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Perfuração De poço tubular Profundo

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Perfuração

De poço tubular

Profundo

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Projeto Projeto Projeto Projeto de Perfuração de Perfuração de Perfuração de Perfuração

de Poço de Poço de Poço de Poço

Tubular ProfundoTubular ProfundoTubular ProfundoTubular Profundo

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Prefeitura Municipal de

Campos Novos

Proponente:

Prefeitura Municipal de Campos Novos

CNPJ: 82.939.232/0001-74

R. Expedicionário João Batista de Almeida, 323 - Centro

Campos Novos – SC

CEP: 89620-000

Telefone: (49) 3541 6200

Beneficiados: Moradores do Município de Campos Novos

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LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 1: Localização do Poço Tubular Profundo ....................................................66

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8

2 APRESENTAÇÃO DAS CARACTÉRICAS REGIONAIS .................................... 8

2.1 LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................ 8

2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSCAS ........................................................................... 10

2.2.1 Demografia ........................................................................................................... 10

2.2.2 Clima ..................................................................................................................... 10

2.2.3 Vegetação .............................................................................................................. 11

2.2.3.1 Floresta Estacional Decidual .............................................................................. 12

2.2.3.2 Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) .......................................... 12

2.3 RELEVO .................................................................................................................. 13

2.3.1 Baixada Litorânea ............................................................................................... 14

2.3.2 Serra do Mar ........................................................................................................ 14

2.3.3 Planalto Paleozóico .............................................................................................. 14

2.3.4 Planalto Basáltico ................................................................................................ 14

2.4 SOLOS ..................................................................................................................... 15

2.5 HIDROGRAFIA ....................................................................................................... 16

2.6 CARACTERÍSCAS DO MUNÍCIPIO DE CAMPOS NOVOS .............................. 18

2.6.1 História ................................................................................................................. 18

2.6.2 População ............................................................................................................. 21

2.6.3 Religião ................................................................................................................. 21

2.6.4 Clima ..................................................................................................................... 21

2.6.5 Vegetação .............................................................................................................. 22

2.6.6 Relevo .................................................................................................................... 22

2.6.7 Hidrografia ........................................................................................................... 22

2.6.8 Situação Econômica ............................................................................................. 22

2.6.9 Transporte e Comunicação ................................................................................. 23

2.6.10 Situação Educacional ........................................................................................ 24

2.6.11 Assistência Médica ............................................................................................. 24

2.6.12 Segurança ........................................................................................................... 24

2.6.13 Caractéricas do Bairro Bela Vista ................................................................... 24

3 MAPA DO MUNÍCIPO/ESTADO .......................................................................... 25

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4 MAPA REGIONAL .................................................................................................. 26

5 APRESENTAÇÃO DAS PONTENCIALIDADES, CONCEPÇÃO DO

PROJETO E CARACTERÍSCAS GEOLÓGICAS. ................................................. 27

5.1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO ................................................................................ 28

5.2 PONTECIALIDADES ............................................................................................. 28

5.3 POÇO TUBULAR PROFUNDO ............................................................................. 29

5.3.1 Caractériscas Geológicas e Hidrogeológicas ..................................................... 30

5.3.2 Aspectos Geomorfológicos, Climáticos e Hidrológicos da Área ...................... 32

5.4 GEOLOGIA ESTRUTURAL................................................................................... 34

5.4.1 Nomenclatura ....................................................................................................... 36

6 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................... 45

6.1 METÓDOLOGIA DO PROJETO ............................................................................ 45

6.2 DOS SERVIÇOS ...................................................................................................... 46

6.2.1 Instalação do Canteiro de Obra ......................................................................... 46

6.2.2 Perfuração de Poço Tubular Profundo ............................................................. 46

6.2.2.1 Coleta e Acondicionamento das Amostras ......................................................... 49

6.2.2.2 Das Visitas Técnicas ........................................................................................... 50

6.2.3 Ensaio de Vazão ................................................................................................... 50

6.2.4 Serviços e Obras Complementares .................................................................... 50

6.2.5 Desinfecção e Coleta de Água Para Analise ...................................................... 51

6.2.6 Tampa ................................................................................................................... 51

6.2.7 Relatório Final ..................................................................................................... 51

6.3 captação e equipamento de recalque ........................................................................ 52

6.3.1 Conjunto da Motobomba .................................................................................... 52

6.3.2 Painel de Comando .............................................................................................. 53

6.4 REDE ADUTORA ................................................................................................... 53

6.5 REDE DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................... 53

6.6 TRATAMENTO DE ÁGUA .................................................................................... 54

6.6.1 Estação de Tratamento de Água ........................................................................ 54

6.6.2 Infra-Estrutura .................................................................................................... 55

6.6.3 Paredes .................................................................................................................. 55

6.6.4 Balcão de Concreto .............................................................................................. 56

6.6.5 Cobertura ............................................................................................................. 56

6.6.5.1 Estrutura ............................................................................................................. 56

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6.6.5.2 Telhado ............................................................................................................... 56

6.6.6 Pavimentação ....................................................................................................... 56

6.6.6.1 Piso em Cimento Alisado ................................................................................... 56

6.6.7 Aberturas .............................................................................................................. 57

6.6.8 Pintura .................................................................................................................. 57

6.6.9 Instalações Hidrossanitárias ............................................................................... 57

6.6.9.1 Instalações Hidráulicas ....................................................................................... 57

6.6.9.2 Instalações Sanitárias .......................................................................................... 58

6.6.10 Instalações Elétricas .......................................................................................... 58

6.6.10.1 Entrada de Energia............................................................................................ 58

6.6.10.2 Medição ............................................................................................................ 58

6.6.10.3 Aterramento ...................................................................................................... 59

6.6.10.4 Quadro Terminal de Força de Luz (QTFL) ...................................................... 59

6.6.10.5 Quadro de Comando da Bomba Dosadora ....................................................... 59

6.6.10.6 Distribuição Interna de Força de Luz ............................................................... 59

6.6.10.7 Fiação Interna e Externa ................................................................................... 60

6.6.10.8 Eletrodutos ........................................................................................................ 60

6.6.10.9 Caixas de Passagem e derivações ..................................................................... 60

6.6.10.10 Recomendações referentes à execução instalações elétricas .......................... 60

6.6.11 Bomba Dosadora ............................................................................................... 61

6.6.12 Reservatório de Produtos Químicos ................................................................ 62

6.7 SISTEMA DE RESERVAÇÃO ............................................................................... 63

6.8 PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO .............................................................................. 63

6.9 ENERGIA ELÉTRICA (EXISTENTE) ................................................................... 63

6.10 PLACA DE OBRA ................................................................................................. 64

6.11 LIMPEZA ............................................................................................................... 64

6.12 SERVIÇOS FINAIS ............................................................................................... 64

7 ANEXOS .................................................................................................................... 70

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente o Bairro Boa Vista em questão é abastecido pela ETA Campos Novos,

localizado na região central do município. Esta estação produz, hoje, 5.000m3 por dia,

aproximadamente 69L/s. Considerando que esta unidade, unicamente, está abastecendo

cerca de 8000 economias, e considerando que esta produção já se encontra no limite

para atender as demandas, faz-se necessário urgentemente segmentar o sistema de

abastecimento para que a população não fique à mercê de apenas uma fonte de

abastecimento. Os bairros que se encontram em uma cota mais elevada ou que estão no

final da rede e com alto consumo, são os mais prejudicados pois o sistema existente não

comporta, em várias situações esta demanda, prejudicando gravemente a população.

Para amenizar estes impasses o SAMAE instalou um booster no bairro Aparecida,

localizado no outro lado da BR282 em relação ao Bairro Boa Vista, que dentro das

possibilidades consegue amenizar os problemas de pressão. Já o problema da vazão

infere em outras questões como a saturação na produção de água da ETA, que acaba

tendo que produzir mais água que sua própria capacidade, e sufocando,

consequentemente, a operação.

2 APRESENTAÇÃO DAS CARACTÉRICAS REGIONAIS

2.1 LOCALIZAÇÃO

Santa Catarina situa-se no Sul do Brasil, bem no centro geográfico das regiões de

maior desempenho econômico do país, Sul e Sudeste, e em uma posição estratégica no

Mercosul. O estado faz fronteira com a Argentina na região Oeste. Florianópolis, a

capital, está a 1.539 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 do Rio de Janeiro

e 1.673 de Brasília. Sua posição no mapa situa-se entre os paralelos 25º57'41" e

29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude

Oeste.

O fuso horário é igual ao de Brasília: três horas a menos em relação a Greenwich -

UTC-3. Uma vez por ano - em geral entre outubro e fevereiro - adota-se o horário de

verão, no qual os relógios são adiantados uma hora para poupar energia.

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Santa Catarina

Ficha técnica

Área 95.285,1 km²

Relevo terrenos baixos, enseadas e ilhas no

litoral, planaltos a leste e oeste e

depressão no centro.

Ponto mais elevado

Morro da Boa Vista, 1.827 m.

Rios principais

Uruguai, Canoas, Pelotas, Negro.

Vegetação mangues no litoral, mata das araucárias

no centro, campos a sudoeste e faixas da

floresta a leste e oeste.

Clima subtropical Cfa e Cfb

Municípios mais populosos

Joinville (429.604), Florianópolis

(342.315), Blumenau (261.808), São José

(173.559), Criciúma (170.420), Lages

(157.682), Itajaí (147.494), Chapecó

(146.967), Jaraguá do Sul (108.489),

Palhoça (102.742) (2000).

Hora local -3

Gentílico catarinense ou barriga-verde

Ao longo do litoral, aparecem planícies, terrenos baixos, enseadas e ilhas. Essa

porção do relevo recebe o nome de Planaltos e Serras de Leste-Sudeste. No centro-leste

de Santa Catarina, surge a Depressão Periférica. No oeste, sudeste e centro do estado,

onde as serras são mais comuns, o compartimento de relevo são os Planaltos e Chapadas

da Bacia do Paraná.

O leste do estado é drenado pelas Bacias Costeiras do Sul. O Itajaí é o principal

rio dessa parte de Santa Catarina. No centro e no oeste, localizam-se afluentes do Rio

Uruguai, como o Pelotas, o Canoas, o do Peixe e o Chapecó. Esses cursos d’água

pertencem à Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai.

Originalmente, o estado era recoberto por florestas e campos. Nas serras

litorâneas predominava a Mata Atlântica e, nos trechos mais elevados das regiões

serranas, a Mata de Araucárias. Os campos aparecem em manchas esparsas por todo o

estado.

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2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSCAS

2.2.1 Demografia

Segundo o IBGE, o estado tem uma população de 5.866.568 de habitantes

(2005), (mas já existem alguns dados de 2006, com fonte do IBGE que dizem que a

população de Santa Catarina é de 5.958.295 habitantes) e uma densidade pop.+

ulacional de 61,53 hab./km². As cidades mais populosas de Santa Catarina são:

Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Criciúma, Lages, Itajaí, Chapecó, Jaraguá

do Sul, Palhoça e Tubarão.

2.2.2 Clima

O clima de uma determinada localidade é formado por uma complexa interação

entre os continentes, oceanos e as diferentes quantidades de radiação recebida do sol.

Esta variação sazonal do clima é bastante definida por causa da localização geográfica.

No verão, quando os raios solares estão chegando com maior intensidade, a quantidade

de radiação solar global recebida chega a 502 cal/cm2; no inverno, esse fluxo é bem

menor e fica em torno de 215 cal/cm2.

Também no inverno, a freqüência de inserção de frentes frias e massas de ar frio

é muito maior e contrastam com as altas temperaturas de verão, geradas pela

permanência da massa de ar tropical. As estações de transição, outono e primavera,

mesclam características das duas outras estações. Além das variações sazonais

associadas ao movimento da Terra em torno do sol, a orografia (distribuição das

montanhas) de Santa Catarina e a proximidade do mar são os grandes responsáveis

pelas diferenças de clima existente entre as diversas localidades do estado.

Ao contrário do que é observado na maior parte do território brasileiro, em Santa

Catarina as quatro estações são bem definidas. O clima do estado é subtropical úmido

mesotérmico, apresentando duas variações, Cfa e Cfb. A variação Cfa é encontrada em

praticamente todo o estado nas áreas abaixo de 800 metros de altitude. Já o Cfb

encontra-se nas áres altas acima de 800 metros. As chuvas costumam ser bem

distribuídas ao longo do ano com uma pequena diminuição nos meses do inverno.

Entretanto, o clima não é igual em todo o Estado. Existem diferenças significativas

entre as regiões. Nas zonas mais elevadas do planalto norte, o verão é fresco e o inverno

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frio. No litoral (devido a baixa altitude) e no Oeste (devido a continentalidade), o verão

é mais quente e prolongado. No litoral, principalmente em Florianópolis, é comum

ocorrer o vento sul, que traz para a atmosfera a umidade oceânica, tornando o inverno

úmido. No planalto sul, devido às altitudes que variam de cerca de 800 a até 1828

metros, o frio é mais forte e dura mais tempo. Ali, é freqüente a ocorrência de geadas e

neve, com temperaturas que podem atingir até -17,8°C (1996). Bom Jardim da Serra,

São Joaquim, Urubici e Urupema são os municípios mais frios do estado e estão entre

os mais frios do Brasil.

