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1 Comércio exterior brasileiro O comércio exterior brasileiro é descentralizado, não possuindo um órgão específico para a atividade. Em outros países, como na Itália, existe uma pasta exclusiva para os negócios internacionais, o Ministério do Comércio Exterior. Aqui, a gestão se dá por áreas de competências, como Política de Comércio Exterior, Política Fiscal, Política Financeira, Políticas Bilaterais de Relações Internacionais, entre outras. Abaixo podemos observar um organograma com os principais órgãos intervenientes do comércio exterior brasileiro: Câmara de Comércio Exterior (Camex) O órgão mais importante, e atuante, no comércio exterior brasileiro é ligado diretamente a Presidência da República. Trata-se da Camex (Câmara de Comércio exterior). A Camex foi criada em 1995, composta por um Conselho de Ministros e uma Secretaria Executiva. A criação desta câmara foi uma tentativa de responder as rápidas transformações crescimento do setor externo brasileiro, que sempre fora tratada de forma isolada por cada um dos Ministérios do país, limitando demasiadamente o processo decisório no comércio exterior. Atualmente, nenhuma medida que afete o comércio exterior brasileiro pode ser editada sem discussão prévia da Câmara. Participam da Camex os seguintes Ministérios: MDIC, Casa Civil, Relações Exteriores, Fazenda, Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento Agrário. Entre as principais atribuições/competências, podemos destacar: 1. Definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional; 2. Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos aocomércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral; 3. Orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda; 4. Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação; 5. Fixar as alíquotas do imposto de exportação; 6. Fixar as alíquotas do imposto de importação; 7. Fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e salvaguardas. Ministério das Relações Exteriores (MRE) Atua no marketing externo, fazendo a promoção e divulgação de oportunidades comerciais no estrangeiro. O MRE atua, especificamente, em duas frentes de trabalho: a promoção comercial das exportações brasileiras e as negociações internacionais, sempre buscando o interesse da política externa brasileira.

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1 Comércio exterior brasileiro

O comércio exterior brasileiro é descentralizado, não possuindo um órgão específico para a atividade. Em

outros países, como na Itália, existe uma pasta exclusiva para os negócios internacionais, o Ministério

do Comércio Exterior. Aqui, a gestão se dá por áreas de competências, como Política de Comércio Exterior, Política Fiscal, Política Financeira, Políticas Bilaterais de Relações Internacionais, entre outras.

Abaixo podemos observar um organograma com os principais órgãos intervenientes do comércio exterior brasileiro:

Câmara de Comércio Exterior (Camex)

O órgão mais importante, e atuante, no comércio exterior brasileiro é ligado diretamente a Presidência da República. Trata-se da Camex (Câmara de Comércio exterior).

A Camex foi criada em 1995, composta por um Conselho de Ministros e uma Secretaria Executiva. A

criação desta câmara foi uma tentativa de responder as rápidas transformações crescimento do setor externo

brasileiro, que sempre fora tratada de forma isolada por cada um dos Ministérios do país, limitando

demasiadamente o processo decisório no comércio exterior. Atualmente, nenhuma medida que afete o comércio exterior brasileiro pode ser editada sem discussão prévia da Câmara.

Participam da Camex os seguintes Ministérios: MDIC, Casa Civil, Relações Exteriores, Fazenda,

Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento Agrário.

Entre as principais atribuições/competências, podemos destacar:

1. Definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional;

2. Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos aocomércio exterior,

de natureza bilateral, regional ou multilateral;

3. Orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda;

4. Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação;

5. Fixar as alíquotas do imposto de exportação;

6. Fixar as alíquotas do imposto de importação;

7. Fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e salvaguardas.

Ministério das Relações Exteriores (MRE)

Atua no marketing externo, fazendo a promoção e divulgação de oportunidades comerciais no estrangeiro.

O MRE atua, especificamente, em duas frentes de trabalho: a promoção comercial

das exportações brasileiras e as negociações internacionais, sempre buscando o interesse da política externa brasileira.

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2 Comércio exterior brasileiro

A promoção comercial busca dar assistência às empresas brasileiras interessadas no processo de

internacionalização de suas atividades. Este serviço é feito através dos SECOMs.

Os SECOMs são as “antenas” do Departamento de Promoção Comercial do MRE, instalados em mais de

50 postos estratégicos no exterior. São responsáveis por captar e divulgar as informações de oportunidades

comerciais e de investimentos para empresas brasileiras. Produzem também pesquisas de mercados para produtos brasileiros com oportunidades no exterior.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

É o ministério responsável pelas decisões e execução das diretrizes políticas de comércio e exerce sua função através do órgão gestor SECEX – Secretaria de Comércio Exterior.

