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PERÍODO COLONIAL 1. (Uern 2013) Os habitantes de Pernambuco iniciaram uma guerrilha contra os invasores. As ações estavam equilibradas até que Domingos Fernandes Calabar, nascido em Alagoas, passou para o lado dos invasores e os auxiliou. Aos poucos, toda a costa do Rio Grande do Norte e o campo de Santo Agostinho foram dominados. Em 1635, o governador Matias de Albuquerque ordenou a retirada para Alagoas, onde prendeu e fez executar Calabar. Os invasores conseguiram dominar ainda por alguns anos. (Barbeiro, Heródoto. Coleção de olho no mundo do trabalho. História.Volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione. 2004. p. 220-221.) O episódio, descrito anteriormente, eclodiu no Brasil ainda no período colonial, no contexto do ciclo da cana-de-açúcar, envolvendo várias províncias do Nordeste, inclusive o Rio Grande do Norte. Trata-se da(s) a) invasões francesas, cujo objetivo era redistribuir as terras divididas entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra através do Tratado de Madri. b) invasões holandesas ocorridas, entre outras razões, com o intuito de permitir um comércio e refino do açúcar pelos holandeses, diretamente em terras brasileiras. c) Guerra dos Mascates, envolvendo os comerciantes portugueses e os senhores de engenho nordestinos, revoltados com os abusos cometidos em relação ao preço do açúcar. d) Revolta dos Malês, conflito grave que envolveu todo o nordeste, cuja causa principal era a invasão de terras devolutas, demarcadas pelo governo português na região açucareira. 2. (Uece 2015) As atividades manufatureiras eram geralmente proibidas no Brasil Colonial. Tal proibição ocorria, porque a) os produtos consumidos pelos centros urbanos coloniais deveriam ser exclusivamente produzidos na Metrópole. b) era preciso garantir que a Colônia fosse consumidora dos produtos oferecidos pelos detentores do monopólio comercial. c) a produção artesanal e industrial no Brasil Colônia poderia competir com os produtos metropolitanos. d) a produção que atendia ao consumo dos núcleos rurais significava uma ameaça ao monopólio comercial. 3. (Ufrgs 2015) Observe as figuras abaixo. Página 1 de 20

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PERÍODO COLONIAL

1. (Uern 2013) Os habitantes de Pernambuco iniciaram uma guerrilha contra os invasores. As ações estavam equilibradas até que Domingos Fernandes Calabar, nascido em Alagoas, passou para o lado dos invasores e os auxiliou. Aos poucos, toda a costa do Rio Grande do Norte e o campo de Santo Agostinho foram dominados. Em 1635, o governador Matias de Albuquerque ordenou a retirada para Alagoas, onde prendeu e fez executar Calabar. Os invasores conseguiram dominar ainda por alguns anos.

(Barbeiro, Heródoto. Coleção de olho no mundo do trabalho. História.Volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione. 2004. p. 220-221.)

O episódio, descrito anteriormente, eclodiu no Brasil ainda no período colonial, no contexto do ciclo da cana-de-açúcar, envolvendo várias províncias do Nordeste, inclusive o Rio Grande do Norte. Trata-se da(s) a) invasões francesas, cujo objetivo era redistribuir as terras divididas entre Portugal, Espanha,

França e Inglaterra através do Tratado de Madri. b) invasões holandesas ocorridas, entre outras razões, com o intuito de permitir um comércio e

refino do açúcar pelos holandeses, diretamente em terras brasileiras. c) Guerra dos Mascates, envolvendo os comerciantes portugueses e os senhores de engenho

nordestinos, revoltados com os abusos cometidos em relação ao preço do açúcar. d) Revolta dos Malês, conflito grave que envolveu todo o nordeste, cuja causa principal era a

invasão de terras devolutas, demarcadas pelo governo português na região açucareira. 2. (Uece 2015) As atividades manufatureiras eram geralmente proibidas no Brasil Colonial. Tal proibição ocorria, porque a) os produtos consumidos pelos centros urbanos coloniais deveriam ser exclusivamente

produzidos na Metrópole. b) era preciso garantir que a Colônia fosse consumidora dos produtos oferecidos pelos

detentores do monopólio comercial. c) a produção artesanal e industrial no Brasil Colônia poderia competir com os produtos

metropolitanos. d) a produção que atendia ao consumo dos núcleos rurais significava uma ameaça ao

monopólio comercial. 3. (Ufrgs 2015) Observe as figuras abaixo.

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Considere as seguintes afirmações sobre o processo escravista no Brasil. I. As relações sociais entre senhores e escravos, no Brasil, eram definidas pelo equilíbrio de

poder estabelecido pela miscigenação, conferindo à experiência histórica brasileira o caráter de "democracia racial".

II. Os africanos deportados da África para a América desenvolveram mecanismos de sociabilidade, constituindo famílias e formas de identidades sociais.

III. A Lei Áurea, além da emancipação dos escravos, decretava uma série de benefícios sociais e políticos para os libertos.

Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, lI e III. 4. (G1 - utfpr 2015) O principal interesse da metrópole portuguesa em relação ao Brasil, no período Colonial, era: a) produzir alimentos para alimentar a população de Portugal. b) fazer o comércio e escravidão de índios e negros. c) vender os produtos manufaturados de Portugal e Espanha. d) extrair produtos e matérias-primas rentáveis no mercado mundial da época. e) criar gado para atender ao mercado europeu. 5. (Uece 2015) Atente para as afirmações abaixo acerca da utilização da mão de obra indígena nos engenhos de açúcar no período colonial brasileiro. I. Os indígenas aceitaram mais facilmente o trabalho escravo e se acostumaram à vida com

seus senhores, ao contrário dos africanos que sempre resistiram.

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II. Os jesuítas empreenderam uma intensa campanha contra a escravização dos indígenas, razão pela qual vieram para o Brasil no início da colonização.

III. As dificuldades de escravização dos indígenas e os lucros do tráfico negreiro levaram os portugueses a optar pela mão de obra africana.

