períodos clássicos

7/21/2019 Períodos Clássicos

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PERÍODOS CLÁSSICOS

DO RENASCENTISMO AO MODERNISMO

(Renascentismo, Barroco, Classicismo, Romantismo, Pós Romantismo e Modernismo).

Renascentismo

O período do Renascimento se caracterizou, na História da Europa

Ocidental, sobretudo pelo enorme interesse ao saber e cultura,

particularmente a muitas id!ias dos anti"os "re"os e romanos.

#oi tamb!m uma !poca de "randes descobertas e e$plora%&es, em 'ue

asco da ama, Colombo, Cabral e outros e$ploradores esta*am +azendo suas

*ia"ens, en'uanto not*eis a*an%os se processa*am na Ci-ncia e stronomia.

Os compositores passaram a ter um interesse muito mais *i*o pela

m/sica pro+ana (m/sica n0o reli"iosa), inclusi*e em escre*er pe%as para

instrumentos, 1 n0o usados somente para acompan2ar *ozes. 3o entanto, os

maiores tesouros musicais renascentistas +oram compostos para a i"re1a, num

estilo descrito como poli+onia coral ou policoral e cantados sem

acompan2amento de instrumentos.

m/sica renascentista ! de estilo poli+4nico, ou se1a, possui *rias

melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.

3a basílica de 50o Marcos, em eneza, 2a*ia dois "randes ór"0os e

duas "alerias para coro, situadas em ambos os lados do edi+ício. 6sso deu aos

compositores a id!ia de compor pe%as para mais de um coro, c2amadas

policorais. ssim, uma *oz *inda da es'uerda ! respondida pelo coro da direita

e *ice *ersa. l"umas das pe%as mais impressionantes s0o as de io*anni

abrielli (788897:7;), 'ue escre*eu corais para dois, tr-s ou at! mais "rupos.Os motetos eram pe%as escritas para no mínimo 'uatro *ozes, cantados

"eralmente nas i"re1as. Os madri"ais eram can%&es populares escritas para

*rias *ozes e 'ue se caracterizam9se por n0o ter re+r0o. <e "rande sucesso

nas 6n"laterra do s!culo =6, passaram a ser cantados nos lares de todas as

+amílias apai$onadas por m/sica.

t! o come%o do s!culo =6, os compositores usa*am os instrumentos

apenas para acompan2ar o canto. Contudo, durante o s!culo =6, os



compositores passaram a ter cada *ez mais interesse em escre*er m/sica

somente para instrumentos.

Em muitos lares, al!m de +lautas, ala/des e *iolas, 2a*ia tamb!m um

instrumento de teclado, 'ue podia ser um pe'ueno ór"0o, *ir"inal ou

cla*icórdio. maioria dos compositores in"leses escre*eu pe%as para o

*ir"inal. 3o Renascimento sur"iram os primeiros lbuns de m/sica, só para

instrumentos de teclados.

Muitos instrumentos, como as c2aramelas, as +lautas e al"uns tipos de

cornetos medie*ais e cromornes continua*am populares. Outros, como o

ala/de, passaram por aper+ei%oamentos.

Principais compositores> Palestrina, Monte*erdi, Praetorius, #rescobaldi,

5c2?tz, etc.

Barroco

pala*ra Barroco ! pro*a*elmente de ori"em portu"uesa, si"ni+icando

p!rola ou 1óia no +ormato irre"ular. <e início era usada para desi"nar o estilo de

ar'uitetura e da arte do s!culo =66, caracterizado pelo e$cesso de

ornamentos. Mais tarde, o termo passou a ser empre"ado pelos m/sicos para

indicar o período da 2istória da m/sica 'ue *ai do aparecimento da ópera e do

oratório at! a morte de @.5.Bac2.

m/sica barroca ! "eralmente e$uberante> ritmos en!r"icos, melodias

com muitos ornamentos, contrastes de timbres instrumentais e sonoridades

+ortes com sua*es.

lessandro 5carlatti (7::A97;8) +oi o mais popular compositor italiano

de óperas. 3a #ran%a os principais compositores de óperas +oram ullD (7:;9

7:F) e Rameau ( 7:F97:G).