O MDIC foi criado em 1999 e tem como área de competência, no comércio exterior, os seguintes assuntos, entre outros:

1. Política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços;

2. Políticas de comércio exterior;

3. Regulamentação e execução dos programas e atividades relativas ao comércio exterior;

4. Aplicação dos mecanismos de defesa comercial participação em negociações internacionais relativas ao comércio exterior;

Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)

O SECEX tem como principal função assessorar o MDIC na condução das políticas de comércio exterior. É

o órgão estratégico do Ministério e é responsável pela gestão do controle comercial. O SECEX normatiza,

supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de comércio exterior de acordo com as

diretrizes da Camex e do MDIC. Entre os seus principais objetivos, podemos destacar:

1. Propor medidas de políticas fiscal e cambial, de financiamento, de seguro, de transportee fretes e

de promoção comercial;

2. Participar das negociações em acordos ou convênios internacionais relacionados aocomércio exterior;

3. Formular propostas de políticas de comércio exterior e estabelecer normas necessárias a sua implementação.

Pode-se dizer, assim, que o SECEX é o carro-chefe do MDIC na gestão do comércio exteriorbrasileiro. O SECEX está estruturado em quatro departamentos: DECEX, DEINT, DECOM eDEPLA.

1. DECEX (Departamento de Comércio Exterior) – É a parte operacional da SECEX. É

encarregado por elaborar e implementar os dispositivos regulamentares, no aspecto comercial,

do comércio exterior brasileiro. Envolve o licenciamento de mercadoriasimportação e exportação, além

da gestão do Sistema Brasileiro de Comércio Exterior(SISCOMEX);

2. DEINT (Departamento de Negociações Internacionais) – Coordena os trabalhos de negociações internacionais brasileiras a qual o Brasil participa;

3. DECOM (Departamento de Defesa Comercial) – Coordena as atividades de combate ao

comércio desleal às empresas e produtos brasileiros. O DECOM acompanha e supervisiona os

processos instaurados no exterior contra empresas brasileiras, dando-lhes assistências e assessoria

cabível.

4. DEPLA (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior) –

Coordena a políticas e programas aplicáveis ao comércio exterior. É um departamento que coleta,

analisa e sistematiza os dados e informações estatísticas, de onde partem as propostas objetivando o desenvolvimento do comércio externo brasileiro.

Ministério da Fazenda (MF)

Responsável pela política monetária e fiscal, o MF (como é comumente chamado) zela pela defesa e pelos interesses fazendários, de fiscalização e controle de entrada e saída de mercadoria do comércio exterior.

No Comércio exterior, sua intervenção é feita através do principal órgão atuante e operacional, a Receita

Federal do Brasil. Este órgão, que muitas vezes possui status de Ministério, atua na fiscalização aduaneira

de mercadorias, produtos e bens que ingressam no país ou são enviados ao exterior. É responsável também

pela cobrança dos direitos aduaneiros incidentes nessas operações. Além da RFB, o MF atua exerce esta competência através do Banco Central do Brasil (BACEN).

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3 Comércio exterior brasileiro

Banco Central do Brasil (BACEN)

O BACEN é uma autarquia federal (Entidade autônoma, auxiliar e descentralizada da administração

pública), vinculada ao MF e integrante do Sistema Financeiro Nacional. Criado pela Lei 4.595/1964, o

BACEN é a autoridade monetária e o principal executor das políticas formuladas pelo Conselho Monetário

Nacional, colegiado responsável por apontar as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia.

Além das competências de autoridade monetária, o BACEN autoriza os estabelecimentos bancários a

comprar ou vender moedas estrangeiras no Brasil. Esta obrigação se dá pelo fato de no Brasil não ser

permitido o livre curso de moedas estrangeiras, tanto a pessoas físicas como jurídicas. Esta regulamentação

do controle cambial se encontra no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI).

De forma prática, toda vez que um exportador ou importador for receber/pagar suas operações deverá

procurar um banco autorizado pelo BACEN e comprar/vender as moedas estrangeiras recebendo/pagando em moedas nacional (Real), operação esta firmada através de um contrato de câmbio.