Está correto o que se afirma somente em a) I e II. b) II. c) II e III. d) III. 6. (G1 - cps 2015) O escultor Antonio Francisco Lisboa (c. 1730-1814), mais conhecido como Aleijadinho, é o autor das doze esculturas dos profetas bíblicos na cidade mineira de Congonhas do Campo.

Sobre o contexto histórico em que viveu Aleijadinho, é correto afirmar que foi o período a) da colonização e do ciclo do ouro. b) da colonização e do ciclo do pau-brasil. c) do Primeiro Reinado e do ciclo do açúcar. d) do Segundo Reinado e do ciclo do café. e) da Regência Una e do ciclo da borracha. 7. (Uern 2015) Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial não se esgotava nas plantações desse produto (...). Havia os pequenos produtores de alimentos que abasteciam os engenhos e as cidades (...). Nunca, desde o início da instalação da agroindústria, houve a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (...) As mais ricas regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham muitos braços para o trabalho. (Disponível em: http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2011/07/fichamento-montagem-da-

economia.html.) O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o plantation, utilizado não só na América Portuguesa, mas também nas outras colônias americanas, foi caracterizado basicamente pelos seguintes elementos: a) Policultura, importação, latifúndio e colonato. b) Monocultura, balança comercial, parceria e escambo. c) Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho escravo. d) Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho compulsório. 8. (Uece 2015) A descoberta do ouro no interior de Minas deslocou parte da população colonial do litoral para o interior. A região das minas foi ocupada por centenas de novos habitantes que careciam de tudo: alimentos, roupas, gado, cavalos, produtos europeus e muitos escravos para trabalhar nas minas. Atente para o que se diz acerca dessa que ficou

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conhecida como a “sociedade do ouro”. I. A base da sociedade mineira eram os africanos escravizados, que constituíam boa parcela

dessa sociedade. E, embora não representasse a maioria da população, seu trabalho era fundamental.

II. A atividade mineradora também deu origem a uma camada da sociedade que era extremamente pobre e que tinha sido atraída pela ilusão do ouro; era formada por escravos libertos e brancos pobres.

III. Havia uma camada média, composta principalmente de brancos, que incluía pequenos comerciantes, tropeiros e pequenos produtores de gêneros agrícolas.

Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e II apenas. c) II e III apenas. d) I e III apenas. 9. (Uece 2015) Sobre a sociedade brasileira do período colonial, pode-se afirmar corretamente que a) buscava afirmar valores nativistas contestando a exploração colonial. b) era alicerçada em relações sociais que primavam por igualdade e fraternidade. c) baseava-se em relações sociais de cunho escravista e patriarcal. d) procurou imprimir uma nova dinâmica social que em nada lembrava a metrópole

colonizadora. 10. (Uepb 2014) São aspectos que marcaram o Sistema de Capitanias Hereditárias, EXCETO: a) O sistema de Capitanias Hereditárias revelou-se um fracasso. Alguns donatários nem vieram

ao Brasil, e poucas prosperaram como ocorreu com Pernambuco e São Vicente. b) O rei regulamentava a doação das Capitanias, os privilégios e deveres de cada donatário

por meio da Carta de Doação, editada junto com o Foral. c) Seria montado com recursos públicos e não tinha a preocupação de garantir a soberania

portuguesa sobre o território d) O território pertencente a Portugal, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, foi dividido em

15 lotes perpendiculares à costa, com áreas desiguais. e) Os donatários tinham a responsabilidade de arrecadar os principais tributos destinados à

Coroa, entre eles 20% sobre os lucros obtidos com o pau-brasil. 11. (Unicamp 2014) A história de São Paulo no século XVII se confunde com a história dos povos indígenas. Os índios não se limitaram ao papel de tábula rasa dos missionários ou vítimas passivas dos colonizadores. Foram participantes ativos e conscientes de uma história que foi pouco generosa com eles.

(Adaptado de John M. Monteiro, “Sangue Nativo”, em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/sangue-nativo. Acessado em 14/07/2013.)

Sobre a atuação dos indígenas no período colonial, pode-se afirmar que: a) A escravidão foi por eles aceita, na expectativa de sua proibição pela Coroa portuguesa, por

pressão dos jesuítas. b) Sua participação nos aldeamentos fez parte da integração entre os projetos religioso e bélico

de domínio português, executados por jesuítas e bandeirantes. c) A existência de alianças entre indígenas e portugueses não exclui as rivalidades entre

grupos indígenas e entre os nativos e os europeus. d) A adoção do trabalho remunerado dos indígenas nos engenhos de São Vicente contrasta

com as práticas de trabalho escravo na Bahia e Pernambuco. 12. (Ucs 2014) Relacione as escravidões indígena e de origem africana presentes no Brasil durante os períodos Colonial e Imperial, apresentadas na COLUNA A, às características que as identificam, elencadas na COLUNA B.

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COLUNA A COLUNA B

1. Escravidão indígena 2. Escravidão de origem africana

( ) Representava um negócio pouco lucrativo e restrito à região colonial.

( ) Era um negócio extremamente lucrativo, envolvendo três continentes e vários produtos.

( ) Era combatida pela Igreja Católica, que fazia questão de se responsabilizar por esses escravos e catequizá-los.

( ) Era defendida pela Igreja Católica, como uma forma de purgar os pecados desses escravos.

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo. a) 1 – 2 – 1 – 2 b) 2 – 2 – 1 – 2 c) 2 – 1 – 2 – 1 d) 2 – 1 – 1 – 2 e) 1 – 2 – 1 – 1 13. (Fuvest 2014) O tráfico de escravos africanos para o Brasil a) teve início no final do século XVII, quando as primeiras jazidas de ouro foram descobertas

nas Minas Gerais. b) foi pouco expressivo no século XVII, ao contrário do que ocorreu nos séculos XVI e XVIII, e

foi extinto, de vez, no início do século XIX. c) teve início na metade do século XVI, e foi praticado, de forma regular, até a metade do

século XIX. d) foi extinto, quando da Independência do Brasil, a despeito da pressão contrária das regiões

auríferas. e) dependeu, desde o seu início, diretamente do bom sucesso das capitanias hereditárias, e,

por isso, esteve concentrado nas capitanias de Pernambuco e de São Vicente, até o século XVIII.