3ascido na mesma !poca da ópera, o Oratório ! outra importante +orma

de m/sica *ocal barroca. O oratório ! um tipo de ópera com 2istórias tiradas da

Bíblia. Com o passar do tempo os oratórios dei$aram de ser representados e

passaram a ser apenas cantados. Os mais +amosos oratórios s0o os do

compositor alem0o Hndel (7:F8978I), do início do s!culo =666> 6srael no

E"ito, 5ans0o e o +amoso O Messias.



s cantatas s0o oratórios em miniaturas e eram apresentados nas

missas.

<urante o período barroco, a m/sica instrumental passou a ter

importJncia i"ual da m/sica *ocal. or'uestra passou a tomar +orma. 3o

início a pala*ra Kor'uestraL era usada para desi"nar um con1unto +ormado ao

acaso, com os instrumentos disponí*eis no momento. Mas no s!culo =66, o

aper+ei%oamento dos instrumentos de cordas, principalmente os *iolinos, +ez

com 'ue a se%0o de cordas se tornasse uma unidade independente. Os

*iolinos passaram a ser o centro da or'uestra, ao 'ual os compositores

acrescenta*am outros instrumentos> +lautas, +a"otes, trompas, trompetes e

tímpanos.

m tra%o constante nas or'uestras barrocas, por!m, era a presen%a do

cra*o ou ór"0o como contínuo, +azendo o bai$o e preenc2endo a 2armonia.

3o*as +ormas de composi%0o +oram criadas, como a +u"a, a sonata, a suíte e o

concerto.

Principais compositores> @.5.Bac2, Hndel, i*aldi, Nelemann, Corelli,

etc.

Classicismo

O termo KClssicoL, em m/sica, ! empre"ado em dois sentidos

di+erentes. s pessoas, s *ezes, usam a e$press0o Km/sica clssicaL

considerando toda a m/sica di*idida em duas "randes partes> KclssicaL e

KpopularL. Para o musicólo"o, entretanto, KM/sica ClssicaL tem sentido especial

e preciso> ! a m/sica composta entre 78A e 7F7A, 'ue inclui a m/sica de

HaDdn e Mozart, bem como as composi%&es iniciais de Beet2o*en. ser*i%o da alta nobreza, o m/sico n0o passa*a de um criado 'ue,

depois de +ornecer m/sica para +undo de 1antares e con*ersas, ia 1antar na

cozin2a com os demais empre"ados da casa. Para a"radar seus patr&es,

precisa*a se"uir as tradi%&es musicais. Em sua obra respeita*a e re+letia as

emo%&es da corte. ima"ina%0o criadora n0o seria bem *inda se

representasse a 'uebra das estruturas tradicionais. HaDdn aceitou esse trato e

cumpriu suas obri"a%&es. Mozart n0o aceitou estes limites e pa"ou um pre%oalto pela obstina%0o em se manter +iel seus princípios. s cortes o rele"aram



ao es'uecimento e o dei$aram morrer como um mendi"o. Beet2o*en +oi o

primeiro a decidir 'ue n0o de*ia obri"a%&es a nin"u!m e e$i"iu ser respeitado

como artista. 3ascia, com Beet2o*en, o pensamento romJntico.

m/sica clssica mostra9se re+inada e ele"ante e tende a ser mais le*e,

menos complicada 'ue a barroca. Os compositores procuram real%ar a beleza

e a "ra%a das melodias. or'uestra est em desen*ol*imento. Os

compositores dei$aram de usar o cra*o e acrescentaram mais instrumentos de

sopro (clarineta, por e$emplo).

