personalidade do mes

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Personalidade do MÊS José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu em Aveiro no ano de 1929 e faleceu em Setúbal em 1987, mais conhecido por Zeca Afonso ou José Afonso. Oriundo do fado de Coimbra, foi uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa que se desenvolveu na década de 60 do século XX. Zeca Afonso ficou indelevelmente associado ao derrube do Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974. Ainda durante o Estado Novo torna-se um símbolo do desejo de liberdade e democracia, o que lhe valeu vários problemas com a polícia política portuguesa. Entre abril e maio de 1973 esteve detido na prisão política de Caxias, em Portugal. A sua música ficará para sempre ligado à transição para a democracia em Portugal, pois a canção “Grândola Vila Morena” foi usada pelo Movimento das Forças Armadas como senha para confirmar o andamento das operações militares que derrubaram o regime liderado por Marcelo Caetano., Moçambique, Belmonte Azulejo em Coimbra: Nesta casa viveu o trovador da liberdade José Afonso, O Zeca.

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Personalidade do MES

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Personalidade do MÊS

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu em Aveiro no ano de 1929 e

faleceu em Setúbal em 1987, mais conhecido por Zeca Afonso ou José Afonso.

Oriundo do fado de Coimbra, foi uma figura central do movimento de renovação da música

portuguesa que se desenvolveu na década de 60 do século XX.

Zeca Afonso ficou indelevelmente associado ao derrube do Estado Novo, regime de

ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974. Ainda

durante o Estado Novo torna-se um símbolo do desejo de

liberdade e democracia, o que lhe valeu vários problemas

com a polícia política portuguesa. Entre abril e maio de

1973 esteve detido na prisão política de Caxias, em

Portugal.

A sua música ficará para sempre ligado à transição

para a democracia em Portugal, pois a canção “Grândola

Vila Morena” foi usada pelo Movimento das Forças

Armadas como senha para confirmar o andamento das

operações militares que derrubaram o regime liderado por

Marcelo Caetano., Moçambique, Belmonte

Azulejo em Coimbra:

Nesta casa viveu o trovador da liberdade José Afonso, O Zeca.

ADAdriano Correia de Oliveira, o Trovador Sem Medo

IA D E O

Pergunto ao vento que passa

notícias do meu país

e o vento cala a desgraça

o vento nada me diz.

(...)

MARCOS PRINCIPAIS DA CARREIRA:

1959 - Vai para Coimbra, estudar Direito. Liga-se aos meios fadistas da Academia.

1960 - Primeiro disco: o EP Noites de Coimbra. Seguem-se outros três EP's. Estes quatro

trabalhos são reeditados em 1973, no álbum Fados de Coimbra.

1967 - Grava, com o seu nome no título genérico, o álbum hoje disponível como Trova do

Vento Que Passa.

1969 - É editado O Canto e as Armas, álbum quase todo dedicado à poesia de Manuel Alegre.

1970 - Sai Cantaremos, com o histórico tema Cantar de Emigração.

1971 - Inteiramente musicado por José Niza, é editado o célebre álbum Gente de Aqui e de

Agora.

1975 - Sobre poemas de Manuuel da Fonseca, edita Que Nunca Mais. Desenvolve intensa

actividade de agitação política e de animação cultural.

1979 - É fundador da cooperativa Cantarabril, de onde é obrigado a sair dois anos depois,

num processo que lhe causou bastante sofrimento.

1980 - Edita Cantigas Portuguesas. 1982 . Morre aos 40 anos.

Memória de Adriano Correia de Oliveira

1. Trova do vento que passa

2. Capa negra, rosa negra

3. Trova do amor Lusíada

4. Barcas novas

5. Pátria

6. Para que quero eu olhos

7. Sou barco

8. Margem Sul - Canção Patuleia

9. Pedro soldado

10. Lira (Canção popular Açoreana)

11. Menina dos olhos tristes

12. Erguem-se muros

13. Canção com lágrimas

14. Canção do soldado (No Cerco do Porto)

15. Cantar de emigração

16. O Sol perguntou à Lua

17. Sapateia

18. Tejo que levas as águas

19. As balas

20. No vale escuro

21. Recado a Helena

22. Cantiga de Montemaior

Em 2012 completam-se trinta

anos após a morte de Adriano e

os vinte e cinco anos do

desaparecimento do Zeca.