Órgãos Anuentes

Dentro da estrutura do comércio exterior brasileiro, o SECEX é o responsável pelos licenciamentos

de importação e de exportação. Cabe a Receita Federal do Brasil, controle de entrada e saída de mercadorias e ao Banco Central o controle das divisas.

Porém, torna-se quase impossível ao SECEX licenciar todos os produtos brasileiros, pela falta de estrutura

para atender a todos os interessados e pela falta de conhecimento técnico e competência de cada produto. É

neste ponto que entram os Órgãos Anuentes.

Podemos definir órgãos anuentes aqueles credenciados, dentro da sua área de competência, para auxiliar no

controle comercial, dada a natureza do produto ou pela finalidade da operação, para fins de licenciamento de importação ou exportação. Estão interligados ao SISCOMEX, de modo a tornar mais ágil esta análise.

Os produtos e destinados a estes órgãos e as competências técnicas de cada um são estabelecidos em normas específicas de cada órgão/Ministério.

Para o importador/exportador identificar qual órgão é responsável pelos seus produtos, basta fazer uma busca no SISCOMEX utilizando como chave de pesquisa a NCM. Alguns exemplos:

1. Banco do Brasil – Por delegação do Secex, responsável pela emissão de certificados, licença de exportação e emissão de visa para alguns produtos sujeitos a procedimentos especiais.

2. Conselho de Energia Nuclear CNEN– Concede autorização prévia para importação ouexportação de produtos radioativos.

3. Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA – Análise prévia para produtos

do reino animal e vegetal de forma a proteger a flora e fauna silvestre.

4. Ministério do Exército – autorização prévia para produtos de uso militar.

5. Ministério da Agricultura e do Abastecimento – Certificados de Padronização para produtos horti-

fruti-granjeiros.

6. Ministério da Cultura – Autorização prévia para obras de arte.

Fora da esfera estatal de incentivo ao comércio exterior temos embaixadas no Brasil e no exterior,

Federações das Indústrias em cada estado, o Sebrae, a APEX, Câmaras de Comércio, entre outras

entidades, que podem assessorar e promover o intercâmbio comercial entre o Brasil e outros países.

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4 Comércio exterior brasileiro

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2. COMO IMPORTAR

2.1. FLUXOGRAMA DE IMPORTAÇÃO

1 – PLANEJAMENTO

A fase de planejamento das importações é geralmente parte integrante do planejamento geral da empresa para atender sua necessidade de

máquinas, equipamentos e matéria prima com preços mais competitivos e qualidade superior aos encontrados no mercado nacional, ou

para oferecer novas alternativas aos seus clientes.

Para empresas comerciais, é indicado realizar pesquisa de mercado para determinar as perspectivas de venda do produto e indicar a maneira de

se obter melhores resultados.

2 – CONTATOS COM POTENCIAIS FORNECEDORES

Existem diversas formas de ter acesso às listagens de fornecedores dos produtos a serem importados, como feiras internacionais,

rodadas de negócios, contatos com câmaras de comércio, agrupamentos empresariais, dentre outros. De toda forma, é importante buscar

referências comerciais da empresa e, se possível, visita-la para averiguar sua estrutura para atender seus pedidos.

O CIN-MT organiza grupos para visitar as melhores feiras no exterior; trata-se de uma ferramenta prática e segura para o empresário.

3 – IDENTIFICAR NCM, TRATAMENTO ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO.

Realizar a classificação tarifária do produto por meio da NCM (Nomenclatura Comum da Mercadoria) para verificação dos impostos

incidentes sobre as mercadorias, tratamentos administrativos e benefícios de redução de alíquotas através dos acordos internacionais.

4 – ESTIMAR O CUSTO DA IMPORTAÇÃO

Antes de decidir por uma importação é preciso elaborar uma planilha com os custos estimados da operação, analisar sua competitividade frente

aos produtos nacionais e contabilizar os riscos.

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Não se deve analisar o preço do produto no mercado de origem, isoladamente, e compará-lo ao similar nacional, pois isto pode ser um erro e

tornar a importação totalmente inviável.

Os custos envolvidos no processo de importação são: custo da mercadoria, frete internacional, seguro de transporte internacional,

impostos (I.I, IPI, PIS/PASEP, COFINS, ICMS) e despesas aduaneiras.

5 – NEGOCIAR COM O EXPORTADOR

Negociar a condição de venda, frete, seguro, local de embarque e desembarque e desembaraço aduaneiro com a empresa no exterior.