As temperaturas médias variam bastante de acordo com o local: são mais baixas

nas regiões serranas (onde pode nevar no inverno) e mais elevadas no litoral, no sudeste

e no oeste catarinense. As chuvas são bem-distribuídas durante o ano, atingindo, em

média, 1.500 mm anuais.

2.2.3 Vegetação

A cobertura vegetal original do estado compreende dois tipos de formação:

florestas e campos. As florestas, que ocupavam 65% do território catarinense, foram

bastante reduzidas por efeito de devastação. Contudo, o plantio de árvores tem crescido,

graças aos incentivos governamentais e ao desenvolvimento da indústria madeireira. No

planalto, apresentam-se sob a forma de florestas mistas de coníferas (araucárias) e

latifoliadas e, na baixada e encostas da serra do Mar, apenas como floresta latifoliada.

Os campos ocorrem como manchas dispersas no interior da floresta mista. Os mais

importantes são os de São Joaquim, Lages, Curitibanos e Campos Novos.

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2.2.3.1 Floresta Estacional Decidual

Acompanhando o Rio Uruguai, de 600 a 800 metros de altitude, apresenta-se

uma floresta totalmente isenta de pinheiro-do-paraná e com estrutura distinta,

compostas por árvores deciduais como Apuleia leiocarpa (grápia), a Parapiptadenia

rigida (angico), a timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) e outras. Sob esta

cobertura, caracteriza-se uma formação densa formada por árvores perenifólias,

predominando as canelas.O estrato das arvoretas é uniforme, predominando a laranjeira-

do-mato (Actinostemon concolor) e a sororoca (Sorocea bomplandii).

2.2.3.2 Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária)

Formação vegetal exuberante, complexa e subdividida em sub-formações,

quanto à composição, estrutura e aspecto fitofisionômico. Ocupa uma grande parte

do estado, margeando o Oceano Atlântico e ao mesmo tempo estendendo-se em

direção ao interior, no Vale do Itajaí. Ao norte da costa catarinense, bem como no

Vale do Itajaí, as encostas são muito íngremes, formando vales estreitos e profundos,

cobertos por densa floresta até quase o alto. Nos topos dos morros há uma vegetação

bem característica, conhecida como “mata nebular”.

A Floresta Atlântica é formada por grupos arbóreos densos, intercalados por

diversos estratos compostos por árvores, arvoretas e arbustos. A seqüência segue

com o estrato das árvores, arvoretas, arbustos e por último o estrato herbáceo.

Apresenta ainda uma diversidade de epífitas, representadas pelas bromeliáceas,

orquidáceas, aráceas, piperáceas, gesneriáceas, cactáceas e diversas famílias de

samambaias (Pteridófitas) e grande número de lianas lenhosas.

Na encosta centro-norte, baixo vale do Itajaí, predominam as florestas de

encostas, onde as árvores atingem um desenvolvimento bom devido aos solos

profundos. Das árvores mais importantes destaca-se a Ocotea catharinensis (canela-

preta), com troncos grossos e copas frondosas. Como outras espécies de importância,

a laranjeira-do-mato (Sloanea guinanensis), o tanheiro (Alchornea triplinervea), o

palmiteiro (Euterpe edulis).

Uma grande parte de Santa Catarina está coberta por florestas onde o pinheiro-do-

paraná (Araucaria angustifolia) predomina no estrato superior e caracteriza a região.

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Nesta floresta, o estrato superior é composto pelo pinheiro-do-paraná, seguido por um

estrato abaixo dominado pelas Lauráceas formando uma cobertura densa.

Nas imediações da Bacia Pelotas-Canoas, a vegetação caracteriza-se por manchas

de florestas intercaladas por campos. Suas concentrações maiores se localizam perto dos

grandes rios, vales e encostas, enquanto que nos terrenos ondulados predominam os

campos e capões. Na zona dos Campos de Lages, predominam as canelas, Ocotea

pulchella (canela-lajeana), Nectandra lanceolata (canela-amarela), Nectandra

grandiflora (canela-fedida) e Cryptocarya aschersoniana (canela-fogo).

Há um pequeno grupo de árvores que crescem nas submatas dominadas pela

canela-lajeana, como o camboatá (Matayba aelaegnoides), o miguel-pintado (Cupania

vernalis), a pimenteira (Capsicodendron dinisii) e outras. No extremo oeste, no estrato

abaixo do pinheiro-do-paraná, encontram-se o angico-vermelho (Parapiptadenia rigida),

a grápia (Apuleia leiocarpa) e outras.

De 700 a 1.200 metros de altitude, verifica-se o predomínio de espécies que

preferencialmente ocorrem em solos rasos e próprios de encostas abruptas. Às vezes

intercalando-se à vegetação arbórea rala, há extensos campos secundários, formados por

gramíneas. Essa área é denominada de faxinal, composta por uma vegetação típica, rala,

com árvores menores e irregulares, acompanhados por taquarais e carazais no estrato

abaixo. Algumas espécies características desta formação são guamirins (Myrceugenia

cuosma), vassourão-branco (Piptocarpha angustifolia), capororocas (Rapanea

umbellata), orelha-de-gato (Symplocos spp.), pau-toucinho (Vernonia discolor),

pessegueiro-brabo (Prunus sellowii).

Mesmo assim, a região foi submetida a um intenso processo de devastação da

cobertura florestal, para extração de madeiras, abertura de novas áreas agriculturáveis.

Assim, atualmente, a floresta original está reduzida, segundo levantamentos do Instituto

de Pesquisas Ambientais.

A grande área abatida é ocupada por agricultura, parte foi recoberta por

reflorestamento, sendo as espécies mais empregadas o pinus e o eucalipto.

2.3 RELEVO

O estado é uma das unidades da federação com relevo mais elevado; Com 77% de

seu território acima de 300m de altitude e 52% acima de 600m, sendo a estreita faixa

litorânea a região mais baixa, praticamente ao nível do mar, onde existem muitas lagoas,

algumas de água doce outras de água salobra.

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Quatro unidades, que se sucedem de leste para oeste, compõem o quadro

morfológico: a baixada litorânea, a serra do Mar, o planalto paleozóico e o planalto

basáltico.

2.3.1 Baixada Litorânea

A baixada litorânea compreende as terras situadas abaixo de 200m de altitude.

Ao norte, alarga-se bastante, penetrando no interior ao longo dos vales dos rios que

descem da serra do Mar. Para o sul, estreita-se progressivamente.

2.3.2 Serra do Mar

A serra do Mar domina a baixada litorânea a oeste. Salvo no norte do estado,

onde forma o rebordo escarpado de um planalto mais ou menos regular, a serra tem

caráter muito diverso do que apresenta em outros estados, como Paraná e São Paulo.

Em Santa Catarina, forma uma faixa montanhosa, de aproximadamente mil metros de

altitude, constituída por um conjunto de maciços isolados pelos vales profundos dos rios

que drenam para o Atlântico.

2.3.3 Planalto Paleozóico

Por trás da serra do Mar estende-se o planalto paleozóico, cuja superfície plana

encontra-se fragmentada em compartimentos isolados pelos rios que correm para leste.

O planalto paleozóico perde altura de norte para sul; na parte meridional do estado

confunde-se com a planície litorânea, uma vez que a serra do Mar não chega até essa

parte de Santa Catarina.

2.3.4 Planalto Basáltico

O planalto basáltico ocupa a maior parte do estado. Formado por camadas de

basalto (derrames de lavas), intercaladas com camadas de arenito, é limitado a leste por

um rebordo escarpado a que se dá o nome de serra Geral. No norte do estado, o rebordo

do planalto basáltico se encontra no interior; para o sul vai-se aproximando

gradativamente do litoral até que, no limite com o Rio Grande do Sul, passa a cair

diretamente sobre o mar. A superfície do planalto é regular e se inclina suavemente para

oeste. Os rios que correm para o Paraná abriram nele profundos vales.

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O ponto mais alto do estado de Santa Catarina é o Morro da Boa Vista, situado

entre os municípios de Urubici e Bom Retiro, com uma altitude de 1.827 m. O segundo

ponto mais elevado do estado é o Morro da Igreja, situado em Urubici, com 1.822 m,

sendo considerado o ponto habitado mais alto da Região Sul do Brasil.

2.4 SOLOS

Na região, os principais tipos de solo são: Cambissolos e Neossolos Litólicos. Os

Neossolos Litólicos eram anteriormente chamados de Solos Litólicos. O mapa nesta

página mostra a distribuição das principais áreas de ocorrência de Cambissolos (azul) e

Neossolos Litólicos (vermelho) no Brasil. Como se vê, eles estão amplamente

distribuídos por todo o território brasileiros. Uma das principais características dos

Cambissolos e Neossolos Litólicos é serem pouco profundos e, muitas vezes,

cascalhentos. Estes são solos "jovens" que possuem minerais primários e altos teores de

silte atê mesmo nos horizontes superficiais (os latossolos, por exemplo, podem ter muita

areia ou argila, mas nunca têm teores altos de silte). O alto teor de silte e a pouca

profundidade fazem com que estes solos tenham permeabilidade muito baixa.

O solo catarinense se presta às mais diversas culturas agrícolas e ainda tem muitas

áreas a cultivar. Seu subsolo é um dos mais ricos do país. Santa Catarina possui a

terceira maior reserva de argila cerâmica do Brasil, a segunda maior de fosfatados

naturais e de quartzo e a primeira em carvão mineral para siderurgia, de fluorita e de

sílex. Todas essas reservas são economicamente viáveis e estão em processo de

produção.

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2.5 HIDROGRAFIA

A bacia platina, ou do rio da Prata, é constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná,

Paraguai e Uruguai, drenando áreas do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

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1. Rio Uruguai 2. Rio Paraguai 3. Rio Iguaçu 4. Rio Paraná 5. Rio Tietê 6. Rio Paranapanema 7. Rio Grande 8. Rio Parnaíba 9. Rio Taquari 10. Rio Sepotuba

Os rios que correm pelo território catarinense pertencem a dois sistemas

independentes, que têm como divisores de águas a serra Geral e a serra do Mar. O

sistema da vertente do Atlântico é formado por bacias isoladas entre si, como as dos rios

Itajaí-Açu, Tubarão, Araranguá, Tijucas e Itapocu.

No interior do estado, duas bacias se unem para formar a bacia do Prata: a do rio

Paraná, que tem como principal afluente o rio Iguaçu, e a do rio Uruguai, cujos

afluentes mais importantes são o rio Pelotas, o Canoas, o Chapecó e o do Peixe.

O rio Uruguai, possui uma extensão da ordem de 1.600 km, drenando uma área

em torno de 385.000 km², dos quais 174.612 km² situam-se dentro do Brasil,

abrangendo 384 municípios dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. As

principais cidades brasileiras localizadas na bacia do rio são: Lajes, Chapecó,

Uruguaiana, Bagé e Santana do Livramento. Possui dois principais formadores, os rios

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Pelotas e Canoas, nascendo a cerca de 65 km a oeste da costa do Atlântico. Fazem parte

da sua bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.

O rio Uruguai forma em parte a fronteira entre Santa Catarina e Rio Grande do

Sul, do Brasil com a Argentina e, mais ao sul, a fronteira entre Argentina e Uruguai,

sendo navegável desde sua foz até a cidade de Salto, cerca de 305 km a montante.

2.6 CARACTERÍSCAS DO MUNÍCIPIO DE CAMPOS NOVOS

2.6.1 História

As terras camponovenses tiveram como primeiros donos os indígenas. Os

Kaigangs habitavam essa região e viviam da pesca e caça, coletavam raízes e frutos das

matas, pinhão, amora, jabuticaba e pitanga. Os europeus foram ocupando

gradativamente as terras indígenas a partir dos séculos XVII e XVIII.

A construção da estrada de ferro São Paulo - Rio Grande do Sul e o movimento

de tropeiros que cruzavam por esta região vindos do Rio Grande do Sul com destino a

São Paulo trouxeram também muita gente de outras regiões. Pessoas das mais variadas

índoles, convicções ou crenças. Este movimento fez surgir vários vilarejos prósperos ao

longo do Rio do Peixe, como Bom Retiro, Capinzal e Videira. As atividades comerciais

e industriais sofreram um grande impulso com a vinda de descendentes ítalo-germânico,

o que vamos verificar na variedade de indústrias que existiam em Campos Novos nas

décadas de 1930 e 1940. Porém, trouxe também, a desapropriação. Muitas pessoas que

viviam há tempos naquelas terras ao longo da ferrovia foram desalojadas, sem

indenizações.

Como muitos municípios da região, Campos Novos começou a ser povoado a

partir das primeiras tentativas de colonização feitas no sul. Em 1814 uma expedição do

Major Atanagildo Martins, pretendia entrar em contato com as missões. Porém,

desviou-se do rumo porque temia um ataque dos índios guaranis. Nessa expedição, o

grupo percorreu as terras onde é hoje a cidade, mas resolveram seguir em frente.