<urante o Classicismo, a m/sica instrumental passou a ter maior

importJncia 'ue a *ocal. 3esta !poca criou9se a sonata. uma obra com

*rios mo*imentos para um ou mais instrumentos. sin+onia !, na realidade,

uma sonata para or'uestra. 5eu n/mero de mo*imentos passam a ser 'uatro>

rpido 9 lento 9 Minueto 9 muito rpido. HaDdn e Mozart +oram os maiores

compositores de sin+onias do Classicismo.

O concerto consiste em uma composi%0o para um instrumento solista

contra a massa or'uestral. Nem tr-s mo*imentos> rpido 9 lento 9 rpido.

Muitas obras +oram escritas para o piano+orte, em "eral c2amado piano

para abre*iar. Bartolomeu Cristo+ori, construtor de cra*os italiano, por *olta de

7AA 1 2a*ia concluído a +abrica%0o de pelo menos um destes instrumentos.

En'uanto as cordas do cra*o s0o tan"idas por bicos de penas, o piano tem

suas cordas percutidas por martelos, cu1a dinJmica pode ser *ariada de acordo

com a press0o dos dedos do e$ecutante. 6sso daria ao piano "rande poder de

e$press0o e abriria uma s!rie de possibilidades no*as.

3o come%o o piano custou para se tornar popular por'ue os primeiros

modelos eram muito precrios. Mas, no +inal do s!culo =666 o cra*o 1 2a*ia

caído em desuso, substituído pelo piano.Principais compositores> Mozart, HaDdn, Bocc2erini, luc, 5tamitz, etc.

Romantismo e Pós Romantismo

Os compositores clssicos tin2am por ob1eti*o atin"ir o e'uilíbrio entre a

estrutura +ormal e a e$pressi*idade. Os romJnticos *ieram dese'uilibrar tudo.

Eles busca*am maior liberdade de +orma, a e$press0o mais intensa e *i"orosadas emo%&es, +re'?entemente re*elando seus pensamentos mais pro+undos,



inclusi*e suas dores. Muitos compositores romJnticos eram *idos leitores e

tin2am "rande interesse pelas outras artes, relacionando9se estreitamente com

escritores e pintores. 30o raro uma composi%0o romJntica tin2a como +onte de

inspira%0o um 'uadro *isto ou um li*ro lido pelo compositor.

<entre as muitas id!ias 'ue e$erceram enorme +ascínio sobre os

compositores romJnticos temos> terras e$óticas e o passado distante, os

son2os, a noite e o luar, os rios, os la"os e as +lorestas, as tristezas do amor,

lendas e contos de +adas, mist!rio, a ma"ia e o sobrenatural. s melodias

tornam9se apai$onadas, semel2antes can%0o. s 2armonias tornam9se mais

ricas, com maior empre"o de dissonJncias.

<e um lado temos os compositores melancólicos, normalmente com a

sa/de debilitada ou 'ue en+rentam problemas +inanceiros ou amorosos,

característica do período romJntico. Mas por outro lado temos as aberturas de

Rossini, 5upp!, dam e as *alsas dos 5trauss, 'ue s0o de ale"ria conta"iante.

<urante o Romantismo 2ou*e um rico +lorescimento da can%0o,

principalmente do lied (Kcan%0oL em alem0o) para piano e canto. O primeiro

"rande compositor de lieder (plural de lied) +oi 5c2ubert.

s óperas mais +amosas 2o1e em dia s0o as romJnticas. Os "randes

compositores de óperas do Romantismo +oram os italianos erdi e Rossini e na

leman2a, Qa"ner. 3o Brasil, destaca9se Carlos omes com suas óperas O

uarani, #osca, O Escra*o, etc.

or'uestra cresceu n0o só em taman2o, mas como em abran"-ncia.

se%0o dos metais "an2ou maior importJncia. 3a se%0o de instrumentos de

sopro adicionou9se o +lautim, o clarone, o corne in"l-s e o contra+a"ote. Os

instrumentos de percuss0o +icaram mais *ariados.