Verifique com quem você está negociando no exterior: é o fabricante ou o “agente comercial”? Se for o agente, contabilize sua comissão (de 3

a 7%).

6 – NEGOCIAR FORMA DE PAGAMENTO

As modalidades de pagamento são:

• Antecipado – O importador efetua a remessa de divisas ao exportador antes do embarque da mercadoria no exterior.

• Cobrança – Trata-se de um ajuste entre o exportador (para providenciar a remessa da mercadoria) e o importador (para providenciar

o pagamento). A cobrança poderá ser à vista ou a prazo, com ou sem saque.

• Carta de Crédito (L/C) – Emitida por um banco operador de câmbio, a pedido do importador, cujo beneficiário será o exportador no exterior.

Tal documento será emitido conforme as exigências do exportador. A L/C poderá ser revogável ou irrevogável (crédito documentário que

representa certa segurança para o importador e para o banco, assim como para o exportador, pois não permite revogação ou alteração sem

aviso prévio).

7 – LICENCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO (LI)

Licenciamento de Importação é o documento eletrônico que deve ser preenchido "on line" pelo importador ou por seu despachante

aduaneiro, por meio do sistema integrado do SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior), sendo obrigatório nas

importações com isenção de impostos.

Esse licenciamento ocorre de forma automática e não automática, através do SISCOMEX.

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• Licenciamento automático – Concedido às mercadorias que não estão sujeitas a controle prévio ou a cumprimento de condições

especiais, na formulação da DI (Declaração de Importação) para fins de Despacho Aduaneiro.

• Licenciamento não-automático – Incide quando as mercadorias ou operações estão sujeitas à anuência prévia de importação ou ao

cumprimento de condições especiais (válido por 60 dias).

8 – FECHAMENTO DO NEGÓCIO

O importador receberá a formalização do pedido por meio de um documento denominado “Fatura Comercial” ou Comercial Invoice, enviado

por carta, fax ou e-mail. Essa é uma prática de comércio internacional de aceitação geral e tem como objetivo habilitar o importador a obter

licença de importação no país de destino e, ao mesmo tempo, é prova de confirmação do negócio tratado.

9 – EMBARQUE DA MERCADORIA

A responsabilidade pela contratação de transporte e seguro deverá ser definida na negociação (do exportador ou do importador?)

Uma vez embarcada a mercadoria, o exportador deverá remeter ao importador os documentos necessários ao desembaraço e liberação da

mesma na aduana brasileira. São eles: fatura comercial, conhecimento de embarque, certificado de origem (quando o produto envolvido for

objeto de acordos comerciais), certificado fitossanitário (quando exigido pela legislação brasileira), certificado de qualidade, certificado de

inspeção e outros certificados (se for o caso).

10 – CHEGADA DA MERCADORIA

Na chegada da mercadoria é necessário realizar o despacho aduaneiro, sendo imprescindível a apresentação de documentos originais, de

acordo com a modalidade de pagamento acordada:

•Pagamento antecipado: os documentos são enviados pelo fornecedor junto com mercadoria (via aérea ou rodoviária) ou via correio expresso.

• Cobrança: os documentos são enviados via banco, ou seja, o importador deve-se dirigir-se ao banco combinado para retirar os documentos

originais contra pagamento, se à vista, ou contra aceite na cambial, se a prazo.

• Carta de crédito: os documentos podem vir via banco ou diretamente para o importador.

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11 – CONTRATAÇÃO DO DESPACHANTE ADUANEIRO Despachante aduaneiro é o profissional responsável pelo procedimento fiscal pelo

qual se processa o desembaraço das mercadorias, mediante o qual é verificada a

exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada.

12 – EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI) E

RECOLHIMENTO DOS IMPOSTOS

O despachante aduaneiro elabora a DI no SISCOMEX, com base nos dados da Fatura

Comercial, realiza o pagamento do Imposto de Importação (I.I.), do Imposto sobre

Produto Industrializado (I.P.I.) e da taxa de utilização do SISCOMEX, e por último,

efetua o registro da D.I.

O registro da DI no SISCOMEX representa o início do despacho aduaneiro e

é, geralmente, providenciado após a chegada da mercadoria ao país.

13 – DESPACHO ADUANEIRO

É o procedimento fiscal no qual o AFRF (Auditor Fiscal da Receita Federal)

irá conferir os

documentos, certificar a mercadoria, conferir a correta classificação dos produtos e

liberar a carga para internação da mercadoria no país.