A colonização de Campos Novos teve início entre 1825 e 1830, quando se

estabeleceu na região o fazendeiro João Gonçalves de Araújo, procedente de

Curitibanos. Mais tarde vieram muitos gaúchos que fugiram da guerra dos Farrapos.

Igualmente, vários fazendeiros oriundos de Lages também se instalaram na região,

incentivados pela quantidade de terras e as pastagens. Em seguida vieram os

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paranaenses e paulistas, com o objetivo de obterem terras ideais para a criação de gado.

Várias famílias se instalaram na região, por encontrarem fazendas a preços

convidativos.

Em 1854, Campos Novos foi elevada a categoria de distrito do então município

de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages (hoje Lages) e já teve um território com mais

de 5.000 km². Entretanto, apesar dos desmembramentos, hoje Campos Novos ainda é

um dos maiores municípios de Santa Catarina, em termos de dimensão territorial.

De 1869 a 1881, Campos Novos pertenceu a Curitibanos, quando através da Lei

nº 923 de 30 de março de 1881, foi criado o município de Campos Novos, tendo como

limites: Lages, Curitibanos e Palmas. É importante ressaltar que entre 1850 a 1895, a

província de Santa Catarina contava com apenas 11 municípios.

O primeiro prefeito de Campos Novos foi o Coronel Manoel Ferreira da Silva

Farrapo.

Também há importância do Tropeirismo para o contexto camponovense, pois

por aqui passavam tropas oriundas dos pampas gaúchos. Durante muito tempo, os

tropeiros traziam notícias, novidades e foram eles que introduziram o chimarrão, o

churrasco e a indumentária gaúcha.

Em 07 de julho de 1900, nasce em Campos Novos o Dr. Jose Athanásio, que em 1922

formou-se médico e clinicava em sua própria casa, onde neste local foi Fundado o

Hospital Dr. José Athanásio.

Os primeiros anos do século XX, em Campos Novos foram marcados pela

chegada do trem, da ferrovia SP-RG e pela Guerra do Contestado. Entre os anos de

1908 a 1910 vieram pessoas de diversas nacionalidades: poloneses, russos, libaneses.

Também deslocaram-se para a região pessoas de outras cidades catarinenses,

paranaenses, paulistas, nordestinas e grande número de descendentes de alemães e

italianos na maioria gaúchos, principalmente após o término da Guerra do Contestado.

(1912-1916)

Em 1919 foi inaugurado o novo edifício da Prefeitura Municipal que funcionou

até 1975, com a inauguração da atual Prefeitura. Durante anos, a antiga Prefeitura

abrigou o Fórum de Justiça e a Câmara Municipal. Devido ao valor histórico e estilo

arquitetônico a edificação foi tombada, pois é um instrumento de memória coletiva e

uma referência na trajetória histórico-cultural do povo camponovense.

Na segunda metade do século XX foi marcada por acontecimentos importantes

em Campos Novos. Em 29 de março de 1954, houve a fundação do Colégio Auxiliadora

e em 1957 foi fundada a Rádio Cultura de Campos Novos. A Iniciativa pioneira desses

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senhores foi de promover aos camponovenses o acesso às informações e à cultura. A

emissora foi readquirida em 1958, pelo saudoso Padre Quintílio Costini que foi um

grande educador e articulador do desenvolvimento econômico e social de Campos

Novos.

Com a criação da Copercampos em 08/11/1970, o cooperativismo chegou em

Campos Novos dando novo alento aos agricultores e graças a soma de esforços o

município passou a ser considerado do "Celeiro Catarinense" como o maior produtor de

grãos do estado. A agricultura despontou como uma nova opção econômica já que o

chamado "Ciclo da Madeira" em Campos Novos chegara ao fim com o esgotamento das

reservas naturais.

Em 12 de outubro de 1977 aconteceu a 1ª Romaria em honra de Nossa Senhora

Aparecida, que em poucos anos se tornou um grande evento religioso, reunindo

milhares de peregrinos devotos da Padroeira do Brasil.

O desenvolvimento econômico foi acompanhado pelo cultural, por que além do ensino

fundamental e médio, em 1991 foi inaugurada as instalações do Campus da Uiversidade

do Oeste de Santa Catarina - UNOESC.

A Cooperativa Camponovense - Coocam foi inaugurada em 1993, dando mais

impulso ao município no cenário de grande produtor de grãos e com uma pecuária de

alto padrão genético.

Considerado do "Celeiro Catarinense", as atividades agropecuárias predominam

em sua economia, com destaque para o cultivo de milho, soja, feijão, trigo e cevada e

outras culturas de menores proporções. Na pecuária, destaque para a produção de leito,

que atinge mais de um milhão de litros por ano, distribuídos pelas raças Charolesa,

Santa Gertrudes, Jersey e Holandesa. Vários de seus exemplares são distingüidos com

prêmios de qualidade em várias exposições por todo o Brasil. Há também uma

desenvolvida produção de mel, com quase cinco mil colméias e uma associação no

setor: a Apicampos.

O desenvolvimento de Campos Novos está diretamente ligado a sua posição

geográfica, situada no encontro das rodovias BR-282, BR-470, SC-455, SC-458 e SC-

456. O município localiza-se num raio de 380 km dos principais portos do litoral e

capitais como Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Campos Novos é considerado o

Epicentro do Mercosul, pois é passagem obrigatória para o mesmo.

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2.6.2 População

Gentílico: camponovense

O município foi colonizado por Italianos, Alemães, polonezes e tropeiros,

transmitindo-nos seus hábitos e costumes. Foi o elemento branco, gaúcho que iniciou a

colonização da cidade. Acostumados a um clima semelhante ao nosso, adaptaram-se

com facilidade e formaram a população.

De acordo com o Censo Domiciliar – 2007 (IBGE), a população urbana de

Campos Novos é estimada em 22.756 moradores e a população rural em 5.961

moradores, Totalizando uma população de 28.447. O tipo de residência predominante

no município é a de alvenaria.

2.6.3 Religião

A religião predominante no município é a Católica, encontramos também

pessoas que fazem parte da Igreja Assembléia de Deus, Quadrangular e Igreja

Presbiteriana do Brasil e Cardecistas.

2.6.4 Clima

A zona agroecológica, a qual compreende o município de Campos Novos, é

classificada como clima temperado, constantemente úmido, sem estação seca, com

verão fresco. O clima é mesotérmico brando. A temperatura média pode variar de 15,8 a

17,9ºC. A temperatura normal das máximas varia de 22,3 a 25,8ºC e das mínimas de

10,8 a 12,9ºC.

A precipitação pluviométrica total normal pode variar de 1.460 a 1.820 mm, com

o total anual de dias de chuva entre 129 a 144 dias. A umidade relativa do ar pode variar

de 76,3 a 77,7%.

Podem ocorrer em termos normais, de 12 a 22 geadas por ano. Os valores de

horas de frio abaixo ou iguais a 7,2º C variam de 437 a 642 horas acumuladas por ano.

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2.6.5 Vegetação

Vegetação rasteira composta basicamente por gramíneas ou tufos de capim

intercalados por capões ou pequenas árvores isoladas. Ocupa o planalto catarinense,

acompanhando o relevo mais suave. Frequentemente formam manchas no interior das

florestas.

2.6.6 Relevo

O relevo do município apresenta-se suaves ondulações, em vista de estar situado

na campos do planalto. Sua altitude é de 946 metros acima do nível do mar a 370 Km da

capital.

2.6.7 Hidrografia

A Região Hidrográfica do Planalto de Lages é formada pelas bacias dos rios

Canoas e Pelotas. Campos Novos pertence a bacia hidrográfica do rio Canoas. O rio

Canoas, ao unir suas águas com as do rio Pelotas, dá início ao rio Uruguai. Das duas

bacias, a do Canoas é a mais importante, tanto pelo volume de água escoada como pela

área de drenagem. Com uma área de drenagem de 15.012 km2, uma densidade de

drenagem de 1,66 km/km2 e uma vazão mínima de 280m3/s, a bacia do rio Canoas é

uma das maiores do estado. Nasce no município de Urubici e banha 12 municípios até a

confluência do rio Pelotas. Na margem direita, seu principal afluente é o rio Marombas

e, na esquerda, é o rio Caveiras.

2.6.8 Situação Econômica

O município de Campos Novos é responsável por uma das maiores arrecadações

de ICMS no setor agropecuário. Com uma economia baseada essencialmente na

agropecuária, é um dos maiores produtores de matéria prima de Santa Catarina, tendo

grande potencial para a industrialização.

Campos Novos está em 43º lugar, com índice de 0,41112% em recolhimentos.

Tem uma renda percapita de R$ 382,00 mês e de R$ 4.573,00 anual, seu PIB

Municipal/2000 é de R$ 137.182.161,00 com valor adicionado/2000 de R$

79.815.492,00.

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Campos Novos busca um novo perfil econômico através da industrialização do

grande volume de matéria prima produzido em seu território. Hoje, mais de 700

empresas industriais, comerciais e de prestação de serviço estão investindo, gerando

emprego e movimentando a economia.

Indústrias de transformação, metalurgia, madeireira, confecções e papel estão em pleno

funcionamento e apresentam bons resultados.

Campos Novos, conta com mais de 700 empresas Industriais, comerciais e de

prestação de serviços que geram emprego e juntamente com a agropecuária

movimentam a economia do município. O comércio destaca-se por sua variedade,

qualidade nos produtos e bom atendimento, sendo considerado o principal centro

comercial da região da AMPLASC.

Já no setor da Indústria, a metalurgia, beneficiamento de madeira, indústria de

papel, destacam-se a nível nacional e internacional devido ao alto nível de qualidade de

seus produtos.

O comércio é diversificado e não perde em qualidade e variedade para os

grandes centros econômicos. Entidades locais como a CDL e Acircan contribuem

decisivamente para o fortalecimento da área comercial e industrial através de eventos,

promoções e cursos de aperfeiçoamento comercial.

A EXPOCAMPOS, feira realizada no mês de maio de dois em dois anos, é a

vitrine do trabalho do povo Camponovense, que mostra através de seus produtos da

indústria, comércio, agroindústria e artesanato, sua pujança e valor.

Campos Novos disponibiliza hoje, uma área, dentro do perímetro urbano, às margens de

via asfaltada, com 32 lotes acima 3.000 m2 , com infra-estrutura, aguardando a visita de

empreendedores que queiram investir neste promissor município,

Campos Novos está localizado no meio Oeste Catarinense, no entroncamento

das Br 282 e 470, SC 455,456 e 458, com um clima extremamente agradável, topografia

de rara beleza, eqüidistante 350 km da Capital e dos principais Portos Catarinenses,

sendo que o aeroporto está prevista para implantação em 2006.

Anexo a área industrial, ainda há uma área de lazer com 107.500m2 com local

para camping, churrasqueiras, banheiros, área esportiva com campo de futebol de areia,

vôlei, entre outros.

2.6.9 Transporte e Comunicação

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O município é cortado pelas BR 282, BR 470, SC 455 e SC 458 e Rede

Ferroviária Federal SP - RS.

Na comunicação o município é servido pala RBS (globo) SBT (rede SC), Rede

Record, pela telefonia(código DDD 49).

2.6.10 Situação Educacional

A população do município de Campos Novos, está sendo muito bem servida de

escolas, com professores, na sua grande maioria (98%)com nível superior e 70% com

pós graduação e numero de escolas do município é de 46.

2.6.11 Assistência Médica

O município possui 02 Fundação Hospitalar, 05 postos de saúde.

2.6.12 Segurança

Polícia Civil, Policia Militar

Há Corpo de Bombeiros, na cidade.

2.6.13 Caractéricas do Bairro Boa Vista

Atualmente estão ativas 1.000 (mil) ligações de água no Bairro, atendendo

aproximadamente 4.000(quatro mil) habitantes. Como já havia mencionado

anteriormente, a localização deste é muito desfavorável para o abastecimento público de

água, que se dão por alguns fatores, quais sejam: elevada cota em relação ao

reservatório de distribuição, alta demanda de consumo e localização oposta à BR282 em

relação a ETA, por onde a tubulação de água atravessa esta rodovia através de um tubo

de drenagem, que vem acarretando problemas frequentes, e gerando muitas dificuldades

na sua manutenção.

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3 MAPA DO MUNÍCIPO/ESTADO

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4 MAPA REGIONAL

CA

MP

OS

NO

VO

S -

SC

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5 APRESENTAÇÃO DAS PONTENCIALIDADES, CONCEPÇÃO DO

PROJETO E CARACTERÍSCAS GEOLÓGICAS.

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5.1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO

A necessidade da elaboração deste projeto, deve-se a tentativa de minimizar um

problema que vem se tornando cada vez mais freqüente em determinadas localidades

interioranas do oeste de Santa Catarina: “a falta de água potável”.

Nestes termos, um grupo de moradores residentes do Bairro Boa Vista no

município de Campos Novos – SC, preocupados com o constante desabastecimento de

água em suas residências, solicitaram providências urgentes.