14. (Uece 2014) Leia o fragmento abaixo atentamente. “(...) é junto ao papado que os reinos ibéricos buscam autoridade para dirimir as disputas pela partilha dos mundos a descobrir; e, a partir daí, a legitimação da conquista pela catequese (...)”

NOVAIS, Fernando A. In SOUZA, Laura de Mello. História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

A partir do excerto acima, considere as seguintes afirmações: I. A cristianização interligou-se às necessidades do desenvolvimento mercantil e aos interesses

políticos, assumindo uma importância decisiva no projeto português para o novo mundo. II. A religião forneceu a base ideológica da conquista e da colonização brasileira; além disso, a

catequese possibilitou algumas atrocidades cometidas em nome da fé. III. A colonização foi motivada por questões materiais e políticas, e o discurso universalista da

Igreja, de conversão dos povos, pouco contribuiu para o projeto da colonização. Está correto o que se afirma somente em a) I e III. b) I e II. c) II. d) III. 15. (Enem 2014) O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser

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tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.

CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado). Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela a) demarcação do território indígena. b) manutenção da organização familiar. c) valorização dos líderes religiosos indígenas. d) preservação do costume das moradias coletivas. e) comunicação pela língua geral baseada no tupi. 16. (Espm 2014) À medida que o século chegava ao fim, agravava-se a tensão entre os comerciantes portugueses residentes em Recife e os produtores luso-brasileiros. Esse atrito assumiu a forma de uma contenda municipal entre Recife e Olinda, ou seja, entre o credor urbano e o devedor rural. Olinda era a principal cidade de Pernambuco e sediava as principais instituições locais. Lá os senhores de engenho tinham suas casas. Por outro lado, o porto de Recife, a poucos quilômetros de distância era o principal local do embarque das exportações de açúcar da capitania.

(Adriana Lopez, Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação) A tensão mencionada no texto contribuiu para desencadear qual das rebeliões coloniais citadas abaixo: a) Aclamação de Amador Bueno da Ribeira. b) Revolta de Beckman. c) Guerra dos Mascates. d) Guerra dos Emboabas. e) Revolta de Felipe dos Santos. 17. (G1 - ifsp 2014) A utilização de trabalhadores escravos foi constante durante a colonização da América Portuguesa. A partir do século XVI, observa-se a diminuição da utilização de mão de obra indígena escravizada e um aumento significativo no tráfico de escravos trazidos do continente africano. Com o passar do tempo, a escravidão indígena declinou e a escravidão de africanos e seus descendentes foi predominante. Entre os fatores que explicam a predominância da mão de obra escrava africana, é correto apontar a) os prejuízos obtidos pela Igreja com a catequização dos índios nas regiões missioneiras. b) a dificuldade de acesso aos índios já que estes viviam afastados das regiões litorâneas. c) a baixa produtividade dos índios nas tarefas industriais para as quais eram enviados. d) a proibição da escravidão indígena que contou com o apoio dos bandeirantes paulistas. e) a alta lucratividade que o tráfico internacional de africanos trazia para a Metrópole. 18. (Unesp 2014) Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime de capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos donatários, podemos citar a) a nomeação de funcionários e a representação diplomática. b) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento demográfico. c) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho escravo. d) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos indígenas. e) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos. 19. (Upf 2014) Durante governo do marquês de Pombal (1750-1777), a tentativa de consolidação das fronteiras da colônia brasileira provocou uma disputa acirrada com a Espanha. Das negociações entre as metrópoles portuguesa e espanhola, resultou o tratado de Madrid (1750), segundo o qual a Colônia do Sacramento deveria passar para a Espanha e as Missões ficariam com Portugal. Por conta desse tratado, os missioneiros deveriam retirar-se com os índios para o lado da Banda Oriental (Uruguai). Sem querer deixar as Missões, os

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índios, com apoio parcial dos jesuítas, resistiram ao cumprimento do tratado. A fim de expulsar os índios, Portugal e Espanha armaram seus exércitos e, em 1756, avançaram sobre as Missões de Santo Ângelo, São Borja, São João, São Lourenço, São Luiz Gonzaga, São Miguel e São Nicolau. Dessa guerra, os chamados Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai saíram aniquilados. Esse episódio ficou conhecido como: a) Revolução dos Tamoios. b) Guerra Guaranítica. c) Inconfidência Mineira. d) Guerra dos Emboabas. e) Revolução Farroupilha. 20. (FMP 2014) Em meados do século XVIII, o [...] Marquês de Pombal elaborou uma série de medidas visando a integrar as populações indígenas da América à sociedade colonial portuguesa, buscando não apenas o fim das discriminações sobre esses, mas a extinção das diferenças entre índios e brancos. [...] Como um dos elementos viabilizadores deste futuro, em que não seria possível distinguir brancos de índios, [...] enfatizava a necessidade da realização de casamentos mistos, assim como ordenava que os filhos gerados nestas uniões fossem considerados mais capacitados que os colonos brancos para ocupar cargos administrativos nas antigas aldeias indígenas transformadas em vilas e lugares portugueses.