A carga é distribuída para fiscalização conforme a parametrização, que é o processo

de seleção de canais de conferência aduaneira. São quatro canais:

• Canal verde: liberação automática pelo SISCOMEX.

• Canal amarelo: liberação após a conferência documental pela fiscalização.

• Canal vermelho: liberação após conferência documental e verificação física da

mercadoria pela fiscalização

• Canal cinza: liberação após conferência documental e física e comprovação

de valor aduaneiro.

O despacho será instruído com os seguintes documentos: Declaração de

Importação, Fatura Comercial original e assinada, Conhecimento de embarque

original, Packing List e outros (quando exigíveis).

14 – CONTRATAÇÃO DE CÂMBIO

A contratação do câmbio é a operação bancária para o pagamento em moeda

estrangeira, do valor importado. Ela pode ocorrer previamente ao embarque,

dependendo da modalidade ou financiamentos obtidos. Toda operação de

câmbio deve ser efetuada por meio de contrato de câmbio, documento que

formaliza a operação, ou seja, é o comprovante a ser apresentado à fiscalização.

2.2. FORMAÇÃO DO PREÇO DE IMPORTAÇÃO

= Preço FOB do produto no Porto/Aeroporto de embarque

+ Frete e Seguro Internacional

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= Valor CIF do produto no Porto/Aeroporto do Brasil x taxa de câmbio

do dia (dólar/real) = Valor em Reais + Impostos (II + IPI + PIS + COFINS + ICMS)

= Valor do produto nacionalizado no Brasil

+ Despesas aduaneiras (despachante Siscomex)

+ ICMS

+ Despesas portuárias (AFRMM, capatazia, armazenagem)

+ Despesas administrativas (taxas de bancos, emissão de certidões, envio

de documentos, licenças etc.)

= Valor em Reais

+ Frete nacional do Porto até a empresa

+ Despesas comerciais (comissão de vendedor, embalagem, etiqueta,

folder, divulgação etc.)

+ Lucro pretendido = Valor do produto no mercado nacional

2.3. DOCUMENTOS DA IMPORTAÇÃO

Veja a utilização dos documentos nas principais fases de importação:

Para fins de nacionalização

- Declaração de Importação (DI)

- Fatura Comercial

- Conhecimento de embarque

- Packing List

- Certificado de Origem

- Outros (conforme o caso)

Para trânsito interno das mercadorias (do Porto ou Fronteira até a empresa):

- Nota fiscal

- Declaração de Importação/ Comprovante de Importação (nos casos de expressos de

dispensa da

Nota Fiscal);

- Documento de Trânsito Aduaneiro – DTA (nos casos de Trânsito Aduaneiro)

- Guia de Recolhimento ou Exoneração do ICMS.

2.4. CORREIOS – IMPORTA FÁCIL

É o serviço dos Correios que oferece facilidades para pessoas físicas e jurídicas que

desejam importar produtos do exterior.

FUNCIONAMENTO

O importador pedirá o seu licenciamento pela internet na página dos Correios,

que fará o desembaraço via meio eletrônico e entregará sua encomenda em casa ou

no local indicado. Quando o importador efetua a contratação do serviço Importa Fácil

ele será contatado via e-mail pelos Correios para fins de orientações e pagamentos.

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IMPORTA FÁCIL PESSOA JURÍDICA

Destinado às pessoas jurídicas que necessitem importar produtos diversos para

utilização própria e/ou comercialização, até o valor de U$ 3.000,00 (três mil dólares)

ou o equivalente em moeda estrangeira.

CARACTERÍSTICAS DO SERVIÇO

• Tributação simplificada – RTS

• Desembaraço aduaneiro, sem necessidade de habilitação do importador na Receita

Federal

(RADAR).

• Registro da Declaração Simplificada de Importação - DSI, sem custos adicionais

• Limite de importação: U$ 3.000,00 (três mil dólares)

• Peso máximo: 30 kg (por encomenda)

• Dimensões máximas: 1,50m (A+L+C)

COMO UTILIZAR

• Solicitar a Fatura Proforma para dar a conhecer o produto e a cotação.

• Fazer o cadastro no site: www.correios.com.br/importafacil

• Para o envio da remessa: Formulário de postagem (AWB) e Fatura Comercial.