O concerto romJntico usa*a "randes or'uestras. E os compositores,a"ora sob o desa+io da 2abilidade t!cnica dos *irtuoses, torna*am a parte do

solo cada *ez mais di+íceis.

t! a metade do s!culo =6=, toda a m/sica +ora dominada pelas

in+lu-ncias alem0s. #oi 'uando compositores de outros países, principalmente

os russos, passaram a ter a necessidade de criar a sua m/sica. 6nspira*am9se

nas m/sicas +olclóricas e lendas de seus próprios países. o c2amado

3acionalismo Musical. Podemos citar os e$emplos de rie" (3orue"a),



Borodin, Balaire*, Mussor"sD, Rimsi9orsao* (R/ssia), <*ora e 5metana

(Rep. Nc2eca).

3o s!culo =6= o piano passou por di*ersos mel2oramentos. Suase

todos os compositores romJnticos escre*eram para o piano, mas os mais

importantes +oram> C2opin, 5c2umann, iszt e Bra2ms. Embora em meio s

obras destes compositores se encontrem sonatas, a pre+er-ncia era para pe%as

curtas e de +orma mais li*re.

Ha*ia uma "rande *ariedade, entre elas as dan%as como as *alsas, as

polonesas e as mazurcas, pe%as bre*es como o romance, o prel/dio, o

noturno, a balada e o impro*iso. Outro tipo de composi%0o +oi o estudo, cu1o

ob1eti*o era o aprimoramento t!cnico do instrumentista. Com e+eito, durante

esta !poca 2ou*e um "rande a*an%o nesse sentido, +a*orecendo a +i"ura do

irtuose> m/sico de concerto, dotado de uma e$traordinria t!cnica. irtuoses

como o *iolinista Pa"anini e o pianista iszt eram admirados por plat!ias

assombradas.

Romantismo - Principais compositores> Beet2o*en, 5c2ubert, C2opin,

5c2umann, Mendelsso2n, etc.

Pós-Romantismo - Principais compositores> Bra2ms, Nc2aio*sD,

5trauss 66, erdi, Ma2ler, etc.

Modernismo

2istória da m/sica no s!culo == constitui uma s!rie de tentati*as e

e$peri-ncias 'ue le*aram a uma s!rie de no*as tend-ncias, t!cnicas e, em

certos casos, tamb!m a cria%0o de no*os sons, tudo contribuindo para 'ue se1a

um dos períodos mais empol"antes da 2istória da m/sica.En'uanto a m/sica nos períodos anteriores podia ser identi+icada por um

/nico e mesmo estilo, comum a todos os compositores da !poca, no s!culo ==

ela se mostra como uma mistura comple$a de muitas tend-ncias. maioria das

tend-ncias compartil2am uma coisa em comum> uma rea%0o contra o estilo

romJntico do s!culo =6=. Nal +ato +ez com 'ue certos críticos descre*essem a

m/sica do s!culo == com Tanti9romJnticaT.



3o entanto, se in*esti"armos mel2or estas composi%&es, encontraremos

uma s!rie de características ou marcas de estilo 'ue permitem de+inir uma

pe%a como sendo do s!culo ==. Por e$emplo>

Melodias> 50o curtas e +ra"mentadas, an"ulosas, em lu"ar das lon"as

sonoridades romJnticas. Em al"umas pe%as, a melodia pode ser ine$istente.

Ritmos> i"orosos e dinJmicos, com amplo empre"o dos sincopadosU

m!tricas inusitadas, como compassos de cinco e sete temposU mudan%a de

m!trica de um compasso para outro, uso de *rios ritmos di+erentes ao mesmo

tempo.

Nimbres> maior preocupa%0o com os timbres le*a a inclus0o de sons

estran2os, intri"antes e e$óticosU +ortes contrastes, s *ezes at! e$plosi*osU

uso mais en+tico da se%0o de percuss0oU sons descon2ecidos tirados de

instrumentos con2ecidosU sons inteiramente no*os, pro*enientes de

aparel2a"ens eletr4nicas e +itas ma"n!ticas.

Principais compositores> Ra*el, 5c2Vnber", Bartó, R.5trauss,

5tra*insD, etc.

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