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P P e e q q u u e e n n o o s s n n o o t t á á v v e e i i s s C C o o m m m m a a i i s s e e s s t t í í m m u u l l o o s s e e a a c c e e s s s s o o à à t t e e c c n n o o l l o o g g i i a a , , c c r r i i a a n n ç ç a a s s e e s s t t ã ã o o f f i i c c a a n n d d o o m m a a i i s s i i n n t t e e l l i i g g e e n n t t e e s s P P . . 1 14 4 a a 1 16 6 Guia do Ensino VITÓRIA, SETEMBRO 2016 Com apenas 6 anos, Pedro Soto já faz cálculos com três casas decimais

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Guia doEnsino

VITÓRIA, SETEMBRO 2016

Com apenas 6

anos, Pedro

Soto já faz

cálculos com

três casas

decimais

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Cintia Bento - Editora

Eles são mais espertosÉ

inevitável. Em uma reunião de adultos que têm filhosem idade escolar, uma hora a conversa irá girar sobreo espanto diante da facilidade dos pequenos de lidarcom a tecnologia. A sensação dos pais é que as

crianças têm, hoje, mais facilidade de aprender. E eles nãoestão errados.

As crianças nascidas nas últimas décadas cresceram maisexpostas a informações, estímulos visuais e desafios. Aomesmo tempo, nunca foi tão grande a preocupação dos paisem fazer o impossível para ajudar no aprendizado, e asescolas trabalham para que os alunos mostrem e de-senvolvam seus interesses, liberando a criatividade. Apren-der está cada vez mais divertido, com menos formalidade emais experimentação. Nada de decoreba: a ordem é pensar,e entender. Com todas essas mudanças, a tendência é mesmode termos adultos mais informados e bem preparados para omercado de trabalho, cada vez mais exigente e competitivo.É claro que os pequenos gênios sempre existirão; mas, cadavez mais, o mundo tem se encarregado de tornar as criançasmais capazes, mesmo que não sejam prodígios. Cabe a cadaum - escola, pais, sociedade - cumprir o seu papel nestamudança. Boa leitura!

CARLOS ALBERTO SILVA

MudançaeditorialO Guia do Ensino 2016 chegacom uma mudança editorial.A revista passa a abordar ape-nas as etapas escolares entrea Educação Infantil e o EnsinoMédio, com o objetivo deaprofundar ainda mais o con-teúdo que chega até você, lei-tor. Uma outra publicação, prevista para o mêsde outubro, vai destacar a vida acadêmica e osrumos na escolha da futura profissão. Apro-veite para ficar bem informado!

EDITORA DE CADERNOS ESPECIAIS: Marcelle Secchin

Guia doEnsino

ESPECIAL DE

EDITORA DE CADERNOS ESPECIAIS: Marcelle Secchin ([email protected]); EDITORA: Cintia Bento ([email protected]); TEXTOS: Mariana Perim, Thiago Sobrinho, MuriloCuzzuol, Katilaine Chagas, Iara Diniz, Weber Kirmse e Fabrícia Kirmse; FOTOS: Ricardo Vervloet Medeiros; INFOGRAFIA: Genildo Ronchi; DIAGRAMAÇÃO: Andressa Machado e Adriana Rios;DIRETOR EXECUTIVO DE RÁDIOS E JORNAIS: Marcello Moraes; DIRETOR DE JORNALISMO: Abdo Chequer; EDITOR-CHEFE: André Hess; DIRETOR DE MERCADO ANUNCIANTE: Márcio Chagas; COORDENADORADE MARKETING: Milena Ribeiro; GERENTE COMERCIAL: Julita Colombo e Marizete Pietralonga. CORRESPONDÊNCIAS: Jornal A Gazeta, Rua Chafic Murad, 902, Monte Belo, Vitória, ES, CEP:29053-315.