LOGÍSTICA ADUANEIRA

A ECT insere os dados da remessa no SISCOMEX, realiza a vistoria física da

mercadoria e contata o importador via e-mail, informando os custos alfandegários da

importação:

II + ICMS + CPMF + Taxa do Desembaraço

FINALIZAÇÃO DA IMPORTAÇÃO

Após o desembaraço da mercadoria a ECT prosseguirá com a entrega da remessa no

endereço do importador.

Para obter maiores informações acesse www.correios.com.br/importafacil.

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1 IMPORTAR FÁCIL

IMPORTAÇÃO FÁCIL:

SAIBA COMO SER UM IMPORTADOR

1ºRegistro da empresa Atualizar o objeto social da empresa incluindo a atividade de importação e os tipos de produtos que serão importados.

2ºInscrição no REI (Registro de Exportadores e Importadores) O registro no REI será fornecido automaticamente pelo Siscomex, mediante cadastramento na Receita Federal para obtenção de um número código, com o qual deverá dirigir-se ao Serpro para solicitação do software de acesso ao sistema.

3ºAnálise e seleção dos potenciais fornecedores Empresas que desejam importar e ingressar neste setor devem selecionar os fornecedores externos, por meio de análise e pesquisa de mercado, definindo o produto a ser importado de acordo com interesses e estratégias próprios (da empresa), assim como as necessidades do seu público-alvo.

4ºCaracterização do produto a ser importado Seleção do produto a ser importado e classificação tarifária do produto para verificação dos impostos incidentes sobre as mercadorias, tratamentos administrativos e benefícios de redução de alíquotas por meio dos acordos internacionais.

5ºContato com o exportador – negociação Como início das negociações, o importador solicitará a cotação dos produtos a serem importados. As empresas interessadas em importar poderão valer-se de algum tipo de intermediário para concluir a operação tais como: agentes comerciais e representantes, corretoras, etc.

6ºDespachante (opcional) Nomear um despachante aduaneiro, que esteja acostumado a trabalhar com produtos similares a fim de fazer o desembaraço da mercadoria e documentação no prazo certo.

7ºAnálise da fatura proforma De posse da fatura proforma, o importador tem condições para analisar todos os aspectos que envolvem a operação, começando pela verificação da classificação tarifária a ser adotada para poder definir, com maior segurança, os procedimentos a serem seguidos em relação ao regime cambial, administrativo e tributário da importação.

8º Observar mercadoria/operação, se sujeitos a controles especiais Quando se tratar de mercadoria ou operação de importação sujeita a controles especiais do órgão licenciador (SECEX) ou dos demais órgãos federais que atuem como anuentes, a importação estará sujeita a licenciamento nao-automatico. Nesse caso o importador deverá solicitar no Siscomex, a Licença de Importação (LI) antes do embarque, ao receber a fatura proforma.

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2 IMPORTAR FÁCIL

Em caso de licenciamento não automático, o importador lança os dados no Siscomex, e aguarda a anuência do órgão competente, dependendo do tipo de mercadoria a ser importada.

9º Elaboração de Planilha de Estimativa de Custos da Importação O preço final para o mercado interno será obtido adicionando-se ao preço FOB da mercadoria o valor dos seguintes custos: Frete Internacional, Seguro de Transporte Internacional, Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados, Despesas Bancárias, Taxas Portuárias e Taxas de Armazenagem, ICMS, Despachante Aduaneiro e Frete Interno, etc.

10ºFechamento do negócio O importador receberá a formalização do pedido, confirmado por carta, telex, fax ou e-mail, etc. Uma vez confirmada a operação, o exportador deverá enviar uma fatura proforma ao importador (prática de comércio internacional de aceitação geral). Esta fatura tem como objetivo habilitar o importador a obter licença de importação no país de destino e, ao mesmo tempo, é prova de confirmação do negócio tratado.

11ºEmissão de Documentos de Embarque O exportador estrangeiro prepara a emissão da fatura comercial, conhecimento de transporte original e demais documentos necessários para o desembaraço da mercadoria, no Brasil.