GARCIA, Elisa Fruhauf. “O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e sua aplicação na América meridional”. Tempo – Revista do Departamento de História da UFF,

v. 12, n. 23, p. 13-38, 2007. p. 24-25. Adpatado. O projeto pombalino de integrar os índios da América Portuguesa à sociedade colonial promoveu mudanças profundas no relacionamento entre as populações indígenas e a Coroa lusa. Na região amazônica, por exemplo, tratar os indígenas como súditos do Império Português era uma das estratégias adotadas pelo Estado lusitano com o intuito de a) garantir a posse do território. b) estimular a escravização dos índios. c) promover a colaboração com os jesuítas. d) deslocar a população nativa para o Nordeste. e) recrutar efetivos militares para a guerra na fronteira oeste. 21. (Mackenzie 2013) Com a união das coroas de Portugal e Espanha, ocorreu o início do período chamado de União Ibérica (1580-1640). A Holanda, que enfrentou diversas lutas contra a Espanha, exerceu influência direta na colônia portuguesa na América, pois a) passou a pilhar e saquear as feitorias na costa africana dominada pelos espanhóis,

interessada no comércio de escravos e de marfim, invadindo, também, as cidades de Santos e Salvador, no Brasil.

b) o embargo espanhol representou prejuízos para os interesses holandeses no Brasil, uma vez que participavam do comércio de produtos tropicais nacionais, principalmente do pau-brasil.

c) sofria, na época, perseguições religiosas na Europa e retaliações dos católicos residentes em seu país, por isso, seu desejo foi montar uma colônia protestante no Brasil.

d) ocupou o nordeste brasileiro para evitar a criação de bases e feitorias espanholas, visando quebrar o monopólio da rota da prata advinda das demais colônias e também minar o prestígio internacional ibérico.

e) apoderou-se do nordeste brasileiro e retomou o controle da lucrativa operação de transporte, refino e distribuição comercial do açúcar brasileiro, perdido a partir da União Ibérica.

22. (Ueg 2013) O caso de uma Rosa Gomes, escrava do alferes José Gomes de Barros. Muita conhecida no tempo [...], a escrava diligente havia juntado pecúlio para comprar quatro escravos a crédito, incluindo uma mãe e filho. No entanto o alferes, seu senhor, não ajustava preço para a Rosa comprar a própria liberdade, lançando valores fantásticos, irreais. Luís da Cunha, em ordem pública, interveio na pendenga, forçando José Gomes de Barros a contratar com justeza a alforria da escrava, apontando-lhe vilmente incorrer em ludibrio de sua honra e do caráter de alferes da companhia de nobreza por agir erradamente com a serva.

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BERTRAN, Paulo (Org.). Notícia geral da Capitania de Goiás. Goiânia: UCG/UFG, 1996. p. 23-

24. O fato citado aconteceu em Vila Boa de Goiás, em 1783, durante a administração do governador Luís da Cunha Menezes. Ele demonstra que, na sociedade goiana do século XVIII, havia a) uma concepção de escravidão que permitia ao escravo negro uma considerável margem de

ação econômica. b) uma concepção de escravidão que se legitimava não apenas na coerção física, mas também

no direito consuetudinário. c) um modelo de administração pública na qual o governador das capitanias era uma figura

meramente decorativa. d) um modelo de escravidão marcado pela concepção de que o escravo era juridicamente

similar a um animal de carga. 23. (Ufsj 2013) “Ilha do Bananal, atual Estado de Tocantins, ano de 1750. Um grupo de homens descalços, sujos e famintos se aproxima de uma aldeia carajá. Cautelosamente, convencem os índios a permitirem que acampem na vizinhança. Aos poucos, ganham a amizade dos anfitriões. Um belo dia, entretanto, mostram a que vieram. De surpresa, durante a madrugada, invadem a aldeia. Os índios são acordados pelo barulho de tiros de mosquetão e correntes arrastando. Muitos tombam antes de perceber a traição. Mulheres e crianças gritam e são silenciadas a golpes de machete. Os sobreviventes do massacre, feridos e acorrentados, iniciam, sob chicote, uma marcha de 1500 quilômetros até a vila de São Paulo – como escravos.” TORAL, A. e BASTOS, G. Os brutos que conquistaram o Brasil. In: Revista Superinteressante, abril de 2000. Fonte: http://super.abril.com.br/historia/brutos-conquistaram-brasil-441292.shtml.

Acesso em 29/08/2012 Ações desse gênero, ocorridas na América Portuguesa, eram frequentemente empreendidas pelos a) bandeirantes paulistas. b) jesuítas ibéricos. c) funcionários da coroa portuguesa. d) invasores franceses. 24. (Uemg 2013) A imagem a seguir é uma representação da cidade do Rio de Janeiro no século XIX. O Rio já era a capital da América portuguesa desde o ano 1763; em 2013, a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro completará, portanto, 250 anos.

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Considerando-se o contexto em que o Brasil foi colônia de Portugal, é CORRETO afirmar que a transferência da capital aconteceu porque a) a cidade do Rio de Janeiro estava mais próxima da região mineradora, que assumia,

naquele momento, notável importância econômica para o reino português. b) a cidade estava na região que já era a mais rica da colônia, em virtude do crescimento da

produção de café, que se tornava o principal produto de exportação da América portuguesa. c) a cidade estava em uma região que apresentava terras mais férteis para o plantio da cana-

de-açúcar do que no Nordeste, onde a produção estava em decadência. d) a cidade era mais centralizada e, assim, possibilitava maior controle sobre a exploração do

látex, dos seringais da região amazônica, que era usado para a produção de borracha. 25. (Ufg 2013) O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de territórios entre Portugal e Espanha, representando também uma estratégia para melhor administrar os domínios ibéricos na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma guerra que, ao seu final, terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam a região dos Pampas. Esse tratado a) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de

Sacramento, no Brasil. b) redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul, com base no uti possidetis. c) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata. d) garantiu a consolidação da chamada “República dos Guaranis”, sob influência da Igreja

Católica. e) possibilitou a anexação da região das Missões ao território argentino e do Chaco ao Uruguai. 26. (G1 - ifba 2012) “Marginalizado legalmente, o escravo nem sempre o é materialmente, na medida em que pode desempenhar certas funções na dinâmica econômica urbana. Estas funções o colocam numa posição de certa independência material, imposta pelas próprias modalidades de seu exercício”.