EDITORIAL

ÍNDICE

34 Uma escoladiferente

O programa Escola Viva está mudando a forma de ensinar narede pública estadual, e garantindo mais qualidade.

14Pequenosgênios

Não é apenas impressão: as criançasestão mesmo aprendendo mais rápido.

8 e 9Benefícios paratoda a vidaA prática de esportes ensina muitomais do que cuidar do corpo.

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Tranquilidade para aprenderEspecialistas recomendam estímulos a cada faixa etária, paraajudar no processo de aprendizagem. Mas sem exagero!

“As criançastêm hoje maisinformações,estímulos visuaise desafios”

CapaEsse garotão aí do ladoé o Pedro Soto, quedeixou a capa do Guiado Ensino mais bonita.Ele é aluno do colégioSalesiano. O clique édo fotógrafo RicardoVervloet Medeiros.

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Pequenos cada vezmais inteligentesCom muito mais estímulos,A NOVA GERAÇÃO estáaprendendo mais rápidodo que antes

Aos 4 anos, Maria IsabelDuarte Conde sabia ler eescrever. Para surpresados pais, aprendeu tudo

sozinha. “Quando a gente per-cebeu, ela estava lendo”, lembra amãe, Roberta Conde, 41 anos.

Maria Isabel, hoje com 6 anos,segue os passos da irmã, Ana Bea-triz, de 9. A mais velha é medalhistadas Olimpíadas de matemática na

RICARDO MEDEIROS

COMPORTAMENTO

Tecnologia faz bem, mas na medida certaA TECNOLOGIA É UMA ALIADAquandose falanodesenvolvimen-to das crianças, que desde novasconvivem com tablets, jogos, TV,entre outros recursos. O acesso aestas ferramentas torna os peque-nos mais curiosos e, consequen-temente, mais inteligentes.

Especialistas alertam, porém,

que é preciso ter cuidado com aforma como estes estímulos sãorealizados. “Não vai ser navegan-do na internet que uma criança setornará mais inteligente”, ressaltaa psicóloga Grace Rangel.

As ferramentas digitais preci-sam ser bem aproveitadas. A boanotícia, para os pais, é que as op-

ções são infinitas. “Hoje há tuto-riais na internet, páginas educa-cionais, vídeos. É necessário queesses instrumentos sejam usadosde forma consciente e monitora-dos por adultos, para que se ca-nalizem as informações pertinen-tes à faixa etária de cada um”,destaca a psicopedagoga da es-

cola Múltipla, Marina Tavares.Por mais que a tecnologia seja um

grande diferencial no desenvolvi-mento intelectualdascrianças, é im-portante que ela não atrapalhe a in-teração social dos pequenos. “Nadasubstitui o estímulo dentro de casa,narelaçãocomospaiseoutrascrian-ças”, finaliza Grace Rangel.

“As crianças dehoje são maisinteligentesporque recebemmais estímulos,têm acesso desdecedo à educaçãoe mais contatocom a tecnologia”GRACE RANGELPsicóloga

Escola Crescer Phd e coleciona asmelhores notas do colégio.

“Não sei se é algo genético. Naverdade, eu sempre estimulei mi-nhas filhas, desde quando elasestavam na minha barriga. Elastêm muita concentração, curio-sidade e percebem as coisas aoredor com bastante facilidade”,conta a mãe.

Crianças como Maria Isabel e AnaBeatriz encantam e surpreendem acada descoberta. Não é raro de-monstrarem tanta inteligência quefaz os pais acreditarem que estãodiante de pequenos gênios. E não épapo de pais corujas. Os especia-

listas confirmam: as crianças de hojeestão cada vez mais inteligentes.

“Elas são estimuladas cada vezmais cedo, frequentam a escoladesde muito pequenas, têm contatodiário com tecnologia. Isso faz comque desenvolvam habilidades maisprecocemente, como aprender aler, fazer contas, até mesmo falar ouandar”, comenta a orientadoraeducacional do colégio Marista epsicóloga Ana Beatriz Fontes.

