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PERSPECTIVAS DO USO DE MICRORGANISMOS, COMO POSSÍVEIS ANTAGONISTAS, NO CONTROLE DA PINTA PRETA DA ERVA-MATE Rafaela Mazur Bizi Albino Grigoletti Júnior Celso Garcia Auer

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Page 1: PERSPECTIVAS DO USO DE MICRORGANISMOS, COMO POSSÍVEIS ANTAGONISTAS, NO CONTROLE DA PINTA PRETA DA ERVA-MATE Rafaela Mazur Bizi Albino Grigoletti Júnior

PERSPECTIVAS DO USO DE MICRORGANISMOS, COMO POSSÍVEIS

ANTAGONISTAS, NO CONTROLE DA PINTA PRETA DA ERVA-MATE

Rafaela Mazur Bizi

Albino Grigoletti Júnior

Celso Garcia Auer

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INTRODUÇÃOO controle de doenças na agricultura, baseia-se no uso de

fungicidas, com poucos produtores que praticam agricultura orgânica. Mesmo com o uso moderado desses produtos, ocorrem efeitos indesejáveis como a intoxicação do homem e contaminação do ambiente, provocando desequilíbrios biológicos. A busca pela proteção das plantas sem o uso de agrotóxicos, direcionou a pesquisa no sentido de desenvolver métodos de controle biológico pelo uso de antagonistas.

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OBJETIVOAvaliar a população de microrganismos (fungos e

bactérias) residentes/presentes em folhas de erva-mate e a possível relação com a incidência da pinta-preta ( Cylindrocladium spathulatum ) em folhas de erva-mate.

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MATERIAL E MÉTODOSTeste in vitro (1º ensaio)1) Foram coletadas folhas (nativa e cultivada) das

quais foram retirados 4 discos de 13 mm de diâmetro.

2) Os discos foram colocados em tubos de ensaio com 10 ml de água estéril e agitados por 3 minutos.

3) A partir desta solução foram feitas diluições até 10-3

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Esquema do preparo da diluição

DISCOS AGITAÇÃO 9 ml 9ml 10 ml

padrão 10-1 10-2 10-3

1 ml 1 ml 1 ml

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MATERIAL E MÉTODOS4) De cada diluição retirou-se uma alíquota de 0,2 ml

que foi espalhada em placa de Petri contendo meio BDA.

5) As placas foram incubadas em temperatura ambiente, por 7 dias, quando contou-se o número de colônias nas diferentes diluições.

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MATERIAL E MÉTODOS

Teste in vivo (2º ensaio) 1) As folhas coletadas ( nativa e cultivada ) foram

colocadas em câmara úmida; 2) Em seguida foram inoculadas com um disco de

papel de filtro de 5 mm de diâmetro, embebidos numa suspensão de 105 conídios/ml de Cylindrocladium spathulatum

3) Após 4 dias, mediu-se o diâmetro das lesões formadas.

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MATERIAL E MÉTODOS

Escala de avaliação

0 - Mancha não evoluiu

1 - Mancha com pouco desenvolvimento

2 - Mancha com desenvolvimento médio

3 - Mancha coalescente

4 - Mancha coalescente que atingiu as bordas

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Detalhe das folhas inoculadas

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RESULTADOS

Os resultados revelaram que a população de microrganismos (fungos e bactérias) presentes nas folhas da mata foi aproximadamente 7 vezes maior que nas cultivadas. Com relação ao diâmetro das lesões, nas folhas da mata, houve uma redução de aproximadamente 30% em relação às cultivadas, após 4 dias.

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RESULTADOSMédias da avaliação (escala 0 - 4), diâmetro das colônias (mm) e colônias (nº col/placa) em folhas de erva-mate nativa e cultivada.

AVALIAÇÃO DIAMÊTRO DACOLÔNIA

Nº COL/PLACA

Nativa 2.48 7.4 14.600

Cultivada 3.96 10.5 2.000

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Lesões em folhas de erva-mate nativa e cultivada.

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Conclusões

O número de microrganismos presentes nas folhas de erva-mate nativa revela uma grande biodiversidade com perspectivas para o controle biológico

Os microrganismos presentes nas folhas, foram os responsáveis pela redução no desenvolvimento das lesões provocadas pelo patógeno.