Por isso, conjuntamente com a Administração Pública Municipal, interessada em

colaborar em melhorar a qualidade de vida, chegou-se até este documento.

Anteriormente a elaboração e apresentação deste projeto, fez-se necessário um

estudo em profundidade dos problemas vividos pela população em questão e também,

um estudo das alternativas para a solução definitiva do problema.

Foi estudado também o aumento na captação de água na estação o qual retira

água no Rio Lajeado do Restigão ao qual foi descartada, pois o mesmo está no seu

limite de captação.

Podemos relacionar entre os principais fatores com efeitos negativos

encontrados no estudo, entre os quais estão:

� O fornecimento de água é inferior ao volume necessário para abastecer à

População;

� Algumas propriedades ficam totalmente desabastecidas em determinados épocas

do ano;

� Altas taxas de contaminação nas fontes existentes;

� A água consumida não recebe nenhum tipo de tratamento;

� Aumento das doenças entéricas de veiculação hídrica.

5.2 PONTECIALIDADES

Entre outros fatores, o estudo das potencialidades e da viabilidade para a

implantação de um sistema de abastecimento de água potável em uma determinada

localidade, deverá levar em consideração:

� A geologia;

� A geomorfologia local;

� O volume de água necessário;

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� As fontes existentes.

� A vazão da futura fonte de abastecimento;

� A qualidade da água;

� A viabilidade econômica;

Para definição das potencialidades de abastecimento de água dos imóveis

localizados no Bairro Boa Vista, no município de CAMPOS NOVOS – SC, utilizou-se

mapa digitalizado (Cartografia de Videira-SC, escala 1:1000), mapa geológico de Santa

Catarina (Ministério de Minas e Energia e DNPM), levantamento de dados do entorno,

bem como, estudos “in locu” de toda a área em questão, os quais permitiram a

identificação do sistema hidrográfico do local, e a determinação de estruturas tectônicas

com potencial hidrogeológico.

Outros elementos básicos utilizados para a elaboração do anteprojeto,

necessários ao diagnóstico preliminar da localidade, foram:

� Dados preliminares referentes aos aspectos físicos da localidade, recursos

hídricos superficiais e subterrâneos e infra-estrutura existente;

� Características qualitativas do manancial disponível na localidade, para fins de

abastecimento público.

Para o caso específico desta localidade, será perfurado um novo poço na

profundidade de 850 metros.

O poço está localizado no Bairro Boa Vista, nas seguintes coordenadas:

Coordenadas Geográficas: S: 27° 22’ 45,3'' W: 51° 12' 21,7''

Coordenadas UTM: E: 0479628 N: 6971528

Altitude por GPS: 979 metros.

5.3 POÇO TUBULAR PROFUNDO

Segundo Albuquerque e Oliveira, 1999, os principais fatores favoráveis à exploração

das águas subterrâneas são os seguintes:

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� Volumes estocados muito grandes (192.000 Km³ no Brasil) e suas velocidades

de fluxo muito baixas (cm/dia) resultam em que o manancial é pouco afetado

pelas variações sazonais de pluviometria, podendo propiciar um abastecimento

regular durante os períodos de seca ou estiagem prolongadas.

� Pelo fato de ocorrerem no subsolo sob uma zona de material rochoso não

saturado ou camadas rochosas pouco permeáveis, as águas subterrâneas

encontram-se relativamente melhor protegidas contra agentes potenciais ou

efetivos de poluição.

� Quando captadas de forma adequada, na sua utilização, geralmente, não se tem

custos de clarificação, tratamento ou purificação – Os processos de filtração e

biogeoquímicos de depuração do subsolo proporcionam um alto nível de

purificação e potabilidade das águas subterrâneas.

� A forma de ocorrência extensiva possibilita sua captação nos locais de onde são

geradas as demandas.

� Os prazos de execução das obras de captação são relativamente curtos – da

ordem de dias a alguns meses.

� Os investimentos em geral são relativamente pequenos - variando entre dezenas

a centenas de milhares de reais.

� Os custos de operacionalização e de manutenção de todo o sistema são de

pequena monta.

� Os aqüíferos não sofrem processos de assoreamento, nem perdem grandes

volumes de água por evaporação.

Justifica-se esta opção tomando-se como base as seguintes premissas: segurança,

funcionalidade, economia e facilidade de execução. Sua implantação se justifica ainda

pela adequação ao interesse público e preservação do meio ambiente.

5.3.1 Caractériscas Geológicas e Hidrogeológicas

As características da região do entorno é formada por:

JKsg (Formação Serra Geral)

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Rochas vulcânicas em derrames basálticos, de textura afanítica, amigdaloidal no

topo dos derrames, coloração cinza escura a negra, com intercalações de arenitos

intertrapeanos (JKsg).

A Formação Serra Geral constitui expressivo registro de vulcanismo básico que

recobriu extensivamente rochas sedimentares paleozóicas e mesozóicas da Bacia do

Paraná. Segundo Almeida (1986), a espessura média dos derrames da Formação Serra

Geral é de cerca de 650 metros. Além da extensa área de derrames, devem ser também

destacadas as inúmeras ocorrências de rochas intrusivas ligadas ao mesmo evento

magmático.

Dados geocronológicos indicam que a Formação Serra Geral possui idade

eocretácea, do Hauteriviano (130 ± 1,5 Ma.).

A Formação Serra Geral é caracterizada por três litotipos:

� Rochas básicas – intermediárias

� Rochas ácidas do Tipo Chapecó (ATC)

� Rochas ácidas do Tipo Palmas (ATP)

As rochas básicas – intermediárias representam 97% de todo volume de rochas

da unidade, enquanto as ácidas dos tipos Chapecó e Palmas representam,

respectivamente, 2,5% e 0,5% do volume, segundo Bellieni et al. (1986) e Nardy et al.

(2002).

O modelo das plumas mantélicas foi proposto por Richards et al. (1989), para as

grandes províncias ígneas, sem relação direta com processo de ruptura litosférica. Neste

modelo, a litosfera sofreria um soerguimento em função do impacto da pluma. Segundo

White & Mckenzie (1989), estas plumas, relacionadas à presença de um hotspot, tem

uma área de influência térmica próxima a 2000 Km de diâmetro.

Em províncias ígneas com origem relacionada a processos distensivos, a distensão

(abertura) litosférica precede o magmatismo, ocasionado por alívio de pressão.

A designação de Formação Serra Geral (White, 1906), refere-se à província magmática

relacionada aos derrames e intrusivas que recobrem 1,2x106 km2 da Bacia do Paraná,

(Melfi et al., 1988), abrangendo toda a região centro-sul do Brasil e estendendo-se ao

longo das fronteiras do Paraguai, Uruguai e Argentina. Esta unidade está constituída

dominantemente por basaltos e basalto-andesitos de filiação toleiítica, os quais

contrastam com riolitos e riodacitos aflorantes na região dos Aparados da Serra, um dos

enfoques desta excursão, e que caracterizam uma associação litológica bimodal (basalto

- riolito).

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O sistema de derrames em platô é alimentado através de uma intensa atividade

intrusiva, normalmente representada por diques (afloramento 02) e sills (afloramento

01) que acompanham, grosseiramente, as principais descontinuidades estruturais da

bacia. Esta estruturação tectônica esta diretamente conectada à junção tríplice gerada

pela ação do hot spot de Tristão da Cunha, o qual estabelece um sistema do tipo rift-rift-

rift (Morgans, 1971 e Rezende, 1972). Este sistema de fraturamentos, complementares

ao rift Atlântico, é o responsável pela abertura, fragmentação e espalhamento dos

“fragmentos” gondwanicos e separação das bacias do Paraná e Etendeka.

As variações composicionais, os dados geocronológicos, as características texturais e o

arranjo entre derrames e intrusivas da bacia, possibilitaram a divisão deste magmatismo

Serra Geral em oito fácies distintas, cinco relacionadas ao magmatismo máfico (fácies

Gramado, Paranapanema, Pitanga, Esmeralda, Campo Erê e Lomba Grande) e quatro ao

magmatismo intermediário a félsico (fácies Palmas, Chapecó, Várzea do Cedro e

Alegrete).

Geralmente, encontram-se bastante fraturados, exibindo fraturas conchoidais

características. Esta formação é conseqüência de um intenso magmatismo de fissura,

correspondendo ao encerramento da evolução gonduânica da bacia do Paraná.

5.3.2 Aspectos Geomorfológicos, Climáticos e Hidrológicos da Área

Geomorfologia é a ciência que estuda a gênese e a evolução das formas de

relevo sobre a superfície da Terra, onde estas formas são resultantes dos processos

atuais e pretéritos ocorridos nos litotipos existentes (CHRISTOFOLETTI, 1980). Os

processos ou fatores que definem esta evolução podem ser exógenos ou modeladores

(climas antigos e atuais, vegetação e solos) e endógenos ou formadores de relevo

(tectônica e a geologia).

A interação entre estes dois fatores torna-se muito importante, devido ao fato

que em locais onde os litotipos (geologia) são mais resistentes o relevo tende a ser

mais preservado em virtude das limitações impostas por estes aos agentes

modeladores.

Para exemplificar, na figura abaixo, a drenagem se instalou sobre uma grande

descontinuidade estrutural existente nas rochas do local, predeterminando a via de

percolação de água, que é um agente catalisador nos processos de erosão e

deposição de sedimentos.

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33

Exemplo de interação entre fatores exógenos e endógenos.

1 - As raízes profundas da vegetação existente penetram no solo, que ao chegar na camada

“B” acabam por forçar a abertura de pequenas rachaduras por onde a água penetra, contribuindo o

intemperismo da mesma.

2 - Falha geológica do tipo normal, que associado a ação da água fez com que a camada de

rocha “A” desaparecesse.

3 - Vegetação rasteira cujas raízes se entremeiam nas pequenas descontinuidades (Fraturas e

Juntas) da camada de rocha “A”. Isto associada a ação da água, contribui com o desgaste da mesma.

4 - Outro exemplo da ação intempérica da água. Neste as águas do rio agem diretamente

sobre a camada de rocha “A”, desgastando-a e carreando partes desta para o fundo do rio.

O entorno e a localização do sistema a ser implantado, caracteriza-se pela

topografia acidentada em sua grande maioria. Não há ocorrência de deslizamentos e é

considerada área livre de riscos de desastres. A área é aproveitada para o plantio de

culturas (milho, feijão e soja) entre outras e para áreas de pastagens para a criação de

gado leiteiro. As propriedades são consideradas de agricultura familiar. Há ainda,

pequenas areas de vegetação nativa e outras com reflorestamento de pinus e eucalipto.

Esta unidade está locada na Bacia do Prata ou Platina, sub-bacia do Rio

Uruguai e micro-bacia do Rio do Peixe.

O controle estrutural das drenagens, que apresentam características semelhantes

em toda a unidade, é evidenciado pela reutilização de segmentos dos rios.

Em relação a vegetação, desenvolve-se na área Floresta Mata Atlântica e

bosques de médio porte (mata ciliar e galeria) no estrato intermediário a inferior, e ainda

por extensos campos (Savana).

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5.4 GEOLOGIA ESTRUTURAL

A geologia estrutural é a parte da geologia que estuda as deformações das

rochas, segundo os esforços que estas sofrem, sendo de fundamental importância para a

capacidade armazenadora de água, bem como vazão e recarga do aqüífero. No caso da

área em estudo, a geologia estrutural está definida por alinhamentos e fraturamentos

tectônicos, sendo estes locais viáveis para a captação de água subterrânea através de

poços tubulares profundos.

As águas nesses tipos de rochas são encontradas preenchendo estas fraturas e

apresentam características bem distintas daquelas dos aqüíferos contínuos.

Uma fratura representa o resultado de uma deformação sofrida por uma rocha

quando esta é submetida a esforços tensionais de naturezas diversas. Uma rocha pode

"quebrar" de várias formas podendo haver ou não deslocamento dos blocos. No caso de

deslocamento, as fraturas são denominadas de falhas, podendo ser classificadas como

normal, inversa ou transcorrente, dependendo do movimento relativo daqueles blocos.

Com relação ao potencial hidrogeológico, dentre os tipos de falhas, as normais

são as que apresentam as melhores características em função de se originarem a partir

de esforços tracionais (setas em preto na figura 1), tendendo a apresentar maiores

aberturas. As do tipo inversa e transcorrente, são frutos de esforços compressivos

gerando planos de falha muito fechados, sendo as do tipo transcorrente as de menor

potencialidade uma vez que são associadas a processos de milonitização. Com respeito

às fraturas, devem sempre ser consideradas aquelas resultantes de esforços de tração por

se mostrarem mais abertas, e com isso possuem maior potencial hidrogeológico, e

quanto mais fechadas, resultantes de cisalhamento, menor seu potencial hidrogeológico.

O fluxo da água subterrânea em aqüíferos fraturados depende essencialmente

das características das fraturas presentes cujos principais elementos são a sua abertura,

rugosidade das paredes e material de preenchimento.