MATTOSO, Kátia de Queirós. A cidade de Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo:

Hucitec, 1978. Das várias modalidades de escravo existentes no Brasil do século XIX, aquela que se ajusta à analise da historiadora é:

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a) o escravo da lavoura, pois sua importância na economia exportadora o tornava imprescindível e insubstituível.

b) o escravo de aluguel, pois representava um lucro extra ao seu dono, passando a ser bem tratado e respeitado.

c) o escravo doméstico, porque podia cair nas boas graças do senhor e passar a exercer certo poder sobre os demais escravos.

d) o escravo de ganho, pois sua atividade permitia-lhe certa autonomia e juntar algum dinheiro que serviria para a compra da alforria.

e) o escravo público, porque não tinha um dono específico o que lhe permitia uma certa liberdade de escolha da função que desempenharia.

27. (G1 - ifsp 2012) Os índios resistiram às várias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os escravos africanos. Enquanto estes se viam diante de um território desconhecido onde eram implantados à força, os índios se encontravam em sua própria casa.

(Fausto Boris. História do Brasil)

De acordo com o texto, é correto afirmar que, ao longo do período colonial brasileiro, a) apenas os índios foram vitimados pela escravização imposta pelos portugueses, o que

explica a sua rápida dizimação. b) somente os africanos foram submetidos à escravização, pois os indígenas eram totalmente

protegidos pelas leis portuguesas. c) a escravidão fracassou e rapidamente foi substituída pelo trabalho livre e assalariado dos

imigrantes europeus. d) os africanos resistiram mais do que os índios à escravidão, pois eram bem mais fortes e, por

isso, obtiveram maior êxito nas guerras e nas fugas. e) tanto os índios quanto os africanos foram vítimas da escravidão portuguesa, contudo os

índios conseguiram resistir melhor a tal processo. 28. (Uftm 2012) Observe o mapa.

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O mapa faz alusão a) ao Tratado de Madri, que dividiu as terras americanas entre Portugal e Espanha, colocando

fim a décadas de disputas. b) à estratégia imaginada pelos portugueses para enfrentar o avanço dos franceses sobre suas

terras na América. c) ao Tratado de Tordesilhas e ao sistema de capitanias, doação hereditária feita pela coroa a

colonos portugueses. d) à ação de Martim Afonso de Souza, encarregado de iniciar a colonização efetiva das terras

brasileiras. e) ao sistema de sesmarias, utilizado pelos portugueses para garantir a posse da terra contra

ameaças estrangeiras. 29. (Unicamp 2012) Emboaba: nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do ouro em fins do século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, causando grandes tumultos. Formaram-se duas facções, paulistas e emboabas, que disputavam o governo do território, tentando impor suas próprias leis.

(Adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva (coord.), Dicionário da História da Colonização Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994, p. 285.)

Sobre o período em questão é correto afirmar que: a) As disputas pelo território emboaba colocaram em confronto paulistas e mineiros, que

lutaram pela posse e exploração das minas. b) A região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do século

XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros. c) A luta dos emboabas ilustra o processo de conquista de fronteiras do império português nas

Américas, enquanto na África os portugueses se retiravam definitivamente no século XVIII. d) A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e vários sujeitos sociais, muitos

deles em disputa entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa.

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30. (Ufrgs 2012) O decréscimo populacional dos povos indígenas instalados no litoral da América portuguesa durante o século XVI resultou, entre outros fatores, de surtos epidêmicos. Considere as afirmações abaixo, relativas a essa catástrofe demográfica. I. A dizimação da população indígena gerou uma crise demográfica e ocasionou o

desaparecimento de grupos ameríndios. II. Houve inúmeros movimentos migratórios indígenas, forçados ou voluntários, para o interior

do Brasil em virtude das epidemias e da escravização. III. O despovoamento do litoral brasileiro durante o primeiro século de ocupação conferiu uma

dimensão trágica à colonização. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 31. (G1 - cps 2011) A história da capoeira começa no Brasil, no século XVI, pois se relaciona com a mão de obra escrava africana que foi muito utilizada principalmente nos engenhos do Nordeste. Os escravos estavam proibidos, pelos senhores de engenho, de praticar qualquer tipo de luta, por esse motivo, eles utilizaram ritmos e movimentos de suas danças africanas para criar um tipo de luta, surgindo assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Era importante saber lutar, porque dessa forma eles poderiam se defender, por exemplo, dos capitães do mato.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas e, além de defesa, servia para a preservação da cultura, para o alívio do cansaço do trabalho e para a manutenção da saúde física. Muitas vezes as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos chamados de capoeira ou capoeirão. Do nome desse lugar surgiu o nome da luta. Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como violenta e subversiva. No entanto, foi nesse mesmo ano que um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a considerou um esporte nacional.

(http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm Acesso em: 11.09.2010. Adaptado)

Sobre a capoeira, é valido afirmar que

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a) apresentava aspectos puramente lúdicos e religiosos. b) foi proibida pelo presidente Vargas, pois essa prática era vista como violenta e subversiva. c) era uma manifestação artística que ocorria para comemorar o final das colheitas realizadas

pelos escravos. d) era praticada pelos escravos com o objetivo de burlar a proibição das lutas pelos senhores

de engenho. e) nasceu e era praticada, na África, como uma luta marcial e, ao chegar ao Brasil, os negros a adaptaram ao contexto da escravidão. 32. (Fatec 2010) Neste caso, como em quase tudo, os adventícios [que chegaram depois] deveriam habituar-se às soluções e muitas vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. Às estreitas veredas e atalhos que estes tinham aberto para uso próprio nada acrescentariam aqueles de considerável, ao menos durante os primeiros tempos. Para o sertanista branco ou mameluco, o incipiente sistema de viação que aqui encontrou foi um auxiliar tão prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena. Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens, em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador inigualável nas entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas passagens mais convenientes as matas espessas ou as montanhas aprumadas, e como escolher sítio para fazer pouso e plantar mantimentos.

(HOLANDA, Sérgio Buarque de. Caminhos e Fronteiras. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, pág. 19. Adaptado.)

Segundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda, sobre os indígenas e os sertanistas que circulavam pelo sistema de estradas que ligavam a vila de São Paulo ao sertão e à costa, é correto afirmar que a) os sertanistas precisaram construir muitas vias de acesso entre São Paulo e o sertão,

substituindo as poucas e estreitas veredas abertas pelos indígenas. b) os indígenas foram importantes colaboradores dos paulistas nas entradas. c) os sertanistas, ao contrário dos indígenas, pouco sabiam da arte de transpor as matas e

escolher o melhor lugar para fazer pouso. d) os sertanistas não conseguiram se adaptar aos recursos materiais dos indígenas. e) os indígenas se diferenciavam dos sertanistas por terem uma capacidade maior de transpor

montanhas e plantar mantimentos. 33. (Uemg 2010) Leia atentamente o trecho selecionado, a seguir: “... decadência em que se [achava] o povo das Minas, vexação em que se [via] causada da multidão de negros fugidos e aquilombados que [havia] em todas elas, de que [resultavam] os extraordinários casos que continuamente [estavam] sucedendo nos cruéis assassínios e roubos violentos que a cada instante [estavam] fazendo...”

Representação da Câmara de Vila Rica ao Rei de Portugal de 31 de agosto de 1743. Arquivo Público Mineiro. Seção Colonial. Códice CMOP 49 fl.81. Citada no livro Vassalos Rebeldes, de

Carla M.J.Anastasia, Belo Horizonte: C/Arte, 1998. p.130 O aumento da violência nos sertões mineiros, durante o século XVIII, a que se refere o fragmento acima, é considerado resultado histórico a) da substituição do trabalho escravo em Minas Gerais pelo trabalho imigrante italiano, após a

proibição do tráfico negreiro. b) do declínio da comercialização da cana-de-açúcar no território mineiro, em virtude da

concorrência do produto oriundo das Antilhas Holandesas. c) das crises de fome e abastecimento provocadas pela corrida do ouro ao território mineiro,

constantes fugas de escravos e o aumento da cobrança de impostos sobre os alimentos. d) dos abusos cometidos pelos jagunços contratados pelos senhores de engenhos, para matar

os negros reconhecidos como assassinos profissionais.

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34. (Enem 2009)

As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados, identificados no mapa, conclui-se que a) Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz do rio Amazonas. b) o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite físico da América portuguesa. c) o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa além da linha de Tordesilhas. d) Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios na América em relação ao de

Tordesilhas. e) o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da América Portuguesa em Vice-Reinos

Oriental e Ocidental.

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Gabarito: Resposta da questão 1: [B] Somente a proposição [B] está correta. O texto de Heródoto Barbeiro faz referência a Domingos Fernandes Calabar, personagem polêmico que mudou de lado e passou apoiar os holandeses em Pernambuco na década de 1630. A Companhia das Índias Ocidentais Holandesas invadiram o Brasil com objetivos econômicos, produzir, refinar e comercializar o açúcar. Invadiram a Bahia em 1624, sem sucesso, e Pernambuco entre 1630-1654, sendo o auge com João Maurício de Nassau entre 1637-1644. As demais proposições estão incorretas. O texto não remete as invasões francesas com intuito de redistribuir terras. A Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambuco em 1710, consistiu em um conflito entre Olinda e Recife. A Revolta dos Malês ocorreu na Bahia em 1835, quando os negros que falavam árabe e praticavam a religião Islâmica se revoltaram contra a escravidão e a imposição do cristianismo. Resposta da questão 2: [B] Somente a proposição [B] está correta. A questão remete as atividades manufatureiras no Brasil Colonial. Desde o início da colonização, o papel da colônia era complementar a economia metropolitana, importar manufaturados e exportar matéria prima e produtos tropicais sem nunca concorrer com a metrópole. Desta forma, a função da colônia era consumir produtos manufaturados ofertados pela coroa dentro do monopólio comercial. Resposta da questão 3: [B] A afirmativa [I] está incorreta porque não existia nenhum tipo de democracia racial na época da escravidão no Brasil. A divisão brancos/negros sempre existiu e foi rígida; A afirmativa [III] está incorreta porque a Lei Áurea tinha apenas dois parágrafos, a saber: (1) está abolida a escravidão no Brasil e (2) revogam-se todas as disposições em contrário. Resposta da questão 4: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão remete ao interesse de Portugal na colonização do Brasil. No final da Idade Média e início da Idade Moderna surgiram os Estados Nacionais Modernos através de uma aliança entre rei e burguesia. Portugal foi o primeiro Estado Moderno a surgir. Estes Estados necessitavam de recursos para criar e manter exército, criar e manter a marinha além do custo para manter a burocracia estatal. Assim, surgiu a política econômica denominada de Mercantilismo. Como consequência, surgiram as Grandes Navegações e a Colonização da América. O interesse da metrópole na colonização da América era exatamente angariar recursos através de produtos tropicais e matérias-primas como o açúcar entre outros. Resposta da questão 5: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão remete ao trabalho indígena nos engenhos de açúcar no período colonial. Sabe-se que o tráfico de escravos africanos para a América gerava um grande lucro que era destinado à Europa para bancar o capitalismo em ascensão. Havia uma dificuldade de escravizar os nativos devido ao seu grande conhecimento sobre a natureza o que facilitava a fuga. Não podemos afirmar que os nativos aceitaram com mais facilidade o trabalho escravo quando comparado ao africano. Os jesuítas não vieram para o Brasil visando uma intensa campanha contra a escravidão indígena, embora os padres jesuítas defendessem a escravidão africana e criticassem à indígena. Resposta da questão 6:

