundiais.
46
OPORTUNIDADES DE LONGO PRAZO
Consumo das famílias
USD bilhões. Fontes: Banco Mundial e OCDE.
1 United States 10,729
2 Japan 3,544
3 China 2,517
4 Germany 2,066
5 France 1,599
6 GB 1,573
7 Brazil 1,494
8 Italy 1,346
9 Canada 1,112
10 Spain 990
OPORTUNIDADES DE LONGO PRAZO
50
55
60
65
70
75
Brazil (2020) China (2010) Germany (1985)
Japan (1990) USA (2010) India (2045)
PEA/população total
%. Fonte: Nações Unidas.
Obrigada!
(41) 3213-8706