A abertura é a medida de separação média entre as paredes de uma fratura, sendo

de importância fundamental para as questões de infiltração e armazenamento de água. A

rugosidade das paredes pode ser definida como a distância entre duas linhas paralelas à

linha média e que tangencia a saliência mais pronunciada e a reentrância mais profunda,

e depende da origem da fratura e da granulometria, mineralogia e alteração da rocha. A

rugosidade de uma fratura influencia diretamente a condutividade hidráulica podendo

acarretar perdas elevadas de carga quando a água tende a circular acompanhando o

relevo da parede da fratura.

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Falha Normal: um bloco desce em relação ao outro bom potencial para água

subterrânea.

Falha Inversa: um bloco sobe em relação ao outro com potencial para água

subterrânea.

Falha Transcorrente: um bloco desloca-se lateramente em relação outro

lateralmente. Baixo potencial para água subterrânea

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Sistema de fraturas tração e cisalhamente

Juntas de alívio em rocha dura com potencial para água subterrânea

5.4.1 Nomenclatura

Para um bom entendimento do presente relatório, torna-se necessário o

conhecimento de alguns termos técnicos, adotadas pela “ABNT – NBR 12244 -

Construção de um poço para captação de água subterrânea.”

Amostra de calha: Material fragmentado proveniente da perfuração, coletado

em intervalos representativos das formações geológicas atravessadas.

Aqüífero: Formação ou conjunto de formações rochosas capazes de permitir o

armazenamento e a circulação de água em seus poros ou fraturas, que pode ser extraída

em quantidade economicamente apreciável.

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Tipos de aqüíferos (Quanto a Porosidade)

Tipos de aqüíferos (Quanto à Pressão)

Arenitos: Quando as partículas de areia, misturadas com minerais do tipo de

cimento, como o quartzo e a calcita, são comprimidas sob grande pressão, durante

longos períodos de tempo, elas aderem umas às outras, transformando-se em pedra.

“Areia acumulada + minerais de cimentação + pressão + tempo = arenito”

Os arenitos são rochas sedimentares lapidificadas constituídas por areias aglutinadas por

um cimento natural, que geralmente caracteriza a rocha. São rochas também designadas

por grés e muitas vezes são classificadas pela natureza do cimento. Os arenitos argilosos

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têm um cimento constituído por argilas. Quando bafejados, dependendo da quantidade

do cimento, cheiram a barro.

O arenito é uma rocha sedimentar que resulta da compactação e litificação de um

material granular da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente por

quartzo, mas pode ter quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou impurezas. É a

presença e tipo de impurezas que determina a coloração dos arenitos; por exemplo,

grandes quantidades de óxidos de ferro, fazem esta rocha vermelha.

O arenito é depositado em ambiente continental, nos rios e lagos, ou em

ambiente marinho, em praias, deltas ou nas sequências turbidíticas do talude

continental.

Bacia Hidrográfica: É uma unidade fisiográfica limitada por divisores

topográficos que recolhe a precipitação, age como reservatório de água, defluindo-se em

uma secção fluvial única, os exutórios. Os divisores da água, são as ristas das elevações

topográficas que separam a drenagem da precipitação entre 2 bacias adjacentes.

Basalto: Rocha vulcânica, básica.

Camada Vesicular: Camada que constitui o topo dos basaltos. São formadas por

antigas bolhas de gás aprisionado na parte superficial do basalto por ocasião do seu

resfriamento.

Centralizador: Dispositivo externo à tubulação de revestimento, com a finalidade

de permitir a centralização do mesmo e preenchimento do espaço anular de forma

eqüidistante.

Cimentação: Processo de vedação de qualquer espaço anular com argamassa ou pasta de

cimento.

Completação: É o conjunto de operações iniciadas após e perfuração e a

perfilagem de um poço. Inclui a troca, ou não do fluido de perfuração pelo de

completação, a descida da coluna de tubos de revestimento lisos e filtros, a injeção de

pré-filtro, a cimentação e a limpeza do poço, pela troca de fluido de completação por

água.

Composição físico-química da água: Características físico-químicas da água

subterrânea, com os teores presentes.

Cone de depressão: Rebaixamento do nível de água causada pelo movimento

convergente da água no aqüífero quando bombeada, resultando em um cone de

depressão em torno do poço. A sua forma e dimensão dependem das características

hidráulicas do aqüífero e pode ser determinado a partir dos dados obtidos no teste de

vazão.

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Conjunto de bombeamento: É o conjunto de materiais e equipamentos utilizados

para retirar a água do poço. De acordo com a necessidade e a disponibilidade de

energia, podem ser utilizados, dentre outros:

• Bomba submersa ou de superfície acionada por energia elétrica, acoplada a

tubulação de recalque (edução);

• Air-lift: Tubulações de edução de água, de ar e injetor acoplados a unidade de

ar comprimido – compressor

• Sistema de êmbolos ou pistão acoplados a moinho, ou outras máquinas

acionadas em superfície – não recomendado para o SAG.

Contrafluxo: Operação de injeção de água em um poço, através de uma coluna

aberta, instalada por dentro da coluna de completação, pela qual, por circulação direta o

fluido de completação é injetado, retornando pelo espaço anular até a superfície.

Durante essa operação é então aplicado por gravidade no espaço anular o pré - filtro.

Derrames Basálticos: Camadas de rochas compostas de basaltos, dispostas de forma

horizontalizada, com espessuras que podem variar de poucos a dezenas de metros.

Vários desses derrames podem estar sobrepostos. Em algumas localidades, foram

constatados até 39 derrames sobrepostos. Os derrames são comuns no Oeste e Meio

Oeste do estado de Santa Catarina e compõe, na sua totalidade, a área do presente relato.

Desenvolvimento: Processo de remoção do material mais fino da formação aqüífera nas

proximidades do poço, causando um incremento na porosidade e na permeabilidade.

Nos Aqüíferos fraturados o desenvolvimento atua limpando e desobstruindo as fendas.

Conjunto de operações - processos mecânicos e/ou químicos – que estimulam o fluxo de

água do aqüífero para o poço.

Desinfecção: Processo de eliminação de bactérias dentro do poço. Deve ser

executada na completação, na instalação do equipamento de bombeamento e também

toda vez que se executar a manutenção do mesmo. Geralmente é feita com hipoclorito

de sódio.

Diáclases: Fraturas ou fissuras comuns nos basaltos e provocadas por seus

resfriamentos.

Ensaio de Bombeamento: Processo de retirada de água de um poço por meio de

um equipamento de bombeamento, com o objetivo de se avaliar a real produção para

explotação. São Avaliados os parâmetros hidrodinâmicos do aqüífero. Durante o ensaio

é feito os controles e registros de vazão, nível estático e nível dinâmico. O Ensaio é de

extrema importância para a determinação da capacidade de produção, fornecendo dados

básicos para a determinação do equipamento de bombeamento.

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Espaço anular: É o espaço compreendido entre a parede do poço perfurado e a parede

externa do revestimento aplicado. Geralmente está preenchido pelo material que

constitui o pré-filtro, cimento ou argila. Quando preenchido por pré-filtro é também

denominado de maciço filtrante.

Estratigrafia: Estudos das seqüências das camadas sedimentares ou meta

sedimentares. Investiga as condições de sua formação e visa correlacionar os diferentes

estratos no tempo geológico por meio do seu conteúdo fóssil ou estudos petrográficos.

Filtros: Tubulação especialmente construída com o objetivo de facilitar e permitir, o

fluxo de água proveniente do aqüífero para o poço. Estes tubos são metálicos ou em

PVC e são providos de aberturas ou ranhuras padronizada (perfurada, estampada ou

espiralada) , estabelecidas de modo a reter as partículas sólidas que constituí o aqüífero.

Fiscal: Técnico legalmente habilitado com atribuição profissional específica em

construção de poços para captação de água subterrânea, a serviço do contratante.

Fluido de perfuração: Fluido composto de argila hidratável e/ou polímeros com aditivos

químicos especiais utilizados na perfuração, com a finalidade de resfriar e lubrificar as

ferramentas, transportar os resíduos de perfuração à superfície, estabilizar o furo

impedindo desmoronamentos, controlar filtrações e espessura do reboco, inibir e

encapsular argilas hidratáveis.

Formações Geológicas: Rochas ou grupos de rochas com extensão regional que

ocorrem no solo e subsolo.

Furo-piloto ou furo-guia: Perfuração efetuada para obtenção de dados

preliminares das características das rochas em subsuperfície. Em muitos casos, constitui

a primeira etapa de construção de um poço.

Lacre: Dispositivo colocado no topo do revestimento que impede o ingresso de

animais, líquidos e outras substâncias que possam contaminar o poço e o aqüífero.

Lama de perfuração: Fluido utilizado com a finalidade de sustentar as paredes do

furo, transportar os resíduos de perfuração, resfriar e lubrificar as ferramentas.

Limpeza: Remoção, por processos mecânicos e/ou químicos, dos resíduos de

perfuração e de partículas do aqüífero.

Litologia: Estudo dos diferentes tipos de rochas.

Locação de Poço: Ato de escolher e determinar o local onde será efetuada a

perfuração do poço na formação aqüífera. Pode ser efetuado através de metodologia

tradicional (mapeamento geológico e cartográfico, fotografias aéreas, imagens de

satélite e experiência de campo) ainda, através de métodos geofísicos.

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A locação do poço determina apenas a situação mais favorável e propícia de ocorrer

água subterrânea, mas não pode prever a quantidade e a qualidade da água, ou ainda, a

inexistência desta.

Nível Dinâmico (ND): Profundidade do nível de água de um poço bombeado a

uma dada vazão, referida ao correspondente tempo de bombeamento, medida em

relação à superfície do terreno no local. O nível dinâmico é variável em função da taxa

de bombeamento ou vazão, que é o volume de água bombeada por unidade de tempo,

normalmente expresso em litros por hora (l/h) ou metros cúbicos por hora (m³/h). O

nível dinâmico representa o vértice do cone de rebaixamento.

Nível Estático (NE): Profundidade do nível de água de um poço em repouso,isto

é, sem bombeamento, medida em relação à superfície do terreno no local. Nesse caso, o

nível estático coincide com o nível freático.

Nível piezométrico ou Freático: Nível piezométrico corresponde ao nível

estático de um poço em repouso. Em aqüífero livre, onde o mesmo não está submetido a

um diferencial de pressão coincide com o nível do lençol freático. Nos aqüíferos

confinados, onde a água está submetida a uma determinada pressão, decorrente das

diferenças do gradiente hidráulico existente entre a área de recarga e a área de

observação (excluindo-se perdas de carga). Este nível corresponderá á altura em que o

mesmo poderia atingir.

No caso de poços onde a pressão é tal que signifique a possibilidade de superar a

superfície do terreno (devido pressão positiva do aqüífero) teremos poços surgentes.

Pellets de argila expansiva: Grânulos de argila desidratada, processada industrialmente

para retardar a expansão quando em contato com água.

Perfilagem: Conjunto de grandezas físicas, medidas em um poço através de

ferramentas específicas, registradas mecânica ou fotograficamente.

Perfilagem elétrica e radiotiva: Medição de parâmetro físico e radiativos das

formações geológicas, realizadas com ferramentas específicas descidas no interior do

poço e impressas em formulário contínuo.

Perfilagem ótica: Filmagem das paredes internas do poço, ou revestimento,

realizada com equipamento de vídeo especial através de descida no interior do poço,

com tomadas laterais e de fundo.

Perfuração: Procedimento de perfurar o solo e formações adjacentes, executado com

sonda perfuratriz. O diâmetro e profundidade são funções da necessidade,

disponibilidade hídrica e da geologia.

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Pistoneamento ou Plungeamento: Processo mecânico de desenvolvimento dos

poços, realizado através de coluna de perfuração à percussão, com emprego de um

plunge ou pistão com válvulas, atingindo diretamente num intervalo filtrante.

Poço de Pesquisa: Poço perfurado com a finalidade de avaliar a geologia, litologia e a

capacidade hidrodinâmica do(s) aqüífero(s).

Poço Tubular: Obra hidrogeológica de acesso a um ou mais aqüíferos, para

captação de água subterrânea, executada com sonda perfuratriz mediante perfuração

vertical com diâmetro mínimo de 101,6 mm (4”). Em função da necessidade e da

geologia local, poderá ser parcial ou totalmente revestido.

Conhecido popularmente como poço artesiano; são poços perfurados com

máquinas com profundidades em torno de 100 (cem) a 200 (duzentos) metros e,

excepcionalmente, podem passar de 1.000 (mil) metros. O termo artesiano é originado

de uma região da França chamada Artois (CETESB, 1974). É correto utilizar esse termo

apenas para os poços tubulares que, por características geológicas especiais, jorram

acima da superfície do solo. Logo, nem todo o poço tubular é artesiano.

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Características dos poços

Pré-Filtro: Material sedimentar, granulométricamente selecionado, predominante

quartzoso, aplicado no espaço anular entre a parede do poço e a coluna de revestimento

(tubos e filtros) e que tem como objetivo reter hidraulicamente as partículas da área

produtora – aqüífero.

Propriedades Tixotrópicas: Capacidade de mudança reversível da viscosidade

em certos sedimentos por influência mecânica. Material tixotrópico por excelência,

pode ser empregado em fluídos de perfuração. É o caso do fluido a base de bentonita).