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[A] Considerado um dos maiores artistas do “barroco mineiro”, nasceu provavelmente em 1730 e faleceu com certeza em 1814; portanto, desenvolveu suas obras no decorrer do século XVIII, a época da mineração no Brasil. Grande parte de suas habilidades se desenvolveram nas oficinas de mestres carpinteiros de Vila Rica e suas principais obras se encontram em Congonhas do Campo (MG). Resposta da questão 7: [C] O Plantation, sistema de produção adotado variadas vezes na História, baseia-se em um tripé básico: monocultura, latifúndio e trabalho escravo. Complementa essa formação o mercado de produção ser voltado para o exterior, favorecendo a exportação dos produtos. Resposta da questão 8: [C] A afirmativa [I] está incorreta porque a sociedade mineradora tinha uma pirâmide organizacional diferente da sociedade do açúcar (que era dualista e imutável). A sociedade mineradora era diversificada e tinha possibilidade de mobilidade. Os escravos faziam parte dessa sociedade, mas não da maneira descrita nessa afirmativa. Resposta da questão 9: [C] Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a sociedade brasileira no período colonial. Prevaleceu o trabalho escravo, a monocultura, o latifúndio, a economia visava o mercado externo, relações sociais de cunho patriarcal no qual prevalecia a vontade dos “homens bons”. As demais alternativas estão incorretas. Resposta da questão 10: [C] As Capitanias foram montadas com recursos particulares e tinham a preocupação de garantir a soberania portuguesa na Colônia. Resposta da questão 11: [C] Ainda que alianças tenham sido feitas entre europeus e alguns grupos nativos, a rivalidade entre índios e europeus sempre existiu, o que levou, associado a outros fatores, a um grande número de mortes entre os indígenas. Resposta da questão 12: [A] Somente a alternativa [A] está correta. A questão procura as diferenças entre a escravidão indígena e a africana no Brasil Colonial e Imperial. Escravidão indígena: por ocorrer dentro do Brasil não gerava lucro para os Estados Modernos Europeus. A Igreja Católica era contra a escravidão do índio e defendia sua catequese dentro das missões jesuíticas. Escravidão do africano: envolvia três continentes e muitos produtos e gerava muito lucro para os Estados Modernos Europeus através do tráfico de escravos. A Europa ficava com o lucro do tráfico destes africanos que eram vendidos como escravos. Da África saiam os negros que eram trocados por alguns produtos como tabaco, aguardente, entre outros. Os traficantes europeus vendiam estes africanos para a elite agrária brasileira que pagava bem caro por eles. Resposta da questão 13:

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[C] A associação de datas está correta: o tráfico começa com o Ciclo do Açúcar, no século XVI, e termina em 1850 (século XIX), com a Lei Eusébio de Queiroz. Resposta da questão 14: [B] Justificativa a partir da errada: Item [III] o discurso universalista da Igreja Católica, como fica claro nos itens [I] e [II], contribuiu decisivamente para o projeto colonizador português. A expansão da fé católica foi a base ideológica do projeto colonizador, uma vez que era pregada a necessidade de civilizar os indígenas através da religião. Resposta da questão 15: [E] Os padres jesuítas tiveram maior contato com os indígenas do litoral brasileiro, que pertenciam ao troco linguístico tupi-guarani. Nesse sentido, o domínio – por parte dos jesuítas – da língua tupi foi fundamental para a convivência e o contato. Resposta da questão 16: [C] A Guerra dos Mascates foi um dos “movimentos nativistas” que ocorreram no Brasil colonial e envolveu interesses de grupos de brasileiros ligados a terra e portugueses, ligados ao comércio. Resposta da questão 17: [E] Além das dificuldades encontradas para escravizar indígenas, o tráfico de negros africanos configurava grande lucro para os portugueses, estabelecendo trocas comerciais com as tribos africanas e elevada movimentação monetária envolvendo as tribos, os traficantes e os compradores. Resposta da questão 18: [E] Somente a proposição [E] está correta. Cabral chegou ao Brasil em Abril de 1500. Não encontrando riqueza fácil (metais e especiarias), o Brasil ficou em segundo plano entre 1500 até 1530. Em 1530, Portugal está diante de um dilema: colonizar ou perder o Brasil. A coroa portuguesa enviou para o Brasil Martim Afonso de Souza visando à colonização. Em 1534, o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias, lotes de terras entre o litoral e a linha de Tordesilhas. Estas terras foram doadas aos donatários que eram nobres portugueses incumbidos de iniciar o processo de colonização. Havia dois documentos relativos as capitanias hereditárias, a “Carta de Doação” que consistia em um documento que dava direito ao donatário de explorar a sua capitania e o “Foral” que estabelecia os direitos e deveres dos donatários. Cabia aos donatários, entre outros, a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos. A questão poderia ser mais bem elaborada através de um texto de apoio ou uma imagem. As demais alternativas estão incorretas. Resposta da questão 19: [B] A Guerra Guaranítica – assim chamada devido a etnia dos indígenas nela envolvidos – foi caracterizada pelo confronto entre os exércitos de Portugal e Espanha e os índios guaranis que ocupavam a região dos chamados Sete Povos das Missões (atual Rio Grande do Sul).