12ºCâmbio O importador deverá dirigir-se a uma das Carteiras de Câmbio do BANCO para contratar o câmbio, observadas as normas do Banco Central do Brasil conforme a modalidade de pagamento pactuada entre as partes. Modalidades de Pagamento: Pagamento Antecipado: fecha-se o câmbio enviando a remessa para o fornecedor, tão logo seja emitida a LI no caso de licenciamento não automático, ficando a vinculação do câmbio à DI sob responsabilidade do importador; Carta de Crédito à Vista: após a recepção da carta de crédito, o exportador estrangeiro providencia a documentação e entrega ao banco negociador, o qual os analisará e, uma vez de acordo com os termos do crédito, remeterá ao Banrisul mensagem confirmando que os termos foram cumpridos e, simultaneamente os documentos, para pagamento e desembaraço das mercadorias; Carta de Crédito a Prazo: após a recepção da carta de crédito, o exportador estrangeiro providencia a documentação e a entrega ao banco negociador, o qual os analisará e, uma vez de acordo com os termos do crédito, os remeterá ao Banrisul para desembaraço das mercadorias e pagamento no vencimento; Cobrança à Vista: o fechamento do câmbio e pagamento da importação ocorre

quando da chegada dos documentos às carteiras de câmbio do Banrisul, após o embarque das mercadorias; Cobrança a Prazo: o fechamento do câmbio e o pagamento ao importador ocorrem

no vencimento da obrigação;

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3 IMPORTAR FÁCIL

Remessa direta/remessa sem saque: o fechamento do câmbio ocorre quando da apresentação dos documentos pelo importador ao BANRISUL para pagamento ao exportador, a vista ou no vencimento da obrigação.

13ºContratação do Transporte Quando o importador for o responsável pela contratação do transporte da mercadoria, deverá fazê-lo junto à companhia transportadora internacional. De qualquer forma, o responsável pela contratação do transporte deverá fornecer à empresa transportadora todos os dados referentes aos volumes a serem embarcados, tais como: descrição da mercadoria, ponto de origem e destino, peso líquido e bruto, volume e embalagem, de modo a possibilitar à transportadora reservar o espaço necessário no veículo transportador.

14ºContratação do Seguro Deverá ser contratado pelo importador.

15ºEmbarque da Mercadoria O importador só poderá autorizar o embarque da mercadoria após contratação do seguro e do frete, no caso das mercadorias sem licenciamento automático, após a emissão da LI. Uma vez embarcada a mercadoria, o exportador deverá remeter ao importador os documentos necessários ao desembaraço e liberação da mesma na aduana brasileira. São eles: fatura comercial, conhecimento de embarque e outros documentos exigidos pelas autoridades brasileiras.

16ºLiberação da mercadoria Após a chegada dos documentos originais, processar a liberação da mercadoria com a preparação da Declaração de Importação (Dl), o pagamento dos tributos Federais, Impostos de Importação (II) e Impostos sobre Produtos Industrializados (lPl), das despesas de transporte e recolhimento do ICMS, por meio de débito em conta corrente do importador, em uma das Agencias do BANRISUL, mediante cadastramento prévio.

17ºRegistro da DI Registrar a DI por meio do SISCOMEX Importação e entregar o extrato da DI e demais documentos na alfândega.

18ºAnálise da DI Aguardar a análise da alfândega dependendo do canal atribuído na Dl. A conferência aduaneira selecionará os despachos para cada um dos seguintes canais: Canal verde — as mercadorias serão liberadas sem a realização do exame documental ou da verificação física da mercadoria e do exame preliminar. O importador entrega o conhecimento de transporte averbado na alfândega. Canal amarelo — as mercadorias serão liberadas, após a realização do exame

documental sem a verificação física e o exame preliminar do valor. Canal vermelho — as mercadorias serão desembaraçadas somente após o exame

documental e a conferência física. Canal Cinza - pelo qual o desembaraço somente será realizado após o exame

documental, a verificação da mercadoria, o exame preliminar do valor aduaneiro e do pagamento de todos os tributos incidentes.

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4 IMPORTAR FÁCIL

19ºPagamento despesas Após a liberação da mercadoria pela alfândega, efetuar o pagamento das despesas portuárias ou aéreas para retirar a mercadoria e emitir a nota fiscal de entrada.

20ºPagamento/Contratação /Liquidação do Câmbio O pagamento ao exportador dar-se-á por meio da contratação de câmbio junto a uma das Carteiras de Câmbio do BANCO. O importador terá sua conta ‘debitada em reais, com a remessa da moeda estrangeira equivalente para pagamento ao exportador no exterior. O momento exato desta remessa dependerá da modalidade de pagamento tratada entre as partes e do prazo de pagamento pactuado.

21ºRegistros fiscais, contábeis, administrativos e de arquivo A empresa deverá manter em seus arquivos contábeis os documentos pertinentes à importação: nota fiscal de entrada, DI -Declaração de Importação, Comprovante de Importação (desembaraço), Fatura Comercial, Contrato de Câmbio, Conhecimento de Embarque e Darfs dos impostos pagos. Por segurança, caso a contabilidade da empresa seja terceirizada, é conveniente a elaboração de arquivo individual dos originais, englobando os documentos que fizerem parte do processo. Esses documentos deverão ser guardados pelo prazo de cinco anos.