Raio de influência: É igual ao raio da área de influência máxima do cone de depressão

gerado no poço bombeado.

Reabertura: Perfuração á partir do furo guia já realizado até um diâmetro tal que

aja possibilidade de se efetuar a aplicação da coluna de revestimento e do pré-filtro no

poço.

Rebaixamento: Diferença entre os níveis estático e dinâmico durante o

bombeamento.

Retrolavagem: Operação de injeção de água em um filtro com o objetivo de

limpa-lo. Constitui a parte correspondente a operação do contrafluxo, através do que, se

consegue com a diluição do fluído (e em conseqüência redução da viscosidade e do

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peso) e a circulação do mesmo, melhores condições para a instalação do pré-filtro, ou

ainda de “redução” da espessura do filtrado, o que também melhorará as condições de

desenvolvimento ao término da instalação da coluna de revestimento.

Revestimento: Tubulação com diâmetro e composição variados (PVC ou metal,

liso ou ranhurado), aplicada na perfuração, com finalidade de sustentar as paredes do

poço em formações inconsolidades e desmoronantes, manter a estanqueidade, isolar

camadas indesejáveis e aproveitar camadas produtoras.

Rocha Cristalina: Agregado natural formado de um ou mais minerais, que

constitui parte essencial da crosta terrestre, de origem magmática ou metamórfica, com

variados graus de dureza, normalmente alto.

Rocha Sedimentar: Agregado mineral originado da erosão/alteração, transporte,

deposição ou precipitação e diagênese de qualquer tipo de rocha.

Selamento: Isolamento através preenchimento do espaço anular entre a

perfuração e a coluna de revestimento com cimento e/ou pallets de argila expansiva, ou

outra técnica que evite a percolação de águas superiores pela parede externa do

revestimento.

Surgência: Fenômeno de produção espontânea da água, provocado pela pressão

positiva do aqüífero confinado, no local perfurado. Quando o nível piezométrico do

aqüífero é mais elevado do que a cota do terreno, o poço jorra.

Tamponamento: Preenchimento de perfurações improdutivas e ou abandonadas,

em toda sua extensão, por material inerte, pasta de cimento e/ou pallets de argila

expansiva com a finalidade e impedir acidentes e a contaminação dos mananciais

subterrâneos.

Teste de aqüífero: Procedimento para avaliar as características hidrodinâmicas

do aqüífero. Consiste no bombeamento de um ou mais poços com o intuito de

determinar as características hidrodinâmicas do aqüífero.

Teste de vazão: Ensaio de bombeamento realizado em um poço tubular profundo

ou sistema de poços, com objetivo de determinar as características hidrodinãmicas do(s)

poço(s) e permitir o dimensionamento das condições explotação. Deve ter controle das

vazões, rebaixamento e recuperação.

Teste de verticalidade: Verificação do perfil retilíneo (Prumo) de um poço.

Tubo de boca ou de proteção sanitária (condutor): Tubulação de aço com

diâmetro compatível, instalados nas camadas iniciais, com a finalidade de isolar e

manter a boca do poço durante os trabalhos de perfuração.

Vazão: Volume de água extraído do poço na unidade de tempo.

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Vazão de explotação: Vazão ótima que visa o aproveitamento técnico e

econômico do poço, fica situada no limite do regime laminar e deve ser definida pela

curva característica do poço (curva vazão/rebaixamento).

Vazão Específica: Vazão obtidad por unidade de rebaixamento. Normalmente

expressa em m3/h/m.

6 MEMORIAL DESCRITIVO

6.1 METÓDOLOGIA DO PROJETO

Para a elaboração final do projeto utilizamos as seguintes diretrizes:

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O mesmo estará embasado na Portaria n° 518/04 do Ministério da Saúde, de

modo a proporcionar distribuição de água com padrão de potabilidade adequado ao

consumo humano no que diz respeito aos sistemas públicos de abastecimento.

A perfuração do poço tubular deverá ser executado de acordo com as

especificações técnicas da ABNT (NBR 12212 e 12244 – Projeto e Construção de

Poços Tubulares para Captação de Água Subterrânea) respectivamente e demais órgãos

competentes e seguindo-a rigorosamente (em anexo desenhos e detalhes do Projeto).

Os serviços não aprovados ou que se apresentarem defeituosos em sua execução

serão demolidos e reconstruídos por conta exclusiva do construtor, o qual deverá

entregar a obra acabada, limpa e com todas as instalações em perfeito funcionamento.

Os materiais que não obedecerem às especificações técnicas deverão ser substituídos

sem ônus adicional.

As etapas de execução deste sistema ficarão abaixo discriminadas, como segue:

6.2 DOS SERVIÇOS

6.2.1 Instalação do Canteiro de Obra

Para o início das atividades de execução da obra, as instalações provisórias

necessárias deverão estar executadas, obedecendo a um cronograma pré-

estabelecido para o canteiro de obras, facilitando a recepção, estocagem e manuseio

dos materiais.

Junto ao canteiro de obras, em local visível, deverá ficar a placa da obra.

Os serviços deverão ser executados por profissionais habilitados de forma a

utilizarem o material conforme prescrições do fabricante.

6.2.2 Perfuração de Poço Tubular Profundo

A profundidade do poço tubular está prevista para 850 (oitocentos e cinqüenta)

metros, podendo variar, dependendo das condições hidrogeologias do local, a ser

verificada durante a construção do poço pelo geólogo responsável da obra e pelo

sondador.

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Diâmetro, Fase e Tempo da perfuração

Obs.: foi considerado 10h00min horas trabalhadas por dia.

Item Descrição Unidade Tempo

Previsto

1 Montagem dos equipamentos no canteiro

de obras 1 2 dias

2 Início da perfuração 22” 0 – 20m 6 horas

3 Instalação tubo Aço Preto16” DN 394mm

espessura de parede 4,76mm 20m 4 horas

4 Perfuração 14” 20 – 30m 3 horas

5 Instalação tubo Aço Preto 10” DN 260mm

espessura de parede 4,76mm 30m 6 horas

6 Construção do selo sanitário 1 m³ 1 dia 7 Secagem do selo sanitário 1 m³ 2 dias 8 Perfuração 8.½” 30 – 850m 16 dias

9 Desmontagem dos equipamentos de

perfuração 1 2 dias

10 Montagem dos equipamentos do teste de

vazão 1 2 dias

11 Teste de vazão 24 horas 24 horas 12 Coleta amostra de água para análise 1 15 minutos

13 Desmontagem dos equipamentos do teste

de vazão 1 1 dia

O CONTRATANTE deve providenciar, para a efetiva instalação do poço,

entrega do terreno para instalação dos equipamentos e canteiro de obra, livre e

desembaraçado, sem quaisquer ônus por parte da CONTRATADA;

Deverão ser tomadas todas as precauções necessárias para evitar prejuízos a

terceiros, ficando a CONTRATADA responsável pelos danos que ocorrerem em função

da obra;

Ficará a cargo de a CONTRATADA obter, às expensas próprias, todas as

licenças, certidões e autorizações que lhe serão exigidas para a sua atividade, devendo

submeter-se a todas as leis, regulamentos ou determinações federais, estaduais e

municipais relativas à execução da obra;

A CONTRATADA deverá permitir a fiscalização dos serviços por parte do

representante da CONTRATANTE, dando a este todas as informações solicitadas,

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acordando com o mesmo as soluções que forem mais convenientes ao bom andamento

dos trabalhos.

Os serviços não aprovados ou que se apresentarem defeituosos em sua execução

serão demolidos e reconstruídos por conta exclusiva do construtor, o qual deverá

entregar a obra acabada, limpa e com todas as instalações em perfeito funcionamento.

Os materiais que não obedecerem as especificações técnicas deverão ser substituídos

sem ônus adicional à CONTRATANTE.

A água do poço por ocasião do ensaio de bombeamento deverá ser conduzida

para local aonde seu despejo não venha causar danos à propriedade alheia ou ocasionar

condições indesejáveis;

Medidas gerais de proteção e segurança devem ser adotadas para evitar acidentes

com o pessoal e equipamentos na área de serviço.

6.2.2.1 Método de Perfuração

Será utilizado o sistema de perfuração de roto-pneumática o qual é mais

indicado para o tipo de obra a ser executada.

6.2.2.2 Perfuração

6.2.2.2.1 Instalação do Tubo Sanitário

A perfuração terá inicio com o diâmetro mínimo de 22” até aproximadamente

20m ou até encontrar rocha Sá (basalto), para instalação de tubo sanitário de diâmetro

de 16” após instalação do revestimento sanitário será executado no espaço anular a

cimentação do mesmo para fixação, a perfuração deverá ser iniciada novamente após 24

horas da cimentação.

6.2.2.2.2 Perfuração e Instalação de Tubo de Revestimento.

A perfuração deverá ser feita no diâmetro de 14” com sistema roto-pneumatico

dos 20m a 30m.

O tubo de revestimento em aço preto 10” deverá instalado até os 30m, as

emendas dos tubos deverão ser soldadas , os tubos deverá ter espessura de mínimo

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4,76mm e após a instalação do revestimento deverá efetuado o selo sanitário no espaço

anular entre os tubos e a perfuração, a perfuração deverá ser reiniciada somente após 24

horas da execução do selo sanitário.

6.2.2.2.3 Perfuração com Diâmetro 8.½”

A perfuração deverá ser executada com diâmetro de 8.½” em sistema roto-

pneumatico até a profundidade de 850 metros, na formação geológica basalto, até

atingirmos o topo da formação arenito (aqüífero guarani).

Durante a perfuração a empresa executora deverá usar fluidos de perfuração

adequados aonde o mesmo deverá ser aniônico, não tóxico, biodegradável, não

agressivo ao meio ambiente. O fluido tem como objetivo aumentar a eficiência na

remoção de detritos de maior tamanho, eliminação do pó na área de trabalho, com

dosagem de 1 litro de fluido para 100 litros de água.

Será responsabilidade da empresa executora, o fornecimento a partir dos 200

metros de profundidade a utilização do segundo compressor de ar de alta pressão para

melhor perfuração e após 600 metros a utilização de um terceiro compressor. E caso

seja necessário a utilização de um quarto compressor será de responsabilidade da

empresa contratada.

O equipamento a ser utilizado para perfuração deverá ter capacidade compatível

com a profundidade e diâmetro especificado neste projeto.

6.2.2.3 Coleta e Acondicionamento das Amostras

As amostras dos materiais perfurados deverão ser coletadas sempre que

ocorrer qualquer mudança litológica, de coloração dos materiais ou na velocidade de

avanço da perfuração.

As amostras coletadas serão acondicionadas em sacos plásticos, etiquetados com

as seguintes informações: número do poço, local, data, município, localidade e número

de ordem e intervalo amostrado. Deverá ser mantida no canteiro de obra embalado, e

organizado em ordem crescente de profundidade, a disposição do geólogo para

elaboração do perfil.

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6.2.2.4 Das Visitas Técnicas

A empresa executora deverá ter em seu quadro de funcionários um responsável

técnico capacitado em perfuração de poços (Geólogo), o qual deverá vistoriar a obra

diariamente até o termino da mesma. As visitas ao local da obra têm como objetivo a

verificação as condições dos serviços executados.

6.2.3 Ensaio de Vazão

O teste de bombeamento deverá ser executado com bomba submersa com

capacidade de vazão coerente com a vazão do poço e com duração de 24:00 horas.

Não deve haver interrupção durante o bombeamento, caso ocorra, deverá ser

iniciado novo teste.

As medições de nível da água no poço deverão ser feitas com medidor elétrico

com fio numerado de metro em metro, e auxílio de um metro numerado em centímetros.

Na medição de vazão serão utilizados recipientes de volume aferido (tambor de 220

litros x cronômetro).

Com Base em poços existente nas proximidades constatou-se que o nível

estático (NE) será aproximadamente ..... metros e provavelmente o nível dinâmico 260

metros, com vazão de 25m³/h, com base nessas informações adquiridas será instalado o

conjunto motobomba na profundidade de 350 metros.

Durante o teste de vazão deverá ser feito escalonamento em 250 metros, 300

metros e 350 metros, para posteriormente calcularmos a vazão especifica do poço.

Caso o nível dinâmico vier a ter alterações do projetado teremos que determinar

novas profundidades para testes conforme modelo acima.

A recuperação será iniciada imediatamente após o término do teste de

bombeamento, com duração de 02:00, 06:00, 12:00 ou 24:00 horas consecutivas

dependendo do comportamento do mesmo.

6.2.4 Serviços e Obras Complementares

O terreno no local do poço deverá ser entregue limpo e totalmente desimpedido

de materiais e equipamentos. Valas, tanques de água e lama, feitos no terreno durante a

obra, deverão ser aterrados.

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6.2.5 Desinfecção e Coleta de Água Para Analise

O poço deverá ser limpo, retirando-se todos os materiais estranhos, inclusive

ferramentas, cordas, fragmentos de qualquer natureza, cimento, óleos, graxas, tintas de

vedação e espuma.