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Após acordo envolvendo Portugal e Espanha pelo domínio das terras ao sul da Colônia portuguesa, os indígenas e os missionários deveriam sair das Missões Jesuítas rio-grandenses (pertencentes a Portugal) e dirigir-se para o território do atual Uruguai (pertencente à Espanha). Como se recusaram a isso houve confronto armado, vencido pelos exércitos de Portugal e Espanha. Resposta da questão 20: [A] Um dos principais impeditivos à posse da terra por parte dos portugueses no Brasil Colonial era a presença indígena, em especial na região Amazônica. Por isso, a melhora na relação entre as partes favorecia os portugueses a permanecer no território colonial. Resposta da questão 21: [E] Devido ao seu conflito com a Espanha (luta de independência), a Holanda, através da Companhia das Índias Ocidentais, invadiu o Nordeste brasileiro para retomar o negócio do refino e do comércio do nosso açúcar que a Espanha havia proibido. Os holandeses permaneceram no nosso Nordeste por 24 anos. Resposta da questão 22: [A] Questão de interpretação de texto de forma objetiva, pois o mesmo afirma que a escrava conseguiu juntar dinheiro e comprar escravos para si. Ao mesmo tempo, destaca a cumprimento das leis pelos governantes locais que, mesmo representando as elites, determinaram os direitos de alforria para a escrava, contrariando os interesses de seu proprietário. A situação ilustra uma mudança nas leis e no comportamento de certos governantes, se bem que não é possível afirmar que a situação descrita seja regra ou exceção. Resposta da questão 23: [A] O bandeirismo de apresamento se iniciou mais de um século anotes da situação descrita no texto; foi a primeira expressão do bandeirismo a partir da Vila de São Paulo. No século XVI muitos homens abandonavam São Vicente subiam a serra em direção ao interior com a perspectiva de cultivarem sua própria terra, porém esbarravam na questão da mão de obra, uma vez que não tinham condições de comprar o tradicional escravo africano. Dessa forma passaram a escravizar indígenas e, posteriormente, captura-los e vende-los como escravos. Resposta da questão 24: [A] A transferência da capital ocorreu durante o período minerador, já em um momento de crise da produção aurífera, que forçou o governo português a impor um conjunto de medidas que buscavam ampliar fiscalização sobre a extração, tributação e transporte do ouro. Resposta da questão 25: [B] O Tratado de Madrid, basicamente, surgiu para substituir o Tratado de Tordesilhas, que, na prática, já não era respeitado desde o período da União Ibérica. De acordo com aquele tratado, Portugal e Espanha admitiam a violação de Tordesilhas e a necessidade de estipular os novos domínios territoriais, tanto na América quanto na Ásia. A base do novo Tratado era o direito privado romano do uti possidetis, ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito). Sendo assim, as terras espanholas na América do Sul ocupadas por Portugal passaram a ser, por direito, dos portugueses.

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Resposta da questão 26: [D] O “escravo de ganho” ou “negro de ganho” constituía uma exceção no universo da escravidão. Escravo urbano, cujo proprietário permitia o trabalho em atividades braçais, permanecia com uma parte do pagamento que recebia e, como isso, poderia comprar sua liberdade. Tal situação se desenvolveu a partir do século XVIII, nas cidades de Minas Gerais e, mais tarde, nas demais grandes cidades coloniais, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro. Resposta da questão 27: [E] Interpretação de texto. Na história do Brasil colonial o trabalho escravo foi determinante para a produção na terra e tanto os africanos como os nativos da terra (índios) foram escravizados pelo colonizador. O autor destaca que ambos resistiram à escravidão, porém os índios possuíam uma condição melhor de resistência por conheceram a terra. Resposta da questão 28: [C] O processo de expansão marítima europeia, no decorrer do século XV, contrapôs interesses econômicos e políticos de portugueses e espanhóis. Em junho de 1494, Portugal e Espanha assinam o Tratado de Tordesilhas, a partir de um meridiano localizado a 370 léguas a oeste do arquipelago de Cabo Verde, demarcando as possessões portuguesas e espanholas no Novo Mundo. O sistema de Capitanias Hereditárias foi criado em 1534 pelo rei de Portugal, D. João III, visando a colonização efetiva do território brasileiro. Resposta da questão 29: [D] Os primeiros ocupantes da região das minas foram paulistas de origem bandeirante, que sonharam enriquecer com o ouro encontrado. No entanto, toda a estruturação da exploração aurífera ficou sobcontrole de representantes da metrópole, que distribuíram as terras àqueles que possuíam escravos – normalmente vindos da região açucareira em crise – e privilegiavam mercadores de origem portuguesa, muitos vindos da cidade do Rio de Janeiro. Esses dois grupos, que chegaram posteriormente, eram vistos como “forasteiros” pelos primeiros ocupantes da região e seus privilégios foram contestados, num movimento que redundou em uma Guerra, com violenta repressão sobre os pequenos mineradores. Resposta da questão 30: [E] Todo o processo de colonização foi marcado pela dizimação dos povos indígenas, não apenas por conta das doenças, mas também das guerras e da escravidão. O despovoamento do litoral foi mais acentuado devido aos interesses portugueses vinculados a produção canavieira, sempre próxima ao litoral. Resposta da questão 31: [D] A resposta é interpretação do texto, que destaca o desenvolvimento dessa luta, disfarçada de dança, para burlar a proibição imposta pelos fazendeiros. Tal visão permaneceu mesmo após a independência e no início da República, sendo liberada pelo presidente Vargas. Resposta da questão 32: [B]

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A interpretação de texto é suficiente para a resolução da questão compreendendo-se a expressão “o gentio, mestre e colaborador inigualável nas entradas”. A questão remete a atividade bandeirista praticada em São Paulo durante o século XVI. Resposta da questão 33: [C] A questão pode ser respondida com a interpretação de texto, mas requer um certo conhecimento factual da História, como saber que imigrantes italianos predominaram na cafeicultura paulista e que a grande produção canavieira ocorreu no nordeste – decadente após a expulsão dos holandeses que investiram nas Antilhas. O texto destaca a reação dos escravos a sua situação, com fugas e formação de quilombos, além de eventuais ataques contra seus proprietários. A “corrida do ouro” provocou a escassez de alimentos e o aumento de preços, uma vez que todos que se deslocavam para as minas gerais estavam preocupados em encontrar o ouro e não em produzir gêneros agrícolas. Resposta da questão 34: [C] Após a chamada Restauração do trono português em 1640, surgiram conflitos entre Portugal e Espanha quanto à definição de seus domínios na América do Sul, sobretudo a região platina, pois durante a vigência da união das coroas ibéricas (1580-1640), colonos portugueses se instalaram além da linha de Tordesilhas, uma vez que se evidenciou a nulidade do Tratado de 1494. O Tratado de Madri de 1750 anulava o de Tordesilhas e estabelecia fronteiras posteriormente contestadas em outros tratados (El Pardo e Santo Ildefonso) e depois confirmadas no Tratado de Badajós de 1801, definindo assim os domínios portugueses além da linha de Tordesilhas.

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