GLOSSÁRIO APÓLICE DE SEGURO - emitida pela companhia de seguros ou por um agente,

formalizando o contrato de seguro de transporte de mercadoria. BACEN Banco Central do Brasil. CARTA DE CRÉDITO - Ordem de pagamento, sob condições, que o importador abre no seu país em favor do exportador. CERTIFICADO DE ORIGEM - Documento que atesta oficialmente a origem da

mercadoria do país exportador. CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO - Utilizado na exportação de vegetais e produtos dessa origem quando exigido pelo país importador e emitido pelo órgâo competente do Ministério da Agricultura. CFR - Cost and Freigth CI - Comprovante de Importação, documento de comprova o ingresso regular da mercadoria no pais. CIF - Cost, lnsurance and Freigth CONHECIMENTO DE EMBARQUE - Documento emitido pela companhia de transporte atestando o recebimento da carga., as condições de transporte e a obrigação de entrega das mercadorias no porto de destino preestabelecido, ao destinatário legal. CONTRATO DE CÂMBIO - Operação de compra ou venda de moeda estrangeira

entre uma empresa e um estabelecimento autorizado a operar em Câmbio.

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5 IMPORTAR FÁCIL

DARF- Doc. de Arrecadação de Receitas Federais DECEX - Dep. de Operações de Comércio Exterior.

DESPACHO ADUANEIRO (exportação) - Procedimento fiscal mediante o qual se

processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria destinada ao exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não. DI - Declaração de Importação - Declaração preenchida pelo importador e visada

pela Receita Federal, constituindo-se na prova da internação de mercadoria importada. FATURA COMERCIAL - Documento emitido pelo vendedor para o comprador,

contendo todas as características da transação efetuada: mercadoria, quantidade, preço, data de pagamento, etc. FATURA CONSULAR - Documento emitido pelo vendedor de uma mercadoria em

uma transação comercial internacional, para sua apresentação no Serviço de Alfândegas do importador com prévia aprovação do cônsul do pais exportador. FATURA PROFORMA - Emitida em caráter preliminar com todas as características

da fatura definitiva. Não implica pagamento por parte do comprador. E geralmente emitida para atender a determinações de autoridades aduaneiras. FOB - Free On Board (livre a bordo) - Modalidade de venda onde correm por conta

do exportador todas as providências e custos necessários para a colocação da mercadoria a bordo do navio. ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, imposto sobre

operações relativas a circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços. II - Imposto de Importação INCOTERMS - lnternational Commerce Terms -Regras de âmbito internacional e de caráter facultativo. Definem responsabilidades (comprador e vendedor) quanto ao pagamento de frete, seguro e despesas portuárias. INVOICE - Commercial lnvoice (fatura comercial) - Documento emitido pelo vendedor para o comprador, contendo todas as características da transação efetuada: mercadoria, quantidade, preço, data de pagamento, etc. IPI - Imposto de Produtos industrializados LI –Licença de Importação. MERCOSUL - Mercado Comum do Sul. MODALIDADE DE PAGAMENTO - Maneira pela qual o exportador receberá o pagamento por sua venda ao exterior. NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul.

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6 IMPORTAR FÁCIL

PACKING LIST (Romaneio) - Lista com as características dos diferentes volumes que compõem um embarque: número, peso, marca etc; RE - Registro de Exportação - Documento obtido por meio do SISCOMEX-

Exportação e contém um conjunto de informações de natureza comercial, cambial e fiscal. Caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria e define seu enquadramento. REI - Registro de Exportadores e Importadores - Processa-se automaticamente por meio do SISCOMEX na primeira operação de comércio exterior. SAQUE - draft, letra de câmbio ou cambial. Trata--se de título emitido por um credor (exportador) contra um devedor (importador). SD - Solicitação de Despacho - Declaração formulada pelo exportador, contém

dados relativos ao embarque da mercadoria e, uma vez averbado pela SRF no SISCOMEX confirma a efetivação do embarque da mercadoria. SECEX - Secretaria de Comércio Exterior.

SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados.

SISBACEN -Sistema do Banco Central do Brasil

SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior. SRF - Secretaria da Receita Federal.