A desinfecção deverá ser feita com a aplicação de solução de cloro, cal clorada

e/ou água sanitária. A utilização de solução de hipoclorito de sódio a 10 % deve ser

aplicada com 1/2 litro de solução para cada m3 de água do poço. Quando for usado água

sanitária a 5 %, aplicar 5,00 litros por m3 de água;

Deverá ser introduzida parte da solução no poço, através de tubos auxiliares,

sendo o restante colocado pela boca do poço, para desinfetar a tubulação acima do nível

da água. A solução deverá permanecer no poço por um período não inferior a 2 horas;

A coleta de água para análise bacteriológica deverá ser feita em frascos

apropriados e seguir as recomendações do laboratório.

No decurso da coleta de que tratam os subitens anteriores, deverão ser feitas

medidas de ph e da temperatura da água na boca do poço.

6.2.6 Tampa

Finalizado os serviços, o poço deverá ser lacrado com chapa soldada ou tampa

rosqueável com cadeado, de maneira a impedir atos de vandalismo até a sua utilização

definitiva.

6.2.7 Relatório Final

Concluído o poço, a contratada deverá apresentar relatório final, documento sem

o qual a obra não poderá ser recebida, assinado pelo seu responsável técnico, contendo

todas as informações colhidas durante os trabalhos de perfuração e anexado cópia de

sua ART (Anotações de Responsabilidade Técnica). O relatório deverá conter no

mínimo os seguintes dados:

� Identificação do poço;

� Croqui de sua localização;

� Cota do terreno;

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� Método de perfuração e equipamentos utilizados;

� Perfil e descrição litológica;

� Data do início e término da obra;

� Perfil técnico do poço, com indicações dos diâmetros de perfuração,

profundidades correspondentes, posições dos revestimentos e filtros,

centralizadores e espaço ocupado pelo pré-filtro;

� Indicação dos trechos cimentados;

� Especificações dos métodos, duração do desenvolvimento e testes de

produção;

� Planilha dos testes de produção;

� Resultado das análises físico-químico e bacteriológica da água fornecida ao

laboratório.

6.3 CAPTAÇÃO E EQUIPAMENTO DE RECALQUE

A captação e recalque são feitos através de um conjunto motobomba

submersível que será instalada a uma profundidade de 300m.

Este equipamento fará o recalque d’água desde o poço até o reservatório de

distribuição.

6.3.1 Conjunto da Motobomba

A motobomba é suspensa dentro do poço através de um flange (tampa do

poço) e pela tubulação adutora de ferro galvanizada em 2.½”. Na saída do poço será

instalado uma curva, uma união, e um nípel galvanizados e uma válvula de retenção

horizontal portinhola em bronze, todos com a finalidade de facilitar futuras

manutenções e garantir uma maior durabilidade do equipamento.

O conjunto motobomba possui as seguintes características:

� Diâmetro de Ø 6”;

� Capacidade de bombeamento: vazão de 24,00m3/h;

� Altura Manométrica Total: 347 mca;

� Tipo de energia: 380 V trifásico;

� Eixo em aço inoxidável;

� Rotores e difusores em material não corrosivo (Inox ou termoplástico);

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� Conexão da motobomba com rosca fêmea BSP;

� Acoplamento motor/bombeador conforme norma NEMA.

O cabo elétrico de alimentação da motobomba é do chato 700V, tripolar 3 x 50,0

mm2 e terá um comprimento de 315 metros e o mesmo fica ligado ao painel de

comando.

6.3.2 Painel de Comando

O painel de comando da motobomba está instalado próximo ao poço, em local

protegido.

Confeccionado em caixa metálica com acabamento eletrostático anti-corrosivo e

todas as peças elétricas instaladas, instrumentos e os componentes para o acionamento e

proteção da motobomba ficam protegidos no seu interior e será com o sistema soft

starter.

6.4 REDE ADUTORA

O comprimento total da Rede de Adução é de 20 metros, distância entre a

equipamento de bombeamento e o sistema de reservação com TUBO PVC CL 15 de

75mm.

6.5 REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Conforme o sistema em anexo, a rede já existe, sendo o que vai mudar é a origem

do abastecimento. Atualmente as redes provem da BR 282 passando por dentro do tubo

de drenagem que se ramifica por todo o bairro. A instalação do poço será no terreno da

prefeitura, que se localiza dentro do bairro a ser atendido, não precisando impor

tubulações pela BR. Outra vantagem do terreno é que se encontra numa c

ota elevada sendo muito favorável para o abastecimento de água, com 30( trinta) metros

acima da cota mais alta na rede de distribuição.

Como já existe um registro na tubulação à montante da transposição na BR 282,

este será fechado e esta rede isolada. A partir do reservatório de abastecimento será feita

a ligação até o último ponto da rede que vem até a altura do terreno com uma tubulação

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de 85 mm a 200(duzentos) metros do reservatório de distribuição, conforme mapa em

anexo.

6.6 TRATAMENTO DE ÁGUA

A estação de Tratamento seguirá as normas estabelecidas na Portaria n° 518/2004,

que se refere aos padrões de potabilidade da água para consumo humano.

Toda água fornecida coletivamente deverá ser submetida a processo de

desinfecção, concebido e operado de forma a garantir o atendimento ao padrão

microbiológico da norma de qualidade da água para consumo humano. Face às essas

exigências, deverá ser instalado um sistema de tratamento de água bruta (proveniente

de fontes superficiais), atendendo a Portaria n° 518/2004 do Ministério da Saúde, que

estabelece os procedimentos e responsabilidades relativas ao controle e vigilância da

qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

O Sistema de Tratamento de Água a ser adotado, deverá ser constituído de

DESINFECÇÃO. A desinfecção, através da cloração, visa eliminar microorganismos

patogênicos presentes na água, devendo ser utilizado os compostos do cloro (hipoclorito

de sódio, hipoclorito de cálcio), como agente desinfetante.

O Sistema também deve conter fluoretação da água, o qual também está

estabelecida na portaria n°518/2004.

Para o sistema de desinfecção, deverão ser instalados bomba dosadora e

reservatório para os produtos químicos, com características conforme abaixo descritas:

6.6.1 Estação de Tratamento de Água

O abrigo para o sistema de tratamento deverá ser executado próximo ao

reservatório, dentro do mesmo cercado, o qual servirá como abrigo aos equipamentos do

sistema de tratamento da água.

Deverá ser realizada limpeza na área se implantação da casa de química em

torno de 50m². Deverá ter dimensões de acordo com projeto em anexo e especificações

a seguir:

• Comprimento: 2,30 metros;

• Largura: 1,70 metros;

• Altura 2,30 metros.

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6.6.2 Infra-Estrutura

Fundações: Para a fundação desta edificação, será construída uma viga

baldrame. As dimensões transversais verticais serão de 20 cm x 30 cm, em concreto

armado, fck=20 MPa.

Aremadura: A armadura será em aço CA 50-B. Para a armadura longitudinal

será usado 04 barras de ∅5/16” e a armadura transversal deverá ser de aço CA-60

∅4.2mm. Deverão estar isentas de qualquer impureza prejudicial a sua aderência no

concreto.

Impermeabilização: a viga baldrame deverá receber 02 demãos de pintura de

hidroasfalto.

Contrapiso: O contrapiso será de concreto e deverá ser assentado sob camada de

brita 1 ou 2, sendo ambas as camadas com espessura de 5cm. Para a construção deste

será usado o cimento portland pozolamico 32, areia média e brita. Deverá ser

regularizada para assentamento de revestimento cerâmico. Deverá ser utilizado aditivo

impermeabilizante no momento de execução do contrapiso nas proporções

recomendadas pelo fabricante. Será executada com argamassa com traço 1:2:4 (cimento,

areia e britas 1 e 2 em partes iguais).

OBS: o nível interno do contrapiso deverá ficar, obrigatoriamente, no mínimo a

15 cm acima do nível do terreno.

6.6.3 Paredes

As paredes internas e externas deverão ser executas em alvenaria de tijolos de 06

furos com tamanho padrão assentados deitado, com revestimento interno e externo de

chapisco e emboco. Os tijolos cerâmicos serão assentados com argamassa de cimento e

areia no traço 1:5, devendo ser acrescentado um aditivo substituto da cal (alvenarite,

rebokit ou similar) na dosagem recomendada pelo fabricante. Antes do assentamento, os

tijolos deverão ser molhados para que não absorvam a água da argamassa de

assentamento. Emboço – Argamassa Regular (15,0 mm – ca-ar 1:5 + 20%ci), sendo

usado o cimento, areia média e argamassa regular CA-AM 1:5.

Na parte superior da parede será construída a viga de respaldo (cinta). As

dimensões transversais verticais desta viga serão de 20 cm x 30 cm.

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6.6.4 Balcão de Concreto

Na área do laboratório será construído balcão de concreto apoiado em paredes de

alvenaria e com altura de 0,90 m e comprimento de 3,65 m. O tampo do balcão será

revestido com azulejos brancos e terá espessura de 05 cm. A cuba será de aço inox

fixada no tampo de concreto.

Um segundo balcão de concreto será construído na parte interna da Casa de

Química, com altura de 0,50 m e largura e comprimento 0,90 m. Servirá como base para

os reservatórios com as soluções.

6.6.5 Cobertura

6.6.5.1 Estrutura

A estrutura será em madeira de boa qualidade, com caibros 8 x 16cm, formada

basicamente por linhas de 10 x 5 cm, chumbadas nas paredes e apoiadas sobre vigas de

concreto utilizadas para amarração das paredes. O beiral terá cobertura mínima de

50cm.

6.6.5.2 Telhado

Terá apenas uma água sendo de telha de fibro cimento, do tipo ondulada, com

espessura de 08 mm, comprimento de 2,90 m e largura de 1,90m, com caimento de 12º

ou 25%. O recolhimento da cumeeira será do tipo canal.

O telhado será edificado sobre a viga respaldo, sendo a estrutura de madeira de

pinho e as telhas de fibrocimento 6mm.

6.6.6 Pavimentação

A casa de química receberá sobre o contrapiso piso de cimento alisado.

6.6.6.1 Piso em Cimento Alisado

Será utilizado este tipo de piso para as calçadas ao longo das laterais da casa de

química, sendo assentado sobre camada de pedra britada de 03 cm e espessura de 08

cm. O acabamento do piso deverá ser realizado com cuidado em relação ao nivelamento

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dos mesmos e alisamento. O traço a ser utilizado será de 1:2:4 (cimento, areia e britas 1

e 2 em partes iguais).

6.6.7 Aberturas

A estação de tratamento terá as seguintes aberturas (porta e janela):

Porta: A porta de acesso ao abrigo deverá ser metálica (chapa de aço nº 20), 02

folhas, nas dimensões de 2,10 x 0,70 m, com fechadura cromada de primeira linha e

dobradiças reforçadas (mínimo 03 unidades) em inox ou latão, com pino.

Janela: As janelas será toda de ferro e estrutura metálica tipo basculante

conforme especificações em planta, nas dimensões de 1.50 x 0,60 m e 0,60 x 0,60m.

Vidros: Os vidros serão do tipo canelado e transparente tendo espessura mínima de 3.0

mm.

Abertura de elementos vazados: Na sala de química existirá abertura de 2,00 x

1,20 m vedada com elementos vazados inclinados instalados à 0,50 m do piso. O

elemento vazado será do tipo 45° e deverá ser assentado com argamassa traço 1:2:8

(cimento,cal e areia), com juntas de 1,00 cm, nas dimensões do projeto.

6.6.8 Pintura

Terminada a fase de assentamento da argamassa regular, inicia o revestimento

final das paredes com a pintura.

As paredes internas deverão ser pintadas utilizando-se selador acrílico (1 demão)

e tinta látex acrílica interna/externa (2 demãos) na cor branca. As paredes externas

deverão ser pintadas utilizando uma demão de selador acrílico e duas demãos de pintura

com tinta acrílica na cor areia. As esquadrias metálicas deverão receber 02 demãos de

pintura esmalte, na cor ciano.

6.6.9 Instalações Hidrossanitárias

6.6.9.1 Instalações Hidráulicas

Para o tanque de solução será utilizado reservatório de fibra de vidro ou PVC

(250 lts), que ficará apoiado sobre o balcão de concreto ( ver detalhes em planta).

A tomada de água será através de colar de tomada instalado na adutora que

abastece a rede de distribuição.

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6.6.9.2 Instalações Sanitárias

As instalações sanitárias da casa de química consistem em tubo de PVC esgoto

DN40 a DN100 para esgotamento da cuba do laboratório e para drenagem do tanque de

solução e duas caixas de passagem com grelha que receberão os líquidos servidos.

Os coletores e subcoletores serão todos em PVC rígido devendo obedecer a

declividade mínima de 2%.

Os efluentes serão encaminhados para poço absorvente (sumidouro) de tubulão

de concreto cilíndrico furado com tampa e diâmetro 1,10m. Sua instalação deverá ser

sobre camada de brita n°3 de 50 cm e enchimento do espaço entre o tubo e a vala de

assentamento com brita n°3.