EDUCAÇÃO NAS ESCOLASA inserção das crianças cada

vez mais cedo no ambiente es-colar é um dos fatores que jus-

tifica esse despertar precoce. Ho-je, com um ano e meio, elas jácomeçam a frequentar a escola.

“As crianças são como esponjas,elas absorvem tudo. E a escola vaiapresentar para elas o universoletrado, a educação matemática.Jogos lúdicos, livros, passeios emlocais diferentes, isso tudo faz comque a criança tenha uma lingua-gem mais elaborada, que seja des-pertada a curiosidade”, ressalta apsicóloga Grace Rangel.

APRENDER BRINCANDONa Escola Múltipla, na Serra, são

desenvolvidos projetos que estimu-lam o raciocínio lógico e a cu-riosidade dos alunos. Há tambémas Olimpíadas de conhecimento,em disciplinas como Biologia, Ma-temática, Física, Química e Por-tuguês. As maratonas, segundo apsicopedagoga Marina Tavares,aprimoram as habilidades de ma-neira prazerosa.

“As crianças hoje dominammuito mais conteúdos, então pre-cisamos explorar isso. Quantomaior o estímulo e o incentivo,com diversidade de materiais,maior o potencial delas”, diz.

As irmãs Maria Isabel (deverde) e Ana Beatriz

colecionam boas notas naescola, e têm desempenhoacima da média nas tarefas

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COMPORTAMENTO

Pais devem ser os principais incentivadoresA FUNÇÃO DE ESTIMULAR OS PE-QUENOS não pode ser delegadaapenas à escola. Os pais são osprincipais lapidadores da inteli-gência dos filhos e devem estardispostos a incentivá-los. Criançasque não contam com o estímulodos pais normalmente se sentemsozinhas e inseguras.

Segundo especialistas, amaior parte do potencial de umadulto é resultado de estímulosrecebidos nos primeiros 18 me-ses de vida do bebê, o período demaior crescimento do cérebro.Mas mesmo depois desta fase, ascrianças precisam continuar re-cebendo incentivos, principal-mente dentro de casa, por meiode interação e brincadeiras lú-dicas com os pais.

Nicole Pires, 9 anos, tem os paiscomo os maiores incentivadoresda leitura. Desde que ela nasceu,os livros estão entre os principaispresentes recebidos pela estudan-

te. “A gente sempre comprou mui-tos livros, mesmo antes delaaprender a ler. Ela prefere a leituraaos brinquedos e se encanta comas histórias, é muito curiosa”, afir-ma a mãe de Nicole, a adminis-tradora Fernanda da Silva, 36.

Por causa dos estímulos que

recebeu em casa e também naescola, Nicole conseguiu desen-volver habilidades em outrasdisciplinas. Ela é medalhista deum projeto de matemática daescola Múltipla, na Serra, ondeestuda. “Eu gosto de aprendercoisas novas, sinto prazer. Pres-

to muita atenção e me dedicobastante. Aí fica tudo fácil e,quando a professora explica, eujá sei”, conta Nicole.

NÚMEROSO mesmo acontece com Pedro

Soto, de 6 anos. A paixão pelosnúmeros tem chamado a aten-ção dos professores do colégioSalesiano. Ele está na fase dealfabetização, mas já tem habi-lidade para realizar cálculoscom casas de três decimais. Oestímulo dos pais é um diferen-cial na vida de Pedro.

“Eu e meu marido elaboramoscálculos matemáticos para queele possa resolver. Desde muitocedo ele pede isso, gosta de serquestionado e mostrar que é ca-paz de solucionar. A gente ficaimpressionado porque ele faz ascontas todas de cabeça, o que nãoé comum” conta a mãe, a advo-gada Aline Soto, 39 anos.

DIVULGAÇÃO

Nicole troca fácil os brinquedos por livros, mas ganha medalhas também na matemática