6.6.10 Instalações Elétricas

- condutores fase: preto, branco,vermelho ou cinza;

- condutores neutro: azul claro;

- condutores terra: verde.

Toda a instalação elétrica deverá ser executada por um profissional experiente e

acostumado a trabalhar com energia elétrica. A execução devera ser feita conforme

projeto elétrico. O projeto segue as normas da concessionária elétrica da região

(Celesc).

6.6.10.1 Entrada de Energia

A entrada de energia será aérea, com cabos de 6.0 mm² de seção transversal com

isolamento para 750 volts. Os cabos deverão ser conectados à rede concessionária com

conectores do tipo grampo paralelo. A descida deverá ser com pontalete, composto por

armação com dois isoladores de porcelana e por eletroduto de fogo de 2’’. Deverá ser

colocado eletroduto de PVC ∅ ¾’’ até o quadro de medição.

6.6.10.2 Medição

A medição deverá ser realizada por mediador monofásico fornecido pela

concessionária, instalado em quadro de embutir padrão CELESC, fixado na parede,

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próximo à entrada da casa de química. A linha média do visor do quadro de medição

deverá estar localizada a 1,50 m do solo. O quadro deverá ser aterrado.

6.6.10.3 Aterramento

O aterramento deverá ser realizado por meio de haste de aço cobreado ∅ 5/8’’ e

2,40 m de comprimento. O condutor de aterramento deverá ser nu 10.0 mm² de seção

transversal e conectado à haste, por meio de conectores especial de aperto.

A resistência de aterramento não deverá ultrapassar a 10 (dez) OHMS qualquer

época do ano.

6.6.10.4 Quadro Terminal de Força de Luz (QTFL)

O quadro de terminal deverá ser confeccionado em chapa de aço galvanizada 15

USG, com porta articulada por dobradiça embutida, pintura anticorrosiva na cor cinza

claro. Deverá ter capacidade para abrigar 3 a 6 disjuntores monopolares e deverá ser de

embutir.

6.6.10.5 Quadro de Comando da Bomba Dosadora

O quadro de comando deverá ser confeccionado em chapa de aço galvanizada 15

USG, com porta articulada por dobradiça embutida, pintura anticorrosiva na cor cinza

claro. Deverá possuir dispositivo de proteção contra descargas atmosféricas e possuir

acionamento através de interligação com acionamento da bomba do poço. Tal conexão

deverá ser realizada através de eletroduto de PVC rígido de ∅ 3/4’’, subterrâneo da base

do poço ate a casa de química.

6.6.10.6 Distribuição Interna de Força de Luz

As luminárias internas deverão ser para lâmpada incandescente de 100W, do

tipo globo de vidro, com fixação por meio de articulação.

Todas as tomadas monopolares deverão ser para pinos chatos e redondos,

fosforescentes, com espelho de plástico da cor cinza, fornecidas com haste e para 10

A/250volts, com espelhos na cor cinza e fornecidos com haste.

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6.6.10.7 Fiação Interna e Externa

A fiação deverá ser constituída por condutor de cobre com secção de 2,5 mm²

(geral) com isolamento para 750 volts. A fiação externa aérea de ligação à rede, deverá

ter secção de 6,0 mm² com isolamento para 750 volts. O seu caminhamento deverá ser

executado em postes de concreto com distância entre si de 30 m por meio de braquetes e

polias de porcelana.

6.6.10.8 Eletrodutos

Os eletrodutos da rede interna deverão ser de eletrodutos em PVC ∅ ¾’’,

embutidos na parede.

6.6.10.9 Caixas de Passagem e derivações

As caixas de passagem e derivações embutidas deverão ser de PVC rígido

retangulares de boa qualidade com dimensões de 4x2’’. Da mesma forma serão as

caixas de tomada e interruptores.

6.6.10.10 Recomendações referentes à execução instalações elétricas

• A execução das instalações elétricas deverá seguir rigorosamente as

especializações e as normas pertinentes ao mesmo.

• Para as instalações, o projeto deverá ser previamente aprovado pela

concessionária de energia local.

• A execução das instalações deverá preencher satisfatoriamente as condições de

utilização, eficiência, durabilidade e segurança.

• As instalações deverão ser executadas por profissionais devidamente habilitados,

os quais ficarão responsável pelo perfeito funcionamento das mesmas.

• As instalações só poderão ser consideradas terminadas quando entregues em

perfeitas condições de funcionamento e ligadas à rede da concessionária de energia

local.

• A colocação dos eletrodutos deverá obedecer inicialmente a armação das

ferragens da estrutura.

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• As emendas em eletrodutos deverão ser feitas por meio de luvas, devendo ser

eliminadas as rebarbas.

• As caixas de derivação que ficarem dentro da estrutura, deverão ser enchidas

com serragem molhada, e deverão ser rigidamente fixadas às formas, evitando qualquer

obstrução da tubulação como também o seu deslocamento durante a concretagem.

• As caixas embutidas nas paredes deverão facear o revestimento da alvenaria,

devendo ser niveladas e prumadas.

• A tubulação deverá ser instalada de modo a evitar cotovelos.

• Para facilitar a enfiação, os condutores podem ser lubrificados com talco ou

parafina, não sendo permitido o emprego de outros lubrificantes.

• É expressamente proibida a emenda de condutores dentro de eletrodutos,

devendo as mesmas serem executadas nas caixas.

• A enfiação só poderá ser executada após o revestimento completo das paredes,

tetos e pisos, quando serão retiradas as obstruções dos eletrodutos.

• Todos os quadros elétricos deverão ser aterrados.

• Deverá ser efetuada medida de resistência de terra, não devendo a mesma ser

superior a 10 OHMS.

• O detalhe da entrada de energia na casa de química pode ser verificado no

desenho.

6.6.11 Bomba Dosadora

As bombas dosadoras que serão usadas para a automação da Estação de

Tratamento de Água – ETA. A dosagem será feita através de impulsos eletromagnéticos

que movimentam um diafragma de teflon, através de um pistão permitindo uma

dosagem fixa para cada pulso. A freqüência de pulso é controlada através dos

potenciômetros localizados no painel frontal da bomba proporcionando o controle da

vazão através do número de ejeção por minuto. A bomba não necessita de lubrificação e

a manutenção é relativamente simples.

As características técnicas do material em contato com o líquido dosado:

• Filtro: PVC;

• Mangueira de Sucção: Polietileno;

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• Nípels: Polipropileno;

• Cabeçote: Polipropileno ou Policarbonato ou Nylon;

• Válvulas: Viton;

• Diafragma: Teflon;

• Anel de Vedação do cabeçote: Viton;

• Mangueira de Descarga: Polietileno;

• Válvula de injeção: Polipropileno;

• Guia de válvula: Polipropileno;

• Porca trava: polipropileno;

• Anel de vedação do nipple: Borracha;

• Vedante da válvula de injeção: Silicone.

• Vazão máxima: 5 litros/hora.

• Pressão de trabalho: até 4 KGF/cm2

Acessórios de instalação: válvula de pé, válvula de injeção e tubulações

flexíveis.

A Bomba dosadora deverá ser especialmente desenvolvida para dosagem de

líquidos agressivos. Deverá ser escolhido uma bomba dosadora compatíveis com o

líquido a ser dosado.

O equipamento dosador, funcionará somente quando a motobomba de recalque

estiver acionada, conseguindo assim que a desinfecção (cloro) seja feita na medida

exata, regulando a dosagem. Como a diferença de altitude é superior ao limite de

pressão máxima de trabalho do equipamento dosador, a dosagem será feita diretamente

no reservatório.

Serão utilizados os seguintes equipamentos na ETA:

• Duas tomadas monofásicas no local;

• Uma ligação entre a chave bóia e a tomada bifásica.

A fonte de alimentação deste tipo de bomba dosadora deverá ser 220 VAC, 60

Hz, Monofásico.

6.6.12 Reservatório de Produtos Químicos

• Capacidade: 250 litros com tampa.

• Material: Fibra de vidro.

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6.7 SISTEMA DE RESERVAÇÃO

Para a instalação do Sistema de Reservação será necessária uma limpeza prévia

do local e também movimentação de terra.

Será utiliza um reservatório que deverá ser confeccionado em fibra de vidro,

com capacidade de 200m³.

O reservatório deverá possuir uma escada lateral e uma tampa de inspeção de

0,50 m de diâmetro, confeccionada em fibra de vidro a tampa deverá ficar aparafusada

sobre a parte superior do reservatório.

O reservatório deverá ficar apoiado em base plana e sólida e sem imperfeições,

seguindo rigorosamente as especificações de projeto (geometria, capacidade).

As tubulações que conduzirão a água do tratamento até o reservatório serão em

PVC e primeira qualidade e nas bitolas exigidas pelo projeto.

6.8 PROTEÇÃO E SINALIZAÇÃO

Com o objetivo de proteger o tráfego durante a execução das obras, a sinalização

deverá obedecer ao disposto no Novo Código de Trânsito Brasileiro.

Nas áreas públicas abrangidas pela execução dos serviços, qualquer escavação

que impeça o livre uso dessas áreas deverá ser convenientemente sinalizada com placas

indicativas, cavaletes, passadiços, sinais luminosos, tapumes, guarda corpos, etc.,

colocados em locais visíveis. Deverão ser adotadas providências necessárias para evitar

acidentes ou danos às pessoas e aos veículos. A CONTRATADA será responsabilizada

por qualquer acidente, desde que fique comprovada sua imperícia.

6.9 ENERGIA ELÉTRICA (EXISTENTE)

No local em que se encontra o poço tubular profundo, será instalado o

equipamento de bombeamento de água. Neste local já tem instalada uma rede de energia

elétrica trifásica (380 V).

Tanto no poço, quanto na Estação de Tratamento, o Padrão de Tomada de

Energia instalada está em plena conformidade com as exigências solicitadas pela

Concessionária de Energia Local (Celesc).

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6.10 PLACA DE OBRA

Deverá ser colocado 01 placa junto à obra, em chapa metálica, com dimensões

de 2,00 x 1,00 m, em local visível, devendo conter a identificação da obra, da empresa

executante, o(s) responsável(is) técnico(s), conforme modelo a ser fornecido pela

CONTRATANTE.

6.11 LIMPEZA

Durante o andamento da obra, as áreas de trabalho deverão estar

permanentemente limpas, incluindo a remoção dos entulhos para locais específicos a

essa finalidade.

Na conclusão dos serviços, deverá ser feito uma limpeza geral e definitiva, bem

como a revisão de toda a repavimentação executada.

Todos os materiais pertencentes a CONTRATANTE, que não foram utilizados

na execução da obra, deverão ser relacionados e devolvidos.

6.12 SERVIÇOS FINAIS

O presente memorial visa complementar as especificações constantes nos

projetos, ficando a critério da fiscalização o aceite de serviços e materiais não

mencionados e que não constem nos projetos.

A obra será entregue totalmente limpa e sem entulhos e em perfeito estado de funcionamento.

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7 JUSTIFICATIVA TÉCNICA

O Poço totalmente revestido é realmente o ideal, mas os custos são elevados para

bombeamento de pequenas vazões, conforme o projeto apresentado à vazão esperada é

de 24m³/h. O revestimento completo seria para grandes vazões que podem chegar até

500m³/h, onde a bomba ficaria dentro do aqüífero e assim produzir partículas de areia.

Mas no presente projeto o bombeamento será de apenas 24m³/h, instalado a 300

metros de profundidade muito acima da camada arenosa que ficará por volta dos 850

metros então sendo perfurado somente até o topo do aqüífero guarani não atravessando

o mesmo.

No estado de Santa Catarina temos percebido que para pequenas vazões mesmo não

revestindo, o aqüífero não produzirá areia da formação arenosa, mas salientando que

sempre com bombeamento bem acima da camada do aqüífero.

Para execução do projeto também foi utilizado como referencia dois poços

localizados no município. Aonde foi utilizado o mesmo estilo de perfuraçã, onde após o

bombeamento com vazões até 40m³/h não apresentaram retirada de areia, constando-se

assim que o arenito está bem compactado, onde não afeta o equipamento de

bombeamento.

Então não se faz necessário o revestimento do poço, devido vazão esperada e o

sistema de bombeamento instalado.

8 MEMORIAL FOTOGRAFICO

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Fotografia 1: Localização do Poço Tubular Profundo

Fotografia 2: Localização do Reservatório de 200m³

Fotografia 3: Acesso ao poço tubular e Reservatório

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Fotografia 4: Rede Trifásica (380V) existente

Fotografia 5: Vista Geral do Bairro Boa Vista

Fotografia 6: Acesso Rodovia SC455

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Fotografia 7: Acesso ao Poço Tubular Profundo e Reservatório

Fotografia 8: Acesso Rodovia SC 455

Fotografia 9: Acesso Rodovia SC 455 e local de passagem te tubulação da rede de distribuição

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Fotografia 10: Ponto de Ligação da Rede a ser executada com a rede existente

Fotografia 11: Acesso ao Local de Perfuração na Rodovia SC 455

Fotografia 12: Rodovia SC 455

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9 ANEXOS

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